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ANO I | N.º 8 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 13 junho 2012 Peniche Estudo reforça risco de fecho do Hospital Óbidos Santuário do Senhor da Pedra perto de ser monumento de interesse público Caldas da Rainha Autarquia rejeita aumento do preço da água // P 2 // P 6 // Suplemento Especial Peniche // P 8 102 FM Rádio abre este mês estúdios nas Caldas da Rainha Capitania avisa: Bom senso salva vidas SUPLEMENTO ESPECIAL ATOUGUIA DA BALEIA SUPLEMENTO ESPECIAL PENICHE

O Jornal - Edição nº8

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Jornal da Região Oeste

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13 junho 2012

ANO I | N.º 8 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 13 junho 2012

PenicheEstudo reforça risco de fechodo Hospital

ÓbidosSantuário do Senhor da Pedra perto de ser monumento deinteresse público

Caldas da RainhaAutarquia rejeita aumento do preço da água

// P 2

// P 6

// Suplemento Especial Peniche

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102 FM Rádio abre este mês estúdios nas Caldas da Rainha

Capitaniaavisa:Bom senso salva vidas

SUPLEMENTO ESPECIAL

ATOUGUIA DA BALEIA

SUPLEMENTO ESPECIAL

PENICHE

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| abertura

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O “Estudo para a Carta Hospitalar” apresentado pela Entidade Regula-dora de Saúde, no dia 1 de junho, revela que o Hospital de S. Pedro Gonçalves Telmo, em Peniche, consta da lista de unidades que po-derão perder o internamento em me-dicina interna.Para o presidente da Câmara Mu-nicipal de Peniche, António José Correia, é “inadmissível ter tido conhecimento deste estudo através da comunicação social”. Acrescenta ainda que “estes são sinais preocu-pantes”, mas vai manter-se “atento, vigilante e atuante, defendendo os interesses da atividade económica e da qualidade de vida dos cidadãos”. Em defesa da população, a autarquia aprovou, por unanimidade, uma pro-posta na qual pede uma audiência

Entidade Reguladora de Saúde coloca em risco Hospital de Peniche

ao ministro da saúde, “repudiando a proposta de encerramento da urgên-cia médica e do serviço de medicina interna” no hospital de Peniche, de-fendida neste estudo. António José Correia lembra o acordo assinado há quatro anos com o então ministro da saúde, Correia de Campos. “Por força daquilo que nós manifestámos e da realidade que evidenciámos, o Dr. Correia de Campos acabou por assinar comigo um protocolo que garantia o serviço de urgência básica e, além disso, um conjunto de outros serviços, entre os quais a medicina interna, por isso, nós achamos que este senhor ministro não vai tomar uma opção diferente.O aumento populacional do conce-lho registado nos censos de 2011, a atratividade turística, os riscos asso-

ciados à atividade da pesca, o porto de pesca, a existência de fábricas de produção de conservas de peixe com centenas de trabalhadores e da Escola Superior de Turismo e Tec-nologia do Mar, com 1300 alunos, deverão ser fatores tidos em conta pela tutela”, defende o autarca.Os responsáveis pelo estudo enten-dem “haver duplicação de serviços e sobreposições em algumas espe-cialidades”. De acordo com o Mi-nistério da Saúde, este estudo “não tem em conta todas as especialida-des médicas hospitalares, não mede os impactos financeiros das opções preconizadas, nem leva em conta as redes de referenciação, logo, pode ser alvo de avaliações suplementa-res”.

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Peniche não esquece pescadores O Dia Nacional do Pescador comemora-se a 30 de maio mas a Câmara Municial de Pe-niche reservou as cerimónias para 3 de junho. Neste dia presta-se homenagem a todos os que fazem da pesca a sua vida e dos que contribuem para o desenvolvimento do setor

Na Sessão de Câmara Municipal, esta decidiu homenagear a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar – Instituto Politécnico de Leiria “pela dedicação e empenho no desenvolvimento de atividades formativas, na investigação científi-ca e prestação de serviços à comu-nidade em torno dos recursos mari-nhos”. A diretora da ESTM, Teresa Mouga, agradece igualmente “todo o empenho que o município tem de-senvolvido a favor da escola”. Para além desta homenagem tam-bém todas as forças políticas com assento na autarquia direcionaram mensagens para o setor. O vereador do PS, Carlos Amaral, pretendeu dar o seu testemunho de “reconhe-cimento enquanto autarca mas tam-bém como cidadão à comunidade piscatória. Pelo contributo que ao longo dos tempos deu a Peniche, principalmente no domínio do de-senvolvimento económico mas também para a cultura e história da nossa terra. A nossa história será sempre ligada ao mar”. Luís Ganhão, do Partido Social De-mocrata, apontou o estado em que se

encontra o setor e a sua importância no futuro. “Os números do desem-prego na pesca são alarmantes. A população piscatória é francamente envelhecida e apenas 25% dos pes-cadores, segundo um estudo da Uni-versidade Técnica de Lisboa, deseja que os seus descendentes continuem na atividade. Isto reflete bem o esta-do da pesca no nosso país”. Jorge Abrantes, da Coligação De-mocrática Unitária, enalteceu o tra-balho realizado no que toca à ges-tão da pesca da sardinha. “Peço um aplauso às organizações de produto-res por terem feito uma diminuição voluntária, e por iniciativa própria, da sua atividade. E fizeram-no sem qualquer tipo de apoios estatais ou de outro tipo, em prol da melhoria da qualidade da sardinha pescada doravante”. O presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia, deu a conhecer as dificuldades da autarquia, “vamos ter de pedir a compreensão da população para certas decisões que vamos fazer no futuro. Tivemos uma notícia que em maio o imposto municipal que o Es-

tado cobra para nos entregar ia ser reduzido em 5%, ou seja, em 104 mil euros. No total de há 3 anos já nos foram cortados quase 2 milhões de euros.” As comemorações contaram ainda com o debate “Porto de Peniche: Perspetivas Futuras”, nos novos armazéns do Porto de Pesca, que contou com a presença do Secretá-rio de Estado do Mar, Manuel Pinto Abreu. Este afirmou que Peniche “é vista como uma aposta segura”, acrescentando que “a gestão dos portos ainda não tem um modelo estabelecido e que haverá uma evo-lução na Docapesca no que respeita à integração da mesma nos portos, dando corpo ao modelo inicial, o que permitirá uma maior proximi-dade entre as infraestruturas e as ad-ministrações locais”. Manuel Pinto Abreu concluiu dizendo que o de-senvolvimento local e nacional “têm de andar lado a lado e que Peniche é um forte polo de desenvolvimento, não só das pescas mas sim de tudo o que é a atividade do mar”.

A 29ª edição do Triatlo de Peni-che, que decorreu no passado dia 2 de junho, foi organizada pela Câ-mara Municipal de Peniche e pela Federação de Triatlo de Portugal. Foi na cidade que em 1984 se re-alizou a primeira prova de triatlo em Portugal. Paulo Carvalho foi o vencedor de então.José Luís Ferreira, presidente da Federação Portuguesa de Triatlo, realça a “os excelentes desempe-nhos desportivos já são sintomáti-cos do nível de desenvolvimento que a modalidade conhece. Há um crescimento no número de prati-cantes, o que se reflete na quali-dade das prestações desportivas. É um balanço extremamente positi-vo, com uma boa organização que nos faz concluir ter sido uma boa festa do triatlo”. Para os Jogos Olímpicos de Lon-dres 2012 Portugal conseguiu apurar dois atletas, João Silva e Bruno Pais, num máximo permi-

Triatlo volta à casa de partida

tido até três. Este ano estreou-se em Peniche o campeonato Na-cional Universitário de Triatlo onde Miguel Arraiolos do Grupo Desportivo Águias de Alpiarça, e estudante na Faculdade de Motri-cidade Humana, foi o vencedor da prova, “mas admito que no início não correu muito bem, mas na par-te final consegui aproximar-me do grupo da frente e ganhar”. Realça ainda a evolução da modalidade, “Portugal tem um grande nome a nível de equipa, não só por causa da Vanessa Fernandes, e agora estamos a apostar na formação do setor masculino para conseguir-mos levar o máximo de atletas aos próximos Jogos Olímpicos”. António José Correia, Presidente da Câmara Municipal de Peniche, defende que “a federação de triatlo tem uma componente muito pro-fissional e bem gerida, e o facto de se ter tornado uma modalidade olímpica ajudou à sua evolução”.

As praias com Bandeira Azul do concelho de Peniche vão for-necer aos frequentadores destas informações através de boias de monitorização marítima. Essas informações são, entre outras, so-bre a temperatura da água, do ar, intensidade do vento, raios UV, o

Boias de monitorização marítima em Peniche

nível do PH e do oxigénio diluído nessa mesma água. Esses dados emitidos em tempo real serão for-necidos a utilizadores de telemó-vel, iPhone, iPad, computador ou outras plataformas. Estas boias já se encontravam em funcionamen-to em outras praias do país.

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De 1 a 3 de junho, o festival de Mú-sica Improvisada de Atouguia da Baleia contou com a participação de 45 músicos vindos de todo o país e cerca de 15 estrangeiros, de forma voluntária - cada um acarretou com as próprias despesas. O MIA começou no dia 1 com um Workshop orientado por João Me-neses. No dia seguinte estreou o Video Art Show - uma exibição de curtas-metragens com origem em sonoridades criadas nas edições an-teriores. O festival terminou no dia 3 com atuação de vários grupos e do Ensemble do MIA, composto por músicos sorteados aleatoriamente. Os Xutos & Pontapés cantavam: “Eu nunca fiz nada que batesse certo”, o que muitas pessoas devem pensar em relação à música improvisada.Um dos pais do evento e também músico, Paulo Chagas, faz um ba-lanço “extremamente positivo. Po-demos congratular-nos por terem

Atouguia “MIA” em grandeAs televisões do bar da Sociedade Filarmónica União 1º de Dezembro 1902 transmitiam o concerto dos Xutos & Pontapés na 4ª edição do Rock in Rio Lisboa e ouviam-se as letras conhecidas e as notas organizadas. No auditório ao lado, 20 músicos tocavam as últimas notas improvisadas da 3ª edição do MIA

No passado dia 1 de junho a Assem-bleia Geral da ACISCP – Associa-ção Comercial, Industrial e de Ser-viços do Concelho de Peniche - teve como objetivo apresentar listas can-didatas às eleições a fim de escolher

ACISCP sem pretendentesos novos órgãos sociais da associa-ção. Como já era esperado, as duas dezenas de sócios que estiveram presentes não foram apresentados nenhuns candidatos para as eleições que serão marcadas para o dia 13 ou

14 de julho. Recorde-se que o atu-al presidente da ACISP, António Morais, apresentou a demissão do cargo.

vindo músicos de países como a Áustria, Espanha, Brasil, Argentina e até do Japão”. Enquanto recupe-rava o fôlego depois da sua perfor-mance, o outro criador da ideia, Fer-nando Simões, partilha do mesmo entusiasmo, “foi a terceira edição mas em termos de qualidade foi a primeira. O MIA não pretende ser um espectáculo de música improvi-sada, mas um encontro de músicos de improvisação onde todos trocam saberes”.Apesar do entusiasmo, o futuro é uma incógnita. Fernando Simões acrescenta que “é difícil marcar metas quando há entidades que têm pertinência em dificultar, mas temos força e continuamos cá!” O presi-dente da Sociedade Filarmónica, Afonso Clara, confirma essas com-plexidades, “estamos de parabéns pelo apoio dado para transformar este evento numa imagem de marca da Atouguia da Baleia. E era bom

que a Câmara Municipal de Peni-che entendesse este evento de uma perspetiva mais lata e não como um evento que é promovido só na vila, porque vem muita gente de fora à re-gião e é importante que a câmara não se feche nas suas muralhas”. Antó-nio Salvador, presidente da junta de freguesia estava rendido: “ou apren-di a gostar ou isto melhorou muito, e não tenho dúvidas que a qualidade tenha sido medonha.” Maresuke Okamoto, músico Japo-nês, assume que “tinha muita vonta-de de atuar aqui e todos os impro-visadores foram excelentes. É tudo muito bom, um lugar fantástico, o tempo, a comida, a bondade das pes-soas é incrível. Vou aproveitar para conhecer mais do país e irei voltar aqui certamente!”O auditório da sociedade filarmóni-ca estava cheio, mas o bar, onde se ouvia Xutos & Pontapés, estava “às moscas”.

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óbidos // concelhos |

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PROPRIEDADE:Hora H - Agência Global de Comunicação Unipessoal, Lda.

DIRETOR E ADMINISTRADOR:Luís ParreiraREDAÇÃO:Dina Aleixo, Letícia Martins e Marcelo ChagasCOLABORADORES:João Carlos Costa, José Monteiro, Nuno Jorge, António Marques e Carlos TiagoPAGINAÇÃO:vto | design

DEPARTAMENTO COMERCIAL:Paulo Rodrigues e Cláudia Ramalho

Rua Ramiro Matos Bilhau, N.º 10, 3º Esq2520-486 PENICHET. 91 857 99 40

Av. Eng.º Luís Paiva e Sousa, N.º 2D2500-329 CALDAS DA RAINHAT. 91 857 99 40

IMPRESSÃO: Fig-Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020-265 COIMBRA

Bandeiras nas janelas e centenas de pessoas nas ruas marcaram a des-pedida da seleção nacional da vila de Óbidos, que na sexta-feira, 1 de junho, deixou depois do estágio de preparação para o Euro 2012.Numa tarde marcada pela festa e euforia, os jogadores passearam de charrete na vila e ouviram o hino na-cional ser entoado na Praça de Santa Maria, por um grupo de crianças.Chegaram de charrete, exceção fei-ta à equipa técnica e aos dirigentes, que fizeram o trajeto a pé. Refira-se ainda que a tarde foi abrilhantada com a presença de Eusébio.Na vila considerada por Humberto Coelho, vice-presidente da Fede-ração Portuguesa de Futebol, um “talismã para a Seleção”, o selecio-nador nacional, Paulo Bento, deixou

Seleção despede-se de Óbidos em festa

expresso o orgulho nos 23 convoca-dos que espera que “sejam uns he-róis do nosso povo”.

Graffitis retratam jogadores

Da passagem da seleção nacional em Óbidos ficarão marcas como a fotografia do selecionador e dos 23 jogadores pintada a graffiti nas pare-des do quartel dos bombeiros locais.A ideia partiu de um antigo recluso, Luís David Furtado, que avançou com uma maratona de graffiti de apoio à equipa das “quinas’’.O autor “pretende desta forma dar o seu contributo para fomentar o orgulho nacional e a união em tor-no da equipa de futebol’’, referia a nota de divulgação da iniciativa

“ApoiArte Seleção’’, que tem ainda como objetivo “reabilitar o edifício devoluto do antigo quartel dos bom-beiros voluntários de Óbidos’’.De acordo com o mesmo comu-nicado, Luís David Furtado, de 30 anos, é o criador do conceito “OH! Arte sustentabilidade urbana’’, um “negócio social com o objetivo de prevenir a reincidência de ex-reclu-sos transmitindo e possibilitando a outros a sua própria experiência de uma bem-sucedida reinserção so-cial e profissional através da arte’’, que nasceu no âmbito da Academia Ubuntu, iniciativa promovida pelo Instituto Padre António Vieira.A maratona de gaffitis contou com o patrocínio da Federação Portuguesa de Futebol e da Câmara Municipal de Óbidos.

A Almadesign, empresa do Par-que Tecnológico de Óbidos, foi a responsável por criar o modelo Winner Facelift, para a Caetano-Bus.Este veículo, que assegurou o estágio da seleção nacional em Óbidos, é o sucessor do Winner, autocarro que transportou as equi-pas de futebol no Euro 2004.

Empresa local criaautocarro da seleção

Este novo modelo nasce para me-lhorar o conforto e a segurança dos passageiros.Os principais traços identifica-dores da marca Caetano foram mantidos e evoluíram para uma linguagem moderna, com melho-rias no desempenho e otimização dos fatores produtivos.

Potenciar os produtos da Lagoa de Óbidos através da ligação en-tre o turismo e atividades como a pesca e apanha de bivalves, é o objetivo do plano de marketing e promoção da costa marítima obi-dense, lançado a 25 de maio pela associação Óbidos.com.O projeto apresentado numa das margens da lagoa, no Bom Su-cesso, irá contar com uma verba de 38 mil euros e uma equipa de oito pessoas que durante um ano ouvirão “câmaras, associações de pescadores e organismos” com o objetivo de criar alternativas para as pessoas que vivem deste ecos-sistema”, explicou Nuno Men-donça, diretor do projeto.A primeira fase dos trabalhos in-cidirá no estudo do tipo, quanti-dade e rentabilidade das espécies existentes, mas, em simultâneo,

Plano de marketing e promoçãoda costa marítima obidense

“serão lançadas iniciativas práti-cas que irão passar pela criação de uma marca da Lagoa de Óbidos e pela certificação da qualidade dos bivalves e peixes aqui pescados”.A par, os mentores do projeto pre-tendem promover a criação de ati-vidades alternativas que possam ser um complemento aos rendi-mentos dos pescadores.O projeto foi candidato pela ADEPE (Associação para o De-senvolvimento de Peniche) ao programa comunitário PRO-MAR, que comparticipará 75 por cento dos custos.A restante verba será da responsa-bilidade da Associação Comercial de Óbidos - Óbidos.Com.O plano foi apresentado durante um almoço oferecido por pesca-dores e mariscadores da lagoa de Óbidos e confecionado no local.

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A câmara de Óbidos vai realizar, no próximo dia 19 de junho, uma sessão pública de discussão do projeto de regulamento de trânsito da vila, durante a qual os interes-sados poderão apresentar as suas sugestões.O regulamento apresentado em sessão de câmara a 16 de maio mereceu já reações do Partido Socialista local que defendeu que a vereação da câmara passe a es-tacionar fora das muralhas, para dar um exemplo pedagógico aos comerciantes e população da vila que só tem 50 lugares de estacio-namento.“Num princípio de pedagogia do exemplo a vereação e funcionários públicos devem passar a estacio-nar fora da muralha, excetuando os casos de pessoas com mobilidade reduzida”, afirmou José Machado, vereador da oposição na câmara de Óbidos, numa conferência de im-prensa em que divulgou as propos-tas para o ordenamento do trânsito.A maioria PSD no executivo de-fende o aumento do número de estacionamentos reservados à au-tarquia de quatro para seis, mas o PS considera “necessário passar uma mensagem positiva para que as pessoas estacionem nos parques exteriores e isso só será possível se os vereadores derem o exemplo”, acrescentou José Machado.Os socialistas fundamentam a pro-posta com o facto de na vila exis-tirem “apenas 50 lugares” de esta-cionamento dentro das muralhas onde residem a maior parte do ano

Regulamento de trânsito em discussão

cerca de 70 pessoas (em 112 fo-gos) e as unidades hoteleiras con-tam com um total de 80 quartos.Defensor de que os moradores, “já escassos e na sua maioria idosos” devem ter tratamento prioritário “para contrariar a desertificação”, José Machado sugeriu que fosse criada uma bolsa de estaciona-mento para turistas junto ao posto de turismo e que as unidades ho-teleiras fizessem o transporte dos hóspedes e bagagens.PS e PSD discordam ainda em re-lação à abertura ao trânsito na vila entre as 20h00 e as 10h00, defen-dendo o PS que a restrição à entra-da de viaturas deve prolongar-se até às 22h00.Os socialistas sugeriram ainda que a cerca do castelo volte a ter dois sentidos de circulação e que seja implementada uma solução antiderrapante na Porta da Senho-ra da Graça, onde a calçada está bastante polida e os carros derra-pam.As propostas dos socialistas não chegaram a ser votadas, dado o re-gulamento não ter, à data, entrado ainda em discussão pública.A par com as propostas que já avançou, o vereador socialista ma-nifestou hoje disponibilidade para “ser porta-voz das sugestões da população no sentido de evitar que as pessoas não se apercebam que podem dar contributos durante a consulta pública e sejam confron-tados com soluções definitivas”, concluiu.

A câmara de Óbidos, em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde – ACES, promove, durante o mês de junho, o projeto “Novos Ca-minhos em Saúde Oral”, em todas as freguesias do concelho.O objetivo da iniciativa é a pro-moção do princípio da equidade do

Saúde oral nas freguesiasdireito à saúde oral, através da sen-sibilização, divulgação e promoção de cuidados de saúde oral.Esta campanha, no âmbito do pro-grama municipal Saúde Melhor, será dinamizada junto da população, através da Unidade Móvel de Saúde do município de Óbidos, com técni-

cos de saúde oral (higienistas profis-sionais) e conta com a colaboração das juntas de freguesia do concelho.No dia 8 foi a vez de Gaeiras, se-guindo-se A-dos-Negros (12), Santa Maria (13), São Pedro (14), Ussei-ra (15), Sobral (19), Vau (20, Amo-reira (21) e Olho Marinho (22).

Está a decorrer, até final do mês de junho, o período de consulta pública no âmbito do processo de classifica-ção do Santuário do Senhor Jesus da Pedra como Monumento de Interes-se Público. A proposta de classificação do san-tuário incluindo o adro, e à fixação da respetiva Zona Especial de Pro-teção foi elaborada pela câmara de Óbidos, no início de 2010, através do Gabinete de Gestão do Patrimó-nio Histórico.Na sequência desta proposta, a Di-reção Regional de Cultura de Lisboa

Senhor da Pedra emprocesso de classificação

e Vale do Tejo (DRCLVT) iniciou um processo de estudo de eventualclassificação do imóvel, que permi-tiu confirmar a relevância dos valo-res identificados, tendo o Instituto de Gestão do Património Arquitetó-nico e Arqueológico determinado a abertura do procedimento adminis-trativo.A classificação do santuário garan-te a proteção do imóvel no âmbito da Lei de Bases do Património, no que diz respeito à salvaguarda valo-rização e estudo, traduzindo-se pelo compromisso do Estado em “asse-

gurar a transmissão de uma herança nacional”. Estas medidas vão desde a promo-ção de boas práticas de conservação, restauro e reabilitação, apoio técni-co e acompanhamento da execu-ção de projetos, à possibilidade de financiamento das intervenções no âmbito do Fundo de Salvaguarda do Património CulturalAs observações dos interessados em participar na discussão pública de-verão ser dirigidas à DRCLVT, que se pronunciará num prazo de 15 dias úteis.

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caldas da rainha // concelhos |

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Se na cozinha foi Isa Alfaiate quem deu cartas, na sala coube a Jéssica Silva escolher a temá-tica das mesas que desta vez incidiu sobre os quatro elementos: água, ar, terra e fogo.À escansão Maria Inês Oliveira coube a esco-lha dos vinhos que recaiu num verde seco e suave, “Quinta do Ameal”, para acompanhar a entrada de Salada de Repolho com Rabanete e a Sopa de Tomate com Ovo Picado acompa-nhada de Gelado de Orégãos.Para o prato de peixe, Isa Alfaiate inspirou--se em Peniche para apresentar um Robalo es-calfado em “Água do Mar” acompanhado de Puré de Manjericão e Percebes, servido com um vinho branco Esporão, reserva de 2011. Um Lombinho de Borrego em Crosta de Es-peciarias acompanhado de Arroz Selvagem e molho de Pimenta Verde, com um vinho tinto Carm, de 2010 e uma Mini Torta de Laranja,

Cozinha de autor esgotarestaurante da Escola de HotelariaIsa Alfaiate, natural de Peniche, foi a chef de uma das iniciativas denominadas “Cozinha de Autor”, através das quais o polo caldense da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste dá aos seus alunos a oportunidade de mostrarem os seus dotes culinários, de escansão e de chefe de mesa

acompanhada de Granizado de Tangerina e Crocante de Toranja, para a sobremesa, com-pletaram o repasto.Considerada por todos os alunos participantes uma excelente oportunidade para experimen-tarem, na prática, os conhecimentos obtidos no curso, a iniciativa contou, ao longo de várias sextas-feiras, com lotação esgotada no

restaurante da Escola de Hotelaria.Na despedida da “Cozinha de Autor” o diretor da escola, Daniel Pinto, deixou a promessa de que a cozinha voltará a dar que falar, convi-dando alguns grupos da sociedade a darem largas à criatividade e cozinharem os seus pró-prios menus.

Linha do Oeste

Mais de sete dezenas de atuais e antigos trabalhadores ferroviários aprovaram, nas Caldas da Rainha, uma moção em que contestam a intenção anunciada pelo Go-verno de encerrar o serviço de passageiros na Linha do Oeste.A moção reconhece como válidas as solu-ções apontadas por Nelson Oliveira, num estudo em que defende a viabilidade da linha, e reivindica a realização de obras de requalificação na ferrovia.

Animação infantil

A Semana de Animação Infantil das Cal-das da Rainha, que decorreu até 2 de ju-nho, realizou-se este ano sob o tema “As Profissões”.Ateliers, exposições, insufláveis, pinturas faciais, jogos e muita animação fizeram as delícias das crianças que passaram pela Expoeste, que esteve no último dia (sábado 2) aberto igualmente ao público em geral.A organização é da Câmara das Caldas, em conjunto com o grupo de Animação Infantil, que inclui as escolas do ensino básico da rede pública e instituições parti-culares de solidariedade social.

Caldas Late Night

Milhares de pessoas seguiram “o mapa” do Caldas Late Night durante dois dias para verem as 127 intervenções artísticas que integraram a 16ª edição do evento.Organizado por alunos da Escola Supe-rior de Artes e Design (ESAD) o Caldas Late Night decorreu sob o título lowcost e encheu a cidade de instalações, perfor-mances, concertos, exposições e até uma procissão, em que o santo em cima do andor deu lugar a um falo, encaminhando os “devotos” para uma festa na Praça de Touros.O evento fechou uma vez mais com uma mega festa e encerramento nas instalações da ESAD.

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“Mais tarde ou mais cedo o Gover-no terá que ceder e diminuir a taxa do IVA para a restauração sob ris-co de pôr em causa a sobrevivência das pequenas empresas”, defendeu Arménio Carlos porque, se não ce-derem, os governantes serão “obri-gados a sair e a serem substituídos”.Arménio Carlos falava no INATEL da Foz do Arelho, onde se concen-traram 150 delegados dos sindicatos que integram a FESAHT num con-gresso que teve como lema “De-fender a constituição de Abril, os direitos do trabalhadores e garantir o futuro”.

Arménio Carlos noINATEL da Foz do ArelhoO secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, esteve, a 24 de maio, na Foz do Are-lho, onde participou no IV Congresso da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Ali-mentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT)

A Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha está a dar continuidade, desde o início de junho, a mais uma edição da iniciativa “Dar e Parti-lhar” – campanha de troca de manu-ais escolares.A iniciativa, baseando-se nos valo-res de solidariedade social, pretende promover a reutilização de manuais

Campanha de troca de manuais escolaresescolares entre vários graus de en-sino, contribuindo para a rentabili-zação dos recursos económicos das famílias e evitar o desperdício.Durante o mês de junho, a Biblio-teca Municipal disponibiliza uma base de dados on-line no site da Câ-mara Municipal (catálogo da biblio-teca municipal), com o registo de

todos os manuais disponíveis. Aceitam-se manuais escolares em bom estado de conservação e apenas a partir do ano de 2008. Os mesmos deverão ser entregues na Biblioteca Municipal ou no Pos-to de Leitura da Biblioteca (na Junta de Freguesia Nossa Senhora do Pó-pulo).

Objetivos que o coordenador da FESAHT, Joaquim Pires, pretende atingir “através da luta dos trabalha-dores e do reforço da nossa própria organização” que neste congresso elegeu novos corpos gerentes para o mandato 2012/2018.A luta pela melhoria dos salários e condições de trabalho, a defesa dos horários de trabalho e direitos sociais, a defesa da negociação da contratação coletiva e a manutenção dos direitos dos contratos são algu-mas das linhas de ação avançadas pelos congressistas, que acusam o Governo de implementar “políticas

devastadoras” que fazem dos tra-balhadores portugueses “os novos escravos do século XXI”, afirmou Joaquim Pires.Os congressistas aprovaram, no sá-bado, uma plataforma reivindicativa de ação e luta pela valorização dos setores e industria representadas pela federação que abrange mais de 338 mil trabalhadores, representan-do cerca de 11,2 por cento do em-prego nacional e um peso de cerca de 14 por cento no Produto Interno Bruto (PIB).

O presidente da câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa, já co-municou à empresa Águas de Por-tugal que não pretende “fazer a con-cessão da distribuição de água a essa empresa nem pode concordar com o preço previsto da água de 2,5 a 3 euros por m3”.A posição do autarca foi expressa em ofício à Águas de Portugal, de-pois de o governo ter anunciado a intenção de normalizar os preços da água em todo o país.Costa considera que nas Caldas da Rainha “onde o preço médio é de um euro por m3” seria “muito pe-nalizador para a população”, aderir ao aumento proposto pelo Governo.No mesmo ofício o presidente dá ainda nota da situação financeira dos serviços municipalizados que reafirma não pretender concessionar e denuncia o facto de “ o município

Fernando Costa contraaumento do preço da água

das Caldas da Rainha estar a ser pre-judicado pela situação financeira das Águas do Oeste e do elevado preço da água, que nos estão a fornecer”.A manter-se esta situação, ameaça o autarca, “vamos deixar de adquirir água e suspender os pagamentos”, uma vez que de todas as câmaras que integram este sistema apenas Caldas da Rainha e Torres Vedras têm as contas em dia, acumulando os restantes municípios dívidas que nalguns casos ascendem a vários milhões de euros.“Em vez de subir o preço aos con-sumidores devem é ser reduzidos os custos de exploração e o preço de aquisição que está a ser praticado com a EPAL, por ser manifestamen-te elevado”, defende ainda Fernan-do Costa no ofício enviado à Águas de Portugal.

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Mar, Sabor & Tradição

SUPLEMENTO ESPECIAL

PENICHE

13 junho 2012 | SUPLEMENTO ESPECIAL 1

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13 junho 2012

Que balanço faz das épocas balneares anteriores?No ano passado houve incidentes fora da época balnear no concelho da Lourinhã e aí já houve preocupação por parte do município para tentar ter vigilância nas praias não vigiadas, mas o caso da praia da Areia Branca ocorreu a 10 de junho e a época balnear começou a 15 des-se mês na Lourinhã. Aqui em Peniche, felizmente, não tem havido problemas. Este ano houve um esforço por parte da capitania em acelerar os procedimentos burocráticos para que até há data do iní-cio da época balnear os concessionários terem o requerimento e o despacho con-cluídos para autorizar a frente de praia, que é uma formalidade que tem de se cumprir. Anteriormente só se resolvia a partir da segunda semana.

Expetativas para este ano?O que está na lei é o concessionário ser responsável para assegurar a assistência aos banhistas e aos nadadores salvado-res. Desde que essa parte seja cumprida há boas condições para a época balnear correr bem.

Quais são as condições apresentadas pelos equipamentos de salvamento?

As pessoas têm de ter bom senso:“se alguém não sabe nadar não sevai mandar para o fundão!”A Capitania de Peniche é das entidades mais importantes da região. A sua jurisdição começa na Foz do Arelho e prolon-ga-se a Torres Vedras, traduzindo-se em 103km de costa. Pa-trocínio Tomás, ao comando da Capitania desde 2009, fala da preparação da época balnear que começou a 1 de junho e estende-se até 15 de setembro, das dragagens da Foz do Arelho e das obras nas arribas. Elogia as praias de Peniche e apela à segurança dos banhistas

Já foram concluídas as vistorias há duas semanas e as falhas eram mínimas. Ao nível dos nadadores salvadores, já tro-quei algumas ideias com os concessio-nários sobre isso e está tudo bem servi-do, inclusive foi concluído um curso de nadadores salvadores há pouco tempo.

A nossa região tem mais bandeiras azuis este ano. Têm-se feito investi-mentos para melhorar as condições das praias?A Bandeira Azul é uma certificação que tem de cumprir com determinados re-quisitos. Quem submete as candidatu-ras são as autarquias, depois é avaliada se aquela concessão cumpre com as re-gras. Depois, as entidades como a Capi-tania, Delegação de Saúde, Associação da Bandeira Azul e a Administração da Região Hidrográfica (ARH) verificam os requisitos como a qualidade da água, os serviços prestados aos banhistas e a se-gurança. Se esses requisitos não forem confirmados a Bandeira Azul será reti-rada.

Estão a começar as obras das arribas da praia da Consolação. Como está a decorrer este processo?As arribas estão à responsabilidade da

autoridade marítima. A Capitania acom-panha os processos mas o assunto é lide-rado pela entidade que tem a tutela dessa área, a ARH. Eles auscultam todas as partes e geralmente o parecer dado pela Capitania é sempre favorável para os casos de requalificação. Concretamente, o nosso dever é que a sinalização seja cumprida. Em São Bernardino houve o acidente no ano passado, e neste ano, na zona que já estava sinalizada, por força do acidente, será colocado um perímetro para ninguém se aproximar da área.

Está-se agora a evitar o mesmo na Consolação?Temos de ver as coisas de maneiras dife-rentes. Uma coisa é haver uma praia que é uma unidade balnear e teoricamente tem as sinalizações a indicar os limites da praia, na Consolação esse caso não se põe, porque está fora dessa área – o que não quer dizer que as pessoas não andem nessa zona. A política é a definida pela Proteção Civil: é avisar as pessoas que o risco existe, e se ele for muito grande interdita-se a área, mas há sempre gente a passar os limites. As obras que decor-rem na Consolação têm a ver com isso. Mas também sabemos que mais tarde ou mais cedo irá cair, e antes disso evitam-

-se males maiores.

Relativamente às dragagens na Foz do Arelho, há algum perigo para os ba-nhistas?A Foz tem uma praia no mar e do lado de Óbidos tem uma na Lagoa. O que se passa ali é uma alteração no fundo, em termos da parte balnear não vejo grande problema - apesar de após 6 metros se perder o pé. A parte do canal está bas-tante funda, onde antigamente se podia passar a pé de um lado para o outro agora não dá.

Mas há sinalização? Temos de averiguar com a Câmara Mu-nicipal das Caldas da Rainha se coloca-mos sinalização, mas só depois da finali-zação da obra - ainda neste verão. Mas as pessoas têm de ter bom senso: se alguém não sabe nadar não se vai mandar para o fundão. De qualquer modo será feito um anúncio a alertar para esta situação.

Qual a avaliação que faz da zona bal-near de Peniche comparando com as outras da sua jurisdição?Peniche tem a vantagem de proporcionar excelentes condições para a prática de desportos náuticos. Para além disso tem a costa virada a norte e a oeste, o que lhe dá muito espaço. Mesmo quando o Baleal está “à pinha”, a meio do verão, ainda há algum espaço. A qualidade da água também é bastante boa, apesar de nem todas as praias terem bandeira azul.

Deixa algum conselho para os banhis-tas?Apelo às pessoas para terem cuidado quando forem à praia. Frequentar praias vigiadas e cumprir as regras é essencial para ter um verão em segurança. Prote-ger-se do sol, beber muitos líquidos e não deixar as crianças sozinhas na praia são alguns avisos que deixo a todos os banhistas para terem um verão em segu-rança.

262 758 689encomendas

SUPLEMENTO ESPECIAL | 13 junho 20122

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13 junho 2012

Ao aceitar participar na 3.ª Edição das Marchas Populares da Freguesia de Atou-guia da Baleia, feliz iniciativa, a que esta colectividade se associou desde a primeira hora, escolhemos o tema “As Vindimas” como forma de homenagear os homens e mulheres desta Vila, que com dificuldades imensas à época, trabalhavam arduamente, para realizarem as colheitas, tentando as-sim angariar o sustento dos seus familiares.Na letra lembramos e homenageamos os grandes vinicultores da terra, assim como os proprietários dos muitos lagares exis-tentes na época, tais como: Carlos Vala, João Pereira, Fernando Vala, Brasileiro, Zé Nabo, Francisco Chagas, vulgo Mata-Sete, João da Sofia, etc.Na coreografia procuramos retratar os mo-vimentos dos apanhadores das uvas, assim como dos pisadores das mesmas, desde a saída para a vinha até à festa que se segue

e ao merecido farnel levado para o lagar pelas mulheres. Os arcos são feitos com cepas verdadeiras, de maneira a recriar da melhor forma uma vinha.Uma palavra de agradecimento muito forte a todos os marchantes, cantores, músicos, costureiras, enfim a todos os que de uma forma ou outra proporcionaram as condi-ções para a marcha se realizar.Este é um trabalho que não se quantifica mas que se valoriza e dignifica.Uma palavra de gratidão ao nosso maestro João Paulo Ferrão, pelo seu empenho.

Obrigado a todos.

Letra: Afonso ClaraCenografia:Cristina Leitão eAdemar Vala MarquesCoreografia: Céu Lopes,Ademar Vala Marques e Cristina Leitão

Sociedade Filarmónica União 1º Dezembro de 1902 de Atouguia da Baleia

Antigamente as VindimasEram feitas com amorRapazes e raparigas vindimavam com fervorEles com cestos às costasLá iam ganhar o pãoElas com cestas ao ladoJuntavam os bagos do chão

- REFRÃO –

As vindimas na AtouguiaTêm sua história convêm recordarAndavam de vinha em vinhaApanhando os cachos pra depois os ir pisarNos lagares antigos,Do João da Sofia, Zé Nabo ou Mata SeteLagares com HistóriaTodos fazem parte da nossa memória

As vindimas na AtouguiaEnvolviam muita genteNas vinhas do Carlos Vala, João Pereira ou dos ValasLogo ao romper do SolLá iam com alegriaPara ganharem o pão

- REFRÃO –

As vindimas na AtouguiaTêm sua história convêm recordarAndavam de vinha em vinhaApanhando os cachos pra depois os ir pisarNos lagares antigos,Do João da Sofia, Zé Nabo ou Mata SeteLagares com HistóriaTodos fazem parte da nossa memória

Recordarmos as vindimasÉ um preito de gratidãoAos nossos antepassadosQue do vinho faziam pãoEram tempos muito pobresMas ricos em doaçãoEsta é a nossa homenagemPrestada com emoção

REFRÃO FINAL

Os lagares na Atouguia demonstram a forçaQue existia entãoCarlos Bruno ou FelisbelaBrasileiro ou ValasFeliz Gaio ou AvelarNos lagares antigos do João da Sofia, Zé Nabo ouMata SeteLagares com HistóriaTodos fazem parte da nossa Memória

13 junho 2012 | SUPLEMENTO ESPECIAL 1

Tema: As Vindimas da Atouguia

SUPLEMENTO ESPECIAL

MARCHAS POPULARES DA FREGUESIADE ATOUGUIA DA BALEIA

Quando há três anos atrás, esta autarquia apoiada pelas seis coletividades da Freguesia que na altura se associaram a nós nesta inicia-tiva, Casal Moinho, Lugar da Estrada, Geral-des, São Bernardino, Casais Mestre Mendo e Sociedade Filarmónica União 1º Dezembro de 1902 de Atouguia da Baleia, não imaginariam o sucesso que a iniciativa iria obter junto das populações e das paixões que iria desencadear nos integrantes das marchas, nomeadamente ao nível do orgulho sentido nas suas Terras e Gentes, mas também pela camaradagem e solidariedade existente entre todos os partici-pantes.Posteriormente, também a Bufarda se juntou a nós, para nossa satisfação, pelo que na edição do ano passado e neste ano temos a presença de sete colectividades, que orgulhosamente irão desfilar de forma garbosa, mostrando os seus trajes e focando-se nas suas Terras e suas Gentes.

É isto o associativismo, sete coletividades en-volvidas num projecto comum, esquecendo crises, antes acreditando que o futuro se cons-trói com o presente, acreditando e realçando as suas raízes e sobretudo, e afirmando alto o seu orgulho de ser Português.

A Junta de Freguesia

11 junho 2012

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13 junho 2012SUPLEMENTO ESPECIAL | 13 junho 20122

União Desportiva eCultural de S. BernardinoTema: Redes e Rendas

Marcha organizada pela União Desportiva e Cultural de S.Bernardino.

Esta colectividade, de utilidade pública, foi fundada em 20 de Maio de 1950 e par-ticipa pela terceira vez no desfile das Mar-chas Populares da Freguesia da Atouguia da Baleia.

A marcha de S.Bernardino 2012 vem ho-menagear a antiga tradição das Rendas de Bilros, tão característica da região e da aldeia.

O guarda-roupa, alusivo ao tema das Ren-das de Bilros, apresenta-se em tons de azul e laranja, decorado com rendas. Os arcos são bancos com almofadas de fazer renda, adornadas com os piques, as rendas, os al-

finetes e, naturalmente, os bilros.A letra é original e descreve a arte das ren-dilheiras, os utensílios e alguns dos pontos utilizados. Menciona ainda o importante papel das rendilheiras na reparação das redes de pesca e no sustento dos lares atra-vés da venda das artesanais rendas, visto que a pesca nem sempre era suficiente.

Integram a Marcha de São Bernardino:

• 2 Porta Bandeira (1 adulto e 1 criança)• Par de Padrinhos• Par de Mascotes• 12 Arcos• 48 Marchantes (32 adultos e 16 crianças)• 1 Par suplente• 4 Elementos de coro• 2 Aguadeiros

Com orgulho vem São BernardinoMostrar uma velha tradiçãoP’ra novatos é um desatinoP’ra experientes não tem confusão

É uma almofada sobre um bancoUma rendilheira com jeitinhoPique em açafrão e linha em brancoRendas feitas com bilros de pinho

Tantos bilros, alfinetes e fiosVão criando diferentes feitiosNuma trama tão perfeitaA arte das rendas é a nossa eleita

São torcidos, tranças e meios pontosBilros dançam e vão ficando tontosFiligrana, flor, pastilhaAstúcias que passam de mãe para filha

As redes de pesca reparavamNa praia ou no cais, olhando o marA pensar nos homens que pescavamE entre elas sempre a conversar

Pouco peixe dentro das traineirasCasa e filhos para alimentarEntraram em cena as rendilheirasP’r’ajudar no sustento do lar

(Refrão)

Das hábeis mulheres da nossa aldeiaMuitas trabalharam neste ofícioÀ luz do petróleo ou da candeiaVale a pena todo o sacrifício

Missão de minúcia e pormenorTantas horas demora aprenderTemos aqui uma arte maiorE não vamos deixá-la perder

(Refrão)

Centro Social da BufardaTema: Os Moinhos

Marcha organizada pelo Centro Social da Bufarda.Esta Instituição foi fundada em 1993 e participa pela 2ª vez no desfile das Mar-chas Populares da freguesia da Atouguia da Baleia.Tendo a localidade da Bufarda, Alto Foz e Alto Veríssimo uma das paisagens mais lindas desta freguesia, pelo destaque dos moinhos de vento existentes, dado que a sua região está relacionada com a agricul-tura dos tempos passados.

Integram a marcha: • Porta-bandeira; • Padrinhos que representam e homenageiam esta População;• Três mascotes;• 24 Marchantes, distribuídos por 6 arcos;• 2 Elementos do coro.

O guarda-roupa e arcos são do Centro So-cial da Bufarda. A letra original deste ano baseia-se nos moinhos por se transformar a moagem em farinha e esta em pão. A música é de Nelson Santos e a letra de Júlia Leal. O centro Social da Bufarda agradece em especial ao coreografo, Sr. João Martins, à Joana Costa, estudante de design e moda e às costureiras pela confecção dos fatos que simbolizam as cores tradicionais desta ins-tituição. Não esquecendo também de agra-decer aos cantores e à banda filarmónica, em especial ao Maestro Paulo Ferrão pelo apoio que prestou.

O nosso obrigado a todos!

Cá estamos este ano outra vez De novo convidada pela nossa freguesia Somos a bela marcha da Bufarda E voltamos com muita alegria. É com muito orgulho amor e carinho Que nesta marcha viemos apresentar Bem lá no alto da Bufarda o moinho O tema que vamos cantar

Refrão:Campos de Trigo desfeitos a grão Moídos a farinha passados a pãoCabaças cantam a saudade que não tarda O vento move as velas dos moinhos da BufardaE a melodia da canção embalada Que nas velas é levada pelo vento feiti-ceiroBufarda és para o teu povo a mais bela Assim como o moinho é a paixão do moleiro

Campos de Trigo desfeitos a grão Moídos a farinha passados a pãoCabaças cantam a saudade que não tarda O vento move as velas dos moinhos da Bufarda

E a melodia da canção embalada Que nas velas é levada pelo vento feiticeiroBufarda és para o teu povo a mais bela Assim como o moinho é a paixão do moleiro

Vão depois da janta as moças solteirasJunto aos moinhos na roda dançar Com os rapazes que entre as brincadeirasAproveitam para as namorarE os pares dançando sem nunca pararÀ volta dos moinhos voltados pró marAssim vão cantando lindas cantigasQue o tempo não deixa apagar

Refrão …

O moleiro trabalha desde meninoE o seu destino é apenas verAs velas do moinho ao vento a girarÉ a sua alegria de viverVamo-nos despedir desta vezCom muito amor saudade e alegriaSó queremos de novo agradecerAqui à nossa freguesia Refrão…

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13 junho 2012

Associação Cultural, Desportiva e RecreativaCasais Mestre MendoTema: Marcha CMM 2012

Casais de Mestre Mendo respondeu, e aceitou o convite, feito pela Junta de Fre-guesia para a 3ª edição das marchas po-pulares.

Assim a Associação Cultural Desportiva e Recreativa organizou a marcha, que é composta por 40 elementos, divididos da seguinte ordem: marchantes, padrinho, madrinha, cantoras, ensaiador e porta es-tandarte e tem como tema “ A nossa Al-deia” aldeia pequena, modesta e pobre, com pouca história para contar, mas da qual os seus habitantes se orgulham mui-to.

A aldeia de Casais de Mestre Mendo é lo-tada de paisagem natural das mais bonitas do nosso concelho. Não é por acaso, que muita gente, a tem escolhido para viver.

Hoje, aqui estamos de novo, para a todos dizer, que a nossa aldeia é bela. Fazemo--lo com orgulho de sermos casalenses.

Com muito carinho, a marcha agradece, a todos quantos nos apoiam, e redobra o seu agradecimento aqueles que trabalham, e deram o seu melhor, para que hoje fosse possível a sua atuação.

Abre as portas Atouguia p’ra passar Tantos grupos que aqui vêm desfilarEsta noite não há criseVamos todos ser felizesComeça a sardinha a assar

Ponham-se à JanelaPara ver passarA marcha mais bela que vos vem saudarSomos casaleirosDe fatos garridos e folhos bordadosHoje vale tudo, dança velho e miúdoSolteiro e casado

Os Casais de Mestre Mendo vem marcharP’ra manter a tradição popularNosso tema é a AldeiaUma terrinha pequenaCom tanto para mostrar

Vaidosas meninas todas emproadasParecem varinas apregoar p’la estradaOlhem rapazinhos não deixem escaparNesta noite tão boaSe queres casarEscolhe o teu parStº António te abençoa

E com audácia esta gente atrevidaMostra aqui o seu dançarSão 7 povoações, trazem arcos e pregõesE o melhor do seu saber (Refrão)

Um lugar de gente modesta e pobreMas vai chegando progressoTem um morador tão nobreQue a todos nos acodeSenhora do Bom Sucesso

Terra da Lavoura e boas PadeirasAldeia de agricultoresFilhos de lavadeirasIgreja branquinha, moinho saloioE fonte SagradaIsto é a nossa AldeiaQue fica no AltoÉ Casais, toca fanfarra

A fanfarra não se cala minha genteEles bem puxam por nósOlhem p’ro Sr. FerrãoA dirigir esta cançãoQuase que me falta a voz

(Refrão)

13 junho 2012 | SUPLEMENTO ESPECIAL 3

Associação Desportiva e Recreativa de Casal MoinhoTema: Casal Moinho em Flor

A marcha popular do Casal Moinho parti-cipa este ano com o intuito de homenagear a Madrinha dos anos anteriores, a Senhora Ilda Gonçalves, que por devastadora do-ença, recentemente nos deixou… Tendo sido sempre o nosso amparo e a maior entusiasta no aprontamento das anteriores edições, colocando em tudo o que fazia uma nota de simplicidade e de humildade que a todos tocava.

Desta forma, o pequeno grupo de mar-chantes, constituído por 12 pares e 1 porta-estandarte, desfila, este ano, sem Padrinhos.

O tema escolhido foi o Casal Moinho em Flor, sendo que a Flor representa a nossa

Madrinha, uma linda flor que será sempre recordada nos nossos corações.

Com letra de Cristina Ferreira, música de Nelson Santos, coreografia de Susana Baptista Esteves e execução do figurino de Elisabete Rato.

Fazemos uma nota final de apreço e agra-decimento a todos os que, com o seu labor e manifestações de apoio, nos motivaram a participar nesta iniciativa da Junta de Freguesia de Atouguia da Baleia.

Recordamos a mais bela florNossa Madrinha a iluminar sem fimMeiga e sedosa e muito formosaBrilha aqui no nosso jardim

Casal Moinho está em flor E nesta marcha alegre e a brilhar Com esta cantiga a nossa Madrinha Aqui viemos recordar

Aí vem a nossa marcha O Santo António vamos festejar E com muito amor a mais linda flor Vamos hoje homenagear

Refrão: São tantas flores, tantas cores E tantos arcos e balões Aqui está a nossa marchaViva o Santo António e as tradições

Vamos na marcha a cantarQue a nossa Madrinha está nos nossos corações

É nesta Linda primavera Que muitas flores aqui vão brilhar Com nomes de moças sempre tão airosasNa nossa marcha a passar

Recordamos a mais bela flor Nossa Madrinha a iluminar sem fim Meiga e sedosa e muito formosaBrilha aqui no nosso jardim

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13 junho 2012SUPLEMENTO ESPECIAL | 13 junho 20124

Sporting Clube da EstradaTema: Marcha da Estrada 2012

O Sporting Clube da Estrada - coletividade desportiva e cultural desde 1947 – ao lon-go dos anos tem praticado o associativismo como serviço à comunidade e à região onde está implantado. Nas modalidades desportivas destacou-se o futebol, sendo atualmente o futsal a modali-dade que mais se pratica. Organiza diversos torneios preservando sempre valores como o espírito de equipa e o convívio entre os seus praticantes. Nas áreas cultural e recreativa tem desen-volvido um vasto trabalho que vai desde a prática do campismo, a implantação de cursos de formação contínua, exposições artísticas, reconstituição de usos e costumes dos nossos antepassados através do evento etnográfica Saberes-Tradições-Sabores, até aos jogos tradicionais, passeios equestres.O Sporting Clube da Estrada é uma autên-tica casa da Comunidade onde além da prá-tica desportiva, cultural e recreativa, serve de ponto de encontro onde se convive, se participa em colóquios, se aprecia uma ex-posição, se dança, se ouve um concerto e se pode tomar uma bebida ou mesmo tomar uma refeição; é o local onde se praticam atos médicos e onde se acolhem crianças em idade pré-escolar. Tem sido inegável a colaboração com os órgãos autárquicos em diversas iniciativas, destacando-se em junho a participação nas Marchas Populares organizadas pela Junta de Freguesia. A fruta é o tema geral da mar-cha deste ano. Cada arco transporta uma

cesta de frutos. São os frutos da alimenta-ção saudável, a maçã, a laranja, o morango, etc., e são os frutos do associativismo, a escola de cidadania, que nos ensina a prati-car desporto em espírito de equipa, que nos ensina a sermos solidários, voluntários e generosos para com a comunidade.A Marcha da Estrada 2012 tem música de R. Ferrão / N. Araújo, letra de Antonino Pinto, coreografia de Lucinda Ramos, sen-do cantado pelo Grupo Musical da coletivi-dade, o “ MAR-A-VISTA” e resultou de in-vestigação do grupo musical SERENATA.Os temas dos 5 arcos do seu desfile são:

Arco nº1 – Sporting Clube da Estrada: Des-porto e Cultura. Os objetivos a atingir:• Construção dum novo pavilhão• Remodelação das instalações• Apoio à Associação de Solidariedade MÃO AMIGAArco nº. 2 - Roda dos alimentos. Para uma alimentação saudável não devemos esque-cer os frutosArco nº. 3 - AMA - Associação Mão Ami-ga. Solidariedade - VoluntariadoArco nº. 4 - Homenagem a S. António.Arco nº. 5 - Homenagem a S. Sebastião, com festa anual em Agosto.

A todos os que tornaram possível esta mar-cha, organizadores, músicos, letrista, coreó-grafa, marchantes e ao maestro João Ferrão os nossos agradecimentos públicos.

Olha olha para elatrás no arco um melãoai Estrada é sempre aquela (bis)que mantém a tradiçãoNos campos da nossa terrao povo trabalha e lutamostrando que nesta era (bis)se produz boa fruta

RefrãoCá vai a estrada com a sua fruta fresquinhaseja grande ou miudinhao que interessa é o saborCá vai a estradaem festa e animaçãoabrindo seu coraçãomostrando seu valor

Cá vai a estradacom a sua fruta tão belauma verde outra amarelaas cores da nossa alegriaCá vai a estradacom fruta na gargantaa marcha que mais encantacá da nossa freguesiaOlha olha para o marda praia da consolaçãosempre foi a melhor praia (bis)do povo desta naçãoHá um sol a brilhar que mantém a chama acesavendo a estrada marchar (bis)com toda a sua beleza

Refrão

Tema: O Namoro

Atlético Clube de Geraldes e Centro de Solidariedade Social, Cultura e Convívio de Geraldes.

De autores desconhecidos, com adapta-ção de letra de João Sebastião, o Namoro é o tema da marcha com que Geraldes se apresenta às 3ª Marchas Populares da sua Junta de Freguesia.

Com este tema, a Marcha homenageia o namoro, simbolizado nos corações, na cenografia e no figurino, que recriando uma época de fidalguia dourada, se pre-tende que transportem à nobreza e exce-lência do ouro para o sentimento sublime do enamoramento e o brilho das luzes à analogia do fogo do amor, trazendo a alegria e encantamento dos namorados no seu apelo a um bom casamento ao seu

Santo Padroeiro.

Esta Marcha resulta da parceria entre o Atlético Clube de Geraldes e o Centro de Solidariedade Social, Cultura e Convívio de Geraldes.

As Associações agradecem particularmen-te à mentora do figurino e cenografia, Rute Frias, à responsável pela coreografia e en-saios, Lucília Ramos, à costureira Suzel e aos criadores e construtores dos arcos Vi-tor Silva e Francisco Henriques e em geral a todos os que participaram na elaboração da nossa Marcha e ao Maestro Paulo Fer-rão pela colaboração.

Ai, ó Geraldes, terra tão querida,És nosso amor, és nossa vida!

Terra tão bela que tanto amamos,É só p’ra ti que nós cantamos!

Terra de um povo trabalhador,P’ra ti é todo o nosso amor.

Terra de paz e amizade,Viva tão bela mocidade!

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Noutro tempo os namorados Lá se viam de passagem,Deveriam consultar, A pé, e não de automóvel,Os seus entes mais chegados E nem trocavam mensagensPara tudo começar: Por não haver telemóvel.

Era o pai, a mãe , a tia, Outras vezes, p ra se verem,A irmã e mais o irmão, Inventavam algum truque.Só no fim é que sabiam O que haviam de fazer?Se podiam dar a mão. Não havia faceboock?

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P’ra terem boas maneiras, Mas hoje tudo é diferenteO jovem e a donzela Nestes namoros de agora,Só mesmo às quintas feiras À frente de toda a genteNamoravam à janela. Namora-se a toda a hora.

Aos domingos e feriados, Hora a hora Deus melhoraNas tardes mais soalheiras, Diz o povo com razão.Passeavam acompanhados Namora sempre, namora!Por um “pau de cabeleira”! Pois faz bem ao coração!

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13 junho 2012

PONTO DE ENCONTROPASTELARIARua do Montepio, 26CALDAS DA RAINHA

CONTRADIÇÃO PASTELARIARua Dr. Miguel Bombarda, 30CALDAS DA RAINHA

E ainda...

O POI Peniche é um projeto criado por Pedro Sampaio em parceria com a ACISCP – Asso-ciação Comercial, Industrial e de Serviços do Concelho de Peniche. Consiste numa página de internet (www.poipeniche.com) com uma base de dados que pode ser acedida de duas maneiras: diretamente no site ou através de dispositivos móveis, GPS’s ou telemóveis. Com informação detalhada de cada um dos lojistas - nome, morada, telefone, latitude e longitude e até fotografias dos estabelecimen-tos - esta plataforma online foi criada com o intuito de promover o comércio tradicional da cidade através das novas plataformas de co-

POI Peniche dá a cidade a conhecermunicação. O Points Of Interess (Pontos de Interesse) surge como projeto final de Mestrado em Co-municação Educação e Multimédia da Esco-la Superior de Educação de Santarém. Pedro Sampaio explica que “devido à estratégia de Lisboa para a Europa 2020 – preparar a tran-sição para uma economia e sociedade basea-das no conhecimento, através da aplicação de melhores políticas no âmbito da Sociedade da Informação e do Desenvolvimento - asso-ciaram-se duas ideias: empreendedorismo e georreferência. Consegui pensar num proje-to capaz de potenciar o comércio tradicional

do concelho de Peniche através da criação de uma base de dados com pontos de interesse para uso nos GPS’s”. Com lançamento oficial em maio, a página tem já cerca de 22 mil visitas. A ACISCP es-tabelece uma parceria de cooperação, “com o desafio de desenvolver esforços no sentido de encontrar soluções para a manutenção, re-cuperação e estabilização do comércio, não perdendo a tradição comercial e turística”. António Morais, presidente demissionário da associação, defende que, “todas as iniciativas para promover e dinamizar o comércio local são fundamentais para o desenvolvimento so-

cioeconómico de qualquer região”.“Sendo Peniche uma referência na rota do surf mundial é oferecido mais um serviço de apoio a quem nos visita para podermos che-gar a mais gente”. Acrescenta Pedro Sampaio, afirmando estar ainda na primeira fase. “Fo-ram feitas algumas diligências com a Câmara Municipal de Peniche sobre a possibilidade de implementar vários quiosques digitais pela cidade com o site online. Projetado numa se-gunda fase, assim que se arranjar apoios para os financiar”.

13 junho 2012 | SUPLEMENTO ESPECIAL 3

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13 junho 2012

DESCONTO NÃO ACUMULÁVEL

Rua Vasco da Gama, 81 a 93 | PENICHETel. 262 781 820 | [email protected]

Av. do Mar N.º 90Tel. 262 781 480PENICHE - PORTUGAL

SUPLEMENTO ESPECIAL | 13 junho 20124

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13 junho 2012

região |

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A segunda edição de concursos do GACOESTE – Grupo de Ação Costeira do Oeste, disponibiliza cerca de 954 mil euros para o apoio a projetos que se insiram nos eixos contempladas por esta nova fase de financiamento, no âmbito do eixo 4 do PROMAR. O prazo para a apre-sentação de candidaturas decorre até 13 de julho.Até esta data podem ser apresenta-das as candidaturas aos fundos dis-ponibilizados pelas ações de “Re-cuperação do património material e simbólico da pesca do Oeste e Im-plementação de uma rede regional de equipamentos e serviços sociais de proximidade”.A primeira edição dos concursos disponibilizou cerca de dois mi-

GACOESTE disponibiliza quase um milhão de euros para projetos costeiros

lhões. Foram apresentadas 33 candi-daturas, tendo 28 dos projetos sido aprovados.Rogério Cação, da ADEPE, elogiou a “qualidade das candidaturas” bem como a diversidade, tanto de proje-tos como de promotores, esperando que a segunda fase seja igualmente bem-sucedida a todos os níveis.No sábado, 19 de maio, durante a apresentação desta nova fase de candidaturas, que decorreu nas ins-talações do IPTM, no Porto de Abri-go, a ADEPE deu, ainda, a conhecer alguns dos projetos financiados pela primeira edição, e que podem ser-vir de inspiração para os potenciais candidatos a esta nova fase.Um site com informações marítimas; um Centro de Recursos Documental

e Etnográfico do litoral oeste; requa-lificação do Museu Municipal de Peniche; aquisição de equipamen-tos de mergulho para a prestação de serviços, designadamente resgate de embarcações; projetos de investiga-ção para a indústria farmacêutica, como o do “Pilado ADD Value” (IPL), ou para contributos futuros de uma pesca sustentável, como o “Percebe da Berlenga”, foram algu-mas das ideias financiadas durante a primeira fase dos concursos.Para mais informações ou forma-lização das candidaturas, os inte-ressados devem consultar o site da ADEPE – Associação para o De-senvolvimento de Peniche: www.adepe.pt.

A Entidade de Turismo do Oes-te, em parceria com o Turismo de Portugal e a Associação de Turismo de Lisboa, apoiaram a vinda de um grupo de sete jorna-listas do mercado polaco, à região Oeste com o objetivo de recolher informação no âmbito do Turismo Religioso.A equipa era composta por jorna-listas, editores, fotógrafos e a visi-ta destinou-se a preparar matéria para vários meios de comunicação social importantes na divulgação da temática religiosa.Durante dois dias os visitantes disfrutaram de uma experiência no Hotel Miramar Sul na Nazaré e tiveram degustações no restau-rante Atlântico View, que une a inovação da gastronomia nacio-nal com os sabores regionais, num

Jornalistas polacos visitaram Oesteambiente alusivo à arte do mar.Um dos momentos marcantes para os visitantes teve lugar no Mosteiro de Alcobaça, Patrimó-nio Mundial da Unesco, e uma das primeiras fundações monásticas cistercienses e residência desta Ordem Religiosa, que apreciaram a grandiosidade deste conjunto único do mundo, e o seu impor-tante testemunho cultural religio-so e ideológico.A recolha de imagens e o interesse na generalidade pela oferta turís-tica foi uma constante assim como o elogio pelas excelentes tempera-turas. Ao fim dos dois dias rumaram para a região Centro e Norte para aí recolherem outros testemunhos da vivência religiosa em Portugal.

Os Bombeiros Voluntários do Bombarral receberam uma cadeira de evacuação, no âmbito de uma campanha de recolha de tampi-nhas. O equipamento foi atribuído pela Valorsul, empresa responsável pelo tratamento de resíduos sóli-dos na região Oeste e Grande Lis-boa, que recebeu mais de 5.700 quilos de tampinhas que foram “convertidos” na cadeira de eva-cuação.Segundo o presidente da Associa-

Bombeiros do Bombarral recebem cadeira de evacuação

ção Humanitária, Jorge França, o novo equipamento é uma mais-va-lia para a corporação, que passa a dispor de mais meios para prestar “um melhor serviço” à população. O responsável pela corporação agradeceu ao corpo de bombeiros o empenho depositado na cam-panha e recordou o trabalho que está a ser feito pelos soldados da paz em outra iniciativa idêntica, o Quartel Eletrão que se dedica à re-colha de eletrodomésticos em fim de vida.

O Tribunal de Leiria começou, na passada terça-feira, o julgamento de três portugueses e quatro ita-lianos que ficaram conhecidos por “Máfia do Oeste”.Os homens detidos em outubro de 2010, no Bombarral e na zona de Torres Vedras, são acusados pelo Ministério Público (MP) dos crimes de associação criminosa e burlas qualificadas, que alegada-mente terão lesado 20 empresas em 1,5 milhões de euros.Segundo o MP de Leiria, o líder do grupo é um italiano que possui

Máfia Italiana no banco dos reúsum mandado de detenção europeu por supostas ligações à máfia si-ciliana e foi o único dos detidos a quem o tribunal decretou prisão preventiva até ao início do julga-mento.Segundo a acusação, o alegado lí-der do grupo é suspeito de ser um elemento de topo da máfia italia-na, com prováveis ligações ao trá-fico de droga, armas e seres huma-nos, bem como ao branqueamento de capitais, refere um documento elaborado pela Polícia Judiciária e que se encontra junto ao processo.

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13 junho 201210

| necrologia

Joaquim Fonseca Dias Correia Rosa de Jesus

20.06.1932 | 21.05.2012 26.07.1923 | 20.05.2012ATOUGUIA DA BALEIA FERRELSua esposa, filho e nora, na im-

possibilidade de o fazerem pesso-almente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agra-decer e dar graças a todas as pes-soas que assistiram às cerimónias fúnebres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifes-taram o seu pesar.Descansa em paz!

Seus filhos, noras, genros e ne-tos, na impossibilidade de o fa-zerem pessoalmente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agradecer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acom-panharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Maria Hortense Marta Leitão

12.10.1927 | 02.06.2012CASAIS DO BALEAL Seus filhos, nora e netos, na impos-

sibilidade de o fazerem pessoal-mente, como seria sua vontade , ser-vem-se deste meio para agradecer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Agência Funerária Noivo, Lda. | T. 262 759 434 | Tlm. 913 409 180

Maria dos Prazeres

30.08.1929 | 15.05.2012PENICHE Seus filhos, nora e netos, na impos-

sibilidade de o fazerem pessoal-mente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanha-ram o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Vitor da Silva Santos

Ofélia Aguiar de Barros Valla

Manuel Luís Tomás

Olívia da Conceição Severino Dias

22.12.1935 | 18.05.2012

11.01.1925 | 03.06.2012

08.07.1963 | 02.06.2012

17.04.1932 | 04.06.2012

CASAIS DO JÚLIO

ATOUGUIA DA BALEIA

PENICHE / MACEIRA

PENICHE

Sua esposa, filhos, nora e netos, na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agrade-cer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúne-bres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qual-quer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Seus sobrinhos, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifesta-ram o seu pesar.Descansa em paz!

Seus irmãos, filho, nora, neto, sobrinhos, cunhadas e prima, na impossibilidade de o fazerem pessoal-mente, vêm por este meio agradecer a todas as pes-soas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.

Agradecimento especial às equipa do hospital de peniche e do hospital pulido valente pela forma carinhosa como trataram o nosso familiar. Bem hajam.

Fizemos o que pudemosfoi tudo o que pudemos dardemos-te todo o carinhosó não te pudemos salvar.Não estás na nossa presença,mas nunca te iremos esquecervamos rezando por tineste mundo até morrer. Descansa em paz!

Seus filhos, genro, noras e netos, na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, vêm por este meio agra-decer a todas as pessoas que acom-panharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Agência Funerária Noivo, Lda. | T. 262 759 434 | Tlm. 913 409 180

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Agência Funerária Noivo, Lda. | T. 262 759 434 | Tlm. 913 409 180 Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

AGÊNCIA FUNERÁRIA NOIVO UNIPESSOAL, LDA.Gerência de: ALBANO NOIVOCom sede na Rua das Cortes, 4 - 2520-050 - Atouguia da BaleiaFilial - Largo Dr. Manuel Pedrosa 10-A 2560-106 - Ferrel

Agência: Telf./ Fax: 262 759 434 - Residência: 262 759 669Telem.: 913 409 179 - 913 409 180e-mail: [email protected]

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De: Humberto Santos e Eurico Salsinha

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NOSSA SENHORADA CONCEIÇÃO

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13 junho 2012

eventos |

11

Óbidos despede-se da seleção em festa

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13 junho 201212

| opinião

Ataque do governo ao poder local é um grande

ataque às aspirações das populações

Jorge Amador

Eu gosto é do verão

Marcelo Chagas

Os objetivos delineados pelo Governo desde o início das suas funções, neste seu primeiro ano de ação, são devastadores para os portugueses e também para o poder local democrático. E a estratégia utilizada foi bem evidente. Foi promovido, de forma sistemática, um proces-so de desacreditação do trabalho autárquico, responsabilizando-o publicamente por uma fatia importante da dívida pública e fazendo tábua rasa do contributo imprescindível que as autarquias locais deram e dão para o desen-volvimento dos territórios, para a qualidade de vida dos cidadãos e, sobretudo, para o apro-fundamento e consolidação da democracia participativa.Em nome da TROIKA tem valido tudo: não cumprimento da Lei das Finanças Locais, cor-tes brutais de transferências financeiras em nome do Plano de Estabilidade e Crescimento e do Orçamento de Estado, corte nos valores referentes ao IMI, etc. Também aqui se torna evidente um processo de descapitalização pro-

Em defesa do poder local e da democracia! gressiva das autarquias, retirando-lhes capaci-dade de intervenção e tornando quase simbó-lica a ação que podem desenvolver junto dos munícipes.Importa ainda registar os grandes atrasos nos pagamentos às autarquias dos valores desti-nados aos transportes escolares, ao serviço de apoio à família, à ação social escolar, entre ou-tros, cujos prazos têm oscilado entre os 12 e os 14 meses, causando inevitáveis dificuldades, designadamente na relação com os fornecedo-res.É neste contexto que entrou em vigor em Fe-vereiro de 2012, a famigerada Lei dos Com-promissos e dos pagamentos em atraso. Trata--se de um instrumento legal que, a pretexto de “moralizar” a despesa das autarquias, cria tantos e tão graves entraves ao funcionamento que, na prática, torna as autarquias inoperantes e ainda mais reféns da burocracia. São, aliás, conhecidas as posições públicas de autarcas de várias sensibilidades partidárias, relativa-mente à dificuldade que tal lei vai implicar no funcionamento das autarquias.Efetivamente, esta Lei dos Compromissos vem colocar em causa a dinâmica autárquica na resposta às necessidades dos territórios, em matérias como o apoio a associações e a rea-lização de obras que as autarquias projetaram executar para a próxima década. Com esta Lei, o Governo está efetivamente a asfixiar, degra-dar e cortar a autonomia do poder local, pondo em causa a eficácia da sua ação e ferindo desse modo princípios elementares da democracia.É neste contexto político, sem paralelo na história recente da democracia, de profunda desconsideração pelo trabalho autárquico e de progressivo aniquilamento da autonomia do poder local, que a equipa da CDU na Câma-ra Municipal de Peniche tem realizado o seu trabalho, procurando, ainda assim, cumprir com o essencial dos compromissos assumidos em 2009 com o povo do concelho de Peniche. Apesar do corte de receitas que sofremos, su-perior a 2 milhões de euros (mais de 400 mil

contos), é oportuno falar de projetos e obras em conclusão ou já concluídas, exemplo cla-ro de que não baixámos os braços perante as dificuldades. Promovemos a reabilitação de diversos equi-pamentos: Fosso da Muralha, Escola Básica nº6 (Prageira), Centro Coordenador de Trans-portes, Núcleo Escolar de Ferrel, Parque de Campismo Municipal, Posto de Turismo e Escola de Rendas de Bilros.Concretizámos a construção do CIAB – Cen-tro Interpretativo de Atouguia da Baleia, pólo fundamental para a dinamização cultural desta Vila e do Concelho em geral e do Centro de Alto Rendimento de Surf (CAR-Surf), infraes-trutura que permitirá consolidar ainda mais o nosso território como capital da onda.Concluímos a construção de saneamento na zona da Varginha em Serra D’El-Rei e conti-nuámos com a reparação de rede viária e ca-minhos agrícolas, para além da requalificação dos espaços exteriores do Bairro Luís de Ca-mões, uma obra realizada em estreita colabo-ração com a Junta de Freguesia de Conceição.São apenas alguns exemplos do que já concre-tizámos, mas há outros domínios, porventura menos visíveis, mas que merecem igualmente destaque. No campo do reforço da intercoo-peração, o executivo CDU tem prosseguido um importante apoio na descentralização de meios para as juntas de freguesia do concelho. Por outro lado, a dinâmica imprimida na ação autárquica permitiu-nos também o reconheci-mento da Berlenga como Reserva da Biosfera da Unesco, a afirmação nacional e internacio-nal da Renda de Bilros de Peniche e a realiza-ção, durante mais três anos, do Campeonato Mundial de Surf em Peniche.Temos clara consciência que, apesar do mui-to trabalho desenvolvido, gostaríamos de ter feito mais e melhor. Mas seria igualmente um exercício de hipocrisia não reconhecer que, no atual quadro e tenda em conta todos os cons-trangimentos enunciados, é justo valorizar a obra realizada.

Já estava farta de ouvir “Eu não sei se hei de fugir, ou morder o anzol” e decidi atirar-me ao anzol. Procurei por pescadores nas rochas ou

Crónica de humor por :

em barcos mas nem sinal de uma simples trai-neira, até que encontrei o meu primo carapau que tinha sido lançado novamente para a água e disse-me que a pesca da sardinha estava in-terdita e para não criar confusões também não queriam nenhum carapau. Caramba, depois de pescarem 90% dos meus pequenos rebentos – até antes de lhes caírem os dentes de leite - agora que me quero ver livre desta vida no fundo do mar e acabar dignamente numa gre-lha cheia a carvão (que já não há assim muitas) parece não haver anzóis para mim. Mas graças a Poseidon ainda há quem não passe cartão ne-nhum às leis e continue na pescaria da sardi-nha. Acabei por morder o isco e o meu primo carapau também. Sonhava ser servida acompanhada com uma saladinha de pimentos e um bom vinho tinto ou uma Coca-Cola fresquinha ali na Avenida do Mar em Peniche. Mas depois de entrar na

carrinha de transporte de peixe achei a viagem longa de mais e perguntei à sardinha ao meu lado se sabia para onde íamos. “Mira, vamo--nos à lás Caldas de lá Rainha. Mira, es lo Festival de lá Sardinha en las Caldas, persu-puesto que és muy rica lá, lá sardinha”. Mas estes espanhóis estão doidos? Ou ainda tenho muito sal nos ouvidos ou percebi que ia para um Festival de Sardinha nas Caldas da Rainha. Então e não me escolheram para um festival em Peniche porquê? “No lo hay”. Ter um fes-tival de sardinha nas Caldas da Rainha e ne-nhum em Peniche é a mesma coisa que fazer aqui em Peniche, cidade piscatória, uma con-centração nacional de idosos frequentadores de termas ou uma Expo com a loiça das Caldas – mas desta vez com formas femininas. Acon-selho todas as outras sardinhas a começarem a ouvir “Eu gosto é do verão, de passearmos de prancha na mão”, e dedicarem-se ao surf.

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13 junho 2012 13

opinião |

António Marques

Adriano Correia de Oliveira nasceu no Por-to no dia 9 de Abril de 1942 na rua Formosa nº 370. Teria hoje 70 anos mas já nos deixou vai para trinta. Sintomático é o facto de, com poucos meses ter trocado a margem direita do Douro pela margem esquerda, porque os seus Pais fixaram residência em Avintes terra de agricultores, pescadores e panificadores (a célebre broa de Avintes) onde se respirava um ambiente fraterno, com um associativismo de-senvolvido e actividades culturais marcantes entre elas o teatro.Foi na quinta que cresceu o jovem Adriano, rodeado pela natureza pródiga, subindo às arvores de porte, espreitando o rio ao fundo e carregando para casa com quantos amigos tinha, chegando a juntar grupos às dezenas que a mãe com todo o desvelo recebia sem queixumes, bem pelo contrário, orgulhosa pe-los valores da solidariedade que se afirmavam no filho que segundo ela sempre soube o que queria da vida e o que queria para o seu Por-tugal que tanto amava. Foi aí que começou a dedilhar a viola que o acompanhará para toda a vida, dando expressão a uma das vozes mais serenas e empolgantes, portadora de mensa-gem profunda e rejeitando sempre a repressão e o acinte fascista.Na escola primária de Avintes, foi um bom aluno mas teimoso contra as injustiças e re-cusando-se a aceitar os castigos impostos aos colegas.No liceu Alexandre Herculano do Porto, fez o curso secundário, embarcando então para Coimbra onde se matricula em Direito em 1959 tinha então 17 anos.A cidade transborda de ideias vivas, a Asso-ciação Académica é um verdadeiro cadilho de agitação, a Academia move-se com determi-nação contra o regime e este laboratório não poderia ser melhor para Adriano absorver o meio intelectual e fundir-se numa ânsia enor-me de liberdade e novos horizontes.Descurando o curso, dedicou a sua actividade à cultura e ao desporto, participando em tudo o que podia desde o Orfeão como primeiro te-nor ao CITAC (Circulo Teatral) como actor e representando a Academia em Voleibol, mas a música enquanto interprete e autor, o seu sonho só viria a acontecer por influência do grupo de fados dos irmãos Melo, o Eduardo e o Ernesto, que uma noite de frio, lhe deram a oportunidade de cantar numa serenata de rua onde a sua voz melodiosa com um timbre pró-prio para exterior se fez ouvir com surpresa e admiração de todos. Eis a voz de Coimbra a afirmar-se por becos e ruelas e mais tarde nas grandes serenatas e em todas casas onde se cantava em tertúlias até madrugada.

Adriano Correia de Oliveira

Adriano amou sempre a sua Coimbra que lhe deu uma visão humanista e solidária da vida

Em Coimbra, cidade então marcada pelo meio estudantil o tradicional fado ensaiava novos rumos para os quais contribuíram nomes gran-des como Edmundo Bettencourt, que foi fun-dador da Revista Presença, grande compositor e bom cantor da trova coimbrã e Artur Pare-des. Todavia Adriano ouviu Fernando Macha-do Soares, o primeiro a tentar novos rumos na cantiga. Foi aí que o conheci, no nº 12 da rua Louren-ço de Almeida Azevedo, onde se conspirava a todas as horas e onde assentava parte do gru-po de Angola e o vozeirão do Cúcio Frada da vila de Mira. Aí lhe ouvi pela primeira vez a “Trova do Vento que Passa”, quantas vezes acompanhado apenas por duas violas a dele e a do Cúcio. O poema e a interpretação em restrito que todos cantávamos em coro marcou a nossa geração e transformou-se no hino da Academia, “Há sempre alguém que resiste, Há sempre alguém que diz não”. Agora Adriano Correia de Oliveira, era o nosso Trovador, o Trovador da esperança de uma Academia e de um povo inteiro.Em 1961, Adriano saiu para a Faculdade de Direito de Lisboa, mas a sua paixão era Coim-bra e regressou no ano seguinte, indo viver no olho do furação que representava a Republica do “Rás te Parta”, vespeiro de insubmissos e rebeldes, a grande parte algarvios.Em 1966 casou-se com a Matilde Leite estu-dante de Lisboa e a sua vida deu uma volta inteira.Fez o serviço militar, no regresso em 1970 tentou ainda retomar o curso de Direito, sem grande êxito e trabalhou na Fil para sustentar a família onde os dois filhos, Isabel e José Ma-nuel, reclamavam atenção. Decidiu então que a sua vida profissional e de empenhamento cí-vico seria a música e a ela se dedicou até ao fim dos seus dias. Assume o levar por diante o projecto baseado no poema proibido de Ma-nuel Alegre, “O Canto e as Armas” composto por sete partes e um verdadeiro libelo e atrevi-mento na música Portuguesa. Ei-lo de jornada contra o regime a quem dedicará a artilharia das suas mensagens e da sua força símbolo do desassossego de um povo.O homem e o lutador, vai agora produzir um trabalho musical cuidado, revestido de um te-cido poético com linguagem acentuadamente critica mas acessível ao comum dos portugue-ses. Os arranjos musicais muito bem consegui-dos passam a ter a coordenação de José Niza nesta fase de grande intervenção de AdrianoOs grandes vultos da canção de “revolta” co-laboram com Adriano e Fausto Bordalo Dias (Fausto) dá a sua ajuda na fase do trabalho inti-tulado “Nunca Mais”, artisticamente rico, me-

nos panfletário e muito mais persuasivo atra-vés da estética. É o tempo de além fronteiras se apreciar a qualidade da música de Adriano ao ponto da revista Inglesa “Music Week” lhe atribuir o galardão de melhor Artista Europeu do Ano. O reconhecimento Internacional tar-dou mas finalmente chegou. Deste disco dirá o próprio Adriano na contra capa num texto magnifico de que retiro esta passagem,“que nunca mais as balas dêem o sangue derramado nas guerras coloniais, nem em nenhuma acção de repressão sobre os povos do mundo. Que nunca mais a produção seja de alguns apenas, mas de todos os que trabalham”. Caminhante por montes e vales deste Portugal onde a sua música o seu exemplo e a sua revol-ta fosse requerida, o Trovador tudo calcorreou os carreiros enlameados do norte o chão duro e pedregoso do sul os Países da Europa ou os povos irmãos de África que sonhavam ter um País, antes do 25 de Abril. Foi o único can-tor de intervenção que ousou desafiar por esse Portugal deserdado, os cacique locais, cantan-do para quem o quisesse ouvir tantas vezes ro-deado apenas por algumas dúzias de jovens e menos jovens. Na ponta da língua a mensagem contra o fascismo, a sua certeza inabalável da queda do regime. Só ou acompanhado tantas vezes de parceria com José Afonso, a figura de Adriano o Cantor Militante é o exemplo pro-vado de que a “cantiga é uma arma”.José Afonso, seu grande amigo e companhei-ro de tantas andanças dizia num jornal diário que, “O Adriano é uma figura quase heróica, Existia nele uma grande devoção de carácter ideológico, e uma grande coragem que sempre admirei. No Coliseu, por ocasião do último es-pectáculo público de José Afonso já muito do-ente, Adriano fez questão de estar presente ao lado do amigo de sempre que débil, emociona-do cantou em sua honra “A morte saiu á rua”Adriano amou sempre a sua Coimbra que lhe deu uma visão humanista e solidária da vida.

Em todas as visitas ficava hospedado em casa do professor, amigo e camarada, Louzã Hen-riques, que viria a ser preso 4 anos no forte de Peniche por ser opositor ao Salazarismo. Dele dizia o célebre professor: “ele era uma pessoa muito forte, para cantar algumas coi-sas durante esse tempo. Ele iria afirmar-se nas canções que ele cantou, numa época em que houve uma repressão grave. Mesmo assim, ele sempre enfrentou a repressão que com grande coragem. Ele não era um homem de política básica. Ele era um homem determinado, que sabia exactamente o que queria, e por que lu-tou. Adriano nasceu para ser um homem livre e um artista que luta para que os outros ho-mens sejam livres”.Na morte de Adriano, em 1982 tinha então 40 anos, muito ficou por fazer, projectos novos, sonhos novos mas sempre a mesma vontade de ser livre e ajudar a construir um País para todos.Entre 1960 e 1980 Adriano gravou 90 títulos, deixando uma das obras musicais mais ricas da segunda metade do século XX.

* O autor deste texto escreve de acordo com a ortografia antiga.

QUAL É A RÁDIO QUE VOCÊ OUVE?

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13 junho 2012

| agenda

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ConsolaçãoAs empresas juntaram-se para promover o comércio tradicional durante o verão e ofere-cerem quem os visita descontos durante toda a época balnear. Aproveite o verão e visite a Consolação!

Peniche

Desfile de ModaSummer Sensation naTaberna dos Almocreves, Ferrel

Dia 15 de junho, sexta feira às 22:30, realiza--se um desfile de moda na Taberna dos Almo-creves. Os modelos são vestidos pelas lojas Seven Days, Tons de Areia e O Meu Mundo. Serão usados acessórios de Catarina Teodoro. Atuação de um grupo de Dança de Hip Hop e de DJNekas.

Musical“Até sempre Padre Bastos”

Dias 15 e 23 de junho às 21h30 e dias 1 e 15 de Julho às 15h00 no auditório Paroquial – Pe-niche realiza-se um espetáculo de homenagem a Monsenhor Manuel Bastos.

“Drogas Népias”

Está previsto para 23 e 24 de junho um tor-neio de futebol 7 durante 24 horas no Parque Urbano da Cidade de Peniche com a participa-ção de equipas compostas por elementos das Associações/Instituições do concelho. Tem o Objectivo de assinalar o “Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico de Drogas”.

Carnaval de Verão 2012

A edição deste ano do Carnaval de Verão de Peniche tem data marcada para o dia 14 de ju-lho.

ÓbidosFesta de Santo Antónioem A-da-Gorda de 13 a 18 de junho

Dia 13 espetáculo “Viva Santo António” com a participação de Rebeca, dia 14 baile com Os Lords, dia 15 com Bico d’Obra e dia 16 há jogo de Solteiros/Casados seguido da actua-ção da Banda Xeques. Domingo há concertos da Banda da U.F. A-da-Gorda, do Rancho Folclórico e Etnográfico do Arelho e Banda Fox. Dia 18 depois da tradicional sardinhada a festa termina com um baile de Horácio Ma-nuel Show.Todos os dias há restaurante com o famoso frango assado e outros petiscos.

Putts Solidários

Dia 17 de junho decorre no Bom Sucesso, Óbidos, um torneio de golfe com o objetivo de sensibilização para a luta contra o cancro. O evento visa angariar fundos para associações Viva Mulher Viva Associação e Projeto Olha--te.

Exposição de Ilustração.

O dia em que a ilustração subiu pelas paredes é a mostra patente, até 20 de agosto, na Livra-ria O Bichinho do Conto, nos Casais Brancos, em Óbidos. Trata-se de uma mostra ortogonal de cores e imagens pensada e projetada por um homem que um dia habitou folhas de papel gigantes, sonhou pisar a lua e pintar o mundo com marcadores e lápis de cor.A exposição pode ser vista de terça a sexta-feira das 14h00

às 19h00 e aos sábados das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 19h00. Encerra aos domingos, segundas e feriados.

Caldas da RainhaFestival da Sardinhae do Frango Assado

Continua nos dias 15 e 16 de junho a 12ª edi-ção do Festival da Sardinha ao qual se junta o 1º Festival do Frango Assado. A Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Stº Ono-fre - Monte Olivett é a organizadora do evento que conta com animação variada.

Bancos de designna Casa Antero

Até 23 de junho está patente na casa Antero, nas Caldas da Rainha, a exposição “14”, or-ganizada pelos alunos finalistas do Mestrado em Design do Produto da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha. Esta ex-posição nasce de um briefing lançado durante a disciplina de Atelier de Design I (1º ano de mestrado), o qual consistiu em projetar ban-cos para um “cliente” especial e famoso nas Caldas da Rainha pelos seus queijos assados, pataniscas e outras iguarias altamente reco-mendáveis: a Casa Antero.

III edição do Agarra a Música

Estão abertas as inscrições para a III Edição do concurso Agarra a Música. As inscrições

devem ser feitas no Centro da Juventude, até 30 de junho, entre as 10h00 e as 22h00. O ven-cedor de cada grupo terá direito a: um prémio no valor de 200€, possibilidade de atuação na 1ª parte de um espetáculo da região e transmis-são das músicas e entrevistas aos vencedores na 102 FM. A apresentação vai ficar a cargo do João Carlos Costa e Liliana Franco.

Reguengo Grande

1ª edição das Tasquinhas

De 9 a 17 de junho, no Reguengo Grande, Lourinhã, realiza-se a 1ª edição das Tasqui-nhas. Destaque para a atuação de bandas filar-mónicas, marchas populares, ranchos folclóri-cos, acordeonistas, fadistas e de artistas como Mónica Sintra e para a presença de figuras pú-blicas como Susana (ex-Casa dos Segredos) e Ana Lúcia (apresentadora da TVI).

BombarralPrimeiro Centenário da Sociedade Portuguesa de Naturalogia

Até ao próximo dia 17 de junho, o Museu Mu-nicipal do Bombarral é palco de uma exposi-ção comemorativa do Primeiro Centenário da Sociedade Portuguesa de Naturalogia (SPN), da autoria de Delmar Domingos de Carvalho. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, entre as 10 e as 12h30 e entre as 14 e as 18 horas.

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13 junho 2012

economia |

15

Decorreu no passado dia 17 de maio a inauguração do Centro de Avalia-ção Psicológica do Oeste – Psicoes-te. Este é um projeto existente desde 2009, mas agora pretende melhorar as condições de trabalho da avalia-ção psicológica nas Caldas da Rai-nha. O centro dedica-se à avaliação psicológica a condutores e a can-didatos a condutores e realiza uma média de 250 a 300 exames médicos por mês.Esta avaliação é obrigatória para todos aqueles que necessitam de ob-ter ou renovar a carta de condução

Psicoeste inauguranovo centro de análise

do grupo 2 - automóveis pesados, transporte de matérias perigosas, transporte coletivo de crianças, mo-toristas de táxi, condutores de ambu-lâncias e veículos de socorro, instru-tores e examinadores de condução.Sobreiro Duarte, diretor do projeto, assume que “muitas vezes há difi-culdade em perceber os exames psi-cotécnicos e as suas finalidades, por isso todos os condutores que preten-dam obter o título de condução ini-cial ou renovação têm de proceder ao exame psicotécnico que está es-tabelecido numa legislação de 2009

- em vez de ir ao delegado de saúde ou médico de família, o interessado vai a um centro de aptidão médica e psicológica, onde naquele local fará todos os exames necessários. Essa lei precisava de regulamentação, o que ainda não foi feito, e o que faze-mos neste momento é proporcionar ao candidato a realização do exame psicotécnico, que depois se dirige ao delegado de saúde”. O centro apro-veitou esta apresentação para dar a conhecer ao público os seus novos equipamentos ao dispor da equipa de avaliação.

Em 1999 a Hora H, Lda adquiriu a Rádio Litoral de Peniche. Mudou o nome para 102 FM Rádio e transfe-riu o centro emissor, que se situava no topo do edifício dos estúdios da rádio em Peniche, para a agora vila de Serra d’el Rei, no ponto mais alto do concelho com o intuito de ser transmitida nos concelhos mais próximos e em toda a região oeste.Foi feita então uma aposta na ino-vação com a contratação de mais recursos humanos e a aquisição de novos e melhores equipamentos para aumentar a eficácia da estação. A 102 FM Rádio pretende, desde o início, estar próximo das institui-ções – quer câmaras municipais, juntas de freguesias e diversas asso-ciações – para que todos consigam chegar mais próximo das pessoas. Assumindo-se como a rádio local de

102 FM Rádio e O Jornal

Peniche, Óbidos e Caldas da Rai-nha, a 102 FM Rádio teve sempre a política de promover iniciativas para melhorar a qualidade de vida dos seus ouvintes, quer a nível infor-mativo ou até mesmo nas condições de acesso ao comércio tradicional.Em 2012 a Hora H, Lda voltou à casa de partida. A 102 FM Rádio irá inaugurar os seus estúdios nas Caldas da Rainha, ainda no mês de junho, junto à rotunda do CENCAL, com o objetivo de chegar mais per-to da população daquele concelho, podendo assim fazer emissões nas duas cidades. Apostou em novos locutores – como o caso de Nuno Jorge, João Carlos Costa, António Louro e Luís Duarte - para conse-guir dar aos seus ouvintes novos e melhores programas na sua grelha diária. Investiu-se novamente na

renovação dos meios técnicos e na vanguarda tecnológica para chegar aos ouvintes com mais qualidade. A informação, a cargo de Letícia Martins, é orientada para a popula-ção, traduzindo a vontade da rádio em colaborar com as iniciativas das mais diversas instituições.O Jornal foi lançado exatamente com este propósito: reforçar a pro-ximidade às pessoas! Para comple-mentar o trabalho feito diariamen-te pela 102 FM Rádio, o O Jornal apostou na juventude de Marcelo Chagas e na experiência de Dina Aleixo para divulgar às pessoas o que se passa na nossa região. Edita-do quinzenalmente e com distribui-ção gratuita pelos concelhos de Pe-niche, Óbidos e Caldas da Rainha, O Jornal é o espelho da mentalidade da Hora H, que não desiste do progres-

so apesar das adversidades.É precisamente contra estas que a 102 FM Rádio, ao longo dos seus 14 anos de vida, já ofereceu 2 carros novos, organizou festivais da sardi-nha e da caldeirada, já ofereceu via-gens a Paris, Londres, Veneza entre outras. Já organizou uma caça ao te-souro na ilha da Berlenga e chegou a produzir em conjunto com a TVI a cobertura da chegada de “Icas” a Ferrel depois da sua vitória na se-gunda edição do Big Brother.Realizada todos os anos, a Gala Pe-niche é uma homenagem prestada pela 102 FM Rádio a todas as per-sonalidades, entidades e instituições que colaboram, das mais diversas formas, para o progresso e prestígio da região.Ao longo dos anos, durante a época natalícia, foi oferecido um brinque-

do a cada uma das crianças do con-celho de Peniche, tendo já sido dis-tribuídos mais de 15 mil brinquedos às crianças dos jardins-de-infância e escolas primárias do concelho. Fo-ram feitas inúmeras parcerias com a ACISCP, como o Comércio Mais Solidário – onde as pessoas faziam compras no comércio tradicional e recebiam senhas. O vencedor do sorteio ganhava um cabaz com 102 produtos alimentares e dava um igual a uma instituição de solidarie-dade à sua escolha. Com um passado risonho e um futu-ro promissor, a 102 FM Rádio e o O Jornal continuarão a evoluir para le-var até si o melhor da nossa região.

Por Luís Parreira,diretor da Hora H, Lda.

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13 junho 2012

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O presidente da câmara anunciou no dia 6 de junho que a Lusitânia Gás tenciona instalar uma uni-dade de gás natural em Peniche.

Mais de meio milhão de euros para investimento em gás naturalComeçando por referir que o in-vestimento vai reduzir os custos de produção das fábricas de con-servas de peixe, António José Cor-

reia diz ainda que a unidade vem “aumentar a competitividade” das indústrias instaladas na cidade pis-catória. A empresa pretende inves-

tir 750 mil euros na instalação de uma unidade de gás natural, com capacidade para 120 metros cúbi-cos. “Trata-se de um investimento

fundamental para reduzir os custos de produção das fábricas e afastar quaisquer intenções de deslocali-zação”, sublinhou.

A praia da Almagreira, no concelho de Peni-che, vai produzir energia a partir das ondas através da tecnologia “Wave Roller”, insta-lada no fundo do mar pela empresa finlande-sa AW Energy. Os trabalhos estão concluí-dos ainda este mês.O presidente da Câmara Municipal de Peni-che, António José Correia, disse que “está concluída a construção de uma plataforma metálica de 40 metros que vai ser instalada no fundo do mar. Nesta vão ser incorpora-

Ondas daAlmagreira vão

produzir energiadas pás verticais que, ao movimentarem-se, produzem energia”. Desde 2009 que os par-ceiros tecnológicos têm vindo a trabalhar no projeto-piloto, no qual estão envolvidos cin-co milhões de euros, três dos quais financia-dos pela Comissão Europeia, após a aprova-ção de uma candidatura ao sétimo Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimen-to. Se os resultados forem favoráveis, será avançada uma fase comercial de produção de energia.