O Livro Vermelho - Mao Tsé-Tung

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O LIVRO VERMELHO MAO TSE TUNG

O Livro Vermelho entusiasmou milhes de pessoas na China e em outras partes do mundo, era considerado pelos chineses a verdade, as pessoas podiam morrer por ele ou seguindo-o. uma coletnea de mximas e dissertaes sobre a guerra, a poltica , a organizao do estado socialista, literatura e arte. Uma obra interessante para quem quer vencer uma guerra, desconcertante quando lida luz de tantos atos cruis cometido por Mao TSE Tung e em seu nome. O Livro Vermelho expressa com objetividade a Lina de raciocnio desse lder, sua elevao intelectual, a forma com que controlava a Chinas e mantinha o Partido Comunista, o povo e o exrcito estimulados com a revoluo e a sua absoluta falta de compaixo e respeito vida humana. BIOGRAFIA DO AUTOR Mao Tse Tung ou Mao Zedong nasceu em 26 de dezembro de 1893 e morreu em 09 de Setembro de 1976. Foi um poltico revolucionrio e governante comunista da Repblica Popular da China. Nasceu na Aldeia de Shaoshan, provncia de Hunan, China, filho de camponeses, frequentou a escola at os 13 anos de idade, quando foi trabalhar como lavrador.

Por desavenas com o pai, saiu de casa para estudar em Chang-sha, capital da provncia. Conheceu as idias polticas ocidentais e especialmente as do lder nacionalista Sun Zhongshan Sun Yat Sen.

Em 1911, no ms de outubro iniciou-se a revoluo contra a dinastia Manchu que dominava o pas. As lutas estenderam-se at Hunan. Mao alistou-se como soldado no exrcito revolucionrio at o incio da nova Repblica da China, em 1912.

De 1913 a 1918 estudou na Escola Normal de Hunan, aprendeu filosofia; histria e literatura chinesa. Continuou estudando e assimilando o pensamento ocidental e poltica. Comeou logo a ser um lder estudantil com participao em vrias associaes, mudou-se para Pequim em 1919, onde iniciou seus estudos universitrios, trabalhou na Biblioteca Universitria, conheceu Chen Tu Hsiu e Li Ta Chao fundadores do Partido Comunista Chins. Participou do Movimento Quatro de Maio contra a entrega ao Japo de regies chinesas que haviam estado em poder da Alemanha; em funo deste aderiu ao marxismo-leninismo, 1921, Mao Tse-tung participou da fundao do Partido Comunista Chins.

Em 1927, Chiang Kai Shek assumiu o poder e se voltou contra os comunistas, e Mao fugiu para as montanhas de Jinggang iniciando a guerrilha que durou 22 anos.

Em outubro de 1934, Mao e seu exrcito seguiram para o noroeste do pas, iniciando a chamada Grande marcha, transformando-se lder do Partido Comunista Chins. Na Grande marcha apenas uma nfima parte dos membros sobrevive guerrilha, ao cansao e fome. Mao mantm-se implacvel perante o sofrimento dos seus companheiros, motivando a continuao da fuga das foras de Chiang Kai Shek.

Quando a China foi invadida pelos japoneses em 1935, os comunistas e os nacionalistas uniram-se novamente, e no trmino da guerra o exrcito revolucionrio tinha em torno de um milho de soldados; os comunistas controlavam politicamente noventa milhes de chineses.

De 1936 e 1940 Mao fez oposio tese dos comunistas pr-soviticos, e conseguiu impr o seu ponto de vista, afastando do partido os seus oponentes, e seguindo a tcnica de Stalin de domnio unipessoal do aparelho partidrio. Em 1949, derrotou o Kuomintang.

Em 01 de Outubro desse ano proclama na Praa Tiananmen, em Pequim, a Repblica Popular da China; em Dezembro foi proclamado presidente da repblica.

Em 1956, Tse-tung lanou a campanha das cem flores que visava a liberdade de expresso, aproveitava idias para fortalecer o enriquecimento do padro de vida no pas, aumentou a produtividade para libertar a China da dependncia sovitica, tornando-a auto-suficiente econmica e politicamente.

Entre 1957 e 1958, iniciou uma poltica de desenvolvimento chamada de grande salto em frente, marcando o distanciamento da ideologia do comunismo chins, assente no campesinato, ao modelo sovitico, mais assente no proletariado industrial.

Entre 1966 e 1969 iniciou a revoluo cultural, imposta pelo lder, com a inteno de eliminar as separaes entre os intelectuais e o povo, para alterar a poltica do Partido Comunista, extremamente burocrtico e centralizado. Foram criados os guardas vermelhos que se fundamentavam no chamado livrinho vermelho que continha citaes de Mao.

Perante os excessos (intelectuais executados ou aprisionados, destruio do patrimnio, abandono de prticas agrcolas milenares, deslocao forada de camponeses, perseguio religiosa, etc.) o movimento foi encerrado em abril de 1969 no IX Congresso do Partido Comunista Chins.

Como escritor considerado um dos grandes tericos do marxismo e da guerra revolucionria e escreveu diversas obras sobre a estratgica da guerra chinesa. Escreveu cerca de 2 300 publicaes, tendo sido impressos 740 milhes de exemplares das suas Citaes. Ao adaptar o comunismo s condies chinesas, Mao acentuou a necessidade de as revolues asiticas se alicerarem nas zonas rurais e no nas urbanas, a necessidade de reduzir as diferenas entre o campo e a cidade e de existirem revolues perptuas a fim de evitar o aparecimento de novas elites.

Como poeta, no se deixou impressionar pelo estilo tradutor usado pelo grande nmero de maus poetas comunistas. Sua poesia se igualava aos versos do chileno Pablo Neruda, um dos maiores poetas do sculo XX.

A China foi governada por Mao at 9 de setembro de 1976, data em que faleceu em Pequim, aos 82 anos. Mao Ts-Tung disputa, com Hitler e Stalin, o ignbil ttulo de maior monstro do sculo XX.Captulo I

O Partido Comunista

A fora ncleo que dirige a nossa causa o Partido comunista da China, a base terica que guia o nosso pensamento o marxismo-leninismo

Sem os esforos do Partido Comunista da China, sem os comunistas chineses como pilar principal do povo chins, a independncia e a libertao no so possveis, assim como no ser possvel a industrializao e a modernizao da agricultura da China

Constitui tarefa muito rdua assegurar uma vida melhor s vrias centenas de milhes de chineses e fazer do nosso pas, econmica e culturalmente atrasado, um pas prospero, poderoso e com alto nvel de cultura.

Captulo II

As Classes e a luta de classes

Luta de classes, umas classes triunfam e outras so eliminadas. Assim a histria, assim a histria da civilizao, desde h milhares de anos. Interpretar a partir desse ponto de vista materialismo histrico; sustentar o ponto de vista contrrio idealismo histrico.

O inimigo no morrer por si s. Nem os reacionrios chineses nem as foras agressivas do imperialismo norte-americano na China se retiraro por si mesmos da cena histrica

A revoluo no um convite para um jantar, uma insurreio, um ato de violncia pela qual uma classe derruba a outra.

mau se uma pessoa, partido, escola no atacado por um inimigo, pois, seguramente desceu ao nvel dele. bom se formos atacados pelo inimigo, isso prova que traamos uma clara linha de marcao entre ns e eles

Depois da eliminao dos inimigos armados, ficaro ainda os inimigos sem armas, os quais travaro inevitavelmente uma luta de morte contra ns, razo por que jamais devemos subestima-ls.

Todas as idias errneas, todas as ervas venenosas, todos os monstros devem ser submetidos crtica; em circunstncia nenhuma devemos deix-los crescer livremente. Contudo, a crtica deve ser inteiramente fundada, analtica e convincente, e nunca grosseira, burocrtica, metafsica ou dogmtica

Captulo III

Socialismo e Comunismo

O sistema socialista acabar por substituir o sistema capitalista: essa uma lei objetiva, independente da vontade do homem. Por muito que os reacionrios tentem impedir o avano da roda da histria, tarde ou cedo a revoluo se far e conquistar inevitavelmente a vitria.

Atualmente ns realizamos uma revoluo no apenas social, transformao da propriedade privada em propriedade pblica, mas tambm na tcnica, transformao da produo artesanal em grande produo mecanizada.

So muito poucos os intelectuais hostis ao nosso Estado. Eles no gostam do nosso Estado de ditadura do proletariado, e suspiram pela velha sociedade. Sempre que surge uma oportunidade, fomentam desordens, tentam derrubar o Partido Comunista e restaurar a velha China. Tais indivduos encontram-se nos crculos polticos, industriais, comerciais, educacionais, cientficos, tecnolgicos e religiosos, e so reacionrios em extremo.

Entre as caractersticas dos seiscentos milhes de chineses destaca-se o fato de estarem na pobreza e em branco. Aparentemente isso uma coisa m, mas na realidade uma coisa boa. A pobreza provoca o desejo de mudana, de ao e revoluo e, numa folha em branco possvel pintar os mais frescos e belos caracteres, os mais frescos e belos quadros.

O nosso Estado uma ditadura democrtica popular. A sua primeira funo reprimir classes e os elementos reacionrios, bem como os exploradores que no nosso pas resistem revoluo socialista, reprimir aqueles que tentam sabotar a nossa construo socialista, quer dizer, resolver as nossas contradies internas, entre ns e os nosso inimigos. Por exemplo, prender, julgar e condenar certos contra-revolucionrios, bem como privar por certo tempo os senhores de terras e os capitalistas burocrticos do direito do voto e da liberdade de palavra, tudo isso entra na esfera da nossa ditadura.

Captulo IV

A Justa soluo das contradies no seio do povo

Ns estamos confrontados com dois tipos de contradies sociais, as que existem entre ns e o inimigo, e as que existem no seio do povo.

Para compreender essas duas contradies, ns devemos ser bem claros na definio de povo e inimigo. Na etapa atual de construo do socialismo, todas as classes, camadas e grupos sociais que aprovam, apiam e trabalham pela causa socialista, entram na categoria de povo, enquanto todas as outras classes, grupos sociais que resistem revoluo socialista e hostilizam ou sabotam a edificao socialista so inimigos do povo.

A questo da eliminao dos contra-revolucionrios uma questo de luta entre ns e o inimigo, uma contradio entre ns e o inimigo.

A nica via de resolver as questes de natureza ideolgica ou as controvrsias no seio do povo o uso do mtodo democrtico, da discusso, da crtica, persuaso e da educao, e nunca o uso do mtodo de coero ou represso.

necessrio criticar os defeitos do povo...,mas ao faz-los, preciso partir verdadeiramente da posio do povo e agir inspirado no desejo ardente de defend-lo e educ-lo. Tratar os camaradas como nosso inimigo assumir a posio do inimigo.

A rebelio na Hungria em 1956, foi um caso em que os reacionrios, dentro de um pas socialista, explorando as contradies no seio do povo, fomentaram a dissenso e criaram desordens, tentando atingir os seus objetivos conspirativos.

Captulo V

Guerra e paz

A guerra a continuao da poltica. Nesse sentido a guerra a poltica e , em si mesma, um ato poltico; desde os tempos antigos, nunca houve uma guerra que no tivesse carter poltico.

Ento a guerra uma continuao da poltica, por outros meios. Quando a poltica se desenvolve para uma certa etapa alm da qual j no pode progredir por meios habituais, a guerra estala para remover do caminho os obstculos....Quando os obstculos so removidos e o objetivo poltico alcanado, a guerra termina. Mas se os obstculos no so completamente removidos, a guerra ainda tem que continuar. Pode se dizer que a poltica a guerra sem o derramamento de sangue, e a guerra, a poltica sangrenta.

A histria mostra que as guerras se dividem em dois tipos: as justas e as injustas. Todas as guerras progressivas so justas, e todas as guerras que impendem o progresso so injustas. Ns, os comunistas, opomo-nos a todas as guerras injustas que impedem o progresso, mas no nos opomos s guerras progressistas, justas. E no s no nos opomos s guerras justas, como tambm fazemos parte delas. Como por exemplo de guerra injusta temos a Primeira Guerra Mundial, onde as duas partes lutaram por interesses imperialistas, razo porque os comunistas do mundo inteiro se opusseram a ela. O modo de se opor a uma guerra fazer o possvel para que ela no estale, mas se chegar a estalar, o modo de se opor a ela combater a guerra com guerra.

Todos os comunistas devem compreender a seguinte verdade: O poder poltico nasce do fuzil.

A tarefa central e a forma suprema da revoluo a conquista do poder poltico pelas armas, a soluo desse problema pela guerra. Esse princpio revolucionrio do marxismo-leninismo vlido universalmente, tanto na China como em todos os outros pases.

O nosso pas e todos ou outros pases socialistas querem a paz. O mesmo acontecem com os povos de todos os pases do mundo. Os nicos que aspiram guerra e que no querem a paz so certos grupos capitalistas monopolistas que, nuns quantos pases imperialistas, enriquecem por meio da agresso.

Para estabelecer uma paz durvel no mundo, devemos desenvolver ainda mais a nossa amizade e cooperao com todos os pases irmos no campo socialista e reforar a nossa solidariedade com todos os pases amantes da paz. Devemos apoiar ativamente o movimento de libertao e independncia nos pases da sia, frica e Amrica Latina, assim como o movimento pela paz e as justas lutas em todos os pases do mundo.

Ns desejamos a paz. Contudo, se o imperialismo insistir em fazer a guerra, ns no teremos outra sada seno a firme resoluo de lutarmos at o fim antes de avanarmos na edificao de nosso pas.

Provocar desordens, fracassar, voltar a provocar desordens, fracassar de novo..at sua prpria runa, eis a lgica do imperialismo e de todos os reacionrios do mundo em relao causa do povo; jamais eles marcharo contra tal lgica. Quando dizemos que o imperialismo feroz, ns queremos dizer que a sua natureza nunca mudar, que os imperialistas jamais abandonaro o seu facalho de carniceiros, jamais se transformaro em budas, e seguiro assim at sua prpria runa.

Captulo VI

O imperialismo e todos os reacionrios so tigres de papel

Todos os reacionrios so tigres de papel. Na aparncia, os reacionrios so terrveis, mas na realidade no so assim to poderosos. Vendo a longo prazo, no so os reacionrios mas sim o povo quem realmente poderoso.

Levantar uma pedra para deixa-l cair depois nos seus prprios ps, um ditado chins que descreve o comportamento de certos tontos. Os reacionrios de todos os pases so tontos desse tipo. No fim das contas as vrias perseguies que promovem contra os revolucionrios apenas servem para acelerar a revoluo popular numa escala ainda bem maior.

Na guerra, as batalhas s podem ser travadas uma a uma e as foras inimigas s podem ser destrudas pedao por pedao. As fbricas s podem ser construdas uma a uma. Os camponeses s podem lavrar a terra parcela por parcela. O mesmo verdade quando se come. Estrategicamente, no temos medo de tomar um refeio: ns sabemos que podemos com-la por completo. Na prtica, porm, ns s comemos bocado por bocado. Seria impossvel engolir de uma s vez o banquete inteiro. A isso chama soluo uma a uma. Em linguagem militar diz-se esmagar o inimigo unidade por unidade.

Captulo VII

Ousar lutar e ousar vencer

Povos de todo o mundo, uni-vos e derrotai os agressores norte-americanos e todos os seus lacaios! Que os povos de todo mundo sejam corajosos, ousem travar combate, desafiem as dificuldades e avancem por vagas sucessivas, pois desse modo o mundo inteiro lhes pertencer. Todos os monstros sero liquidados.

Aps uma lcida apreciao, na base da cincia do marxismo-leninismo, da situao internacional e interna, o Partido Comunista da China conclui que todos os ataques lanados pelos reacionrios do interior e do exterior no s devem, mas tambm podem ser esmagados.

Pelo que respeita aos nossos desejos, no estaramos interessados em lutar ainda que fosse por um s dia. Contudo, se as circunstncias nos foram a lutar, podemos lutar at o fim.

Os povos e as naes oprimidas no devem de modo algum depositar as suas esperanas de libertao na sensatez do imperialismo e seus lacaios. Eles s poderam triunfar se reforarem a sua unidade e perseverarem na luta.

Captulo VIII

A guerra popular

A guerra revolucionria uma guerra de massas; ela s pode realizar-se mobilizando-se as massas e apoiando-se nelas.

Os imperialistas violentam-nos de uma tal maneira que temos que tomar medidas srias para enfrent-los. E no que apenas precisemos dispor de um poderoso exrcito regular; ns necessitamos tambm de organizar tambm em grande escala contingentes de milcias populares. Desse modo, se o imperialismo nos agredir, encontrar dificuldade em dar um passo no interior do nosso pas.

Todos os princpios de ao militar derivam de um s princpio fundamental: fazer os maiores esforos para conservar as prprias foras e destruir o inimigo. Como pois se justifica o encorajamento ao sacrifcio herico na guerra? Cada guerra tem um preo, que por vezes, extremamente elevado. Acaso estar isso em contradio com o princpio da conservao de si prprio? O sacrifcio essencial no apenas para a destruio do inimigo mas tambm para a conservao de si prprio.Captulo IX

O exrcito popular

O exrcito Vermelho chins um corpo armado destinado a cumprir as tarefas polticas da revoluo. Especialmente no momento atual, o exrcito no deve de maneira alguma limitar-se apenas a combater; alm de combater para destruir o inimigo, ele deve ainda assumir tarefas to importantes como a de fazer propaganda no seio do povo, organizar as massas, armar as massas, ajudar as massas a instalar o poder poltico revolucionrio, e inclusive criar organizaes do Partido Comunista.

Captulo X

O papel dirigente dos comits do partido

O sistema de comits do Partido uma importante constituio para assegurar a direo coletiva e evitar que um s indivduo monopolize a conduo dos trabalhos.

Pr os problemas na mesa. Isso o que devem fazer tanto o chefe de esquadra como os membros do comit. No falar pelas costas seja de quem for. Assim que surge um problema, convoque-se uma reunio, ponham-se os problemas na mesa para que sejam discutidos, tomem-se as decises e resolva-as. Entre o chefe de esquadra e os membros do comit haver uma mtua compreenso. Nada mais importante do que a compreenso, amizade e o respeito.

Nunca devemos fingir conhecer aquilo que no conhecemos, nem ter vergonha de consultar os nossos subordinados, pelo contrrio devemos escutar cuidadosamente o baixo escalo..H de ser aluno antes de se tornar professor; antes de dar ordens, h de aprender com os escales inferiores. Seria incorreto no escutar os pontos de vista inferiores; contudo esses pontos de vista no devem ser seguidos, mas sim criticados.

Guardar-se da arrogncia. Isso constitui uma questo de princpio para os dirigentes, mas tambm uma importante condio para manter a unidade. Nem mesmo aqueles que no cometeram erros graves e conseguiram grandes xitos no trabalho devem ser arrogantes

Captulo XI

A linha de massas

As massas so os verdadeiros heris, enquanto que frequente vezes, ns somos de uma ingenuidade ridcula. Se no compreendermos isso, nos ser impossvel adquirir at os conhecimentos mais elementares.

Para ligar-se s massas, importa agir de acordo com as necessidades e aspiraes das massas. Todo o trabalho feito para as massas devem partir das necessidades dela, e no do desejo desse ou daquele indivduo, ainda que bem intencionado. Acontece frequente vezes, que as massas precisam de certas mudanas mas, subjetivamente, no esto ainda conscientes dessa necessidade, no a desejam. Nesse caso, devemos esperar pacientemente. No devemos realizar tal mudana seno quando, em virtude do nosso trabalho, a maioria das massas se tenham tornado consciente dessa necessidade e esteja desejosa de realiz-la. Enquanto as massas no esto conscientes e desejosas, toda a espcie de trabalho que requer a sua participao resulta em mera formalidade e termina num fracasso.

Em qualquer lugar, as massas compem-se geralmente de trs categorias de indivduos: os que so relativamente ativos, os intermedirios e os atrasados. Assim, os dirigentes devem saber unir volta da direo o pequeno nmero de elementos ativos e apoiar-se neles para elevar o nvel dos elementos intermedirios e, conquistar os elementos atrasados.

Saber converter a poltica do partido em ao das massas, saber conseguir que os quadros dirigentes e tambm as grandes massas compreendam e dominem cada movimento e cada luta que fazemos, isso a arte da direo marxista-leninista. Ela tambm a linha divisria que permite determinar se cometemos erros ou no no nosso trabalho.

Captulo XII

O trabalho poltico

Foi na base da guerra e dos princpios da unidade entre o exrcito e o povo, de unidade entre os comandantes e os combatentes, e de desintegrao das foras inimigas que o exrcito realizou um grandioso trabalho poltico revolucionrio, o qual constitui um fator importante na conquista da vitria.

As clulas do Partido so as organizadas na base da companhia; essa uma das razes importantes pelas quais o exrcito tem sido capaz de mater-se indestrutvel num trabalho to rduo.

O trabalho poltico do exrcito guia-se por trs princpios fundamentais:

Primeiro o princpio da unidade entre os oficiais e os soldados, o que significa a liquidao das prticas feudais no exrcito, a proibio de bater e insultar, a instaurao de uma disciplina consciente, e a introduo de um tipo de vida que os oficiais e soldados compartilhem as alegrias e as penas, em resultado o exrcito inteiro ficou unido;

Segundo, o princpio da unidade entre o exrcito e o povo, o que significa a observao de uma disciplina que no tolera a menor violao dos interesses populares, a realizao de uma propaganda entre as massas, a organizao e o armamento das massas, a diminuio das cargas econmica destas e a represso dos colaboracionistas e dos traidores Ptria, que prejudicam o exrcito e o povo;

Terceiro, o princpio da desintegrao das tropas inimigas e o tramamento indulgente aos prisioneiros de guerra.

A nossa poltica em relao aos prisioneiros, quer provenham das foras japonesas, fantoches ou anticomunistas, p-los em liberdade, excetuando-se os que incorreram no dio profundo das massas e devem sofrer a pena capital, uma vez que as respectivas sentenas de morte tenham sido retificadas pelas instncias superiores.

Entre os prisioneiros, aqueles que tenham sido obrigados a inteirar-se nas foras reacionrias, mas que se inclinam mais ou menos em favor da revoluo, devem ser postos em massa para o servio no nosso exrcito; todos os demais prisioneiros devem ser postos em liberdade; e voltando-se a combater-nos, tornam a cair prisioneiros, devemos p-los mais uma vez em liberdade.

No devemos insultar, apoderar dos bens materiais ou pessoais, arrancar retrataes de nossos prisioneiros. Devemos trata-los com afabilidade, sinceridade, e isso sem qualquer exceo.

No possuir um ponto de vista poltico correto como no ter alma. Todos os departamentos e organizaes devem assumir as suas responsabilidades de trabalho ideolgico e poltico. Isso se aplica tanto ao Partido Comunista como Liga da Juventude, aos departamentos governamentais encarregados desse trabalho e, em especial, aos diretores e professores dos estabelecimentos de ensino.

Captulo XIII

Relaes entre oficiais e soldados

Nosso exrcito seguiu sempre dois princpios: primeiro, devemos ser implacveis com nossos inimigos, devemos esmag-los; segundo, devemos ser bons para com o povo, para com os nossos camaradas, superiores e subordinados.

Devemos fazer uma distino entre o inimigo e ns mesmos, e no adotar uma posio de antagonismo camaradas, tratando-os como se fossem nossos inimigos.

Captulo XIV

Relaes entre o exrcito e o povo

O exrcito deve fundir-se com o povo, de maneira que este veja nele seu prprio exrcito.

No exrcito, devemos efetuar um trabalho de educao ideolgica entre os comandantes e combatentes, de maneira que eles compreendam integralmente a importncia que h em apoiar o governo e preocupar-se com o povo. Desde que o exrcito cumpra bem esse dever, os rgos locais de poder e o povo melhoraro necessariamente as suas relaes com o exrcito.

Captulo XV

Trs grandes democracias

necessrio realizar uma certa democratizao no exrcito; o essencial abolir a prtica feudal de bater e insultar, e conseguir que os oficiais e soldados compartilhem as penas e as alegrias na vida diria. Assim, conseguir-se- uma unidade entre os oficiais e soldados, elevar-se- extraordinariamente a capacidade de combater do exrcito e no haver a menor dvida quanto possibilidade de sustentarmos uma guerra longa e cruel.

Quer no exrcito quer nas organizaes locais, a democracia interna do partido deve servir para reforar a disciplina, para elevar a capacidade de combate, e nunca para enfraquec-l.

Captulo XVI

A educao e a instruo militar

A nossa poltica, no domnio da educao, deve permitir que todos os que a recebam se desenvolvam moral, intelectual e fisicamente, e se convertam em trabalhadores cultos e de conscincia socialista.

No que se diz respeito educao dos quadros em funo ou nas escolas de quadros, h de estabelecer a poltica de tomar como centro o estudo dos problemas prticos da revoluo chinesa e adotar como guia os princpios fundamentais do marxismo-leninismo.

Uma escola de centenas de pessoas jamais poder ser bem dirigida se no dispuser de um corpo de dirigentes de vrios indivduos, formado de acordo com as circunstncias reias e composto pelos mais ativos, ntegros e capazes dentre os professores, empregados e alunos.

Captulo XVII

Servir o povo

Servir de todo corao ao povo, sem nos afastarmos um s instante das massas; em tudo, partir dos interesses do povo e no dos interesses de um indivduo ou de um pequeno grupo; identificar a nossa responsabilidade frente ao povo com a nossa responsabilidade frente aos rgos dirigentes do Partido, eis o nosso ponto de partida.

Ns devemos ser modestos e prudentes, prevenir-nos contra toda presuno e precipitao, e servir de todo corao ao povo chins...

O esprito do camarada Bethune, o seu esquecimento total de si prprio e sua devoo pelos outros, manifesta-se num profundo sentindo das responsabilidades com relao ao trabalho e num ilimitado afeto pelos camaradas e pelo povo. Todos devemos apreender dele esse perfeito esprito de abnegao. Desse modo, cada um poder vir a ser muito til ao povo. Seja qual for a capacidade de um indivduo, basta-lhe que possua esse esprito para ser um homem de nobres sentimentos, ntegro, de alta moralidade, destitudo de interesses vulgares, um homem til ao povo.

Captulo XVIII

Patriotismo e internacionalismo

Acaso os comunistas, que so internacionalistas, podero ser ao mesmo tempo patriotas? Ns pensamos que no somente podem como tambm devem s-lo. As condies histricas que determinam o contedo concreto do patriotismo.

A vitria da china e a derrota dos invasores imperialistas tambm constituiro uma ajuda para os povos do restante dos pases. Por consequncia, o patriotismo uma questo de internacionalismo na guerra da libertao nacional.

Para chegar-se a libertao completa, os povos oprimidos devem apoiar-se em primeiro lugar na sua prpria luta, e s depois na ajuda internacional. Os povos cujas revolues j triunfaram devem ajudar aos que ainda lutam pela libertao. Esse o nosso dever internacionalista.

Captulo XIX

Herosmo revolucionrio

Dotado de um esprito indomvel, esse exrcito est decido em esmagar que inimigo for; ele jamais se deixar subjulgar.

Pr completamente em jogo nosso estilo de combater: coragem, esprito de sacrifcio, desprezo pela fadiga e tenacidade nos combates contnuos.

Vocs constituem um modelo para toda a nao chinesa, a coluna que nos diferentes domnios faz avanar vitoriosamente a causa do povo, um apoio seguro do governo popular, e uma ponte que liga esse governo grande massa.

Captulo XX

Edificar o pas com diligencia e economia

preciso que a totalidade dos quadros e do povo tenha em mente que a China um grande pas socialista, mas ainda pobre e economicamente atrasado. Para que nosso pas se torne prspero e poderoso ainda so necessrias dezenas de anos de esforos intensos e, entre tais esforos, necessria a aplicao de uma poltica de diligncia e economia na edificao do pas, uma poltica que implica uma rigorosa economia e uma luta contra o esbanjamento.

necessrio que todo pessoal dos organismos governamentais compreenda que a corrupo e o esbanjamento constituem crimes extremamente graves. A luta contra esses males j deu certos resultados, mas so necessrios ainda novos esforos. Economizar cada centavo para a guerra, para a causa da revoluo e para a edificao da nossa economia, tal o princpio que deve orientar a nossa contabilidade.Captulo XXI

Apoiar-se nas prprias foras e lutar arduamente

Ns sustentamos que devemos apoiar-nos nas nossas prprias foras. Ns esperamos obter ajuda exterior mas no devemos depender dela. Ns contamos com os nossos esforos, com a fora criadora de todo nosso exrcito e de todo nosso povo.

As riquezas da sociedade so criadas pelos operrios, camponeses e intelectuais-trabalhadores. Se eles tomam em mos o seu prprio destino, se seguem uma linha marxista-leninista e se, em vez de fugirem aos problemas, adotam uma atitude ativa para resolv-los, no haver no mundo dificuldade que no sejam capazes de vencer.

Que nos momentos difceis os camaradas no percam de vista os nossos momentos de sucesso, olhem para nosso futuro luminoso e redobrem os esforos.

O que trabalhar? Trabalhar lutar. Ali, existem dificuldades e problemas que devemos resolver. para vencer essas dificuldades que iremos para l trabalhar e lutar. Um bom camarada aquele que tanto mais insiste em ir para um lugar quanto maiores so as dificuldades que neste lugar existem.

Captulo XXII

Mtodos de pensamento e de trabalho

A histria da humanidade a histria do continuo desenvolvimento, do reino da necessidade para o reino da liberdade. Esse processo no tem fim.

De onde vm as idias corretas? Acaso caem do cu? No. Sero por ventura inatas? No. Elas no podem vir seno da prtica social, de trs tipos de prtica social: a luta pela produo, a luta de classes e a experimentao.

A existncia social do homem determina o seu pensamento. Uma vez dominadas pelas massas, as idias corretas que caracterizam a classe avanada tornam-se uma fora material, capaz de transformar a sociedade e o mundo.

Frequentemente, para se chegar a um conhecimento correto, torna-se necessrio repetir vrias vezes que vai da matria ao esprito e do esprito matria, quer dizer da prtica ao conhecimento e do conhecimento prtica.

No mundo, as coisas so complexas e determinadas por diversos fatores. Um problema deve ser visto nos seus diversos aspectos e no num s aspecto.

Ns devemos aprender a examinar as questes sob todos os aspectos, tanto no seu aspecto positivo como no negativo. Em condies determinadas, uma coisa m pode produzir bons resultados e, por sua vez, uma coisa boa pode produzir maus resultados.

No devemos esperar que os problemas se acumulem e dem lugar a mltiplas complicaes, para s ento tentar resolv-los. Os dirigentes devem tomar o comando do movimento e no se deixar a reboque.

Captulo XXIII

Investigao e estudo

No podem resolver um problema? Pois bem! Ide informar-vos sobre seu estado atual e o sobre sua histria! Assim que essa investigao tiver possibilitado a elucidao de tudo vocs sabero como resolv-lo.

As concluses extraem-se do fim da investigao e no no seu comeo. Apenas os tolos se lanam, ss ou em grupo, na tortura mental de encontrar uma soluo, de descobrir uma idia, sem proceder a investigaes.

As investigaes so comparadas aos longos meses de gesto, enquanto a soluo do problema compara-se ao dia do nascimento. Investigar sobre um problema resolv-lo.

Captulo XXIV

A eliminao das concepes errneas

Mesmo quando nosso trabalho coroado de grandes xitos, no h qualquer razo para que nos vangloriemos e tornemos arrogantes. A modstia contribui para o progresso enquanto a presuno conduz ao atraso. Devemos sempre ter essa verdade.

No so poucas as pessoas que faltam o sentido da responsabilidade em relao ao trabalho; elas preferem as tarefas fceis s difceis, deixam aos outros as cargas pesadas e escolhem as cargas leves para si prprios. Seja para o que for, tais pessoas pensam primeiro em si e s depois nos outros. Assim que fazem um pequeno esforo, incham-se de vaidade e comeam a gabar-se, com medo de que os outros no se percebam do seu esforo. Elas no tm o menor carinho pelos camaradas ou pelo povo, tratando-os, pelo contrrio, com frieza, indiferena e insensibilidade.

No difcil uma pessoa realizar umas quatros boas aes; o que difcil agir bem durante toda a vida, nunca fazer algo mau. Realizar uma rdua luta durante vrias dezenas de anos como se tratasse de um s dia, e isso sempre no interesse das grandes massas, dos jovens e da revoluo, eis o que h de mais difcil!

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Captulo XXVI

A disciplina

Uma das exigncias da disciplina do partido a submisso da minoria maioria. Uma vez que o seu ponto de vista seja rejeitado, a minoria deve apoiar a deciso adotada pela maioria. A no ser nos casos de necessidade, em que ela pode trazer de novo o problema para considerao em reunio posterior, a minoria no deve de modo algum agir contrariamente deciso j adotada.

Captulo XXVII

A crtica e a autocrtica

O partido comunista no teme a crtica porque somos marxistas, temos a verdade do nosso lado e as massas fundamentais, operrios e camponeses, esto do nosso lado.

A prtica conscienciosa da autocrtica uma das caractersticas marcantes que distinguem o nosso partido dos demais partidos polticos.

Como servimos o povo, no temos medo de ver apontadas e criticadas as falhas que tivermos. Seja quem for pode apontar as nossas falhas; se tiver razo, nos corrigi-las-emos. Se aquilo que propuser beneficiar o povo, ns agiremos de acordo com a proposta.

Nunca devemos contentarmos com os nossos sucessos. Devemos refrear a nossa auto-satisfao e criticar constantemente as nossas falhas tal como lavamos a cara e varremos o cho todos os dias para remover poeira e manter tudo limpo.

A crtica deve fazer-se a tempo; necessrio desembaraar-se desse hbito de s criticar depois de consumados os fatos.

Captulo XXVIII

Os comunistas

Um comunista deve ser aberto e franco, leal e ativo, deve colocar os interesses da revoluo acima de sua prpria vida e subordinar os interesses pessoais aos interesses da revoluo.

Os comunistas devem ser um exemplo de estudo; em todos os momentos devem ser alunos e mestres das massas populares.

Os comunistas no devem desdenhar nem troar das pessoas que esto politicamente atrasadas, mas sim trat-las de forma amigvel, unir-se a elas, convenc-las e encoraj-las a progredir.

Captulo XXIX

Os quadros

preciso saber utilizar o quadro. No fundo, ser dirigente envolve duas responsabilidades principais: formular idias e utilizar os quadros. Traar planos, tomar decises, dar ordens, estabelecer diretrizes. Para pormos as idias em prtica devemos unir os quadros e incit-los ao. A isso se chama utilizar os quadros.

Captulo XXX

Os jovens

O mundo pertence a vocs e a ns tambm mas, em ltima anlise, o mundo vosso. Vocs, os jovens, plenos de vigor e vitalidade, esto na primavera da vida, tal como o sol s oito ou nove da manh. Em vocs depositamos as nossas esperanas.

Ns devemos ajudar todos os jovens a compreender que nosso pas est ainda muito pobre, que ns no podemos, em curto prazo, mudar radicalmente essa situao, e que s atravs dos esforos conjuntos dos nossos jovens e da totalidade do nosso povo, trabalhando com as duas mos, a China poder fazer-se forte e prspera dentro de um perodo de algumas dcadas. O estabelecimento do nosso sistema socialista abriu-nos o caminho que leva sociedade ideal do futuro, mas transformar essa ideal em realidade exige um duro trabalho.

Captulo XXXI

As mulheres

Na China os homens esto sujeitos a trs autoridades (autoridade poltica, autoridade do cl e autoridade religiosa).... Com respeito s mulheres, alm de estarem submetidas a essas trs autoridades, elas ainda se encontram submetidas aos homens (autoridade do marido). Essas quatro formas de autoridade encarnam o conjunto da ideologia e sistema feudal-patriarcal.

Defender os interesses dos jovens, das mulheres e das crianas, dar assistncia aos jovens estudantes refugiados, ajudar os jovens e as mulheres a organizar-se a fim de, em p de igualdade com os demais, participarem em todo o trabalho til ao esforo da Guerra de Resistncia contra o Japo e ao progresso social, assegurar a liberdade de casamento e a igualdade entre homens e mulheres, dar aos jovens e s crianas uma educao proveitosa....

Captulo XXXII

A cultura e a arte

No mundo de hoje, toda a literatura e toda a arte pertencem a classes determinadas e esto subordinadas e linha politicas determinadas. Realmente no existe arte pela arte, nem arte que esteja acima das classes, uma arte que se desenvolve fora da poltica ou independente dessa.

Um exrcito sem cultura um exrcito ignorante, e um exrcito ignorante no pode vencer o inimigo.

Captulo XXXIII

O estudo

A auto-satisfao inimiga do estudo. Se queremos realmente aprender alguma coisa devemos comear por libertar-mos disso. Com relao a ns prprios, devemos ser insaciveis na aprendizagem e, com relao aos outros, incansveis no ensino,

Ler uma forma de aprender, mas praticar tambm uma forma de aprender, sendo at a forma mais importante de aprender. O nosso mtodo principal aprender a fazer a guerra fazendo-a. Uma pessoa que no tenha tido a oportunidade de ir escola tambm pode aprender a fazer a guerra pode aprender no prprio combate.