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O NASCIMENTO DA MODERNIDADE

o Nascimento Da Modernidade

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  • O NASCIMENTO DA MODERNIDADE

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    Vimos nas aulas anteriores que a Idade Mdia entrou em crise.

    Dentre os motivos, a fome e a peste.

    Isso fez com que muitos migrassem da estrutura feudal, dominante at ento, para as cidades que nasciam.

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    A produo manufatureira ocupou o lugar da produo agrcola.

    A produo manufatureira ajudou a fomentar o mercado consumidor europeu, ajudada pelo desenvolvimento do

    comrcio monetrio.

    A constante escalada rumo especializao do trabalho, com cada trabalhador se ocupando de uma parte do processo produtivo, o embrio da forma de organizao que predominar nos sculos seguintes.

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    A Inglaterra a primeira a superar esta fase manufatureira, dando no sculo XVIII um passo que mudaria para sempre a humanidade, tanto socialmente como politicamente: a inveno da indstria.

    As primeiras mquinas, movidas a vapor, surgem no sculo XVIII.

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    Antes, o trabalho dependia unicamente dos msculos dos homens ou animais para ser realizado.

    A inveno da mquina foi uma revoluo no modo de produo.

    A REVOLUO INDUSTRIAL!

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    Paralelamente, o mundo vivia um outro tipo de revoluo: a do pensamento.

    O mesmo sculo XVIII, onde nasceu a primeira mquina, ficou conhecido como Sculo das Luzes.

    nele que se consolida o movimento Iluminista.

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    Iluminismo um conceito que sintetiza diversas tradies filosficas, correntes intelectuais e atitudes religiosas.

    Os pensadores iluministas estavam voltados, porm, para uma certeza: a de que o homem poderia transformar este mundo em um lugar melhor.

    Esse ideal podia estar presente no iderio religioso, porm os mtodos diferiam (e muito!).

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    Para os Iluministas, a soluo viria pelo homem, e no por Deus.

    A chave para a transformao do mundo estava na introspeco, no livre exerccio das capacidades humanas e no engajamento poltico-social.

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    Quando questionado sobre o que seria o Iluminismo, Immanuel Kant escreveu:

    "O Iluminismo representa a sada dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados so

    aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da prpria

    razo independentemente da direo de outrem. -se culpado

    da prpria tutelagem quando esta resulta no de uma

    deficincia do entendimento mas da falta de resoluo e

    coragem para se fazer uso do entendimento independentemente

    da direo de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer

    uso da tua prpria razo! - esse o lema do Iluminismo".

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    Dentre os pensadores mais importantes do Iluminismo, podemos citar:

    Rene Descartes Filsofo, matemtico e fsico francs. Chamado de fundador da filosofia moderna e pai da matemtica moderna. Autor do clebre Penso, logo existo.

    Baruch de Spinoza Racionalista, fundador de uma corrente radical da filosofia iluminista e grande desenvolvedor do pensamento cartesiano.

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    John Locke Filsofo ingls.

    Montesquieu Entre outras, notabilizou-se pela idia de tripartio dos poderes do estado (legislativo, executivo e judicirio).

    Voltaire Radical defensor de uma monarquia esclarecida. Se opunha ao pensamento religioso.

    Dentre muitos outros...

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    O Iluminismo forneceu base para uma das mais importantes revolues da histria recente da humanidade: a Revoluo Francesa.

    A Revoluo ocorre entre 5 de maio e de 1789 e 9 de novembro de 1789.

    Aboliu a servido e os direitos feudais e proclamou os princpios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Libert, Egalit, Fraternit) (Rousseau).

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    Um de seus maiores produtos foi a Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado, lavrada em 1789 pela Assemblia Constituinte francesa.

    Em seu segundo artigo, ela delimita os direitos fundamentais do homem e aponta a funo do Estado por uma perspectiva humanista:

    O fim de toda associao poltica a conservao dos direitos naturais e

    imprescritveis do homem; esses direitos so: a liberdade, a propriedade, a segurana

    e a resistncia opresso.

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    Como lembra Muniz Sodr, a prpria humanidade passa a ser um valor, de onde se deduz a noo de igualdade, pois cada homem vale outro homem", sendo a humanidade por si s "fato gerador de direitos, de possibilidades contratuais". Conclui, ento, que "a liberdade um pressuposto da igualdade" (SODR, 1996, p.44).

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    Ao criar um lao de igualdade e liberdade inerentes que unem esses indivduos-cidados agora entronizados (antropocentrismo), a Repblica moderna cria a possibilidade de comunicao entre eles.

    atravs da comunicao, e no mais atravs das escrituras divinas, que os homens devem se entender.

    Para isso, tem como base os pressupostos da razo e da autodeterminao, presentes no iderio iluminista.

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    A possibilidade de se apropriar das coisas do mundo e julg-las segundo a razo constitui a premissa bsica do exerccio da SUBJETIVIDADE moderna.

    O surgimento e afirmao da imprensa peridica, no final do sculo XVII, se d atravs, principalmente, da permisso de livre manifestao da subjetividade civil, nesse quadro de imposio pela Repblica das regras formais balizadoras da sociedade.

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    Inicialmente dependente da ideologia do soberano, a impressa passa rapidamente ao controle dos cidados, que expem livremente suas opinies e as legitimam publicamente.

    Nasce a opinio pblica atravs do direito de expresso pluralista, muitas vezes contrrio aos interesses do poder vigente.

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    O pblico, antes mero ouvinte das imposies transcendentes ao mundo, passa condio de enunciador e legitimador, com o direito de informar e ser informado, e exerce integralmente sua autonomia.

    A imprensa tem o papel de manter os laos sociais e garantir as expresses individuais e particulares.

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    Com o passar do tempo e a evoluo da imprensa tem-se, portanto, a transferncia das funes sociais de convvio para o interior do lar, delegando imprensa a posse do "espao pblico" remodelado, agora um territrio annimo.

    O indivduo agora desconhecido, fechado em sua privacidade e sem vnculos com os demais alm de sua prpria humanidade, que o pe sob o mesmo teto de leis que os demais.

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    As comunidades passam a recortar a vida social, fazendo emergir interesses dspares e conflituosos na teatralidade social.

    Nas sociedades clssicas, o fundamento da comunicao a transmisso dos mitos que subjazem a vida social, alimentando, assim, a identidade cultural do povo.

    Contrapondo a fora da tradio na sociedade clssica, temos, na sociedade moderna, um esforo constante buscando o desligamento do indivduo com o passado.

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    Em funo disso, h uma supervalorizao do presente e das experincias imediatas, pondo suas foras no aproveitamento mximo em experincias momentneas.

    Dessa forma, a tradio no pode impedir o sujeito moderno de se realizar.

    O ideal de liberdade, exposto com particular vigor na revoluo francesa, toma seu sentido mximo.