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O PRÍNCIPE Autor: Maquiavel

O PRÍNCIPE

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Livro O príncipe

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O PRÍNCIPE

Autor: Maquiavel

Nome: Orlando Colombaro AndriolliRA: 818982-0Turma: Direito Período: 1º Semestre

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A) Resumo

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Os Estados podem ser republicas ou principados, que foram herdados pelo sangue, ou foram adquiridos recentemente. Os principados hereditários encontram mais facilidade, por já serem vistos como de família nobre e sendo assim tendo direito ao poder que lhe compete.Também os principados podem ser novos, esses principados novos ou são totalmente novos ou são conquistas de outros Estados liderados por príncipes hereditários, estes são chamados principados mistos, já os principados novos encontrarão maior dificuldade, pois precisa de apoio para poder ser manter no lugar que conquistou.

O príncipe, conseguindo com que se tornem inimigos, todos aqueles que foram incomodados e ofendidos com sua conquista do território, ganhará forças, e diminuirá o risco de perder sua posição, da mesma forma se conseguir reconquistar regiões rebeladas, estas dificilmente lhe serão tomadas.

Maquiavel fala que províncias conquistadas por povos de iguais costumes e língua são mais facilmente mantidas, apenas não devem ser alterados estes costumes, suas leis e seus impostos. Já para os novos "governantes" das províncias de diferentes costumes e língua, será mais difícil mantê-las. O príncipe deverá, primeiramente, habitar a província, dominar as desordens rapidamente e instalar colônias em um ou dois pontos do território.

Uma estratégia usada é de ser defensor dos menos fortes, para que assim também aconteça o enfraquecimento dos poderosos, mas é claro não fazer com alguém fraco venha a ser muito forte. Deve-se ter cuidado para que nenhum forasteiro e estrangeiro de poder penetre na província.

Quando se deseja conservar os principados que, antes de serem ocupados, viviam com suas próprias leis, existem três caminhos a serem seguidos: arruiná-los - e este é o caminho mais seguro, habitá-los pessoalmente ou criar o governo aos poucos e deixá-los com suas próprias leis. Já os principados que anteriormente possuíam um outro príncipe como governante são mais facilmente conservados.

Aqueles principados que foram conquistados com as armas e fortunas dos outros, geralmente não são mantidos, pois existe uma corrupção do exército, e uma sociedade que não possui um alicerce, ou seja, não é fortalecida. Estes governantes estão submetidos à vontade de quem lhe concedeu o Estado, ou seja, o príncipe não tem poder algum, quem realmente comanda o Estado é o dono da fortuna.

Os que chegaram ao principado por meio de crimes, geralmente pagam

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por seus crimes não sendo celebrados por homens ilustres, e não são considerados homens de virtude. Também Maquiavel afirma que as crueldades podem ser mal ou bem usadas. Os crimes de extrema necessidade são considerados bem usados e são justificáveis e aceitáveis se após este, faz-se apenas o bem. Mas quando isso não ocorre e os príncipes continuam fazendo o mal, este possui falta de princípios e escrúpulos. As ofensas ao povo devem ser feitas de uma só vez, e o bem deve ser feito aos poucos, para que todos possam apreciá-lo.

Quando um cidadão privado torna-se príncipe de sua pátria, pode-se chamar seu governo de principado civil. O comandante deste deve ter, antes de tudo, uma grande e afortunada astúcia, e este deve fazer, em benefício do povo, e não dos poderosos; pois a ele sempre caberá governar o mesmo povo, mas vive bem sem os poderosos. Se o povo deste Estado for hostil, ele abandonará o príncipe. Os povos fiéis ao governante devem ser amados, e os que não são fiéis e não confiam no príncipe, devem ou serão empregados como conselheiros, ou considerados inimigos e temidos.

O povo, primeiramente, deve ser considerado amigo e não deve ser oprimido. Mas deve-se esperar que nas adversidades, os cidadãos fugirão. Porém quando um povo espera o mal e recebe o bem, é mais fiel do que um povo que apenas espera o bem.

Segundo Maquiavel, as forças dos principados devem ser medidas pelo exército, ou seja, pelas armas que este mantém. Os reinados que tem muita fortuna e muitos homens devem fazer um bom exército. Quando um príncipe dá boa condição de vida, alimento e trabalho aos cidadãos de seu país, é amado.

Os principados eclesiásticos são adquiridos por virtude ou fortuna, e são mantidos pela religião. Este se mantém fortes, e seus príncipes estarão sempre no poder. São só esses tipos de principados que não necessitam ser defendidos, não governam seus súditos. Esses principados são considerados seguros e felizes, e seus poderes apenas podem ser aumentados com armas e virtudes.

É necessário que um príncipe tenha bons fundamentos, caso contrário cairá em ruína. Para um principado ter poder e prestígio, deve haver boas armas; e as boas leis somente poderão existir se houver boas armas. As tropas mercenárias e auxiliares são inúteis, desunidas, ambiciosas e infiéis. Para que um principado possua uma boa tropa, o seu príncipe deverá acompanhar exercer as atribuições de capitão desta.

Já as tropas auxiliares são aquelas que se apresentam quando se chama um poderoso, para que, com seus exércitos, venha ajudar e defender. Se esta perde, o principado fica liquidado; se ganha, torna-se seu prisioneiro. O perigoso das tropas mercenárias é a covardia, e das auxiliares é o seu valor. Mas como já foi dito anteriormente, as armas dos outros são danosas e prejudiciais, e se não o forem, ainda sim serão motivos de vergonha e constrangimento. Se um principado não está fundamentado sobre suas próprias forças, ele se torna inseguro e instável.

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O real e principal objetivo de um príncipe é cuidar da arte da guerra e de sua organização e disciplina; essa é a única arte que ao governante compete saber. É esta que faz com que homens virem príncipes; e os que não pensam primeiramente em guerra, certamente perde seu Estado. As tropas devem ser mantidas com pensamento em guerra, devem ser bem organizadas e treinadas; devem ser lidas histórias e nelas devem ser observadas os grandes homens, o modo que eles agiam, suas vitórias e derrotas. O exército também nunca deve ficar ocioso, mesmo em tempos de paz.

O príncipe deve aprender a não ser tão bom e piedoso. Também deve ser tão prudente capaz de fugir dos vícios que o fariam perder o poder.

Quanto à liberalidade, se é usada de uma forma que é conhecida de todos, acaba por prejudicar o príncipe, fazendo com ele seja desprezado e odiado. Aquele que vai com seu exército fazer saques e roubar fortunas alheias é benquisto por seu povo ; e o miserável é o correto. Este gasta pouco, não rouba seus súditos. E ser miserável é um dos defeitos que ajuda um príncipe a manter-se no poder.

É melhor ser amado que temido ou temido que amado? O autor da obra esclarece-nos esta questão afirmando que é melhor ser um príncipe temido, mas que dá ao seu povo paz e os mantém unidos e leais, já que é mais válido que apenas um indivíduo seja prejudicado do que toda uma comunidade, que pode ser prejudicada por um príncipe piedoso; já que o homem trai uma amizade e é bom quando lhe convém e sua natureza é ingrata, volúvel e temente do perigo. Porém, quando um homem teme, esse temido do castigo jamais o abandona, e o respeito não é perdido. O que também deve ser entendido é que ser temido não é o mesmo que ser odiado, porque este é prejudicial ao príncipe.

O príncipe deve proceder de forma equilibrada, com prudência e humanidade, mas que não tenha muita confiança e nem demasiada desconfiança nos homens. Também ele deverá saber se utilizar do seu lado bom e do seu lado mau, deve saber punir tanto com as leis, quanto com a violência. Deve sempre manter a postura de piedoso, fiel, humano, íntegro e especialmente religioso, mas tem que saber agir ao contrário em caso de necessidade; deve saber ser mau quando necessário.Para seu odiado pelo seu povo, o príncipe deverá se utilizar dos bens dos seus súditos, seduzir suas mulheres e desonrá-los. Se isso não ocorrer, o povo viverá feliz e satisfeito com seu governante.Para ser amado, ele deve ser grande em seus atos, corajoso, e suas ações deverão ser irrevogáveis.

O príncipe deverá preocupar-se em distrair e alegrar o seu povo, dando-lhes festas e espetáculos. Deve também dar oportunidade aos melhores de seu Estado e ter bons ministros. A confiança mútua entre príncipe e ministros é extremamente imprescindível para se ter um bom principado.

Também devem ser escolhidos como conselheiros do príncipe homens sábios, mas que apenas dêem conselhos quando abordados sobre a

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questão. Cabe ao príncipe escutá-los e sempre manter a prudência.Sintetizando, o príncipe tem que sempre se manter atento em relação

as armas, evitar a todo custo a inimizade do povo, e saber se defender dos grandes. Sabendo isto, seu principado não corre o risco de ser perdido.

Por fim, é sempre melhor a um líder ser impetuoso que cauteloso, sempre ter como virtude à coragem e a esperança de abraçar apenas causas justas.

B) Resenha Crítica

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Nicolau Maquiavel(1469-1527) foi escritor, diplomata, e pensador político, nascido e falecido em Florença. De origem relativamente modesta, conseguiu fazer carreira pública, após a expulsão dos Medici, em 1494.Executou missões junto a diversos Estados italianos, progredindo rapidamente na carreira. Embora nunca fosse nomeado oficialmente embaixador, dirigiu freqüentemente negociações de grande responsabilidade.

- CAPÍTULO I

Todos os Estados, todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre os homens, foram e são ou repúblicas ou principados. Os principados são: ou hereditários, quando seu sangue senhorial é nobre há já longo tempo, ou novos. Os novos podem ser totalmente novos, como foi Milão com Francisco Sforza, ou o são como membros acrescidos ao Estado hereditário do príncipe que os adquire, como é o reino de Nápoles em relação ao rei da Espanha. Estes domínios assim obtidos estão acostumados, ou a viver submetidos a um príncipe, ou a ser livres, sendo adquiridos com tropas de outrem ou com as próprias, bem como pela fortuna ou por virtude.

- CAPÍTULO II

Um príncipe, desde que não seja inepto, poderá manter-se no poder, a menos que o derrube alguma força excepcional se tal fato acontecer poderá reconquistá-lo na primeira oportunidade oferecida pelo usurpador.

Na medida em que a soberania legítima tem menos motivos e menor necessidade de ofender seus súditos, é natural que seja por estes mais queridos, e, se tem defeitos extraordinários que os tornem odiado, é perfeitamente natural que o povo lhe queira bem.

- CAPÍTULO III

É melhor cortar o mal pela raiz, no princípio o mal é fácil de curar e difícil de diagnosticar, mas com o passar do tempo, torna-se mais fácil de diagnosticar e mais difícil de curar. Na lusão, o povo se rebela contra o seu líder. Os homens trocam na melhor das intenções de lieder, pensando melhorar, e esta crença leva-os a lutar contra o líder atual. Quando caem na real que foram enganados, já é tarde, as coisas já pioraram. Não se deve adiar uma guerra, as guerras não se evitam, e, quando adiadas, trazem vantagem ao inimigo, não se deve jamais deixar uma desordem prosperar para evitar a guerra. Arruína quem serve como trampolim político, arruína-se quem é instrumento para que o outro se torne poderoso.

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- CAPÍTULO IV

Nos estados governados por um príncipe e seus ministros, a monarca tem maior autoridade, pois em tais reinos ninguém é tido como superior. Uma ver conquistado o país, e dizimadas suas forças ou de forma a que não pudesse mais levantar um exército, nada mais haveria a temer, exceto a família do príncipe. É bem mais difícil, porém, dominar com tranqüilidade países organizados, portanto não deve causar surpresa a agilidade com que Alexandre pode manter seu domínio sobre a Ásia. Isso não dependia do valor maior ou menor dos conquistadores, mas da diversidade das condições em cada caso.

- CAPÍTULO V

Caso se torne senhor de uma cidade habituada a viver livre, ou se com várias concepções políticas entre seus habitantes e lideranças emergentes, é necessário destruí-la para não ser destruído por ela, porque ela sempre invocara, na rebelião, o nome de sua liberdade e de sua antiga ordem, nas repúblicas há mais vida, mais ódio, mais desejo de vingança. Um recurso útil para manter o controle por um principado conquistado, é ir habitá-lo para tornar-se acessível ao povo em casos amistosos, tornando assim, próximo para ser amado ou odiado, conforme o caso.

- CAPÍTULO VI

Quanto aos novos dominíos, onde há um novo soberano, será mais ou menos fácil conservá-los segundo a maior ou a menor virtude de quem os adquirir.

E como um indivíduo que se torna príncipe pressupõe ter grande valor ou boa sorte, parecia que uma dessas duas coisas contribuisse para diminuir as dificuldades. Os que tem sido menos afortunados se mantiveram melhor. A consolidação é facilitada também quando o príncipe é obrigado a morar pessoalmente nesse território, a falta de outros.

- CAPÍTULO VII

Cesar Borgia vulgarmente chamado duque Valentino, receava que o papa procurasse tomar de volta aquilo que Alexandre lhe dera. Contra isso, procurou garantir-se de quadtro modos:

1- Eliminando todo sangue dos senhores que havia espoliado.2- Atraindo para o seu partido tos os gentis homens de Roma.3- Controlando o máximo possível os votos no colégio.4- Conquistando tanto poder antes da morte do papa, que pudesse por si

mesmo resistir a um primeiro ataque.Os homens ferem por medo ou por ódio...Nunca é tarde para preparar a base, quem não firma antes os alicerces,

poderá entregar-se depois a esse trabalho, se é possuidor de grande capacidade, se bem que com amolação para o arquiteto e perigo para o edifício.

É preciso conquistar as pessoas, as amizades que se obtem mediante

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pagamento, se comprar mas não possuem.

- CAPÍTULO VIII

Faça o mal de uma vez e o bem aos poucos, o conquistador deve examinar todas as ofensas que precisa fazer, para perpetuá-las todas de uma só vez e não ter que renová-las todos os dias. Não as repetindo, pode emitir confiança nos homens e ganhar seu apoio através de benefícios. As injúrias devem ser feitas além de que afim de que, ofendam menos, enquanto os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, para serem melhor apreciados.

- CAPÍTULO IX

Surpreenda aos que, de ti, esperam o mal. Como os homens se ligam mais ao seu benfeitor, se recebem o bem, quando esperam ao mal. Neste caso, o povo se torna mais rapidamente favorável ao príncipe do que se ele tivesse sido conduzido graças ao seu apoio.

- CAPÍTULO X

Um príncipe que tenha uma cidade forte e não seja odiado pelo seu povo, não pode ser atacado e ainda que fosse não seria derrotado. Os homens são inimigos de empreendimentos em que veêm dificuldades e não se pode ver facilidade em atacar alguém que tenha suas terras fortificadas e não seja odiado pelo povo.

- CAPÍTULO XI

O estado eclesiástico é temido pelo Rei da França, que foi por ele expulso da Itália, como também pode arruinar os venezianos.

- CAPÍTULO XII

Maquiavel disse que não convenha o uso de forças de aliados numa guerra, pois se perdesse a guerra estaria abatido pelo inimigo e se vencesse ficaria prisioneiro dos aliados. Segundo ele, seria menos perigoso o uso de tropas mercenárias, ainda que essas, pela sua natureza apresentassem o perigo da covardia. Em suma Maquiavel concluiu que seria melhor proteger somente com suas tropas, que vencer auxiliados por terceiros, somente os príncepes e as repúblicas armadas fazem progressos imensos, enquanto que exércitos mercenários trazem apenas danos.

Deve o príncipe não ter outra finalidade, nem outro pensamento, senão a guerra, seu regulamento e disciplinas, pois é a única arte que se atribui a quem comanda. O príncipe apenas terá adiada a sua derrota pelo tempo que adiado o ataque, sendo espoliado por eles na paz e por inimigos na guerra. Assuma pessoalmente o comando militar, os pricipais fundamentos de todos os estados são boas leis e boas armas.

As principais bases que os estados possuem: novos ou velhos, mistos ou

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não, são boas leis e bons princípios. Não existem boas leis onde não existam boas armas. Quem tem o seu estado baseado em armas mercenárias, jamais estará seguro e tranqüilo. Os príncipes de prudência repetiram sempre tais forças, antes que perder com as suas que auxiliados por terceiros.

- CAPÍTULO XIII

As forças próprias de um príncipe são aquelas compostas por seus súditos, cidadãos ou servos, as demais são todas mercenárias ou auxiliares.

- CAPÍTULO XV

O politicamente correto, nem sempre é o que deve fazer, aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do que sua preservação, um príncipe, se quiser manter-se (necessita) aprender a poder não ser bom e a se valer ou não disto segundo a necessidade.

- CAPÍTULO XVI

Contudo, deve evitar exceder-se para não despertar o ódio, é mais sábio ficar com a forma de miserável, que gera uma infâmia sem ódio, do que, por desejar o renome de liberal, precisar incorrer na forma de repasse, que gera uma infâmia com ódio. Os homens em geral, julgam as coisas mais por olhos que com as mãos, porque todos podem ver, mas poucos podem sentir.

- CAPÍTULO XVII

Há uma dúvida se é melhor sermos amados do que temidos, ou vice-versa. Deve-se responder que gostaríamos de ter as ambas coisas, sendo amados e temidos; mas, como é difícil juntar as duas coisas, se tivermos que renunciar a uma delas, é muito mais seguro sermos temidos do que amados, pois dos homens, em geral, podemos dizer o seguinte: eles são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ambiciosos; eles furtam-se aos perigos e são ávidos de lucrar. Enquanto você fizer o bem para eles, são todos teus, oferecem-te seu próprio sangue, suas posses, suas vidas, seus filhos. Isso tudo até o momento que você não tem necessidade. Mas, quando você precisar, eles viram de costas.

- CAPÍTULO XVIII

O príncipe não precisa absolutamente se preocupar com a fama de cruel, não se afastar do bem, mas saber entrar no mal, se necessário. A crueldade é necessária para se manter seus súditos unidos, obedientes e disposto a lutar. Para contrabalançar basta ir empregando de modo conveniente, aos pouquinhos, demonstrações de que é piedoso, deve parecer, toda piedade, fé, integridade, humanidade e religião. Os fins justificam os meios, os meios serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo está sempre voltado para as aparências e para o resultado das coisas. Não é preciso cumprir uma palavra dada quando ela se torna prejudicial. Um príncipe prudente não pode e nem deve,

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guardar a palavra dada, quando isso se torna prejudicial ou quando deixem de existir as razões que haviam levado a prometer, os homens são maus e não mantém sua palavra para contigo, não tens tambéns que cumprir a tua palavra.

- CAPÍTULO XIX

Mais importante do que ser é parecer ser. Não é necessário ter todas as qualidades, mas é indispensável parecer te-las. Se as tiver e utilizar sempre, serão danosas, enquanto se parecer te-las, serão úteis, empenhar-se para que, em suas ações, se reconheça a grandeza, ânimo, ponderação e energia. Nunca volte atrás de suas decisões junto as intrigas privadas dos súditos, deve firmar suas decisões como irrevogáveis e manter sua posição de modo que ninguém pense, em enganá-lo, nem faze-lo mudar de opinião. Para punir use terceiros e para elogiar apareça os príncipes, devem fazer os outros aplicarem as punições e eles próprios concedem as graças.

- CAPÍTULO XX

É prudente não desarmar os seus súditos, mas sim armá-los para que os defendam, exceto quando se trata de um estado novo, recêm conquistado. Quanto as fortalezas, são boas ou não, conforme as circunstâncias, mas a melhor fortaleza e não ser odiado pelo povo. Louvarei quem fizer fortalezas e quem não as fizer também, e reprovarei quem quer que, confiando nas fortalezas, pouco se preocupar por ser odiado pelo povo. Divisão interna só beneficia o inimigo, quando o inimigo se aproxima, as cidades divididas costumar render-se logo, porque sempre a parte mais fraca se alia as fracos extremos e a outra não pode governar. Repercúta um prêmio ou uma punição dada, quando alguém realizar alguma coisa extraordinária, parao bem ou para o mal, deu se prêmia-lo ou puni-lo, com muita repercussão.

- CAPÍTULO XXI

Não deves ficar neutro numa guerra. Numa guerra entre terceiros terás que se posicionar a favor de um ou outro, caso contrário, serás sempre presa de quem vence. O vencedor nçao vai querer amigos suspeitos e o perdedor te rejeitará, quando te aliares corajosamente a uma das partes, e sair vencedor aquele a quem se associaste, ainda que seja poderoso e não fiques em sua dependência, ele terá contraído obrigações e laços de amizade para contigo.

- CAPÍTULO XXII

Há três gêneros cerébros: um entende por si mesmo, outro discerne aquilo que os outros entendem e o terceiro não entende nem a si mesmo e aos outros. O primeiro é excelentíssimo, o segundo é excelente e o terceiro é inútil.

- CAPÍTULO XXIII

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O príncipe precisa ainda de canais para conhecer a verdade, sem contudo dar poder a eles, não te ofendem ao dizerem a verdade. Se, porém, todos a puderem dizer, te faltarão com respeito. Já o ministro será bem, se não pensar em si mesmo, mas no príncipe. Os conselhos uniam de onde vierem, nascem da prudência do príncipe, e não a prudência do príncipe de bons conselhos. Deve escolher um sábio e conceder-lhe livre arbítrio para lhe dizer a verdade quando o príncipe quizer saber. É preciso enfraquecer os poderosos, agradas os súditos, manter os amigos e proteger-se dos companheiros. Entre seus inimigos estão os companheiros. Considere teus inimigos todos os insatisfeitos por estares no poder, mesmo aqueles companheiros mais próximos, que te ajudaram ali chegar, pois não terás como atender a todos os desejos desses como, os mesmos, gostariam.É melhor ser impetuoso do que tímido.

- OS DEZ MANDAMENTOS DE “O PRÍNCIPE”

1) Zelai apenas pôr vossos interesses2) Não honreis a mais ninguém alem de vós3) Fazei o mal, mas fingir fazer o bem4) Cobiçai e procurai fazer de tudo o que puderes5) Sede miseráveis6) Sede brutais7) Lograi o próximo toda vez que puderdes8) Matai os vossos inimigos e, se for necessário os vossos amigos9) Usai a força em vez da bondade ao tratardes com o próximo10) Pensai exclusivamente na guerra

- CRÍTICA

Aplicado aos governantes, "O Príncipe", pode ser perfeitamente aplicado ao cidadão comum, pois apresenta uma lição sobre as reais intenções de um governante ambicioso, que usava todas as armas para conseguir o que queria. Na época, os mais ricos acharam que, esse livro, servisse para ensinar ao Duque como tirar deles todas as riquezas, e os mais pobres julgaram "O Príncipe" como um documento destinado a orientar aos ricos como tirar a liberdade dos pobres. É certo, porém que, até hoje, ele tanto serve de manual de instruções, ou livro de cabeceira, aos governantes de plantão; como também, permite às camadas populares uma melhor percepção do que é capaz de fazer um político ganancioso, ainda no tempo presente, para conquistar ou para se perpetuar no poder. Do início ao fim do livro, Maquiavel, para quem a finalidade da arte política é a manutenção do poder, induz aos governantes às decisões ditadas pela força. Impera a chamada lei do mais forte ou mais esperto. Suas idéias os recomendam a assumirem suas "feras", ou seja, a adotarem praticas animalescas; nas ações agressivas, na demarcação territorial, no ritual e no estabelecimento

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da hierarquia social - funções do instinto animal geradas no complexo réptico, parte cerebral mais primitiva. O poder maquiavélico consiste num poder sub-reptício, onde suas intenções e finalidades são dissimuladas, utilizando-se de meios secretos e ocultos, imorais, agressivos e perversos para alcançarem seus objetivos.

Isso demonstra que o autor, com essas idéias possa ter reforçado, em alguns aspectos, a tradição do pensamento antigo, em detrimento da ciência moderna. Ele não leva em conta as raízes sociais e econômicas dos conflitos no interior das formações sociais enfocando apenas as disputas do poder pôr príncipes - a disputa do poder pelo poder - tratando o cidadão comum como cidadão-soldado, distinguindo-o do cidadão-príncipe, esse sim, tratado como moralmente virtuoso, o que não reconhece a validade da organização popular e de massa em busca de igualdade de direitos.

Para muitos Maquiavel, nesse livro, expressa apenas a realidade vista e analisada pôr ele. Mas poderíamos perguntar; O que fez Maquiavel para mudar o comportamento submisso do povo?

Ao contrário disso ele pregou uma série de idéias para se conservar a dominação; "...não há coisa mais difícil de se fazer, mais duvidosa de se alcançar, ou mais perigosa de se manejar do que ser o introdutor de uma nova ordem, porque quem o é tem pôr inimigos todos aqueles que se beneficiam com a antiga ordem, e como tímidos defensores todos aqueles a quem as novas instituições beneficiam." ( * Capitulo VI)

Num aspecto, no entanto, Maquiavel foi revolucionário; Ao abordar sobre a relação entre a política e a religião. Para muitos, essa obra é considerada uma idéia lunática, atéia e satânica, devido à convicção do autor de que a tomada e conservação do poder é a única finalidade da política, e não provém de Deus e muito menos da sucessão natural de hierarquias fixas. A proliferação dessas idéias pode ter obrigado aos governantes a apresentarem novas justificativas para a ocupação do poder assumido.

As teorias medievais eram teocráticas e o renascimento procurava evitar a idéia de que o poder seria uma graça ou uma dádiva de Deus, entretanto,

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embora o autor critique a teocracia, não consegue negar a idéia cristã, de que o poder político só se torna legítimo se for justo, e que só será justo se estiver de acordo com a vontade divina. Maquiavel, no entanto, distinguiu o principado eclesiástico, possivelmente como uma forma de contornar o confronto com a Igreja enquanto instituição. De qualquer sorte, quanto ao pensamento teocrático, a obra de Maquiavel é destruidora e transformadora.

Muito embora as concepções de Maquiavel tenham sido fundadas na sua experiência, no seu tempo; pois ele viu muitas lutas, ascensão e queda de governos em grandes cidades; não podemos afirmar que, essas reflexões, tenham contribuído de forma intencional, na construção de uma nova sociedade, ainda que a transparência de sua abordagem deixasse evidente de que isso tornar-se-ia necessário. Seu pensamento político apresenta respostas, tais como: Não admite um fundamento interior à política;

Não aceita a idéia da comunidade constituída para o bem comum e a justiça;

Recusa a figura do bom governo encarnada no dirigente portador de virtudes morais;

Não aceita a divisão clássica da monarquia, aristocracia, democracia e suas formas corruptas. Para Maquiavel, o critério para avaliação de um líder, é a liberdade.

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, no ano de 1469, filho de advogado e pertencente a uma família de destaque em seu torrão natal.  No auge do Renascimento, sua pátria estava dividida em principados de pequeno porte, enquanto na Espanha, Inglaterra e França já eram consideradas nações unificadas. Fraca militarmente e politicamente a sua Itália, em contraponto tinha seus grandes nomes culturais de alcance surpreendente. Filósofo e político Nicolau Maquiavel viveu no período de 1469 a 1527, vivendo 58 anos. Considerado um dos mais famosos e conhecidos filósofos políticos, visto que tinha uma visão eminentemente de um governante. Poderia se tornar devido às conseqüências de seu país cruel e violento para conquistar o poder e mantê-lo. Escreveu um livro polêmico intitulado “O Príncipe”. Dedicou a obra ao Magnífico Lourenço de Médici, para depois começar a esmiuçar o assunto estendendo-se por todos os principados.

No capítulo I começa a tratar de um assunto se estende por grande parte da obra: os principados como foi citado antes e podemos observar como ele definia o Estado. Nicolau Maquiavel afirmava que o Estado eram na

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realidade todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre os homens, sendo ou não repúblicas ou principados. Fala dos hereditários e mistos que em seu aspecto eram menos tangíveis pela conservação do poder, pois tinha um príncipe de linhagem de comando tradicionalíssimo. Pensava e tinha como ideal a eliminação da linhagem de nobres dominadores e desprezava a alteração da organização de leis, instalação de colônias imposta preexistentes e a mudança do novo dominador para o local conquistado. Estado dominante e povo dominado e obediente a ele, recebendo o apoio até dos vizinhos. A partir desse momento o autor inicia a utilização de diversos exemplos para ilustrar as características que se dispusera a descrever a partir dessa situação. Neste caso dos principados mistos, um nome bastante comentado é o de Luís XII. Fala sobre o reino de Dário, que foi dominado e ocupado por Alexandre o Grande, e da não revolta contra seus sucessores depois da sua morte, havendo contraste com territórios ocupados pela França.

A grande explicação reside na forma de organização da monarquia: no reino de Dario, existe apenas uma figura central e de maior importância no poder, o príncipe, e todos os outros são servos; já nos reinos governados pela França, “O rei é posto em meio a uma multidão de senhores de linhagem antiga, reconhecidos e amados pelos súditos...” (capítulo. IV, no. 3), o que não cria uma figura central forte e, cujo poder, não possa ser contestado. Maquiavel afirma ainda que um líder deva buscar o apoio de seu povo.

Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias... Os benefícios devem ser oferecidos gradualmente, para que possam ser mais bem apreciados.”. No principio, cita os exemplos de Moisés, Teseu, entre outros, que por virtude própria tornaram-se príncipes. Já no segundo, o autor transcorre a respeito de César Bórgia, filho do papa Alexandre VI, cujas conquistas foram impulsionadas pelo poder da posição de seu pai e, depois, por alianças com pessoas de punho mais firme que ele, como Remirro de Orco. Já em "Dos que conquistaram o principado com malvadez” (capítulo. VIII), é tratado o fato de se atingir o principado através de “... atos maus ou nefandos...” (no. 1).

Maquiavel também afirma que, se necessário, um governante deve mentir e trapacear. O autor declara que é melhor para um líder caluniar do que agir de acordo com suas promessas, se estas forem resultar em conseqüências adversas para sua administração e seus interesses. Da mesma forma que Maquiavel acreditava que os líderes deveriam ser falsos quando preciso, ele os aconselhava a ficarem atentos em relação às promessas de outros: eles também podem estar mentindo caso seja de interesse deles. Maquiavel

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afirma ainda que um líder deva buscar o apoio de seu povo.

Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias... Os benefícios devem ser oferecidos gradualmente, para que possam ser mais bem apreciados.” Estamos aqui determinadas nuanças que o autor do livro nos proporciona trazendo para os leitores - um (raio - X) - de como se fazia política a sua época. Maquiavel foi muito criticado pelas idéias que ele defendeu em “O Príncipe”. Contudo, é importante ressaltar que ele preferia uma república à ditadura. Tinha uma preocupação com a fraqueza militar e política da Itália, e desejava ver um governante forte que unificasse o país e expulsasse os invasores estrangeiros que estavam devastando a Itália. Por um lado, Maquiavel era defensor de táticas severas e cínicas, por outro, ele era um patriota idealista. Na realidade Maquiavel queria tornar seu país um Estado forte com os demais. É notório também no livro o destaque dos principados civil e eclesiástico. No civil o cidadão comum pode ser príncipe de sua nação pelo apoio dos compatrícios do povo e dos nobres.

Por um lado, Maquiavel era defensor de táticas severas e cínicas, por outro, ele era um patriota idealista. Por esse detalhe muita gente usou o clichê maquiavélico para as pessoas de má índole, mas na realidade Nicolau Maquiavel não era assim. Ele queria a redenção de sua pátria e sua atitude era muito justa. Na obra-prima de Maquiavel muitos leitores chegam à conclusão de que ela pode ser considerada um guia de conselhos para governantes. Cujo tema central do livro é o de que para permanecer no poder, o líder deve estar disposto a desrespeitar qualquer consideração moral, e recorrer inteiramente à força e ao poder da decepção. Maquiavel escreveu que um país deve ser militarmente forte e que um exército pode confiar somente nos cidadãos de seu país – um exército que dependia de mercenários estrangeiros era fraco e vulnerável. Como foram notados e citados anteriormente poucos filósofos políticos foram tão condenados quanto Maquiavel.

Seu nome virou sinônimo, inclusive na língua portuguesa, de duplicidade e manipulação: “maquiavélico”. As idéias de Nicolau Maquiavel podem não ter sido morais, mas foram certamente influentes.

O próprio Maquiavel declarou que elas não eram originais: seus conselhos já haviam sido adotados na prática por diversos governantes bem-sucedidos.

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“O Príncipe” tornou-se notório após ter sido lido por diversos vilões da história.  Benito Mussolini, o líder fascista italiano durante a Segunda Guerra Mundial, um homem que trouxe muita destruição para seu país, elogiou publicamente o livro. Dizem que Napoleão Bonaparte dormia com um exemplar do livro sob seu travesseiro. No entanto, deve-se lembrar que Maquiavel apenas apresentou, e não criou a realidade amoral da política. Maquiavel acreditava na capacidade humana de determinar seu próprio destino. Para ele, os fins justificavam os meios: um governante deveria fazer qualquer coisa para atingir seus objetivos. Ao escrever “O Príncipe”, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política. Seu livro é um manual de autopreservação para líderes mundiais.

É um livro que para muitos leitores se torna enrolado e complicado, mas percorrendo as páginas do livro atentamente Nicolau Maquiavel não era esse reacionário cruel e desumano, e o jargão popular que ficou na história não condiz com a realidade. Maquiavel como todo bom filósofo tenha o se legado. Trata-se em seu livro das milícias e seus tipos que eram quatro; as próprias, as mercenárias, as auxiliares e as mistas. As mercenárias e auxiliares são de nenhuma utilidade e transmitem grande perigo, devido ao vínculo praticamente ausente com os que defendem. Deve-se sempre fugir destas milícias, pois a verdadeira vitória só é saboreada se conquistada com as próprias armas, sem levar em conta o prestígio alcançado entre os soldados e súditos desta maneira. Sobre os deveres do príncipe para com seus exércitos, Maquiavel afirma que a arte da guerra deve ser sempre exercitada, tanto com ações como mentalmente, para que o Estado esteja sempre preparado para uma emergência inesperada e, também, para que seus soldados o estimem e possam ser de confiança.

 O conjunto de idéias de Maquiavel constituiu um marco que dividiu a história das teorias políticas. Em Platão (428 - 348 a.C.), Aristóteles (384 - 322 a.C.), Tomás de Aquino (1225 - 1274) ou Dante (1265 - 1321), o estudo da teoria do estado e da sociedade vinculava-se à moral e constituíam-se como ideais de organização política e social. O mesmo pode-se dizer de Erasmo de Rotterdam (1465 - 1536) no Manual do Príncipe Cristão, ou Thomas More (1478 - 1535) na Utopia, que constroem modelos ideais de bom governante de uma sociedade justa baseados num humanismo abstrato. Encerrando essa resenha cheia de nuances políticas queríamos afirmar em alto e bom tom que O maquiavelismo é na verdade a política corrente entre os poderosos de todos os tempos, surgido no curso natural da história. Assim, poderemos observar que as grandes personagens maquiavélicas - Moisés,

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Ciro, Rômulo, Solon, Licurgo, Teseu, César Borgia, Luís XII, E outros - são vultos históricos do passado ou presente que lhe servem de exemplo para as suas considerações, mas não faz uma leitura crítica da História. A idéia de que a justiça é o interesse do mais forte, o recurso a meios violentos e cruéis para se alcançar os objetivos não foram receitas inventadas por Maquiavel, mas remontam a Antigüidade e caracterizam a sociedade do cinquecento. Assim, podemos dizer que o maquiavelismo antecede a Maquiavel, que é responsável pela sistematização das práticas de ação dos detentores do poder, fazendo da prática uma teoria. Enfim Maquiavel depois de muita luta depois uma obra marcante e de conhecimento da maioria dos alunos que se inserem no estudo da sociologia, da psicologia e das ciências políticas, Nicolau Maquiavel faleceu em 1527, aos 58 anos de idade.

Independente de admiradores e críticos, não se pode negar a influência de Maquiavel. Seu trabalho e suas idéias continuam sendo lidos e discutidos com muita efervescência e ele é e sempre será considerado um dos principais filósofos políticos de todos os tempos. Se a teoria política moderna é discutida hoje com tamanho realismo, grande parte disso deve-se ao autor de “O Príncipe”. Esse é o nosso pensamento. As idéias resumidas de um livro que tratou de idéias polêmicas e de difícil assimilação para muitos, mas a política tem esses detalhes, se assim não fosse o mundo atual imantaria coisas boas e a situação política e social seria o somatório das mil maravilhas, visto que a política é controversa, polêmica, partidária e tem seu ideal e seus idealistas e bajuladores.