O Processo de Inteligência Competitiva em Organizações

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    Artigo 03

    DataGramaZero - Revista de Cincia da Informao - v.4 n.3 jun/03 ARTIGO 03

    O Processo de Inteligncia Competitiva em OrganizaesThe Competitive Intelligence Process in Organizations

    porMarta Lgia Pomim Valentimet alii

    Resumo: A inteligncia competitiva entendida como um processo dinmico, composto pela gesto dainformao e pela gesto do conhecimento. O artigo aborda questes importantes para o processo deinteligncia competitiva(IC), como a cultura organizacional, fundamental para o xito do processo deas atividades pertinentes prospeco e ao monitoramento informacional, a gesto da informao e a

    gesto do conhecimento como parte do processo, assim como a importncia do processo em si para ainovao tecnolgica. Alm disso, o texto aborda as ferramentas que apiam o processo, atravs delaspossvel obter maior agilidade, eficincia e eficcia do processo. Demonstra-se tambm, a importncilinguagem e dos termos utilizados pelo sistema, estarem consistentes, visando a qualidade dessessistemas. Finalizando, o texto aborda a atuao do profissional da informao no processo de IC.Palavras-chave: Inteligncia Competitiva; Gesto do Conhecimento; Gesto da Informao; CulturaOrganizacional; Prospeco Informacional; Monitoramento Informacional; Inovao; Tecnologias deInformao; Linguagem e Termos; Profissional da Informao

    Abstract: The competitive intelligence understood as a dynamic process, composed by the informatio

    management and the knowledge management. The article approaches important subjects for thecompetitive intelligence(CI) process, as the organizational culture, basic for the success of CI's procethe pertinent activities to the information mining and information scanning, the information managemand the knowledge management as part of the process, as well as the importance of the process itself the technological innovation. Besides, the text approaches the tools that support the process; throughthem it is possible to obtain more agility, efficiency and effectiveness of the process. It is alsodemonstrated, the importance of the language and of the terms used by the system, being consistent,seeking the quality of those systems. Concluding, the text approaches the performance of the informaprofessional in the CI's process.Keywords: Competitive Intelligence; Knowledge Management; Information Management;Organizational Culture; Information Mining; Information Scanning; Innovation; InformationTechnologies; Language and Terms; Information Professional

    1. Introduo

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    O processo de inteligncia competitiva (I. C.) de extrema importncia para as organizaes necessitam ser competitivas frente ao mercado consumidor, quer seja regional, nacional ouinternacional. A I. C. ocorre em ambientes organizacionais e, portanto, recebe influnciaconstante de fatores internos e externos.

    Inicialmente importante explicar o entendimento sobre o termo organizao, que nessecontexto se apresenta atravs de uma concepo sistmica, ou seja, a organizao como uma

    totalidade integrada atravs de diferentes nveis de relaes. Sua natureza dinmica e suasestruturas no so rgidas, mas sim flexveis embora estveis, bem como resultam das interae interdependncia de suas partes (CAPRA, c1982, p.260-61).

    A inteligncia competitiva o processo que investiga o ambiente onde a empresa est inseridacom o propsito de descobrir oportunidades e reduzir os riscos, bem como diagnostica oambiente interno organizacional, visando o estabelecimento de estratgias de ao a curto, me longo prazo.

    A inteligncia competitiva (I. C.) entendida como processo organizacional e fundamental organizao sob vrios aspectos, como por exemplo, para as pessoas desenvolverem suasatividades profissionais, para as unidades de trabalho planejarem suas aes tticas eoperacionais, para os setores estratgicos definirem suas estratgias de ao, visando o mercada competitividade e a globalizao. Alm disso, perceptvel as necessidades informacionais,diferentes nveis de complexidade, da organizao como um todo e que so supridas atravs dprocesso de I. C..

    Outra questo importante a conceituao de dados, informao e conhecimento, que so insu

    para o processo de I. C.. Nesse sentido, adota-se os conceitos apresentados por Davenport ePrusak; para os autores dados so simples observaes sobre o estado do mundo, so facilmenestruturados, obtidos por mquinas, freqentemente quantificados e facilmente transferidos;informao so dados dotados de relevncia e propsito, requer unidade de anlise, exigeconsenso em relao ao significado e necessariamente exige a mediao humana; conhecimena informao valiosa da mente humana, inclui reflexo, sntese e contexto, alm disso de difestruturao, transferncia e captura em mquinas, bem como freqentemente tcito (1998,p.18).

    Conhecer os diferentes ambientes organizacionais tambm fundamental para compreender oprocesso de I.C. nas organizaes. Explica-se que as organizaes so formadas por trsdiferentes ambientes: o primeiro est ligado ao prprio organograma, isto , as inter-relaesentre as diferentes unidades de trabalho como diretorias, gerncias, divises, departamentos,setores, sees etc. (fluxos formais); o segundo est relacionado a estrutura de recursos humanisto , as relaes entre pessoas das diferentes unidades de trabalho (fluxos informais) e, oterceiro e ltimo, composto pela estrutura informacional propriamente dita, ou seja, a gerade dados, informao e conhecimento pelos dois ambientes anteriores (VALENTIM, 2002b).

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    O processo de inteligncia competitiva gerencia esses fluxos informacionais, quer formais ouinformais, atravs de vrias aes integradas e, desenvolvidas, objetivando criar uma culturaorganizacional voltada I. C., como exemplo, pode-se citar a prospeco e monitoramento, aseleo e a filtragem, o tratamento e agregao de valor, a disseminao e transferncia, agerao e o uso de dados, informao e conhecimento, ou seja, o ativo informacional e intelecda organizao.

    Conforme mencionado anteriormente, os fluxos informacionais quer formais e informais ocortanto no ambiente interno quanto no ambiente externo organizao e as aes integradasmencionadas no pargrafo anterior devem ser realizadas nos dois ambientes.

    Tambm necessrio conceituar os termos 'gesto da informao', 'gesto do conhecimento' e'inteligncia competitiva'. A gesto da informao tem como foco o negcio da organizao eao restrita aos fluxos formais; a gesto do conhecimento tem como foco o capital intelectusua ao restrita aos fluxos informais; finalizando, a inteligncia competitiva tem o foco nasestratgias da organizao e sua ao no restrita a um dos fluxos, isto , ela trabalha com odois fluxos informacionais, formais e informais (VALENTIM, 2002b).

    Percebe-se claramente a relao estreita existente entre a gesto da informao, gesto doconhecimento e a inteligncia competitiva. No entanto, a complexidade das aes despendidadiferente, uma vez que a gesto da informao trabalha no mbito do conhecimento explcito,gesto do conhecimento trabalha no mbito do conhecimento tcito e a inteligncia competitivtrabalha com ambos alm de se caracterizar como um processo, sua maior complexidade est fato de estabelecer relaes e interconexes entre as duas formas de gesto.

    Alm disso, existem diferentes naturezas informacionais, quais sejam: estruturadas, estruturve no estruturadas. Os dados, informaes e conhecimento estruturados so aqueles acessadosdentro ou fora da organizao e podem ser entendidos como aqueles que esto sistematizadosorganizados e disponveis para acesso; os dados, informaes e conhecimento estruturveis saqueles produzidos pelos diversos setores da organizao, porm sem sistematizao,organizao e no esto disponveis para acesso; os dados, informaes e conhecimento no-estruturados so aqueles produzidos externamente organizao, porm sem filtragem etratamento (VALENTIM, 2002b).

    O processo de I. C. portanto, de fundamental importncia para que as organizaes sintam-scapazes de atuarem no mundo globalizado, de forma a proporcionar a regio qual estoinseridas, maior desenvolvimento econmico e social. Nesse sentido, dados, informao econhecimento, conforme j mencionado anteriormente, so matrias-primas para o processo dinteligncia competitiva.

    2. Cultura Organizacional

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    Cada organizao seja pblica, seja privada tem um modo prprio de 'olhar o mundo'. A visoforma de agir convencionada entre os indivduos de uma determinada organizao, denominacultura organizacional. Se por um lado os indivduos que compem a organizao influemdiretamente na formao dessa cultura organizacional, por outro lado a prpria organizao, etermos sistmico, influi na forma que cada indivduo atua no seu cotidiano. A culturaorganizacional perpassa toda organizao, sendo sua essncia a relao entre as pessoas, tanto

    ambiente interno como no ambiente externo organizao.

    O termo cultura apresenta uma infinidade de definies e cada uma est vinculada a correntesque tiveram seu surgimento na antropologia, mas que tambm podem ter como base, o uso nasociologia. Os sentidos que lhe foram incorporados na antropologia e na sociologia secomplementam em muitos aspectos, e isto possibilitou que estudos sobre a cultura fossemestendidos para outras reas de interesse, como a psicologia e a administrao, que sentiramnecessidade de explicar os aspectos que envolviam o ser humano, na tentativa de construirformas de controles e de fazer previses dos comportamentos.

    Smircich citado por Freitas (apud LEITE, 1997, p.7) expe a cultura sob cinco enfoques dentrda antropologia, dos quais trs representam melhor a idia geral a ser discutida. Os conceitos funcionalismo de Malinovski (cultura um instrumento), funcionalismo-estrutural de RadclifBroen (cultura um processo que funciona como regulador e adaptador do homem na sociedaetnocincia de Goodenough (cultura um sistema no qual conhecimentos so partilhados -cognitiva), antropologia simblica de Geertz (cultura so smbolos compartilhados) e oestruturalismo de Levi-Strauss (cultura a externalizao dos pensamentos das pessoas). Os tltimos conceitos so os que forneceram base para a idia de que cultura uma metfora e n

    somente uma varivel, como explicado por Fleury apud Monteiro; Ventura; Cruz (1999, p.774), ao analisar as duas primeiras correntes apresentadas por Smircich, os autores observaramque a cultura entendida como uma varivel a organizao tem e, quando se analisa as trsltimas correntes, a cultura entendida como uma metfora a organizao .

    No primeiro enfoque a organizao est sujeita tanto ao meio ambiente externo quanto ao intee o modelo seguido o sistmico. Neste caso, a cultura reduzida ao contato com o meio extea organizao e, tambm, a sua projeo para o meio interno e produo de alguns componeda cultura. Nesse sentido, ignorou-se que a cultura possui muitos outros elementos, sendo alg

    detectveis e outros no (subjetivos), bem como que a sua formao dependente do que cadaindivduo acrescenta ao compartilhar com o grupo. Assim, o segundo enfoque, trata a cultura um ponto de vista mais completo, buscando compreender e detectar minuciosamente os aspetfenmenos implcitos, informais e sociais caracterizado-os como sendo inerentes organiza

    Para a I. C. a cultura organizacional relevante, pois representa os elementos essenciais querefletem e determinam o comportamento, os valores, a baixa resistncia mudana, aparticipao e interao que deve ocorrer entre os indivduos e grupos e demais atributos que organizao tem que ter e ser, como mostrado nas correntes da antropologia.

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    Para Schein o que se entende por cultura organizacional :

    "o conjunto de pressupostos bsicos que um determinado grupo inventou,

    descobriu ou desenvolveu ao aprender a lidar com os problemas de adaptao

    externa e de integrao interna, e que funcionou bem o bastante para serem

    considerados vlidos e ensinados aos novos membros como a forma correta de

    perceber, pensar e sentir em relao a esses problemas" (apud TOMEI, 1993).

    Este conceito considerado um dos mais completos quando se trata do tema culturaorganizacional, ou seja, os indivduos so atrados e formam grupos, de maneira consciente ouinconsciente, nos quais as pessoas se assemelham quanto a maneira de pensar e de se comporEsta identificao e aproximao acabam por formar conjuntos de indivduos denominados degrupos e estes formam a organizao. A relao entre eles se caracteriza por apresentar grupocom propsitos distintos (subgrupos e subculturas), que pertencem e esto no interior de uma

    mesma cultura. Para Coelho Neto o termo grupo pode ser compreendido como um conjunto indivduos reunidos ao redor de um fim comum a ser perseguido e que serve de centro ordenadas relaes entre esses indivduos, uns em relao aos outros, e entre eles e o fimbuscado (1997, p.194).

    A formao dos grupos necessita e depende, alm da participao de pessoas que os constroemde maneira dinmica, de um fator de restrio caracterstico da cultura, o tempo. A cultura deuma organizao precisa de tempo para que sua base e estrutura possam ser construdas. Ao spensar no processo de aceitao e uso de um novo comportamento por uma determinada

    comunidade, h que se concordar com a existncia de um perodo de adaptao fundamental,para que o comportamento seja sedimentado e includo na cultura, dando continuao aoprocesso de mudana, incluso e excluso de indivduos nos grupos e organizaes (MELLO,2001, p.81).

    Para a I. C. o nvel da interao e do relacionamento deve se situar tanto entre os indivduoscomo entre os grupos (subgrupos) que formam a organizao. No se pode esquecer que a I. Cum processo e depende do que as vrias partes que a compe conseguem obter em conjunto.

    Partindo-se da viso da Psicologia, dois autores so mais requisitados para se entender oinconsciente dos indivduos, o qual no explica por que os indivduos se agrupam e tm certotipos de comportamentos, mas pode auxiliar no entendimento sobre a socializao e a formada cultura. Freud e Jung fornecem perspectivas que se diferenciam quanto ao contedo preseno inconsciente das pessoas, principalmente quando se busca compreender como foi formadofoi formado. Para Freud, o inconsciente como uma tbula rasa quando o indivduo nasce. Istsua mente biolgica, possuindo elementos que no so conscientes e com o tempo seroretirados e perdidos da memria. Para Jung o inconsciente do indivduo se apresenta tambmcomo biolgico mas, sobretudo, ele influenciado pelo inconsciente coletivo. A fronteira da

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    conscincia extrapolada para o universo de todas que fazem parte da natureza humana. Aconscincia do indivduo est intimamente ligada ao cosmo, e possui elementos mais antigos que ela prpria (CAPRA, c1982, p.353).

    Capra baseando-se em Jung afirma que:

    "a concepo sistmica da mente no est limitada a organismos individuais,

    podendo ser estendida a sistemas sociais e ecolgicos, podemos dizer que grupde pessoas, sociedades e culturas tm uma mente coletiva e, portanto, possuem

    igualmente uma conscincia coletiva" (c1982, p.290).

    A cultura entendida como resultado desse pensamento coletivo, sendo determinante noprocesso de socializao. Nesse sentido, dentro da socializao, a I. C. exige do indivduo quaum altrusmo que favorea ao mximo a organizao da qual ele faz parte.

    Antes do indivduo conhecer a cultura, fazendo uso de seus significados, ele necessita passar petapas para que o integre a cultura da sociedade. Essas etapas so a socializao primria e asocializao secundria. A socializao primria tida como o primeiro contato que umindivduo tem com a sociedade atravs de intensa aprendizagem pela comunicao,principalmente oral. No existem barreiras e a aceitao positiva quanto ao que lhe comunicado. Alm disso, quando ele passa a fazer parte de uma determinada sociedade.

    Na socializao secundria o indivduo j passou pela primria, mas tenta se inserir em outrosgrupos da sociedade e, para isto, tem que aprender novos smbolos e significados, para que

    consiga se comunicar com indivduos que no fizeram parte da sua socializao primria, ou aqueles que lhe transmitiram os significados bsicos. Essa socializao pode ser vista como amais difcil para o indivduo, pois talvez ele tenha que abandonar ou modificar os significadoprimrios, que inicialmente so tidos como verdades absolutas, e por isso, o processo de mudaem uma cultura se torna to desgastante.

    Quando um indivduo tem que se inserir em um grupo, no qual ter que aprender e compartilhnovos e diferentes smbolos, que muitas vezes iro contrariar os j existentes na sua conscinccomea o estado de divergncia e atrito, na socializao secundria que freqentemente exis

    barreiras quanto mudana em uma cultura. Nessa etapa que o estudo sobre o grupo e sobreindivduo so mais importantes para que a mudana seja concretizada. Existem nessa etapa,processos conscientes e inconscientes, que passam pelos indivduos e pela organizao demaneira circular, so difceis de serem mensurados e de estabelecerem seus papis dentro doprocesso de I. C.

    O conhecimento coletivo est presente na organizao e no processo de I. C., sendo essencial compartilhamento dos conhecimentos explcitos e implcitos (subjetivos). A socializao

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    secundria tem que ser realizada de forma que atenda aos objetivos da organizao, integrandadequadamente o indivduo ao grupo e fazer com que informaes e conhecimentos sejamtransmitidos sem obstculos. Para isso, necessrio que a cultura, condicionando os indivduosendo influenciada por eles, esteja preparada e direcionada para atender as etapas subjetivas qconstituem a inteligncia competitiva.

    3. Prospeco e Monitoramento Informacional

    Inicialmente, importante conceituar os termos prospeco e monitoramento informacional.Entende-se por prospeco informacional o mtodo ou tcnica que visa a identificao de dadinformao e conhecimento relevantes para a organizao. Monitoramento informacional, omtodo ou tcnica de observao e acompanhamento constante de dados, informao econhecimento relevantes ao negcio da organizao.

    A prospeco e o monitoramento informacional so etapas fundamentais do processo de I. C..

    Atravs da prospeco informacional possvel estabelecer um mapa inicial de fontes de dadoinformao e conhecimento essenciais ao negcio da organizao. O mapeamento de dados,informao e conhecimento, alimenta os diferentes sistemas de I. C. existentes na organizaoestabelecendo uma dinmica na entrada dos dados, informao e conhecimento.

    Existem outros termos sinnimos de prospeco e monitoramento informacional, como exempode-se citar: minerao e viglia respectivamente. No caso do termo minerao de dados, mutilizado pela rea de computao, consiste em uma ferramenta (Data Mining) projetada paraexplorar grandes quantidades de dados. Viglia surge de uma corrente francesa na rea de I. C

    subdivide-se em trs: a) viglia cientfica e tcnica, orientada para a pesquisa e desenvolvimen(patentes); b) viglia tecnolgica, orientada para o produto e para a tecnologia (inovao); c)viglia comercial, orientada principalmente para o exame atento do ambiente (mercado) (DALPIERO, 2001).

    De acordo com Valentim (2002b), a inteligncia competitiva necessita do mapeamento e daprospeco de dados, informaes e conhecimento produzidos internamente e externamente organizao. Ainda, segundo a autora, os dados, informaes e conhecimento prospectados soempresas, produtos, mercados, processos, meio ambiente, tecnologia etc., tm a finalidade de

    maior segurana s estratgias estabelecidas pela organizao.

    De acordo com Palop e Vicente Gomila (1999), o monitoramento um dos focos da inteligncompetitiva, visto que transforma informao bruta em inteligncia, ou seja, um esforosistemtico e organizado pela empresa para observao, captao, anlise e recuperao deinformaes. Para Cortez (2002) e Barcellos; Fernandes; Motta (2001), o processo demonitoramento deve ser dinmico e contnuo na coleta, anlise, avaliao e sntese dainformao, possibilitando que a I. C. seja utilizada como recurso estratgico, na tomada de

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    deciso pela organizao.

    O monitoramento de informaes relevantes organizao torna-se um grande desafio. Osexecutivos passam a necessitar de sistemas que monitorem, coletem e analisem estas informaque o ambiente externo gera e que so de interesse para o planejamento estratgico da empresNesse sentido, Silva; Hkis (2001) e Ortiz; Ortiz; Silva (2002b) entendem que o papel davigilncia tecnolgica um dos pilares indispensveis para as estratgias da organizao em

    relao a concorrncia, pois assim, as empresas so foradas a assimilar e desenvolvertecnologia, visando a inovao e maior competitividade.

    Canongia; Antunes; Pereira (2002) tratam da prospeco como uma atividade extremamente para inferir no estado-da-arte de determinado setor, com objetivo de gerar informaes sobre sua trajetria passada e sobre as tendncias de mercado.

    O monitoramento precisa selecionar cuidadosamente, dentre um grande nmero de informaaquelas que tm potencial relevncia, assim como deve funcionar como uma antena na

    identificao de novas oportunidades e sinais de mudana no ambiente. Ao mesmo tempo, deajudar a empresa a no perder o foco estratgico no processo de coleta, armazenagem, anlisedisseminao da informao. Nesse sentido, o aspecto humano indispensvel na definio dsistema, ou seja, na coleta, na anlise, validao, interpretao e disseminao das informae(SILVA; HKIS, 2001). A tecnologia da informao a ferramenta de apoio ao monitorameno homem o responsvel pelo conhecimento a ser agregado informao coletada.

    Palop e Vicente Gomila afirmam que

    "o monitoramento um esforo sistematizado e organizado pela empresa para

    observao, captao, anlise, difuso precisa e recuperao de informaes

    sobre o entorno econmico, tecnolgico, social ou comercial, indicando amea

    ou oportunidades para a mesma" (1999, p.22).

    Da mesma forma Porter define monitoramento como investigao do ambiente em busca deinformao pertinente, envolvendo vigiar, observar, verificar e manter-se a par dosdesenvolvimentos dentro da rea estabelecida, podendo ser focalizada ou contextual (apud

    VIEIRA, 1999, p.176).

    No desenvolvimento da atividade de monitoramento, podem ser observados aspectostecnolgicos, como avanos tcnicos e cientficos, produtos e servios; competidores, isto ,concorrentes atuais e potenciais; aspectos comerciais, como fornecedores e clientes; e oambiente, como legislao, cultura, poltica, sociedade e economia. A expectativa dessaatividade,

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    " fornecer insumos bsicos, informaes e orientaes sobre a forma de anali

    dados e informaes disponveis, de forma que a inteligncia resultante seja

    adequada para cada usurio, assim como promova a criao e a gesto do

    conhecimento sobre o objeto do monitoramento ... O monitoramento contnuo

    reduz a probabilidade da organizao ser surpreendida" (BARCELLOS;

    FERNANDES; MOTTA, 2001, p.6).

    Vrios estudos tm comprovado que o processo de inteligncia competitiva em organizaes,ocorre essencialmente da prospeco e monitoramento de dados, informao e conhecimento,bem como de sua filtragem, anlise e interpretao para serem aplicadas nas atividades cotidiem diferentes nveis de complexidade, proporcionando maior competitividade e insero nomercado globalizado.

    As equipes de I. C., conscientes de que a atividade de prospeco e monitoramentoinformacional, so fundamentais para o processo de I. C., tm desenvolvido mtodos e tcnic

    cada vez mais eficientes, da mesma forma as tecnologias de informao so aprimoradas pararealizarem prospeces e monitoramentos mais geis e eficazes.

    4. Gesto da Informao

    Olhando as organizaes pelo prisma sistmico, ou seja, como um complexo de atividades intrelacionadas, muitas vezes observa-se que no ocorre uma percepo das transformaes que processam na sociedade, assim como no percebe-se a necessidade de evoluo do negcio.

    Nesse cenrio, muitas organizaes no compreendem as transformaes ocorridas e tm asensao de perda de controle, em decorrncia das constantes mudanas que so freqentemeimpactantes e se implementam antes mesmo de terem sido assimiladas s anteriores, exigindocada vez mais dos indivduos o acompanhamento dessas tendncias. Para isso, imprescindvque haja mudanas nos modelos vigentes da organizao, adotando inovaes e buscando novconhecimentos, bem como, repensar a concepo de gesto organizacional.

    Nesse processo, a organizao ter que desafiar o ambiente em que atua, inteirar-se dos

    acontecimentos externos, identificar as oportunidades e ameaas, adotando posturas pr-ativadefinindo metas a serem atingidas, enfim, estabelecer as estratgias competitivas que deveropriorizadas visando nortear as diretrizes que sero seguidas quando da tomada de deciso.

    Colocando a tomada de deciso como funo comum dos gerentes na realizao de suasatividades, Montana e Charnov definem o processo de tomada de deciso como sendo a

    "seqncia de eventos abordados pela administrao para solucionar problema

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    em seus negcios, um processo sistemtico que segue uma seqncia de

    identificao de problemas, gerao de solues alternativas, anlise das

    conseqncias, seleo e implementao da soluo, avaliao e

    'feedback' (2002, p.75).

    O processo de tomada de deciso requer do executivo no s conhecimento prvio das condi

    internas da organizao, do seu ambiente externo, como tambm a avaliao das decises jtomadas e suas conseqncias. Esse posicionamento ser mais bem assimilado se o administrdispuser de informaes confiveis, que identifiquem os problemas e proporcionem as proposde possveis solues (CARVALHO, 2001).

    Para que a organizao alcance sucesso no processo de tomada de deciso, ela necessita deinformaes teis, corretas, entregues na hora certa e s pessoas certas. Desse modo, asinformaes precisam ser gerenciadas da mesma forma que os outros recursos. Faz-se necessestabelecer polticas e programas de organizao e tratamento para que elas se apresentem com

    mais eficcia.

    A informao deixa de ser um elemento comum do cotidiano, assumindo papel de importncipassando a ser considerada to vital quanto os recursos humanos (capital intelectual), materiaou financeiros, que so imprescindveis sobrevivncia das organizaes (CARVALHO, 200

    A informao passa a ser entendida como qualquer outro recurso que possui valor, Croninapresenta o pressuposto de que a informao tem valor e potencial:

    "um valor de uso (o que se faz da informao); um valor de troca/mercado (vaconforme as leis da oferta e da demanda); um valor de propriedade (h um

    interesse individual do seu poder); e o valor de restrio (isto , uma informa

    de interesse comercial)" (1990, p.202).

    Gerenciar informao como um recurso organizacional, implica primeiramente em verificar anecessidades informacionais dos indivduos da organizao, na segunda etapa prospectar ecoletar o que relevante, em terceiro selecionar (filtrar), organizar, tratar, armazenar, e por

    ltimo disseminar, transferir e gerar novas necessidades. Torna-se assim necessrio buscarmetodologias e ferramentas para desenvolver essas atividades de maneira eficiente, a fim de gconhecimento e inteligncia, visando subsidiar o processo decisrio (CARVALHO, 2001).

    Ressalta-se a importncia das organizaes gerenciarem de forma mais eficiente, os recursoshumanos, valorizando seu potencial e capacitando-os de forma a compreenderem o valor dainformao e do conhecimento, assim como da importncia do domnio de tecnologias deinformao que so ferramentas fundamentais para o bom desempenho profissional.

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    5. Gesto do Conhecimento

    A gesto do conhecimento uma das bases que amparam o processo de inteligncia competitnas organizaes. Quando pautadas no aproveitamento, na sistematizao e na socializao doconhecimento de seus indivduos para a formao do conhecimento organizacional baseado ncoletividade, as empresas obtm uma maior vantagem frente concorrncia e potencializam a

    explorao de novas idias para fomentar a inovao.

    De acordo com McGee e Prusack

    As organizaes aprendem a prestar servios, aprendem a fabricar produtos,

    tudo isso aprendizado criado a partir do aprendizado coletivo dos indivduos

    eles ainda acrescentam que o conhecimento e o aprendizado esto embutidos

    sistemas, estruturas e processos da organizao (1998, p.211).

    impossvel no relacionar o conhecimento coletivo de uma organizao sua imagem e s satividades. Embora o conhecer ainda seja uma das maiores incgnitas da trajetria do homeem funo da hipercomplexidade da mquina humana (crebro) e do obscurantismo dosprocessos cognitivos, o conhecimento visto sob a perspectiva da organizao pode serentendido como um ativo, que apesar de intangvel dado ao seu carter inamovvel edesvinculvel do homem , tem possibilidade de ser redimensionado, estendido e traduzido paa realidade da organizao sob a forma de decises, aes estratgicas, novos produtos eprocessos.

    Morin afirma que todo conhecimento comporta necessariamente:

    a) uma competncia (aptido para produzir conhecimento);b) uma atividade cognitiva (cognio), realizando-se em funo da competnci

    c) um saber (resultante dessas atividades) (1999, p.18).

    Como destaca Sveiby o conhecimento humano tcito, orientado para a ao, baseado emregras, individual e est em constante mutao (1998, p.42). Desse modo, o conhecimento um fenmeno multidimensional, de maneira inseparvel, simultaneamente fsico, biolgico,cerebral, mental, psicolgico, cultural e social (MORIN, 1999, p.18).

    Mesmo sendo considerado individual e tcito, o conhecimento humano pode ser comunicvelinterpretvel e verificvel, pois como afirma Morin existe entre indivduos de uma sociedadeuma relao de inerncia/separao/comunicao que permite no somente o conhecimentomtuo, mas tambm a partilha, a troca e a verificao dos conhecimentos (1999, p.227).

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    No ambiente organizacional, essa recursividade dos conhecimentos individuais, bem como atroca e verificao dos conhecimentos, implica em um processo de produo-comunicao-absoro o qual permite segmentar o conhecimento em duas tipologias bsicas: o conhecimentcito e o conhecimento explcito.

    Diversos autores entre eles: Nonaka; Takeuchi (1997), Sveiby (1998), McGee; Prusack (1998

    Davenport; Prusack (1999), Teixeira Filho (2000), Salazar (2000), Maturana (2001), Silva(2002b), enfatizam que o conhecimento tcito pode ser definido como o conhecimento imbricao ser humano, aquele que no est devidamente codificado e explicitado em algum suporte,como por exemplo: as experincias dos indivduos, suas habilidades, seu know-how, suasprticas, seus valores etc. Ao contrrio, o conhecimento explcito diz respeito ao conhecimentque se encontra codificado e explicitado, atravs de um sistema de linguagem formal, ou seja,est sistematizado em algum tipo de suporte como papel, disquete, fitas magnticas, CD-ROMredes eletrnicas, ambiente Web etc.

    A fragmentao do conhecimento em tcito e explcito serve para denominar momentosdiferenciados, que passam muitas vezes imperceptveis num processo dinmico como a gestoconhecimento. A converso do conhecimento tcito para o explcito e do explcito para o tcitmuitas vezes no identificvel em detrimento da velocidade com que a assimilao de umconhecimento e a produo ocorre.

    A gesto do conhecimento atua essencialmente nos fluxos informais de informao e noconhecimento tcito, resgatando informaes internas fragmentadas e transformando-as emrepresentaes estruturadas e significativas (conhecimento explcito) capazes de auxiliar o

    processo de inteligncia competitiva, assim como corrigir aes em situaes crticas, identifioportunidades e gerar atividades antecipativas frente concorrncia.

    A implementao da gesto do conhecimento em uma organizao auxilia sobremaneira o seudesempenho nas aes estratgicas. Sendo que est intrinsecamente ligada capacidade dasempresas em utilizarem e combinarem as vrias fontes e tipos de conhecimento organizacionapara desenvolverem competncias especficas e capacidade inovadora (TERRA, 2000, p.70)

    Dessa forma, so objetivos da gesto do conhecimento:

    * Formular estratgia de alcance organizacional para desenvolvimento, aquisi

    e aplicao do conhecimento;* Implantar estratgias orientadas ao conhecimento;* Promover uma melhora continua dos processos de negcio, enfatizando a

    gerao e aquisio do conhecimento;* Monitorar e avaliar dados, informao e conhecimento obtidos durante o cic

    de gerao e aplicao do conhecimento;* Reduzir o tempo de desenvolvimento de novos produtos e melhoria dos j

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    existentes, e o desenvolvimento mais gil de solues para os problemas;* Minimizar custos em funo da repetio de erros durante as atividades da

    organizao (SALAZAR, 2000, p.21) (traduo nossa).

    Para o cumprimento desses objetivos, cabe organizao determinar e definir a estratgia queser adotada para o aproveitamento do seu patrimnio intelectual. Para tanto, necessrio que

    empresa detecte e rastreie os canais informais; trate, analise e sistematize os conhecimentosdispersos atravs das tecnologias de informao e crie, estimule e oferea condies propciaspara o aprendizado e para a socializao e, por conseqncia, a renovao do conhecimento nambiente organizacional.

    Alguns fatores so condicionantes para a adoo e prtica da gesto do conhecimento de formeficaz e ininterrupta. Na esfera da organizao, das pessoas que a compem e das tecnologiasinformao que embasam suas atividades cotidianas, possvel identificar os seguintes fatoreimprescindveis e prioritrios:

    A Organizao As PessoasAs Tecnologias da

    Informao

    - Viabiliza uma estruturaorganizacional positiva emrelao a socializao dosdados, informao econhecimento gerados;

    - Realiza o tratamento e aarmazenagem da produointerna (relatrios tcnicos,boletins, normas eespecificaes etc.);

    - Possui TI (Intranets,Groupwares), ferramentase estruturas apropriadas;

    - Constri continuamente acultura e o climaorganizacional positivo socializao do

    - Possuem viso de grupo;

    - So motivadas/ estosatisfeitas;

    - Possuem espritoinovador/ de liderana;

    - Atualizam-se;

    - Cooperam;

    - Ajudam a construir acultura e o climaorganizacional;

    - Tm compromisso com oprocesso de gerao esocializao doconhecimento;

    - Estruturam fontes dedados, informao econhecimento, com valoragregado;

    - Apiam o processo detomada de deciso;

    - Do suporte s redesformais e informais daorganizao;

    - Apiam a criao derelacionamentos e atransferncia deconhecimento (tcito eexplcito da organizao);

    - Possuem interfaceamigvel de fcil

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    conhecimento;

    - Privilegia uma cultura deinovao;

    - Acompanha, monitora,gerencia, compartilha e

    avalia as melhores prticas,atividades, processos,projetos desenvolvidos;

    - Dispe de um Banco deDados/ software para omapeamento decompetncias;

    - Conhece as pessoas eseus potenciais de formaindividual;

    - Potencializa o trabalhoem equipe.

    - So flexveis;

    - Conhecem a organizao(setores, atividades, demaisfuncionrios);

    - Sabem lidar com asferramentas de TI;

    - Desenvolvem suasatividades com tica;

    - Atuam em equipe deforma harmnica;

    - Reconhecem o sucessocomo conseqncia dotrabalho coletivo.

    explorao e acesso;

    - Buscam a atualizaoconstante da estrutura deTI.

    Tabela 1 Fatores condicionantes para a adoo da gesto do conhecimento

    Conforme anteriormente mencionado, a gesto do conhecimento depende alm do fator humada estrutura organizacional propriamente dita e das tecnologias de informao que serviro deinterface e intermediaro o acompanhamento e utilizao do conhecimento organizacional naaes estratgicas da empresa, de uma cultura corporativa enraizada favorvel prtica dasocializao do conhecimento e de um comprometimento com o processo.

    6. Inovao no Processo de Inteligncia Competitiva

    A inovao tecnolgica que utiliza a informao e o conhecimento para a produo e inseromercado de novos bens e servios, atualmente alavanca para o desenvolvimento,conseqentemente referencial para a competitividade empresarial.

    Pressupe o desenvolvimento de uma idia, utilizando uma infra-estrutura adequada, que perma produo de um bem ou servio com qualidade, que satisfaa as condies exigidas para seuuso prtico. Est atrelada ao desenvolvimento de produtos intensivos em conhecimento que

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    possibilitam a seus consumidores interagir com seu meio social.

    Genericamente, pode-se encontrar, com maior freqncia, na literatura, dois tipos de inovaoradical e a incremental. A radical pressupe uma ruptura tecnolgica com o que j existia, senecessrio o estabelecimento de novos laos valorativos com o consumidor. A incremental,normalmente, aperfeioa, acrescenta um novo atributo a um produto ou melhora seudesempenho.

    Na perspectiva econmica pode-se destacar duas vertentes que influenciam seu desenvolvimea formao de redes entre as organizaes que promovem a interao e a troca; e o ambienteonde se estabelecem. As redes possibilitam a identificao de oportunidades tecnolgicas eimpulsionam o processo inovativo, mas o ponto alto na participao em redes a troca deexperincias, a socializao dos diferentes agentes, estimulando o aprendizado e gerando oconhecimento coletivo. Na segunda vertente o ambiente onde se estabelecem, a inovao e conhecimento tecnolgico so localizados. A interao criada entre agentes econmicos esociais localizados em um mesmo espao propicia o estabelecimento de significativa parcela d

    atividades inovativas. Exemplos de formatos organizacionais baseados em proximidade locaso os clusters e os distritos industriais (LEMOS, 1999, p.135-138).

    O nome de Joseph Schumpeter est diretamente relacionado inovao. J no incio do sculopassado ele destacou a importncia das inovaes para a economia. Para ele toda inovaopressupe uma destruio criadora, o que significa que o novo desabrocha ao lado do velhosupera-o.

    A inovao tecnolgica integra a aplicao do conhecimento economia. A construo da

    capacidade permanente de inovao tecnolgica uma condio de viabilidade para asustentabilidade da competitividade de um pas (LSCARIS COMNENO, 2002). Nessa situao capitalista precisa de mo de obra altamente qualificada, que est sendo denominada nacontemporaneidade por trabalhadores do conhecimento, gerentes/especialistas/pesquisadoreque esto sempre procurando inovar, e aumentar o capital da organizao.

    A informao e o conhecimento cientfico e tecnolgico esto sendo cada vez mais utilizadoscomo mola-mestra central nas organizaes, respaldando e direcionando os projetos em pauta

    Os conceitos informao e conhecimento so distinguidos por Lastres e Ferraz (1999, p.3no aspecto econmico, tendo como referencia a escola neo-schumpeteriana, que destaca aimportncia tanto da gerao de novos conhecimentos quanto da sua introduo e difuso nosistema produtivo, esforo esse que se traduz em inovaes que corrobora diretamente com oprocesso de desenvolvimento. Dentro dessa mesma perspectiva Lemos (1999, p.125), utilizantambm a abordagem neo-schumpeteriana, relaciona o crescimento econmico com as mudanque acontecem devido adoo de inovaes: os avanos resultantes de processos inovativoso fator bsico na formao dos padres de transformao da economia, bem como de seu

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    desenvolvimento de longo prazo.

    Na inovao, as organizaes no s utilizam e processam informaes, de fora para dentro,procurando resolver problemas, mas tambm criam novos conhecimentos e informaes, dedentro para fora, com o propsito de redefinir tanto os problemas quanto s solues, recriandseu meio nesse processo (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p.61). Parte do conhecimento geradna organizao tem origem nos projetos que visam a inovao e utilizado e aplicado pela

    prpria organizao.

    O conhecimento tcito pode parecer demasiadamente misterioso para ser aplicado de maneirtil e consistente em situaes de negcios, mas essa caracterstica de mutabilidade e deespecificidade em relao ao contexto o que o transforma em ferramenta poderosa para ainovao (VON KROGH; ICHIJO; NONAKA, 2001, p.15). Todo conhecimento tecnolgicouma mistura dos componentes codificado explcito/tcito, que quando em interao enriquecepossibilitam a gerao e difuso de inovaes coerentes ao contexto social e econmico para qual foram criadas.

    O direcionamento das inovaes em uma organizao pode ser respaldado pelas informaesprovenientes de um sistema de inteligncia competitiva. Pereira, Debiasi e Abreu (2001)relacionam inteligncia competitiva e inovao tecnolgica explicitamente em dois casos,fazendo uma analogia com a tecnologia da informao.

    O primeiro citado por elas a engenharia reversa, desmonte e anlise de produtoscomercializados pela concorrncia visando conhecer detalhes da tecnologia utilizada para inoprodutos similares. Um outro exemplo citado refere-se aos softwares necessrios intelignci

    competitiva, a inovao constante desses softwares primordial para que possam gerenciar agama de informaes necessrias que levam tomada de deciso, como: dados informais,contextos, ambigidades, significados, formatos heterogneos etc. Justificam ainda essa relaafirmando que o processo de inteligncia competitiva global e sistemtico, no possuilinearidade e pode mudar de orientao ou objetivo em funo de conhecimentos adquiridosdurante sua evoluo.

    A inteligncia competitiva e a inovao tecnolgica esto ligadas tambm por fatores imanenque esto subjacentes aos dois processos, que so a informao e o conhecimento resultantes

    ambos. A informao e o conhecimento procedente de um dos processos pode servir de base po outro. Tanto a informao quanto o conhecimento que a organizao produz e tem acesso, srecursos valorosos em suas questes econmicas e sociais.

    7. Tecnologias de Informao para Inteligncia Competitiva

    O mercado pressiona as organizaes a incorporar e aprimorar as tecnologias de ponta, buscar

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    novos modelos de organizao, gesto e tecnologia, ampliar conhecimentos e inovar, paraprosperarem com sucesso nos diversos segmentos produtivos.

    Com o avano tecnolgico, essencial que as empresas se tornem versteis em suas decises,desse modo, preciso que tenham informaes precisas e atualizadas permitindo a captura, ogerenciamento e o compartilhamento de dados, informao e conhecimento, facilitando otrabalho a ser desenvolvido, bem como a tomada de deciso.

    Para Teixeira Filho (2001) a empresa que melhor perceber as aplicaes das tecnologiasemergentes s suas operaes, e que puder usar mais eficazmente a informtica aos processosdecisrios, ter maior vantagem competitiva em seu setor de atuao.

    As tecnologias de informao (TI) so muito teis para apoiar o processo de intelignciacompetitiva, dentre elas pode-se citar: groupware, gesto eletrnica de documentos (GED),Internet, Intranet, Extranet e sistemas de informao. Segundo Gomes; Braga (2001), atecnologia de informao apia todas as etapas de um processo de inteligncia competitiva, d

    a fase de identificao das necessidades de informao, passando pela coleta, anlise edisseminao, at a avaliao de produtos entregues.

    A TI pode ser conceituada como recursos tecnolgicos e computacionais para guarda, geraouso da informao e est fundamentada nos seguintes componentes: hardware e seus dispositie perifricos; softwares e seus recursos; sistemas de telecomunicaes; gesto de dados einformaes (REZENDE; PEREIRA, 2002).

    Para estes autores, as principais TI aplicadas gerao de informaes oportunas dos sistemainformao so:Executive Information System (EIS);Enterprise Resource Planning (ERP);Sistema de Apoio a Decises (SAD); Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD);

    Data Warehouse (DW); Inteligncia Artificial (IA); Sistemas Especialistas (SE);Data Mining(DM);Database Marketing (DBM); recursos de Internet; automao de escritrios; On-Line

    Analytic Processing (OLAP); On-Line Transaction Processing (OLTP) entre outras.

    Alm das TI acima mencionadas, existem outras que so mais direcionadas gerao e gestosistemas de conhecimento, destacando-se: ferramentas baseadas na Internet e Portais; mapas dconhecimento; gerenciamento eletrnico de documentos (GED); groupware; workflow;automao de processos; bases inteligentes de conhecimento; sistemas especialistas; software

    Business Inteligence; sistemas de apoio inovao e produtos (CARVALHO apud REZENDEPEREIRA, 2002).

    importante apresentar as definies de algumas destas ferramentas, que esto sendo utilizadno mercado atualmente, para a anlise de informaes estratgicas nas empresas:

    Workflow consiste na automao de procedimentos e fluxo de servios onde documentos,

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    informaes ou tarefas so passadas de uma pessoa para a outra, atravs de uma via controladpor regras e procedimentos (BOVO; BALANCIERI, 2003).

    Data Mining uma ferramenta de minerao de dados, ou seja, descobre de forma automticasemi-automtica, a informao que est imersa em uma grande quantidade de dados armazenaem bancos de dados. Conforme Possas et al. (2002) DM um conjunto de tcnicas que envomtodos matemticos, algoritmos e heurstica para descobrir padres e regularidades em gran

    conjuntos de dados.

    Data Warehouse consiste em disponibilizar informaes para apoio a decises da empresa. PaDalAlba (2001), Data Warehouse pode ser definido como um banco de dados especializadoque integra e gerencia o fluxo de informaes a partir dos bancos de dados corporativos e fonde dados externos a empresa. Ressalta-se que no existe nenhum modelo pronto ser utilizadpois requer um levantamento das necessidades da empresa e das pessoas que nela atuam, paradefinio e construo da base de dados corporativa.

    Data Marttambm conhecido como Warehouse Departamental, uma abordagemdescentralizada do conceito de Data Warehouse. A tecnologia utilizada tanto doData Warehocomo noData Mart considerada a mesma, ocorrendo variaes mnimas, como por exemplovolume de dados. A maior diferena observada entre essas ferramentas que osData Marts svoltados para uma determinada rea, enquanto oData Warehouse abrangente, ou seja, envoa organizao toda.

    CRM (Costumer Relationship Management) um produto direcionado organizao, com oobjetivo de propiciar a ela, conhecer o perfil do cliente e, a partir disso, desenvolver um trabal

    dirigido de fidelizao. Para Garcia Jnior (2002), CRM um conceito que requer um modelonegcios centrado nos clientes.

    A Internet a rede capaz de interligar todos os computadores do mundo. O que faz a Internet a rede mais poderosa do mundo, sua principal caracterstica, qual seja, o TCP/IP (TransferControl Protocol/Internet Protocol, uma espcie de esperanto da informtica, isto , todos oscomputadores que entendem essa linguagem so capazes de trocar informaes entre si, dandooportunidade para os usurios disseminarem informaes. A Internet tem sido importante recude conectividade, pois representa um espao de conexo entre as organizaes e as pessoas,

    otimizando a comunicao e o estabelecimento de interao, que podem ser realizadas atravswebsites, e-mails, chats, listas de discusso, teletrabalho, acesso banco de dados, comrcioeletrnico, entre outros (OQUE ..., 2003).

    Intranet uma rede interna de computadores que utiliza, com segurana, os servios da Interncomo www e e-mail. Seu principal objetivo a disseminao rpida e eficiente de informaeentre usurios de uma corporao. Permite a colaborao e o compartilhamento de informade forma mais eficaz, simples e intuitiva, entre seus colaboradores, uma vez que todas as

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    informaes so organizadas em um nico ponto, de modo a permitir o acesso a qualquer pesaonde quer que esteja, seja dentro ou fora da empresa, utilizando um simples navegador.Qualquer alterao imediatamente disponibilizada a todos. Como conseqncia direta, ocorruma diminuio sensvel no fluxo de papis, alm da racionalizao de rotinas e processos. Nsentido, dentro do ambiente corporativo, a empresa aumenta a produtividade e a eficincia dacomunicao interna e externa, reduzindo custos e preservando a maioria dos investimentos jrealizados em informtica.

    A Extranet usada geralmente por corporaes de grande porte. Esse tipo de rede usado parcompartilhar informaes entre empresas, isto , uma distribuidora pode acessar os dados dofabricante, um vendedor pode verificar o estoque disponvel na empresa ou inserir um pedidomesmo estando fora da organizao. O objetivo desse tipo de rede o compartilhamento deinformaes privadas entre usurios cadastrados.

    OLAP (On-Line Analitical Processing) uma ferramenta utilizada pelos usurios para anlisedados extrados doData Warehouse. O processo de consulta possibilita ao usurio analisar os

    resultados obtidos. Essa ferramenta executa, cria relatrios, agrega dados, podendo ainda limia visualizao dos dados para determinado grupo de usurios, enquanto outro grupo tem acessuma quantidade maior de informaes. Para Rubini OLAP um ambiente que possui umconjunto de ferramentas que possibilita efetuar a explorao dos dados contidos noDataWarehouse, obtendo-se anlise multidimensional, dando ao usurio uma viso daempresa (1999).

    Abordando o tema TI para I. C., naturalmente a nfase est nos hardwares e softwares quecompem os sistemas de informao. No entanto, imprescindvel destacar que sistemas de

    informao no se resumem a estes componentes; de acordo com Freitas e Lesca, eles so

    o conjunto interdependente das pessoas, das estruturas da organizao, das

    tecnologias de informao (hardware e software), dos procedimentos e mtodo

    que deveria permitir empresa dispor, no tempo desejado dar informaes que

    necessita (ou necessitar) para seu funcionamento atual e para sua

    evoluo (1992).

    Tambm importante destacar que estudos recentes mostram que os executivos tm tido recede errar na tomada de decises, pois o volume exagerado de informaes ocasiona estresse,apesar dos sistemas de informao disponveis. Para Santos (2001) a insero das TI parece tecontribudo para exacerbar a problemtica, pois apesar do aumento de literatura sobre oassunto, poucos so os sistemas que foram colocados em operao e que corresponderam sexpectativas.

    imprescindvel entender que a implantao de um processo de inteligncia competitiva, nassuas diversas fases, exige planejamento e envolvimento de toda a organizao. Se no houver

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    planejamento e comprometimento das pessoas, de nada servir as TI utilizadas.

    8. Termos do Contexto da Inteligncia Competitiva

    O intercmbio de informaes no campo das comunicaes especializadas tem especificidadeque muitas vezes no seguem os parmetros da lngua comum, sendo que a principal destascaractersticas, ou a mais aparente, diz respeito ao lxico. Isto porque, ao produzir novosconhecimentos, os especialistas em uma determinada matria criam novos conceitos, quenecessitam de denominao.

    As unidades resultantes do processo de denominao so os termos tcnicos por meio dos quaos especialistas veiculam o conhecimento e exprimem os conceitos relativos a um saber temtno nvel de uma determinada atividade.

    Na atual conjuntura, necessrio acompanhar as mudanas diante de um contexto fortementemarcado por avanos tecnolgicos, que sugerem a evoluo das formas de estruturao/representao da informao e do conhecimento, uma vez que as organizaes exigem: agilidrapidez, flexibilidade e qualidade.

    Pode-se considerar que um profissional competente, alm do conhecimento tcnico, necessitapossuir tambm o conhecimento lingstico especfico de sua rea de trabalho, para que possacomunicar e transferir seus conhecimentos eficazmente.

    Portanto, os termos utilizados no processo de I. C. precisam ser identificados e analisados, sobponto de vista da representao dos significados, bem como da linguagem natural utilizada peindivduos de uma determinada organizao. Somente dessa forma, ser possvel dar eficincieficcia aos sistemas de I. C. organizacionais.

    No entanto, sabe-se que existe certa carncia de linguagens mediadoras em diversas reas doconhecimento para fins documentrios, principalmente nas reas que nos ltimos anos passarapor grandes inovaes.

    Para que exista a comunicao desse contedo, torna-se imprescindvel criar vnculos designificao e de linguagem entre o emissor/receptor, para o que devem ser formuladosinstrumentos de organizao da informao (LARA, 2002).

    Mas a qualidade e a disponibilizao dessas informaes tm sido motivo de preocupaoconstante nas discusses sobre o assunto. Para que haja qualidade na informao, frente aovolume de dados que hoje se apresenta, importante que o sistema de informao, que adisponibiliza, esteja amparado por modelos capazes de orientar a organizao da informao pa comunicao por meio de instrumentos elaborados com a finalidade de compatibilizar a

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    terminologia adotada no sistema com a utilizada pelo usurio.

    9. Profissional da Informao e o Processo de Inteligncia Competitiva

    O profissional da informao fundamental para o xito do processo de inteligncia competit

    em organizaes. Esse profissional desenvolve um trabalho voltado ao trinmio dados,informao e conhecimento, visando apoiar as atividades desenvolvidas pela organizao,gerando desse modo, apoio e suporte as diversas atividades desenvolvidas pelos indivduos qunela atuam.

    Ao profissional da informao como denominam autores como Guimares (1997) e Valentim(2000), cabe um perfil dinmico, arrojado, inovador, empreendedor. Esse profissional pode atna equipe de I. C. e, pode desenvolver, atividades relacionadas ao monitoramento, organizatratamento de informaes estratgicas para a organizao.

    Segundo Marchiori (1996, p.33)

    "o profissional da informao deve ser mais que um filtro, deve ser um avaliad

    consciente de fontes de informao: um analista competente no processo de

    obteno da informao; um mergulhador e surfista ou mesmo um agente de

    turismo nas rodovias da informao"

    Alguns autores como Coda (1993), Marchiori (1996), Guimares (1997), Carvalho (2002),Tarapanoff; Suaiden; Oliveira (2002), Silva; Cunha (2002a) e Valentim (2002a), apresentamalgumas habilidades e competncias que so determinantes para o perfil do profissional dainformao como: interatividade, criatividade, flexibilidade, dinamismo, liderana, motivaotica, comunicao, responsabilidade, respeito, domnio da escrita e da leitura entre outras. Caao profissional ter viso holstica, conhecimentos gerais como psicologia, comunicao,administrao para atuar com clientes e fornecedores, capazes de alocar conhecimentos eincrementar a produtividade e inovao organizacional.

    O profissional da informao no processo de I. C., necessita conhecer o setor produtivo, obseras tendncias econmicas e mercadolgicas de seu pas e de outras regies do mundo vinculaao segmento econmico, bem como avaliar constantemente sua competncia, potencialidade econhecimentos sobre a cadeia de produo em que atua.

    Alm das habilidades mencionadas acima, precisa interagir com o cotidiano do negcio daempresa. Clausen (1990) afirma que tambm importante, habilidade para apoiar outrosprofissionais em suas necessidades informacionais, em um curto espao de tempo, bem como

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    para operacionalizar seu conhecimento, visando uma forte sintonia com as transformaes, demodo a gerar vantagem competitiva para a organizao.

    Autores como Nonaka; Takeuchi (1997) e Drucker (1999), atribuem outras denominaes eprofissional como profissionais do conhecimento, trabalhadores do conhecimento,engenheiros do conhecimento, alm do termo profissional da informao.

    O profissional que o mercado exige hoje, deve estar em sintonia principalmente com astecnologias, habilitado no s a desempenhar funes tcnicas, mas tambm a auxiliar a tomade deciso, realizando o gerenciamento de dados, informao e conhecimento.

    O conhecimento a informao com valor agregado, capaz de modificar fatos, encontrarcaminhos e, principalmente, na rea de inteligncia competitiva proporcionar vantagemcompetitiva. Mussak (2002) entende que o conhecimento um produto perecvel, quando nousado degrada, quando no aumentado ou reciclado desvaloriza-se.

    Das atividades desenvolvidas pelo profissional da informao no processo de I. C., destacam-atividades estratgicas, gerenciais, tcnicas e humanas, e esse profissional precisa possuirconhecimentos especficos dos mtodos, tcnicas e instrumentos da rea de intelignciacompetitiva, pois conforme relata Carvalho (2002), o profissional da informao est apto atrabalhar com sistemas de coleta, tratamento, anlise e disseminao da informao para aorganizao, isto , o processo de I. C..

    As atividades desse profissional se incorporam ao setor de marketing, finanas, pesquisa edesenvolvimento, vendas, planejamento entre outras, ou seja, todo e qualquer setor que utilizainformao como insumo de sua atividade.

    O profissional da informao que atua na rea de I. C., oferece suporte tomada de deciso, nbusca de vantagem competitiva e na busca de informaes crticas e qualificadas, que soanalisadas de modo a agregar valor, auxiliando na formulao de estratgias, proporcionando conexo entre a gesto da informao, a gesto do conhecimento e a inteligncia competitiva.

    Os trabalhadores do campo da inteligncia competitiva consideram que o patrimnio intelectuda organizao formado por sua capacidade de gerar dados, informao e conhecimento, asscomo do acesso, atravs de tecnologias de informao, desses mesmos dados, informao econhecimento. Dessa forma, a organizao possibilita a transformao dos ativos intangveis ativos tangveis.

    O profissional da informao tem o papel de organizador e mediador da informao, assim cocabe ao profissional da informao, que atua em inteligncia competitiva, o papel de gestor doconhecimento, uma vez que a gesto da informao, do conhecimento e a intelignciacompetitiva so cada vez mais complementares.

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    Artigo 03

    O profissional da informao atua, portanto, em diferentes nveis: a gesto da informao quetrabalha essencialmente com os fluxos formais de informao; a gesto do conhecimento quetrabalha essencialmente com os fluxos informais; e a inteligncia competitiva que trabalha coos dois fluxos: formais e informais (VALENTIM, 2002a).

    Dado, informao e conhecimento so matrias primas para o processo de inteligncia

    competitiva. O profissional da informao, atravs dessa atividade, visa apoiar a organizao atravs de sua atuao, possibilita maior flexibilidade de atuao no mercado, assim como macapacidade de inovao. A inteligncia competitiva precisa de profissionais qualificados paradesenvolver as atividades inerentes a ela.

    Concluso

    Atravs deste texto, as autoras propuseram uma leitura sobre inteligncia competitiva, entend

    aqui como um processo dinmico, composto pela gesto da informao e pela gesto doconhecimento. A inteligncia competitiva necessita que a organizao esteja preparada paradesenvolv-la e, nesse sentido, a cultura organizacional fundamental para o xito do processde I. C.. As pessoas precisam ter uma postura positiva, em relao a gerao e socializao dedados, informao e conhecimento. Dentre as diversas atividades do processo de I. C., aprospeco e o monitoramento informacional desenvolvem e apiam a inovao tecnolgica,atividade essencial para a competitividade organizacional. As tecnologias de informaoutilizadas, em diferentes fases, so caracterizadas e respondem pela eficincia e eficcia dosistema. O processo de I.C. precisa tambm ter uma preocupao com a linguagem utilizada,

    forma a dar mais qualidade e consistncia ao sistema. A equipe responsvel pelo processo de C., preferencialmente multidisciplinar, tem a responsabilidade de fazer com que o processo sedinmico e de fato atenda s necessidades e ansiedades de informao da organizao.

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    Brgida Maria Nogueira CervantesElizabeth Leo de CarvalhoHelite Dominguez GarciaLvia Aparecida Ferreira LenziMaria Elisabete CatarinoMaria Ins Tomal

    [email protected] do projeto de pesquisa Inteligncia Competitiva em Organizaes Privadas da

    Regio Metropolitana de Londrina e do Grupo de Pesquisa Interfaces: informao econhecimento da Universidade Estadual de Londrina (UEL). SITE: http://www.i-site.uel.br

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    Renata Gonalves CurtyAlunas de iniciao cientfica do projeto de pesquisa Inteligncia Competitiva em OrganizaPrivadas da Regio Metropolitana de Londrina e do Grupo de Pesquisa Interfaces: informae conhecimento da Universidade Estadual de Londrina (UEL).