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TM Rio 2016 Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC Grupo Modelo S.A. International GAAP © Edição 2014

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TMRio2016

Demonstrações

financeiras

consolidadas

ilustrativas em

IFRS, referentes ao

exercício findo em

31 de dezembro de

2013, baseadas nos

pronunciamentos

técnicos emitidos

pelo Comitê de

Pronunciamentos

Contábeis — CPC

Grupo Modelo S.A.International GAAP©

Edição 2014

Expediente Grupo Modelo

Sócio-líder de AuditoriaSérgio Romani

Conteúdo técnicoIdésio S. Coelho, Paul Sutcliffe, Silvio Takahashi e Jaqueline Maia

Diretora executiva de Marca, Marketing e ComunicaçãoMarly Parra

Coordenação editorialAlexandre Moschella

ReportagemAndrea Allabi, Felipe Datt e Hugo Vidotto

Coordenação de designAlexandre Rossetto, Alexandre Rugerio e Marcos Mazzei

RevisãoJoão Hélio de Moraes

FotografiasArquivo de imagens EY

Por: EYGM Limited © 2014 EYGM Limited. Todos os direitos reservados.

As informações contidas nesta publicação foram preparadas na data-base de 30.11.13. Dessa forma, possíveis alterações em pronunciamentos posteriores não estão contempladas. Esta publicação contém informações de forma sumária e, portanto, é destinada para uso com o propósito de orientação geral. Esta publicação não é indicada como substituto de uma pesquisa detalhada ou de um julgamento profissional. A EYGM Limited, ou qualquer outro membro global da organização Ernst & Young, não pode aceitar responsabilidade por perdas ocasionais decorrentes de ações adotadas ou ações não adotadas por qualquer pessoa como resultado do uso do material contido nesta publicação. Qualquer assunto específico deve ser discutido com o seu consultor ou auditor.As informações contidas nas reportagens desta publicação refletem apenas as opiniões dos profissionais citados nas mesmas, e não necessariamente da EY.

Demonstrações

financeiras

consolidadas

ilustrativas em

IFRS, referentes ao

exercício findo em

31 de dezembro de

2013, baseadas nos

pronunciamentos

técnicos emitidos

pelo Comitê de

Pronunciamentos

Contábeis — CPC

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Grupo Modelo | EY4

Apresentação

Caros leitores,

O desafio de tornar as demonstrações financeiras mais concisas e com informações relevantes continua grande para os seus preparadores e auditores.

Para auxiliar o mercado a ter sucesso nessa difícil missão, a EY lança a edição 2014 do Grupo Modelo S.A., que continua a ser uma referência para os profissionais das áreas financeira e contábil e uma bússola para os reguladores, acadêmicos e estudantes.

Atualizado com os pronunciamentos contábeis emitidos até 30 de novembro de 2013, o Grupo Modelo S.A. traz exemplos de demonstrações financeiras, notas explicativas e referências para os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis que mostram de maneira bastante compreensível os requisitos das práticas contábeis brasileiras e internacionais.

A publicação traz ainda uma reportagem com a sinopse das principais mudanças nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis vigentes a partir de 2013, com destaque para o CPC 19 (R2) – Negócios em Conjunto (equivalente à IFRS 11) e CPC 46 – Mensuração do Valor Justo (equivalente à IFRS 13). A edição 2014 do Grupo Modelo S.A. mostra na prática como as companhias podem reportar as alterações trazidas por esses e outros pronunciamentos que passaram a vigorar em 2013.

Acredito que continuamos a contribuir para o enriquecimento do conteúdo das demonstrações financeiras brasileiras. São ações como esta que fazem da EY uma líder de mercado nessa área e líder no compartilhamento de conhecimento em IFRS.

Boa leitura!

Sérgio RomaniSócio-líder de [email protected]

Grupo Modelo | EY 5

Demonstrações

financeiras

consolidadas

ilustrativas em

IFRS, referentes ao

exercício findo em

31 de dezembro de

2013, baseadas nos

pronunciamentos

técnicos emitidos

pelo Comitê de

Pronunciamentos

Contábeis — CPC

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Conteúdo

Novas normas alteram contabilidade de empreendimento em conjunto 8

Demonstrações financeiras do Grupo Modelo S.A. 12

Palavras iniciais 12

Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras 14

Comentários para o exemplo ilustrativo do Grupo Modelo 18

Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2012 20

Demonstrações financeiras consolidadas 22

Balanço patrimonial consolidado 23

Demonstração consolidada do resultado 24

Demonstração consolidada do resultado abrangente 25

Demonstração consolidada do fluxo de caixa 26

Demonstração consolidada de valor adicionado (DVA) 27

Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido 28

Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC 30

1 Informações sobre o Grupo 30

2 Políticas contábeis 30

2.1 Base de consolidação 31

2.2 Combinações de negócios 32

2.3 Investimento em coligadas e em joint ventures 32

2.4 Classificação corrente versus não corrente 33

2.5 Mensuração do valor justo 34

2.6 Reconhecimento de receita 35

2.7 Subvenções governamentais 36

2.8 Impostos 37

2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas 38

2.10 Distribuição de lucros in natura 38

2.11 Imobilizado 38

2.12 Ativos intangíveis 39

2.13 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente 40

2.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge 44

2.15 Estoques 46

2.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros 46

2.17 Caixa e equivalentes de caixa 46

2.18 Ações preferenciais conversíveis 46

2.19 Ação em tesouraria 47

2.20 Provisões 47

2.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego 47

2.22 Transações envolvendo pagamento em ações 48

2.23 Conversão de moeda estrangeira 49

2.24 Ajuste a valor presente de ativos e passivos 50

2.25 Arrendamentos mercantis 50

2.26 Custos de empréstimos 51

2.27 Propriedades para investimento 51

2.28 Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2013 52

2.29 Pronunciamentos emitidos mas que não estão em vigor em 31 de dezembro de 2013 57

3 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas 58

4 Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores 62

5 Participação em joint venture 65

6 Investimento em coligada 66

7 Participações significativas de não controladores 66

8 Informações por segmento 69

9 Outras receitas/despesas e ajustes 72

9.1 Outras receitas operacionais 72

9.2 Outras despesas operacionais 72

9.3 Despesas financeiras 73

9.4 Receitas financeiras 73

9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos

na demonstração consolidada do resultado 73

9.6 Despesas com benefícios a funcionários 74

9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimento 74

9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido 74

10 Impostos de renda sobre o lucro 75

11 Operação descontinuada 77

12 Lucro por ação 79

13 Imobilizado 80

14 Propriedades para investimento 81

15 Intangível 84

16 Outros ativos e passivos financeiros 85

16.1 Outros ativos financeiros 85

16.2 Outros passivos financeiros 86

16.3 Atividades de hedge e derivativos 88

16.4 Valor justo 90

17 Teste de perda por redução ao valor recuperável do ágio pago por

expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida 94

18 Estoques 96

19 Cliente e outras contas a receber (circulante) 96

20 Caixa e equivalentes de caixa 98

21 Capital social e reservas 98

22 Dividendos pagos e propostos 101

23 Provisões 102

24 Subvenções governamentais 104

25 Receita diferida 104

26 Planos de previdência e outros benefícios pós-emprego 104

27 Planos de remuneração baseados em ações 110

28 Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) 112

29 Informações sobre partes relacionadas 113

30 Compromissos e contingências 115

31 Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro 116

32 Mensuração do valor justo 123

33 Eventos subsequentes 126

Referências aos CPCs nas Notas Explicativas 127

8 Grupo Modelo | EY

Entrevista

Novas normas alteram contabilidade de empreendimento em conjuntoPor Felipe Datt

Uma das principais mudanças recentes introduzidas pelo International Accounting Standards Board (IASB, na sigla em inglês) começa a ter efeitos no Brasil a partir das demonstrações financeiras divulgadas este ano. O órgão, responsável pelo modelo IFRS, definiu que a consolidação proporcional de joint ventures não será

mais permitida nas demonstrações financeiras, sendo obrigatoriamente substituída pela equivalência patrimonial. As regras vigentes até então, balizadas pela IAS 31, permitiam que as empresas contabilizassem sua participação nesses empreendimentos controlados em conjunto tanto por consolidação proporcional como via equivalência patrimonial.

Inicialmente, ao adaptar o novo padrão contábil internacional ao Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) vetou a possibilidade de se fazer equivalência patrimonial de joint ventures, tornando obrigatória a consolidação proporcional, regra que foi flexibilizada subsequentemente. Mas a busca pela harmonização com o padrão internacional ocasionou mudanças nas regras brasileiras, levando o organismo a publicar o CPC 19, a versão brasileira da IFRS 11, que versa sobre o tema. No Brasil, a norma tem vigência a partir dos exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2013.

Na prática, tanto pela consolidação proporcional quanto pela equivalência patrimonial, o lucro e o patrimônio líquido da empresa permanecem os mesmos no balanço. “O lucro líquido do investidor será exatamente o mesmo tanto se ele contabilizar a investida por equivalência patrimonial, nos termos da nova norma, como se fizer a consolidação proporcional prevista na IAS 31, que foi revogada pela IFRS 11. Mas a apresentação no balanço é diferente”, explica a professora especialista em IFRS da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) Tânia Relvas.

De fato, no método de consolidação proporcional, cada um dos investidores reconhece em suas demonstrações financeiras a parte que lhe é de direito nos ativos, passivos, receitas e despesas da investida, com as informações distribuídas em diversas linhas. Em outras palavras, enxerga-se a parte que cabe ao investidor em cada ativo, passivo, despesa e receita que lhe cabe na investida. A partir de agora, com a obrigação da contabilização das joint ventures pelo método da equivalência patrimonial, o valor do investimento, ao invés de estar distribuído linha a linha no balanço patrimonial do investidor, deverá ser apresentado em uma rubrica única (“investimento”) e em única linha (denominada “resultado de equivalência patrimonial”) nos seus resultados.

Na prática, essa junção das informações em uma única linha pode significar receitas e despesas menores para as companhias afetadas. “A mudança na contabilização trará um impacto para os analistas, acostumados a olhar as receitas e custos que cabem ao investidor. Linha a linha, as receitas eram maiores, e agora receitas e despesas estarão centralizadas em uma linha única, de equivalência patrimonial. Esses profissionais terão de se adaptar para fazer as análises de uma forma diferente”, explica Silvio Takahashi, sócio de Assurance da EY.

A existência de empreendimentos controlados em conjunto no Brasil é comum principalmente nos segmentos de energia elétrica, óleo e gás e imobiliário – as joint ventures costumam ser formadas em áreas que requerem uma grande quantidade de investimentos, divididos por dois ou mais sócios –, o que torna as empresas desses segmentos as mais suscetíveis a sofrer o impacto da nova norma.

Mudanças no conceito de empreendimento conjunto

O que torna o assunto ainda mais sensível é que um dos maiores impactos do CPC 19 é na mudança da própria classificação de empreendimento em conjunto. A IAS 31 definia três conceitos de empreendimentos controlados em conjunto: operações controladas em conjunto, ativos controlados em conjunto e entidades controladas em conjunto. Agora, o pronunciamento distingue o empreendimento em conjunto de duas maneiras: a primeira em que as duas (ou mais) partes detêm o controle conjunto sobre a investida (joint venture, que será contabilizada pelo método de equivalência patrimonial). No segundo caso, as partes apenas participam de um negócio em conjunto, mas não detêm o controle conjunto sobre ela (joint operation, que será contabilizada pelo método semelhante ao da consolidação proporcional).

A definição correta de joint operation e joint venture será necessária para definir com clareza o tratamento contábil correto a ser aplicado em cada caso. E o CPC 19 exigirá que a empresa que faça parte de um negócio em conjunto determine o tipo de operação com o qual está envolvida. “Nas entidades controladas em conjunto (joint ventures), as partes detêm direitos sobre o ativo líquido do empreendimento. Nas joint operation, não, e as partes que possuem interesse na investida detêm apenas direitos sobre os seus ativos e obrigações para seus passivos relativos ao empreendimento em conjunto”, diz Takahashi. O pronunciamento define controle conjunto como

9Grupo Modelo | EY

“o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle do negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle”.

A classificação (ou reclassificação) de um empreendimento conjunto como joint operation ou joint venture dependerá de um julgamento criterioso que passa pela análise da influência das partes nas decisões do empreendimento em conjunto, ou seja, dos direitos e obrigações relacionados aos ativos e aos passivos do empreendimento. A especialista da Fipecafi Tânia Relvas explica que, embora a distinção entre joint venture e joint operation já existisse na IAS 31, que precedeu a IFRS 11, os termos utilizados eram diferentes. A entidade controlada em conjunto (joint venture) era estabelecida sempre que fosse constituída uma sociedade específica, separada, para operacionalizar um empreendimento.

Na versão anterior da norma, se duas empresas constituíssem uma sociedade em conjunto, a definição era de uma entidade controlada em conjunto. Se não houvesse a constituição de uma sociedade específica, mas apenas um acordo contratual entre duas ou mais partes para empreender uma atividade conjunta – caso dos consórcios no Brasil, por exemplo –, a definição era de uma operação em conjunto.

“O CPC 19 muda radicalmente a forma de classificação. Antigamente, bastava a criação de uma sociedade para ela ser uma entidade controlada em conjunto e as partes serem obrigadas a fazer a consolidação proporcional. Hoje não é mais assim. A definição dependerá da análise de quem tem direitos sobre os ativos e as obrigações sobre os passivos da controlada. Se não há uma sociedade criada, operacionalizada por contrato, por exemplo, como é o caso dos consórcios brasileiros, então é uma joint operation”, diz Tânia Relvas.

As empresas devem olhar três aspectos para efeito de classificação do empreendimento em conjunto: a estrutura legal da sociedade criada (desenho da operação, objetivos, o que motivou a operação), os termos do arranjo contratual (documento em que as partes firmaram o compromisso de acordo conjunto, cláusulas do contrato social ou estatuto e basicamente toda a documentação firmada entre as partes), além de outros fatos e circunstâncias (compromissos, restrições, garantias financeiras e responsabilidades por perdas).

Takahashi exemplifica a nova classificação da seguinte maneira: se duas entidades adquirem cada uma cinco máquinas para produção de um produto específico e há

uma cláusula contratual em que fique explícito que os direitos e o retorno de cada uma no negócio se vinculam exclusivamente à produção das máquinas pertencentes a cada uma das partes, então há a configuração de uma operação conjunta (joint operation). “No entanto, se foi firmada uma entidade de vínculo separado em que as duas partes possuem direitos e retornos financeiros sobre a produção conjunta das máquinas e todas as decisões são tomadas de comum acordo, há um empreendimento em conjunto (joint venture)”, explica.

Tânia Relvas esclarece que, na prática, há uma lista de orientações para facilitar essa classificação: se existe, por exemplo, uma sociedade criada com direitos dos sócios na investida (ou seja, os sócios participam nos ativos líquidos dessa investida e compartilham o controle), então a classificação é joint venture, porque cada parte tem o controle conjunto da investida com outras partes (o que pode ser definido por regras estatutárias, pelo contrato social, por acordos firmados entre os sócios ou mesmo por outros fatos e circunstâncias que levem a esse entendimento). “Basicamente a classificação será feita analisando os direitos de cada parte, dos sócios, instituidores e partes que participam do controle compartilhado, que direitos têm sobre os ativos e que obrigações têm sobre os passivos. Se há uma sociedade criada e as partes têm direitos de sócio, então é uma joint venture”, diz a especialista da Fipecafi.

“De certa forma, o mercado de construção civil está acostumado a montar empreendimentos envolvendo parceiros como bancos, investidores ou mesmo outras construtoras para fins de empreendimentos imobiliários. Será precisa uma análise com base na nova norma da IFRS para se buscar um entendimento da classificação do empreendimento para saber se a classificação contábil atual continua a mesma ou haverá mudanças”, diz Takahashi.

Um novo conceito de controlada

Além da mudança nas regras da contabilidade e na tipificação dos arranjos em conjunto, outra norma contábil também impactará os balanços de diversas companhias brasileiras com investimentos em outras empresas a partir deste ano. A IFRS 10, que trata de demonstrações financeiras consolidadas, traz informações adicionais sobre quando uma empresa investida deve ser considerada controlada e, por consequência, consolidada integralmente no balanço da investidora. No Brasil, a norma correspondente é o CPC 36.

Segundo a especialista da Fipecafi, a principal mudança trazida pelo CPC 36 é a própria definição do conceito

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de controle. “O conceito de controle que existia na IAS 27 era relativamente quantitativo, no sentido de que quem detivesse a maior parte do capital votante detinha o controle na investida. O novo conceito de controle é qualitativo, no sentido de que é preciso observar inúmeras circunstâncias para definir quem tem poder sobre as atividades relevantes da investida, independentemente ou não de ter instrumentos de capital”, afirma.

Enquanto a definição tradicional de controle supõe a existência de mais 50% de capital votante na controlada, o CPC 36 busca identificar a profundidade dos poderes nas atividades relevantes da investida e a utilização desse poder pelo investidor como forma de obter retornos financeiros. “Não é apenas preciso ter 51% das ações na investida, e a nova norma define controle por uma série de questões que vão muito além do controle por ações. É preciso analisar a capacidade desse investidor em influenciar os resultados daquele empreendimento e as influências sobre suas atividades relevantes, como a definição das políticas contábeis, a indicação de membros da diretoria e do conselho de administração, e a definição de orçamento. Ao mesmo tempo, será preciso avaliar qual será a remuneração pelo exercício desse poder sobre a investida. Isso, de certa forma, era um conceito de controle que já existia intrinsecamente, mas que agora passa a ter impactos contábeis”, esclarece Takahashi.

Um exemplo prático é o de uma grande empresa com diversas investidas que fornecem com exclusividade para ela, o que denota dependência econômica. Essa dependência, isolada, não é sinal de controle, mas somada a outros fatos e circunstâncias pode resultar em uma situação de controle nos termos do CPC 36. Por exemplo: se, além desse vínculo de dependência econômica, a empresa contratante for a responsável por definir preços, volumes e a programação de quando serão realizadas as atividades do fornecedor, ou seja, se for verificado que a empresa tem poderes e toma decisões sobre as atividades relevantes dessa investida – ou se o resultado da investida for totalmente dependente das decisões da contratante, o que inclui a interferência na gestão de seus ativos –, fica estabelecido que a contratante controla o seu fornecedor, de acordo com o CPC 36.

“Nesse caso, a contratante teria de consolidar o seu fornecedor no balanço, mesmo sem ter ações dessa empresa ou cota do capital social. No novo conceito do controle, no extremo de sua aplicação, não é preciso ter instrumentos patrimoniais para se chegar à conclusão

de que a empresa controla aquela sociedade”, diz Tânia Relvas, para quem ocorrerá uma mudança de amplitude em relação ao conceito de controle utilizado até então.

Entidades de investimento do mercado imobiliário e de construção civil e gestores de ativos ou fundos estão entre os principais impactados com a nova definição de controle. Alguns gestores serão obrigados a consolidar ativos ou fundos em suas demonstrações financeiras quando eles forem os próprios controladores do fundo, ou seja, quando tiverem poderes sobre a investida, o direito sobre retornos variáveis resultantes do investimento com a investida, ou mesmo a possibilidade de utilizar seus poderes sobre a investida de forma a alterar os retornos atribuídos ao gestor dos ativos. Será preciso, antes, definir se o gestor também é o controlador desse fundo na qualidade de principal ou simplesmente de agente, tarefa mais complexa quando o investidor gerencia um fundo no qual também possui investimentos.

IFRS 13Outro pronunciamento do IASB, emitido em 2011, e que começa a ser aplicado no Brasil a partir do exercício de 2013 é a IFRS 13, que trata da mensuração do valor justo (fair value). O tema, cujo correlato no Brasil é o CPC 46, não chega a ser novo e já havia sido introduzido em diversas normas – as normas de ativos biológicos, de propriedades para investimento e de instrumentos financeiros, por exemplo. Como essas diferentes normas traziam os conceitos e as orientações gerais de como fazer uma mensuração a valor justo, customizadas para os mais diferentes ativos e passivos, o CPC 46 reuniu em um único pronunciamento a estrutura para a mensuração do valor justo.

O pronunciamento é aplicável quando outro CPC requerer ou permitir mensurações do valor justo ou divulgações sobre mensurações do valor justo. Conforme o pronunciamento, o valor justo é “uma mensuração baseada em mercado, e não uma mensuração específica da entidade”, mesmo que, para alguns ativos e passivos, possa não haver informações de mercado ou transações de mercado disponíveis para balizar essa mensuração.

11Grupo Modelo | EY

“De maneira conceitual, há preocupação com que a mensuração do valor justo seja feita de forma benéfica para quem prepara as demonstrações financeiras, mesmo quando não haja dados disponíveis em determinados mercados. Produtores de cana-de-açúcar localizados em Pernambuco, por exemplo, podem utilizar o mercado de São Paulo para determinar as cotações das commodities, se for mais benéfico para eles e esse for o mercado mais relevante para essa commodity”, diz Silvio Takahashi, sócio de Assurance da EY.

Com ou sem dados de mercado disponíveis, o CPC 46 estabelece que a mensuração do valor justo tem o mesmo objetivo: estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender um ativo ou transferir um passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado. Ou seja, um “preço de saída” na data de mensuração.

“Até a unificação da norma, o valor justo poderia ser tanto o valor de entrada, como o custo histórico do ativo ou o custo histórico corrigido, quanto o valor de saída. Com a reunião dos conceitos de mensuração em uma única norma, o IASB se posicionou a respeito e fez uma opção pela mensuração do valor justo pelo valor de saída. Ou seja, o valor pelo qual a empresa venderia o ativo ou o valor pelo qual ela pagaria para transferir um passivo, sempre validado na ótica dos participantes do mercado, e não baseado na mensuração da própria entidade”, diz a especialista em IFRS da Fipecafi Tânia Relvas.

Com essa lógica, o valor adotado para fins de impairment, por exemplo, não é considerado um valor justo, porque acaba sendo uma mensuração intrínseca. A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo se os participantes do mercado, ao precificarem o ativo ou o passivo na data de mensuração, levarem essas mesmas características em consideração. Essas características incluem, por exemplo, a condição e a localização do ativo, além de eventuais restrições para sua venda ou uso.

Grupo Modelo | EY12

Demonstrações financeiras do Grupo Modelo S.A.

Palavras iniciais

Esta publicação contém um conjunto ilustrativo de demonstrações financeiras e foi elaborada pela EY para auxiliar profissionais responsáveis pela preparação e divulgação de DFs, considerando os pronunciamentos contábeis do CPC, ou Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aplicáveis ao exemplo. Essa elaboração – de uma companhia manufatureira fictícia, portanto não financeira – pretendeu explorar aspectos que sirvam como ponto de partida na escolha de conteúdos e formatos presentes nas demonstrações que melhor representem a visão dos administradores sobre a situação dos negócios da companhia.

Nesse exemplo foram divulgados apenas os saldos consolidados de um grupo de empresas hipotético. Contudo, de acordo com a Lei n° 11.638 de 2007, as demonstrações consolidadas do grupo devem ser divulgadas em conjunto com a demonstração individual da sociedade controladora.

É importante observar que essas são demonstrações financeiras ilustrativas e, portanto, não são preparadas com o objetivo de atender às exigências de qualquer país ou aos regulamentos do mercado de ações, e não ilustram todas as possíveis exigências contábeis ou de divulgação de informações de acordo com os CPCs. Dessa forma, sempre que houver menção de que as demonstrações financeiras estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, isso significa que estão de acordo com a hierarquia de pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e com as deliberações emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis apenas a esse determinado exemplo. Devem ser consideradas, ainda, eventuais diferenças na aplicação dos pronunciamentos em decorrência de situações específicas que podem ocorrer em outras empresas do mesmo segmento.

As anotações à direita de cada página referem-se aos parágrafos dos CPCs que descrevem as exigências específicas para divulgação. No caso de dúvidas sobre as exigências do CPC, é essencial consultar fontes pertinentes e, quando necessário, obter aconselhamento profissional adequado.

Esta iniciativa demonstra o comprometimento da EY com a orientação sobre as melhores práticas de divulgação das informações contábeis para as companhias que buscam o fair presentation nas suas relações com os investidores. Esperamos que seja de utilidade para os administradores e contadores envolvidos na tarefa de preparar e divulgar informações de alta qualidade e, para isso, colocamos toda a nossa equipe à disposição em caso de dúvida sobre qualquer aspecto abordado nesta publicação.

Políticas contábeis

A realização do conceito de “representação apropriada”, tradução escolhida pelo CPC para a expressão true and fair view, deve levar a um processo de busca da essência econômica das informações contábeis. Sugerem-se as seguintes etapas no planejamento do processo contábil pela alta administração com vistas ao objetivo de divulgação (CPC 26.17):

a) formulação e escolha de políticas contábeis, particularmente as chamadas políticas contábeis críticas, com amplo reconhecimento na governança da empresa;

b) divulgação ampla dessas políticas;c) escolhas de divulgação dos quadros e notas explicativas nos aspectos de forma e conteúdo com o objetivo de

instruir um investidor interessado na empresa com informações adicionais relevantes, ou seja, aquelas capazes de alterar o julgamento desse investidor.

Projetos em andamento no IASB e no FASB

O IASB (International Accounting Standards Board) e o FASB (Financial Accounting Standards Board) estão debatendo quatro projetos principais – leasing, reconhecimento da receita, instrumentos financeiros e seguros – que não foram concluídos em 2013, como originalmente previsto, tendo em vista os requisitos de qualidade desejáveis. O IASB iniciou no final de 2013 discussão sobre a estrutura conceitual básica que serve de parâmetro para a emissão dos demais pronunciamentos. A mudança nessas normas contábeis internacionais deve merecer o adequado monitoramento sobre as modificações e entrada em vigor, tendo em vista os eventuais reflexos na condução dos negócios e na comunicação com os investidores.

Combinação de negócios sob controle comum

Esse é um tema importante e generalizado, que pode ser observado sob os seguintes aspectos:

a) não existe regulação IFRS a respeito de transações sob controle comum;b) representa uma transação entre partes relacionadas;

Grupo Modelo | EY 13

c) não está sujeita às forças de mercado;d) pode existir grande diversidade na necessidade de informações de investidores e financiadores sobre

as demonstrações financeiras separadas ou individuais; ee) a existência de interesses dos não controladores nas entidades sob controle comum é um aspecto relevante

a ser levado em consideração. Existem ainda aspectos como eventuais efeitos tributários, efeitos em reorganizações subsequentes e a remuneração dos administradores, o que dá uma ideia da dimensão das consequências determinadas pelas políticas contábeis escolhidas para tratar esse tipo de transação.

Comunicação com o investidor

A Instrução CVM nº 527 de 2012 rege a divulgação dos indicadores não contábeis muito divulgados de forma voluntária pelas companhias, denominados Lajida - Lucro Antes dos Juros, Impostos sobre Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Depreciação e Amortização, e LAJIR (Ebit) - Lucro Antes de Juros e Impostos sobre a Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Ebitda/Ebit).

Até a vigência dessa instrução, era comum que as companhias adotassem um padrão próprio para divulgação desses indicadores, criando uma dificuldade de comparação entre empresas do mesmo segmento pelos usuários das informações financeiras. Essa instrução abrange a divulgação do Lajida/Lajir no Formulário de Referência, prospectos de ofertas públicas, relatório da administração e demais comunicados ao mercado.

Devido à sua utilidade para o mercado, a CVM passou a requerer que o mesmo cuidado e atenção despendida às informações contábeis também sejam dados aos indicadores não contábeis. Um dos princípios-chave que norteiam a divulgação do Lajida/Lajir é que os dados que compõem suas bases de cálculo devem constar da demonstração de resultados.

É permitida a divulgação do Lajida/Lajir ajustado, desde que sejam divulgados os critérios para seu cálculo, haja uma conciliação para o Lajida/Lajir padrão e sejam calculados de forma consistente no decorrer do tempo.

A Instrução CVM nº 527 de 2012 entrou em vigor para as demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 31 de dezembro de 2012.

Dentro desse contexto de comunicação com o investidor, foram emitidos o OCPC 06 - Informações Financeiras Pró-forma e CPC 44 - Demonstrações Combinadas, que também tratam de informações muito utilizadas pelo mercado e que até hoje não possuíam regulamentação específica.

Comentários sobre o ambiente contábil

A dinâmica das operações nos mercados de capitais e o aperfeiçoamento contínuo da regulação tiveram acrescentados mais um ingrediente com a adoção plena da IFRS. Está desenhado à frente dos participantes do processo contábil - aí incluídos contadores, auditores, analistas, diretores, conselheiros, reguladores e outros - claramente um processo de mudança cultural. O processo de preparação das informações contábeis incorporou um nível tal de complexidade que não é mais possível que os participantes não diretamente envolvidos, como administradores e conselheiros, se furtem às perguntas que devem ser feitas para o contínuo aperfeiçoamento dos relatórios contábeis.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)

O CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”. A capacidade do CPC é utilizada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que aprova os pronunciamentos do CPC com base no dispositivo legal previsto no parágrafo 5 do artigo 177 da lei societária.

O CPC representa uma evolução significativa no trato de questões regulamentares brasileiras na medida em que reúne representantes de entidades da iniciativa privada, do mundo acadêmico e do setor profissional de contabilidade. São elas: Abrasca; Apimec; Bovespa; Conselho Federal de Contabilidade; Fipecafi e Ibracon. Além dos membros atuais, outras entidades, como o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria da Receita Federal e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), são sempre convidadas a participar.

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Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras

Demonstrações separadas, individuais e consolidadas

As demonstrações individuais das entidades que têm investimentos em controladas e joint ventures devem ser divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas (integral ou proporcional), conforme requerido pela legislação societária. A divulgação das demonstrações financeiras individuais, requerida pela legislação societária no Brasil, atende à necessidade da divulgação de diversos cálculos com efeitos societários (determinação dos dividendos mínimos obrigatórios e distribuídos, do valor patrimonial da ação, etc.) (ICPC 09.6,7,8).

Considera-se, entretanto, de maior utilidade para o usuário investidor a demonstração consolidada, o que implica a maior utilização desse tipo de demonstração para o uso em comentários gerenciais e no relatório de administração.

No final de 2013, o IASB emitiu um exposure draft sobre a possibilidade de permitir a adoção de método de equivalência patrimonial nas demonstrações separadas. Essa permissão eliminará uma das poucas diferenças entre a IFRS e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e vem de encontro aos diversos pedidos de análise enviadas pelo Brasil e outros países da América Latina.

Políticas gerais na apresentação das demonstrações financeiras

Algumas orientações podem ser extraídas dos CPCs como “regras de divulgação” aplicáveis às demonstrações:

• Equilíbrio A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações financeiras que façam parte do conjunto completo de demonstrações financeiras, o que implica não destacar nenhuma das demonstrações em prejuízo das outras; essas demonstrações são complementares, e o efeito das transações deve ser considerado em todas as peças desse conjunto em lugar de enfatizar a posição financeira sobre a demonstração do resultado ou vice-versa (CPC 26.11);

• Integridade Políticas contábeis inadequadas não podem ser retificadas por meio da divulgação das políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa (CPC 26.18);

• Continuidade As demonstrações financeiras devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuação de suas atividades (CPC 26.25);

• Materialidadei) Se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações

financeiras, seja nas notas explicativas;ii) Um item pode não ser suficientemente material para justificar a sua apresentação individualizada nas

demonstrações financeiras, mas pode ser suficientemente material para ser apresentado de forma individualizada nas notas explicativas;

iii) Não é necessário fornecer uma divulgação requerida se a informação não for material (CPC 26.30);

• Compensação de ativos e passivos Ativos e passivos, e receitas e despesas não devem ser compensados como regra geral, exceto quando refletirem a essência da transação; a mensuração de ativos líquidos de provisões relacionadas, por exemplo, a de obsolescência nos estoques ou a de créditos de liquidação duvidosa nas contas a receber de clientes, não é considerada compensação (CPC 26.32,33);

• Compensação de receitas e despesas As transações não ordinárias que não geram propriamente receitas, mas que são incidentais às atividades principais geradoras de receitas, devem ser apresentadas compensando-se quaisquer receitas com as despesas relacionadas resultantes da mesma transação. Por exemplo: (i) ganhos e perdas na alienação de ativos não circulantes, incluindo investimentos e ativos operacionais, devem ser apresentados de forma líquida, deduzindo-se seus valores contábeis dos valores recebidos pela alienação e reconhecendo-se as despesas de venda relacionadas; e (ii) despesas relacionadas com uma provisão reconhecida de acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e que tiveram reembolso segundo acordo contratual com terceiros (por exemplo, acordo de garantia do fornecedor, passivos contingentes e ativos contingentes) podem ser compensadas com o respectivo reembolso (CPC 26.34);

• Informações sobre períodos anteriores A informação referente ao período anterior, inclusive a informação narrativa e descritiva, deve ser divulgada para todos os valores apresentados nas demonstrações financeiras do período corrente quando for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do período corrente ou quando continua a ser relevante no período corrente (CPC 26.38,40);

• Mudanças de políticas contábeis Quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou faz a divulgação retrospectiva de itens

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de suas demonstrações financeiras, ou, ainda, quando reclassifica itens de suas demonstrações financeiras, deve apresentar, como mínimo, três balanços patrimoniais e duas de cada uma das demais demonstrações financeiras, bem como as respectivas notas explicativas. Os balanços patrimoniais a serem apresentados nesse caso devem ser os relativos: i) ao término do período corrente; (ii) ao término do período anterior (que corresponde ao início do período corrente); e (iii) ao início do mais antigo período comparativo apresentado (CPC 26.39);

• Mudança na apresentação Quando a apresentação ou a classificação de itens nas demonstrações financeiras forem modificadas, por mudança na natureza das operações, revisão por melhoria na apresentação das demonstrações ou exigência de outro pronunciamento, os montantes apresentados para fins comparativos devem ser reclassificados, a menos que a reclassificação seja impraticável. Quando os montantes apresentados para fins comparativos são reclassificados, a entidade deve divulgar: (i) a natureza da reclassificação; (ii) o montante de cada item ou classe de itens que foi reclassificado; e (iii) a razão para a reclassificação (CPC 26.41,45);

• Identificação Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devem ser identificadas claramente e distinguidas de qualquer outra informação que porventura conste no mesmo documento publicado (CPC 26.49,51). Além disso, as seguintes informações devem ser divulgadas de forma destacada e repetida quando necessário: (i) o nome da entidade; (ii) se as demonstrações financeiras se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades; (iii) a data-base das demonstrações financeiras e notas explicativas e o respectivo período abrangido; (iv) a moeda de apresentação; (v) o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações financeiras (CPC 26.51).

Considerações gerais

A realização do conceito de “representação apropriada”, tradução escolhida pelo CPC para a expressão true and fair view, deve levar a um processo de busca da essência econômica das informações contábeis. Sugerem-se as seguintes etapas no planejamento do processo contábil pela alta administração com vistas ao objetivo de divulgação (CPC 26.17):

a) formulação e escolha de políticas contábeis, particularmente as chamadas políticas contábeis críticas, com amplo reconhecimento na governança da empresa;

b) divulgação ampla dessas políticas;c) escolhas de divulgação dos quadros e notas explicativas nos aspectos de forma e conteúdo, com o objetivo de

instruir um investidor interessado na empresa com informações adicionais relevantes, ou seja, aquelas capazes de alterar o julgamento desse investidor.

Balanço patrimonial (ou demonstração da posição financeira)

A informação a ser apresentada no balanço patrimonial tem uma prática bastante consolidada ao longo do tempo no Brasil, entretanto, é necessário destacar que a lista de itens mínimos determinada pelos pronunciamentos e regulações geralmente não atende aos requisitos de uma boa divulgação, motivo pelo qual os administradores devem avaliar a estrutura das demonstrações (contas e detalhamentos) com referência aos propósitos a serem alcançados nas divulgações.

A adequação das contas deve ser julgada com base na (i) natureza e liquidez dos ativos, (ii) na função dos ativos na entidade, e (iii) nos montantes, natureza e prazo dos passivos (CPC 26.58). Os detalhamentos das contas também usam os mesmos critérios, como, por exemplo (CPC 26.78):

(a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilizado;(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber

de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;(c) os estoques são subclassificados, de acordo com o CPC 16 (R1) – Estoques, em classificações tais como

mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados; (d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e(e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado, prêmios na

emissão de ações e reservas.

Distinção entre ativos e passivos circulantes e não circulantes

Nas empresas não financeiras é usual que os ativos não circulantes contenham ativos tangíveis, intangíveis e financeiros de longo prazo. Os ativos circulantes nesse tipo de empresa são identificados como os itens que participam do ciclo operacional, ou seja, do capital de giro. A exceção a esse critério é quando a demonstração está baseada no critério de liquidez, geralmente aplicável às instituições financeiras.

A distinção entre circulante e não circulante é baseada no ciclo operacional ou de ativos realizados e passivos liquidados dentro desse mesmo ciclo; a norma define o ciclo operacional como o tempo entre a aquisição dos ativos que circulam continuamente (capital de giro) e sua realização em caixa; alternativamente, presume-se um prazo de 12 meses para o ciclo operacional no caso de não ser claramente identificável (CPC 26.60-65); a divulgação da posição financeira em muitas empresas opta por estabelecer o limite de 12 meses como única referência para essa distinção, porém os objetivos de atender um usuário interessado na elaboração de fluxos de caixa prospectivos são mais bem atendidos se ficar claro para o leitor quais os itens que participam do capital de giro da companhia, tendo em vista a existência de outros itens com vencimento para os 12 meses seguintes.

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Demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente

Por força da necessidade de atender às disposições societárias, o CPC 26 (R1) optou por apresentar a demonstração do resultado abrangente em duas demonstrações. A demonstração do resultado do período com os itens que tradicionalmente já faziam parte do resultado e a demonstração do resultado abrangente, contendo, no mínimo (CPC 26.82A):

(a) resultado líquido do período; (b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (exceto montantes relativos

ao item (c); (c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método

de equivalência patrimonial; e(d) resultado abrangente do período.

O conceito do resultado abrangente pretende explicar todas as variações no patrimônio líquido, com exceção das transações entre acionistas e, por esta razão, tem alta importância para o investidor interessado no desempenho da empresa porque reúne todas as transações que afetam o resultado em uma única demonstração. A dificuldade no caso brasileiro é conciliar essa visão, chamada de all inclusive, porque inclui todas as transações que alteram o patrimônio líquido, com a lei societária, em especial nas exigências do cálculo do dividendo mínimo obrigatório.

Demonstração dos fluxos de caixa

A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da entidade para gerar caixa e seus equivalentes e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa. O CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa define os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa e respectivas divulgações (CPC 26.111).

Os seguintes tópicos principais devem ser usados em todos os fluxos de caixa:

Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade;

Atividades de investimento: são as aquisições e vendas de ativos de longo prazo;

Atividades de financiamento: são atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e dos empréstimos da empresa.

As somas e subtrações desses itens resultam na mudança do caixa mais equivalentes e compreendem numerário, depósitos bancários e investimentos de curto prazo com alta liquidez e baixíssimo risco.

A demonstração dos fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento deve ser apresentada da forma que seja mais apropriada aos negócios da empresa. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem também ser usadas para avaliar a relação entre essas atividades (CPC 3 (R2).12).

O principal problema para as companhias brasileiras é a classificação dos juros e dividendos, que no pronunciamento internacional IAS 7 permite tratamentos alternativos, mas recebe uma diretriz específica no caso do pronunciamento americano. O pronunciamento IAS 7 permite a uma empresa não financeira classificar de forma consistente entre os períodos: (a) juros (despesas financeiras) e dividendos pagos ou recebidos no tópico “operacional”, ou (b) juros e dividendos pagos como “financiamento”, ou seja, custo da obtenção dos recursos financeiros, e juros (receitas financeiras) e dividendos recebidos como “investimento”, ou seja, retornos sobre investimento.

Já o pronunciamento americano, por outro lado: (i) requer que os juros pagos e os juros e dividendos recebidos devam ser classificados como fluxo de caixa operacional, (ii) classifica os dividendos pagos como um fluxo de caixa de “financiamentos”, porque são considerados um custo para obter recursos. Acrescente-se que as normas americanas determinam que a transação deve ser classificada na atividade que representar a fonte predominante de fluxos de caixa para o item, e essa diferença pode fazer com que a empresa potencialmente varie a classificação para um mesmo tipo de transação.

A premissa subjacente no caso do pronunciamento americano é a convergência entre o fluxo de caixa operacional e os itens do resultado. A IAS 7 requer divulgar, separadamente, os juros pagos e recebidos e os dividendos pagos e recebidos, e as normas americanas permitem que os juros e dividendos recebidos possam ser divulgados em conjunto.

Recomenda-se que as empresas brasileiras, particularmente aquelas com registro em bolsas americanas, estabeleçam e divulguem em nota explicativa às demonstrações de fluxos de caixa uma política contábil para esses itens. Uma forma de conciliação entre esses pronunciamentos poderia ser a demonstração de juros pagos e juros e dividendos recebidos como item do fluxo de caixa operacional, e os dividendos pagos como item do fluxo de caixa de financiamento, mantendo-se cada um desses itens demonstrado em separado.

Demonstração das mutações do patrimônio líquido

Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo é feita no início e no final do período, demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes: (i) do resultado líquido; (ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e (iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações

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nas participações em controladas que não implicaram perda do controle (CPC 26.106(R1)).

O CPC 26 (R1) requer ainda as seguintes informações no balanço patrimonial, na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas:

(a) para cada classe de ações do capital:(i) a quantidade de ações autorizadas;(ii) a quantidade de ações subscritas e inteiramente integralizadas, e subscritas mas não integralizadas;(iii) o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal;(iv) a conciliação da quantidade de ações em circulação no início e no fim do período;(v) os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo restrições na distribuição

de dividendos e no reembolso de capital;(vi) ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em tesouraria) ou por

controladas ou coligadas; e(vii) ações reservadas para emissão em função de opções e contratos para a venda de ações, incluindo os prazos

e respectivos montantes; e (b) uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido.

Notas explicativas

A melhor redação na elaboração de notas explicativas é aquela que melhor atende aos objetivos das demonstrações, ou seja, contribui na avaliação pelo leitor do desempenho da empresa ou na inferência de fluxos de caixas futuros. Esse objetivo é geralmente limitado pela cultura contábil da empresa e do ambiente, além da tradição na redação das notas, que geralmente levam a um “conservadorismo” do texto.

A mudança para a contabilidade internacional traz, entretanto, um impacto considerável na formulação dessas notas pelo aumento da complexidade nas estimativas contábeis e pela necessidade de atender a novos requisitos provocados pelos novos pronunciamentos, à regulação do mercado de capitais e à evolução das demonstrações das outras empresas no ambiente global.

As notas explicativas devem (CPC 26.112 (R1)):

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações financeiras e das políticas contábeis específicas utilizadas, de acordo com os itens 117 a 124;

(b) divulgar a informação requerida pelos pronunciamentos, orientações e interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e

(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações financeiras, mas que seja relevante para sua compreensão.

A introdução das notas relativas aos “julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas” representa uma evolução recente e importante de divulgação. A sua origem remonta à exigência por parte da autoridade reguladora americana (SEC), que incluiu as “estimativas contábeis críticas” como item obrigatório dos Comentários Gerenciais (Management Discussion and Analysis - MD&A), o que levou as empresas que operam no ambiente global à inclusão de uma nota explicativa com um conteúdo similar. No Brasil, com a revisão das normas de registro de companhia feitas pela Instrução CVM n° 480 e a introdução nessa norma dos ”comentários dos diretores” (assemelhados aos MD&A) no item 10 do “Formulário de Referência”, existe também a necessidade de incluir essa nota explicativa com o mesmo conteúdo, já que se trata de informação contábil relevante divulgada em uma outra mídia.

Essa nota explicativa deve conter as premissas adotadas nas estimativas contábeis que envolvam níveis significativos de subjetividade, relativos a itens sobre os quais exista incerteza no julgamento. A divulgação desses aspectos deve aumentar a compreensão sobre a qualidade e a variabilidade que influenciem a condição financeira e o desempenho operacional.

Finalmente, as expressões genéricas devem ser evitadas porque são irrelevantes à análise do investidor, como, por exemplo, “... taxas permitidas pela legislação...” ou, de forma redundante, ”... elaboradas de acordo com a lei...”, “... de acordo com as legislações societária, tributária e normas específicas dos órgãos reguladores da matéria...”. Esse tipo de redação sugere uma obediência às normas sem divulgar as bases da estimativa contábil ou as escolhas feitas pelos administradores.

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Comentários para o exemplo ilustrativo do Grupo Modelo

As demonstrações e notas explicativas apresentadas são apenas ilustrativas e não contêm todos os detalhes e cruzamentos próprios ao conjunto das demonstrações financeiras de uma empresa em particular. Não obstante, no propósito de estabelecer uma base da qual as pessoas envolvidas na emissão desses relatórios contábeis possam partir, as notas explicativas em alguns casos podem ser percebidas como mais extensas do que as notas explicativas tradicionais no ambiente contábil brasileiro. O objetivo em todos os casos é apresentar referências que possam ser úteis aos emissores das demonstrações financeiras. Os CPCs contêm exigências de divulgação maiores do que aquelas das regras anteriores, a que as companhias brasileiras estavam acostumadas, o que torna esse momento especialmente desafiador. No apoio a esses desafios, a EY preparou para as companhias não financeiras brasileiras uma visão dessa evolução, com o propósito de servir ao público envolvido na preparação e utilização dos relatórios contábeis.

A CVM publicou a Instrução n˚ 485, de setembro de 2010, alterando a Instrução CVM n˚ 457 de 2007, e que determina a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board – IASB. A norma esclarece, ainda, que esses pronunciamentos são aqueles emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e referendados pela CVM.

Base de apresentação das demonstrações financeiras do Grupo Modelo S.A.

As demonstrações financeiras do Grupo Modelo S.A. apresentadas neste documento representam os números consolidados do Grupo para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, considerando que a data de transição para a IFRS e full CPC foi 1º de janeiro de 2009, data na qual foi aplicado o CPC 37. Para fins de exemplificação, estão sendo apresentadas somente as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (CPC) convergentes com as IFRS. Cabe notar que a legislação societária brasileira requer a apresentação de demonstrações financeiras individuais, não contidas neste modelo.

A demonstração consolidada do valor adicionado, apesar de não requerida pelas IFRS, é obrigatória para as companhias abertas no Brasil, sendo facultativa para as demais entidades, a menos que exigida pelo órgão regulador.

Moeda funcional

A moeda funcional da controladora e a moeda de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo é o real. No caso das demonstrações financeiras de um grupo, deve ser enfatizado que não existe uma moeda funcional do grupo, e sim uma moeda de apresentação. Cada entidade incluída nas demonstrações financeiras consolidadas, seja controlada, coligada ou joint venture, tem sua própria moeda funcional, que deve ser convertida na moeda funcional de apresentação das demonstrações consolidadas.

Demonstração do resultado

O Grupo adotou a política de discriminar os vários tipos de receitas na demonstração do resultado, o que supera as exigências do CPC 26.82, que apenas exige a apresentação da receita total como uma rubrica da demonstração do resultado. Essa informação também poderia ser apresentada nas notas explicativas, de acordo com o CPC 26.97. No caso brasileiro, existe o consenso de incluir o PIS e Cofins na dedução dos itens envolvidos no cálculo da receita líquida, conforme o CPC 30 - Receitas. Conforme essa norma, a demonstração de resultado inicia-se com a receita líquida (até então, no Brasil, a prática era iniciar-se com a receita bruta), ou seja, os impostos incidentes sobre a receita de vendas (como PIS e Cofins, já citados) já foram deduzidos.

O CPC 26.99 exige que as despesas sejam analisadas de acordo com sua natureza ou de acordo com sua função na entidade, ou seja, da melhor forma a prestar informações confiáveis e mais pertinentes. O Grupo apresentou a análise de despesas por função, que é a forma tradicional no ambiente contábil brasileiro.

Não há exigência específica para identificar, na demonstração do resultado, se foram adotados ajustes a serem efetuados nos valores divulgados nas demonstrações financeiras do exercício anterior. O CPC 23 exige que sejam apresentados detalhes apenas nas notas explicativas. O Grupo ilustra como uma entidade pode complementar as exigências da norma de maneira a ficar mais claro ao leitor que os valores foram ajustados.

Caso aplicável, a parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial também deve ser divulgada.

A apresentação da demonstração dos “outros resultados abrangentes” vinha sendo proposta dentro das mutações do patrimônio líquido. O CPC 26 (R1) vetou essa opção, devendo a apresentação ser feita separadamente em relação a esta última demonstração. Da mesma forma, no Brasil, a demonstração dos resultados abrangentes também não pode ser apresentada em conjunto com a demonstração de resultados.

O CPC 41 exige a apresentação dos valores básicos e diluídos por ação, decorrentes de operações descontinuadas na demonstração do resultado ou nas notas explicativas. O Grupo optou por demonstrar essas informações juntamente com outras informações exigidas para operações descontinuadas na Nota 10, apresentando as informações para operações em continuidade na demonstração do resultado.

Grupo Modelo | EY 19

Demonstração dos fluxos de caixa

O CPC 3.20 permite que as entidades divulguem fluxo de caixa oriundo de atividades operacionais utilizando o método direto ou o método indireto. O Grupo apresenta o fluxo de caixa utilizando o método indireto, que é o método que tem sido mais utilizado pelas empresas brasileiras.

O Grupo conciliou o lucro antes do imposto com o fluxo de caixa líquido oriundo de atividades operacionais. No entanto, a conciliação do lucro após os impostos sobre a renda também é aceitável nos termos do CPC 03.

O CPC 3.34 permite que os juros pagos sejam demonstrados como atividades operacionais ou financeiras e que os juros recebidos sejam demonstrados como atividades operacionais ou de investimento, quando considerado pertinente pela entidade. O Grupo classifica os juros recebidos como atividades operacionais para obtenção de recursos financeiros. O Grupo classifica os juros pagos como atividades de financiamento, uma vez que são custos de obtenção de recursos financeiros.

Demonstração de Valor Adicionado (DVA)

O requisito de divulgação da Demonstração de Valor Adicionado (DVA), aprovado pelo Pronunciamento Técnico CPC 09, é aplicável apenas para as companhias abertas.

Novos pronunciamentos

Em 2013, quatro novos pronunciamentos significativos passaram a vigorar, notadamente o CPC 18 (R2) - Investimento em Controlada e Coligada, CPC 19 (R2) - Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto, CPC 45 - Divulgação de Participação em Outras Entidades e CPC 46 - Mensuração de Valor Justo.

Esses pronunciamentos impactaram de forma significativa na forma com que o Grupo analisa seu controle sobre investidas e joint ventures, conforme divulgado nas notas 5 e 6.

As normas e interpretações abaixo não foram consideradas nestas demonstrações financeiras ilustradas:

CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários CPC 11 Contratos de SeguroCPC 13 Adoção inicial da Lei 11.638/07 e da Medida Provisória 449/08CPC 17 Contratos de ConstruçãoCPC 21 (R1) Demonstração Intermediária CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola ICPC 01 Contratos de ConcessãoICPC 07 Distribuição de Lucros in NaturaICPC 09 Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas

e Aplicação do Método de Equivalência PatrimonialICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento

dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes

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Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2013

No quadro apresentado a seguir estão identificados os pronunciamentos emitidos pelo CPC até 30.11.13, associados às deliberações CVM que os aprovaram e aos pronunciamentos internacionais (IFRS) correspondentes. Acesse www.cpc.org.br para atualizações.

Regulação Contábil Brasileira

Norma CPC Descrição Deliberação CVM Norma IFRS

CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis 675/11 Framework

CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos 639/10 IAS 36

CPC 02 (R2) Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio de Demonstrações Contábeis 640/10 IAS 21

CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa 641/10 IAS 7

CPC 04 (R1) Ativo Intangível 644/10 IAS 38

CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas 642/10 IAS 24

CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil 645/10 IAS 17

CPC 07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais 646/10 IAS 20

CPC 08 (R1) Custos de Transação e Prêmio na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 649/10 Parte 39

CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado 557/08 Sem correspondência

CPC 10 (R1) Pagamentos Baseados em Ações 650/10 IFRS 2

CPC 11 Contratos de Seguros 563/08 IFRS 4

CPC 12 Ajuste a Valor Presente 564/08 Diversos

CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 565/08 Sem correspondência

CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação Fase 1

Revogado

Corresponde ao OCPC 03

CPC 15 (R1) Combinação de Negócios 665/11 IFRS 3 R

CPC 16 (R1) Estoques 575/09 e 624/10 IAS 2

CPC 17 (R1) Contratos de Construção 691/12 IAS 11

CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto 696/12 IAS 28

CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto 694/12 IAS 31

CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos 672/11 IAS 23

CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária 673/11 IAS 34

CPC 22 Informação por Segmento 582/09 IFRS 8

CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 592/09 IAS 8

CPC 24 Evento Subsequente 593/09 IAS 10

CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 594/09 IAS 37

CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis 676/11 IAS 1

CPC 27 Ativo Imobilizado 583/09 IAS 16

CPC 28 Propriedade para Investimento 584/09 IAS 40

CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 596/09 IAS 41

CPC 30 (R1) Receitas 692/12 IAS 18

CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada 598/09 IFRS 5

CPC 32 Tributos sobre o Lucro 599/09 IAS 12

CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados 695/12 IAS 19

CPC 34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais A ser emitido IFRS 6

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CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas 693/12 IAS 27

CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas 698/12 IAS 27

CPC 37 (R1) Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 647/10 IFRS 1

CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração 604/09 IAS 39

CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 604/09 IAS 32

CPC 40 (R1) Instrumentos Financeiros: Evidenciação 684/12 IFRS 7

CPC 41 Resultado por Ação 636/10 IAS 33

CPC 42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária A ser emitido IAS 29

CPC 43 (R1) Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 651/10 IFRS 1

CPC 44 Demonstrações Combinadas 708/13 Sem correspondência

CPC 45 Divulgação de Participação em Outras Entidades 697/12 IFRS 12

CPC 46 Mensuração do Valor Justo 699/12 IFRS 13

ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão 677/11 IFRIC 12

ICPC 02 Contratos de Construção do Setor Imobiliário 612/09 IFRIC 15

ICPC 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil 613/09 IFRIC 4, SIC 15

e SIC 27

ICPC 04 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações Passou a fazer parte do CPC 10. Revogado.

ICPC 05Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado

em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria

Passou a fazer parte do CPC 10. Revogado.

ICPC 06 Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior 616/09 IFRIC 16

ICPC 07 Distribuição de Lucros in Natura 617/09 IFRIC 17

ICPC 08 (R1) Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos 683/12 -

ICPC 09 (R1)Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações

Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial

687/12IAS 38, IFRS 3, IAS 28, IAS 31, IAS 27,

IAS 39

ICPC 10Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo

Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43

619/09 IAS 16, IAS 40 e IFRS 1

ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes 620/09 IFRIC 18

ICPC 12 Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares 621/09 IFRIC 1

ICPC 13 Direitos a Participação Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental 637/10 IFRIC 5

ICPC 14 Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentais Similares — IFRIC 2

ICPC 15 Passivos Decorrentes de Participação em um Mercado Específico – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos 638/10 IFRIC 6

ICPC 16 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patronais 652/10 IFRIC 19

ICPC 17 Contratos de Concessão: Evidenciação 677/11 SIC 29

ICPC 18 Custos de Remoção de Estéril (Stripping) de Mina de Superfície na Fase de Produção A ser emitido IFRIC 20

OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária 624/10 Sem correspondência

OCPC 02 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008

Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 01/2009 Sem correspondência

OCPC 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação

Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 03/2009 Sem correspondência

OCPC 04 Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras 653/10 Sem correspondência

OCPC 05 Contratos de Concessão 654/10 Sem correspondência

OCPC 06 Informações Financeiras Pró-forma 709/13 Sem correspondência

CPC Destaques

Destaques (com base nos pronunciamentos, interpretações e orientações editados até 31/12/09)

Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 002/2010 Sem correspondência

Grupo Modelo | EY22

Grupo Modelo S.A.International GAAP©

Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC

2013 2012Em

1º de janeiro de 2012

CPC 26.10 (a) CPC 26.10 (f) CPC 26.51(c)

Reapresentado* Reapresentado* CPC 23.28

Notas R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Ativos CPC 26.60, CPC 26.66

Ativo circulante CPC 26.54 (a)

Caixa e equivalentes de caixa 20 17.112 14.916 11.066 CPC 26.54 (d), CPC 40.8

Outros ativos financeiros 16 551 153 137 CPC 26.54 (b), CPC 40.8 (c)

Clientes e outras contas a receber 19 27.672 24.290 25.537 CPC 26.54 (c)

Estoques 18 23.262 24.085 26.063 CPC 26.55

Despesas antecipadas 244 165 226

68.841 63.609 63.029

Ativos de operações descontinuadas 11 13.554 — — CPC 26.54 (e), CPC31.38

82.395 63.609 63.029

Ativo não circulante CPC 26.60, CPC 26.66

Outros ativos financeiros não circulantes 16 6.425 3.491 3.269 CPC 26.54 (d), CPC 40.8

Impostos diferidos ativos 10 383 365 321 CPC 26.54 (o), CPC 26.56

Investimentos em empresas coligada e joint ventures 5, 6 3.187 2.516 1.878 CPC 26.54 (g), CPC 18.38

Propriedades para investimento 14 8.893 7.983 7.091 CPC 26.54 (h)

Imobilizado 13 32.979 24.329 18.940 CPC 26.54 (i)

Intangível 15 6.019 2.461 2.114 CPC 26.54 (j)

57.886 41.145 33.613

Total ativo 140.281 104.754 96.642

Passivo

Passivo circulante CPC 26.60, CPC26.69,

Fornecedores e outras contas a pagar 28 19.444 20.730 19.850 CPC 26.54 (k)

Empréstimos e financiamentos 16.2 2.460 2.775 4.555 CPC 26.54 (m), CPC 40.8 (f)

Outros passivos financeiros circulantes 16.2 3.040 303 303 CPC 26.54 (m), CPC 40.8 (e)

Subvenções governamentais 24 149 151 150 CPC 26.55, CPC 07.24

Receita diferida 25 220 200 190 CPC 26.55

Imposto de renda e contribuição social a pagar 3.961 4.013 4.625 CPC 26.54 (n)

Provisões 23 850 98 40 CPC 26.54 (l)

Dividendos a pagar 22 410 — —

30.534 28.270 29.713

Passivos de operações descontinuadas 11 13.125 — — CPC 26.54 (p), CPC 31.38

43.659 28.270 29.713

Passivo não circulante CPC 26.60, CPC 26.69,

Empréstimos e financiamentos 16.2 20.346 21.703 19.574 CPC 26.54 (m)

Outros passivos financeiros não circulantes 16.2 806 — — CPC 26.54 (m), CPC 40.8 (e)

Provisões 23 1.950 77 60 CPC 26.54 (l), CPC 26.78 (d)

Subvenções governamentais 24 3.300 1.400 795 CPC 07.24

Receita diferida 25 196 165 174 CPC 26.55

Obrigações de benefícios definidos pós-emprego 26 3.050 2.977 2.526 CPC 26.55, CPC 26.78 (d)

Outros passivos 263 232 212 CPC 26.55

Impostos diferidos passivos 10 2.931 1.089 1.083 CPC 26.54 (o), CPC 26.56

32.842 27.643 24.424

Total do passivo 76.501 55.913 54.137

Patrimônio líquido CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Capital 21 21.888 19.388 19.388 CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Reserva de capital 21 4.780 80 — CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Ações em tesouraria 21 (508) (654) (774) CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Outras reservas de capital 21 1.171 864 566 CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Lucros acumulados 35.052 28.935 23.538 CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Outros resultados abrangentes (649) (512) (421) CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Proposta de distribuição de dividendos adicional 22 (410) — —

Reservas para operações descontinuadas 11 46 — —

61.370 48.101 42.297

Participação de não controladores 2.410 740 208 CPC 26.54 (q), CPC 36.27

Total do patrimônio líquido 63.780 48.841 42.505

Total do passivo e do patrimônio líquido 140.281 104.754 96.642

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2012. Consulte a nota 2.28.

Grupo Modelo | EY 23

BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO(Posição Financeira Consolidada)Em 31 de dezembro de 2013

Grupo Modelo | EY24

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADOExercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013

2013 2012

CPC 26.49CPC 26.10(b)CPC 26.10ACPC 26.51((c)CPC 23.28

Reapresentado*

Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Operações em continuidade CPC 26.81A

Venda de mercadorias 161.927 144.551 CPC 30.35(b)(i)

Prestação de serviços 17.131 16.537 CPC 30.35(b)(ii)

Receita de aluguel 14 1.404 1.377 CPC 30.35(b)(ii)

Receita Total 180.462 162.465 CPC 26.82(a)

Custo das vendas (136.448) (128.533) CPC 26.103

Lucro Bruto 44.014 33.932 CPC 26.85. CPC 26.103

Despesas com vendas e distribuição (14.001) (12.964) CPC 26.103

Despesas administrativas (18.428) (12.156) CPC 26.103

Outras despesas operacionais 9.2 (1.153) (706) CPC 26.103

Outras receitas operacionais 9.1 1.585 2.548 CPC 26.103

Lucro antes das receitas e despesas financeiras 12.017 10.654 CPC 26.85. CPC 26.BC55-56

Despesas financeiras 9.3 (2.766) (1.123) CPC 26.82(b). IFRS 7.20

Receitas financeiras 9.4 1.186 211 CPC 26.82(a)

Equivalência patrimonial 5, 6 671 638 CPC 26.82(c)

Resultado antes dos impostos sobre o lucro 11.108 10.380 CPC 26.85

Despesa com impostos sobre os lucros 10 (3.098) (2.683) CPC 26.82(d). IAS 12.77

Resultado líquido das operações em continuidade 8.010 7.697 CPC 26.85

Operações descontinuadas

Lucro (prejuízo) após o imposto do exercício resultante das operações em continuidade

11 220 (188) CPC 26.82 (ea). CPC 31.33 (a)

Resultado líquido do exercício 8.230 7.509 CPC 26.81A (a)

Atribuível aos:

Acionistas controladores 7.942 7.270 CPC 26.81B (a) (ii)

Acionistas não controladores 288 239 CPC 26.81B (a)(i)

8.230 7.509

Lucro por ação 12 CPC 41.66

• Básico – lucro do exercício atribuível a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,38 R$ 0,38

• Diluído – lucro do exercício atribuível a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,38 R$ 0,37

Lucro por ação originado das operações em continuidade

• Básico – lucro de operações continuadas atribuíveis a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,37 R$ 0,39

• Diluído – lucro de operações continuadas atribuíveis a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,37 R$ 0,38

* Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2012. Consulte a nota 2.28

2013 2012

CPC 26.51(c)

CPC 26.81A

CPC 26.10(b)

CPC 23.28

Reapresentado*

Notas R$ 000 R$ 000

CPC 26.51(d),(e)

CPC 26.90

CPC 32.61A

Lucro do exercício 8.230 7.509 CPC 26.81A (a)

Outros resultados abrangentes CPC 26.82A

Outros resultados abrangentes a serem reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

CPC 26.82A

Ganho líquido sobre hedge em investimento líquido 278 - CPC 08.102(a)

Efeito de imposto de renda (83) -

195 -

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras (346) (117)

Efeito de imposto de renda - - CPC 02.32

(346) (117) CPC 02.52

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa 9.8 (732) 33 CPC 40.23(c)

Efeito de imposto de renda 220 (9)

(512) 24

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda 9.8 (58) 3 CPC 40.20(a)(ii)

Efeito de imposto de renda 18 (1)

(40) 2

Outros resultados abrangentes líquidos a serem reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

(11) (91) CPC 26.82A

Outros resultados abrangentes não reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido 26 369 (389) CPC 26.90

Efeito de imposto de renda (112) 116 CPC 33.120(c)

257 (273) CPC 33.122

Outros resultados abrangentes líquidos não reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

257 (273) CPC 26.82A

Outros resultados abrangentes do exercício, líquido de impostos 246 (364) CPC 26.81A(b)

Total de outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos 8.476 7.145 CPC 26.81A (c)

Atribuível a: 8.188 6.906 CPC 26.81B (b) (ii)

Acionistas controladores 288 239 CPC 26.81B (b) (i)

Acionistas não controladores 8.476 7.145

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2012. Consulte a nota 2.28.

Grupo Modelo | EY 25

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTEExercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012

Grupo Modelo | EY26

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO FLUXO DE CAIXAExercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 2013 2012

CPC 26.49

CPC 26.10(d)

Reapresentado* CPC 26.51(c)

Notas R$ 000 R$ 000Atividades operacionais

Lucro antes dos impostos sobre a renda nas operações em continuidade 10 11.108 10.380

Lucro (prejuízo) antes dos impostos sobre a renda nas operações descontinuadas 213 (193)

Lucro antes dos impostos sobre a renda 11.321 10.187

Ajuste de itens sem desembolso de caixa para conciliação do lucro antes do imposto com o fluxo de caixa: CPC 03.20(b)

Depreciação e perda por redução ao valor recuperável do imobilizado 13 3.907 3.383

Amortização e perda por redução ao valor recuperável do intangível 15 325 174

Contribuições para ativo imobilizado feitas por clientes 13 (190) (150)

Despesas com pagamentos baseados em ações 27 412 492

Redução das propriedades para investimento 14 306 300

Ganho sobre baixa de imobilizado 9.1 (532) (2.007)

Ajuste ao valor justo de contraprestação contingente 4 358 —

Receita financeira 9.4 (1.186) (211) CPC 03.20(c)

Despesas financeiras 9.3 2.766 1.123 CPC 03.20(c)

Equivalência patrimonial 6 e 7 (671) (638)

Variações em provisões, benefícios e incentivos (732) 202

Ajustes de capital de giro CPC 03.20(a)

Aumento em contas a receber de cliente e outras contas a receber e adiantamentos (9.265) (3.240)

Redução de estoques 4.192 2.405

Aumento em outros ativos circulantes de despesas antecipadas 4.095 4.246

15.106 16.266

Juros recebidos 336 211 CPC 03.31

Juros pagos (484) (1.026) CPC 03.31

Imposto de renda e contribuição social pagos (3.131) (3.200) CPC 03.35

Fluxo de caixa líquido originado de atividades operacionais 11.827 12.251

Atividades de investimento CPC 03.10, CPC 03.21

Resultados de venda de imobilizado 1.990 2.319 CPC 03.16(b)

Aquisição de imobilizado 13 (10.162) (7.672) CPC 03.16(a)

Aquisição de propriedade para investimento 14 (1.216) (1.192) CPC 03.16(a)

Aquisição de instrumentos financeiros (3.054) (225) CPC 03.16(c)

Resultado da venda de instrumentos financeiros — 145 CPC 03.16(d)

Despesas de desenvolvimento 15 (587) (390) CPC 03.16(a)

Aquisição de controlada, líquida de caixa adquirido 4 230 (1.450) CPC 03.39

Recebimento de incentivos 24 2.951 642

Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de investimento (9.848) (7.823)

Atividades de financiamento

Resultados do exercício de opções 175 200 CPC 03.10, CPC 03.21

Aquisição de participação de não controladores 4 (325) — CPC 03.17(a)

Custos de transação para emissão de ações 21 (32) — CPC 03.42A

Pagamento de passivos de arrendamento mercantil financeiro (51) (76) CPC 03.17(a)

Captações de empréstimos obtidos 5.577 2.645 CPC 03.17(e)

Pagamento de empréstimos (122) (1.684) CPC 03.17(c)

Dividendos pagos a acionistas controladores 22 (1.972) (1.600) CPC 03.17(d)

Dividendos pagos a acionistas não controladores (30) (49) CPC 03.31

Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de financiamento 3.220 (564) CPC 45.B10(a)

Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 5.199 3.864

Diferença cambial líquida (25) 86 CPC 03.28

Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro 20 12.266 8.316

Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro 20 17.440 12.266 CPC 03.45

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2012. Consulte a nota 2.28.

Grupo Modelo | EY 27

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE VALOR ADICIONADO (DVA)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012

2013 2012

Reapresentado

DESCRIÇÃO R$ 000 R$ 000

Receitas 180.462 162.465

Vendas de mercadorias, produtos e serviços 179.058 161.088

Outras receitas 1.404 1.377

Insumos adquiridos de terceiros (125.823) (112.015)

Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (115.980) (109.253)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (8.377) (2.062)

Outras (1.466) (700)

Valor adicionado bruto 54.639 50.450

Depreciação, amortização e exaustão (4.122) (3.256)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 50.517 47.194

Valor adicionado recebido em transferências 3.662 3.209

Resultado de equivalência patrimonial 671 638

Receitas financeiras 1.186 211

Outras 1.805 2.360

Valor adicionado total a distribuir 54.179 50.403

Distribuição do valor adicionado 54.179 50.403

Pessoal 35.883 35.058

Remuneração direta 30.805 30.050

Benefícios 565 605

F.G.T.S. 4.513 4.403

Impostos, taxas e contribuições 4.148 3.743

Federais 3.098 2.683

Estaduais 750 730

Municipais 300 330

Remuneração de capitais de terceiros 5.918 4.093

Juros 5.918 4.093

Remuneração de capitais próprios 8.230 7.509

Dividendos 3.059 2.682

Lucros retidos / Prejuízo do exercício 4.883 4.588

Participação dos não controladores nos lucros retidos 288 239

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2012. Consulte a nota 2.28.

Grupo Modelo | EY28

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOExercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (reapresentado)

Capital Social (Nota 21)

Reserva de ágio (Nota 21)

Ações em tesouraria (Nota 21)

Outras reservas

(Nota 21)

Lucros acumulados

Outros resultados

abrangentes

Operações descontinuadas

TotalParticipação

de não controladores

TotalCPC 26.10(c)

CPC 26.51(c)

CPC 26.106(d)

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Em 1º de janeiro de 2012 19.388 - (774) 566 23.950 (421) - 42.709 74 42.783

Mudanças nas políticas contábeis (Nota 2.28) - - - - (412) - - (412) 134 (278) CPC 26.106(d)(i)

Em 1º de janeiro de 2012 (reapresentado) 19.388 - (774) 566 23.538 (421) - 42.297 208 42.505

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - 24 - 24 - 24

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (117) - (117) - (117)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - 2 - 2 - 2

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - (273) - - (273) - (273)

Lucro do exercício - - - - 7.270 - - 7.270 239 7.509 CPC 26.106(a)

Exercício de opções (Nota 21) - 80 120 - - - - 200 - 200 CPC 26.106(d)(iii)

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 298 - - - 298 - 298 CPC 26.106(d)(iii)

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.600) - - (1.600) (49) (1.649) CPC 26.107

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 342 342

Em 31 de dezembro de 2012 19.388 80 (654) 864 28.935 (512) 48.101 740 48.841

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - (512) - (512) - (512)

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (51) - (51) - (51)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - (40) - (40) - (40)

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - 257 - - 257 - 257

Reavaliação de terrenos e edifícios - - - - - 592 - 592 - 592

Lucro do exercício - - - - 7.942 - - 7.942 288 8.230 CPC 26.106(a)

Transferência de depreciação de terrenos e edifícios - - - - 80 (80) - - - - CPC 26.96

Operações descontinuadas (Nota 11) - - - - - (46) 46 - - - CPC 31.38

Emissão de ações 2.500 4.703 - - - - - 7.203 - 7.203 CPC 26.106(d) (iii)

Exercício de opções (Nota 21) - 29 146 - - - - 175 - 175 CPC 26.106(d)(iii)

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 307 - - - 307 - 307 CPC 26.106(d)(iii)

Custo de emissão das ações da aquisição da controlada (Nota 4) - (32) - - - - - (32) - (32) CPC 10.50, CPC 32.39, CPC 1.109

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.972) - - (1.972) (30) (2.002) CPC 26.107

Dividendo adicional proposto – excedente ao mínimo obrigatório (Nota 22) - - - - (410) - - (410) - (410)

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 1.547 1.547 CPC 26.106(d)(iii)

Aquisição de participação minoritária (Nota 4) - - - - (190) - - (190) (135) (325) CPC 26.106(d)(iii)

Em 31 de dezembro de 2013 21.888 4.780 (508) 1.171 34.642 (649) 46 61.370 2.410 63.780

Grupo Modelo | EY 29

Capital Social (Nota 21)

Reserva de ágio (Nota 21)

Ações em tesouraria (Nota 21)

Outras reservas

(Nota 21)

Lucros acumulados

Outros resultados

abrangentes

Operações descontinuadas

TotalParticipação

de não controladores

TotalCPC 26.10(c)

CPC 26.51(c)

CPC 26.106(d)

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Em 1º de janeiro de 2012 19.388 - (774) 566 23.950 (421) - 42.709 74 42.783

Mudanças nas políticas contábeis (Nota 2.28) - - - - (412) - - (412) 134 (278) CPC 26.106(d)(i)

Em 1º de janeiro de 2012 (reapresentado) 19.388 - (774) 566 23.538 (421) - 42.297 208 42.505

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - 24 - 24 - 24

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (117) - (117) - (117)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - 2 - 2 - 2

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - (273) - - (273) - (273)

Lucro do exercício - - - - 7.270 - - 7.270 239 7.509 CPC 26.106(a)

Exercício de opções (Nota 21) - 80 120 - - - - 200 - 200 CPC 26.106(d)(iii)

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 298 - - - 298 - 298 CPC 26.106(d)(iii)

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.600) - - (1.600) (49) (1.649) CPC 26.107

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 342 342

Em 31 de dezembro de 2012 19.388 80 (654) 864 28.935 (512) 48.101 740 48.841

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - (512) - (512) - (512)

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (51) - (51) - (51)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - (40) - (40) - (40)

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - 257 - - 257 - 257

Reavaliação de terrenos e edifícios - - - - - 592 - 592 - 592

Lucro do exercício - - - - 7.942 - - 7.942 288 8.230 CPC 26.106(a)

Transferência de depreciação de terrenos e edifícios - - - - 80 (80) - - - - CPC 26.96

Operações descontinuadas (Nota 11) - - - - - (46) 46 - - - CPC 31.38

Emissão de ações 2.500 4.703 - - - - - 7.203 - 7.203 CPC 26.106(d) (iii)

Exercício de opções (Nota 21) - 29 146 - - - - 175 - 175 CPC 26.106(d)(iii)

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 307 - - - 307 - 307 CPC 26.106(d)(iii)

Custo de emissão das ações da aquisição da controlada (Nota 4) - (32) - - - - - (32) - (32) CPC 10.50, CPC 32.39, CPC 1.109

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.972) - - (1.972) (30) (2.002) CPC 26.107

Dividendo adicional proposto – excedente ao mínimo obrigatório (Nota 22) - - - - (410) - - (410) - (410)

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 1.547 1.547 CPC 26.106(d)(iii)

Aquisição de participação minoritária (Nota 4) - - - - (190) - - (190) (135) (325) CPC 26.106(d)(iii)

Em 31 de dezembro de 2013 21.888 4.780 (508) 1.171 34.642 (649) 46 61.370 2.410 63.780

30 Grupo Modelo | EY

Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC (em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre o GrupoAs demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Modelo S.A. e suas subsidiárias (“o Grupo”) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 foram autorizadas para emissão de acordo com a resolução dos membros do Conselho de Administração em 28 de janeiro de 2014. Constituído como uma “Sociedade Anônima” domiciliada no Brasil, o Grupo tem ações que são negociadas na BM&FBovespa. A sede social da empresa está localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, 1.830 – São Paulo – SP.

O Grupo participa através de suas investidas em produtos e serviços relacionados a equipamentos antifogo e produtos eletrônicos, e atua no ramo de investimentos para propriedades de arrendamento. As informações sobre as operações do Grupo são apresentadas na Nota 2.1, ao passo que as informações sobre outras relações entre partes relacionadas são apresentadas na Nota 29.

2. Políticas contábeis As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com apoio em diversas bases de avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram apoiadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método de ajuste a valor presente, estimativas do valor das propriedades para investimento, estimativas do valor em uso dos terrenos e edificações, análise do risco de crédito para determinação da provisão para devedores duvidosos, assim como a análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. Os valores contábeis de ativos e passivos reconhecidos que representam itens objeto de hedge a valor justo que, alternativamente, seriam contabilizados ao custo amortizado, são ajustados para demonstrar as variações nos valores justos atribuíveis aos riscos que estão sendo objeto de hedge.

A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A companhia revisa suas estimativas pelo menos anualmente.

As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB.

As demonstrações financeiras consolidadas apresentam informações comparativas em relação ao período anterior. Adicionalmente, o Grupo apresenta um balanço patrimonial adicional no início do período mais antigo divulgado, quando se realiza aplicação retrospectiva de uma política contábil, reapresentação retrospectiva ou reclassificação de itens nas demonstrações financeiras. O balanço patrimonial adicional na data-base de 1º de janeiro de 2012 é apresentado nessas demonstrações financeiras consolidadas devido à aplicação retrospectiva de determinadas políticas contábeis (Nota 2.28).

ComentárioAs companhias abertas brasileiras não financeiras produzem e divulgam informações contábeis com base nos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e normas emitidas pela CVM, o chamado BRGAAP, que, na situação atual, tem poucas diferenças em relação às normas IFRS.

A transição de um modelo de custo histórico para um modelo geral, que adota estimativas contábeis de itens financeiros ao “valor justo” e itens não financeiros pelo “valor em uso”, deve levar a um esforço de divulgação adicional em cada nota explicativa por conta da diversidade de políticas contábeis adotadas na avaliação de cada item.

Em maio de 2011, o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 13 com o objetivo de uniformizar os conceitos que dessem suporte às estimativas de valor justo. O objetivo desse pronunciamento foi a tentativa de reduzir a complexidade nas mensurações e aumentar a consistência dos relatórios contábeis emitidos no ambiente global.

Em resumo, o IFRS 13 estabeleceu:

• uma nova definição para “valor justo”;• um conceito único para a mensuração do valor justo; e• normas para divulgação.

O conceito de valor justo está agora claramente estabelecido sobre os valores de saída, como pode ser

CPC 26.138(a)

CPC 26.51(d), (e)

CPC 26.138(b)

CPC 26.112 (a), (b)

CPC 26.117(a)

CPC 26.16

31Grupo Modelo | EY

observado na definição contida no IFRS 13: Appendix A: o preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago para transferir um passivo em uma transação ordenada entre participantes do mercado na data da mensuração. (The price that would be received to sell an asset or paid to transfer a liability in an orderly transaction between market participants at the measurement date.)

O IFRS 13 estabeleceu ainda uma “hierarquia de valor justo” que categorizou aplicação desse método em três níveis conforme as entradas utilizadas nas técnicas de avaliação. Essa hierarquia deu a prioridade mais alta para os preços não ajustados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos, e a prioridade mais baixa para as estimativas que utilizem entradas não observáveis nas estimativas contábeis (IFRS 13.72).

2.1 Base de consolidação

Base de consolidação a partir de 1º de janeiro de 2013As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo incluem:

Empresa líder do GrupoA empresa líder do Grupo é a S.J. Limited, empresa sediada no Brasil, onde negocia suas ações.

Entidade com influência significativa sobre o GrupoA International Fires P.L.C. detém 31,48% das ações ordinárias do Grupo (2012: 31,48%). Como coligada, o Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2012: 25%).

ColigadaO Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2012: 25%).

Joint venture em que o Grupo é empreendedor

O Grupo detém 50% de participação na Esguichos Ltda. (2012: 50%).

*O Grupo detém 20% de participação no capital votante da empresa recém-criada Fire Equipment Test Lab Limited. No entanto, o Grupo possui representação majoritária no conselho de administração da entidade, sendo a aprovação do Grupo exigida para todas as principais decisões operacionais. As operações, uma vez iniciadas, serão realizadas em benefício do Grupo. Com base nesses fatos e circunstâncias, a administração determinou que, em substância, o Grupo controla essa entidade, não mantendo, no entanto, participação majoritária. As ações com direito a voto de outro acionista na Fire Equipment Test Lab Limited, um sócio terceirizado, são contabilizadas como passivos financeiros. Mais detalhes são apresentados na Nota 3.

ComentárioO CPC 45 exige que as entidades divulguem informações sobre a composição do Grupo. A lista acima apresenta informações sobre as controladas do Grupo. As empresas precisam observar que essa divulgação é exigida para controladas significativas. Acima é apresentado um exemplo de como podem ser cumpridas as exigências previstas no CPC 45. Quando as leis ou regulações locais exigirem a divulgação da lista de investimentos nas controladas, as referidas divulgações devem ser modificadas para atenderem às exigências locais adicionais.

% participação

Nome Principal atividade País-sede 2013 2012

Extintores Ltda. Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 80 —

Bright Sparks Limited Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 95 95

Fire Equipment Test Lab Limited

Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 100* —

Wireworks Inc. Equipamentos de prevenção de incêndios EUA 98 98

Sprinklers Inc. Equipamentos de prevenção de incêndios EUA 100 100

Iluminação Ltda. Eletrônicos Brasil 87,4 80

Mangueiras Ltda. Eletrônicos Brasil 100 100

Eletrônicos Ltda. Eletrônicos Brasil 48 48

CPC 05.13

CPC 45.10(a)

CPC 45.12(a)

CPC 45.12(b)

CPC 45.12(c)

CPC 26.138(c)

CPC 45.9

CPC 45.14

32 Grupo Modelo | EY

2.2 Combinações de negócios

Combinações de negócios a partir de 1º de janeiro de 2009Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, avaliada com base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Para cada combinação de negócio, a adquirente deve mensurar a participação de não controladores na adquirida pelo valor justo ou com base na sua participação nos ativos líquidos identificados na adquirida. Custos diretamente atribuíveis à aquisição devem ser contabilizados como despesa quando incorridos.

Ao adquirir um negócio, o Grupo avalia os ativos e passivos financeiros assumidos com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as circunstâncias econômicas e as condições pertinentes na data de aquisição, o que inclui a segregação, por parte da adquirida, de derivativos embutidos existentes em contratos hospedeiros na adquirida.

Se a combinação de negócios for realizada em estágios, o valor justo na data de aquisição da participação societária previamente detida no capital da adquirida é reavaliado a valor justo na data de aquisição, sendo os impactos reconhecidos na demonstração do resultado.

Qualquer contraprestação contingente a ser transferida pela adquirente será reconhecida a valor justo na data de aquisição. Alterações subsequentes no valor justo da contraprestação contingente considerada como um ativo ou como um passivo deverão ser reconhecidas de acordo com o CPC 38 na demonstração do resultado ou em outros resultados abrangentes. Se a contraprestação contingente for classificada como patrimônio, não deverá ser reavaliada até que seja finalmente liquidada no patrimônio.

Inicialmente, o ágio é mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferida em relação aos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis adquiridos, líquidos e os passivos assumidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, a diferença deverá ser reconhecida como ganho na demonstração do resultado.

Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio adquirido em uma combinação de negócios é, a partir da data de aquisição, alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do Grupo que se espera sejam beneficiadas pelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos da adquirida serem atribuídos a essas unidades.

Quando um ágio fizer parte de uma unidade geradora de caixa e uma parcela dessa unidade for alienada, o ágio associado à parcela alienada deve ser incluído no custo da operação ao apurar-se o ganho ou a perda na alienação. O ágio alienado nessas circunstâncias é apurado com base nos valores proporcionais da parcela alienada em relação à unidade geradora de caixa mantida.

ComentárioO CPC 15 (R1) (IFRS 3) não é aplicável nas combinações de negócios que envolvam entidades sob controle comum. O tratamento contábil não está previsto explicitamente no conjunto das normas CPC/IFRS, porém presume-se que deve ser mantida a coerência da informação contábil para informações consolidadas e individuais, sob pena de distorcer as informações para uso dos investidores e outros tipos de usuários.

Em essência, temos duas alternativas para tratar combinação de negócios entre partes não independentes ou relacionadas: o método de compra (purchase method) e o método de comunhão de interesses (pooling of interests).

A escolha do método de compra significa tratar o ágio (goodwill), originado na aquisição como resultante da aplicação do valor justo aos itens patrimoniais, como um intangível de vida indefinida não sujeito a amortização periódica, mas sujeito ao impairment, por força de avaliar todos os ativos. No caso da comunhão de interesses, a combinação dos negócios utiliza o valor de livros para os itens patrimoniais sem a geração de ágio (goodwill).

É comum o questionamento se determinadas reestruturações societárias constituem ou não uma combinação de negócios, notadamente quando a investidora incorpora a investida ou vice-versa. Nesses casos, via de regra, o entendimento é de que não há geração de riqueza por se tratar de transação entre partes relacionadas, sujeita à aplicação dos conceitos definidos na ICPC 09, item 44. O ICPC 09 está sendo atualmente revisado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

2.3 Investimento em coligadas e em joint venturesColigada é uma entidade sobre a qual o Grupo exerce influência significativa. Influência significativa é o poder de participar nas decisões sobre políticas operacionais da investida, não sendo, no entanto, controle ou controle conjunto sobre essas políticas.

Joint venture é um tipo de acordo conjunto por meio do qual as partes que tenham controle conjunto sobre

CPC 01.86

CPC 19.16

CPC 15.42

CPC 15.58

CPC 15.18

CPC 15.19

CPC 15.15

CPC 15.16

CPC 15.54

CPC 15.B63(a)

33Grupo Modelo | EY

o acordo têm direitos aos ativos líquidos da joint venture. Controle conjunto é o compartilhamento contratualmente acordado de um controle, existente apenas quando decisões sobre as atividades pertinentes exigirem consentimento unânime das partes que estiverem compartilhando o controle.

As contraprestações efetuadas na apuração de influência significativa ou controle conjunto são semelhantes às necessárias para determinar controle em relação às subsidiárias.

Os investimentos do Grupo em sua coligada e na joint venture são contabilizados com base no método da equivalência patrimonial.

Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento em uma coligada ou joint venture é reconhecido inicialmente ao custo. O valor contábil do investimento é ajustado para fins de reconhecimento das variações na participação do Grupo no patrimônio líquido da coligada ou da joint venture a partir da data de aquisição. O ágio relativo à coligada ou joint venture é incluído no valor contábil do investimento, não sendo, no entanto, amortizado nem individualmente testado para fins de redução no valor recuperável dos ativos.

A demonstração do resultado reflete a participação do Grupo nos resultados operacionais da coligada ou joint venture. Eventual variação em outros resultados abrangentes dessas investidas é apresentada como parte de outros resultados abrangentes do Grupo. Adicionalmente, quando houver variação reconhecida diretamente no patrimônio da coligada ou na joint venture, o Grupo reconhecerá sua participação em quaisquer variações, quando aplicável, na demonstração das mutações do patrimônio líquido. Ganhos e perdas não realizados em decorrência de transações entre o Grupo e a coligada ou joint venture são eliminados em proporção à participação na coligada ou joint venture.

A soma da participação do Grupo nos resultados de uma coligada ou joint venture é apresentada na demonstração do resultado, fora do lucro operacional, representando o resultado após os impostos e participações de não controladores nas controladas da coligada ou joint venture.

As demonstrações financeiras da coligada ou joint venture são elaboradas para o mesmo período de divulgação que o do Grupo. Quando necessário, são feitos ajustes para que as políticas contábeis fiquem alinhadas com as do Grupo.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, o Grupo determina se é necessário reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento do Grupo em sua coligada ou joint venture. O Grupo determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de que o investimento na coligada ou joint venture sofreu perda por redução ao valor recuperável. Se assim for, o Grupo calcula o montante da perda por redução ao valor recuperável como a diferença entre o valor recuperável da coligada ou joint venture e o valor contábil e reconhece a perda na rubrica “Participação em lucros de coligada e joint venture”, na demonstração do resultado.

Ao perder influência significativa sobre a coligada ou controle conjunto sobre a joint venture, o Grupo mensura e reconhece qualquer investimento retido ao valor justo. Eventual diferença entre o valor contábil da coligada ou joint venture, no momento da perda de influência significativa, e o valor justo do investimento retido e dos resultados da alienação serão reconhecidos no resultado.

ComentárioO Grupo não possui participação em operações em conjunto. Caso o Grupo tivesse participação em uma operação em conjunto, conforme o CPC 19.20 (R2) (IFRS 11), reconheceria os seguintes elementos em relação à sua participação na operação em conjunto:

• Seus ativos, incluindo sua parcela sobre quaisquer ativos detidos em conjunto;

• Seus passivos, incluindo sua parcela sobre quaisquer passivos assumidos em conjunto;

• Sua receita de venda da sua parcela sobre a produção advinda da operação em conjunto;

• Sua parcela sobre a receita de venda da produção da operação em conjunto;

• Suas despesas, incluindo sua parcela sobre quaisquer despesas incorridas em conjunto.

2.4 Classificação corrente versus não correnteO Grupo apresenta ativos e passivos no balanço patrimonial com base na classificação circulante / não circulante. Um ativo é classificado no circulante quando:

• se espera realizá-lo ou se pretende vendê-lo ou consumi-lo no ciclo operacional normal;

• for mantido principalmente para negociação;

• se espera realizá-lo dentro de 12 meses após o período de divulgação; ou

• caixa ou equivalentes de caixa, a menos que haja restrições quando à sua troca ou seja utilizado para liquidar um passivo por, pelo menos, 12 meses após o período de divulgação.

CPC 18.26-29

CPC 26.82(c)

CPC 18.40-43

CPC 18.10

CPC 18.22(b)

CPC 26.60

CPC 26.61

34 Grupo Modelo | EY

Todos os demais ativos são classificados como não circulantes. Um passivo é classificado no circulante quando:

• se espera liquidá-lo no ciclo operacional normal;

• for mantido principalmente para negociação;

• se espera realizá-lo dentro de 12 meses após o período de divulgação; ou

• não há direito incondicional para diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após o período de divulgação.

O Grupo classifica todos os demais passivos no não circulante.

Os ativos e passivos fiscais diferidos são classificados no ativo e passivo não circulante.

2.5 Mensuração do valor justoO Grupo mensura instrumentos financeiros, como, por exemplo, derivativos e ativos não financeiros, como propriedades para investimento, a valor justo em cada data de fechamento do balanço patrimonial. Outrossim, os valores justos de instrumentos financeiros mensurados a custo amortizado são divulgados na Nota 20.4.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. A mensuração do valor justo é baseada na presunção de que a transação para vender o ativo ou transferir o passivo ocorrerá:

• No mercado principal para o ativo ou passivo; ou

• Na ausência de um mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou o passivo.

O mercado principal ou mais vantajoso deve ser acessível pelo Grupo.

O valor justo de um ativo ou passivo é mensurado com base nas premissas que os participantes do mercado utilizariam ao definir o preço de um ativo ou passivo, presumindo que os participantes do mercado atuam em seu melhor interesse econômico.

A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade de um participante do mercado gerar benefícios econômicos por meio da utilização ideal do ativo ou vendendo-o a outro participante do mercado que também utilizaria o ativo de forma ideal.

O Grupo utiliza técnicas de avaliação adequadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes para mensuração do valor justo, maximizando o uso de informações disponíveis pertinentes e minimizando o uso de informações não disponíveis.

Todos os ativos e passivos para os quais o valor justo seja mensurado ou divulgado nas demonstrações financeiras são categorizados dentro da hierarquia de valor justo descrita abaixo, com base na informação de nível mais baixo que seja significativa à mensuração do valor justo como um todo:

• Nível 1 — Preços de mercado cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos

• Nível 2 — Técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo e significativa para mensuração do valor justo seja direta ou indiretamente observável

• Nível 3 — Técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo e significativa para mensuração do valor justo não esteja disponível

Para ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras de forma recorrente, o Grupo determina se ocorreram transferências entre níveis da hierarquia, reavaliando a categorização (com base na informação de nível mais baixo e significativa para mensuração do valor justo como um todo) ao final de cada período de divulgação.

O comitê de avaliação do Grupo determina as políticas e procedimentos para mensuração do valor justo, como propriedades para investimento e ativos financeiros não cotados e disponíveis para venda, e para mensuração não recorrente, tais como ativos mantidos para distribuição em operação descontinuada. O comitê de avaliação compreende a liderança do segmento de propriedades para investimento, a liderança da equipe interna de fusões e aquisições do Grupo, a liderança do departamento de administração de risco, diretores financeiros e gerentes de cada propriedade.

Os avaliadores externos estão envolvidos na avaliação de ativos significativos, como por exemplo propriedades e ativos financeiros disponíveis para venda, e passivos significativos, tais como contraprestação contingente. O envolvimento de avaliadores externos é decidido anualmente pelo comitê de avaliação, após discussão com o comitê de auditoria e respectiva aprovação dele recebida. Os critérios de seleção incluem conhecimentos de mercado, reputação, independência e verificação se as normas profissionais são cumpridas. Normalmente, há rodízio de avaliadores a cada três anos. O comitê de avaliação decide, após discussão com os avaliadores externos do Grupo, que técnicas de avaliação e informações devem ser utilizadas em cada caso.

Em cada data de divulgação, o comitê de avaliação analisa as movimentações nos valores dos ativos e passivos que devem ser mensurados ou reavaliados de acordo com as políticas contábeis do Grupo. Para fins desta

CPC 26.69

CPC 26.56

CPC 46.9

CPC 46.16

CPC 46.27

CPC 46.22

CPC 46.61

CPC 46 Apêndice A

CPC 46.95

CPC 46.93(g)

35Grupo Modelo | EY

análise, o comitê de avaliação confirma as principais informações utilizadas na última avaliação, confrontando as informações constantes no cálculo da avaliação com os contratos e demais documentos relevantes.

O comitê de avaliação, em conjunto com os avaliadores externos do Grupo, também compara cada movimentação no valor justo de cada ativo e passivo com as respectivas fontes externas com o objetivo de determinar se a movimentação é aceitável.

Em caráter interino, o comitê de avaliação e os avaliadores externos do Grupo apresentam os resultados da avaliação ao comitê de auditoria e aos auditores independentes do Grupo, bem como uma discussão sobre as principais premissas utilizadas nas avaliações.

Para fins de divulgações do valor justo, o Grupo determinou classes de ativos e passivos com base na natureza, características e riscos do ativo ou passivo e o nível da hierarquia do valor justo, conforme acima explicado.

Comentário• O Grupo escolheu não aplicar a exceção de carteira nos termos do CPC 46.48 (IFRS 13). Se, com base em sua

política contábil, uma entidade tomar a decisão de utilizar a exceção, esse fato deve ser divulgado de acordo com o CPC 46.96 (IFRS 13).

2.6 Reconhecimento de receita A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para o Grupo e quando possa ser mensurada de forma confiável. A receita é mensurada com base no valor justo da contraprestação recebida, excluindo descontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas. O Grupo avalia as transações de receita de acordo com os critérios específicos para determinar se está atuando como agente ou principal e, ao final, concluiu que está atuando como principal em todos os seus contratos de receita. Os critérios específicos, a seguir, devem também ser satisfeitos antes de haver reconhecimento de receita:

Venda de produtos A receita de venda de produtos é reconhecida quando os riscos e benefícios significativos da propriedade dos produtos forem transferidos ao comprador, o que geralmente ocorre na sua entrega.

No segmento eletrônico, o Grupo mantém um programa de pontos por fidelidade dos clientes que permite a eles acumular pontos ao comprar produtos nas lojas de varejo do Grupo. Os pontos podem então ser trocados por produtos, operação sujeita à obtenção de um número mínimo de pontos.

A contraprestação recebida é alocada entre produtos eletrônicos vendidos e pontos emitidos, alocando aos pontos contraprestação equivalente ao correspondente valor justo. O valor justo dos pontos é determinado mediante a aplicação de análise estatística. O valor justo dos pontos emitidos é diferido e reconhecido como receita no resgate dos pontos.

Comentário O CPC 30 não prescreve um método de alocação para vendas de múltiplos elementos. A política do Grupo de reconhecimento de receita para vendas que envolvem a emissão relacionada ao programa de fidelidade é baseada no valor justo dos pontos emitidos, em linha com o IFRIC 13 e CPC 30. O Grupo poderia, alternativamente, ter baseado a sua política de reconhecimento de receita nos valores justos relativos dos produtos vendidos e dos pontos emitidos.

O CPC 30 não estabelece nenhum requisito de divulgação específico sobre os programas de fidelidade. O Grupo não incluiu divulgação extensiva sobre o programa de fidelidade, uma vez que os valores não são significativos. Se a receita diferida e a receita relativa ao programa de fidelidade fossem mais significativas, itens adicionais de divulgação poderiam incluir o número de pontos pendentes, o período em que se espera que haja reconhecimento de receita, as principais premissas utilizadas para determinar o período ao longo do qual a receita é reconhecida e o efeito de mudanças nos percentuais de resgate.

Prestação de serviços

A receita da instalação de extintores de incêndio, equipamentos e materiais de prevenção contra incêndio é reconhecida com base no percentual de conclusão das obras. O andamento das obras é medido com base nas horas de trabalho incorridas até uma data-corte, como porcentual do total de horas de trabalho estimadas para cada contrato. Quando o resultado do contrato não puder ser medido de forma confiável, a receita é reconhecida apenas na extensão em que as despesas incorridas puderem ser recuperadas.

Receita de jurosPara todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos financeiros que rendem juros, classificados como disponíveis para venda, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa

CPC 46.94

CPC 30.35(a)

CPC 30.14

CPC 30.20

CPC 30.09

CPC 30.14

CPC 30.14(a)

CPC 30.14(b)

CPC 30.20

CPC 30.26

CPC 30.20(c)

CPC 30.30

CPC 30.30(a)

36 Grupo Modelo | EY

de juros efetiva, que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados de caixa ao longo da vida estimada do instrumento financeiro ou em um período de tempo mais curto, quando aplicável, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. A receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado.

Receita de aluguel Receita de aluguel resultante de arrendamentos mercantis operacionais de propriedades para investimentos é contabilizada de forma linear ao longo do prazo dos compromissos de arrendamento mercantil.

Comentário Os aspectos contábeis acerca dos contratos de construção do setor imobiliário são tratados pela interpretação IFRIC 15 – Contratos de Construção do Setor Imobiliário (Agreements for the Construction of Real Estate), que aborda a contabilização das receitas e dos correspondentes custos das companhias que realizam a incorporação e/ou construção de imóveis.

De acordo com essa norma, na contabilização das receitas e das respectivas despesas de incorporação ou venda, existe sempre a necessidade de se avaliar o tipo de contrato de construção e, consequentemente, a norma internacional a ser aplicada. Em outras palavras, as companhias deverão aplicar o CPC 30 – Receitas (IAS 18) ou o CPC 17 – Contratos de Construção (IAS 11), dependendo do referido enquadramento.

Nos casos em que o comprador for capaz de especificar os principais elementos estruturais do projeto do imóvel antes de se começar a construção e/ou especificar mudanças estruturais significativas após o início da construção, os resultados da empresa devem ser contabilizados de acordo com o CPC 17 (IAS 11). Isso porque, nesse caso, trata-se de um contrato especificamente negociado para a construção de um ativo. Logo, as receitas e as despesas desse contrato de longo prazo passam a ser reconhecidas ao longo do tempo de maneira proporcional, de acordo com o método da porcentagem completada (percentage of completion method).

Por outro lado, quando os compradores têm apenas uma possibilidade limitada de influenciar no projeto do imóvel, o contrato de construção passa a ser visto como um contrato convencional de venda de bens. Nesse contexto, de acordo com a IAS 18, as respectivas receitas e despesas somente devem ser reconhecidas no momento da transferência dos riscos e benefícios ao comprador, que frequentemente só acontece no momento da entrega das chaves do imóvel.

Nota-se assim a razão da grande polêmica que a aplicação do IFRIC 15 tem causado no ambiente contábil brasileiro. Isso porque, como ele está baseado na essência econômica e não na forma jurídica, questionamentos têm sido levantados sobre o momento em que as incorporadoras brasileiras devem reconhecer seus resultados: ao longo da construção do empreendimento, conforme a IAS 11, ou apenas na entrega das chaves, conforme a IAS 18. Nesse sentido, é importante ressaltar que não existe consenso entre os envolvidos no processo de elaboração das demonstrações financeiras e, portanto, devemos aguardar novos esclarecimentos por parte do IASB e do IFRIC, e pelo novo pronunciamento do IFRS sobre reconhecimento de receitas.

2.7 Subvenções governamentaisSubvenções governamentais são reconhecidas quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido e que todas as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando o benefício se refere a um item de despesa, é reconhecido como receita ao longo do período do benefício, de forma sistemática em relação aos custos cujo benefício objetiva compensar. Quando o benefício se referir a um ativo, é reconhecido como receita diferida e lançado no resultado em valores iguais ao longo da vida útil esperada do correspondente ativo.

Quando o Grupo receber benefícios não monetários, o bem e o benefício são registrados pelo valor nominal e refletidos na demonstração do resultado ao longo da vida útil esperada do bem, em prestações anuais iguais. O empréstimo ou assistência é reconhecido ou mensurado inicialmente a valor justo. A subvenção governamental é mensurada como a diferença entre o valor contábil inicial do empréstimo e os resultados recebidos. O empréstimo é subsequentemente mensurado de acordo com a política contábil.

ComentárioO CPC 07 (R1) permite duas formas de apresentar benefício governamental relativo a ativos. Pode ser apresentado no balanço patrimonial como receita diferida, que é reconhecida como receita de forma sistemática e racional ao longo da vida útil do ativo. Alternativamente, pode reduzir o valor contábil do ativo. O benefício é então reconhecido como receita ao longo da vida útil de um ativo depreciável por meio de encargo de depreciação reduzido.

O Grupo optou por apresentar as subvenções relacionadas com um item de despesa como receita na demonstração do resultado. Alternativamente, o CPC 07 (R1) permite subvenções relacionadas com receitas a serem deduzidas ao divulgar a despesa relacionada.

CPC 06.50

CPC 07.7

CPC 07.12

CPC 07.26

CPC 07.23

CPC 07.10A

37Grupo Modelo | EY

O CPC 07 (R1) permite subvenção a um ativo não monetário a ser contabilizado em duas formas alternativas. O ativo e a subvenção podem ser contabilizados a valores nominais. O Grupo contabiliza subvenções de ativos não monetários a valores nominais. Alternativamente, o ativo e a subvenção podem ser contabilizados ao valor justo do ativo não monetário.

2.8 Impostos

Imposto de renda e contribuição social – correntes Ativos e passivos tributários correntes do último exercício e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a pagar para as autoridades fiscais. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante são aquelas que estão em vigor ou substancialmente em vigor na data do balanço nos países em que o Grupo opera e gera receita tributável.

Imposto de renda e contribuição social correntes relativos a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido são reconhecidos no patrimônio líquido. A administração periodicamente avalia a posição fiscal das situações nas quais a regulamentação fiscal requer interpretação e estabelece provisões quando apropriado.

Impostos diferidosImposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias, exceto:

• quando o imposto diferido passivo surge do reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transação que não for uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e

• sobre as diferenças temporárias tributárias relacionadas com investimentos em controladas, em que o período da reversão das diferenças temporárias pode ser controlado e é provável que as diferenças temporárias não sejam revertidas no futuro próximo.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados, exceto:

• quando o imposto diferido ativo relacionado com a diferença temporária dedutível é gerado no reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que não é uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e

• sobre as diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas, impostos diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que for provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro próximo e o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias possam ser utilizadas.

O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Impostos diferidos ativos baixados são revisados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se torna provável que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados.

Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados à taxa de imposto que é esperada de ser aplicável no ano em que o ativo será realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço.

Imposto diferido relacionado a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido também é reconhecido no patrimônio líquido, e não na demonstração do resultado. Itens de imposto diferido são reconhecidos de acordo com a transação que originou o imposto diferido, no resultado abrangente ou diretamente no patrimônio líquido.

Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal, e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma autoridade tributária.

Imposto sobre vendas Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas, exceto:

• quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não forem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo

CPC 32.46

CPC 32.61A(a)

CPC 32.61A(a)

CPC 26.117

CPC 32.22(c)

CPC 32.39

CPC 32.34

CPC 32.24

CPC 32.44

CPC 32.47

CPC 32.61A(a)

CPC 32.71

CPC 30.08

CPC 32.56

CPC 32.37

38 Grupo Modelo | EY

de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso; e • quando os valores a receber e a pagar forem apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas. • quando o valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído como componente

dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.

2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadasOs grupos de ativo não circulante classificados como mantidos para venda são mensurados com base no menor valor entre o valor contábil e o valor justo, deduzido dos custos de venda. Os grupos de ativo não circulante são classificados como mantidos para venda se seus valores contábeis forem recuperados por meio de uma transação de venda, em vez de por meio de uso contínuo. Essa condição é considerada cumprida apenas quando a venda for altamente provável e o grupo de ativo ou de alienação estiver disponível para venda imediata na sua condição atual. A administração deve comprometer-se com a venda dentro de um ano a partir da data de classificação.

Na demonstração consolidada do resultado do exercício corrente e exercício anterior, as receitas e despesas de operações descontinuadas são divulgadas em separado das demais receitas e despesas, depois da rubrica de lucros após impostos, mesmo quando o Grupo detiver participação não controladora após a venda. O lucro ou prejuízo resultante (após os impostos) é divulgado separadamente na demonstração do resultado.

Uma vez classificados como mantidos para venda, os ativos não são depreciados ou amortizados.

2.10 Distribuição de lucros in natura O Grupo reconhece um passivo para efetuar distribuições com ou sem desembolso de caixa a acionistas controladores quando a distribuição é autorizada e a distribuição deixa de ser uma opção da empresa. Conforme a legislação societária vigente, uma distribuição é autorizada quando aprovada pelos acionistas. Um correspondente montante é diretamente reconhecido no patrimônio líquido.

Distribuições sem desembolso de caixa são mensuradas ao valor justo dos ativos a serem distribuídos, sendo a mensuração a valor justo reconhecida diretamente no patrimônio líquido.

No momento da distribuição de ativos sem desembolso de caixa, eventual diferença entre o valor contábil do passivo e o valor contábil do ativo distribuído é reconhecida na demonstração do resultado.

2.11 ImobilizadoO Grupo optou por não avaliar o seu ativo imobilizado pelo valor justo como custo atribuído, considerando que: (i) o método de custo, deduzido de provisão para perdas, é o melhor método para avaliar os ativos imobilizados do Grupo; (ii) o ativo imobilizado do Grupo é segregado em classes bem definidas e relacionadas às suas atividades operacionais; (iii) a indústria em que o Grupo opera é significativamente impactada pelo desenvolvimento tecnológico, o que requer da administração revisão frequente dos valores recuperáveis e estimativas de vida útil dos bens do ativo imobilizado, o que vem sendo feito consistentemente pelo Grupo ao longo dos anos; e (iv) o Grupo possui controles eficazes sobre os bens do ativo imobilizado que possibilitam a identificação de perdas e mudanças de estimativa de vida útil dos bens.

Fábricas e equipamentos são apresentados ao custo, líquido de depreciação acumulada e/ou perdas acumuladas por redução ao valor recuperável, se for o caso. O referido custo inclui o custo de reposição de parte do imobilizado e custos de empréstimo de projetos de construção de longo prazo, quando os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Quando partes significativas do ativo imobilizado são substituídas, o Grupo reconhece essas partes como ativo individual com vida útil e depreciação específica. Da mesma forma, quando uma inspeção relevante for feita, o seu custo é reconhecido no valor contábil do imobilizado, se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Todos os demais custos de reparos e manutenção são reconhecidos na demonstração do resultado, quando incorridos. O valor presente do custo esperado da desativação do ativo após a sua utilização é incluído no custo do correspondente ativo se os critérios de reconhecimento para uma provisão forem satisfeitos. O valor residual e a vida útil estimada dos bens são revisados e ajustados, se necessário, na data de encerramento do exercício. Vide Nota 23 para mais informações sobre a mensuração da provisão para desativação de ativos.

Depreciação é calculada de forma linear ao longo da vida útil do ativo, a taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos bens, como segue:

• Edifícios 20 anos • Fábrica e equipamentos 5 a 15 anos

Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico futuro for esperado

CPC 31.08

CPC 31.33

CPC 31.25

ICPC 07.11

ICPC 07.13

ICPC 07.14

ICPC 07.15

CPC 27.73(a)

CPC 27.30

CPC 27.15

CPC 27.36

CPC 27.67

39Grupo Modelo | EY

do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) é incluído na demonstração do resultado no exercício em que o ativo for baixado.

O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos no encerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.

ComentárioNo que se refere aos métodos de depreciação, observa-se que uma boa parcela das companhias continua a adotar o método linear para seus ativos imobilizados, sendo poucas as companhias que utilizam outros métodos, como unidades produzidas para algumas classes especiais de ativos. Também não se verifica a divulgação das vidas úteis e das taxas de depreciação utilizadas como prática generalizada entre as companhias abertas brasileiras. Apesar do CPC 27 permitir o método de reavaliação para mensuração subsequente de ativo imobilizado, essa opção é vetada pela Lei nº 11.638/07 no Brasil.

2.12 Ativos intangíveis Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados ao custo no momento do seu reconhecimento inicial. O custo de ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios corresponde ao valor justo na data da aquisição. Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis são apresentados ao custo, menos amortização acumulada e perdas acumuladas de valor recuperável. Ativos intangíveis gerados internamente, excluindo custos de desenvolvimento capitalizados, não são capitalizados, e o gasto é refletido na demonstração do resultado no exercício em que for incorrido.

A vida útil de ativo intangível é avaliada como definida ou indefinida.

Ativos intangíveis com vida definida são amortizados ao longo da vida útil econômica e avaliados em relação à perda por redução ao valor recuperável sempre que houver indicação de perda de valor econômico do ativo. O período e o método de amortização para um ativo intangível com vida definida são revisados no mínimo ao final de cada exercício social. Mudanças na vida útil estimada ou no consumo esperado dos benefícios econômicos futuros desses ativos são contabilizadas por meio de mudanças no período ou método de amortização, conforme o caso, sendo tratadas como mudanças de estimativas contábeis. A amortização de ativos intangíveis com vida definida é reconhecida na demonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a utilização do ativo intangível.

Ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados, mas são testados anualmente em relação a perdas por redução ao valor recuperável, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa. A avaliação de vida útil indefinida é revisada anualmente para determinar se essa avaliação continua a ser justificável. Caso contrário, a mudança na vida útil de indefinida para definida é feita de forma prospectiva.

Ganhos e perdas resultantes da baixa de um ativo intangível são mensurados como a diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa do ativo.

Custos de pesquisa e desenvolvimento

Os gastos com pesquisas são registrados como despesas quando incorridos, e os gastos com desenvolvimento vinculados a inovações tecnológicas dos produtos existentes são capitalizados, se tiverem viabilidade tecnológica e econômica, e amortizados pelo período esperado de benefícios dentro do grupo de despesas operacionais.

Os custos de desenvolvimento de um projeto específico são reconhecidos como ativo intangível sempre que se puder demonstrar: (i) a viabilidade técnica de concluir o ativo intangível da forma que estará disponível para uso ou venda; (ii) a intenção de concluir o ativo e a habilidade de usar ou vender o ativo; (iii) como o ativo gerará benefícios econômicos futuros; (iv) a disponibilidade de recursos para concluir o ativo; e (v) a capacidade de avaliar de forma confiável os gastos incorridos durante a fase de desenvolvimento.

Após o reconhecimento inicial, o ativo é apresentado ao custo menos amortização acumulada e perdas de seu valor recuperável. A amortização é iniciada quando o desenvolvimento é concluído e o ativo encontra-se disponível para uso, pelo período dos benefícios econômicos futuros. Durante o período de desenvolvimento, o valor recuperável do ativo é testado anualmente.

Patentes e licenças

As patentes foram concedidas para um período de dez anos pela agência governamental competente com a opção de renovação no final do referido período. Licenças para o uso de propriedade intelectual são concedidas

CPC 27.51

CPC 27.68

CPC 27.71

CPC 04.24

CPC 04.83

CPC 04.74

CPC 04.58

CPC 04.118

CPC 04.88

CPC 04.09

CPC 04.97

CPC 04.104

CPC 04.107

CPC 04.108

CPC 04.109

CPC 04.113

CPC 04.54

CPC 04.58

CPC 04.122(a)

40 Grupo Modelo | EY

por períodos de cinco e dez anos, dependendo da licença específica. As licenças preveem a opção de renovação quando o Grupo cumprir as condições da licença, por um custo baixo ou mesmo sem ônus para o Grupo (para maiores detalhes, vide Nota 15). Assim, essas licenças são consideradas como de vida útil indefinida.

A tabela a seguir apresenta um resumo das políticas aplicadas aos ativos intangíveis do Grupo:

ComentárioAssim como com outras normas internacionais, a adoção inicial do CPC 04 (R1) (IAS 38) fez com que algumas companhias alterassem determinadas premissas contábeis acerca dos seus ativos intangíveis. Duas das principais alterações que puderam ser observadas foram a revisão da vida útil de alguns ativos intangíveis e a baixa de valores capitalizados, principalmente aqueles referentes a gastos com pesquisa. Isso é necessário, pois, de acordo com o CPC 04 (IAS 38), apenas gastos com desenvolvimento podem, em determinados casos, ser ativados. Em contrapartida, os gastos com pesquisa deverão sempre ser reconhecidos como despesa.

2.13 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente

(i) Ativos financeiros Reconhecimento inicial e mensuraçãoAtivos financeiros são classificados, no reconhecimento inicial, como ativos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda, ou derivativos classificados como instrumentos de hedge eficazes, conforme a situação. Todos os ativos financeiros são reconhecidos a valor justo, acrescido, no caso de ativos financeiros não contabilizados a valor justo por meio do resultado, dos custos de transação que são atribuíveis à aquisição do ativo financeiro.

Vendas e compras de ativos financeiros que requerem a entrega de bens dentro de um cronograma estabelecido por regulamento ou convenção no mercado (compras regulares) são reconhecidas na data da operação, ou seja, a data em que o Grupo se compromete a comprar ou vender o bem.

Os ativos financeiros do Grupo incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e outras contas a receber, empréstimos e outros recebíveis, instrumentos financeiros cotados e não cotados e instrumentos financeiros derivativos.

Mensuração subsequentePara fins de mensuração subsequente, os ativos financeiros são classificados em quatro categorias:

• Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado

• Empréstimos e contas a receber

• Investimentos mantidos até o vencimento

• Investimentos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros a valor justo por meio do resultadoAtivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem ativos financeiros mantidos para negociação e ativos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado. Ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Essa categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Grupo que não satisfazem os critérios para a contabilidade de hedge, definidos pelo CPC 38. Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não estão intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, são também classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam classificados como instrumentos de hedge

Licenças Patentes Desenvolvimento de produtos

Vida útil Indefinida Definida Definida

Método de amortização utilizado

Não amortizada Amortização linear ao longo do prazo da patente

Amortizados ao longo do período de vendas futuras esperadas do correspondente projeto de forma linear

Gerados internamente ou adquiridos

Adquiridos Adquiridos Gerados internamente

CPC 04.118 (a) (b)

CPC 40.21

CPC 38.9

CPC 38.43

CPC 38.9

CPC 38.38

CPC 38.9

CPC 38.46

41Grupo Modelo | EY

eficazes. Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos na demonstração do resultado.

O Grupo não designou nenhum ativo financeiro a valor justo por meio do resultado no reconhecimento inicial.

Derivativos embutidos em contratos principais são contabilizados como derivativos separados quando os seus riscos e características econômicas não são intimamente relacionados com aqueles dos contratos principais e os contratos principais não forem contabilizados a valor justo por meio do resultado. Esses derivativos embutidos são mensurados a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas resultantes de variações no valor justo reconhecidos na demonstração do resultado. Uma nova revisão somente ocorre quando houver uma mudança nos termos do contrato que significativamente altere os fluxos de caixa que, de outra forma, seriam requeridos ou uma reclassificação do ativo financeiro ao valor justo por meio do resultado.

Empréstimos e recebíveisEssa categoria é a mais relevante do Grupo. Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos e determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos (taxa de juros efetiva), menos perda por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou “prêmio” na aquisição e taxas ou custos incorridos. A amortização do método de juros de efetivos é incluída na linha de receita financeira na demonstração de resultado. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas como despesa financeira no resultado.

Investimentos mantidos até o vencimentoAtivos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e vencimentos fixos são classificados como mantidos até o vencimento quando o Grupo tiver manifestado intenção e capacidade financeira para mantê-los até o vencimento. Após a avaliação inicial, os investimentos mantidos até o vencimento são avaliados ao custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, menos perdas por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou prêmio sobre a aquisição e taxas ou custos incorridos. A amortização dos juros efetivos é incluída na rubrica receitas financeiras, na demonstração do resultado. As perdas originadas da redução ao valor recuperável são reconhecidas como despesa financeira no resultado. O Grupo não registrou investimentos mantidos até o vencimento durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012.

Ativos financeiros disponíveis para vendaOs ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que não são classificados como (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado. Esses ativos financeiros incluem instrumentos patrimoniais e de títulos de dívida. Títulos de dívida nessa categoria são aqueles que se pretendem manter por um período indefinido e que podem ser vendidos para atender às necessidades de liquidez ou em resposta às mudanças nas condições de mercado.

Após mensuração inicial, ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados a valor justo, com ganhos e perdas não realizados, reconhecidos diretamente na reserva de disponíveis para venda dentro dos outros resultados abrangentes até a baixa do investimento, com exceção das perdas por redução ao valor recuperável, dos juros calculados utilizando o método de juros efetivos e dos ganhos ou perdas com variação cambial sobre ativos monetários que são reconhecidos no resultado do período.

Quando o investimento é desreconhecido ou quando for determinada perda por redução ao valor recuperável, os ganhos ou perdas cumulativos anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes devem ser reconhecidos no resultado.

Dividendos sobre investimentos patrimoniais disponíveis para venda são reconhecidos no resultado quando o direito de reconhecimento do Grupo for estabelecido.

O valor justo de ativos monetários disponíveis para venda denominados em moeda estrangeira é mensurado nessa moeda estrangeira e convertido utilizando-se a taxa de câmbio à vista vigente na data de reporte das demonstrações financeiras. As variações do valor justo atribuíveis a diferenças de conversão que resultam de uma mudança do custo amortizado do ativo são reconhecidas no resultado, e as demais variações são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido.

CPC 38.9

CPC 38.56

CPC 38.46(b)

CPC 38.9

CPC 38.46

CPC 38.55(b)

CPC 38.67

CPC 38.46

CPC 38.55(b)

CPC 38.67

CPC 38.50E

CPC 38.50F

CPC 38.50F

CPC 38.54

CPC 38.AG14

CPC 38.55(a)

CPC 38.10

CPC 38.11

CPC 38.9

CPC 38.46(a)

CPC 38.56

42 Grupo Modelo | EY

Desreconhecimento (baixa)Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo financeiro ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é baixado principalmente (ou seja, excluído do resultado do exercício) quando:

• Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expirarem;• O Grupo transferiu os seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou assumiu uma obrigação de pagar

integralmente os fluxos de caixa recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de um acordo de “repasse”; e (a) o Grupo transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, ou (b) o Grupo não transferiu nem reteve substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, mas transferiu o controle sobre o ativo.

Quando o Grupo tiver transferido seus direitos de receber fluxos de caixa de um ativo ou tiver executado um acordo de repasse e não tiver transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, um ativo é reconhecido na extensão do envolvimento contínuo do Grupo com o ativo.

(ii) Redução do valor recuperável de ativos financeirosO Grupo avalia nas datas do balanço se há alguma evidência objetiva que determine se o ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, não é recuperável. Uma perda só existe se, e somente se, houver evidência objetiva de ausência de recuperabilidade como resultado de um ou mais eventos que tenham acontecido depois do reconhecimento inicial do ativo (“um evento de perda” ocorrido) e tenha impacto no fluxo de caixa futuro estimado do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser razoavelmente estimado. Evidência de perda por redução ao valor recuperável pode incluir indicadores de que as partes tomadoras do empréstimo estão passando por um momento de dificuldade financeira relevante. A probabilidade de que as mesmas irão entrar em falência ou outro tipo de reorganização financeira, default ou atraso de pagamento de juros ou principal pode ser indicada por uma queda mensurável do fluxo de caixa futuro estimado, como mudanças em vencimento ou condição econômica relacionados com defaults.

Ativos financeiros ao custo amortizadoEm relação aos ativos financeiros apresentados ao custo amortizado, o Grupo inicialmente avalia individualmente se existe evidência clara de perda por redução ao valor recuperável de cada ativo financeiro que seja individualmente significativa, ou em conjunto para ativos financeiros que sejam individualmente significativos. Se o Grupo concluir que não existe evidência de perda por redução ao valor recuperável para um ativo financeiro individualmente avaliado, quer significativo ou não, o ativo é incluído em um grupo de ativos financeiros com características de risco de crédito semelhantes e é avaliado em conjunto em relação à perda por redução ao valor recuperável. Ativos que são avaliados individualmente para fins de perda por redução ao valor recuperável e para os quais uma perda por redução ao valor recuperável seja, ou continue a ser, reconhecida não são incluídos em uma avaliação conjunta de perda por redução ao valor recuperável.

O valor de qualquer perda por redução ao valor recuperável é mensurado como a diferença entre o valor do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de crédito futuras esperadas ainda não ocorridas). O valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados é descontado pela taxa de juros efetiva original para o ativo financeiro.

O valor contábil do ativo é reduzido por meio de uma provisão, e o valor da perda é reconhecido na demonstração do resultado. Os empréstimos, juntamente com a correspondente provisão, são baixados quando não há perspectiva realista de sua recuperação futura e todas as garantias tenham sido realizadas ou transferidas para o Grupo. Se, em um exercício subsequente, o valor da perda estimada de valor recuperável aumentar ou diminuir devido a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável, a perda anteriormente reconhecida é aumentada ou reduzida ajustando-se a provisão. Em caso de eventual recuperação futura de um valor baixado, essa recuperação é reconhecida na demonstração do resultado.

Instrumentos financeiros disponíveis para vendaPara instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, o Grupo avalia se há alguma evidência de que o investimento é recuperável a cada data do balanço.

Para investimentos em instrumentos patrimoniais classificados como disponíveis para venda, evidência objetiva inclui uma perda significante e prolongada no valor justo dos investimentos, abaixo de seu custo contábil.Quando há evidência de perda por redução ao valor recuperável, a perda acumulada – mensurada pela diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos a perda por redução ao valor recuperável que tenha sido previamente reconhecida no resultado – é reclassificada do patrimônio líquido para o resultado. Aumentos no valor justo após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável são reconhecidos no resultado abrangente.

No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a perda por redução ao valor recuperável é avaliada com base nos mesmos critérios utilizados para ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado. Contudo, o valor registrado por perda por redução ao valor recuperável é a perda cumulativa

CPC 38.20(a)

CPC 38.20(c)

CPC 38.18(b)

CPC 38.58

CPC 38.59

CPC 40.B5(f)

CPC 38.63

CPC 38.64

CPC 38.AG84

CPC 40.16

CPC 40.B5(d)(i)

CPC 40.B5(d)(ii)

CPC 38.65

CPC 38.AG93

CPC 38.65

CPC 38.61

CPC 38.67

CPC 38.69

CPC 40.16

CPC 38.AG93

CPC 38.17(a)

CPC 38.18(a)

CPC 38.18(b)

43Grupo Modelo | EY

mensurada pela diferença entre o custo amortizado e o valor justo corrente, menos qualquer perda por redução ao valor recuperável no investimento previamente reconhecida na demonstração do resultado.

Juros continuam a ser computados pela taxa de juros efetiva utilizada para descontar o fluxo de caixa futuro para a perda por redução ao valor recuperável sobre o valor contábil reduzido do ativo. A receita de juros é registrada como receita financeira. Quando, em um exercício subsequente, o valor justo de um instrumento de dívida aumentar e esse aumento puder objetivamente ser relacionado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável da demonstração do resultado, a perda por redução ao valor recuperável é mantida na demonstração do resultado.

(iii) Passivos financeirosReconhecimento inicial e mensuraçãoPassivos financeiros são classificados, como reconhecimento inicial, como passivos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos, contas a pagar, ou como derivativos classificados como instrumento de hedge, conforme o caso.

Passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e financiamentos e contas a pagar, são acrescidos do custo da transação diretamente relacionado.

Os passivos financeiros do Grupo incluem contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar, empréstimos e financiamentos, contratos de garantia financeira e instrumentos financeiros derivativos.

Mensuração subsequenteA mensuração subsequente dos passivos financeiros depende da sua classificação, que pode ser da seguinte forma:

Passivos financeiros a valor justo por meio do resultadoPassivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem passivos financeiros para negociação e passivos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado.

Passivos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando forem adquiridos com o objetivo de recompra no curto prazo. Essa categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Grupo que não satisfazem os critérios de contabilização de hedge definidos pelo CPC 38 – Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não são intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, e também são classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam designados como instrumentos de hedge efetivos.

Ganhos e perdas de passivos para negociação são reconhecidos na demonstração do resultado.

O Grupo não apresentou nenhum passivo financeiro a valor justo por meio do resultado.

Empréstimos e financiamentosApós reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

Contratos de garantia financeiraOs contratos de garantia financeira emitidos pelo Grupo são contratos que requerem pagamento para fins de reembolso do detentor por perdas por ele incorridas quando o devedor especificado deixar de fazer o pagamento devido segundo os termos do correspondente instrumento de dívida. Contratos de garantia financeira são inicialmente reconhecidos como um passivo a valor justo, ajustado por custos de transação diretamente relacionados com a emissão da garantia. Subsequentemente, o passivo é mensurado com base na melhor estimativa da despesa requerida para liquidar a obrigação presente na data do balanço ou no valor reconhecido menos amortização, dos dois o maior.

Desreconhecimento (baixa)Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou expirar.

Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado.

(iv) Instrumentos financeiros – apresentação líquidaAtivos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

CPC 38.70

CPC 40.21

CPC 38.43

CPC 38.9

CPC 38.47(a)

CPC 38.55(a)

CPC 38.47

CPC 38.56

CPC 38.47(c)

CPC 38.9

CPC 38.14

CPC 25.36

CPC 38.39

CPC 38.41

CPC 38.40

CPC 39.42

44 Grupo Modelo | EY

2.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivativos, como contratos a termo de moeda, contratos a termo de commodities e swaps de taxa de juros para fornecer proteção contra o risco de variação das taxas de câmbio, o risco de variação dos preços de commodities e o risco de variação das taxas de juros, respectivamente.

Os instrumentos financeiros derivativos designados em operações de hedge são inicialmente reconhecidos ao valor justo na data em que o contrato de derivativo é contratado, sendo reavaliados subsequentemente também ao valor justo. Derivativos são apresentados como ativos financeiros quando o valor justo do instrumento for positivo, e como passivos financeiros quando o valor for negativo.

Quaisquer ganhos ou perdas resultantes de mudanças no valor justo de derivativos durante o exercício são lançados diretamente na demonstração de resultado, com exceção da parcela eficaz dos hedges de fluxo de caixa, que é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes e posteriormente reclassificada para o resultado quando o item de hedge afetar o resultado.

Para fins de contabilidade de hedge (hedge accounting), existem as seguintes classificações:

• hedge de valor justo, ao fornecer proteção contra a exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado; ou

• hedge de fluxo de caixa, ao fornecer proteção contra a variação nos fluxos de caixa que seja atribuível a um risco particular associado a um ativo ou passivo reconhecido ou a uma transação prevista altamente provável e que possa afetar o resultado; ou

• hedge de investimento líquido numa unidade operacional estrangeira.

No reconhecimento inicial de uma relação de hedge, o Grupo classifica formalmente e documenta a relação de hedge à qual o Grupo deseja aplicar contabilidade de hedge, bem como o objetivo e a estratégia de gestão de risco da administração para levar a efeito o hedge. A documentação inclui a identificação do instrumento de hedge, o item ou transação objeto de hedge, a natureza do risco objeto de hedge, a natureza dos riscos excluídos da relação de hedge, a demonstração prospectiva da eficácia da relação de hedge e a forma como a companhia irá avaliar a eficácia do instrumento de hedge para fins de compensar a exposição a mudanças no valor justo do item objeto de hedge ou fluxos de caixa relacionados ao risco objeto de hedge. Quanto ao hedge de fluxos de caixa, a demonstração do caráter altamente provável da transação prevista objeto do hedge, assim como os períodos previstos de transferência dos ganhos ou perdas decorrentes dos instrumentos de hedge do patrimônio líquido para o resultado, são também incluídos na documentação da relação de hedge. Espera-se que esses hedges sejam altamente eficazes para compensar mudanças no valor justo ou fluxos de caixa, sendo permanentemente avaliados para verificar se foram, de forma efetiva, altamente eficazes ao longo de todos os períodos-base para os quais foram destinados.

Hedges que satisfazem os critérios para sua contabilidade são registrados da seguinte forma:

Hedges a valor justoA mudança no valor justo de um derivativo de hedging é reconhecida na demonstração do resultado como custos financeiros. A mudança no valor justo do item objeto de hedge relacionada ao risco objeto de hedge é registrada como ajuste do valor contábil do item objeto de hedge, sendo também reconhecida na demonstração do resultado como custos financeiros.

Para hedges a valor justo relacionados com itens contabilizados a custo amortizado, eventuais ajustes a valor contábil são amortizados por meio do resultado ao longo do prazo restante do hedge utilizando o método da taxa de juros efetiva. A amortização da taxa de juros efetiva pode ter início tão logo se faça um ajuste e durará, no máximo, até a data em que o item objeto de hedge deixa de ser ajustado para refletir mudanças no valor justo atribuível ao risco que está sendo objeto de hedge.

Se o item objeto de hedge for baixado, o valor justo não amortizado deverá ser reconhecido imediatamente no resultado.

Quando um compromisso firme não reconhecido for designado como item objeto de hedge, a variação acumulada subsequente no valor justo do compromisso firme atribuível ao risco objeto de hedge será reconhecida como ativo ou passivo, com reconhecimento do correspondente ganho ou perda no resultado.

O Grupo conta com swap de taxa de juros utilizada para proteger a exposição a variações no valor justo do empréstimo garantido à taxa fixa de 8,25%. Vide Nota 16.2 para mais detalhes.

Hedge de fluxo de caixaA parte eficaz do ganho ou perda do investimento de hedge é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto a parte ineficaz do hedge é reconhecida no resultado financeiro.

Quando a estratégia documentada da gestão de risco do Grupo para uma relação de hedge em particular

CPC 38.43

CPC 40.21

CPC 38.86(a)

CPC 38.86(b)

CPC 38.86(c)

CPC 38.55(a)

CPC 38.88

CPC 38.89

CPC 38.92

CPC 38.93

CPC 38.95

45Grupo Modelo | EY

excluir da avaliação da eficácia de hedge um componente específico do ganho ou perda, ou os respectivos fluxos de caixa do instrumento de hedge, esse componente do ganho ou perda excluído é reconhecido no resultado financeiro.

Os valores contabilizados em outros resultados abrangentes são transferidos imediatamente para a demonstração do resultado quando a transação objeto de hedge afetar o resultado; por exemplo, quando a receita ou despesa financeira objeto de hedge for reconhecida ou quando uma venda prevista ocorrer. Quando o item objeto de hedge for o custo de um ativo ou passivo não financeiro, os valores contabilizados no patrimônio líquido são transferidos ao valor contábil inicial do ativo ou passivo não financeiro.

Se o instrumento de hedge expirar ou for vendido, encerrado ou exercido sem substituição ou rolagem (como parte da estratégia de hedging), ou se a sua classificação como hedge for revogada, ou quando a cobertura deixar de cumprir os critérios de contabilização de hedge, os ganhos ou perdas anteriormente reconhecidos no resultado abrangente permanecem separadamente no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra ou o compromisso firme seja cumprido.

O Grupo utiliza contratos de câmbio a termo para oferecer proteção contra a sua exposição ao risco cambial relacionada a transações previstas futuras altamente prováveis e a compromissos firmes, bem como contratos a termo de commodities contra a sua exposição à volatilidade nos preços de commodities.

Hedges de investimento líquido

Hedges de investimento líquidos em operações no exterior, inclusive hedge de item monetário que são contabilizados como parte do investimento líquido, são contabilizados de forma similar ao hedge de fluxo de caixa. Ganhos ou perdas no instrumento de hedge relacionado à parte eficaz do hedge são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto quaisquer ganhos ou perdas relacionados à parte ineficaz são reconhecidos no resultado. Na alienação da operação no exterior, o valor cumulativo dos ganhos ou perdas reconhecido diretamente no patrimônio líquido é transferido para o resultado.

O Grupo utiliza um empréstimo para proteção contra a sua exposição ao risco de câmbio dos seus investimentos em controladas no exterior.

Categoria MensuraçãoEfeito do custo das transações nas demonstrações financeiras

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado Valor justo

ResultadoCustos da transaçãolançados no resultado

Investimentos mantidos até o vencimento Custo amortizado Resultado

Custos da transação capitalizados

Empréstimos concedidos e contas a receber Custo amortizado Resultado

Custos da transação capitalizados

Ativos financeiros disponíveis para venda Valor justo Patrimônio líquido

Custos da transação capitalizados

Ativos financeiros disponíveis para venda Valor justo

ResultadoCustos da transação lançados no resultado

Outros passivos financeiros Custo amortizado ResultadoCustos da transação capitalizados

Uma visão geral dos efeitos sobre as demonstrações dos diversos instrumentos financeiros pode ser resumida no quadro a seguir:

CPC 38.97

CPC 38.100

CPC 38.98

CPC 38.101

CPC 38.102

46 Grupo Modelo | EY

2.15 Estoques

Os estoques são avaliados ao custo ou valor líquido realizável, dos dois o menor.

Os custos incorridos para levar cada produto à sua atual localização e condição são contabilizados da seguinte forma:

Matérias-primas - custo de aquisição segundo o custo médio.

Produtos acabados e em elaboração - custo dos materiais diretos e mão de obra e uma parcela proporcional das despesas gerais indiretas de fabricação com base na capacidade operacional normal, mas excluindo custos de empréstimos.

O custo de estoques inclui a transferência de ganhos e perdas de hedge de fluxo de caixa registrada no patrimônio líquido que se qualificam em relação à compra de matérias-primas.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para a realização da venda.

2.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

A administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e tendo o valor contábil líquido excedido o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

O seguinte critério é também aplicado para avaliar perda por redução ao valor recuperável de ativos específicos:

Ágio pago por expectativa de rentabilidade futuraTeste de perda por redução ao valor recuperável de ágio é feito anualmente (em 31 de dezembro) ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

Ativos intangíveis Ativos intangíveis com vida útil indefinida são testados em relação à perda por redução ao valor recuperável anualmente em 31 de dezembro, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa, conforme o caso ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

Comentário O CPC 01 (R1) 1.89 permite que o teste anual de perda por desvalorização de ágio e ativos intangíveis com vida útil indefinida seja feito em qualquer época do ano, desde que seja sempre na mesma época todos os anos. Ágio e ativos intangíveis de diferentes naturezas podem ser testados em épocas diferentes.

2.17 Caixa e equivalentes de caixa

Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros fins. O Grupo considerada equivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo; por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação.

2.18 Ações preferenciais conversíveisAções preferenciais conversíveis são segregadas em componentes do passivo e do patrimônio líquido com base nos termos contratuais.

CPC 16.36(a)

CPC 16.09

CPC 16.10

CPC 16.12

CPC 16.13

CPC 16.25

CPC 38.98(b)

CPC 16.06

CPC 01.06

CPC 01.09

CPC 01.66

CPC 01.59

CPC 01.30

CPC 01.55

CPC 01.25

CPC 01.33

CPC 01.110

CPC 01.114

CPC 01.117

CPC 01.119

CPC 01.89

CPC 01.124

CPC 01.10(a)

CPC 01.10(b)

CPC 03 (R2).6

CPC 03 (R2).7

CPC 03 (R2).47

CPC 39.21

CPC 39.18

47Grupo Modelo | EY

Na emissão das ações preferenciais conversíveis, o valor justo do componente do passivo é determinado utilizando uma taxa de mercado para um título de dívida não conversível equivalente; sendo esse valor classificado como um passivo financeiro mensurado ao custo amortizado (líquido dos custos da transação) até ser eliminado na conversão ou resgate.

O restante dos valores é alocado à opção de conversão reconhecida e incluído no patrimônio líquido, líquido dos custos da transação. O valor contábil da opção de conversão não é reavaliado em exercícios subsequentes.

Os custos de transação são alocados aos componentes do passivo e do patrimônio líquido das ações preferenciais conversíveis com base na alocação dos valores aos componentes do passivo e patrimônio líquido no reconhecimento inicial dos instrumentos.

2.19 Ação em tesouraria Instrumentos patrimoniais próprios que são readquiridos (ações de tesouraria) são reconhecidos ao custo e deduzidos do patrimônio líquido. Nenhum ganho ou perda é reconhecido na demonstração do resultado na compra, venda, emissão ou cancelamento dos instrumentos patrimoniais próprios do Grupo. Qualquer diferença entre o valor contábil e a contraprestação é reconhecida em outras reservas de capital.

2.20 Provisões

Geral Provisões são reconhecidas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando o Grupo espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, no todo ou em parte, por exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente certo. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso.

Obrigação por desativação de ativos A provisão para custos de desativação de ativos surgiu na construção de uma unidade de produção de materiais à prova de fogo. Os custos de desativação de ativos são provisionados com base no valor presente dos custos esperados para liquidar a obrigação utilizando fluxos de caixa estimados, sendo reconhecidos como parte do custo do correspondente ativo. Os fluxos de caixa são descontados a uma taxa antes de imposto corrente que reflete os riscos específicos inerentes à obrigação por desativação de ativos. O efeito financeiro do desconto é contabilizado em despesa conforme incorrido e reconhecido na demonstração do resultado como um custo financeiro. Os custos futuros estimados de desativação de ativos são revisados anualmente e ajustados, conforme o caso. Mudanças nos custos futuros estimados ou na taxa de desconto aplicada são adicionadas ou deduzidas do custo do ativo.

Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistasA Sociedade é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.

Passivos contingentes reconhecidos em uma combinação de negócios Um passivo contingente reconhecido em uma combinação de negócios é inicialmente mensurado ao valor justo. Subsequentemente, é mensurado entre o maior de:

• o valor que seria reconhecido de acordo com a política contábil de provisões acima (CPC 25); ou• o valor inicialmente reconhecido menos, quando for o caso, amortização acumulada reconhecida de acordo

com a política de reconhecimento de receita (CPC 30).

2.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego

O Grupo patrocina dois planos de previdência do tipo benefício definido, os quais requerem que contribuições sejam feitas a fundos administrados separadamente dos fundos próprios do Grupo. O Grupo concede também

CPC 39.28

CPC 39.35

CPC 39.AG31(a)

CPC 39.38

CPC 39.33

CPC 25.14

CPC 25.53

CPC 25.54

CPC 25.47

CPC 25.59

CPC 25.60

CPC 25.84

CPC 25.85

CPC 25.86

CPC 27.16(c)

CPC 25.45

CPC 25.47

ICPC 12.08

CPC 25.59

ICPC 12.05

CPC 25.14

CPC 15.56

CPC 33.135

48 Grupo Modelo | EY

determinados benefícios de assistência a saúde pós-emprego a funcionários em nível executivo. Esses benefícios são financiados em regime de caixa. O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido separadamente para cada plano, utilizando o método do crédito unitário projetado.

Mensurações, compreendendo ganhos e perdas atuariais, o efeito do limite dos ativos, excluindo juros líquidos (não aplicável ao Grupo) e o retorno sobre ativos do plano (excluindo juros líquidos), são reconhecidas imediatamente no balanço patrimonial, com correspondente débito ou crédito a lucros retidos por meio de outros resultados abrangentes no período em que ocorram. As mensurações não são reclassificadas ao resultado em períodos subsequentes.

Os custos de serviços passados são reconhecidos no resultado nas seguintes datas, a que ocorrer primeiro:

• A data de alteração do plano ou redução significativa da expectativa do tempo de serviço, e

• A data em que o Grupo reconhece os custos relacionados com reestruturação

Os juros líquidos são calculados aplicando-se a taxa de desconto ao ativo ou passivo do benefício definido líquido. O Grupo reconhece as seguintes variações na obrigação de benefício definido líquido em “custo de vendas”, “despesas administrativas” e “despesas com vendas e distribuição” na demonstração consolidada do resultado (por função):

• Custos de serviço, compreendendo custos circulantes com serviços, custos com serviços passados, ganhos e perdas advindos de redução significativa da expectativa do tempo de trabalho e liquidações não usuais

• Despesas ou receitas com juros líquidos

ComentárioAs entidades devem divulgar sua política para benefícios de desligamento, reembolsos de benefícios ao empregado e compartilhamento de riscos de benefícios. Uma vez que não são aplicáveis ao Grupo, não foram feitas as divulgações relacionadas com esses benefícios. As entidades precisam avaliar a natureza dos benefícios do empregado e fazer as divulgações pertinentes.

O CPC 33 (R1) não especifica onde, na demonstração do resultado, os custos com serviços ou os juros líquidos devem ser apresentados. O CPC 26 (R1) permite, mas não exige, desagregação dos custos de benefícios de empregados no resultado. O componente de custos de juros líquidos é diferente da reversão do componente de juros e retorno sobre o componente do ativo na versão anterior do CPC 33. As entidades devem aplicar a exigência contemplada no CPC 23 ao desenvolverem a política de apresentação para custo de juros líquidos.

2.22 Transações envolvendo pagamento em açõesFuncionários (inclusive executivos sênior) do Grupo recebem remuneração em forma de pagamento baseado em ações, em que os funcionários prestam serviços em troca de títulos patrimoniais (“transações liquidadas com títulos patrimoniais”). Funcionários trabalhando no grupo de desenvolvimento dos negócios são recompensados com direitos de valorização de ações, os quais só podem ser liquidados com caixa (“transações liquidadas com caixa”).

Em situações em que títulos patrimoniais forem emitidos e alguns ou todos os bens ou serviços recebidos pela companhia como contraprestação não puderem ser especificamente identificados, os bens ou serviços não identificados recebidos (ou a serem recebidos) são mensurados como a diferença entre o valor justo do pagamento em ações e o valor justo de quaisquer bens ou serviços identificáveis recebidos na data do benefício. Essa diferença é então capitalizada ou contabilizada em despesa, conforme a situação.

Transações liquidadas com títulos patrimoniaisO custo de transações com funcionários liquidadas com instrumentos patrimoniais, e com prêmios outorgados, é mensurado com base no valor justo na data em que foram outorgados. Para determinar o valor justo, o Grupo utiliza um especialista de precificação externo, o qual utiliza um método de desvalorização apropriado.

O custo com transações liquidadas com títulos patrimoniais é reconhecido, em conjunto com um correspondente aumento no patrimônio líquido, ao longo do período em que a performance e/ou condição de serviço são cumpridos, com término na data em que o funcionário adquire o direito completo ao prêmio (data de aquisição). A despesa acumulada reconhecida para as transações liquidadas com instrumentos patrimoniais em cada data-base até a data de aquisição reflete a extensão em que o período de aquisição tenha expirado e a melhor estimativa do Grupo sobre o número de títulos patrimoniais que serão adquiridos. A despesa ou crédito na demonstração do resultado do período é registrado em “despesas de pessoal” e representa a movimentação em despesa acumulada reconhecida no início e fim daquele período.

Nenhuma despesa é reconhecida por prêmios que não completam o seu período de aquisição, exceto prêmios em que a aquisição é condicional a uma condição do mercado (condição conectada ao preço das ações do

CPC 10.44

CPC 10.7

CPC 10.19

CPC 10.20

CPC 10.21

CPC 10.7

CPC 10.19

CPC 10.20

CPC 10.21

CPC 10.27

CPC 33.67

CPC 33.120(c)

CPC 33.127

CPC 33.122

CPC 33.102

CPC 33.103

CPC 33.123

CPC 33.134

49Grupo Modelo | EY

Grupo), a qual é tratada como adquirida, independentemente se as condições do mercado são satisfeitas ou não, desde que todas as outras condições de aquisição forem satisfeitas.

Em uma transação liquidada com títulos patrimoniais em que o plano é modificado, a despesa mínima reconhecida em “despesas de pessoal” corresponde às despesas como se os termos não tivessem sido alterados. Uma despesa adicional é reconhecida para qualquer modificação que aumenta o valor justo total do contrato de pagamentos liquidados com títulos patrimoniais.

O efeito da diluição das opções em aberto é refletido como diluição de ação adicional no cálculo do resultado por ação diluído.

Transações liquidadas com caixaO custo de transações liquidadas com caixa é mensurado inicialmente ao valor justo na data da outorga utilizando o modelo binominal de valorização. Esse valor justo é debitado na demonstração do resultado ao longo do período até a aquisição, com o reconhecimento do passivo correspondente. O passivo é mensurado ao valor justo a cada data do balanço até – e incluindo – a data de liquidação, com a variação no valor justo reconhecido como despesa com benefícios de empregados na demonstração do resultado.

2.23 Conversão de moeda estrangeiraAs demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da controladora. Cada entidade do Grupo determina sua própria moeda funcional, e, naquelas cujas moedas funcionais são diferentes do real, as demonstrações financeiras são traduzidas para o real na data do fechamento.

i. Transações e saldos

As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação.

Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço.

Todas as diferenças são registradas na demonstração do resultado, com a exceção das diferenças geradas por empréstimos em moeda estrangeira, relativas a um hedge efetivo contra investimentos líquidos em uma operação no exterior. Essas diferenças são lançadas diretamente no patrimônio líquido até a alienação do investimento líquido, quando são reconhecidas na demonstração do resultado. Encargos e efeitos tributários atribuídos à variação cambial nesses empréstimos são também reconhecidos no patrimônio líquido.

Itens não monetários mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos utilizando a taxa de câmbio em vigor nas datas das transações iniciais. Itens não monetários mensurados ao valor justo em moeda estrangeira são convertidos utilizando as taxas de câmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado.

Antes de 1º de janeiro de 2009, o Grupo tratou o ágio e quaisquer ajustes ao valor justo efetuados nos valores contábeis de ativos e passivos oriundos da aquisição como ativos e passivos da controladora. Portanto, esses ativos e passivos já estão expressos na moeda adotada para apresentação das demonstrações financeiras ou representam itens não monetários, não havendo, consequentemente, diferenças de conversão.

ii. Empresas do Grupo

Os ativos e passivos das controladas no exterior são convertidos para reais pela taxa de câmbio da data do balanço, e as correspondentes demonstrações do resultado são convertidas pela taxa de câmbio da data das transações. As diferenças cambiais resultantes da referida conversão são contabilizadas separadamente no patrimônio líquido. No momento da venda de uma controlada no exterior, o valor diferido acumulado reconhecido no patrimônio líquido, referente a essa controlada no exterior, é reconhecido na demonstração do resultado.

Eventual ágio na compra de uma controlada no exterior após 1º de janeiro de 2009 e eventuais ajustes a valor justo dos valores contábeis dos ativos e passivos resultantes da aquisição são tratados como ativos e passivos da controlada no exterior e convertidos na data do fechamento.

CPC 10.21

CPC 10.28

CPC 10.B42-B44

CPC 41.45

CPC 10.30

CPC 10.32

CPC 10.33

CPC 02 (R2).9

CPC 02 (R2).21

CPC 02 (R2).23(a)

CPC 02 (R2).28

CPC 02 (R2).32

CPC 02 (R2).50

CPC 02 (R2).52-57

50 Grupo Modelo | EY

2.24 Ajuste a valor presente de ativos e passivosOs ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa da administração, o Grupo concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste.

2.25 Arrendamentos mercantis

A caracterização de um contrato como arrendamento mercantil está baseada em aspectos substantivos relativos ao uso de um ativo ou ativos específicos ou, ainda, ao direito de uso de um determinado ativo, na data do início da sua execução.

Grupo como arrendatário

Arrendamentos mercantis financeiros que transferem ao Grupo basicamente todos os riscos e benefícios relativos à propriedade do item arrendado são capitalizados no início do arrendamento mercantil pelo valor justo do bem arrendado ou, se inferior, pelo valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento mercantil. Sobre o custo são acrescidos, quando aplicável, os custos iniciais diretos incorridos na transação. Os pagamentos de arrendamento mercantil financeiro são alocados a encargos financeiros e redução de passivo de arrendamento mercantis financeiros, de forma a obter taxa de juros constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos na demonstração do resultado.

Os bens arrendados são depreciados ao longo da sua vida útil. Contudo, quando não houver razoável certeza de que o Grupo obterá a propriedade ao final do prazo do arrendamento mercantil, o ativo é depreciado ao longo da sua vida útil estimada ou no prazo do arrendamento mercantil, dos dois o menor.

Os pagamentos de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como despesa na demonstração do resultado de forma linear ao longo do prazo do arrendamento mercantil.

Grupo como arrendador

Arrendamentos mercantis para os quais o Grupo não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios da posse do ativo são classificados como arrendamentos mercantis operacionais. Custos diretos iniciais incorridos na negociação de arrendamentos mercantis operacionais são adicionados ao valor contábil do ativo locado e reconhecidos ao longo do prazo do arrendamento com base semelhante à receita de aluguel. Aluguéis contingentes são reconhecidos como receita ao longo do tempo em que eles são auferidos.

ComentárioConsidera-se que nos leasings financeiros os riscos e benefícios são transferidos (e não a propriedade) do arrendador para o arrendatário, enquanto que nos leasings operacionais, não. Nesse contexto, os leasings classificados como operacionais são aluguéis, enquanto que os financeiros seriam genuinamente compras financiadas, em linha com a Estrutura Conceitual (CPC 00) que define os ativos como “recursos controlados pela empresa, oriundos de eventos passados, do qual se esperam benefícios econômicos futuros”. Em outras palavras, o conceito de controle aplicável nesse tipo de operação está relacionado à extensão em que existe a transferência de riscos e benefícios, e que pode ocorrer conjuntamente com a transferência da propriedade legal, ou não.

Espera-se, entretanto, o fim dessa divisão em duas classes de leasing como parte dos projetos conjuntos IASB/FASB, com base no exposure draft emitido em maio de 2013 sobre o tema. As principais críticas ao modelo atual referem-se às demonstrações das arrendadoras em que os leasings operacionais não são reconhecidos no ativo e no passivo, isso por uma separação inadequada entre os arrendamentos financeiros e operacionais. Alega-se que os limites percentuais e pequenas alterações nos contratos terminam descaracterizando a essência da operação.

ICPC 3.6

CPC 06.08

CPC 06.20

CPC 06.25

CPC 06.27

CPC 06.33

CPC 06.08

CPC 06.52

CPC 20.8

CPC 20.27

CPC 28.20

CPC 28.33

CPC 28.75(a)

CPC 28.35

CPC 28.66

CPC 28.69

CPC 28.61

51Grupo Modelo | EY

Essa nova proposta estende a aplicação do conceito da prevalência da essência das transações sobre a forma jurídica, ou seja, no reconhecimento inicial do leasing, operacional ou financeiro, a empresa arrendatária deve reconhecer, além do ativo arrendado, o respectivo passivo decorrente da obrigação relativa ao valor presente dos pagamentos futuros do contrato. Essa abordagem está baseada no conceito do direito de uso em que arrendadores e arrendatários reconhecem ativos e passivos originados nesses tipos de contrato. Dessa forma, e no formato atual dessa proposta, assim como no financeiro, o arrendamento operacional ganhará registro no balanço patrimonial.

O impacto nos limites de covenants, como os índices de endividamento (relação entre a dívida e o patrimônio) e medições como o Ebitda, será imediato quando da adoção, motivo pelo qual as companhias devem preparar-se para essas modificações.

2.26 Custos de empréstimos Custos de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de um ativo que necessariamente requer um tempo significativo para ser concluído para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo do correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados em despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimo compreendem juros e outros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo.

O Grupo capitaliza custos de empréstimos para todos os ativos elegíveis quando a construção tenha sido iniciada a partir de 1º de janeiro de 2009. O Grupo continua a contabilizar em despesa os custos de empréstimo relativos a projetos de construção iniciados antes de 1º de janeiro de 2009.

ComentárioA política de capitalização a partir de 1º de janeiro de 2009 do Grupo não é aplicável para as companhias abertas brasileiras que já capitalizavam os custos dos empréstimos em observância à Deliberação CVM nº 193/96.

2.27 Propriedades para investimento Propriedades para investimento são inicialmente mensuradas ao custo, incluindo custos da transação. O valor contábil inclui o custo de reposição de parte de uma propriedade para investimento existente à época em queo custo for incorrido se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos; excluindo os custos do serviço diário da propriedade para investimento. Após o reconhecimento inicial, propriedades para investimento são apresentadas ao valor justo, que reflete as condições de mercado na data do balanço. Ganhos ou perdas resultantes de variações do valor justo das propriedades para investimento são incluídos na demonstração do resultado no exercício em que forem gerados.

Propriedades para investimento são baixadas quando vendidas ou quando a propriedade para investimento deixa de ser permanentemente utilizada e não se espera nenhum benefício econômico futuro da sua venda. A diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo é reconhecida na demonstração do resultado no período da baixa.

Transferências são feitas para a conta de propriedade para investimento, ou desta conta, apenas quando houver uma mudança no seu uso. Se a propriedade ocupada por proprietário se tornar uma propriedade para investimento, o Grupo contabiliza a referida propriedade de acordo com a política descrita no item de imobilizado até a data da mudança no seu uso.

Comentário Alternativamente, os CPCs 27 e 28 permitem a contabilização de imobilizado e propriedades para investimento ao custo histórico, menos provisão para depreciação e perda por redução ao valor recuperável. Nessas circunstâncias, divulgações sobre base de custo e taxas de depreciação seriam requeridas. Adicionalmente, o CPC 28 requereria uma nota explicativa com divulgação sobre o valor justo da propriedade para investimento contabilizada ao custo. Portanto, companhias ainda assim precisariam determinar o valor justo.

Pode-se dizer que a principal estimativa crítica relacionada às propriedades para investimento diz respeito à mensuração pelo valor justo porque, como não existe mercado ativo para muitas dessas propriedades, o cômputo desse valor é, na grande parte dos casos, realizado por meio de projeções de fluxo de caixa, o que invariavelmente envolve a adoção de premissas subjetivas. Essa circunstância recomenda um esforço adicional na divulgação dessas premissas para o esclarecimento dos investidores e leitores das demonstrações financeiras.

CPC 36.8

CPC 36.C4

CPC 23.28(f)

CPC 36.C2A

52 Grupo Modelo | EY

2.28 Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2013O Grupo aplicou, pela primeira vez, determinadas normas e alterações que exigem a reapresentação das demonstrações financeiras anteriores. Essas incluem o CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas, o CPC 19 (R1) Negócios em Conjunto, o CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados, o CPC 46 Mensuração do Valor Justo e alterações ao CPC 26 (R1) Apresentação de Demonstrações Contábeis. Adicionalmente, a aplicação do CPC 45 Divulgação de Participações em Outras Entidades resultou em divulgações adicionais nas demonstrações financeiras consolidadas.

Várias outras alterações se aplicam pela primeira vez em 2013. No entanto, não afetam as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo ou as demonstrações financeiras consolidadas condensadas do Grupo.

ComentárioPara fins ilustrativos destas demonstrações financeiras, não estão sendo apresentadas as notas explicativas referente aos saldos de abertura do balanço pratrimonial em 1º de janeiro de 2012, conforme requerido pelo CPC 26 (R1). 39.

A natureza e o impacto de cada uma das novas normas e alterações são descritos a seguir:

CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas e CPC 35 (R2) Demonstrações SeparadasO Grupo adotou o CPC 36 (R3) no atual exercício. A aplicação do CPC36 (R3) afetou a contabilização da participação societária de 48% que o Grupo detinha na Eletrônicos Ltda. A Eletrônicos Ltda. atua no setor de eletrônicos e negocia ações em bolsa de valores na Europa. Para todos os exercícios sociais até 31 de dezembro de 2012, a Eletrônicos Ltda. foi considerada como uma coligada, com base no CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto previamente em vigência, contabilizada com base no método da equivalência patrimonial. Na data da aplicação inicial do CPC 36 (R3) (1º de janeiro de 2013), o Grupo avaliou ser o controlador da Eletrônicos Ltda. com base nos fatores explicados na Nota 3 abaixo.

O Grupo consolidou as demonstrações financeiras da Eletrônicos Ltda. com base na participação societária de 48%, contabilizando o saldo de 52% como participações de não controladores. Os ativos, passivos e patrimônio líquido da Eletrônicos Ltda. foram consolidados retrospectivamente nas demonstrações financeiras do Grupo. As participações de não controladores foram reconhecidas como participação proporcional dos ativos líquidos da controlada. Os saldos iniciais em 1º de janeiro de 2012 e informações comparativas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foram reapresentadas nas demonstrações financeiras consolidadas. O impacto quantitativo sobre as demonstrações financeiras é apresentado abaixo:

Impacto sobre a demonstração do resultado (aumento/(redução) nas receitas): 2012

R$ 000

Receita divulgada (venda de mercadorias) 2.100

Custo das vendas (1.250)

Lucro bruto 850

Despesas administrativas (150)

Lucro operacional 700

Despesas financeiras (350)

Equivalência patrimonial (178)

Lucro antes dos impostos sobre o lucro das operações em continuidade 172

Despesa com impostos sobre os lucros 20

Lucro e resultado abrangente do exercício 192

Atribuível a:

Acionistas controladores

Acionistas não controladores 192

A transição não tem impacto algum sobre outros resultados abrangentes para o período ou lucro por ação básico ou diluído do Grupo.

CPC 23.28

53Grupo Modelo | EY

Impacto sobre o patrimônio (aumento/(redução) no patrimônio líquido): 31 de dezembro de 2012 1º de janeiro de 2012

R$ 000 R$ 000

Ativo Imobilizado 1.280 1.000

Investimentos em empresas coligadas (361) (124)

Ativo não circulante 919 876

Estoques e caixa e bancos (circulante) 698 488

Ativo circulante 1.617 1.364

Passivos financeiros (não circulante) (876) (880)

Contas a pagar (circulante) (350) (350)

Total passivo (1.226) (1.230)

Impacto líquido no patrimônio líquido 391 134

Atribuível a:

Acionistas controladores

Acionistas não controladores 391 134

Impacto da demonstração do fluxo de caixa sobre o patrimônio líquido (aumento/(redução) no fluxo de caixa): 2012

R$ 000

Atividades operacionais 460

Atividades de investimento 10

Atividades de financiamento (350)

Impacto líquido em caixa e equivalentes de caixa 120

O CPC 35 (R2) seria aplicado nas demonstrações financeiras individuais da controladora e de algumas controladas do Grupo.

ComentárioO CPC 23 exige divulgação de efeito de aplicação de uma nova norma ou alteração para o período atual e cada período anterior apresentado na medida do possível. O CPC 36 (R3) é, de certa forma, menos rígido em relação a essa exigência, determinando que uma entidade pode apresentar apenas as informações quantitativas exigidas pelo CPC 23 para o período anual imediatamente precedente ao primeiro período anual para o qual o CPC 36 (R3) é aplicado. Uma entidade também pode apresentar essas informações para o período atual ou para períodos comparativos anteriores, não sendo, no entanto, obrigada a fazê-lo. Em vista dessa isenção, uma entidade não é obrigada a divulgar o impacto da transição ao CPC 36 (R3) para o atual período por um período mais antigo do que o imediatamente precedente. O Grupo optou por apresentar as divulgações quantitativas do efeito da aplicação do CPC 36 (R3) apenas para o período imediatamente precedente, ou seja, o período findo em 31 de dezembro de 2012, e não para o atual período.

Com base no CPC 36 (R3), um investidor pode ter o controle sobre uma investida mesmo quando detiver menos do que a maioria de direitos de voto da investida (às vezes denominado controle de fato). Ao avaliar se existe o controle de fato, devem ser levados em consideração fatores tais como o percentual dos direitos de voto detidos pelo investidor em relação a outros detentores de voto e padrões de votação.

CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto e CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto

A aplicação do CPC 19 (R2) afetou a forma como o Grupo contabiliza participações em uma joint venture, Esguichos Ltda. (vide Nota 5). O Grupo detém participação de 50% na Showers Limited, fabricante de equipamentos de prevenção a incêndio. Antes da transição ao CPC 19 (R2), a Esguichos Ltda. foi classificada como entidade controlada, e a participação do Grupo nos ativos, passivos, receitas, lucros e despesas

54 Grupo Modelo | EY

foi proporcionalmente consolidada nas demonstrações financeiras consolidadas. No momento da adoção do CPC 19 (R2), o Grupo determinou que a sua participação na Esguichos Ltda. deveria ser classificada como joint venture, nos termos do CPC 19 (R2), sendo requerida a contabilização utilizando-se o método de equivalência patrimonial (vide Nota 2.3 (b) acima). A transição foi aplicada retrospectivamente, conforme requerido pelo CPC 19 (R2), com reapresentação das informações comparativas para o período imediatamente anterior (2012). A aplicação do CPC 19 (R2) sobre as demonstrações financeiras do Grupo tem o seguinte efeito:

Impacto sobre a demonstração do resultado (aumento/(redução) no lucro): 2012

R$ 000

Receita divulgada (venda de mercadorias) (29.438)

Custo das vendas 26.710

Lucro bruto (2.728)

Despesas administrativas 1.293

Lucro operacional (1.435)

Despesas financeiras 100

Participação nos lucros das joint ventures 557

Lucro antes dos impostos sobre os lucros (778)

Despesa com impostos sobre os lucros 778

Impacto líquido no resultado do período -

A transição não causou nenhum impacto sobre outros resultados abrangentes no período ou no lucro por ação básico ou diluído do Grupo.

Impacto sobre o patrimônio líquido (aumento/(redução) no patrimônio líquido): 31 de dezembro de 2012 1º de janeiro de 2012

R$ 000 R$ 000

Ativo imobilizado (não circulante) (1.482) (1.445)

Investimento em joint venture 1.835 1.278

Ativo não circulante 353 (167)

Estoques (circulante) (1.404) (1.088)

Total do ativo (1.051) (1.255)

Passivos financeiros (não circulante) 500 505

Contas a pagar (circulante) 551 750

Total do passivo (1.051) 1.255

Impacto líquido no patrimônio líquido - -

Impacto sobre a demonstração do fluxo de caixa (aumento/(redução) no fluxo de caixa): 2012

R$ 000

Atividades operacionais (125)

Atividades de investimento -

125

Atividades de financiamento -

Impacto líquido em caixa e equivalentes de caixa

ComentárioAo ser aplicado pela primeira vez, o CPC 23 exige a divulgação do efeito sobre cada rubrica da demonstração financeira e sobre o lucro líquido por ação. Essas divulgações são exigidas para o período atual e para cada período apresentado, na medida do possível. O CPC 19 (R2) é, de certa forma, menos rígido em relação a essa exigência geral, determinando que uma entidade pode apresentar apenas as informações quantitativas exigidas pelo CPC 23 para o período anual imediatamente precedente ao primeiro período anual para o qual o CPC 19

CPC 46.1

55Grupo Modelo | EY

(R2) é aplicado. Uma entidade também pode apresentar essas informações para o período atual ou para períodos comparativos, não sendo, no entanto, obrigada a fazê-lo. Em vista dessa não obrigação, não é exigido que uma entidade divulgue o impacto da transição ao CPC 19 (R2) para o período atual ou para um período mais antigo do que o imediatamente precedente. O Grupo optou por apresentar as divulgações quantitativas do efeito da aplicação do CPC 19 (R2) apenas para o período imediatamente precedente, ou seja, o período findo em 31 de dezembro de 2012, e não para o período atual.

CPC 45 Divulgação de Participações em Outras EntidadesO CPC 45 apresenta as exigências de divulgação relacionadas com as participações da entidade em controladas, acordos conjuntos, coligadas e entidades estruturadas. As exigências do CPC 45 são mais abrangentes do que as exigências de divulgação previamente existentes para controladas. Por exemplo, quando o controle de uma subsidiária for exercido por menos da maioria de direitos a voto. Embora o Grupo tenha controladas com participações significativas de não controladores, não há entidades estruturadas não consolidadas. As divulgações contempladas no CPC 45 são apresentadas nas Notas 5 e 6.

ComentárioO CPC 45 contempla que as divulgações deste CPC devem ser feitas para períodos iniciados antes do período anual imediatamente anterior ao primeiro período anual para os quais o CPC 45 é aplicado. O Grupo optou por não utilizar essa isenção.

O Grupo não possui entidades estruturadas desconsolidadas. Essas entidades exigem divulgações com base no CPC 45.

CPC 46 Mensuração a Valor JustoO CPC 46 estabelece uma única fonte de orientação nos CPCs para todas as mensurações a valor justo. O CPC 46 não muda a determinação de quando uma entidade é obrigada a utilizar o valor justo, mas fornece orientação sobre como mensurar o valor justo de acordo com os CPCs.

O CPC 46 define valor justo como preço de saída. Como resultado da orientação fornecida no CPC 46, o Grupo reavaliou suas políticas para mensuração dos valores justos, especialmente as informações sobre avaliação, como, por exemplo, risco de não execução para mensuração de passivos a valor justo. O CPC 46 também exige divulgações adicionais.

A aplicação do CPC 46 não afetou significativamente as mensurações a valor justo do Grupo. Divulgações adicionais, quando exigidas, são fornecidas em notas explicativas individuais relacionadas com os ativos e passivos cujos valores justos foram apurados. A hierarquia do valor justo é apresentada na Nota 32.

CPC 33 (R1) Benefícios a EmpregadosO Grupo aplicou o CPC 33 (R1) retrospectivamente no atual período de acordo com as disposições transitórias estabelecidas na norma atualizada. O balanço patrimonial de abertura do período comparativo mais antigo apresentado (1º de janeiro de 2012) e os valores comparativos foram, consequentemente, reapresentados.

O CPC 33 (R1) modifica, entre outras coisas, a contabilização dos planos de benefícios definidos. Algumas das principais mudanças que afetaram o Grupo são as seguintes:

• Todos os custos de serviços passados são reconhecidos na data de alteração/redução significativa da expectativa de tempo de trabalho, a que ocorrer primeiro, ou quando forem reconhecidos os respectivos custos de reestruturação ou de desligamento. Dessa forma, custos com serviços não outorgados deixam de ser diferidos e reconhecidos ao longo do período futuro de outorga. Anteriormente, o Grupo tinha um saldo de custo de serviço não reconhecido da ordem de R$ 590.000 (R$ 412.000 líquidos de impostos) em 1º de janeiro de 2012. Por ocasião da transição para o CPC 33 (R1), esse saldo foi debitado ao patrimônio (lucros acumulados) em 1º de janeiro de 2012, juntamente com o respectivo impacto fiscal. Foi revertida a amortização dos custos de serviços passados, no montante de R$ 107.000 (R$ 75.000 líquidos de impostos) no exercício findo em 31 de dezembro de 2012.

• O custo de juros e o retorno esperado sobre os ativos do plano utilizados na versão anterior do CPC 33 (R1) são substituídos por um valor líquido de juros nos termos do CPC 33 (R1), calculado mediante a aplicação da taxa de desconto ao ativo ou passivo de benefício definido líquido no início de cada período de divulgação anual. Em decorrência dessa mudança, foram debitados R$ 12.000 ao resultado do Grupo no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 com consequente ganho em outros resultados abrangentes. Não houve impacto sobre a totalidade do patrimônio líquido do Grupo.

O CPC 33 (R1) também exige mais divulgações extensivas, apresentadas na Nota 26.

CPC 33.173(a)

CPC 33.173(b)

56 Grupo Modelo | EY

O CPC 33 (R1) foi aplicada retrospectivamente, permitindo-se a seguinte exceção:

• Os valores contábeis de outros ativos não foram ajustados para refletir mudanças nos custos de benefícios a empregados incluídos antes de 1º de janeiro de 2012

• As divulgações sobre sensibilidade para a obrigação de benefícios definidos para o período comparativo (exercício findo em 31 de dezembro de 2012) não foram apresentadas

Impacto sobre o patrimônio líquido (aumento/(redução) no patrimônio líquido): 2013 2012

Demonstração do resultado R$ 000 R$ 000

Custo de vendas (1) 24

Lucro bruto (1) 24

Despesas com vendas e distribuição (1) 38

Despesas administrativas (1) 33

Lucro operacional e lucro antes de impostos derivados de atividades continuadas (3) 95

Despesas com imposto de renda 1 (29)

Lucro do exercício derivado de atividades continuadas (2) 66

Atribuível a

Acionistas da controladora (2) 66

Participações de não controladores - -

Demonstração de outros resultados abrangentes

Remensuração de ganhos sobre planos de benefícios definidos 58 12

Efeito de imposto de renda sobre as rubricas anteriores (18) (4)

Outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos 40 8

Total de resultados abrangentes do exercício 38 74

Atribuível a

Acionistas da controladora 38 74

Participações de não controladores - -

A transição não afetou a demonstração do fluxo de caixa. Não há impacto significativo sobre o lucro por ação básico e diluído do Grupo.

Impacto sobre o patrimônio (aumento/(redução) no patrimônio líquido): 31 de 1º de dezembro janeiro

2013 2012 2012

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Reconhecimento de custos de serviços passados não reconhecidos (428) (483) (590)

Impacto de impostos diferidos resultantes das rubricas acima 129 146 178

Redução líquida no patrimônio (299) (337) (412)

Atribuível a

Acionistas da controladora (299) (337) (412)

Participações de não controladores - - -

ComentárioO CPC 23 exige divulgação do impacto de uma nova norma para períodos anteriores e para o período atual. Embora o CPC 36 (R3) e o CPC 19 (R2) isentem essa divulgação para o período atual, não há isenção equivalente nos termos do CPC 33 (R1).

CPC23.30

CPC23.31(d)

57Grupo Modelo | EY

2.29. Pronunciamentos emitidos mas que não estão em vigor em 31 de dezembro de 2013

Os pronunciamentos e interpretações que foram emitidos pelo IASB, mas que não estavam em vigor até a data de emissão das demonstrações financeiras do Grupo, estão divulgados abaixo. O Grupo pretende adotar esses pronunciamentos quando se tornarem aplicáveis.

• IFRS 9 Instrumentos Financeiros

A IFRS 9, como emitida, reflete a primeira fase do trabalho do IASB para substituição da IAS 39 e se aplica à classificação e avaliação de ativos e passivos financeiros conforme definição da IAS 39. O pronunciamento seria inicialmente aplicado a partir dos exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2013, mas o pronunciamento Amendments to IFRS 9 Mandatory Effective Date of IFRS 9 and Transition Disclosures, emitido em dezembro de 2011, postergou a sua vigência para 1º de janeiro de 2015. Nas fases subsequentes, o IASB abordará questões como contabilização de hedges e provisão para perdas de ativos financeiros. A adoção da primeira fase da IFRS 9 terá impactos na classificação e avaliação dos ativos financeiros do Grupo, mas não impactará na classificação e avaliação dos seus passivos financeiros. O Grupo quantificará os efeitos conjuntamente com os efeitos das demais fases do projeto do IASB, assim que a norma consolidada final for emitida.

• Entidades de Investimento (Revisões da IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27)

As revisões serão efetivas para exercícios que se iniciam em ou após 1º de janeiro de 2014 e fornecem uma exceção aos requisitos de consolidação para as entidades que cumprem com a definição de entidade de investimento de acordo com a IFRS 10. Essa exceção requer que as entidade de investimento registrem os investimentos em controladas pelos seus valores justos no resultado. O Grupo não espera que essas revisões sejam relevantes para suas demonstrações financeiras, uma vez que nenhuma de suas entidades se qualifica como entidade de investimento.

• IAS 32 Compensação de Ativos e Passivos Financeiros – Revisão da IAS 32

Essas revisões clarificam o significado de “atualmente tiver um direito legalmente exequível de compensar os valores reconhecido” e o critério que fariam com que os mecanismos de liquidação não simultâneos das câmaras de compensação se qualificassem para compensação. Essas revisões passarão a vigorar para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014. O Grupo não espera que essas revisões sejam relevantes em suas demonstrações financeiras.

• IFRIC 21 Tributos

O IFRIC 21 clarifica quando uma entidade deve reconhecer um passivo para um tributo quando o evento que gera o pagamento ocorre. Para um tributo que requer que seu pagamento se origine em decorrência do atingimento de alguma métrica, a interpretação indica que nenhum passivo deve ser reconhecido até que a métrica seja atingida. O IFRIC 21 passa a vigorar para exercícios findos em ou após 1º de janeiro de 2014. O Grupo não espera que o IFRIC 21 tenha impactos materiais em suas demonstrações financeiras.

• IAS 39 Renovação de Derivativos e Continuação de Contabilidade de Hedge – Revisão da IAS 39

Essa revisão ameniza a descontinuação da contabilidade de hedge quando a renovação de um derivativo designado como hedge atinge certos critérios. Essas revisões passam a vigorar para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014. O Grupo não renovou seus derivativos durante o exercício corrente. Contudo, essa revisão será aplicada nas futuras renovações de derivativos.

ComentárioO CPC 23.30 requer divulgação dos pronunciamentos que já foram emitidos mas que não entraram em vigor no encerramento do exercício. Essas divulgações são requeridas para fornecer informações sobre estimativas ou impactos conhecidos sobre a aplicação de novos pronunciamentos nas demonstrações financeiras. O Grupo listou todos os pronunciamentos e interpretações que ainda não entraram em vigor. No entanto, alternativamente, pode-se listar ou comentar somente os pronunciamentos que afetarem a posição patrimonial e financeira, de desempenho ou divulgação da entidade.

CPC 26.122

CPC 31.7

CPC 31.5A

CPC 31.8

CPC 31.12A

ICPC 17.10

CPC 45.7A

CPC 45.9

CPC 45.17

CPC 45.8

58 Grupo Modelo | EY

3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas

Julgamentos

A preparação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo requer que a administração faça julgamentos, estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, e as respectivas divulgações, bem como as divulgações de passivos contingentes. No processo de aplicação das políticas contábeis do Grupo, a administração fez os seguintes julgamentos que têm efeito mais significativo sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas:

Compromissos de arrendamento operacional – Grupo como arrendador

O Grupo contratou arrendamentos mercantis comerciais na sua carteira de propriedades para investimento. O Grupo determinou, com base em sua avaliação dos termos e condições dos contratos, que assume todos os riscos e benefícios significativos da propriedade dos referidos bens; desta forma, contabiliza os contratos como arrendamentos mercantis operacionais.

Operações descontinuadas

Em 1º de outubro de 2013, o Conselho da Administração anunciou sua decisão de vender o segmento de borracha relativo à empresa Mangueiras Ltda.; assim, o classificou como grupo disponível para venda. O Conselho de Administração considerou que a controlada satisfez os critérios para ser classificada como mantida para distribuição naquela data pelos seguintes motivos:

• A Mangueiras Ltda. está disponível para distribuição imediata, podendo ser vendida a um potencial comprador em seu estado atual.

• O Conselho de Administração tinha um plano para a venda da Mangueiras Ltda. e iniciou negociações preliminares com um potencial comprador. Outros potenciais compradores foram identificados, caso as negociações com o potencial comprador não resultem em venda.

• O Conselho de Administração espera que as negociações sejam finalizadas, e a venda concluída até 28 de fevereiro de 2014.

Para mais detalhes sobre a operação descontinuada e distribuição sem desembolso de caixa, consulte as Notas 11 e 22.

Consolidação de uma entidade estruturada

Em fevereiro de 2013, o Grupo e um sócio externo formaram uma entidade, a Fire Equipment Test Lab Limited, para adquirir terrenos e construir e operar equipamentos de segurança contra incêndio. O Grupo detém 20% de direitos de voto nessa entidade. O sócio terceirizado aportou aproximadamente R$ 2.700 em 2013, representando 80% dos direitos de voto, para aquisição e construção de equipamentos de teste de segurança contra incêndios. O sócio externo compromete-se com o aporte de aproximadamente R$ 1.000 em cada um dos dois exercícios seguintes para concluir o projeto. Espera-se que a construção seja concluída em 2017 ao custo total de aproximadamente R$ 4.700. O sócio tem o direito de rendimento de 22% sobre o capital em circulação no início das operações. Como resultado de um acordo contratual com o sócio externo, o Grupo detém representação majoritária na diretoria da entidade, sendo exigida e a aprovação do Grupo para todas as decisões operacionais. Ao final do quarto período anual, o sócio tem o direito a retorno de 100% sobre o capital. A taxa de juros efetivos é de 11%, ao passo que os juros acumulados sobre o total aportado totalizam R$ 303 em 31 de dezembro de 2013. O Grupo está efetivamente garantindo os retornos ao sócio externo. Ao concluir a construção, as operações serão realizadas exclusivamente pelo Grupo.

Com base nos termos contratuais, o Grupo avaliou que os direitos de voto na Fire Equipment Test Lab Limited não são um fator dominante na decisão de quem controla a entidade. Outrossim, é avaliado que haja financiamento patrimonial insuficiente (R$ 200) para permitir à entidade financiar suas atividades sem o suporte financeiro não patrimonial do Grupo. Portanto, o Grupo concluiu que a Fire Equipment Test Lab Limited é uma entidade estruturada nos termos do CPC 36 (R3), controlando-a sem participação majoritária. As ações com direito a voto do sócio externo são contabilizadas como passivo financeiro. Portanto, a Fire Equipment Test Lab Limited é consolidada nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. As ações do sócio externo são contabilizadas como empréstimo de longo prazo, sendo o rendimento do investimento contabilizado como despesas com juros.

CPC 36.B41, B42

CPC 45.7(a)

CPC 45.8

CPC 45.9

CPC 26.125

59Grupo Modelo | EY

ComentárioDe acordo com o CPC 36 (R3), uma entidade não é obrigada a efetuar ajustes à contabilização prévia do seu envolvimento com:

• Entidades previamente consolidadas que continuem a ser consolidadas; ou

• Entidades previamente não consolidadas que continuem a não ser consolidadas

O CPC 26 (R1) exige que uma entidade divulgue os julgamentos feitos pela administração no processo de aplicação de políticas contábeis da entidade e que tenham os efeitos mais significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras. O CPC 45 faz adições às exigências gerais, especificamente requerendo que uma entidade divulgue todos os julgamentos significativos e estimativas feitas na apuração da natureza de suas participações em outras entidades ou acordo e na apuração do tipo do acordo conjunto no qual detém participação.

O CPC 45 exige que uma entidade divulgue informações sobre julgamentos e premissas significativas por ela efetuados (e mudanças aos julgamentos e premissas) ao apurar:

• Que a entidade controla outra entidade

• Que detém controle conjunto de um acordo ou influência significativa sobre outra entidade

• O tipo de acordo conjunto (ou seja, a operação conjunta ou empreendimento conjunto) quando o acordo tiver sido estruturado por meio de um veículo em separado

Uma entidade deve divulgar, por exemplo, julgamentos e premissas significativas efetuadas ao apurar que:

• Não detém controle sobre outra entidade, embora detenha mais da metade dos direitos de voto de outra entidade

• Detém controle sobre outra entidade, embora detenha menos da metade dos direitos de voto de outra entidade

• É um agente ou principal, conforme definido pelo CPC 36 (R3)

• Não tem influência significativa, embora detenha 20% ou mais dos direitos de voto de outra entidade

• Tem influência significativa, embora detenha menos de 20% dos direitos de voto de outra entidade

O Grupo não tem participação em entidades estruturadas não consolidadas. As participações nessas entidades exigem que as divulgações sejam feitas nos termos do CPC 45.

Consolidação de entidades nas quais o Grupo detenha menos da maioria dos direitos de voto

O Grupo está planejando controlar a Eletrônicos Ltda., embora detenha menos de 50% dos direitos de voto, uma vez que o Grupo é o único acionista majoritário da Eletrônicos Ltda. com participação de 48%. Os 52% restantes da participação societária na Eletrônicos Ltda. são detidos por outros acionistas, nenhum dos quais individualmente detém mais de 1% das ações (conforme constante no registro de acionistas da empresa de 1º de outubro de 2009 a 31 de dezembro de 2013). Desde 1º de outubro de 2009, data da aquisição da Eletrônicos Ltda., não há histórico de outros acionistas que tenham colaborado para exercer seus votos coletivamente ou se tornado majoritários em relação ao Grupo.

ComentárioNo momento da transição ao CPC 36 (R3), o Grupo avaliou que controla a Eletrônicos Ltda., apesar de deter menos do que a maioria dos direitos de voto, com base nas orientações do CPC 36 (R3). Previamente, o Grupo havia avaliado que não exercia controle sobre a Eletrônicos Ltda.

Estimativas e premissas

As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, são discutidas a seguir.

Mensuração a Valor Justo de Propriedades para Investimento

O Grupo apresenta suas propriedades para investimento a valor justo, sendo as mudanças no valor justo reconhecidas na demonstração do resultado. O Grupo contratou avaliadores independentes especializados para determinar o valor justo em 31 de dezembro de 2013. Para propriedades para investimento, o avaliador utilizou a técnica de avaliação com base no método de fluxo de caixa descontado, devido à falta de dados comparáveis de mercado, dada a natureza das propriedades.

CPC 32.88

60 Grupo Modelo | EY

O valor justo determinado das propriedades para investimento é sensível ao rendimento estimado, bem como à taxa de vacância de longo prazo. As principais premissas adotadas para determinar o valor justo da propriedade para investimento são detalhadas na Nota 14.

Perda por Redução ao Valor Recuperável de Ativos não Financeiros Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior entre o valor justo menos custos de venda e o valor em uso. O cálculo do valor justo menos custos de vendas é baseado em informações disponíveis de transações de venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais para descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é baseado no modelo de fluxo de caixa descontado. Os fluxos de caixa derivam do orçamento para os próximos cinco anos e não incluem atividades de reorganização com as quais o Grupo ainda não tenha se comprometido ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de ativos da unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como aos recebimentos de caixa futuros esperados e à taxa de crescimento utilizada para fins de extrapolação. As principais premissas utilizadas para determinar o valor recuperável das diversas unidades geradoras de caixa, incluindo análise de sensibilidade, são detalhadas na Nota 13.

Transações com Pagamentos Baseados em Ações O Grupo mensura o custo de transações liquidadas com ações com funcionários baseado no valor justo dos instrumentos patrimoniais na data da sua outorga. A estimativa do valor justo dos pagamentos com base em ações requer a determinação do modelo de avaliação mais adequado para a concessão de instrumentos patrimoniais, o que depende dos termos e condições da concessão. Isso requer também a determinação dos dados mais adequados para o modelo de avaliação, incluindo a vida esperada da opção, volatilidade e rendimento de dividendos e correspondentes premissas. As premissas e modelos utilizados para estimar o valor justo dos pagamentos baseados em ações são divulgados na Nota 27.

Impostos

Existem incertezas com relação à interpretação de regulamentos tributários complexos e ao valor e época de resultados tributáveis futuros. Dado o amplo aspecto de relacionamentos de negócios internacionais, bem como a natureza de longo prazo e a complexidade dos instrumentos contratuais existentes, diferenças entre os resultados reais e as premissas adotadas, ou futuras mudanças nessas premissas, poderiam exigir ajustes futuros na receita e despesa de impostos já registrada. O Grupo constitui provisões, com base em estimativas cabíveis, para possíveis consequências de auditorias por parte das autoridades fiscais das respectivas jurisdições em que opera. O valor dessas provisões baseia-se em vários fatores, como experiência de auditorias fiscais anteriores e interpretações divergentes dos regulamentos tributários pela entidade tributável e pela autoridade fiscal responsável. Essas diferenças de interpretação podem surgir numa ampla variedade de assuntos, dependendo das condições vigentes no respectivo domicílio da companhia do Grupo.

Imposto diferido ativo é reconhecido para todos os prejuízos fiscais não utilizados na extensão em que seja provável que haja lucro tributável disponível para permitir a utilização dos referidos prejuízos. Julgamento significativo da administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras.

O Grupo apresenta prejuízos fiscais a compensar no valor de R$ 427 (2012: R$ 1.198). Esses prejuízos se referem a controladas que apresentam histórico de prejuízos, não prescrevem e não podem ser utilizados para fins de compensação com lucro tributável em outra parte do Grupo. A compensação dos prejuízos fiscais acumulados fica restrita ao limite de 30% do lucro tributável gerado em determinado exercício fiscal. Essas controladas não têm diferenças temporárias tributáveis ou planejamentos fiscais que poderiam parcialmente justificar o reconhecimento de imposto diferido ativo.

Se o Grupo fosse capaz de reconhecer todos os impostos diferidos ativos não reconhecidos, haveria aumento de lucro em R$ 128.

Para mais detalhes sobre impostos diferidos, vide Nota 10.

Benefícios de Aposentadoria

O custo de planos de aposentadoria com benefícios definidos e de outros benefícios de assistência médica pós-emprego e o valor presente da obrigação de aposentadoria são determinados utilizando métodos de avaliação atuarial. A avaliação atuarial envolve o uso de premissas sobre as taxas de desconto, taxas de retorno de ativos esperadas, aumentos salariais futuros, taxas de mortalidade e aumentos futuros de benefícios de aposentadorias e pensões. A obrigação de benefício definido é altamente sensível a mudanças nessas premissas. Todas as premissas são revisadas a cada data-base.

61Grupo Modelo | EY

Ao determinar a taxa de desconto adequada, a administração considera as taxas de juros de debêntures emitidas por corporações de elevada solvência e títulos do Tesouro Nacional com vencimento correspondente à duração da obrigação do benefício definido. A qualidade dos títulos é revisada, e aqueles com um spread de crédito excessivo são excluídos da população de títulos que são utilizados para identificar a taxa de juros.

A taxa de mortalidade se baseia em tábuas de mortalidade disponíveis no país. Aumentos futuros de salários e de benefícios de aposentadoria e de pensão se baseiam nas taxas de inflação futuras esperadas para o país.

Para mais detalhes sobre as premissas utilizadas, vide Nota 26.

Mensuração ao Valor Justo da Contraprestação Contingente

Contraprestação contingente, proveniente de uma combinação de negócios, é mensurada ao valor justo na data de aquisição como parte da combinação de negócios. Se a contraprestação contingente for classificada como um derivativo, e portanto um passivo financeiro, deve ser subsequentemente remensurada ao valor justo na data do balanço. O valor justo é baseado no fluxo de caixa descontado. As principais premissas consideram a probabilidade de atingir cada objetivo e o fator de desconto.

Valor Justo de Instrumentos Financeiros

Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível; contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados, como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros.

Custos de Desenvolvimento

Custos de desenvolvimento são capitalizados de acordo com a prática contábil descrita na Nota 2.12. A capitalização inicial de custos é baseada no julgamento da administração de que a viabilidade tecnológica e econômica será confirmada, geralmente quando um projeto de desenvolvimento de produto tenha alcançado um determinado ponto seguindo um modelo estabelecido de gestão de projeto. Ao determinar os valores a serem capitalizados, a administração adota premissas sobre a geração futura de caixa esperada do projeto, taxas de desconto a serem aplicadas e o período esperado dos benefícios. Em 31 de dezembro de 2013, o valor contábil dos custos de desenvolvimento capitalizados era de R$ 2.178 (2012: R$ 1.686).

Esse valor inclui investimentos significativos no desenvolvimento de um sistema inovador de prevenção contra incêndio. Antes de ser comercializado, é preciso que se obtenha um certificado de segurança emitido pelas autoridades regulatórias competentes. Devido à natureza inovadora do produto, existe alguma incerteza sobre a obtenção do certificado. Contudo, o Grupo está certo de que o certificado será obtido.

Provisão para Desativação de Ativos

Como parte da alocação do preço de compra da Extintores Ltda. em 2013, o Grupo reconheceu uma provisão para obrigações com a desativação de ativos relativos à fábrica da Extintores Ltda. Ao determinar o valor da provisão, premissas e estimativas são feitas em relação às taxas de desconto, ao custo esperado para a desativação e remoção de toda a fábrica do local e à época esperada dos referidos custos. O valor contábil da provisão em 31 de dezembro de 2013 era de R$ 1.221 (2012: R$ 0).

Se a taxa de desconto antes de imposto utilizada no cálculo for 10% acima da estimativa da administração, o valor contábil da provisão será menor em R$ 94.

Provisões para Riscos Tributários, Cíveis e Trabalhistas

O Grupo reconhece provisão para causas cíveis e trabalhistas. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.

Reconhecimento de Receita – Programa de Fidelidade

O Grupo estima o valor justo de pontos concedidos segundo o programa de fidelidade aplicando técnicas estatísticas. Dados considerados pelos modelos incluem premissas sobre taxas de resgate esperadas, o mix

CPC 15.59

CPC 15.B64(a)

CPC 15.B64(d)

CPC 15.B64(b)

CPC 15.B64(c)

CPC 15.B64(f)

CPC 03(R2).40(c)

CPC 15.B64(o)(i)

CPC 15.B64(h)

62 Grupo Modelo | EY

de produtos que estarão disponíveis para resgate no futuro e preferências de clientes. Como os pontos emitidos segundo o programa não expiram, essas estimativas estão sujeitas a variações e incertezas. Em 31 de dezembro de 2013, a obrigação estimada relativa a pontos não resgatados era de aproximadamente R$ 461 (2012: R$ 365).

Comentário O CPC 26 (R1) requer que uma entidade divulgue os julgamentos significativos aplicados ao preparar as demonstrações financeiras e estimativas significativas que envolvam alto grau de incerteza. Os requisitos de divulgação vão além dos requisitos existentes em outras normas, como, por exemplo, o CPC 25.

Essas divulgações representam uma fonte de informação muito importante, uma vez que destacam as áreas que são mais suscetíveis a mudanças durante o período futuro previsível. Assim, qualquer informação apresentada deve ser suficientemente detalhada para ajudar o leitor das demonstrações financeiras a entender o impacto de possíveis mudanças significativas.

4. Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores

Aquisições em 2013Aquisição da Extintores Ltda.

Em 1º de maio de 2013, o Grupo adquiriu 80% das ações com direito a voto da Extintores Ltda., uma companhia de capital fechado com sede no Brasil, especializada na produção de materiais à prova de fogo. O Grupo adquiriu a Extintores Ltda. para ampliar significativamente a gama de produtos no segmento de equipamentos de proteção contra incêndio que podem ser oferecidos aos clientes.

O Grupo optou por mensurar a participação de não controladores na adquirida ao valor justo.

O valor justo dos ativos e passivos identificáveis da Extintores Ltda. na data da aquisição é apresentado a seguir:

Ativos Valor justo reconhecido na aquisição

Imobilizado (Nota 13) 7.042

Caixa e equivalentes de caixa 230

Contas a receber de clientes 1.736

Estoques 3.578

Patentes e licenças (Nota 15) 1.200

13.786

Passivos

Contas a pagar a fornecedores (2.542)

Provisões (Nota 23) (400)

Provisão para custos de arrendamento mercantil operacional (Nota 23) (400)

Provisão para reestruturação (Nota 23) (500)

Provisão para custos de desativação de ativos (Nota 23) (1.200)

Imposto de renda e contribuição social diferidos passivos (1.511)

(6.553)

Total dos ativos identificáveis líquidos 7.233

Participação de não controladores mensurada a valor justo (1.547)

Ágio na aquisição (Nota 15) 2.231

Total da contraprestação 7.917

Ativos adquiridos e passivos assumidosO valor justo das contas a receber de clientes é de R$ 1.736. O valor bruto das contas a receber de clientes é de R$ 1.800. Não houve perda por redução ao valor recuperável de nenhuma conta a receber de clientes, e espera-se que o valor contratual possa ser recebido integralmente.

Antes da aquisição, a Extintores Ltda. decidiu eliminar algumas linhas de produtos (para mais detalhes, vide Nota 23). A provisão para reestruturação reconhecida acima era uma obrigação presente da Extintores Ltda. antes da combinação de negócios. A execução do plano de reestruturação não depende da aquisição pelo Grupo.

63Grupo Modelo | EY

O ágio pago de R$ 2.231 compreende o valor dos benefícios econômicos futuros oriundos das sinergias decorrentes da aquisição e do valor da lista de clientes da adquirida que não pôde ser reconhecida separadamente. Devido aos termos contratuais da aquisição, a lista de clientes não pode ser separada; assim, não satisfaz os critérios de reconhecimento como um ativo intangível, de acordo com o CPC 04 Ativos Intangíveis. Não há expectativa de que o ágio gere benefícios fiscais futuros.

Na data da aquisição, foi registrado um passivo contingente com o valor justo de R$ 400, resultado de um pedido de reembolso por um fornecedor que teve o carregamento de mercadoria rejeitado pelo Grupo devido a divergências nas especificações técnicas da mercadoria. O pedido está sujeito a arbitragem legal e se espera que o assunto seja finalizado apenas no final de 2014. Na data do balanço, o passivo contingente foi reacessado e determinou-se o montante de R$ 400, o qual é baseado no resultado provável esperado.

O valor justo da participação de não controladores na Extintores Ltda. foi estimado aplicando o método de projeção dos fluxos de caixa descontados. A Extintores Ltda. é uma companhia de capital fechado para a qual não há informações de mercado disponíveis. A estimativa de valor justo se baseia no seguinte:

• Taxa de desconto estimada em 18%.• Valor terminal projetado para o final do período, calculado com base na taxa de crescimento sustentável

de longo prazo para a indústria entre 2% e 4%, utilizada para determinar a receita para exercícios futuros. • Um reinvestimento de 60% dos lucros.

Desde a data da aquisição, a Extintores Ltda. contribuiu para o Grupo com receitas de R$ 17.857 e lucro antes dos impostos de R$ 750. Se a combinação de negócios tivesse ocorrido no início do exercício, as receitas do Grupo totalizariam R$ 29.930, e o lucro das operações seria de R$ 1.130.

Contraprestação de compra R$ 000

Ações emitidas, ao valor justo 7.203

Contraprestação contingente assumida 714

Total da contraprestação 7.917

Análise do fluxo de caixa da aquisição

Custos da transação da aquisição1 (600)

Caixa líquido adquirido da controlada2 230

Custos da transação atribuíveis à emissão de ações3 (32)

Fluxo de saída de caixa, líquido (402)

1 incluído no fluxo de caixa das atividades operacionais2 incluído no fluxo de caixa das atividades de investimento3 incluído no fluxo de caixa das atividades de financiamento

O Grupo emitiu 2.500.000 ações ordinárias como contraprestação (pagamento) pela participação acionária de 80% na Extintores Ltda. O valor justo das ações corresponde ao preço publicado das ações do Grupo na data da aquisição e totaliza R$ 7.203.

Custos relacionados à aquisição de R$ 600 foram reconhecidos na demonstração do resultado como despesas administrativas. Custos relativos à emissão de ações no valor de R$ 32 como contraprestação foram reconhecidos diretamente no patrimônio líquido, como “ajuste de avaliação patrimonial”.

Contraprestação contingenteComo parte do contrato de compra com o ex-proprietário da Extintores Ltda., foi acordada uma contraprestação contingente. Os pagamentos adicionais para o ex-proprietário serão feitos da seguinte forma:

a) R$ 675, se a Companhia gerar R$ 1.000 de lucros antes de impostos durante os 12 primeiros meses após a aquisição, ou

b) R$ 1.125, se a Companhia gerar R$ 1.500 de lucros antes de impostos durante os 12 primeiros meses após a aquisição.

Na data da aquisição, o valor justo da contraprestação contingente foi estimado em R$ 714.

Em 31 de dezembro de 2011, os principais indicadores de performance da Extintores Ltda. mostravam claramente que a meta (a) será atingida e a realização da meta (b) é provável devido à expansão significativa do negócio e às sinergias implementadas. Dessa forma, o valor justo da contraprestação contingente em 31 de dezembro de 2011 aumentou em R$ 358, para R$ 1.071, sendo esse aumento registrado diretamente no resultado como despesas administrativas.

CPC 15.B64(e)

CPC 15.B64(k)

CPC 15.B64(q)(i)

CPC 15.B64(q)(ii)

CPC 15.B64(j)

CPC 15.56(a)

CPC 15.B64(o)(ii)

CPC 15.B64(f)(iv)

CPC 15.B64(f)(iii)

CPC 03(R2).40(a)

CPC 03(R2).40(c)

CPC 15.B64(f)(iv)

CPC 15.B64(m)

CPC 15.B64(f)(iii)

CPC 15.B64(f)(i)

CPC 15.58 (b) (i)

CPC 15.B64(f)(iii)

64 Grupo Modelo | EY

Aquisição de participação adicional na Iluminação Ltda.Em 1º de outubro de 2013, o Grupo adquiriu mais 7,4% das ações ordinárias da Iluminação Ltda., elevando sua participação acionária para 87,4%. A contraprestação de R$ 325 foi paga aos acionistas não controladores. O valor contábil dos ativos líquidos (excluindo ágio na aquisição original) na referida data era de R$ 1.824, e o valor contábil da participação adicional adquirida era de R$ 135. A diferença de R$ 190 entre a contraprestação e o valor contábil da participação adicional adquirida foi reconhecida diretamente em lucros acumulados no patrimônio líquido.

Aquisições em 2012Em 1º de dezembro de 2012, o Grupo adquiriu 80% das ações com direito a voto da Iluminação Ltda., uma empresa sediada no Brasil, especializada na produção e distribuição de lâmpadas.

O valor justo dos ativos e passivos identificáveis da Iluminação Ltda. na data da aquisição é apresentado a seguir:

Valor justo reconhecido na aquisição (Ajustado)

R$ 000

Terrenos e edifícios (Nota 13) 1.280

Caixa e equivalentes de caixa 50

Contas a receber de clientes 853

Estoques 765

2.948

Contas a pagar a fornecedores (807)

Imposto de renda e contribuição social diferido passivo (380)

Provisão para garantias de manutenção (50)

(1.237)

Acervo líquido 1.711

Participação não controladores (20%) (342)

Total do acervo líquido adquirido 1.369

Ágio na compra (Nota 15) 131

Contraprestação paga à vista 1.500

Fluxo de caixa no momento da aquisição

Caixa líquido adquirido com a controlada 50

Caixa pago (1.500)

Fluxo de saída de caixa, líquido (1.450)

A contabilização dos ativos líquidos adquiridos nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2012 foi feita com base numa avaliação preliminar do valor justo, uma vez que o Grupo contratou uma avaliação independente dos terrenos e edifícios de propriedade da Iluminação Ltda.; entretanto, essa avaliação não havia sido concluída quando da aprovação das demonstrações financeiras pela administração.

A mensuração dos terrenos e edifícios foi concluída em abril de 2013 e indicou que o valor justo na data da aquisição era de R$ 1.280, ou seja, um incremento de R$ 200 em relação ao valor preliminar.

A Iluminação Ltda. contribuiu com lucro de R$ 20 da data da aquisição (1º de dezembro de 2011) até 31 de dezembro de 2011 para o resultado do exercício do Grupo. Se a combinação tivesse ocorrido no início do referido exercício, as receitas do Grupo para 2012 totalizariam R$ 198.078 e o lucro seria de R$ 7.850.

O ágio de R$ 131 representa o benefício econômico futuro esperado das sinergias decorrentes da aquisição.

ComentárioNa combinação de negócios de 2012, o Grupo optou por avaliar a participação de não controladores por sua participação proporcional nos ativos líquidos identificáveis da adquirida. Na combinação de negócios de 2013, o Grupo optou por avaliar a participação não controladora a valor justo. A opção pode ser feita separadamente para cada combinação de negócio, não sendo uma opção prevista na política que determina o tratamento contábil para todas as combinações de negócios que o Grupo realizará (CPC 15 (R1)).

CPC 36.30

CPC 36.41 (e)

CPC 15.B67

CPC 15.B67(d)

65Grupo Modelo | EY

5. Participação em joint ventureO Grupo detém participação de 50% na Esguichos Ltda., entidade controlada em conjunto envolvida na produção de equipamentos de prevenção a incêndio no Brasil. A participação do Grupo na Esguichos Ltda. é contabilizada utilizando o método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras consolidadas. As informações financeiras resumidas da joint venture, com base nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o CPC, e a conciliação com o valor contábil do investimento nas demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas abaixo:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Ativo circulante, incluindo caixa e equivalentes de caixa R$ 989 (2012: R$ 743) e despesas antecipadas R$ 1.030 (2012: R$ 0) 3.226 2.808

Ativo não circulante 2.864 2.964

Passivo circulante, incluindo impostos a pagar R$ 89 (2012: R$ 143) (224) (1.102)

Passivo não circulante, incluindo impostos diferidos passivo R$ 278 (2012: R$ 325) e empréstimos de longo prazo R$ 500 (2012: R$ 500) (1.020) (1.000)

Patrimônio líquido 4.846 3.670

Participação proporcional do Grupo 50% 50%

Valor contábil do investimento 2.423 1.835

Resumo da Demonstração do Resultado da Esguichos Ltda.:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Receita 60.094 58.876

Custo dos produtos vendidos (54.488) (53.420)

Despesas administrativas, incluindo depreciação R$ 1.236 (2012: R$ 1.235) (2.638) (2.586)

Custos financeiros, incluindo despesas de juros R$ 204 (2012: R$ 500) (204) (200)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 2.764 2.670

Imposto de renda e contribuição social (1.588) (1.556)

Lucro do exercício de operações correntes 1.176 1.114

Parte do lucro do exercício do Grupo 588 557

A joint venture não apresentava passivos contingentes ou compromissos de capital em 31 de dezembro de 2013 e 2012. A Esguichos Ltda. não pode distribuir lucros antes de obter o consentimento de dois sócios da joint venture.

ComentárioO CPC 45 exige apresentação em separado do ágio e outros ajustes aos investimentos em joint ventures e coligadas na mencionada conciliação. O Grupo não tem ágio ou outros ajustes.

O CPC 45 exige a divulgação em separado de informações para operações conjuntas. O Grupo não mantém operações conjuntas.

O Grupo apresentou as informações financeiras resumidas sobre a joint venture e a coligada com base nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com os CPCs. O CPC 45 permite que essas informações sejam fornecidas utilizando uma base alternativa, se a entidade mensurar sua participação na joint venture ou coligada a valor justo ou se a joint venture ou coligada não preparar as demonstrações financeiras de acordo com o CPC e a preparação nessa base fosse impraticável ou causasse custo indevido. Em cada um desses casos, é exigido que a entidade divulgue a base em que as informações são fornecidas.

O CPC 45 exige divulgações adicionais quando as demonstrações financeiras da joint venture ou coligada utilizada na aplicação do método da equivalência patrimonial forem relativas a uma data diferente ou período diferente daquele da entidade, não sendo aplicável ao Grupo.

O CPC 45 exige divulgação da participação não reconhecida nas perdas de uma joint venture e coligada, não sendo aplicável ao Grupo.

CPC 45.20

CPC 45.21

CPC 45.B14

CPC 45.B12

CPC 45.B13

CPC 45.B14(b)

CPC 45.22(a)

CPC 45.23(a)

CPC 45.B18-B19

66 Grupo Modelo | EY

6. Investimento em coligadaO Grupo detém participação de 25% na Força Total Ltda., empresa produtora de equipamentos de prevenção a incêndio para usinas geradoras de energia no Brasil. A Força Total Ltda. é uma entidade privada que não negocia ações em nenhuma bolsa de valores. A participação do Grupo na Força Total Ltda. é contabilizada utilizando o método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras consolidadas. A tabela a seguir ilustra informações financeiras resumidas sobre os investimentos do Grupo na Força Total Ltda.:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Ativo circulante 6.524 6.324

Ativo não circulante 13.664 12.828

Passivo circulante (4.488) (3.904)

Passivo não circulante (12.644) (12.524)

Patrimônio líquido 3.056 2.724

Participação proporcional do Grupo 25% 25%

Valor contábil do investimento 764 681

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Receita 33.292 32.640

Custo dos produtos vendidos (27.299) (26.765)

Despesas administrativas (1.665) (1.632)

Custos financeiros (2.996) (2.938)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 1.332 1.305

Imposto de renda e contribuição social (1.000) (981)

Lucro do exercício de operações correntes 332 324

Parte do lucro do exercício do Grupo 83 81

O Grupo celebrou um acordo com sua coligada segundo o qual os lucros da coligada não serão distribuídos até que seja obtido o consentimento do Grupo. A controladora não prevê que esse consentimento seja dado na data de reporte.

A coligada não incorreu em passivos contingentes ou compromissos de capital em 31 de dezembro de 2012 ou 2013.

ComentárioO CPC 45 exige divulgação em separado das informações conjuntas sobre coligadas e joint ventures que não são individualmente significativas. O Grupo não tinha coligadas ou joint ventures significativas.

7. Subsidiárias com participações significativas de não controladoresAs informações financeiras das subsidiárias que têm participações significativas de não - controladores são fornecidos abaixo:

Proporção da participação acionária detida por acionistas não controladores:

Nome País de constituição e funcionamento 2013 2012

Eletrônicos Ltda. Brasil 52% 52%

Extintores Ltda. Brasil 20% -

Iluminação Ltda. Brasil 12,6% 20%

CPC 45.20

CPC 45.20(a)

CPC 45.22

CPC 45.23

CPC 45.10 (ii)

CPC 45.12

67Grupo Modelo | EY

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Balanço acumulado das participações significativas de não controladores:

Eletrônicos Ltda. 634 391

Extintores Ltda. 1.697 -

Iluminação Ltda. 231 342

Lucro / (Prejuízo) alocado às participações de não controladores:

Eletrônicos Ltda. 243 257

Extintores Ltda. 150 -

Iluminação Ltda. 54 2

As informações financeiras resumida dessas subsidiárias são fornecidas abaixo. Esta informação é baseada em valores antes das eliminações entre empresas.

Resumo das Demonstrações de Resultados de 2013: Eletrônicos Extintores Iluminação Ltda. Ltda. Ltda. R$ 000 R$ 000 R$ 000

Receita 2.546 17.857 6.002

Custo dos produtos vendidos (1.450) (15.678) (4.090)

Despesas administrativas (354) (1.364) (1.020)

Custos financeiros (250) (65) (132)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 492 750 760

Imposto de renda e contribuição social (25) (6) (80)

Lucro do exercício de operações correntes 467 744 680

Total do resultado abrangente 467 744 680

Atribuível aos acionistas não controladores 243 149 54

Dividendos pagos aos acionistas não controladores 30 - -

Resumo das Demonstrações de Resultados de 2012: Eletrônicos Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000

Receita 2.100 476

Custo dos produtos vendidos (1.250) (360)

Despesas administrativas (150) (85)

Custos financeiros (350) (11)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 350 20

Imposto de renda e contribuição social 20 (8)

Lucro do exercício de operações correntes 370 12

Total do resultado abrangente 370 12

Atribuível aos acionistas não controladores 192 2

Dividendos pagos aos acionistas não controladores 45 -

Resumo da posição financeira em 31 de dezembro de 2013 Eletrônicos Ltda. Extintores Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Estoque e caixa e bancos (circulante) 971 6.843 2.298

Imobilizado e outros ativos financeiros (não circulante) 1.408 8.242 1.278

Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) (360) (5.822) (822)

Empréstimos e financiamentos e imposto diferido passivo (não circulante) (800) (2.711) (430)

Patrimônio líquido 1.219 (6.552) 2.324

Atribuível a:

Acionistas controladores 585 (5.242) 2.022

Acionistas não controladores 634 (1.300) 302

CPC 45.12 (f)

CPC 45.B10

CPC 45.B11

CPC 45.B12(f)

CPC 45.B12(g)

CPC 45.B10

68 Grupo Modelo | EY

Resumo da posição financeira em 31 de dezembro de 2012 Eletrônicos Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000

Estoque e caixa e bancos (circulante) 698 1.618

Imobilizado e outros ativos financeiros (não circulante) 1.280 1.278

Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) (350) (822)

Empréstimos e financiamentos e imposto diferido passivo (não circulante) (876) (430)

Patrimônio líquido 752 1.644

Atribuível a:

Acionistas controladores 361 1.315

Acionistas não controladores 391 329

Resumo do fluxo de caixa para o período findo em 31 de dezembro de 2013: Eletrônicos Ltda. Extintores Ltda. Iluminação Ltda. R$ 000 R$ 000 R$ 000

Operacional 460 809 23

Investimentos (10) (280) (20)

Financiamentos (350) (65) (11)

Aumento / (redução) em caixa e equivalentes de caixa 100 464 (8)

Resumo do fluxo de caixa para o período findo em 31 de dezembro de 2012: Eletrônicos Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000

Operacional 507 812

Investimento (15) 6

Financiamento (250) (132)

Aumento / (redução) em caixa e equivalentes de caixa 242 686

ComentárioO CPC 45.12 exige as informações acima apenas em relação às controladas que não possuem participações não controladoras que sejam significativas para a entidade divulgadora (ex.: o Grupo). Uma controlada pode deter participação significativa não controladora por si só, no entanto a divulgação não é exigida se essa participação não for significativa no âmbito do Grupo. De maneira semelhante, essas divulgações não se aplicam às participações não controladoras que sejam significativas no conjunto, mas não individualmente. Outrossim, note-se que as informações acima devem ser apresentadas separadamente para cada controlada individual com participação não controladora significativa. O Grupo concluiu que a Extintores Ltda., a Iluminação Ltda. e a Eletrônicos Ltda. são as únicas controladas com participações não controladoras que são significativas ao Grupo.

Quando houver mudança na participação societária de uma controlada, o CPC 45.18 exige divulgação de uma tabela que demonstra os efeitos sobre o patrimônio de quaisquer mudanças na participação societária na controlada que não resultou em perda de controle. Quando houver restrições significativas em relação à capacidade do Grupo ou de suas subsidiárias para acessar ou utilizar os ativos e liquidar os passivos do Grupo, o CPC 45.13 exige divulgação da natureza e extensão de restrições significativas. O Grupo não apresentou nenhuma mudança na participação societária ou restrições.

O CPC 45.14-17 exige informações sobre o suporte financeiro ou outro fornecido a entidades estruturadas consolidadas.

O CPC 45.10(iv) exige divulgação de informações para habilitar os usuários a avaliarem as consequências de perda de controle de uma controlada durante o período. O Grupo não perdeu o controle sobre a controlada durante o período.

CPC 45.B10(a)

69Grupo Modelo | EY

8. Informações por segmento

Para fins de administração, o Grupo é dividido em unidades de negócio, com base nos produtos e serviços, com três segmentos operacionais sujeitos à divulgação de informações:

• O segmento de produtos antifogo produz e instala extintores de incêndio, equipamentos antifogo e tecidos antifogo.

• O segmento de produtos eletrônicos fornece equipamentos eletrônicos para os mercados de defesa, aviação e segurança elétrica e equipamentos eletrônicos de consumo para utilização doméstica. Oferece também produtos e serviços nas áreas de eletrônica, segurança, termal e arquitetura elétrica.

• O segmento de propriedade para investimento arrenda escritórios e fábricas de propriedade do Grupo não necessários para suas atividades.

A administração monitora separadamente os resultados operacionais das unidades de negócio, para poder tomar decisões sobre alocação de recursos e avaliar o desempenho. O desempenho dos segmentos é avaliado com base no lucro ou prejuízo operacional, que, em alguns casos, conforme demonstrado na tabela abaixo, é medido de forma diferente do lucro ou prejuízo operacional das demonstrações financeiras consolidadas. Os financiamentos do Grupo (incluindo receita e despesa de financiamentos) e impostos sobre o lucro são administrados no âmbito do Grupo, não sendo alocados aos segmentos operacionais.

Preços de transferência entre segmentos operacionais são determinados com isenção de interesses, de forma semelhante às transações realizadas com terceiros.

Período findo em 31 de dezembro de 2013

Produtos antifogo Eletrônicos

Propriedades para

investimento TotalAjustes e

eliminações Consolidado

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Receitas

Clientes no exterior 139.842 69.263 1.404 210.509 (30.047) 180.462

Intersegmento - 7.465 - 7.465 (7.465) -

Total de receitas 139.842 76.728 1.404 217.974 (37.512) 180.462

Resultado

Depreciação e amortização

(3.533) (389) - (3.922) - (3.922)

Perda por redução ao valor recuperável – ágio (Nota 17)

- (200) - (200) - (200)

Perda por redução ao valor recuperável – instrumentos disponíveis para venda (Nota 16.1)

(111) - - (111) - (111)

Participação nos lucros das coligadas (Nota 5, 6)

671 - - 671 - 671

Lucro do segmento 9.576 2.968 321 12.865 (1.757) 11.108

Total do ativo 58.074 44.814 18.467 121.355 18.926 140.281

Total do passivo 19.035 7.252 4.704 30.991 45.510 76.501

Outras divulgações

Investimento em coligadas (Nota 6)

764 - 764 - 764

Despesas de capital 18.849 2.842 1.216 22.907 - 22.907

CPC 22.23(a)

CPC 22.23(b)

CPC 22.23(e)

CPC 22.23(e)

CPC 22.23(g)

CPC 22.23

CPC 22.24(a)

CPC 22.24(b)

70 Grupo Modelo | EY

Receitas intersegmentos são eliminadas no momento da consolidação e refletidas na coluna “Ajustes e eliminações”. Todos os demais ajustes e eliminações formam parte das conciliações detalhadas.

Período findo em 31 de dezembro de 2012

Produtos antifogo Eletrônicos

Propriedades para

investimento TotalAjustes e

eliminações Consolidado

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Receitas

Clientes no exterior 123.905 66.621 1.377 191.903 (29.438) 162.465

Intersegmento 7.319 7.319 (7.319)

Total de receitas 123.905 73.940 1.377 199.222 (36.757) 162.465

Resultado

Depreciação e amortização

(2.460) (472) - (2.932) (374) (3.306)

Perda por redução ao valor recuperável – Imobilizado (Nota 14)

(301) - - (301) - (301)

Participação nos lucros das coligadas (Nota 5, 6)

859 - - 859 - 859

Lucro do segmento 5.887 5.396 314 11.597 (997) 10.600

Total do ativo 52.247 40.409 9.887 102.543 2.211 104.754

Total do passivo 19.825 4.066 1.688 25.579 30.334 55.913

Outras divulgações

Investimento em coligadas (Nota 6)

681 - - 681 - 681

Despesas de capital 5.260 4.363 1.192 10.815 - 10.815

ComentárioPode ser exigida divulgação adicional se o responsável operacional pela tomada de decisão, o Comitê de Gestão Executiva do Grupo, regularmente revisa outros itens contabilizados na demonstração do resultado, ou seja, depreciação e amortização, reduções ao valor recuperável e participação nos lucros de coligadas.

Ajustes e eliminaçõesReceitas financeiras e custos financeiros, além de ganhos e perdas a valor justo sobre ativos financeiros, não são alocados a segmentos individuais, uma vez que instrumentos subjacentes são administrados de forma agrupada.

Impostos atuais, impostos diferidos e determinados ativos e passivos financeiros não são alocados a esses segmentos, uma vez que também são administrados de forma agrupada.

Dispêndios de capital consistem em adições de imobilizado, ativos intangíveis e propriedades para investimento, incluindo ativos originados da aquisição de subsidiárias.

Receitas intersegmento são eliminadas na consolidação.

CPC 22.23(a)

CPC 22.23(b)

CPC 22.23(e)

CPC 22.23(i)

CPC 01.129

CPC 22.23(g)

CPC 22.23

CPC 22.23

CPC 22.23

CPC 22.24(a)

CPC 22.24(b)

CPC 22.28

71Grupo Modelo | EY

Reconciliação do lucro 2013 2012

R$ 000 R$ 000

Lucro do segmento 12.865 11.597

Despesas de juros (Nota 9.3) 336 211

Ganho com ativos financeiros a valor justo através do resultado (Nota 9.4) 850 -

Perda com ativos financeiros a valor justo através do resultado (Nota 9.3) (1.502) -

Outras despesas financeiras (Nota 9.3) (1.264) (1.123)

Ganhos líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda (eliminação) (2) -

Vendas intersegmento (eliminação) (175) (305)

Lucro antes dos impostos e operações descontinuadas 11.108 10.380

Reconciliação do ativo 2013 2012

R$ 000 R$ 000

Ativos operacionais do segmento 121.355 102.543

Imposto diferido ativo (Nota 10) 383 365

Empréstimos com coligadas (Nota 29) 200 -

Empréstimos com diretores (Nota 29) 13 8

Notas de crédito 3.674 1.685

Derivativos 1.102 153

Ativos classificados como disponíveis para venda (Nota 11) 13.554 -

Total dos ativos 140.281 104.754

Reconciliação do passivo 2013 2012

R$ 000 R$ 000

Passivos operacionais do segmento 30.991 25.579

Imposto diferido passivo (Nota 10) 2.931 1.089

Imposto corrente a pagar 3.961 4.013

Empréstimos e financiamentos 22.806 24.478

Derivativos 2.687 254

Passivos classificados como mantidos para venda (Nota 11) 13.125 -

Total dos passivos 76.501 55.413

Informações geográficas

2013 2012 Receitas de clientes no exterior R$ 000 R$ 000 Brasil 128.238 112.548 Estados Unidos 52.224 49.881 Total 180.462 162.429

As informações acima sobre a receita consideraram a localidade do cliente.

A receita referente a um dos clientes totalizou R$ 25.521 (2012: R$ 21.263), resultantes de vendas feitas pelo segmento de produtos antifogo.

Ativos não circulantes 2013 2012

R$ 000 R$ 000

Brasil 38.591 27.522

Estados Unidos 9.300 7.251

Total 47.891 34.773

Ativos não circulantes nesse caso correspondem a imobilizado, propriedades para investimento e ativos intangíveis.

CPC 22.33(a)

CPC 22.33(a)

CPC 22.34

CPC 22.33(b)

72 Grupo Modelo | EY

ComentárioReceitas e despesas de juros não foram divulgadas por segmento, pois tais itens são administrados no âmbito do Grupo, não sendo informados ao diretor responsável pelo segmento. As informações sobre obrigações do segmento só deverão ser divulgadas quando solicitadas ao diretor responsável.

A divulgação interna de informações do Grupo é feita com base nos CPCs. As divulgações do segmento podem aumentar significativamente se as informações internas não tiverem sido elaboradas com base nas políticas contábeis adotadas no Brasil. Nesse caso, será necessário realizar a conciliação entre os itens divulgados internamente e aqueles comunicados externamente.

A divulgação de informações por segmento acrescenta um grande valor no julgamento dos investidores através da compreensão da contribuição das partes do negócio ao todo constituído pela empresa. Embora seja possível avaliar a empresa de forma agregada através das demonstrações contábeis, é mais difícil compreender o desempenho do negócio sem conhecer, por exemplo, a contribuição de produtos novos vs. produtos maduros ou o crescimento das vendas por regiões geográficas.

O pronunciamento CPC 22 (IFRS 8) também apresenta exigências de divulgações que devem ser feitas mesmo pelas companhias que apresentaram apenas um segmento. Os requisitos tratam da divulgação de informações sobre as receitas provenientes de produtos ou serviços (ou grupos de produtos e serviços similares), sobre os países em que a empresa obtém receitas e mantém ativos e sobre os principais clientes, independentemente de essas informações serem usadas pela administração ao tomar decisões operacionais.

O IASB iniciou em 2012 o “Post - Implementation Review” do IFRS 8, processo que busca entender as dificuldades na aplicação de um novo pronunciamento. Esse processo foi dividido em quatro fases que se estenderão futuramente, e terá como resultado potenciais revisões do IFRS 8.

9. Outras receitas/despesas e ajustes

9.1 Outras receitas operacionais

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Subvenções governamentais (Nota 24) 1.053 541

Ganhos líquidos na alienação de imobilizado 532 2.007

1.585 2.548

Foram recebidos subsídios governamentais para a aquisição de determinados itens do imobilizado. Não há condições pendentes ou contingências relacionadas a tais subsídios.

9.2 Outras despesas operacionais

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Custos de defesa em licitações (579) (31)

Contingências trabalhistas (Nota 23) (102) (22)

Despesas operacionais diretas (incluindo reparos e manutenção) de propriedades para investimento de aluguel

(101) (353)

Variação do valor justo de propriedades para investimento (Nota 14) (306) (300)

Inefetividade em contratos de commodities designados como hedges de fluxo de caixa (Nota 16.3)

(65) -

Total (1.153) (706)

CPC 26.97

CPC 28.75(f)(ii)

CPC 26.97

CPC 40.24(b)

73Grupo Modelo | EY

9.3 Despesas financeiras

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Juros sobre dívidas e empréstimos tomados (1.070) (1.082)

Encargos financeiros a pagar referentes a compromissos de arrendamento mercantil financeiro e compras a prazo

(40) (40)

Total de despesas de juros (1.110) (1.122)

Perda por redução ao valor recuperável de instrumentos disponíveis para venda (Nota 16.1)

(111) -

Prejuízo líquido de ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado

(1.502) -

Efeito financeiro do desconto sobre provisões (Nota 23) (43) (1)

Total das despesas financeiras (2.766) (1.123)

9.4 Receitas financeiras

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Receita de juros sobre empréstimos a coligada 20 -

Receita de juros sobre investimentos disponíveis para venda 316 211

Ativos e passivos financeiros a valor justo por meio do resultado 850 -

Total das receitas financeiras 1.186 211

9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos na demonstração consolidada do resultado

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Incluído no custo das vendas:

Depreciação 3.520 2.800

Perda por redução ao valor recuperável do imobilizado (Nota 13) — 301

Amortização e perda por redução ao valor recuperável de ativos intangíveis (Nota 15)

325 174

Variações cambiais líquidas (65) (40)

Provisão para garantias (Nota 23) 106 52

Custos dos estoques reconhecidos como despesas 128.872 114.893

Incluído em despesas administrativas:

Depreciação 277 282

Perda por redução ao valor recuperável do ágio (Nota 15) 200 —

Pagamentos mínimos de arrendamento mercantil reconhecidos como despesa de arrendamento mercantil e operacional

250 175

Reavaliação da contraprestação contingente (Nota 4) 358 —

CPC 40.20(b)

CPC 40.20(e)

CPC 40.20(a)

CPC 25.60

CPC 26.85

CPC 40.20(a)(i)

CPC 40.20(b)

CPC 26.104

CPC 01.126(a)

CPC 04.118(d)

CPC 02.52(a)

CPC 16.36(d)

CPC 01.126(a)

CPC 06.35(c)

74 Grupo Modelo | EY

9.6 Despesas com benefícios a funcionários

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Incluído no custo das vendas:

Ordenados e salários 6.551 6.513

Custos de previdência social 664 659

Custos relacionados a aposentadoria 350 305

Benefícios pós-emprego que não de aposentadoria 38 28

Despesas de pagamento baseado em ações 103 123

Incluído nas despesas com vendas:

Ordenados e salários 10.882 10.220

Custos de previdência social 1.102 1.135

Custos relacionados a aposentadoria 560 496

Benefícios pós-emprego que não de aposentadoria 61 45

Despesas de pagamento baseado em ações 165 197

Incluído nas despesas administrativas:

Ordenados e salários 13.372 13.317

Custos de previdência social 1.349 1.343

Custos relacionados a aposentadoria 488 465

Benefícios pós-emprego que não de aposentadoria 54 40

Despesas de pagamento baseado em ações 144 172

Total 35.883 35.058

Pensões e outros benefícios pós-emprego de 2012 foram atualizados de acordo com o CPC 33 (R1) e não correspondem aos números divulgados nas demonstrações financeiras de 2012.

9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimentoOs custos de pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como despesa na demonstração do resultado durante o exercício financeiro totalizam R$ 2.235 (2012: R$ 1.034).

9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Ganhos sobre hedge de fluxo de caixa (732) 33

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda (58) 3

CPC 04.126

CPC 26.92

CPC 40.23

CPC 26.104

CPC 10.51(a)

75Grupo Modelo | EY

10. Impostos de renda sobre o lucroA composição da despesa de imposto de renda e contribuição social nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 encontra-se a seguir:

Demonstração consolidada do resultado

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Imposto de renda e contribuição social correntes:

Despesa de imposto de renda e contribuição social correntes 2.938 3.038

Ajustes relativos ao imposto de renda corrente e contribuição social do exercício anterior

(18) (44)

Imposto de renda e contribuição social diferidos:

Relativo à constituição e reversão de diferenças temporárias 178 (311)

Despesas de imposto de renda e contribuição social apresentadas na demonstração do resultado

3.098 2.683

Demonstração do resultado abrangente

Imposto de renda e contribuição social diferidos relativos a itens debitados ou creditados diretamente no patrimônio líquido durante o exercício:

Ganho (perda) de reavaliação de hedge de fluxo de caixa 220 (9)

Ganho (perda) não realizado de ativos financeiros disponíveis para venda 18 (1)

Perda líquida de hedge de investimento líquido (83) —

Ganho (perda) líquido sobre ganhos ou perdas atuariais (112) 116

Imposto de renda e contribuição social relativos a outros resultados abrangentes

43 106

A conciliação entre a despesa tributária e o resultado da multiplicação do lucro contábil pela alíquota fiscal local do Brasil (alíquota hipotética) nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Lucro contábil antes dos impostos de operações em continuidade 11.108 10.380

Lucro (prejuízo) antes dos impostos de operações descontinuadas 213 (194)

Lucro contábil antes dos impostos sobre o lucro 11.321 10.186

À alíquota fiscal de 30% (2012: 30%) 3.396 3.056

Ajustes relativos ao imposto de renda e contribuição social correntes do exercício anterior

(18) (44)

Subsídios governamentais isentos de imposto (316) (162)

Utilização de prejuízo fiscal anteriormente não reconhecido (481) (339)

Despesas não dedutíveis para fins fiscais:

Perda por redução ao valor recuperável do ágio 20 —

Mudança na contraprestação contingente da aquisição da Extintores Ltda. (Nota 7)

107 —

Outras despesas não dedutíveis 56 67

Efeito de alíquotas fiscais mais elevadas nos EUA 327 321

À alíquota efetiva de 26% (2012: 27%) 3.091 2.899

Despesa de imposto de renda e contribuição social apresentada na demonstração consolidada do resultado

3.098 2.904

Imposto de renda e contribuição social atribuíveis a operação descontinuada (7) (5)

3.105 2.899

CPC 32.79

CPC 32.80(a)

CPC 32.80(b)

CPC 32.80(c)

CPC 32.81(a)

CPC 32.81(c)

76 Grupo Modelo | EY

Imposto de renda e contribuição social diferidos

O imposto de renda e contribuição social diferidos em 31 de dezembro referem-se a:

Balanço Patrimonial Consolidado

Resultado Consolidado

2013 2012 2013 2012

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Depreciação acelerada para fins fiscais (2.762) (811) 442 (157)

Reavaliações a valor justo de imóveis para investimento (1.330) (1.422) (92) (90)

Reavaliações de terrenos e edifícios a valor justo (254) — — —

Reavaliações a valor justo de investimentos disponíveis para venda 17 (1) — —

Reavaliações a valor justo de empréstimo objeto de hedge (11) — 11 —

Ganho líquido de hedge de investimento líquido (83) — — —

Pagamentos baseados em ações 51 100 49 —

Benefícios de assistência médica pós-aposentadoria 102 59 (43) (33)

Fundo de pensão 814 835 (91) 55

Avaliação a valor justo de swap de taxa de juros (hedge de valor justo)

11 — (11) —

Reavaliações de hedge de fluxo de caixa 250 31 — —

Perda por redução ao valor recuperável de instrumentos de dívidas sem cotação disponível para venda

27 — (27) —

Receitas diferidas sobre programas de fidelidade 72 65 (6) (11)

Ações preferenciais conversíveis 91 55 (36) (32)

Prejuízo fiscal a compensar com lucros tributáveis futuros 383 365 (18) (44)

Despesa (receita) de imposto de renda e contribuição social diferidos

(2.622) (724) 178 (312)

Ativo (passivo) fiscal diferido, líquido

Refletido no balanço patrimonial da seguinte maneira:

Ativo fiscal diferido 383 365

Passivo fiscal diferido:

Operações em continuidade (2.931) (1.089)

Operações descontinuadas (74) —

Passivo fiscal diferido, líquido (2.622) (724)

Reconciliação do passivo fiscal diferido 2013 2012

R$ 000 R$ 000

Saldo de abertura (724) (762)

Receita / (despesa) de imposto reconhecida no resultado (178) 312

Imposto (despesa) reconhecido no patrimônio líquido (212) 106

Operações descontinuadas 2 —

Imposto diferido adquirido em combinações de negócios (1.510) (380)

Saldo em 31 de dezembro (2.622) (724)

CPC 32.81(g)(i)

CPC 32.81(g)(ii)

77Grupo Modelo | EY

O Grupo possui prejuízos fiscais gerados no Brasil, no valor de R$ 427 (2012: R$ 1.198) passíveis de compensação com lucros tributáveis futuros das empresas em que foram gerados sem prazo de prescrição. Contudo, essas perdas são de controladas que possuem um histórico de perdas e não podem ser utilizadas para compensar lucros tributáveis de outras empresas do Grupo.

Não foi reconhecido um ativo fiscal diferido em relação a esses prejuízos, uma vez que não podem ser utilizados para compensar lucro tributáveis de outras empresas do Grupo e ainda por terem sido gerados em controladas deficitárias há algum tempo. A controlada não possui diferenças temporárias tributáveis nem perdas como impostos diferidos ativos. Se o Grupo pudesse reconhecer todos os valores de impostos diferidos ativos, o lucro aumentaria em R$ 128.

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, não foi reconhecido um passivo fiscal diferido em relação a impostos que deveriam ser pagos sobre resultados não remetidos de determinadas controladas, coligadas ou joint ventures do Grupo, uma vez que:

• O Grupo determinou que os lucros não distribuídos de suas controladas não serão distribuídos no futuro próximo;

• O Grupo possui um acordo com sua coligada no sentido de que os lucros da coligada somente serão distribuídos mediante aprovação do Grupo. A controladora não espera aprovar essa distribuição na data de divulgação das demonstrações financeiras; e

• A joint venture do Grupo somente poderá distribuir seus lucros mediante aprovação de todos os participantes do empreendimento. A controladora não espera aprovar essa distribuição na data de divulgação das demonstrações financeiras.

As diferenças temporárias relativas a investimentos em controladas, coligadas e joint ventures, sobre as quais não foi reconhecido um passivo social diferido, montam a R$ 1.745 (2012: R$ 1.458).

Não há consequências fiscais associadas ao pagamento de dividendos em 2013 ou 2012 pelo Grupo a seus acionistas.

11. Operação descontinuadaEm 1º de março de 2013, o Grupo publicou a decisão de seu Conselho de Administração de alienar a empresa Mangueiras Ltda. A empresa Mangueiras Ltda. produz mangueiras de borracha, sendo um segmento operacional que apresenta informações em separado e faz parte das operações do Brasil. Os negócios da Mangueiras Ltda. vêm sendo desenvolvidos em um ambiente produtivo imprevisível, tornando difícil para a administração obter crescimento e lucratividade real a partir desse segmento. A alienação da Mangueiras Ltda. está prevista para ser concluída em 28 de fevereiro de 2014, e em 31 de dezembro de 2013 estavam sendo negociadas as condições finais para a venda. Em 31 de dezembro de 2013, a Mangueiras Ltda. estava classificada como grupo de ativos mantido para venda e como operação descontinuada.

O resultado do exercício da Mangueiras Ltda. é apresentado a seguir:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Receita 43.657 45.532

Despesa (42.809) (45.206)

Lucro bruto 848 326

Custos financeiros (525) (519)

Perda por redução ao valor recuperável reconhecida quando do recálculo do valor justo menos custos de venda (110) -

Lucro (prejuízo) da operação descontinuada antes dos impostos 213 (193)

Receita tributária:

Relacionada a lucro (prejuízo) antes do imposto 5 5

Relacionada ao cálculo a valor justo menos custos de venda 2 -

Lucro (prejuízo) do exercício da operação descontinuada 220 (188)

CPC 31.33(b)(i)

CPC 31.30

CPC 31.41

CPC 32.81(e)

CPC 32.87

CPC 32.81(f)

CPC 32.82A

78 Grupo Modelo | EY

As principais classes de ativos e passivos da Mangueiras Ltda. classificados como mantidos para venda em 31 de dezembro são:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Ativo

Intangível (Nota 15) 135 -

Imobilizado (Nota 13) 4.747 -

Contas a receber 6.870 -

Ações do capital não negociáveis 508 -

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 19) 1.294 -

Ativos classificados como mantidos para venda 13.554 -

Passivo

Contas a pagar (7.242) -

Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 9) (74) -

Obrigações sujeitas a juros (5.809) -

Obrigações diretamente associadas a ativos classificados como mantidos para venda (13.125) -

Ativos líquidos diretamente associados ao grupo de mantidos para venda

539 -

Incluído no resultado abrangente:

Reserva de mantidos para venda 66 -

Impostos diferidos sobre reserva de mantidos para venda (20) -

Reserva de grupo de alienação classificado como mantido para venda

46 -

Os fluxos de caixa líquidos incorridos pela Mangueiras Ltda. são:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Atividades operacionais (1.999) 3.293

Atividades de investimentos - -

Atividades de financiamento (436) (436)

Caixa líquido gerado (utilizado) (2.435) (2.857)

Lucro por ação:

Básico, da operação descontinuada R$ 0,011 (R$ 0,010)

Diluído, da operação descontinuada R$ 0,011 (R$ 0,009)

As obrigações sujeitas a juros são compostas por um empréstimo bancário de R$ 5.809 com juros fixos de 7,5%, com vencimento em 1º de janeiro de 2016.

Perda por redução ao valor recuperável de imobilizado Imediatamente antes da classificação da empresa Mangueiras Ltda. como operação descontinuada, o valor recuperável de determinados itens do imobilizado foi estimado sem que houvesse sido identificada perda no respectivo valor. Após a classificação, foi reconhecida uma perda por redução ao valor recuperável no valor total de R$ 110 (R$ 77, líquida de imposto) para que o valor contábil dos ativos no grupo de alienação fosse reduzido ao valor justo menos os custos de venda. Esse valor foi reconhecido no resultado na linha “Lucro do exercício de operação descontinuada”. Foi obtida uma avaliação independente para determinar o valor justo no qual se basearam transações recentes envolvendo ativos semelhantes no mesmo segmento de mercado.

CPC 31.38

CPC 31.38

CPC 31.33(c)

CPC 41.68

CPC 01.124

CPC 31.33 (a)(ii)

CPC 31.40

79Grupo Modelo | EY

12. Lucro por açãoO calculo básico de lucro por ação é feito através da divisão do lucro líquido do exercício, atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício.

O lucro diluído por ação é calculado através da divisão do lucro líquido atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora (após o ajuste referente aos juros sobre as ações preferenciais conversíveis e sobre títulos conversíveis, em ambos os casos líquidos de impostos) pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício mais a quantidade média ponderada de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas em ações ordinárias.

O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos lucros básico e diluído por ação:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Lucro líquido de operações em continuidade atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora 7.724 7.458

Lucro (prejuízo) da operação descontinuada atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora 220 (188)

Lucro líquido atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora - lucro básico por ação 7.944 7.270

Juros sobre ações preferenciais conversíveis 247 238

Lucro líquido atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora ajustado pelo efeito da diluição 8.191 7.508

2013 2012

Milhares Milhares

Média ponderada da quantidade de ações ordinárias para o lucro básico por ação * 29.966 28.646

Efeito da diluição:

Opções de ações 112 177

Ações preferenciais conversíveis 833 833

Média ponderada da quantidade de ações ordinárias ajustada pelo efeito da diluição* 30.911 29.656

* A média ponderada da quantidade de ações considera o efeito da média ponderada das mudanças nas ações em tesouraria durante o exercício.

Não houve outras transações envolvendo ações ordinárias ou potenciais ações ordinárias entre a data do balanço patrimonial e a data de conclusão destas demonstrações financeiras.

ComentárioDevido à existência de diferentes tipos de ações, mais precisamente ordinárias e preferenciais, e ainda opções de ações concedidas pela empresa, instrumentos de dívidas conversíveis e outros instrumentos que afetam o número de ações em circulação, o cálculo desse indicador torna-se mais complexo.

Sobre esse aspecto, é importante destacar que as exigências presentes no CPC 41 (IAS 33) são um assunto novo para a maioria das companhias brasileiras. A legislação societária brasileira fazia menção à divulgação desse indicador, mas não havia uma norma que determinasse os critérios para esse cálculo. Nesse contexto, a grande parte das companhias brasileiras não evidenciava, por exemplo, o efeito de possíveis instrumentos diluidores sobre esse indicador. Em uma análise parcial das demonstrações financeiras divulgadas recentemente, o principal fator mencionado pelas companhias que apresentaram essa diferença foram as opções de ações (stock options) concedidas aos administradores das companhias sob a forma de pagamento baseado em ações.O CPC 41 (R1) (IAS 33) exige ainda que a entidade divulgue nota sobre instrumentos que poderiam potencialmente diluir os resultados por ação básicos no futuro, mas que não foram incluídos no cálculo do resultado por ação diluído, porque são antidiluidores para os períodos apresentados. Esse é o caso das debêntures conversíveis que aumentam o denominador, que é a quantidade média de ações, mas também aumentam o numerador, que é o lucro atribuível aos acionistas, porque, quando se admite que as debêntures serão conversíveis, é igualmente necessário fazer a adição ao resultado dos encargos financeiros desse instrumento de dívida. Por essa razão, as companhias não devem considerar tais instrumentos no cálculo do lucro por ação diluído, haja vista que seu efeito seria antidiluitivo.

CPC 41.70-73A

CPC 41.70-73A

80 Grupo Modelo | EY

13. Imobilizado

Terrenos e edificações

própriosImobilizações

em curso

Outros imobilizados Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Custo ou avaliação:

Em 1º de janeiro de 2012 11.887 - 23.157 35.044

Adições 1.587 - 6.198 7.785

Aquisições de controlada (Nota 4) 1.280 - - 1.280

Alienações (3.381) - (49) (3.430)

Ajuste cambial 10 - 26 36

Em 31 de dezembro de 2012 11.383 - 29.332 40.715

Adições 1.612 4.500 4.593 10.705

Aquisições de controlada (Nota 4) 2.897 - 4.145 7.042

Alienações - - (4.062) (4.062)

Operações descontinuadas (Nota 11) (4.144) - (3.980) (8.124)

Diferenças cambiais 774 - (1.403) (629)

Em 31 de dezembro de 2013 12.522 4.500 29.261 46.283

Depreciação e perda por redução ao valor recuperável:

Em 1º de janeiro de 2012 4.160 - 11.944 16.104

Despesa de depreciação no exercício 354 - 2.728 3.082

Perda por redução ao valor recuperável (Nota 9.5) - - 301 301

Alienações (3.069) - (49) (3.118)

Ajuste cambial 5 - 12 17

Em 31 de dezembro de 2012 1.450 - 14.936 16.386

Despesa de depreciação no exercício* 500 - 3.297 3.797

Alienações - - (3.450) (3.450)

Operações descontinuadas (Nota 11) (1.283) - (2.094) (3.377)

Diferenças cambiais (82) - 30 (52)

Em 31 de dezembro de 2013 585 - 12.719 13.304

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembro de 2013 11.937 4.500 16.542 32.979

Em 31 de dezembro de 2012 9.933 - 14.396 24.329

* Depreciação do exercício exclui a perda por redução ao valor recuperável de R$ 110 (vide Nota 10).

CPC 26.78(a)

CPC 27.73 (d), (e)

81Grupo Modelo | EY

Em 2012, a perda de R$ 301 por redução ao valor recuperável foi representada pela redução no valor contábil de determinados itens do imobilizado no segmento de prevenção contra incêndio a seu respectivo valor recuperável. Isso foi reconhecido na linha de resultado “custo de venda”. O valor recuperável foi baseado no valor em uso, tendo sido determinado em relação à unidade geradora de caixa. A unidade geradora de caixa consistia nos ativos localizados no Brasil de propriedade das empresas Spinklers Inc. e Esguichos Ltda., controlada e joint venture do Grupo, respectivamente. Para determinação do valor em uso da unidade geradora de caixa, os fluxos de caixa foram descontados à taxa de 12,4% antes dos impostos.

Custos de empréstimo capitalizadosO Grupo iniciou a construção de novas instalações de segurança contra incêndio em fevereiro de 2013. Espera-se que esse projeto seja concluído em fevereiro de 2014. O valor contábil das instalações de segurança contra incêndio em 31 de dezembro de 2013 era de R$ 3 mil (2012: 0). As instalações de segurança contra incêndio são financiadas por terceiros em um acordo sob a forma de empreendimento.

O valor dos custos de empréstimo capitalizados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 era de aproximadamente R$ 1.149 (2012: 0). A taxa utilizada para determinar o montante dos custos de empréstimo passíveis de capitalização foi de 11%, que representa a taxa efetiva do empréstimo específico.

Arrendamentos mercantis financeiros e ativos em construçãoO valor contábil do imobilizado mantido sob compromissos de arrendamento mercantil financeiro em 31 de dezembro de 2013 foi de R$ 1.178 (2012: R$ 1.486). Houve adições ao imobilizado durante o exercício no valor de R$ 45 (2012: R$ 54) de itens sob compromissos de arrendamento mercantil financeiro, que são garantidos pelos próprios bens objeto dos contratos.

Terrenos e edificações com valor contábil de R$ 7.400 (2012: R$ 5.000) estão sujeitos a hipoteca de primeiro grau como garantia de dois empréstimos bancários do Grupo (Nota 16).

Em 31 de dezembro de 2013, além das novas instalações de segurança contra incêndio, o imobilizado incluíao valor de R$ 1.500 (2012: 0) em despesas relativas a uma usina em construção. Ambos os ativos em construção serão registrados como “terrenos e edificações” após finalização da construção.

14. Propriedades para investimento

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Saldo inicial em 1º de janeiro 7.983 7.091

Adições (gastos subsequentes) 1.216 1.192

Perda líquida de ajuste a valor justo (306) (300)

Saldo final em 31 de dezembro 8.893 7.983

As propriedades para investimento são registradas a valor justo, que foi determinado com base em avaliações realizadas pela empresa Acme Avaliações, avaliadores independentes de renome, em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012. Acme Avaliações é especialista na avaliação desse tipo de propriedade para investimento. O valor justo dos imóveis não foi determinado em transações observáveis no mercado devido à natureza do imóvel e à ausência de dados comparáveis, tendo sido aplicado um método de avaliação segundo a recomendação do International Valuation Standards Committee (Comitê de Normas Internacionais de Avaliação). Foram utilizados os seguintes dados principais:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Receita de aluguel derivada de propriedade para investimento 1.404 1.377

Gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenções) gerando aluguel (101) (353)

Gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenções) que não geram aluguel (incluídos nos custos das vendas)

(37) (127)

Lucro decorrente das propriedades para investimento a valor justo 1.266 897

O Grupo não tem restrições sobre a capacidade de realização de suas propriedades para investimento. Sem obrigações contratuais, pode comprar, construir ou desenvolver propriedades para investimento ou para reparações, manutenções ou melhorias.

CPC 20.26(a)

CPC 20.26(b)

CPC 27.74(a)

CPC 27.74(b)

CPC 28.76

CPC 28.75(e)

CPC 28.75(f)

CPC 28.75(g)

CPC 28.75(h)

82 Grupo Modelo | EY

Propriedades para investimento

Escritórios Propriedades de varejo

R$ 000 R$ 000

Saldo inicial 3.825 4.158

Remensuração reconhecida no resultado (147) (159)

Aquisições 582 634

Saldo final 4.260 4.633

Ganhos (perdas) não realizados no período reconhecidos no resultado (em despesas operacionais)

(147) (159)

Descrição das técnicas de avaliação utilizadas para avaliação das propriedades para investimento:

Técnicas de valorizaçãoDados significativos não observáveis Média

Escritórios Método de Fluxo de Caixa Descontado

Valor do aluguel estimado por m2 por mêsReajusteTaxa de ocupação de longo prazoTaxa de desconto

R$ 10 – R$ 25 (R$ 20)

1,75%3% - 10% (5%)6,5%

Propriedades de varejo

Método de Fluxo de Caixa Descontado

Valor do aluguel estimado por m2 por mês

Reajuste

Taxa de ocupação de longo prazo

Taxa de desconto

R$ 15 – R$ 35 (R$ 22)

1%

4% - 12% (7%)

6,5%

De acordo com o método do fluxo de caixa descontado, o valor justo é estimado utilizando as premissas referentes aos benefícios e passivos da titularidade em relação à vida dos ativos, incluindo valor de saída ou final. Esse método envolve a projeção de uma série de fluxo de caixa sobre participação em bens imóveis. Para essa série de fluxo de caixa descontado é aplicada uma taxa de desconto derivada do mercado para constituir o valor presente do fluxo de receita associado com o ativo. A taxa final é normalmente apurada separadamente e difere da taxa de desconto.

A duração do fluxo de caixa e a época específica de fluxo de entrada e saída são determinadas por eventos tais como revisões de aluguel, renovação de arrendamento e correspondente relocação, readequação ou reforma. A adequada duração é geralmente determinada pelo comportamento de mercado, característico da classe de imóveis. O fluxo de caixa do período é geralmente estimado como lucro bruto menos custos de vacância, despesas não recuperáveis, perdas no recebimento, incentivos de arrendamento, custo de manutenção, custos de agenciamento e comissão e outras despesas operacionais e administrativas. A série de lucro operacional líquido periódico, juntamente com uma estimativa do valor final previsto ao final do período de projeção, é então descontada.

Aumentos (reduções) significativos no valor de aluguel estimado e crescimento de aluguel por ano isoladamente resultaria em valor justo significativamente mais alto (mais baixo) das propriedades. Aumentos (reduções) significativos em taxa de vacância de longo prazo e taxa de desconto (e taxa final) isoladamente resultariam em valor justo mais baixo (mais alto).

Geralmente, uma mudança na premissa feita para o valor de aluguel estimado traz consigo:

• uma mudança semelhante no crescimento do aluguel por ano e na taxa de desconto (e taxa final)

• uma mudança oposta na taxa de vacância de longo prazo

CPC 46.93(e)(ii)

CPC 46.93(e)(iii)

CPC 46.93(f)

CPC 46.93(d)

CPC 46.93(h)(i)

83Grupo Modelo | EY

ComentárioO Grupo optou por avaliar as propriedades para investimento a valor justo de acordo com o CPC 28.

Segundo o CPC 46, as exigências de divulgação devem ser aplicadas em informações comparativas fornecidas para períodos antes da aplicação inicial do CPC 46. O Grupo optou por não aplicar as exigências de divulgação das informações comparativas (para 2012). No entanto, determinadas divulgações a valor justo para instrumentos financeiros exigidas nos termos do CPC 40 (R1) no exercício anterior foram apresentadas juntamente com as divulgações de acordo com o CPC 46.

Se, para mensurações recorrentes e não recorrentes a valor justo, a utilização ideal de um ativo não financeiro diferir do seu uso atual, uma entidade deve divulgar o fato e a razão pela qual o ativo está sendo utilizado de maneira que difere da sua utilização ideal (CPC 46.93(i)). O Grupo avaliou que a utilização ideal de suas propriedades não difere do uso atual. A seguir, apresenta-se um exemplo do que poderia ser divulgado se determinado que a utilização ideal é diferente do uso atual:

O Grupo determinou que a utilização ideal do imóvel cujo espaço é usado como escritório é o atual uso que dele se faz. A utilização ideal da propriedade comercial na data de mensuração seria obtida pela conversão da propriedade para uso residencial. Por razões estratégicas, a propriedade não está sendo utilizada dessa forma.

Adicionalmente às exigências de divulgação previstas no CPC 46, o CPC 26 (R1) exige divulgação de julgamentos significativos por parte da administração sobre o futuro e as fontes de incerteza de estimativa. O CPC 26 (R1) inclui, como exemplo dessa divulgação, a sensibilidade dos valores contábeis em relação aos métodos, premissas e estimativas subjacentes ao cálculo, incluindo as razões de sensibilidade. Dessa forma, em algumas circunstâncias podem ser necessárias informações além das exigidas pelo CPC 26 (R1).

O CPC 28 permite que o ativo imobilizado e as propriedades para investimento sejam mantidos a custo histórico, menos provisão para depreciação e redução a valor recuperável. Se o Grupo contabilizou propriedades para investimento a custo, seriam exigidas informações sobre o regime de custo e taxas de depreciação (semelhante à exigência nos termos do CPC 27 para ativo imobilizado). O CPC 28 exige divulgação de valor justo das propriedades. Para fins dessa divulgação, o valor justo é exigido de acordo com o CPC 46. Outrossim, adicionalmente às divulgações de acordo com o CPC 28, o CPC 46 exige divulgação:

• do nível no qual a mensuração do valor justo é categorizada, ou seja, Nível 1, 2 ou 3

• da descrição de técnica de avaliação e dados para mensuração do valor justo do Nível 2 ou do Nível 3

• se a utilização ideal difere do uso atual do ativo, o fato e a razão para tanto

O CPC 46 exige que uma entidade apresente as divulgações quantitativas do CPC 46 a serem incluídas em formato tabular, a menos que outro formato seja mais adequado. O Grupo incluiu as divulgações quantitativas em formato tabular, conforme acima.

84 Grupo Modelo | EY

15. IntangívelCustos de

desenvolvimentoPatentes e

licenças Ágio Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Custo:

Em 1º de janeiro de 2012 1.585 635 119 2.339

Adições – desenvolvimento interno 390 - - 390

Aquisição de controlada (Nota 4) - - 131 131

Em 31 de dezembro de 2012 1.975 635 250 2.860

Adições – desenvolvimento interno 587 - - 587

Aquisição de controlada (Nota 4) - 1.200 2.231 3.431

Operações descontinuadas (Nota 11) - (138) - (138)

Em 31 de dezembro de 2013 2.562 1.697 2.481 6.740

Amortização e perda por redução ao valor recuperável:

Em 1º de janeiro de 2012 165 60 - 225

Amortização (Nota 9.5) 124 50 - 174

Em 31 de dezembro de 2012 289 110 - 399

Amortização 95 30 - 125

Perda por redução ao valor recuperável (Nota 17) - - 200 200

Operações descontinuadas (Nota 11) - (3) - (3)

Em 31 de dezembro de 2013 384 137 200 721

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembro de 2013 2.178 1.560 2.281 6.019

Em 31 de dezembro de 2012 1.686 525 250 2.461

Existem dois principais projetos de pesquisa e desenvolvimento de prevenção contra incêndio: sistemas aprimorados de esguichos e detecção de incêndio e tecidos que dificultam a propagação de incêndio para automóveis e aviões. Nos desenvolvimentos relacionados à eletrônica, as iniciativas concentram-se nos equipamentos de segurança acionados através da internet. Todos os custos com pesquisa e desenvolvimento não elegíveis para capitalização foram reconhecidos como despesas administrativas no resultado (Nota 9.7).

Aquisição durante o exercício O item patentes e licenças inclui ativos intangíveis adquiridos por meio de combinações de negócios. As patentes foram concedidas pelo prazo mínimo de dez anos pelo órgão governamental competente, enquanto as licenças foram adquiridas com possibilidade de renovação ao término do prazo a baixo custo ou sem ônus para o Grupo. As licenças adquiridas anteriormente foram renovadas e permitiram que o Grupo determinasse que os ativos tenham vida útil indefinida. Em 31 de dezembro de 2013, esses ativos foram submetidos a testes de perda por redução ao valor recuperável (Nota 9.5).

CPC 04.118(c)

CPC 04.118(e)

CPC 04.118(d)

85Grupo Modelo | EY

16. Outros ativos e passivos financeiros

16.1 Outros ativos financeiros

2013 2012

R$ 000 R$ 000

R$ 000 R$ 000

Instrumentos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes

Hedges de fluxo de caixa

Contratos a termo de moeda estrangeira 252 153

Instrumentos financeiros a valor justo reconhecidos no resultado

Derivativos não designados como hedge

Contratos a termo de moeda estrangeira 640 —

Derivativos embutidos 210 —

Total dos instrumentos a valor justo reconhecidos no resultado 850 —

Investimentos disponíveis para venda a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes:

Ações não cotadas 1.038 898

Ações cotadas 337 300

Títulos de dívida cotados 612 600

Total de investimentos disponíveis para venda 1.987 1.798

Total dos instrumentos a valor justo 3.089 1.951

Empréstimos e recebíveis

Notas de crédito 3.674 1.685

Empréstimos com coligadas 200 —

Empréstimos com diretores 13 8

Total de empréstimos e recebíveis 3.887 1.693

Total de outros ativos financeiros 6.976 3.644

Total circulante 551 153

Total não circulante 6.425 3.491

Ativos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes: refletem a mudança positiva no valor justo dos contratos a termo em moeda estrangeira, designados como hedge de fluxo de caixa para cobrir as vendas em dólares americanos e compras em libra esterlina.

Os ativos financeiros por meio do resultado: refletem a mudança positiva no valor justo dos contratos a termo de moeda estrangeira sobre divisas que não são designados em relações de cobertura, mas têm, no entanto, a intenção de reduzir o nível de risco de moeda estrangeira para compras e vendas.

Empréstimos e recebíveis são mantidos até o vencimento para gerar uma renda de juro fixa ou variável para o Grupo. O valor contábil pode ser afetado por mudanças no risco de crédito das contrapartes.

Investimentos disponíveis para venda: incluem uma parcela significativa dos ativos financeiros disponíveis para venda que são investimentos em ações de empresas não cotadas. O Grupo detém participações de não controladores (entre 2% e 9%) em empresas com as quais o Grupo mantém colaboração em pesquisa. O Grupo também tem investimentos em ações cotadas e títulos de dívida. Os valores de mercado desses títulos de dívida cotados e ações são determinados por referência a cotações de preços publicadas num mercado ativo.

Perda por redução ao valor recuperável de investimentos disponíveis para venda: para instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, o Grupo avalia se há alguma evidência de perda por redução ao valor recuperável do investimento a cada data do balanço. Para investimentos em títulos patrimoniais classificados como disponíveis para venda a evidência de perda por redução ao valor recuperável

CPC 40.8

CPC 40.32A

CPC 38.AG 74-79(c)

CPC 38.58

CPC 38.61

CPC 38.67

86 Grupo Modelo | EY

é uma queda significativa e prolongada no valor justo desses investimentos, abaixo de seu custo contábil. A classificação entre “significante” e “prolongada” requer julgamento. Ao fazer esse julgamento, o Grupo avalia, dentre outros fatores, a movimentação do preço histórico da ação e a duração ou extensão da queda do valor justo quando comparada ao custo contábil. Baseada nesses critérios, a companhia identificou uma perda por redução ao valor recuperável de seus investimentos disponíveis para venda, e títulos de dívida de R$ 88 e ações de capital negociáveis de R$ 23. Essas perdas foram reconhecidas como despesas financeiras na demonstração do resultado.

16.2 Outros passivos financeiros

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Passivos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes

Hedges de fluxo de caixa

Contrato a termo de moeda estrangeira 170 254

Contrato a termo de commodity 980 —

Total de passivos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes

1.150 254

Passivos financeiros a valor justo reconhecidos no resultado

Contraprestação contingente (Nota 4) 1.071 —

Hedge de valor justo

Swaps de taxas de juros 35 —

Derivativos não designados como hedge

Contrato a termo de moeda estrangeira 721 —

Derivativos embutidos 782 —

Total de passivos financeiros a valor justo reconhecidos no resultado 2.609 —

Outros passivos financeiros ao custo amortizado

Contratos de garantia financeira 87 49

Total de outros passivos financeiros ao custo amortizado 87 49

Total de outros passivos financeiros 3.846 303

Total corrente 3.040 303

Total não corrente 806 —

Contraprestação contingente

Como parte do contrato de compra com o antigo proprietário da Extintores Ltda., uma contraprestação contingente foi acordada entre as partes. Essa contraprestação depende do lucro antes dos impostos da Extintores Ltda. ao longo de um período de 12 meses. O valor justo na data de aquisição era R$ 714, o qual foi ajustado em 31 de dezembro de 2013 em virtude do desempenho significativamente melhor comparado com o orçado, com um valor justo de R$ 1.071. A contraprestação é devida por avaliação final e pagamento aos ex-acionistas em 30 de abril de 2014. Não há expectativas de quaisquer outras mudanças com relação a essa remuneração.

ComentárioO CPC 40.7 requer divulgação de informações que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliar a importância dos instrumentos financeiros para a posição patrimonial e financeira e o desempenho. Como o Grupo tem um montante significativo de ativos e passivos financeiros e de derivativos diferentes em seu balanço patrimonial, ele optou por fornecer informações detalhadas aos usuários das demonstrações financeiras sobre os diferentes tipos de instrumentos financeiros e seus valores justos.

CPC 40.6

CPC 40.8

CPC 38.68

CPC 38.69

87Grupo Modelo | EY

Empréstimos sujeitos a juros

Taxa de juros efetiva Vencimento 2013 2012

% R$ 000 R$ 000

Circulante

Obrigações segundo compromissos de arrendamento mercantil financeiro e de aluguel com opção de compra (Nota 30)

7,8 2014 83 51

Conta garantida Libor+1,0 À vista 966 2.650

Outros empréstimos:

Empréstimo bancário de R$ 1.500 (2012: R$ 1.400) Libor+0,5 1 nov 2014 1.411 —

Empréstimo bancário de R$ 2.200 Libor+0,5 31 mar 2013 — 74

Total 2.460 2.775

Não circulante

Obrigações segundo compromissos de arrendamento mercantil financeiro e de aluguel com opção de compra (Nota 30)

7,8 2015-2016 905 943

Debêntures a 8% 8,2 2015-2021 3.374 3.154

Empréstimo garantido de R$ 3.600 a 8,25% Libor+0,2 31 mai 2019 2.246 —

Empréstimo bancário garantido Libor+2,0 31 jul 2019 3.479 3.489

Outros empréstimos:

Empréstimo bancário de R$ 1.500 (2012: R$ 1.400) Libor+0,5 1 nov 2014 — 1.357

Empréstimo bancário de R$ 2.500 Libor+1,1 2016-2018 2.486 2.229

Empréstimo bancário de R$ 2.200 Libor+0,5 31 mar 2017 2.078 2.078

Empréstimo bancário de R$ 5.809 7,5 1 jan 2018 — 5.809

Empréstimo bancário com a coligada Fire Equipment Test Lab Limited 11,0 2016 3.000 —

Ações preferenciais conversíveis 11,6 2015-2019 2.778 2.644

Total não circulante 20.346 21.703

Total de empréstimos sujeitos a juros 22.806 24.478

Contas garantidas

Uma parcela dos depósitos a curto prazo do Grupo cauciona as contas–correntes garantidas.

Empréstimo bancário de R$ 1.500

Não há garantia para esse empréstimo, que possui vencimento final total em 1º de novembro de 2014.

Debêntures a 8%

As debêntures a 8% deverão ser liquidadas em parcelas iguais e anuais de R$ 350 a partir de 1º de janeiro de 2015.

Empréstimo garantido a 8,25%

O empréstimo é garantido por hipoteca em primeiro grau sobre alguns terrenos e edificações do Grupo. com valor contábil de R$ 2.400 (2011:0).

Empréstimo bancário garantido

Esse empréstimo foi obtido através de um multi-option facility (MOF) de seis anos. O empréstimo deverá ser liquidado no prazo de 12 meses a partir da data das demonstrações financeiras, mas foi classificado no longo prazo, uma vez que o Grupo espera exercer seu direito de acordo com o MOF de refinanciar esse empréstimo. Esse empréstimo de substituição imediata está disponível até 31 de julho de 2019. O valor total a ser liquidado no vencimento é de R$ 3.500. O serviço é garantido por hipoteca em primeiro grau sobre alguns terrenos e edificações do Grupo, com valor contábil de R$ 5.000 (2012: R$ 5.000).

88 Grupo Modelo | EY

Empréstimo bancário de R$ 2.750

O empréstimo deverá ser liquidado em duas parcelas iguais no valor de R$ 1.250 com vencimento em 31 de dezembro de 2016 e 31 de dezembro de 2018.

Empréstimo bancário de R$ 2.200

Não há garantia para esse empréstimo, que possui vencimento final total em 31 de março de 2017. Em 31 de dezembro de 2012, R$ 74 tinham vencimento final total em 31 de março de 2013.

Empréstimo bancário de R$ 5.809

Esse empréstimo foi liquidado antecipadamente em 31 de março de 2012.

Ações preferenciais conversíveis

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, havia 2.500.000 ações preferenciais conversíveis em emissão. Cada ação tem valor nominal de R$ 1 e pode ser convertida, quando assim desejado pelos acionistas, em ações ordinárias da controladora do Grupo em 1º de janeiro de 2016 na proporção de uma ação ordinária para três ações preferenciais possuídas. Eventuais ações preferenciais não convertidas serão resgatadas em 31 de dezembro de 2018 ao preço de R$ 1,20 por ação. As ações preferenciais carregam dividendos de 7% ao ano. pagáveis semestralmente em prestações em 30 de junho e 31 de dezembro. Os direitos de dividendos não são acumulativos. As ações preferenciais têm preferência em relação às ações ordinárias em caso de liquidação. A apresentação da parcela patrimonial dessas ações é explicada na Nota 21 abaixo.

16.3 Atividades de hedge e derivativos

Derivativos não designados como instrumentos de hedgeO Grupo toma empréstimos em moeda estrangeira e celebra contratos de moeda a termo na administração das suas exposições. Esses contratos de moeda a termo não são designados como hedges de fluxo de caixa, hedges de valor justo ou hedges de investimento líquido, sendo celebrados por períodos consistentes com as exposições da transação em moeda, que geralmente variam de um a 24 meses.

Hedges de fluxo de caixaEm 31 de dezembro de 2013, o Grupo mantinha contratos de câmbio a termo designados como hedges de vendas futuras esperadas a clientes nos Estados Unidos para os quais o Grupo prevê que seja altamente provável a realização de transações. Outrossim, o Grupo também mantém contratos de câmbio a termo em aberto em 31 de dezembro de 2012, designados como hedges de compras futuras junto a fornecedores no Reino Unido, com os quais o Grupo mantém compromissos firmes. Os contratos de câmbio a termo estão sendo utilizados como hedge do risco cambial atrelado aos compromissos contratuais.

Em 31 de dezembro de 2012, o Grupo mantinha contratos de câmbio a termo designados como hedges de vendas futuras esperadas a clientes nos Estados Unidos para os quais o Grupo tem compromissos firmes. O Grupo mantém contratos de câmbio a termo em aberto em 31 de dezembro de 2013 designados como hedges de compras futuras junto a fornecedores no Reino Unido com os quais o Grupo prevê seja altamente provável a realização de transações.

2013 2012

Ativos Passivos Ativos Passivos

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Contratos de câmbio a termo

Valor justo 252 (170) 153 (254)

Os termos essenciais dos contratos de câmbio a termo foram negociados para estarem casados com os termos dos compromissos. Não houve transações altamente prováveis para as quais se argumente que não tenha ocorrido a contabilidade de hedge e que não haja elemento significativo de ineficácia de hedge que exija reconhecimento na demonstração do resultado.

Os hedges de fluxo de caixa de vendas futuras esperadas em janeiro de 2013 foram avaliados como sendo altamente eficientes, com ganho líquido não realizado de R$ 252. O passivo fiscal diferido de R$ 76 em relação aos instrumentos de hedge foi incluído em outros resultados abrangentes.

Os hedges de fluxo de caixa de compras futuras esperadas em fevereiro e março de 2014 foram avaliados como altamente eficientes em 31 de dezembro de 2013, com perda não realizada líquida de R$ 170, com correspondente ativo fiscal diferido de R$ 51, incluído no patrimônio em relação a esses contratos.

CPC 40.22

CPC 40.23(a)

CPC 40.24(b)

CPC 40.23(c)

CPC 40.23(c)

CPC 40.22

CPC 40.24(a)

CPC 40.24(c)

CPC 38.AG 33(d)

89Grupo Modelo | EY

Os hedges de fluxo de caixa de vendas futuras esperadas no primeiro trimestre de 2013 foram considerados altamente eficazes, com ganho não realizado de R$ 153. O passivo fiscal diferido de R$ 46 em relação a esses contratos foi incluído em outros resultados abrangentes. Os hedges de fluxo de caixa de compras futuras esperadas no primeiro trimestre de 2013 também foram avaliados como altamente eficazes, com prejuízo não realizado de R$ 254. O ativo fiscal diferido de R$ 76 em relação a esses contratos foi incluído em outros resultados abrangentes.

O valor transferido durante o período do patrimônio líquido da reserva de outros resultados abrangentes para o saldo contábil dos itens objeto de hedge foi insignificante para o exercício de 2013 e 2012. Espera-se que os valores incluídos em outros resultados abrangentes em 31 de dezembro de 2013 afetem a demonstração do resultado com um ganho de R$ 82 em 2014.

Risco de preço de commodities

O Grupo compra cobre em base contínua, uma vez que suas atividades operacionais na divisão de eletrônicos exigem fornecimento contínuo de cobre para a produção de seus dispositivos eletrônicos. O aumento da volatilidade dos preços do cobre nos últimos 12 meses levou à decisão de firmar contratos a termo para essa commodity.

Esses contratos devem reduzir a volatilidade dos fluxos de caixa no tocante a compras de cobre previstas com alta probabilidade ou compromissos contratuais atribuíveis a flutuações no preço do cobre de acordo com a diretriz de gestão de risco traçada pelo Conselho de Administração, a partir de 1º de julho de 2013. Os contratos pretendem oferecer cobertura (hedge) contra o risco de volatilidade dos preços de compra do cobre por um período de três a 12 meses com base nos contratos de compra existentes. O Grupo designou como objeto do hedge apenas a movimentação dos preços à vista (spot-to-spot) do preço de compra da commodity na íntegra. Os pontos a termo (custo de carregamento) dos contratos a termo para essa commodity estão, portanto, excluídos da designação de hedge. Variações no valor justo dos pontos a termo reconhecidos na demonstração do resultado em custos financeiros não foram significativas no decorrer do exercício.

Em 31 de dezembro de 2013, o valor justo dos contratos a termo em aberto referentes a essa commodity totalizava um passivo de R$ 980. As ineficácias reconhecidas em custos financeiros na demonstração do resultado do exercício corrente somaram R$ 65 (vide Nota 9.3). A eficácia acumulada no valor de R$ 915 está refletida no resultado abrangente.

Hedge de valor justoEm 31 de dezembro de 2013, o Grupo mantinha contrato de swap de taxa de juros com valor nocional de US$ 3.600 (R$ 2.246), que prevê que o Grupo receba taxa de juros fixa de 8,25% e pague uma taxa variável igual à Libor+0,2% sobre o valor nocional. O swap está sendo utilizado como hedge da exposição às variações no valor justo do empréstimo garantido de 8,25%.

A redução no valor justo do swap de taxas de juros de R$ 35 (2012: 0) foi reconhecida em custos financeiros e compensada com um ganho semelhante em empréstimos bancários. A ineficácia reconhecida em 2013 e 2012 foi insignificante.

Hedge de investimentos líquidos em operações estrangeirasEm 31 de dezembro de 2013, foi incluído em empréstimos um financiamento no valor de US$ 3.600.000 (R$ 2.246, incluindo o efeito de swap de taxas de juros acima discutido), que foi designado como hedge do investimento líquido nas controladas dos Estados Unidos, Wireworks Inc. e Sprinklers Inc., sendo utilizado como hedge contra a exposição do Grupo a risco cambial sobre esses investimentos. Os ganhos e perdas sobre a reconversão desse financiamento são transferidos ao patrimônio para compensar quaisquer ganhos e perdas sobre a conversão dos investimentos líquidos nas controladas. Não há ineficácia nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012.

Derivativos embutidosEm 2013, o Grupo celebrou contratos de venda de longo prazo com clientes na Suíça e na Noruega.

Os preços de venda desses contratos são fixos e expressos em dólares canadenses. Esses contratos exigem entrega física e serão mantidos com a finalidade de entregar a commodity de acordo com as exigências de vendas esperadas por parte dos compradores. Esses contratos contêm derivativos cambiais embutidos.

O Grupo também celebrou vários contratos de compra de bronze e cromo junto a vários fornecedores na África do Sul e na Rússia, que contam com um mercado ativo. Os preços de compra desses contratos estão ligados ao preço da eletricidade. Esses contratos contêm swaps de commodity embutidos.

Esses derivativos embutidos de commodities e de moeda estrangeira foram separados e contabilizados a valor justo, transitando pelo resultado. O valor contábil dos derivativos embutidos em 31 de dezembro de 2013 montou a R$ 782 (2012: 0).

CPC 40.23(c)

CPC 40.23(d)

CPC 40.23(e)

CPC 40.23(a)

90 Grupo Modelo | EY

16.4 Valor justoEncontra-se a seguir uma comparação por classe do valor contábil e do valor justo dos instrumentos financeiros do Grupo apresentados nas demonstrações financeiras.

Valor contábil Valor justo

2013 2012 2013 2012

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Ativos financeiros

Outros ativos financeiros

Empréstimos 3.887 1.693 3.741 1.654

Investimentos financeiros disponíveis para venda 1.987 1.798 1.987 1.798

Contrato a termo de câmbio 640 - 640 -

Derivativos embutidos 210 - 210 -

Derivativos em hedges eficazes 252 153 252 153

Total 6.976 3.644 6.830 3.605

Passivos financeiros

Empréstimos sujeitos a juros

Obrigações segundo compromissos de arrendamento mercantil financeiro e de aluguel com opção de compra

(988) (994) (1.063) (1.216)

Empréstimos a taxas pós-fixadas* (12.666) (12.601) (12.666) (12.601)

Empréstimos a taxas prefixadas (6.374) (8.239) (6.321) (8.944)

Convertible preference shares (2.778) (2.644) (2.766) (2.621)

Contratos de garantia financeira (87) (49) (87) (49)

Contraprestação contingente (1.072) - (1.072) -

Derivativos não designados como hedge

Contratos a termo de câmbio (720) - (720) -

Derivativos embutidos (782) - (782) -

Derivativos em hedges eficazes (1.185) (254) (1.185) (254)

Total (26.652) (24.781) (26.662) (25.685)

* Inclui empréstimo garantido a 8,25% apresentado ao custo amortizado à variação no valor justo tendo em vista o hedge de risco de taxa de juros.

A administração avaliou que os depósitos em dinheiro e de curto prazo, contas a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores, contas bancárias com direito a saque a descoberto e demais passivos circulantes são equivalentes a seus valores contábeis, principalmente devido aos vencimentos de curto prazo desses instrumentos.

O valor justo dos ativos e passivos financeiros é incluído no valor pelo qual o instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes dispostas a negociar, e não em uma venda ou liquidação forçada. Os seguintes métodos e premissas foram utilizados para estimar o valor justo:

• Valores a receber a longo prazo a taxas pré e pós-fixadas são avaliados pelo Grupo com base em parâmetros tais como taxas de juros, fatores de riscos específicos de cada país, credibilidade individual do cliente e as características de risco do projeto financiado. Com base nessa avaliação, são constituídas provisões para

CPC 40.26

CPC 46.93(d)

CPC 46.97

CPC 40.25

91Grupo Modelo | EY

fazer face a perdas esperadas nesses valores a receber. Em 31 de dezembro de 2013, o valor contábil desses valores a receber, líquido das provisões, se aproxima de seu valor justo.

• O valor justo de títulos e bônus negociáveis é baseado nas cotações de preço na data das demonstrações financeiras. O valor justo de instrumentos não negociáveis, de empréstimos bancários e outras dívidas financeiras, de obrigações sob arrendamento mercantil financeiro, assim como de outros passivos financeiros não circulantes, é estimado através dos fluxos de caixa futuro descontado utilizando taxas atualmente disponíveis para dívidas ou prazos semelhantes e remanescentes.

• O valor justo das ações ordinárias não cotadas foi estimado utilizando um modelo de fluxo de caixa futuro descontado. A avaliação exige que a administração faça determinadas premissas sobre dados do modelo, incluindo fluxo de caixa previsto, taxa de desconto, risco de crédito e volatilidade. As probabilidades das várias estimativas dentro dessa faixa podem ser razoavelmente avaliadas e são utilizadas no momento em que a administração estima o valor justo desses instrumentos patrimoniais não cotados.

• O valor justo de ativos financeiros disponíveis para venda é obtido através de preços de mercado cotados em mercados ativos, se houver.

• O Grupo contrata instrumentos financeiros derivativos junto a diversas contrapartes, sobretudo instituições financeiras com classificações de crédito de grau de investimento. Os derivativos avaliados utilizando técnicas de avaliação com dados observáveis no mercado referem-se, principalmente, a swaps de taxas de juros, contratos cambiais a termo e contratos de commodities a termo. As técnicas de avaliação aplicadas com maior frequência incluem modelos de precificação de contratos a termo e swaps, com cálculos a valor presente. Os modelos incorporam diversos dados, inclusive a qualidade de crédito das contrapartes, as taxas de câmbio à vista e a termo, curvas das taxas de juros e curvas da taxa a termo da commodity objeto. Todos os contratos de derivativos estão totalmente garantidos em dinheiro, eliminando assim tanto o risco de descumprimento da contraparte quanto o risco de descumprimento próprio do Grupo. Em 31 de dezembro de 2013, o valor das posições de derivativos de ativos a preços de mercado é líquido de um ajuste de avaliação de crédito atribuível ao risco de descumprimento da contraparte do derivativo. As mudanças no risco de crédito da contraparte não tiveram efeito significativo sobre a avaliação da eficácia de cobertura de derivativos designados em relações de cobertura e outros instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor.

• Derivativos embutidos em moeda estrangeira e derivativos de commodities são mensurados de forma semelhante aos contratos a prazo em moeda estrangeira e derivativos de commodities. No entanto, uma vez que esses contratos não são garantidos, o Grupo também leva em consideração os riscos de descumprimento das contrapartes (para os ativos derivativos embutidos) ou o próprio risco de descumprimento do Grupo (para os passivos derivativos embutidos). Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo avaliou os riscos como sendo não significativos.

92 Grupo Modelo | EY

Reconciliação da mensuração de ativos disponíveis para venda em ações de capital não cotados a valor justo:

Técnicas de valorização

Dados significativos não observáveis

Variação (média ponderada)

Sensibilidades das entradas do valor justo

Ativos disponíveis para venda em ações de capital não cotadas – setor de energia

Método de fluxo de caixa descontado futuro

Taxa de crescimento de longo prazo para os fluxos de caixa dos anos seguintes

3,1% - 5,2% (4,2%)

5% aumento (redução) na taxa de crescimento resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 17.

Margem operacional de longo prazo

5,0% - 12,1% (8,3%)

15% aumento (redução) na margem resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 21.

WACC11,2% - 14,3% (12,6%)

1% aumento (redução) na WACC resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 10.

Desconto por falta de liquidez

5,1% - 15,6% (12,1%)

Aumento (redução) no desconto resultaria em aumento (redução) no valor justo

Ativos disponíveis para venda em ações de capital não cotadas – setor de eletrônicos

Método de fluxo de caixa descontado futuro

Taxa de crescimento de longo prazo para os fluxos de caixa dos anos seguintes

4,4% - 6,1% (5,3%)

3% aumento (redução) na taxa de crescimento resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 23

Margem operacional de longo prazo

10,0% - 16,1% (14,3%)

5% aumento (redução) na margem resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 12

WACC12,1% - 16,7% (13,2%)

1% aumento (redução) na WACC resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 21

Desconto por falta de liquidez

5,1% - 20,2% (16,3%)

Aumento (redução) no desconto resultaria em aumento (redução) no valor justo.

Empréstimos de coligadas e sócios

Método de fluxo de caixa descontado futuro

Taxa de pré-pagamento permanente

1,5% - 2,5%

(2%)

Desconto para o risco de descumprimento

0,08%

Obrigações de garantias financeiras

Método de fluxo de caixa descontado futuro

Desconto para o risco de descumprimento da contraparte

3,0%

Risco próprio de descumprimento 0,05%

CPC 46.93(d)

CPC 46.93(h)(i)

CPC 46.93(h)(ii)

CPC 46.97

93Grupo Modelo | EY

O desconto para falta de comercialização representa os valores que o Grupo determinou que os agentes de mercado levariam em consideração para esses prêmios e descontos, ao definir o preço dos investimentos.

No caso de disponíveis para venda, a redução ao valor recuperável dependeria de o declínio ser significativo ou prolongado. Um aumento no valor justo afetaria apenas o patrimônio (por meio de outros resultados abrangentes), não afetando, portanto, o resultado.

Reconciliação da mensuração a valor justo dos ativos avaliados como disponíveis para venda em ações de capital não cotadas:

Power Eletrônicos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2013 498 400 898

Remensuração reconhecida em outros resultados abrangentes 150 (175) (25)

Compras 628 188 816

Reclassificado em operações descontinuadas (503) — (503)

Vendas (98) (50) (148)

Em 31 de dezembro de 2013 675 363 1.038

ComentárioUma entidade deve fornecer informações adicionais que ajudarão os usuários de demonstrações financeiras a avaliarem as informações quantitativas divulgadas. Uma entidade poderia divulgar algumas ou todas as seguintes informações para atender ao CPC 46:

• A natureza do item que está sendo mensurado a valor justo, incluindo as características do item mensurado que estão sendo levadas em consideração ao apurar os dados pertinentes. Por exemplo, para os títulos lastreados em hipotecas residenciais, uma entidade poderia divulgar o seguinte:

• Tipos de empréstimos subjacentes (ex.: empréstimos a clientes de primeira ou de segunda linha)

• Caução

• Garantias ou outras melhorias de crédito

• Nível de senioridade das parcelas de títulos

• Ano de emissão

• A taxa de cupom média ponderada dos empréstimos subjacentes e títulos

• O vencimento médio ponderado dos empréstimos subjacentes e títulos

• A concentração geográfica dos empréstimos subjacentes

• Informações sobre a análise de crédito dos títulos

• Informações de terceiros, como por exemplo cotações de corretores, serviços de definição de preço, valores de ativo líquido e dados de mercado pertinentes, que foram levadas em consideração ao mensurar o valor justo

Para um passivo mensurado a valor justo e emitido com indissociáveis melhorias no crédito de terceiros, o CPC 46 exige divulgação da existência de melhoria de crédito e se é refletida na mensuração a valor justo do passivo.

O CPC 46 exige que uma entidade apresente as divulgações quantitativas a serem incluídas no formato tabular, a menos que outro formato seja mais adequado. O Grupo incluiu as divulgações em um formato tabular acima.

O CPC 46 exige uma análise de sensibilidade quantitativa para ativos financeiros e passivos financeiros mensurados a valor justo de forma recorrente. Para todas as mensurações a valor justo recorrente categorizadas no Nível 3 da hierarquia do valor justo, uma entidade deve apresentar:

• Descrição narrativa da sensibilidade da mensuração a valor justo para mudanças em dados não observáveis se uma mudança nesses dados para um montante diferente resultasse em mensuração a valor justo significativamente mais alto ou mais baixo

• Se houver inter-relacionamentos entre os dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração a valor justo, uma descrição dos inter-relacionamentos e de como poderiam aumentar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração a valor justo

Com esse objetivo, a significância será julgada com relação ao resultado e total do ativo e total do passivo ou, quando variações no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, total do patrimônio líquido.

CPC 46.93(e)(ii)

CPC 46.93(e)(iii)

94 Grupo Modelo | EY

17. Teste de perda por redução ao valor recuperável do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida

Para fins de teste de perda por redução ao valor recuperável, o ágio adquirido por meio de combinações de negócios e licenças com vidas indefinidas foi alocado a duas unidades geradoras de caixa, que também são segmentos operacionais que divulgam informações, como a seguir demonstrado:

• Unidade geradora de caixa que produz produtos eletrônicos; e • Unidade geradora de caixa que produz equipamentos de prevenção contra incêndios.

Valor contábil do ágio e licenças alocadas a cada uma das unidades geradoras de caixa:

Unidade de Produtos Eletrônicos

Unidade de Equipamentos de Prevenção contra

Incêndios Total

2013 2012 2013 2012 2013 2012

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Valor contábil do ágio 50 250 2.231 - 2.281 250

Valor contábil de licenças com vidas úteis indefinidas 360 - 1.050 240 1.410 240

O Grupo realizou o teste de valor recuperável em 31 de dezembro de 2013 e 2012 e considera, entre outros fatores,a relação entre sua capitalização no mercado e seu valor contábil, quando efetua revisão para identificar indicadores de perda por redução ao valor recuperável. Em 31 de dezembro de 2013, a capitalização do mercado do Grupo era inferior ao valor contábil de seu capital, indicando potencial perda por redução ao valor recuperável do ágio e perda por redução ao valor recuperável dos ativos. Além disso, a queda generalizada nas atividades de construção e incorporação em todo o mundo e a incerteza econômica contínua levaram a uma redução na demanda de unidades de Equipamentos de Prevenção contra Incêndio e Produtos Eletrônicos.

Unidade Geradora de Caixa de Produtos EletrônicosO valor recuperável da unidade geradora de caixa de Produtos Eletrônicos, R$ 37.562, em 31 de dezembro de 2013, foi apurado com base no cálculo do valor em uso, em vista das projeções de fluxo de caixa a partir de orçamentos financeiros aprovados pela alta administração durante um período de cinco anos. O fluxo de caixa projetado foi atualizado para refletir a queda na demanda de produtos e serviços. A taxa de desconto antes de impostos aplicada a projeções de fluxo de caixa é de 15,5% (2012: 12,1%), e o fluxo de caixa referente a período excedente a cinco anos é extrapolado utilizando taxa de crescimento de 3,0% (2012: 5,0%), a mesma taxa média de crescimento de longo prazo adotada para a indústria eletrônica. Foi concluído que o valor justo menos os custos de alienação não excederam o valor em uso. Como resultado dessa análise, a administração reconheceu encargo por redução ao valor recuperável da ordem de R$ 200 contra ágio com valor contábil de R$ 250 em 31 de dezembro de 2012. Os encargos por redução ao valor recuperável são contabilizados na rubrica de despesas administrativas na demonstração do resultado.

Unidade geradora de caixa de equipamentos de prevenção contra incêndioO valor recuperável dos equipamentos de prevenção contra incêndio, unidade geradora de caixa de R$ 40.213 em 31 de dezembro de 2013, também é determinado com base no cálculo do valor em uso em vista das projeções do fluxo de caixa a partir de estimativas financeiras aprovadas pela alta administração para um período de cinco anos. O fluxo de caixa projetado foi atualizado para refletir a queda na demanda de produtos e serviços. A taxa de desconto antes dos impostos, aplicada às projeções de fluxo de caixa, é de 14,4% (2012: 12,8%). A taxa de crescimento utilizada para extrapolar o fluxo de caixa da unidade para um período acima de cinco anos é de 2,9% (2012: 3,8%). Essa taxa de crescimento excedeu a taxa de crescimento médio do setor em 0,75%. A administração da unidade produtora de equipamentos de prevenção a incêndio acredita que essa taxa de crescimento é justificada com base na aquisição da Extinguishers Limited. Essa aquisição resultou na obtenção, por parte do Grupo, de controle de uma patente industrial, impedindo, dessa forma, que outras entidades produzissem um produto especializado pelo período de 10 anos. O Grupo tem opção de renovar a patente 10 anos após o vencimento. Em decorrência da análise atualizada, a administração não identificou redução ao valor recuperável para essa Unidade Geradora de Caixa.

CPC 01.134(a)

CPC 01.134(b)

CPC 01.130(a)

CPC 01.130(e)

CPC 01.134(d)(iii)

CPC 01.134(d)(iv)

CPC 01.134(d)(v)

CPC 01.126(a)

CPC 01.130(e)

CPC 01.134(d)(iii)

CPC 01.134(d)(iv)

CPC 01.134(d)(v)

95Grupo Modelo | EY

Principais premissas utilizadas no cálculo do valor em usoO cálculo do valor em uso tanto para as unidades de eletrônicos quanto para equipamentos de prevenção a incêndio é mais sensível às seguintes premissas:

• Margens brutas

• Taxas de desconto

• Inflação de preços de matérias-primas

• Participação de mercado durante o período de previsão

Taxas de crescimento utilizadas para extrapolar o fluxo de caixa para além do período de previsãoMargens brutasMargens brutas são baseadas em valores médios obtidos nos três exercícios anteriores ao início do período de orçamento. Essas são aumentadas ao longo do período de orçamento para as melhorias de eficiência previstas. Um aumento de 1,5% por ano foi aplicado para a unidade de eletrônicos e 2% por ano para a unidade produtora de equipamentos de prevenção de incêndio.

Taxas de descontoAs taxas de desconto representam a avaliação de riscos no atual mercado, específicos a cada unidade geradora de caixa, levando em consideração o valor de carregamento do dinheiro e os riscos individuais dos ativos subjacentes que não foram incorporados nas estimativas de fluxo de caixa. O cálculo da taxa de desconto é baseado em circunstâncias específicas do Grupo e seus segmentos operacionais, sendo derivado de custos de capital médio ponderado (CCMP). O CCMP leva em consideração tanto a dívida quanto o patrimônio. O custo do patrimônio é derivado do rendimento esperado sobre o investimento pelos investidores do Grupo. O custo de dívida é baseado nos financiamentos com rendimento de juros que o Grupo é obrigado a honrar. O risco específico do segmento é incorporado mediante a aplicação de fatores individuais beta. Os fatores beta são avaliados anualmente com base nos dados de mercado disponíveis ao público.

Inflação dos preços de matérias-primas As estimativas são obtidas a partir de índices publicados para os países que fornecem os materiais, bem como dos dados relacionados com commodities específicas. Os valores previstos são utilizados se os dados estiverem disponíveis ao público (principalmente para o Brasil e os Estados Unidos), caso contrário, as movimentações reais de preços das matérias-primas observadas no passado são utilizadas como um indicador de movimentações de preços futuros.

Premissas de participação no mercado Ao utilizar os dados do segmento de atuação para taxas de crescimento (conforme abaixo observado), essas premissas são importantes, uma vez que a administração avalia como a posição da unidade, relacionada com seus concorrentes, poderia mudar ao longo do período de estimativa. A administração espera que a participação do Grupo no mercado de eletrônicos fique estável ao longo do período de estimativa. A administração espera que a posição do Grupo na unidade produtora de equipamentos de prevenção a incêndio relativa a seus concorrentes se fortaleça a partir da aquisição da Extintores Ltda.

Estimativas de taxa de crescimento As taxas são baseadas em pesquisa publicada sobre o segmento de atuação. Pelas razões acima expostas, a taxa de longo prazo utilizada para extrapolar a estimativa para a unidade produtora de equipamentos de prevenção a incêndio inclui ajuste em decorrência da aquisição de uma importante patente industrial.

Sensibilidade a mudanças nas premissasAs implicações das principais premissas para o montante recuperável são discutidas a seguir:

• Variação de preços de matérias-primas – A administração analisou a possibilidade da ocorrência de aumentos nos preços de matérias-primas superiores ao orçado devido à inflação. Isso pode ocorrer se as mudanças regulatórias esperadas resultarem em demanda crescente que não possa ser atendida pelos fornecedores. Estima-se que a variação de preços fique entre 1,9% e 2,6% para equipamentos eletrônicos e de 2,1% a 4,5% para equipamentos de prevenção de incêndio, dependendo do país de onde as matérias-primas são compradas. Caso o Grupo não consiga repassá-la ou absorvê-la, mediante melhorias de eficiência, o valor em uso da unidade de eletrônicos seria reduzido e isso poderia resultar em uma perda por desvalorização.

• Premissas de taxa de crescimento – A administração reconhece que a velocidade da mudança tecnológica e a possibilidade da entrada de novos concorrentes no mercado causem impacto significativo nas premissas de taxas de crescimento. Não se espera que o efeito da entrada de novos concorrentes no mercado gere

CPC 01.134(d)(i)

CPC 01.134(d)(ii)

CPC 01.134(f)

CPC 01.134(f)(i)

CPC 01.134(f)(ii)

CPC 01.134(f)(iii)

96 Grupo Modelo | EY

impacto adverso nas previsões contempladas no orçamento, podendo gerar, no entanto, uma alternativa razoavelmente possível na taxa de crescimento de longo prazo de 5,2% para equipamentos eletrônicos e de 8,4% para equipamentos de prevenção de incêndio. Uma redução de 0,8% na taxa de crescimento de longo prazo para equipamentos eletrônicos iria resultar maior deficiência. Uma redução de 0,3% na taxa de crescimento de longo prazo resultaria em prejuízo.

• Margens brutas – A redução na demanda pode levar a uma queda na margem bruta. Uma redução na margem bruta de 1,0% resultaria em uma maior deficiência em equipamentos eletrônicos. Uma redução na margem bruta de 5,0% resultaria em prejuízo em equipamentos de prevenção de incêndio.

• Taxas de desconto – Um aumento na taxa de desconto antes de impostos de 16,0% em equipamentos eletrônicos resultaria em um maior comprometimento. Um aumento na taxa de desconto antes de impostos de 20,0% em equipamentos de prevenção de incêndios resultaria em prejuízo.

• Cota de mercado durante o período de previsão Embora a administração espere que a participação do mercado de equipamentos eletrônicos de mercado do Grupo seja estável ao longo do período de previsão, uma queda da cota de mercado de 8% resultaria em um maior comprometimento na unidade de eletrônicos. Da mesma forma, um declínio na participação de mercado no mercado de equipamentos de prevenção de incêndios em 20% resultaria em prejuízo na unidade de equipamentos de prevenção de incêndio.

18. Estoques2013 2012

R$ 000 R$ 000

Matérias-primas (ao custo) 5.240 7.091

Produtos em andamento (ao custo) 13.092 10.522

Produtos acabados (ao custo ou valor recuperável líquido) 4.930 6.472

Total dos estoques ao custo ou ao valor realizável líquido, dos dois o menor 23.262 24.085

O valor das baixas de estoques reconhecidas como despesas totalizou R$ 286 (2012: R$ 242), reconhecido em custo de vendas.

19. Clientes e outras contas a receber (circulante)

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Contas a receber de clientes 26.501 23.158

Contas a receber de coligadas 551 582

Contas a receber de outras partes relacionadas 620 550

27.672 24.290

Para mais informações sobre os termos e condições envolvendo contas a receber de partes relacionadas, consulte a Nota 29.

CPC 26.78(b)

CPC 40.34(a)

CPC 40.6

97Grupo Modelo | EY

Em 31 de dezembro de 2013, a perda por redução ao valor recuperável sobre as contas a receber de clientes totalizava R$ 108 (2012: R$ 97). Vide, na próxima página, as movimentações na provisão para perda por redução ao valor recuperável dos montantes a receber (ver divulgação sobre risco de crédito na Nota 31).

Perda por redução ao valor

recuperável individual

Perda por redução ao valor

recuperável coletivo Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2012 29 66 95

Cobranças relativas ao exercício 4 8 12

Utilizadas (4) (7) (11)

Valores estornados e não utilizados - - -

Ajuste de taxa de desconto - 1 1

Em 31 de dezembro de 2012 29 68 97

Cobranças relativas ao exercício 10 16 26

Utilizadas (3) (5) (8)

Valores estornados e não utilizados (2) (6) (8)

Ajuste de taxa de desconto - 1 1

Em 31 de dezembro de 2013 34 74 108

Em 31 de dezembro, a análise do vencimento de saldos de contas a receber de clientes é a seguinte:

Saldo ainda não vencido e sem perda por redução

ao valor recuperável

Saldo vencido, mas sem perda por redução ao valor recuperável

Total< 30 dias

30 – 60 dias

60 – 90 dias

90 – 120 dias

> 120 dias

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

2013 26.501 17.598 4.791 2.592 1.070 360 90

2012 23.158 16.455 3.440 1.840 945 370 108

CPC 40.16

CPC 40.37

98 Grupo Modelo | EY

20. Caixa e equivalentes de caixa

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Caixa e bancos 11.316 11.125

Depósitos a curto prazo 5.796 3.791

17.112 14.916

Bancos e disponíveis rendem juros a taxas flutuantes baseadas em taxas diárias de depósitos bancários. Os depósitos a curto prazo são efetuados por períodos que variam entre um dia e três meses, dependendo das necessidades imediatas de caixa do Grupo, rendendo juros de acordo com as respectivas taxas de depósito de curto prazo.

Em 31 de dezembro de 2013, o grupo tinha disponíveis R$ 5.740 (2012: R$ 1.230) de linhas de financiamento comprometidas e não sacadas, em relação às quais todas as condições precedentes haviam sido cumpridas.

O Grupo ofereceu como garantia uma parte de seus depósitos de curto prazo, com o objetivo de cumprir exigências de garantia. Para mais detalhes, consulte a Nota 16.2.

Para fins da demonstração dos fluxos de caixa, o saldo de caixa e equivalentes de caixa é composto pelos seguintes saldos em 31 de dezembro:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Caixa e bancos 11.316 11.125

Depósitos a curto prazo 5.796 3.791

Caixa e equivalentes de caixa atribuíveis a operações descontinuadas 1.294 —

18.406 14.916

Saques a descoberto (966) (2.650)

Caixa e equivalentes de caixa 17.440 12.266

21. Capital social e reservasAções autorizadas

2013 2012

Em milhares Em milhares

Ações ordinárias no valor de R$ 1 cada 22.588 20.088

Ações preferenciais conversíveis no valor de R$ 1 cada com dividendos de 7% ao ano

2.500 2.500

25.088 22.588

Ações ordinárias emitidas e totalmente integralizadas Em milhares R$ 000

Em 1º de janeiro de 2012 19.388 19.388

Em 31 de dezembro de 2012 19.388 19.388

Emitidas em 1º de maio de 2013 em troca de capital acionário emitido pela Extintores Ltda. (Nota 7)

2.500 2.500

Em 31 de dezembro de 2013 21.888 21.888

Durante o exercício, o capital acionário autorizado foi aumentado em R$ 2.500 através da emissão de 2.500.000 ações ordinárias no valor de R$ 1 cada.

CPC 03.50(a)

CPC 03.48

CPC 03.45

CPC 26.78(e)

CPC 26.79(a)(i)

CPC 26.79(a)(iii)

CPC 26.79(a)(iv)

99Grupo Modelo | EY

Ágio na subscrição de ações R$ 000

Aumento em 1º de novembro de 2012 pelo valor de exercício das opções de compra de ações

80

Em 31 de dezembro de 2012 80

Aumento em 1º de maio de 2013 como resultado da emissão de capital acionário para aquisição da Extintores Ltda. (Nota 7)

4.703

Aumento em 1º de novembro de 2012 pelo valor de exercício das opções de compra de ações

29

Diminuição devido a custos de transação (32)

Em 31 de dezembro de 2013 4.780

Ações em tesouraria Em milhares R$ 000

Em 1º de janeiro de 2012 335 774

Emitido em 1º de novembro de 2012 em dinheiro para o exercício de opções de ações

(65) (120)

Em 31 de dezembro de 2012 270 654

Emitido em 1º de novembro de 2013 em dinheiro para o exercício de opções de ações

(75) (146)

Em 31 de dezembro de 2013 195 508

As opções de ações exercidas em cada respectivo exercício foram pagas utilizando as ações em tesouraria do Grupo.

A redução do componente de capital de ações próprias é igual ao custo incorrido para adquirir as ações, com base numa média ponderada. Qualquer excesso de dinheiro recebido dos funcionários sobre a redução das ações em tesouraria é registrado em prêmio de emissão.

Outras reservas de capital Pagamentos baseado em ações

Ações preferenciais conversíveis Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2012 338 228 566

Mudanças durante o período 298 — 298

Em 31 de dezembro de 2012 636 228 864

Mudanças durante o período 307 — 307

Em 31 de dezembro de 2013 943 228 1.171

Natureza e finalidade das reservas Outras reservas de capital Transações com pagamentos baseados em ações Na reserva de benefícios de compra de ações por empregados é contabilizado o valor das remunerações baseadas em ações oferecidas aos empregados, inclusive profissionais importantes da administração, como parte das remunerações por eles recebidas. Para mais detalhes sobre esses planos, consulte a Nota 27.

Ações preferenciais conversíveis Na reserva de ações preferenciais conversíveis, é contabilizado o componente de capital das ações conversíveis emitidas. O componente passivo está refletido nos passivos financeiros.

CPC 26.78(e)

CPC 26.79(a)(vi)

CPC 26.79(b)

100 Grupo Modelo | EY

Outros resultados abrangentes, líquidos de impostos:A segregação das mudanças em outros resultados abrangentes por tipo de reserva no patrimônio líquido é demonstrada a seguir:

Em 31 de dezembro 2013

Reserva para hedge de fluxo de

caixa

Reserva para ativos financeiros disponíveis para venda

Reserva para

conversão em moeda

estrangeira

Reserva para

reavaliação de ativos

Lucros acumulados Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Investimentos líquidos de hedge

— — 196 — — 196

Diferenças de variação cambial

— — (247) — — (247)

Contratos de futuros

(640) — — — — (640)

Contratos a termo de commodities

(154) — — — — (154)

Reclassificações para demonstração do resultado

282 — — — — 282

Ganhos / (perdas) em ativos financeiros disponíveis para venda

— (40) — — — (40)

Remensuração de plano de benefício definido

— — — — 257 257

Reavaliação de terrenos e edifícios

— — — 592 — 592

(512) (40) (51) 592 257 246

Em 31 de dezembro de 2012

Reserva para hedge de fluxo

de caixa

Reserva para ativos

financeiros disponíveis para venda

Reserva para conversão em

moeda estrangeira

Lucros acumulados Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Diferenças de variação cambial

— — (117) — (117)

Contratos de futuros

(265) — — — (265)

Reclassificações para demonstração de resultado

289 — — — 289

Ganhos / (perdas) em ativos financeiros disponíveis para venda

— 2 — — 2

Remensuração de plano de benefício definido

— — — (273) (273)

24 2 (117) (273) (364)

CPC 26.106A)

101Grupo Modelo | EY

22. Dividendos pagos e propostos

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Dividendos em dinheiro sobre ações ordinárias declarados e pagos:

Dividendo final em 2012: 5,66 centavos por ação (2011: 3,93 centavos por ação) 1.082 749

Dividendo interino em 2013: 4,66 centavos por ação (2012: 4,47 centavos por ação) 890 851

1.972 1.600

Dividendos propostos sobre ações ordinárias:

Dividendo em dinheiro final em 2013: 5,01 centavos por ação (2012: 5,66 centavos por ação)

1.087 1.082

Os dividendos propostos sobre ações ordinárias estão sujeitos à aprovação na assembleia geral anual e não são reconhecidos como passivo em 31 de dezembro.

Distribuição sem desembolso de caixa Em 14 de novembro de 2013, os acionistas da Empresa aprovaram a distribuição de ações da Mangueiras Ltda. aos acionistas da controladora do Grupo. Distribuições sem desembolso de caixa são mensuradas a valor justo dos ativos a serem distribuídos. Os detalhes da distribuição sem desembolso de caixa a ser paga são os seguintes:

2013

R$ 000

Em 1º de janeiro de 2013 -

Passivo decorrente de aprovação para distribuição 405

Remensurações reconhecidas diretamente no patrimônio líquido 5

Em 31 de dezembro de 2013 410

O valor justo é apurado com base no método de fluxo de caixa descontado, baseado no valor justo do grupo de alienação distribuído aos acionistas da controladora. A duração esperada do fluxo de caixa e a época específica da entrada e da saída de recursos são determinadas por eventos tais como lucros operacionais, custos de matérias-primas e custo de financiamento. A série de lucros operacionais líquidos, juntamente com uma estimativa do valor final previsto ao final do período de projeção, é então divulgada.

Dados de avaliação significativos não observáveis: Intervalo (média ponderada)WACC 10%Taxa de crescimento da receita de longo prazo 2%-5% (4,2%)Margem bruta de longo prazo 3%-20% (10,3%)Desconto para risco próprio de descumprimento 0,05%

O desconto para risco próprio de descumprimento representa o ajuste que os participantes de mercado fariam para refletir o risco de que o Grupo não está em condições de cumprir a obrigação, incluindo o efeito de risco de crédito, bem como outros fatores que podem influenciar a probabilidade de não se fazer a distribuição.

Os aumentos (reduções) significativos no crescimento da receita de longo prazo estimada e na margem bruta resultariam em valor justo significativamente mais alto (mais baixo). Os aumentos (reduções) no custo de capital médio ponderado (CCMP) e no desconto sobre risco próprio de descumprimento isoladamente resultariam em valor justo significativamente mais baixo (mais alto).

CPC 26.107

CPC 26.137(a)

CPC 46.93(e)(ii)

CPC 46.93(d)

CPC 46.93(h)(i)

102 Grupo Modelo | EY

23. ProvisõesO Grupo tem participação acionária de 25% na Força Total Ltda., que se dedica à produção de equipamentos de prevenção contra incêndio para usinas geradoras de energia no Brasil.

A Força Total Ltda. é uma entidade privada não cotada em bolsa. A tabela a seguir apresenta um resumo das informações financeiras do investimento do Grupo na Força Total Ltda.:

Garantias de manutenção Reestruturação Desativação

Arrendamento operacional

Contribuição previdenciária sobre

opções de ações

Descarte de equipamentos elétricos

e eletrônicos Passivo contingente Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2013

118 — — — 4 53 — 175

Aquisição de uma controlada (Nota 7)

— 500 1.200 400 — — 380 2.480

Constituídas durante o exercício

112 — — — 26 102 20 260

Utilizadas (60) (39) — (20) (19) (8) — (146)

Estorno de valores não utilizados

(6) (6) — — — — — (12)

Ajuste de taxa de desconto

2 11 21 6 1 2 — 43

Em 31 de dezembro de 2013

166 466 1.221 386 12 149 400 2.800

Circulante 114 100 — 205 3 28 400 850

Não circulante 52 366 1.221 181 9 121 — 1.950

Garantias de Manutenção

Contribuição previdenciária

sobre opção de ações

Descarte de equipamentos

elétricos e eletrônicos

Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2012 66 3 31 100

Constituídas durante o exercício 52 1 22 75

Em 31 de dezembro de 2012 118 4 53 175

Circulante 60 — 38 98

Não circulante 58 4 15 77

Garantias de manutençãoUma provisão é reconhecida para registrar as obrigações referentes aos pedidos que se espera receber para conserto/troca de produtos em garantia vendidos nos últimos dois anos, com base na experiência passada sobre o nível de consertos e trocas. Espera-se que a maioria desses custos seja incorrida no próximo exercício financeiro e que a totalidade deles seja incorrida dentro de dois anos a partir da data do balanço patrimonial. As premissas utilizadas para calcular a provisão para garantias foram baseadas nos atuais níveis de vendas e atuais informações disponíveis sobre devoluções baseadas no período de garantia de dois anos para todos os produtos vendidos.

Reestruturação A provisão para reestruturação já existia antes da combinação de negócios e se refere, principalmente, à eliminação de determinadas linhas de produtos da Extintores Ltda. O plano de reestruturação foi elaborado e anunciado aos empregados da Extintores Ltda. em 2012, quando a provisão foi reconhecida nas demonstrações financeiras da empresa adquirida. Espera-se que a reestruturação seja concluída até 2015.

CPC 25.85

103Grupo Modelo | EY

23. ProvisõesO Grupo tem participação acionária de 25% na Força Total Ltda., que se dedica à produção de equipamentos de prevenção contra incêndio para usinas geradoras de energia no Brasil.

A Força Total Ltda. é uma entidade privada não cotada em bolsa. A tabela a seguir apresenta um resumo das informações financeiras do investimento do Grupo na Força Total Ltda.:

Garantias de manutenção Reestruturação Desativação

Arrendamento operacional

Contribuição previdenciária sobre

opções de ações

Descarte de equipamentos elétricos

e eletrônicos Passivo contingente Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2013

118 — — — 4 53 — 175

Aquisição de uma controlada (Nota 7)

— 500 1.200 400 — — 380 2.480

Constituídas durante o exercício

112 — — — 26 102 20 260

Utilizadas (60) (39) — (20) (19) (8) — (146)

Estorno de valores não utilizados

(6) (6) — — — — — (12)

Ajuste de taxa de desconto

2 11 21 6 1 2 — 43

Em 31 de dezembro de 2013

166 466 1.221 386 12 149 400 2.800

Circulante 114 100 — 205 3 28 400 850

Não circulante 52 366 1.221 181 9 121 — 1.950

Desativação Foi reconhecida provisão para custos de desativação associados com uma fábrica de propriedade da Extintores Ltda. O Grupo compromete-se a desativar a fábrica como resultado da construção da unidade de manufatura para produção de tecidos que dificultam a propagação do incêndio.

Arrendamento mercantil operacional oneroso Na aquisição da Extintores Ltda., foi reconhecida uma provisão pelo fato de que os prêmios de arrendamento sobre o arrendamento mercantil operacional foram significativamente mais altos do que a taxa de mercado na data de aquisição. A provisão foi calculada com base na diferença entre a taxa de mercado e a taxa paga.

Contribuição previdenciária sobre opções de açõesA provisão para contribuição previdenciária sobre opções de ações é calculada com base no número de opções em circulação na data do balanço. A provisão é baseada no preço de mercado das ações na data do balanço, que é a melhor estimativa do preço de mercado. Espera-se que os custos sejam incorridos no período de 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2015.

Descarte de equipamentos elétricos e eletrônicosA provisão para descarte de resíduos elétricos e eletrônicos é calculada com base nas vendas do ano em curso (novos resíduos) e alienações esperadas de resíduos antigos (vendas anteriores a agosto de 2010).

Provisão Uma provisão anteriormente reconhecida como passivo contingente com valor justo de R$ 380 foi registrada na data de aquisição da Extintores Ltda. A alegação está vinculada a arbitragem e só deverá ser finalizada no final de 2014. Na data do balanço, a provisão foi reavaliada e aumentou para R$ 400.

CPC 15.56(a)

104 Grupo Modelo | EY

24. Subvenções governamentais

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro 1.551 1.450

Recebidas durante o exercício 2.951 642

Baixadas ao resultado (Nota 8.1) (1.053) (541)

Em 31 de dezembro 3.449 1.551

Circulante 149 151

Não circulante 3.300 1.400

3.449 1.551

Subvenções governamentais foram recebidas para a compra de alguns itens do imobilizado. Não existem condições ou contingências não cumpridas atreladas a essas subvenções.

25. Receita diferida

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro 365 364

Diferida durante o exercício 1.426 1.126

Baixadas ao resultado (1.375) (1.125)

Em 31 de dezembro 416 365

Circulante 220 200

Não circulante 196 165

416 365

A receita diferida é referente às transações do programa de fidelidade. Em 31 de dezembro de 2013, o passivo estimado para pontos não resgatados é de aproximadamente R$ 461 (2012: R$ 365).

Comentário

O CPC 30 acrescenta após os “Exemplos”, ao final do texto do pronunciamento, uma “Interpretação A – Programa de Fidelidade de Cliente” e um “Apêndice – Orientação de aplicação”, correlacionados ao IFRIC 13, que ilustram as questões contábeis envolvidas nas estimativas dos programas de fidelidade.

26. Planos de previdência e outros benefícios pós-empregoPassivo de plano de benefício definido líquido:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Plano de benefícios de saúde pós-emprego nos EUA (339) (197)

Plano de previdência no Brasil (2.711) (2.780)

Total (3.050) (2.977)

CPC 07.39(c)

CPC 07.39(b)

CPC 30.36

105Grupo Modelo | EY

O Grupo possui plano de pensão com benefício definido no Brasil (custeado pelo Grupo). Outrossim, nos Estados Unidos, o Grupo presta determinados benefícios de assistência médica pós-emprego a funcionários (não custeados pelo Grupo).

O plano de pensão com benefício definido pelo Grupo consiste em um plano salarial final para empregados no Brasil, que exige que contribuições sejam feitas a um fundo administrado separadamente.

Esse plano é regido pela legislação trabalhista vigente no Brasil, que exige que os pagamentos salariais finais sejam ajustados pelo índice de preços ao consumidor, quando pagos durante a aposentadoria. O nível de benefícios prestados depende da extensão dos serviços e salários dos participantes em idade de aposentadoria. O plano de pensão com benefício definido exige que as contribuições sejam feitas a um fundo administrado separadamente. O fundo é legalmente classificado como fundação e administrado pelo conselho de curadores, formado por igual quantidade de representantes dos empregados e do empregador. O conselho curador é responsável pela administração dos ativos do plano para definição da estratégia de investimento.

A cada exercício, o conselho curador revisa o nível de provisão de recursos ao plano de pensão no Brasil, conforme requerido pela legislação trabalhista vigente. Essa revisão contempla a estratégia de “encontro” entre ativos e passivos e política de administração de riscos de investimento. O conselho curador decide sobre a contribuição com base nos resultados de sua revisão anual. Geralmente, o objetivo é ter um mix de carteira de participação combinada de 40% no patrimônio e propriedade e 60% em instrumentos de dívida. A legislação trabalhista no Brasil exige que o Grupo sane eventual déficit no plano (com base na avaliação realizada de acordo com as regulações no Brasil) ao longo de um período de, no máximo, 5 anos após o período em que o déficit ocorrer.

Uma vez que o passivo de pensão é ajustado com base no índice de preços ao consumidor, o plano de pensão está exposto à inflação no Brasil, riscos de taxa de juros e mudanças na expectativa de vida dos pensionistas. Considerando que os ativos do plano incluem investimentos significativos nas ações cotadas de entidades de manufatura e produtos de consumo, o Grupo também está exposto ao risco de mercado existente nos setores de manufatura e produtos de consumo.

As tabelas abaixo apresentam um sumário dos componentes da despesa com benefícios líquidos reconhecida no balanço patrimonial e situação superavitária, com montantes reconhecidos no balanço patrimonial para os respectivos planos:

Plano de assistência médica pós-emprego

Despesa líquida com benefício em 2013 (reconhecida no resultado)

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Custo do serviço corrente (132) (105)

Custo dos juros sobre as obrigações de benefícios (21) (8)

Despesa líquida com benefício (153) (113)

As mudanças no valor presente da obrigação de benefício definido são:

Plano de saúde pós-emprego

R$ 000

Obrigações de benefícios definidos em 1º de janeiro de 2012 88

Custo dos juros 8

Custo do serviço corrente 105

Diferenças cambiais (4)

Obrigações de benefícios definidos em 31 de dezembro de 2012 197

Custo dos juros 21

Custo do serviço corrente 132

Diferenças cambiais (11)

Obrigações de benefícios definidos em 31 de dezembro de 2013 339

CPC 33.135

CPC 33.136

CPC 33.138

CPC 33.146

CPC 33.155-156

CPC 33.141

106 Grupo Modelo | EY

Planos do Brasil

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos e no valor justo dos ativos do plano em 2013:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2013

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições

do empregador

31 de dezembro

de 2013

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.610) (1.267) (256) (1.523) 868 - 211 (80) (20) 111 - (6.154)

Valor justo dos ativos do plano

2.830 125 125 (868) 58 160 40 258 1.098 3.443

Passivo de benefícios (2.780) - - (1.398) - 58 211 80 20 369 1.098 (2.711)

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos, no valor justo dos ativos do plano e nos custos dos serviços passados não reconhecidos em 2012:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2012

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições do empregador

31 de dezembro de 2012

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.248) (1.144) (283) (1.427) 1.166 - (201) 70 30 (101) (5.610)

Valor justo dos ativos do plano

2.810 - 161 161 (1.166) 12 - (240) (60) (288) 1.313 2.830

Passivo de benefícios (2.438) - - (1.266) - 12 (201) (170) (30) (389) 1.313 (2.780)

O retorno real sobre os ativos do plano para 2013 foi de R$ 738 (2012: R$ 504).

As aquisições da Extintores Ltda. em 2013 e da Iluminação Ltda. em 2012 não afetaram os ativos do plano ou as obrigações com benefícios definidos, pois nenhuma delas possuía planos de benefício definido.

As principais categorias de ativos do plano ao valor justo são:

Planos no Brasil

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Investimentos cotados em mercados ativos:

Investimentos cotados

Setor de fabricação de produtos de consumo 1.230 905

Setor de telecomunicações 45 33

Títulos emitidos pelo governo brasileiro 1.670 1.228

Investimentos não cotados:

Instrumentos de dívidas emitidos pelo Banco Bom 307 222

Propriedade 70 55

Total 3.322 2.443

CPC 33.143

CPC 33.142

107Grupo Modelo | EY

CPC 33.143

Planos do Brasil

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos e no valor justo dos ativos do plano em 2013:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2013

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições

do empregador

31 de dezembro

de 2013

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.610) (1.267) (256) (1.523) 868 - 211 (80) (20) 111 - (6.154)

Valor justo dos ativos do plano

2.830 125 125 (868) 58 160 40 258 1.098 3.443

Passivo de benefícios (2.780) - - (1.398) - 58 211 80 20 369 1.098 (2.711)

CPC 33.140

CPC 33.141

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos, no valor justo dos ativos do plano e nos custos dos serviços passados não reconhecidos em 2012:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2012

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições do empregador

31 de dezembro de 2012

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.248) (1.144) (283) (1.427) 1.166 - (201) 70 30 (101) (5.610)

Valor justo dos ativos do plano

2.810 - 161 161 (1.166) 12 - (240) (60) (288) 1.313 2.830

Passivo de benefícios (2.438) - - (1.266) - 12 (201) (170) (30) (389) 1.313 (2.780)

O retorno real sobre os ativos do plano para 2013 foi de R$ 738 (2012: R$ 504).

As aquisições da Extintores Ltda. em 2013 e da Iluminação Ltda. em 2012 não afetaram os ativos do plano ou as obrigações com benefícios definidos, pois nenhuma delas possuía planos de benefício definido.

As principais categorias de ativos do plano ao valor justo são:

Planos no Brasil

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Investimentos cotados em mercados ativos:

Investimentos cotados

Setor de fabricação de produtos de consumo 1.230 905

Setor de telecomunicações 45 33

Títulos emitidos pelo governo brasileiro 1.670 1.228

Investimentos não cotados:

Instrumentos de dívidas emitidos pelo Banco Bom 307 222

Propriedade 70 55

Total 3.322 2.443

Os valores justos dos ativos não foram significativamente alterados devido à adoção do CPC 46.

Os ativos do plano incluem uma propriedade ocupada pelo Grupo com valor justo de R$ 50 (2012: R$ 50).

Comentário:O valor justo dos ativos do plano é apresentado nesta divulgação. Embora o valor justo seja apurado com base no CPC 46, as divulgações do valor justo contempladas no CPC 36 não estão previstas no CPC 33 e, portanto, não são exigidas. No entanto, se houver um impacto sobre os ativos do plano a partir da mensuração utilizando o CPC 46, a informação precisaria ser divulgada.

Com base no CPC 33, o Grupo separou os ativos do plano em diferentes classes. O Grupo tem uma classe “propriedade”, que não foi classificada em categorias. Não se considera significativo o montante em relação às demonstrações financeiras consolidadas.

108 Grupo Modelo | EY

As premissas principais utilizadas para apurar as obrigações com benefícios previdenciários e de assistência médica pós-emprego do Grupo são as seguintes:

2013 2012

% %

Taxa de desconto:

Plano mantido no Brasil 4,9 5,5

Plano de assistência médica pós-emprego 5,7 5,9

Futuros aumentos salariais:

Plano mantido no Brasil 3,5 4,0

Futuros aumentos nos planos de pensão:

Plano mantido no Brasil 2,1 2,1

Taxa de crescimento dos custos com saúde 7,2 7,4

Expectativa de vida em planos de previdência privada para participantes assistidos com 65 anos:

Anos Anos

Plano mantido no Brasil

Homens 20,0 20,0

Mulheres 23,0 23,0

Plano de assistência médica pós-emprego

Homens 19,0 19,0

Mulheres 22,0 22,0

A análise de sensibilidade quantitativa em relação a hipóteses significativas em 31 de dezembro de 2013 é demonstrada abaixo:

Hipóteses

Aumento na taxa estimada de custo

de saúde Taxa de descontoFuturos aumentos

de salários

Futuros aumentos nos custos de

pensão

Nível de sensibilidade

1% aumento

1% redução

0,5% aumento

0,5% redução

0,5% aumento

0,5% redução

1% aumento

1% redução

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Impacto na obrigação com benefício definido líquida

12 (8) (34) 31 12 (11) 5 (4)

HipótesesExpectativa de vida

de pensionistas masculinoExpectativa de vida

de pensionistas feminino

Nível de sensibilidade

Aumento em um ano Redução em um ano Aumento em um ano Redução em um ano

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Impacto na obrigação com benefício definido líquida

11 (12) 7 (6)

CPC 33.144

CPC33.145

109Grupo Modelo | EY

As análises de sensibilidade acima foram determinadas com base em um método que extrapola o impacto sobre a obrigação de benefício definido líquido como resultado de mudanças razoáveis nas principais premissas ao final do período de reporte.

Os pagamentos a seguir apresentados representam as contribuições esperadas para os exercícios futures a partir da obrigação do plano de benefício definido:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Dentro dos próximos 12 meses (próximo período anual) 1.500 1.350

Entre 2 e 5 anos 3.150 3.050

Entre 5 e 10 anos 4.160 3.940

Após 10 anos - -

Total de pagamentos esperados 8.810 8.340

A duração média da obrigação do plano de benefício definido no final do período é de 26,5 anos (2012: 25,3 anos).

ComentárioConforme permitido pelo CPC 33, uma entidade não precisa apresentar informações comparativas para as divulgações exigidas pelo CPC 33 sobre a sensibilidade da obrigação de benefício definida nas demonstrações financeiras para os períodos iniciados antes de 1º de janeiro de 2014.

O CPC 33 também exige divulgação de variações em relação ao período anterior nos métodos e premissas utilizados na preparação das análises de sensibilidade, e as razões dessas variações. O Grupo não apresenta essas variações.

O CPC 33 exige divulgação de análises de sensibilidade que demonstrem como a obrigação de benefício definido seria afetada por mudanças razoavelmente possíveis em premissas atuariais. Esta publicação tem como finalidade ilustrar as divulgações exigidas, sendo que as mudanças nas premissas apresentadas nas análises de sensibilidade acima não necessariamente refletem as mudanças nos mercados atuais.

O CPC 33 (atualizado em 2011) inclui várias novas exigências de divulgação para esses planos. Ao mesmo tempo, a nova norma introduz alguns objetivos e considerações primordiais de divulgação que apresentam uma estrutura para identificar a natureza e extensão geral das divulgações que deveriam ser incluídas nas notas às demonstrações financeiras. O CPC 33, por exemplo, indica que as entidades devem considerar os seguintes itens ao fazerem as divulgações concernentes ao plano de benefício definido:

• Nível de detalhe necessário para satisfazer as exigências de divulgação

• Ênfase sobre cada uma das várias exigências

• Nível de agregação ou desagregação a ser realizada, e

• Se os usuários de demonstrações financeiras precisam de informações adicionais para avaliarem as informações quantitativas divulgadas

Essas considerações tiveram o objetivo de auxiliar as entidades a conciliar o objetivo primordial de divulgação com o fato de que listas extensas de divulgações exigidas ainda continuam sendo contempladas pela norma. Na Base de Conclusões anexada ao CPC 33 (atualizado em 2011), o IASB e o CPC enfatizam que não é exigida a divulgação de informações insignificantes, conforme consta no CPC 26.

A adição de objetivos de divulgação claros dá às entidades a oportunidade para abordar de maneira diferente as divulgações do plano de benefícios definidos. A eliminação de divulgações insignificantes aumentaria a capacidade de os usuários de demonstrações financeiras enfocarem as transações e os detalhes que são realmente importantes.

CPC33.147(a)

CPC33.147(b)

CPC33.147(c)

CPC 10.51(a)

110 Grupo Modelo | EY

27. Planos de remuneração baseados em açõesPlano para a alta administração O Plano para a Alta Administração (SEP) concede opções de ações à alta administração com mais de 12 meses de serviços prestados à companhia. O preço de exercício das opções é equivalente ao preço de mercado das ações na data de concessão. As opções serão exercíveis se e quando o lucro por ação do Grupo aumentar 10% em um prazo de três anos a partir da data de concessão e o executivo ainda estiver empregado naquela data. Caso contrário, as opções caducam.

O valor justo das opções é estimado na data de concessão, com base em modelo binomial de precificação das opções que considera os prazos e condições da concessão dos instrumentos.

O prazo de vida contratual de cada opção concedida é de cinco anos. Não há alternativas para pagamento em dinheiro. O Grupo não adotou a política de pagamento em dinheiro no passado.

Plano de opção de ações a funcionáriosTodos os demais funcionários têm direito a opções com base no Plano de Opções de Ações a Funcionários (Gesp) após dois anos de serviços prestados à Companhia. O exercício das opções depende do Retorno Total ao Acionista (RTA) do Grupo, com relação ao grupo dos principais concorrentes. Os funcionários devem permanecer em serviço por um período de três anos após a data de concessão. O valor justo das opções de ações concedidas é estimado na data de concessão, com base no modelo de Monte Carlo, que considera os prazos e condições da concessão das ações. O modelo simula o RTA, comparando-o ao grupo dos principais concorrentes. Também são considerados os dividendos históricos, covariações da oscilação do preço das ações do Grupo e cada entidade do grupo de concorrentes para prever a distribuição do desempenho relativo das ações.

O preço de exercício das opções é equivalente ao preço de mercado das ações na data de concessão. O prazo contratual das opções é de cinco anos, não havendo alternativas para pagamento em dinheiro aos funcionários. O Grupo não adotou a política de pagamento em dinheiro no passado.

Direito de valorização de açõesOs funcionários do grupo de desenvolvimento do negócio recebem direitos de valorização de ações (SARs), somente pagáveis em dinheiro. Esses direitos são exercíveis quando um determinado número de contratos de venda é fechado. O prazo de vida contratual dos SARs é de seis anos. O valor justo dos SARs é calculado na data de concessão, com base em modelo binomial de precificação das opções que considera os prazos e condições da concessão dos instrumentos e a probabilidade de atingir as metas estabelecidas.

O valor contábil do passivo referente a SARs em 31 de dezembro de 2013 corresponde a R$ 299 (2012: R$ 194). Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, nenhum direito de valorização de ações tornou-se exercível.

A despesa reconhecida referente a serviços de funcionários recebidos durante o exercício está demonstrada na tabela abaixo:

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Despesa proveniente de transações de pagamento com base em ações e liquidadas com capital próprio (Nota 20) 307 298

Despesa proveniente de transações de pagamento com base em ações e liquidadas em dinheiro 105 194

Total das despesas provenientes de transações de pagamento com base em ações

412 492

CPC 10.45(a)

CPC 10.46

CPC 10.45(a)

CPC 10.47 (a)(iii)

CPC 10.51(b)

CPC 10.45(c)

CPC 10.45(c)

CPC 10.45(d)

CPC 10.47(a)

CPC 10.45(d)

CPC 10.47(a)(i)

111Grupo Modelo | EY

Não houve cancelamentos ou alterações nos planos durante 2013 ou 2012.

Movimentação durante o exercícioA tabela a seguir apresenta o número (Nº) e média ponderada do preço de exercício (WAEP) e o movimento das opções de ações durante o exercício:

2013 Nº

2013 WAEP

2012 Nº

2012 WAEP

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em aberto em 1º de janeiro (575)1 R$ 2,85 (525)1 R$ 2,75

Concedidas durante o exercício 250 R$ 3,85 155 R$ 3,13

Vencidas durante o exercício - - (25) R$ 2,33

Exercidas durante o exercício (375)3 R$ 2,33 (165)2 R$ 3,08

Expiradas durante o exercício (25) R$ 3,02 (15) R$ 2,13

Em aberto em 31 de dezembro (725)1 R$ 3,24 (575)1 R$ 2,85

Exercíveis em 31 de dezembro 110 - 100 -

1 Incluídas nestes saldos estão as opções sobre 277.000 ações que não foram reconhecidas de acordo com o CPC 10, uma vez que as opções foram outorgadas anteriormente, a 7 de novembro de 2003. Essas opções não sofreram modificações posteriores, e, portanto, não há necessidade de contabilizá-las de acordo com o CPC 10. O número de opções em aberto era:

Em 1º de janeiro de 2012: 277.000 Em 31 de dezembro de 2012: 267.000 Em 31 de dezembro de 2013: 252.000

2 O preço médio ponderado das ações, na data de exercício, para as opções efetivamente exercidas, era de R$ 4,09.

3 O preço médio ponderado das ações, na data de exercício, para as opções efetivamente exercidas, era de R$ 3,13.

A vigência contratual média ponderada remanescente para as opções de ação restantes em 31 de dezembro de 2013 era de 2,94 anos (2012: 2,60 anos).

O valor justo médio ponderado das opções outorgadas durante o exercício era de R$ 1,32 (2012: R$ 1,18).

A faixa de preço de exercício para as opções remanescentes ao final do exercício era de R$ 2,33 a R$ 3,85 (2012: R$ 2,13 a R$ 3,13).

CPC 10.47 (a)(ii)

CPC 40.39

CPC 40.39(c)

112 Grupo Modelo | EY

A tabela a seguir apresenta uma relação das informações dos modelos utilizados nos três planos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012:

2013 SEP

2013 GESP

2013 SAR

Rendimento de dividendos (%) 3,13 3,13 3,13

Volatilidade esperada (%) 15,00 16,00 18,00

Taxa de retorno livre de risco (%) 5,10 5,10 5,10

Prazo de vida esperado das opções (anos) 3,00 4,25 6,00

Média ponderada do preço das ações (R$) 3,10 3,10 3,12

Modelo utilizado Binomial Monte Carlo Binomial

2012 SEP

2012 GESP

2012 SAR

Rendimento de dividendos (%) 3,01 3,01 3,01

Volatilidade esperada (%) 16,30 17,50 18,10

Taxa de retorno livre de risco (%) 5,00 5,00 5,00

Prazo de vida esperado das opções (anos) 3,00 4,25 6,00

Média ponderada do preço das ações (R$) 2,86 2,86 2,88

Modelo utilizado Binomial Monte Carlo Binomial

A vida esperada das opções é baseada em dados históricos e não indica necessariamente padrões de exercício que possam ocorrer. A volatilidade esperada reflete a presunção de que a volatilidade histórica é indicativa de tendências futuras, que podem não corresponder ao cenário real.

28. Fornecedores e outras contas a pagar (circulante)

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Fornecedores 17.528 18.945

Outras contas a pagar 1.833 1.494

Juros a pagar 43 269

Partes relacionadas 40 22

19.444 20.730

Termos e condições dos passivos financeiros acima referidos:

• Contas a pagar a fornecedores não rendem juros e são geralmente liquidadas em prazos de 60 dias. • Outras contas a pagar não rendem juros e têm prazos médios de seis meses. • Os juros a pagar são geralmente liquidados ao longo do exercício social. • Para os termos e condições envolvendo partes relacionadas, consulte a Nota 29. Para explicações sobre o processo de gerenciamento do risco de crédito do Grupo, consulte a Nota 31.

CPC05.18

CPC05.22A

CPC05.18

CPC05.18

113Grupo Modelo | EY

29. Informações sobre partes relacionadasA Nota 6 fornece informações sobre a estrutura do Grupo incluindo os detalhes das controladas e da holding. A tabela abaixo apresenta o valor total das operações que tenham sido celebradas com partes relacionadas para o exercício social correspondente.

Vendas a partes

relacionadas

Vendas efetuadas por

partes relacionadas

Valores devidos por

partes relacionadas*

Valores devidos a

partes relacionadas *

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Entidade com influência significativa sobre o Grupo:

International Fires P.L.C. 2013 7.115 — 620 —

2012 5.975 — 550 —

Coligada:

Força Total Ltda. 2013 2.900 — 551 —

2012 2.100 — 582 —

Joint venture em que a controladora é uma das participantes:

Esguichos Ltda. 2013 — 590 — 30

2012 — 430 — 12

Principais membros da administração do Grupo:

Outros interesses dos membros da administração 2013 225 510 — 10

2012 135 490 — 10

*Esses valores são classificados como contas a receber e fornecedores, respectivamente (vide Notas 19 e 28).

Juros recebidosValores devidos por partes relacionadas

R$ 000 R$ 000

Empréstimos a / de parte relacionada

Coligada:

Força Total Ltda. 2013 20 200

2012 — —

Principais membros da administração do Grupo

Empréstimos de diretores 2013 1 13

2012 — 8

Não havia outras transações além dos dividendos pagos entre o Grupo e a S.J. Limited durante o exercício (2012: R$ 0)

Financiamento a coligada O financiamento concedido à Força Total Ltda. tem o objetivo de financiar a aquisição de novas máquinas para produção de equipamentos de prevenção de incêndio. O financiamento não tem seguro, devendo ser amortizado totalmente até 1º de junho de 2015, a juros de 10%.

CPC 05.21

CPC 05.18(b)

CPC 05.18(b)

CPC 45.14-15

CPC 05.18

CPC 05.13

CPC05.17(a)

CPC05.17(b)

CPC05.17(c)

CPC05.17(d)

114 Grupo Modelo | EY

Termos e condições de transações com partes relacionadas As vendas e compras envolvendo partes relacionadas são efetuadas a preços normais de mercado. Os saldos em aberto no encerramento do exercício não têm garantias, não estão sujeitos a juros e são liquidados em dinheiro. Não houve garantias prestadas ou recebidas em relação a quaisquer contas a receber ou a pagar envolvendo partes relacionadas. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo não contabilizou qualquer perda por redução ao valor recuperável das contas a receber relacionada com os valores devidos por partes relacionadas (2012: R$ 0). Essa avaliação é realizada a cada exercício social, examinando-se a posição financeira da parte relacionada e do mercado no qual a parte relacionada atua.

Compromissos com partes relacionadasEm 1º de julho de 2013, a Bright Sparks Limited celebrou um contrato de 2 anos que termina em 30 de junho de 2015 com a Wireworks Inc. para comprar cabos elétricos e óticos específicos de faíscas brilhantes com utilização limitada em seu processo de produção. A Bright Sparks Limited espera que o volume de compras seja de R$ 750 para 2013 e R$ 250 para os primeiros seis meses de 2014. O preço de compra é baseado no custo real mais uma margem de 5%, e a compra será liquidada em 30 dias após a entrega da mercadoria. O Grupo tem um compromisso contratual com a Bright Sparks Limited através do qual, se os ativos mantidos como garantias pela Bright Sparks Limited para empréstimos estiverem com um rating de crédito abaixo de “AA”, a holding irá substituir os ativos por um equivalente com classificação “AA”. O valor justo máximo dos ativos a serem substituídos é de R$ 200 em 31 de dezembro de 2013 (2012: R$ 210). O Grupo não vai sofrer uma perda em qualquer operação decorrente desse compromisso, mas receberá ativos com menor rating de crédito do que os substituídos.

Transações com o pessoal-chave da administraçãoFinanciamentos a diretores O Grupo oferece à alta administração uma linha de crédito para financiamentos de até R$ 20, a serem amortizados em cinco anos a partir da data em que o financiamento é concedido. Esses financiamentos não têm garantia, estando sujeitos à taxa de juros média incorrida em empréstimos de longo prazo (atualmente, Libor + 0,8). Qualquer financiamento concedido é incluído nos instrumentos financeiros apresentados no balanço patrimonial.

Outras participações de diretores Durante os exercícios de 2013 e de 2012, foram efetuadas pelas empresas do Grupo compras a preços normais de mercado junto à G Indústrias Ltda., empresa em que a esposa de um dos diretores atua como diretora e acionista controladora.

Um determinado diretor detém participação societária de 25% (2012: 25%) na Proteção contra Incêndios e Casas Ltda. A empresa firmou um contrato para fornecimento de extintores de incêndio. Durante 2013 e 2012, a empresa forneceu extintores à Protege Ltda. a preços normais de mercado.

Remuneração do pessoal-chave da administração do Grupo

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Benefícios de empregados de curto prazo 435 424

Previdência e benefícios de assistência médica pós-emprego 110 80

Benefícios de desligamento1 40 —

Remuneração baseada em ações 18 12

Remuneração total paga ao pessoal-chave da administração 603 516

1 Os diretores não executivos não recebem previdência do Grupo. Durante 2013, R$ 40 foram pagos a um determinado diretor que se aposentou no cargo de diretor executivo em 2012.

CPC05.17(e)

CPC 06.35(d)

CPC 06.35(a)

115Grupo Modelo | EY

Participações de diretores executivos no plano de incentivos à compra de ações por empregados As datas de vencimento e os preços de exercício das opções de compra de ações ordinárias pelos diretores executivos são as seguintes:

Data de emissão

Data de vencimento

Preço de exercício

2013 2012

Quantidade de ações em circulação

Quantidade de ações em circulação

2012 2014 R$ 2,33 10.000 10.0002012 2016 R$ 3,13 83.000 83.0002013 2016 R$ 3,85 27.000 —Total 120.000 93.000

Nesse plano, não foram concedidas opções de compras de ações aos diretores não executivos. Para mais detalhes, consulte a Nota 27 sobre o plano de compra de ações.

30. Compromissos e contingênciasO Grupo contratou arrendamentos comerciais para determinados veículos motores e maquinários. Esses arrendamentos têm vida média entre três e cinco anos, sem previsão contratual para opção de renovação. A contratação desses arrendamentos não sujeita o Grupo a restrições.

Os aluguéis mínimos futuros a pagar sobre arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis em 31 de dezembro são os seguintes:

2013 2012

R$ 000 R$ 000Dentro de um ano 255 250Após um ano, mas menos de cinco anos 612 600Mais de cinco anos 408 400

1.275 1.250

Compromissos de arrendamento mercantil operacional – Grupo como arrendador O Grupo contratou arrendamentos de propriedades comerciais para sua carteira de propriedades para investimento, representadas pela sede do Grupo e pelas unidades de produção. Esses arrendamentos não canceláveis apresentam prazos remanescentes com duração entre cinco e 20 anos. Todos os arrendamentos contemplam uma cláusula para possibilitar a revisão dos encargos de aluguel anualmente, de acordo com as condições de mercado existentes.

Os aluguéis mínimos futuros a receber, de acordo com os arrendamentos mercantis operacionais canceláveis em 31 de dezembro, são os seguintes:

2013 2012R$ 000 R$ 000

Dentro de um ano 1.418 1.390Após um ano, mas menos de cinco anos 5.630 5.520Mais de cinco anos 5.901 5.864

12.949 12.774

CPC 06.56(c)

116 Grupo Modelo | EY

CPC 06.31(e)

CPC06.31(b)

CPC 27.74(c)

CPC 45.23(a)

CPC 45.B18-B19

CPC 25.86

CPC 05.21(h)

CPC 05.19(d)

CPC 05.19(e)

CPC 25.86

Arrendamento mercantil financeiro e compromissos de arrendamento O Grupo contratou arrendamentos mercantis financeiros e compromissos de arrendamento para vários itens do imobilizado. Esses arrendamentos têm prazos de renovação, mas não contemplam opções de compra e cláusulas de reajuste de preço. As renovações ficam à opção da entidade que contratou o arrendamento. Os pagamentos futuros mínimos a título de arrendamento, nos termos dos arrendamentos mercantis financeiros e compromissos de arrendamento, juntamente com o valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento, são os seguintes:

2013 2012

Pagamentos mínimos

Valor presente dos pagamentos

Pagamentos mínimos

Valor presente dos

pagamentosR$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Dentro de um ano 85 83 56 51Após um ano, mas menos de cinco anos 944 905 1.014 943

Mais de cinco anos — — — —Total de pagamentos mínimos de arrendamentos mercantis 1.029 988 1.070 994

Menos valores que representam encargos financeiros (41) — (76) —

Valor presente de pagamentos de arrendamento mínimos 988 988 994 994

Compromissos de capital Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo tinha compromissos de R$ 2.310 (2012: R$ 4.500), incluindo R$ 2.000 (2012: 0) relativos à conclusão da unidade de produção de equipamentos de segurança contra incêndio e R$ 310 (2012: R$ 516) relativos à participação do Grupo na joint venture.

Processo judicial Um cliente no exterior moveu uma ação contra o Grupo, sob a alegação de equipamentos defeituosos. O desembolso esperado para essa ação, caso o cliente ganhe a ação, é de R$ 850. Uma vez que a data do julgamento ainda não foi marcada, não é possível definir a época do eventual pagamento.

Os assessores legais do Grupo consideram ser possível, mas não provável, que a ação tenha resultado favorável ao cliente, não tendo sido, portanto, constituída nenhuma provisão nas demonstrações financeiras.

Garantias O Grupo forneceu as seguintes garantias em 31 de dezembro de 2013:

• Garantia de 25% dos saques a descoberto da coligada até o montante máximo de R$ 500 (2012: R$ 250), incorrido juntamente com outros investidores da coligada (os valores contábeis dos correspondentes contratos de garantia financeiras foram de R$ 67 e R$ 34 em 31 de dezembro de 2013 e 2012, respectivamente);

• Garantia a uma parte não relacionada referente ao cumprimento de um contrato pela joint venture. Não se espera a geração de passivos; e

• Garantia da sua participação de R$ 20 (2012: R$ 13) no passivo contingente da coligada, incorrido juntamente com outros investidores.

Passivos contingentes O Grupo reconheceu um passivo contingente de R$ 400 na aquisição da Extintores Ltda.

31. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiroOs principais passivos financeiros do Grupo, que não sejam derivativos, referem-se a empréstimos, contas a pagar a clientes e outras contas a pagar e contratos de garantia financeira. O principal propósito desses passivos financeiros é captar recursos para as operações do Grupo. O Grupo possui empréstimos e outros créditos, contas a receber de clientes e outras contas a receber e depósitos à vista e a curto prazo que resultam diretamente de suas operações. O Grupo também mantém investimentos disponíveis para venda e contrata transações com derivativos.

O Grupo está exposto a risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.

A alta administração do Grupo supervisiona a gestão desses riscos. A alta administração do Grupo conta com o suporte de um comitê de riscos financeiros que presta assessoria em riscos financeiros e estrutura

117Grupo Modelo | EY

de governança em riscos financeiros apropriada para o Grupo. O comitê de riscos financeiros fornece garantia à alta administração do Grupo de que as atividades do Grupo em que se assumem riscos financeiros são regidas por políticas e procedimentos apropriados e que os riscos financeiros são identificados, avaliados e gerenciados de acordo com as políticas do grupo e disposição para risco do grupo. Todas as atividades com derivativos para fins de gestão de risco são realizadas por equipes especializadas com as habilidades, experiência e supervisão apropriadas. É política do Grupo não participar de quaisquer negociações de derivativos para fins especulativos.

O Conselho de Administração revisa e estabelece políticas para gestão de cada um desses riscos, os quais são resumidos abaixo.

Risco de mercadoO risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nos preços de mercado. Os preços de mercado englobam três tipos de risco: risco de taxa de juros, risco cambial e risco de preço - que pode ser de commodities, de ações, entre outros. Instrumentos financeiros afetados pelo risco de mercado incluem empréstimos a receber e empréstimos a pagar, depósitos, instrumentos financeiros disponíveis para venda e mensurados ao valor justo através do resultado e instrumentos financeiros derivativos.

As análises de sensibilidade nas seguintes seções referem-se à posição em 31 de dezembro de 2013 e 2012.

As análises de sensibilidade foram preparadas com base no valor da dívida líquida, no índice de taxas de juros fixas em relação a taxas de juros variáveis da dívida e derivativos, e na proporção de instrumentos financeiros em moedas estrangeiras; são todos eles valores constantes e com base nas designações de hedge existentes em 31 de dezembro de 2013.

As análises excluem as movimentações do impacto nas variáveis de mercado sobre o valor contábil de obrigações de aposentadoria e pós-aposentadoria, provisões e sobre ativos e passivos não financeiros das operações no exterior.

As seguintes premissas foram adotadas no cálculo das análises de sensibilidade:

• A sensibilidade do balanço patrimonial refere-se a derivativos e instrumentos de dívida disponíveis para venda. • A sensibilidade do respectivo item da demonstração do resultado é o efeito das mudanças assumidas

conforme os respectivos riscos do mercado. Tem por base os ativos e passivos financeiros mantidos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, inclusive o efeito da contabilização de hedge.

• A sensibilidade do patrimônio é calculada considerando o efeito de quaisquer hedges de fluxo de caixa e hedges de investimento líquido de uma controlada no exterior associados em 31 de dezembro de 2013 para fins de mudanças presumidas no objeto do hedge.

Risco de taxa de jurosRisco de taxas de juros é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de juros de mercado. A exposição do Grupo ao risco de mudanças nas taxas de juros de mercado refere-se, principalmente, às obrigações de longo prazo do Grupo sujeitas a taxas de juros variáveis.

O Grupo gerencia o risco de taxa de juros mantendo uma carteira equilibrada entre empréstimos a receber e empréstimos a pagar sujeitos a taxas fixas e a taxas variáveis. A política do Grupo é manter entre 40% e 60% de seus empréstimos a pagar sujeitos a taxas fixas de juros, excluindo empréstimos que se refiram a operações descontinuadas. Para gerenciar esse risco, o Grupo contrata swaps de taxas de juros, nos quais o Grupo concorda em trocar, em intervalos específicos, a diferença entre os valores das taxas de juros fixas e variáveis calculados com base no valor do principal nocional acordado entre as partes. Esses swaps pretendem dar cobertura (hedge) às obrigações de dívida objeto do hedge. Em 31 de dezembro de 2013, depois de considerar o efeito dos swaps das taxas de juros, aproximadamente 44% dos empréstimos tomados pelo Grupo estavam sujeitos a taxa fixa de juros (2012: 51%).

Sensibilidade a taxas de juros A tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma possível mudança nas taxas de juros, mantendo-se todas as outras variáveis constantes no lucro do Grupo antes da tributação (é afetado pelo impacto dos empréstimos a pagar sujeitos a taxas variáveis). Com relação ao patrimônio do Grupo, existe apenas um impacto não significativo.

CPC 40.40(b)

118 Grupo Modelo | EY

Aumento/redução em pontos base

Efeito no lucro antes da

tributação

2013 R$ 000

Reais +45 (48)

US$ +60 (13)

Reais -45 33

US$ -60 12

2012

Reais +10 (19)

US$ +15 —

Reais -10 12

US$ -15 —

A movimentação presumida em pontos base para a análise de sensibilidade a taxas de juros é baseada nas taxas atualmente praticadas no ambiente de mercado, indicando uma volatilidade significativamente mais elevada do que em exercícios anteriores.

Risco de câmbioO risco de câmbio é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de câmbio. A exposição do Grupo ao risco de variações nas taxas de câmbio refere-se principalmente às atividades operacionais do Grupo (quando receitas ou despesas são denominadas em uma moeda diferente da moeda funcional do Grupo) e aos investimentos líquidos do Grupo em controladas no exterior.

O Grupo gerencia seu risco de câmbio por meio de transações de hedge que devam ocorrer no período máximo de 24 meses. Transações para as quais não haja incertezas são cobertas por hedge por prazo indeterminado.

É política do Grupo negociar os termos dos derivativos designados na relação de hedge, mantendo uma correspondência com os termos dos itens objeto do hedge de modo a maximizar a eficácia do hedge.

O Grupo mantém cobertura (hedge) para suas exposições a flutuações na conversão para reais de suas operações no exterior, mantendo empréstimos a pagar líquidos em moedas estrangeiras e utilizando swaps de moedas e contratos cambiais a termo.

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o Grupo mantinha hedge para 75% e 70%, respectivamente, de suas vendas em moeda estrangeira, para as quais existiam compromissos firmes nas datas reportadas.

Sensibilidade a taxa de câmbioA tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma variação cabível que possa ocorrer na taxa de câmbio do US$, mantendo-se todas as outras variáveis constantes, do lucro do Grupo antes da tributação (devido a variações no valor justo de ativos e passivos monetários) e do patrimônio do Grupo (devido a variações no valor justo de contratos de câmbio a termo e hedges de investimento líquido).

Variação na taxa USD

Efeito no lucro antes da

tributaçãoEfeito no

patrimônio

R$ 000 R$ 000

2013 +5% (30) (154)

-5% 20 172

2012 +4% (40) (146)

–4% 40 158

A movimentação sobre o efeito após tributação é o resultado de uma variação no valor justo de instrumentos financeiros derivativos não designados na relação de hedge e ativos e passivos monetários denominados em dólares americanos, em que a moeda funcional da Companhia é outra que não o dólar. Embora os derivativos

CPC 40.40(a)

CPC 40.33(a)

CPC 40.40

CPC 40.40(a)

CPC 40.40(a)

119Grupo Modelo | EY

não tenham sido designados na relação de hedge, funcionam como hedge econômico e compensarão as transações objeto do hedge quando estas ocorrerem.

A movimentação do patrimônio tem origem na movimentação dos empréstimos em dólares americanos (líquidos de caixa e equivalentes de caixa) no hedge de investimento líquido em operações nos EUA e hedge de fluxos de caixa. Essa movimentação compensará a conversão do ativo líquido das operações realizadas nos EUA para reais.

Risco de preço de commoditiesO Grupo é afetado pela volatilidade de certas commodities. Suas atividades operacionais requerem aquisição e produção em continuidade de componentes eletrônicos e, portanto, requerem fornecimento contínuo de cobre. Devido ao aumento significativo verificado na volatilidade dos preços dessa commodity, o Conselho de Administração do Grupo desenvolveu e implantou uma estratégia de gestão de risco para a gestão de risco de preço de commodities, visando mitigar esse risco.

Com base na previsão do fornecimento de cobre necessário nos próximos 12 meses, o Grupo mantém cobertura (hedge) para o preço de compra mediante contratos a termo para essa commodity. Considera-se que a previsão seja altamente provável.

Sensibilidade a preços de commoditiesA tabela abaixo apresenta o efeito das variações de preço do cobre após o impacto da contabilização de hedge.

Variação no preço final do exercício

Efeito no lucro antes da

tributaçãoEfeito sobre

patrimônio

R$ 000 R$ 000

2013 + 15% (220) (585)

Cobre — 15% 220 585

Risco do preço das açõesTanto as ações do Grupo negociadas em bolsa quanto as não negociadas estão sujeitas ao risco do preço de mercado decorrente de incertezas no que diz respeito a valores futuros de títulos de investimento. A gestão do risco do preço das ações por parte do Grupo se dá por meio da diversificação e da imposição de limites nos instrumentos patrimoniais. Os relatórios acerca da carteira de títulos são enviados à administração sênior do Grupo em intervalos regulares. O Conselho de Administração do Grupo analisa e aprova todas as decisões relacionadas aos investimentos patrimoniais.

Na data do balanço patrimonial, a exposição às ações não negociadas em bolsa pelo valor justo era de R$ 1.038. Uma variação de 10% no fluxo geral de lucros, de acordo com as avaliações realizadas, poderia ter um impacto de aproximadamente R$ 120 no capital do Grupo.

Na data do balanço patrimonial, a exposição às ações negociadas em bolsa pelo valor justo era de R$ 337. Uma redução de 10% no índice de mercado da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) teria um impacto de aproximadamente R$ 55 sobre a renda ou patrimônio atribuível ao Grupo, dependendo se o declínio for ou não significativo e prolongado. Um aumento de 10% no valor das ações negociadas em bolsa teria um impacto sobre o patrimônio em um montante semelhante, mas sem efeito sobre a renda, a menos que houvesse alguma taxa de redução por desvalorização a ele associada.

Risco de créditoO risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. O Grupo está exposto ao risco de crédito em suas atividades operacionais (principalmente com relação a contas a receber e notas de crédito) e de financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos financeiros.

Contas a receberO risco de crédito do cliente é administrado por cada unidade de negócios, estando sujeito aos procedimentos, controles e política estabelecidos pelo Grupo em relação a esse risco. Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios internos de classificação. A qualidade do crédito do cliente é avaliada com base em um sistema interno de classificação de crédito extensivo. Os recebíveis de clientes em aberto são acompanhados com frequência, e quaisquer entregas a grandes clientes costumam ter a cobertura de cartas de crédito ou outras formas de seguro de crédito. Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo contava com aproximadamente 55 clientes (2012: 65 clientes) que deviam ao Grupo mais de R$ 250 cada e eram

120 Grupo Modelo | EY

responsáveis por aproximadamente 71% (2011: 76%) de todos os recebíveis devidos. Cinco clientes (2011: sete clientes) apresentavam saldos superiores a R$ 1 mil, sendo responsáveis por mais de 17% (2011: 19%) dos valores a receber.

A necessidade de uma provisão para perda por redução ao valor recuperável é analisada a cada data reportada em base individual para os principais clientes. Além disso, um grande número de contas a receber com saldos menores está agrupado em grupos homogêneos e, nesses casos, a perda recuperável é avaliada coletivamente. O cálculo é baseado em dados históricos efetivos.

A exposição máxima ao risco de crédito na data–base é o valor registrado de cada classe de ativos financeiros mencionados na Nota 16. O Grupo não conta com garantias como segurança.

Instrumentos financeiros e depósitos em dinheiro O risco de crédito de saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela Tesouraria do Grupo de acordo com a política por este estabelecida. Os recursos excedentes são investidos apenas em contrapartes aprovadas e dentro do limite estabelecido a cada uma. O limite de crédito das contrapartes é revisado anualmente pelo Conselho de Administração do Grupo e pode ser atualizado ao longo do ano, o que está sujeito à aprovação do Comitê Financeiro do Grupo. Esses limites são estabelecidos a fim de minimizar a concentração de riscos e, assim, mitigar o prejuízo financeiro no caso de potencial falência de uma contraparte. A exposição máxima do Grupo ao risco de crédito em relação aos componentes do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e 2012 é o valor registrado, como demonstrado na Nota 16, com exceção das garantias financeiras e instrumentos financeiros derivativos. A exposição máxima do Grupo em relação a garantias financeiras e instrumentos financeiros derivativos é apresentada na Nota 16 e no quadro de liquidez abaixo, respectivamente.

Risco de liquidezO Grupo acompanha o risco de escassez de recursos por meio de uma ferramenta de planejamento de liquidez corrente.

O objetivo do Grupo é manter o saldo entre a continuidade dos recursos e a flexibilidade através de contas garantidas, empréstimos bancários, debêntures, ações preferenciais, arrendamento mercantil financeiro e arrendamento mercantil operacional. A política do Grupo é a de que até 25% dos empréstimos devem ter seu vencimento dentro do período de 12 meses seguintes. Aproximadamente 10% da dívida do Grupo terá seu vencimento em menos de um ano em 31 de dezembro de 2013 (2012: 11%), com base no valor registrado dos empréstimos refletidos nas demonstrações financeiras, excluindo-se as operações descontinuadas.

Concentração excessiva de riscoAs concentrações ocorrem quando uma determinada quantidade de contrapartes participa de atividades comerciais semelhantes ou de atividades dentro da mesma região geográfica ou possui características econômicas que fariam com que sua capacidade de cumprir as obrigações contratuais fosse afetada, de maneira semelhante, por mudanças nas condições econômicas, políticas ou outras condições. As concentrações indicam a relativa sensibilidade do desempenho do Grupo a desdobramentos que afetam um segmento de atuação em específico.

Com o objetivo de evitar concentrações excessivas de risco, as políticas e procedimentos do Grupo contemplam orientações específicas para enfocar a manutenção de uma carteira diversificada. As concentrações identificadas de riscos de crédito são controladas e administradas de acordo. O estabelecimento de hedge seletivo é utilizado pelo Grupo na administração das concentrações de risco tanto em âmbito de relacionamento quanto de segmento de atuação.

CPC 40.33

CPC 40.39(b)

CPC 40.36

CPC 40.33

CPC 40.39(c)

CPC 40.B8

121Grupo Modelo | EY

A tabela abaixo apresenta um sumário do perfil de vencimento dos passivos financeiros do Grupo com base em pagamentos não descontados e previstos em contrato:

Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Empréstimos e financiamentos com rendimento

966 21 1.578 10.554 8.000 21.119

Ações preferenciais conversíveis — — — 676 2.324 3.000

Contraprestação contingente — — 1.125 — — 1.125

Outras obrigações — — — 150 — 150

Fornecedores e outros passivos 3.620 14.654 1.170 — — 19.444

Contratos de garantia financeira 105 — — — — 105

Derivativos e derivativos embutidos 1.970 2.740 391 1.191 1.329 7.621

6.661 17.415 4.264 12.571 11.653 52.564

Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Empréstimos e financiamentos com rendimento

2.650 18 133 8.872 11.600 23.273

Ações preferenciais conversíveis — — — 624 2.376 3.000

Contraprestação contingente 4.321 14.353 2.056 — — 20.730

Outras obrigações — — — 202 — 202

Contratos de garantia financeira 68 — — — — 68

Derivativos e derivativos embutidos 549 1.255 — — — 1.804

7.588 15.626 2.189 9.698 13.976 49.077

Os instrumentos financeiros derivativos divulgados no quadro acima são os fluxos de caixa brutos sem desconto. O quadro a seguir mostra a respectiva conciliação desses valores aos valores registrados.

Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Entradas 800 1.000 250 700 950 3.700

Saídas (1.970) (2.740) (391) (1.191) (1.329) (7.621)

Líquido (1.170) (1.740) (141) (491) (379) (3.921)

Descontado às taxas interfinanceiras aplicáveis (1.170) (1.731) (139) (463) (343) (3.846)

122 Grupo Modelo | EY

Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Entradas 500 1.000 — — — 1.500

Saídas (549) (1.254) — — — (1.803)

Líquido (49) (254) — — — (303)

Descontado às taxas interfinanceiras aplicáveis (49) (254) — — — (303)

CauçãoO Grupo deu como garantia parte de seus depósito a curto prazo com o objetivo de cumprir as exigências de caução para contratos de derivativos. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os valores justos de depósitos a curto prazo dados como garantia totalizaram R$ 5 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente. As contrapartes têm a obrigação de retornar os títulos ao Grupo. O Grupo também mantém depósito para os contratos derivativos no valor de R$ 565 em 31 de dezembro de 2013 (2012: R$ 385). O Grupo tem obrigação de amortizar o depósito às contrapartes no momento da liquidação dos contratos. Não há outros termos e condições significativos associados com o uso de caução.

Gestão de capitalO capital social inclui ações preferenciais conversíveis, patrimônio atribuível aos acionistas controladores menos a reserva líquida de ganhos não realizados.

O objetivo principal da administração de capital do Grupo é assegurar que este mantenha uma classificação de crédito forte e uma razão de capital livre de problemas a fim de apoiar os negócios e maximizar o valor do acionista.

O Grupo administra a estrutura do capital e a ajusta considerando as mudanças nas condições econômicas. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, o Grupo pode ajustar o pagamento de dividendos aos acionistas, devolver o capital a eles, ou emitir novas ações.

Não houve alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012.

O Grupo administra o capital por meio de quocientes de alavancagem, que é a dívida líquida dividida pelo capital total, acrescido da dívida líquida. A política do Grupo é a de manter esse quociente entre 20% e 35%. O Grupo inclui na dívida líquida os empréstimos e financiamentos com rendimento, empréstimos de parceiros empresariais, fornecedores e outros exigíveis, menos caixa e equivalentes de caixa, excluindo-se as operações descontinuadas.

2013 2012

R$ 000 R$ 000

Empréstimos e financiamentos com rendimento (Nota 16.2) 20.028 21.834

Fornecedores e outros exigíveis (Nota 28) 19.444 20.730

(-) Caixa e equivalentes de caixa (Nota 20) (17.112) (14.916)

Dívida líquida 22.360 27.648

Ações preferenciais conversíveis (Nota 21) 2.778 2.644

Instrumentos de patrimônio 61.370 48.101

Patrimônio 64.148 50.745

Capital social e dívida líquida 86.508 78.393

Quociente de alavancagem 26% 35%

CPC 03.48

CPC 40.14

CPC 40.38

CPC 40.15

CPC 40.36(b)

CPC26.135(a)

CPC 26.134

123Grupo Modelo | EY

CPC 03(R1).48

CPC 40.38

ComentárioO CPC 26.134 e CPC 26.135 exigem que as entidades realizem divulgações qualitativas e quantitativas no que diz respeito a seus objetivos, políticas e processos em relação à gestão do capital social. O Grupo divulgou um quociente de alavancagem, visto ser esta a medida adotada pelo Grupo para monitorar o capital. Contudo, outras medidas podem servir melhor a outras entidades.

GarantiaO Grupo ofereceu parte dos depósitos de curto prazo em garantia a fim de cumprir as exigências de garantia relacionadas aos derivativos de hedge em vigor. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o valor justo do depósito de curto prazo oferecido em garantia era de R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente. As contrapartes não têm a obrigação de devolver as ações ao Grupo. Não há outros termos e condições significativos associados ao uso da garantia.

O Grupo não tem garantia alguma em 31 de dezembro de 2013 e 2012.

32. Mensuração do valor justoOs seguintes quadros demonstram a hierarquia da mensuração do valor justo dos ativos e passivos do Grupo.

Divulgações quantitativas da hierarquia do valor justo para ativos em 31 de dezembro de 2013:

Avaliação do valor justo utilizando:

Data de avaliação Total

Ativos cotados em mercados

ativos (Nível 1)

Inputs significativamente

observáveis (Nível 2)

Inputs significativamente

inobserváveis (Nível 3)

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Ativos mensuráveis a valor justo:

Propriedades para investimento (Nota 14):

Escritórios 31 de dezembro de 2013

4.260 — — 4.260

Propriedades de varejo 31 de dezembro de 2013

4.633 — — 4.633

Derivativos ativos (Nota 16.4):

Contratos de câmbio - dólar americano

31 de dezembro de 2013

492 — 492 —

Contratos de câmbio - libra esterlina

31 de dezembro de 2013

400 — 400 —

Derivativos embutidos de câmbio - dólar canadense

31 de dezembro de 2013

210 — 210 —

Investimentos disponíveis para venda (Nota 16.4):

Ações patrimoniais cotadas

Setor de energia31 de dezembro de 2013

219 219 — —

Setor de telecomunicações31 de dezembro de 2013

118 118 — —

Ações patrimoniais não cotadas

Setor de energia31 de dezembro de 2013

675 — — 675

Setor de eletrônicos31 de dezembro de 2013

363 — — 363

124 Grupo Modelo | EY

32. Mensuração do valor justo continuação Divulgações quantitativas da hierarquia do valor justo para passivos em 31 de dezembro de 2013:

Avaliação do valor justo utilizando:

Data de avaliação Total

Ativos cotados em mercados

ativos (Nível 1)

Inputs significativamente

observáveis (Nível 2)

Inputs significativamente

inobserváveis (Nível 3)

Títulos de dívidas cotados

Títulos Tesouro Nacional31 de dezembro de 2013

368 368 — —

Debêntures – setor de consumo31 de dezembro de 2013

92 92 — —

Debêntures – setor de energia31 de dezembro de 2013

152 152 — —

Operações descontinuadas (Nota 11)

1 de outubro de 2013

2.751 — — 2.751

Ativos com divulgação do valor justo (Nota 16.4):

Empréstimos e recebíveis

Notas do Tesouro (Euroland)31 de dezembro de 2013

1.528 — 1.528 —

Notas do Tesouro (EUA)31 de dezembro de 2013

2.000 — 2.000 —

Empréstimos a coligada31 de dezembro de 2013

200 — — 200

Empréstimos a diretores31 de dezembro de 2013

13 — — 13

Não houve transferências entre o Nível 1 e o Nível 2 no período.

Ativos mensuráveis a valor justo:

Derivativos passivos (Nota 16.4):

Swap de taxas de juros 31 de dezembro de 2013

35 — 35 —

Contratos de câmbio – libra esterlina

31 de dezembro de 2013

800 — 800 —

Derivativos embutidos de commodities (cobre)

31 de dezembro de 2013

600 600 — —

Derivativos embutidos de commodities (cromo)

31 de dezembro de 2013

182 182 — —

Contratos de câmbio – dólar americano

31 de dezembro de 2013

90 — 90 —

Derivativos de commodities (cobre)

31 de dezembro de 2013

980 — 980 —

Passivo contingente (Note 4) 31 de dezembro de 2013

1.072 — — 1.072

Distribuição não caixa de passivo (Nota 22)

31 de dezembro de 2013

410 — — 410

125Grupo Modelo | EY

32. Mensuração do valor justo continuação Divulgações quantitativas da hierarquia do valor justo para passivos em 31 de dezembro de 2013:

Avaliação do valor justo utilizando:

Data de avaliação Total

Ativos cotados em mercados

ativos (Nível 1)

Inputs significativamente

observáveis (Nível 2)

Inputs significativamente

inobserváveis (Nível 3)

Passivos com divulgação de valor justo (Nota 16.4):

Empréstimos e financiamentos com juros

Obrigações de arrendamento mercantil financeiro (Euroland)

31 de dezembro de 2013

800 — 800 —

Obrigações contratuais de compra (Euroland)

31 de dezembro de 2013

263 — 263 —

Empréstimos a taxas flutuantes (Euroland)

31 de dezembro de 2013

10.420 — 10.420 —

Empréstimos a taxas flutuantes (EUA)

31 de dezembro de 2013

2.246 — 2.246 —

Ações preferenciais conversíveis31 de dezembro de 2013

2.766 — 2.766 —

Empréstimos a taxas fixas31 de dezembro de 2013

6.321 — 6.321 —

Garantias financeiras31 de dezembro de 2013

87 — — 87

Não houve transferências entre o Nível 1 e o Nível 2 no período.

Hierarquia do valor justo para instrumentos financeiros mensurados a valor justo em 31 de dezembro de 2012:

Ativos financeiros mensurados a valor justo

Total Nível 1 Nível 2 Nível 3

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Contratos de câmbio - dólar americano

100 — 100 —

Contratos de câmbio - libra esterlina

53 — 53 —

Ativos financeiros disponíveis para venda:

Ações patrimoniais cotadas:

Setor de energia 200 200 — —

Setor de telecomunicações 100 100 — —

Ações patrimoniais não cotadas

Setor de energia 498 — — 498

Setor eletrônico 400 — — 400

Títulos de dívidas cotados

Bônus do Tesouro Nacional 200 200 — —

Debêntures – setor de consumo 400 400 — —

126 Grupo Modelo | EY

Passivos financeiros mensurados a valor justo

Total Nível 1 Nível 2 Nível 3

R$000 R$000 R$000 R$000

Contratos de câmbio dólar americano

254 — 254 —

ComentárioO CPC46.94 requer determinação apropriada de classes de ativos e passivos na base da:

• natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e

• nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo está classificado.

O Grupo divulgou as informações quantitativas de acordo com o CPC 46, baseado nas informações quantitativas determinadas nas bases do CPC 46.94. Como julgamento, é requerido para determinar as classes de ativos (agregação de níveis para classes de ativos pode ser apropriada), considerando que são baseadas no perfil de risco desses ativos (por exemplo, o perfil de risco de propriedades em mercados emergentes pode diferir do risco de uma propriedade em um mercado maduro).

Para ativos e passivos avaliados ao final do período em bases recorrentes, o CPC 46.93(c) requer divulgação dos valores de transferências entre o Nível 1 e o Nível 2 da hierarquia, os motivos das transferências e as políticas da entidade para determinar quando essas transferências devem ocorrer. Transferências entre cada nível devem ser divulgadas separadamente.

O Grupo avaliou a isenção do CPC 46.C3 de fornecer as divulgações comparativas de valor justo. No entanto, as divulgações de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo já eram divulgadas desde 2012.

33. Eventos subsequentesEm 14 de janeiro de 2014, um edifício com valor contábil líquido de R$ 1.695 foi seriamente danificado por uma enchente, e os estoques, com valor contábil líquido de R$ 857, foram perdidos. Estima-se que o valor a ser pago pelo seguro seja inferior ao custo total de perda, aproximadamente R$ 750 menos do que o necessário.

127Grupo Modelo | EY

Referências aos CPCs nas Notas Explicativas

128 Grupo Modelo | EY

1. Informações sobre o GrupoCPC 24.17 A entidade deve divulgar a data em que foi concedida a autorização para emissão das demonstrações contábeis

e quem forneceu tal autorização. Se os sócios da entidade ou outros tiverem o poder de alterar as demonstrações contábeis após sua emissão, a entidade deve divulgar esse fato.

CPC 26.51 Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devem ser identificadas claramente. Além disso,(d), (e) as seguintes informações devem ser divulgadas de forma destacada e repetida quando necessário para a devida

compreensão da informação apresentada:

(d) a moeda de apresentação, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis; e

(e) o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações contábeis.

CPC 26.138 A entidade deve divulgar, caso não seja divulgado em outro local entre as informações publicadas(a), (b) com as demonstrações contábeis, as seguintes informações:

(a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço da sede registrada (ou o local principal dos negócios, se diferente da sede registrada);

(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades.

2. Políticas contábeisCPC 26.16 A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações

e Orientações do CPC deve declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas. A entidade não deve descrever suas demonstrações contábeis como estando de acordo com esses pronunciamentos, interpretações e orientações a menos que cumpra todos os seus requisitos.

CPC 26.112 As notas explicativas devem:(a), (b) (a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas

contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens 117 a 124;

(b) Divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis.

CPC 26.117 (a) A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:

(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das demonstrações contábeis.

2.1 Base de consolidaçãoCPC 05.13 Os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente

de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da sua controladora direta e, se for diferente, da controladora final. Se nem a controladora direta tampouco a controladora final elaborarem demonstrações contábeis consolidadas disponíveis para o público, o nome da controladora do nível seguinte da estrutura societária que proceder à elaboração de ditas demonstrações também deve ser divulgado.

CPC 26.138 (c) A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as informações publicadas com as demonstrações contábeis, as seguintes informações:

(c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em última instância.

CPC 45.10 (a) A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações consolidadas:

(a) compreender:

(i) a composição do grupo econômico; e

(ii) a participação de sócios não controladores nas atividades e fluxos de caixa do grupo econômico

CPC 45.12 A entidade deve divulgar para cada uma de suas controladas que tenha participação de não controladores (a), (b), (c) que sejam materiais para a entidade que reporta:

(a) o nome da controlada;

(b) a sede (e o país de constituição, se diferente do da sede) da controlada;

(c) a proporção de participações societárias detidas por sócios não controladores;

CPC 45.14 A entidade deve divulgar os termos de quaisquer acordos contratuais que possam exigir que a controladora ou suas controladas forneçam suporte financeiro a uma entidade estruturada consolidada, incluindo eventos ou circunstâncias que possam expor a entidade que reporta a informação a uma perda (por exemplo, acordos de liquidez ou gatilhos de classificação de crédito associados a obrigações de comprar ativos da entidade estruturada ou de fornecer suporte financeiro).

129Grupo Modelo | EY

CPC 45.9 Para dar cumprimento ao item 7, a entidade deve divulgar, por exemplo, julgamentos e premissas significativos adotados ao determinar se:

(a) ela não controla outra entidade, mesmo que detenha mais do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(b) ela controla outra entidade, mesmo que detenha menos do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(c) ela é agente ou principal (vide itens 58 a 72 do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas);

(d) ela não tem influência significativa, mesmo que detenha 20% ou mais dos direitos de voto de outra entidade;

(e) ela tem influência significativa, mesmo que detenha menos de 20% dos direitos de voto de outra entidade.

2.2 Combinações de negóciosCPC 01.86 Se o ágio decorrente de expectativa de resultado futuro (goodwill) tiver sido alocado a uma

unidade geradora de caixa e a entidade se desfizer de uma operação dentro daquela unidade, o ágio associado à operação baixada deverá ser:

(a) incluído no valor contábil da operação, ao determinar os ganhos ou as perdas na baixa; e

(b) medido com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela da unidade geradora de caixa retida, a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o ágio (goodwill) associado à operação baixada.

CPC 15.04 A entidade deve contabilizar cada combinação de negócios pela aplicação do método de aquisição.

CPC 15.15 Na data da aquisição, o adquirente deve classificar ou designar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos da forma necessária para aplicar subsequentemente outros Pronunciamentos, Interpretações e Orientações. O adquirente deve fazer essas classificações ou designações com base nos termos contratuais, nas condições econômicas, nas políticas contábeis ou operacionais e em outras condições pertinentes que existiam na data da aquisição.

CPC 15.16 Em algumas situações, os Pronunciamentos, as Interpretações e as Orientações podem exigir tratamentos contábeis diferenciados, dependendo da forma como a entidade classifica ou faz a designação de determinado ativo ou passivo. Exemplos de classificação ou designação que o adquirente pode fazer com base nas condições existentes à data da aquisição incluem, porém não se limitam a:

(a) classificar ativos e passivos financeiros específicos como ativo ou passivo financeiro ao valor justo com efeitos reconhecidos no resultado do período, ou como ativo financeiro disponível para venda, ou ainda como ativo financeiro mantido até o vencimento em conformidade com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) designar um instrumento (contrato) derivativo como instrumento de proteção (hedge), de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(c) determinar se um derivativo embutido deveria ser separado do contrato principal, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (que é uma questão de “classificação”, segundo o termo que esse Pronunciamento utiliza).

CPC 15.18 O adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos na data da aquisição.

CPC 15.19 Em cada combinação de negócios, o adquirente deve mensurar qualquer participação de não controladores na adquirida pelo valor justo dessa participação ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida.

CPC 15.42 Em combinação de negócios em estágios, o adquirente deve reavaliar sua participação anterior na adquirida pelo valor justo na data da aquisição e deve reconhecer no resultado do período o ganho ou a perda resultante, se houver. Em períodos contábeis anteriores, o adquirente pode ter reconhecido ajustes no valor contábil de sua participação anterior na adquirida, cuja contrapartida tenha sido contabilizada como outros resultados abrangentes (em Ajustes de Avaliação Patrimonial), em seu patrimônio líquido

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(por exemplo, porque os investimentos na adquirida foram classificados como disponíveis para venda). Nesse caso, o valor contabilizado pelo adquirente em outros resultados abrangentes deve ser reconhecido nas mesmas bases que seriam exigidas caso o adquirente tivesse alienado sua participação anterior na adquirida (ou seja, deve ser reclassificado para o resultado do exercício).

CPC 15.54 Em geral, o adquirente deve mensurar e contabilizar, subsequentemente, os ativos adquiridos, passivos assumidos ou incorridos e os instrumentos patrimoniais emitidos em combinação de negócios conforme outras normas e pronunciamentos aplicáveis, dependendo de suas respectivas naturezas. Contudo, este Pronunciamento fornece orientações sobre mensuração e contabilização subsequentes para os seguintes itens:

(a) direitos readquiridos;

(b) passivos contingentes reconhecidos na data da aquisição;

(c) ativos de indenização; e

(d) contraprestações contingentes.

CPC 15.58 O Apêndice B 63 fornece orientação para aplicação dessas exigências.

Algumas alterações no valor justo da contraprestação contingente que o adquirente venha a reconhecer após a data da aquisição podem ser resultantes de informações adicionais que o adquirente obtém após a aquisição sobre fatos e circunstâncias já existentes na data da aquisição. Essas alterações são ajustes do período de mensuração, conforme disposto nos itens 45 a 49. Todavia, alterações decorrentes de eventos ocorridos após a data de aquisição, tais como o cumprimento de meta de lucros; o alcance de um preço por ação especificado; ou ainda o alcance de determinado estágio de projeto de pesquisa e desenvolvimento não são ajustes do período de mensuração. O adquirente deve contabilizar as alterações no valor justo da contraprestação contingente que não constituam ajustes do período de mensuração da seguinte forma:

(a) a contraprestação contingente classificada como componente do patrimônio líquido não está sujeita a nova mensuração, e sua liquidação subsequente deve ser contabilizada dentro do patrimônio líquido;

(b) a contraprestação contingente, classificada como ativo ou passivo, que:

(i) for instrumento financeiro e estiver dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração deve ser mensurada ao valor justo, sendo qualquer ganho ou perda resultante reconhecido no resultado do período ou em outros resultados abrangentes no patrimônio líquido, de acordo com o citado Pronunciamento.

(ii) não estiver dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração deve ser contabilizada de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes ou outros pronunciamentos, quando apropriado.

CPC 15 – Outros pronunciamentos do CPC fornecem orientações sobre mensuração e contabilizaçãoApêndice subsequentes para ativos adquiridos e passivos assumidos ou incorridos em combinação de B.63 (a) negócios, como, por exemplo:

(a) O Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível estabelece como contabilizar ativos intangíveis identificados adquiridos em combinação de negócios. O adquirente mensura o ágio por rentabilidade futura (goodwill) pelo valor reconhecido na data da aquisição menos a perda acumulada por redução ao valor recuperável. O Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos estabelece como contabilizar as perdas por redução ao valor recuperável de ativos.

2.3 Investimento em coligadas e em joint venturesCPC 18.10 Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em empreendimento

controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento. Ajustes no valor contábil do investimento também são

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necessários pelo reconhecimento da participação proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando aplicável. A participação do investidor nessas mudanças deve ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor (vide Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis), e não no seu resultado.

CPC 18.22 (b) A entidade deve descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial a partir da data em que o investimento deixar de se qualificar como coligada, controlada, ou como empreendimento controlado em conjunto, conforme a seguir orientado:

(b) Se o interesse remanescente no investimento, antes qualificado como coligada, controlada ou empreendimento controlado em conjunto, for um ativo financeiro, a entidade deve mensurá-lo ao valor justo. O valor justo do interesse remanescente deve ser considerado como seu valor justo no reconhecimento inicial tal qual um ativo financeiro, em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 38. A entidade deve reconhecer na demonstração do resultado do período, como receita ou despesa, qualquer diferença entre:

(i) o valor justo de qualquer interesse remanescente e qualquer contraprestação advinda da alienação de parte do interesse no investimento; e

(ii) o valor contábil líquido de todo o investimento na data em que houve a descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial.

CPC 18.26 Muitos dos procedimentos que são apropriados para a aplicação do método da equivalência patrimonial são similares aos procedimentos de consolidação descritos no Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas. Além disso, os conceitos que fundamentam os procedimentos utilizados para contabilizar a aquisição de controlada devem ser também adotados para contabilizar a aquisição de investimento em coligada ou em empreendimento controlado em conjunto.

CPC 18.29 Quando transações descendentes (downstream) fornecerem evidência de redução no valor realizável líquido dos ativos a serem vendidos ou integralizados, ou de perda por redução ao valor recuperável desses ativos, referidas perdas devem ser reconhecidas integralmente pela investidora. Quando transações ascendentes (upstream) fornecerem evidência de redução no valor realizável líquido dos ativos a serem adquiridos ou de perda por redução ao valor recuperável desses ativos, o investidor deve reconhecer sua participação nessas perdas.

CPC 18.40-43 40. Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, incluindo o reconhecimento dos prejuízos da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto em conformidade com o disposto no item 38, o investidor deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para determinar a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável do investimento líquido total desse investidor na investida.

41. O investidor, em decorrência de sua participação na coligada ou no empreendimento controlado em conjunto, também deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para determinar a existência de alguma perda adicional por redução ao valor recuperável (impairment) em itens que não fazem parte do investimento líquido nessa coligada ou empreendimento controlado em conjunto para determinar o montante dessa perda.

41A. No caso do balanço individual da controladora, o reconhecimento de perdas adicionais por redução ao valor recuperável (impairment) com relação ao investimento em controlada deve ser feito com observância ao disposto no item 39A.

42. Em função de o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) integrar o valor contábil do investimento na investida (não deve ser reconhecido separadamente), ele não deve ser testado separadamente com relação ao seu valor recuperável, observado o contido no item 43A. Em vez disso, o valor contábil total do investimento é que deve ser testado como um único ativo, em conformidade com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, pela comparação de seu valor contábil com seu valor recuperável (valor justo líquido de despesa de venda ou valor em uso, dos dois, o maior), sempre que os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração indicarem que o investimento possa estar afetado, ou seja, que indicarem alguma perda por redução ao seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável reconhecida nessas

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circunstâncias não deve ser alocada a qualquer ativo que constitui parte do valor contábil do investimento na investida, incluindo o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill). Consequentemente, a reversão dessas perdas deve ser reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01, na extensão do aumento subsequente no valor recuperável do investimento. Na determinação do valor em uso do investimento, a entidade deve estimar:

(a) sua participação no valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera sejam gerados pela investida, incluindo os fluxos de caixa das operações da investida e o valor residual esperado com a alienação do investimento; ou

(b) o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados em função do recebimento de dividendos provenientes do investimento e o valor residual esperado com a alienação do investimento.

Sob as premissas adequadas, os métodos acima devem produzir o mesmo resultado.

43. O valor recuperável de um investimento em coligada ou em um empreendimento controlado em conjunto deve ser determinado para cada investimento, a menos que a coligada ou o empreendimento controlado em conjunto não gerem entradas de caixa de forma contínua que sejam em grande parte independentes daquelas geradas por outros ativos da entidade.

43A. O ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) também deve integrar o valor contábil do investimento na controlada (não deve ser reconhecido separadamente) na apresentação das demonstrações contábeis individuais da controladora. Mas, nesse caso, esse ágio, no balanço individual da controladora, para fins de teste para redução ao valor recuperável (impairment), deve receber o mesmo tratamento contábil que é dado a ele nas demonstrações consolidadas. Devem ser observados os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas e da Interpretação Técnica ICPC 09 – Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial.

CPC 19.16 Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um negócio em conjunto segundo o qual as partes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos do negócio. Essas partes são denominadas de empreendedores em conjunto.

2.4 Classificação corrente versus não correnteCPC 26.56 Na situação em que a entidade apresente separadamente seus ativos e passivos circulantes e

não circulantes, os impostos diferidos ativos (passivos) não devem ser classificados como ativos circulantes (passivos circulantes).

CPC 26.60 A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de liquidez.

CPC 26.61 Qualquer que seja o método de apresentação adotado, a entidade deve divulgar o montante esperado a ser recuperado ou liquidado em até 12 meses ou mais do que 12 meses, após o período de reporte, para cada item de ativo e passivo.

CPC 26.69 O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;

(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

(c) deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço; ou

(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos 12 meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.

Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.

2.5 Mensuração do valor justo CPC 46 Apêndice A

Mercado Ativo: mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e volume suficientes para fornecer informações de precificação de forma contínua.

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Abordagem de Custo: técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente referido como o custo de substituição ou reposição).

Preço de entrada: preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em uma transação de troca.

Preço de saída: preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo.

Fluxo de caixa esperado: média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição) de possíveis fluxos de caixa futuros.

Valor justo: preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Melhor uso: uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado que maximizaria o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria utilizado.

Abordagem de receita: técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). A mensuração do valor justo é determinada com base no valor indicado pelas expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros.

Informações (inputs): premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco, como, por exemplo:

(a) risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação); e

(b) risco inerente às informações da técnica de avaliação.

Informações podem ser observáveis ou não observáveis.

Informações (inputs) de Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração.

Informações (inputs) de Nível 2: informações (inputs) que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1.

Informações (inputs) de Nível 3: dados não observáveis para o ativo ou passivo.

Abordagem de mercado: técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou seja, similares), como, por exemplo, um negócio.

Informações (inputs) corroboradas pelo mercado: informações (inputs) que são obtidas principalmente a partir de (ou corroboradas por) dados de mercado observáveis por meio de correlação ou por outros meios.

Participantes do mercado: compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir:

(a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação (input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em condições de mercado;

(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de todas as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e habituais com a devida diligência;

(c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo;

(d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados ou, de outro modo, obrigados a fazê-lo.

Mercado mais vantajoso: mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em consideração os custos de transação e os custos de transporte.

Risco de descumprimento (non-performance): risco de que a entidade não cumprirá uma obrigação. O risco de descumprimento (non-performance) inclui, entre outros, o risco de crédito próprio da entidade.

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Dados (inputs) observáveis: informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados de mercado, tais como informações disponíveis publicamente sobre eventos ou transações reais, e que refletem as premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo.

Transação não forçada: transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação adversa).

Mercado principal: mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou passivo.

Prêmio de risco: compensação buscada por participantes do mercado avessos ao risco por suportar a incerteza inerente ao fluxo de caixa de um ativo ou passivo. Denominada também como “ajuste de risco”.

Custo de transação: custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo que sejam diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do passivo e que atendam ambos aos seguintes critérios:

(a) resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela;

(b) não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão de vender o ativo ou de transferir o passivo não tivesse sido tomada (similares aos custos para vender, conforme definido no Pronunciamento CPC 31).

Custos de transporte: custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local atual para o seu mercado principal (ou mais vantajoso).

Unidade de contabilização: nível no qual um ativo ou passivo é agregado ou desagregado para fins de reconhecimento.

Dados (inputs) não observáveis: informações (inputs) em relação às quais não há dados de mercado disponíveis e as quais são desenvolvidas utilizando-se as melhores informações disponíveis sobre as premissas que seriam utilizadas pelos participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo.

CPC 46.16 A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre:

(a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou

(b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo.

CPC 46.22 A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu melhor interesse econômico.

CPC 46.27 A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível (highest and best use) ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso.

CPC 46.61 A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis.

CPC 46.9 Este pronunciamento define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

CPC 46.93 (g) Para atingir os objetivos do item 91, a entidade deve divulgar, no mínimo, as seguintes informações para cada classe de ativos e passivos (vide item 94 para informações sobre a determinação de classes adequadas de ativos e passivos) mensurados ao valor justo (incluindo mensurações com base no valor justo dentro do alcance deste pronunciamento) no balanço patrimonial após o reconhecimento inicial:

(g) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma descrição dos processos de avaliação utilizados pela entidade (incluindo, por exemplo, como a entidade decide suas políticas e procedimentos de avaliação e analisa mudanças nas mensurações do valor justo de período a período);

CPC 46.94 A entidade deve determinar classes apropriadas de ativos e passivos com base no seguinte:

(a) natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e

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(b) nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo está classificada.

O número de classes pode precisar ser maior para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma vez que essas mensurações têm grau maior de incerteza e subjetividade. Determinar classes apropriadas de ativos e passivos para as quais devem ser fornecidas divulgações sobre mensurações do valor justo requer julgamento. Uma classe de ativos e passivos frequentemente exige uma desagregação maior que as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Contudo, a entidade deve fornecer informações suficientes para permitir a conciliação com as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Se outro pronunciamento especificar a classe de um ativo ou passivo, a entidade pode, ao fornecer as divulgações exigidas neste pronunciamento, utilizar essa classe se ela satisfizer os requisitos deste item.

CPC 46.95 A entidade deve divulgar e seguir de forma consistente a sua política para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis da hierarquia de valor justo de acordo com os itens 93(c) e (e)(iv). A política sobre a época do reconhecimento de transferências é a mesma para transferências para níveis e para transferências dos níveis.

Exemplos de políticas para determinação da época das transferências incluem:

(a) a data do evento ou da mudança nas circunstâncias que causou a transferência;

(b) o início do período das demonstrações contábeis;

(c) o final do período das demonstrações contábeis.

2.6 Reconhecimento de receitaCPC 06.50 A receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis operacionais

deve ser reconhecida na receita em base linear durante o prazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do modelo temporal em que o benefício do uso do ativo arrendado seja diminuído.

CPC 30.09 A receita deve ser mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber.

CPC 30.14 A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida quando forem satisfeitas todas as seguintes condições:

(a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens;

(b) a entidade não mantenha envolvimento continuado na gestão dos bens vendidos em grau normalmente associado à propriedade, nem efetivo controle de tais bens;

(c) o valor da receita possa ser confiavelmente mensurado;

(d) for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão para a entidade; e

(e) as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação, possam ser confiavelmente mensuradas.

CPC 30.20 Quando o desfecho de transação que envolva a prestação de serviços puder ser confiavelmente estimado, a receita associada à transação deve ser reconhecida tomando por base a proporção dos serviços prestados até a data do balanço. O desfecho de uma transação pode ser confiavelmente estimado quando todas as seguintes condições forem satisfeitas:

(a) o valor da receita puder ser confiavelmente mensurado;

(b) for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão para a entidade;

(c) a proporção dos serviços executados até a data do balanço puder ser confiavelmente mensurada; e

(d) as despesas incorridas com a transação, assim como as despesas para concluí-la, possam ser confiavelmente mensuradas.

CPC 30.26 Quando a conclusão da transação que envolva a prestação de serviços não puder ser estimada confiavelmente, a receita somente deve ser reconhecida na proporção dos gastos recuperáveis.

CPC 30.30 A receita deve ser reconhecida nas seguintes bases:

(a) os juros devem ser reconhecidos utilizando-se o método da taxa efetiva de juros, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) os royalties devem ser reconhecidos pelo regime de competência, de acordo com a essência do acordo; e

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(c) os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do acionista de receber o respectivo valor.

CPC30.35(a) A entidade deve divulgar:

(a) as políticas contábeis adotadas para o reconhecimento das receitas, incluindo os métodos adotados para determinar a fase de execução de transações que envolvam a prestação de serviço.

2.7 Subvenções governamentaisCPC 07.07 Subvenção governamental, inclusive subvenção não monetária a valor justo, não deve ser

reconhecida até que exista segurança de que:

(a) a entidade cumprirá todas as condições estabelecidas; e

(b) a subvenção será recebida.

CPC 07.10A O benefício econômico obtido com um empréstimo governamental por uma taxa de juros abaixo da praticada pelo mercado deve ser tratado como uma subvenção governamental. O empréstimo deve ser reconhecido e mensurado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. O benefício econômico advindo da taxa de juros contratada abaixo da praticada pelo mercado deve ser mensurado por meio da diferença entre o valor contábil inicial do empréstimo, apurado conforme o Pronunciamento Técnico CPC 38, e o montante recebido. O benefício econômico obtido deve ser contabilizado de acordo com este pronunciamento técnico. A entidade deve considerar as condições e obrigações que teria de observar e cumprir ou tem de observar e cumprir, quando da identificação dos custos a serem confrontados com o benefício econômico obtido.

CPC 07.12 Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições deste pronunciamento. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.

CPC 07.23 A subvenção governamental pode estar representada por ativo não monetário, como terrenos e outros, para uso da entidade. Nessas circunstâncias, esse ativo deve ser reconhecido pelo seu valor justo. Apenas na impossibilidade de verificação desse valor justo pode haver a atribuição de valor nominal.

CPC 07.26 Um dos métodos considera a subvenção como receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.

2.8 ImpostosCPC 26.117 A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:

(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das demonstrações contábeis; e

(b) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis.

CPC 30.08 Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade quando originários de suas próprias atividades. As quantias cobradas por conta de terceiros — tais como tributos sobre vendas, tributos sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado — não são benefícios econômicos que fluem para a entidade e não resultam em aumento do patrimônio líquido. Portanto, são excluídas da receita. Da mesma forma, na relação de agenciamento (entre operador ou principal e agente), os ingressos brutos de benefícios econômicos provenientes das operações efetuadas pelo agente, em nome do operador, não resultam em aumentos do patrimônio líquido do agente, uma vez que sua receita corresponde tão somente à comissão combinada entre as partes.

CPC 32.22(c) Uma diferença temporária pode surgir no reconhecimento inicial de um ativo ou passivo; por exemplo, se todo o custo ou parte do custo do ativo não vier a ser dedutível para fins fiscais. O método de contabilização para essa diferença temporária depende da natureza da transação que conduziu ao reconhecimento inicial do ativo ou passivo:

(c) se a transação não é uma combinação de negócios e não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável, a entidade, na ausência das exceções previstas pelos itens 15 e 24, reconheceria o ativo ou passivo fiscal diferido resultante e ajustaria o valor contábil do ativo ou passivo pelo mesmo valor. Esses ajustes tornariam as demonstrações contábeis menos transparentes. Portanto, este pronunciamento não permite que a entidade reconheça o ativo

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ou passivo fiscal diferido resultante, tanto no reconhecimento inicial ou subsequentemente (ver o exemplo a seguir). Além disso, a entidade não deve reconhecer mudanças subsequentes no ativo ou passivo fiscal diferido não reconhecido, uma vez que o ativo é depreciado.

CPC 32.24 O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis na medida em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa ser utilizada, a não ser que o ativo fiscal diferido surja do reconhecimento inicial de ativo ou passivo na transação que:

(a) não é uma combinação de negócios; e

(b) no momento da transação não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável (prejuízo fiscal).

Entretanto, para diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas, filiais e coligadas, e interesses em empreendimentos sob controle conjunto, o ativo fiscal diferido deve ser reconhecido de acordo com o item 44.

CPC 32.34 Um ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para o registro de prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados na medida em que seja provável que estarão disponíveis lucros tributáveis futuros contra os quais os prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados possam ser utilizados.

CPC 32.37 Ao final de cada período de apresentação das demonstrações contábeis, a entidade deve reavaliar os ativos fiscais diferidos não reconhecidos. A entidade reconhece um ativo fiscal diferido não reconhecido previamente na medida em que se torna provável que lucros tributáveis futuros permitirão que o ativo fiscal diferido seja recuperado. Por exemplo, uma melhoria nas condições de comercialização pode tornar mais provável que a entidade seja capaz de gerar lucro tributável suficiente no futuro para que o ativo fiscal diferido atenda aos critérios de reconhecimento mencionados nos itens 24 ou 34. Outro exemplo é quando a entidade reavalia os ativos fiscais diferidos na data da combinação de negócios ou subsequentemente (ver itens 67 e 68).

CPC 32.39 A entidade reconhece passivo fiscal diferido para todas as diferenças temporárias tributáveis associadas com investimentos em controladas, filiais e coligadas e participações em empreendimentos sob controle conjunto, exceto quando ambas as seguintes condições sejam atendidas:

(a) a empresa controladora, o investidor ou empreendedor seja capaz de controlar a periodicidade da reversão da diferença temporária; e

(b) seja provável que a diferença temporária não se reverterá em futuro previsível.

CPC 32.44 A entidade reconhece ativo fiscal diferido para todas as diferenças temporárias dedutíveis advindas dos investimentos em controladas, filiais e coligadas e participações em empreendimentos sob controle conjunto (joint venture), na medida em que, e somente na medida em que, seja provável que:

(a) a diferença temporária será revertida em futuro previsível; e

(b) estará disponível lucro tributável contra o qual a diferença temporária possa ser utilizada.

CPC 32.46 Passivos (ativos) de tributos correntes referentes aos períodos corrente e anterior devem ser mensurados pelo valor esperado a ser pago para (recuperado de) as autoridades tributárias, utilizando-se as alíquotas de tributos (e legislação fiscal) que estejam aprovadas no final do período que está sendo reportado.

CPC 32.47 Os ativos e passivos fiscais diferidos devem ser mensurados pelas alíquotas que se espera que sejam aplicáveis no período quando for realizado o ativo ou liquidado o passivo, com base nas alíquotas (e legislação fiscal) que estejam em vigor ao final do período que está sendo reportado.

CPC 32.56 O valor contábil do ativo fiscal diferido deve ser revisado ao final de cada período de reporte. A entidade deve reduzir o valor contábil do ativo fiscal diferido na medida em que não seja mais provável que lucro tributável suficiente estará disponível para permitir que o benefício de parte ou de todo aquele ativo fiscal diferido possa ser utilizado. Qualquer redução do ativo fiscal diferido deve ser revertida na medida em que se torne provável que lucro tributável suficiente estará disponível.

CPC 32.61(a) Tributo corrente ou tributo diferido devem ser reconhecidos fora do resultado se o tributo se referir a itens que são reconhecidos no mesmo período ou em período diferente, fora do resultado. Portanto, o tributo corrente e o diferido que se relacionam a itens que são reconhecidos no mesmo ou em período diferente:

138 Grupo Modelo | EY

(a) em outros resultados abrangentes, devem ser reconhecidos em outros resultados abrangentes (ver item 62);

(b) diretamente no patrimônio líquido, devem ser reconhecidos diretamente no patrimônio líquido (ver item 62A).

CPC 32.71 A entidade deve compensar os ativos fiscais diferidos na data da combinação de negócios ou subsequentemente (ver itens 67 e 68).

A entidade deve compensar os ativos fiscais correntes e os passivos fiscais correntes se, e somente se, a entidade:

(a) tiver o direito legalmente executável para compensar os valores reconhecidos; e

(b) pretender liquidar em bases líquidas, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas

CPC 31.08 Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação, com exceção do que é permitido pelo item 9, e as ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado.

CPC 31.25 A entidade não deve depreciar (ou amortizar) o ativo não circulante enquanto estiver classificado como mantido para venda ou enquanto fizer parte de grupo de ativos classificado como mantido para venda. Os juros e os outros gastos atribuíveis aos passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem continuar a ser reconhecidos.

CPC 31.33 A entidade deve evidenciar:

(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:

(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e

(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda, ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda que constituam a operação descontinuada.

(b) análise da quantia única referida na alínea (a) com:

(i) as receitas, as despesas e o resultado antes dos tributos das operações descontinuadas;

(ii) as despesas com os tributos sobre o lucro relacionadas conforme exigido pelo item 81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro;

(iii) os ganhos ou as perdas reconhecidas na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na alienação de ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda que constituam a operação descontinuada; e

(iv) as despesas de imposto de renda relacionadas conforme exigido pelo item 81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro.

A análise pode ser apresentada nas notas explicativas ou na demonstração do resultado. Se for na demonstração do resultado, deve ser apresentada em seção identificada e que esteja relacionada com as operações descontinuadas, isto é, separadamente das operações em continuidade. A análise não é exigida para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11).

(c) os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinuadas. Essas evidenciações podem ser apresentadas nas notas explicativas ou nos quadros das demonstrações contábeis. Essas evidenciações não são exigidas para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11);

139Grupo Modelo | EY

(d) o montante do resultado das operações continuadas e o das operações descontinuadas atribuível aos acionistas controladores. Essa evidenciação pode ser apresentada alternativamente em notas explicativas que tratam do resultado.

2.10 Distribuição de lucros “in natura”

ICPC 07.11 A entidade deve mensurar um passivo relacionado à obrigação de distribuir ativos “não caixa” como dividendo aos seus beneficiários pelo valor justo dos ativos a serem distribuídos.

ICPC 07.13 Ao final de cada período de elaboração de balanço patrimonial e na data da liquidação, a entidade deve revisar e ajustar o valor do dividendo provisionado, reconhecendo qualquer mudança no dividendo provisionado no patrimônio líquido como ajuste no montante da distribuição declarada.

ICPC 07.14 Quando a entidade liquidar a obrigação correspondente ao dividendo a ser pago, ela deve reconhecer, na demonstração do resultado do exercício, a eventual diferença entre o valor contábil dos ativos distribuídos e o valor reconhecido correspondente ao dividendo a ser pago.

ICPC 07.15 A entidade deve apresentar a diferença descrita no item 14 em uma linha separada na demonstração do resultado do exercício.

2.11 Imobilizado

CPC 27.15 Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve ser mensurado pelo seu custo.

CPC 27.30 Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumulada (Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).

CPC 27.36 Se o método de reavaliação for permitido por lei e um item do ativo imobilizado for reavaliado, toda a classe do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo deve ser reavaliada.

CPC 27.51 O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

CPC 27.67 O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado:

(a) por ocasião de sua alienação; ou

(b) quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.

CPC 27.68 Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado (a menos que o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil exija de outra forma em operação de venda e leaseback). Os ganhos não devem ser classificados como receita de venda.

CPC 27.71 Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item.

CPC 27.73(a) As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo imobilizado:

(a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto.

2.12 Ativos intangíveisCPC 04.24 Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.

CPC 04.58 Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode, em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis benefícios econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase de pesquisa.

CPC 04.74 Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada (Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).

CPC 04.83 O fato de já não existir mercado ativo para o ativo intangível reavaliado pode indicar que ele pode ter perdido valor, devendo ser testado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) –

140 Grupo Modelo | EY

Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

CPC 04.88 A entidade deve avaliar se a vida útil do ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil. A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade.

CPC 04.97 O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com segurança, deve ser utilizado o método linear. A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.

CPC 04.104 O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a vida útil prevista do ativo seja diferente de estimativas anteriores, o prazo de amortização deve ser devidamente alterado. Se houver alteração no padrão de consumo previsto, o método de amortização deve ser alterado para refletir essa mudança. Tais mudanças devem ser registradas como mudanças nas estimativas contábeis, de acordo com as normas em vigor sobre Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros.

CPC 04.09 As entidades frequentemente despendem recursos ou contraem obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a manutenção ou o aprimoramento de recursos intangíveis como conhecimento científico ou técnico, desenho e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e títulos de publicações). Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de comercialização.

CPC 04.107 Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

CPC 04.108 De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, a entidade deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida comparando o seu valor recuperável com o seu valor contábil:

(a) anualmente; e

(b) sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.

CPC 04.109 A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente para determinar se eventos e circunstâncias continuam a consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida. Caso contrário, a mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil.

CPC 04.113 Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo. Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado (exceto se critério específico estiver previsto em outro pronunciamento contábil), mas os ganhos não devem ser classificados como receitas de venda.

CPC 04.118 A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(a) com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou as taxas de amortização utilizados;

(b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida;

(c) o valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período;

(d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída;

141Grupo Modelo | EY

(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:

(i) adições, indicando separadamente as que foram geradas por desenvolvimento interno e as adquiridas, bem como as adquiridas por meio de uma combinação de negócios;

(ii) ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em grupo de ativos classificados como mantidos para venda e outras baixas;

(iii) aumentos ou reduções durante o período, decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 75, 85 e 86 e perda por desvalorização de ativos reconhecidas ou revertidas diretamente no patrimônio líquido, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(iv) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado do período, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(v) reversão de perda por desvalorização de ativos, apropriada ao resultado do período, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(vi) qualquer amortização reconhecida no período;

(vii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis para a moeda de apresentação e de operações no exterior para a moeda de apresentação da entidade; e

(viii) outras alterações no valor contábil durante o período.

Custos de pesquisa e desenvolvimentoCPC 04.54 A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente para

determinar se eventos e circunstâncias continuam a consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida. Caso contrário, a mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil.

CPC 04.58 Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode, em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis benefícios econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase de pesquisa.

Patentes e licençasCPC 04.118 A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, (a), (b) fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(a) com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou as taxas de amortização utilizados;

(b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida.

CPC 04.122(a) A entidade também deve divulgar:

(a) em relação a ativos intangíveis avaliados como tendo vida útil indefinida, o seu valor contábil e os motivos que fundamentam essa avaliação. Ao apresentar essas razões, a entidade deve descrever os fatores mais importantes que levaram à definição de vida útil indefinida do ativo.

2.13 Instrumentos financeiros – reconhecimento inicial e mensuração subsequente

CPC 38.09 Os termos que se seguem são usados neste pronunciamento com os significados especificados:

Definição de derivativo Derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato dentro do alcance deste

pronunciamento técnico (ver itens 2 a 7) com todas as três características seguintes:

(a) o seu valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros especificada, preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável não financeira, a variável não seja específica de uma parte do contrato (às vezes denominada ―subjacente―);

(b) não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou investimento líquido inicial que seja inferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se esperaria que tivessem resposta semelhante às alterações nos fatores de mercado; e

(c) é liquidado em data futura.

142 Grupo Modelo | EY

Definições de quatro categorias de instrumentos financeiros

Ativo financeiro, ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado, é um ativo financeiro ou um passivo financeiro que satisfaz qualquer das seguintes condições:

(a) é classificado como mantido para negociação. Um ativo financeiro ou um passivo financeiro é classificado como mantido para negociação se for:

(i) adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra em prazo muito curto;

(ii) no reconhecimento inicial, é parte de carteira de instrumentos financeiros identificados que são gerenciados em conjunto e para os quais existe evidência de modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo; ou

(iii) derivativo (exceto no caso de derivativo que seja contrato de garantia financeira ou um instrumento de hedge designado e eficaz);

(b) no momento do reconhecimento inicial, ele é designado pela entidade pelo valor justo por meio do resultado. A entidade só pode usar essa designação quando for permitido pelo item 11A, ou quando tal resultar em informação mais relevante, porque:

(i) elimina ou reduz significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento (por vezes, denominada inconsistência contábil―) que de outra forma resultaria da mensuração de ativos ou passivos ou do reconhecimento de ganhos e perdas sobre eles em diferentes bases; ou

(ii) um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou ambos é gerenciado e o seu desempenho avaliado em base de valor justo, de acordo com uma estratégia documentada de gestão do risco ou de investimento, e a informação sobre o grupo é fornecida internamente ao pessoal–chave da gerência da entidade nessa base (como definido no Pronunciamento Técnico CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas), por exemplo, a diretoria e o presidente executivo da entidade.

No Pronunciamento Técnico CPC 40 (R1) – Instrumentos Financeiros: Evidenciação, os itens 9 a 11 e B4 exigem que a entidade forneça divulgação a respeito dos ativos financeiros e dos passivos financeiros por ela designados pelo valor justo por meio do resultado, incluindo a forma como satisfez essas condições. Para instrumentos que se qualificam de acordo com (ii) acima, essa divulgação inclui a descrição narrativa de como a designação pelo valor justo por meio do resultado é consistente com a estratégia documentada da entidade de gestão do risco ou de investimento.

Os investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham o preço de mercado cotado em mercado ativo, e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido (ver o item 46(c) e o Apêndice A, itens AG80 e AG81), não devem ser designados pelo valor justo por meio do resultado.

É de notar que os itens 48, 48A, 49 e o Apêndice A, itens AG69 a AG82, que estabelecem os requisitos para determinar uma mensuração confiável do valor justo de ativo financeiro ou passivo financeiro, se aplicam igualmente a todos os itens que sejam medidos pelo valor justo, quer seja por designação ou por outro método, ou cujo valor justo seja divulgado.

Investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos para os quais a entidade tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento (ver o Apêndice A, item AG16 a AG25), exceto:

(a) os que a entidade designa no reconhecimento inicial pelo valor justo por meio do resultado;

(b) os que a entidade designa como disponível para venda; e

(c) os que satisfazem a definição de empréstimos e contas a receber.

A entidade não deve classificar nenhum ativo financeiro como mantido até o vencimento se a entidade tiver, durante o exercício social corrente ou durante os dois exercícios sociais precedentes, vendido ou reclassificado mais do que uma quantia insignificante de investimentos mantidos até o vencimento antes do vencimento (mais do que insignificante em relação à quantia total dos investimentos mantidos até o vencimento), que não seja por vendas ou reclassificações que:

(i) estejam tão próximos do vencimento ou da data de compra do ativo financeiro (por exemplo, menos de três meses antes do vencimento) que as alterações na taxa de juro do mercado não teriam efeito significativo no valor justo do ativo financeiro;

143Grupo Modelo | EY

(ii) ocorram depois de a entidade ter substancialmente recebido todo o capital original do ativo financeiro por meio de pagamentos programados ou de pagamentos antecipados; ou

(iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora do controle da entidade, não seja recorrente e não tenha podido ser razoavelmente previsto pela entidade.

Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em mercado ativo, exceto:

(a) os que a entidade tem intenção de vender imediatamente ou no curto prazo, os quais são classificados como mantidos para negociação, e os que a entidade, no reconhecimento inicial, designa pelo valor justo por meio do resultado;

(b) os que a entidade, após o reconhecimento inicial, designa como disponíveis para venda; ou

(c) aqueles com relação aos quais o detentor não possa recuperar substancialmente a totalidade do seu investimento inicial, que não seja devido à deterioração do crédito, e que são classificados como disponíveis para a venda.

Um interesse adquirido num conjunto de ativos que não seja empréstimo nem conta a receber (por exemplo, participação em fundo mútuo ou em fundo semelhante) não é empréstimo nem recebível.

Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não são classificados como (a) empréstimos e contas a receber; (b) investimentos mantidos até o vencimento; ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado.

Definição de contrato de garantia financeira

Contrato de garantia financeira consiste em contrato que requer que o emitente efetue pagamentos especificados, a fim de reembolsar o detentor por perda em que incorrer devido ao fato de o devedor especificado não efetuar o pagamento na data prevista, de acordo com as condições iniciais ou alteradas de instrumento de dívida.

Definições relativas a reconhecimento e mensuração Custo amortizado de ativo financeiro ou de passivo financeiro é a quantia pela qual o ativo

financeiro ou o passivo financeiro é medido no reconhecimento inicial menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa usando o método dos juros efetivos de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia no vencimento, e menos qualquer redução (diretamente ou por meio do uso de conta redutora) quanto à perda do valor recuperável ou incobrabilidade.

Método de juros efetivos é o método de calcular o custo amortizado de ativo financeiro ou de passivo financeiro (ou grupo de ativos ou de passivos financeiros) e de alocar a receita ou a despesa de juros no período. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento ou, quando apropriado, o período mais curto na quantia escriturada líquida do ativo financeiro ou do passivo financeiro. Ao calcular a taxa efetiva de juros, a entidade deve estimar os fluxos de caixa considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo, pagamento antecipado, opções de compra e semelhantes), mas não deve considerar perdas de crédito futuras. O cálculo inclui todas as comissões e parcelas pagas ou recebidas entre as partes do contrato que são parte integrante da taxa efetiva de juros (ver o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas), dos custos de transação e de todos os outros prêmios ou descontos. Existe um pressuposto de que os fluxos de caixa e a vida esperada de grupo de instrumentos financeiros semelhantes possam ser estimados confiavelmente. Contudo, naqueles casos raros em que não seja possível estimar confiavelmente os fluxos de caixa ou a vida esperada de instrumento financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros), a entidade deve usar os fluxos de caixa contratuais durante todo o prazo contratual do instrumento financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros).

Desreconhecimento é a remoção de ativo financeiro ou de passivo financeiro anteriormente reconhecido do balanço patrimonial da entidade.

Valor justo é a quantia pela qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso em transação sem favorecimento.

Compra ou venda regular é uma compra ou venda de ativo financeiro sob contrato cujos termos exigem a entrega do ativo dentro do prazo estabelecido geralmente por regulação ou convenção no mercado em questão.

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Custo de transação é o custo incremental que seja diretamente atribuível à aquisição, emissão ou alienação de ativo financeiro ou de passivo financeiro (ver o Apêndice A, item AG13). Custo incremental é aquele que não teria sido incorrido se a entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento financeiro.

Definições relativas à contabilidade de hedge Compromisso firme é um acordo obrigatório para a troca de quantidade especificada de recursos

a um preço especificado em data ou em datas futuras especificadas.

Transação prevista é uma transação futura não comprometida, mas antecipada.

Instrumento de hedge é um derivativo designado, ou (apenas para hedge do risco de alterações nas taxas de câmbio de moeda estrangeira) um ativo financeiro não derivativo designado, ou um passivo financeiro não derivativo, cujo valor justo ou fluxos de caixa se espera que compensem as alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa de objeto de hedge designado (os itens 72 a 77 e o Apêndice A, itens AG94 a AG97, explicam em detalhes a definição de instrumento de hedge).

Posição protegida é um ativo, passivo, compromisso firme, transação prevista altamente provável ou investimento líquido em operação no exterior que (a) expõe a entidade ao risco de alteração no valor justo ou nos fluxos de caixa futuros; e (b) foi designada como estando protegida (os itens 78 a 84 e o Apêndice A, itens AG98 a AG101, explicam em detalhes a definição de posição coberta). Eficácia de hedge é o grau segundo o qual as alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa da posição coberta que sejam atribuíveis a um risco coberto são compensadas por alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa do instrumento de hedge (ver Apêndice A, itens AG105 a AG113).

CPC 38.14 A entidade deve reconhecer o ativo financeiro ou o passivo financeiro nas suas demonstrações contábeis quando, e apenas quando, a entidade se tornar parte das disposições contratuais do instrumento (ver o item 38 com respeito a compras regulares de ativos financeiros).

CPC 38.38 A compra ou venda regular de ativos financeiros deve ser reconhecida e desreconhecida, conforme aplicável, usando a contabilização pela data da negociação ou pela data de liquidação (ver o Apêndice A, itens AG53 a AG56).

CPC 38.43 Quando um ativo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, a entidade deve mensurá-lo pelo seu valor justo mais, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja pelo valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.

CPC 38.54 Se, como resultado de alteração na intenção ou capacidade ou nas raras circunstâncias em que uma medida confiável do valor justo deixe de estar disponível (ver itens 46(c) e 47) ou porque os “dois exercícios sociais precedentes” mencionados no item 9 já passaram, torna-se apropriado escriturar um ativo financeiro ou passivo financeiro pelo custo ou pelo custo amortizado em vez de pelo valor justo, a quantia escriturada do valor justo do ativo financeiro ou do passivo financeiro nessa data torna-se o seu novo custo ou custo amortizado, conforme aplicável. Qualquer ganho ou perda anterior naquele ativo que tenha sido reconhecido como outros resultados abrangentes de acordo com o item 55(b) deve ser contabilizado como segue:

(a) no caso de ativo financeiro com vencimento fixo, o ganho ou perda deve ser amortizado no resultado durante a vida remanescente do investimento mantido até o vencimento usando o método dos juros efetivos. Qualquer diferença entre o novo custo amortizado e a quantia no vencimento deve também ser amortizada durante a vida remanescente do ativo financeiro usando o método dos juros efetivos, semelhante à amortização de prêmio e de desconto. Se o ativo financeiro estiver subsequentemente com perda no valor recuperável, qualquer ganho ou perda que tenha sido reconhecido como outros resultados abrangentes é reconhecido no resultado de acordo com o item 67;

(b) no caso de ativo financeiro que não tenha vencimento fixo, o ganho ou perda deve permanecer como outros resultados abrangentes até que o ativo financeiro seja vendido ou de outra forma alienado, sendo então reconhecido no resultado. Se posteriormente o ativo financeiro estiver com perda por redução ao valor recuperável de ativos, qualquer ganho ou perda anterior que tenha sido reconhecido como outros resultados abrangentes é reconhecido no resultado de acordo com o item 67.

CPC 38.18(a) A entidade transfere um ativo financeiro se, apenas se:

(a) transferir os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa do ativo financeiro;

CPC 25.36 O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.

145Grupo Modelo | EY

CPC 40.21 De acordo com o item 117 do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade divulga, na nota explicativa sobre as políticas contábeis, as bases de mensuração usadas na elaboração das demonstrações contábeis e as outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para o entendimento dessas demonstrações contábeis.

CPC 38.10 Derivativo embutido é um componente de instrumento híbrido (combinado) que também inclui um contrato principal não derivativo – em resultado disso, alguns dos fluxos de caixa do instrumento combinado variam de forma semelhante a um derivativo isolado. O derivativo embutido faz com que alguns ou todos os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo contrato sejam modificados de acordo com a taxa de juros especificada, preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável não financeira, a variável não seja específica de uma das partes do contrato. Um derivativo que esteja anexo a um instrumento financeiro, mas que seja contratualmente transferível independentemente desse instrumento, ou que tenha uma contraparte diferente desse instrumento, não é um derivativo embutido, mas um instrumento financeiro separado.

CPC 38.11 O derivativo embutido deve ser separado do contrato principal e contabilizado como derivativo segundo este CPC se, e apenas se:

(a) as características econômicas e os riscos do derivativo embutido não estiverem intimamente relacionados com as características econômicas e os riscos do contrato principal (ver Apêndice A, itens AG30 e AG33);

(b) o instrumento separado com as mesmas características que o derivativo embutido satisfizer a definição de derivativo; e

(c) o instrumento híbrido (combinado) não for medido pelo valor justo com as alterações no valor justo reconhecidas no resultado (i.e., o derivativo que esteja embutido num ativo financeiro ou passivo financeiro pelo valor justo por meio do resultado não é um derivativo separado). Se o derivativo embutido for separado, o contrato principal deve ser contabilizado segundo este pronunciamento técnico se ele for instrumento financeiro, e de acordo com outros pronunciamentos apropriados se não for instrumento financeiro.

CPC 38.45 Este pronunciamento não trata da questão de se o derivativo embutido deve ser apresentado separadamente no balanço patrimonial.

Para a finalidade de medir um ativo financeiro após o reconhecimento inicial, este pronunciamento classifica os ativos financeiros nas quatro categorias definidas no item 9:

(a) ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado;

(b) investimentos mantidos até o vencimento;

(c) empréstimos e contas a receber; e

(d) ativos financeiros disponíveis para venda.

Essas categorias aplicam-se à mensuração e ao reconhecimento do resultado segundo este pronunciamento. A entidade pode usar outras descrições para essas categorias ou outras categorizações quando apresentar a informação nas demonstrações contábeis. A entidade deve divulgar nas notas explicativas as informações exigidas pelo Pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos Financeiros – Evidenciação.

CPC 38.46 Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar os ativos financeiros, incluindo os derivativos que sejam ativos, pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de transação em que possa incorrer na venda ou em outra alienação, exceto quanto aos seguintes ativos financeiros:

(a) empréstimos e contas a receber conforme definidos no item 9, que devem ser mensurados pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos;

(b) investimentos mantidos até o vencimento conforme definidos no item 9, que devem ser medidos pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos; e

(c) investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham preço de mercado cotado em mercado ativo e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido, e derivativos que devam ser liquidados pela entrega desses instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser medidos pelo custo (ver o Apêndice A, itens AG80 e AG81).

Os ativos financeiros que sejam designados como posições protegidas estão sujeitos a mensuração segundo os requisitos da contabilidade de hedge contidos nos itens 89 a 102. Todos os ativos financeiros, exceto aqueles mensurados pelo valor justo por meio do resultado, estão sujeitos a revisão quanto à perda do valor recuperável de acordo com os itens 58 a 70 e o Apêndice A, itens AG84 a AG93.

146 Grupo Modelo | EY

CPC 38. AG14 A negociação reflete normalmente a compra e a venda ativas e frequentes, e os instrumentos financeiros mantidos para negociação são geralmente usados com o objetivo de gerar lucro com as flutuações de curto prazo no preço ou na margem do operador.

CPC 38. AG83 A entidade aplica o Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis a ativos financeiros e passivos financeiros que sejam itens monetários de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 e estejam denominados em moeda estrangeira. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02, qualquer ganho e perda em moeda estrangeira relativo a ativos monetários e passivos monetários é reconhecido no resultado. Uma exceção é um item monetário que é designado como instrumento de cobertura ou na cobertura de fluxo de caixa (ver itens 95 a 101) ou na cobertura de investimento líquido (ver item 102). Para a finalidade de reconhecer ganhos e perdas em moeda estrangeira de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02, um ativo financeiro monetário disponível para venda é tratado como se fosse escriturado pelo custo amortizado na moeda estrangeira. Em harmonia com isso, para esse tipo de ativo financeiro, as diferenças de câmbio resultantes de alterações no custo amortizado são reconhecidas no resultado, e outras alterações na quantia escriturada são reconhecidas de acordo com o item 55(b). No caso dos ativos financeiros disponíveis para venda que não sejam itens monetários de acordo como Pronunciamento Técnico CPC 02 (por exemplo, instrumentos patrimoniais), o ganho ou a perda que é reconhecido diretamente como outros resultados abrangentes de acordo com o item 55(b) inclui qualquer componente em moeda estrangeira relacionado. Se houver relação de hedge entre um ativo monetário não derivativo e um passivo monetário não derivativo, as alterações no componente em moeda estrangeira desses instrumentos financeiros são reconhecidas no resultado.

Reclassificação

CPC 38.50-50D A entidade:

(a) não deve reclassificar um instrumento financeiro derivativo de ou para a categoria mensurado ao valor justo por meio do resultado enquanto ele é mantido ou emitido;

(b) não deve reclassificar um instrumento da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado se no reconhecimento inicial ele foi classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado; e

(c) pode, se um ativo financeiro não é mais mantido com o propósito de venda ou recompra no curto prazo (mesmo no caso de o ativo ter sido adquirido com o propósito de negociação ou recompra no curto prazo), reclassificá-lo da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado se os requisitos nos itens 50B ou 50D forem atendidos.

A entidade não deve reclassificar um instrumento financeiro para a categoria mensurado ao valor justo por meio do resultado após o reconhecimento inicial.

As seguintes mudanças nas circunstâncias não são reclassificações no que tange ao item 50:

(a) um derivativo que estava designado como instrumento de hedge efetivo em hedge de fluxo de caixa ou de investimento líquido no exterior e não mais atende aos requisitos;

(b) um derivativo que se torna instrumento de hedge eficaz em uma relação de hedge de fluxo de caixa ou de investidor no exterior;

(c) instrumentos financeiros são reclassificados quando a companhia de seguro muda sua política contábil de acordo com o item 45 do pronunciamento.

Um ativo financeiro para o qual o item 50(c) se aplica (exceto um ativo financeiro do tipo descrito no item 50D) pode ser reclassificado da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado somente em circunstâncias excepcionais.

Se a entidade reclassifica um ativo financeiro da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado de acordo com o item 50B, o ativo financeiro deve ser reclassificado pelo fair value na data de sua reclassificação. Qualquer ganho ou perda já reconhecido no resultado não deve ser revertido. O valor justo do instrumento financeiro na data de sua reclassificação se torna seu novo custo ou custo amortizado, o que se aplicar.

Um ativo financeiro para o qual o item 50C se aplica que atenderia à definição de empréstimos e recebíveis (se o ativo financeiro não tivesse sido classificado como mantido para negociação

147Grupo Modelo | EY

no reconhecimento inicial) pode ser reclassificado da categoria mensurado ao valor justo por meio do resultado se a entidade tem a intenção e a capacidade de manter o ativo para um futuro previsível ou até o vencimento.

CPC 38.50E Um ativo financeiro classificado como disponível para a venda que atenderia à definição de empréstimos e recebíveis (se não tivesse sido designado no reconhecimento inicial como disponível para a venda) pode ser reclassificado da categoria de disponível para a venda para a categoria de empréstimos e recebíveis se a entidade tem a intenção e a capacidade de manter o ativo financeiro para um futuro previsível ou até o vencimento.

CPC 38.50F Se a entidade reclassificar um ativo financeiro da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado de acordo com o disposto no item 50D ou da categoria de disponível para a venda de acordo com o disposto no item 50E, ela deve reclassificar o ativo financeiro pelo seu valor justo na data da reclassificação. Para um ativo financeiro reclassificado de acordo com o item 50D, qualquer ganho ou perda já reconhecido no resultado não deve ser revertido. O valor justo do ativo financeiro na data da reclassificação se torna o novo custo ou custo amortizado, o que se aplicar. Para um ativo financeiro reclassificado da categoria de disponível para a venda de acordo com o item 50E, qualquer ganho ou perda prévio nesse ativo que tenha sido reconhecido em ajustes de avaliação patrimonial (conta de patrimônio líquido) de acordo com o item 55B deve ser contabilizado de acordo com o item 54.

CPC 38.55 O ganho ou perda proveniente de alteração no valor justo de ativo financeiro ou passivo (a), (b) financeiro que não faça parte de relacionamento de hedge (ver itens 89 a 102) deve ser

reconhecido como segue:

(a) o ganho ou a perda resultante de ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado deve ser reconhecido no resultado.

(b) o ganho ou a perda resultante de ativo financeiro disponível para venda deve ser reconhecido como outros resultados abrangentes (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis), exceto no caso de perdas no valor recuperável (ver itens 67 a 70) e de ganhos e perdas cambiais (ver o Apêndice A, item AG83), até que o ativo financeiro seja desreconhecido, momento em que o ganho ou a perda cumulativo anteriormente reconhecido com outros resultados abrangentes deve ser reconhecido no resultado. Contudo, os juros calculados usando o método dos juros efetivos (ver item 9) é reconhecido no resultado (ver o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas). Os dividendos resultantes de instrumento patrimonial disponível para venda são reconhecidos no resultado quando o direito da entidade de recebê-los é estabelecido (Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas).

CPC 38.56 Para os ativos financeiros e passivos financeiros contabilizados pelo custo amortizado (ver itens 46 e 47), é reconhecido o ganho ou a perda no resultado quando o ativo financeiro ou o passivo financeiro for desreconhecido ou estiver sujeito a perda no valor recuperável, e por meio do processo de amortização.

Contudo, para os ativos financeiros ou passivos financeiros que sejam posições cobertas (ver itens 78 a 84 e o Apêndice A, itens AG98 a AG101), a contabilização do ganho ou perda deve seguir os itens 89 a 102.

CPC 38.67 Quando o declínio no valor justo de ativo financeiro disponível para venda foi reconhecido como outros resultados abrangentes e houver evidência objetiva de que o ativo tem perda no valor recuperável (ver item 59), a perda cumulativa que tinha sido reconhecida como outros resultados abrangentes deve ser tratada como ajuste por reclassificação e reconhecida no resultado mesmo que o ativo financeiro não tenha sido desreconhecido.

CPC 38.87 Um hedge de risco cambial de compromisso firme pode ser contabilizado como hedge de valor justo ou como hedge de fluxo de caixa.

CPC 38.58 A entidade deve avaliar, na data de cada balanço patrimonial, se existe ou não qualquer evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, esteja sujeito a perda no valor recuperável. Se tal evidência existir, a entidade deve aplicar o item 63 (para ativos financeiros contabilizados pelo custo amortizado), o item 66 (para ativos financeiros contabilizados pelo custo) ou o item 67 (para ativos financeiros disponíveis para venda) para determinar a quantia de qualquer perda no valor recuperável.

CPC 38.59 Um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, tem perda no valor recuperável e incorre-se em perda no valor recuperável se, e apenas se, existir evidência objetiva de perda no valor recuperável como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (evento de perda) e se esse evento (ou eventos) de perda tiver impacto nos fluxos

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de caixa futuros estimados do ativo financeiro, ou do grupo de ativos financeiros, que possa ser confiavelmente estimado. Pode não ser possível identificar um único evento discreto que tenha causado a perda no valor recuperável. Em vez disso, o efeito combinado de vários eventos pode ter causado a perda no valor recuperável. As perdas esperadas como resultado de acontecimentos futuros, independentemente do grau de probabilidade, não são reconhecidas. A evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos, tem perda no valor recuperável inclui dados observáveis que chamam a atenção do detentor do ativo a respeito dos seguintes eventos de perda:

(a) significativa dificuldade financeira do emitente ou do obrigado;

(b) quebra de contrato, tal como o descumprimento ou atraso nos pagamentos de juros ou de capital;

(c) emprestador ou financiador, por razões econômicas ou legais relacionadas com as dificuldades financeiras do tomador do empréstimo ou do financiamento, oferece ao tomador uma concessão que o emprestador ou financiador de outra forma não consideraria;

(d) torna-se provável que o devedor vá entrar em processo de falência ou outra reorganização financeira;

(e) desaparecimento de mercado ativo para esse ativo financeiro devido a dificuldades financeiras; ou

(f) dados observáveis indicando que existe decréscimo mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de grupo de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial desses ativos, embora o decréscimo ainda não possa ser identificado com os ativos financeiros individuais do grupo, incluindo:

(i) alterações adversas no status do pagamento dos devedores do grupo (por exemplo, número crescente de pagamentos atrasados ou número crescente de devedores de cartão de crédito que atingiram o seu limite de crédito e estão apenas pagando a quantia mínima mensal); ou

(ii) as condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com os descumprimentos relativos aos ativos do grupo (por exemplo, aumento na taxa de desemprego na área geográfica dos devedores, decréscimo nos preços das propriedades para hipotecas na área relevante, decréscimo nos preços do petróleo para ativos de empréstimo a produtores de petróleo, ou alterações adversas nas condições da indústria que afetem os devedores do grupo).

CPC 38.17(a) A entidade deve desreconhecer um ativo financeiro quando, e apenas quando:

(a) os direitos contratuais aos fluxos de caixa de ativo financeiro expiram; ou

CPC 38.18(b) A entidade transfere um ativo financeiro se, apenas se:

(b) retiver os direitos contratuais de receber fluxos de caixa do ativo financeiro, mas assumir a obrigação contratual de pagar os fluxos de caixa a um ou mais destinatários em acordo que satisfaça as condições do item 19.

CPC 38.20 Quando a entidade transfere um ativo financeiro (ver item 18), deve avaliar até que ponto ela(a), (c) retém os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro. Nesse caso:

(a) se a entidade transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, a entidade deve desreconhecer o ativo financeiro e reconhecer separadamente como ativos ou passivos quaisquer direitos e obrigações criados ou retidos com a transferência.

(c) se a entidade não transferir nem retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, a entidade deve determinar se reteve o controle do ativo financeiro. Nesse caso:

(i) se a entidade não retiver o controle, ela deve desreconhecer o ativo financeiro e reconhecer separadamente como ativo ou passivo quaisquer direitos e obrigações criados ou retidos com a transferência;

(ii) se a entidade retiver o controle, ela deve continuar a reconhecer o ativo financeiro na medida do seu envolvimento continuado no ativo financeiro (ver o item 30).

CPC 38.30(a) Se a entidade não transferir nem retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade de ativo transferido, e retiver o controle do ativo transferido, a entidade continua a reconhecer o ativo transferido até o ponto do seu envolvimento continuado. A medida do envolvimento continuado da entidade no ativo transferido é o ponto até o qual ela está exposta a alterações no valor do ativo transferido. Por exemplo:

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(a) quando o envolvimento continuado da entidade assumir a forma de garantia do ativo transferido, a medida do envolvimento continuado da entidade é a menor entre (i) a quantia do ativo e (ii) a quantia máxima de retribuição recebida que a entidade pode ser obrigada a reembolsar (a quantia de garantia).

CPC 38.39 A entidade deve remover um passivo financeiro (ou parte de passivo financeiro) de sua demonstração contábil quando, e apenas quando, for extinto – isto é, quando a obrigação especificada no contrato for retirada, cancelada ou expirar.

CPC 38.40 A troca entre tomador e fornecedor de empréstimos existentes e tomador e fornecedor de instrumentos de dívida com termos substancialmente diferentes deve ser contabilizada como extinção do passivo financeiro original e reconhecimento de novo passivo financeiro. De modo similar, uma modificação substancial nos termos de passivo financeiro existente ou de parte dele (quer seja atribuível à dificuldade financeira do devedor, quer não) deve ser contabilizada como extinção do passivo financeiro original e reconhecimento de novo passivo financeiro.

CPC 38.41 A diferença entre a quantia escriturada de passivo financeiro (ou de parte de passivo financeiro) extinto ou transferido para outra parte e a retribuição paga, incluindo quaisquer ativos não monetários transferidos ou passivos assumidos, deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38.43 Quando um ativo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, a entidade deve mensurá-lo pelo seu valor justo mais, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja pelo valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.

CPC 38.47 Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar todos os passivos financeiros pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos, exceto no caso de:

(a) passivos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. Esses passivos, incluindo derivativos que sejam passivos, devem ser medidos pelo valor justo, exceto no caso de passivo derivativo que esteja ligado a e liquidado pela entrega de instrumento patrimonial não cotado, cujo valor justo não possa ser confiavelmente mensurado, o qual deve ser mensurado pelo custo;

(b) passivos financeiros que surjam quando uma transferência de ativo financeiro não se qualifica para desreconhecimento ou quando se aplica a abordagem do envolvimento continuado. Os itens 29 e 31 aplicam-se à mensuração de tais passivos financeiros;

(c) os contratos de garantia financeira conforme definidos no item 9. Após o reconhecimento inicial, o emitente desse contrato deve medi-lo (a não ser que se aplique o item 47(a) ou (b)) pelo mais alto dos seguintes valores:

(i) a quantia determinada segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(ii) a quantia inicialmente reconhecida (ver item 43) menos, quando apropriado, a amortização cumulativa reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas;

(d) compromissos para conceder um empréstimo a uma taxa de juros inferior à do mercado. Após o reconhecimento inicial, o emitente de tal compromisso deve medi-lo (a não ser que se aplique o item 47(a)) pelo mais alto dos seguintes valores:

(i) a quantia determinada segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(ii) a quantia inicialmente reconhecida (ver item 43) menos, quando apropriado, a amortização cumulativa reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas.

Os passivos financeiros designados como posições protegidas estão sujeitos aos requisitos da contabilidade de hedge dos itens 89 a 102.

CPC 38.48A A melhor evidência de valor justo é a existência de preços cotados em mercado ativo. Se o mercado para um instrumento financeiro não estiver ativo, a entidade estabelece o valor justo usando uma técnica de avaliação. O objetivo de usar uma técnica de avaliação é estabelecer qual teria sido o preço da transação na data de mensuração em uma troca entre partes não relacionadas, sem favorecidos, motivada por considerações comerciais normais. As técnicas de valorização incluem o uso de recentes transações de mercado com isenção de participação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, se estiverem disponíveis, referência ao valor justo corrente de outro instrumento que seja substancialmente o mesmo, análise do fluxo de caixa descontado e modelos de apreçamento de opções. Se existir uma técnica de avaliação comumente usada por participantes do mercado para determinar o preço do instrumento e se ficou demonstrado que essa técnica proporciona estimativas confiáveis de preços obtidas em

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transações de mercado reais, a entidade pode usar essa técnica. A técnica de avaliação escolhida tira o máximo proveito dos inputs do mercado e confia o menos possível em inputs específicos da entidade. Ela incorpora todos os fatores que os participantes de mercado considerariam ao determinar o preço e é consistente com metodologias econômicas aceitas para determinar o preço de instrumentos financeiros. Periodicamente, a entidade calibra a técnica de avaliação e testa a sua validade usando preços de quaisquer transações de mercado correntes observáveis relativas ao mesmo instrumento (i.e., sem modificação ou reempacotamento) ou baseadas em quaisquer dados de mercado observáveis disponíveis.

CPC 38.55(a) O ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de ativo financeiro ou passivo financeiro que não faça parte de relacionamento de hedge (ver itens 89 a 102) deve ser reconhecido como segue:

(a) o ganho ou a perda resultante de ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado deve ser reconhecido no resultado.

CPC 38.56 Para os ativos financeiros e passivos financeiros contabilizados pelo custo amortizado (ver itens 46 e 47), é reconhecido o ganho ou a perda no resultado quando o ativo financeiro ou o passivo financeiro for desreconhecido ou estiver sujeito a perda no valor recuperável, e por meio do processo de amortização.

Contudo, para os ativos financeiros ou passivos financeiros que sejam posições cobertas (ver itens 78 a 84 e o Apêndice A, itens AG98 a AG101), a contabilização do ganho ou perda deve seguir os itens 89 a 102.

CPC 38.63 Se existir evidência objetiva de que se tenha incorrido em perda no valor recuperável em empréstimos e contas a receber ou investimentos mantidos até o vencimento contabilizado pelo custo amortizado, a quantia da perda é medida como a diferença entre a quantia contabilizada do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras em que não se tenha incorrido), descontado pela taxa efetiva de juros original do ativo financeiro (i.e., a taxa efetiva de juros calculada no reconhecimento inicial). A quantia escriturada do ativo deve ser baixada diretamente ou por meio do uso de conta redutora. A quantia da perda deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38.64 A entidade avalia primeiro se existe evidência objetiva de perda no valor recuperável individualmente para ativos financeiros que sejam individualmente significativos, e individual ou coletivamente para ativos financeiros que não sejam individualmente significativos (ver o item 59). Se a entidade determinar que não existe evidência objetiva de perda no valor recuperável para um ativo financeiro individualmente avaliado, quer seja significativo, quer não, ela inclui o ativo em grupo de ativos financeiros com características semelhantes de risco de crédito e avalia-os coletivamente quanto à perda no valor recuperável. Os ativos que sejam individualmente avaliados quanto à perda no valor recuperável e para os quais a perda no valor recuperável é ou continua a ser reconhecida não são incluídos na avaliação coletiva da perda no valor recuperável.

CPC 38.65 Se, em período posterior, a quantia da perda no valor recuperável diminuir e a diminuição puder ser objetivamente relacionada com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da perda no valor recuperável (como uma melhora na avaliação de crédito do devedor), a perda por imparidade anteriormente reconhecida deve ser revertida, seja diretamente, seja ajustando por conta redutora.

A reversão não deve resultar na quantia escriturada do ativo financeiro que exceda o que o custo amortizado teria sido, caso a perda no valor recuperável não tivesse sido reconhecida na data em que a perda no valor recuperável foi revertida. A quantia da reversão deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38. AG93 Uma vez que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros semelhantes, tenha sido reduzido como resultado de perda por redução ao valor recuperável de ativos, o rendimento de juros é daí em diante reconhecido usando a taxa de juros usada para descontar os fluxos de caixa futuros para a finalidade de medir a perda por redução ao valor recuperável de ativos.

CPC 38.67 Quando o declínio no valor justo de ativo financeiro disponível para venda for reconhecido como outros resultados abrangentes e houver evidência objetiva de que o ativo tem perda no valor recuperável (ver item 59), a perda cumulativa que tinha sido reconhecida como outros resultados abrangentes deve ser tratada como ajuste por reclassificação e reconhecida no resultado mesmo que o ativo financeiro não tenha sido desreconhecido.

CPC 38.68 A quantia da perda cumulativa que for reclassificada e reconhecida no resultado segundo o item 67 deve ser a diferença entre o custo de aquisição (líquido de qualquer amortização de juros e pagamento do principal) e o valor justo atual, menos qualquer perda no valor recuperável

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resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado.

CPC 38.69 As perdas no valor recuperável reconhecidas no resultado para investimento em instrumento patrimonial classificado como disponível para venda não devem ser revertidas por meio do resultado.

CPC 38.70 Se, em período posterior, o valor justo de instrumento de dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorra após o reconhecimento da perda no valor recuperável no resultado, a perda no valor recuperável deve ser revertida, sendo a quantia da reversão reconhecida no resultado.

CPC 38. AG84 A perda por redução ao valor recuperável de ativos de ativo financeiro escriturados pelo custo amortizado é medida usando a taxa efetiva de juros original do instrumento financeiro, porque descontar à taxa de juros do mercado corrente iria, com efeito, impor a mensuração do valor justo sobre ativos financeiros que são de outro modo medidos pelo custo amortizado. Se os termos de empréstimo, de conta a receber ou de investimento mantido até o vencimento forem renegociados ou de outra forma modificados devido a dificuldades financeiras do mutuário ou do emitente, a perda por redução ao valor recuperável de ativos é medida usando a taxa efetiva de juros original antes da modificação dos termos. Os fluxos de caixa relacionados com contas a receber a curto prazo não são descontados se o efeito do desconto for imaterial. Se um empréstimo, uma conta a receber ou um investimento mantido até o vencimento tiver taxa de juros variáveis, a taxa de desconto para medir qualquer perda por redução ao valor recuperável de ativos segundo o item 63 é a taxa efetiva de juros corrente determinada de acordo com o contrato. Um método prático é o credor medir a perda por redução ao valor recuperável de ativos de ativo financeiro escriturado pelo custo amortizado na base do valor justo de instrumento, usando o preço de mercado observável. O cálculo do valor presente de fluxos de caixa futuros estimados de ativo financeiro garantido reflete os fluxos de caixa que podem resultar da execução menos os custos da obtenção e da venda da garantia, quer a execução menos os custos da obtenção e da venda da garantia sejam prováveis, quer não.

CPC 39.42 Um ativo financeiro e um passivo financeiro devem ser compensados, e o montante líquido apresentado nas demonstrações contábeis, quando, e somente quando, a entidade:

(a) dispõe de um direito legalmente executável para liquidar pelo montante líquido; e

(b) tiver a intenção tanto de liquidar em base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

Na contabilização da transferência de ativo financeiro que não se qualifica para baixa, a entidade não deve compensar o ativo transferido e o passivo associado (Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, item 36).

CPC 40.16 Quando ativos financeiros sofrem redução no valor recuperável por perdas com crédito e a entidade registra a perda no valor recuperável em conta separada (por exemplo, em conta de provisão usada para registrar perdas individuais ou conta similar usada para registrar perdas de forma coletiva), em vez de reduzir diretamente o montante do valor contábil do ativo, deve ser divulgada a conciliação das movimentações dessa conta durante o período para cada classe de ativos financeiros.

CPC 40.21 De acordo com o item 117 do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade divulga, na nota explicativa sobre as políticas contábeis, as bases de mensuração usadas na elaboração das demonstrações contábeis e as outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para o entendimento dessas demonstrações contábeis.

CPC 40.B5 O item 21 requer a divulgação da base de mensuração usada na elaboração das demonstrações (d)(i-ii) (f) contábeis e de outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para a compreensão das

demonstrações contábeis. Para os instrumentos financeiros, essa evidenciação inclui:

(d) quando a conta de provisão é usada para reduzir o valor contábil de ativo financeiro que sofreu baixa por perdas no valor recuperável devido a perdas de crédito:

(i) os critérios para determinar quando o valor contábil do ativo financeiro baixado é reduzido diretamente (ou, no caso da reversão de baixa, aumentado diretamente) e quando a provisão é utilizada; e

(ii) os critérios para baixar montantes contabilizados na conta de provisão contra o valor contábil do ativo financeiro baixado (ver item 16);

(f) os critérios que a entidade utiliza para determinar que existe evidência objetiva de que perda do valor recuperável tenha ocorrido (ver item 20(e)).

CPC 40.27 A entidade deve divulgar, para cada classe de instrumentos financeiros, os métodos e, quando

152 Grupo Modelo | EY

uma técnica de avaliação for usada, os pressupostos aplicados na determinação do valor justo de cada classe de ativo financeiro ou passivo financeiro. Por exemplo, se for o caso, a entidade divulga informações sobre os pressupostos relativos a taxas de pagamento antecipado, estimativas de percentuais de perda com créditos e taxas de juros ou taxas de desconto. Se houver mudança na técnica de avaliação, a entidade deve evidenciar essa mudança e a razão para fazê-la.

2.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge Reconhecimento inicial e mensuração subsequenteCPC 01.86(b) Se o ágio decorrente de expectativa de resultado futuro (goodwill) tiver sido alocado a uma

unidade geradora de caixa e a entidade se desfizer de uma operação dentro daquela unidade, o ágio associado à operação baixada deverá ser:

(b) mensurado com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela da unidade geradora de caixa retida, a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o ágio (goodwill) associado à operação baixada.

O ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de ativo financeiro ou passivo financeiro que não faça parte de relacionamento de hedge (ver itens 89 a 102) deve ser reconhecido como segue:

(a) o ganho ou a perda resultante de ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado deve ser reconhecido no resultado.

CPC 38.86 As relações de hedge são de três tipos:

(a) hedge de valor justo: hedge de exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado;

(b) hedge de fluxo de caixa: hedge de exposição à variabilidade nos fluxos de caixa que (i) seja atribuível a um risco particular associado a um ativo ou passivo reconhecido (tal como todos ou alguns dos futuros pagamentos de juros sobre uma dívida de taxa variável) ou a uma transação prevista altamente provável e que (ii) possa afetar o resultado;

(c) hedge de investimento líquido em operação no exterior como definido no Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2).

CPC 38.88 Uma relação de hedge qualifica-se para contabilidade de hedge segundo os itens 89 a 102 se, e apenas se, todas as condições seguintes forem satisfeitas:

(a) no início do hedge, existe designação e documentação formais da relação de hedge e do objetivo e estratégia da gestão de risco da entidade para levar a efeito o hedge. Essa documentação deve incluir a identificação do instrumento de hedge, a posição ou transação coberta, a natureza do risco a ser coberto e a forma como a entidade vai avaliar a eficácia do instrumento de hedge na compensação da exposição a alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa do item coberto atribuíveis ao risco coberto;

(b) espera-se que o hedge seja altamente eficaz (ver o Apêndice A, itens AG105 a AG113) ao conseguir alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para essa relação de hedge em particular;

(c) quanto a hedge de fluxos de caixa, uma transação prevista que seja o objeto do hedge tem de ser altamente provável e tem de apresentar exposição a variações nos fluxos de caixa que poderiam, em última análise, afetar o resultado;

(d) a eficácia do hedge pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de hedge podem ser confiavelmente medidos (ver itens 46 e 47 e o Apêndice A, itens AG80 e AG81, para orientação sobre a determinação do valor justo);

(e) o hedge é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente eficaz durante todos os períodos das demonstrações contábeis para o qual o hedge foi designado.

CPC 38.89 Se um hedge de valor justo satisfizer as condições do item 88 durante o período, ele deve ser contabilizado como segue:

(a) o ganho ou a perda resultante da nova mensuração do instrumento de hedge pelo justo valor

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(para instrumento de hedge derivativo), ou do componente de moeda estrangeira da sua quantia escriturada medido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) (para instrumento de hedge não derivativo), deve ser reconhecido no resultado; e

(b) o ganho ou a perda resultante do item coberto atribuível ao risco coberto deve ajustar a quantia escriturada do item coberto a ser reconhecido no resultado. Isso se aplica se o item coberto for de outra forma medido pelo custo. O reconhecimento do ganho ou perda atribuível ao risco coberto no resultado se aplica se o item coberto for um ativo financeiro disponível para venda.

Hedge de valor justoCPC 38.92 Qualquer ajuste resultante do item 89(b) feito na quantia escriturada de instrumento financeiro

coberto para o qual for usado o método dos juros efetivos (ou, no caso de hedge de carteira de risco da taxa de juros, em linha separada do balanço patrimonial descrita no item 89A) deve ser amortizado no resultado. A amortização pode começar assim que um ajuste existir e deve começar no mais tardar quando o item coberto cessar de ser ajustado quanto às alterações no seu valor justo atribuíveis ao risco que está sendo coberto. O ajuste baseia-se na taxa efetiva de juros recalculada na data de início da amortização. Contudo, se, no caso de hedge de valor justo e da exposição à taxa de juros de carteira de ativos e passivos financeiros (e apenas em hedge desse tipo), a amortização usando uma taxa efetiva de juros recalculada não for praticável, o ajuste deve ser amortizado usando o método de linha reta. O ajuste deve ser completamente amortizado até o vencimento do instrumento financeiro ou, no caso de hedge de carteira de risco da taxa de juros, até a expiração do período de reprecificação relevante.

CPC 38.93 Quando um instrumento firme não reconhecido for designado como item coberto, a alteração cumulativa posterior no valor justo do compromisso firme atribuível ao risco coberto é reconhecida como ativo ou passivo, com o ganho ou a perda correspondente reconhecido no resultado (ver item 89(b)). As alterações no valor justo do instrumento de hedge também são reconhecidas no resultado.

Hedge de fluxo de caixaCPC 38.95 Se um hedge de fluxo de caixa satisfizer as condições do item 88 durante o período, ele deve ser

contabilizado como segue:

(a) a parte do ganho ou perda resultante do instrumento de hedge que é determinada como hedge eficaz (ver item 88) deve ser reconhecida diretamente como outros resultados abrangentes (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis); e

(b) a parte ineficaz do ganho ou perda resultante do instrumento de hedge deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38.97 Se o hedge de transação projetada subsequentemente resulta no reconhecimento de ativo ou passivo financeiro, os ganhos ou perdas associados que foram reconhecidos em ajustes de avaliação patrimonial (outros resultados abrangentes), de acordo com o disposto no item 95, devem ser reclassificados do patrimônio líquido para resultado como ajuste de reclassificação (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R2) – Apresentação das Demonstrações Contábeis) no mesmo período ou períodos nos quais o fluxo de caixa protegido afeta o resultado (como, por exemplo, no período no qual a receita ou a despesa de juro é reconhecida). No entanto, se a entidade espera que toda, ou parte, da perda reconhecida em ajustes de avaliação patrimonial não será recuperada nos períodos futuros, ela deve reclassificar esse valor para o resultado como ajuste de reclassificação que não se espera recuperar.

CPC 38.98 Se o hedge de transação prevista resultar posteriormente no reconhecimento de ativo ou passivo não financeiro (perda por redução ao valor recuperável de ativos do objeto de hedge futuro), ou se a transação prevista de ativo ou passivo não financeiro se tornar um compromisso firme para o qual se aplica a contabilidade de hedge de valor justo, então a entidade deve adotar (a) ou (b) abaixo:

(a) reclassifica ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados abrangentes de acordo com o item 95 no resultado no mesmo período ou períodos durante os quais o ativo adquirido ou o passivo assumido afeta o resultado (como nos períodos em que a despesa de depreciação ou o custo das vendas é reconhecido). Contudo, se a entidade espera que a totalidade ou parte da perda reconhecida diretamente como outros resultados abrangentes não será recuperada em um ou mais períodos futuros, ela deve reclassificar no resultado a quantia que não espera recuperar;

(b) remove ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados abrangentes de acordo com o item 95 e os inclui no custo inicial ou em outra quantia escriturada do ativo ou passivo.

154 Grupo Modelo | EY

CPC 38.100 Para hedges de fluxo de caixa que não os tratados nos itens 97 e 98, os montantes que foram reconhecidos em ajustes de avaliação patrimonial como outros resultados abrangentes devem ser reclassificados para o resultado como ajuste de reclassificação no mesmo período, ou períodos, nos quais os fluxos de caixa projetados afetarem o resultado (por exemplo, quando a venda projetada ocorrer).

CPC 38.101 Em qualquer das seguintes circunstâncias, a entidade deve descontinuar prospectivamente a contabilidade de hedge especificada nos itens 95 a 100:

(a) o instrumento de hedge expirar ou for vendido, terminado ou exercido (para essa finalidade, a substituição ou rollover de instrumento de hedge para outro instrumento de hedge não é seu fim se essa substituição ou rollover fizer parte da estratégia de hedge documentada da entidade). Nesse caso, o ganho ou a perda cumulativo resultante do instrumento de hedge que se mantém reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge estava em vigor (ver item 95(a)) deve permanecer reconhecido no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra. Quando a transação ocorrer, aplicam-se os itens 97, 98 ou 100;

(b) o hedge não atende mais aos critérios de contabilidade de hedge no item 88. Nesse caso, o ganho ou a perda cumulativo resultante do instrumento de hedge que se mantém reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge estava em vigor (ver item 95(a)) deve permanecer reconhecido separadamente no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra. Quando a transação ocorrer, aplicam-se os itens 97, 98 ou 100;

(c) já não se espera que a transação prevista ocorra, caso em que qualquer ganho ou perda cumulativo relacionado resultante do instrumento de hedge que permaneça reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge estava em vigor (ver item 95(a)) deve ser reconhecido no resultado. Uma transação prevista que deixe de ser altamente provável (ver item 88(c)) pode ainda vir a ocorrer;

(d) a entidade revoga a designação. Para hedges de transação prevista, o ganho ou a perda cumulativo resultante do instrumento de hedge que se mantém reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge era eficaz (ver item 95(a)) deve permanecer reconhecido separadamente no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra ou deixe de se esperar que ocorra. Quando a transação ocorrer, aplicam-se os itens 97, 98 ou 100. Se já não se espera que a transação ocorra, o ganho ou a perda cumulativo que tinha sido reconhecido diretamente no patrimônio líquido deve ser reconhecido no resultado.

Hedges de investimento líquidoCPC 38.102 Os hedges de investimento líquido em operação no exterior, incluindo um hedge de item monetário

que seja contabilizado como parte do investimento líquido (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2)), devem ser contabilizados de forma semelhante aos hedges de fluxo de caixa:

(a) a parte do ganho ou perda resultante do instrumento de hedge que for determinada como hedge eficaz (ver item 88) deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido por meio da demonstração de mutações no patrimônio líquido (ver Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis); e

(b) a parte ineficaz deve ser reconhecida no resultado. O ganho ou a perda resultante do instrumento de hedge relacionado com a parte eficaz do hedge que foi reconhecida diretamente no patrimônio líquido deve ser reconhecido no resultado quando da alienação da operação no exterior.

2.15 EstoquesCPC 16.06 Os seguintes termos são usados neste pronunciamento, com os significados especificados:

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

(b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

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Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

CPC 16.09 Os estoques objeto deste pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

CPC 16.10 O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

CPC 16.12 Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.

CPC 16.13 A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em consideração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se aproximar-se da capacidade normal. Como consequência, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no período em que são incorridos. Em períodos de anormal alto volume de produção, o montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira que os estoques não sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada.

CPC 16.25 O custo dos estoques, que não sejam os tratados nos itens 23 e 24, deve ser atribuído pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. A entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração.

CPC 16.36(a) As demonstrações contábeis devem divulgar:

(a) as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios de valoração utilizados;

(b) o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade;

(c) o valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda;

(d) o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período;

(e) o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o item 34;

(f) o valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o item 34;

(g) as circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de estoques de acordo com o item 34; e

(h) o montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.

CPC 38.98 Se o hedge de transação prevista resultar posteriormente no reconhecimento de ativo ou passivo

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não financeiro (perda por redução ao valor recuperável de ativos do objeto de hedge futuro), ou se a transação prevista de ativo ou passivo não financeiro se tornar um compromisso firme para o qual se aplica a contabilidade de hedge de valor justo, então a entidade deve adotar (a) ou (b) abaixo:

CPC 38.98 (a) reclassifica ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados(a), (b) abrangentes de acordo com o item 95 no resultado no mesmo período ou períodos durante os

quais o ativo adquirido ou o passivo assumido afeta o resultado (como nos períodos em que a despesa de depreciação ou o custo das vendas é reconhecido). Contudo, se a entidade espera que a totalidade ou parte da perda reconhecida diretamente como outros resultados abrangentes não será recuperada em um ou mais períodos futuros, ela deve reclassificar no resultado a quantia que não espera recuperar;

(b) remove ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados abrangentes de acordo com o item 95 e os inclui no custo inicial ou em outra quantia escriturada do ativo ou passivo.

2.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeirosCPC 01.06 Os seguintes termos são usados neste pronunciamento técnico com os significados específicos

que se seguem:

Mercado ativo é um mercado no qual todas as seguintes condições existem:

(a) os itens transacionados no mercado são homogêneos;

(b) vendedores e compradores com disposição para negociar podem ser encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e

(c) os preços estão disponíveis para o público.

Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte indiretamente das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.

Vida útil é:

(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou

(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Valor residual é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

CPC 01.09 A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada exercício social, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

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CPC 01.25 A melhor evidência de um valor líquido de venda é um preço de um contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas adicionais que seriam diretamente atribuíveis à venda do ativo.

CPC 01.30 Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo:

(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;

(b) expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros;

(c) o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco;

(d) o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e

(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com o ativo.

CPC 01.33 Ao mensurar o valor em uso, a entidade deve:

(a) basear as projeções de fluxo de caixa em premissas razoáveis e fundamentadas que representem a melhor estimativa, por parte da administração, do conjunto de condições econômicas que existirão na vida útil remanescente do ativo; peso maior deve ser dado às evidências externas;

(b) basear as projeções de fluxo de caixa nas previsões ou nos orçamentos financeiros mais recentes que foram aprovados pela administração, que, porém, devem excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo; as projeções baseadas nessas previsões ou nos orçamentos devem abranger, como regra geral, um período máximo de cinco anos, a menos que se justifique, fundamentadamente, um período mais longo; e

(c) estimar as projeções de fluxo de caixa para além do período abrangido pelas previsões ou orçamentos mais recentes pela extrapolação das projeções baseadas em orçamentos ou previsões usando uma taxa de crescimento estável ou decrescente para anos subsequentes, a menos que uma taxa crescente possa ser devidamente justificada; essa taxa de crescimento não deve exceder a taxa de crescimento médio, de longo prazo, para os produtos, setores de indústria ou país ou países nos quais a entidade opera ou para o mercado no qual o ativo é utilizado, a menos que se justifique, fundamentadamente, uma taxa mais elevada.

CPC 01.55 A taxa (ou as taxas) de desconto deve(m) ser a taxa (ou as taxas) antes dos impostos, que reflita(m) as avaliações atuais de mercado:

(a) do valor da moeda no tempo; e

(b) dos riscos específicos do ativo para os quais as futuras estimativas de fluxos de caixa não foram ajustadas.

CPC 01.59 Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.

CPC 01.66 Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não for possível estimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).

CPC 01.10 Independentemente de existir ou não qualquer indicação de redução ao valor recuperável, uma(a), (b) entidade deverá:

(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável poderá ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deverão ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente.

(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em uma aquisição de entidades, de acordo com os itens 80 a 99.

CPC 01.60 A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado do

158 Grupo Modelo | EY

período, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de um ativo reavaliado deve ser tratada como uma diminuição do saldo da reavaliação.

CPC 01.66 Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não for possível estimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).

CPC 01.110 A entidade deve avaliar em cada data de reporte se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill), não possa mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

CPC 01.114 A perda por desvalorização reconhecida em anos anteriores para um ativo, exceto o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura (goodwill), somente deve ser revertida se, e somente se, tiver havido uma mudança nas estimativas usadas para determinar o seu valor recuperável desde a data em que a última desvalorização foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado, exceto como descrito no item 117, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorrerá pela reversão da perda por desvalorização.

CPC 01.117 O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos anteriores.

CPC 01.119 A reversão da perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill), deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado de acordo com outro pronunciamento. Qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre um ativo reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação.

CPC 01.104 Uma perda por desvalorização deve ser reconhecida para uma unidade geradora de caixa (o menor grupo da unidade geradora de caixa para o qual o ágio derivado de expectativa de resultado futuro (goodwill) ou o ativo corporativo tenha sido alocado) se, e somente se, o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) for menor do que o valor contábil da unidade (grupo de unidades). A desvalorização deve ser alocada para reduzir o valor contábil dos ativos da unidade (grupo de unidades) na seguinte ordem:

(a) primeiramente para reduzir o valor contábil de qualquer ágio alocado por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) alocado a uma unidade geradora de caixa (grupo de unidades)

(b) a seguir, os outros ativos da unidade (grupo de unidades) proporcionalmente ao valor contábil de cada ativo da unidade (grupo de unidades). Essas reduções nos valores contábeis devem ser tratadas como perda por desvalorização de itens individuais dos ativos e reconhecidas de acordo com o item 60.

CPC 01.124 A desvalorização reconhecida para esse ágio (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente.

2.17 Caixa e equivalentes de caixaCPC 03(R2).47 O efeito de qualquer mudança na política para determinar os componentes de caixa e

equivalentes de caixa, como, por exemplo, a mudança na classificação dos instrumentos financeiros previamente considerados como parte da carteira de investimentos da entidade, deve ser apresentado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

CPC 03(R2).6 Os seguintes termos são usados neste pronunciamento, com os significados abaixo especificados:

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento. Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade, não classificadas como atividade operacional.

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CPC 03(R2).7 Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. Portanto, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação. Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de patrimônio líquido) não estão contemplados no conceito de equivalentes de caixa, a menos que eles sejam, em essência, um equivalente de caixa, como, por exemplo, nos casos de ações preferenciais resgatáveis que tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.

2.18 Ações preferenciais conversíveis CPC 39.18 A essência de um instrumento financeiro, em vez de sua forma jurídica, rege sua classificação

no balanço patrimonial da entidade. Essência e forma legal são comumente consistentes, mas nem sempre. Alguns instrumentos financeiros assumem a forma legal de patrimônio líquido, mas são passivos em sua essência, e outros podem combinar características associadas a instrumentos patrimoniais e características associadas a passivos financeiros. Por exemplo:

(a) uma ação preferencial que proporcione resgate obrigatório pelo emitente por uma quantia fixa ou determinável em data fixa ou futura, ou dê ao titular o direito de exigir que o emitente resgate o instrumento numa ou após uma data específica por uma quantia fixa ou determinável, é um passivo financeiro;

(b) um instrumento financeiro que dá ao seu detentor o direito de devolvê-lo ao emitente por caixa ou outro ativo financeiro (instrumento com opção de venda) é um passivo financeiro, com exceção dos instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. O instrumento financeiro é um passivo financeiro mesmo quando o montante de caixa ou outro ativo financeiro é determinado com base em índice ou outro item que tenha potencial de aumentar e diminuir. A existência de uma opção para o titular do instrumento devolvê-lo para o emitente por caixa ou outro ativo financeiro significa que o instrumento com opção de venda satisfaz a definição de passivo financeiro, com exceção dos instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. Por exemplo, os fundos mútuos abertos, trustes, parcerias e algumas entidades cooperativas podem fornecer a seus membros o direito de resgate de suas participações a qualquer momento por caixa, o que resulta em que essas participações sejam classificadas como passivos financeiros, com exceção daqueles instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. No entanto, classificações como passivo financeiro não impedem o uso de descrições como “ativos líquidos atribuíveis aos detentores dos títulos” nas demonstrações contábeis da entidade que não tenha patrimônio líquido próprio (como alguns fundos mútuos ou trustes), ou a utilização de divulgação adicional para mostrar que as participações dos membros incluem itens como reservas que atendam à definição de patrimônio e instrumentos com opção de venda que não atendam.

CPC 39.21 Um contrato não é um instrumento patrimonial somente porque pode resultar no recebimento ou entrega de instrumentos patrimoniais da própria entidade. A entidade pode ter a obrigação ou direito contratual de receber ou entregar uma quantidade de suas próprias ações ou outro instrumento patrimonial de modo que o valor justo dos instrumentos patrimoniais da própria entidade a ser recebido ou entregue é igual ao valor do direito ou obrigação contratual. Tal obrigação ou direito contratual pode ser um montante fixo ou um montante que flutue, em parte ou na íntegra, em resposta às mudanças em uma variável diferente do preço de mercado dos instrumentos patrimoniais da própria entidade (ex: taxa de juros, preço de commodities ou preço de instrumento financeiro). Dois exemplos são:

(a) contrato para entrega de instrumentos patrimoniais da própria entidade equivalentes ao valor de R$ 100; e

(b) contrato para entrega de instrumentos patrimoniais da própria entidade equivalentes ao valor de 100 gramas de ouro. Esse contrato é um passivo financeiro da entidade, embora a entidade deva ou possa liquidá-lo por meio da entrega de seus próprios instrumentos patrimoniais. Não é um instrumento patrimonial, porque a entidade utiliza um número variável de seus próprios instrumentos patrimoniais como meio para liquidar o contrato. Assim, o contrato não mostra uma participação nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos.

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CPC 39.28 O emitente de instrumento financeiro não derivativo deve avaliar os termos do instrumento financeiro para determinar se ele contém tanto um passivo quanto um componente de patrimônio líquido. Tais componentes devem ser classificados separadamente como passivos financeiros, ativos financeiros ou instrumentos patrimoniais de acordo com o item 15.

CPC 39.35 Juros, dividendos, perdas e ganhos relativos a um instrumento financeiro ou a um componente que é um passivo financeiro devem ser reconhecidos como receita ou despesa no resultado. Distribuições a titulares de instrumento patrimonial devem ser debitadas pela entidade diretamente no patrimônio líquido, líquido de qualquer benefício tributário. Custos de transação de uma transação de patrimônio líquido devem ser contabilizados como dedução do patrimônio líquido, líquido de qualquer benefício fiscal.

CPC 39.AG31(a) Uma forma comum de instrumento financeiro composto é um instrumento de dívida com a opção de conversão embutida, como por exemplo um título de dívida conversível em ações ordinárias da própria empresa emissora e sem nenhum outro derivativo embutido. O item 28 requer que o emissor de instrumento financeiro apresente o componente passivo e o componente patrimonial separadamente no balanço patrimonial da seguinte forma:

(a) A obrigação do emissor de fazer pagamentos de juros e principal é um passivo que existe enquanto o instrumento não é convertido. No reconhecimento inicial, o valor justo do componente passivo é o valor presente dos fluxos de caixa contratados descontados à taxa aplicada pelo mercado naquele período a instrumentos com características de crédito similares e que fornecem substancialmente os mesmos fluxos de caixa, nos mesmos termos, mas que não possuem cláusula de conversão.

CPC 39.38 Custos de transação que se relacionam com a emissão de instrumento financeiro composto devem ser atribuídos aos componentes do patrimônio líquido e passivo do instrumento em proporção à alocação dos rendimentos. Custos de transação que se relacionam conjuntamente com mais de uma transação (por exemplo, custos de oferta concorrente de algumas ações e listagem em bolsa de outras ações) devem ser atribuídos a essas transações utilizando-se uma base para alocação coerente e consistente com transações similares.

2.19 Ações de tesouraria CPC 39.33 Se a entidade readquire seus próprios instrumentos patrimoniais, esses instrumentos (ações

em tesouraria) devem ser deduzidos do patrimônio líquido. Nenhum ganho ou perda deve ser reconhecido no resultado na compra, venda, emissão ou cancelamento de instrumentos patrimoniais da própria entidade. Tais ações em tesouraria podem ser adquiridas e mantidas pela entidade ou outro membro do grupo consolidado. Montantes pagos ou recebidos devem ser contabilizados diretamente no patrimônio.

2.20 ProvisõesICPC 12.05 Se o respectivo ativo for mensurado utilizando-se o método de custo:

(a) sujeitas ao item;

(b) as mudanças no passivo serão adicionadas ao/deduzidas do custo do respectivo ativo no período corrente; (b) o valor deduzido do custo do ativo não excederá o seu valor contábil. Se a redução no passivo exceder o valor contábil do ativo, o excedente é reconhecido imediatamente no resultado;

(c) se o ajuste resultar na adição ao custo do ativo, a entidade considera se essa é uma indicação de que o novo valor contábil do ativo pode não ser plenamente recuperável. Se houver tal indicação, a entidade testa o ativo quanto à redução no valor recuperável estimando o seu valor recuperável e contabiliza qualquer perda por redução ao valor recuperável, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

CPC 25.14 Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

CPC 25.47 Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos que reflita as atuais avaliações

161Grupo Modelo | EY

de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos para o passivo. A taxa de desconto não deve refletir os riscos relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. (Veja-se o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.)

CPC 25.53 Quando se espera que algum ou todos os desembolsos necessários para liquidar uma provisão sejam reembolsados por outra parte, o reembolso deve ser reconhecido quando, e somente quando, for praticamente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar a obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo separado. O valor reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o valor da provisão.

CPC 25.54 Na demonstração do resultado, a despesa relativa a uma provisão pode ser apresentada líquida do valor reconhecido de reembolso.

CPC 25.59 As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.

CPC 25.60 Quando for utilizado o desconto a valor presente, o valor contábil da provisão aumenta a cada período para refletir a passagem do tempo. Esse aumento deve ser reconhecido como despesa financeira.

CPC 25.84 Para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar:

(a) o valor contábil no início e no fim do período;

(b) provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes;

(c) valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período;

(d) valores não utilizados revertidos durante o período; e

(e) o aumento durante o período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem do tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto.

CPC 25.85 A entidade deve divulgar, para cada classe de provisão:

(a) uma breve descrição da natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas de benefícios econômicos resultantes;

(b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas. Sempre que necessário para fornecer informações adequadas, a entidade deve divulgar as principais premissas adotadas em relação a eventos futuros, conforme tratado no item 48; e

(c) o valor de qualquer reembolso esperado, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta desse reembolso esperado.

CPC 25.86 A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na liquidação, a entidade deve divulgar, para cada classe de passivo contingente na data do balanço, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando praticável:

(a) a estimativa do seu efeito financeiro, mensurada conforme os itens 36 a 52;

(b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída; e

(c) a possibilidade de qualquer reembolso.

Obrigação por desativação de ativosCPC 25.05 Quando outro pronunciamento técnico trata de um tipo específico de provisão ou de passivo

ou ativo contingente, a entidade aplica esse pronunciamento técnico em vez do presente pronunciamento técnico. Por exemplo, certos tipos de provisões são tratados nos pronunciamentos técnicos relativos a:

(a) contratos de construção (ver o Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção);

(b) tributos sobre o lucro (ver o Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro);

(c) arrendamento mercantil (ver o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil). Porém, como esse CPC 06 não contém requisitos específicos para tratar arrendamentos mercantis operacionais que tenham se tornado onerosos, este pronunciamento técnico aplica-se a tais casos;

(d) benefícios a empregados (ver o pronunciamento técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados);

(e) contratos de seguro (ver o pronunciamento técnico CPC 11 – Contratos de Seguro). Contudo,

162 Grupo Modelo | EY

este pronunciamento técnico aplica-se a provisões e a passivos e ativos contingentes de seguradora que não sejam os resultantes das suas obrigações e direitos contratuais segundo os contratos de seguro dentro do alcance do CPC;

(f) combinação de negócios (ver o Pronunciamento Técnico CPC 15 (R1) – Combinação de Negócios); neste pronunciamento são tratadas as contabilizações de ativos e passivos contingentes adquiridos em combinação de negócios.

CPC 25.45 Quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é material, o valor da provisão deve ser o valor presente dos desembolsos que se espera que sejam exigidos para liquidar a obrigação.

CPC 25.47 A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos que reflita as atuais avaliações de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e aos riscos específicos para o passivo. A taxa de desconto não deve refletir os riscos relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. (Veja-se o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.)

CPC 27.16(c) O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

ICPC 12.05 Se o respectivo ativo for mensurado utilizando-se o método de custo:

(a) sujeitas ao item (b), as mudanças no passivo serão adicionadas ao/deduzidas do custo do respectivo ativo no período corrente;

(b) o valor deduzido do custo do ativo não excederá o seu valor contábil. Se a redução no passivo exceder o valor contábil do ativo, o excedente é reconhecido imediatamente no resultado.

Se o ajuste resultar na adição ao custo do ativo, a entidade considera se essa é uma indicação de que o novo valor contábil do ativo pode não ser plenamente recuperável. Se houver tal indicação, a entidade testa o ativo quanto à redução no valor recuperável estimando o seu valor recuperável e contabiliza qualquer perda por redução ao valor recuperável, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

ICPC 12.08 A reversão periódica do desconto deverá ser reconhecida no resultado como custo de financiamento à medida que ocorrer. A capitalização prevista no Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos dos Empréstimos não é permitida.

Provisões para riscos tributários, cíveis, trabalhistasCPC 15.56 Após o reconhecimento inicial e até que o passivo seja liquidado, cancelado ou extinto, o

adquirente deve mensurar qualquer passivo contingente reconhecido em combinação de negócios pelo maior valor entre:

(a) o montante pelo qual esse passivo seria reconhecido pelo disposto no Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(b) o montante pelo qual o passivo foi inicialmente reconhecido, deduzido da amortização acumulada, quando cabível, reconhecida conforme o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas. Essa exigência não se aplica aos contratos contabilizados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

Passivos contingentes reconhecidos em uma combinação de negóciosCPC 25.14 Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

2.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-empregoCPC 33.67 A entidade deve utilizar o Método de Crédito Unitário Projetado para determinar o valor presente

das obrigações de benefício definido e o respectivo custo do serviço corrente e, quando aplicável,

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o custo do serviço passado.

CPC 33.102 Custo do serviço passado é a mudança no valor presente da obrigação de benefício definido, resultante de alteração ou redução (encurtamento/curtailment) do plano.

CPC 33.103 A entidade deve reconhecer o custo do serviço passado como despesa na data em que ocorrer primeiro entre as seguintes opções:

(a) quando ocorrer a alteração ou a redução (encurtamento/curtailment) do plano; e

(b) quando a entidade reconhecer os custos de reestruturação correspondentes (vide Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes) ou os benefícios rescisórios (vide item 165).

CPC 33.120(c) A entidade deve reconhecer os componentes de custo de benefício definido, exceto na medida em que outro pronunciamento técnico CPC exigir ou permitir sua inclusão no custo de ativo, da seguinte maneira:

(c) remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide itens 127 a 130) em outros resultados abrangentes.

CPC 33.122 Remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido reconhecidas em outros resultados abrangentes não devem ser reclassificadas para o resultado no período subsequente. Contudo, a entidade pode transferir esses montantes reconhecidos em outros resultados abrangentes dentro do patrimônio líquido.

CPC 33.123 Os juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido devem ser determinados multiplicando-se o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido pela taxa de desconto especificada no item 83, ambos conforme determinados no início do período a que se referem as demonstrações contábeis, levando em consideração quaisquer mudanças no valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido durante o período em razão de pagamentos de contribuições e benefícios.

CPC 33.127 Remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido compreendem:

(a) ganhos e perdas atuariais (vide item 128 e 129);

(b) o retorno sobre os ativos do plano (vide item 130), excluindo montantes incluídos nos juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide item 125); e

(c) qualquer mudança no efeito do teto de ativo (asset ceiling) excluindo montantes incluídos nos juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide item 126).

CPC 33.134 O item 120 exige que a entidade reconheça o custo do serviço e os juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido em resultado. Este pronunciamento não especifica como a entidade deve apresentar o custo do serviço e os juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido. A entidade deve apresentar esses componentes de acordo com o estabelecido no Pronunciamento CPC 26 – Apresentações das Demonstrações Contábeis.

CPC 33.135 A entidade deve divulgar informações que:

(a) expliquem as características de seus planos de benefício definido e os riscos a eles associados (vide item 139);

(b) identifiquem e expliquem os montantes em suas demonstrações contábeis decorrentes de seus planos de benefício definido (vide itens 140 a 144); e

(c) descrevam como seus planos de benefício definido podem afetar o valor, o prazo e a incerteza dos fluxos de caixa futuros da entidade (vide itens 145 a 147).

2.22 Transações envolvendo pagamentos em ações

CPC 10.07 A entidade deve reconhecer os produtos ou os serviços recebidos ou adquiridos em transação de pagamento baseada em ações quando ela obtiver os produtos ou à medida que receber os serviços. Em contrapartida, a entidade deve reconhecer o correspondente aumento do patrimônio líquido em conta de instrumentos patrimoniais por pagamentos baseados em ações se os produtos ou serviços forem recebidos em transação de pagamento baseado em ações liquidada em ações (ou com outros instrumentos patrimoniais), ou deve reconhecer um passivo se a transação for liquidada em dinheiro (ou com outros ativos).

164 Grupo Modelo | EY

CPC 10.10 Para transações de pagamento baseadas em ações liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais, a entidade deve mensurar os produtos ou serviços recebidos e o aumento correspondente no patrimônio líquido de forma direta, pelo valor justo dos produtos ou serviços recebidos, a menos que esse valor não possa ser estimado com confiabilidade. Se for esse o caso, a entidade deve mensurar o valor dos produtos ou serviços recebidos e o correspondente aumento no patrimônio líquido de forma indireta, tomando como base o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados.

CPC 10.11 Para fins de aplicação do item 10 às transações com empregados e outros prestadores de serviços similares, a entidade deve mensurar o valor justo dos serviços recebidos tomando como base o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, uma vez que normalmente não é possível estimar com confiabilidade o valor justo dos serviços recebidos, conforme explicado no item 12. O valor justo desses instrumentos patrimoniais deve ser mensurado na data de outorga.

CPC 10.19 A outorga de instrumentos patrimoniais é condicional quando depende do cumprimento de condições de direito especificadas (vesting conditions). Por exemplo, a outorga de ações ou opções de ações ao empregado é normalmente condicionada à permanência do empregado na entidade por determinado período de tempo. Além disso, podem existir condições de desempenho a serem atendidas, tais como o alcance de determinado crescimento dos lucros ou determinado aumento no preço das ações da entidade. As condições de aquisição, desde que não sejam condições de mercado, não devem ser levadas em conta quando da estimativa do valor justo das ações ou opções de ações na data da mensuração. Por outro lado, as condições de aquisição devem ser consideradas no ajuste do número de instrumentos patrimoniais incluídos na mensuração do valor da transação de tal forma que o valor dos produtos ou serviços, recebidos em contrapartida aos instrumentos outorgados, seja estimado com base na quantidade de instrumentos para os quais o direito seja eventualmente adquirido (eventual vezes). Assim, em bases cumulativas, e sujeito às exigências do item 21, nenhum valor deve ser reconhecido para os produtos ou serviços recebidos se os instrumentos patrimoniais outorgados não forem concedidos em razão do não atendimento das condições de aquisição. Por exemplo, a contraparte não cumpriu, ou o prazo especificado de prestação de serviço ou a condição de desempenho não foi alcançada.

CPC 10.20 Para fins de aplicação do disposto no item 19, a entidade deve reconhecer o montante relativo aos produtos ou serviços recebidos durante o período de aquisição, baseando-se na melhor estimativa disponível sobre a quantidade de instrumentos patrimoniais que se espera conceder, devendo revisar tal estimativa sempre que informações subsequentes indicarem que o número esperado de instrumentos que serão concedidos seja diferente da estimativa anterior. Na data da aquisição e sujeita às exigências do item 21, a entidade deve revisar a estimativa de forma a se apurar a quantidade de instrumentos patrimoniais que efetivamente será concedida.

CPC 10.21 As condições de mercado, como, por exemplo, o preço alvo a partir do qual o direito de aquisição (ou o direito de exercício) das ações está condicionado, devem ser consideradas quando da estimativa do valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Portanto, para a outorga de instrumentos patrimoniais com condições de mercado, a entidade deve reconhecer os produtos ou serviços recebidos da contraparte que satisfaça todas as demais condições de aquisição de direito (por exemplo, serviços recebidos de empregado que prestou serviços ao longo do período especificado), independentemente de as condições de mercado terem sido satisfeitas.

CPC 10.21A De forma similar, a entidade deve considerar todas as condições de não aquisição de direito quando estimar o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Portanto, para a outorga de instrumentos patrimoniais sujeitos a condições de não aquisição de direito, a entidade deve reconhecer os produtos e serviços recebidos de contraparte que cumpriu todas as condições de aquisição de direito, que não sejam condições de mercado (por exemplo, serviços recebidos de empregado que prestou serviços ao longo do período especificado), independentemente de as condições de não aquisição de direito terem sido satisfeitas.

CPC 10.27 A entidade deve reconhecer, no mínimo, os serviços recebidos mensurados na data da outorga pelo valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, a menos que esses instrumentos não sejam concedidos em função do não cumprimento de alguma condição de concessão especificada na data da outorga (exceto se for uma condição de mercado). Isso se aplica independentemente de alguma modificação nos termos e condições sob as quais os instrumentos patrimoniais foram outorgados ou do cancelamento ou liquidação dos respectivos instrumentos. Adicionalmente, a entidade deve reconhecer os efeitos das modificações que resultarem no aumento do valor justo dos acordos de pagamento baseados em ações ou que, de outra forma, vierem a beneficiar os

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empregados. No Apêndice B, figuram orientações para aplicação desse procedimento.

CPC 10.28 Se um instrumento patrimonial outorgado for cancelado ou liquidado durante o período de concessão (exceto quando o cancelamento ocorra por perda do direito ao instrumento patrimonial por não atender às condições de concessão), a entidade deve:

(a) tratar como aquisição antecipada quando o cancelamento ou liquidação ocorrer durante o período de aquisição e, portanto, a entidade deve reconhecer imediatamente o montante que seria reconhecido como serviços prestados no período remanescente de aquisição;

(b) tratar como recompra de instrumento patrimonial qualquer pagamento feito quando do cancelamento ou liquidação, ou seja, a contrapartida do pagamento deve ser uma redução do patrimônio líquido, exceto se o valor do pagamento exceder o valor justo desse instrumento, mensurado na data da recompra. Qualquer excesso deve ser reconhecido como despesa do período. Contudo, se o acordo de pagamento baseado em ações incluir componentes passivos, a entidade deve reavaliar o valor justo dessas obrigações exigíveis na data do cancelamento ou liquidação. Qualquer pagamento feito para liquidar esses componentes passivos deve ser contabilizado como amortização integral do respectivo passivo;

(c) se novos instrumentos patrimoniais forem outorgados aos empregados e, na respectiva data dessa nova outorga, a entidade reconhecer a transação como substituição dos instrumentos cancelados, a entidade deve considerar a outorga dos novos instrumentos (em substituição aos cancelados) como modificação dos instrumentos patrimoniais originalmente outorgados, em conformidade com o item 27 e com as orientações contidas no Apêndice B. O valor justo incremental deve ser a diferença entre o valor justo dos novos instrumentos patrimoniais dados em substituição e o valor justo dos instrumentos cancelados, na data da outorga dos novos instrumentos dados em substituição. O valor justo líquido dos instrumentos patrimoniais cancelados será o seu valor justo imediatamente antes do respectivo cancelamento menos o montante de algum pagamento aos empregados quando do cancelamento dos mesmos, o qual deve ser contabilizado como redução do patrimônio líquido, em conformidade com a alínea (b). Se a entidade não reconhecer os novos instrumentos patrimoniais outorgados como substituição dos instrumentos patrimoniais cancelados, a entidade deve contabilizar esses novos instrumentos como outorga adicional de novos instrumentos patrimoniais.

CPC 10.30 Nas transações de pagamento baseadas em ações liquidadas em dinheiro, a entidade deve mensurar os produtos ou serviços adquiridos e o passivo incorrido ao valor justo desse passivo. Até que o passivo seja liquidado, a entidade deve reavaliar o valor justo desse passivo no fim de cada exercício social e na data da liquidação, sendo qualquer mudança de valor reconhecida no resultado do período.

CPC 10.32 A entidade deve reconhecer os serviços e o passivo correspondente quando os serviços forem prestados. Por exemplo, algum direito imediatamente concedido sobre a valorização das ações, sem que os empregados tenham de completar determinado tempo de serviço, torna esses empregados titulares do direito ao recebimento futuro. Na ausência de evidência em contrário, a entidade deve presumir que os serviços já foram prestados pelos empregados em contrapartida aos direitos sobre a valorização de ações. Então, a entidade deve imediatamente reconhecer os serviços recebidos e o correspondente passivo. Quando os direitos sobre a valorização de ações são concedidos aos empregados somente após terem completado período específico de serviço, a entidade deve reconhecer os serviços recebidos e o correspondente passivo ao longo desse respectivo período, à medida que os serviços forem prestados pelos empregados.

CPC 10.33 O passivo deve ser mensurado, inicialmente e ao fim de cada exercício social, até a sua liquidação, pelo valor justo dos direitos sobre a valorização de ações, mediante a aplicação de modelo de precificação de opções e considerando os termos e condições sob os quais os direitos foram outorgados, à medida que os serviços forem prestados pelos empregados.

CPC 10.44 A entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis entender a natureza e a extensão de acordos de pagamento baseados em ações que ocorreram durante o período.

Para fins de aplicação do disposto no item 10 nas transações com outras partes que não os empregados, normalmente não se aceita a premissa de que não se pode mensurar confiavelmente o valor justo dos produtos ou serviços recebidos. Dessa forma, o valor justo destes deve ser mensurado na data em que a entidade obtém os produtos ou que a contraparte presta os serviços. Em casos raros, quando não for possível mensurar com confiabilidade o valor justo dos produtos ou serviços recebidos e o correspondente aumento do patrimônio líquido, ela

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deve efetuar essa mensuração indiretamente, ou seja, com base no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados na data em que os produtos são recebidos pela entidade ou os serviços são prestados pela contraparte.

CPC 10. No item 27 é requerido que, independentemente de eventuais modificações no prazo e condiçõesB42-B44 em que foram outorgados os instrumentos patrimoniais, ou o cancelamento ou a liquidação

do respectivo instrumento, a entidade deve reconhecer, no mínimo, os serviços recebidos mensurados pelo valor justo dos instrumentos na data da outorga, a menos que esses instrumentos

não sejam concedidos por conta do não atendimento de condição de aquisição (outra diferente de uma condição de mercado) especificada na data da outorga. Adicionalmente, a entidade deve reconhecer os efeitos das modificações que aumentem o valor justo dos acordos de pagamento baseados em ações ou outra que, de outro modo, venha a beneficiar os empregados.

Para aplicar as exigências do item 27:

(a) Se a modificação aumentar o valor justo do instrumento patrimonial outorgado (ou seja, reduzindo o preço de exercício), mensurado imediatamente antes e depois da respectiva modificação, a entidade deve incluir o valor justo incremental na mensuração do montante reconhecido dos serviços recebidos em troca do instrumento outorgado. O valor justo incremental outorgado é a diferença entre o valor justo do instrumento modificado e o valor do instrumento patrimonial nas condições originais, ambos estimados na data da modificação. Se a modificação ocorrer durante o período de aquisição, o valor justo incremental deve ser incluído na mensuração do montante reconhecido como serviços recebidos para o período entre a data da modificação e a data da aquisição do instrumento modificado, adicionalmente ao montante baseado no valor justo na data da outorga do instrumento patrimonial original, para o período de aquisição remanescente.

Se a modificação ocorrer após a data da aquisição, o valor justo incremental outorgado deve ser reconhecido imediatamente, ou durante o período de aquisição se for exigido do empregado que ele venha a completar período adicional de serviço antes de tornar-se incondicionalmente titular do respectivo instrumento patrimonial modificado;

(b) Similarmente, se a modificação aumentar o número de instrumentos patrimoniais outorgados, a entidade deve incluir o valor justo do instrumento patrimonial adicional, mensurado na data da modificação, na mensuração do montante reconhecido para os serviços recebidos em troca do instrumento patrimonial outorgado, consistentemente com os requisitos na alínea (a). Por exemplo, se a modificação ocorrer durante o período de aquisição, o valor justo do adicional instrumento patrimonial outorgado deve ser incluído na mensuração do montante reconhecido como serviços recebidos no período entre a data da modificação e a data da aquisição desse instrumento adicional, em complemento ao montante baseado no valor justo na data da outorga do instrumento patrimonial originalmente outorgado, o qual será reconhecido no período original de aquisição remanescente;

(c) Se a entidade modificar as condições de aquisição de modo a beneficiar os empregados, por exemplo, pela redução do período de aquisição ou pela modificação ou eliminação de condições de desempenho (que não seja uma condição de mercado, cujas mudanças devem ser contabilizadas de acordo com a alínea (a), a entidade deve considerar as condições modificadas na contabilização quando aplicar o disposto nos itens 19 a 21.

Se a entidade modificar os prazos ou condições dos instrumentos patrimoniais outorgados de modo a reduzir o valor justo total dos acordos de pagamento baseados em ações, ou de outro modo que não beneficie os empregados, a entidade deve, contudo, continuar a contabilizar os serviços recebidos em troca dos instrumentos patrimoniais outorgados como se aquela modificação não tivesse ocorrido (a não ser que haja um cancelamento de algum ou todos os instrumentos patrimoniais outorgados, os quais devem ser contabilizados em conformidade com o item 28). Por exemplo:

(a) se a modificação reduzir o valor justo do instrumento patrimonial outorgado, mensurado imediatamente antes e depois da modificação, a entidade não deve considerar essa redução no valor justo e deve continuar a mensurar o montante reconhecido dos serviços recebidos em troca dos instrumentos patrimoniais, baseado no valor justo desses instrumentos, na data da outorga;

(b) se a modificação reduzir o número de instrumentos patrimoniais outorgados aos empregados, essa redução deve ser contabilizada como cancelamento de parte dos instrumentos outorgados, em conformidade com o exigido no item 28;

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(c) se a entidade modificar as condições de aquisição de modo que não beneficie os empregados, por exemplo, pelo aumento do período de aquisição ou pela modificação ou aumento das condições de desempenho (que não seja uma condição de mercado, cujas mudanças devem ser contabilizadas em conformidade com a alínea (a), a entidade não deve considerar as condições de aquisição modificadas na contabilização quando aplicar o disposto nos itens 19 a 21.

CPC 41.45 Para calcular o resultado diluído por ação, a companhia deve presumir o exercício de opções, bônus de subscrição e semelhantes diluidores da companhia. Os valores presumidos provenientes desses instrumentos devem ser considerados como tendo sido recebidos da emissão de ações ordinárias ao preço médio de mercado das ações ordinárias durante o período. A diferença entre o número de ações ordinárias emitidas e o número de ações ordinárias que teriam sido emitidas ao preço médio de mercado das ações ordinárias durante o período deve ser tratada como emissão de ações ordinárias sem qualquer contrapartida.

2.23 Conversão de moeda estrangeiraCPC 02 (R2).09 O ambiente econômico principal no qual uma entidade opera é, em geral, e com raras exceções,

aquele em que ela fundamentalmente gera e desembolsa caixa. Uma entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:

(a) a moeda:

(i) que mais influencia os preços de bens e serviços (geralmente, será a moeda na qual o preço de venda de seus produtos e serviços está expresso e acertado); e

(ii) do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de venda de seus produtos ou serviços.

(b) a moeda que mais influencia mão de obra, material e outros custos para o fornecimento de produtos ou serviços (geralmente será a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

CPC 02 (R2).21 Uma transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no seu reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, à importância em moeda estrangeira, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação.

CPC 02 Ao término de cada período de reporte:(R2).23(a)

(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa de fechamento.

CPC 02 (R2).28 As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem, com exceção das variações cambiais tratadas no item 32.

CPC 02 (R2).32 As variações cambiais resultantes de itens monetários que fazem parte do investimento líquido da entidade que reporta em uma entidade no exterior (ver item 15) devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis separadas da entidade que reporta ou nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta (por exemplo, demonstrações contábeis consolidadas ou nas quais a entidade no exterior é reconhecida pelo método de equivalência patrimonial), tais variações cambiais devem ser registradas, inicialmente, como outros resultados abrangentes em conta específica do patrimônio líquido e reconhecidas em receita ou despesa na venda do investimento líquido, de acordo com o item 48.

CPC 02 (R2) 52. A entidade deve divulgar:

52-57 (a) o montante das variações cambiais reconhecidas na demonstração do resultado, com exceção daquelas originadas de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e Orientação OCPC 03 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação; e

(b) variações cambiais líquidas reconhecidas em outros resultados abrangentes e registradas em conta específica do patrimônio líquido, e a conciliação do montante de tais variações cambiais, no início e no final do período.

53. Quando a moeda de apresentação das demonstrações contábeis for diferente da moeda

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funcional, esse fato deve ser relatado juntamente com a divulgação da moeda funcional e da razão para a utilização de moeda da apresentação diferente.

54. Quando houver alteração na moeda funcional da entidade que reporta a informação ou de entidade no exterior significativa, esse fato e a razão para a alteração na moeda funcional devem ser divulgados.

55. Quando a entidade apresentar suas demonstrações contábeis em uma moeda que é diferente da sua moeda funcional, ela só deve mencionar que essas demonstrações estão em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil se elas estiverem de acordo com todas as exigências de cada pronunciamento técnico, orientação e interpretação do CPC aplicável, incluindo o método de conversão definido nos itens 39 e 42.

56. Algumas vezes a entidade apresenta suas demonstrações contábeis ou outras informações financeiras em moeda que não é a sua moeda funcional, sem cumprir as exigências do item 55. Por exemplo, a entidade pode converter para outra moeda somente itens selecionados de suas demonstrações contábeis. Ou, ainda, a entidade, cuja moeda funcional não é a moeda de economia hiperinflacionária, pode converter suas demonstrações contábeis para outra moeda, aplicando a todos os itens a taxa de câmbio de fechamento mais recente. Essas conversões não estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e são exigidas as divulgações especificadas no item 57.

57. Quando a entidade apresentar suas demonstrações contábeis ou outras informações financeiras em moeda que seja diferente da sua moeda funcional ou da moeda de apresentação das suas demonstrações contábeis, e as exigências do item 55 não forem observadas, a mesma entidade deve:

(a) identificar claramente as informações como sendo informações suplementares para distingui-las das informações que estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil;

(b) divulgar a moeda utilizada para essas informações suplementares; e

(c) divulgar a moeda funcional da entidade e o método de conversão utilizado para determinar as informações suplementares.

CPC 02 (R2).59 A entidade deverá adotar prospectivamente o item 47 para todas as aquisições posteriores ao início do período para o qual este pronunciamento se aplica. É permitida a adoção retrospectiva do item 55 para todas as aquisições anteriores, devendo ser feita a divulgação desse fato. Para a aquisição de uma entidade no exterior tratada de forma prospectiva, mas que tenha ocorrido antes da data de adoção deste pronunciamento, a entidade não deverá retificar os anos anteriores e, dessa forma, poderá, quando apropriado, tratar o ágio e os ajustes ao valor justo resultantes da aquisição como ativos e passivos da entidade, em vez de ativos e passivos da entidade no exterior. Portanto, o ágio e os ajustes ao valor justo já estarão expressos na moeda funcional da entidade ou, então, serão itens não monetários em moeda estrangeira, os quais são contabilizados utilizando-se a taxa cambial em vigor na data da aquisição.

2.25 Arrendamentos mercantisICPC 3.6 A determinação sobre se um acordo é, ou contém, arrendamento mercantil, deve estar baseada

na essência do acordo e exige uma avaliação se:

(a) o cumprimento do acordo depende do uso de ativo ou ativos específicos (o ativo); e

(b) o acordo transfere o direito de usar o ativo.

CPC 06.08 Um arrendamento mercantil é classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Um arrendamento mercantil é classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

CPC 06.20 No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil.

A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil é a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento do arrendatário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário são adicionados à quantia reconhecida como ativo.

169Grupo Modelo | EY

CPC 06.25 Os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devem ser segregados entre encargo financeiro e redução do passivo em aberto. O encargo financeiro deve ser imputado a cada período durante o prazo do arrendamento mercantil, de forma a produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os pagamentos contingentes devem ser contabilizados como despesa nos períodos em que são incorridos.

CPC 06.27 Um arrendamento mercantil financeiro dá origem a uma despesa de depreciação relativa a ativos depreciáveis, assim como uma despesa financeira para cada período contábil. A política de depreciação para os ativos arrendados depreciáveis deve ser consistente com a dos demais ativos depreciáveis, e a depreciação reconhecida deve ser calculada de acordo com as regras aplicáveis aos ativos imobilizados (e com as relativas à amortização dos ativos intangíveis quando pertinente). Se não houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, o que for menor.

CPC 06.33 Os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil segundo um arrendamento mercantil operacional devem ser reconhecidos como despesa em base linear durante o prazo do arrendamento mercantil, exceto se outra base sistemática for mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário.

CPC 06.52 Os custos diretos iniciais incorridos pelos arrendadores ao negociar e estruturar um arrendamento mercantil operacional devem ser adicionados ao valor contábil do ativo arrendado e reconhecidos como despesa durante o prazo do arrendamento mercantil na mesma base da receita do arrendamento mercantil.

2.26 Custos de empréstimos CPC 20.08 A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição,

à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como despesa no período em que são incorridos.

CPC 20.27 Quando a aplicação deste pronunciamento constituir uma alteração de política contábil, a entidade deve aplicar o pronunciamento aos custos de empréstimos relacionados aos ativos qualificáveis para os quais a data de início da capitalização é a mesma ou posterior à data de entrada em vigor do pronunciamento.

2.27 Propriedades para investimentoCPC 28.20 A propriedade para investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu custo. Os custos

de transação devem ser incluídos na mensuração inicial.

CPC 28.33 Após o reconhecimento inicial, a entidade que escolhe o método do valor justo deve mensurar todas as suas propriedades para investimento pelo valor justo, exceto nos casos descritos no item 53.

CPC 28.35 O ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de propriedade para investimento deve ser reconhecido no resultado do período em que ocorra.

CPC 28.61 Se o imóvel ocupado pelo proprietário se tornar propriedade para investimento que seja escriturada pelo valor justo, a entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 27 até a data da alteração de uso. A entidade deve tratar qualquer diferença nessa data entre o valor contábil do imóvel de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 e o seu valor justo conforme o item 62.

CPC 28.66 A propriedade para investimento deve ser baixada (eliminada do balanço patrimonial) na alienação ou quando a propriedade para investimento for permanentemente retirada de uso e nenhum benefício econômico for esperado da sua alienação.

CPC 28.69 Ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de propriedades para investimento devem ser determinados como a diferença entre os valores líquidos da alienação e o valor contábil do ativo e devem ser reconhecidos no resultado (a menos que o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil exija outra forma, no caso de venda e leaseback) no período da retirada ou da alienação.

CPC 28.75(a) A entidade deve divulgar:

(a) se aplica o método do valor justo ou o método do custo.

170 Grupo Modelo | EY

3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativasCPC 26.122 A entidade deve divulgar, no resumo das políticas contábeis significativas ou em outras notas

explicativas, os julgamentos realizados, com a exceção dos que envolvem estimativas (ver item 125), que a administração fez no processo de aplicação das políticas contábeis da entidade e que têm efeito mais significativo nos montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis.

Estimativas e premissasCPC 26.125 A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos principais pressupostos

relativos ao futuro, e outras fontes principais da incerteza das estimativas à data do balanço, que tenham risco significativo de provocar modificação material nos valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo período. Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem incluir detalhes informativos acerca:

(a) da sua natureza; e

(b) do seu valor contábil ao término do período de reporte.

CPC 31.12A O ativo não circulante (ou grupo de ativos) é classificado como mantido para distribuição aos sócios quando a entidade está comprometida para distribuir esse ativo (ou grupo de ativos) aos proprietários. Para isso é necessário que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição na sua condição atual e que a distribuição seja altamente provável. Para essa distribuição ser altamente provável, ações para completar a distribuição devem já ter sido iniciadas e deve estar presente a expectativa de serem completadas dentro de um ano a partir da classificação. Ações requeridas para completar a distribuição devem indicar não ser provável que mudanças significativas na distribuição sejam feitas ou que a distribuição virá a não ser feita. A probabilidade da aprovação dos sócios (se requerida legal ou estatutariamente) deve ser considerada como fator na verificação de ser a distribuição classificável como altamente provável.

CPC 31.5A A classificação, a apresentação e a mensuração requeridas neste pronunciamento técnico aplicáveis a ativo não circulante (ou grupo de ativos) classificado como mantido para venda também se aplicam a ativo não circulante (ou grupo de ativos) que seja classificado como destinado a ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários (mantido para distribuição aos proprietários).

Operações descontinuadasCPC 31.7 Para que esse seja o caso, o ativo, ou o grupo de ativos, mantido para venda deve estar

disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável.

CPC 31.8 Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação, com exceção do que é permitido pelo item 9, e as ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado.

CPC 36. B41. O investidor sem a maioria dos direitos de voto pode ter direitos que são suficientes paraB41, B42 lhe dar poder quando tem a capacidade prática de dirigir as atividades relevantes de modo

unilateral.

B42. Ao avaliar se seus direitos de voto são suficientes para lhe dar poder, o investidor considera todos os fatos e circunstâncias, incluindo:

(a) a extensão dos direitos de voto do investidor em comparação com a extensão e a dispersão dos direitos de voto dos demais titulares, observando-se que:

(i) quanto mais direitos de voto o investidor detenha, maior é a probabilidade de que o investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;

(ii) quanto mais direitos de voto o investidor detenha em relação aos demais titulares de direitos de voto, maior é a probabilidade de que o investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;

171Grupo Modelo | EY

(iii) quanto maior o número de partes que precisariam agir em conjunto para superar o investidor em número de votos, maior é a probabilidade de que o investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;

(b) direitos de voto potenciais detidos pelo investidor, outros titulares de direitos de voto ou outras partes (vide itens B47 a B50);

(c) direitos decorrentes de outros acordos contratuais (vide item B40); e

(d) quaisquer fatos e circunstâncias adicionais que indiquem que o investidor possui ou não possui a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes no momento em que decisões precisem ser tomadas, incluindo padrões de votação em assembleias de acionistas anteriores.

CPC 45.17 A entidade deve divulgar quaisquer intenções atuais de fornecer suporte financeiro, ou outro tipo de suporte, a uma entidade estruturada consolidada, incluindo intenções de auxiliar a entidade estruturada a obter suporte financeiro.

CPC 45.7A A entidade deve divulgar informações sobre julgamentos e premissas significativos que fez (e mudanças a esses julgamentos e premissas) ao determinar:

(a) que tem o controle de outra entidade, ou seja, uma investida, conforme descrito nos itens 5 e 6 do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas;

(b) que possui o controle conjunto de negócio ou influência significativa sobre outra entidade; e

(c) o tipo de negócio em conjunto (ou seja, operação em conjunto (joint operation) ou empreendimento controlado em conjunto (joint venture)) quando o negócio tiver sido estruturado por meio de veículo separado.

CPC 45.8 Os julgamentos e premissas significativos divulgados de acordo com o item 7 incluem aqueles adotados pela entidade quando as mudanças nos fatos e circunstâncias são tais que a conclusão sobre se ela tem controle, controle conjunto ou influência significativa se modifica durante o período de reporte.

CPC 45.9 Para dar cumprimento ao item 7, a entidade deve divulgar, por exemplo, julgamentos e premissas significativos adotados ao determinar se:

(a) ela não controla outra entidade, mesmo que detenha mais do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(b) ela controla outra entidade, mesmo que detenha menos do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(c) ela é agente ou principal (vide itens 58 a 72 do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas);

(d) ela não tem influência significativa, mesmo que detenha 20% ou mais dos direitos de voto de outra entidade;

(e) ela tem influência significativa, mesmo que detenha menos de 20% dos direitos de voto de outra entidade.”

ImpostosCPC 32.88 A entidade deve divulgar quaisquer passivos contingentes e ativos contingentes relacionados

a tributo de acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Os passivos e os ativos contingentes podem surgir, por exemplo, de disputas não resolvidas com autoridades tributárias. Similarmente, quando as alterações nas alíquotas e leis fiscais são aprovadas ou anunciadas após período que está sendo reportado, a entidade divulga quaisquer efeitos significativos daquelas alterações em seus ativos e passivos fiscais correntes e diferidos (ver a NBC TG 24 – Evento Subsequente).

4. Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores

CPC 03 (R2). A entidade deve divulgar, no total, com respeito tanto à obtenção quanto à perda do controle de40 (a), (b), controladas ou outros negócios que ocorreram durante o período, cada um dos seguintes itens:

(c), (d) (a) o montante total pago para obtenção do controle ou o montante total recebido na perda do controle;

(b) a parcela do montante total de compra ou de venda paga ou recebida em caixa e em equivalentes de caixa;

172 Grupo Modelo | EY

(c) o saldo de caixa e equivalentes de caixa das controladas ou outros negócios sobre os quais o controle foi obtido ou perdido; e

(d) o valor dos ativos e passivos (exceto caixa e equivalentes de caixa) das controladas e outros negócios sobre os quais o controle foi obtido ou perdido, resumido pelas principais classificações.”

CPC 15.56(a) Após o reconhecimento inicial e até que o passivo seja liquidado, cancelado ou extinto, o adquirente deve mensurar qualquer passivo contingente reconhecido em combinação de negócios pelo maior valor entre:

(a) o montante pelo qual esse passivo seria reconhecido pelo disposto no Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

CPC 15.58 (b)(i) (b) a contraprestação contingente, classificada como ativo ou passivo, que:

(i) for instrumento financeiro e estiver dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração deve ser mensurada ao valor justo, sendo qualquer ganho ou perda resultante reconhecido no resultado do período ou em outros resultados abrangentes no patrimônio líquido, de acordo com o citado pronunciamento.

CPC 15.59 O adquirente deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a natureza e os efeitos financeiros de combinação de negócios que ocorra:

(a) durante o período de reporte corrente; ou

(b) após o final do período de reporte, mas antes de autorizada a emissão das demonstrações contábeis.

CPC 15.B64 Para cumprir os objetivos do item 59, o adquirente deve divulgar as informações abaixo para(a) a (d) cada combinação realizada durante o período de reporte:

(a) o nome e a descrição da adquirida;

(b) a data da aquisição;

(c) o percentual votante adquirido, bem como o percentual de participação total adquirido;

(d) os principais motivos da combinação de negócios e, também, a descrição de como o controle da adquirida foi obtido pelo adquirente;

CPC 15.B64(e) (e) uma descrição qualitativa dos fatores que compõem o ágio por rentabilidade futura (goodwill) reconhecido, tal como sinergias esperadas pela combinação das operações da adquirida com as do adquirente, ativos intangíveis que não se qualificam para reconhecimento em separado e outros fatores;

CPC 15.B64 (f) o valor justo, na data da aquisição, da contraprestação transferida total, bem como dos tipos(f)(i, ii, iii e iv) mais relevantes de contraprestação, tais como:

(i) caixa;

(ii) outros ativos tangíveis ou intangíveis, inclusive um negócio ou controlada do adquirente;

(iii) passivos incorridos, por exemplo, como um passivo por contraprestação contingente, por exemplo; e

(iv) participações societárias do adquirente, inclusive o número de ações ou instrumentos emitidos ou que se pode emitir, e o método de determinação do valor justo dessas ações e instrumentos;

CPC 15.B64(h) (h) para os recebíveis adquiridos:

(i) o valor justo dos recebíveis;

(ii) o valor contratual bruto dos recebíveis; e

(iii) a melhor estimativa, na data da aquisição, dos fluxos de caixa contratuais para os quais se tem expectativa de perdas por não realização.

As divulgações devem ser procedidas para as principais classes de recebíveis, como empréstimo, arrendamento mercantis financeiros, diretos e quaisquer outras classes de recebíveis.

CPC 15.B64(i) (i) montante reconhecidos, na data da aquisição, para cada uma das principais classes de ativos adquiridos e passivos assumidos (por classe);

CPC 15.B64(j) (j) para cada passivo contingente reconhecido de acordo com o item 23, a informação exigida pelo item 85 do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e

173Grupo Modelo | EY

Ativos Contingentes. Quando um passivo contingente não tiver sido reconhecido porque não foi possível determinar o seu valor justo com confiabilidade, o adquirente deve divulgar:

CPC 15.B64(k) (k) o valor total do ágio por rentabilidade futura (goodwill) que se espera que seja dedutível para fins fiscais;

CPC 15.B64 (m) A divulgação das operações reconhecidas separadamente exigida pela alínea (l) deve incluir o valor dos custos de operação e, separadamente, o valor da parte desses custos de operação que foram reconhecidos como despesa, bem como a linha do item (ou itens) da demonstração do resultado abrangente em que tais despesas estão contabilizadas. Devem ser divulgados, também, o valor dos custos de emissão de títulos não reconhecidos como despesa e a informação de como foram reconhecidos;

CPC 15.B64 (o) para todas as combinações de negócios em que o adquirente, na data da combinação, possuir(o)(i,ii) menos do que 100% de participação societária da adquirida:

(i) o valor da participação de não controladores na adquirida, reconhecido na data da aquisição, e as bases de mensuração desse valor; e

(ii) para cada participação de não controladores mensurada ao valor justo, as técnicas de avaliação e os principais dados de entrada dos modelos utilizados na determinação desse valor justo;

CPC 15.B64 (i) os valores das receitas e do resultado do período da adquirida a partir da data da(q)(i e ii) aquisição que foram incluídos na demonstração consolidada do resultado abrangente do

período de reporte; e

(ii) as receitas e os resultados do período da entidade combinada para o período de reporte corrente, como se a data da aquisição (para todas as combinações ocorridas durante o ano) fosse o início do período de reporte anual.

CPC 15.67 Para combinações de negócios cuja data de aquisição antecede a data de início de vigência deste pronunciamento, o adquirente deve cumprir prospectivamente as exigências que constam do item 68 do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro. Isso significa que o adquirente não deve ajustar a contabilização de combinações de negócios anteriores por conta de alterações nos tributos diferidos sobre o lucro reconhecido no ativo. Contudo, a partir da data em que este pronunciamento for aplicável, o adquirente deve reconhecer como ajuste no resultado do período (ou se o Pronunciamento CPC 32 exigir, fora do resultado do período) as alterações nos tributos diferidos sobre o lucro reconhecidos no ativo.

5. Participação em joint ventureCPC 45.B12 Para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) e coligada que seja material

para a entidade que reporta a informação, devem ser divulgados:

(a) dividendos ou distribuição de lucros recebidos do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada;

(b) informações financeiras resumidas para o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou para a coligada (vide itens B14 e B15), incluindo, entre outras:

(i) ativos circulantes;

(ii) ativos não circulantes;

(iii) passivos circulantes;

(iv) passivos não circulantes;

(v) receitas;

(vi) lucros e prejuízos de operações em continuidade;

(vii) lucros e prejuízos após impostos de operações descontinuadas;

(viii) outros resultados abrangentes;

(ix) resultado abrangente total.

CPC 45.B13 Além das informações financeiras resumidas exigidas pelo item B12, a entidade deve divulgar, para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que seja material para a entidade que reporta a informação, o que segue:

174 Grupo Modelo | EY

(a) caixa e equivalentes de caixa incluídos no item B12(b)(i);

(b) passivos financeiros circulantes (excluindo contas a pagar a fornecedores e outras e provisões) incluídos no item B12(b)(iii);

(c) passivos financeiros não circulantes (excluindo contas a pagar a fornecedores e outras e provisões) incluídos no item B12(b)(iv);

(d) depreciação e amortização;

(e) receita de juros;

(f) despesa de juros;

(g) despesa ou receita de imposto sobre a renda.

CPC 45.B14 As informações financeiras resumidas, apresentadas de acordo com os itens B12 e B13, devem ser os valores incluídos nas demonstrações contábeis, elaboradas em conformidade com os pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC, do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada (e não a parcela da entidade sobre esses valores). Se a entidade contabilizar sua participação no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada usando o método da equivalência patrimonial:

(a) os valores incluídos nas demonstrações contábeis, elaboradas em conformidade com os pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC, do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada devem ser ajustados para refletir ajustes feitos pela entidade ao utilizar o método da equivalência patrimonial, como, por exemplo, ajustes ao valor justo feitos por ocasião da aquisição e ajustes para refletir diferenças nas políticas contábeis;

(b) a entidade deve fornecer uma conciliação das informações financeiras resumidas apresentadas com o valor contábil de sua participação no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada.

CPC 45.B18, B18. A entidade deve divulgar o total de compromissos assumidos, mas não reconhecidos na dataB19 de reporte (incluindo sua parcela de compromissos assumidos em conjunto com outros

investidores que tenham o controle conjunto de empreendimento controlado em conjunto (joint venture)), em relação às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). Compromissos são aqueles que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos.

B19. Compromissos não reconhecidos que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos incluem:

(a) compromissos não reconhecidos de fornecer recursos financeiros (funding) ou recursos como resultado de, por exemplo:

(i) constituição ou contratos de aquisição de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) (que, por exemplo, exijam que a entidade aporte recursos ao longo de um período específico);

(ii) projetos intensivos em capital conduzidos por empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(iii) obrigações de compra incondicionais, que compreendam a aquisição de equipamentos, estoques ou serviços que a entidade esteja comprometida a adquirir de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em nome dele;

(iv) compromissos não reconhecidos de conceder empréstimos ou outro suporte financeiro a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(v) compromissos não reconhecidos de aportar recursos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture), como, por exemplo, ativos ou serviços;

(vi) outros compromissos não reconhecidos e não canceláveis relativos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(b) compromissos não reconhecidos de adquirir a participação de outra parte (ou parcela dessa participação) em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) se evento específico ocorrer ou não ocorrer no futuro.

CPC 45.20 A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações contábeis avaliar:

(a) a natureza, a extensão e os efeitos financeiros de suas participações em negócios em conjunto e em coligadas, incluindo a natureza e os efeitos de sua relação contratual com

175Grupo Modelo | EY

os demais investidores que têm o controle conjunto, ou influência significativa, sobre os negócios em conjunto e sobre coligadas (vide itens 21 e 22); e

(b) a natureza dos riscos associados às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em coligadas e as mudanças nesses riscos (vide item 23).

CPC 45.21 A entidade deve divulgar:

(a) para cada negócio em conjunto e coligada que seja material para a entidade que reporta a informação:

(i) o nome do negócio em conjunto ou coligada;

(ii) a natureza da relação da entidade com o negócio em conjunto ou com a coligada (descrevendo, por exemplo, a natureza das atividades do negócio em conjunto ou da coligada e se elas são estratégicas para as atividades da entidade);

(iii) a sede (e o país de constituição, se aplicável e se diferente do da sede) do negócio em conjunto ou da coligada;

(iv) a proporção de participações societárias detidas pela entidade ou participações detidas por outros meios (participating share) (acordos contratuais, por exemplo) e, se diferente, a proporção de direitos de voto detidos (se aplicável);

(b) para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) e coligada que seja material para a entidade que reporta a informação:

(i) se o investimento no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada é mensurado usando-se o método da equivalência patrimonial ou o valor justo;

(ii) informações financeiras resumidas sobre o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre a coligada, conforme especificado nos itens B12 e B13;

(iii) se o investimento em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em coligada for contabilizado usando-se o método da equivalência patrimonial, o valor justo de seu investimento no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada, se houver preço de mercado cotado para o investimento;

(c) informações financeiras, conforme especificado no item B16, sobre os investimentos da entidade em empreendimentos em conjunto (joint ventures) e em coligadas que não sejam individualmente materiais:

(i) de modo agregado para todos os empreendimentos controlados em conjunto (joint venture) que sejam individualmente imateriais e separadamente;

(ii) de modo agregado para todas as coligadas que sejam individualmente imateriais.

CPC 45.22 A entidade estruturada frequentemente possui algumas ou todas as características ou atributos seguintes:

(a) atividades restritas;

(b) objeto social restrito e bem definido, como, por exemplo, efetuar arrendamento eficiente em termos fiscais, conduzir atividades de pesquisa e desenvolvimento, oferecer fonte de capital ou de financiamento a uma entidade ou oferecer oportunidades de investimento a investidores pela transferência aos investidores dos riscos e benefícios associados aos ativos da entidade estruturada;

(c) patrimônio insuficiente para permitir que a entidade estruturada financie suas atividades sem suporte financeiro subordinado;

(d) financiamento na forma de múltiplos instrumentos contratualmente vinculados a investidores que criam concentrações de riscos de crédito ou outros riscos (tranches).

CPC 45.23 Exemplos de entidades que são consideradas como entidades estruturadas incluem, entre outros:

(a) veículos de securitização;

(b) financiamentos lastreados em ativos (asset-backed);

(c) alguns fundos de investimento.

6. Investimento em coligadaCPC 45.20 A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações

contábeis avaliar:

(a) a natureza, a extensão e os efeitos financeiros de suas participações em negócios em conjunto e em coligadas, incluindo a natureza e os efeitos de sua relação contratual com os

176 Grupo Modelo | EY

demais investidores que têm o controle conjunto, ou influência significativa, sobre os negócios em conjunto e sobre coligadas (vide itens 21 e 22); e

(b) a natureza dos riscos associados às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em coligadas e as mudanças nesses riscos (vide item 23).

CPC 45.22 A entidade estruturada frequentemente possui algumas ou todas as características ou atributos seguintes:

(a) atividades restritas;

(b) objeto social restrito e bem definido, como, por exemplo, efetuar arrendamento eficiente em termos fiscais, conduzir atividades de pesquisa e desenvolvimento, oferecer fonte de capital ou de financiamento a uma entidade ou oferecer oportunidades de investimento a investidores pela transferência aos investidores dos riscos e benefícios associados aos ativos da entidade estruturada;

(c) patrimônio insuficiente para permitir que a entidade estruturada financie suas atividades sem suporte financeiro subordinado;

(d) financiamento na forma de múltiplos instrumentos contratualmente vinculados a investidores que criam concentrações de riscos de crédito ou outros riscos (tranches).

CPC 45.23 Exemplos de entidades que são consideradas como entidades estruturadas incluem, entre outros:

(a) veículos de securitização;

(b) financiamentos lastreados em ativos (asset-backed);

(c) alguns fundos de investimento.

7. Participações significativas de não controladoresCPC 45.10 A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações

consolidadas:

(a) compreender:

(i) a composição do grupo econômico; e

(ii) a participação de sócios não controladores nas atividades e fluxos de caixa do grupo econômico (vide item 12); e

(b) avaliar:

(i) a natureza e a extensão de restrições significativas sobre sua capacidade de acessar ou usar ativos e liquidar passivos do grupo (vide item 13);

(ii) a natureza dos riscos associados às suas participações em entidades estruturadas consolidadas e mudanças nesses riscos (vide itens 14 a 17);

(ii) os efeitos de mudanças em sua participação societária em controlada que não resultam em perda de controle (vide item 18); e

(iv) os efeitos da perda de controle de controlada durante o período de reporte (vide item 19).

CPC 45.12 A entidade deve divulgar para cada uma de suas controladas em que haja participação de não controladores que sejam materiais para a entidade que reporta:

(a) o nome da controlada;

(b) a sede (e o país de constituição, se diferente do da sede) da controlada;

(c) a proporção de participações societárias detidas por sócios não controladores;

(d) a proporção de direitos de voto detidos por sócios não controladores, se diferente da proporção de participações societárias detidas;

(e) os lucros e os prejuízos alocados à participação de não controladores da controlada durante o período de reporte;

(f) participação de não controladores acumulada da controlada ao final do período de reporte;

(g) informações financeiras resumidas sobre a controlada (vide item B10).

CPC 45.B10 Para cada controlada que tenha participação de não controladores que sejam materiais para a entidade que reporta a informação, devem ser divulgados:

(a) dividendos ou lucros pagos a sócios não controladores;

177Grupo Modelo | EY

(b) informações financeiras resumidas sobre os ativos, passivos, lucros, prejuízos e fluxos de caixa da controlada que permitam aos usuários compreender as participações de não controladores nas atividades e fluxos de caixa do grupo. Essas informações podem incluir, por exemplo, entre outras, ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante, passivo não circulante, receita, lucros, prejuízos e resultado abrangente total.

CPC 45.B11 As informações financeiras resumidas exigidas pelo item B10(b) devem ser os valores antes das eliminações entre empresas.

8. Informações por segmentoCPC 22.22 A entidade deve divulgar as seguintes informações gerais: (a), (b)

(a) os fatores utilizados para identificar os segmentos divulgáveis da entidade, incluindo a base da organização (por exemplo, se a administração optou por organizar a entidade em torno das diferenças entre produtos e serviços, áreas geográficas, ambiente regulatório, ou combinação de fatores, e se os segmentos operacionais foram agregados); e

(b) tipos de produtos e serviços a partir dos quais cada segmento divulgável obtém suas receitas.

CPC 22.23 A entidade deve divulgar o valor do lucro ou prejuízo e do ativo total de cada segmento divulgável. A entidade deve divulgar o valor do passivo para cada segmento divulgável se esse valor for apresentado regularmente ao principal gestor das operações. A entidade deve divulgar também as seguintes informações sobre cada segmento se os montantes especificados estiverem incluídos no valor do lucro ou prejuízo do segmento revisado pelo principal gestor das operações, ou for regularmente apresentado a este, ainda que não incluído no valor do lucro ou prejuízo do segmento:

(a) receitas provenientes de clientes externos;

(b) receitas de transações com outros segmentos operacionais da mesma entidade;

(c) receitas financeiras;

(d) despesas financeiras;

(e) depreciações e amortizações;

(f) itens materiais de receita e despesa divulgados de acordo com o item 97 do Pronunciamento Técnico CPC26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis;

(g) participação da entidade nos lucros ou prejuízos de coligadas e de empreendimentos sob controle conjunto (joint ventures) contabilizados de acordo com o método da equivalência patrimonial;

(h) despesa ou receita com imposto de renda e contribuição social; e

(i) itens não caixa considerados materiais, exceto depreciações e amortizações.

CPC 22.24 A entidade deve divulgar as receitas financeiras separadamente das despesas financeiras para cada segmento divulgável, salvo se a maioria das receitas do segmento seja proveniente de juros e o principal gestor das operações se basear principalmente nas receitas financeiras líquidas para avaliar o desempenho do segmento e tomar decisões sobre os recursos a serem alocados ao segmento. Nessa situação, a entidade pode divulgar essas receitas financeiras líquidas separadamente de suas despesas financeiras em relação ao segmento e divulgar que ela tenha feito desse modo.

A entidade deve divulgar as seguintes informações sobre cada segmento divulgável se os montantes especificados estiverem incluídos no valor do ativo do segmento revisado pelo principal gestor das operações ou forem apresentados regularmente a este, ainda que não incluídos nesse valor de ativos dos segmentos:

(a) o montante do investimento em coligadas e empreendimentos conjuntos (joint ventures) contabilizado pelo método da equivalência patrimonial;

(b) o montante de acréscimos ao ativo não circulante, exceto instrumentos financeiros, imposto de renda e contribuição social diferidos ativos, ativos de benefícios pós-emprego (ver Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados, itens de 54 a 58) e direitos provenientes de contratos de seguro.

CPC 22.27 A entidade deve apresentar explicação das mensurações do lucro ou do prejuízo, dos ativos e dos passivos do segmento para cada segmento divulgável. A entidade deve divulgar, no mínimo, os seguintes elementos:

178 Grupo Modelo | EY

(a) a base de contabilização para quaisquer transações entre os segmentos divulgáveis;

(b) a natureza de quaisquer diferenças entre as mensurações do lucro ou do prejuízo dos segmentos divulgáveis e o lucro ou o prejuízo da entidade antes das despesas (receitas) de imposto de renda e contribuição social e das operações descontinuadas (se não decorrerem das conciliações descritas no item 28). Essas diferenças podem decorrer das políticas contábeis e das políticas de alocação de custos comuns incorridos, que são necessárias para a compreensão da informação por segmentos divulgados;

(c) a natureza de quaisquer diferenças entre as mensurações dos ativos dos segmentos divulgáveis e dos ativos da entidade (se não decorrer das conciliações descritas no item 28). Essas diferenças podem incluir as decorrentes das políticas contábeis e das políticas de alocação de ativos utilizados conjuntamente, necessárias para a compreensão da informação por segmentos divulgados;

(d) a natureza de quaisquer diferenças entre as mensurações dos passivos dos segmentos divulgáveis e dos passivos da entidade (se não decorrer das conciliações descritas no item 28). Essas diferenças podem incluir as decorrentes das políticas contábeis e das políticas de alocação de passivos utilizados conjuntamente, necessárias para a compreensão da informação por segmentos divulgados;

(e) a natureza de quaisquer alterações em períodos anteriores, nos métodos de mensuração utilizados para determinar o lucro ou o prejuízo do segmento divulgado e o eventual efeito dessas alterações na avaliação do lucro ou do prejuízo do segmento;

(f) a natureza e o efeito de quaisquer alocações assimétricas a segmentos divulgáveis. Por exemplo, a entidade pode alocar despesas de depreciação a um segmento sem lhe alocar os correspondentes ativos depreciáveis.

CPC 22.28 A entidade deve fornecer conciliações dos seguintes elementos:

(a) o total das receitas dos segmentos divulgáveis com as receitas da entidade;

(b) o total dos valores de lucro ou prejuízo dos segmentos divulgáveis com o lucro ou o prejuízo da entidade antes das despesas (receitas) de imposto de renda e contribuição social e das operações descontinuadas. No entanto, se a entidade alocar a segmentos divulgáveis itens como despesa de imposto de renda e contribuição social, a entidade pode conciliar o total dos valores de lucro ou prejuízo dos segmentos com o lucro ou o prejuízo da entidade depois daqueles itens;

(c) o total dos ativos dos segmentos divulgáveis com os ativos da entidade;

(d) o total dos passivos dos segmentos divulgáveis com os passivos da entidade, se os passivos dos segmentos forem divulgados de acordo com o item 23;

(e) o total dos montantes de quaisquer outros itens materiais das informações evidenciadas dos segmentos divulgáveis com os correspondentes montantes da entidade.

Todos os itens de conciliação materiais devem ser identificados e descritos separadamente. Por exemplo, o montante de cada ajuste significativo necessário para conciliar lucros ou prejuízos do segmento divulgável com o lucro ou o prejuízo da entidade, decorrente de diferentes políticas contábeis, deve ser identificado e descrito separadamente.

CPC 22.33(a) 33. A entidade deve evidenciar as seguintes informações geográficas, salvo se as informações necessárias não se encontrarem disponíveis e o custo da sua elaboração for excessivo:

(a) receitas provenientes de clientes externos:

(i) atribuídos ao país-sede da entidade; e

(ii) atribuídos a todos os países estrangeiros de onde a entidade obtém receitas. Se as receitas provenientes de clientes externos atribuídas a determinado país estrangeiro forem materiais, devem ser divulgadas separadamente. A entidade deve divulgar a base de atribuição das receitas provenientes de clientes externos aos diferentes países.

CPC 22.33(b) A entidade deve evidenciar as seguintes informações geográficas, salvo se as informações necessárias não se encontrarem disponíveis e o custo da sua elaboração for excessivo:

(b) ativo não circulante, exceto instrumentos financeiros e imposto de renda e contribuição social diferidos ativos, benefícios de pós-emprego e direitos provenientes de contratos de seguro:

179Grupo Modelo | EY

(i) localizados no país-sede da entidade; e

(ii) localizados em todos os países estrangeiros em que a entidade mantém ativos. Se os ativos em determinado país estrangeiro forem materiais, devem ser divulgados separadamente.

CPC 22.34 A entidade deve fornecer informações sobre seu grau de dependência de seus principais clientes. Se as receitas provenientes das transações com um único cliente externo representarem 10% ou mais das receitas totais da entidade, esta deve divulgar tal fato, bem como o montante total das receitas provenientes de cada um desses clientes e a identidade do segmento ou dos segmentos em que as receitas são divulgadas. A entidade não está obrigada a divulgar a identidade de grande cliente nem o montante divulgado de receitas provenientes desse cliente em cada segmento. Para fins deste pronunciamento, um conjunto de entidades que a entidade divulgadora sabe que está sob controle comum deve ser considerado um único cliente, assim como o governo (nacional, estadual, provincial, territorial, local ou estrangeiro) e as entidades que a entidade divulgadora sabe que estão sob controle comum desse governo devem ser considerados um único cliente.

CPC 01.129 A entidade que reporta informações por segmento de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento deve divulgar as seguintes informações para cada segmento reportado:

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido, durante o período, na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente;

(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido, durante o período, na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente.

9.2 Outras despesas operacionaisCPC 26.97 Quando os itens de receitas e despesas são relevantes, sua natureza e montantes devem ser

divulgados separadamente.

CPC 40.24 (b) A entidade deve divulgar separadamente:

(b) a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de fluxo de caixa

CPC 28.75 A entidade deve divulgar:(f)(ii)

(f) as quantias reconhecidas no resultado para:

(ii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção) provenientes de propriedades para investimento que tenham gerado rendas durante o período.

9.3 Despesas financeirasCPC 25.60 Quando for utilizado o desconto a valor presente, o valor contábil da provisão aumenta a cada

período para refletir a passagem do tempo. Esse aumento deve ser reconhecido como despesa financeira.

CPC 40.20 A entidade deve divulgar os seguintes itens de receita, despesa, ganho e perda, quer na(a), (b) e (e) demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado ou nas notas explicativas:

(a) ganhos líquidos ou perdas líquidas em:

(i) ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros designados como tais no reconhecimento inicial, e aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros que são classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(ii) ativos financeiros disponíveis para venda, mostrando separadamente a quantia de ganho ou perda reconhecida como outros resultados abrangentes durante o período e a quantia reclassificada de outros resultados abrangentes para a demonstração do resultado do período;

(iii) investimentos mantidos até o vencimento;

(iv) empréstimos e recebíveis; e

180 Grupo Modelo | EY

(v) passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado;

(b) receita e despesa totais de juros (calculados utilizando-se o método da taxa efetiva de juros) para os ativos ou passivos financeiros que não estejam como valor justo por meio do resultado;

(e) o montante da perda no valor recuperável para cada classe de ativo financeiro.

9.4 Receitas financeirasCPC 26.85 Outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na demonstração do

resultado abrangente e na demonstração do resultado do período quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da entidade.

CPC 40.20 A entidade deve divulgar os seguintes itens de receita, despesa, ganho e perda, quer (a)(i), (b) na demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado ou nas notas

explicativas:

(a) ganhos líquidos ou perdas líquidas em:

(i) ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros designados como tais no reconhecimento inicial, e aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros que são classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) receita e despesa totais de juros (calculados utilizando-se o método da taxa efetiva de juros) para os ativos ou passivos financeiros que não estejam como valor justo por meio do resultado.

9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos na demonstração consolidada do resultado

CPC 26.104 As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas com benefícios aos empregados.

CPC 04.118(d) A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída;

CPC 02.52(a) A entidade deve divulgar:

(a) o montante das variações cambiais reconhecidas na demonstração do resultado, com exceção daquelas originadas de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 ―– Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e a Orientação OCPC 03 ―– Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação.

CPC 1.126(a) A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

(a) o valor das perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado durante o período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas perdas por desvalorizações foram incluídas.

CPC 6.35(c) Os arrendatários, além de cumprir os requisitos de Divulgação e Apresentação de Instrumentos Financeiros, devem fazer as seguintes divulgações relativas aos arrendamentos mercantis operacionais:

(b) pagamentos de arrendamento mercantil e de subarrendamento mercantil reconhecidos como despesa do período, com valores separados para pagamentos mínimos de arrendamento mercantil, pagamentos contingentes e pagamentos de subarrendamento mercantil.

CPC 16.36(d) As demonstrações contábeis devem divulgar:

(d) o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período.

9.6 Despesas com benefícios a empregados

181Grupo Modelo | EY

CPC 26.104 As entidades que classifiquem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas com benefícios aos empregados.

CPC 10.51 (a) Para tornar efetivo o princípio contido no item 50, a entidade deve divulgar no mínimo o que segue:

(a) o total da despesa reconhecida no período decorrente de transações com pagamento baseado em ações por meio das quais os produtos ou os serviços recebidos não tenham sido qualificados para reconhecimento como ativos e, por isso, foram reconhecidos imediatamente como despesa, incluindo a divulgação em separado de parte do total das despesas que decorre de transações contabilizadas como transações com pagamento baseado em ações liquidadas em instrumentos patrimoniais;

9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimentoCPC 4.126 A entidade deve divulgar o total de gastos com pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como

despesas no período.

9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido

CPC 26.90 A entidade deve divulgar o montante do efeito tributário relativo a cada componente dos outros resultados abrangentes, incluindo os ajustes de reclassificação na demonstração do resultado abrangente ou nas notas explicativas.

CPC 26.91 Os componentes dos outros resultados abrangentes podem ser apresentados:

(a) líquidos dos seus respectivos efeitos tributários; ou

(b) antes dos seus respectivos efeitos tributários, sendo apresentado em montante único o efeito tributário total relativo a esses componentes.

CPC 26.92

A entidade deve divulgar ajustes de reclassificação relativos a componentes dos outros resultados abrangentes.

CPC 40.23 Para hedges de fluxo de caixa, a entidade deve divulgar:

(a) os períodos em que se espera que o fluxo de caixa irá ocorrer e quando se espera que eles afetarão o resultado;

(b) uma descrição de qualquer operação prevista em que foi utilizada a contabilidade de hedge, mas que já não se espera que ocorra;

(c) o montante que tenha sido reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;

(d) a quantia que tenha sido reclassificada do patrimônio líquido para o resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da demonstração do resultado abrangente; e

(e) o montante que tenha sido removido do patrimônio líquido durante o período e incluído no custo inicial ou outro valor contábil de ativo não financeiro ou passivo não financeiro cuja aquisição ou incorrência tenha sido um hedge de operação prevista e altamente provável.

10. Imposto sobre o lucroCPC 32.79 Os principais componentes da despesa (receita) tributária devem ser divulgados separadamente.

CPC 32.80 Os componentes da despesa (receita) tributária podem incluir:(a), (b) e (c)

(a) despesa (receita) tributária corrente;

(b) quaisquer ajustes reconhecidos no período para o tributo corrente de períodos anteriores;

(c) valor da despesa (receita) com tributo diferido relacionado com a origem e a reversão de diferenças temporárias.

CPC 32.81(a) O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(a) tributos diferido e corrente somados relacionados com os itens que são debitados ou creditados diretamente no patrimônio líquido (ver item 62A).

CPC 32.81 O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(c)(i) (c) explicação do relacionamento entre a despesa (receita) tributária e o lucro contábil em uma

182 Grupo Modelo | EY

ou em ambas as seguintes formas:

(i) conciliação numérica entre despesa (receita) tributária e o produto do lucro contábil multiplicado pelas alíquotas aplicáveis de tributos, evidenciando também as bases sobre as quais as alíquotas aplicáveis de tributos estão sendo computadas.

CPC 32.81(e) O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(e) valor (e a data de expiração, se houver) das diferenças temporárias dedutíveis, prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados para os quais nenhum ativo fiscal diferido está sendo reconhecido no balanço patrimonial.

CPC 32.81(f) O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(f) valor total das diferenças temporárias associadas com investimento em controladas, filiais e coligadas e participações em empreendimentos sob controle conjunto (joint ventures), em relação às quais os passivos fiscais diferidos não foram reconhecidos (ver item 39).

CPC 32.81 O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:(g)(i)(ii)

(g) com relação a cada tipo de diferença temporária e a cada tipo de prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados:

(i) valor dos ativos e passivos fiscais diferidos reconhecidos no balanço patrimonial para cada período apresentado;

(ii) valor da receita ou despesa fiscal diferida reconhecida no resultado, se esta não é evidente a partir das alterações nos valores reconhecidos no balanço.

CPC 32.82(a) A entidade deve divulgar o valor do ativo fiscal diferido e a natureza da evidência que comprova o seu reconhecimento, quando:

(a) a utilização do ativo fiscal diferido depende de lucros futuros tributáveis superiores aos lucros advindos da reversão de diferenças temporárias tributáveis existentes.

CPC 32.87 Frequentemente é impraticável computar o valor de passivos fiscais diferidos não reconhecidos advindos de investimento em controladas, filiais e coligadas e interesses em empreendimentos sob controle conjunto (ver item 39). Portanto, este pronunciamento exige que a entidade divulgue o valor total de diferenças temporárias subjacentes, mas não exige a divulgação de passivos fiscais diferidos. Entretanto, onde praticável, as entidades são encorajadas a divulgar os valores dos passivos fiscais diferidos não reconhecidos, porque os usuários da demonstração contábil podem considerar tais informações úteis.

11. Operação descontinuadaCPC 41.68 A companhia que reportar operação descontinuada deve divulgar os resultados por ação básicos

e diluídos relativamente à operação descontinuada, seja na própria demonstração do resultado ou em notas explicativas.

CPC 01.124 A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente.

CPC 31.33 (a) A entidade deve evidenciar:

(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:

(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e

(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos(s) mantidos para venda que constituam a operação descontinuada.

CPC 31.30 A entidade deve apresentar e divulgar informação que permita aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem os efeitos financeiros das operações descontinuadas e das baixas de ativos não circulantes mantidos para venda.

CPC 31.33 (b)(i) A entidade deve evidenciar:

(b) análise da quantia única referida na alínea (a) com:

(i) as receitas, as despesas e o resultado antes dos tributos das operações descontinuadas. CPC 31.33(c) A entidade deve evidenciar:

183Grupo Modelo | EY

(c) os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinuadas. Essas evidenciações podem ser apresentadas nas notas explicativas ou nos quadros das demonstrações contábeis. Essas evidenciações não são exigidas para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11).

CPC 31.38 A entidade deve apresentar o ativo não circulante classificado como mantido para venda separadamente dos outros ativos no balanço patrimonial. Os passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem ser apresentados separadamente dos outros passivos no balanço patrimonial. Esses ativos e passivos não devem ser compensados nem apresentados em um único montante. As principais classes de ativos e passivos classificados como mantidos para venda devem ser divulgadas separadamente no balanço patrimonial ou nas notas explicativas, exceto conforme permitido pelo item 39. A entidade deve apresentar separadamente qualquer receita ou despesa acumulada reconhecida diretamente no patrimônio líquido (outros resultados abrangentes) relacionada a um ativo não circulante ou a um grupo de ativos classificado como mantido para venda.

CPC 31.40 A entidade não deve reclassificar ou reapresentar montantes divulgados de ativos não circulantes ou de ativos e passivos de grupos de ativos classificados como mantidos para venda nos balanços de períodos anteriores para refletir a classificação no balanço do último período apresentado.

CPC 31.41 A entidade deve divulgar a seguinte informação nas notas explicativas do período em que o ativo não circulante tenha sido classificado como mantido para venda ou vendido:

(a) descrição do ativo (ou grupo de ativos) não circulante;

(b) descrição dos fatos e das circunstâncias da venda, ou que conduziram à alienação esperada, forma e cronograma esperados para essa alienação;

(c) ganho ou perda reconhecido(a) de acordo com os itens 20 a 22 e, se não for apresentado(a) separadamente na demonstração do resultado, a linha na demonstração do resultado que inclui esse ganho ou perda;

(d) se aplicável, segmento em que o ativo não circulante ou o grupo de ativos mantido para venda está apresentado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento.

12. Lucro por açãoCPC 41.70-73A A companhia deve divulgar o seguinte:

(a) os valores usados como numeradores no cálculo dos resultados por ação básicos e diluídos, além da conciliação desses valores com o lucro ou o prejuízo atribuível à companhia para o período em questão. A conciliação deve incluir o efeito individual de cada classe de instrumentos que afeta os resultados por ação;

(b) o número médio ponderado de ações ordinárias usado como denominador no cálculo dos resultados por ação básicos e diluídos e a conciliação desses denominadores uns com os outros. A conciliação deve incluir o efeito individual de cada classe de instrumentos que afeta o resultado por ação;

(c) instrumentos (incluindo ações emissíveis sob condição) que poderiam potencialmente diluir os resultados por ação básicos no futuro, mas que não foram incluídos no cálculo do resultado por ação diluído, porque são antidiluidores para os períodos apresentados;

(d) descrição das transações de ações ordinárias ou das transações de ações ordinárias potenciais, que não sejam aquelas contabilizadas em conformidade com o item 64; que ocorram após a data do balanço; e que tenham alterado significativamente o número de ações ordinárias ou de ações ordinárias potenciais totais no final do período caso essas transações tivessem ocorrido antes do final do período de relatório.

O item 73 também se aplica a companhias que divulgam, além do resultado por ação básico e diluído, valores por ação usando um componente apresentado na demonstração do resultado (como descrito nos itens 81 e 82 do Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis), que não o requerido por este pronunciamento.

184 Grupo Modelo | EY

13. ImobilizadoCPC 26.78(a) O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos

pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

(a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado.

CPC 27.73 As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo imobilizado:(d) e (e)

(d) o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do período; e

(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:

(i) adições;

(ii) ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em um grupo classificados como mantidos para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e outras baixas;

(iii) aquisições por meio de combinações de negócios;

(iv) aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 31, 39 e 40 e perdas por redução ao valor recuperável de ativos reconhecidas ou revertidas diretamente no patrimônio líquido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(v) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(vi) reversão de perda por redução ao valor recuperável de ativos, apropriada no resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(vii) depreciações;

(viii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis da moeda funcional para a moeda de apresentação, incluindo a conversão de uma operação estrangeira para a moeda de apresentação da entidade; e

(ix) outras alterações.

Custos de empréstimo capitalizadosCPC 20.26 A entidade deve divulgar:(a) e (b)

(a) o total de custos de empréstimos capitalizados durante o período; e

(b) a taxa de capitalização usada na determinação do montante dos custos de empréstimo elegível à capitalização.

Arrendamentos mercantis financeiros e ativos em construção CPC 27.74 As demonstrações contábeis também devem divulgar: (a) e (b)

(a) a existência e os valores contábeis de ativos cuja titularidade é restrita, como os ativos imobilizados formalmente ou na essência oferecidos como garantia de obrigações e os adquiridos mediante operação de leasing conforme o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil;

(b) o valor dos gastos reconhecidos no valor contábil de um item do ativo imobilizado durante a sua construção.

185Grupo Modelo | EY

14. Propriedades para investimentoCPC 28.75 A entidade deve divulgar:(d) e (e)

(d) os métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do valor justo de propriedade para investimento, incluindo declaração afirmando se a determinação do valor justo foi ou não suportada por evidências do mercado ou foi mais ponderada por outros fatores (que a entidade deve divulgar) por força da natureza da propriedade e da falta de dados de mercado comparáveis;

(e) a extensão até a qual o valor justo da propriedade para investimento (tal como mensurado ou divulgado nas demonstrações contábeis) se baseia em avaliação de avaliador independente que possua qualificação profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente no local e na categoria da propriedade para investimento que está sendo avaliada. Se não tiver havido tal avaliação, esse fato deve ser divulgado.

CPC 28.76 Além das divulgações exigidas pelo item 75, a entidade que aplique o método do valor justo dos itens 33 a 55 deve divulgar a conciliação entre os valores contábeis da propriedade para investimento no início e no fim do período, que mostre o seguinte:

(a) adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido no valor contábil do ativo;

(b) adições que resultem de aquisições por intermédio de combinação de negócios;

(c) ativos classificados como detidos para venda ou incluídos em grupo para alienação classificado como detido para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e outras alienações;

(d) ganhos ou perdas líquidos provenientes de ajustes de valor justo;

(e) diferenças cambiais líquidas resultantes da conversão das demonstrações contábeis para outra moeda de apresentação, e da conversão de unidade operacional estrangeira para a moeda de apresentação da entidade que relata;

(f) transferências para e de estoque e propriedade ocupada pelo proprietário; e

(g) outras alterações.

CPC 28.75 A entidade deve divulgar:(e), (f), (g), (h) (e) a extensão até a qual o valor justo da propriedade para investimento (tal como mensurado ou

divulgado nas demonstrações contábeis) se baseia em avaliação de avaliador independente que possua qualificação profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente no local e na categoria da propriedade para investimento que está sendo avaliada. Se não tiver havido tal avaliação, esse fato deve ser divulgado;

(f) as quantias reconhecidas no resultado para:

(i) lucros de rendas de propriedade para investimento;

(ii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção) provenientes de propriedades para investimento que tenham gerado rendas durante o período;

(iii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção) provenientes de propriedades para investimento que não tenham gerado rendas durante o período; e

(iv) a alteração cumulativa no valor justo reconhecido nos resultados com a venda de propriedade para investimento de um conjunto de ativos em que se usa o método do custo para um conjunto em que se usa o método do valor justo (ver item 32C).

(g) a existência e quantias de restrições sobre a capacidade de realização de propriedades para investimento ou a remessa de lucros e recebimentos de alienação;

(h) obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver propriedades para investimento ou para reparos, manutenção ou aumentos.

CPC 46.93 (d) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 2 e no(d), (e), (f), (h) Nível 3 da hierarquia de valor justo, a descrição das técnicas de avaliação e as informações

(inputs) utilizadas na mensuração do valor justo. Se houve mudança na técnica de avaliação (por exemplo, mudança de abordagem de mercado para abordagem de receita, ou o uso de técnica de avaliação adicional), a entidade deve divulgar essa mudança e as razões para adotá-la. Para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a entidade deve fornecer informações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados na mensuração do valor justo. A entidade não está obrigada a criar informações quantitativas para cumprir esse requisito de divulgação se dados não observáveis quantitativos não forem desenvolvidos pela entidade ao mensurar o valor justo (por exemplo,

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quando a entidade utiliza preços de transações anteriores ou informações de precificação de terceiros sem ajuste). Contudo, ao fornecer essa divulgação, a entidade não pode ignorar dados não observáveis quantitativos que sejam significativos para a mensuração do valor justo e que estejam disponíveis para a entidade;

(e) para mensurações de valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma conciliação dos saldos iniciais com os saldos finais, divulgando separadamente as mudanças durante o período atribuíveis ao seguinte:

(i) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos no resultado, e as rubricas no resultado nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(ii) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos em outros resultados abrangentes, e as rubricas em outros resultados abrangentes nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(iii) compras, vendas, emissões e liquidações (cada um desses tipos de mudanças divulgado separadamente);

(iv) os valores de quaisquer transferências para o (ou, do) Nível 3 da hierarquia de valor justo, as razões para essas transferências e a política da entidade para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis (vide item 95). As transferências para o Nível 3 devem ser divulgadas e discutidas separadamente das transferências do Nível 3;

(f) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, o valor dos ganhos ou perdas totais para o período em (e)(i) incluídos no resultado que sejam atribuíveis à mudança nos ganhos ou perdas não realizados relativos a esses ativos e passivos apurados ao final do período das demonstrações contábeis e as rubricas da demonstração do resultado nas quais esses ganhos ou perdas não realizados sejam reconhecidos;

(h) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo:

(i) para todas essas mensurações, uma descrição narrativa da sensibilidade da mensuração do valor justo a mudanças em dados não observáveis, se uma mudança nesses dados para um valor diferente puder resultar na mensuração do valor justo significativamente mais alta ou mais baixa. Se houver inter-relações entre esses dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração do valor justo, a entidade deve fornecer também a descrição dessas inter-relações e de como elas poderiam intensificar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração do valor justo. Para satisfazer esse requisito de divulgação, a descrição narrativa da sensibilidade a mudanças em dados não observáveis deve incluir, no mínimo, os dados não observáveis divulgados ao satisfazer o item (d);

(ii) para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mudança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir premissas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justo de forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar o efeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito de uma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmente possível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve ser avaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totais ou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

15. IntangívelCPC 4.118 A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis,(c), (d) e (e) fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(c) o valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período;

(d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída;

(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:

(i) adições, indicando separadamente as que foram geradas por desenvolvimento interno e as adquiridas, bem como as adquiridas por meio de uma combinação de negócios;

(ii) ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em grupo de ativos classificados como mantidos para venda e outras baixas;

187Grupo Modelo | EY

(iii) aumentos ou reduções durante o período, decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 75, 85 e 86 e perda por desvalorização de ativos reconhecidas ou revertidas diretamente no patrimônio líquido, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(iv) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado do período, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(v) reversão de perda por desvalorização de ativos, apropriada ao resultado do período, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(vi) qualquer amortização reconhecida no período;

(vii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis para a moeda de apresentação e de operações no exterior para a moeda de apresentação da entidade; e

(viii) outras alterações no valor contábil durante o período.

16. Outros ativos financeiros e passivos financeiros 16.1 Outros ativos financeirosCPC 40.6 Quando este pronunciamento exigir divulgação por classe de instrumento financeiro, a entidade

deve agrupar instrumentos financeiros em classes apropriadas de acordo com a natureza da informação divulgada e levando em conta as características desses instrumentos financeiros. A entidade deve fornecer informação suficiente para permitir conciliação com os itens apresentados no balanço patrimonial.

CPC 40.32A Fazer divulgações qualitativas no contexto de divulgações quantitativas permite que os usuários façam uma associação com as divulgações relacionadas e desse modo formem entendimento amplo acerca da natureza e da extensão dos riscos advindos dos instrumentos financeiros. A interação entre divulgações qualitativas e quantitativas contribui para a divulgação de informação de uma forma melhor que possibilita aos usuários avaliar a exposição de uma entidade a riscos.

CPC 40.8 O valor contábil de cada categoria a seguir, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deve ser divulgado no balanço patrimonial ou nas notas explicativas:

(a) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente (i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial e (ii) os classificados como mantidos para negociação, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) investimentos mantidos até o vencimento;

(c) empréstimos e recebíveis;

(d) ativos financeiros disponíveis para venda;

(e) passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente:

(i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial;

(ii) os classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(f) passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado.

Ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado

Investimentos disponíveis para venda - ações do capital não negociáveis CPC 38. AG74. – Se o mercado para um instrumento financeiro não estiver ativo, a entidade estabelece

o valor justo usando uma técnica de avaliação. As técnicas de avaliação incluem o uso de recentesAG74-79 transações de mercado com isenção de participação entre partes conhecedoras e dispostas a isso,

se estiverem disponíveis, referências ao valor justo corrente de outro instrumento que seja substancialmente o mesmo, análise do fluxo de caixa descontado e modelos de precificação de opção.

Se existir uma técnica de avaliação comumente usada por participantes do mercado para determinar o preço do instrumento e se ficou demonstrado que essa técnica proporciona

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estimativas confiáveis de preços obtidas em transações de mercado reais, a entidade pode usar essa técnica.

AG75. – O objetivo de usar uma técnica de avaliação é estabelecer qual teria sido o preço da transação na data de mensuração em troca entre partes independentes motivada por considerações comerciais normais. O valor justo é estimado com base nos resultados de técnica de avaliação que tire o máximo proveito dos inputs do mercado, e se baseie tão pouco quanto possível em inputs específicos da entidade. É de se esperar que uma técnica de avaliação chegue a uma estimativa realista do valor justo se (a) a técnica refletir razoavelmente a forma como se poderia esperar que o mercado precificasse o instrumento; e (b) os inputs para a técnica de avaliação representam razoavelmente as expectativas e medições do mercado relativas aos fatores de retorno e risco inerentes ao instrumento financeiro.

AG76. – Portanto, uma técnica de avaliação (a) incorpora todos os fatores que os participantes de mercado considerariam ao determinar o preço; e (b) é consistente com metodologias econômicas aceitas para determinar o preço de instrumentos financeiros. Periodicamente, a entidade calibra a técnica de avaliação e testa a sua validade usando preços de quaisquer transações de mercado correntes observáveis relativas ao mesmo instrumento (i.e., sem modificação ou reempacotamento) ou baseadas em quaisquer dados de mercado observáveis disponíveis. A entidade obtém os dados de mercado consistentemente no mesmo mercado onde o instrumento foi originado ou comprado. A melhor evidência do valor justo de instrumento financeiro no reconhecimento inicial é o preço de transação (i.e., o valor justo da retribuição dada ou recebida), a não ser que o valor justo desse instrumento seja tornado evidente por comparação com outras transações de mercado correntes observáveis relativas ao mesmo instrumento (i.e., sem modificação ou reempacotamento) ou baseadas em técnica de avaliação cujas variáveis incluem apenas dados de mercados observáveis.

AG76A. – A mensuração posterior do ativo financeiro ou do passivo financeiro e o reconhecimento posterior dos ganhos e perdas devem ser consistentes com os requisitos deste pronunciamento. A aplicação do item AG76 pode resultar no não reconhecimento de qualquer ganho ou perda no reconhecimento inicial de ativo financeiro ou passivo financeiro. Nesse caso, o Pronunciamento Técnico CPC 38 exige que o ganho ou a perda seja reconhecido após o reconhecimento inicial apenas até ao ponto em que resultar de alteração em fator (incluindo o tempo) que os participantes do mercado considerassem ao estabelecer o preço.

AG77. – A aquisição ou origem inicial de ativo financeiro ou a incorrência de passivo financeiro é uma transação de mercado que proporciona os fundamentos para estimar o valor justo do instrumento financeiro. Em particular, se o instrumento financeiro for instrumento de dívida (tal como empréstimo), o seu valor justo pode ser determinado por referência às condições de mercado que existiam na sua data de aquisição ou de origem e às condições de mercado correntes ou às taxas de juros correntemente cobradas pela entidade ou por outros por instrumentos de dívida semelhantes (i.e., vencimento restante semelhante, padrão de fluxos de caixa, moeda, risco de crédito, garantia e base de juros). Como alternativa, desde que não haja alteração no risco de crédito do devedor e nos spreads de créditos aplicáveis após a origem do instrumento de dívida, é possível derivar a estimativa da taxa de juros de mercado corrente usando a taxa de juros de referência que reflita a melhor qualidade de crédito do que a do instrumento de dívida subjacente, mantendo o spread de crédito constante, e fazendo ajustes na taxa de juros de referência desde a data da origem tendo em conta a alteração. Se as condições tiverem mudado desde a transação de mercado mais recente, a alteração correspondente no valor justo do instrumento financeiro a ser valorizado é determinada por referência aos preços ou taxas correntes para instrumentos financeiros semelhantes, ajustados, conforme apropriado, quanto a quaisquer diferenças em relação ao instrumento a ser valorizado.

AG78. – A mesma informação pode não estar disponível em cada data de mensuração. Por exemplo, à data em que a entidade efetuar um empréstimo ou adquirir um instrumento de dívida que não seja ativamente negociado, a entidade tem preço de transação que é também preço de mercado. Contudo, pode não haver qualquer nova informação sobre transações na próxima data de mensuração e, embora a entidade possa determinar o nível geral das taxas de juros do mercado, ela pode não saber o nível de crédito ou outro risco que os participantes do mercado considerariam ao fixar o preço do instrumento nessa data. A entidade pode não ter informação de transações recentes para determinar o spread de crédito apropriado sobre a taxa de juros básica a usar ao determinar uma taxa de desconto para o cálculo de valor presente. Seria razoável presumir, na ausência de evidência em contrário, que não ocorreram alterações no spread que existia na data em que o empréstimo foi feito.

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Contudo, se esperaria que a entidade envidasse esforços razoáveis para determinar se existe evidência de que houve alteração em tais fatores. Quando existe evidência de alteração, a entidade deve considerar os efeitos da alteração ao determinar o valor justo do instrumento financeiro.

AG79. – Ao aplicar a análise do fluxo de caixa descontado, a entidade usa uma ou mais taxas de desconto iguais às taxas de retorno correntes para instrumentos financeiros que tenham substancialmente as mesmas condições e características, incluindo a qualidade de crédito do instrumento, o prazo restante durante o qual a taxa de juros contratual está fixa, o prazo remanescente para reembolsar o capital e a moeda em que serão feitos os pagamentos. As contas a receber e a pagar no curto prazo sem taxa de juros expressa podem ser medidas pela quantia original da fatura se o efeito do desconto for imaterial.

CPC 40.27 Sem mercado ativo: instrumento patrimonial

A entidade deve divulgar para cada classe de instrumentos financeiros os métodos e, quando uma técnica de avaliação for usada, os pressupostos aplicados na determinação do valor justo de cada classe de ativo financeiro ou passivo financeiro. Por exemplo, se for o caso, a entidade divulga informações sobre os pressupostos relativos a taxas de pagamento antecipado, estimativas de percentuais de perda com créditos e taxas de juros ou taxas de desconto. Se houver mudança na técnica de avaliação, a entidade deve evidenciar essa mudança e a razão para fazê-la.

Redução por redução ao valor recuperável de investimentos disponíveis para venda

CPC 38.58 A entidade deve avaliar, na data de cada balanço patrimonial, se existe ou não qualquer evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, esteja sujeito a perda no valor recuperável. Se tal evidência existir, a entidade deve aplicar o item 63 (para ativos financeiros contabilizados pelo custo amortizado), o item 66 (para ativos financeiros contabilizados pelo custo) ou o item 67 (para ativos financeiros disponíveis para venda) para determinar a quantia de qualquer perda no valor recuperável.

CPC 38.67 Quando o declínio no valor justo de ativo financeiro disponível para venda for reconhecido como outros resultados abrangentes e houver evidência objetiva de que o ativo tem perda no valor recuperável (ver item 59), a perda cumulativa que tinha sido reconhecida como outros resultados abrangentes deve ser tratada como ajuste por reclassificação e reconhecida no resultado mesmo que o ativo financeiro não tenha sido desreconhecido.

CPC 38.68 A quantia da perda cumulativa que for reclassificada e reconhecida no resultado segundo o item 67 deve ser a diferença entre o custo de aquisição (líquido de qualquer amortização de juros e pagamento do principal) e o valor justo atual, menos qualquer perda no valor recuperável resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado.

CPC 38.69 As perdas no valor recuperável reconhecidas no resultado para investimento em instrumento patrimonial classificado como disponível para venda não devem ser revertidas por meio do resultado.

16.2 Outros passivos financeirosCPC40.8 O valor contábil de cada categoria a seguir, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC

38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deve ser divulgado no balanço patrimonial ou nas notas explicativas:

(a) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente:

(i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial; e

(ii) os classificados como mantidos para negociação, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) investimentos mantidos até o vencimento;

(c) empréstimos e recebíveis;

(d) ativos financeiros disponíveis para venda;

(e) passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente

(i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial e

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(ii) os classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(f) passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado.

Ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado

Ações preferenciais conversíveis

CPC 26.79 A entidade deve divulgar o seguinte no balanço patrimonial, na demonstração das mutações (a)(v) do patrimônio líquido ou nas notas explicativas:

(v) os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo restrições na distribuição de dividendos e no reembolso de capital.

16.3 Atividades de hedge e derivativos Derivativos não designados como instrumentos de hedgeCPC 40.22 A entidade deve divulgar separadamente os itens a seguir para cada tipo de hedge descrito

no Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (isto é, hedge de valor justo, hedge de fluxo de caixa e hedge de investimento realizado no exterior):

(a) descrição de cada tipo de hedge;

(b) descrição dos instrumentos financeiros designados como instrumentos de hedge e seus valores justos na data das demonstrações contábeis; e

(c) a natureza dos riscos que estão sendo objeto do hedge.

Hedges de fluxo de caixa Para hedges de fluxo de caixa, a entidade deve divulgar:

(a) os períodos em que se espera que o fluxo de caixa irá ocorrer e quando se espera que eles afetarão o resultado;

(c) o montante que tenha sido reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;

(d) a quantia que tenha sido reclassificada do patrimônio líquido para o resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da demonstração do resultado abrangente.

CPC 40.24(b) A entidade deve divulgar separadamente:

(b) a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de fluxo de caixa.

Hedge de valor justoCPC 40.22

CPC 40.24(a) Hedge de investimentos líquidos em operações estrangeiras A entidade deve divulgar separadamente:

CPC 40.24(c) (c) a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de investimentos líquidos em operações no exterior (Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis).

Derivativos embutidosCPC 38. As características e riscos econômicos de derivativo embutido estão intimamente relacionados AG.33(d) com as características e riscos econômicos do contrato principal nos exemplos seguintes.

Nesses exemplos, a entidade não contabiliza o derivativo embutido separadamente do contrato principal:

d) Um derivativo embutido em moeda estrangeira de contrato que é um contrato de seguro, e não um instrumento (como contrato de compra e venda de item não financeiro em que o preço seja denominado em moeda estrangeira), está intimamente relacionado com o contrato principal, desde que não esteja alavancado, não contenha característica de opção e exija pagamentos denominados numa das seguintes moedas:

(i) a moeda funcional de qualquer uma das partes substanciais desse contrato;

(ii) a moeda na qual o preço do bem adquirido ou do serviço prestado está normalmente denominado em transações comerciais em todo o mundo (como, por exemplo, o dólar dos Estados Unidos para transações de petróleo); ou

(iii) uma moeda que seja normalmente usada em contratos de compra ou venda de itens não

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financeiros no ambiente econômico no qual a transação se realiza (por exemplo, moeda relativamente estável e líquida que seja normalmente usada em transações comerciais locais ou em negociações externas).

16.4 Valor justoCPC 46.93 Para atingir os objetivos do item 91, a entidade deve divulgar, no mínimo, as seguintes(d), (e), (h) informações para cada classe de ativos e passivos (vide item 94 para informações sobre a

determinação de classes adequadas de ativos e passivos) mensurados ao valor justo (incluindo mensurações com base no valor justo dentro do alcance deste pronunciamento) no balanço patrimonial após o reconhecimento inicial:

(d) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 2 e no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a descrição das técnicas de avaliação e as informações (inputs) utilizadas na mensuração do valor justo. Se houve mudança na técnica de avaliação (por exemplo, mudança de abordagem de mercado para abordagem de receita, ou o uso de técnica de avaliação adicional), a entidade deve divulgar essa mudança e as razões para adotá-la. Para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a entidade deve fornecer informações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados na mensuração do valor justo. A entidade não está obrigada a criar informações quantitativas para cumprir esse requisito de divulgação se dados não observáveis quantitativos não forem desenvolvidos pela entidade ao mensurar o valor justo (por exemplo, quando a entidade utiliza preços de transações anteriores ou informações de precificação de terceiros sem ajuste). Contudo, ao fornecer essa divulgação, a entidade não pode ignorar dados não observáveis quantitativos que sejam significativos para a mensuração do valor justo e que estejam disponíveis para a entidade;

(e) para mensurações de valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma conciliação dos saldos iniciais com os saldos finais, divulgando separadamente as mudanças durante o período atribuíveis ao seguinte:

(i) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos no resultado, e as rubricas no resultado nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(ii) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos em outros resultados abrangentes, e as rubricas em outros resultados abrangentes nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(iii) compras, vendas, emissões e liquidações (cada um desses tipos de mudanças divulgado separadamente);

(iv) os valores de quaisquer transferências para o (ou, do) Nível 3 da hierarquia de valor justo, as razões para essas transferências e a política da entidade para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis (vide item 95). As transferências para o Nível 3 devem ser divulgadas e discutidas separadamente das transferências do Nível 3;

(h) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo:

(i) para todas essas mensurações, uma descrição narrativa da sensibilidade da mensuração do valor justo a mudanças em dados não observáveis, se uma mudança nesses dados para um valor diferente puder resultar na mensuração do valor justo significativamente mais alta ou mais baixa. Se houver inter-relações entre esses dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração do valor justo, a entidade deve fornecer também a descrição dessas inter-relações e de como elas poderiam intensificar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração do valor justo.Para satisfazer esse requisito de divulgação, a descrição narrativa da sensibilidade a mudanças em dados não observáveis deve incluir, no mínimo, os dados não observáveis divulgados ao satisfazer o item (d);

(ii) para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mudança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir premissas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justo de forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar o efeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito de uma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmente possível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve ser avaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totais ou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

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(i) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes, se o melhor uso possível (highest and best use) de um ativo não financeiro diferir de seu uso atual, a entidade deve divulgar esse fato e por que o ativo não financeiro está sendo usado de maneira que difere de seu melhor uso possível.

CPC 46.97 Para cada classe de ativos e passivos não mensurados ao valor justo no balanço patrimonial, mas cujo valor justo for divulgado, a entidade deve divulgar as informações exigidas pelos itens 93(b), (d) e (i). Contudo, a entidade não está obrigada a fornecer as divulgações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados em mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, conforme exigidas pelo item 93(d). Para esses ativos e passivos, a entidade não precisa fornecer as demais divulgações exigidas por este pronunciamento.

CPC 40.25 Exceto o que foi estabelecido no item 29, para cada classe de ativo financeiro e passivo financeiro (ver item 6), a entidade deve divulgar o valor justo daquela classe de ativos e passivos de forma que permita ser comparado com o seu valor contábil.

CPC 40.26 Na divulgação de valores justos, a entidade deve agrupar ativos financeiros e passivos financeiros em classes, mas deve compensá-los somente à medida que seus valores forem compensados no balanço patrimonial.

CPC 40.27 A entidade deve divulgar para cada classe de instrumentos financeiros os métodos e, quando uma técnica de avaliação for usada, os pressupostos aplicados na determinação do valor justo de cada classe de ativo financeiro ou passivo financeiro. Por exemplo, se for o caso, a entidade divulga informações sobre os pressupostos relativos a taxas de pagamento antecipado, estimativas de percentuais de perda com créditos e taxas de juros ou taxas de desconto. Se houver mudança na técnica de avaliação, a entidade deve evidenciar essa mudança e a razão para fazê-la.

17. Teste de perda por redução ao valor recuperável do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida

CPC 01.130 (e) A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada perda por desvalorização ou reversão material reconhecida durante o período para um ativo individual, incluindo ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), ou para uma unidade geradora de caixa:

(a) os eventos e as circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou à reversão da perda por desvalorização;

CPC 01.126(a) A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas;

CPC 1.134(c) A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(c) a base sobre a qual o valor recuperável das unidades (grupo de unidades) foi determinada, ou seja, a utilização do valor em uso ou do valor líquido de venda.

CP1.134(d) A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(d) se o valor contábil da unidade (grupo de unidades) foi baseado no valor em uso:

(iii) o período sobre o qual a administração projetou o fluxo de caixa, baseada em orçamento ou previsões por ela aprovados e, quando um período superior a cinco anos for utilizado para a unidade geradora de caixa (grupo de unidades), uma explicação do motivo por que um período mais longo é justificável.

193Grupo Modelo | EY

Unidade geradora de caixa de produtos eletrônicosCPC 1.134 A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora(e)(iv,v) de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo

intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(d) se o valor contábil da unidade (grupo de unidades) foi baseado no valor em uso:

(iv) a taxa de crescimento utilizada para extrapolar as projeções de fluxo de caixa além do período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão, e a justificativa para utilização de qualquer taxa de crescimento que exceda o período de longo prazo médio da taxa de crescimento para os produtos, indústrias, ou país ou países no(s) qual(ais) a entidade opera, ou para o mercado para o qual a unidade (grupo de unidades) é utilizada; e

(v) a taxa de desconto aplicada à projeção de fluxo de caixa.

CPC 1.134 A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora (a), (b) de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo

intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(a) o valor contábil do ágio (goodwill) alocado à unidade (grupo de unidades);

(b) o valor contábil dos ativos intangíveis com vida útil indefinida alocado à unidade (grupo de unidades).

CPC 1.134(c) Unidade geradora de caixa de equipamentos de prevenção contra incêndio

CPC 1.134 Principais premissas utilizadas em cálculos com base no valor em uso(d)(iii, v)

CPC 1.134 A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora(d) (i, ii) de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo

intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(d) se o valor contábil da unidade (grupo de unidades) foi baseado no valor em uso:

(i) descrição de cada premissa-chave na qual a administração baseou a projeção do fluxo de caixa para o período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão. Premissas-chave são aquelas para as quais o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) é mais sensível;

(ii) descrição da abordagem da administração para determinar os valores alocados para cada premissa-chave; se esses valores representam os históricos ou, se apropriado, são consistentes com fontes externas de informações, e, caso contrário, como e por que esses valores diferem dos históricos ou de fontes externas de informações.

Sensibilidade a mudanças nas premissasCPC 1.134 A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora(f) (i,ii,iii) de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo

intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

(f) se uma possível razoável mudança em uma premissa-chave na qual a administração baseou sua determinação de valor recuperável da unidade (grupo de unidade) poderia resultar em um valor contábil superior ao seu valor recuperável:

(i) o montante pelo qual o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) excede seu valor contábil;

(ii) o valor alocado para a premissa-chave; e

(iii) o novo valor a ser alocado para a premissa-chave, depois de o valor anterior incorporar todo e qualquer efeito em consequência dessa mudança sobre as outras variáveis

194 Grupo Modelo | EY

utilizadas para mensurar o valor recuperável, com o propósito de o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) ser igual ao seu valor contábil.

18. EstoquesCPC 16.36 (b), (e) As demonstrações contábeis devem divulgar:

(b) o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade;

(e) o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o item 34.

CPC 26.78 O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos (b), (c) pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes

envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;

(c) os estoques são subclassificados, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques, em classificações tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados.

19. Clientes e outras contas a receber (circulante)CPC 40.16 Quando ativos financeiros sofrem redução no valor recuperável por perdas com crédito e a

entidade registra a perda no valor recuperável em conta separada (por exemplo, em conta de provisão usada para registrar perdas individuais ou conta similar usada para registrar perdas de forma coletiva), em vez de reduzir diretamente o montante do valor contábil do ativo, deve ser divulgada a conciliação das movimentações dessa conta durante o período para cada classe de ativos financeiros.

CPC 40.34(a) Para cada tipo de risco decorrente de instrumentos financeiros, a entidade deve divulgar:

(a) sumário de dados quantitativos sobre sua exposição aos riscos no fim do período. Essa divulgação deve ser baseada nas informações fornecidas internamente ao pessoal–chave da administração da entidade (como definido no Pronunciamento Técnico CPC 05 R1 – Divulgação sobre Partes Relacionadas), por exemplo, o conselho de administração ou o presidente.

CPC 40.37 A entidade deve divulgar por classe de ativo financeiro:

(a) uma análise da idade dos ativos financeiros que estão vencidos ao final do período para os quais não foi considerada perda por recuperabilidade;

(b) uma análise dos instrumentos financeiros que estão individualmente incluídos na determinação da provisão para perda por recuperabilidade, incluindo os fatores que a entidade considera determinantes no estabelecimento dessa provisão; e

(c) para as quantias divulgadas em (a) e (b), uma descrição da garantia mantida pela entidade e outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa de seus valores justos.

20. Caixa e equivalentes de caixaCPC 3.R2.48 A entidade deve divulgar os componentes de caixa e equivalentes de caixa e deve apresentar

uma conciliação dos valores em sua demonstração dos fluxos de caixa com os respectivos itens divulgados no balanço patrimonial.

CPC 3.R2.50(a) Informações adicionais podem ser importantes para que os usuários entendam a posição financeira e a liquidez da entidade. A divulgação de tais informações em nota explicativa é recomendada e pode incluir:

(a) o valor de linhas de crédito obtidas, mas não utilizadas, que podem estar disponíveis para futuras atividades operacionais e para satisfazer compromissos de capital, indicando restrições, se houver, sobre o uso de tais linhas de crédito.

195Grupo Modelo | EY

CPC 03.45 A entidade deve divulgar os componentes de caixa e equivalentes de caixa e deve apresentar uma conciliação dos montantes em sua demonstração dos fluxos de caixa com os respectivos itens apresentados no balanço patrimonial.

21. Capital social e reservasCPC 26.78 O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos

pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

(a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado;

(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;

(c) os estoques são subclassificados, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC R1 16 – Estoques, em classificações tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados;

(d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e

(e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado, prêmios na emissão de ações e reservas.

CPC 26.79 (a) A entidade deve divulgar o seguinte no balanço patrimonial, na demonstração das mutações(i), (iii), (iv), do patrimônio líquido ou nas notas explicativas:(vi), (b)

(a) para cada classe de ações do capital:

(i) a quantidade de ações autorizadas.

(iii) o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal.

(iv) a conciliação da quantidade de ações em circulação no início e no fim do período.

(vi) ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em tesouraria) ou por controladas ou coligadas.

(b) uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido.

ICPC 08.9 Devido a essas características especiais de nossa legislação, considera-se que o dividendo mínimo obrigatório deva ser consignado como uma obrigação na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis. Essa já vem sendo a prática adotada pelas empresas brasileiras que têm apresentado demonstrações contábeis de acordo com a prática contábil norte-americana, notadamente as que têm registro na Comissão de Valores Mobiliários daquela jurisdição (SEC), bem como aquelas empresas brasileiras que já vêm elaborando e divulgando demonstrações contábeis de acordo com as normas internacionais emitidas pelo IASB.

ICPC 08.11 Visando atender à conceituação de obrigação presente que consta do item 8 desta interpretação, a parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente como uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela da proposta dos órgãos da administração à assembleia de sócios que exceder a esse mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica, do tipo “dividendo adicional proposto”, até a deliberação definitiva que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo obrigatório não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já que a assembleia dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto.

CPC 26.106A Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item (ver item 106 (d)(ii)).

196 Grupo Modelo | EY

22. Dividendos pagos e propostosCPC 26.107 A entidade deve apresentar, na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas

explicativas, o montante de dividendos reconhecidos como distribuição aos proprietários durante o período e o respectivo montante dos dividendos por ação.

CPC 26.137(a) A entidade deve divulgar nas notas explicativas:

(a) o montante de dividendos propostos ou declarados antes da data em que as demonstrações contábeis foram autorizadas para serem emitidas e não reconhecido como uma distribuição aos proprietários durante o período abrangido pelas demonstrações contábeis, bem como o respectivo valor por ação ou equivalente;

23. Provisões Garantias de manutenção

CPC 25.85 A entidade deve divulgar, para cada classe de provisão:

(a) uma breve descrição da natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas de benefícios econômicos resultantes;

(b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas. Sempre que necessário para fornecer informações adequadas, a entidade deve divulgar as principais premissas adotadas em relação a eventos futuros, conforme tratado no item 48; e

(c) o valor de qualquer reembolso esperado, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta desse reembolso esperado.

CPC 15.56(a) Após o reconhecimento inicial e até que o passivo seja liquidado, cancelado ou extinto, o adquirente deve mensurar qualquer passivo contingente reconhecido em combinação de negócios pelo maior valor entre:

(a) o montante pelo qual esse passivo seria reconhecido pelo disposto no Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

24. Subvenções governamentaisCPC 7.39 (b), (c) A entidade deve divulgar as seguintes informações:

(b) a natureza e os montantes reconhecidos das subvenções governamentais ou das assistências governamentais, bem como a indicação de outras formas de assistência governamental de que a entidade tenha diretamente se beneficiado;

(c) condições a serem regularmente satisfeitas ligadas à assistência governamental que tenha sido reconhecida.

25. Receita diferidaCPC 30.36 A entidade deve divulgar quaisquer ativos e passivos contingentes de acordo com o

Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Os passivos e os ativos contingentes podem surgir de itens tais como custos de garantia, indenizações, multas ou perdas possíveis.

26. Planos de previdência e outros benefícios pós-empregoCPC 33.135 A entidade deve divulgar informações que:

(a) expliquem as características de seus planos de benefício definido e os riscos a eles associados (vide item 139);

(b) identifiquem e expliquem os montantes em suas demonstrações contábeis decorrentes de seus planos de benefício definido (vide itens 140 a 144); e

(c) descrevam como seus planos de benefício definido podem afetar o valor, o prazo e a incerteza dos fluxos de caixa futuros da entidade (vide itens 145 a 147).

Para atingir os propósitos do item 135, a entidade deve considerar todos os seguintes itens:

CPC 33.136 (a) o nível de detalhamento necessário para atender aos requisitos de divulgação;

(b) quanto de ênfase se deve dar a cada um dos diversos requisitos;

197Grupo Modelo | EY

(c) quanto de agregação ou desagregação se deve efetuar; e

(d) se os usuários das demonstrações contábeis necessitam de informações adicionais para avaliar as informações quantitativas divulgadas.

CPC 33.138 A entidade deve avaliar se a totalidade ou parte das divulgações deve ser desagregada para distinguir planos ou grupos de planos com riscos significativamente diferentes. Por exemplo, a entidade pode efetuar divulgações desagregadas sobre planos, mostrando uma ou mais das seguintes características:

(a) diferentes localizações geográficas;

(b) diferentes características, tais como planos de previdência de salário fixo, planos de previdência de salário final ou planos de assistência médica pós-emprego;

(c) diferentes ambientes regulatórios;

(d) diferentes segmentos;

(e) diferentes modalidades de financiamento (por exemplo, totalmente não custeado, total ou parcialmente custeado).

CPC 33.146 A entidade deve divulgar uma descrição de quaisquer estratégias de confrontação de ativos/passivos utilizadas pelo plano ou pela entidade patrocinadora, incluindo o uso de anuidades e outras técnicas, tais como swaps de longevidade, para gerenciamento do risco.

CPC 33.141 Cada conciliação listada no item 140 deve apresentar cada um dos itens a seguir, se aplicáveis:

(a) custo do serviço corrente;

(b) receita ou despesa de juros;

(c) remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido líquido, apresentando separadamente:

(i) o retorno sobre os ativos do plano, excluindo valores de juros considerados em (b);

(ii) ganhos e perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas demográficas (vide item 76(a));

(iii) ganhos e perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas financeiras (vide item 76(b));

(iv) mudanças no efeito limitador de ativo de benefício definido líquido ao teto de ativo (asset ceiling), excluindo valores de juros considerados em (b). A entidade deve divulgar também como determinou o benefício econômico máximo disponível, ou seja, se esses benefícios seriam na forma de reembolso, reduções nas contribuições futuras ou a combinação de ambas;

(d) custo do serviço passado e ganhos e perdas resultantes de liquidações. Conforme permite o item 100, o custo do serviço passado e ganhos e perdas decorrentes de liquidações não precisam ser destacados se estes ocorrerem de forma simultânea;

(e) o efeito de mudanças nas taxas de câmbio;

(f) contribuições feitas para o plano, apresentando separadamente aquelas efetuadas pelo empregador e pelos participantes do plano;

(g) pagamentos provenientes do plano, apresentando separadamente o montante pago referente a quaisquer liquidações;

(h) os efeitos de combinações e alienações de negócios.

CPC 33.142 A entidade deve alocar o valor justo dos ativos do plano em classes que distingam a natureza e o risco desses ativos, subdividindo cada classe de ativos do plano entre aquelas que possuem valor de mercado cotado em mercado ativo (tal como definido no CPC 46 – Mensuração do Valor Justo) e aquelas que não têm. Por exemplo, considerando-se o nível de divulgação requerido no item 136, a entidade pode distinguir entre:

(a) caixa e equivalentes de caixa;

(b) instrumentos patrimoniais (segregados por tipo de setor, porte da empresa, geografia, etc.);

(c) instrumentos de dívida (segregados por tipo de emissor, qualidade do crédito, geografia, etc.);

(d) imóveis (segregados por geografia, etc.);

(e) instrumentos derivativos (segregados por tipo de risco subjacente especificado em contrato, por exemplo, contratos de taxa de juros, contratos de câmbio, contratos de ações, contratos de crédito, swaps de longevidade, etc.);

198 Grupo Modelo | EY

(f) fundos de investimento (segregados por tipo de fundo);

(g) títulos lastreados em ativos; e

(h) dívida estruturada.

CPC 33.143 A entidade deve divulgar o valor justo dos instrumentos financeiros de sua própria emissão mantidos como ativos do plano e o valor justo de ativos do plano que sejam imóveis ocupados pela entidade ou outros ativos por ela utilizados.

CPC 33.144 A entidade deve divulgar as premissas atuariais significativas utilizadas para determinar o valor presente da obrigação de benefício definido (vide item 76). Referida divulgação deve ser em termos absolutos (por exemplo, como porcentagem absoluta, e não apenas como margem entre diferentes porcentagens ou outras variáveis). Quando a entidade elaborar divulgações totais por agrupamento de planos, ela deve fornecer essas divulgações na forma de médias ponderadas ou na forma de faixas restritas.

CPC 33.145 A entidade deve divulgar:

(a) análise de sensibilidade para cada premissa atuarial significativa (divulgadas em conformidade com o item 144) no final do período a que se referem as demonstrações contábeis, demonstrando como a obrigação de benefício definido teria sido afetada por mudanças em premissa atuarial relevante que eram razoavelmente possíveis naquela data;

(b) métodos e premissas utilizados na elaboração das análises de sensibilidade exigidas por (a) e as limitações desses métodos;

(c) mudanças, em relação ao período anterior, nos métodos e premissas utilizados na elaboração das análises de sensibilidade e as razões dessas mudanças.

CPC 33.147 Para fornecer uma indicação do efeito do plano de benefício definido sobre os seus fluxos de caixa futuros, a entidade deve divulgar:

(a) descrição de quaisquer acordos de custeio e política de custeamento que afetem contribuições futuras;

(b) contribuições esperadas ao plano para o próximo período das demonstrações contábeis;

(c) informações sobre o perfil de vencimento da obrigação de benefício definido. Isso inclui a duração média ponderada da obrigação de benefício definido e pode incluir outras informações sobre os prazos de distribuição de pagamentos de benefícios, tais como uma análise de vencimentos dos pagamentos de benefícios.

CPC 33.155 Ao reconhecer e mensurar o superávit ou déficit em outro plano de benefícios de longo prazo a empregados, a entidade deve aplicar os itens 56 a 98 e 113 a 115. A entidade deve aplicar os itens 116 a 119 no reconhecimento e mensuração de qualquer direito a reembolso.

CPC 33.156 Para outros benefícios de longo prazo a empregados, a entidade deve reconhecer o montante líquido dos seguintes valores em resultado, exceto se outro pronunciamento do CPC exigir ou permitir a inclusão no custo de ativo:

(a) custo do serviço (vide itens 66 a 112);

(b) juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide itens 123 a 126); e

(c) remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide itens 127 a 130).

27. Planos de remuneração baseados em ações Plano para a alta administração CPC 10.46 A entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis

entender como foi determinado o valor justo dos produtos ou serviços recebidos ou o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados.

Plano de opção de ações a funcionáriosCPC 10.45 Para tornar efetivo o cumprimento do disposto no item anterior, a entidade deve divulgar,

no mínimo, o que segue:

(a) A descrição de cada tipo de acordo de pagamento baseado em ações que vigorou em algum momento do exercício social, incluindo, para cada acordo, os termos e condições gerais, tais

199Grupo Modelo | EY

como as condições de aquisição, o prazo máximo das opções outorgadas e a forma de liquidação (em dinheiro ou em ações). Quando a entidade tem substancialmente tipos similares de acordos de pagamento baseados em ações, ela pode agregar essa informação, a menos que a divulgação separada para cada acordo seja necessária para atender ao princípio contido no item 44;

(b) A quantidade e o preço médio ponderado de exercício das opções de ação para cada um dos seguintes grupos de opções:

(i) em aberto no início do período;

(ii) outorgada durante o período;

(iii) perdida durante o período;

(iv) exercida durante o período;

(v) expirada durante o período;

(vi) em aberto no final do período; e

(vii) exercível ao final do período.

(c) Para as opções de ação exercidas durante o período, o preço médio ponderado das ações na data do exercício. Se opções forem exercidas em base regular durante o período, a entidade pode, em vez disso, divulgar o preço médio ponderado das ações durante o período;

(d) Para as opções em aberto ao final do período, deve-se divulgar o valor máximo e mínimo de preço de exercício e a média ponderada do prazo contratual remanescente. Se a diferença entre o preço de exercício mínimo e máximo (intervalo) for muito ampla, as opções em aberto devem ser divididas em grupos que sejam significativos para avaliar a quantidade e o prazo em que ações adicionais possam ser emitidas e o numerário que possa ser recebido quando do exercício dessas opções.

Direito de valorização de ações

CPC 10.47(a) Se a entidade tiver mensurado o valor justo dos produtos ou serviços recebidos indiretamente, baseando-se no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, para tornar efetivo o disposto no item anterior, a entidade deve divulgar no mínimo o seguinte:

(a) Para opções de ação outorgadas durante o período, o valor justo médio ponderado dessas opções, na data da mensuração, e informações de como esse valor justo foi mensurado, incluindo:

(i) o modelo de precificação de opções utilizado e os dados usados na aplicação do modelo, incluindo o preço médio ponderado das ações, preço de exercício, volatilidade esperada, prazo de vida da opção, dividendos esperados, a taxa de juros livre de risco e quaisquer outros dados de entrada do modelo, incluindo o método utilizado e as premissas assumidas para incorporar os efeitos esperados de exercício antecipado;

(ii) a forma de determinação da volatilidade esperada, incluindo uma explicação da extensão na qual a volatilidade esperada foi suportada pela volatilidade histórica; e

(iii) se e como alguma outra característica da opção outorgada foi incorporada na mensuração de seu valor justo, tal como uma condição de mercado.

CPC 10.51 Para tornar efetivo o disposto no item anterior, a entidade deve divulgar no mínimo o seguinte:(a), (b)

(a) o total da despesa reconhecida no período decorrente de transações de pagamento baseadas em ações nas quais os produtos ou os serviços não tenham sido qualificados como ativos no seu reconhecimento e, por isso, foram reconhecidos como despesa, incluindo divulgação em separado da parte do total de despesas que decorreram de transações contabilizadas como transações de pagamento baseadas em ações liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais;

(b) para os passivos decorrentes de transações de pagamento baseadas em ações:

(i) saldo contábil no final do período; e

(ii) valor intrínseco total no final do período dos passivos para as quais os direitos da contraparte ao recebimento de dinheiro ou outros ativos foram concedidos até o final do período (como por exemplo os direitos sobre a valorização das ações concedidas que tenham sido adquiridos).

200 Grupo Modelo | EY

28. Fornecedores e outras contas a pagar (circulante)CPC 40.39 A entidade deve divulgar:

(a) uma análise dos vencimentos para passivos financeiros não derivativos (incluindo contratos de garantia financeira) que demonstre os vencimentos contratuais remanescentes; e

(b) uma análise dos vencimentos para os instrumentos financeiros derivativos passivos. A análise dos vencimentos deve incluir os vencimentos contratuais remanescentes para aqueles passivos financeiros derivativos para os quais o vencimento contratual é essencial para o entendimento do momento de recebimento dos fluxos de caixa (ver item B11B).

(c) uma descrição de como ela administra o risco de liquidez inerente a (a) e (b).

CPC 45.15 Se, durante o período de reporte, a controladora ou quaisquer de suas controladas tiver, sem ter a obrigação contratual de fazê-lo, fornecido suporte financeiro ou outro a uma entidade estruturada consolidada (por exemplo, adquirindo ativos da entidade estruturada ou instrumentos emitidos por ela), a entidade deve divulgar:

(a) o tipo e o valor do suporte fornecido, incluindo situações nas quais a controladora ou suas controladas tenham auxiliado a entidade estruturada na obtenção de suporte financeiro; e

(b) as razões para o fornecimento do suporte.

29. Informações sobre partes relacionadasCPC 5.13 Os relacionamentos entre controladora e controladas ou coligadas devem ser divulgados

independentemente de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. Numa estrutura societária com múltiplos níveis de participações, a entidade deve divulgar o nome da entidade controladora direta e, se for diferente, da parte controladora final. Se a entidade controladora direta e a parte controladora final não elaborarem demonstrações contábeis disponíveis para uso público, o nome da controladora do nível seguinte, se houver, deve também ser divulgado.

CPC 5.18 Se tiver havido transações entre partes relacionadas, a entidade deve divulgar a natureza do relacionamento com as partes relacionadas, assim como informações sobre as transações e saldos existentes necessárias para a compreensão do potencial efeito desse relacionamento nas demonstrações contábeis. Esses requisitos de divulgação são adicionais aos referidos no item 17 para divulgar a remuneração do pessoal-chave da administração. No mínimo, as divulgações devem incluir:

(a) montante das transações;

(b) montante dos saldos existentes e:

(i) seus termos e condições, incluindo se estão ou não com cobertura de seguro, e a natureza da remuneração a ser paga; e

(ii) informações de quaisquer garantias dadas ou recebidas;

(c) provisão para créditos de liquidação duvidosa relacionada com o montante dos saldos existentes; e

(d) despesa reconhecida durante o período a respeito de dívidas incobráveis ou de liquidação duvidosa de partes relacionadas.

CPC 05.22A Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das condições em que as mesmas transações foram efetuadas. Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período também devem ser divulgadas.

CPC 45.15 Se, durante o período de reporte, a controladora ou quaisquer de suas controladas tiver, sem ter a obrigação contratual de fazê-lo, fornecido suporte financeiro ou outro a uma entidade estruturada consolidada (por exemplo, adquirindo ativos da entidade estruturada ou instrumentos emitidos por ela), a entidade deve divulgar:

(a) o tipo e o valor do suporte fornecido, incluindo situações nas quais a controladora ou suas controladas tenham auxiliado a entidade estruturada na obtenção de suporte financeiro; e

(b) as razões para o fornecimento do suporte.

CPC 05.21 Seguem exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada:

(a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados);

(b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos;

201Grupo Modelo | EY

(c) prestação ou recebimento de serviços;

(d) arrendamentos;

(e) transferências de pesquisa e desenvolvimento;

(f) transferências mediante acordos de licença;

(g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente);

(h) fornecimento de garantias, avais ou fianças;

(i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e

(j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada.

Transações com outras partes relacionadas CPC 5.17 A entidade deve divulgar a remuneração do pessoal-chave da administração no total e para cada(a), (b), (e) uma das seguintes categorias:

(a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores;

(b) benefícios pós-emprego;

(e) remuneração baseada em ações.

30. Compromissos e contingências Compromissos de arrendamento mercantil operacional – Grupo como arrendatárioCPC 05.19 As divulgações requeridas no item 18 devem ser feitas separadamente para cada uma das(d), (e) seguintes categorias:

(d) coligadas;

(e) empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) nos quais a entidade invista;

CPC 45.23 (a) A entidade deve divulgar:

(a) compromissos relacionados com seus empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), separadamente do valor de outros compromissos.

CPC 45. B18. A entidade deve divulgar o total de compromissos assumidos, mas não reconhecidos na dataB18-B19 de reporte (incluindo sua parcela de compromissos assumidos em conjunto com outros

investidores que tenham o controle conjunto de empreendimento controlado em conjunto (joint venture)), em relação às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). Compromissos são aqueles que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos.

B19. Compromissos não reconhecidos que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos incluem:

(a) compromissos não reconhecidos de fornecer recursos financeiros (funding) ou recursos como resultado de, por exemplo:

(i) constituição ou contratos de aquisição de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) (que, por exemplo, exijam que a entidade aporte recursos ao longo de um período específico);

(ii) projetos intensivos em capital conduzidos por empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(iii) obrigações de compra incondicionais, que compreendam a aquisição de equipamentos, estoques ou serviços que a entidade esteja comprometida a adquirir de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em nome dele;

(iv) compromissos não reconhecidos de conceder empréstimos ou outro suporte financeiro a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(v) compromissos não reconhecidos de aportar recursos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture), como, por exemplo, ativos ou serviços;

(vi) outros compromissos não reconhecidos e não canceláveis relativos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

202 Grupo Modelo | EY

(b) compromissos não reconhecidos de adquirir a participação de outra parte (ou parcela dessa participação) em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) se evento específico ocorrer ou não ocorrer no futuro.

CPC 6.35 Os arrendatários, além de cumprir os requisitos de Divulgação e Apresentação de Instrumentos (a), (d) Financeiros, devem fazer as seguintes divulgações relativas aos arrendamentos mercantis

operacionais:

(a) total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis para cada um dos seguintes períodos:

(i) até um ano;

(ii) mais de um ano e até cinco anos;

(iii) mais de cinco anos.

(d) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil significativos do arrendatário, incluindo, mas não se limitando, o seguinte:

(i) base pela qual é determinado o pagamento contingente;

(ii) existência e termos de renovação ou de opções de compra e cláusulas de reajustamento; e

(iii) restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

Compromissos de arrendamento mercantil operacional – Grupo como arrendadorCPC 6.31(e) Os arrendatários, além de cumprir os requisitos de Divulgação e Apresentação de Instrumentos

Financeiros, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis financeiros:

(e) descrição geral dos acordos relevantes de arrendamento mercantil do arrendatário, incluindo, mas não se limitando, o seguinte:

(i) base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar;

(ii) existência e condições de opção de renovação ou de compra e cláusulas de reajustamento; e

(iii) restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

CPC 6.56(c) Os arrendadores, além de cumprir os requisitos de Divulgação e Apresentação de Instrumentos Financeiros, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis operacionais:

(c) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil do arrendador.

Arrendamento mercantil financeiro e compromissos de arrendamentoCPC 6.31(b) Os arrendatários, além de cumprir os requisitos de Divulgação e Apresentação de Instrumentos

Financeiros, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis financeiros:

(b) conciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento mercantil ao final do período e o seu valor presente. Além disso, a entidade deve divulgar o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento mercantil ao final do período, e o seu valor presente, para cada um dos seguintes períodos:

(i) até um ano;

(ii) mais de um ano e até cinco anos;

(iii) mais de cinco anos.

Compromissos de capitalCPC 27.74(c) As demonstrações contábeis também devem divulgar:

(c) o valor dos compromissos contratuais advindos da aquisição de ativos imobilizados.

Processo judicialCPC 25.86 A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na liquidação, a

entidade deve divulgar, para cada classe de passivo contingente na data do balanço, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando praticável:

203Grupo Modelo | EY

(a) a estimativa do seu efeito financeiro, mensurada conforme os itens 36 a 52;

(b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída; e

(c) a possibilidade de qualquer reembolso.

GarantiasCPC 5.21(h) Seguem exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada:

(h) fornecimento de garantias, avais ou fianças.

CPC 18.40 Em conformidade com os requisitos de divulgação do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, o investidor deve evidenciar:

(a) sua parte nos passivos contingentes da coligada, compartilhados conjuntamente com outros investidores;

(b) os passivos contingentes que surgiram em razão de o investidor ser solidariamente responsável por todos os, ou parte dos, passivos da coligada; e

(c) no balanço individual da controladora, o total dos passivos contingentes das controladas.

CPC 19.54 Exceto quando a probabilidade de perda seja remota, o empreendedor deve divulgar o valor total(a),(b) dos passivos contingentes abaixo indicados, separadamente do valor de outros passivos

contingentes:

(a) quaisquer passivos contingentes que o empreendedor tenha incorrido em relação à sua participação em empreendimentos controlados em conjunto e sua parte em cada passivo contingente que tenha sido incorrido conjuntamente com outros empreendedores;

(b) sua parte nos passivos contingentes dos empreendimentos controlados em conjunto para os quais o empreendedor seja contingencialmente responsável.

CPC 25.86 A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na liquidação, a entidade deve divulgar, para cada classe de passivo contingente na data do balanço, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando praticável:

(a) a estimativa do seu efeito financeiro, mensurada conforme os itens 36 a 52;

(b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída; e

(c) a possibilidade de qualquer reembolso.

31. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro CPC 40.33 Para cada tipo de risco decorrente de instrumentos financeiros, a entidade deve divulgar:

(a) a exposição ao risco e como ele surge;

(b) seus objetivos, políticas e processos para gerenciar os riscos e os métodos utilizados para mensurar o risco; e

(c) quaisquer alterações em (a) ou (b) do período anterior.

CPC 40.40 A menos que a entidade cumpra o item 41, ela deve divulgar:

(a) uma análise de sensibilidade para cada tipo de risco de mercado aos quais a entidade está exposta ao fim do período contábil, mostrando como o resultado e o patrimônio líquido seriam afetados pelas mudanças no risco relevante variável que sejam razoavelmente possíveis naquela data;

(b) os métodos e os pressupostos utilizados na elaboração da análise de sensibilidade; e

(c) alterações do período anterior nos métodos e pressupostos utilizados, e a razão para tais alterações.

CPC 40.36 A entidade deve divulgar por classe de instrumento financeiro:

(a) o montante que melhor representa sua exposição máxima ao risco de crédito no fim do período contábil sem considerar quaisquer garantias detidas, ou outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito (por exemplo, contratos que permitam a compensação pelo valor líquido, mas que não se qualificam para compensação segundo o Pronunciamento Técnico CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação);

(b) em respeito ao montante divulgado em (a), uma descrição das garantias possuídas ou outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito;

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(c) informações sobre a qualidade do crédito de ativos financeiros que não estão nem vencidos nem com evidências de perdas; e

(d) o valor contábil de instrumentos financeiros que, de outra forma, estariam vencidos ou perdido se cujos termos foram renegociados.

CPC 40.39 (c) A entidade deve divulgar:

(c) uma descrição de como ela administra o risco de liquidez inerente a (a) e (b).

O item 34(c) requer divulgação acerca de concentrações de risco. Concentrações de risco decorrem de instrumentos financeiros que possuem características similares e que são afetados de forma similar por variações nas condições econômicas. A identificação da concentração dos riscos requer julgamento levando em consideração as circunstâncias da entidade.

CPC 40.B8 Divulgações sobre concentrações de risco devem incluir:

(a) descrição de como a administração determina essas concentrações;

(b) descrição das características comuns que identificam cada concentração (por exemplo, contraparte, área geográfica, moeda ou mercado);

(c) o montante de exposição ao risco associado com todos os instrumentos financeiros que possuem essa mesma característica.

A entidade deve divulgar:

(a) o valor contábil de ativo financeiro que é usado como garantia para passivos ou passivos contingentes, incluindo montantes que tenham sido reclassificados em consonância com o item 37(a) do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(b) os termos e as condições relativos à garantia.

CPC 40.15 Quando a entidade possuir garantias (de ativos financeiros ou não financeiros) e estiver autorizada a vender ou reapresentar a garantia na ausência de descumprimento por parte do detentor da garantia, a entidade deve divulgar:

(a) o valor justo da garantia possuída;

(b) o valor justo de qualquer garantia vendida ou renovada, e se a entidade tiver obrigação de devolvê-la; e

(c) os termos e as condições associados ao uso da garantia.

CPC 40.36 (b) A entidade deve divulgar por classe de instrumento financeiro:

(b) descrição da garantia mantida como título e valor mobiliário (security) e de outros instrumentos de melhoria de crédito, e seus efeitos financeiros (por exemplo: quantificação da extensão na qual a garantia e outros instrumentos de melhoria de crédito mitigam o risco de crédito) com relação ao montante que melhor representa a exposição máxima ao risco de crédito (quer seja divulgado de acordo com o item (a) ou representado por meio do valor contábil do instrumento financeiro);

CPC 40.38 Quando a entidade obtém ativos financeiros ou não financeiros durante o período, por meio da posse de garantias que mantém como títulos e valores mobiliários (securities) ou outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito (por exemplo, garantias), e tais ativos satisfizerem o critério de reconhecimento previsto em outros pronunciamentos técnicos do CPC, a entidade deve divulgar para esses ativos mantidos na data de reporte:

(a) a natureza e o valor contábil dos ativos; e

(b) quando os ativos não são prontamente conversíveis em caixa, a política adotada pela entidade para alienação de tais ativos ou para seu uso em suas operações.

Risco de liquidezCPC 40.33 A entidade deve divulgar:

CPC40.39 (a) uma análise dos vencimentos para passivos financeiros não derivativos (incluindo contratos de garantia(a), (b) financeira) que demonstre os vencimentos contratuais remanescentes; e

(b) uma análise dos vencimentos para os instrumentos financeiros derivativos passivos. A análise dos vencimentos deve incluir os vencimentos contratuais remanescentes para aqueles passivos financeiros derivativos para os quais o vencimento contratual é essencial para o entendimento do momento de recebimento dos fluxos de caixa (ver item B11B).

Gestão do capital socialCPC 26.124 Algumas divulgações feitas de acordo com o item 122 são requeridas por outros Pronunciamentos,

orientações e interpretações. Por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 36 (R2) – Demonstrações Consolidadas requer que a entidade divulgue as razões pelas quais determinada participação societária em

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sociedade investida não constitui controle, ainda que mais de metade do poder de voto ou potencial poder de voto seja de sua propriedade, direta ou indiretamente. O Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento requer a divulgação dos critérios utilizados pela entidade para distinguir a propriedade de investimento da propriedade ocupada pelo dono e da propriedade mantida para venda no curso ordinário da atividade empresarial, nas situações em que a classificação das propriedades é difícil.

CPC 26.134 As entidades devem divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliar seus objetivos, políticas e processos de gestão de capital.

GarantiaCPC 3.R1.48 A entidade deve divulgar, acompanhada de um comentário da administração, os saldos de caixa e equivalentes

de caixa que não estejam disponíveis para uso pelo grupo.

CPC 40.15 Quando a entidade possui garantias (de ativos financeiros ou não financeiros) e está autorizada a vender ou reapresentar a garantia na ausência de descumprimento por parte do detentor da garantia, a entidade deve divulgar:

(a) o valor justo da garantia possuída;

(b) o valor justo de qualquer garantia vendida ou renovada, e se a entidade tem obrigação de devolvê-la; e

(c) os termos e as condições associados ao uso da garantia.

Provisão para perda com créditoCPC 40.38 Quando a entidade obtém ativos financeiros ou não financeiros durante o período, tomando posse de ativos

dados em garantia, e tais ativos satisfazem o critério de reconhecimento previsto em outros pronunciamentos do CPC, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza e o valor contábil do ativo obtido; e

(b) quando os ativos não são prontamente conversíveis em dinheiro, a política para venda de tais ativos ou para utilizá-los em suas operações.

32. Eventos subsequentesCPC 24.10 A entidade não deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações contábeis por eventos

subsequentes que são indicadores de condições que surgiram após o período contábil a que se referem as demonstrações.

CPC 24.21 Se os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis são significativos, mas não originam ajustes, sua não divulgação pode influenciar as decisões econômicas a serem tomadas pelos usuários com base nessas demonstrações. Consequentemente, a entidade deve divulgar as seguintes informações para cada categoria significativa de eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que não originam ajustes:

(a) a natureza do evento;

(b) a estimativa de seu efeito financeiro ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.

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Anotações

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Sobre a EYA EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria. Nossos insights e os serviços de qualidade que prestamos ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. Desenvolvemos líderes excepcionais que trabalham em equipe para cumprir nossos compromissos perante todas as partes interessadas. Com isso, desempenhamos papel fundamental na construção de um mundo de negócios melhor para nossas pessoas, nossos clientes e nossas comunidades.

No Brasil, a EY é a mais completa empresa de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria, com 5.000 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno, médio e grande portes.

Em 2012, a EY Brasil tornou-se Apoiadora Oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e fornecedora exclusiva de serviços de Consultoria para o Comitê Organizador. O alinhamento dos valores do Movimento Olímpico e da EY foi decisivo nessa iniciativa.

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