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Odontologia e Sociedade COMISSÃO EDITORIAL Editor Científico Moacyr da Silva Universidade de São Paulo Editores Associados Ida T. P. Calvielli Universidade de São Paulo Maria Ercilia de Araújo Universidade de São Paulo Simone Rennó Junqueira Universidade de São Paulo Conselheiros Andrés José Tumang Universidade Estadual de Maringá Antonio Bento de Moraes Universidade Estadual de Campinas Carlos Botazzo Instituto de Saúde/ Secretaria de Estado da Saúde Antonio Carlos Frias Universidade de São Paulo Edgard Crosato Universidade de São Paulo Edmir Matson Universidade de São Paulo Dalton Luiz de Paula Ramos Universidade de São Paulo Eduardo Daruge Esther Goldenberg Birman Universidade de São Paulo Hermínio Alberto Marques Porto Fermim Roland Schramm Escola Nacional de Saúde Pública/ Fundação Oswaldo Cruz Universidade Estadual de Campinas Genival Veloso de França Pontifícia Universidade Católica SP João Humberto Antoniazzi Hilda Ferreira Cardozo Universidade de São Paulo Universidade Federal de Paraíba José Roberto Magalhães Bastos Universidade de São Paulo Luiz Jean Laund Jorge Souza Lima Inst. Médico Legal de Belo Horizonte Universidade de São Paulo Marcos de Almeida Universidade de São Paulo Marcos Mazzeto Marco Segre Universidade de São Paulo Universidade Federal de São Paulo Nemre Adas Saliba Universidade de São Paulo Nilce Emy Tomita José Leopoldo Ferreira Antunes Universidade de São Paulo Universidade Estadual Paulista Paulo Capel Narvai Universidade de São Paulo Regina Maria Gifonni Marsiglia Paulo Antonio de Carvalho Fortes Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo Rogério Nogueira Oliveira Santa Casa de São Paulo Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani Roberto Augusto C. Fernandez Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo

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Odontologia e Sociedade

COMISSÃO EDITORIAL

Editor Científico

Moacyr da Silva

Universidade de São Paulo

Editores Associados

Ida T. P. Calvielli Universidade de São Paulo

Maria Ercilia de Araújo Universidade de São Paulo

Simone Rennó Junqueira Universidade de São Paulo

Conselheiros

Andrés José Tumang Universidade Estadual de Maringá

Antonio Bento de Moraes Universidade Estadual de Campinas

Carlos Botazzo Instituto de Saúde/

Secretaria de Estado da Saúde Antonio Carlos Frias

Universidade de São Paulo Edgard Crosato

Universidade de São Paulo

Edmir Matson Universidade de São Paulo

Dalton Luiz de Paula Ramos Universidade de São Paulo

Eduardo Daruge

Esther Goldenberg Birman Universidade de São Paulo

Hermínio Alberto Marques Porto

Fermim Roland Schramm

Escola Nacional de Saúde Pública/ Fundação Oswaldo Cruz

Universidade Estadual de Campinas

Genival Veloso de França

Pontifícia Universidade Católica SP

João Humberto Antoniazzi

Hilda Ferreira Cardozo

Universidade de São Paulo Universidade Federal de Paraíba

José Roberto Magalhães Bastos

Universidade de São Paulo

Luiz Jean Laund

Jorge Souza Lima

Inst. Médico Legal de Belo Horizonte Universidade de São Paulo

Marcos de Almeida

Universidade de São Paulo

Marcos Mazzeto

Marco Segre

Universidade de São Paulo Universidade Federal de São Paulo

Nemre Adas Saliba

Universidade de São Paulo

Nilce Emy Tomita

José Leopoldo Ferreira Antunes

Universidade de São Paulo Universidade Estadual Paulista

Paulo Capel Narvai

Universidade de São Paulo

Regina Maria Gifonni Marsiglia

Paulo Antonio de Carvalho Fortes

Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo

Rogério Nogueira Oliveira

Santa Casa de São Paulo

Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani

Roberto Augusto C. Fernandez

Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo

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Dados Internacionais de Catalogação-na-fonte (CIP) Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

Odontologia e Sociedade – Vol.6, no.1 (2004). São Paulo: Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, 2004

Semestral ISSN 1516-9480

1 – Odontologia Social – Brasil – Periódicos. I. Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia. Departamento de Odontologia Social.

CDU 616.314-084 (81) (05)

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Confirmando os nossos objetivos de fazer da Revista Odontologia e Sociedade o veículo

dedicado à difusão dos conhecimentos e acontecimentos da área da Odontologia Social, mais

uma vez, com esta edição especial, abre-se espaço para O VII EPATESPO – Encontro de

Técnicos e Administradores do Serviço Público Odontológico,realizado de 26 a 29 de maio de

2004 , em Marília, trazendo os resumos de todos os projetos apresentados durante o evento, as

experiências de profissionais devotados a melhoria do perfil da saúde bucal do Estado de São

Paulo, desde aquelas voltadas à educação em saúde e à promoção da saúde bucal, até as que

versam sobre a melhoria da gestão da atenção do sistema de saúde bucal.

Ressalta-se a importância do evento num momento histórico para a saúde bucal

brasileira. Depois de mais de uma década, organiza-se a III Conferência Nacional de Saúde

Bucal, fundamental para o fortalecimento do processo de inserção da saúde bucal no contexto

do Sistema Único de Saúde. Conhecer , debater e trocar experiências, são o passo inicial para

a consolidação de uma política nacional de saúde bucal universal, que busque de fato, prover

o país de um sistema capaz de responder às necessidades reais da população.

Esperamos que a nossa revista Odontologia e Sociedade possa continuar a contribuir

para a troca de idéias no campo da saúde bucal coletiva, como a que ocorre no EPATESPO,

tradicional momento de encontro de todos os que trabalham pela saúde bucal coletiva

paulista.

Profª Drª Ida T.P.Calvielli

Editora Associada

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva Prezados participantes,

Bem vindos a Marília, para mais um encontro ! É um momento especial, de troca de saberes e experiências que aproximam os que trabalham nos serviços

públicos, nas universidades, institutos de pesquisa e entidades de classe, labutando em prol de uma sociedade

mais justa, em que todos os cidadãos possam comer, falar, sorrir, beijar, amar... com muita saúde !

Para tanto o tema central do evento: “Saúde Bucal e as estratégias de aperfeiçoamento do SUS frente às

exigências da sociedade” direciona o conteúdo dos 5 cursos, do simpósio, das 3 mesas de debates, dos 99

pôsteres e das 73 comunicações coordenadas e estamos certos de que, no final, teremos propostas que

contribuirão para o aperfeiçoamento das políticas de saúde bucal no SUS.

Queremos expressar nossos agradecimentos a todos que possibilitaram a realização deste evento, ministrando

cursos, apresentando trabalhos, coordenando salas, às entidades que nos apoiaram, aos patrocinadores , a

Editoria da Revista Odontologia e Sociedade e a todos vocês, participantes, que nos honram com sua presença.

Comissão Organizadora

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

COMISSÃO ORGANIZADORA

Aglair Iglesias Duran Marco Antonio Manfredini Faculdade de Odontologia da PUC – Campinas Associação Paulista de Saúde Públcia Carlos Botazzo Maria Ercília Araujo Instituto de Saúde – SES-SP Faculdade de odontologia da USP Cintia Garcia Mesquita Neide Aparecida Sales Biscuola Presidente do VI EPATESPO Conselho Regional de Odontologia - SP Prefeitura Municipal de Sorocaba; Rogério Pereira dos Santos Maria Cristina M. Favero Prefeitura Municípal de Cubatão; Conselho Regional de Odontologia - SP Edelcio Francisco Anselmo Paulo Capel Narvai Prefeitura Municípal de Cubatão; Faculdade de Saúde Pública da USP Edna Cezar Balbino Roberto Augusto Castellanos Fernandez Conselho dos Secretários Municipais de Saúde-SP; Faculdade de Saúde Pública da USP Helenice Biancalana Rui de Andrade Dammenhainn Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas; Depto. Convênios de Assist. Médica do IAMSP José Geraldo Lupato Conrado Suzel Marlene Longhi Numes de Oliveira Secretaria de Estado da Saúde Direção Regional de Saúde XIV – Marília

Ana Flavia Pagliusi Angela Maria Spadari D’Amelio

Flávia Brandão Tena Pierozzi Francisco Ferreira de Souza José Miguel Tomazevic Maria Egláucia Maia Brandão Julie Silvia Martins Silvia Fedato Barbosa Stela Felix Machado Guillin Pedreira Vladen Vieira Maria da Candelária Soares Lucila Costa Coordenadora da Comissão Organizadora Presidente do VII EPATESPO

Comissão Científica

Carlos Botazzo Maria Ercília Araújo Helenice Biancalana Luiz Antonio Corsi Aglair Iglesias Duran Paulo Capel Narvai Simone Rennó Junqueira Tania Izabel Bighetti Forni – Doralice S. C. Teixeira – Presidente Secretaria

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva Indice Programa.............................................................................................................................................................................................................15

RESUMOS

Conferência A Saúde Bucal e as estratégias de aperfeiçoamento do SUS frente às exigências da sociedade – Gilbertp Pucca Jr.................................23. Curso 1 Modelos de Atenção à Saúde: PSF como estratégia de organização dos serviços – Marilda Siriani de Oliveira, Luís Claudio Sartori, Marcelo Bacci Coimbra........................................................................................................................................................................................23 Curso 3 Cuidados básicos em saúde bucal – Gabriela Doroty de Carvalho...................................................................................................................25 Curso Integrado 4 A Saúde Bucal no SUS – Silvia Cypriano..........................................................................................................................................................25 A estratégia do PSF – Gustavo Nicolini Fernandes...........................................................................................................................................25 Curso Integrado 5 Principais afecções bucais – Catalina Riera Costa............................................................................................................................................26 Percepção de risco – Sergio Funari....................................................................................................................................................................26 Curso 6 Educação em saúde – Zenaide Lázara Lessa, Elza Berro, Ana Clauda Fedato Nascimento, Silvana Cabral Lourenço....................................27 Mesa de debates 1 Saúde: Um direito de todos e dever do Estado – A saúde que temos, o SUS que queremos – Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho................................................................................................................................................................................................................27 Mesa de debates 3 Formação e Capacitação de Recursos Humanos em Saúde Bucal – Maria Luiza Jaegger e Paulo Henrique D`Angelo Seixas..................28 COORDENADAS CC01 – O cirurgião-dentista sob a ótica do paciente portador de Diabetes mellitus e a abordagem do contexto psicossocial no

tratamento e na relação pacienteprofissional – Luis Antonio Cherubini Carvalho..................................................................... . 28 CC02 – Assistência odontológica a pacientes portadores de necesssidades especiais no município de Barueri –SP – Flávio Antonio

Tambelini Juliani....................................................................................................................................................................................29 CC03 – O paciente com DST/AIDS: diagnóstico na rede pública municipal de Campinas – Regina Célia G. M. Rissi............................29 CC04 – Avaliação da Saúde Bucal em indivíduos acometidos de infecções de repetição das vias aéreas superiores na Unidade de

Saúde da Família CDHU – Marília – Leonardo de Toledo Ferreira............................................................................................... ..30 CC05 – Humanização e qualidade em serviços de saúde – Argeu Franco Furtado................................................................... .................. 30 CC06 – Diagnóstico em saúde bucal dos municípios pertencentes à DIR V – Osasco – Fausto Souza Martino................................ .......31 CC07 – Levantamento epidemiológico em jovens de 18 anos em Itapecirica da Serra – SP – Luciana Pinto Sales...................................31 CC08 – Procedimentos coletivos em saúde bucal: análise de experiência – Maria Marina Guedes Souza de Paula....................................32 CC09 – Custo-efetividade da fluoretação das águas de abastecimento público no município de São Paulo – Antonio Carlos Frias.......32 CC10 – A história de cárie dentária em Bauru após 25 anos de fluoretação das águas de abastecimento público – Laurita de Melo

Galvão....................................................................................................................................................................................................33 CC11 – Inspeção sanitária nos estabelecimentos de assistência odontológica do município de Campo Limpo Paulista – Luís Fernando

Nogueira Tofani.....................................................................................................................................................................................33 CC12 – Endodontia: especialidade ou necessidade? Experiência de 5 anos na saúde pública do município de Barueri – Cristiane de

Corrêa Queirós.......................................................................................................................................................................................34 CC13 – Prevalência de má-oclusões associadas a hábitos bucais – Rosemary M. U. Natsumeda................................................................34 CC14 – A importância de adoção de estratégias, em política alimentar para a saúde da população – Henrique Mendes Silva...............34 CC15 – Programa mamãe eu quero – Sebastião Batista Bueno.......................................................................................................................35 CC16 – A importância do controle da doença periodontal materna como fator de risco para o nascimento de prematuros com baixo

peso – Lívia Guimarães Zina................................................................................................................................................................35 CC16a- Implantação do serviços especializado em ortodontia preventiva e interceptadora no Centro de Especialidades

Odontológicas do Município de Araucária – PR –Jairo Marcos Gross...........................................................................................36 CC17 – A participação popular e a equipe de saúde bucal no PSF: construindo um conhecimento em comum – uma experiência em

Sobral – CE – Érico Marcos de Vasconcelo.........................................................................................................................................36 CC18 – Ortodontia na Saúde Coletiva de Cosmópolis – Clarice Sumie Ide...................................................................................................36 CC19 – A inserção da odontologia no PSF/PACS sem o incentivo financeiro do Ministério da Saúde – Alexandre Avancini Giovelli...37

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva CC20 – Programa Canguru-bebê – uma experiência na UBS Parque Paraíso – Iotapecirica da Serra – Maria Aparecida

Napolitano...37 CC21 – Cimento ionômero de vidro no pré-escolar – Luciane Pinheiro Rosa de Carvalho.........................................................................38 CC22 – Utilização de critérios de risco para redução de incidência de cárie em escolares de Divinolândia – SP – Maristela Darcie

Pereira...................................................................................................................................................................................................38 CC23 – Planos de assistência odontológica frente às denúncias registradas no PROCON/SP – Ricardo Pianta Rodrigues da Silva.......39 CC24 – As ações básicas da Pastoral da Criança na saúde bucal – um breve histórico – Alessandra de Lima.........................................39 CC25 – Educação em Saúde Bucal para pais de crianças de 0 a 2 anos – Sérgio Donha Yarid..................................................................40 CC26 – A família, a escola e o Projeto Boquinha – Mirian Aparecida Serrano Sanches...............................................................................40 CC27 – Avaliação e preparo pré-operatório em pacientes com alterações sistêmicas em cirurgia ambulatorial – Claudio Massami

Suzuki....................................................................................................................................................................................................40 CC28 – O papel do cirurgião-dentista no controle e prevenção da radiomucosite na teleterapia – Claudio Massami Susuki.................41 CC29 – A Odontologia paulista e a Saúde Pública – Luiz Vicente Souza Martino........................................................................................41 CC30 – Proposta de organização de campos de estágio curricular para o curso de odontologia na PUC Campinas nos serviço da

Secretaria Municipal de Saúde de Campinas – Aglair Iglesias Duran..............................................................................................42 CC31 – Marketing social como instrumento de educação nos serviços públicos de saúde bucal – Fábio Ricardo Loureiro Sato.............42 CC32 – A dialética entre o público e o privado na assistência odontológica: o setor supletivo poderá ser um substitutivo do setor

público no futuro? – Fábio Ricardo Loureiro Sato..............................................................................................................................42 CC33 – Sorriso na escola – mudança na estratégia de ações preventivas no município de Andradina – SP – Carlos Roberto Tencarte.43 CC 33A - Creche: morada de todos nós: educação, saúde e família – Elaine C.Di Blasio............................................................................43 CC34 – A percepção do adolescente frente a sua saúde bucal e aos serviços odontológicos da unidade de saúde do CAIC – Adrea

Gross.......................................................................................................................................................................................................44 CC35 – Odontologia em Saúde Coletiva: desenvolvendo a consciência pública sobre o traumatismo dentário – Hilton José Gurgel

Rodrigues................................................................................................................................................................................................44 CC36 – Saúde Bucal: compreendendo o perfil profissional do cirurgião-dentista e do atendente de consultório dentário no saúde da

família de Marília – Marilda Siriani de Oliveira..................................................................................................................................44 CC37 – Gestão de competências e desempenho dos profissionais em serviços de saúde - .Laura Pereira Robles.......................................45 CC38 – A educação no Brasil e o quase mercado (QUASE MARKET): promovendo o mercado educacional (Marketing the market)

– Marcia B. G. Liñan Figueiredo...........................................................................................................................................................45 CC38A – O papel da mulher na Odontologia: uma abordagem sociológica – Marcia B. G . Liñan Figueiredo.........................................46 CC39 – Incidência dos fatores de risco da doença cárie em crianças de 0 a 36 meses em duas regiões distintas do município de

Marília – SP – Celina Akiko Hara Okaji..............................................................................................................................................46 CC40 – Adoção dos critérios de risco familiar pelas equipes de saúde bucal do PSF/Fundação Zerbini – Walterson Mathias Prado....47 CC41 – Enfoque familiar – critérios de risco e assistência – Fabiana Pires de Campos Rodrigues...............................................................47 CC42 – Avaliação de risco nos procedimentos coletivos – Celia Regina Sincoç............................................................................................47 CC43 – Protocolo de atendimento odontológico no município de Maringá – PR. Modelo assistencial baseado no acolhimento, vínculo

e responsabilização – Suzana Goya.....................................................................................................................................................48 CC43A – Programa de atenção odontológica para bebês – Elane Vasconcelos de Campos Flor.................................................................48 CC44 – Odontogeriatria: perspectivas de uma nova especialidade na Odontologia – Eduardo Hebling...................................................49 CC45 – Serviço de atendimento à 3ª idade da Prefeitura Municipal de Cubatão – Arnaldo Massote........................................................49 CC46 – Avaliação da saúde bucal em idosos: Unidade de Saúde da Família Aniz Badra/Cesar Almeida Edilaine Menezes Martins

Capoi......................................................................................................................................................................................................49 CC47 – O câncer de boca e faringe na perspectiva da estratégia saúde da família: conhecer para intervir – Érico Marcos de

Vasconcelos...........................................................................................................................................................................................50 CC47A – Reflexões sobre a equipe de saúde bucal na estratégia Saúde da Família – relato de experiência em um município

nordestino – Érico Marcos deVasconcelos...........................................................................................................................................50 CC48 – A campanha de prevenção do câncer bucal que rendeu bons frutos – Célia Regina Sincoç..........................................................50 CC49 – Avaliação de indicadores de saúde bucal utilizados por municípios da região da Direção Regional de Saúde V – DIR V –

Osasco – Fausto.Souza Martino............................................................................................................................................................51 CC50 – Prevalência do edentulismo em usuários do Centro de Referência do Idoso – São Miguel Paulista – SP – Doralice Severo da

Cruz Teixeira.........................................................................................................................................................................................51 CC51- Do projeto impacto ao terceiro sorriso – Angelo Biasoli Jr................................................................................................................52 CC52 – Sorria Castilho – um programa de saúde pública visando devolver a saúde e a autoestima dos pacientes – Carlos Roberto

Tencarte.................................................................................................................................................................................................52 CC53 – Atenção à saúde bucal do bebê ao disoso: experiência da UBS Salvador de Leone – Antônio Carlos Caldeira Seba..................53 CC54 – Proposta de novo kit para armazenamento e distribuição de escovas de dente e dentifrício – Fabiano Vieira Vilhena.............53 CC55 – Antropologia cultural e saúde pública: desafios na promoção de saúde – Ricardo Henrique Alves da Silva...............................54 CC56 – Os resultados em saúde obtidos no município de Moji-Mirim, operacionalizando as conclusões da 12ª Conferência Nacional

de Saúde – Clarice Rodrigues Chabregas.............................................................................................................................................54 CC57 – Comitê de Saúde Bucal da DIR V – Osasco – João Alves dos Santos Neto......................................................................................55 CC58 – Programa de educação continuada em saáude bucal Só-riso – Peterson Luciano dos Santos........................................................55 CC59 – Programa de prevenção odontológico para pacientes oncológicos (cuidados para os efeitos adversos da quimio e radioterapia

– Claudio Massami Suzuki....................................................................................................................................................................56 CC60 – Protocolo de prevenção e atendimento a acidentes e emergências no ambulatório odontológico da COEVI – Claudio Massami

Suzuki....................................................................................................................................................................................................56 CC61 – Fatores associados à presença de cárie dentária em pré-escolares: uma abordagem sob a ótica do PSF – Julie S. Martins.....57 CC62 – Cartilha didática de prevenção em saúde bucal da Prefeitura Municipal de Cubatão – Dilene Drumond M. Marques.............57 CC63 – O ambiente físico de trabalho odontológico: iluminação, ruído e conforto térmico – Nelly Foster Ferreira...............................57 CC64 – Avaliação das condições político-sociais no município de Montenegro – RO – Ricardo Pianta Rodrigues da Silva....................58

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva CC65 – Absenteísmo odontológico e médico no serviço público e privado – Ronald Jefferson N. Martins...............................................58. CC66 – Odontologia para idosos – Município de Piquerobi – Norberto Lozano Gonçales.........................................................................59. CC67 – A importância da elaboração de um curso de atendente de consultório dentário no desenvolvimento do pessoal auxiliar em

odontologia – Marta Regina Liporacci................................................................................................................................................59. CC68 – A qualidade dos serviços e instalações vista pela ótica da população que utiliza o setor odontológico na Centro de Saúde

Alceu Valle Fernandes do município de Araucária – PR – Jairo Marcos Gross............................................................................60. PÔSTERS P001 – Repensando a prática da saúde: tratamento restaurador atraumático- Thiago dos Santos Machado Pontes...............................60.. P002 – Odontologia na saúde pública: equipe de saúde bucal no Programa de Saúde da Família – Carolina Lazzari............................60. P003 – Está havendo melhora na saúde bucal dos escolares e pré-escolares de Piracicaba nos últimos anos? – Silvia

Cypriano................................................................................................................................................................................................60. P004 – Condições de aleitamento das crianças inscritas na clínica de bebês de Votorantim – Luiz Antonio Corsi...................................61 P005 – Levantamento epidemilógico em saúde bucal de idosos institucionalizados de Campinas – SP – Eduardo Hebling.....................61 P006 – Condições de saúde bucal de idosos institucionalizados de Piracicaba – SP – Eduardo Hebling.....................................................62 P007 – Condições de saúde bucal de uma amostra de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

– SP – Ana Lucia de Azevedo Barilli....................................................................................................................................................62 P008 – Doença periodontal numa amostra de pacientes do Hospital ds Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. –

Ana L. A. Barilli....................................................................................................................................................................................63 P009 – Cárie dentária, condições periodontais, uso e necessidade de próteses em idosos da região de Sorocaba – Débora D. Silva.....63 P010 – Importância da fluoretação das águas de abastecimento público em municípios de pequeno porte – Maria Paula Maciel Rando

Meirelles...............................................................................................................................................................................................64 P011 – Consultórios transportáveis como uma estratégia de atenção e assistência em saúde bucal no município de Barueri – SP – Ana

Paula Chaves.........................................................................................................................................................................................64 P012 – O envelhecimento faz pensar. Novas perspectivas, novas abordagens, mudanças de paradigmas no tratar e no encarar o idoso

– Fernando Antonio Tambelini Juliani.................................................................................................................................................64 P013 – Teorias, noções, concepções e realidades; construindo e objetivando a promoção de saúde bucal em Barueri – SP – Luiz

Vicente Souza Martino.........................................................................................................................................................................65. P014 – Prevalência de cárie e má oclusão em crianças de 0 a 3 anos de idade matriculadas nas escolas maternais do município de

Barueri: uma análise de dois anos – Marília Fernandes Mathias.....................................................................................................65. P015 – Análise crítica da série histórica da índice CPO-D aos 12 anos de idade em dez anos de levantamento epidemiológicos em

saúde bucal em Barueri – SP – Fernando Antonio Tambelini Juliani..............................................................................................66. P016 – Agentes mecânicos e a ergonomia idealizada na prática odontológica – Artênio José Isper Garbin..............................................66 P017 – Modelo simplificado de assistência curativa especializada em odontopediatria para crianças na primeira infância no

município de Barueri - SP – Giselle Rodrigues Sant´Anna...............................................................................................................67 P018 – Risco de cárie e sua relação com defeitos de esmalte na região de Campinas – SP – Rosana H. S. Hoffmann.............................67 P019 – Resgatando sorrisos – Iara A. M. Butarelo...........................................................................................................................................67 P020 – Centro do sorriso – avalização e resultados dos procedimentos das especialidades – Regina Maria Máximo e Equipe do Centro

do Sorriso.............................................................................................................................................................................................68 P021 – Estudo comparativo da saúde bucal em crianças de idade pré-escolar que frequentam creches públicas em período integral e

crianças que nunca frequentaram esse tipo de instituição – Gisele Rocco Pereira.......................................................................68. P022 – Conduta de cirurgiões-dentistas da cidade de Uberlândia em relação aos resíduos sólidos de serviços de saúde – Regina Maria

Tolesano Loureiro................................................................................................................................................................................69. P023 – Programa de educação e promoção em saúde bucal nas escolas municipais de educação infantil (E.M.E.I.S.) do município de

Bauru – SP – “Sorria Bauru” – José Mauro de Castro Figliolia......................................................................................................69. P024 – Proposta de atenção à saúde bucal das crianças expostas ao HIV e das crianças HIV positivas (confirmadas

laboratorialmente) – Maria Ligia Gerdullo Pin.................................................................................................................................70. P025 – A utilização da chupeta com crianças síndrome de Down: aspectos fonoaudiológicos e odontológicos – Claudia Mendes Bazzo

Santili...................................................................................................................................................................................................70 P026 – Emprego da técnica ART em programa de saúde coletiva – resultados após 3, 6 e 12 meses – Wisley Barbosa Pereira............71 P027 – Redução do índice CPO-D em escolares do município de Buritama – Maria Neula Rodrigues Antonio.......................................71 P028 – Triagem segundo os critérios de risco para a cárie dentária nos alunos da E.M.E.F. Prof. “Walter Carrer” – São Manoel –

SP, visando a organização das ações odontológicas de acordo com a realidade individual encontrada – Eliane M. C. M. Barduco................................................................................................................................................................................................72

P029 – Transplante de germe de terceiro molar como alternativa de tratamento no serviços em nível de atenção secundária – Arnaldo Goldbaum.............................................................................................................................................................................................72

P030 – Indicadores de saúde bucal em escolares de Porto Feliz – SP – Brasil – Lívia Litsue Gushi.........................................................72 P031 – O despertar para uma nova prática: o cirurgião-dentista no Programa de Saúde da Família (PSF) – relato de experiência em

Sobral – CE – Érico Marcos de .Vasconcelos....................................................................................................................................73 P032 – Modelo assistencial de saúde e cárie dentária no município de Bilac – SP – Ronald Jefferson Martins........................................73 P033 – Análise comparativa da prevalência da cárie dentária em escolares do município de Mariápolis – SP – Roseli Regina Freire

Marconato............................................................................................................................................................................................74 P034 – Perfil epidemiológico em saúde bucal do município de Marília – SP – Ano 2003 – Lucila Costa................................................74 P035 – Indicadores de saúde bucal em crianças de 7 a 12 anos residentes m zona rual do município de Araçatuba – SP – Renata P. C.

B. Rodrigues........................................................................................................................................................................................75 P036 – Saúde bucal do idoso: uma situação além dos limites urbanos – Antonio Carlos Pacheco............................................................75 P037 – Condições de saúde bucal de adolescentes residentes em um bairro rural de Araçatuba – Ana Valéria Pagliari.......................76 P038 – Análise das dificuldades observadas em estudo epidemiológico domiciliar de uma população rural – Cezar Augusto Casotti.76

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva P039 – A importância do correto diagnóstico de cárie oclusal em saúde pública – Natanael Barbosa dos Santos....................................77 P040 – Efetividade do programa de saúde bucal: Unidades de Saúde da Família no município de Marília – SP – Nair E. Nishiura....77 P041 – Influência da qualidade de vida na doença cárie de pré-escolares – Augusto Cerveira..................................................................78 P042 – Prevenção como instrumento de inserção de excludentes sociais: a saúde bucal e o Projeto Alfa – Flávia Echuya Utumi.........78 P043 – A utilização do ART em consultórios transportáveis no município de Barueri – SP – Cristina Abid dos Santos.........................79 P044 – Atenção odontológica ao idoso – Nemre Adas Saliba,.........................................................................................................................79 P045 – Projeto Sorriso – Artur Nogueira – Elcio Ferreira Trentin.................................................................................................................79 P046 – Atenção à saúde das crianças nas creches municipais de Jacareí – Ana Mercedes Villas Bôas Abrahão.......................................80 P047 – Educação em saúde bucal com gestantes: uma experiência multidisciplinar – Gábor Imre Nagy.................................................80 P048 – A trajetória de atuação da equipe de saúde bucal do Centro de Saúde-Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto –

(USP) – do sistema incremental ao PSF – Rosa Cristina Bertoldi Polacchini..................................................................................81 P049 – Programa extramuros: promovendo saúde bucal à população Bauruense – Renata de Almeida Pernambuco.............................81 P050 – Terceiro setor, Pastoral da Criança e saúde bucal: análise de uma experiência spartacsiana – Rosani A. Alves Souza............82 P051 – Percepção de alunos do curso de odontologia da FOA-UNESP, da disciplina de Odontologia Preventiva e Social – Suzely A. S.

Moimaz.................................................................................................................................................................................................82 P052 – Avaliação dos teores de flúor das águas de abastecimento do distrito de Guarapiranga –SP: uma medida de controle – Fabíola

S. J. S. Bueno e Silva............................................................................................................................................................................83 P053 – O papel do estágio supervisionado na Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna DIR I – Capital – GTR-3

(COEVI) sob o ponto de vista dos estagiários (alunos da FOUNISA) – Flávia Monari Belmonte................................................83 P054 – Panorama da saúde bucal – DIR XV de Piracicaba, 2001 a 2003 – Simone Rennó Junqeira..........................................................83 P055 – Integração da saúde bucal com a equipe de PSF – Délvia P. Dall’Acqua.........................................................................................84 P056 – Qualidade de vida em pacientes com dor orofacial: proposta de avaliação qualitativa – Maria Ercília de Araújo.......................84 P057 – Adequação bucal em pacientes HIV positivos – Ana Aída Lins do Valle..........................................................................................85 P058 – Participação da Secretaria de Estado da Saúde – DIR I – Capital, no evento promovido pela Força Sindical, em 1º de maio de

2002 e 2003 – Eduardo Roberto Montel...............................................................................................................................................85 P059 – Tratamento restaurados atraumático (ART) no serviço público adaptado à área rural carente – Flávia Pereira de Souza.......86 P060 – Declínio da cárie dentária em crianças de 5 e 12 anos no município de Poço Fundo – MG – Juliana Julianelli de Araújo..........86 P061 – Trauma dental – uma realidade no cotidiano da odontopediatria – Ligia Guimarães Ambrósio...................................................86 P062 – Manual para assistência odontológica domiciliar no Programa de Saúde da Família – Arnaldo Goldbaum................................87 P063 – O conhecimento de agentes comunitários de saúde e seu papel na área d saúde bucal – Raquel Gonçalves Haddad...................87 P064 – VER-SUS/BRASIL: Vivências e estágios na realidade do Sistema Único de Saúde do Brasil – SGETES/Departamento de Educação na Saúde (DEGES).....................................................................................................88 P065 – A prevalência dos acidentes biológicos nos profissionais de saúde do município de Campos dos Goytacazes – RJ – Aracélie de Souza Coutinho Mayerhoffer...........................................................................................................................88 P066 – O acidente biológico e sua influência na vida profissional e social dos trabalhadores de saúde bucal – Aracélie de Souza Coutinho Mayerhoffer..................................................................................................................89 P067 – Capacitação para cirurgiões-dentistas inseridos nas equipes de Saúde da Família – Suzel Marlene Longhi Nunes de Oliveira..89 P068 – Formação profissional frente o atendimento ao portador do HIV: uma abordagem ética – Fabíola S. J. Ferro Bueno e Silva...90 P069 – Equipe de saúde bucal (ESB): expansão do mercado de trabalho para a categoria odontológica – Dagmar de Paula Queluz....90 P070 – Atendimento domiciliar em odontologia - Gesiamy Francisco de. Oliveira......................................................................................91 P071 – O acesso das pacientes gestantes ao tratamento odontológico – Najara Barbosa da Rocha.............................................................91 P072 – Análise da qualidade do atendimento odontológico nas Unidades Básicas de Saúde de um município do Vale do Paraíba – SP

– Marilis Bason Cury............................................................................................................................................................................92 P073 – Consentimento livre esclarecido: seus aspectos éticos e legais – Patrícia Elaine Golçalves.............................................................92 P074 – Proposta de assistência odontológica a paacientes HIV positivos (atenção especial à gestantes) – Nildiceli L. Melo Zanella.....92 P075 – AIDS em crianças: aspectos relacionados à responsabilidade ética e legal – Luciane Miranda Guerra..........................................93 P076 – A compreensão dos pesquisadores da odontologia sobre ética em pesquisa com seres humanos – Luciana Maria Cavalcante Melo........................................................................................................................93 P077 – Métodos de sensibilização odontológica em saúde pública – Ana Lucio Figueiredo Pessoa de Barros............................................94 P078 – A percepção do usuário sobre os serviços oferecidos pelo SUS – Priscila Ariede Petinuci Bardal...................................................94 P079 – Projeto colorindo a vida – Renata de Almeida Pernambuco................................................................................................................95 P080 – Importância da promoção de saúde durante a gravidez – Keila Aziz Chehoud de Moraes.............................................................95 P081 – Evolução do nível de conhecimento e conscientização sobre saúde bucal em portadores de necessidades especiais – Gisele Rocco Pereira.................................................................................................................................95 P082 – Odontologia do trabalho e Sistema Único de Saúde – uma reflexão – Kelly Polido Kaneshiro Olympio.......................................96 P083 – Tratamento restaurador atraumático em Saúde Coletiva: vilão ou mocinho? – Elaine Maria C. M. Barduco.............................96 P084 – Desafio para as equipes do Programa de Saúde da Família: classificação interdisciplinar de famílias – Solange A. Gual........96 P085 – Inserção da saúde bucal no Programa Saúde da Família (PSF) de Sobral – CE: experiência inicial em Aprazível – Claudio Braz Haro.............................................................................................................................................................97 P086 – Medicamentos pediátricos x saúde bucal – Luiz Maurício Nogueira Nunes......................................................................................97 P087 – A odontopediatria na promoção de saúde bucal – Luiz Maurício Nogueira Nunes..........................................................................98 P088 – Acesso e autopercepção da saúde bucal no Estado de São Paulo, 2002 – Tania Izabel T. Forni.....................................................98 P089 – Algumas condições de saúde bucal no Estado de São Paulo, 2002 – Simone R. Junqueira..............................................................99 P090 – SAMS (Serviço de Atendimento Móvel de Saúde): perspectivas de saúde – Sueli Yanase.............................................................99 P091 – A influência da orientação da mãe desde o período pré-natal sobre a qualidade da saúde bucal da criança – Carmen Ligia Guilen de Oliveira .........................................................................................................................................................100 P092 – Cárie dentária segundo o nível sócio-econômico em crianças de Itapetininga –SP – Lilian Berta Rihs Perianes.........................100 P093 – A organização dos planos de assistência suplementar frente a garantia do atendimento odontológico – Ricardo P. Rodrigues da Silva..................................................................................................................................................................................................101

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva P094 – Impacto do tratamento restaurador atraumático modificado nos percentis de peso e altura de crianças portadoras de cárie

rampante – Giselle Rodrigues de Sant’Anna......................................................................................................................................101 P095 – Cobrança de honorários: é estabelecida pelo código de ética? – Adriana Beatriz S. P. Fernandes.................................................101 P096 – Nível de conhecimento relativo à saúde Bucal em escolares participantes de um programa educativo – Alessandro

Ap.Pereira............................................................................................................................................................................................102 P097 – A saúde bucal nos planos municipais de saúde – Andréia Antoniuk Presta.....................................................................................102 P098 – Legalidade dos arquivos digitais na odontologia – Bruno Cabús Gois............................................................................................103 P099 – Cirurgião-dentista como membro do Conselho Gestor da Unidade do Qualis Jardim Guairacá – Grace Vitória l. Chan

Rissato.................................................................................................................................................................................................103

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

Prezados participantes,

Bem vindos a Marília, para mais um encontro ! É um momento especial, de troca de saberes e experiências que aproximam os que trabalham nos serviços

públicos, nas universidades, institutos de pesquisa e entidades de classe, labutando em prol de uma sociedade

mais justa, em que todos os cidadãos possam comer, falar, sorrir, beijar, amar... com muita saúde !

Para tanto o tema central do evento: “Saúde Bucal e as estratégias de aperfeiçoamento do SUS frente às

exigências da sociedade” direciona o conteúdo dos 5 cursos, do simpósio, das 3 mesas de debates, dos 99

pôsteres e das 73 comunicações coordenadas e estamos certos de que, no final, teremos propostas que

contribuirão para o aperfeiçoamento das políticas de saúde bucal no SUS.

Queremos expressar nossos agradecimentos a todos que possibilitaram a realização deste evento, ministrando

cursos, apresentando trabalhos, coordenando salas, às entidades que nos apoiaram, aos patrocinadores , a

Editoria da Revista Odontologia e Sociedade e a todos vocês, participantes, que nos honram com sua presença.

Comissão Organizadora

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Aglair Iglesias Duran Marco Antonio Manfredini Faculdade de Odontologia da PUC – Campinas Associação Paulista de Saúde Públcia Carlos Botazzo Maria Ercília Araujo Instituto de Saúde – SES-SP Faculdade de Odontologia da USP Cintia Garcia Mesquita Neide Aparecida Sales Biscuola Presidente do VI EPATESPO Conselho Regional de Odontologia - SP Prefeitura Municipal de Sorocaba; Rogério Pereira dos Santos Maria Cristina M. Favero Prefeitura Municípal de Cubatão; Conselho Regional de Odontologia - SP Edelcio Francisco Anselmo Paulo Capel Narvai Prefeitura Municípal de Cubatão; Faculdade de Saúde Pública da USP Edna Cezar Balbino Roberto Augusto Castellanos Fernandez Conselho dos Secretários Municipais de Saúde-SP; Faculdade de Saúde Pública da USP Helenice Biancalana Rui de Andrade Dammenhainn Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas; Depto. Convênios de Assist. Médica do IAMSP José Geraldo Lupato Conrado Suzel Marlene Longhi Numes de Oliveira Secretaria de Estado da Saúde Direção Regional de Saúde XIV – Marília

Ana Flavia Pagliusi Angela Maria Spadari D’Amelio

Flávia Brandão Tena Pierozzi Francisco Ferreira de Souza José Miguel Tomazevic Maria Egláucia Maia Brandão Julie Silvia Martins Silvia Fedato Barbosa Stela Felix Machado Guillin Pedreira Vladen Vieira Maria da Candelária Soares Lucila Costa Coordenadora da Comissão Organizadora Presidente do VII EPATESPO

Comissão Científica

Carlos Botazzo Maria Ercília Araújo Helenice Biancalana Luiz Antonio Corsi Aglair Iglesias Duran Paulo Capel Narvai Simone Rennó Junqueira Tania Izabel Bighetti Forni – Doralice S. C. Teixeira – Presidente Secretaria

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Indice Programa.............................................................................................................................................................................................................15 Conferência A Saúde Bucal e as estratégias de aperfeiçoamento do SUS frente às exigências da sociedade – Gilbertp Pucca Jr.................................23. Curso 1 Modelos de Atenção à Saúde: PSF como estratégia de organização dos serviços – Marilda Siriani de Oliveira, Luís Claudio Sartori, Marcelo Bacci Coimbra........................................................................................................................................................................................23 Curso 3 Cuidados básicos em saúde bucal – Gabriela Doroty de Carvalho...................................................................................................................25 Curso Integrado 4 A Saúde Bucal no SUS – Silvia Cypriano..........................................................................................................................................................25 A estratégia do PSF – Gustavo Nicolini Fernandes...........................................................................................................................................25 Curso Integrado 5 Principais afecções bucais – Catalina Riera Costa............................................................................................................................................26 Percepção de risco – Sergio Funari....................................................................................................................................................................26 Curso 6 Educação em saúde – Zenaide Lázara Lessa, Elza Berro, Ana Clauda Fedato Nascimento, Silvana Cabral Lourenço....................................27 Mesa de debates 1 Saúde: Um direito de todos e dever do Estado – A saúde que temos, o SUS que queremos – Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho................................................................................................................................................................................................................27 Mesa de debates 3 Formação e Capacitação de Recursos Humanos em Saúde Bucal – Maria Luiza Jaegger e Paulo Henrique D`Angelo Seixas..................28 COORDENADAS CC01 – O cirurgião-dentista sob a ótica do paciente portador de Diabetes mellitus e a abordagem do contexto psicossocial no

tratamento e na relação pacienteprofissional – Luis Antonio Cherubini Carvalho..................................................................... . 28 CC02 – Assistência odontológica a pacientes portadores de necesssidades especiais no município de Barueri –SP – Flávio Antonio

Tambelini Juliani....................................................................................................................................................................................29 CC03 – O paciente com DST/AIDS: diagnóstico na rede pública municipal de Campinas – Regina Célia G. M. Rissi............................29 CC04 – Avaliação da Saúde Bucal em indivíduos acometidos de infecções de repetição das vias aéreas superiores na Unidade de

Saúde da Família CDHU – Marília – Leonardo de Toledo Ferreira............................................................................................... ..30 CC05 – Humanização e qualidade em serviços de saúde – Argeu Franco Furtado................................................................... .................. 30 CC06 – Diagnóstico em saúde bucal dos municípios pertencentes à DIR V – Osasco – Fausto Souza Martino................................ .......31 CC07 – Levantamento epidemiológico em jovens de 18 anos em Itapecirica da Serra – SP – Luciana Pinto Sales...................................31 CC08 – Procedimentos coletivos em saúde bucal: análise de experiência – Maria Marina Guedes Souza de Paula....................................32 CC09 – Custo-efetividade da fluoretação das águas de abastecimento público no município de São Paulo – Antonio Carlos Frias.......32 CC10 – A história de cárie dentária em Bauru após 25 anos de fluoretação das águas de abastecimento público – Laurita de Melo

Galvão....................................................................................................................................................................................................33 CC11 – Inspeção sanitária nos estabelecimentos de assistência odontológica do município de Campo Limpo Paulista – Luís Fernando

Nogueira Tofani.....................................................................................................................................................................................33 CC12 – Endodontia: especialidade ou necessidade? Experiência de 5 anos na saúde pública do município de Barueri – Cristiane de

Corrêa Queirós.......................................................................................................................................................................................34 CC13 – Prevalência de má-oclusões associadas a hábitos bucais – Rosemary M. U. Natsumeda................................................................34 CC14 – A importância de adoção de estratégias, em política alimentar para a saúde da população – Henrique Mendes Silva...............34 CC15 – Programa mamãe eu quero – Sebastião Batista Bueno.......................................................................................................................35 CC16 – A importância do controle da doença periodontal materna como fator de risco para o nascimento de prematuros com baixo

peso – Lívia Guimarães Zina................................................................................................................................................................35 CC16a- Implantação do serviços especializado em ortodontia preventiva e interceptadora no Centro de Especialidades

Odontológicas do Município de Araucária – PR –Jairo Marcos Gross...........................................................................................36 CC17 – A participação popular e a equipe de saúde bucal no PSF: construindo um conhecimento em comum – uma experiência em

Sobral – CE – Érico Marcos de Vasconcelo.........................................................................................................................................36 CC18 – Ortodontia na Saúde Coletiva de Cosmópolis – Clarice Sumie Ide...................................................................................................36 CC19 – A inserção da odontologia no PSF/PACS sem o incentivo financeiro do Ministério da Saúde – Alexandre Avancini Giovelli...37 VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva CC20 – Programa Canguru-bebê – uma experiência na UBS Parque Paraíso – Iotapecirica da Serra – Maria Aparecida

Napolitano...37 CC21 – Cimento ionômero de vidro no pré-escolar – Luciane Pinheiro Rosa de Carvalho.........................................................................38 VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva CC22 – Utilização de critérios de risco para redução de incidência de cárie em escolares de Divinolândia – SP – Maristela Darcie

Pereira...................................................................................................................................................................................................38 CC23 – Planos de assistência odontológica frente às denúncias registradas no PROCON/SP – Ricardo Pianta Rodrigues da Silva.......39 CC24 – As ações básicas da Pastoral da Criança na saúde bucal – um breve histórico – Alessandra de Lima.........................................39 CC25 – Educação em Saúde Bucal para pais de crianças de 0 a 2 anos – Sérgio Donha Yarid..................................................................40 CC26 – A família, a escola e o Projeto Boquinha – Mirian Aparecida Serrano Sanches...............................................................................40 CC27 – Avaliação e preparo pré-operatório em pacientes com alterações sistêmicas em cirurgia ambulatorial – Claudio Massami

Suzuki....................................................................................................................................................................................................40

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

CC28 – O papel do cirurgião-dentista no controle e prevenção da radiomucosite na teleterapia – Claudio Massami Susuki.................41 CC29 – A Odontologia paulista e a Saúde Pública – Luiz Vicente Souza Martino........................................................................................41 CC30 – Proposta de organização de campos de estágio curricular para o curso de odontologia na PUC Campinas nos serviço da

Secretaria Municipal de Saúde de Campinas – Aglair Iglesias Duran..............................................................................................42 CC31 – Marketing social como instrumento de educação nos serviços públicos de saúde bucal – Fábio Ricardo Loureiro Sato.............42 CC32 – A dialética entre o público e o privado na assistência odontológica: o setor supletivo poderá ser um substitutivo do setor

público no futuro? – Fábio Ricardo Loureiro Sato..............................................................................................................................42 CC33 – Sorriso na escola – mudança na estratégia de ações preventivas no município de Andradina – SP – Carlos Roberto Tencarte.43 CC 33A - Creche: morada de todos nós: educação, saúde e família – Elaine C.Di Blasio............................................................................43 CC34 – A percepção do adolescente frente a sua saúde bucal e aos serviços odontológicos da unidade de saúde do CAIC – Adrea

Gross.......................................................................................................................................................................................................44 CC35 – Odontologia em Saúde Coletiva: desenvolvendo a consciência pública sobre o traumatismo dentário – Hilton José Gurgel

Rodrigues................................................................................................................................................................................................44 CC36 – Saúde Bucal: compreendendo o perfil profissional do cirurgião-dentista e do atendente de consultório dentário no saúde da

família de Marília – Marilda Siriani de Oliveira..................................................................................................................................44 CC37 – Gestão de competências e desempenho dos profissionais em serviços de saúde - .Laura Pereira Robles.......................................45 CC38 – A educação no Brasil e o quase mercado (QUASE MARKET): promovendo o mercado educacional (Marketing the market)

– Marcia B. G. Liñan Figueiredo...........................................................................................................................................................45 CC38A – O papel da mulher na Odontologia: uma abordagem sociológica – Marcia B. G . Liñan Figueiredo.........................................46 CC39 – Incidência dos fatores de risco da doença cárie em crianças de 0 a 36 meses em duas regiões distintas do município de

Marília – SP – Celina Akiko Hara Okaji..............................................................................................................................................46 CC40 – Adoção dos critérios de risco familiar pelas equipes de saúde bucal do PSF/Fundação Zerbini – Walterson Mathias Prado....47 CC41 – Enfoque familiar – critérios de risco e assistência – Fabiana Pires de Campos Rodrigues...............................................................47 CC42 – Avaliação de risco nos procedimentos coletivos – Celia Regina Sincoç............................................................................................47 CC43 – Protocolo de atendimento odontológico no município de Maringá – PR. Modelo assistencial baseado no acolhimento, vínculo

e responsabilização – Suzana Goya.....................................................................................................................................................48 CC43A – Programa de atenção odontológica para bebês – Elane Vasconcelos de Campos Flor.................................................................48 CC44 – Odontogeriatria: perspectivas de uma nova especialidade na Odontologia – Eduardo Hebling...................................................49 CC45 – Serviço de atendimento à 3ª idade da Prefeitura Municipal de Cubatão – Arnaldo Massote........................................................49 CC46 – Avaliação da saúde bucal em idosos: Unidade de Saúde da Família Aniz Badra/Cesar Almeida Edilaine Menezes Martins

Capoi......................................................................................................................................................................................................49 CC47 – O câncer de boca e faringe na perspectiva da estratégia saúde da família: conhecer para intervir – Érico Marcos de

Vasconcelos...........................................................................................................................................................................................50 CC47A – Reflexões sobre a equipe de saúde bucal na estratégia Saúde da Família – relato de experiência em um município

nordestino – Érico Marcos deVasconcelos...........................................................................................................................................50 CC48 – A campanha de prevenção do câncer bucal que rendeu bons frutos – Célia Regina Sincoç..........................................................50 CC49 – Avaliação de indicadores de saúde bucal utilizados por municípios da região da Direção Regional de Saúde V – DIR V –

Osasco – Fausto.Souza Martino............................................................................................................................................................51 CC50 – Prevalência do edentulismo em usuários do Centro de Referência do Idoso – São Miguel Paulista – SP – Doralice Severo da

Cruz Teixeira.........................................................................................................................................................................................51 CC51- Do projeto impacto ao terceiro sorriso – Angelo Biasoli Jr................................................................................................................52 CC52 – Sorria Castilho – um programa de saúde pública visando devolver a saúde e a autoestima dos pacientes – Carlos Roberto

Tencarte.................................................................................................................................................................................................52 CC53 – Atenção à saúde bucal do bebê ao disoso: experiência da UBS Salvador de Leone – Antônio Carlos Caldeira Seba..................53 CC54 – Proposta de novo kit para armazenamento e distribuição de escovas de dente e dentifrício – Fabiano Vieira Vilhena.............53 CC55 – Antropologia cultural e saúde pública: desafios na promoção de saúde – Ricardo Henrique Alves da Silva...............................54 CC56 – Os resultados em saúde obtidos no município de Moji-Mirim, operacionalizando as conclusões da 12ª Conferência Nacional

de Saúde – Clarice Rodrigues Chabregas.............................................................................................................................................54 CC57 – Comitê de Saúde Bucal da DIR V – Osasco – João Alves dos Santos Neto......................................................................................55 CC58 – Programa de educação continuada em saáude bucal Só-riso – Peterson Luciano dos Santos........................................................55 CC59 – Programa de prevenção odontológico para pacientes oncológicos (cuidados para os efeitos adversos da quimio e radioterapia

– Claudio Massami Suzuki....................................................................................................................................................................56 CC60 – Protocolo de prevenção e atendimento a acidentes e emergências no ambulatório odontológico da COEVI – Claudio Massami

Suzuki....................................................................................................................................................................................................56 CC61 – Fatores associados à presença de cárie dentária em pré-escolares: uma abordagem sob a ótica do PSF – Julie S. Martins.....57 CC62 – Cartilha didática de prevenção em saúde bucal da Prefeitura Municipal de Cubatão – Dilene Drumond M. Marques.............57 CC63 – O ambiente físico de trabalho odontológico: iluminação, ruído e conforto térmico – Nelly Foster Ferreira...............................57 CC64 – Avaliação das condições político-sociais no município de Montenegro – RO – Ricardo Pianta Rodrigues da Silva....................58 VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva CC65 – Absenteísmo odontológico e médico no serviço público e privado – Ronald Jefferson N. Martins...............................................58. CC66 – Odontologia para idosos – Município de Piquerobi – Norberto Lozano Gonçales.........................................................................59. CC67 – A importância da elaboração de um curso de atendente de consultório dentário no desenvolvimento do pessoal auxiliar em

odontologia – Marta Regina Liporacci................................................................................................................................................59. CC68 – A qualidade dos serviços e instalações vista pela ótica da população que utiliza o setor odontológico na Centro de Saúde

Alceu Valle Fernandes do município de Araucária – PR – Jairo Marcos Gross............................................................................60. PÔSTERS P001 – Repensando a prática da saúde: tratamento restaurador atraumático- Thiago dos Santos Machado Pontes...............................60.. P002 – Odontologia na saúde pública: equipe de saúde bucal no Programa de Saúde da Família – Carolina Lazzari............................60. P003 – Está havendo melhora na saúde bucal dos escolares e pré-escolares de Piracicaba nos últimos anos? – Silvia

Cypriano................................................................................................................................................................................................60. P004 – Condições de aleitamento das crianças inscritas na clínica de bebês de Votorantim – Luiz Antonio Corsi...................................61 P005 – Levantamento epidemilógico em saúde bucal de idosos institucionalizados de Campinas – SP – Eduardo Hebling.....................61 P006 – Condições de saúde bucal de idosos institucionalizados de Piracicaba – SP – Eduardo Hebling.....................................................62 P007 – Condições de saúde bucal de uma amostra de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

– SP – Ana Lucia de Azevedo Barilli....................................................................................................................................................62 P008 – Doença periodontal numa amostra de pacientes do Hospital ds Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. –

Ana L. A. Barilli....................................................................................................................................................................................63 P009 – Cárie dentária, condições periodontais, uso e necessidade de próteses em idosos da região de Sorocaba – Débora D. Silva.....63 P010 – Importância da fluoretação das águas de abastecimento público em municípios de pequeno porte – Maria Paula Maciel Rando

Meirelles...............................................................................................................................................................................................64

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

P011 – Consultórios transportáveis como uma estratégia de atenção e assistência em saúde bucal no município de Barueri – SP – Ana Paula Chaves.........................................................................................................................................................................................64

P012 – O envelhecimento faz pensar. Novas perspectivas, novas abordagens, mudanças de paradigmas no tratar e no encarar o idoso – Fernando Antonio Tambelini Juliani.................................................................................................................................................64

P013 – Teorias, noções, concepções e realidades; construindo e objetivando a promoção de saúde bucal em Barueri – SP – Luiz Vicente Souza Martino.........................................................................................................................................................................65.

P014 – Prevalência de cárie e má oclusão em crianças de 0 a 3 anos de idade matriculadas nas escolas maternais do município de Barueri: uma análise de dois anos – Marília Fernandes Mathias.....................................................................................................65.

P015 – Análise crítica da série histórica da índice CPO-D aos 12 anos de idade em dez anos de levantamento epidemiológicos em saúde bucal em Barueri – SP – Fernando Antonio Tambelini Juliani..............................................................................................66.

P016 – Agentes mecânicos e a ergonomia idealizada na prática odontológica – Artênio José Isper Garbin..............................................66 P017 – Modelo simplificado de assistência curativa especializada em odontopediatria para crianças na primeira infância no

município de Barueri - SP – Giselle Rodrigues Sant´Anna...............................................................................................................67 P018 – Risco de cárie e sua relação com defeitos de esmalte na região de Campinas – SP – Rosana H. S. Hoffmann.............................67 P019 – Resgatando sorrisos – Iara A. M. Butarelo...........................................................................................................................................67 P020 – Centro do sorriso – avalização e resultados dos procedimentos das especialidades – Regina Maria Máximo e Equipe do Centro

do Sorriso.............................................................................................................................................................................................68 P021 – Estudo comparativo da saúde bucal em crianças de idade pré-escolar que frequentam creches públicas em período integral e

crianças que nunca frequentaram esse tipo de instituição – Gisele Rocco Pereira.......................................................................68. P022 – Conduta de cirurgiões-dentistas da cidade de Uberlândia em relação aos resíduos sólidos de serviços de saúde – Regina Maria

Tolesano Loureiro................................................................................................................................................................................69. P023 – Programa de educação e promoção em saúde bucal nas escolas municipais de educação infantil (E.M.E.I.S.) do município de

Bauru – SP – “Sorria Bauru” – José Mauro de Castro Figliolia......................................................................................................69. P024 – Proposta de atenção à saúde bucal das crianças expostas ao HIV e das crianças HIV positivas (confirmadas

laboratorialmente) – Maria Ligia Gerdullo Pin.................................................................................................................................70. P025 – A utilização da chupeta com crianças síndrome de Down: aspectos fonoaudiológicos e odontológicos – Claudia Mendes Bazzo

Santili...................................................................................................................................................................................................70 P026 – Emprego da técnica ART em programa de saúde coletiva – resultados após 3, 6 e 12 meses – Wisley Barbosa Pereira............71 P027 – Redução do índice CPO-D em escolares do município de Buritama – Maria Neula Rodrigues Antonio.......................................71 P028 – Triagem segundo os critérios de risco para a cárie dentária nos alunos da E.M.E.F. Prof. “Walter Carrer” – São Manoel –

SP, visando a organização das ações odontológicas de acordo com a realidade individual encontrada – Eliane M. C. M. Barduco................................................................................................................................................................................................72

P029 – Transplante de germe de terceiro molar como alternativa de tratamento no serviços em nível de atenção secundária – Arnaldo Goldbaum.............................................................................................................................................................................................72

P030 – Indicadores de saúde bucal em escolares de Porto Feliz – SP – Brasil – Lívia Litsue Gushi.........................................................72 P031 – O despertar para uma nova prática: o cirurgião-dentista no Programa de Saúde da Família (PSF) – relato de experiência em

Sobral – CE – Érico Marcos de .Vasconcelos....................................................................................................................................73 P032 – Modelo assistencial de saúde e cárie dentária no município de Bilac – SP – Ronald Jefferson Martins........................................73 P033 – Análise comparativa da prevalência da cárie dentária em escolares do município de Mariápolis – SP – Roseli Regina Freire

Marconato............................................................................................................................................................................................74 P034 – Perfil epidemiológico em saúde bucal do município de Marília – SP – Ano 2003 – Lucila Costa................................................74 P035 – Indic S.bucal em crianças de 7 a 12 anos da zona rural do mun. de Araçatuba – Renata P.C.B. Rodrigues..............................75 P036 – Saúde bucal do idoso: uma situação além dos limites urbanos – Antonio Carlos Pacheco............................................................75 P037 – Condições de saúde bucal de adolescentes residentes em um bairro rural de Araçatuba – Ana Valéria Pagliari.......................76 P038 – Análise das dificuldades observadas em estudo epidemiológico domiciliar de uma população rural – Cezar Augusto Casotti.76 VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva P039 – A importância do correto diagnóstico de cárie oclusal em saúde pública – Natanael Barbosa dos Santos....................................77 P040 – Efetividade do programa de saúde bucal: Unidades de Saúde da Família no município de Marília – SP – Nair E. Nishiura....77 P041 – Influência da qualidade de vida na doença cárie de pré-escolares – Augusto Cerveira..................................................................78 P042 – Prevenção como instrumento de inserção de excludentes sociais: a saúde bucal e o Projeto Alfa – Flávia Echuya Utumi.........78 P043 – A utilização do ART em consultórios transportáveis no município de Barueri – SP – Cristina Abid dos Santos.........................79 P044 – Atenção odontológica ao idoso – Nemre Adas Saliba,.........................................................................................................................79 P045 – Projeto Sorriso – Artur Nogueira – Elcio Ferreira Trentin.................................................................................................................79 P046 – Atenção à saúde das crianças nas creches municipais de Jacareí – Ana Mercedes Villas Bôas Abrahão.......................................80 P047 – Educação em saúde bucal com gestantes: uma experiência multidisciplinar – Gábor Imre Nagy.................................................80 P048 – A trajetória de atuação da equipe de saúde bucal do Centro de Saúde-Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto –

(USP) – do sistema incremental ao PSF – Rosa Cristina Bertoldi Polacchini..................................................................................81 P049 – Programa extramuros: promovendo saúde bucal à população Bauruense – Renata de Almeida Pernambuco.............................81 P050 – Terceiro setor, Pastoral da Criança e saúde bucal: análise de uma experiência spartacsiana – Rosani A. Alves Souza............82 P051 – Percepção de alunos do curso de odontologia da FOA-UNESP, da disciplina de Odontologia Preventiva e Social – Suzely A. S.

Moimaz.................................................................................................................................................................................................82 P052 – Avaliação dos teores de flúor das águas de abastecimento do distrito de Guarapiranga –SP: uma medida de controle – Fabíola

S. J. S. Bueno e Silva............................................................................................................................................................................83 P053 – O papel do estágio supervisionado na Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna DIR I – Capital – GTR-3

(COEVI) sob o ponto de vista dos estagiários (alunos da FOUNISA) – Flávia Monari Belmonte................................................83 P054 – Panorama da saúde bucal – DIR XV de Piracicaba, 2001 a 2003 – Simone Rennó Junqeira..........................................................83 P055 – Integração da saúde bucal com a equipe de PSF – Délvia P. Dall’Acqua.........................................................................................84 P056 – Qualidade de vida em pacientes com dor orofacial: proposta de avaliação qualitativa – Maria Ercília de Araújo.......................84 P057 – Adequação bucal em pacientes HIV positivos – Ana Aída Lins do Valle..........................................................................................85 P058 – Participação da Secretaria de Estado da Saúde – DIR I – Capital, no evento promovido pela Força Sindical, em 1º de maio de

2002 e 2003 – Eduardo Roberto Montel...............................................................................................................................................85 P059 – Tratamento restaurados atraumático (ART) no serviço público adaptado à área rural carente – Flávia Pereira de Souza.......86 P060 – Declínio da cárie dentária em crianças de 5 e 12 anos no município de Poço Fundo – MG – Juliana Julianelli de Araújo..........86 P061 – Trauma dental – uma realidade no cotidiano da odontopediatria – Ligia Guimarães Ambrósio...................................................86 P062 – Manual para assistência odontológica domiciliar no Programa de Saúde da Família – Arnaldo Goldbaum................................87 P063 – O conhecimento de agentes comunitários de saúde e seu papel na área d saúde bucal – Raquel Gonçalves Haddad...................87 P064 – VER-SUS/BRASIL: Vivências e estágios na realidade do Sistema Único de Saúde do Brasil – SGETES/Departamento de Educação na Saúde (DEGES).....................................................................................................88 P065 – A prevalência dos acidentes biológicos nos profissionais de saúde do município de Campos dos Goytacazes – RJ – Aracélie de Souza Coutinho Mayerhoffer...........................................................................................................................88

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

P066 – O acidente biológico e sua influência na vida profis. e social dos trab. e saúde bucal – Aracélie de Souza Coutinho Mayerhoffer...........................................................................................................................................................................................89

P067 – Capacitação para cirurgiões-dentistas inseridos nas equipes de Saúde da Família – Suzel Marlene Longhi Nunes de Oliveira..89 P068 – Formação profissional frente o atendimento ao portador do HIV: uma abordagem ética – Fabíola S. J. Ferro Bueno e Silva...90 P069 – Equipe de saúde bucal (ESB): expansão do mercado de trabalho para a categoria odontológica – Dagmar de Paula Queluz....90 P070 – Atendimento domiciliar em odontologia - Gesiamy Francisco de. Oliveira......................................................................................91 P071 – O acesso das pacientes gestantes ao tratamento odontológico – Najara Barbosa da Rocha.............................................................91 P072 – Análise da qualidade do atendimento odontológico nas Unidades Básicas de Saúde de um município do Vale do Paraíba – SP

– Marilis Bason Cury............................................................................................................................................................................92 P073 – Consentimento livre esclarecido: seus aspectos éticos e legais – Patrícia Elaine Golçalves.............................................................92 P074 – Proposta de assistência odontológica a paacientes HIV positivos (atenção especial à gestantes) – Nildiceli L. Melo Zanella.....92 P075 – AIDS em crianças: aspectos relacionados à responsabilidade ética e legal – Luciane Miranda Guerra..........................................93 P076 – A compreensão dos pesquisadores da odontologia sobre ética em pesquisa com seres humanos – Luciana Maria Cavalcante Melo........................................................................................................................93 P077 – Métodos de sensibilização odontológica em saúde pública – Ana Lucio Figueiredo Pessoa de Barros............................................94 P078 – A percepção do usuário sobre os serviços oferecidos pelo SUS – Priscila Ariede Petinuci Bardal...................................................94 P079 – Projeto colorindo a vida – Renata de Almeida Pernambuco................................................................................................................95 P080 – Importância da promoção de saúde durante a gravidez – Keila Aziz Chehoud de Moraes.............................................................95 P081 – Evolução do nível de conhecimento e conscientização sobre saúde bucal em portadores de necessidades especiais – Gisele Rocco Pereira.................................................................................................................................95 P082 – Odontologia do trabalho e Sistema Único de Saúde – uma reflexão – Kelly Polido Kaneshiro Olympio.......................................96 P083 – Tratamento restaurador atraumático em Saúde Coletiva: vilão ou mocinho? – Elaine Maria C. M. Barduco.............................96 P084 – Desafio para as equipes do Programa de Saúde da Família: classificação interdisciplinar de famílias – Solange A. Gual........96 P085 – Inserção da saúde bucal no Programa Saúde da Família (PSF) de Sobral – CE: experiência inicial em Aprazível – Claudio Braz Haro.............................................................................................................................................................97 P086 – Medicamentos pediátricos x saúde bucal – Luiz Maurício Nogueira Nunes......................................................................................97 P087 – A odontopediatria na promoção de saúde bucal – Luiz Maurício Nogueira Nunes..........................................................................98 P088 – Acesso e autopercepção da saúde bucal no Estado de São Paulo, 2002 – Tania Izabel T. Forni.....................................................98 P089 – Algumas condições de saúde bucal no Estado de São Paulo, 2002 – Simone R. Junqueira..............................................................99 P090 – SAMS (Serviço de Atendimento Móvel de Saúde): perspectivas de saúde – Sueli Yanase.............................................................99 P091 – A influência da orientação da mãe desde o período pré-natal sobre a qualidade da saúde bucal da criança – Carmen Ligia Guilen de Oliveira .........................................................................................................................................................100 P092 – Cárie dentária segundo o nível sócio-econômico em crianças de Itapetininga –SP – Lilian Berta Rihs Perianes.........................100 P093 – A organização dos planos de assistência suplementar frente a garantia do atendimento odontológico – Ricardo P. Rodrigues da Silva..................................................................................................................................................................................................101 VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva P094 – Impacto do tratamento restaurador atraumático modificado nos percentis de peso e altura de crianças portadoras de cárie

rampante – Giselle Rodrigues de Sant’Anna......................................................................................................................................101 P095 – Cobrança de honorários: é estabelecida pelo código de ética? – Adriana Beatriz S. P. Fernandes.................................................101 P096 – Nível de conhecimento relativo à saúde Bucal em escolares participantes de um programa educativo – Alessandro

Ap.Pereira............................................................................................................................................................................................102 P097 – A saúde bucal nos planos municipais de saúde – Andréia Antoniuk Presta.....................................................................................102 P098 – Legalidade dos arquivos digitais na odontologia – Bruno Cabús Gois............................................................................................103 P099 – CD como membro do Conselho Gestor da Unidade do Qualis J Guairacá- Grace V.l. Chan Rissato................ .........................103

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

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P R O G R A M A

26 DE MAIO - QUARTA-FEIRA 19:00 h - Abertura Solene 20:00 h - Conferência:– " A Saúde Bucal e as estratégias de aperfeiçoamento do SUS frente às exigências da sociedade " Conferencista:Gilberto Pucca Jr - Coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde 20:30 h - Atividade cultural Coquetel – Inauguração da Feira Promocional Local: UNIMAR – Prédio da Reitoria

27 DE MAIO – QUINTA FEIRA

8.00 – inscrições e retirada de material: secretaria do evento – saguão da Reitoria

CURSOS - 8:00 às 12:00 H

27 DE MAIO DE 2004 – QUINTA FEIRA

Curso 1 - Público alvo: Cirurgiões Dentistas - Local: Anfiteatro da Faculdade de Direito - 150 vagas Modelos de Atenção à Saúde: PSF como estratégia de organização dos serviços

Marilda Siriani de Oliveira (Marília) Luis Claudio Sartori (São Paulo)

Marcelo Bacci Coimbra (Amparo)

Curso 2 - Público alvo: Cirurgiões Dentistas - Local: Sala da Faculdade de Direito - 120 vagas A utilização de critérios de risco de doenças bucais e a eqüidade Julie Silvia Martins Curso 3 - Público alvo: Cirurgiões Dentistas - Local: Sala da Faculdade de Direito - 120 vagas Cuidados Básicos em Saúde Bucal

Gabriela Dorothy de Carvalho Curso Integrado 4 - Público alvo: Estudante de Odontologia - Local: Sala da Odontologia - 120 vagas

08:00 às 10:00: A Saúde Bucal no SUS - Silvia Cypriano 10:00 às 12:00: A estratégia do PSF - Gustavo Nicolini Fernandes

Curso Integrado 5 - Público alvo: Cirurgiões Dentistas - Local: Faculdade de Odontologia – sala 303

08:00 às 10:00 h - Principais afecções bucais - Catalina Riera Costa 10:00 às 12:00 h - Percepção de Risco - Sérgio Funari Simpósio – 8:00 às 12:00 horas - Local: Prédio da Reitoria UNIMAR - 600 vagas Tema: Gestão Municipal de Saúde Bucal: recursos humanos, financeiros e materiais

Marco Antonio Manfredini Gilson de Carvalho

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

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PÔSTER : Faculdade de Odontologia: salas 329 e 333

COMUNICAÇÕES COORDENADAS: 13:30 ÀS 16:30 H

LOCAL: SALAS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Sala 303 - Humanização e qualidade em serviços de saúde Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 01 O cirurgião-dentista sob a ótica do paciente portador de

Diabetes mellitus e a abordagem do contexto psicossocial no tratamento e na relação paciente-profissional

Luis Antonio Cherubini Carvalho

14:00 CC 02 Assistência odontológica a pacientes portadores de necessidades especiais no município de Barueri – SP

Flávio Antônio Tambelini Juliani

14:30 CC 03 O paciente com DST/AIDS: diagnóstico na rede pública municipal de Campinas

Regina Célia G.M. Rissi

15:00 CC 04 Avaliação da Saúde Bucal em indivíduos acometidos de infecções de repetição das vias aéreas superiores na Unidade de Saúde da Família CDHU - Marília

Leonardo de Toledo Ferreira

15:30 CC 05 Humanização e qualidade em serviços de saúde Argeu Franco Furtado 16:00 D I S C U S S Ã O

Sala 304 – Atenção integral em saúde bucal Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 06 Diagnóstico em saúde bucal dos municípios pertencentes à

DIR V – Osasco Fausto Souza Martino

14:00 CC 07 Levantamento Epidemiológico em jovens de 18 anos em Itapecerica da Serra – SP

Luciana Pinto Sales

14:30 CC 08 Procedimentos coletivos em saúde bucal: análise de experiência

Maria Marina Guedes Souza de Paula

15:00 CC 09 Custo-efetividade da fluoretação das águas de abastecimento público no município de São Paulo

Antônio Carlos Frias

15:30 CC 10 A história de cárie dentária em Bauru após 25 anos de fluoretação das águas de abastecimento público

Laurita de Melo Galvão

16:00 CC 11 Inspeção sanitária nos estabelecimentos de assistência odontológica do município de Campo Limpo Paulista

Luís Fernando Nogueira Tofani

16:30 D I S C U S S Ã O

PO01 a PO40 Atenção Integral em Saúde Bucal P0041 a PO53 Intersetorialidade e Transdisciplinariedade PO054 a PO62 Resolutividade do Serviço de Saúde Bucal PO063 a PO69 Formação de Recursos Humanos PO070 a PO 081 Humanização e qualidade em serviços de saúde PO082 a 099 Temas livres Horário de apresentação: 10:00 às 10:30 h

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27 DE MAIO: QUINTA FEIRA

COMUNICAÇÕES COORDENADAS: 13:30 ÀS 16:30 h Local: SALAS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Sala 309 – Atenção integral em saúde bucal

Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 12 Endodontia: especialidade ou necessidade?

Experiência de 5 anos na saúde pública do município de Barueri

Cristiane de Corrêa Queirós

14.00 CC 13 Prevalência de má-oclusões associadas a hábitos bucais

Rosemary Marico Ushiro Natsumeda

14:30 CC 14 A importância de adoção de estratégias, em política alimentar para a saúde da população

Henrique Mendes Silva

15:00 CC 15 Programa mamãe eu quero Sebastião Batista Bueno 15:30 CC 16 A importância do controle da doença

periodontal materna como um fator de risco para o nascimento de prematuros com baixo peso

Lívia Guimarães Zina

16:00 CC 16A Implantação do serviço especializado em ortodontia preventiva e interceptadora no Centro de Especialidades Odontológicas no município de Araucária - PR

Jairo Marcos Gross

16:30 D I S C U S S Ã O

Sala 314 - Resolutividade dos serviços Hora Título Apresentador (a)

13:30 CC 17 A participação popular e a equipe de saúde bucal no PSF: construindo um conhecimento em comum – uma experiência em Sobral - CE

Érico Marcos de Vasconcelos

14:00 CC 18 Ortodontia na Saúde Coletiva de Cosmópolis Clarice Sumie Ide 14:30 CC 19 A inserção da odontologia no PSF/PACS sem o incentivo

financeiro do Ministério da Saúde Alexandre Avancini Giovelli

15:00 CC 20 Programa Canguru-bebê – uma experiência na UBS Parque Paraiso - Itapecerica da Serra

Maria Aparecida Napolitano

15:30 CC 21 Cimento ionômero de vidro no pré-escolar Luciane Pinheiro Rosa de Carvalho 16:00 CC 22 Utilização de critérios de risco para redução de incidência

de cárie em escolares de Divinolândia - SP Maristela Darcie Pereira

16:30 D I S C U S S Ã O

Sala 315 –Tema livre Hora Título Apresentador (a) 13:30 CC 23 Planos de assistência odontológica frente às denúncias

registradas no PROCON/SP Ricardo Pianta Rodrigues da Silva

14:00 CC 24 As ações básicas da Pastoral da Criança na saúde bucal – um breve histórico

Alessandra de Lima

14:30 CC 25 Educação em Saúde Bucal para pais de crianças de 0 a 2 anos

Sérgio Donha Yarid

15:00 CC 26 A família, a escola e o Projeto Boquinha Miriam Aparecida Serrano Sanches 15:30 CC 27 Avaliação e preparo pré-operatório em pacientes com

alterações sistêmicas em cirurgia ambulatorial Cláudio Massami Suzuki

16:00 CC 28 O papel do cirurgião-dentista no controle e prevenção da radiomucosite na teleterapia

Cláudio Massami Susuki

16:30 D IS C U S S Ã O

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27 DE MAIO DE 2004 – QUINTA FEIRA

COMUNICAÇÕES COORDENADAS: 13:30 ÀS 16:30 h Local: SALAS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Sala 320 – Intersetorialidade e transdisciplinaridade

Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 29 A Odontologia paulista e a Saúde Pública Luiz Vicente Souza Martino 14:00 CC 30 Proposta de organização de campos de estágio curricular

para o curso de odontologia na PUC Campinas nos serviços da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas

Aglair Iglesias Duran

14:30 CC 31 Marketing social como instrumento de educação nos serviços públicos de saúde bucal

Fábio Ricardo Loureiro Sato

15:00 CC 32 A dialética entre o público e o privado na assistência odontológica: o setor supletivo poderá ser um substitutivo do setor público no futuro?

Fábio Ricardo Loureiro Sato

15:30 CC 33 Sorriso na escola - Mudança na estratégia de ações preventivas no município de Andradina/SP

Carlos Roberto Tencarte

16:00 CC 33A Creche: morada de todos nós: educação, saúde e família Elaine C. Di Blasio 16:30 D I S C U S S Ã O

Horário: 17:00 às 19:00 horas Mesa de debates 1 – Local: Anfiteatro da Reitoria

Tema: Saúde: um direito de todos e dever do Estado - A saúde que temos, o SUS que queremos Apresentador: Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho Debatedores : Marco Antonio Manfredini José Ênio Servilha Duarte Oswaldo Yoshimi Tanaka

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28 DE MAIO: SEXTA FEIRA

8:00 às 12:00 H

MESA DE DEBATES 2 - LOCAL: ANFITEATRO DA REITORIA

CURSOS – SALAS DA FACULDADE DE DIREITO

PÔSTER : Faculdade de Odontologia: salas 329 e 333 PÔSTER : FACULDADE DE ODONTOLOGIA: SALAS 329 E 333

PÔSTER : FACULDADE DE ODONTOLOGIA: SALAS 329 E 333

Tema: Humanização e Qualidade em Saúde Bucal: equidade e justiça Apresentador: Carlos Botazzo Debatedores: Paulo Antonio Fortes Dalton Luiz de Paula Ramos

Curso 6 – Público alvo: Atendente de Consultório Dentário e Técnico em Higiene Dental - Tema: Educação em Saúde Zenaide Lázara Lessa Elza Berro Ana Claudia Fedato Nascimento Silvana Cabral Lourenço Curso 7 – Público alvo: Agentes Comunitários de Saúde Tema: Saúde Bucal e os ciclos de Regina Auxiliadora de Amorim Marques

PO01 a PO40 Atenção Integral em Saúde Bucal P0041 a PO53 Intersetorialidade e Transdisciplinariedade PO054 a PO62 Resolutividade do Serviço de Saúde Bucal PO063 a PO69 Formação de Recursos Humanos PO070 a PO 081 Humanização e qualidade em serviços de saúde PO082 a 099 Temas livres Horário de apresentação: 10:00 às 10:30 h

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28 DE MAIO: SEXTA FEIRA

COMUNICAÇÕES COORDENADAS: 13:30 ÀS 16:30 h Local: SALAS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Sala 303 - Humanização e qualidade em serviços de saúde

Formação de Recursos Humanos Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 34 A percepção do adolescente frente a sua saúde bucal e aos

serviços odontológicos da unidade de saúde do CAIC Andrea Gross

14:00 CC 35 Odontologia em Saúde Coletiva: Desenvolvendo a consciência pública sobre o traumatismo dentário

Hilton José Gurgel Rodrigues

14:30 CC 36 Saúde Bucal: compreendendo o perfil profissional do Cirurgião-Dentista e do Atendente de Consultório Dentário no Saúde da Família de Marília

Marilda Siriani de Oliveira

15:00 CC 37 Gestão de competências e desempenho dos profissionais em serviços de saúde

Laura Pereira Robles

15:30 CC 38 A educação no Brasil e o quase mercado (QUASI MARKET): promovendo o mercado educacional (Marketig the market)

Marcia Boen Garcia Liñan Figueiredo

16:00 CC 38A O papel da mulher na Odontologia: uma abordagem sociológica

Marcia Boen Garcia Liñan figueiredo

16:30 D I S C U S S Ã O

Sala 304 – Atenção integral em saúde bucal Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 39 Incidência dos fatores de risco da doença cárie em

crianças de 0 a 36 meses em duas regiões distintas do município de Marília – SP

Celina Akiko Hara Okaji

14:00 CC 40 Adoção dos critérios de risco familiar pelas equipes de saúde bucal do PSF/Fundação Zerbini

Walterson Mathias Prado

14:30 CC 41 Enfoque familiar – critérios de risco e assistência Fabiana Pires de Campos Rodrigues 15:00 CC 42 Avaliação de risco nos procedimentos coletivos Célia Regina Sinkoç 15:30 CC 43 Protocolo do atendimento odontológico no município de

Maringá – PR. Modelo Assistencial baseado no acolhimento, vínculo e responsabilização

Suzana Goya

16:00 CC 43A Programa de Atenção odontológica para bebês Elane Vasconcelos de Campos Flor 16:30 D I S C U S S Ã O

Sala 309 - Atenção integral em saúde bucal

Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 44 Odontogeriatria: perspectivas de uma nova especialidade

na Odontologia Eduardo Hebling

14:00 CC 45 Serviço de atendimento a 3ª idade da Prefeitura Municipal de Cubatão

Arnaldo Massote

14:30 CC 46 Avaliação da saúde bucal em idosos: unidade de saúde da família Aniz Badra/Cesar Almeida

Edilaine Menezes Martins Capoi

15:00 CC 47 O câncer de boca e faringe na perspectiva da estratégia saúde da família: conhecer para intervir

Érico Marcos de Vasconcelos

15:30 CC 47 A Reflexões sobre a equipe de saúde bucal na estratégia Saúde da Família – relato de experiência em um município nordestino

Érico Marcos Vasconcelos

16:00 CC 48 A campanha de prevenção do câncer bucal que rendeu bons frutos

Célia Regina Sinkoç

16:30 D I S C U S S Ã O

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28 DE MAIO: SEXTA FEIRA

COMUNICAÇÕES COORDENADAS: 13:30 ÀS 16:30 h Local: SALAS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Sala 314 - Resolutividade do serviço de saúde bucal

Hora Título Apresentador (a)

13:30 CC 49 Avaliação de indicadores de saúde bucal utilizados por municípios da região da Direção Regional de Saúde da DIR V – Osasco

Fausto Souza Martino

14:00 CC 50 Prevalência do edentulismo em usuários do Centro de Referência do idoso – São Miguel Paulista – SP

Doralice Severo da Cruz Teixeira

14:30 CC 51 Do projeto impacto ao terceiro sorriso Angelo Biasoli Júnior 15:00 CC 52 Sorria Castilho – um programa de saúde pública visando

devolver a saúde e a autoestima dos pacientes Carlos Roberto Tencarte

15:30 CC 53 Atenção à saúde bucal do bebê ao idoso: experiência da UBS Salvador de Leone

Antônio Carlos Caldeira Seba

16:00 CC 54 Proposta de novo kit para armazenamento e distribuição de escovas de dente e dentifrício

Fabiano Vieira Vilhena

16:30 D I S C U S S Ã O

Sala 315 – Tema livre Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 55 Antropologia cultural e saúde pública: desafios na

promoção de saúde Ricardo Henrique Alves da Silva

14:00 CC 56 Os resultados em saúde obtidos no município de Mogi-Mirim, operacionalizando as conclusões da 12ª Conferência Nacional de Saúde

Clarice Rodrigues Chabregas

14:30 CC 57 Comitê de Saúde Bucal da DIR V- Osasco João Alves dos Santos Neto 15:00 CC 58 Programa de educação continuada em saúde bucal Só-riso Peterson Luciano dos Santos 16.00 D IS C U S S Ã O

Sala 320 – Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 59 Programa de prevenção odontológico para pacientes

oncológicos (cuidados para os efeitos adversos da quimio e radioterapia)

Claudio Massami Susuki

14:00 CC 60 Protocolo de prevenção e atendimento a acidentes e emergências no ambulatório odontológico da COEVI

Cláudio Massami Suzuki

14:30 CC 61 Fatores associados à presença de cárie dentária em pré-escolares: uma abordagem sob a ótica do PSF

Julie Silvia Martins

15:00 CC 62 Cartilha didática de prevenção em saúde bucal da Prefeitura Municipal de Cubatão

Dilene Drumond M. Marques

15:30 D I S C U S S Ã O

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VII Encontro Paulista dos Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico VI Congresso Paulista de Odontologia em Saúde Coletiva

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28 DE MAIO: SEXTA FEIRA

COMUNICAÇÕES COORDENADAS: 13:30 ÀS 16:30 h Local: SALAS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Sala 334 – Tema livre e Formação de Recursos Humanos

Hora No. Título Apresentador (a) 13:30 CC 63 O ambiente físico de trabalho odontológico: iluminação,

ruído e conforto térmico Nelly Foster Ferreira

14:00 CC 64 Avaliação das condições político-sociais no município de Montenegro – RO

Ricardo Pianta Rodrigues da Silva

14:30 CC 65 Absenteismo odontológico e médico no serviço público e privado

Ronald Jefferson N. Martins

15:00 CC 66 Odontologia para idosos – Município de Piquerobi Norberto Lozano Gonçales 15:30 CC 67 A importância da elaboração de um curso de atendente de

consultório dentário no desenvolvimento do pessoal auxiliar em odontologia

Marta Regina Liporacci

16:00 CC 68 A qualidade dos serviços e instalações vista pela ótica da população que utiliza o setor odontológico no Centro de Saúde Alceu Valle Fernandes do Município de Araucária - PR

Jairo Marcos Gross

16:30 D I S C U S S Ã O

MESA DE DEBATES 3 – 17:00 ÀS 19:00 HORAS Local: Anfiteatro da Reitoria

Formação e Capacitação de Recursos Humanos em Saúde Bucal Apresentadores: Maria Luiza Jaegger Paulo Henrique D’Ângelo Seixas Debatedores: Luciane Maria Pezzato Maria Ercília de Araújo Paulo Frazão

29 DE MAIO DE 2.004 - SÁBADO

8:00 às 12:00 horas

Plenária final Local: Anfiteatro da Reitoria Até breve !

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CONFERÊNCIA DE ABERTURA “A SAÚDE BUCAL E AS ESTRATÉGIAS DE APERFEIÇOAMENTO DO SUS FRENTE ÀS EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE”. Gilberto Alfredo Pucca Jr Cirurgião-Dentista,Pós-graduado em Saúde Pública, Mestre em Epidemiologia do envelhecimento, Professor do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. Coordenador Nacional de Saúde Bucal - MS As diretrizes do Ministério da Saúde apontam para uma reorganização do modelo assistencial, tendo uma concepção de saúde não mais centrada somente na assistência aos doentes, mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco. Assim, as ações e serviços devem resultar de um adequado conhecimento da realidade de saúde de cada localidade para, a partir disso, construir uma prática efetivamente resolutiva. Para a reorganização da atenção básica do SUS, a estratégia de Saúde da Família foi criada em 1994. As ações dessa estratégia colocam os profissionais em contato com a realidade local. É fundamental ter a consciência das diferenças sociais e culturais entre os profissionais do serviço e usuários. A promoção de saúde bucal está inserida num conceito amplo de saúde não tendo uma dimensão meramente técnica do setor odontológico, integrado às demais práticas de saúde coletiva. Buscando ampliar o acesso da população às ações de promoção, prevenção e recuperação da Saúde Bucal, o Ministério da Saúde criou, em dezembro de 2000, os incentivos para a implantação de Equipes de Saúde Bucal vinculadas ao Programa Saúde da Família. Uma nova prática com a possibilidade de reorientar o processo de trabalho e a própria inserção da saúde bucal no âmbito dos serviços de saúde. Além da ampliação e qualificação da Atenção Básica em Odontologia, faz-se necessário, também, propiciar aumento do acesso aos níveis secundário e terciário de atenção, estabelecendo sistemas de referência e contra-referência em saúde bucal nos sistemas regionais de saúde. CURSO 1 – MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: PSF COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS. Marilda Siriani de Oliveira Professora de Epidemiologia, Planejamento e Administração em Serviços de Saúde da Faculdade de Medicina de Marília, Coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde da Família,

Coordenadora da Atenção Básica e do Programa Saúde da Família de Marília-SP.

O desafio colocado para os Gestores Locais de Saúde na mudança do modelo de atenção é concreto quando se pensa a prática da enfermeira e do médico, tendo em vista o paradigma da formação médica que fundamenta o modelo de atenção à saúde vigente, centrado no médico, na atenção curativa, hospitalocêntrica, com alta tecnologia. E o profissional cirurgião-dentista neste cenário? A Odontologia, como as demais áreas da saúde, tem que responder às necessidades epidemiológicas da sociedade, e mais com um desafio a ser enfrentado muito maior, qual seja o do rompimento da odontologia de mercado, que não dá acesso a um grande contingente da população brasileira. O profissional tem que resgatar seu papel no contexto da saúde brasileira, discutir a organização dos serviços de saúde bucal, o modelo de atenção em saúde bucal que se deseja e a saúde bucal que a sociedade almeja, as condições de trabalho, sua formação, o trabalho em equipe e todos os determinantes deste complexo “fazer em saúde”. A proposta de substituição do modelo de atenção, utilizando-se como estratégia o Saúde da Família, tem se mostrado eficiente e eficaz quando se trata da atenção prestada pela equipe simplificada originalmente proposta pelo Ministério da Saúde, qual seja, um médico, um enfermeiro, duas auxiliares de enfermagem, quatro a seis Agentes Comunitários de Saúde. Se os pressupostos deste modelo: adscrição de clientela, enfoque na família e comunidade, trabalho em equipe, vínculo e co-responsabilidade, integralidade das ações e resolutividade, intersetorialidade e estímulo à participação social vem fundamentando o sucesso da estratégia, a não inclusão dos profissionais de Saúde Bucal na equipe, só pode ser entendida como restrição de recursos. Os municípios que por vontade política inseriu logo de início a equipe de Saúde Bucal, pode observar a potencialidade e a força desta estratégia na reorganização dos serviços. A utilização da epidemiologia social e do planejamento estratégico, como ferramentas para compreensão dos processos sociais das famílias, comunidades e do território, possibilitou ações diferentes das até então desenvolvidas no modelo tradicional, muito centrado no Modelo Incremental, de atenção aos escolares, conflitante com os princípios da equidade, e ações marcadas pela mutilação. O PSF força os gestores a buscarem soluções para novas demandas, até então ocultas em função da atenção prestada ser direcionada a clientela que demanda os serviços de saúde, clientela esta que quando consegue o acesso, muitas vezes significa mutilação, sem possibilidade de reabilitação no serviço público. Por isso oferecer próteses na Odontologia pública passa a ser

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prioridade número um e logo em seguida surge a necessidade de implantação de serviços de endodontia. Um referencial interessante, Diagrama de Vigilância à Saúde, adaptado por Paim, J.S. 1994, que sistematiza e possibilita a visualização das ações de saúde, aplicável a qualquer problema de saúde, pode ser uma ferramenta para as equipes de PSF, aqui incluída as de Saúde Bucal. O Diagrama identifica três faixas de controle, os das causas, o dos riscos e de controle dos danos, possibilitando a identificação de uma intervenção social organizada para o controle das causas e de ações Programáticas de Saúde (Oferta Organizada) para o Controle dos Riscos e de Danos. Todas estas ações desenvolvidas em um cenário de desenvolvimento de consciência sanitária e ecológica, através da Educação em Saúde. Nesta perspectiva, a estratégia do Saúde da Família – sem desconhecer a carga que, eventualmente, possa estar suportando, no bojo da admiração arreflexiva, do ceticismo incrédulo ou da oposição acrítica – é sem dúvida, uma realidade e uma possibilidade para a concretização do SUS, para reorganização dos serviços de saúde bucal e para transformação do ensino e das práticas na formação dos futuros profissionais de saúde, na área odontológica. Luís Cláudio Sartori Mestre em Saúde Pública O conceito de atenção básica em saúde bucal, aplicável no Programa Saúde da Família, deve ser encarado de forma ampla, com foco na prevenção, participação comunitária, enfoque multi-setorial e na oferta, o mais equânime possível dos serviços, que não se limitem apenas às práticas curativas indispensáveis. Duas características principais, estruturantes do PSF, o território definido e o cadastro das famílias, quando aplicadas à saúde bucal, descortinam a possibilidade de programação diferenciada, em base epidemiológica. As equipes de saúde da família, compostas pela base mínima e profissionais da saúde bucal, têm por desafio reconhecer a realidade epidemiológica de saúde bucal dos cadastrados e programar atividades que rapidamente dêem respostas adequadas a essa realidade territorial. A porta privilegiada de entrada no sistema deve ser o cadastro de famílias e a programação das ações deve contemplar todos os seus membros, independentemente da faixa etária de cada um deles. A equipe de saúde bucal precisa ser encorajada a se apropriar das informações do cadastro de famílias, antes de qualquer intervenção. Nesse instrumento estão contidas informações básicas sobre as condições de vida de cada família e sua inserção social, essenciais para que as ações programadas pelas equipes, para intervir na realidade de saúde das famílias, seja direcionada ao

que de fato se revele como problema. Considerando a necessidade da integração da saúde bucal com o restante das programações do PSF, devem ser identificadas ações de menor complexidade e maior abrangência populacional, com caráter de promoção da saúde bucal, para serem desenvolvidas em todas as unidades, mesmo naquelas que não contam com recursos odontológicos, sob responsabilidade dos agentes comunitários de saúde. A programação de procedimentos coletivos também deverá ser ampliada para alcançar outros grupos, prioritários ou não. Dessa forma, a programação e implementação de ações dessa natureza, não se restringem a espaços sociais institucionais reconhecidos, tais como creches, escolas e fábricas. Os mais diversos grupos, organizados em ciclos anuais de procedimentos coletivos participarão e serão monitorados pelas equipes de saúde da família. A SAÚDE BUCAL NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA:EXPERIÊNCIA DO MUNICÍPIO DE AMPARO Marcelo Bacci Coimbra, Célia Regina Sinkoç Prefeitura Municipal de Amparo Em 2001,visando a ampliação do acesso da população adulta à atenção odontológica, inseriu a Equipe de Saúde Bucal no PSF. Durante anos, o Núcleo de Saúde Bucal restringia ao adulto limitados programas de atendimento, priorizando as gestantes e os indivíduos de 0 a 14 anos. O objetivo do presente trabalho é a incluir os adultos nos atendimentos programáticos, manter os resultados epidemiológicos obtidos nas faixas etárias de 0 a 14 anos e garantir o acesso de 70% da população cadastrada a pelo menos um Tratamento Completado (TC) em 3,5 anos. Com base nas experiências de municípios que já contavam com este modelo de atenção e nos dados obtidos no próprio serviço, estimamos que seriam necessárias 02 consultas / ano para a manutenção das condições bucais das crianças e adolescentes e 06 consultas para um mínimo de 01 TC nos adultos, em 3,5 anos. A avaliação de risco tem sido uma das principais estratégias utilizadas para nortear a assistência e esta se dá através de triagens familiares, onde o risco social e as condições bucais individuais são considerados. As condições de saúde bucal são avaliadas, classificando os indivíduos quanto ao risco (alto,médio e baixo) . Os classificados em alto risco apresentam doenças bucais ativas e necessitam de assistência individual. No entanto, os de médio e baixo risco podem ter a atenção concluída através de procedimentos coletivos com complexidade gradativa conforme a classificação entre o risco de adoecer e a ausência de doença. Foram realizados de agosto de 2001 a dezembro de 2003, 25.978 TC o

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que corresponde a 48,4 % da população cadastrada. A média obtida de consultas / TC foi de 2,33. A projeção dos dados nos mostra que provavelmente em dezembro de 2004 obteremos resultados bem próximos aos estimados em agosto de 2001 (36.728 TC – 68,4% da população cadastrada). A abordagem da população deverá ser planejada segundo cada contexto local, possibilitando o acesso de todos às ações de saúde bucal, com base nas prioridades estabelecidas e nos dados epidemiológicos. A equipe de saúde bucal além de estabelecer vínculo com a comunidade, deve interagir com os demais integrantes da USF, garantindo a participação no planejamento e avaliação das ações de saúde desenvolvidas. CURSO 3 : CUIDADOS BÁSICOS EM SAÚDE BUCAL � Gabriela Dorothy de Carvalho Cirurgiã Dentista- USP, Especialista em Cirurgia Buco Maxilo Facial;Diretora do CEA Odontofono de Poços de Caldas MG; Professora da EAP(Escola de Aperfeiçoamento Profissional) APCD,SP; Coordenadora de Cursos de Aperfeiçoamento da ACDC, Campinas; Autora do livro : “SOS Respirador Bucal “13-Coordenadora do curso de “ Odontologia Neonatal e Aleitamento Materno”. do Hospital São Francisco de Assis de Tupã” (Hospital Amigo da Criança) Não podemos separar saúde bucal da saúde da totalidade psicobiofísica de todas as pessoas e, especialmente de todas as crianças. Toda alteração estrutural,funcional ou patológica da boca tem reflexos no corpo e o mesmo acontece com as alterações do corpo que passam a apresentar transtornos bucais. Para desde o inicio da vida assegurarmos saúde para toda população devemos estar atentos aos ensinamentos da Organização Mundial da Saúde, WABA e UNICEF que nos orienta “promover, proteger e apoiar a amamentação”.O que era um ato biológico passou a ser algo cultural e precisamos tomar atitudes que assegurem a reinstalação do Aleitamento Materno como o melhor caminho para a saúde do recém nascido, dando a todos uma oportunidade idêntica, de mesmo bem estar, saúde e desenvolvimento integral para crescer e conduzir suas vidas, dando-lhes o alimento mais completo, seguro e econômico possível. A promoção do Aleitamento Materno solicita um compromisso que excede a área da Saúde para envolver a sociedade toda. Sabemos que cabe à família decidir sobre como deseja cuidar de seus filhos, mas não podemos deixar de educar, promovendo a importância da Amamentação e de quantos riscos para a saúde e para a vida do bebê

acontecem quando ela é substituída por outros alimentos ou por leites produzidos para a alimentação de outros animais, cujas necessidades protéicas e outras são absolutamente diversas às do recém nascidos humanos. A comunidade apoiando, a família protegendo e a área de saúde promovendo a amamentação, daremos às crianças os inalienáveis direitos constitucionais ao desenvolvimento humano. A sensibilização total de pais, mestres, da área da saúde e de toda sociedade é que a torna a amamentação tão significativa.Não são apenas palavras carinhosas mas atos e atitudes que dão aos bebês o sentido humano e humanizado do amor.

CURSO INTEGRADO 4 A SAÚDE BUCAL E A ESTRATÉGIA DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA: AVANÇOS E DESAFIOS DO SUS Gustavo Nicolini Fernandes Mestre em Educação/Ensino Superior PUC-Campinas; Professor Odontologia em Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia PUC-Campinas; Cirurgião Dentista, Prefeitura Municipal de Cosmópolis (SP). Silvia Cypriano Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Cariologia da Faculdade de Odontologia

A Saúde Bucal, durante muitas décadas, caracterizou-se por prestar assistência aos escolares através de programas voltados para o controle da cárie dentária. Aos demais grupos da população restava apenas o atendimento de emergência. Este modelo excludente e desvinculado do sistema de saúde ainda permanece em muitos municípios do Brasil. Entretanto, o processo de descentralização do sistema de saúde no Brasil ampliou a responsabilidade dos Municípios, Estados e União, assim como dos profissionais da saúde e sociedade civil na construção de um sistema que garanta não apenas o acesso da população às ações de saúde, mas também o atendimento universal e integral, com resolutividade e qualidade, atendendo as necessidades da população. Este processo trouxe para a saúde bucal o grande desafio de reformular a sua prática. Diferentes estratégias têm sido incorporadas aos processos de trabalho para possibilitar que esta atenção em saúde seja mais resolutiva. Como exemplos podemos citar a responsabilização dos profissionais da saúde, o acolhimento ao usuário e o estabelecimento do vínculo entre os profissionais e os usuários. Nessa perspectiva, o Programa de Saúde da Família, com a incorporação dos profissionais de saúde bucal, representa um avanço neste processo e

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tem se mostrado uma importante estratégia para ampliar com qualidade a atenção básica. Através da territorialização é possível uma aproximação com a realidade social, econômica e cultural das famílias, favorecendo o planejamento e intervenção mais adequadas à realidade local, pois baseiam-se em informações epidemiológicas e definição de critérios de risco. Como desafios, impõem-se as dificuldades do financiamento da saúde, a capacitação e educação continuada dos recursos humanos, a necessidade da incorporação da epidemiologia no cotidiano dos viços e, sobretudo, a formação de profissionais adequados à atual demanda do SUS. Há uma escassez de profissionais formados com o perfil, competências e habilidades necessárias à sua implementação. Nesse sentido, formar profissionais com tais características implica em propiciar a capacidade de aprender a aprender, trabalhar em equipe, comunicar-se e agir com dinamismo frente às situações, sendo necessário a adoção de metodologias de ensino que favoreçam o desenvolvimento do espírito crítico, da capacidade de reflexão e a participação ativa dos estudantes na construção do conhecimento. Sendo assim, pretende-se debater estas questões pertinentes ao tema e apresentar algumas experiências de integração entre a Universidade e o Serviço Público.

CURSO INTEGRADO 5

AFECÇÕES MAIS FREQÜENTES NA CAVIDADE BUCAL

Catalina Riera Costa Centro de Referência em DST/AIDS – SES SP

O diagnóstico das manifestações bucais ainda representa uma dificuldade para o clínico geral. Ora ocorre uma tendência a super valorizar manifestações triviais, ora são negligenciadas marcadores importantes para as mais diversas patologias. Alem do conhecimento técnico-científico envolvido no diagnóstico, é de extrema importância a valorização da relação profissional – paciente como instrumento ideal para um diagnóstico perfeito. Fazer uso de recursos laboratoriais para esclarecer manifestações clínicas, ou identificar vulnerabilidades de determinados grupos populacionais são imprescindíveis para uma boa conduta clínica. A apresentação de casos clínicos de patologias, das mais diferentes etiologias, será a tônica desta conferência, na expectativa de suscitar questionamentos e reflexões para a explanação a seguir.

PERCEPÇÃO DE RISCO E AIDS

Sergio Funari Mestre em Ciências em Saúde Coletiva Responsável pelo Departamento de Saúde Bucal do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, SP

Ao ser observada sob os enfoques epidemiológico, social, psicológico e econômico, a aids representa um problema de saúde de importância indiscutível e, ainda que variadas comunidades tenham prontamente respondido aos desafios colocados por essa epidemia, sabe-se que diversas populações permanecem extremamente vulneráveis ao contágio pelo HIV, mesmo com todo o empenho de campanhas educacionais e preventivas. Nesse contexto, ao pensarmos no conhecimento do que vem a ser risco e as diversas formas e maneiras que podemos percebê-lo, observamos que as pessoas constroem seus conceitos diferentemente umas das outras, mesmo quando a linguagem sobre eles é concordante. A ignorância sobre esses aspectos pode, em parte, explicar aquilo que os autores denominam como 'deficiência dos programas públicos de prevenção da aids', assim como produzir reflexões sobre a maneira pela qual a classe odontológica tem se colocado diante dessa epidemia. Os autores das Ciências Sociais têm nos ensinado que percepção de risco é uma construção coletiva, e os indivíduos tendem a fazer suas escolhas à luz de valores determinados por ordens muitas vezes desconhecidas pelos epidemiologistas. No caso específico da literatura odontologia e médica essa regra se confirma na notável constatação de diversas publicações que tratam risco e percepção de risco como assunto de mesma grandeza e valor. Em virtude de determinadas construções metodológicas, muitas vezes a percepção do risco profissional e as atitudes profissionais a partir dessa percepção mesclam-se como conceitos interdependentes e, por isso, percepção de risco muitas vezes irá designar o quanto o profissional consegue realizar práticas ditas 'seguras', baseado por um lado no conhecimento das normas de precaução universal e, por outro, no conhecimento do potencial da exposição a esse risco, presente em sua atividade profissional. Alguns autores, no entanto, preocuparam-se em definir mais claramente o risco, seu conhecimento e sua percepção no contexto profissional, delimitando suas diferenças e mapeando o relacionamento dessa percepção com as práticas de proteção. Por meio desse conhecimento, tornou-se possível observar se, no âmbito ocupacional, a percepção de risco induz necessariamente a mudanças de comportamento ou adoção de práticas mais seguras, e se essas noções podem induzir a experiências de caráter preditivo

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CURSO 6

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Coordenação Zenaide Lazara Lessa- Pesquisador Científico.

Educador de Saúde Pública. Mestre em Educação em Saúde Pública FSF-USP. Professores Elza Berro- Educador de Saúde Pública. Coordenadora do Núcleo de Educação em Saúde(NES) do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”(CVE) Silvana Cabral Lourenço- Pedagogo. Educador de Saúde Pública –NES/CVE

Ana Cláudia Fedato Nascimento- Psicólogo. Especialização em Saúde Pública- NES/CVE

Objetivo Geral:Instrumentalizar os Atendentes de Consultório Dentário (ACD) e Técnicos de Higiene Dental (THD) e demais profissionais das equipes de Saúde Bucal para desenvolver atividades educativas grupais, utilizando técnicas pedagógicas e ludopedagógicas. Objetivos Específicos: Identificar a relação educativa e o processo ensino/aprendizagem e ações de Saúde Bucal. Identificar as principais características do processo de aprendizagem. Reconhecer as principais correntes metodológicas na Área de Educação. Vivenciar técnicas pedagógicas e ludopedagógicas viáveis no trabalho preventivo do programa de Saúde Bucal junto à população atendida.. Avaliar o curso. Metodologia:Problematizadora, dialógica e participativa com utilização de recursos didáticos motivadores com interação com a platéia. Conteúdo Programático: Educação: conceitos e princípios. Ensino/aprendizagem: conceitos e princípios. Metodologia em Educação em Saúde: diferentes linhas conceituais. Técnicas ludopedagógicas: cancioneiro, expressão corporal e dramatização. Avaliação: Qualitativa de emoções com respostas descritivas dos participantes. O curso oferecerá apostilas sobre o conteúdo técnico. e-mail: [email protected] Tel/Fax: (11) 3066-8150

MESA DE DEBATES 1 : SAÚDE: UM DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO: A SAÚDE QUE TEMOS, O SUS QUE QUEREMOS Marco Antonio Manfredini Cirurgião-dentista com especialização em Saúde Pública; Chefe de gabinete do Vereador Carlos Neder A saúde que temos, o SUS que queremos. Esta frase sintetiza todo o esforço realizado no ano de 2003 para realizar a XII Conferência Nacional de Saúde, precedida das etapas municipais e estaduais. Centenas de milhares de brasileiros debateram propostas para a saúde. Cabe a nós um desafio : implantá-las para não frustrarmos mais uma vez estes cidadãos. Uma política pública do porte do SUS só pode ser efetivada com considerável capacidade de investimento das três esferas de governo. Para tanto, o debate sobre a mudança da política econômica torna-se mais do que necessário, propondo-se a renegociação em bases soberanas tanto da dívida pública quanto da dívida externa, e assegurando-se recursos públicos para financiamento de programas sociais. Se defendemos o fortalecimento do SUS, temos que nos posicionar contrariamente à opção de priorizar o cumprimento de uma agenda econômica equivocada. É correto mantermos a sangria de cinco orçamentos anuais do Ministério da Saúde apenas para o pagamento dos Encargos Financeiros da União ? Estes constrangimentos não se resumem ao plano do financiamento. A opção pela Lei de Responsabilidade Fiscal em 2000 inibiu a ampliação dos quadros dos servidores públicos da saúde na administração direta, apontando para a precarização do trabalho em saúde e outros problemas dela decorrentes. Estes fatores apontam para a tese de que o debate sobre a politização da saúde não pode mais ser excluído da pauta dos que se ocupam da construção do SUS- em especial, os usuários, trabalhadores da saúde e gestores. É um grave equívoco a visão de que a Saúde não pode ser politizada. Reside aí, na politização da saúde, a força-motriz para a efetivação do conjunto de propostas estruturantes do SUS. O discurso de que “somos todos SUS” é incorreto, ao colocar de um mesmo lado, atores sociais com interesses divergentes. Acreditar que o SUS não tem inimigos é um erro e enfraquece quem acredita nisso. Os inimigos do SUS não se iludem e trabalham diariamente para enfraquecer politicamente os que o defendem. Esta politização do debate também se expressa na relação mercado versus Estado na Saúde. É oportuno destacar que a lógica do mercado, que impõe o estatuto da mercadoria às ações e

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serviços de saúde, não pode ser o fator de determinação do acesso das pessoas aos cuidados de saúde. A lógica e as “razões de mercado” devem se subordinar às políticas de saúde. O Estado é o ente político-jurídico garantidor dessa subordinação. Para tanto, é crucial avançar na consolidação e aprofundamento da democratização, do controle público e da transparência na gestão. As medidas iniciais adotadas pelo governo federal para a área de saúde bucal apontam para o incremento das equipes na atenção básica, na estruturação de uma rede de serviços especializados e na expansão da fluoretação das águas. Todavia, estas propostas só se efetivarão se superarmos o paradoxo existente entre a necessidade sentida pela população na área de saúde bucal (segunda especialidade mais demandada no Orçamento-Participativo de São Paulo em 2002 e principal causa de não-atendimento na pesquisa da União de Movimentos Populares de Saúde em dezembro de 2002 nas unidades de saúde da Capital) e a precária organização dos brasileiros pela defesa deste direito fundamental de cidadania. MESA DE DEBATES 3. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE BUCAL FORMAÇÃO DE TRABALHADORES EM SAÚDE BUCAL: ALGUMAS POSSIBILIDADES DE REINVENTAR ESSE PROCESSO” Luciane Maria Pezzato Mestre em Educação, Especialista em Odontologia em Saúde Coletiva e Metodologia de Ensino na área da Saúde; Professora Assistente das Disciplinas de Odontologia em Saúde Coletiva e Estágio Supervisionado em Serviços de Saúde Pública da Faculdade de Odontologia PUC Campinas; Professora do Curso de Especialização em Odontologia em Saúde Coletiva da PUC Campinas. O objetivo desse texto é fazer uma reflexão da realidade atual da formação dos trabalhadores em Saúde Bucal articulando os campos da educação e da saúde a fim de contribuir com a discussão dessa temática que se faz presente hoje. Para iniciar nossa reflexão acreditamos que se faz necessário situar as políticas educacionais em nosso país no contexto do processo de globalização do mundo que vem introduzindo suas características, seus pressupostos, e ideários, influenciando as políticas educacionais inclusive na área da saúde. Com isso, a Saúde Bucal vem sofrendo sérias conseqüências em decorrência da predominância deste modelo de ensino, que se reflete na ação dos profissionais que a constituem. Historicamente a Odontologia é entendida como uma prática tecnicista, cientificista, individual,

centrada no elemento dental, que pouco contextualiza o processo Saúde x Doença, processo em que as relações entre os sujeitos são plenas de subjetividades. Isto porque, a Odontologia, é favorecida e reforçada, tanto pelas características dos processos de formação da maioria dos cursos de graduação, pós-graduação, como também pela prática utilitária e mercantilista dessa atividade. De acordo com Iyda, (1998:132): “A forma de conhecimento decorrente desse modelo de ciência exclui a odontologia (produção, organização e formas de trabalho) o que há nela essencial, sua humanidade (o trabalho e as relações sociais) e sua historicidade. Não é a boca ou, mais estritamente a arcada dentária que constitui o objeto da odontologia senão o homem, seu produto e produtor” A autora aponta que uma possibilidade de “reinventar a saúde bucal” é politizar a odontologia para ir além das atividades técnico-científicas, “É perceber que um ato odontológico é um fenômeno social (econômico, ideológico e político) no qual as atividades técnico-científicas se desenvolvem, (...).” (p. 137-138) Para tanto, apontamos alguns pressupostos necessários para concretizar essa reinvenção nos espaços de formação dos trabalhadores em Saúde Bucal: O sujeito a ser constituído é a equipe de saúde bucal; valorizar, nos processos de formação, o pedagógico, o ensino, as ciências sociais e o SUS articulando esses saberes com os saberes das especialidades, das tecnologias a fim de buscar soluções reais para o aprendizado dos conhecimentos necessários para cada processo; possibilitar espaços de abertura para que os processos de formação possam ir além dos muros das Universidades, secretarias de saúde, controle social.

COMUNICAÇÕES COORDENADAS CC01: O CIRURGIÃO-DENTISTA SOB A ÓTICA DO PACIENTE PORTADOR DE DIABETES MELLITUS E A ABORDAGEM DO CONTEXTO PSICOSSOCIAL NO TRATAMENTO E NA RELAÇÃO PACIENTE-PROFISSIONAL. Carvalho LAC, Antunes JLF e Botazzo C Instituto de Saúde Indivíduos portadores de diabetes mellitus (DM) possuem elevada ocorrência de doenças nos grandes e pequenos vasos (angiopatias). Nas macroangiopatias, as complicações se manifestam por doença coronária acelerada, doença cérebrovascular e doença vascular periférica. As microangiopatias podem causar retinopatia diabética, levando à cegueira, e também doença renal diabética, podendo ocasionar insuficiência renal. Estes pacientes são propensos a infecção,

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devido ao comprometimento das respostas do hospedeiro. A OMS aponta que esses fatores são responsáveis por gastos expressivos em saúde, além de substancial redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida (OMS, 1992). Pesquisas indicam que 53,5% dos pacientes que acessam os serviços de saúde desconhecem serem portadores de DM, e 24,5% não informam serem portadores, sendo este desconhecimento e omissão prejudicial no diagnóstico e tratamento das doenças bucais, além de dificultar o atendimento emergencial. A dinâmica destes indivíduos traz à tona medos e angústias que estão inseridos no contexto psicossocial da doença, e estes podem, além de descompensar os portadores de DM, ocasionar problemas na relação paciente-profissional.Torna-se necessário saber: como os portadores de DM vêem o atendimento odontológico e como o contexto psicossocial interfere no tratamento e na relação com o profissional? Assim, na IV Campanha de Detecção e Orientação de Diabetes Mellitus (ANAD, 2001), solicitou-se aos participantes DM relatar se estavam em tratamento odontológico, e se informavam ao cirurgião-dentista que era diabético. Os 372 entrevistados foram separados em dois grupos: os que informaram (67%) e os que não informaram serem portadores de DM (24,5%). A informação ao CD está relacionada, majoritariamente, com a preocupação do paciente dos riscos durante os procedimentos, e a não informação deve-se à negligência do profissional durante a anamnese, ao medo da rejeição, à não vinculação entre a condição de saúde bucal e alteração do DM, e uso de prótese total. Ainda existe percentual elevado de pacientes portadores de DM que omitem a informação de sua patologia por acreditarem que o cirurgião-dentista (CD) irá cuidar somente dos dentes e que este não irá interferir na homeostasia da doença. O CD deve receber informação específica para o diagnóstico e desenvolvimento dos agravos, capacitando-o para o atendimento de pacientes com condição clínica alterada. Os pacientes devem ser orientados e esclarecidos do papel do CD como agente de saúde e parte integrante da equipe de saúde. Fone: 3293-2226 e-mail: [email protected]

CC002: ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO MUNICÍPIO DE BARUERI-SP Juliani FAT, Borges WA, Martino LVS Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri - SP Completando cinco anos de atividades a Assistência Odontológica a Pacientes Portadores de Necessidades Especiais (PPNE) no serviço público de Barueri vem buscando, em seu cotidiano, seguir os preceitos de inclusão social para seu público-alvo. O critério para que os pacientes sejam encarados como PPNE é o de que necessitem de contenção física e/ou química. Para a contenção física são utilizados lençóis fixos e meios acessórios para imobilização e conforto do paciente, bem como o uso de sedação intravenosa e por via oral respeitando as limitações clínicas dos mesmos. A equipe de trabalho é constituída por dois cirurgiões-dentistas, uma auxiliar de consultório dentário e quando há necessidade de sedação intravenosa a equipe é complementada por uma auxiliar de enfermagem e um médico. O atendimento convencional a PPNE é realizado dentro dos outros ambulatórios odontológicos da cidade de Barueri. Para organizar e normatizar este atendimento foi estabelecido um protocolo de atendimento que prevê e estabelece algumas regras para o encaminhamento dos pacientes. Com a Assistência Odontológica a PPNE uma lacuna importante na prestação de serviços públicos de saúde é coberta em Barueri. Fone: (11) 4199-3100 e-mail: [email protected] CC03: O PACIENTE COM DST/HIV/AIDS: DIAGNÓSTICO NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Rissi RCGMM, Rissi AC, Ferro ALO, Lima NM Prefeitura Municipal de Campinas A Aids se apresenta nos dias de hoje como um importante agravo na saúde pública. Na cidade de Campinas, foram notificados 3730 casos de Aids, de 1982 até 09/2003. A Aids ainda não tem cura, daí a importância da formulação de estratégias que previnam e controlem sua propagação, o que extrapola o núcleo odontológico. Na odontologia, ainda enfrentamos o tabu por parte dos profissionais em realizar o atendimento a esses pacientes. O desconhecimento da doença traz à tona questões importantes de nosso dia a dia: biossegurança, preconceito, risco de acidente biológico, a importância do trabalho em equipe. O objetivo deste

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trabalho é fazer um diagnóstico na rede pública municipal de Campinas que nos permita descentralizar ações de prevenção e assistência; identificar as principais dificuldades que os profissionais tem em assistir os pacientes com DST/HIV/AIDS, avaliar a eficácia e a eficiência da rede pública municipal de Campinas relativa aos pacientes com DST/HIV/AIDS. A metodologia utilizada foi sensibilização do colegiado de odontologia; elaboração da estratégia frente a problemática apresentada; elaboração e aplicação de questionário diagnóstico; tabulação dos dados; devolução dos resultados para a rede, com material técnico de apoio; proposta para cada distrito com identificação dos problemas de cada unidade (a ser construído). Apesar da maioria dos profissionais já ter atendido algum paciente HIV+, existem preocupações relatadas: insegurança e biossegurança; a rede possui informações técnicas suficientes com relação ao diagnóstico do HIV, mas mesmo assim relata dificuldade em lidar com esse paciente; mais da metade da rede nunca recebeu capacitação em DST/HIV/AIDS; a rede conhece pouco sobre os seus próprios recursos; existe falha no sistema de informação da rede; a rede se responsabiliza muito pouco pelos seus pacientes; a comunicação da referência com a rede apresenta problemas e necessita melhorar; é necessário investimento na rede para esclarecer dúvidas e melhor assistir o paciente com DST/HIV/AIDS; a rede sente necessidade de capacitação/reciclagem nos temas: biossegurança, interação medicamentosa, aconselhamento, atualização, diagnóstico bucal, exames. Fone (19) 32333184 . e-mail: [email protected] CC04: AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS DE INFECÇÕES DE REPETICAO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA CDHU – MARÍLIA Ferreira LT, Ferreira LHK Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília. Com o objetivo de pesquisar a possível relação entre a saúde bucal de crianças e a ocorrência de infecções respiratórias agudas de repetição, foram examinados 114 indivíduos, com idades de 7 a 16 anos, de ambos os sexos, oriundos da área adscrita da Unidade de Saúde da Família, CDHU, de Marília, São Paulo, e que foram divididos em 2 grupos: o primeiro, de estudo, constituiu-se de 25 indivíduos e que foram acometidos de pelo menos 2 infecções respiratórias agudas num período de 12 meses e, o

segundo grupo, de controle, com 89 indivíduos, que não tiveram infecções respiratórias no mesmo período. Foram feitos exames clínicos em todos os participantes e anotados os dentes cariados, obturados, com extração indicada e dentes extraídos, resultando no CPO-D médio para cada idade estudada. Concluiu-se que o alto CPO-D encontrado em ambos os grupos não definiu a correlação entre os acometidos de doenças respiratórias agudas e a saúde bucal, mas sim a provável relação da saúde bucal com as condições sociais, econômicas e culturais da população estudada, assim como efetivar a implementação do modelo de assistência à saúde, e ainda que o acesso ao tratamento odontológico dos participantes do estudo foi eficaz e eficiente e que é fundamental a conscientização de toda equipe de saúde de unidades de saúde, com relação à saúde bucal, no sentido de possibilitar a efetivação do modelo assistencial à saúde proposto pelo sistema e é fundamental a incorporação de rotinas que analise as condições de risco às doenças da boca . Fone: (14) 9717-4550 CC05: HUMANIZAÇÃO E QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE Furtado AF Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília Programa Interdisciplinar de Internação Domiciliar (PROIID) O envolvimento do cirurgião dentista no PROIID está direcionado no tratamento de pacientes acamados, idosos e com doenças degenerativas. As ações executadas pelo profissional são: avaliação dos pacientes enquadrados no programa: “idosos na faixa etária de 65-74 anos de idade que apresentaram no levantamento das condições de saúde bucal no ano de 2003 - um CPO-D = 29,50% - sendo que 94,74% - apresentaram o componente perdido, também foi verificado que 79,07% usam prótese superior e 65,11% prótese inferior”; tem como realizar atendimento odontológico nos paciente, onde há necessidades de urgências ou emergências com pronto alívio da dor; avaliação dos pacientes possuidores de prótese total ou parcial; atendimento nos casos dos desdentados totais, onde houver necessidade de ajuste ou troca das próteses totais ou parciais; orientação ao cuidador quanto a higienização bucal, fazendo prevalecer às técnicas de escovação dos dentes ou das próteses totais; realizar uma constante observação das mucosas bucais e labiais, principalmente nos desdentados pelo uso ou não das próteses antigas para a prevenção do C.A. e outras anomalias bucais; proceder à renovação das próteses mal ajustadas ou

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desgastadas dos pacientes internados do programa que tenham ou não condições financeiras. A atenção também se volta ao atendimento conservador nos dentes naturais, como são pacientes com idade avançada, geralmente os dentes apresentam as estruturas coronárias ou radiculares bastante debilitadas; realizar uma completa profilaxia em toda cavidade bucal para remoção de placas bacterianas ou bolsas periodontais; remoção dos tecidos cariados com enxadas, escariadores manuais (técnica Qualis) e realizar forramento com vidrion.. E o atendimento no desdentado total: confeccionar próteses mesmo sendo a primeira vez que o paciente a utiliza, reajustar as próteses mal ajustadas e desgastadas, usando as como moldeiras individuais; realizar o controle permanente dessas próteses após suas colocações pelo motivo de serem pacientes acamados com sensibilidades aumentadas e fragilidade dos tecidos bucais. Conclusa: Apesar de ser um trabalho de difícil execução observa-se uma grande aceitação quer pelos pacientes e pelo profissional. Fone: (14) 433-5295. e-mail: [email protected] CC06: DIAGNÓSTICO EM SAÚDE BUCAL DOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES À DIR V – OSASCO Fausto Souza Martino (Prefeitura de Taboão da Serra); Silvana Scaff Geraldes (Prefeitura de Vargem Grande Paulista); Luciano Castellon Figueiredo (Prefeitura de Itapevi); Andréa Bruschi (Prefeitura de Embu-Guaçu); Mayra Ferreira Pinto (Prefeitura de Carapicuíba); Rebeca Bergamini de Andrade Massaro (Prefeitura de Osasco) Diretoria Regional de Saúde V – Osasco A Diretoria Regional de Saúde-Osasco (DIR V) possui 15 municípios situados na zona oeste e partes das zonas noroeste e sudoeste da Grande São Paulo. Conta, em sua estrutura organizacional, desde 1999, com um Comitê de Saúde Bucal. Dentre os objetivos deste Comitê estão o fortalecimento da implantação e implementação das diretrizes políticas da saúde bucal e a divulgação dos resultados das ações de saúde bucal dos municípios desta região. Desta forma, o mesmo, tem como rotina a realização de um diagnóstico anual em saúde bucal dos municípios da região. Este diagnóstico tem por finalidade identificar as condições de saúde e doença dessa comunidade, trazendo subsídios aos municípios para que se possa, dentre outras coisas, prever e planejar os recursos necessários ao atendimento da população. Foram levantados alguns indicadores de saúde geral e especificamente de

saúde bucal, onde se verificou que além da atenção básica, há a implantação da média complexidade nos municípios desta DIR. Levantou-se ainda, que os municípios da DIR V, apresentam uma cobertura de procedimentos coletivos maior que a média do Estado de São Paulo e o índice CPO-d, aos 12 anos, é menor que o do Estado de São Paulo, considerando ainda, que 60% desses municípios apresentam este índice menor que 2,0. Estes resultados são frutos da fluoretação das águas de abastecimento público, desde 1984; participação da equipe de saúde bucal em atividades multidisciplinares, implantação do Projeto IEB entre 1994 e 1998, investimento na formação de pessoal auxiliar (ACD e THD) por alguns municípios e o constante desafio na construção do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando sempre a universalização, a eqüidade e a descentralização. Para a efetivação destes resultados, faz-se necessário uma contínua política de investimentos, capacitação profissional, priorização de processos de proteção e promoção à saúde bucal. Fone: (11)4138-1233 e-mail: [email protected] CC07: LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO EM JOVENS DE DEZOITO ANOS EM ITAPECERICA DA SERRA – SP Sales LP, Napolitano MA, Tonetti JRC, Nakahara CMN Secretaria Municipal de Saúde de Itapecerica da Serra – SP Desde 1994 o Programa de Saúde Bucal de Itapecerica da Serra vem sendo estruturado, tendo atualmente como principais características: valorização das ações coletivas e atividades multiprofissionais, atendimento individual em clínicas modulares com equipes compostas por dentistas, técnicos e auxiliares, proporcionando maior acesso da população às ações relacionadas a essa área. Com freqüência bianual são efetuados levantamentos epidemiológicos em crianças de cinco a doze anos, porém pela primeira vez foram realizados exames em adolescentes de dezoito anos, cuja idade é utilizada como índice de metas determinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os objetivos deste estudo foram: conhecer a prevalência de doenças bucais, tais como a cárie dentária, doença periodontal e fluorose em jovens residentes no município, avaliar os resultados comparando-os às metas propostas pela OMS, planejar estratégias para atuar em possíveis problemas detectados. Foi utilizada amostra aleatória, sendo examinados jovens do sexo masculino alistandos do Exército Brasileiro e do sexo feminino em alunas da escola que oferece curso

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de Magistério e estabelecidos critérios de diagnósticos da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os resultados obtidos foram: CPO-D médio (média de dentes cariados, perdidos ou obturados por indivíduo) igual a 3,9; dos jovens examinados, 87,81% apresentavam todos os dentes e quanto à fluorose dentária, 72,2% apresentavam normalidade e 20,9% fluorose muito leve. De acordo com o maior grau de severidade de condição periodontal, 43,47% apresentavam todos os sextantes sadios. Concluímos que o município atingiu as metas da OMS quanto à cárie dentária aos 18 anos, porém quanto a prevenção de doenças periodontais ainda há necessidade de intensificar ações, principalmente preventivas. Fone: 4667-1056 e-mail: [email protected] CC08: PROCEDIMENTOS COLETIVOS EM SAÚDE BUCAL: ANÁLISE DE EXPERINÊNCIA Paula MMGS, Frias AC SubPrefeitura de São Mateus - Secretaria Municipal de Saúde de SP. Procedimentos Coletivos são definidos como o conjunto de atividades desenvolvidas com grupos populacionais em espaços sociais previamente definidos (como crianças de uma escola, operários de uma fábrica) que possam ser acompanhados durante o ciclo anual de sua duração, realizado pelo serviço público e instituições universitárias através de suas Unidades de Saúde devidamente cadastradas no SUS e sob responsabilidade do gestor local, visando ao controle epidemiológico de todo o grupo. Relatar os procedimentos coletivos em saúde bucal desenvolvidos durante 4 anos na Escola Estadual Prof. Valentim Carra, em São Mateus, município de São Paulo (SP). As atividades desenvolvidas foram: educação em saúde, realizada periodicamente; levantamento do risco de cárie anual; higiene bucal supervisionada trimestral, compreendendo evidenciação da placa bacteriana e escovação dentária; aplicação de flúor gel na escova, conforme o risco de cárie; implantação na rotina diária da escola da escovação após a merenda escolar e encaminhamento para atendimento individual na UBS próxima à escola. Todos os escolares de 1ª a 4ª série do período da tarde participaram do programa, assim como professores, funcionários da escola e pais de alunos. Os resultados do programa ainda não são significativos; entretanto já houve algumas modificações no risco de cárie dos escolares, havendo uma sensível melhora na higiene bucal da maioria das crianças, maior número de atendimentos curativos realizados e de escolares livres de cáries.

As ações coletivas em saúde bucal são de baixa complexidade e grande abrangência populacional despertando na população alvo a consciência da importância e dos benefícios em se manter uma boa saúde bucal. Há de se destacar que toda mudança é muito lenta e exige continuidade, persistência e motivação de todos os participantes. Fone: (011) 3991-1707 e-mail: [email protected]

CC09: CUSTO-EFETIVIDADE DA FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO NO MUNICIPIO DE SÃO PAULO Frias AC, Narvai PC FSP.USP A adição de flúor na água de abastecimento público provou ser uma medida efetiva na redução da prevalência de cárie dentária em âmbito populacional. Esta pesquisa tem como objeto o acompanhamento de 18 anos de fluoretação das águas de abastecimento público no município de São Paulo no período de 1985 a 2003. Sendo avaliado a mudança do quadro epidemiológico da cárie dentária, o controle dos teores de flúor, o custo da fluoretação e o benefício prestado à população sendo projetado o custo-efetividade per capita/ano. Buscou-se informações junto a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), e a Prefeitura do Município de São Paulo sobre o heterocontrole dos teores de flúor e o custo de equipamentos para instalação de sistemas de fluoretação. O resultado da pesquisa demonstrou que a população neste período foi exposta a teores adequados de flúor (0,7ppm). A ação do flúor mostrou-se eficiente neste período, pois para a idade de 12 anos observou-se uma redução da prevalência de cárie dentária de 73%, sendo que em 1986 a média do índice CPO-D era de 6,47 (6,12 – 6,82), e em 2002 a média do índice foi de 1,75 (1,48 – 2,92) uma diferença estatisticamente significante para o nível de 95%. Para o cálculo da composição de custos da fluoretação das águas de abastecimento público levou-se em conta: o custo de capital inicial de instalação, o custo do produto químico (ácido fluorsilícico), o custo de operacionalização (manutenção do sistema, energia elétrica e recursos humanos) e o custo de controle. O custo médio por habitante/ano na cidade de São Paulo no ano de 2003 foi de R$ 0,08 (US$ 0,03), ou seja, um valor infinitamente baixo para a prevenção da doença; evitando a exposição da população às conseqüências da cárie dentária, que são dor, sofrimento e trauma

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físico e emocional, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas. Fone: (11) 6987-6120 e-mail: acfrias@ usp.br CC10: A HISTÓRIA DE CÁRIE DENTÁRIA EM BAURU APÓS 25 ANOS DE FLUORETAÇÃO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO Galvão LM, Araújo JJ, Martins Filho IE, Silva RPR, Sant’Ana RMF, Peres SHCS, Peres AS, Bastos JRM Departamento de Saúde Coletiva–FOB/USP – HRAC-USP - APCD Este estudo teve por objetivo avaliar o perfil da cárie dentária na cidade de Bauru-SP, após a implementação do método preventivo de fluoretação de água de abastecimento público. Os dados foram obtidos por meio do índice CPOD, em escolares com 12 anos de idade da rede pública por cinco períodos diferentes, comparando-se 1976 (n= 321), 1984 (n=321), 1990 (n=253), 1995 (n= 377) e 2001 ( n=211) . Os resultados demonstraram uma redução na prevalência de cárie dentária na ordem de 85,44% no período, passando de 9,89 em 1976 para 1,44 em 2001. O percentual de livres de cárie aumentou de 0,40% em 1976 para 38,39% em 2001, e o fenômeno da polarização da cárie dentária foi detectado nesses escolares. A tendência ao declínio da cárie dentária também foi encontrada nesta pesquisa, devendo-se ressaltar o rápido declínio entre 1995, CPOD=4,13, para em 2001, CPOD=1,44 o que sugere o efeito sinérgico de outras fontes de flúor além da fluoretação da água e especialmente os dentifrícios fluoretados. Diferentes métodos preventivos parecem ter corroborado para este declínio acentuado de cárie dentária. Pode-se concluir que a avaliação de risco/atividade de cárie dentária tem papel fundamental no planejamento de ações de saúde coletiva em saúde bucal. Fone: (14) 3214 3028 e-mail: [email protected] CC11: INSPEÇÃO SANITÁRIA NOS ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA (EAO) DO MUNICÍPIO DE CAMPO LIMPO PAULISTA Tofani LFN, Ramos, M. Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campo Limpo Paulista As ações de vigilância sanitária dirigidas à prestação de serviços odontológicos são capazes de eliminar,

diminuir ou prevenir riscos à saúde da população e dos profissionais e ao meio ambiente. Inspecionar EAO’s objetivando mapear, analisar e avaliar as irregularidades mais freqüentes de acordo com a legislação vigente, para melhorar a prestação de serviços odontológicos reduzindo riscos. Realizada inspeção sanitária em todos EAO do município de C.L.P. utilizando como instrumento o Roteiro de inspeção anexo da Resolução SS n.º 15 de 18/01/1999. Consolidados os dados, elaborou-se planilha com freqüências dos parâmetros insatisfatórios, gerando gráficos para análise e avaliação quantitativa. Foram avaliados 35 estabelecimentos no município de acordo com a Resolução SS-15 de 18/01/1999. Quanto aos requisitos imprescindíveis foi observado que 14 estabelecimentos (40%) não apresentaram nenhuma irregularidade; estabelecimentos restantes (60%) apresentaram desde 1(uma) até 10(dez) irregularidades. Quanto aos requisitos necessários 7(sete) estabelecimentos (20%) não apresentaram nenhuma irregularidade; 28(vinte e oito) estabelecimentos (80%) apresentaram desde 1(uma) até 22(vinte e duas) irregularidades. Irregularidades mais observadas: os lavatórios não possuem sistema que impeçam o contato direto das mãos com o registro da torneira – em 16 estabelecimentos (45,71%); não possui equipamento para esterilização aprovado pela legislação sanitária – em 11 estabelecimentos (31,43%); não realiza desinfecção/descontaminação por agente químico adequado antes da lavagem e da esterilização – em 11 estabelecimentos (31,43%); não utiliza lavatório com água corrente exclusivo para a lavagem das mãos – em 11 estabelecimentos (31,43%); instrumental não lavado em lavatório distinto do destinado à lavagem das mãos – em 11 estabelecimentos (31,43%); não obedece o tempo preconizado de imersão e o prazo de validade da solução na desinfecção prévia – em 10 estabelecimentos (28,57%); encanamento hidráulico não embutido ou protegido de forma a impedir retenção de sujidade – em 10 estabelecimentos (28,57%); lixo contaminado não descartado em saco plástico branco leitoso segundo norma ABNT – em 10 estabelecimentos (28,57%); não obedece a relação tempo/temperatura nos procedimentos de esterilização – em 8 estabelecimentos (22,86%). As irregularidades mais freqüentes foram observadas em relação aos processos de esterilização e biossegurança. Profissionais desconhecem a legislação sanitária descumprindo requisitos imprescindíveis e necessários à prática odontológica. As ações da Vigilância em Saúde de fiscalização e educação nos EAO podem reduzir riscos à saúde pública. Fone: (11)4812-3433 e-mail: [email protected]

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CC12: ENDODONTIA, ESPECIALIDADE OU NECESSIDADE? – EXPERIÊNCIA DE CINCO ANOS NA SAÚDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BARUERI - SP Queiroz CC, Brandão AL, Juliani FAT, Martino LVS Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri - SP Completando cinco anos de atividades na Saúde Bucal, a Endodontia é uma realidade dentro das atividades desenvolvidas no município, tornando-se imprescindível para o bom andamento dos serviços. Barueri, como Gestor Pleno de Sistema, deve oferecer a sua população condições para preservar as estruturas bucais e evitar a mutilação dental dentro das atenções primária e secundária. Pensando nisto, instituímos o serviço de Endodontia na cidade; através de sucessos e insucessos neste árduo caminho estamos construindo uma ação curativa que tem permitido a população uma opção para evitar a perda de seus dentes. Conscientizar o cirurgião-dentista a trabalhar de acordo com um protocolo de atendimento e consolidar o sistema de referência e contra-referência é fator fundamental para proporcionar agilidade e efetividade nos tratamentos. Através da atuação diária dos endodontistas podemos contabilizar mais de mil quinhentos elementos dentários “salvos” de exodontias, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, além de diferenciar de maneira positiva a Saúde Bucal de Barueri. Fone: (11) 4199-3100 e-mail: [email protected] CC013: PREVALÊNCIA DE MÁ-OCLUSÕES ASSOCIADAS À HÁBITOS BUCAIS Natsumeda RMU Prefeitura Municipal de Adamantina. A prevalência da má-oclusão tem-se mostrado bastante elevada entre as crianças brasileiras, o que constitui um Problema de Saúde Pública (Silva Filho et al-1989). Por isso, devemos verificar os problemas oclusais e suas intercorrências, observar as funções do sistema estomatognático (sucção, respiração, deglutição, mastigação e fala), permitindo um crescimento e desenvolvimento normal preservando a saúde da criança. O objetivo do presente estudo é verificar a prevalência de má-oclusão em crianças com hábitos deletéricos, na faixa etária de 4 à 5 anos, nas pré-escolas municipais. Os pais relataram quanto à presença, tipos e freqüências dos hábitos. Exames clínicos realizados em posição de Relação Cêntrica dos

Maxilares. As má-oclusões mais freqüentes foram: Mordidas abertas anteriores, Protrusões maxilares superiores e Mordidas cruzadas uni e bilaterais. Foi considerado: Mordida aberta, a falta de um ou mais dentes em encontrar com o antagonista (abertura nítida); Protrusões dos maxilares, elevada discrepância do Over-jet; Mordida cruzada, relação buco-lingual de um ou mais dentes da maxila com a mandíbula. Das 141 crianças examinadas, 98 tinham hábito, único ou associados (69,7%). É um numero considerável. Destas 98 crianças, 54 desenvolveram má-oclusão (55% dos casos), 38,2% do grupo total. Foram mais freqüentes: mamadeiras, chupetas, sucção de polegar, hábitos de postura (ex: apoio de mão sob a face), com maior incidência nas crianças carentes. Nas 54 crianças com má-oclusão: 31 com mordidas abertas anteriores (21,98%), 13 com protrusões dos maxilares superiores (9,2%), 4 mordidas cruzadas uni e 4 bilaterais posteriores (2,83% cada), e somente 2 crianças mordidas abertas anteriores e cruzadas posteriores (1,41%). Há necessidade de orientar pais e responsáveis da importância de eliminar os hábitos em período oportuno que não causem prejuízos às crianças. Parecem inofensivos, mas são capazes de causar deformidades ósseas que dependendo da idade não se autocorrigem, desencadeando problemas como: Deglutições atípicas, Interposições linguais, dificuldade de fala ao emitir determinados sons, trazendo problemas psicológicos à criança baixando sua auto-estima, afetando seu desempenho escolar e no convívio social. Fone: (18) 3521-1031 e-mail: [email protected] CC014: A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE ESTRATÉGIAS, EM POLÍTICA ALIMENTAR, PARA A SAÚDE DA POPULAÇÃO. Silva HM, Goya S, Yarid SD, Samoto AK, Buzalaf MAR, Peres SHCS, Peres AS, Bastos JRM Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. A concretização dos direitos humanos, e mais particularmente no âmbito da alimentação e nutrição, compreende responsabilidades tanto por parte do Estado, quanto da sociedade e dos indivíduos. Os hábitos alimentares dos indivíduos e seleção dos alimentos podem ser influenciados por aspectos psicológicos, sócio-culturais, educacionais e econômicos, além da

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disponibilidade dos alimentos, numa complexa interação de efeitos sociais, psicológicos e fisiológicos. Não existe um padrão dietético que satisfaça todas essas condições. O objetivo deste estudo foi de relacionar o estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos por meio do planejamento das ações de saúde. Diferentes fatores foram analisados como a garantia de segurança e de qualidade dos alimentos; o monitoramento da situação alimentar e nutricional; a promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis; a prevenção e o controle dos distúrbios nutricionais; as doenças associadas à alimentação e nutrição; o desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. Pode-se concluir que os hábitos alimentares são influenciados por uma complexa interação de fatores e que a educação representa uma estratégia fundamental no processo de formação de hábitos alimentares adequados. Fone: (17) 3322-2756 e-mail: [email protected] CC15: PROGRAMA MAMÃE EU QUERO Bueno SB, Cardoso HP Prefeitura da Cidade de Campo Limpo Paulista Levantamento epidemiológico em 2001 constatou ceod 3,28. Em 2002 questionário direcionado às mães, em campanha de vacinação, encontrou aos 6 meses só 26,15% de crianças alimentadas exclusivamente com leite materno (mamadeira 73,85%) finalmente pesquisa em creches municipais, no mesmo ano, revelou que 80% das crianças padeciam de alguma oclusopatia e respiração bucal. Esses dados discutidos e levados às autoridades pertinentes redundaram no Programa Mamãe eu Quero. Promover saúde para gestantes e bebês enfatizando amamentação, esclarecendo as inscritas nas U.B.Ss, sobre cuidado com sua saúde e de seus filhos, melhorando as condições bucais acima expostas. Ações interativas com gestantes envolvendo atividades intersetoriais das Secretarias da Promoção Social, Educação, Jurídica e Saúde. Compreende atividades semanais com ginecologia, pediatria, nutrição, psicologia, direito, planejamento familiar e saúde bucal, com duração de 12 (doze) semanas cada grupo; tratamento odontológico em unidade móvel nos bairros às gestantes; acompanhamento domiciliar, pós parto com CD, enfermeira e pessoal auxiliar, focalizando higiene e amamentação. Face ao pequeno tempo de integração (2003) os resultados estatísticos somente serão conhecidos a partir de 2005, ocasião em que será efetuado novo levantamento. A educação em saúde, alicerçada pela participação familiar, e envolvimento intersetorial e interdisciplinar, permitem vislumbrar,

com a continuidade do programa, melhoria substancial da saúde da população infantil, particularmente na área da saúde bucal. Fone: (11) 4039-2039 e-mail: [email protected]

CC16: A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA DOENÇA PERIODONTAL MATERNA COMO UM FATOR DE RISCO PARA O NASCIMENTO DE PREMATUROS COM BAIXO PESO Zina LG, Moimaz SAS, Garbin CAS, Saliba NA Departamento de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp. A mortalidade perinatal constitui-se em um excelente referencial do desenvolvimento humano e, portanto, um indicador das condições de habitação e saúde de uma nação. O nascimento de prematuros com baixo peso continua sendo um significativo problema de saúde pública, causa de morte neonatal, de distúrbios de neurodesenvolvimento a longo prazo e problemas de saúde. Diante da hipótese de que infecções distantes do sítio placentário, freqüentemente associadas às de origem geniturinárias, poderiam influenciar na prematuridade, e relatando-se a natureza similar da doença periodontal causada pela proliferação de gram-negativos crônicos nos tecidos periodontais, realizou-se uma pesquisa bibliográfica para estudar a associação entre infecções periodontais e o risco de intercorrências durante a gestação. A maioria dos estudos suporta o conceito de que a doença periodontal pode ser um fator de risco independente para o parto prematuro, o nascimento de crianças com baixo peso e restrição do crescimento fetal. Na prática, seria de grande importância a instituição de programas educativo-preventivos em serviços de saúde direcionados a esta demanda social específica além da aplicação de medidas de controle e tratamento da infecção periodontal como parte do programa pré-natal. Assim, ressalta-se o papel do Cirurgião-Dentista como agente educador capacitado para a realização do diagnóstico precoce, da adequação do meio e terapia periodontal, mostrando-se sensibilizado frente às alterações sistêmicas e bucais da sua paciente, contribuindo para a promoção da saúde integral da gestante. Fone: (18)3608-2473 Email: [email protected]

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CC16A: IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ORTODONTIA PREVENTIVA E INTERCEPTADORA NO CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS DO MUNICÍPIO DE ARAUCÁRIA-PR. Gross JM Secretaria Municipal de Saúde de Araucária- Pr O dito popular “prevenir é melhor que remediar”, nunca esteve tão em alta como agora, especialmente quando aplicado às questões de saúde bucal da população, percebemos a necessidade e importância de desenvolver um sistema de atendimento especializado na área da ortodontia para preservarmos e interceptarmos problemas de ordem oclusais bem como no crescimento e desenvolvimento de criança de 03 a 12 anos deste município, conjuntamente com o projeto Respirando com Saúde e o setor de fonoaudiologia clínica dos centros de saúdes municipais.Diagnosticando precocemente através de minucioso exame clinico e análise de exames, desenvolvendo um plano de tratamento equilibrado e tratando com uma aparatologia simplificada de fácil confecção e baixo custo. Resultando em um benefício inestimável a população carente e evitando que problemas de ordem apenas dentária se desenvolvam para problemas de ordem esquelética. Concluindo que este tipo de atendimento é de fundamental importância e que especialidades vistas antes como sendo da elite podem muito bem ser aplicadas no contexto da socialização em municípios onde a boa vontade e o amor a saúde do próximo são tratadas com seriedade. Fone: (41) 363-4054 e-mail: [email protected]

CC17: CONHECIMENTO EM COMUM – UMA EXPERIÊNCIA EM SOBRAL-CE Vasconcelos EM, Vasconcelos JGB Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo A Odontologia vive um momento histórico ao integrar a Estratégia Saúde da Família (ESF), com o objetivo de ampliar o acesso da população às ações de saúde bucal, possibilitando a prevenção, o tratamento e o controle das doenças bucais a partir de intervenções efetivas no processo saúde-doença. Ao facilitar à comunidade, informações direcionadas ao autocuidado em saúde bucal, vê-se a possibilidade de aproximar-se dela conhecendo seus hábitos e costumes, estabelecendo vínculos de compromisso e co-responsabilidade entre os atores

sociais envolvidos, construindo um conhecimento a partir do saber popular e do saber científico. Através de ações de educação para a saúde e promoção da saúde e em conjunto com outros profissionais da Unidade, a Equipe de Saúde Bucal (ESB) se fez presente em atividades desenvolvidas pela Unidade tais como em campanhas de vacinação, projetos desenvolvidos junto à comunidade como o saneamento básico e, principalmente, junto aos grupos já organizados como os de caminhada, idosos, gestantes e puericultura. A participação das ESB nos Conselhos Locais e no Conselho Municipal de Saúde foi também fato de extrema relevância para a legitimação do processo em curso e para representação da categoria e dos interesses das comunidades que servia. Pôde-se notar, através deste trabalho, uma maior participação e integração da comunidade em torno das questões relacionadas à saúde bucal e sua respectiva importância agora sentida, além de mudanças bruscas de comportamento quanto aos paradigmas que norteavam a atuação do cirurgião-dentista, onde muitos relatam histórias de arrependimentos pelas perdas dentárias sofridas e infelicidade por não terem sido contemplados por essas orientações anteriormente. Buscou-se nesta aproximação, estabelecer a necessidade de ter a comunidade como parceira nesta missão, sensibilizando-a para sua mobilização em torno deste tema, a fim de que incorporasse e/ou mantivesse hábitos saudáveis em saúde bucal, interrompendo a livre progressão das doenças. Fone: (11)9981-0706 e-mail: [email protected] CC18: ORTODONTIA NA SAÚDE COLETIVA DE COSMÓPOLIS Ide CS, Leite EFD, Serafim C, Giovelli, AA Prefeitura Municipal de Cosmópolis A ortodontia é à parte da odontologia que previne, intercepta e corrige as oclusopatias e estas ocupam a terceira prioridade em saúde coletiva. . Sabe-se que a possibilidade de correção espontânea das oclusopatias não deve ser considerada e que quanto mais cedo sofrer intervenção melhor será o prognóstico. Em Cosmópolis há um trabalho multiprofissional de prevenção em saúde bucal, o qual atua através de educação em relação à cárie e oclusopatias, principalmente na faixa etária de 4 a 6 anos de idade. Avaliações feitas nessa faixa etária verificaram a presença de oclusopatias e a necessidade de intervenção ortodôntica, reforçando a necessidade de introduzir o tratamento ortodôntico no programa de saúde bucal do município. As oclusopatias mais encontradas nas crianças em

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Cosmópolis foram as mordidas cruzadas uni e/ou bilateral, mordida aberta anterior, interferência canina, perda precoce dos segundos molares decíduos, apinhamento e mésio oclusão (tendência a classe III) em dentição decídua. O objetivo deste trabalho é mostrar a possibilidade de realizar o tratamento ortodôntico na dentição decídua e mista no serviço público. Inicialmente é feita a avaliação da oclusão juntamente com a classificação de risco á cárie de todas as crianças de 4 a 6 anos institucionalizadas na rede pública de Cosmópolis. Os tipos de oclusopatias selecionadas para tratamento dependem das alterações envolvidas, do grau de comprometimento e do estado de saúde bucal geral. São realizados aparelhos removíveis simples, desgastes seletivos, pistas diretas planas, mantenedores de espaço, botão lingual com elástico e aparelhos ortopédicos para Classe III. Atualmente 15 crianças estão em tratamento ativo, e já foram terminadas 5 crianças com uma média de tempo de tratamento de 6 meses. A colaboração foi em média de 90%, apesar da amostra ser pequena. É necessários um trabalho multidisciplinar, envolvendo a fonoaudiologia e a otorrinolaringologia pois a etiologia das oclusopatias é multifatorial e deve-se dar ênfase a educação dos pais. Conclui-se que a realização do tratamento ortodôntico e interceptivo é possível ser realizado no serviço público, nesta faixa etária, por profissionais da saúde coletiva capacitados. Fone: (19) 32852295 e-mail: [email protected] CC19: A INSERÇÃO DA ODONTOLOGIA NO PSF/PACS SEM O INCENTIVO FINANCEIRO DO MINISTÉRIO DA SAUDE. Giovelli AA, Braga CEN, Leite EFD, Zanetti R, Sobrinho AS Prefeitura Municipal de Cosmópolis Programa de Saúde da Família Cosmópolis está situada em uma região de produção açucareira, onde o grande cultivo da cana de açúcar predomina na região, segundo o censo, em 2000, sua população era de 44.367 habitante. A cerca de 13 anos foi fortalecida as ações preventivas odontológicas que fizeram com que o índice de cárie dentária diminuísse drasticamente no município. Mas hoje a realidade nos impulsiona para uma atenção mais focal visando áreas determinadas, organizadas por programas de agentes comunitários e programa de saúde da família. Neste contexto, mesmo não havendo equipe de saúde bucal restrita para estes programas,criamos um vínculo no PSF e PACS com os dentistas da rede ,isto é, cada cirurgião-dentista está vinculado a uma determinada

área na cidade independente se há PACS ou PSF, ocorrendo uma cobertura completa da cidade. O objetivo principal foi de criar maior vínculo entre o profissional e a população da área a ele destinada, proporcionando um elo de confiança, responsabilidade e de maior humanização do serviço. Nas áreas onde existem PSF/PACS ocorre uma maior atenção à população envolvida, isto por que os agentes comunitários, após capacitação, têm condições de transmitir noções preventivas aos necessitados e de acordo com necessidade é oferecido a oportunidade de tratamento às famílias, independente de ter pego vaga ou não em triagem. É oferecida também a oportunidade do profissional odontólogo em criar para a sua área qualquer tipo de atividade que levem benefícios concretos para as pessoas de sua responsabilidade.Os resultados encontrados em apenas um ano de implementação são modestos devido ao pouco tempo, mas a criação desta via de atendimento deu um aspecto mais preventivo com a oportunidade de tratamento curativo às famílias mais necessitadas solicitadas pelas próprias ACS. De conclusão podemos tirar que não precisamos esperar o incentivo financeiro do Ministério da Saúde para estarmos com a filosofia e vínculo do PSF na mudança do modelo de assistência à saúde no Brasil, embora este programa tem a intenção de ser apenas um passo de vários, dos degraus necessários para melhorar ainda mais a saúde bucal em nosso município. Fone: (19) 3812-5179 e-mail – presaude(a)dglnet.com.br CC20: PROGRAMA CANGURU-BEBÊ - UMA EXPERIÊNCIA NA U.B.S. PARQUE PARAÍSO - ITAPECERICA DA SERRA

Napolitano MA, Carvalho ETL, Sales LP, Sohn MM, Andrade E Secretaria Municipal de Saúde de Itapecerica da Serra – SP Apesar de regressões significativas na prevalência de cárie dentária na população em geral, os índices de “cárie de mamadeira”, ainda vigentes, demonstram a necessidade de intensificar a atuação preventiva em saúde bucal direcionada a bebês e crianças de até 03 anos de idade. O programa visa o incentivo ao aleitamento materno, a manutenção da saúde bucal dos bebês e crianças de até 03 anos de idade, diminuindo também a ocorrência posterior de seqüelas decorrentes de ataque de cárie ou hábitos nocivos adquiridos nessa faixa etária. O programa se inicia no grupo de gestantes, sendo que no último retorno do pré-natal, a paciente é agendada para a primeira consulta com o neonatologista e participa de palestra com equipe multiprofissional, quando

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são abordados os temas:- importância do aleitamento materno no desenvolvimento da criança, inclusive no que se refere ao sistema maxilo-mandibular e cuidados sobre a higiene do bebê. Após o parto, o bebê é agendado para consulta odontológica no seu primeiro mês de vida, sendo realizado o exame clínico, demonstração de higiene oral e preenchimento da ficha específica . Até os três anos de idade, o retorno é trimestral, sendo que as mães das crianças maiores realizam escovação em seus filhos sob supervisão da equipe. Aproximadamente quinhentas crianças participaram do Programa até o ano de 2.003 e observamos que as mães freqüentes às palestras e consultas odontológicas instituíram o hábito adequado de higiene bucal de seus filhos e que o atendimento interdisciplinar é essencial à saúde da gestante e do bebê, pois a gestação é um período em que a mulher encontra-se mais susceptível a mudança de hábitos e costumes arraigados. O fato do exame clínico e a realização da orientação da higiene bucal dos bebês serem efetuados na cadeira odontológica motiva os retornos subsequentes. CC21: CIMENTO IONÔMERO DE VIDRO NO PRÉ-ESCOLAR Carvalho LPR Secretaria Municipal de Higiene e Saúde – Marília

A cárie dentária continua a ser uma doença que assume proporções consideráveis, principalmente na população infantil. Dentre os vários materiais, o cimento de ionômero de vidro tem merecido destaque na Saúde pública, devido suas propriedades de adesão a estrutura dental e liberação do flúor, que o colocam como material ideal , onde o selamento cavitário e a prevenção à cárie secundária são desejáveis, lembrando que essas propriedades só serão obtidas com adequado conhecimento de sua natureza e indicações. Com base em nossa experiência clínica de 9 anos com o uso desse material em pré-escolares de 2 a 7 anos nas EMEIs (Escola Municipal de educação Infantil) do município de Marília, SP, podemos comentar o sucesso do seu uso em uma grande variedade de procedimentos clínicos, tais como: Selamento, de molares parcialmente erupcionados em crianças de alto risco. Material restaurador imediato em pacientes de difícil comportamento, em síndrome de mamadeira. Restauração de dentes decíduos, cavidades oclusais, ocluso-proximais, cervicais, estéticas em cáries proximais vestibulares, linguais e caninos. Pacientes com alta atividade de cárie na fase de adequação do meio bucal, em dentes que sofreram fraturas por trauma. Material restaurador definitivo após pulpotomias e necropulpectomias (mistura milagrosa). Forramento para qualquer tipo

de cavidade. Reparo de defeitos marginais em restaurações de amalgama. Pelo exposto, podemos concluir que o cimento de ionômero de vidro pode ser considerado excelente alternativa no atendimento a pacientes jovens, cabendo ao profissional optar por este ou outro material, levando em consideração a avaliação das vantagens e desvantagens de cada um nos diversos procedimentos clínicos. Fone: (14)433-0920 e-mail: [email protected] CC22: UTILIZAÇÃO DE CRITÉRIOS DE RISCO PARA REDUÇÃO DE INCIDÊNCIA DE CÁRIES EM ESCOLARES DE DIVINOLÂNDIA – SP Pereira MD, Moreira SEL Prefeitura Municipal de Divinolândia – SP e DIR XX – São João da Boa Vista Em 1998, o município apresentou índice de CPO de 6,16 aos 12 anos. Com necessidade de reverter o quadro encontrado, procurou-se, através da Coordenação de Saúde Bucal, rever o modelo vigente no município, uma vez que nesta linha de atuação, as metas da OMS para o ano 2000 que não seriam alcançadas. A participação na I Oficina de Planejamento em Saúde Bucal Coletiva na DIRXX SJBV em 2001, veio reafirmar a necessidade de mudanças; dando diretrizes para trabalhar com critérios de riscos de cárie. Reorganizou-se o modelo de atenção à Saúde Bucal do município, redirecionando os recursos investidos, tendo como meta reduzir o índice de CPO aos 12 anos através de: 1. Sensibilização do Poder Público e da Equipe de Saúde Bucal para a implantação do novo modelo, através de capacitação e participação nas oficinas específicas organizadas pela DIR XX. 2. Implantação de projeto piloto na E. M. Euclides da Cunha. 3. Classificação de risco de cárie através das fichas clínicas . 4. Os de maior risco receberam atenção diferenciada à exposição ao uso de produtos fluorados. 5. Treinamento de monitora para aplicação de flúor gel, com a supervisão do CD. 6. Continuação dos procedimentos coletivos planejados para ano 2001, 2002 e 2003. 7. Ampliação do programa para todas as escolas do município, com classificação do risco de cárie segundo critérios sugeridos pela SES. 8. Seleção por cor das escovas utilizadas na escovação diária de acordo com a classificação de risco: alto risco (vermelha), baixo risco (branca) e médio risco (cores variadas). Como resultado obteve-se o Índice de CPO 1,87 aos 12 anos de 3,32 aos 14 anos em 2003, redução no percentual de procedimentos curativos aluno/ano: em 2000 (2,59 proc,/ano); em 2001 (0,96 proc./ano). Migração no nº de alunos de um grupo de risco para

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outro. Incentivo aos alunos para melhoria das condições de sua cavidade bucal (quando os alunos queriam mudar a cor da escova, era explicado o significado da cor e porque não poderia ser trocado, com isto se empenhavam para a troca). A mudança no modelo de atenção à saúde bucal dos escolares de Divinolândia proporcionou redução CPOD, inclusive na zona rural onde não existe fluoretação das águas, melhor direcionamento dos recursos financeiros e de pessoal disponíveis para os grupos de maior risco à cárie. O nº de proc. curativos/aluno diminuíram, resultando em economia para o município e remanejamento do tempo gasto para atendimento de outros programas como gestantes, bebês e adultos. A motivação foi um dos pontos altos do programa, já que os alunos classificados como alto risco objetivaram a mudança de classificação para médio e baixo risco. Fone: 19 3663 –7743 e-mail: [email protected] CC023: PLANOS DE ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA, FRENTE ÀS DENÚNCIAS REGISTRADAS NO PROCON/SP Silva RPR, Almeida ACB, Peres AS, Martins Filho IE, Bastos JRM, Peres SHCS Departamento de Saúde Coletiva da FOB/USP A deficiência do setor público, no que diz respeito à prestação de serviços de saúde à população em nosso país é tão grande, que a busca por meios alternativos se faz crescente a cada dia. Os planos de assistência vão além do atendimento básico, chegando a atendimentos específicos e de alta complexibilidade, de acordo com as necessidades do cliente. A grande ascensão deste mercado deu-se a partir de 1994, com o início do plano real, dando a população maior poder de compra, melhorando assim a qualidade de vida. Órgãos públicos podem desenvolver elos com o Ministério da Saúde, por meio da Ouvidoria e da fiscalização da ANS. Estes mecanismos alternativos de regulação de iniciativa de órgãos de defesa dos consumidores, aliados às normas pró-consumidores foram observados no processo de implementação do Código Nacional de Defesa do Consumidor. O objetivo deste trabalho é relatar e discutir as 5.353 ocorrências registradas no PROCON-SP, divididas em 16 itens, no período de 01/01/2000 à 08/03/2003. Concluiu-se que o consumidor deve estar atendo a todas as clausulas do contrato, além de procurar planos ou operadoras que estejam consolidadas no mercado; quanto à operadora/plano ou cooperativa deve preocupar-se c

com a garantia e qualidade de atendimento prestado ao usuário. Fone: (17)8113-5541 e-mail: [email protected] CC24: AS AÇÕES BÁSICAS DA PASTORAL DA CRIANÇA NA SAÚDE BUCAL – UM BREVE HISTÓRICO Lima A, Moimaz SAS, Saliba NA, Arcieri RM. Faculdade de Odontologia de Araçatuba O trabalho da Pastoral da Criança teve seu inicio na cidade de Florestópolis – PR, no ano de 1983, fundada pela Drª Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista; motivada pelo alto índice de mortalidade infantil ocasionado pela desnutrição. Este terceiro setor é uma imensa rede de solidariedade, e a maior organização não governamental do mundo nas áreas de saúde e nutrição infantil. A Pastoral da Criança não pode atuar em outros países, não podendo transferir recursos, por ser um organismo nacional filantrópico, podendo apenas ajudar a capacitar e estimular pessoas a implantarem atividades baseadas neste modelo.O objetivo deste trabalho é apresentar um breve histórico da Pastoral da Criança e suas ações básicas, especialmente ações de prevenção e educação em saúde bucal. O projeto piloto do programa de saúde bucal teve seu inicio em Campo Largo, cidade localizada na região de Curitiba – PR, por meio de um convênio de cooperação técnica entre Universidade Estadual de Londrina, CRO – PR, Prefeitura Municipal de Campo Largo e Pastoral da Criança, no ano de 1993. Após iniciado, tem se expandido para diversas regiões do Brasil. Neste acordo a Universidade Estadual de Londrina ficaria responsável pela capacitação de alguns líderes comunitários para atuarem nas suas comunidades, sendo designados a eles a função de acompanhar a família assistida pela Pastoral. Para as gestantes são transmitidos conhecimentos gerais e orientação sobre hábitos inadequados, como o uso de mamadeira e chupeta usados por tempo prolongado, e ainda a importância da amamentação, tanto para o desenvolvimento nutricional como facial da criança através de uma sucção adequada. Ambos são informados quanto a necessidade de uma higiene correta e uma alimentação satisfatória. Essas informações são transmitidas as famílias durante a visita mensal que os líderes fazem na comunidade. E com isso conclui-se que a educação e prevenção são pilares fundamentais para a promoção de saúde. Fone: (018) 36363249 e-mail: [email protected]

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CC025: EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL PARA PAIS DE CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS. Yarid SD, Silva HM, Goya S, Samoto AK, Peres SHCS, Peres AS, Bastos JRM, Aquilante AG, Almeida BS Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo Em relação à saúde bucal de bebês, o principal alvo da educação são os pais, que devem participar ativamente do processo. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade da educação em saúde bucal aos pais de crianças de 0 a 2 anos de idade, freqüentadoras do Berçário Creche “Rodrigues de Abreu”, em Bauru -SP. Foi aplicado um questionário aos pais (n=46), avaliando seu nível de conhecimento em relação aos principais assuntos acerca da saúde bucal. A educação aos pais consistiu-se em distribuição de folhetos educativos e palestras durante as reuniões promovidas pela creche aos pais e/ou responsáveis das crianças, durante um ano. O mesmo questionário foi novamente aplicado, avaliando a aquisição de novos conhecimentos. A análise estatística não foi significante embora tenha demonstrado uma tendência de melhora no desempenho dos pais. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que a utilização de folhetos e palestras não foram suficientes para motivar os pais em relação à saúde bucal, e que outros recursos áudios-visuais devem ser implementados para haja uma participação mais efetiva do grupo. Fone: (67) 521 2360 e-mail: [email protected] CC26: A FAMILIA, A ESCOLA E O PROJETO BOQUINHA Sanches MAS, Giovelli AA, Santos CL , Blasio EC, Leite EFD, Fenandes GN, Carvalho AO, Garcia RS Prefeitura Municipal de Cosmópolis. Os procedimentos coletivos são desenvolvidos em Cosmópolis desde 1992 através de Projeto Boquinha. É um projeto multiprofissional de prevenção e promoção de saúde que envolve a odontologia, a fonoaudiologia, a nutrição e o departamento de educação. As atividades educativas preconizadas pelos procedimentos coletivos, apesar de serem indicadas para vários grupos populacionais, geralmente são desenvolvidas junto à população escolar. As famílias dos escolares muitas vezes não são envolvidas nas atividades desenvolvidas na escola pela dificuldade da sua presença. No máximo são realizadas com os pais palestras e reuniões sobre determinados temas de saúde que infelizmente ficam comprometidos devido

ao grande número de faltas. A escola por sua vez, muitas vezes assume um papel de expectador passivo em relação às atividades propostas devido a uma série de fatores. No entanto, em Cosmópolis, o Projeto Boquinha criou estratégias para envolver a família e a escola numa tentativa de melhorar a qualidade das atividades já desenvolvidas pelo Projeto. O objetivo deste trabalho é mostrar estas estratégias de trabalho educativo as quais envolvem a criança, a escola e a família de forma mais dinâmica, construtiva e lúdica. As estratégias têm sido aplicadas há alguns anos no ensino infantil e fundamental de 1ª a 4ª série com resultados positivos onde se observou a aproximação da família ao Projeto e a parceria da escola no desenvolvimento das atividades propostas pela equipe melhorando muito a qualidade da educação em saúde oferecida àquela população. Fone: (19) 38726792 e-mail: [email protected]

CC27: AVALIAÇÃO E PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO EM PACIENTES COM ALTERAÇÕES SISTÊMICAS EM CIRURGIA AMBULATORIAL. Faria M, Suzuki CM DIR-1, COEVI (Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna). A COEVI trabalha na rede estadual como referência da grande São Paulo de cirurgia oral ambulatorial desde 2001, recebendo encaminhamentos de unidades básicas de saúde, de PAMs da cidade de São Paulo, de hospitais tanto estaduais, municipais e federais para realizar cirurgias de maior complexidade em seu ambulatório. O procedimento na grande maioria das vezes é eletivo, porém também se constata que a maior parte dos pacientes apresentam alguma alteração não compensada. O trabalho procurou abordar com as especialidades médicas de maneira racional e simples, requisitando as informações necessárias ao bom andamento dos casos, e realizar os encaminhamentos para outras esferas (referência e contra-referência) sempre analisando e avaliando o benefício do usuário. A anamnese é fundamental para todas as especialidades e não seria diferente na cirurgia; a coleta de dados pode ser orientada por uma ficha clínica que permita investigar a historia médica, odontológica, dados pessoais, hábitos, exame físico, clínico, tratamento médico atual e medicação em uso. De acordo com as informações obtidas pode se focar os sistemas que se suspeita haver alguma disfunção, os exames complementares fornecem informação adicional ao quadro do paciente. O desempenho da avaliação dos pacientes com

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alterações sistêmicas se mostra satisfatória na resolução de casos ambulatoriais, que na verdade é a grande maioria dos pacientes atendidos na COEVI (pacientes entre 30 a 60 anos), que nesta faixa etária apresentam ao menos uma disfunção. Esta avaliação se mostra plenamente aplicável não só na rede especializada mas também no atendimento básico, considerando o número de hipertensos, cardiopatas, diabéticos, imunodeprimidos, portadores de processos crônicos infecciosos ou degenerativos, usuários de drogas, etc que existem no Brasil, que tem sua expectativa de vida cada vez mais alta, a tendência é que tenhamos que incluir as alterações sistêmicas na nossa rotina de atendimento em todas as especialidades odontológicas. Fone: 011-69150107 e-mail: [email protected] CC28: O PAPEL DO CIRURGIÃO-DENTISTA NO CONTROLE E PREVENÇÃO DA RADIOMUCOSITE NA TELETERAPIA Suzuki CM, Fugita A, Teixeira MM DIR-1, Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna (COEVI), UGAII-Hospital Ipiranga. A mucosite é o principal efeito adverso da radioterapia; ela é dose limitante e afeta todos os pacientes em menor ou maior grau, sendo responsável por vezes pela interrupção da irradiação comprometendo a eficiência da teleterapia. O tratamento atualmente utilizado no mundo se baseia na redução de sintomatologia e adequação do meio bucal. Neste estudo, pautado em bases cientificas, analisamos as varias terapêuticas utilizadas no mundo e adequamos a que consideramos mais eficiente e acessível a realidade do nosso serviço. Uma constatação de consenso se refere a higiene oral; que foi observado nos pacientes com melhor higiene, os efeitos adversos são menores tanto imediatos como tardios. Tanto os pacientes edentados como desdentados devem ser orientados na higiene oral, aqueles que mantiverem dentes em sua arcada devem receber uma profilaxia e orientação quanto ao cuidados na radioterapia, que consiste em amenizar a hiposalivação, aumentar o ph bucal, controle bacteriano, controle antifúngico, prevenção da cárie de radiação; protetor solar para a pele; não acrescentar açúcar a dieta mesmo com a disgeusia e recomendação de não usar próteses removíveis neste período até a alta. Durante a radioterapia pode ocorrer um efeito agudo que deve ser tratado com medidas complementares a profilaxia, no caso de sintomatologia, dificuldades na alimentação, infecções secundárias são tratadas de acordo com sua etiologia. O dentista tem um

papel preponderante no decurso do tratamento pela radioterapia, pois a mucosite no seu estado mais agudo interrompe o tratamento e prejudica o processo de “cura” do câncer. O que foi demonstrado pelos estudos científicos atuais é que um protocolo de adequação bucal com a motivação correta do paciente orientando para as possíveis seqüelas e suas conseqüências para a qualidade de vida promovem um número menor de complicações da radioterapia. Fone: 011-69150107 e-mail: [email protected] CC29: A ODONTOLOGIA PAULISTA E A SAÚDE PÚBLICA Martino LVS, Botazzo C, Zilbovicius C Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri-SP Instituto de Saúde, SES-SP. Departamento de Odontologia Social, FOUSP O presente trabalho pretende estabelecer quando, onde e como práticas de odontologia e o próprio cirurgião-dentista passam a fazer parte do Serviço Público de Saúde do Estado de São Paulo de maneira oficial e regulamentada. Para tanto, foram analisados documentos relativos à legislação dos serviços de saúde pública do estado, de 1889 até 1932, bem como material da literatura odontológica da época. O lócus privilegiado da pesquisa foi o Centro Técnico de Documentação Museu de Saúde Pública “Emílio Ribas”, em São Paulo. Um panorama histórico do cirurgião-dentista e da odontologia paulista foi traçado, observando a profissão e a área de atuação ao final do século XIX e primeiro quartel do século XX, passando também por aspectos relativos à ruptura entre discursos e práticas médicas e odontológicas. O Serviço Sanitário foi outro alvo de estudo, tendo sua história vasculhada e destrinchada para que os principais atos e decretos estaduais relativos ao órgão fossem expostos para, desta forma, se poder evidenciar a legislação que dizia respeito ao cirurgião-dentista. Através da documentação do período, verifica-se a presença de uma preocupação com a situação epidemiológica em saúde bucal que, entre outros fatores, gera a iniciativa da organização da assistência odontológica na cidade considerando, inclusive, aspectos que até hoje permanecem pertinentes, como sistemas de informação e referência para especialidades. Houve uma contextualização dos assuntos abordados com aspectos sócio-econômicos e políticos concernentes aos períodos históricos em questão, o que serviu de ponto de apoio para que o trabalho fosse concluído. Fone: (11)4199-3100

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CC30: PROPOSTA DE OGANIZAÇÃO DOS CAMPOS DE ESTÁGIO CURRICULAR PARA O CURSO DE ODONTOLOGIA DA PUC-CAMPINAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPINAS Duran AI, Delpasso E, Fernandes GN, Pessato LM, Muller MIO, Garcia MAA, Barthmann VMC Fac. Odontologia PUC-Campinas e S.M.S. Campinas Este trabalho tem como objetivo relatar o início de uma parceria, para a organização dos campos de estágio estabelecida entre a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas e a PUC Campinas, mais especificamente com o curso de Odontologia, uma vez que já havia tal parceria com outros cursos da área da Saúde desta instituição desde a década de 80. Desta maneira busca-se uma mudança no modelo de formação do graduando de acordo com o projeto pedagógico vigente e as diretrizes curriculares nacionais estabelecendo como eixo norteador a integralidade da atenção em saúde bucal. A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas/SP, de acordo com a Constituição Federal de 1988, tem como diretriz em sua política de relação ensino-serviço, que toda e qualquer Unidade da rede pública de Campinas é considerada campo de estágio em potencial, sendo que a equipe local de saúde assume inteira e total vinculação à realização de estágios no seu local de trabalho e irá trabalhar em regime de cooperação. Foram realizados alguns encontros para estabelecer diretrizes em que participaram diferentes atores. Foi elaborado um documento final desses encontros a fim de dar inicio a esse processo. Tal documento encontra-se aberto para que ao longo do processo de aplicação/experimentação seja revisto por parte tanto dos estudantes, professores, profissionais dos serviços como da comissão de estágio e direção da Faculdade de Odontologia. Fone: (19) 32410772 e-mail: [email protected] CC31: MARKETING SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE BUCAL Sato FRL EAESP-FGV Sabe-se hoje que a educação em saúde é a mais eficaz e efetiva ferramenta na promoção da saúde. É através da educação que as pessoas expostas ao risco de determinadas doenças adquirem consciência do problema e os conhecimentos necessários para a sua

proteção. Entretanto, a fim de se atingir tais objetivos, é preciso também saber os instrumentos a serem utilizados para tais finalidades. Dessa forma, o objetivo deste trabalho será expor alguns conceitos de marketing social de fácil aplicação e difusão, reduzido custo e alta eficácia na educação em saúde nos serviços públicos. Para isso, foi feito um levantamento bibliográfico sobre o tema e visitas a serviços no município de São Paulo que já se utilizam desse tipo de instrumento. Os resultados apontam que esse tipo de estratégia de comunicação ainda está presente em poucos serviços, mas o seu uso vem aumentando rapidamente. Dessa forma, foi possível concluir que o mesmo foi altamente efetivo, com ótimos resultados tanto a curto como em longo prazo, tendo significativa aceitação por parte dos profissionais que trabalham nesses serviços e por parte da população atendida, o que torna o marketing social uma ferramenta plenamente possível de ser utilizada. Fone: (11) 6197-7337 email: [email protected] CC32: A DIALÉTICA ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO NA ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA: O SETOR SUPLETIVO PODERÁ SER UM SUBSTITUTO DO SETOR PÚBLICO NO FUTURO? Sato FRL EAESP-FGV Ao se analisar o setor odontológico como um todo, pesquisas indicam que a área de maior crescimento seria a do chamado setor de assistência odontológica supletiva (ANS, 2003), isso devido à falência do setor privado e a ainda pouca cobertura por parte do setor público em algumas atividades, principalmente aquelas curativas de maior complexidade, já que o financiamento público corresponde a apenas 5% do total do setor, enquanto na área médico-hospitalar, o Estado arca com quase 50% de todos os gastos (IBGE, 2000). Hoje o setor ainda têm uma pequena participação em termos de cobertura populacional (cerca de 2% da população brasileira, de acordo com ANS(2003)), mas a expectativa é que esse número triplique em 3 anos, e o valor movimentado nesse setor supletivo se iguale ao setor público num prazo aproximado de 5 anos (SINOG, 2004). Dessa forma, o objetivo deste trabalho é discutir essa dialética entre o público e privado no setor de assistência odontológica, já que a universalização do atendimento pelo setor público vem crescendo lentamente, enquanto que a cobertura por parte do setor supletivo aumenta de forma nunca antes vista. Entretanto, quando analisada o perfil da população do setor supletivo, nota-se que a maior parte vêm

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migrada do setor privado, e não do setor público. Soma-se ainda o fato do setor supletivo estar pouco focado em ações preventivas, e sim em ações curativas básicas, segundo o rol de procedimentos mínimos preconizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Portanto, apesar do crescimento significativo do setor de assistência supletiva, o setor público ainda tem um importante papel a ser exercido na atenção à saúde bucal dos brasileiros. Fone: (11) 6197-7337 email: [email protected] CC33: SORRISO NA ESCOLA – MUDANÇA NA ESTRATÉGIA DE AÇÕES PREVENTIVAS NO MUNICÍPIO DE ANDRADINA/SP Tencarte CR, Fayad NJ Prefeitura Municipal de Andradina/SP A busca da melhora da qualidade preventiva e educacional oferecidas deve ser constante através de melhores maneiras de abrangência, afinal para cada faixa de idade devemos desenvolver uma técnica de abordagem e de envolvimento distinto. Ao analisarmos nossa metodologia por nosso município utilizada, chegamos a conclusão de que as mesmas não estavam surgindo o efeito esperado, necessitando de aprimoramento, então, após nortearmos onde estavam as falhas, surge o programa Sorriso na Escola com a proposta de trabalho em conjunto com a Secretaria de Educação para o aprimoramento de toda a sistemática até então aplicada. Tornar as atividades preventivas uma ação mais interessante, possibilitando assim, uma melhor fixação das orientações preventivas necessárias na área odontológica, incorporando na prevenção Pedagogos com suas habilidades cognitivas para melhorar a aplicação da fase educacional da prevenção. Foi formada uma equipe que seria responsável por toda ação preventiva voltada aos escolares, esta equipe passa a ser formada então por 3 Pedagogos, 1 Cirurgião Dentista e 2 Auxiliares. Após a formação do quadro pessoal da equipe, houve uma capacitação especifica da Área Odontológica aos Pedagogos e Auxiliares, parte preventiva prática/laboratorial, inclusão de aulas administradas em cada sala com atividades voltadas para a idade das crianças, teatros interativos, jogos lúdicos e gincanas, além de outras atividades. Ainda não temos dados numéricos comparativos de CPOD e ceo, porém pela interação dos nossos alunos, da resposta do quadro educacional frente as atividades aplicadas, podemos notar que melhoramos a qualidade de nossas ações preventivas. Num mundo globalizado, temos que reconhecer onde somos debilitados e promovermos a união com setores/profissionais melhores

capacitados para buscarmos sempre a melhoria da qualidade das ações desenvolvidas em prol da comunidade. Com este programa conseguimos melhorar nossa qualidade de ações preventivas, e assim, melhorar as condições de saúde de nossa comunidade, o que deve ser uma meta constante pelos prestadores de Serviço Público. Fone: (18) 37225240 e-mail: [email protected] CC33A: CRECHE : MORADA DE TODOS NÓS : EDUCAÇÃO, SAÚDE E FAMÍLIA . Blasio Di EC, Giovelli AA, Santos CL, Leite EFD, Fernades FEB, Fernandes GN, Nogueira JR, Sanches MAS, Carvalho AO,. Garcia RS, Reis W Prefeitura Municipal de Cosmópolis O conceito de Creche apresentou modificações significativas desde a sua formação, por influência de fatores sociais, políticos, econômicos e financeiros. É neste cenário que o Projeto Boquinha, existente desde 1992 no município de Cosmópolis, se propõem a adentrar esse espaço tão importante na vida da criança atuando preventivamente através de atividade Educativas e terapêuticas. O objetivo desse trabalho é demonstrar as atividades educativas que envolvem a realização de teatro e brincadeiras que abordam temas relacionados à Saúde Bucal bem como a estimulação do desenvolvimento global da criança. Além disso é realizado um trabalho de sensibilização das pajens, merendeiras e serventes quanto à importância da escovação, higiene nasal, consistência e cariogenicidade dos alimentos, remoção de hábitos deletérios e estimulação do desenvolvimento através de treinamentos periódicos e dinâmicas de grupo. Na abordagem terapêutica serão demonstradas as estratégias para atendimento de cem por cento das crianças no Setor de Odontologia e Fonoaudiologia. Nos resultados haverá a explanação da importância das diversas formas de intersecção das áreas do conhecimento que culminam em atividades multi,inter e transdisciplinares. A equipe acredita que mais do que um espaço de cuidado, a creche pode ser entendida pela família e pela sociedade como provedora de saúde e educação conforme prevê a Constituição Federal de 1988 que à coloca como um direito da criança, um dever do estado e uma opção da família passando a ser vista como provedora do desenvolvimento infantil. Fone: (19) 3844-5538 e-mail: [email protected]

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CC34: A PERCEPÇÃO DO ADOLESCENTE FRENTE A SUA SAÚDE BUCAL E AOS SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS DA UNIDADE DE SAÚDE DO CAIC. Gross A Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Pinhais- Pr O descuido com a saúde bucal em adolescentes, tem vários motivos, e alguns são devidos ao seu comportamento, que muitas vezes mostra-se negligente em relação a seu próprio corpo. Analisando o papel que deve caber a um sistema de atenção odontológica voltado aos adolescentes sobre sua saúde bucal e suas percepções sobre os serviços odontológicos, tendo como estudo de caso o Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente, utilizou-se como método de trabalho a pesquisa qualitativa onde realizou-se entrevistas exploratórias, e nesta investigação, os adolescentes foram ouvidos sobre como vêem a saúde bucal em suas vidas, suas percepções sobre os serviços odontológicos, suas principais dificuldades e fontes de informação. Enfatizar a variável educativa, foi um ponto forte pois estimula a ação e reflexão sobre a realidade, bem como a capacidade para solucionar problemas reais, o que vem de encontro com a importância de ações conjuntas em dois espaços sociais, os serviços de saúde e a escola. Fone: (41) 363-4054 e-mail: [email protected]

CC035: ODONTOLOGIA EM SAÚDE COLETIVA: DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O TRAUMATISMO DENTÁRIO Rodrigues HJG, Mendes HJ, Rodrigues LCIOG, Bastos JRM Faculdade de Odontologia de Bauru-USP – UNIP Campus Bauru Atualmente, a ocorrência de lesões traumáticas dentais, apresenta-se como um percentual significativo de novos casos nos consultórios odontológicos. Esses traumatismos podem comprometer a estética, a função, a biologia dos tecidos dentais, a fisiologia oclusal, a vitalidade e a integridade dos dentes, além de atingir negativamente a auto-estima do paciente e alterar psicologicamente as pessoas que vivem ao redor do acidentado, mais diretamente os pais. Por acometer um grande número de pessoas, existir formas adequadas de prevenção e, por essas atitudes não estarem sendo efetivamente usada pela população,

torna o trauma dental um problema de Saúde Pública. O propósito dos autores no presente trabalho foi o de proceder a uma revisão de literatura especializada, a respeito dos traumas bucais, com a finalidade de informar e orientar a comunidade sobre a importância de se prevenir e tratar o traumatismo dental, de descrever meios específicos e disponíveis de prevenção dessas injúrias para os diferentes grupos etários e, recomendar as medidas emergenciais apropriadas a serem tomadas imediatamente após o trauma dentário. Através da análise de vários trabalhos envolvendo essas lesões, foi observado que na Odontologia Preventiva, enquanto há uma enorme preocupação quanto à cárie dental, são poucos os Cirurgiões-Dentistas que se dedicam a estudar o tema. A população não tem conhecimento sobre as atitudes emergenciais a se tomar diante de trauma dental. Os autores concluíram que a educação em saúde pública pouco tem tratado do desenvolvimento da consciência pública sobre as lesões traumáticas dentais, sendo de suma importância que haja uma campanha, em nível nacional, por meio de uma mensagem clara para tornar a população consciente no seu papel no salvamento dos dentes em caso de um acidente. Fone: (14) 3235-8256 e-mail: [email protected]

CC36: SAÚDE BUCAL: COMPREENDENDO O PERFIL PROFISSIONAL DO CIRURGIÃO DENTISTA E DO ATENTENTE DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO NO SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICIPIO DE MARÍLIA Oliveira MS, Laluna MCMC, Asperti MBZ Secretaria Municipal de Higiene e Saúde – Marília – São Paulo O Programa Saúde da Família (PSF) do município de Marília foi implantado em 1998 como uma estratégia para a progressiva transformação do modelo de atenção à saúde, pautado nas diretrizes propostas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e desde então, houve incorporação de uma equipe de saúde bucal em cada unidade inaugurada. Atualmente o município conta com 24 Unidades Saúde da Família. Como o PSF objetiva a mudança do modelo atenção à saúde da população principalmente, através da transformação das atitudes dos atuais profissionais. A caracterização do perfil sócio-demográfico, da formação técnico-científica, do mundo do trabalho e a análise do perfil dos Cirurgiões Dentistas e dos Agentes de Consultório Dentário (ACD), como uma possibilidade de subsidiar a identificação de necessidades que deverão ser trabalhadas em processo de educação permanente. Este estudo é de

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caráter exploratório, sendo enviados questionários contendo perguntas abertas e fechadas para os 14 Cirurgiões Dentistas e os 12 ACD que atuam nas 13 primeiras Unidades Saúde da Família implantadas no município de Marília. Os resultados foram apresentados sob a forma de dados absolutos e percentuais. As respostas às questões abertas foram categorizadas utilizando-se da análise de conteúdo. Os dados coletados sinalizam que os profissionais têm ampliado a visão de saúde, sendo capazes de compreender o individuo, a família e a comunidade de forma integral e, o vínculo entre profissionais e família foi compreendido como uma ferramenta indispensável para a intervenção na saúde bucal, favorecendo a confiança do paciente no profissional. Entretanto, há que se investir na qualificação profissional para que efetivamente modifique as práticas de saúde e melhore as condições de saúde bucal do indivíduo, família e comunidade e dar seqüência no trabalho, investigando o processo de trabalho do CD e ACD no PSF. Fone: (14) 9784-7745 e-mail: [email protected] CC37: GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E DESEMPENHO DOS PROFISSIONAIS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Robles LP, Robles JrA, Robles FRP Universidade Mackenzie, Fundação Visconde de Cairú, Faculdade de Odontologia da USP Muitos fatores interferem na produtividade e satisfação de trabalhar. A qualidade de vida no trabalho (QVT) foca a satisfação do trabalhador como competência para bom desempenho. A gestão é dinâmica, pois ambiente, pessoas e organizações estão em constantes mudanças. Objetivou-se mostrar possibilidades da prestação dos serviços de saúde com excelência. Procurou-se conhecer a gestão das pessoas e processos nos serviços de saúde (públicos e privados), competências necessárias e formas de avaliar o desempenho. A pesquisa buscou entender a rede de organizações envolvidas na prestação de serviços de saúde - do SUS ao relacionamento de operadoras de planos de saúde com credenciados, fornecedores, órgãos governamentais reguladores, hospitais, laboratórios, “empresas -clientes” e beneficiários. O método para estudo foi qualitativo. Houve levantamento de referências e realização de entrevistas semi-estruturadas, presenciais e telefônicas, não gravadas, apoiadas em instrumento de coleta. Competências e ferramentas de avaliação do desempenho gerencial e laboral em saúde foram elencadas. Realizou-se a pesquisa com entidades (não necessariamente ligadas à saúde). A intenção foi avaliar modelos de sucesso, políticas praticadas e

procedimentos direcionados nesse sentido. Observou-se que no desenvolvimento de competências e habilidades houve impactos nas formas do trabalho e de atendimento, contribuindo para crescimento pessoal e profissional dos colaboradores, refletindo-se em resultados econômicos e nos indicadores de produtividade. A pesquisa revelou condutas das organizações com seus talentos, políticas de avaliação e recompensa, critérios utilizados nos Programa de Participação dos Resultados (PPR) e de remuneração fixa e variável, estando a última relacionada ao cumprimento de metas e resultados operacionais e econômicos. Apuraram-se diferentes ferramentas utilizadas na avaliação, como: 360º, Balanced Scorecard (BSC), Fundação Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ), Skandia e outras, desenvolvidas internamente pelas empresas da amostra. Após discussões e reflexões sobre os resultados das pesquisas, com base no método dos quatro “Ps” (Pontos Positivos, Preocupações, Propostas e Perspectivas), os autores concluíram: com a gestão de competências e avaliação constante do desempenho das pessoas (quer do setor público ou privado) devem-se adotar planos, programas e ferramentas adequadas e o propósito inicial para a excelência na prestação de serviços de saúde será cumprido Fone: (011) 5574 5236 e-mail: [email protected] CC038: A EDUCAÇÃO NO BRASIL E O QUASE MERCADO (QUASI MARKET): PROMOVENDO O MERCADO EDUCACIONAL (MARKETING THE MARKET) Figueiredo MBGL Departamento De Administração Escolar E Economia Da Educação Feusp E Coe “Prof. Alfredo Dos Reis Viegas” / Sms / Pmsp O presente trabalho analisa a emergência de lógicas de mercado na regulação da oferta educativa em termos de financiamento, recursos e oportunidades, transformando a educação numa base comercial. Algumas das soluções mais simplistas para os atuais problemas de políticas educativas (baseados nos princípios da economia mista), buscam combater as “falhas” do Estado com o reforço do mer cado, e as “falhas” do mercado com o reforço do Estado. A noção de quase-mercado foi implantada nas décadas de 1980 e 1990, nos Estados Unidos e Inglaterra, e têm sido referência para diversos países. Importa considerar que o produto dominante no mercado da educação é o diploma. Hirsh apud Dale (1993), sugere que aquilo que se pode chamar “esconderijos de férias” só tem valor enquanto nem toda a gente os

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tem; uma vez que o esconderijo é descoberto por mais e mais pessoas, a vantagem de o possuir em primeiro lugar desaparece, acontecendo o mesmo com os diplomas. Na medida em que mais pessoas obtêm um nível particular de diploma, seu valor cai e, para manter a vantagem e o valor do mesmo, torna-se necessário obter mais e mais diplomas “superiores”. A pesquisa realizada é teórica, por meio de artigos publicados no Brasil e no exterior com argumentos sociológicos, filosóficos e econômicos que sustentam esta discussão. Como resultado desta política neoliberal de mercado em educação não é verdade que se têm o princípio da descentralização, da autonomia do ensino, nem mesmo a promoção de novas técnicas de gestão, mas de uma combinação de livre-escolha do estabelecimento de ensino, a concorrência entre as escolas públicas, resultantes do financiamento por aluno. Por meio de todos estes ingredientes pode-se falar de uma política destinada à construção de um mercado da educação, ficando a instituição de ensino descolada do Estado, gerida como uma empresa, em um sistema de concorrência de livre escolha, principalmente na educação superior, com o aumento do poder de coordenação do mercado e diminuição da força coordenadora da comunidade acadêmica. Fone: (11) 99448928 e-mail: [email protected] CC038A: O PAPEL DA MULHER NA ODONTOLOGIA: UMA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA Figueiredo MBGL Departamento De Administração Escolar E Economia Da Educação Feusp E Coe “Prof. Alfredo Dos Reis Viegas” / Sms / Pmsp O presente estudo utilizando um enfoque gênero, analisa as dificuldades vivenciadas pelas dentistas, “established ”, bem como pelas auxiliares da Odontologia, “outsiders”, após ingresso na carreira, e a influência destas na saúde desses grupos profissional e o de ocupação, respectivamente. O estudo parte do pressuposto de que as mulheres são mais afetadas no exercício da profissão pela excessiva carga de responsabilidades que lhes são atribuídas e ainda têm a “obrigação social” de realizar as tarefas domésticas, cuidar dos filhos e ter que mostrar competência como profissionais. Foi realizada uma pesquisa teórica, cujas características de mercado de trabalho foram captadas a partir da Pesquisa de Estratificação do Esquema de Classes elaborada por Erik Olin Wright apud Santos (2002) aplicada no mapeamento da disposição estrutural dos perfis específicos das posições e segmentos de

classe no Brasil de hoje, abordando a distribuição diferenciada das posições em relação aos fatores gênero e cor ou raça. Debate-se a problemática teórica do processo subjacente à associação entre educação e renda. Apesar da autonomia no trabalho desenvolvido pelas mulheres no campo da Odontologia, ainda persiste a discriminação das mulheres, principalmente em relação ao aspecto salarial. O desequilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional é um fator de “ pressão”, provocando insatisfação e estresse. A realidade do trabalho odontológico está vinculado aos fatores econômico e social, as cobranças, oportunidades diferentes de acordo com o gênero, e complementarmente em relação ao mercado de trabalho, de duro realismo e de desejo “mágico”. São sugeridas interpretações sociológicas alternativas à teoria do capital humano pela associação entre educação e renda: o grau de desigualdade em educação e os diferenciais de renda por nível educacional. Fone: (11) 99448928 e-mail: [email protected] CC39: INCIDÊNCIA DOS FATORES DE RISCO DA DOENÇA CÁRIE EM CRIANÇAS DE 0 A 36 MESES EM DUAS REGIÕES DISTINTAS DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA-SP Okaji CAH, Lopes ER, Faria JVB, Cardoso LHS Programa Saúde da Família Secretaria Municipal de Higiene e Saúde do Município de Marília(SMHS). A literatura mostra que são muitos os fatores locais ou gerais, através dos quais pode-se predizer o futuro desenvolvimento da doença cárie. Alguns fatores como a higiene bucal, dieta, a transmissibilidade da cárie (através de hábitos inadequados dos pais para com a criança), o acesso a produtos fluoretados estão em estreita relação com a experiência positiva ou negativa da criança. O diagnóstico do risco de cárie deve ser o mais precoce possível,antes mesmo da criança nascer através da educação e medidas que melhorem a saúde bucal da mãe (promoção de saúde),desta forma conseguimos diminuir ou mesmo anular o risco de cárie do futuro bebê.O presente trabalho teve como objetivo identificar os fatores de risco da doença cárie em 80 crianças de 0 a 36 meses considerando duas regiões distintas. Das 80 crianças, 40 são da zona norte (USF Parque das Nações e USF Santa Antonieta II) e 40 são da zona sul (USF Parque dos Ipês e USF Santa Augusta) pertencentes ao município de Marília. Os dados foram baseados em uma ficha de atendimento bebê-clínica utilizadas pela SMHS de Marília. Para realização do exame clínico utilizou-se

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o método visual e as crianças foram posicionadas de acordo com o sistema perna-perna ou joelho-joelho relatado em 1982 por Mathewson et al (1982). A análise destes foram feitas de acordo com os fatores de risco à cárie(alto, médio e baixo risco) proposta em 1999 por Walter,L.R.F et al.Com base nos critérios avaliados constatou-se os seguintes resultados :região norte 70% (alto risco), 22,5%(médio risco), 7,5%(baixo risco);região sul 62,5%, 35% e 2,5% respectivamente.As duas regiões apresentaram resultados semelhantes, ou seja, a maioria das crianças com alto risco à cárie. Acredita-se que os percentuais atingidos podem ser revertidos a longo prazo com ações educativas de prevenção e promoção de saúde bucal do programa saúde da família. Fone: 014 423 7284 email: [email protected] CC40: ADOÇÃO DOS CRITÉRIOS DE RISCO FAMILIAR PELAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL DO PSF/FUNDAÇÃO ZERBINI Prado WM, Martinelli NA Programa Saúde da Família - Fundação Zerbini Considerando a demanda reprimida no setor odontológico, torna-se imprescindível a determinação do risco familiar dentro do PSF com a finalidade de obter um mapeamento das famílias do território de abrangência da Unidade de Saúde, através da identificação de famílias com risco biológico/social e ou ambiental. O objetivo da adoção destes critérios é priorizar as intervenções das ESF e redirecionar as ações de saúde, viabilizando desta forma o diagnóstico epidemiológico como estratégia fundamental ao planejamento. Discutindo-se a dificuldade em garantir o acesso à assistência odontológica de maneira equânime e universal, as ESB partiram em busca ativa de famílias que não aderiram as ações de saúde bucal. Todos os componentes das ESF participaram da construção de um instrumento que permite estudo relativo dos fatores de risco. Classificadas aquelas de maior risco familiar, é garantido o acesso à atenção em saúde bucal, sempre respeitando os critérios de risco odontológico. Toda essa reestruturação do processo de trabalho fica contextualizada na proposta do PSF, enfatizando suas principais diretrizes: “humanização”, "enfoque familiar” e “trabalho sob fatores de risco”. Fone: (11) 577-8093. e-mail:[email protected]

CC41: ENFOQUE FAMILIAR – CRITÉRIOS DE RISCO E ASSISTÊNCIA Alves FPCR, Scapolan OP Unidade de Saúde Qualis Vila Ramos O enfoque familiar é a gestão do processo de saúde-doença dentro da família é uma das diretrizes do PSF. Atenção à família, ações sobre o meio ambiente e relações sócio-econômicas estruturam nosso programa de saúde integrado. Nosso modelo de assistência familiar associa critérios de risco social, biológico e odontológico para compor o risco familiar. Após o diagnóstico situacional identificamos os problemas de nossa comunidade relativos às condições de saúde-doença e planejamos estratégias junto à Equipe de Saúde da Família. Elaboramos planilhas, capacitações, criamos um modelo de agendamento e estamos praticando esta nova estratégia na Unidade de Saúde Vila Ramos. Fone: (011) 3672-4225 CC42: AVALIAÇÃO DE RISCO NOS PROCEDIMENTOS COLETIVOS Sinkoç CR, Coimbra MB Prefeitura Municipal de Amparo Núcleo de Saúde Bucal Em Amparo , estamos com cerca de 12.000 alunos cadastrados nos Procedimentos Coletivos. Poucos recursos humanos para atuar neste programa. É evidente que as necessidades de cada indivíduo são diferentes, principalmente se levarmos em conta que em 2002, o CPOd aos 12 anos no município é de 1,54 + ou – 0,33 e ocorre a polarização da cárie dental (CPOD 0, 1, 2 corresponde a 75% da amostra e CPOD maior que 3 corresponde a 25 % da amostra). É impossível atender individualmente todos os matriculados no programa, levando em conta a equidade e a necessidade do atendimento integral. O objeto deste programa: Todos os alunos matriculados nos procedimentos coletivos. Executar avaliação de risco (Cárie dental, doença periodontal e má oclusão ) de todos os alunos matriculados com o objetivo de separa-los em grupos de acordo com a condição bucal de cada um. A partir daí, disponibilizar a atenção de acordo com as necessidades encontradas (desde a educação em saúde até a atenção secundária). Estão envolvidos no projeto: a Secretaria Municipal de Saúde através do Núcleo de Saúde Bucal e Secretaria Municipal de Educação , Escolas Municipais e Estaduais do Município de Amparo. Avaliação de risco vem sendo realizada desde 2002 e a cada ano estamos incluindo novos critérios. Constatamos que através

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da avaliação de risco conseguimos racionalizar os recursos, tanto na atenção quanto na assistência. Todas as crianças recebem a educação em saúde e escovação supervisionada com pasta dental .As de médio risco, recebem além disso, 1 aplicação anual com flúor e as de alto risco a fluorterapia intensiva e são encaminhados para a assistência, através do PSF ,juntamente com suas famílias, as crianças com médio risco para doença periodontal (gengivite) recebem maior atenção nas escovações supervisionadas com o intuito de mudar o risco. Aquelas com alto risco para doença periodontal também vão ser encaminhadas para a assistência. Assim possibilitamos o atendimento mais rápido daquelas pessoas com maiores necessidades. Em 2002 e 2003, constatamos que entre 60 a 80 % dos examinados não demandam assistência odontológica individual prioritária (Baixo e médio risco). Através da avaliação de risco vislumbramos a possibilidade do atendimento prioritário àquelas pessoas com reais necessidades curativas, ou seja, o alto risco. Fone: (19) 3807 3508 e-mail: [email protected] e-mail: [email protected] CC43: PROTOCOLO DO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ - PR. MODELO ASSISTENCIAL BASEADO NO ACOLHIMENTO, VÍNCULO E RESPONSABILIZAÇÃO. Goya S, Fracasso MLC, Damasceno SMRP, Nunes MCP Prefeitura Municipal de Maringá – PR - Secretaria de Saúde Buscando melhorar as condições do atendimento odontológico oferecido à população nos Núcleos Integrados de Saúde (NIS) do município de Maringá -PR, foi que no ano de 2000, a Coordenação de Saúde bucal, junto a uma comissão compostas por seis cirurgiões dentistas, contratados pelo município, iniciou estudos para reorganização de atendimento odontológico, que atendesse as diretrizes preconizadas pelo SUS, de universalidade, equidade e integralidade, e que viesse suprir a grande demanda por atendimento da população. O objetivo do trabalho é apresentar o protocolo de atendimento odontológico desenvolvido pela equipe acima referida, implantada no município desde 2001. O novo modelo assistencial buscou maior humanização no atendimento odontológico nos NIS, garantir de acesso aos usuários, responsabilização dos profissionais, constituir de vínculo, bem como, garantir maior resolutividade às ações de saúde desenvolvidas. Para isto, o usuário deveria inicialmente se submeter a uma triagem, diária no

NIS, para ser classificado por necessidade de tratamento em: pacientes verdes (aqueles livres de cárie, e que se submeterão a tratamentos preventivos), paciente azul (com necessidade restauradora, porém com cavidades em estágio inicial) e paciente vermelho (aqueles com cavidades extensas, necessidades endodônticas e de exodontia). Em seguida, estes pacientes são cadastrados em listas de espera, de acordo com sua cor, para aguardo do tratamento. Para os pacientes vermelhos, esta inclusão só deverá ser efetivada após a adequação do meio, com remoção dos focos infecciosos, escavação das cavidades profundas e preenchimento com cimento de ionômero de vidro. Após três anos de atendimento foi possível concluir que a introdução da triagem e da adequação do meio bucal na rotina diária diminuiu o número de emergências nas pessoas adscritas, proporcionou melhoria nas condições de saúde das pessoas no aguardo ao tratamento definitivo, agilizou o tratamento preventivo, com auxílio das THDs, bem como assegurou retornos regulares ao paciente, garantidos pela adscrição profissional. CC44: ODONTOGERIATRIA: PERSPECTIVAS DE UMA NOVA ESPECIALIDADE NA ODONTOLOGIA Hebling E. Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP O aumento da expectativa de vida da população e a diminuição das taxas de natalidade proporcionaram o aumento do número de idosos, justificando a necessidade de pesquisas direcionadas a esta faixa da população. Em 2002, a Odontogeriatria foi aprovada como especialidade no Brasil, mesmo sem estar incluída na maioria dos currículos dos cursos de graduação. O objetivo desse trabalho de pesquisa foi relacionar os achados epidemiológicos das condições de saúde bucal e sistêmica de uma amostra de idosos institucionalizados com os seus fatores sociais e demográficos e, determinar as implicações e perspectivas da especialidade de Odontogeriatria no Brasil, baseado nos conhecimentos necessários para o tratamento desses idosos. Do total de 330 idosos, foram examinados 163 pessoas, de ambos os sexos, com idade variando de 60 a 103 anos (média de 75,8 anos). Os exames clínicos seguiram as normas da Organização Mundial de Saúde para levantamentos básicos em saúde bucal (OMS, 1999). A calibração foi desenvolvida em 4 sessões (16 horas) e observou-se uma concordância intra-examinador acima de 95%. Os exames foram realizados por um único examinador. Os idosos foram classificados quanto ao sexo, estado civil, idade, capacidade de

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autonomia de vida, condição sócio-econômica e cultural, condição sistêmica e uso de medicamentos. Os dados foram comparados e analisados por Teste de Chi- �������������� ��� ����� ������������� �� �!�"�$#% �'& ( )+*�, *�-/."0A maioria dos idosos da amostra eram viúvos, parcialmente dependentes, com renda de até 2 salários mínimos, com pouca instrução, fumantes ou ex-fumantes, com 1 a 2 alterações ou doenças crônico-degenerativas, fazendo uso diário de 3 a 4 drogas. Em relação às condições bucais, a maioria era de desdentados totais (59,50%), apresentando índice CPOD de 29,53, com uso e necessidade de substituição de elementos protéticos, com poucas lesões bucais e de ATM. Dos que apresentavam dentes, a maioria necessitava de terapia periodontal básica e instrumentação radicular, com perda de inserção de até 5 mm, com necessidade de próteses em elementos individuais e combinadas. Devido ao crescente número de idosos, à complexidade sistêmica dessa faixa da população, as necessidades de atendimento e aos diferentes conhecimentos necessários para o cirurgião dentista, podemos concluir que a Odontogeriatria é uma especialidade viável no país. O especialista deve ser um profissional com conhecimentos gerais em Odontologia, com ênfase à Periodontia, à Prótese Dentária e à Saúde Coletiva, com aprofundamento do saber nas áreas de Fisiologia e Farmacologia das alterações e doenças relacionadas com a idade ou adquiridas. Fone: (19) 3412-5280 e-mail: [email protected] CC45: SERVIÇO DE ATENDIMENTO A 3ª IDADE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO. Massote A, Marques DDM, Augusto MRL Prefeitura Municipal de Cubatão Implantado o Projeto Impacto pela Secretaria de Estado da Saúde, em 2002, a Coordenadoria Odontológica do município de Cubatão percebeu a necessidade de um programa voltado a 3ª idade. Primeiramente, firmamos parceria com a faculdade de Odontologia da UNIMES, através do projeto “Implante Seu Sorriso”. Desenvolvido pela cadeira de Implantodontia, beneficiou 25 pacientes com implantes e próteses dentárias. Devido às necessidades apontadas por aquele projeto e o aumento da auto-estima verificada neste, criamos a 1ª Unidade de Atendimento ao Idoso (UAI). O programa visa preencher lacuna do Serviço Público, suprindo necessidades peculiares da própria idade: doenças crônicas mais comuns, interação destas doenças com a saúde bucal, adequado diagnóstico de doenças bucais, cárie dentária em raízes, xerostomia,

uso de prótese dental devido ao edentulismo, prática odontológica domiciliar e hospitalar. Atendidos em consultório para atendimento nas áreas de Dentística, Periodontia, Cirurgia Oral Menor e Manutenção de Próteses totais e parciais removíveis, no Centro de Convivência “Antônia Bonfim de Aquino”, bairro Vila Nova. Há também palestras sobre Prevenção em Saúde Bucal e orientação da importância da preservação dos dentes. A maioria dos idosos, pela diminuição da capacidade mastigatória, necessita de assistência constante e especializada nessa área para melhoria de auto-estima e maior integração social. Excelência do programa implantado pelo Serviço Público, com maior valorização da Saúde Bucal, oferecendo, desde o início, bons resultados. Necessária preocupação do idoso com sua saúde bucal que na maioria dos casos encontra-se debilitada. Com sensibilidade, o profissional deve orientá-los sobre exodontias. Compreender os sentimentos dos pacientes, evitando desajustes e frustrações desnecessárias, facilitando a integração profissional–paciente, melhorando o atendimento com maior resolutividade. Fone: (013) 3361 3094 CC46: AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM IDOSOS: UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA ANIZ BADRA/CÉSAR ALMEIDA Campoi EMM, Silva EAFP Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília Com o aumento do número de pessoas idosas, fica clara a necessidade de compreender os diversos aspectos que interferem na manutenção e restabelecimento da saúde desses indivíduos, para que os mesmos possam receber a atenção adequada da equipe de saúde. O objetivo desse trabalho foi verificar a prevalência de cárie, o uso e a necessidade de prótese e o edentulismo em idosos moradores na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Aniz Badra/César de Almeida, Município de Marília-SP. A amostra de 60 idosos foi examinada por dois examinadores calibrados de acordo com os critérios da OMS. Houve 66,7% de edentulismo; o CPOD médio foi de 31,05. A necessidade de prótese total superior foi de 8,3% e 1,6% dos indivíduos necessitavam de prótese total inferior. A porcentagem de idosos que usavam prótese total superior e inferior foram de 28,03% e 20%, respectivamente. Diante desses resultados indica-se a implementação de programas específicos de saúde bucal para idosos em Marília. Fone: (14)423-4584 e-mail: [email protected]

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CC47: O CÂNCER DE BOCA E FARINGE NA PERSPECTIVA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: CONHECER PARA INTERVIR Vasconcelos EM, Vasconcelos JGB Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo Sabe-se que o melhor tratamento para o câncer de boca e faringe é o diagnóstico precoce e que ninguém melhor que os cirurgiões-dentistas para detectar as lesões cancerizáveis em estágios iniciais. Deste modo, foi realizado um estudo transversal de caráter descritivo, com coleta de dados secundários, que teve uma abordagem quantitativa, a fim de conhecer a prevalência dos casos de câncer de boca e faringe do município de Sobral-CE, encaminhados ao Serviço de Oncologia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia desta cidade, no período de 1992 a 2002. Os dados foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes com câncer de boca e faringe registrados neste Serviço, através de um formulário estruturado que abordava uma série de questões relativas às características sócio-demográficas, anatômicas e clínicas dos pacientes no momento do diagnóstico. Os dados foram tratados estatisticamente pelo software de informática Epi Info - 2000. Houve uma distribuição bastante irregular quanto à freqüência dos casos de câncer de boca e faringe durante o período estudado. Mais da metade dos pacientes eram homens, casados, com idades entre 60 a 69 anos, agricultores e de etnia parda. A maioria dos pacientes apresentou-se em estágios avançados. A prevalência dos casos de câncer de boca e faringe foi de 0,8 para 4,3 casos/ano. Urge a necessidade de se estruturar uma referência na atenção secundária em Diagnóstico Bucal e de se planejar ações estratégicas para a detecção e diagnóstico precoce dessa morbidade neste município, na perspectiva da Estratégia Saúde da Família. Fone: (11) 9981-0706 e-mail: [email protected] CC47A: REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM MUNICÍPIO NORDESTINO Vasconcelos EM, Vasconcelos JGB, Fratucci MVB Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a inserção da Equipe de Saúde Bucal e a atuação do

cirurgião-dentista (CD) na Estratégia Saúde da Família (ESF) num município do Nordeste Brasileiro. Atualmente, a ESF tem sido visto como um processo rico de recriação das situações presentes, ao aproximar os cirurgiões-dentistas, especificamente, das comunidades, com o objetivo de facilitar informações direcionadas ao autocuidado em saúde bucal, a partir do estabelecimento de vínculos de participação, compromisso e co-responsabilidade entre todos os atores sociais envolvidos. Entretanto, várias dificuldades têm sido encontradas pelos profissionais neste processo. Ao atuar nessa perspectiva, o CD passa a integrar uma equipe multiprofissional devendo integrar seus conhecimentos aos demais profissionais da área de saúde, convivendo com objetivos em comum relacionados ao seu território. Vê-se o profissional em meio a um processo que exige um perfil diferente daquele assimilado na graduação, onde o generalista encontra o seu espaço, atuando nas ações individuais buscando saldar a dívida assistencial existente e facilitando ações de educação e promoção da saúde, voltando-se aos cuidados e prevenção dos agravos à saúde. Assim, entende-se que o CD tem um papel extremamente importante nessa lógica ao sair do consultório e intervir na realidade epidemiológica do seu território. Fone: (11)9981-0706 e-mail: [email protected] CC48: A CAMPANHA DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL QUE RENDEU BONS FRUTOS Sinkoç CR, Coimbra MB Prefeitura Municipal de Amparo Núcleo de Saúde Bucal Amparo não disponibilizava de atendimento ambulatorial na área de patologia bucal. Os profissionais tinham pouco conhecimento nesta área e isso causava encaminhamentos desnecessários. Os pacientes eram encaminhados para a FOP- Unicamp, em Piracicaba. O Município também não dispunha de programa de prótese dental. O objeto de intervenção do trabalho são os profissionais da rede básica de atendimento e a reorganização do programa de Patologia Bucal e implantação do programa de Prótese Dental, capacitar os profissionais da rede e criar uma equipe de referência em Patologia Bucal para dar retaguarda à rede básica de atenção, implantar um programa de prótese dental com o apoio das seguintes instituições: Núcleo de Saúde Bucal da SMS ,SES através da elaboração da campanha de prevenção de Câncer Bucal junto à Campanha de Vacinação de Gripe dos Idosos.FOP – Unicamp através dos

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exames anátomo patológicos. Em 2001, 2002 e 2003 o Núcleo de Saúde Bucal realizou o exame bucal dos idosos que tomaram a vacina contra Gripe, com o intuito de detectar alterações de tecidos moles, seguindo as recomendações da SES. Utilizamos as planilhas que foram recomendadas:condições dentária, avaliação de risco para tecidos moles, uso e necessidade de prótese como um estudo exploratório.Com base nos dados coletados houve uma sensibilização dos gestores em relação às necessidades de capacitação dos CDs em Patologia Bucal (rede básica e equipe de referência) e a implantação de um programa de Prótese Dental. Percebemos que os profissionais incluíram em suas rotinas de atendimento o exame mais apurado dos tecidos moles , não só na faixa etária atingida pelas campanhas. Além disso, por estarem mais sensibilizados, eles trabalham com mais freqüência na educação em saúde a questão do autoexame bucal nas diferentes faixas etárias. Destacamos também a importância de articular as ações de saúde a serem desenvolvidas buscando a Integralidade,Equidade. (Ex: Campanha de vacinação para Idosos articulada com a campanha de prevenção de Câncer Bucal no mesmo público alvo). Ressaltamos o valor da epidemiologia nestes casos, para planejar,estabelecer prioridades, alocar recursos e determinar orientação programática para direcionar as ações de acordo com a necessidade de cada um. Fone: (19) 3807 3508 e-mail: [email protected] e-mail: [email protected] CC49: AVALIAÇÃO DE INDICADORES DE SAÚDE BUCAL UTILIZADOS POR MUNICÍPIOS DA REGIÃO DA DIREÇÃO REGIONAL DE SAÚDE V – OSASCO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO Martino FS, Frias AC, Araújo ME Faculdade de Odontologia da USP – São Paulo Indicadores de saúde são importantes tanto no diagnóstico, como na avaliação, acompanhamento e controle dos serviços de saúde. Com a crescente evolução do SUS, o nível local representado pelos municípios, ainda está se adequando às novas funções decorrentes do processo de municipalização. Desde 1996, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vem discutindo um modelo de avaliação da gestão de saúde baseado em indicadores divididos em eixos de análise, de forma a instrumentalizar os gestores municipal e estadual, como forma de aperfeiçoar a gestão do SUS no Estado. Quatro indicadores de saúde bucal para a avaliação da gestão do sistema de saúde são utilizados, sendo um

deles considerado indicador de vigilância sanitária referente a flúor. Este trabalho teve por objetivo a análise crítica destes indicadores através de consultas às bases de dados do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e pesquisa nas Secretarias de Saúde dos municípios da região metropolitana pertencentes à Direção Regional de Saúde (DIR) V – Osasco da Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Estado de São Paulo, referentes ao período de 2000 a 2002. Os resultados evidenciaram as dificuldades encontradas pelo nível local de saúde, tanto na coleta como na utilização destes indicadores. Concluiu-se desta forma, que há necessidade de um trabalho ainda maior nos sistemas de informações em saúde, que deverão ser amplamente usados no controle, planejamento, organização e avaliação das ações e serviços. Novos indicadores de avaliação mais consistentes e alicerçados em sistemas confiáveis de informação em saúde devem ser desenvolvidos. Fone: 3091-7891 e-mail: [email protected] CC50: PREVALÊNCIA DO EDENTULISMO EM USUÁRIOS DO CENTRO DE REFERÊNCIA DO IDOSO – SÃO MIGUEL PAULISTA – SP. Teixeira DSC Centro de Referência do Idoso – SES-SP A população brasileira vem envelhecendo rapidamente desde o início da década de 60, do século passado, acarretando com isso, uma maior demanda por estratégias efetivas de controle da saúde do idoso. O presente estudo teve como objetivo traçar o padrão de edentulismo de uma amostra de população idosa que procurou o Centro de Referência do Idoso em São Miguel Paulista – Zona Leste - São Paulo – Capital. Foram utilizados dados secundários de 1445 idosos, com idade entre 60 e 86 anos, de ambos os sexos atendidos no período de 02/2002 à 10/2002. Verificou-se que 12% da população de estudo era composta por edêntulos Efetuou-se o cruzamento entre as variáveis edentulismo, gênero e idade. O gênero feminino foi mais prevalente em todas as faixas etárias e o edentulismo aumentou com o aumento da idade. Fone: 9934 3826 e-mail: [email protected]

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CC51: DO PROJETO IMPACTO AO TERCEIRO SORRISO. Biasoli Jr A, Morandin MA, Vieira V Pref. Mun. de Tambaú - ATSB SES-SP Em 2001 dentro do Projeto Impacto da SES-SP, através da DIR 20, foram realizados exames de lesões bucais em idosos na Campanha de Vacinação contra a Gripe. Foram examinados aproximadamente 160 idosos, sendo que 54 apresentaram algum problema. Foram encaminhados para a FOP - UNICAMP para avaliação e conduta. A faculdade encaminhou 17 para serem tratados no próprio município pois todos utilizavam próteses com câmaras de sucção. O trabalho tem como objetivo demonstrar a experiência vivida pelo município de Tambaú, onde uma atividade relacionada a prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal, resultou em programa visando atender idosos, dando com isso o município, um grande passo a caminho da atenção à saúde bucal dos idosos. Como o município não possuía material para o reparo das próteses, foi feita licitação e compra do mesmo. Após o reembasamento das próteses encontrou-se outro problema: substituição das próteses por novas. Tendo em vista a gravidade que o problema representa e vontade política da prefeitura, foi realizada licitação para contratar serviços de laboratório de prótese para confecção de 12 próteses totais/mês; e licitação e compra de material necessário para o serviço e montagem de bancada para vazar moldes no Centro Odontológico. Um protocolo foi elaborado, onde, para ser atendido o paciente deveria ter mais de 60 anos e ganhar até um salário mínimo, triagem realizada através da Promoção Social. Assim pacientes já triados eram encaminhados para o Centro Odontológico. Em 2002 através da DIR 20, foi realizado curso com o Prof. Jacks Jorge Junior da FOP- UNICAMP sobre o diagnóstico de lesões bucais, a princípio só para os coordenadores, depois para todos os dentistas da rede. Em uma terceira fase foram formados núcleos, ficando Tambaú no núcleo de São José do Rio Pardo, onde foram realizados vários exames bucais, inclusive biópsias. A partir dai Tambaú começou a realizar as biópsias e até cirurgias de neoplasias no próprio município. Atualmente são confeccionadas 16 próteses/mês, ainda encontra-se através de exame para a triagem, câmaras de vácuo e alguns tipos de lesões. Contudo depois da publicação da lei dos direitos dos idosos a prótese passou a ser um direito de todos , independente de renda mensal, isso acarretou uma demanda reprimida no atendimento,

mas o município vem lutando para conseguir recursos e com isso dar um atendimento dignos à essa faixa etária.

Fone: 019-3673-10-44. e-mail: [email protected] CC52: SORRIA CASTILHO – UM PROGRAMA DE SAUDE PÚBLICA VISANDO DEVOLVER A SAUDE E A AUTOESTIMA DOS PACIENTES. Tencarte CR, Souza SL Prefeitura Municipal de Castilho/SP Os dados resultantes de programas de levantamento epidemiológico são importantes para traçarmos um planejamento de atividades que vão de encontro as reais necessidades da população, sendo assim, após apuração dos dados e cientes das dificuldades de encontrarmos resolutividade através do sistema referência/contra referência, verificou-se a necessidade de e ser proposto um programa voltado a atender as necessidades da população idosa. Implantamos em nosso município um programa para fornecimento de Próteses Totais para a população necessitada, tendo em mente os princípios da integralidade e equidade regidos pelo sistema SUS. O programa Sorria Castilho é uma integração entre o Setor Odontológico e a Promoção Social, que através de ações governamentais locais, proporcionam o restabelecimento protético de nossos munícipes. A realização de inscrição prévia no programa se dá por uma consulta odontológica onde se avalia a real necessidade protética, encaminhamento do(a) paciente para a Promoção Social para que possa ser realizada a investigação sócio econômica, e dado o aval sócio econômico, retorno para matricula e agendamento das consultas necessárias para que o(a) mesmo(a) possa ter sua(s) peça(s) perfeitamente adequadas e adaptadas. Dentro do ano de 2003 (inicio do programa em Julho) atendemos 76 pacientes, fornecendo 130 peças, distribuindo sorrisos e melhor condição de vidas aos beneficiados. Uma vez obtido a real necessidade de atuação através de estudo epidemiológico, e com a elaboração de projeto comprovadamente de cunho social, torna-se fácil termos o aval dos governantes para desenvolvimento dos mesmos. Portanto, é necessário que os dirigentes das ações voltadas a população possa estar alicerçado em dados suficientemente comprobatórios das necessidades de ações que seriam mais abrangentes em seu município. Fone: 0xx18 37225240 e-mail: [email protected]

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CC53: ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DO BEBÊ AO IDOSO: EXPERIÊNCIA DA UBS SALVADOR DE LEONE Seba, ACC, Hisano S, Beu LS, Martins MS, Ceceri LR, Tada OA Secretaria Municipal de Saúde de Itapecerica da Serra – SP O Programa de Saúde Bucal do município de Itapecerica da Serra possui atualmente como características principais: valorização das ações coletivas e atividades multiprofissionais, atendimento individual em clínicas modulares com equipes compostas por dentistas, técnicos e auxiliares. Estão instalados na rede municipal vinte e sete equipamentos odontológicos que efetuam atendimentos básicos e algumas especialidades. A UBS Salvador de Leone é responsável pela atenção à saúde de aproximadamente 35% da população do município, o que acarreta uma enorme demanda de necessidades de atendimento odontológico, exigindo criatividade na elaboração de ações que favoreçam o acesso à atenção à Saúde Bucal. Foram instalados equipamentos odontológicos para atendimento individual na Unidade de Saúde, sendo uma Clínica Modular com três equipamentos responsável pelo atendimento às crianças e adolescentes, dois consultórios individuais, sendo um para atendimento ao paciente adulto (gestantes, idosos, etc.) e um para realização de endodontia. Efetivou-se a inscrição dos profissionais da Saúde Bucal nos grupos de gestantes, bebês, hipertensos, dentre outros; além das ações coletivas desenvolvidas nas escolas e outros espaços. Como resultado, há aumento da oferta de ações relacionadas à Saúde Bucal à população da área de abrangência da UBS Salvador de Leone, incluindo ações coletivas, atendimento odontológico básico e algumas especialidades, sendo que atualmente a Unidade de Saúde é capaz de absorver satisfatoriamente a demanda de bebês, crianças e adolescentes até 16 anos e equipes específicas das demais faixas etárias. A maior dificuldade ainda refere-se ao acesso da população adulta cujo acúmulo de necessidades de tratamento é alto, o que evidencia a necessidade constante de planejamento usando ampliar cada vez mais o acesso. Fone: 4667-1056 e-mail: [email protected]

CC54: PROPOSTA DE UM NOVO KIT PARA ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ESCOVAS DE DENTE E DENTIFRÍCIO Vilhena FV, Peres SHS, Bastos JRM Faculdade de Odontologia de Bauru Uma das dificuldades encontradas na operacionalização das ações coletivas em saúde bucal nos programas escolares, consiste no armazenamento e distribuição do material de higiene bucal dos alunos. As condições nas quais são mantidas as escovas dentais são propícias ao surgimento de diversos problemas. Outro agravante à saúde dos alunos é a utilização do dentifrício, pois a forma como é administrado, podem gerar doenças, tais como a fluorose. Diante destes problemas, desenvolvemos um novo Kit para higiene bucal coletiva. Proporcionar a higiene bucal na escola de forma, pratica, segura e de baixo custo. O desenvolvimento do Kit baseou – se nos aspectos de praticidade, limpeza, segurança e também no custo. Composição: porta – escova: possui dois orifícios (superior e inferior) que garantem a circulação do ar, mantendo a escova sempre seca e evitando a formação de fungos, mau cheiro e a exposição da escova.Suporte: possui espaço para 20 porta-escovas, armazenando e conservando o material, além de facilitar a distribuição para os alunos na hora da escovação. Gel dental: permite a aplicação na escova sem que se encoste o bico do tubo nas cerdas e também proporciona facilidade em dosar o gel dental, evitando problemas decorrentes do excesso de flúor. Escova de dente: distribuída a cada aluno. Os resultados têm sido excelente no que tange os aspectos mencionados (praticidade, limpeza, segurança e custo), já que em diversas escolas não existiam maneiras adequadas de armazenamento e as escovas eram mantidas com as cerdas em contato umas com as outras ou ao ar livre. O gel dental mostrou–se eficaz, permitindo a aplicação na escova sem contato com a cerda. O bico dosador administra o gel de maneira prática através de gota (0, 15g em média), e não um “pouquinho”,como algumas pessoas sugerem, variando de pessoa para pessoa ( 0,16 a 0,69 g). Quanto aos custos, segundo resolução do MS (PCs), cada criança deveria receber 4 escovas e 4 tubos de creme dental de 90g (aproximadamente R$ 7, 00 / ano). Com o novo Kit, cada criança terá um custo de aproximadamente R$ 6,00 / ano (4 escovas, 1 tubo de dentifrício líquido de 100g , 1 porta escova + o suporte coletivo). O Kit em questão tem seu valor no apoio aos programas educativos preventivas em saúde bucal, otimizando estratégias , mostrando ser eficiente com um custo bastante acessível . Fone: (12) 3921 –6409 / 9129-1020 Email: [email protected]

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CC55: ANTROPOLOGIA CULTURAL E SAÚDE PÚBLICA: DESAFIOS NA PROMOÇÃO DE SAÚDE Silva RHA, Castro RFM, Peres SHCS, Peres AS, Bastos JRM Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, Faculdades São Lucas- Porto Velho/RO A atuação em saúde bucal coletiva vem se pautando em projetos de promoção de saúde com ênfase nos aspectos educativos e preventivos, podendo ocasionar conflitos culturais quando a população-alvo apresenta hábitos e costumes diferenciados. O objetivo deste trabalho foi conhecer e analisar os diferentes aspectos culturais relativos à saúde bucal de uma população do interior do Estado de Rondônia, o distrito de Tabajara, pertencente ao município de Machadinho D’Oeste, com o intuito de melhorar o acesso desta população a um programa de promoção de saúde. A metodologia utilizada foi a aplicação de uma entrevista composta de cinco perguntas abertas referentes a importância dada à saúde bucal, bem como crenças e terapias alternativas em saúde bucal. A entrevista foi realizada com 20 moradores da localidade, sendo a população total composta de 160 habitantes. Como resultados, a população apresentou um alto grau de desconhecimento de questões referentes a Odontologia (“os primeiros dentes de adulto a nascer são os da frente”, “queria arrancar para parar de doer”), bem como uma grande variedade de métodos alternativos frente ao acometimento de patologias bucais (“para dor de dente eu c oloco uma bolinha de algodão com óleo de copaíba”). Concluiu -se desta maneira que o acesso a populações desfavorecidas social, econômica e geograficamente é de extrema importância para um efetivo plano de promoção de saúde, conhecendo sua cultura para uma melhor acolhida do projeto, propiciando, assim, melhores resultados. Fone: (14)3203-1564 e-mail: [email protected] CC56: AS CONCLUSÕES DA 12ª. CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE. Chabregas CR Prefeitura Municipal de Mogi Mirim Desde o início do atendimento odontológico no Sistema de Saúde Pública em Moji Mirim (1.978), as ações em Saúde Bucal foram norteadas pela necessidade da população procurando seguir as políticas de Saúde Nacional. Analisando os documentos da estruturação da Seção de Odontologia do município, observa-se que já está

havendo a operacionalização dos resultados da 12ª. Conferencia Nacional de Saúde. O objetivo do presente trabalho é apresentar como e quais ações estão sendo realizadas de acordo com alguns Eixos Temáticos da 12ª. Conferencia Nacional de Saúde. Com a participação em fóruns de discussão municipais. Participação em fóruns de discussão Estaduais com apresentação de trabalhos no IV,V,VI EPATESPO. Participação com apresentação de trabalho realizado no município no 1º. Congresso Mundial de Odontologia. Participação na Conferencia Estadual de Saúde. Participação em fórum de discussão Nacional – 12ª. Conferencia Nacional de Saúde. Com os resultados obtidos em cada Eixo Temático da 12ª. Conferencia Nacional de Saúde – Eixo Temático I – Direito à Saúde: Universalidade e Equidade no atendimento, descentralização das ações,.Eixo Temático II – Participação na organização e mobilização popular: participação nos Conselhos de Saúde. Eixo Temático III – Intersetorialidade das ações de Saúde:Ações com outros setores: Educação, Cultura, Entidades Filantrópicas, Promoção Social,Conselho Municipal da Assistência, SAAE. Eixo Temático IV - As esferas de governo e a construção do SUS – Bom relacionamento com a DIR XX – São João da Boa Vista, pactuação para atendimento a pacientes especiais, cirurgias buco maxilo facial.Eixo temático V – A Organização da Atenção Básica – planejamento local com equipe multiprofissional. Eixo Temático VI – Controle Social e Gestão Participativa – Participação na composição dos conselhos Municipal e local de Saúde apresentando, analisando e aprovando projetos da saúde. Eixo Temático VII O trabalho na saúde – Valorização dos talentos humanos através de capacitação continuada, Conferencias Municipais e Seminários Internos com a participação de toda a equipe da saúde do município que executam suas atividades nos três níveis de atenção – básica, especializada e hospitalar. Podemos considerar que a construção do SUS ainda está se iniciando e a sua consolidação está nas mãos de todos nós. As Conferencias, os Encontros Paulistas de Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico e outros fóruns de discussão são eventos de renovação e enriquecimento de nossos saberes para novas conquistas. Fone: (0xx19) 3862 1698 e-mail: [email protected]

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CC57: COMITE DE SAÚDE BUCAL DA DIR V - OSASCO Santos Neto JA, Cruz RM, Vereiski E, Martino LVS, Tonetti JRC, Pires OMDA, Carvalho ETL Diretoria Regional de Saúde V–Osasco - Prefeitura de Jandira - Prefeitura de Pirapora do Bom Jesus - Prefeitura de Barueri - Prefeitura de Carapicuíba - Prefeitura de Embu - Prefeitura de São Lourenço da Serra

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo é subdividida em Diretorias Regionais de Saúde (DIR) espalhadas por todo o estado englobando os municípios regionalmente por proximidade geográfica. Dentre estas Diretorias encontra-se a Diretoria Regional de Saúde (DIR) V que possui sede em Osasco, contando com 15 municípios da região metropolitana de São Paulo, localizados a oeste da capital. Em 12 de novembro de 1999, através de portaria do Diretor Técnico da DIR V, foi criado o Comitê de Saúde Bucal. Com os objetivos de fortalecer a implantação e implementação das diretrizes políticas da saúde bucal nos municípios, promover a integração dos municípios entre a DIR V e a Coordenação Estadual, buscar incentivos financeiros para subsidiar ações de saúde bucal e divulgar resultados das ações de saúde bucal dos municípios da região. O comitê tem como componentes o Interlocutor de Saúde Bucal da DIR V, o representante da Área Técnica da DIR V e os representantes dos Programas de Saúde Bucal dos 15 municípios que compõem a DIR V, designados por ato dos respectivos Secretários de Saúde de cada município. Com uma organização prevista por Regimento Interno a Secretaria Executiva é composta por quatro membros que são o presidente (Interlocutor de Saúde Bucal da DIR V), vice-presidente e secretário (eleitos dentre os membros do Comitê com mandato de dois anos) e um funcionário da DIR V. O grupo reúne-se mensalmente em sessão ordinária ou em caso de necessidade em sessões extraordinárias, fortalecendo a saúde bucal na Secretaria de Estado da Saúde. Fone: (11) 4789-2554 e-mail: [email protected] CC58: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE BUCAL SÓ RISO. Santos PL, Zanchetta A, Duarte MAG, Amaral M, Ditadi MLFB Prefeitura Municipal de São Simão – S.P

O Programa Preventivo de Saúde Bucal foi elaborado dada a situação epidemiológica do Município de São Simão. Para a implantação do

programa houve união entre os Departamentos de Assistência Social , Educação e Saúde. Estudos epidemiológicos e clínicos, têm comprovado que a prática da odontologia voltada para a prevenção tem se mostrado eficaz. Este Programa é a consolidação da nova prática: A Promoção e Manutenção de Saúde Bucal. Tendo em vista a importância da prevenção e a carência de profissionais na rede municipal, houve formação teórica e pratica de 16 adolescentes, acima de 14 anos com renda familiar baixa, que fazem a higienização supervisionada e a aplicação de bochechos com solução fluoretada, em todas as crianças da rede municipal e estadual de ensino na faixa etária de 0 à 14 anos. Foram desenvolvidas palestras para alunos de 7 a 18 anos, com intuito de conscientizá-los em relação ao auto - conhecimento e auto-cuidado, para pais e responsáveis dos escolares. Professores das crianças de 0 à 10 anos foram orientados em relação à saúde bucal, através de palestras e reuniões. Monitores das creches receberam treinamento para que se tornem dentro do ambiente de trabalho, promotores de saúde bucal e geral. Para fixação dos conteúdos ministrados aos alunos, os estudantes de 1ª à 4ª série receberam apostila pedagógica com exercícios relacionados à saúde bucal. Visando integrar a comunidade escolar como um todo alunos de Ensino Médio, Ensino Fundamental - 5ª à 8ª séries e Classes de Suplência participaram do “Concurso de Desenho Sobre Saúde Bucal Só Riso”. Ultrapassando as delimitações dos ambientes escolares, a Saúde Bucal chegou até indústrias sediadas no município onde um ciclo de palestras sobre Saúde Oral foi realizado. Como resultado do Programa observou-se um significativa redução nos índices de doenças cárie e gengival sendo 24% a redução na porcentagem de dentes cariados. Verificou-se maior interesse em relação aos cuidados com a saúde bucal por parte da comunidade escolar. Concluímos que, para uma melhora real no estado de saúde bucal da população é necessário uma programação preventiva dirigida a fim de conscientizar a população em relação aos cuidados com a saúde bucal para que atitudes favoráveis à saúde sejam desencadeadas, e para isso o caminho encontrado foi a união dos departamentos. Fone: 19 3582 2756 e-mail: [email protected]

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CC59: PROGRAMA DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS (CUIDADOS PARA OS EFEITOS ADVERSOS DA QUIMIO E RADIOTERAPIA). Suzuki CM, Fugita AN, Teixeira MM, Tuma R, Sugano LK. DIR-1, GTRS-3, Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna, UGA-II Hospital Ipiranga. O tratamento de neoplasias malignas da região de cabeça e pescoço tem por base a cirurgia ressectiva seguida de radioterapia e/ou quimioterapia, dependendo da extensão do tumor a radioterapia pode ser indicada como tratamento principal. Neste trabalho será focada a atuação odontológica no preparo e manejo dos efeitos imediatos e tardios do tratamento.O primeiro e principal efeito imediato é a mucosite somada a hiposalivação e infecções oportunistas, após se somam o trismo, disfagia, dermatite, disgeusia; os efeitos tardios podem sobrevir até 5 anos pós-tratamento como cárie de radiação, xerostomia e osteorradionecrose. Objetivo: Demonstrar o programa em desenvolvimento na COEVI (Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna) em parceria com o Hospital Ipiranga junto aos departamentos de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, de Oncologia e de Cabeça e Pescoço; atuando sinergicamente num melhor atendimento ao paciente oncológico e colocando o dentista como membro atuante em todas as fases do tratamento. Metodologia: O programa se pauta em indicadores odontológicos para quantificar a saúde bucal, motivação quanto à higiene, doença periodontal, cárie dental, fluxo salivar, uso de prótese; para classificar o paciente quanto ao seu estado geral e ao cuidado que ele dispensa a si mesmo no pré-tratamento. De acordo, com esta classificação a atuação será conservadora ou radical na preservação dos dentes; fica claro que tratamentos prolongados ou de difícil execução serão descartados pela urgência que a adequação bucal necessita. Resultados: O grande desafio do programa é aumentar a qualidade de vida durante todo o tratamento, diminuindo o sofrimento e resgatando um pouco da auto-estima, tentando preservar o máximo possível das estruturas dentais e com isto também a integração no meio social durante a sobrevida livre de doença, sem deixar nenhum foco que possa desencadear uma infecção ou necrose. Conclusão: A saúde não pode ser considerada nesses casos apenas a ausência de doença, no caso a neoplasia maligna, pois o tratamento oncológico é traumatizante e se não forem realizados os procedimentos preventivos

bucais as seqüelas serão tão grandes que excluirá o paciente do convívio social. Fone: 011-69150107 e-mail: [email protected] CC60: PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E ATENDIMENTO A ACIDENTES E EMERGÊNCIAS NO AMBULATÓRIO ODONTOLÓGICO DA COEVI (CLÍNICA ODONTOLÓGICA ESPECIALIZADA VISCONDE DE ITAÚNA). Suzuki CM, Teixeira MM, Faria M, Goldabaum A. DIR-1, COEVI. O atendimento odontológico da COEVI envolvendo as especialidades cirurgia oral, semiologia, peridontia, endodontia e pacientes com necessidades especiais; tem no seu cotidiano clínico o agendamento de pacientes, mas as urgências são atendidas assim como eventuais complicações transoperatórias ambulatoriais. Para uma maior eficiência e padronização dos cuidados e do encaminhamento tanto dos pacientes como também dos profissionais que atuam na clínica, foi estabelecido um protocolo de atendimento à emergências que inclui os procedimentos a acidentes ocupacionais com instrumentos perfuro cortantes. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar o funcionamento das medidas de prevenção quanto a infecção cruzada, medidas de biossegurança, acidentes ocupacionais, emergências odontológicas e médicas e encaminhamentos de suporte que se fazem necessários ao bom andamento dos casos. O protocolo foi elaborado através da prática clínica e visualização das necessidades do ambulatório e também na consulta de literatura cientifica e de manuais da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde, quanto a biossegurança e acidentes ocupacionais. A busca de soluções clínicas pautadas em bases cientificas e na nossa atividade no serviço público, criou este protocolo de prevenção e atendimento tanto a acidentes como a emergências que esperamos ser de utilidade para quem trabalha em odontologia no setor público, pois ela abrange desde as medidas de esterilização de instrumentais, paramentação das EPIs, cuidados ao ambiente de atendimento e quanto a infecção cruzada, reconhecimento de lesões bucais, busca ativa de disfunções, anamnese dirigida, consulta a especialidades médicas, e conduta frente as principais emergências odontológicas e médicas no ambulatório da COEVI.

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CC61: FATORES ASSOCIADOS À PRESENÇA DE CÁRIE DENTÁRIA EM PRÉ-ESCOLARES: UMA ABORDAGEM SOB A ÓTICA DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Martins JS, Araújo ME, Latorre MRDO Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Os dados sobre a prevalência de cárie nos diversos países refletem características sociais, comportamentais, culturais e econômicas das populações envolvidas, porém, a magnitude desses fatores sobre os níveis da doença ainda não está totalmente esclarecida. Investigar a relação entre as características socioeconômicas, comportamentais e de saúde geral da criança com a experiência de cárie, em comunidades assistidas pelo Programa de Saúde da Família. Foi realizado um estudo transversal com crianças de 36 a 48 meses de idade, cadastradas nas Unidades de Saúde da Família na zona leste do município de São Paulo. O estudo foi composto de entrevista e avaliação da condição dentária conforme os critérios preconizados pela Organização Mundial de Saúde. Os dados foram analisados através de regressão logística múltipla, tendo como variável dependente a presença de cárie (ceo-d = 0 ; ceo-d 13246587:9�;�9=<%>@?BADC@<%5:A�Eindependentes, características demográficas, socioeconômicas, familiares, domiciliares, de saúde da criança, hábitos e cuidados com a criança. A amostra foi constituída de 690 crianças. Os fatores de risco independentes para ocorrência de cárie foram: presença de placa no exame atual (OR=2,49); presença de placa no exame anterior (OR=4,72); criança ter sido internadas por causas perinatais, pneumonia ou diarréia (OR=2,15); criança ficar com a mãe durante o dia (OR=1,87); ou ficar com a avó (OR=2,63); ou ficar com a empregada (OR=8,17); criança ter de 1 a 4 irmãos (OR=1,54); ou criança ter mais de 4 irmãos (OR=3,38), independente da renda e consumo de açúcar. Os resultados deste estudo, reafirmam a importância do trabalho interdisciplinar e intersetorial na abordagem integral do indivíduo. Fone: (11) 4178-33-85 e-mail: [email protected]

CC62: CARTILHA DIDÁTICA DE PREVENÇÃO EM SAÚDE BUCAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO. Marques DDM, Augusto MRL Prefeitura Municipal de Cubatão O programa de Educação e Prevenção em Saúde Bucal de Cubatão “PREVEN -TÃO”, adotou um complemento para reforçar os elementos didáticos de informação do programa. É através de uma cartilha escolar, com conteúdo didático preventivo apresentado através de jogos e ilustrações na versão para creches e pré escolas e com uma linguagem científica simples através de história em quadrinhos e passatempos na versão ensino fundamental e comunidade. O objetivo é auxiliar no aprendizado de prevenção das doenças bucais, atuando como complemento de informações, na intenção de utilizar os escolares como agentes multiplicadores de saúde bucal e parceiros do programa PREVEN-TÃO. Utilização de recurso didático semelhante à revista infantil, muito receptivo pelas crianças na idade escolar, com o personagem de um super herói (o PREVEN-TÃO) e seus amigos no combate às doenças bucais. Graças a um questionário de avaliação existente na cartilha, a análise do programa junto aos escolares foi possível constatando-se a identificação do público assistido com o programa. A realização da gincana cultural “Show do PREVEN -TÃO” e o concurso “SORRISO FELIZ” através de técnicas de colagem (pré escolas) e história em quadrinhos (ensino fundamental) avaliam os conhecimentos adquiridos pela cartilha. A assimilação dos ensinamentos preventivos em saúde bucal junto aos estudantes de Cubatão aumentou com o auxílio da cartilha e o interesse pela prevenção e manutenção do aparelho mastigatório motivou também os responsáveis pelas crianças e sua comunidade, atingindo as propostas da Coordenadoria Odontológica. Fone: (013) 3361 3094 CC063: O AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO ODONTOLÓGICO: ILUMINAÇÃO, RUÍDO E CONFORTO TÉRMICO. Ferreira NF, Garbin AJI, Garbin CAS Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP - Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social. Na prática odontológica, o cirurgião dentista está exposto a vários agentes físicos , químicos e biológicos responsáveis por acidentes e doenças ocupacionais. Problemas com a iluminação, ruído,

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postura, manipulação de agentes químicos como desinfetantes e contato com agentes biológicos são fatores que desencadeiam agressões à saúde, mas pode ser corrigido com pequenas ações adotadas diariamente. O objetivo do presente estudo é mostrar os danos causados pelo ruído, iluminação inadequada e ausência do equilíbrio térmico ao cirurgião dentista, destacando como prevenir as doenças causadas por esses agentes físicos presentes no consultório odontológico, realizados através de uma revisão minuciosa da literatura para então relato desses danos. Compressores, turbinas de alta velocidade, sugadores, som, e ambientes internos podem levar o cirurgião dentista a perda de audição, sendo importante analisar o ruído presente na clínica odontológica. A Iluminação é outro dado que merece atenção e deve ser adequada e permitiu que o profissional execute uma tarefa visual de maneira eficaz, com segurança, precisão, rapidez e eficiência, visto que este realiza um trabalho minucioso e repleto de detalhes. Assim como, manter um equilíbrio térmico confortável, evitando oscilações consideráveis do ambiente e consequente ausência de desconforto e melhor rendimento do profissional. É indiscutível que a saúde física e o bem estar psíquico do profissional é tão importante quanto a sua preocupação na melhoria técnica e científica , portanto, realizar esforços no sentido de transformar o consultório odontológico, em um local confortável e ergonômico, é obrigação intransferível do profissional. Fone: (18) 3625 3602 e-mail: [email protected] CC064: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES POLÍTICO-SOCIAIS NO MUNICÍPIO DE MONTE NEGRO-RO Silva RPR, Peres AS, Martins Filho IE, Bastos JRM, Peres SHCS, Araújo JJ, Galvão LM, Lauris JR Departamento de Saúde Coletiva da FOB/USP Devido à precariedade da Saúde em nosso país, fator este acentuado na região Norte, onde as políticas sociais desenvolvidas não atingem a massa da população, esbarrando muitas vezes em interesses particulares ou de pequena minoria. Estes fatores geram uma sociedade fragilizada e desprovida de cuidados básicos de saúde. O município de Monte Negro-RO apresenta grandes problemas sociais, permite que sua população fique exposta a situações de risco. Este estudo teve por objetivo avaliar as condições político-sociais do município, analisando suas prioridades em aspectos gerais de saúde, infra-estrutura de atendimento, políticas alimentares em escolares, condições de saneamento básico e os

recursos aplicados pelo município na Saúde Pública. A metodologia pautou-se nos números oficiais divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde de Rondônia (SESAU) e na aplicação de um questionário em moradores do município (zona rural e urbana), escolhidos aleatoriamente, durante expedição realizada pela FOB/USP. Os resultados demonstraram a precariedade dos serviços públicos de Saúde, devido a falta de instalações e recursos, além de outros serviços de utilidade básica à população, o que contribuiu diretamente para a redução das condições de vida da população. Concluiu-se que mediante esta realidade, de desigualdades sociais, faltas de condições básicas de saúde, deficiência sócio-cultural e uma população conformada com padrões oferecidos, há necessidade de políticas práticas que ofereçam condições mínimas de Saúde e Educação. CC065: ABSENTEÍSMO ODONTOLÓGICO E MÉDICO NO SERVIÇO PÚBLICO E PRIVADO Martins RJ, Garbin CAS, Garbin AJI, Moimaz SAS Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP- Departamento de Odontologia Infantil e Social O absenteísmo é um motivo de interesse crescente, visto o atual contexto econômico de competitividade, fazendo com que as empresas procurem meios para diminuir sua ocorrência, aumentando sua rentabilidade e com isto crescendo de forma sustentada. Constatado as inúmeras variáveis envolvidas no processo, procurou-se estudar o absenteísmo por razões médicas e odontológicas, no serviço público e privado, analisando se a idade, sexo e função do trabalhador, além do regime empregatício interferem na sua ocorrência. Desenvolveu-se o estudo numa indústria acrílica e na prefeitura do município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. Para a coleta dos dados analisaram-se todos os atestados médicos e odontológicos, que deram entrada nas empresas no período de janeiro a junho de 2002 e as listagens dos trabalhadores. Verificou-se que a falta por motivos odontológicos tem pouco peso sobre o total de faltas por motivo de doença, além de provocarem o afastamento do trabalhador por um período menor. As variáveis idade, sexo, função e regime empregatício influenciam na ocorrência do absenteísmo ao trabalho. A disponibilidade destas informações deverá ser muito importante, pois visto as inúmeras variáveis envolvidas, facilitarão a tomada de decisões das distintas estratégias para sua prevenção. Fone: (018) 3624-9069 e-mail: [email protected]

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CC66: ODONTOLOGIA PARA IDOSOS - MUNICÍPIO DE PIQUEROBI Gonçales NL Prefeitura Municipal de Piquerobi Piquerobi é um município de pequeno porte localizado a Oeste do Estado de São Paulo, na região do Pontal do Paranapanema e conta atualmente com 2500 habitantes, aproximadamente. Estão cadastrados no Centro de Saúde 250 idosos, aqui considerados pessoas com idade igual ou superior a 60 anos que representam 10% da população total do município, portanto, uma parcela significativa dessa comunidade. A preocupação com a saúde bucal dos idosos vem crescendo nos últimos anos na mesma proporção com que cresce o número de pessoas que atingiram a sexta década de vida, seja pelos avanços da ciência, melhoria da qualidade de vida, diminuição das taxas de mortalidade infantil, enfim, a expectativa de vida do brasileiro que no início do século XX era de 30 anos de idade, hoje está em torno dos 68 anos para homens e 75 anos para mulheres e continua crescendo, tanto que a Sociedade de Medicina do Brasil não considera mais idoso a pessoa com 60 anos e sim, a partir dos 65 anos. A Odontologia tem um papel preponderante no sentido de melhorar a qualidade de vida dos idosos, seja pelo aspecto de tratamento das principais patologias bucais ou de reabilitação oral, onde vimos melhorando muito a qualidade da mastigação bem como, o conforto do idoso edêntulo, contribuindo desta maneira para a longevidade daqueles pacientes e, por outro lado, melhorando muito a sua auto-estima que contribui sobremaneira para diminuir os efeitos danosos provocados pelo abandono e o descaso geral com que esse grupo é socialmente submetido. Há que se destacar a importância do trabalho executado pelos Cuidadores de Idosos, pessoas da própria comunidade, sejam parentes próximos ou as Agentes Comunitárias de Saúde que após treinadas, garantirão um bom nível de saúde bucal para essa população, mais notadamente aos idosos dependentes. Fone: (18) 261-1277 e-mail: [email protected]

CC067: A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DE UM CURSO DE ATENDENTE DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO NO DESENVOLVIMENTO DO PESSOAL AUXILIAR EM ODONTOLOGIA Liporacci MR, Silva CC, Peres SHCS, Lauris JRP, Peres AS, Bastos JRM Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP De acordo com as Normas do MEC as disciplinas a serem ministradas em um curso de formação para atendente de consultório dentário são: Higiene dental, Odontologia Social, Técnicas auxiliares em Odontologia, Materiais, Equipamentos e instrumental, e Fundamentos de enfermagem. Pautado neste parâmetro o coordenador de curso que pretenda oferecer à população um conhecimento técnico deverá distribuir as disciplinas em ordem crescente de prioridades as quais se fundem gradativamente. Durante o período os alunos devem receber noções sobre: anatomia, fisiologia, farmacologia, microbiologia, endodontia, dentística, periodontia, prótese dental, dentística, radiologia, cirurgia, saúde coletiva, ortodontia, odontopediatria, materiais dentários, orientação profissional, legislação e outras que porventura tenham necessidade. Após as aulas teóricas para que as informações sejam memorizadas há necessidade de receber instruções de ordem prática, desde que sigam as normas e regras do curso de graduação em Odontologia, desta forma podem desenvolver a destreza manual. Ao término do curso os alunos poderão exercer suas atividades, desde que legalmente habilitados, em serviços público e privado onde são peças essenciais para o desenvolvimento e finalização de um trabalho odontológico, desde que atuem sempre com a supervisão do cirurgião dentista. Desta forma concluiu-se que o coordenador de um curso de formação para Atendente de Consultório Dentário deverá direcionar a seqüência de atividades tanto para o conhecimento teórico como o prático. Fone: (14) 9771-4654 e-mail [email protected] e-mail [email protected]

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CC068: A QUALIDADE DOS SERVIÇOS E INSTALAÇÕES VISTA PELA OTICA DA POPULAÇÃO QUE UTILIZA O SETOR ODONTOLÓGICO NO CENTRO DE SAÚDE ALCEU VALLE FERNANDES DO MUNICÍPIO DE ARAUCÁRIA-PR. Gross JM Secretaria Municipal de Saúde de Araucária- Pr A imagem pela qual os serviços prestados a população municipal nem sempre correspondem ao que realmente os profissionais imaginam, com o objetivo de verificar a imagem do cirurgião-dentista bem como os serviços prestados e o ambiente no qual eles são realizados, os autores desenvolveram um estudo qualitativo no município de Araucária-PR, no ano de 2004 onde foram realizadas 80 entrevistas,com um roteiro determinado através de um questionário, os entrevistados foram escolhidos aleatoriamente somente com a população que usa os serviços de odontologia do Centro de Saúde Alceu Valle Fernades (Costeira), no turno da noite pelo sistema de triagem priorizada. Para todas as categorias analisadas, os discursos de assemelharam independentemente do gênero, idade, grau de instrução e condições financeiras Fone: (41) 363-4054

PÔSTERES

P001: REPENSANDO A PRÁTICA DA SAÚDE: TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO Pontes TSM, Queluz DP Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP O tratamento restaurador atraumático é baseada em máxima preservação e mínima invasão para deter a progressão da doença cárie. Ela preconiza a remoção do tecido cariado amolecido desmineralizado do dente com instrumentos manuais e em seguida a restauração da cavidade com material dentário adesivo o cimento de ionômero de vidro, selando também as fóssulas e fissuras. Este pode ser utilizado tanto no atendimento público quanto em consultório particular. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura e discutir o tratamento restaurador atraumático, enfocando verificação da necessidade de tratamento, indicação e contra indicação da técnica, eficácia das restaurações e o estágio atual do tratamento restaurador atraumático. e-mail: [email protected] Fone: (19) 3412 5277

P002: ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA: EQUIPE DE SAÚDE BUCAL NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Lazzari C, Queluz DP Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP O principal propósito do Programa de Saúde da Família é reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto das famílias e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. A inclusão da saúde bucal no PSF permite o desenvolvimento dessas ações de forma integrada, beneficiando grupos populacionais. A portaria número 267 de 6 de março de 2001 aprovou as normas e diretrizes de Inclusão da Saúde Bucal na estratégia do PSF, como forma de reorganização desta área no âmbito da atenção básica e explicita o elenco de procedimentos de saúde bucal compreendidos na atenção básica. O objetivo deste estudo é discutir sobre o PSF enfocando a Portaria número 267 sobre a Equipe de Saúde Bucal (ESB): objetivo, bases para orientação da ações de saúde bucal, estratégias para incorporação das ações de saúde bucal no PSF, atribuições dos profissionais de saúde bucal, responsabilidades institucionais, financiamento da saúde bucal no PSF. Fone: (19) 3412 5277 e-mail: [email protected] P003: ESTÁ HAVENDO MELHORA NA SAÚDE BUCAL DOS ESCOLARES E PRÉ-ESCOLARES DE PIRACICABA NOS ÚLTIMOS ANOS? S. Cypriano, Souza MLR, Fonseca DAV, Hoffmann RHS, Wada RS, Silva DD, Fernandes JLM Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP Prefeitura Municipal de Piracicaba Prefeitura Municipal de Campinas

O monitoramento das condições de saúde bucal nos municípios é de fundamental importância para verificar a tendência da evolução da experiência de cárie, principalmente quando existem medidas preventivas estabelecidas há anos. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar as condições de saúde bucal dos escolares e pré-escolares em 2002, comparando-as com as informações epidemiológicas de 1999. Em ambos os estudos utilizaram-se os critérios de diagnóstico da OMS (1997). A amostra foi probabilística (n=1.350), tendo sido aferida a concordância dos examinadores através do índice kappa, obtendo-se valores acima de 0,80.

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Utilizaram-se os testes t de Student e o Qui-quadrado, com 5% de significância. Aos 5 anos, as crianças apresentaram índices ceod de 2,65 e 1,96 nos anos de 1999 e 2002, respectivamente (p=0,001), com uma redução de 25,0%. Em 1999, 44,3% das crianças não apresentaram experiência de cárie aos 5 anos, sendo de 52,2% em 2002 (p=0,293). Aos 12 anos, foram observados índices CPOD de 2,64 em 1999 e 1,98 em 2002 (p=0,011), apresentando uma redução de 25,0%. A proporção de crianças sem experiência de cárie nesta idade foi de 36,4% em 1999 e 42,3% em 2002 (p=0,360). Os dados sugerem que nos últimos 3 anos houve uma melhora na saúde bucal das crianças do Município de Piracicaba, sendo recomendável um acompanhamento por maior período de tempo. Fone: (19) 3878 1529 e-mail: [email protected] P004: CONDIÇÕES DE ALEITAMENTO DAS CRIANÇAS INSCRITAS NA CLÍNICA DE BEBÊS DE VOTORANTIM Corsi LA, Antila MK, Novo NF Prefeitura Municipal de Votorantim, Prefeitura Municipal de Sorocaba, Faculdade de Medicina da PUC Este trabalho analisa dados da anamnese da primeira consulta odontológica das crianças de 0 a 12 meses de idade inscritas na clínica de bebês da prefeitura Municipal de Votorantim. Foram levantados e avaliados dados referentes a aleitamento materno, uso de mamadeira e aleitamento misto (aleitamento materno somado a uso de mamadeira). O objetivo é ampliar conhecimentos a respeito da população alvo no sentido de subsidiar as ações do serviço da rede municipal tanto no âmbito individual como no coletivo. Foram incluídos 794 prontuários de crianças de 0 a 12 meses, que possuem ficha de anamnese específica para a primeira consulta de bebês. Todas as fichas continham informações precisas sobre as questões levantadas anteriormente. Os dados foram tabulados segundo idade e condições de aleitamento. Foram excluídos do estudo 27 prontuários por motivo de falta de informação completa ou idade fora da faixa etária analisada. Para a análise dos resultados aplicou-se o teste do Quiquadrado para tabelas de contingências (Siegel) e teste da partição do Quiquadrado para tabelas de 2 X N (Cochran). Foram encontradas porcentagens de 48,6 %.das crianças em aleitamento materno, 31,8 % de crianças com aleitamento misto e 19,6 % de uso de mamadeira aos 4 meses de idade (N=107 p<0,001). Aos 6 meses (N=66) foram encontradas 39,4 % de crianças em aleitamento

materno e 31,8 % de crianças em aleitamento misto e 28,8 % de uso de mamadeira (p<0,001) . Diante da recomendação da OMS de aleitamento materno exclusivo nos 4 e 6 meses de idade e dos benefícios a isso atribuídos, concluímos que há necessidade de incentivo à amamentação em diversas ações por parte do poder público, visto que encontramos nesta população menos da metade das crianças em aleitamento materno aos 4 meses e aproximadamente 40 % das crianças aos 6 meses. Fone: (015) 221-8694 e-mail: [email protected]

P005: LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO EM SAÚDE BUCAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE CAMPINAS-SP. Costa, ACO, Hebling E, Meneguim MC, Pereira AC. Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP O aumento do número de idosos da população mundial tem ocorrido, sobretudo, pelo aumento da expectativa de vida e pela diminuição das taxas de natalidade, justificando a necessidade de pesquisas direcionadas a esta faixa da população. O objetivo desse trabalho de pesquisa foi relacionar os achados epidemiológicos das condições de saúde bucal de uma amostra de idosos institucionalizados com a valorização dada, por cada indivíduo, à sua saúde bucal. Do total de 220 idosos, foram examinados 113 pessoas, de ambos os sexos, com idade variando de 60 a 93 anos (média de 73,5 anos). Os exames clínicos seguiram as normas da Organização Mundial de Saúde para levantamentos básicos em saúde bucal (OMS, 1999). A calibração foi desenvolvida em 4 sessões (16 horas) e observou-se uma concordância intra-examinador acima de 95%. Os exames foram realizados por um único examinador. Os idosos foram classificados quanto ao sexo, estado civil, idade, capacidade de autonomia de vida, condição sócio-econômica e cultural, condição sistêmica e uso de medicamentos. Os dados foram comparados e analisados por Teste de Chi- F�G%H�I�JHI�KMLON�L�P�N�LRQTS�H�N!KMI�LOUWVXP$Y%L@J[Z�\^]`_�a _�b/c"dA maioria dos idosos da amostra eram viúvos, parcialmente dependentes, com renda de até 2 salários mínimos, com pouca instrução, fumantes ou ex-fumantes, com 1 a 2 alterações ou doenças crônico-degenerativas, fazendo uso diário de 3 a 4 drogas. Em relação às condições bucais, a maioria era de desdentados totais (71,69%), apresentando índice CPOD de 30,45, com uso e necessidade de substituição de elementos protéticos, com poucas lesões bucais e de ATM. Dos que apresentavam dentes, a maioria necessitava de terapia periodontal básica e instrumentação radicular, com perda de

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inserção de até 5 mm, com necessidade de próteses em elementos individuais e combinadas. Devido ao crescente número de idosos, à complexidade sistêmica dessa faixa da população e suas condições de saúde bucal, podemos concluir que os pacientes idosos necessitam de programas específicos de atenção à saúde. Fone: (19) 3412-5280 e-mail: [email protected]

P006: CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE PIRACICABA-SP Hebling E, Meneguim MC, Pereira AC, Rodrigues CK, Assaf A Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP O aumento da expectativa de vida da população e a diminuição das taxas de natalidade proporcionaram o aumento do número de idosos, justificando a necessidade de pesquisas direcionadas a esta faixa da população. O objetivo desse trabalho de pesquisa foi relacionar os achados epidemiológicos das condições de saúde bucal e sistêmica de uma amostra de idosos institucionalizados com os seus fatores sociais e demográficos. Do total de 330 idosos, foram examinados 163 pessoas, de ambos os sexos, com idade variando de 60 a 103 anos (média de 75,8 anos). Os exames clínicos seguiram as normas da Organização Mundial de Saúde para levantamentos básicos em saúde bucal (OMS, 1999). A calibração foi desenvolvida em 4 sessões (16 horas) e observou-se uma concordância intra-examinador acima de 95%. Os exames foram realizados por um único examinador. Os idosos foram classificados quanto ao sexo, estado civil, idade, capacidade de autonomia de vida, condição sócio-econômica e cultural, condição sistêmica e uso de medicamentos. Os dados foram comparados e analisados por Teste de Chi-quadrado e teste Exato e�fhg i!j$k%f�lnm�o prq�s q�t/u"vxwzy�{:|D}�~B|X{���}��n|!�/}��B}��n��{amostra eram viúvos, parcialmente dependentes, com renda de até 2 salários mínimos, com pouca instrução, fumantes ou ex-fumantes, com 1 a 2 alterações ou doenças crônico-degenerativas, fazendo uso diário de 3 a 4 drogas. Em relação às condições bucais, a maioria era de desdentados totais (59,50%), apresentando índice CPOD de 29,53, com uso e necessidade de substituição de elementos protéticos, com poucas lesões bucais e de ATM. Dos que apresentavam dentes, a maioria necessitava de terapia periodontal básica e instrumentação radicular, com perda de inserção de até 5 mm, com necessidade de próteses em

elementos individuais e combinadas. Devido ao crescente número de idosos, à complexidade sistêmica dessa faixa da população e suas condições de saúde bucal, podemos concluir que os pacientes idosos necessitam de programas específicos de atenção à saúde.

Fone: (19) 3412-5280 e-mail: [email protected]

P007: CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE UMA AMOSTRA DE PACIENTES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO – USP

Barilli ALA, Passos ADC, Franco LJ Departamento de Medicina Social – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP Estudos das condições de saúde bucal da população brasileira têm privilegiado populações abaixo de 15 anos de idade, decorrendo daí carência de dados relativos a adultos. Este trabalho objetiva estudar as condições e necessidades de atenção odontológica numa amostra de pacientes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Métodos: foram estudados 634 pacientes, sendo 480 do Ambulatório de Cardiologia e 154 do Ambulatório de Hepatites. Todos foram submetidos a exame bucal, buscando avaliar as suas necessidades profiláticas e terapêuticas. Resultados: entre os pacientes do Ambulatório de Cardiologia ocorreu um predomínio de homens (62,5%) e de indivíduos acima de 50 anos. Os valores da média e da mediana da idade foram respectivamente 61,8 e 62,5 anos. Entre os pacientes do Ambulatório de Hepatites ocorreu também um predomínio do sexo masculino (66,2%). A distribuição etária revela valores da média e da mediana respectivamente 41,0 e 40,0 anos. Os percentuais de edêntulos e de indivíduos com menos de 19 dentes foram respectivamente 49,4% e 82,7% entre os cardiopatas, e 6,5% e 37,7% entre os não cardiopatas. Ambos os grupos apresentaram elevados percentuais de carências nas áreas de prótese, periodontia, prevenção de câncer, dentística e exodontia. Os percentuais de pacientes sem necessidades bucais foram 0,2% entre os cardiopatas e 18,8% entre os pacientes do Ambulatório de Hepatites. Os elevados percentuais de edêntulos e de indivíduos portadores de limitações funcionais evidenciam carências no que diz respeito a uma atenção odontológica adequada em algum momento da vida. Tal fato se comprova também pelo achado de números elevados de indivíduos apresentando necessidades de atenção, particularmente relativas a prótese, periodontia e prevenção de câncer bucal. As piores condições encontradas entre os cardiopatas devem-se, possivelmente, à idade mais elevada dos

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componentes desse grupo, muito embora não possa ser descartada a possibilidade de potencialização da doença periodontal em pacientes com alterações cardíacas isquêmicas. Os dados apontam para a necessidade da odontologia coletiva alargar o seu campo de atenção, estendendo-o para além de grupos etários abaixo de 15 anos. Ademais, deve-se garantir às populações adultas o acesso aos serviços públicos odontológicos.

Fone: (16) 620-0110

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P008: DOENÇA PERIODONTAL NUMA AMOSTRA DE PACIENTES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO – USP

Ana L A Barilli, Afonso D C Passos, Laércio J FrancoDepartamento de Medicina Social – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP A doença periodontal (DP) é a maior responsável pela perda de dentes em adultos no mundo. No Brasil, há grandes lacunas no seu conhecimento, tanto na população geral como em grupos de maior risco, tais como os cardiopatas. Esta investigação objetivou estudar a prevalência e fatores de risco em cardiopatas isquêmicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, cotejando-os com pacientes acompanhados no Ambulatório de Hepatites. Foram pesquisados 634 pacientes de ambos os ambulatórios. Apenas 120 preencheram os critérios de inclusão (idade entre 30 e 79 anos e mínimo de 20 dentes), sendo 58 cardiopatas e 62 do Ambulatório de Hepatites (não cardiopatas). O exame foi realizado por um dentista, através do Índice Periodontal Comunitário (IPC) e da perda de inserção (PI), que refletem o estado atual de doença e sua história pregressa, respectivamente. Houve predomínio de homens em ambos os grupos. As medianas das idades foram 53 anos em cardiopatas e 38 anos em não cardiopatas (p<0,0001). História pregressa de tabagismo predominou entre os cardiopatas (p<0,0001). DP avançada ocorreu em 48,9% dos sextantes de cardiopatas e em 4,6% de não cardiopatas, com saúde peridontal sendo observada em 1,1% dos cardiopatas e em 32,0% dos não cardiopatas. Perda de inserção não foi observada em 6,0% dos sextantes dos cardiopatas e em 68,0% dos não cardiopatas. Valores de PI > 2 representaram 61,5% entre os cardiopatas e 7,5% entre os não cardiopatas (p<0,0001). Os dados do presente trabalho apontam para a desatenção da odontologia nos domínios da saúde pública, situação em que ela tem se restringido à investigação e cuidados relativos à cárie dentária

apenas. Essa desatenção se manifesta de modo evidente na ausência de programas educativos de larga escala, que incorporem orientações básicas de cuidados relativos à saúde bucal integral. Ao menos parcialmente, a maior gravidade das condições periodontais dos cardiopatas pode ser devida à sua idade mais elevada, muito embora não possa ser descartada a possibilidade de que se devam a fatores sistêmicos comuns às doenças isquêmicas. Fone: (16) 620-0110 e-mail: [email protected]

P009: CÁRIE DENTARIA, CONDIÇÕES PERIODONTAIS, USO E NECESSIDADE DE PRÓTESES EM IDOSOS DA REGIÃO DE SOROCABA

Silva, D D, Sousa M L R, Wada R S Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP)-UNICAMP. A saúde bucal dos idosos é precária e o interesse em se estudar este grupo vem aumentando. O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência e severidade de cárie dentária, condições periodontais, uso e necessidade de próteses totais em idosos. A amostra de 193 indivíduos entre 65 e 74 anos foi estratificada segundo sexo e etnia, pertencentes a 7 municípios sorteados e representantivos da Direção Regional de Saúde de Sorocaba, sendo examinados segundo critérios da OMS. Na análise estatística, usou-se o teste de proporção com nível de significância de 5%. Do total, 58,5% eram do sexo feminino e 41,5% do masculino, sendo 64,2% brancos e 35,8% não brancos. O CPOD foi de 29,8 sendo 97,8% de dentes perdidos e 73% de edentulismo. Com relação às próteses totais, 48,7% usavam superior e 37,8% inferior; sendo que 37,8% necessitavam de superiores e 45,1% de inferiores. Apenas 34 indivíduos apresentaram sextantes válidos para avaliação das condições periodontais, onde 53% apresentaram cálculo com relação ao CPI e 59% bolsas de 12mm ou mais para o PIP. O sexo feminino apresentou maior proporção de dentes perdidos (p=0,00) e sextantes nulos (p=0,04) em relação ao sexo masculino, assim como o grupo étnico dos brancos que apresentaram também maiores proporções para estas condições (p=0,00), não apresentando diferença (p>0,05) quanto ao edentulismo. Apesar do sexo feminino e o grupo étnico de brancos apresentarem algumas condições desfavoráveis, o grupo como um todo não diferiu com relação ao edentulismo, revelando assim,

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condições de saúde bucal ainda insatisfatórias para este grupo de idosos. Fone: (19) 35245317 e-mail: [email protected]

P010: IMPORTÂNCIA DA FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE Meirelles MPMR, Sousa MLR, Wada RS, Hoffmann RHS, Cypriano S, Fernandes JLM Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP Grande parte dos municípios brasileiros que não contam com a fluoretação de suas águas de abastecimento público estão entre aqueles de pequeno porte e assim o objetivo deste trabalho foi comparar a saúde bucal de escolares de municípios de pequeno porte (10.000 hab.) que têm água fluoretada com a saúde bucal de escolares de municípios de pequeno porte que não contam com este recurso. A amostra foi de 1566 escolares de 5 a 12 anos de idade, sendo que 676 de municípios com água fluoretada (Águas de São Pedro e Mombuca) e 890 de municípios sem água fluoretada ( Ipeúna e Corumbataí ), que foram examinados por 11 dentistas (concordância intra acima de 98% e inter acima de 97%). Os índices ceod e CPOD foram avaliados para experiência de cárie segundo os critérios da OMS (1997), a análise estatística foi realizada através dos testes de Qui-quadrado e de Mann Whitney com 5% de significância. O índice CPOD foi de 1,65(dp=2,11) nos escolares dos municípios com água fluoretada, sendo 1,94(dp=2,50) para os sem água fluoretada, sendo o ceod de 2,21(dp=2,76) e 2,64(dp=3,07), respectivamente. Houve 71% mais chance dos escolares de municípios com água fluoretada serem livres de cárie (0,54<OR<0,93). Na dentição permanente o índice CPOD apresentou-se mais elevado demonstrando maior experiência de cárie nos escolares de municípios sem água fluoretada (p=0,01232), e na dentição decídua o índice ceod também apresentou-se mais elevado nos escolares destes mesmos municípios (p=0,001817). Os resultados deste estudo confirmam a importância da fluoretação das águas inclusive em municípios de pequeno porte.

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P011: CONSULTÓRIOS TRANSPORTÁVEIS COMO UMA ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO E ASSISTÊNCIA EM SAUDE BUCAL NO MUNICÍPIO DE BARUERI-SP

Chaves AP, Ladeira AT, Santos CA, Vidic RB Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri-SP A Coordenadoria de Programa de Saúde Bucal do Serviço de Assistência Médica de Barueri (SAMEB) conta, como uma de suas estratégias para assistência e atenção em saúde bucal à população barueriense, com dois Consultórios Transportáveis que percorrem juntos itinerantemente as EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) do município. A equipe que presta serviços nesta estratégia é composta por quatro cirurgiãs-dentistas e uma auxiliar de consultório dentário com duas cirurgiãs-dentistas no turno da manhã e duas à tarde. Nas atividades previstas para esta equipe constam avaliações de risco de cárie dentária, ações educativas e tratamento odontológico de todas as crianças de cada EMEI em questão, sendo que dentro das ações educativas incluem-se pais, professores e responsáveis pelas crianças matriculadas. No planejamento das ações desta modalidade de serviço é previsto o esgotamento das necessidades de tratamento odontológico de todas as crianças matriculadas em cada EMEI, que tenham sido autorizadas a passar pelo tratamento pelos pais ou responsáveis. A partir do momento que as necessidades de tratamento são zeradas a equipe juntamente com os Consultórios Transportáveis desloca-se para outra EMEI da cidade que já passou previamente por uma avaliação de risco de cárie dentária, através de uma equipe de prevenção, e que dentre as outras EMEIs possua um número maior de crianças com alto risco da doença. Fone: (11)4199-3100 e-mail: [email protected]

P012: O ENVELHECIMENTO FAZ PENSAR. NOVAS PERSPECTIVAS, NOVAS ABORDAGENS, MUDANÇAS DE PARADIGMAS NO TRATAR E NO ENCARAR O IDOSO. Juliani FAT, Corte B. Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri - SP Nas últimas décadas no Brasil tem ocorrido um envelhecimento populacional sem precedentes na história contemporânea. Aliado à diminuição da taxa de natalidade e ao desenvolvimento assistencial e à promoção de saúde estabelecida pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde, estamos verificando um

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aumento da longevidade, permitindo, assim, verificar uma retangularização da pirâmide etária em todas as regiões do país. O município de Barueri - SP não é uma exceção, pois verificamos em loco esse movimento social. O Programa Municipal de Saúde do Idoso tem estratificado diversos níveis de atenção e, dentro desses, a Saúde Bucal tem um importante destaque, pois realizamos há mais de sete anos o controle de lesões e prevenção ao câncer bucal com encaminhamento para tratamento, biópsias, noções de higiene bucal e cuidado de manutenção de próteses dentárias, havendo também a priorização do atendimento dos idosos nas Unidades Básicas de Saúde, contribuindo ao mesmo tempo para a melhoria de sua qualidade de vida e da sua auto-estima. No ano de 2003 implantamos o Projeto de Execução e Confecção de Próteses Dentárias para os pacientes acima de 60 anos de idade que residam no município. Compete aos gestores de saúde não se absterem da responsabilidade de propiciar ao idoso a melhora de sua saúde, não só curativa, mas principalmente com uma visão eco-democratizadora que restabeleça sua noção de cidadania. Fone: (11)4199-3100 e-mail: [email protected]

P013: TEORIAS, NOÇÕES, CONCEPÇÕES E REALIDADES; CONSTRUINDO E OBJETIVANDO A PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM BARUERI - SP. Martino LVS, Juliani FAT Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri - SP Dentro das principais diretrizes do SUS (Universalidade, Integralidade e Equidade), a Coordenadoria de Programa de Saúde Bucal (CPSB) do Serviço de Assistência Médica de Barueri (SAMEB) pretende promover a saúde bucal de sua população. Com um quadro de 52 cirurgiões-dentistas (CD) e 10 auxiliares de consultório dentário (ACD) a CPSB organizou seus serviços de tal maneira que com atividades preventivas e curativas recebessem, concomitantemente, atenção e assistência odontológica. Do total de 14 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município 6 possuem a equipe de saúde bucal num total de 22 CDs e 9 ACDs. As equipes de UBS responsabilizam-se pelo atendimento e atenção a indivíduos maiores de 15 anos, além de comportarem as especialidades de endodontia, pacientes especiais e odontopediatria. O restante dos membros da equipe dividem-se em 12 consultórios tradicionais e 2 consultórios transportáveis em escolas municipais de uma equipe

de prevenção percorrendo as escolas do município. Os consultórios das escolas funcionam como referência para as escolas que não os possuem em seu espaço, promovendo a atenção primária e secundária às crianças de até 14 anos, estabelecendo assim, o processo de referência e contra-referência com uma boa efetividade nas ações. Fone: (11) 4199-3100 e-mail: [email protected]

P014: PREVALÊNCIA DE CÁRIE E MÁ OCLUSÃO EM CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS DE IDADE MATRICULADAS NAS ESCOLAS MATERNAIS DO MUNICÍPIO DE BARUERI: UMA ANÁLISE DE DOIS ANOS. Mathias MF, Juliani FAT, Martino LVS Serviço de Assistência Médica de Barueri - Prefeitura Municipal de Barueri – SP

O Projeto Odonto-Criança-Feliz iniciado em 2001 nas escolas maternais do município de Barueri-SP visa a realizar um estudo das condições de saúde bucal dos alunos matriculados, determinando o percentual de crianças afetadas pela cárie dentária e má oclusão. Esta atividade tem por objetivo relacionar cárie dentária e má oclusão com fatores sócio-econômicos, hábitos alimentares, etnia, sexo e faixa etária durante o período de 5 anos (2001-2006). Nas onze maternais do município realizam-se promoção e prevenção de saúde com os pais através de ações coletivas que modificam o imobilismo do desconhecido ante ao saber das noções de saúde bucal, perfazendo assim a sensibilização do núcleo familiar. A equipe discente é inserida no conhecer através de orientações práticas. As crianças transformam-se em atores do promover da saúde pela interatividade entre o multiplicador e elas com recursos didáticos como uso de fantoches, flanelógrafo e vídeo. Os resultados obtidos em 2001 e 2002, apontam para a necessidade de um projeto voltado às gestantes de Barueri, que objetivaria conscientizar o núcleo familiar sobre a mudança de hábitos antes mesmo do nascimento do bebê proporcionando condições adequadas para um bom desenvolvimento da saúde bucal da criança. Fone: (11) 4199-3100 e-mail: [email protected]

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P015: ANÁLISE CRÍTICA DA SÉRIE HISTÓRICA DO ÍNDICE CPO-D AOS 12 ANOS DE IDADE EM DEZ ANOS DE LEVANTAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS EM SAÚDE BUCAL EM BARUERI-SP Juliani FAT, Martino LVS, Massaro RBA Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri – SP

O Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal como instrumento orientador de planejamento e avaliação do Programa de Saúde Bucal no município de Barueri tem sido de uso sistemático nos últimos dez anos. A cárie dentária é um problema de saúde pública que tem merecido estudos e investigação científica, utilizando-se para isto, o índice CPO-D, na idade de 12 anos, como parâmetro mundial. Compreender a evolução deste índice, levando-se em conta o decréscimo numérico observado ao longo dos últimos anos, corroborou para efetivarmos uma demonstração de dados que propiciou o ajuste do Programa de Saúde Bucal, adequando-o à realidade sócio-econômica e política do município. A Organização Mundial de Saúde, desde 1971, publica um manual de instruções que tem proporcionado valiosas contribuições para o desenvolvimento de métodos para uso em epidemiologia bucal. Estes manuais têm servido como base na execução dos Levantamentos Epidemiológicos. Através da utilização dos mesmos obtém-se uma orientação sistematizada para a coleta de dados e informações de doenças bucais; assegura-se a comparabilidade dos dados de diversas regiões; estimulam-se os gestores em todos os países a estabelecer padrões de medida para doenças e condições bucais como base de planejamento e avaliação dos programas de saúde bucal. Durante os últimos dez anos observamos um decréscimo significativo na incidência da cárie dentária aos 12 anos de idade no Brasil e no mundo. Barueri e o estado de São Paulo acompanharam esta tendência, mostrando que ações de promoção de saúde no âmbito coletivo, como a fluoretação das águas do abastecimento público e dos dentifrícios, foram fundamentais para se chegar a estes resultados. O sucesso nas práticas coletivas de saúde bucal mostrou eficiência no trato da doença, possibilitando a democratização do acesso às ações de atenção básica a uma população outrora excluída. Fone: (11)4199-3100 [email protected]

P016: AGENTES MECÂNICOS E A ERGONOMIA IDEALIZADA NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA Garbin AJI, Garbin CAS, Ferreira NF Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP - Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social.

A ergonomia lida com vários fatores, que incluem a postura e movimentos corporais (sentar, ficar de pé, empurrar, puxar), fatores ambientais (clima, substância químicas, ruído, vibrações), informação, administração, etc. A ergonomia ou engenharia humana é definida, como sendo o estudo científico das relações entre o homem, e o seu ambiente de trabalho. A preocupação com o bem estar do cirurgião dentista durante e após o dia-a-dia clínico, deve ser destacada, bem como o desconforto e a má postura dos profissionais, sendo fatores determinantes para o aparecimento de doenças ocupacionais, incomodando ou impedindo, algumas vezes, o desempenho do profissional. O objetivo do presente estudo é alertar contra as possíveis doenças causadas pelos agentes mecânicos, assim como mostrar a ergonomia idealizada para prevenção, realizado através de revisão de literatura. O principal campo de aplicação da ergonomia é o desenvolvimento do sistema homem-máquina, com o objetivo de produzir máquinas e ambientes de trabalho mais condizentes com a natureza do organismo humano. As queixas de dores na coluna vertebral, especialmente nas regiões cervical, torácica e lombar são muito comuns entre os cirurgiões dentistas, pois passa muito tempo sentado e na maioria das vezes de maneira não ergonômica. Entre os agentes mecânicos de desgaste a saúde do cirurgião dentista, merece destaque a aplicação de conceitos de ergonomia, homologados pela International Standars Organization (ISO) e pela Fédération Dentaire Internacionale (FDI), o qual convencionou um sistema internacional para posicionamento dos equipamentos, a fim de racionalizar o trabalho odontológico com aumento da produtividade e diminuição da fadiga e das possibilidades de surgimento das doenças ocupacionais. No consultório odontológico, portanto, todo cirurgião dentista executa uma série de movimentos que devem ser racionalizados dentro dos princípios básicos de ergonomia para lhe proporcionar maior rendimento e menor estafa. A profissão, pela sua característica de liberalidade, permite o próprio dentista cuide de sua proteção, o que, na realidade não ocorre.

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P017: MODELO SIMPLIFICADO DE ASSISTÊNCIA CURATIVA ESPECIALIZADA EM ODONTOPEDIATRIA PARA CRIANÇAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA NO MUNICÍPIO DE BARUERI-SP. Sant’Anna GR, Mathias MF Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri - SP

A realização de um projeto de Saúde Bucal exige uma avaliação direcionada às necessidades básicas de tratamento odontológico, a fim de se estabelecer as prioridades e condutas a serem seguidas. A partir da constatação da queda nos níveis de cárie dentária no Brasil, com a conseqüente polarização da doença em determinados grupos populacionais, muito tem se discutido quanto as estratégias de controle da doença nos referidos grupos severamente atingidos. Frente a elevada incidência e prevalência da cárie dentária em crianças de 0-5 anos do Município de Barueri, com tendência de aumento da doença com o evoluir da idade (ceo médio: aos 1-2 anos 4,63; aos 2-3 anos 4,55; aos 3-4 anos 6,14 e 4-5 anos 7,75) estabeleceu-se um modelo simplificado de controle da doença nas idades mais precoces. O objetivo deste trabalho é o de apresentar este modelo simplificado de atendimento curativo. Realizado por equipe especializada em Odontopediatria (2 CDs e 1ACD) desde 2001, a assistência curativa diante da alta demanda pauta-se no controle inicial da doença, FASE I DO TRATAMENTO, com o uso de agentes químicos de controle microbiano, tratamento restaurador atraumático e adequação do meio com remoção de focos, vislumbrando o atendimento de grande percentual dos indivíduos acometidos pela doença o mais precocemente possível. Fone: (11)4199-31000

e-mail: [email protected] P018: RISCO DE CÁRIE E SUA RELAÇÃO COM DEFEITOS DE ESMALTE NA REGIÃO DE CAMPINAS Hoffmann RHS, Sousa MLR, Cypriano S, Gomes VE, Silva DD, Rihs LB, Gushi LL, Wada RS Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP)-UNICAMP Os defeitos de esmalte têm sido relacionados com uma maior ocorrência de lesões de cáries. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a prevalência destes defeitos na região de Campinas bem como associar sua presença com o risco de cárie. A amostra foi de 1091 escolares de 12 anos de idade, provenientes de 106 espaços escolares, de 14 municípios da região de Campinas, examinados durante o período de 2000/2001. Considerou-se

como prevalência de defeitos em esmalte (DE) quando o adolescente apresentava opacidades demarcadas (OD) e/ou hipoplasia (HIP) em 1 ou mais dentes e a presença de fluorose quando a criança apresentava opacidades difusas (FLU). Considerou-se risco de cárie quando o adolescente apresentou o índice CPO>0. Na análise estatística utilizou-se o teste do qui-quadrado e odds-ratio, com nível de significância de 5%. A prevalência do DE foi de 12,0%, sendo 9,0% de OD e 3,0% de HIP. A FLU foi de 6,2%. O DE se relacionou com o risco de cárie (p=0,0066), com 1,85 vezes mais chance do adolescente ter cáries (1,16<OR<2,98), a OD não se relacionou com o risco de cárie (p=0,0851), entretanto a HIP se relacionou (p=0,0225), com 3,20 vezes mais chance do adolescente ter cárie (1,06<OR<10,81). A presença de FLU não apresentou relação estatisticamente significativa com o risco de cárie (p=0,0568), sendo o intervalo de risco de 0,43<OR<1,04. Os dados apontam para a importância em discriminar os tipos de defeitos salientando que a presença de hipoplasia indicou um maior risco do adolescente vir a ter cáries. Fone: (19) 3534-5464 e-mail: [email protected] P019: RESGATANDO SORRISOS Butarelo IAM PSF Flórida Paulista SP Prefeitura Municipal de Flórida Paulista - SP Diante de um quadro tão desalentador, pude refletir e acabei encontrando forças para viver esse desafio, juntar as carências e tentar melhorar a vida das pessoas. São muitos os desdentados: idosos, adultos e jovens. Homens e mulheres. Arcadas repletas de falhas e elementos totalmente perdidos. Bocas, escondendo próteses quebradas, sem sorriso. o presente trabalho tem como objetivo oferecer condições à população atendida afim de que ela tome consciência da importância da saúde e higiene bucal, juntamente com seu bem estar procurando apoio e sensibilização das autoridades públicas sobre a necessidade da população. Foram selecionadas as maiores necessidades, e também pelas queixas, a participação da campanha de CÂNCER BUCAL, a própria demanda e o interesse pessoal paciente. Entrar num projeto como esse é, muitas vezes, entrar na boca de famílias inteiras, famílias que ganharam um direito quase impossível para o pobre, o direito de poder conversar, rir de coisas pequenas e ate gargalhar quanto de grande situações. Além dessas possibilidades ganharam o direito de caminhar pelas ruas, de conversar com velhos amigos, de renovar amizades, de não ficar envergonhado fora da caverna. Muitos estão livres de apelidos jocosos,

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conseguiram reencontrar a alegria, são autênticos, ganharam o direito de falar, apesar de algumas miseráveis condições de vida, estão livre da vergonha e emocionados com o novo viver; não acreditavam na possibilidade de uma transformação na sua realidade. A população, ao perceber o envolvimento total do profissional, teve um comportamento extraordinário; assumindo todos os compromissos e acima de tudo confiando no trabalho do profissional. A grande dificuldade nasceu da existência do próprio projeto. E a demanda foi muito grande juntamente com a necessidade e ansiedade da população. Hoje, depois de dois anos na unidade, vejo o quanto fui e sou importante na equipe do PSF, recomendo aos meus colegas que busquem o que a população realmente necessita, o que eles esperam de nós e o que podemos oferecer à eles. Fone: (18) 3581-1908 e-mail: [email protected] P020: CENTRO DO SORRISO - AVALIAÇÃO E RESULTADOS DOS PROCEDIMENTOS DAS ESPECIALIDADES. Máximo RM, Equipe do Centro do Sorriso. Prefeitura Municipal de Jacareí A finalidade do presente trabalho é apresentar a Unidade de Especialidades Odontológicas “Centro do Sorriso” do município de Jacareí, SP cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida dos nossos munícipes, com menos perdas dentárias, diagnóstico precoce do câncer Bucal e melhor condição de mastigação, estética e oclusão. A apresentação será feita através de gráficos com os procedimentos realizados, origem dos encaminhamentos, n° de pacientes atendidos. A avaliação do projeto será mais completa a partir de agora, já que neste primeiro ano pudemos observar as falhas e as possíveis melhoras. Para este primeiro ano, conseguimos atender satisfatoriamente grande parte dos encaminhamentos vindos das UBS e escolas da cidade de Jacareí, inclusive alguns encaminhamentos de municípios vizinhos. Um Centro onde há uma equipe multiprofissional, apresenta um melhor resultado no atendimento. Fone: (12)3961-1693 e-mail: [email protected]

P021: ESTUDO COMPARATIVO DA SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS DE IDADE PRÉ-ESCOLAR QUE FREQÜENTAM CRECHES PÚBLICAS EM PERÍODO INTEGRAL E CRIANÇA QUE NUNCA FREQÜENTARAM ESSE TIPO DE INSTITUIÇÃO. Pereira GR, Lombardi CMA, Duarte MCL, Trefíglio MR, Fabretti SMB, Kleindienst MCM Prefeitura Municipal de S. J. do Rio Preto – Secretaria Municipal de Saúde e Higiene As doenças bucais mais comuns se estabelecem na infância, particularmente devido ao ambiente doméstico, os hábitos famíliares e também devido o nível sócio econônico e cultural da família. Hábitos alimentares e de higiene bucal inadequados em bebês e pré escolares propiciam o aparecimento precoce da doença, pois sabe-se que o período de maior suscetibilidade à infecção pelas bactérias bucais , denominado “ janela de infectividade” ocorre entre o 19º e o 31º mês de vida, portanto estudando as condições gerais em que esta criança esta submetida nesta idade pressupõe-se que podemos ter um regulador da experiência cárie. O presente estudo tem como objetivo avaliar a importância das rotinas diárias de alimentação e higiene instituídas nas creches do município de S. J. do Rio Preto, na melhoria da saúde bucal das crianças de 4 anos. Foram escolhidas por meio de sorteio 9 creches e 9 pré escolas públicas de S. J. do Rio Preto, considerando sua proximidade geográfica e o nível socio econômico cultural. Nas creches foram examinadas crianças de 4 anos que frequentam a entidade em período integral desde o 1º ano de vida e nas pré escolas crianças de 4 anos que nunca frequentaram entidades. Os exames foram realizados por odontopediatras calibrados ,onde se identificou : nº de cáries agudas ,nº de cáries crônicas, nº de manchas brancas ativas e inativas e nº de restaurações. A partir das fichas de coleta de dados, estes foram tabulados para avaliação dos resultados. O exame bucal das crianças envolvidas nessa pesquisa evidenciou que 74% dos dentes com cáries agudas se encontram nas EMEIs, enquanto que 26% nas creches; quanto as cáries paralizadas, 45% se encontram nas EMEIs e 55% nas creches. Na avaliação das manchas brancas ativas 74% se encontram nas EMEIs e 25% nas creches, enquanto que, as manhas brancas inativas, 45% estão na EMEIs e 54% nas creches. A porcentagen de dentes restaurados nas EMEIs se mostra em torno de 53% ,enquanto que nas creches esse valor não ultrapassa 46%. As crianças matriculadas em creches desde o berçário com rotinas de alimentação especificadas por nutricionistas ,em horário fixo ,assim como a higiene bucal diária realizada por monitoras ,apresentaram melhores condições de saúde bucal

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aos 4 anos que as crianças da mesma idade que estão ingressando nas pré escolas vindas do ambiente familiar com todos os seus diferentes hábitos alimentares e de higiene. Fone: (17) 233-1858 e-mail: [email protected] P022: CONDUTA DE CIRURGIÕES DENTISTAS DA CIDADE DE UBERLÂNDIA EM RELAÇÃO AOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Loureiro RMT, Arcieri RM Universidade Federal de Uberlândia/MG, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP/SP A classe odontológica pode estar momentâneamente exposta a altos níveis de mercúrio durante a manipulação e remoção das restaurações do amálgama, se medidas de proteção adequadas não forem utilizadas. Com o objetivo de estudar o assunto, foi realizada uma pesquisa de natureza quantitativa com a utilização de questionário. Foram entrevistados 33 profissionais sendo 23 em consultórios odontológicos privados e10 nas Unidades de Atendimento Integrado nos cinco Distritos Sanitários da cidade de Uberlândia/MG.A análise dos dados foi feita através da distribuição de frequência, sendo utilizado o software Epi Info 2002. Dos cirurgiões-dentistas entrevistados, 33,3% realizam mais de 76 restaurações de amálgama semanalmente, demonstrando intenso contacto com o mercúrio, necessitando, portanto, maiores cuidados com sua manipulação e destino. Pouco cuidado é tomado em relação ao destino final dos resíduos gerados nos consultórios. Mesmo sendo colocados em recipientes próprios, não existe identificação do risco biológico. Grande parte dos cirurgiões-dentistas (45,4%) ainda o descartam através de sacos de lixo comum, sendo desprezados no aterro sanitário do lixo doméstico. Verificou-se que apesar dos avanços em relação à biossegurança, novos esclarecimentos se fazem necessários, sendo oportuno a conscientização do cirurgião-dentista e sua equipe em relação aos perigos do mesmo no ambiente de trabalho. Fone: (21) 3224-6526 e-mail: [email protected]

P023: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE BUCAL NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL ( E.M.E.I.s ) DO MUNICÍPIO DE BAURU-“SORRIA BAURU Figliolia JMC, Valle AAL, Pontes ER, Marafiotti GAPP, Passanezi SC, Yanase S, Lugo VHT Prefeitura Municipal de Bauru / Secretaria Municipal de Saúde A cárie dental e a doença periodontal, consideradas

um problema de saúde pública e causa comum de morbidade, tem afetado a humanidade desde a sua pré-história. Existem métodos eficazes de prevenção/controle, e no entanto não têm sido utilizados de modo adequado pela comunidade. A Secretaria Municipal de Saúde ( S.M.S.) através do setor odontológico, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação ( S.M.E. ) e Faculdades de Odontologia de Bauru ( USP / USC / UNIP ), desenvolve um programa de educação e prevenção em saúde bucal à crianças de 3 a 6 anos, em 35 E.M.E.I.s , que não contam com assistência odontológica, abrangendo 10 000 crianças. O objetivo do trabalho é promover educação em saúde bucal, diminuindo o índice de cárie/doença periodontal, buscando o preconizado pela O.M.S. para 2010, com 90% das crianças menores de 5 anos, livres de cárie. Dividido em 3 fases de implantação, a 1ª teve início em agosto/1999 com 9 escolas (2.050 crianças), a 2ª em março/2000 com 22 escolas (6.000 crianças), e a 3ª em agosto/00 totalizando 35 escolas (10.000 crianças). As ações preventivas consistem em escovação dental diária, supervisionada pelas professoras e escovação/bochechos fluorados/semanais (crianças com 5/6 anos), aplicados por universitários e profissionais da S.M.S.,e as ações educativas em palestras às crianças, seus responsáveis e funcionários das escolas. Em 2001 passamos a desenvolver um trabalho conjunto com as diretoras, coordenadoras pedagógicas e promotoras de saúde da S.M.E., com intuito de criar e inserir material didático e pedagógico, contendo informações e ilustrações odontológicas, a serem trabalhadas pelas professoras em sala de aula. Apontam para a mudança e/ou formação de hábitos nas crianças/pais/professores que passaram a preocupar-se com saúde bucal. Nota-se que houve grande interesse tanto da equipe de profissionais, quanto das crianças e seus familiares, alunos universitários e universidades, envolvidos no programa “Sorria Bauru”. Todos os participantes do programa foram beneficiados, os universitários tiveram oportunidade de por em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, tomando conhecimento da realidade social dessas comunidades e dos serviços oferecidos através da S.M.S. e

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S.M.E.,beneficiando e melhorando a qualidade de vida das crianças e seus familiares.

Fax: 14) 32351481 e-mail: [email protected] P024: PROPOSTA DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS EXPOSTAS AO HIV E DAS CRIANÇAS HIV POSITIVO (CONFIRMADAS LABORATORIALMENTE) Pin MLG, Zanela NLM, Valle AAL, Yanase S, Zanata RL, Baro NPL, Figliolia JM, Monteiro ERC. Prefeitura Municipal de Bauru / Secretaria Municipal de Saúde

A cárie dentária é uma doença infecciosa, multifatorial e transmissível, que pode afetar crianças desde a idade mais precoce. Estudos revelam uma alta prevalência desta doença em crianças HIV positvo quando comparada com crianças saudáveis, sendo que as que se apresentavam imunologicamente mais afetadas foram mais acometidas pelas lesões da cárie. Estes registros podem ser provocados na maioria das vezes por negligência na higiene bucal, elevado teor de sacarose de vários medicamentos pediátricos, pela persistência do uso da mamadeira para ajudar na reposição calórica, assim como pela oferta de alimentos adocicados para facilitar a aceitação da medicação antiretroviral.Baseando-se nestes fatos, a Prefeitura Municipal de Bauru, através da Secretaria de Saúde, instituiu uma proposta de atenção à saúde bucal das crianças expostas ao HIV e das crianças HIV positivo (confirmadas laboratorialmente), enfocando aspectos educativos, preventivos e curativos. Este trabalho está sendo desenvolvido noSetor de Moléstias Infectocontagiosas (SMI), atendendo crianças de zero a 15 anos. Dentro da abordagem educativa-preventiva, realiza-se a informação, instrução e motivação das crianças e/ou responsáveis a respeito da doença cárie, da higiene bucal e da importância da manutenção da saúde bucal e suas implicações na saúde geral. Durante a primeira consulta faz-se o exame clínico com o intuito de avaliar a necessidade individual da criança e orienta-se os responsáveis. O tratamento curativo é executado por meio do tratamento restaurador atraumático (ART) realizado com cimento de ionômero de vidro (CIV) e do tratamento convencional (restaurações de resina composta, amálgama, selamento com CIV de vidro e exodontias). De setembro de 2000 até março de 2004, foram atendidos 56 pacientes, realizadas 129 consultas educativas e preventivas, 61 selantes, 60 restaurações com CIV, 61 restaurações com resina composta, 5 restaurações com amálgama e 40

exodontias. Estes dados demonstram que o tratamento odontológico é uma necessidade real para a população em questão e que a abordagem educativa/preventiva é de fundamental importância para a manutenção da saúde bucal destes pacientes. Além disso ,observou-se uma melhora nas condições de higiene bucal das crianças e uma maior conscientização de outros profissionais do setor, no sentido de reforçarem a importância da atenção odontológica. Fax: (14) 3235-1481 e-mail: [email protected] P025: A UTILIZAÇÃO DA CHUPETA COM CRIANÇAS SÍNDROME DE DOWN: ASPECTOS FONOAUDIOLÓGICOS E ODONTOLÓGICOS Santili CMB, Sasasaki PN, Pinto SPS Apae e Secretaria Municipald de Higiene e Saúde de Marília A criança com Síndrome de Down apresenta hipotonia muscular generalizada, gerando uma dificuldade de movimentação dos orgãos fonoarticulatórios, podendo ter como conseqüência alterações das funções de sucção, deglutição, respiração, mastigação e fala. Conforme Brasil (1997), essas alterações funcionais podem ocasionar ou agravar as alterações morfológicas das arcadas dentárias. No crescimento da face, além dos estímulos genotípicos, são necessários estímulos externos para promover o crescimento harmônico. A equipe de saúde da APAE de Marília, preocupada com os efeitos negativos das alterações miofuncionais nos indivíduos com Síndrome de Down, estabeleceu a utilização de chupeta ortodôntica em crianças na faixa etária de 3 a 4 meses até a média de 2 anos e meio, aplicando de forma racional e respeitando a adesão das mães ao tratamento, visando exercitar a motricidade oral e futuramente evitar maiores danos no sistema estomatognático. Foi possível observar melhora na tonicidade e mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios, diminuindo a protusão de língua, possibilitando vedamento labial e movimentos satisfatórios nas funções orais, além de evitar maloclusões como mordida aberta anterior, mordida cruzada e oclusão tipo classe III de Angle. Existem várias opiniões sobre a utilização da chupeta. Procuramos neste trabalho evidenciar o reforço positivo que a utilização de chupeta ortodôntica proporciona em crianças com Síndrome de Down, promovendo o fortalecimento muscular, como um estímulo ao desenvolvimento do padrão motor oral. Fone: (14) 423-2722 e-mail: [email protected]

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P026: EMPREGO DA TÉCNICA ART EM PROGRAMA DE SAÚDE COLETIVA – RESULTADOS APÓS 3, 6 E 12 MESES Pereira WB, Peres SHCS, Peres AS, Bastos JRM Universidade de São Paulo – Faculdade de Odontologia de Bauru Visando-se o alcance do ideal de saúde, os programas em saúde coletiva devem buscar o restabelecimento do equilíbrio entre aspectos gerais, físicos, sociais, psicológicos e bucais. Dessa forma, este estudo relata um programa educativo/preventivo/curativo desenvolvido na EMEI “Balão Mágico”, de M arília-SP, com crianças de 3 anos (n=29) e 4 anos (n=33) de idade. Fundamentaram o programa medidas: educativas, que enfocavam instruções de higiene oral, do uso/emprego de fluoretos, de controle da dieta e do biofilme, hábitos nocivos, como a chupeta, a onicofagia e, principalmente, a motivação de professores, crianças, familiares e responsáveis, em saúde bucal; preventivas, abrangendo higiene bucal diária, com dentifrício fluoretado, supervisionada por agentes multiplicadores, previamente treinados e curativa, quando necessária, através de restaurações atraumáticas (ART), com ionômero de vidro, Vidrion R. Receberam tratamento, dentro do qual a técnica ART foi utilizada, 41,94% (26) crianças. Foram restaurados 56 dentes, sendo executadas 65 restaurações, 41,54% (27) em dentes anteriores e 58,46% (38) em posteriores. Transcorridos 3, 6 e 12 meses as restaurações ART foram reavaliadas e constatou-se que achavam-se satisfatórias 88,71% (55), 75,81% (47) e 70,97% (44). Considerando-se as realizadas em dentes anteriores 84,00% (21), 64,00% (16) e 56,00% (14) e em dentes posteriores 91,89% (34), 83,78% (31) e 81,08% (30), respectivamente. Concluiu-se que o ART é uma proposta segura, apropriada tanto para uso em programas coletivos, em Saúde Pública, quanto em consultórios particulares, quando bem indicada e acompanhada de criterioso bom senso profissional, especialmente frente à situações de impossibilidade do tratamento convencional. Fone: (014) 433-3372 e-mail: [email protected]

P027: REDUÇÃO DO ÍNDICE CPO-D EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE BURITAMA Antonio MNR Prefeitura Municipal de Buritama A descentralização das ações de serviços de saúde é um grande desafio porque busca uma mudança radical no sistema de saúde. Busca superar suas deficiências, eliminar suas falhas e construir um sistema capaz de responder as necessidades de saúde da população. No setor de saúde gerencia-se recursos escassos para necessidades ilimitadas. Gerenciar esses recursos de forma adequada nos remete à responsabilidade de planejar adequadamente e o conhecimento da situação epidemiológica da população é essencial para esse planejamento e para a execução dessas ações. Há 10 anos, a equipe de saúde bucal e gestores do município de Buritama Sp, devido o alto índice de cárie em escolares do ensino fundamental da rede pública, buscaram atividades de promoção e prevenção, saindo do atendimento estritamente curativo. Foram realizadas, escovações supervisionadas, bochechos com soluções neutras de fluoreto de sódio a 0,2% (uso semanal), aplicação de selantes e ações educativas mensais. O presente trabalho tem o intuito de mostrar a redução nos índice CPOD, em escolares de 7 a 14 anos do ensino fundamental da rede pública do Município de Buritama – SP, onde a água de abastecimento público não é fluoretada. Os dados foram obtidos, através de levantamentos epidemiológicos registrados nas Unidades Básicas de Saúde, nos anos de: 1993, 1995, 1997, 1999, 2001 e 2003. Aos 12 anos, em 1993, o índice CPOD era de 6.4 e em 2003 de 2.07. Conclui-se, portanto, que o uso de produtos fluoretados, como bochechos, escovações supervisionadas com dentifrícios com flúor, aplicação de selantes associados a atividades educativas, foram métodos eficientes na redução da cárie dos escolares da rede pública de ensino do Município. Fone: (18) 3691-1266 e-mail: [email protected]

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P028: TRIAGEM SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE RISCO PARA A CÁRIE DENTÁRIA NOS ALUNOS DA E.M.E.F. PROF. “WALTER CARRER” SÃO MANUEL S/P VISANDO A ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES ODONTOLÓGICAS DE ACORDO COM A REALIDADE INDIVIDUAL ENCONTRADA. Barduco EMCM Prefeitura Municipal de São Manuel S/P. Para a implantação das atividades preventivas e curativas, considerando também o princípio de eqüidade, os alunos de 1ª à 4ª série da E.M.E.F. Prof. “Walter Carrer” são classificados segundo os critérios de risco para a cárie dentária, nas triagens de risco prévia ao tratamento. Com o objetivo de que uma vez triados, a prioridade para o tratamento é dada para os alunos de alto risco, sem deixar de lado os demais, que são incluídos em ações coletivas (educação e prevenção) até receberem o tratamento individual necessário. Os critérios de risco são divididos, classicamente, em três: 1) baixo risco (grupo A), sem sinais de atividade de doença e sem história pregressa de doença; 2) risco moderado (grupo B e C), sem sinais de atividade de doença, mas com história pregressa de doença; 3) alto risco (grupo D, E e F), com presença de atividade de doença, com ou sem história pregressa de doença. Com o auxílio de espátula de madeira, consistindo na inspeção visual dos arcos dentários, sob luz ambiente natural ou artificial, os alunos são classificados individualmente e pela pior condição que apresentam; os dados são registrados em fichas padronizadas. No início de 2003 foram triados todos os alunos do período da manhã e tarde num total de 521 alunos onde, 117 pertenciam ao grupo A; 183 ao grupo B; 104 ao grupo C; 53 ao grupo D; 37 ao grupo E e 27 ao grupo F. O total de necessidades encontrado foi de 477.Conclui-se, portanto, que a divisão dos indivíduos em grupos (A, B, C, D, E e F) facilita a referência dos alunos que necessitam de tratamento odontológico segundo suas necessidades mais imediatas, organizando dessa forma as ações odontológicas, ou seja, as ações preventivas e curativas são planejadas e executadas de acordo com a realidade individual encontrada na triagem de risco. Fone: (14) 3815-8384 e-mail: [email protected]

P029: TRANSPLANTE DE GERME DE TERCEIRO MOLAR COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO NO SERVIÇO EM NÍVEL DE ATENÇÃO SECUNDÁRIO. Goldbaum A, Cuffari L, Suzuki CM Clinica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna. DIR-I – Capital – GTR3. O pioneirismo do transplante dental, embasado em princípios biológicos incipientes, é atribuído a JOHN HUNTER, que descreveu um caso de dente humano transplantado para crista de galo em 1971. Segundo ANDREASEN, 1993, a razão mais comum para transplante de terceiro molar é a substituição de primeiros molares, onde extensas cáries, complicações marginais ou periapicais e fraturas tornam o tratamento convencional impossível. Para que os transplantes possam ser realizados vários fatores clínicos devem ser levados em consideração, como a idade, o grau de motivação do paciente, a presença e estágio de formação do terceiro molar e espaço na arcada suficiente para o dente a ser transplantado. Essa alternativa apresenta como vantagens o baixo custo, simplicidade da técnica e sem necessidade de materiais específicos para o procedimento alem dos existentes na clínica odontológica geral. O objetivo desse trabalho é atualizar e estimular o cirurgião dentista à indicação da técnica de transplante de terceiro molar no caso da perda de primeiro molar em adolescente. Este trabalho esclarece as duvidas para o cirurgião dentista, clínico geral, para que essa alternativa de tratamento possa ser indicada e referenciada para o serviço público de atenção no nível de atendimento secundário. Fone: (11) 9601-1818 e-mail: [email protected] P030: INDICADORES DE SAÚDE BUCAL EM ESCOLARES DE PORTO FELIZ, SÃO PAULO, BRASIL Gushi LL, Rihs LB, Sousa MLR, Wada RS, Meireles MPR, Cypriano S, Gomes VE Faculdade de Odontologia de Piracicaba Os levantamentos epidemiológicos são importantes pois avaliam a distribuição das doenças e alguns índices se propõem a avaliar a saúde bucal. Assim, analisou-se a experiência de cárie, segundo o nível sócio-econômico, em escolares no município de Porto Feliz, São Paulo, Brasil, utilizando-se também índices de saúde bucal. Examinaram-se 544 escolares, de 7 a 12 anos de idade, matriculados em escolas públicas e privadas, selecionados mediante processo amostral aleatório

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sistemático. Os exames foram realizados por cinco dentistas (concordância interexaminador de 98,2 % para a coroa) e os índices utilizados para experiência de cárie foram: ceod, CPOD, segundo os critérios da OMS (1997) e os índices de saúde: Índice de Saúde Dentária (ISD) e o Índice de Cuidados (Care Index). Foi aplicado o teste de Qui-quadrado com significância de 5%. Observou-se que a média do índice ceod foi 1,63 (IC95%: 1,43 - 1,83) para a rede pública e 1,29 (1,12 -1,46) para rede privada (p= 0,169), já o CPOD foi de 1,40 (1,25 - 1,55) e 0,93 (0,80 - 1,06), respectivamente (p= 0,003). Em relação às crianças que possuíam boca hígida (ceod = 0 + CPOD = 0) verificou-se que houve maior percentual dessas crianças na rede privada (p = 0,004). Quanto aos índices de saúde, os valores do ISD foram: 0,73 para pública e 0,77 para privada e Care Index: 48,3% e 69,02%, respectivamente. Portanto, no município de Porto Feliz, o nível sócio-econômico diferenciou os grupos quanto à experiência de cárie e os índices de saúde bucal também apontaram para essa tendência, enfatizando-se a saúde e não apenas a doença. Fone: (14) 3815-4739 e-mail: [email protected] P031: O DESPERTAR PARA UMA NOVA PRÁTICA: O CIRURGIÃO-DENTISTA NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) – RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SOBRAL-CE Vasconcelos EM, Vasconcelos JGB Faculdade de Odontologia da Universidade de são Paulo

Vasco Vivemos momentos extremamente importantes ao participarmos das ações que eram desenvolvidas pelas Equipes de Saúde Bucal (ESB) do Programa Saúde da Família (PSF). Através de ações de educação para a saúde e promoção da saúde e em conjunto com outros profissionais das Unidades de Saúde da Família (USF), facilitamos às comunidades informações direcionadas ao autocuidado em saúde bucal, capazes de interromper a livre progressão das doenças, assistindo também, individualmente, à demanda reprimida e acumulada, formada por adultos e idosos, existente nestas regiões. O objetivo maior era o de ampliar o acesso da população ao trabalho realizado nas USF, possibilitando a prevenção, tratamento e controle das doenças bucais a partir de intervenções efetivas no processo saúde-doença. Ao iniciarmos nosso trabalho, notamos uma imensa dívida assistencial odontológica presente nas comunidades locais, associada ao pouco conhecimento relacionado aos cuidados com a saúde bucal e a sua importância para a saúde geral. Estávamos diante de uma comunidade que sempre

foi fruto de atuação “curativa, pontual e voltada para a resolução dos problemas”. Buscamos organizar o atendimento a fim de viabilizar um trabalho de qualidade e obter credibilidade da comunidade adscrita. Ao passo em que nos aproximávamos dos seus representantes, transmitindo as informações relacionadas à saúde bucal, invocávamos a participação deles nesse trabalho, disseminando os conhecimentos adquiridos e estabelecendo vínculos de compromisso e co-responsabilidade. Cremos que a inserção do Cirurgião-Dentista nesse Programa é um desafio, principalmente diante da sensibilização e motivação em saúde bucal que pretendemos trabalhar nas comunidades. Nesse contexto, devemos compartilhar idéias e trocar experiências, a fim de consolidar nossa atuação nessa perspectiva e para que possamos aprender e crescer juntos em busca de um referencial maior, a saúde bucal das pessoas que cuidamos.

Fone: (11) 9981 07 e-mail: [email protected] P032: MODELO ASSISTENCIAL DE SAÚDE E CÁRIE DENTÁRIA NO MUNICÍPIO DE BILAC-SP

Martins RJ, Moimaz SAS, Garbin CAS, Saliba NA Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP- Departamento de Odontologia Infantil e Social O conhecimento da situação epidemiológica da população é essencial para o planejamento e a execução de ações em saúde bucal, visando superar o problema da livre demanda. Objetivou-se neste trabalho analisar os principais indicadores sócio-econômicos e características do sistema de saúde do município, particularmente da saúde bucal das crianças. Coletou-se os dados junto a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, DATASUS, IBGE, PNUD e através da consulta ao relatório do “Levantamento das Condições de Saúde Bucal da População do Estado de São Paulo” - 1998 e do Levantamento de cárie dentária em crianças do município de Bilac- 2000. Verificou-se a inexistência de articulação da odontologia com outras áreas da saúde e com a educação e dificuldade de estabelecimento do sistema de referência e contra-referência em saúde bucal. Apesar disso, houve melhoria nos indicadores sócio-econômicos do município, além da diminuição do índice CPO-D aos 12 anos e aumento da porcentagem de crianças livres de cárie aos 5 anos. Fone: (18) 3624 9069 e-mail: [email protected]

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P033: ANÁLISE COMPARATIVA DA PREVALÊNCIA DA CÁRIE DENTÁRIA EM ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE MARIÁPOLIS/SP, NOS ANOS DE 1998 E 2002. Marconato RRF, Longhi SM Direção Regional de Saúde de Marília – DIR – XIV – Secretaria de Estado da Saúde O município de Mariápolis, localizado na região Centro Oeste do Estado de São Paulo, possui uma população de 3651 habitantes segundo estimativa IBGE/2003. O sistema público de abastecimento de água é operado pela Sabesp, com fluoretação desde 1980, com índice de 0.6 a 0,7 ppm de Flúor. O município conta com atendimento odontológico no Centro de Saúde e na Escola de Ensino Fundamental, desenvolvendo atividades educativas e preventivas e tratamento restaurador. Este estudo possibilitou o planejamento de ações em saúde bucal. O trabalho tem o objetivo de analisar se as ações realizadas na atenção à saúde bucal, durante o período de 1998 a 2002, influenciaram na prevalência da cárie dentária, na faixa etária de 12 anos. O município participou do Levantamento Epidemiológico do Estado de São Paulo/ 1998 e da Ampliação da Amostra SB 2000 do Ministério da Saúde, em 2002, possibilitando o acompanhamento da evolução da cárie dentária neste período. A idade selecionada para este estudo foi de 12 anos. O índice CPOD encontrado nesta faixa etária (n=60), em 1998, foi 6,17, com os componentes: cariados: 2,92, perdidos: 0,20 e obturados: 3,05. Em 2002 (n=55), foi 5,22, sendo cariados: 0,82, perdidos: 0,00 e obturados: 4,40. Houve um declínio da cárie dentária na idade de 12 anos, entre os anos de 1998 e 2002, passando de 6,17 para 5,22. Portanto, com uma diminuição de 15,39% na prevalência de cárie, nesta faixa etária. Observa-se que, embora a maior alteração tenha sido no componente cariados, o que se atribui às ações preventivas que vêm sendo desenvolvidas no município, também deve ser ressaltado o aumento no componente obturados, em decorrência da melhoria no acesso ao tratamento odontológico. Apesar da redução encontrada neste período, concluí-se que o município deve implementar as ações preventivas, com monitoramento dessas crianças, além de implantar efetivamente o heterocontrole do Flúor. Fone: (14) 3402 8803 e-mail: [email protected]

P034: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM SAÚDE BUCAL NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA – ANO 2003

Costa L Secretaria Municipal de Higiene e Saúde – SMHS A realização de levantamentos epidemiológicos odontológicos são recomendados pela OMS para fornecimento de dados das condições de saúde bucal de uma população que aliado ao conhecimento da atividade da doença, propõe medidas específicas de avaliação e controle. Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto das medidas adotas pela SMHS que contribuísse de forma efetiva para a qualidade de vida da população, gerando o acompanhamento do referencial de 1998. A definição do tamanho da amostra adequada para representar a população de referência foi considerado em cada idade/grupo etário, o ataque da cárie dentária medido pelo índice CPOD e seu desvio padrão, levantados no município no ano de 1998. Foram examinados 1258 indivíduos sendo 51,67% do sexo feminino e 48,33% do sexo masculino. Nos espaços escolares foram examinados 574 indivíduos de 5 anos e 335 de 12 anos. Nos domicílios os grupos etários, 18 a 36 meses, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos num total de 149 indivíduos. O grupo de 18 a 36 meses apresentou 69% de crianças livres de cárie e sendo que aos 5 anos de idade o percentual foi de 45,74%, de crianças livres de cárie e um ceo-d igual a 2,33, apresentando uma redução de 27,18% em relação ao encontrado em 1998. Aos 12 anos, de um CPO-D de 3,39 passou para 2,17 com percentual cariado de 27,40 para 28,60. Nos 15 a 19 anos o CPOD foi de 6,82 com um percentual cariado de 17,81.Em 1998 as crianças de 7 anos apresentaram um ceo de 3,38 com um percentual de dentes cariados de 46,57% constituindo-se crianças de alto risco para a dentição permanente, considerando que o desenvolvimento das lesões cariosas está intimamente relacionado com a cronologia da erupção dentária, e ao tempo em que estão expostas aos fatores de risco presentes no meio bucal. (BONECKER et al.; 1997). As medidas adotadas pela SMHS, ao longo do tempo provocarão uma redução maior da cárie dentária, entretanto a atenção à gestante, ao bebê e ao sistema de prevenção ao pré- escolar deve ser mais monitorado e intensificada a articulação com os outros profissionais da rede.

Fone (14) 424-3706 e-mail: lucos@ terra.com.br

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P035: INDICADORES DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS DE 7 A 12 ANOS RESIDENTES EM ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE ARAÇATUBA-SP. Rodrigues RPCB, Fernandes ABSP, Casotti CA, Saliba NA, Moimaz SAS, Garbin CAS Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social – NEPESCO – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva - Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP As condições de saúde bucal da população rural brasileira têm sido pouco estudadas, o que pode ser constatado pela escassez de dados epidemiológicos a esse respeito. O objetivo deste estudo transversal foi, por meio de um levantamento epidemiológico com base nos critérios e índices preconizados pela OMS, conhecer as condições de saúde bucal de todas as crianças de 7 a 12 anos moradoras do bairro rural Água Limpa do município de Araçatuba-SP. Seis cirurgiões-dentistas alunos do programa de pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social da FOA-UNESP previamente calibrados para a concordância entre-examinadores (Kappa=0,80) realizaram visitas domiciliares e examinaram 318 pessoas, sendo que 41 pertenciam à faixa etária proposta pelo estudo, sendo 51,22% do sexo feminino. Os dados coletados foram digitados e analisados por meio do programa LCSB (Epi Info versão 6.04). Devido ao número reduzido de crianças em cada uma das idades, optou-se por apresentar os resultados em dois grupos: 7 a 9 anos (n=23) e 10 a 12 anos (n=18). Na faixa etária de 7 a 9 anos, observou-se que 13,04% das crianças estavam livres de cárie. O índice ceo médio foi 2,87 (n=66 dentes) sendo 75,76% cariados e 24,24% obturados e o CPO-D médio foi 0,48 (n= 11 dentes) sendo 72,73% cariados e 27,27% obturados. A fluorose dentária foi encontrada em 4,50% e a má-oclusão em 53,85% das crianças deste grupo. Em se tratando do grupo de crianças de 10 a 12 anos, constatou-se que 33,33% estavam livres de cárie. O índice ceo médio foi 0,61 (n=11 dentes) sendo 45,45% cariados e 54,55% obturados e o CPO-D médio foi 1,06 (n=11 dentes) sendo 26,32% dentes cariados e 73,68% obturados. A fluorose dentária foi encontrada em 22,20% e a má-oclusão em 22,22% das crianças deste grupo. Com relação à necessidade de tratamento, a indicação de tratamento restaurador correspondeu a 63,23% na faixa etária de 7 a 9 anos e de 76,92% para a de 10 a 12 anos. Após análise das condições de saúde bucal da população estudada, pode-se constatar que a maioria tem ou teve experiência da doença cárie. Por se tratar de uma população rural, a melhora das condições de saúde bucal de crianças destas faixas etárias pode ser atingida por meio da implementação de um

programa de saúde bucal cujo foco de atenção seja a familia. Fone: (18) 3636-3250 e-mail: [email protected] P036: SAÚDE BUCAL DO IDOSO: UMA SITUAÇÃO ALÉM DOS LIMITES URBANOS Pacheco Filho AC, Pagliari AV, Casotti CA, Saliba NA, Moimaz SAS, Garbin CAS Programa de Pós Graduação em Odontologia Social – NEPESCO – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva. Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp A pirâmide etária brasileira vem sofrendo alterações em função de alguns fatores, como por exemplo o aumento da expectativa de vida decorrente dos melhores indicadores sociais e de saúde e da melhoria da qualidade de vida. Atualmente, os idosos representam uma grande parcela na população e isso faz com que seja necessária a proposição de atitudes, programas e projetos para a melhoria de vida desse segmento populacional. O propósito desse estudo é descrever as condições e necessidades da população na faixa etária maior de 60 anos residentes num bairro rural do município de Araçatuba Descrevem-se, por meio de índices e indicadores preconizados pela OMS, a situação da saúde bucal, uso e necessidade de próteses, lesões de tecidos dentre outros aspectos desse grupo populacional. Seis cirurgiões dentistas, pós-graduandos em Odontologia Preventiva e Social pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP, previamente calibrados com concordância entre-examinadores (KAPPA= 0,80), examinaram 318 residentes do bairro sendo 54 indivíduos com mais de 60 anos de idade. Os dados coletados foram digitados e analisados no programa LCSB (Epi Info 6.04). Observou-se uma distribuição equânime entre os sexos, sendo 50% homens e 50 % mulheres. A diferença étnica nota-se pela disposição de 81,4% brancos, 13% amarelos e 5,6% negros. O índice CPOD observado foi de 29,54, revelando um alto índice de desdentados. Quanto à necessidade de tratamento, 80,5% dos idosos dentados precisam de restaurações enquanto 19,5 % necessitam de extrações. A necessidade de prótese total superior foi observada em 33,3% da população idosa, e inferior em 35,2%. A prótese total superior é utilizada por 79,6% dos examinados, enquanto 55,5% usam inferior, destacando, talvez, a importância estética das superiores e a falta de adaptação, quando comparado a superior, da prótese inferior. Nenhuma alteração de tecido foi evidenciada em 52% da população, enquanto que 48% apresentaram alterações. Convém destacar que

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as necessidades são sentidas pelos profissionais e que o uso de uma prótese, de duas ou de nenhuma não pode ser fator significativo de má-qualidade de vida ou de infelicidade. A real necessidade de prótese corrobora a implantação de serviços de reabilitação por meio de atendimentos em unidades básicas pelo Sistema Único de Saúde. Fone: (18) 3636-3249 e-mail: [email protected] P037: CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE ADOLESCENTES RESIDENTES EM UM BAIRRO RURAL DE ARAÇATUBA SP Pagliari AV, Casotti CA, Moimaz SAS, Saliba NA, Garbin CAS, Rodrigues RPCB Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social. Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva (NEPESCO). Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

Os levantamentos epidemiológicos em odontologia são realizados para coletar informações das condições de saúde bucal e necessidades de tratamento de uma população, planejar a implementação de serviços ou avaliar a sua eficácia. A escassez de dados referentes à população residente em zonas rurais, motivou a realização de um levantamento censitário no bairro rural de Água Limpa, situado a 20 km da sede do município de Araçatuba – SP. Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados relativos à condição de saúde bucal dos moradores deste bairro com idade entre 13 e 20 anos. Empregou-se no estudo a metodologia proposta pela Organização Mundial de Saúde (1994), sendo que, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da FOA-UNESP, os moradores que aceitaram participar do estudo, foram examinados em seus domicílios. As variáveis estudadas foram condição e necessidade de tratamento da coroa dentária, fluorose, uso e necessidade de prótese, condição periodontal e alterações em tecido mole. Os resultados foram analisados com auxílio do Programa LCSB no Epi-info 6.04. Dos 34 adolescentes examinados, 52.9% eram do sexo feminino; 64.7% pertenciam ao grupo étnico branco, 26.5% pardo e 8.8% amarelo. A prevalência da doença cárie foi de 94.1%. Apenas 5.9% dos indivíduos apresentaram CPO-D igual a 0 (zero). Entre os 806 dentes examinados, 77% estavam hígidos, 2.6% cariados e 20.4% restaurados. O índice CPO-D médio observado foi 5.47, sendo que 88.1% deste índice era composto por dentes restaurados, 10.8% por dentes cariados e 1.1% por dentes perdidos. Observou-se necessidade de tratamento em 34 dentes, sendo 47% restauração em uma superfície, 20.6% em duas ou mais superfícies e

em 32.4% o selamento de fóssulas e fissuras. Quanto à fluorose, 26 dos adolescentes apresentaram grau 0; 5 apresentavam grau 1; 1 o grau 2; 1 o grau 3 e 1 apresentou grau 4. Apenas um dos adolescentes tinha necessidade de prótese de um elemento e nenhum apresentou alteração em tecido mole. Em 53% dos examinados o periodonto estava hígido. Os resultados revelaram que a grande maioria destes adolescentes é afetada pela doença cárie, e se tratando de um grupo pouco assistido por programas de promoção de saúde bucal, justifica-se a implementação de medidas preventivas e educativas, bem como a facilitação do acesso com o objetivo de conter esta doença. Fone (18) 3636-3250 e-mail: [email protected] P038: ANÁLISE DAS DIFICULDADES OBSERVADAS EM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOMICILIAR DE UMA POPULAÇÃO RURAL.

Casotti CA, Saliba NA, Moimaz SAS, Garbin CAS, Presta AA Programa de Pós-Graduação em Odontologia preventiva e Social – NEPESCO – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP Os estudos epidemiológicos em Odontologia são realizados para averiguar a prevalência e severidade de doenças e servem como subsídios para planejar e avaliar ações de saúde. Existem estudos das condições de saúde bucal de populações residentes em municípios de grande e médio porte, sendo escassos em pequenos municípios e comunidades rurais. Foi objetivo deste trabalho, relatar as dificuldades encontradas durante a realização de um levantamento epidemiológico das condições de saúde bucal, de toda a população residente no bairro Água Limpa, zona rural de Araçatuba – SP, no ano de 2003, sendo esta formada por pequenos sitiantes e trabalhadores diaristas de usinas de álcool. Participaram deste estudo seis equipes, formadas por alunos do programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social e da graduação, devidamente treinados para realizarem visitas domiciliares e calibrados, de acordo com a metodologia proposta pela OMS, para a execução de levantamentos epidemiológicos das doenças cárie, periodontal, ma oclusão e fluorose dental. Todas as residências desta localidade foram visitadas. As dificuldades surgiram já na fase de planejamento do levantamento, uma vez que a Prefeitura e o IBGE não possuíam dados referentes a delimitação da área, número de habitantes e localização das residências. Além disso, houve dificuldades com relação: ao acesso ao local das moradias; a baixa densidade

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populacional na zona rural que resulta em grandes distâncias entre as residências; a encontrar todos os moradores em suas residências em um único horário; a necessidade de improvisação dos locais dos exames; a manutenção da esterilização dos instrumentais para exame; o controle do material contaminado de forma a não colocar em risco a saúde da população e o estabelecimento de transporte e alimentação para toda a equipe. As dificuldades ocorridas durante este levantamento foram superadas, tendo sido o estudo realizado com êxito. Por se tratar de um censo, foi possível identificar as reais condições de saúde bucal de toda a população residente neste bairro, possibilitando o mapeamento das famílias desta comunidade. Concluímos que a divulgação de experiências como esta pode vir a contribuir com a realização de estudos futuros, dada a importância dos mesmos para o planejamento de ações e serviços de saúde bucal que estejam de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde. P039: A IMPORTÂNCIA DO CORRETO DIAGNÓSTICO DE CÁRIE OCLUSAL EM SAÚDE PÚBLICA Santos NB, Forte FDS, Moimaz SAS, Saliba NA Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social – NEPESCO – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP

Em virtude do atual declínio da prevalência de cárie dentária, tanto em superfícies lisas quanto em oclusais, decorrente da veiculação de fluoretos na água de abastecimento público e dentifrícios, tem surgido um novo padrão de lesões com cavitações menos aparentes e de progressão lenta, assim como o aparecimento de lesões de cárie ocultas e incipientes. Tais situações têm dificultado o correto diagnóstico de cárie, principalmente em regiões de cicatrículas e fissuras. O presente trabalho objetiva discutir a importância da correta aplicação dos métodos convencionais de diagnóstico de cárie em saúde pública, como o exame visual com e sem sondagem e o radiográfico; frisar a necessidade da abordagem dos fatores individuais de risco à saúde bucal do paciente durante o exame clínico; mostrar a importância de se considerar a extensão e a atividade do processo de cárie, bem como evitar o sobretratamento e o ciclo repetitivo de restaurações que proporcionaria uma diminuição dos custos para os sistemas públicos de saúde. Fone: (18)3636-3249 e-mail: [email protected]

P040: EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE SAÚDE BUCAL: UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA. Nishiura NE, Rodrigues MMM Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília Este estudo faz parte da investigação científica apresentada à Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília, realizado nas USF(s) Vila Real, Cavallari e Parque das Nações, no período de janeiro a dezembro de 2002, segundo sexo e faixa etária. Tendo por objetivo comparar a efetividade do programa de saúde bucal, com enfoque no tratamento por família nas USF(s) Vila Real e Cavallari e no tratamento individual na USF Parque das Nações, em relação à proporção de tratamentos completados. A hipótese apresentada é que a abordagem familiar no tratamento de saúde bucal é mais efetiva do que a individual em relação à proporção de tratamentos completados. Realizou-se um estudo de coorte não concorrente, considerando como população não exposta as pessoas tratadas nas USF(s) Vila Real e Cavallari com abordagem familiar e como exposta as atendidas pela USF Parque das Nações com abordagem individual, comparando a incidência de cárie no período de um ano. O total de pessoas tratadas no grupo não exposto foi de 92, e o grupo exposto constituído pelo universo de 41 pessoas com tratamento completado inicial no referido período. Na avaliação utilizou-se dados secundários, obtidos nas fichas odontológicas dos prontuários dos pacientes considerando 01 ano de tratamento, após a inclusão no Programa. Critérios de inclusão: ingresso no Programa de Saúde Bucal, possuir dentes, primeira consulta para o tratamento; para exclusão: não ter dentes e não pertencer mais à área de abrangência das Unidades. Os abandonos foram considerados tratamentos não completados. Na análise dos dados utilizou-se a tabela 2X2, considerando a forma de intervenção (individual e familiar) e a incidência de cárie através do tratamento (completado e não completado), dos dois grupos após 12 meses de avaliação, utilizando X2 e intervalo de confiança de 95%. Analisou-se a incidência de cárie e o abandono dos tratamentos odontológicos de manutenção. Das 92 (100%) pessoas tratadas através da abordagem familiar, encontramos 32 (34,8%) com cárie; 52 (56,5%) sem cárie e 8 (8,7%) que abandonaram o tratamento. Na abordagem individual, de 41 (100%) pessoas tratadas encontramos 22 (53,7%) com cárie; 6 (14,6%) sem cárie e 13 (31,7%) que abandonaram o tratamento. Calculados os riscos relativos com os respectivos intervalos de confiança encontrou-se RR = 2,06 (1,48<RR<2,88); p = 0,00047 e X2 corrigido = 12,21. A análise do Risco Relativo mostrou que as pessoas tratadas com abordagem individual têm 2,06

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vezes mais risco de ter cárie em relação àquelas tratadas pela abordagem familiar. Novos estudos transversais são necessários para confirmar as hipóteses levantadas que devem, no seu planejamento, levar em consideração amostras que permitam pareamento segundo idade e sexo de acordo com eventos de interesse para investigação. Fone: (14) 433-9018 e-mail: [email protected] P041: INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NA DOENÇA CARIE DE PRÉ-ESCOLARES Cerveira JA, Santos CB, Dantas RAS Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, USP A saúde pode ser vista como representação subjetiva do estado de bem-estar e não deve ser avaliada tão somente por indicadores somáticos, mas, também, por meio da compreensão de como as pessoas se sentem psicológica e fisicamente, como elas se relacionam e competem com outras no seu dia-a-dia. Na odontologia, muitos estudos buscam mostrar a influência da saúde bucal na qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi verificar a influência da Qualidade de Vida nas condições de saúde bucal de pré-escolares. Trata-se de pesquisa tipo “survey” , não experimental, denominada pesquisa correlacional retrospectiva (ex post facto), cujo propósito básico é determinar relações entre as variáveis envolvidas no estudo. Utilizou-se um instrumento de Qualidade de Vida denominado Autoquestionnaire Enfant Imagé (AUQUEI), que foi aplicado em 309 crianças de uma Escola Municipal de Educação Infantil do município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Essas crianças, também, passaram por avaliação clínica e seus pais ou responsáveis responderam a um inquérito contendo informações sobre variáveis, reconhecidamente de risco, para a saúde bucal, tais como: nível socioeconômico, questões ligadas à gestação, lactação, dieta, nutrição, higiene bucal e uso dos serviços de saúde, aqui chamadas de variáveis secundárias. As respostas obtidas para as variáveis foram dispostas em bancos de dados e comparadas entre o grupo de crianças com cárie e o grupo sem cárie. Testes estatísticos não-paramétricos como Qui-quadrado (χ2), teste Exato de Fisher e Mann-Whitney foram utilizados para detectar possíveis associações entre as respostas e os grupos com cárie e sem cárie com auxílio dos programas estatísticos SPSS-10.0 e Epi Info 2002. Os resultados confirmaram homogeneidade de ambos os grupos, isto é, não houve diferenças estatisticamente significantes no que se refere às variáveis secundárias entre o grupo com cárie e o grupo sem

cárie. Já no que concerne ao bem-estar, houve evidência estatística de que uma boa qualidade de vida associa-se positivamente à ausência da doença cárie. Houve homogeneidade entre a caracterização dos dois grupos de crianças (presença e ausência de cárie dentária) no que se refere aos fatores de risco para a doença (nível socioeconômico e questões ligadas à gestação; lactação, dieta; nutrição; higiene bucal e uso dos serviços de saúde); constatou-se diferença estatisticamente significante na variável Qualidade de Vida entre os mesmos grupos; e a hipótese de estudo (após o controle das variáveis de risco) foi confirmada: a Qualidade de Vida associa-se à Saúde Bucal. Fone: (16) 610-7511 e-mail: [email protected] P042: PREVENÇÃO COMO INSTRUMENTO DE INSERÇÃO DE EXCLUDENTES SOCIAIS: A SAÚDE BUCAL E O PROJETO ALFA Utumi FE, Juliani FAT Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri-SP O Projeto Alfa faz parte das estratégias pedagógicas da Secretaria de Educação de Barueri, onde o foco é voltado à alfabetização de adultos utilizando as Escolas Municipais de Educação Infantil do município durante o período noturno. A Coordenadoria de Programa de Saúde Bucal se faz presente junto a este projeto desde o ano 2000, quando de maneira regular e sistemática uma cirurgiã-dentista realiza ações coletivas e educativas uma vez por semana acompanhando a escala de atividades educacionais. O Projeto Alfa é desenvolvido em sete EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil), contando com adultos de várias faixas etárias. Possibilitando o entendimento de noções de saúde bucal são utilizadas atividades como palestras, filmes, bate-papos do tipo perguntas e respostas, elaboração de cartazes, dramatização de histórias reais e criação de letras em cima de melodias conhecidas popularmente, sempre sobre o tema saúde bucal. As finalidades das atividades são: dar o conhecimento sobre saúde bucal; promover a interação, a desinibição e a auto-estima levando a uma mudança de atitude para a recuperação da saúde bucal. Como resultado do desenvolvimento deste trabalho, vemos os alunos buscando o tratamento odontológico e uma melhoria nos hábitos de higiene, assim como, conseguimos através dele o envolvimento para a atuação na prevenção de saúde bucal de seus filhos, netos e sobrinhos que são alunos das EMEIs. Fone: (11)4199-3100 e-mail: [email protected]

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P043: A UTILIZAÇÃO DO ART EM CONSULTÓRIOS TRANSPORTÁVEIS NO MUNICÍPIO DE BARUERI-SP Santos CA, Vidic RB, Ruiz MC Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri-SP

O Tratamento Restaurador Atraumático - ART (Atraumatic Restorative Treatment) é uma das possibilidades para o tratamento da cárie dentária. Por não utilizar brocas de alta ou baixa rotação nem a anestesia local, é uma técnica que encontra grande aceitabilidade principalmente entre crianças. A remoção do tecido cariado é feita com instrumentos manuais cortantes (curetas, machados, enxadas e etc.) e, em seguida a restauração da cavidade é feita com material restaurador adesivo à base de ionômeros de vidro, que aderem ao esmalte e a dentina sem condicionamento ácido e não agridem a polpa, liberando e incorporando fluoretos que atuam na prevenção de cáries dentárias nas adjacências do material. Esta técnica foi eleita para ser utilizada nos dois Consultórios Transportáveis dos serviços de saúde bucal da Prefeitura Municipal de Barueri-SP como estratégia de assistência odontológica a crianças de 3 a 6 anos matriculadas em Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) do município por apresentar as vantagens acima citadas. Os Consultórios Transportáveis percorrem itinerantemente as EMEIs da cidade zerando as necessidades de tratamento de cada unidade e mudando-se para outra logo que isto aconteça. Com a utilização do ART o serviço apresentou uma melhor agilidade e rapidez na execução do trabalho planejado, trazendo mais eficiência e eficácia ao programa de saúde bucal da cidade. Fone: (11)4199-3100 e-mail: [email protected] P044: ATENÇÃO ODONTOLÓGICA AO IDOSO Saliba NA, Moimaz SAS, Garbin CAS, Pacheco Filho AC, Borghi WMM, Maria MS Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba, UNESP No Brasil, nos últimos anos, mudanças vêm ocorrendo na pirâmide populacional, fazendo com que o país acompanhe a tendência mundial de envelhecimento da população. Com a melhoria das condições de vida , há um aumento do número de anos a serem vividos pela população, porém surgem novas necessidades de saúde e necessário se faz capacitar os profissionais no atendimento dessas necessidades. Objetiva-se nesse programa

proporcionar aos idosos das três instituições de terceira idade do município de Araçatuba melhores condições de saúde bucal, capacitar os acadêmicos de odontologia para o atendimento ao idoso, integrar a universidade à comunidade local, promover a humanização no atendimento odontológico ao idoso. São desenvolvidas ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal do idoso. Foram programadas visitas semanais às três instituições de terceira idade de Araçatuba: Abrigo Ismael, Lar da Velhice e Asilo São Vicente de Paulo para conhecimento e entrosamento da equipe participante do projeto, realização do diagnóstico de saúde bucal da população alvo, de atividade preventivo-educativas . Foram efetuados também treinamentos com os cuidadores dos idosos para a manutenção da saúde bucal, através de reuniões, palestras, treinamentos práticos. As necessidades de tratamento foram levantadas e os idosos estão sendo atendidos pela equipe. Melhoria das condições de saúde bucal dos idosos, e conseqüentemente da saúde geral. Sensibilização dos acadêmicos para atenção à população idosa; capacitação para o atendimento das necessidades de saúde bucal dessa parcela da população. Integração entre e universidade e a comunidade local. Fone: (18) 3636 3250 e-mail: [email protected] P045: PROJETO SORRISO – ARTUR NOGUEIRA Trentin EF, Carvalho AA Prefeitura Municipal de Artur Nogueira – Secretaria Municipal de Saúde Este projeto didático e pedagógico nasceu como projeto piloto, em março de 2001, envolvendo apenas uma creche do município. Ainda, no decorrer do ano de 2001, o projeto tomou força e como o apoio da Secretaria Municipal da Educação, bem como o incentivo do Gestor Municipal da Saúde e o Executivo, passou a atuar em todas as creches,Emeis e Emefs (1ª a 4ª séries) do município totalizando a assistência preventiva, educadora e motivadora a aproximadamente 7.000 crianças na faixa etária de 0-10 anos. A equipe técnica de Odontologia do Projeto, também expandiu com 2 dentistas e 4 ACDs atuando exclusivamente no mesmo, além dos técnicos da Educação como professoras, monitoras, pagens e coordenadoras, que interagem e que são essenciais para o sucesso do mesmo. A metodologia consiste num trabalho que interage saúde e educação, com escovação diária de rotina e escovação supervisionada com flúor gel a 1,23% na escova de acordo com a classificação do grupo de risco de cárie, previamente classificados como alto,

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médio ou baixo risco através de exames feitos pelos dentistas. São realizados bochechos semanais para todas as crianças (retirada repetição) com solução de Fluoreto de sódio a 0,2%, uma vez que o município não possui fluoretação da água de abastecimento. Também são realizadas palestras educativas com os pais, professoras, monitores, contribuindo para um bom desenvolvimento de hábitos salutares e melhores condições de saúde bucal e geral. Teatro de fantoches, brincadeiras, vídeos educativos, jogos, gincanas, todas atividades de educação em saúde, também são realizados com as crianças para trabalhá-las como um todo. Os resultados, apesar de apenas 3 anos (curto prazo), já são concretos, com sensíveis modificações de hábitos nocivos (chupeta, dedo, mamadeira, onicofagia, etc) dietoterapia (controle dos açucares fermentáveis) e principalmente quanto a higienização por parte do público alvo (as crianças) ,bem como dos orientadores educacionais e familiares. Houve também como resultado concreto a redução comprovada do CPOD (12 anos) de 3,59 (em 1999) para 2,37 (em 2002) confirmando o êxito do Projeto. OBS: Estamos programando realizar uma nova amostragem para medirmos o CPOD, ainda este ano e esperamos melhorar ainda mais nosso índice de cárie. Fone: (19) 3877-1733 e-mail: [email protected] P046: ATENÇÃO À SAÚDE DAS CRIANÇAS NAS CRECHES MUNICIPAIS DE JACAREÍ Abrahão AMVB, Gama T, Oliveira Jr H, Nogueira Jr. PS Prefeitura Municipal de Jacareí Baseados nas diretrizes do SUS que pressupõe políticas de saúde que visem a redução do risco de doença e seus agravos, a Secretaria de Saúde ,através de uma equipe multidiciplinar, elaborou um projeto de educação em saúde para as creches municipais visando melhorar a saúde geral e o desenvolvimento das crianças das creches, com medidas preventivas e educativas. E integrar o trabalho realizado pelos profissionais da Secretaria de Educação com os da Secretaria de Saúde. Uma equipe composta por dentistas, fonoaudiólogas e nutricionistas, fez visitas de observação nas creches municipais, com o intuito de vivenciar a rotina das crianças e do corpo de funcionários das creches. Foi observado: higiene bucal; higiene pessoal; limpeza das instalações e utensílios; cardápio; quantidade, qualidade, consistência e apresentação dos alimentos; estímulo à fala . Observamos que a alimentação é muito pastosa, crianças de até um ano não são estimuladas à deixar a mamadeira, crianças

mamando deitadas, não é estimulado o aleitamento materno, não é feita Higiene oral das crianças do berçário(até 1 ano),em algumas creches nem as crianças de 2anos fazem higiene oral, escovas dentais inadequadas, talheres grandes para os bebes, bicos de mamadeiras com os furos aumentados, muitas crianças chupando chupeta inclusive durante as atividades, não há estimulo à fala . Diante dos resultados obtidos nas visitas, a equipe multiprofissinal elaborou um manual simplificado com algumas orientações e está treinando os cuidadores e pais numa parceria com a Secretaria de educação. Salientamos a necessidades desta integração entre os diversos profissionais. Já temos bons resultados. Fone: (12) 3951-7362 e-mail: [email protected] P047: EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL COM GESTANTES: UMA EXPERIÊNCIA MULTIDISCIPLINAR Nagy GI, Sornas ACA, Kuabara CTM, Carreira EPCN, Moraes LA, Braccialli LAD Secretaria Municipal de Higiene de Marília Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), Secretaria Municipal de Higiene e Saúde do Município de Marília Para consolidar a integralidade da atenção à saúde da população, superar a tendência de isolamento do Cirurgião Dentista na unidade de saúde e estimular a realização de procedimentos coletivos por profissionais de saúde, iniciou-se um trabalho com gestantes na UBS Dr. Idreno Sylvio Cavallari, no bairro Nova Marília, na cidade de Marília-SP. Este trabalho teve por objetivo promover a troca de experiências entre profissionais de saúde e gestantes, visando trabalhar as principais dificuldades no período gravídico-puerperal e promover a saúde bucal da gestante e do recém-nascido. Foram estruturados sete encontros semanais por uma equipe multidisciplinar, agentes comunitários de saúde e acadêmicos de Enfermagem e Nutrição, para a realização de um curso com duração de dez horas. O primeiro curso iniciou-se em agosto de 2001, tendo sido realizados nove cursos até o momento, com uma média de dez participantes por grupo. Utilizaram-se dinâmicas participativas para a abordagem dos temas, dentre os quais destaca-se: desenvolvimento fetal e modificações maternas, preparação para o parto, aleitamento materno, cuidados odontológicos com a mãe e o recém-nascido e visita à maternidade de referência. Assegurou-se também o atendimento odontológico curativo para as gestantes, assim como para os futuros bebês. A partir da realização desse trabalho,

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verificou-se uma procura maior pelas gestantes por informações sobre saúde bucal. O curso tornou-se referência para as UBSs do município de Marília com ação multiplicadora. Fone: (14) 432-4719 e-mail: [email protected] P048:: A TRAJETÓRIA DE ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL DO CENTRO DE SAÚDE-ESCOLA DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO-USP DO SISTEMA INCREMENTAL AO PSF Polacchini RCB, Palha PF Centro de Saúde-Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto–USP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP A trajetória da Saúde Bucal nas políticas públicas tem sua historicidade centrada em ações de cunho eminentemente curativo voltadas a grupos populacionais restritos com baixa resolutividade e pouca acessibilidade aos serviços, configurada a partir de uma rede de atenção que se denominou de sistema incremental. Este trabalho é fruto de uma revisão bibliográfica e teve como objetivo conhecer a trajetória das ações de saúde bucal nas políticas mais globais e no reconhecimento do trabalho da Equipe de Saúde Bucal do Centro de Saúde-Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Os avanços oriundos do arcabouço jurídico-legal tem possibilitado vislumbrar avanços importantes para o incremento de novas ações de saúde bucal de cunho preventivo-promocional-curativo, configurando uma rede de ações permeada pelos princípios do SUS na busca da eqüidade e orientada pelo perfil epidemiológico. A equipe de Saúde Bucal do CSE da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP vem percorrendo o caminho traçado pelo movimento de institucionalização das ações de saúde no Programa de Saúde da Família (PSF) do Distrito Oeste de Ribeirão Preto desde o ano de 1999 através da descentralização das ações junto às equipes de Saúde da Família. Algumas dificuldades são reveladas nesse percurso em decorrência da falta de incentivos financeiros para o trabalho de Saúde Bucal. Mesmo assim, propomos um trabalho interdisciplinar e multiprofissional com o desenvolvimento de ações de Saúde Bucal coletivos de responsabilidade de todos os membros da equipe. Fone: (16) 643-1552 e-mail: [email protected]

P049: PROGRAMA EXTRAMUROS: PROMOVENDO SAÚDE BUCAL A POPULAÇÃO BAURUENSE. Almeida ACB, Martins Filho, IE, Kato MT, Bombini SSO, Moura PG, Pianta R, Yamamoto L, Tateishi FF, Palhares MA, Kalil A, Fabiano F, Ton AFC, Garms DL, Nishiyama CMA, Gazoto JLO, Pernambuco RA Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo

Desde de 1998, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP) em parceria com a Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais (FUNCRAF) vem desenvolvendo um programa cujo objetivo principal é promover saúde bucal a crianças, adolescentes, adultos e idosos, vitimizados pela violência, abandono e exclusão social de instituições filantrópicas bauruenses, oferecendo assistência educativa, preventiva e curativa a esta população. O Programa extramuros, como é conhecido por todos, conta com a atuação de 12 cirurgiões-dentistas, alunos do Curso de Especialização em Saúde Coletiva (Odontologia) do HRAC/USP que são supervisionados por uma equipe especializada contratada pela Fundação. Utilizando métodos preventivos-educativos como escovação supervisionada, bochechos semanais com flúor 0,2%, palestras e dinâmicas ludopedagógicas em saúde bucal, busca-se um controle freqüente destes pacientes. Os resultados positivos deste trabalho podem ser vistos por meio do número crescente de indivíduos sem cáries. Com exceção dos tratamentos de alta complexidade e de alto custo, as unidades assistidas pelo programa recebem tratamento odontológico curativo em consultórios localizados nas próprias instituições, proporcionando uma maior produtividade, facilidade de transporte e redução de custos. Programas em saúde bucal, envolvendo equipes de profissionais que priorizem atividades preventivas, a coletividade e a busca de novos modelos, que visam a solução dos problemas de atenção à saúde, deveriam receber maior atenção das autoridades responsáveis pelas políticas de saúde, pois, proporcionam a um baixo custo, aumento da saúde bucal, geral e da qualidade de vida das populações assistida. Fone: (14) 3234 4391 e-mail: [email protected]

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P050: TERCEIRO SETOR, PASTORAL DA CRIANÇA E SAÚDE BUCAL: ANÁLISE DE UMA EXPÊRIÊNCIA SPARTACSIANA. Alves-Souza R A, Saliba O, Saliba N.A, Santos C E P, Lima A Universidade Estadual Paulista – UNESP - Faculdade de Odontologia de Araçatuba-SP Pastoral da Criança Solidariedade e cidadania fundem-se para o enfrentamento dos desafios da sociedade ditando o surgimento de um Terceiro Setor. Neste contexto promissor do “um por todos e to dos por um”, emerge a Pastoral da Criança (maior Organização Não-Governamental do mundo nas áreas de saúde, nutrição e educação comunitárias), valorizando o voluntariado como elo de extrema grandeza do processo de construção social da saúde. Este trabalho tem por objetivo apresentar o planejamento e as ações de saúde bucal desenvolvidas pela equipe voluntária da Pastoral da Criança do Jardim Santiago, município de Londrina-PR. Para tanto, foram coletadas informações junto à Coordenação Nacional de Saúde Bucal da Pastoral da Criança e por meio da análise dos instrumentos de controle da produção mensal realizada pelas líderes, correspondentes aos anos de 2001 e 2002. As informações resultantes desta análise demonstraram que o planejamento inicial das ações de saúde bucal, valeu-se do treinamento das líderes comunitárias, da utilização de questionários para conhecimento da realidade das crianças de 0 a 6 anos, de levantamento epidemiológico de cárie dentária, bem como do estabelecimento de parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS) local. Foram visitadas 1260 crianças no período pesquisado, das quais, receberam informações em saúde bucal pela líder comunitária e participaram do programa de prevenção da UBS, 79,91% no ano de 2001 e 90,94% no ano de 2002. Sob a luz da dimensão social do Terceiro Setor, conclui-se que estas ações repercutiram favoravelmente no processo de inclusão em saúde bucal. Apoio CAPES. Fone: (043) – 254-4095 e-mail: [email protected]

P051: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA FOA – UNESP, DA DISCIPLINA DE ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL Moimaz SAS, Saliba NA, Casotti CA, Arcieri RM Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social – NEPESCO – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva - Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP O curso de Odontologia é ministrado em todo o território nacional, seguindo as diretrizes curriculares propostas pelo Ministério da Educação. Já no início da formação acadêmica os alunos desses cursos são capazes de construir uma imagem da área de estudo de algumas disciplinas como da prótese, periodontia, odontopediatria, dentre outras. Foi objetivo do presente trabalho, conhecer a percepção previamente formada sobre o que é a área de odontologia em Saúde Coletiva dentre outras dos alunos que concluíram o 2º ano do curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, sem contudo, terem cursado a disciplina de odontologia Preventiva e Social. No primeiro dia de aula, solicitou-se aos 125 alunos regularmente matriculados nos anos de 2001 e 2002, que respondessem a pergunta ”Odontologia Social é ....”. Os dados foram categorizados e analisados por meio de seu conteúdo. Os resultados demonstraram que os alunos percebem como sendo objetivos da área, a integração do profissional com a sociedade 23,2%; bem como a responsabilidade por estudos e métodos preventivos 34,4% e a prestação de serviços assistenciais a populações carentes 28,8%. Conclui-se que na acepção dos mesmos, o campo de ação da Odontologia Preventiva e Social restringe as ações de cunho assistencial em populações carentes e apenas prevenção. A noção dos acadêmicos sobre a área é bastante restrita. Há necessidade do fortalecimento de ações interdisciplinares como auxílio do processo de unificação do conhecimento, para que a formação seja adequada ao exercício profissional. Fone: 18-3636-3249 e-mail: [email protected]

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P052: AVALIAÇÃO DOS TEORES DE FLÚOR DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO DO DISTRITO DE GUAPIRANGA-SP: UMA MEDIDA DE CONTROLE. Silva FSJFB, Garbin CAS, Moimaz SAS, Saliba NA Faculdade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP. A fluoretação da água é uma medida efetiva no controle da cárie dentária em todas as classes sociais, superando-se na população de nível sócio-econômico mais baixo por apresentar menor acesso à educação em saúde bucal e visitas ao dentista, bem como o uso irregular de cremes dentais. O Distrito de Guapiranga pertencente ao município de Lins encontra-se localizado a Oeste do Estado de São Paulo, mais precisamente no Noroeste Paulista, e é composto por uma comunidade de trabalhadores rurais. Moradores desta comunidade passaram a ter acesso a água fluoretada através de um único poço artesiano a menos de 7 anos. Sabendo-se que para a fluoretação ser eficaz e segura é necessário que os teores de flúor na água estejam dentro dos padrões estabelecidos pela legislação, sendo este de 0,6 a 0,8 ppm F para esta região, faz-se necessário à vigilância destes teores baseada no princípio do “heterocontrole”. Assim, temos como objetivo avaliar o teor do íon flúor encontrado na água de consumo deste Distrito, com o intuito de uma posterior verificação da prevalência de cárie e fluorose dental nesta comunidade após a implantação desta medida preventiva. Para tal, foram coletadas três amostras de água, sendo uma coletada antes da adição do flúor, para verificação de seu teor natural, e outras duas após a adição do mesmo. Dessas duas últimas amostras, uma era do bebedouro da única escola, de ensino fundamental, presente e a outra da torneira de uma das residências do ponto final da rede de distribuição, escolhida ao acaso. Posteriormente as amostras foram levadas ao laboratório e analisadas através do método eletrométrico, utilizando um potenciômetro (Orion 720 A) associado a um eletrodo (Orion 9609). Como resultados temos que: a amostra ausente de tratamento com flúor mostrou que a concentração natural deste na água é de 0,05 ppmF; as amostras da água do bebedouro escolar e da torneira residencial apresentaram uma concentração de respectivamente 0,47 e 0,52 ppmF. Os resultados obtidos demonstram que o teor de flúor natural na água desta comunidade praticamente é inexistente, e mesmo após o adicionamento deste composto, apresenta-se abaixo do considerado ideal para prevenção da cárie dentária. Conclui-se desta forma que, sistemas de heterocontrole da fluoretação das águas para

consumo no Guapiranga devem ser urgentemente implementados por órgãos competentes e apoiados pelas autoridades vigentes, para que esta promoção de saúde bucal proposta não seja em vão. Fone: (18) 3608 23 07. e-mail: [email protected] P053: O PAPEL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA ESPECIALIZADA VISCONDE DE ITAÚNA DIR I- CAPITAL-GTR-3 (COEVI) SOB O PONTO DE VISTA DOS ESTAGIÁRIOS (ALUNOS DA FOUNISA). Belmonte FM, Alcântara NS Clínica Odontológica Especializada Visconde de Itaúna –DIR I – CAPITAL-GTR-3 São Paulo Através da leitura das diretrizes, observamos que a principal característica, no estágio supervisionado é o enfoque clínico integrado. Ainda que com supervisão indireta como uma das modalidades, uma das possibilidades concretas de levar os alunos ao contato mais direto com o universo, com o qual muitos se depararão logo após a formatura. Pois conforme nos desafia o item V do art. 5o das Diretrizes Curriculares Nacionais devemos formar o profissional que possa exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social. Este estudo teve como objetivo avaliar a opinião dos estagiários quanto ao seu desempenho teórico e clínico dentro da Faculdade de Odontologia da Universidade Santo Amaro, decorrente do estágio supervisionado da COEVI. Para tal, avaliamos aleatoriamente 50 estagiários, coletando dados do questionário que continha perguntas sobre o estágio. Os resultados obtidos foram expressos em gráficos e tabelas, através de análise estatística, tendo como esperávamos uma resposta muito positiva em relação ao estágio supervisionado da COEVI. Fone: 11 5575-0028 e-mail: [email protected] P054: PANORAMA DA SAÚDE BUCAL – DIR XV DE PIRACICABA, 2001 A 2003. Junqueira SR, Koshimizu O. Direção Regional de Saúde – DIR XV de Piracicaba/SP As diretrizes para a política de saúde bucal do Estado de São Paulo, de 1995, baseadas nas diretrizes constitucionais de universalidade do acesso, de integralidade das ações e da eqüidade, têm como objetivo incentivar e assessorar os

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municípios para o desenvolvimento de seus programas de saúde bucal. As Direções Regionais de Saúde têm uma contribuição importante nas orientações e no suporte técnico para as ações dos municípios. A DIR XV de Piracicaba possui área geográfica de 8.486 Km2 e é composta por 28 municípios, com população estimada de 1.400.000 habitantes. As atividades econômicas são diversificadas e se caracterizam pelo cultivo da cana, laranja, produtos hortifrutigranjeiros, além de dispor de indústrias de transformação, químicas e cerâmicas, comércio e turismo. Os cultivos da cana e laranja, que são cíclicos durante o ano, proporcionam uma população flutuante nos períodos da colheita da safra, o que influencia no planejamento das ações de atenção e assistência à saúde da população. Para o planejamento em saúde bucal, a DIR oferece assessoria técnica para: a realização de levantamentos epidemiológicos, a fluoretação das águas de abastecimento, a inclusão de equipes de saúde bucal no Programa de Saúde da Família, a participação dos municípios no Projeto de Prevenção do Câncer Bucal e para a execução de procedimentos coletivos, entre outras atividades. Nesses três anos de trabalho, percebeu-se um maior envolvimento e participação dos municípios nas atividades propostas. Das participações em Reuniões Técnicas ficam algumas sugestões: buscar integrar o Projeto de Exame Bucal dos Idosos com a Campanha Nacional de Vacinação, em nível estadual, para maior sensibilização dos idosos; melhorar as estações de tratamento de água para que mantenham a qualidade da água, principalmente no controle dos teores do flúor; buscar maior integração das coordenações de saúde bucal com as equipes de saúde municipais, como por exemplo em relação ao sistema de informação, aos indicadores de avaliação e às pactuações dos procedimentos em saúde. Fone: (19) 3437-7439 P055: INTEGRAÇÃO DA SAÚDE BUCAL COM A EQUIPE DE PSF Dall’ Acqua DP, Marcochi SD, Dall' Acqua A Departamento de Assistência à Saúde – Secretaria Municipal de Saúde – Paria Grande Objetivando delinear o perfil do atendimento odontológico no PSF, demonstrando em percentual a pesquisa. Esta se iniciou em 1997 a 2003, classificando os pacientes por faixa etária. Através da pesquisa, traçar a produtividade alcançada pelo programa. Esta pesquisa iniciou-se em 1997 com 2 dentistas (20 horas semanais cada) onde o atendimento à população era realizado por livre

demanda e a partir de outubro de 2001 iniciou-se o programa com 1 dentista (40hs semanais) atendendo pacientes que residem na área adscrita, cadastrados no Programa de Saúde da Família e que pertencem ao grupo de risco, sendo que 50% dos agendamentos são destinados a faixa etária de 0 a 14 anos. Realizamos mais tratamentos completados, atendemos mais crianças (0 a 14 anos) numa área que possui 3 unidades escolares. Percebemos pela faixa etária predominante, que estamos resgatando e buscando realizações num projeto incremental de atendimento odontológico. O profissional iniciou suas funções em outubro de 2001 até 2002 sem férias, demonstrando que no ano de 2003 ao gozar 30 dias de férias apresentou uma queda na produção, não ocasionando dificuldades na unidade que obteve apoio do Plantão Odontológico 24hs no P.S. Municipal. Nas Escolas Municipais realizou-se avaliação da cárie de risco, onde a Equipe Modular Odontológica atua na prevenção dentro da unidade escolar com: educação em saúde bucal, profilaxias e selantes. Nos alunos de maior risco os tratamento curativos são encaminhados para a USAFA (Unidade de Saúde da Família). Nos adultos priorizamos o atendimento aos hipertensos, diabéticos e gestantes. Fone: (13)3473-3344 www.praiagrande.sp.gov.br P056: QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOR OROFACIAL: PROPOSTA DE AVALIAÇÃO QUALITATIVA. Venturin J, Souza J, Araújo ME FOUSP-SP O trabalho trata da elaboração de um questionário para avaliar a qualidade de vida em indivíduos com dor orofacial mostrando a importância de ser um texto adaptado para as características da população brasileira. A formulação do questionário foi baseada no índice do Perfil do Impacto da Saúde Bucal (Oral Health Impact Profile – OHIP), validado internacionalmente, em perguntas constantes em questionário direcionado para diagnóstico da dor orofacial e em outras perguntas consideradas pertinentes ao tema. Foram elaborados três questionários pilotos até chegarmos à forma final, o que levou três meses para execução. Iniciamos um questionário piloto com quarenta e duas perguntas e através das observações das dificuldades de sua aplicação, modificações foram feitas, passando para trinta e nove perguntas. Após nova análise, obtivemos outra forma de questionário constando de trinta e uma perguntas, e que apresentou boa aplicabilidade. Além das questões direcionadas à qualidade de vida, o formulário apresenta os dados pessoais, o tempo de manifestação do problema, o

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diagnóstico clínico, a data de início do tratamento e a data do preenchimento do questionário. Um termo de ciência e aceitação da pesquisa é assinado pelo paciente. Apresentamos a importância da elaboração de um questionário validado para as características da população brasileira e o processo de sua formação, assim como a proposta de estudar a dor orofacial e relacioná-la com a qualidade de vida, destacando a necessidade da conscientização dos profissionais de saúde e dos pacientes a respeito desse tema. Fone: (11)30917842 e-mail: [email protected]

P057: ADEQUAÇÃO BUCAL EM PACIENTES HIV-POSITIVOS Valle AAL, Zanata RL, Pin NLG, Zanella NM, Yanase S, Barros N, Monteiro ERC Prefeitura Municipal de Bauru / Secretaria Municipal de Saúde A necessidade de tratamento odontológico dos pacientes HIV-positivos são freqüentemente negligenciadas. Buscou-se oferecer um acompanhamento odontológico diferenciado e integrado ao atendimento médico ambulatorial a essa população. Os pacientes HIV-positivos ou com AIDS requerem uma atenção curativa rápida e eficaz, com um número mínimo de sessões de retorno e realizada através de procedimentos clínicos pouco invasivos. As necessidades de tratamento imediatas dos pacientes foram solucionadas através da adequação bucal que consistiu na eliminação de focos infecciosos locais através de exodontias, curativos endodônticos, curetagens periodontais, profilaxias, remoção de tecido cariado e selamento das cavidades com cimento de ionômero de vidro (Técnica restauradora atraumática –ART). Dentro deste modelo de atendimento relata-se aqui a execução de casos clínicos, detalhando a execução da técnica, e os fatores envolvidos na longevidade do tratamento, assim como os benefícios concorrentes para a promoção de saúde bucal. Destaca-se ainda que o modelo de atendimento preconizado é conveniente tanto para o paciente, o qual muitas vezes fica impossibilitado de dar continuidade ao tratamento odontológico devido aos freqüentes surtos de melhora e piora do seu estado de saúde, como para o serviço prestador que atende um número maior de pacientes, sem prejuízo da qualidade do atendimento oferecido. Portanto concluímos que este tipo de intervenção tem mostrado excelentes resultados para a população em estudo pois, as necessidades são supridas em menor

tempo do que o exigido pelo tratamento convencional. Fax: (14) 32351481 e-mail: [email protected] P058: PARTICIPAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – DIR I – CAPITAL, NO EVENTO PROMOVIDO PELA FORÇA SINDICAL, EM 1o DE MAIO DE 2002 E 2003. Montel ER DIR I – Capital É com a certeza que educar, prevenir, diagnosticar precocemente e tratar de forma adequada são os melhores caminhos para promover uma vida saudável, que nos levam a participar em eventos de grande porte, levando nosso conhecimento à população e propiciando meios para que ela mantenha-se com saúde. O objetivo do trabalho é reunir participantes do evento e orientá-los sobre higienização dentária, próteses, auto-exame, além das conseqüências negativas do fumo, álcool, próteses mal adaptadas e principalmente dando ênfase na detecção de quaisquer alterações nos tecidos moles da cavidade bucal. Todos os participantes das palestras recebem materiais impressos sobre auto cuidados e saúde bucal, tem seus dados anotados em fichas e são examinados com espátulas de madeira, por profissionais protegidos por luvas e máscaras descartáveis. A faixa etária de 40 a 59 anos completos, foi enfatizada. Quaisquer alterações dos tecidos moles detectadas, são informadas e o portador tem prontamente sua consulta agendada na Unidade de Saúde de Referência mais próxima, para receber o tratamento mais adequado. Na faixa etária enfatizada, foram examinados 76 participantes em 2.002, com 8 deles sendo encaminhados às Unidades de referência e 61 em 2.003, com 5 deles sendo encaminhados. Em 2.002, 2 dos examinados não compareceram nas Unidades, 2 compareceram mas não deram continuidade ao tratamento da ulceração, entretanto os outros ao comparecer, não necessitaram de nenhum procedimento especial, pois tiveram suas alterações bucais corrigidas apenas com as orientações recebidas no momento do exame. 2 tiveram regressão da estomatite protética, um teve regressão da úlcera traumática e um teve regressão da hiperplasia fibrosa inflamatória. Em 2.003, 3 não compareceram nas Unidades e 2 tiveram regressão da úlcera traumática. Com isso, reforça-se a importância da participação em eventos, onde se possa levar informações sobre a Saúde Bucal e buscar alterações, principalmente nos tecidos moles, que necessitem de acompanhamento,

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reiterando ao examinado, a importância de sua participação em todas as fases do acompanhamento. Fone: (11) 274 9759 e-mail: [email protected] P059: TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO (ART) NO SERVIÇO PÚBLICO – ADAPTADO À ÁREA RURAL CARENTE Souza FP Prefeitura Municipal de Cosmópolis Em maio de 2003, o programa de “ART” (Tratamento Restaurador Atraumático), adaptado à área rural carente, foi implantado no Município de Cosmópolis. Seu objetivo consiste em mostrar que é possível promover prevenção e tratamento, a crianças da área rural, que não têm acesso ao tratamento odontológico oferecido pelos Postos de Saúde do Município. Ele envolve crianças de 05 a 07 anos, sendo realizado uma vez por semana, e em apenas um período do dia. O atendimento é em média de seis pacientes novos por mês. O material utilizado é o ionômero de vidro e instrumentais preconizados pela técnica do “ART”. É realizado em sala de aula de uma escola da área rural, onde adaptamos um colchonete às cadeiras, para permitir um melhor posicionamento do dentista em relação ao paciente, e também correta visualização do campo. Os resultados têm sido bastante satisfatórios, conseguindo atingir nossos objetivos. O programa tem sido muito bem aceito pelos pais e familiares e também professores e diretor da escola, buscando, portanto, mostrar a experiência que, apesar do pouco tempo de implantação tem tido êxito, sem trazer grandes dificuldades, ou gastos ao Município. Fone: (19) 32329017 e-mail: [email protected] P060: DECLÍNIO DE CÁRIE DENTÁRIA, EM CRIANÇAS DE 5 E 12 ANOS, NO MUNICÍPIO DE POÇO FUNDO – MG. Araújo JJ, Galvão LM, Bastos JRM, Peres SHCS, Peres AS, Martins Filho IE, Silva RPR, Sant’anna RMF Faculdade de Odontologia de Bauru-FOB/USP - HRAC-FOB/USP Bauru - APCD/Bauru Os levantamentos epidemiológicos em saúde bucal fornecem dados para as estimativas das condições atuais de saúde bucal de uma população, bem como suas futuras necessidades.O presente estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico da cárie dentária, no município de Poço Fundo, em crianças

de 5 e 12 anos de idade, nos anos de 1999 (n=149), 2001 (n=141) e 2003 (n=142). Foi utilizado o índice CPOD para avaliar a prevalência de cárie dentária nos escolares da zona urbana e rural. Os resultados demonstraram que houve redução na prevalência de cárie ao longo do estudo, sendo que as crianças aos 12 anos apresentaram CPOD 3,51; 3,04 e 1,97 e aos 5 anos o ceo foi de 4,11; 2,9 e 2,31 respectivamente. O percentual de livres de cárie aos 5 anos foi de 35,11%; 37,73% e 47,22% e aos 12 anos 21,92%; 19,31% e 28,57% em 1999, 2001 e 2003 respectivamente. O incremento no percentual de livres de cárie na idade de 5 anos foi de 13,40% e a redução do CPOD e do ceo foi 56%. Pode-se concluir que ocorreu declínio na prevalência de cárie dentária e aumento no percentual de livres de cárie nas duas idades em estudo, haja vista a adoção de diferentes métodos preventivos nas políticas públicas do município. Fone: (14)32231084 e-mail: [email protected] P061: TRAUMA DENTAL: UMA REALIDADE NO COTIDIANO DA ODONTOPEDIATRIA Ambrósio LG, Martino LVS, Juliani FAT, Massaro RBA Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri - SP O trauma dental é um acidente bastante comum na rotina do odontopediatra ou do clínico que atende à população infantil como rotina. Fraturas, avulsões, intrusões dentárias e lesões de tecidos moles normalmente acometem pacientes que possuem protrusão maxilar, o que também, talvez pela mudança dos hábitos alimentares que cada vez mais freqüentemente inserem-se na vida das pessoas, apresentam-se em crescimento. Por isso, os dentes anteriores superiores são os mais atingidos por estas situações, com fraturas de coroas clínicas que podem ser do terço incisal, médio ou cervical, levando a condutas imediatas para que o prognóstico seja o mais favorável possível. Na maioria das vezes, opta-se pela colagem do fragmento dental, o qual deve estar acondicionado de forma adequada, seja em solução fisiológica ou no leite. Este procedimento, no serviço de Saúde Bucal da Prefeitura Municipal de Barueri, felizmente já é uma realidade, graças a grande integração setorial da Educação e da Saúde no município, já que os profissionais da área odontológica capacitam periodicamente os profissionais da educação, assim como os próprios escolares, os quais já incorporaram a conduta adequada frente a uma destas situações de acidente. Os casos são proservados clínica e radiograficamente, diagnosticando de imediato casos

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que necessitem de tratamento endodôntico, os quais são encaminhados e atendidos prioritariamente no serviço municipal de especialidades, garantindo a permanência dos dentes, evitando mutilações e garantindo a manutenção da auto-estima do paciente. Fone: (11)4199 3100 e-mail: [email protected] P062: MANUAL PARA ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA DOMICILIAR NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. Martinelli NA, Xavier ALS, Goldbaum A Programa de Saúde da Família - Fundação Zerbini, São Paulo A assistência domiciliar constitui uma atividade de saúde exercida junto ao indivíduo, à família e à comunidade objetivando contribuir para a efetivação das premissas de atenção à saúde definida pela Organização Mundial de Saúde, e adotadas também pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. O critério de elegibilidade para os cuidados de saúde domiciliares é estabelecido após avaliação do grau de comprometimento das Atividades de Vida Diárias (graus 4 e 5 na Escala de Avaliação de Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola). A Visita Domiciliar (VD) permite à Equipe de Saúde da Família identificar a necessidade de intervenção. Os profissionais em saúde bucal buscam expandir a cobertura do atendimento através de ações no espaço extraclínica, aumentando a resolutividade e eqüidade das ações e medidas públicas O trabalho tem como objetivo estabelecer um documento que possa orientar a Equipe de Saúde Bucal no planejamento e execução de ações e medidas curativas em domicilio. Este estudo subsidia o estabelecimento de protocolos e instrumentos voltados para a Odontologia em VD no Programa Saúde da Família. Fone: (11) 9601 1818 e-mail: [email protected] P063: O CONHECIMENTO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E SEU PAPEL NA ÁREA DE SAÚDE BUCAL

Haddad RG, Ueno LS Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília O Programa Saúde da Família (PSF) tem como proposta uma nova dinâmica mais humanizada para os serviços de saúde, valorizando a saúde como um direito de cidadania e, portanto, expressão de qualidade de vida. O papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) é fundamental nesse processo, pois, vivendo inserido na comunidade, torna-se um

mediador de saberes populares em saúde e saberes médico-científicos, podendo ser ora facilitador ora empecilho nessa mediação, o que faz do ACS um ator social estratégico no PSF. O objetivo deste trabalho é caracterizar o ACS de acordo com sexo, idade, escolaridade e tempo de serviço na área de saúde, identificar a sua percepção quanto ao seu próprio conhecimento sobre saúde bucal e avaliar a real condição desse conhecimento. Para tanto, foi aplicado um questionário a 50 ACS de 10 Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Marília, sorteadas aleatoriamente. Observou-se que a maioria dos entrevistados era do sexo feminino (80%), com idade entre 26 e 35 anos (54%), com 2o grau completo (60%) e tempo de trabalho na área de saúde de até 3 anos (64%). Quanto a autopercepção, apenas 62% fazem orientações em saúde bucal em suas visitas, 46% consideram o seu nível de conhecimento na área relativamente satisfatório, enquanto 28% o consideram insatisfatório. Em relação ao real conhecimento em saúde bucal, verificou-se que 46% não sabia qual a importância da higiene bucal, 66% não tinham conhecimento sobre onde o flúor pode ser encontrado, 24% não tinham idéia de quando se deve iniciar a higiene bucal do bebê, 22% não sabiam que a cárie é uma doença transmissível, 90% não conhecem bem a importância dos dentes decíduos, 22% consideravam que gestantes não podem ser submetidas a tratamento odontológico, 66% acreditavam que os antibióticos enfraquecem os dentes, 32% não reconhecem os fatores de risco para o câncer bucal, 56% não relacionam as infecções bucais e o controle da diabete e 52% acreditam que perder os dentes faz parte do processo de envelhecimento. Considerando a importância da educação na prevenção em saúde bucal, é importante que os ACS sejam motivados e capacitados mais especificamente nessa área, visando a implementação de comportamentos saudáveis na comunidade, melhorando a qualidade e efetividade das ações em odontologia desenvolvidas na USF. Fone: (14) 424 9087 e-mail: [email protected]

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P064: VER-SUS/BRASIL: VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO BRASIL Comissão de Representação do Movimento Estudantil da Área da Saúde e Ministério da Saúde/Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGETES)/Departamento de Educação na Saúde (DEGES) Ministério da Saúde (SGETES/DEGES) e Movimento Estudantil da Área da Saúde O projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema único de Saúde do Brasil (VER-SUS/Brasil) trata-se de uma experiência nacional inédita e uma antiga reivindicação dos estudantes da área da saúde. As discussões sobre o VER-SUS/Brasil foram iniciadas no início de 2003, com reuniões de trabalho realizadas entre estudantes representantes das Executivas Nacionais dos cursos da área da saúde e o Departamento de Gestão de Educação na Saúde, do Ministério da Saúde. Para a elaboração conjunta do Projeto, foram indicados pelas Executivas 14 estudantes que passaram a integrar a Comissão Nacional de Representação dos Estudantes da Área da Saúde. O principal objetivo do Projeto é oferecer aos estudantes vivências nas diversas esferas do Sistema Único de Saúde (SUS) para o aprendizado in loco, bem como o estabelecimento de processo de transformação tanto na Educação, quanto na Atenção, Gestão e Controle Social na Saúde, tendo como eixos transversais a mudança na Graduação e o princípio da integralidade. Com o VER-SUS, o Ministério da Saúde, em parceria com os representantes do Movimento Estudantil da Área de Saúde, quer oportunizar a inserção dos estudantes em todas as áreas do SUS, para um conhecimento integrado e múltiplo do funcionamento e estrutura dos sistemas e serviços. A vivência-estágio consiste na presença de grupos interdisciplinares de 10 estudantes , conhecendo os Sistemas de Saúde, em diversos municípios do Brasil. O aprendizado envolve vivências relacionadas a formulação e gestão de políticas, ao ordenamento do trabalho e da rede assistencial além da compreensão das diferentes esferas de participação popular e controle social na saúde. Atualmente e Projeto-Piloto já foi desenvolvido e se está avaliando e planejando a execução da primeira edição do projeto VER-SUS/Brasil. Os estudantes participaram de equipes multiprofissionais e vivenciaram diferentes realidades em saúde em locorregiões do país, dado que o Projeto-Piloto foi realizado nos municípios que compõem a Rede de Municípios Colaboradores para Educação Permanente em Saúde: Caxias do Sul (RS), Sobral (CE), Marília (SP), Goiânia (GO), Campinas (SP), Belém (PA), Aracaju (SE), Belo

Horizonte (MG), Niterói (RJ) e Londrina (PR). Para que o Piloto realmente servisse para seus propósitos de capacitação e experimentação do “desenho” VER-SUS, um processo de avaliação desta ação foi fundamental . Uma avaliação que buscou refletir sobre o que se vem fazendo. Uma reflexão integrada e potencializadora dos diferentes movimentos de trabalho configuradores e configurados no Projeto. Fone: (61) 226-4668 e-mail: [email protected] P065: A PREVALÊNCIA DOS ACIDENTES BIOLÓGICOS NOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ. Mayerhoffer ASC, Brito Junior RB, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic (Campinas –SP) Os profissionais de saúde carecem, às vezes, de adotar medidas que contribuam para assegurar sua saúde, pois sua prática diária vem acompanhada de riscos. Em decorrência disto, o profissional de saúde, torna-se vulnerável ao contágio por patógenos. Acidentes biológicos (AB) são comuns na rotina destes profissionais e devido a isto, tornam-se necessários estudos que descrevam epidemiologicamente estes acidentes para que programas de prevenção e atendimento sejam adotados. O objetivo deste estudo foi conhecer e analisar as condições de atendimento aos profissionais de saúde do município de Campos dos Goytacazes (RJ) frente ao AB. Foram analisadas 279 fichas de atendimento aos profissionais da área de saúde acidentados no serviços de referência da Rede Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes. Foram obtidas informações, como sexo, idade, ocupação desses profissionais, além de informações sobre o acidente (tipo de exposição, localização da lesão, entre outras). Verificamos que dentre os profissionais acidentados, houve predomínio de auxiliares de enfermagem (63,7%), do gênero feminino (69,5%), idade entre 19 e 29 anos (33,3%). A exposição percutânea foi a mais freqüente (87,1%), sendo que o momento do AB mais freqüente foi durante o procedimento. Passaram por profilaxia do HIV 25,5% dos profissionais acidentados e penas 45,8% estavam corretamente vacinados contra Hepatite B. Com base nos resultados, podemos concluir que há necessidade de programas que visem prevenção aos AB e programas que difundam os centros de atendimento aos acidentados e procedimentos pós-acidente. Fone: (022) 2723-6023 email: [email protected]

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P066: O ACIDENTE BIOLÓGICO E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA PROFISSIONAL E SOCIAL DOS TRABALHADORES DE SAÚDE BUCAL. Mayerhoffer ASC, Brito Junior RB, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic (Campinas –SP)

Com o advento da AIDS, a preocupação dos profissionais de saúde bucal gerou uma revisão das práticas de biossegurança. No entanto ainda há profissionais que não acreditam na possibilidade da transmissão de doenças durante o seu exercício profissional. Existem também, profissionais que no momento de um acidente biológico (AB), não conhecem os procedimentos a serem realizados, ou ainda, por desconhecerem a real possibilidade de transmissão, transformam o acontecimento em uma situação de intenso estresse. ABs são comuns na rotina dos profissionais de saúde bucal e devido a isto, tornam-se necessários estudos que os descrevam epidemiologicamente, para que programas de prevenção, atendimento e esclarecimentos sejam adotados. O objetivo principal deste estudo foi analisar as condições de atendimento aos profissionais de saúde bucal do município de Campos dos Goytacazes (RJ) frente ao AB e o conhecimento destes em relação aos procedimentos a serem tomados na ocorrência de algum AB. Foram analisadas 279 fichas de atendimento do serviço de referência da cidade e as 27 dos profissionais de saúde bucal foram selecionadas, onde 22 foram entrevistados. Os participantes assinavam um termo de consentimento esclarecido (CEP - CPO SLMandic). Verificamos que dentre os profissionais, a maioria era cirurgião dentista (54,55) e acadêmicos (40,91), 85% dos entrevistados afirmaram ter condições de biossegurança pessoal ideais, 90% sabiam o que fazer no momento do AB, 70% não precisaram de informações sobre como proceder diante do ocorrido e 80% sentiram a necessidade de um profissional que desse um suporte emocional. 60% disseram que o atendimento na emergência do hospital Ferreira Machado foi ruim e que o atendimento no Centro de Controle de Infecção Hospitalar foi bom (80%). 75% dos entrevistados tiveram mudanças na maneira de trabalhar após o AB. Com base nestes resultados podemos ressaltar que a freqüência de CD e acadêmicos acidentados eram próximas e apesar dos profissionais da área de saúde bucal afirmarem que trabalhavam seguindo as normas de biossegurança, a maioria teve mudanças na maneira de trabalhar após o AB. Talvez haja a necessidade alterações no atendimento da emergência do hospital Ferreira Machado. Fone: (022) 2723-6023

P067: CAPACITAÇÃO PARA CIRURGIÕES DENTISTAS INSERIDOS NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA. Oliveira SMLN, Marconato RRF Direção Regional de Saúde de Marília – DIR – XIV – Secretaria de Estado da Saúde Com a incorporação da equipe de saúde bucal na Equipe de Saúde da Família, a Direção Regional de Saúde de Marília, em conjunto com a Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília, em consonância com a proposta de educação continuada, realizou um curso de capacitação para os cirurgiões dentistas das Unidades de Saúde da Família. O objetivo do presente trabalho é capacitar o cirurgião dentista nas práticas de serviço, considerando o contexto sócio-econômico e cultural, sua área de atuação, identificando os fatores determinantes do processo saúde-doença. Este curso foi estruturado em 8 módulos, com duração de 8 horas cada, totalizando 64 horas. Foram capacitados 60 profissionais, dos diversos municípios desta Regional de Saúde, que já haviam participado do Curso de Organização da Atenção Básica em Saúde Bucal. A pedagogia utilizada foi a da problematização. Os temas abordados foram: Modelos de Atenção, Sistema de Informação, Mecanismo de Avaliação em Saúde Bucal, Planejamento das Ações de Saúde Bucal em função de estudos epidemiológicos, Atenção ao Diabético e suas implicações na Saúde Bucal, Atenção à Saúde Bucal da Gestante, Promoção, Prevenção e Atendimento Odontológico aos Bebês, Atenção à Saúde Bucal à pacientes com doenças cardiovasculares, Operacionalização das ações de Saúde Bucal nas Unidades de Saúde da Família e Reflexão do trabalho em equipe na Saúde da Família. Ao final de cada módulo e no término da capacitação foram realizadas avaliações que indicaram um bom aproveitamento e uma importante motivação para a aplicação destes conhecimentos na prática. Embora a coordenação do curso esteja apenas iniciando a avaliação do trabalho destes profissionais nas Unidades de Saúde da Família, ficou evidente a importância da educação continuada para todos os trabalhadores da equipe de saúde bucal. Fone: (14) 3402-8803. e-mail: [email protected]

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P068: FORMAÇÃO PROFISSIONAL FRENTE O ATENDIMENTO AO PORTADOR DO HIV: UMA ABORDAGEM ÉTICA. Silva FSJFB, Garbin CAS, Garbin AJI, Werner CWA Faculdade Estadual Paulista “Júlio de Mesqui ta Filho” – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera obrigação humana e profissional o atendimento às pessoas infectadas com HIV, porém o medo de contágio faz com que os profissionais muitas vezes não os atendam. Este preconceito faz com que muitos pacientes que buscam o tratamento odontológico, clinicamente saudáveis, omitam a doença. Neste sentido, a construção social da Aids no setor saúde atrai questões éticas baseadas em reflexões importantes e polêmicas. O objetivo do presente estudo é verificar se existe preconceito no tratamento de portadores do vírus HIV entre os professores da Faculdade de Odontologia de Lins – UNIMEP, bem como a orientação transmitida aos alunos. Foi aplicado um questionário quanti-qualitativo sobre a atuação com relação à disposição para o atendimento de pacientes infectados e a orientação dada a seus alunos. Dos 33 professores que consentiram em responder o questionário, 27 prestam atendimento clínico na faculdade ou em consultório particular. Destes, 68,55% informaram que atendem pacientes portadores do HIV tomando medidas de biossegurança adequadas; 16,65% atendem estes portadores como qualquer outro paciente, 11,1% não atendem e 3,7% atendem em horário especial. Quanto à orientação dada pelos professores aos alunos, 51,5% informam para não recusarem o atendimento ao paciente infectado, 33,3% para não recusarem atendimento de urgência, podendo encaminhar em caso de não urgência e apenas um professor declarou orientar o aluno a não atender. Quando questionados se aceitariam ser tratados por um profissional de saúde infectado e se permitiriam que um parente também o fosse, 15,2% não submeteriam a si e nem a um parente ao tratamento, apontando 60,0% destes motivos como medo de contaminação, e 40,0% devido ao preconceito de colegas, alunos, família e pacientes, caso saibam da situação. Evidencia-se que ainda há discriminação no atendimento de HIV/positivos, pois grande parcela de profissionais relataram adotar medidas de biossegurança distintas das habituais, e ainda, alguns orientam o atendimento somente em caso de urgência. Percebe-se também que o medo do contágio ainda é a principal fonte de insegurança com relação ao atendimento de pacientes HIV. A atuação profissional aos portadores do vírus HIV parece trazer conflitos entre professores/profissionais/alunos, porém a aceitação

por Cirurgião Dentista em promover o tratamento a todos infectados que dele necessitam é indiscutível para uma melhor qualidade de vida das pessoas. Fone: (18) 3608 2307 e-mail: [email protected] P069: EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (ESB): EXPANSÃO DO MERCADO DE TRABALHO PARA A CATEGORIA ODONTOLÓGICA Queluz DP Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP Existe atualmente no Brasil um contingente de cerca de 163 faculdades de Odontologia. O surgimento de novas faculdades só contribui para o aumento de profissionais, levando o mercado de trabalho a uma crescente competitividade. Não há dúvida que estamos num momento ímpar em relação à formação e a disponibilidade do mercado de trabalho para a classe odontológica (portaria nº267 do Ministério da Saúde - março de 2001). O objetivo deste estudo foi discutir sobre o mercado de trabalho odontológico e a estratégia Saúde da Família, enfocando transformações quantitativas e qualitativas da formação e distribuição da força de trabalho odontológico nas diferentes regiões brasileiras. Em março de 2002 a cobertura pela ESB a população na região N era de 6,82%, na NE de 23,8%, na CO de 24,38%, na SE de 3%, na S de 11% e analisando o Brasil como um todo de 12%; enquanto em agosto de 2003 na região N de 13%, na NE de 32,3%, na CO de 27,5%, na SE de 7,7%, na S de 18,2% e analisando o Brasil de 17,9%. Existem 5.128 equipes de saúde bucal no PSF, que atuam em 2.617 dos 5.558 municípios brasileiros. Essas equipes atendem a mais de 31 milhões de pessoas. O acréscimo no número de dentistas no PSF é feito com base no aumento do repasse de verbas para as equipes de saúde bucal. Antes, cada equipe recebia uma cota de incentivo, que poderia ser de R$ 13 mil ou de R$ 16 mil, dependendo das ações que cada uma desempenhava. Agora, o valor mínimo passou para R$ 15,6 mil e o máximo para R$ 19,2 mil, ou seja, um reajuste médio de 20%. Concluímos que além de ser necessária a continuidade da expansão do número de ESB no PSF, é premente a melhor distribuição geográfica dos profissionais e aumento de repasse de verbas para as ESB’s. Fone: (19) 3412 5277 e-mail: [email protected]

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P070: ATENDIMENTO DOMICILIAR EM ODONTOLOGIA Oliveira GF, Hebling E, Meneghim MC, Pereira AC Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP O atendimento domiciliar ou home-care surgiu inicialmente para atender, de forma paliativa, os doentes que apresentavam patologias crônicas e terapias de longa duração, com necessidade de cuidados permanentes, diminuindo os custos operacionais e o risco de infecções. Com o aumento da população idosa, do número de pacientes portadores de necessidades especiais e a dificuldade de locomoção, sobretudo nas grandes cidades, essa modalidade de atendimento tem apresentado, atualmente, maior demanda de procura. Em Odontologia, o uso de equipamentos é essencial aos atendimentos mais complexos. Para essa modalidade de atendimento, houve a necessidade de desenvolvimento de equipamentos específicos e adaptados ao transporte. O objetivo desse trabalho foi demonstrar a possibilidade e as limitações do atendimento odontológico domiciliar, por meio de revista da literatura, listando as vantagens e desvantagens dos principais equipamentos comercializados no país. Os resultados demonstraram que a maioria dos equipamentos comercializados vem de adaptações de peças e acessórios de equipamentos odontológicos tradicionais, são produzidos por empresas de pequeno porte e são limitados quanto ao transporte, aos cuidados de biossegurança e de rede de manutenção. Os equipamentos importados apresentam as mesmas limitações e a dificuldade de aquisição devido ao custo elevado em moeda estrangeira. Embora com essas limitações técnicas, o atendimento odontológico domiciliar permite que pessoas com dificuldades de locomoção possam ser atendidas dentro de padrões de biossegurança, por meio de procedimentos preventivos e curativos básicos, proporcionando a estas o restabelecimento e a manutenção da saúde bucal e da qualidade de vida. Fone: (19) 3412-5280 e-mail: [email protected]

P071: O ACESSO DAS PACIENTES GESTANTES AO TRATAMENTO ODONTOLOGICO Rocha NB, Moimaz SAS, Garbin CAS, Saliba NA Odontologia – Departamento de Odontologia Preventiva e Social - Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva. Faculdade de Odontologia de Araçatuba. Campus de Araçatuba. A gestação é um período peculiar no ciclo de vida feminino, no qual a mulher é mais receptível a informações que possam trazer benefícios a ela e a seu bebê e por isso a mesma torna-se mais susceptível às mudanças de comportamento.Uma das dificuldades do acesso das gestantes ao tratamento odontológico reside no conflito entre hábitos antigos, mitos e crendices e novos conceitos adquiridos. Dentre os mitos, destaca-se a crença popular de que mulheres grávidas não podem receber assistência odontológica, pela possibilidade de prejudicar a gestação e/ou o feto. Assim esse trabalho tem por objetivo verificar se as gestantes estão sendo submetidas ou não ao tratamento odontológico durante a gravidez e os motivos que impedem seu acesso a esse serviço. Foram entrevistadas 50 gestantes que buscavam atenção pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde do município de Araçatuba – SP. Foram feitas questões sobre o acesso das gestantes ao serviço odontológico e os motivos que as levavam ou não a procurarem o serviço. A idade média das gestantes foi de 23,86 anos. Das gestantes, 64% não procuraram o cirurgião dentista durante a gravidez, alegando como principais motivos: não necessidade de tratamento (37,5%); medo, crendices e mitos (21,88%) e outros motivos (40,62%). Das 18 que procuraram o serviço odontológico, 44,45% não foram atendidas tendo alegado como principal motivo a espera por atendimento nas UBSs e faculdade. (62,5%). Pode-se concluir que a crença e o mito relacionados à Odontologia e gravidez foram evidenciados neste trabalho, resultando pouca procura das gestantes a este serviço. A falta de informação demonstra a necessidade das gestantes serem priorizadas nos programas de assistência odontológica, fundamentalmente devido ao papel que exercem na promoção de saúde bucal de seus filhos e os profissionais dessa área devem atuar como promotores do aprendizado de saúde bucal durante o período gestacional. Fone: (18) 36256528 e-mail: [email protected]

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P072: ANÁLISE DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO VALE DO PARAÍBA – SP Cury MB, Torres ACM, Gaspar CCH, Borges AB Prefeitura Municipal de Jacareí O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade do atendimento odontológico prestado em cinco unidades básicas de saúde do município de Jacareí-SP, representando diversas regiões da cidade. Para tal, foram avaliados dados de identificação dos pacientes e sua opinião em relação ao atendimento recebido incluindo recepção, limpeza do local, atendente de consultório dental, dentista, tempo de espera pela vaga de tratamento e pela consulta, qualidade e satisfação com o tratamento dentário. Participaram da pesquisa 135 pacientes maiores de 18 anos, que utilizaram o serviço odontológico nos meses de novembro e dezembro de 2002, por agendamento ou em regime de urgência e que consentiram previamente a utilização de sua opinião. A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário aplicado por uma entrevistadora treinada. A análise estatística por meio do teste do qui-quadrado (5%) realizada com o programa Minitab 13.0 demonstrou diferença significante apenas entre sexo e escolaridade dos usuários (X²=11,266, p=0,046). O sexo feminino representou 69,63% dos usuários e o grau de escolaridade preponderante foi o 1º grau incompleto (66,67%). Quanto à qualidade do serviço, 62,22% o qualificaram como bom e 37,04% como ótimo contra 0,74% regular. Quanto à satisfação com o atendimento, 74,07% demonstraram-se muito satisfeitos, 24,44% satisfeitos, 0,74% insatisfeitos e 0,74% não souberam responder. Conclui-se que os usuários em sua maioria são do sexo feminino, com baixa renda e que estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço. Fone: (12) 3921-4987 e-mail: [email protected] P073: CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO: SEUS ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS Gonçalves PE, Garbin CAS, Garbin AJI Departamento De Odontologia Infantil E Social - Faculdade De Odontologia Do Campus Araçatuba – Unesp O consentimento livre esclarecido é de suma importância na pesquisa envolvendo seres humanos, na qual indica a anuência individual da voluntariedade da participação dos mesmos, de acordo com a Resolução 196 de 10 de outubro de 1996 do CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE.

Atualmente, a sua importância não fica restrita apenas a pesquisa cientifica, mas alcançam também a prática clínica, o que ressalta a aplicação da ética nos consultórios odontológicos, e o seu valor judicial, transformando a prática odontológica em um processo informativo e deliberativo; alicerçado na legislação ética e legal vigentes. Assim, denota-se tanto a importância da responsabilidade do profissional, como a reciprocidade do paciente na discussão e decisão sobre seu tratamento, tendo este o direito de consentir ou recusar propostas de caráter preventivo, diagnóstico ou terapêutico que afetam ou venham afetar a sua integridade físico-psíquica ou social, após completo entendimento e compreensão, baseado em valores e crenças pessoais, levando a uma escolha consciente e conseqüente. Todavia, o consentimento livre esclarecido não veio abolir a parcela de ação do paciente frente ao tratamento, sendo a sua tarefa assumir a responsabilidade pela sua própria saúde. Este trabalho teve como objetivo salientar através da revisão de literatura a crescente importância ética e legal do consentimento livre esclarecido ao binômio profissional / paciente; orientando assim o cirurgião-dentista, na sua conduta clínica diária do saber, e na formulação de uma prática consciente . Fone: (018) 36363249 e-mail: [email protected]

P074: PROPOSTA DE ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A PACIENTES HIV-POSITIVOS – (ATENÇÃO ESPECIAL A GESTANTES) Zanella NLM, Valle AAL, Zanata RL, Pin MLG, Baro NPL, Yanase S, Rodrigues E, Monteiro ERC Secretaria Municipal De Saúde De Bauru – Setor Dst / Aids Os pacientes portadores do vírus HIV são freqüentemente discriminados nos serviços de atendimento odontológico, o que os leva a negligenciar suas necessidades de tratamento, que são crescentes com a evolução da síndrome de imunodeficiência. Na cidade de Bauru iniciou-se um programa de assistência odontológica diferenciada a pacientes HIV-positivos, estando o serviço odontológico integrado ao atendimento médico/ambulatorial dos pacientes que procuram a Seção de Moléstias Infecciosas – Serviço de Assistência Especializada (SAE). O número de usuários é crescente e, em grande parte o serviço atinge uma população já com manifestações da doença. O trabalho tem como objetivo proporcionar uma atenção curativa rápida e eficaz, com um número mínimo de sessões de retorno e realizada

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através de procedimentos clínicos pouco invasivos. Preconizou-se um modelo de atendimento integral do indivíduo. A parte educativa/preventiva do programa é desenvolvida através de palestras, material impresso, e aplicação periódicas de agentes antimicrobianos. Enfatiza-se a educação das gestantes, buscando-se atingir a prevenção primária de seu filho através do estabelecimento de hábitos adequados e pela interrupção da transmissibilidade de microrganismos cariogênicos da mãe para o bebê. As necessidades de tratamento imediatas dos pacientes são solucionadas através da adequação bucal que consiste na eliminação de focos infecciosos locais através de exodontias, curativos endodônticos, curetagens periodontais, profilaxias, remoção de tecido cariado e selamento das cavidades com cimento de ionômero de vidro (Técnica restauradora atraumática –ART). Desde o início do programa foram atendidos 214 pacientes, envolvendo grupos de adultos, crianças e bebês. O número médio de retornos das pessoas agendadas foi reduzido de 07 (tratamento convencional) para 03 (nova proposta), o que é conveniente tanto para o paciente, como para o serviço prestador que contempla um número maior de pacientes, sem prejuízo da qualidade do atendimento oferecido. Concluímos que este tipo de intervenção tem mostrado excelentes resultados para a população em estudo pois, as necessidades odontológicas são supridas em menor tempo do que o exigido pelo tratamento convencional. Fax: (14) 32351481 e-mail: [email protected] P075: AIDS EM CRIANÇAS: ASPECTOS RELACIONADOS À RESPONSABILIDADE ÉTICA E LEGAL Guerra LM, Pereira AC, Meneghim MC, Daruge Júnior FOP – Unicamp Considerando que as manifestações bucais da AIDS em crianças são muito comuns e, na maior parte das vezes são os primeiros sinais e sintomas da doença, o Cirurgião- Dentista é, nesses casos, o primeiro a se deparar com o fato. Assim, cabe a este profissional o diagnóstico ou pelo menos a hipótese de diagnóstico que suscite o encaminhamento do paciente. Por esta razão, a omissão do profissional neste caso pode significar diminuição da sobrevida do paciente, perda da chance de intervir prematuramente no problema e, conseqüentemente de garantir-lhe melhor qualidade de vida. Logo, o Cirurgião-Dentista deverá estar preparado para esse diagnóstico ou pelo menos para o reconhecimento de lesões que possam levar a uma hipótese de

diagnóstico de AIDS. Há que se atentar ainda para o preparo que se deve ter em relação a todas as implicações éticas e legais que a AIDS pediátrica traz consigo. É preciso ter conhecimento sobre os direitos dos pacientes e sobre os deveres de seus responsáveis. Visando subsidiar esta nova tomada de consciência o presente trabalho detecta as principais deficiências de conhecimento e de comportamento do Cirurgião – Dentista frente ao tratamento da criança HIV soropositiva, bem como as possíveis causas de recusa e do abandono de tratamento pelo Cirurgião-Dentista e discute as dificuldades detectadas, trazendo à luz as informações necessárias ao saneamento das referidas dificuldades. Para tanto, foram aplicados 1040 questionários com 24 questões cada, para uma amostra selecionada por amostragem casual simples, composta por Cirurgiões-Dentistas das redes pública e privada de assistência odontológica das cidades de Amparo e Campinas. Foram empregados os testes de Qui-quadrado (χ2), Razão de máxima verossimilhança (G 2 ) e Exato de Fisher. Os resultados demonstraram, entre outras coisas que a maioria dos entrevistados desconhece a diferença de prevalência de manifestações bucais da AIDS entre adultos e crianças e que os profissionais atuantes no serviço público estão mais dispostos a atender à criança HIV soropositiva do que aqueles com atuação exclusiva na rede particular. Portanto, há necessidade de maior familiarização dos Cirurgiões-Dentistas com os aspectos éticos e legais relacionados a profissão e melhor conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas a respeito de controle de infecção, risco ocupacional ética e estomatologia. Fone: (19) 38962342 e-mail: [email protected] P076: A COMPREENSÃO DOS PESQUISADORES DA ODONTOLOGIA SOBRE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS Melo LMC, Ramos DLP Faculdade de Odontologia da USP-SP Episódios de abusos em experimentação com seres humanos em todo o mundo sugeriram organizações mais eficazes do Estado e da sociedade em geral no controle e orientações éticas nas pesquisas. No Brasil, com a Resolução nº.196/96, são instaurados os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e as pesquisas com seres humanos são amplamente discutidas e refletidas no âmbito institucional. Este estudo fundamenta-se na identificação e análise do discurso do pesquisador da Odontologia sobre ética em pesquisa, concepção de sujeito de pesquisa e utilização de questionários e / ou entrevistas. Foi

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empregado o método qualitativo de pesquisa, utilizando a técnica de Análise de Conteúdo como instrumento mediador para interpretação dos discursos sendo entrevistados 28 pesquisadores. Nas pesquisas da odontologia usualmente são envolvidos pacientes; pessoas caracterizadas por condições socioeconômica e escolaridade baixas. O pesquisador concebe a Resolução nº196/96 em diferentes papéis: o regulador, o educativo e o restritivo. O conhecimento desta normativa brasileira é fundamental para auxiliar o pesquisador na avaliação e conduta ética de suas pesquisas. Para uma maior compreensão mútua, entre pesquisador e CEP, é necessário um esforço bilateral de aproximação. O uso das técnicas, questionários e entrevistas é freqüentemente compreendido como método que não ocasiona risco ao sujeito participante. A compreensão de ética em pesquisa é determinada pelo contexto social que o pesquisador está situado; sua visão sobre ética está associada com o entendimento que se tem sobre o mundo, a sociedade, o homem e os valores. Fone: (11) 3039-9401 e-mail: [email protected] P077: MÉTODOS DE SENSIBILIZAÇÃO ODONTOLÓGICA EM SAÚDE PUBLICA. Barros ALFP, Mastrorosa EBP Fundação Zerbini Talvez uma das maiores barreiras na saúde bucal, pública seja a quantidade de necessidades por parte do usuário, como atingir rapidamente em maior número de pessoas, tentando interromper esta cadeia que atinge a saúde bucal da comunidade. Para tanto devemos lançar mão da criatividade , trazer o paciente como aliado e não ficarmos lamentando dificuldades no atendimento, a sensibilização, talvez seja o ponto chave, porém surge um novo problema como integrar a comunidade nos diversos programas na unidade. A partir destas dificuldades começamos a desenvolver, métodos alternativos, rápidos, indo de encontro a comunidade para sensibiliza-los, esta atitude sem duvida, traz como primeiro beneficio, o fato do usuário, ser receptivo e participante, pois esta em seu ambiente na presença de seus amigos. Portanto desenvolvemos uma série de sensibilizações nas diversas áreas da comunidade, como no futebol, na rua, escola, creche, igreja entre outras. Sendo que os resultados foram os mais satisfatórios, conseguindo atrair para dentro da unidade, usuários interessados e preocupados com a saúde bucal, buscando uma melhor qualidade de vida. Nós que trabalhamos com saúde publica devemos estar sempre preparadas e atentas para

novas alternativas de sensibilização e atendimento a comunidade mais carente. Fone: (11) 3082-8085 e-mail:[email protected][email protected] P078: A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO SOBRE OS SERVIÇOS OFERECIDOS PELO SUS Bardal PAP, Tomita NE Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo Ao considerar a implementação das Políticas Públicas de Saúde, constantemente há a necessidade de se detectar eventuais ajustes a serem realizados. Para tanto, em uma avaliação, deve-se considerar as percepções, anseios e opiniões dos principais atores envolvidos neste processo para que as práticas a serem definidas contemplem a realidade como um todo, promovendo qualidade e satisfação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define qualidade como: alto nível de excelência profissional, uso eficiente dos recursos, mínimo risco para o paciente, alto grau de satisfação por parte do paciente e impacto final na saúde. A mesma Organização propõe que avaliação é um “processo de determinação quali e quantitativa, por meio de métodos específicos e apropriados, do valor de alguma coisa ou acontecimento”. O presente trabalho faz uma revisão de 29 artigos, dos quais, 17 versam sobre análises do sistema/serviços de saúde e 12 deles sobre satisfação e percepção sobre a qualidade dos serviços, pela ótica do usuário (5 abordando pesquisas quantitativas e 7 utilizando metodologia qualitativa). Dos artigos que realizaram pesquisa de campo, 3 deles fazem referência à Odontologia. Aspectos sobre organização de serviços, acesso e humanização no atendimento são descritos. Pretende-se discutir as formas de abordagens destas avaliações, dando ênfase à metodologia qualitativa, pois através dela é possível analisar aspectos mais aprofundados das concepções dos usuários sobre seu grau de satisfação com o Sistema. As percepções e representações sociais que os usuários constroem sobre o Sistema de Saúde são fatores importantes para o desvendar da relação usuário/serviços/prestadores do SUS (Sistema Único de Saúde), fornecendo aos gestores locais subsídios complementares para aprimoramento das Políticas de Saúde.

Fone: (14) 3235-8256 e-mail: [email protected]

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P079: PROJETO COLORINDO A VIDA Bombini SSO, Martins Filho, IE, Kato MT, Moura PG, Pianta R, Yamamoto L, Almeida ACB, Tateishi FF, Palhares MA, Kalil A, Fabiano F, Ton AFC, Garms DL, Nishiyama CMA, Gazoto JLO, Pernambuco RA Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo

Fatores como dificuldades financeiras, falta de cuidados no ambiente familiar e espaço no domicílio, preconceito e violência contribuem para o processo de institucionalização de idosos. É notável a ausência do setor público em prover complementarmente serviços de assistência à saúde geral e bucal dos pacientes idosos. Dessa forma, organizações filantrópicas, sozinhas, não dão conta da demanda, prejudicando a qualidade de vida dos mesmos. Conhecendo essa realidade é que a instituição “Paiva” vem acolhendo idosos portadores de alterações psiquiátricas. Além de assistência médica, recebem atendimento odontológico oferecido pelo Programa Extramuros do HRAC/USP. O objetivo do presente trabalho é melhorar as condições físicas da instituição, visando promoção de saúde e qualidade de vida melhor. Contou-se com a doação de tinta para a pintura do pátio e a mão-de-obra de voluntários composta pelos alunos de especialização em Odontologia em Saúde Coletiva do HRAC/USP entre outros profissionais. Os moradores da instituição ficaram satisfeitos e o retorno foi imediato. O contato informal profissional-paciente garantiu a procura dos pacientes pelo atendimento odontológico, garantido não apenas pela assistência bucal técnica, mas pela assistência social à uma população carente em todos os aspectos. Concluiu-se que a qualidade de vida reflete nas condições de saúde bucal e geral do paciente. Fone: (14) 3234 4391 e-mail: [email protected] P080: IMPORTÂNCIA DA PROMOÇÃO DE SAÚDE DURANTE A GRAVIDEZ

Moraes KAC, Garbin CAS, Moimaz SAS Universidade Júlio de Mesquita Filho UNESP Araçatuba – Departamento de Odontologia Infantil e Social. A odontologia tem tido um grande desenvolvimento científico e tecnológico nos últimos anos e apesar dos diversos métodos preventivos, estes ainda não tem sido aplicado de forma capaz de suprir as necessidades existentes, principalmente nas

populações de baixa renda. A comunidade em geral não valoriza os métodos de prevenção existentes, deixando de utilizá-los para a promoção de saúde no controle e redução das doenças bucais e de procurar os serviços pela dificuldade ao acesso.A prevenção e o controle da cárie e da doença periodontal dependem do comportamento do indivíduo, que é estabelecido com base na educação e motivação que recebe durante toda a sua vida.Vários fatores dificultam a ida da gestante ao consultório odontológico.Dentre eles podemos destacar a falta de conhecimento da parte dos profissionais e das gestantes de que o tratamento odontológico pode ser causador de danos à criança.Este trabalho tem como objetivo, através da revisão de literatura mostrar os benefícios e a importância acerca dos cuidados da saúde bucal durante o período gestacional, enfatizando o impacto da promoção de saúde, através da educação e procedimentos preventivos, no qual a mãe é a maior responsável na transmissão e aplicação desses conhecimentos, desmistificando paradigmas culturais de que a mulher neste período não deve receber tratamento odontológico.As mães se mostram mais receptivas a novos ensinamentos durante a gravidez e sabem que uma higiene correta e uma dieta equilibrada interferem no processo carioso, entretanto mesmo a maioria delas apresentando desde uma simples gengivite até uma periodontite, não procuram atendimento odontológico por receio de malefícios ao bebê.O padrão de saúde bucal da mãe parece estar relacionada com o padão sócio-econômico-cultural.Existe uma necessidade de se priorizar políticas de saúde para gestantes no pré-natal, voltados para a educação e promoção de saúde, sendo de extrema importância o papel da mãe como multiplicadora sa saúde na família e para seu futuro bebê. Fone: (018)3625-2395 e-mail: [email protected] P081: EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE SAÚDE BUCAL EM PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS Pereira GR, Martins AT, Paulino GC, Campos LR, Melegati P, Bello SF Prefeitura Municipal de S. J. do Rio Preto – Secretaria Municipal de Saúde e Higiene Sabe-se que a orientação e a conscientização são fatores determinantes para obtenção de saúde, programas de orientação de saúde bucal em escolas da rede pública e privada são comuns e servem como verdadeiros mecanismos para redução dos problemas bucais, e podem ser aplicados com

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algumas modificações, nas escolas de ensino especial. O pressente trabalho tem como objetivo avaliar a evolução do nível de conhecimento e consientização sobre Saúde Bucal em portadores de necessidades especiais da APAE de São José do Rio Preto, após a “Semana de Atividades Odontopedagógicas”. Foram realizadas , em um grupo de 44 pacientes pertencentes a faixa etária de 14 à 39 anos, atividades envolvendo um questionário aplicado sobre questões de saúde bucal, que foi repetido após atividades como palestras,videos jogos e gincanas ,sendo comparada a percepção de saúde bucal entre os envolvidos. Analisando os questionários respondidos pelos envolvidos antes das atividade odontopedagógicas, 42% tinham conhecimento sobre saúde bucal e seus métodos preventivos, 28% sabiam muito pouco e 29% não sabiam nada; após a realização da semana odontopedagógica, elevou-se para 70% os que tinham conhecimento enquando que diminuiu para 14% os que sabiam muito pouco e para 15% os que não sabiam nada. Conclui-se que atividades odontopedagógicas associado ao trabalho multidisciplinar permitem inclusive aos pacientes com necessidades especiais um aumento do conhecimento e consientização sobre saúde bucal. Fone: (17) 233 1858 e-mail: [email protected] P082: ODONTOLOGIA DO TRABALHO E SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – UMA REFLEXÃO Olympio KPK, Bardal PAP, Cunha LSC, Peres AS Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo

Promover, proteger e recuperar a saúde do trabalhador são ações garantidas pela Lei 8080, desde 1990. No entanto, o atendimento das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido negligenciado, principalmente quando se analisa a saúde bucal da população adulta. Este estudo faz uma reflexão sobre o papel da nova especialidade Odontologia do Trabalho e o contexto no qual deve se adaptar para uma maior contribuição social. Mediante suas funções, é feita uma análise de qual seria o seu papel, dentre as especialidades da saúde, na consolidação do SUS, ainda em processo de construção. A recém criada especialidade Odontologia do Trabalho deve elucidar a função do cirurgião-dentista na Saúde do Trabalhador, estabelecendo como atender o trabalhador de

maneira que ele receba atenção específica para suas necessidades.

Fone: (0XX14) 32358256 e-mail: [email protected]

P083: TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO EM SAÚDE COLETIVA: VILÃO OU MOCINHO ? Barduco EMCM, Machado APB Prefeitura Municipal de São Manuel S/P Apesar dos avanços da odontologia moderna, com a super valorização dos conceitos estéticos e o desenvolvimento de novos materiais e técnicas restauradoras, grande parte da população ainda apresenta problemas de saúde bucal, devido ao fato de que, nem todos têm as mesmas possibilidades de acesso a esse tipo de odontologia. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi mostrar a importância do tratamento restaurador atraumático (ART) como alternativa de tratamento restaurador no serviço de saúde coletiva. A técnica é baseada na mínima intervenção, usando apenas instrumentos de mão para remover tecido cariado e, posteriormente, preenchendo o espaço com cimento de ionômero de vidro (FUJI IX), o qual tem como propriedades liberação e recarregamento de fluoretos, adesividade e biocompatibilidade. Conclui-se, portanto, que o ART veio solucionar o problema dos profissionais de saúde que fazem trabalho de campo em qualquer parte do mundo, podendo e devendo ser visto como um estímulo. Fone: 0xx14 -3815-8384 e-mail: [email protected]

P084: DESAFIO PARA AS EQUIPES DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: CLASSIFICAÇÃO INTERDISCIPLINAR DE FAMÍLIAS Gual SA Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP. A situação epidemiológica de saúde bucal da população brasileira, apontada pela Pesquisa Nacional Por Amostras de Domicílios realizada em 1998, levou o Ministério da Saúde a criar incentivos para a inclusão de Equipes de Saúde Bucal nas Equipes de Programa de Saúde da Família, objetivando ampliar o acesso da população aos serviços odontológicos. O novo modelo de atenção, focalizado na família, desencadeou inovações sobre as práticas odontológicas de atenção básica, agora fundamentadas no processo de trabalho em equipe

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multidisciplinar e no enfoque ampliado do processo saúde-doença. Para respeitar os princípios de Universalidade e Eqüidade, percebeu-se a necessidade de classificar as famílias de acordo com suas necessidades, a partir de informações obtidas do SIAB, das consultas clínicas e da percepção do agente comunitário. Esse método de trabalho, realizado de forma ética, envolve todos os integrantes da equipe na avaliação e monitoramento da saúde das famílias adstritas. Realizou-se revisão bibliográfica e reflexão sobre classificação de famílias por meio de fatores de risco e vulnerabilidade. Verificou-se que o conceito de fatores de risco considera principalmente os aspectos biológicos das doenças, ficando compartimentadas as avaliações médica, odontológica e de outras áreas, esta fragmentação dificulta o diagnóstico e não favorece a integralidade. O conceito de vulnerabilidade estuda as interferências socioeconômicas e culturais na saúde das famílias. Na classificação realizada em equipe, cada profissional contribui com a sua avaliação da família, sendo fundamental a participação dos agentes comunitários por trazerem dados importantes sobre a dinâmica familiar, isso permite que fatores biológicos e sócio-comportamentais sejam abordados de maneira ampla. Com essas informações a equipe compõe um quadro mais próximo da realidade, a partir do qual é feita a classificação das famílias segundo suas necessidades. A classificação tem aplicação importante na detecção de grupos populacionais de alto risco, na eleição de prioridades, na orientação sobre autocuidados e no planejamento em saúde. Fone: (16) 636-9790 e-mail: [email protected]

P085: INSERÇÃO DA SAÚDE BUCAL NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) DE SOBRAL / CEARÁ: EXPERIÊNCIA INICIAL EM APRAZÍVEL. Haro CB Depto. Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP)/ Secretaria de Desenvolvimento Social e Saúde de Sobral – Ceará A implantação da odontologia no PSF consolida as ações odontológicas na saúde pública e garante ao cidadão o direito de ter uma estratégia direcionada à saúde bucal. O Ministério da Saúde, em janeiro de 2001, regulamentou a inserção da equipe de saúde bucal através do Plano de Reorganização da Saúde Bucal na Atenção Básica. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a inserção da saúde bucal em uma equipe do PSF, usando como referência a

experiência inicial no Distrito de Aprazével, Sobral/CE, iniciada em Abril de 2000 (antes da regulamentação do Ministério da Saúde). Este trabalho foi realizado no PSF de Aprazível, Sobral/CE. O primeiro passo realizado para a inserção da equipe de saúde bucal neste PSF foi a territorialização da área. Reuniões semanais com toda a equipe do PSF foram fundamentais para um melhor planejamento e organização da Unidade de Saúde. O conhecimento da situação epidemiológica de uma população é essencial para o planejamento e execução de serviços odontológicos, então foi realizado um levantamento epidemiológico do índice de CPOD de crianças de 6 a 12 anos das escolas municipais de Aprazível. Foram desenvolvidas ações individuais e coletivas em toda a comunidade. A parceria da saúde bucal com a escola foi a chave para o desenvolvimento de ações preventivas nas crianças. O trabalho de campo das agentes de saúde direcionado à saúde bucal serviu como base para o desenvolvimento das ações individuais e coletivas. O acesso à saúde é extensivo a toda a comunidade, mediante a organização da equipe do PSF. Trabalhamos visando a inclusão social dos usuários, resgatando-lhes a cidadania e o direito à saúde, o que reflete em melhorias na qualidade de vida da população. Fone: (011)3891-2562 e-mail: [email protected] P086: MEDICAMENTOS PEDIÁTRICOS X SAÚDE BUCAL Nunes LMN, Santos SAS, Queluz DP, Velozo RCADM, Batista SPR FOP-UNICAMP

No dia-a-dia da clínica odontológica, seja no serviço público ou privado, é muito comum o discurso dos pais relatando a situação crítica dos dentes dos seus filhos, justificando-as pelo uso constante de medicamentos, principalmente antibióticos. Em pediatria, a via oral é a preferida na prescrição de medicamentos, por ser segura, conveniente e menos onerosa. Portanto, opta-se por fármacos que sejam apresentados em suspensão ou gotas para que a dose determinada seja corretamente indicada e a criança tolere mais facilmente a terapêutica. Vale advertir que, na maioria das vezes, as drogas na forma líquida contêm alto teor de açúcar o que, se por um lado favorece a aceitação da criança, por outro lado atua como oferta freqüente de sacarose, contribuindo a um maior risco de cárie. O objetivo deste trabalho é, através de distribuição de questionários, pesquisar entre as mães de crianças de 2 a 6 anos, matriculadas em instituições de

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ensino públicas e particulares, o conhecimento sobre o efeito cariogênico dos medicamentos infantis assim como o conhecimento do possível efeito negativo do antibiótico sobre os dentes. Também foi estudado se houve, por parte dos médicos ou dentistas, a preocupação em instruir os responsáveis sobre a importância da higiene oral após a administração de medicamentos líquidos. Neste sentido concluímos que, para grande parte da população, a justificativa do “enfraquecimento dos dentes” atrelado ao consumo de antibióticos é cultural, sem qualquer informação adicional que possa explicar tal hipótese, sendo o grau de escolaridade da mãe preponderante na afirmação deste conceito. Com relação à participação do açúcar dos medicamentos no processo de cárie o que se conclui é a falta de conhecimento da amostra estudada. Quanto à preocupação do médico ou dentista em alertar sobre a necessidade de higiene após o uso do medicamento, encontramos um número reduzido de mães que relataram terem sido instruídas pelos profissionais. Sendo assim, enfatizamos a necessidade de esclarecimentos a população sobre o efeito do açúcar nos medicamentos, treinando os profissionais de saúde para difundir desse conceito.

Fone: (22) 27257585

e-mail: P087: A ODONTOPEDIATRIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL Nunes LMN, Santos SAS, Queluz DP, Velozo RCADM, Batista SPR FOP – Unicamp

A prática odontológica na primeira infância, seja no consultório particular ou em sistemas de saúde pública, exige dos profissionais a introdução de bons hábitos e a iniciação de um programa educativo/preventivo visando a promoção de saúde do indivíduo. A educação é um instrumento de transformação social. Na criança, a importância da incorporação de bons hábitos tem um significado ainda maior pois fará parte da sua formação. Assim, os pais precisam conhecer, o mais cedo possível, os procedimentos adequados a manutenção da saúde do seu filho. Nesse contexto, a dieta assume um papel relevante uma vez que a alimentação da criança tem íntima relação com sua experiência de cárie. Do mesmo modo, a higiene da boca do bebê deverá ser incorporada na rotina diária. Outro fator importante é a constante motivação da criança no consultório através de atividades lúdicas. O objetivo deste trabalho é discorrer sobre as diretrizes do atendimento à criança durante o período de 0 a 36 meses (primeira infância), descrevendo a rotina de

procedimentos preventivos como o aconselhamento e orientação aos pais referente à higiene bucal, aleitamento materno e qualidade da dieta. Fone: (22) 27257585 e-mail: [email protected]

P088: ACESSO E AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE BUCAL NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2002.

Forni TIB, Junqueira SR, Vieira V, Moreira SEL, Soares MC, Narvai PC, Fernandes RAC Centro Técnico de Saúde Bucal (CTSB) – SES-SP, Depto. de Prática de Saúde Pública – FSP-USP Reconhecendo a epidemiologia como valiosa ferramenta para o conhecimento das condições de saúde e para o planejamento das ações, sua incorporação na prática dos serviços municipais vem sendo estimulada pelo Centro Técnico de Saúde Bucal da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo. O presente estudo, componente paulista do Projeto SB-2000, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, é parte dessa estratégia e aborda o acesso e a autopercepção da saúde bucal. Foram examinados 16.708 indivíduos nas idades e grupos etários de 18 a 36 meses, 5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade, em 35 municípios do Estado e realizaram-se 4.265 entrevistas domiciliares em jovens, adultos e idosos. Em relação à condição socioeconômica 67% relataram ter casa própria e 40% possuíam renda média familiar entre 1 e 3 salários mínimos. Quanto ao acesso a serviços odontológicos, mais de 90% haviam procurado o cirurgião-dentista; destes, 59% dos jovens visitaram-no no último ano, percentual que se reduziu conforme aumentava a idade. O serviço público foi o mais utilizado pelos jovens (54%) e os adultos procuraram mais o setor privado (46%). Os motivos mais freqüentes para a procura foram “manutenção” e “dor”, sendo o primeiro mais comum entre jovens (55%) e o segundo entre idosos (43%). Mais de 80% dos entrevistados avaliaram como bom ou ótimo o atendimento recebido. Quanto à autopercepção da saúde bucal, a maioria classificou-a como boa ou regular, assim como a aparência, a mastigação e a fala. A saúde bucal, de alguma forma, afetou o relacionamento com outras pessoas entre 7% dos adultos. Mais de 60% relataram não ter tido dor nos últimos 6 meses, embora a maioria tenha reconhecido necessitar algum tipo de tratamento. A avaliação socioeconômica, o acesso aos serviços de saúde bucal e a autopercepção da saúde bucal são instrumentos valiosos para melhor compreender as necessidades dos indivíduos e adequar o atendimento de cada grupo etário, buscando concretizar os princípios da eqüidade e da universalização. Fone: (11) 3066-8379;e-mail: [email protected]

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P089: ALGUMAS CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2002. Junqueira SR, Forni TIB Vieira V, Moreira SEL, Soares MC, Narvai PC, Fernandes RAC Centro Técnico de Saúde Bucal (CTSB) – SES-SP, Depto. de Prática de Saúde Pública – FSP-USP Monitorar as condições de saúde bucal é parte das atribuições das instituições do SUS, em todos os níveis. O presente estudo, componente paulista do Projeto SB-2000, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, apresenta dados sobre cárie, gengivite, má-oclusão, prótese e fluorose dentária para algumas idades e grupos etários-índices da população paulista, em 2002. Foram examinados 16.708 indivíduos nas idades e grupos etários de 18 a 36 meses, 5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade, em 35 municípios do Estado. O índice CPO-D aos 12 anos de idade foi de 2,5, elevando-se para 6,4 no grupo etário de 15 a 19 anos. Para os adultos, o CPO-D foi de 20,3 e, para os idosos, 28,2. O índice ceo-d, aos 5 anos de idade, foi de 2,3. Nesta idade, mais de 45% das crianças possuíam o índice igual a zero. Nos municípios que fazem a fluoretação na água de abastecimento o índice CPO-D aos 12 anos de idade foi de 2,3, sendo de 3,5 naqueles que não a fazem (p<0,001). Nas escolas públicas os índices de cárie são sempre maiores. O diferencial socioeconômico, em função da renda média familiar, também foi observado nos jovens. Para os adultos, o CPO-D foi homogêneo entre as diferentes faixas de renda, porém com inversão dos componentes (perdidos mais freqüentes quanto menor a renda). O mesmo foi observado entre idosos. Fluorose dentária foi constatada em 11,8% das crianças de 12 anos. Nos municípios com flúor na água de abastecimento 82,3% das crianças não apresentaram fluorose, valor que se elevou para 98,6% onde não há fluoretação. Alterações gengivais foram observadas em 5% das crianças de 5 anos; aos 12 anos, 14% das crianças apresentaram cálculo dental. Em relação ao uso de prótese dentária, 35% dos adultos e 76% dos idosos as utilizavam na arcada superior e 16% e 52%, respectivamente, na arcada inferior. A má-oclusão moderada/severa foi constatada em 21% das crianças de 5 anos. A má-oclusão definida foi identificada em 20% das crianças de 12 anos e em 13% dos adolescentes. Em relação a 1998, ano de realização do último levantamento estadual, a prevalência da cárie dentária declinou. Se, para a cárie dentária a situação melhorou, o mesmo não se pode dizer dos demais agravos. Fone: 3066-8379 e-mail: [email protected]

P090: SAMS (SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE SAÚDE): PERSPECTIVAS DE SAÚDE Yanase S, Santos DMC, Domingos MF, Biondo M Prefeitura Municipal de Bauru / Secretaria Municipal de Saúde Considerando que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, a Secretaria Municipal de Saúde de Bauru, através de um diagnóstico social da área rural do distrito de Tibiriçá, distante 30 km do município de Bauru, com população estimada de 2.000 habitantes, com grande contingente de chácaras, sítios e fazendas, implantou em Set/2001, um Serviço de Atendimento Móvel de Saúde, denominado SAMS, possibilitando a essa população rural acesso à assistência à saúde na área odontológica e de enfermagem. Esse serviço desenvolve atividades de promoção, prevenção e proteção da saúde individual e coletiva, buscando atuar nos fatores determinantes e condicionantes da saúde. Objeto população rural do distrito de Tibiriçá. O presente trabalho tem como objetivo oferecer atendimento odontológico e de enfermagem à população residente em zona rural do distrito de Tibiriçá, identificando situações de risco à saúde, bem como orientando formas de prevenção de doenças e promoção da saúde. O atendimento é realizado em uma unidade móvel, equipada com consultório odontológico, sala de enfermagem, vacina e espera. A equipe de trabalho do SAMS é composta por um cirurgião-dentista, uma atendente de consultório dentário, uma enfermeira e um motorista. Uma visita prévia ao local é feita pela enfermeira, coordenadora do serviço, a fim de estruturar e otimizar o atendimento. O SAMS realiza suas atividades uma vez na semana, visitando propriedades rurais previamente agendadas. Quando necessário, faz-se o retorno. Os clientes que apresentarem necessidade de consulta médica são agendados na UBS do distrito de Tibiriçá, que dá retaguarda ao SAMS. O serviço oferece os procedimentos básicos de enfermagem (aplicação de vacina, consulta de enfermagem, verificação de P.A. , coleta de material para citologia oncótica e exames laboratoriais, etc) e de odontologia (exodontias, restaurações, raspagem coronária, aplicação de flúor, etc), além de palestras, distribuição de fôlderes, kits de preservativos, entre outros. No período de Set/01 a Nov/02, o SAMS atendeu 750 pessoas, refletindo na diminuição do número de atendimentos odontológicos e de enfermagem à população rural na UBS do distrito de Tibiriçá, além de facilitar a busca ativa de faltosos de vacina e inscritos nos programas de saúde da mulher, criança e adulto, contribuindo para melhorar o perfil de saúde dessa população. Fax: (14) 32351481;e-mail: [email protected]

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P091: A INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO DA MÃE DESDE O PERÍODO PRÉ-NATAL SOBRE A QUALIDADE DA SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA Oliveira CLG, Peres CBL USF Parque das Nações e USF Vila Barros Entre os anos de 1993 a 1999, vários autores analisaram que as altas concentrações de Estreptococos Mutans na saliva da mãe na gestação, pode desenvolver na criança lesões cariosas na dentição decídua e que o período crítico para colonização da cavidade bucal é 19 a 31 meses, período denominado “janela de infectividade”. Os fatores de risco de cárie em crianças menores de 3 anos são o consumo de sacarose, negligência com a higiene bucal, falta de motivação familiar e aleitamento materno irrestrito principalmente à noite. O trabalho tem como objetivo caracterizar a mãe segundo idade, escolaridade, renda, freqüência ao pré-natal, acesso ao tratamento dentário e verificar se as orientações recebidas pela gestante influenciam na saúde bucal do bebê identificando a dieta do bebê. Examinou-se, clinicamente, 100 crianças na faixa etária de 18 a 36 meses e aplicou-se um questionário para as respectivas mães, após consentimento das mesmas. Considerou-se dentes cariados os que eram visíveis sem auxílio de instrumentos e à luz natural. As entrevistadas estão na faixa etária de 20 a 29 anos (61%) e tem crianças de 18 a 23 meses (44%); realizaram o pré-natal (97%), sendo que 70% destas passaram por 9 a 10 consultas; não se submeteram a tratamento dentário na gestação (68%). Poucas (36%) receberam orientação em saúde bucal para ela ou para o bebê, sendo que o cirurgião dentista (27%) foi responsável pelas informações. A higienização dos dentes das crianças durante o dia, feita por 70% das mães, é com auxilio de escova (80,6%) ou fralda (14%), mas a higiene noturna é realizada somente por 37% das mães, porque a maioria (90,9%) esquece, porém, apenas 45% desses bebês têm hábito de amamentação noturna e 56% deles preferem alimentação salgada. Quanto a dentes cariados, 70% das crianças não apresentaram nenhuma cárie, e dos que apresentaram (30%) a maioria tinha de um a dois dentes cariados. A diferença encontrada entre a presença de cárie entre as mães que foram ou não orientadas não foi estatisticamente significativa. Verificou-se que a estratégia utilizada para a orientação das gestantes em relação à saúde bucal dos bebês não influenciou no índice de dentes cariados, talvez por ser um programa relativamente novo (implantado há 5 anos) no município. Assim, deve-se lançar mão de diferentes técnicas de abordagem, adequadas à população, e estar

realizando novos estudos que possibilitem avaliar a eficácia das estratégias de orientação. Fone: (14) 425 4419 e-mail: [email protected] P092: CÁRIE DENTÁRIA SEGUNDO O NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO EM CRIANÇAS DE ITAPETININGA – SP Rihs LB, Gushi LL, Sousa MLR, Wada RS, Hoffmann RHS, Cypriano S, Gomes VE, Silva DD Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP Além dos fatores etiológicos e determinantes para o desenvolvimento de lesões de cárie, existem outros fatores, como o nível sócio-econômico, que influenciam a ocorrência e progressão da doença. Assim, buscou-se determinar a relação entre nível sócio-econômico e cárie dentária, através de sua prevalência e severidade, além das necessidades de tratamento em crianças de 7 a 12 anos de idade. Examinaram-se 546 crianças de escolas públicas e privadas do município de Itapetininga, SP, em 1998, selecionadas mediante processo amostral aleatório sistemático e os exames seguiram os critérios da OMS (1997). Os índices utilizados foram ceod, CPOD e Índice de Cuidados (Care Index). O nível sócio-econômico foi determinado pela rede de ensino freqüentada. Utilizaram-se os testes de qui-quadrado e Mann-Whitney, com nível de significância de 5%. Entre os escolares, houve maior percentual de livres de cárie na rede privada, 49,7%, frente aos 29,5% da rede pública (p<0,05). Na rede pública, o CPOD e o ceod foram de 1,27 e 1,78, e na particular, fora de 0,72 e 1,17, respectivamente, ambos maiores da rede pública (p<0,05). Os escolares de ensino público apresentaram maior percentual de procedimentos restauradores simples e de extração dentária do que os da rede privada (p<0,05). O Índice de Cuidados foi maior nos escolares da rede particular, 91,8%, sendo, 53,4% na pública (p<0,05). Os escolares com nível sócio-econômico mais elevado apresentaram melhores condições de saúde bucal no município de Itapetininga. Fone: (19)3426-9417 e-mail: [email protected]

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P093: A ORGANIZAÇÃO DOS PLANOS DE ASSISTÊNCIA SUPLEMENTAR ,FRENTE A GARANTIA DO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO. Silva RPR, Peres AS, Martins Filho IE, Bastos JRM, Peres SHCS Departamento de Saúde Coletiva da FOB/USP O início dos Planos de Assistência a Saúde Suplementar no Brasil dá-se na década de 50, onde se espelhavam nos planos de Assistência Patronal para Servidores de Instituto de Aposentadorias e Pensão de industriários e nas recém criadas estatais. No final dos anos 80 têm início os primeiros Planos de Assistência Odontológica com as cooperativas. O Código de Ética Odontológica regulamentar normas para serem seguidas pelos planos odontológicos, coibindo abusos de algumas operadoras, descreve direitos dos consumidores e traça novos rumos sobre a Ética dos trabalhos a serem oferecidos. Este trabalho teve como objetivo analisar os planos de Assistência Suplementar à Saúde, sob a vertente de uma relação ética da garantia do atendimento odontológico. Realizou-se o levantamento historio da implantação dos Planos, a distribuição dos planos no território brasileiro, o panorama das operadoras e as principais denúncias registradas no PROCON/SP no período de 2000 à 2003. Concluiu-se que o mercado de planos de assistência odontológica, para por mudanças e deve procurar definir padrões mínimos de qualidade, garantindo o acesso à assistência a saúde bucal da população, através de uma gestão sólida e de programas universais, atrelados a uma legislação universal proposta por uma agência reguladora e as garantias do profissional assegurada por seus órgãos representativos. Fone: (17) 8113 5541 e-mail: [email protected] P094: IMPACTO DO TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO MODIFICADO NOS PERCENTIS DE PESO E ALTURA DE CRIANÇAS PORTADORAS DE CÁRIE RAMPANTE Sant’anna GR, Mathias MF Serviço de Assistência Médica de Barueri, Prefeitura Municipal de Barueri As relações entre condições de saúde oral, práticas dietéticas e estados nutricionais, e estado de saúde geral em crianças são complexas. Nutrição inadequada pode afetar saúde oral e o estado de saúde oral precário afeta escolhas de alimentos, dificulta a capacidade mastigatória e, assim, o estado nutricional. Com a dor resultante da evolução das

lesões cariosas, a criança diminuirá sua ingestão dietética (Edelstein, 2000), o que resultará em alteração no padrão da curva de crescimento. O tratamento curativo odontopediátrico visa à limitação do dano causado pela doença, o que por sua vez refletirá na performance mastigatória e possibilidade de melhora da ingestão alimentar; e conseqüentemente melhoria da saúde geral da criança. O objetivo do trabalho é avaliar: percentis de peso/altura em crianças portadoras de cárie rampante; o efeito do TRA modificado (escariações, endodontias e exodontias) nos dados antopométricos de crescimento. Crianças de 0-5 anos, atendidas na Clínica de Odontopediatria do SAMEB, portadoras de cárie rampante tiveram peso e altura aferidos antes e 6 meses após o início de TRA modificado. Observou-se após o tratamento proposto evolução de peso e altura estatisticamente significantes (p < 0,05/teste de Wilcoxon). Quanto aos percentis de peso, 40% das crianças apresentavam p0-p3 no início do tratamento, peso muito baixo para sua faixa etária, 20% com p10 (risco nutricional), 60% entre p50 e p90 (normalidade nutricional). Após otratamento houve um incremento nos percentis de peso, sendo que apenas 10% mantiveram p0-p3 (peso muito baixo). O Tratamento restaurador atraumático modificado permitiu a recuperação de peso e altura nas crianças portadoras de cárie rampante deste estudo. Fone: (11)4199-3100 e-mail: [email protected] P095: COBRANÇA DE HONORÁRIOS: É ESTABELECIDA PELO CÓDIGO DE ÉTICA? Fernandes ABSP, Parisoto GB, Garbin AJI, Garbin CAS, Saliba TA Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social – NEPESCO – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva – Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

Atualmente o problema da previsão de honorários por serviços odontológicos prestados abrange a Odontologia em sua totalidade.A individualização das modalidades de tratamento oferecidas aos pacientes dificulta uma padronização dos mesmos, bem como a diferença entre os padrões de infra-estrutura e conhecimentos científicos acumulados pelo profissional durante sua atuação diária clínica. Diferentes formas de pagamento destes honorários estão presentes nos dias de hoje e são oferecidas diariamente aos pacientes. O objetivo deste estudo foi a identificação, verificação e quantificação das modalidades de honorários recebidos pelos profissionais atuantes na cidade de Araçatuba/SP no ano de 2003. Como metodologia, foi empregado

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questionário auto-administrado a 86 Cirurgiões Dentistas atuantes na referida cidade. A amostra foi calculada com base no estudo piloto e as análises dos dados foram realizadas no programa Epi Info 6.04. Como resultados: em relação aos critérios avaliados para a fixação dos honorários – 58% dos Cirurgiões Dentistas fixam seus honorários pela complexidade do caso; 24% pela colaboração do paciente; 20% pelas condições econômicas co mesmo; 18% pelo tempo de duração da consulta odontológica e 13% pela competência e sucesso profissional.Em se falando das modalidades de recebimento destes honorários fixados pela prestação de serviços prestados encontramos – 59% recebem através cheque; 30% por dinheiro; 4,2 por boletos bancários; 6% via nota promissória e 0,8% apresentam outras Fone: (34) 227-0052 e-mail: [email protected] P096: NÍVEL DE CONHECIMENTO RELATIVO Ä SAÚDE BUCAL EM ESCOLARES PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO Pereira AA, Sundefeld MLM, Arcieri RM, Garbin CAS, Saliba NA, Moimaz SAS Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social – Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva (NEPESCO) – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento sobre saúde bucal dos escolares participantes do Programa de Educação em Saúde Bucal desenvolvido pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP. Desenvolveu-se um plano de amostragem sistemática, com a participação proporcional ao número de alunos de todas as escolas da rede pública de Araçatuba/SP. Os participantes da pesquisa estudaram no município da 1.ª a 4a.a série do ensino fundamental em escolas onde o Programa foi desenvolvido. Foram entrevistados 797 escolares de duas séries, 5a e 8a.; sendo que, a 5a série acabara de sair do Programa e a 8a. série, decorridos 3 anos. Os dados foram coletados através de um questionário com questões sobre o conhecimento em saúde bucal e analisados utilizando o software Epi 2000. Utilizou-se a Análise de Conteúdo e testes de proporção para as questões abertas e teste qui-quadrado nas questões de múltipla escolha, ao nível de significância de 5%. Nas 23 questões de múltipla escolha obteve-se o número médio de acertos de 14 na 5a série e 15 na 8a série, correspondndo a mais de 50,0% de acertos em ambas as séries. Nas questões abertas o que mais se destacou foi a importância de escovar os dentes para

evitar a cárie; 79,2% dos escolares da 5a série e 77,2% da 8a série demonstraram a influência positiva do Programa no cuidado com os dentes. Concluiu-se que o Programa avaliado tem proporcionado aos escolares assistidos um bom nível de conhecimentos sobre saúde bucal. Fone: (18)3621-5018 e-mail: [email protected] P097: A SAÚDE BUCAL NOS PLANOS MUNICIPAIS DE SAÚDE

Presta AA, Saliba O Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social - NEPESCO - Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva - Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP O presente estudo teve como objetivo a análise dos Planos Municipais de Saúde dos 27 municípios que compõem a 8ª Regional de Saúde do Estado do Paraná (8ªRS/PR), com ênfase na identificação e descrição dos registros referentes à Saúde Bucal. Após a análise dos registros dos Planos Municipais de Saúde, visando consolidar o estudo, optou-se pelo confronto dos dados obtidos com dados de outras fontes. Para tanto foram coletadas informações junto à 8ª RS/PR e enviados questionários aos secretários municipais de saúde e aos coordenadores dos serviços públicos odontológicos dos municípios participantes. Os resultados evidenciaram a presença de registros de Saúde Bucal na totalidade dos Planos Municipais de Saúde. A análise dos Planos permitiu identificar somente duas categorias de assuntos: a) caracterização da situação gerencial e assistencial da rede pública de serviços odontológicos; b) objetivos para a Odontologia nos Planos Municipais de Saúde. Em 25,92% dos Planos foi constatada a existência de Planos específicos de Saúde Bucal. A concordância entre os dados obtidos nos Planos Municipais de Saúde e os obtidos na 8ª RS/PR somente foi estabelecida em 53,00% dos municípios. Os objetivos previstos nos Planos Municipais de Saúde somente estão de acordo com a opinião de 40,00% dos secretários municipais de saúde e de 20,00% dos coordenadores dos serviços públicos odontológicos dos municípios que participaram do estudo. Com base nos registros referentes à Odontologia, conclui-se que as informações contidas nos Planos Municipais de Saúde apresentam-se insuficientes ao planejamento em saúde bucal. Projeto de Pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOA- UNESP, sob o registro 2001/01712. Apoio CAPES. Fone: (18) 3608-4371 e-mail: [email protected]

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P098: LEGALIDADE DOS ARQUIVOS DIGITAIS NA ODONTOLOGIA Gois BC, Garbin CAS, Garbin AJI, Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP – Programa de pós Graduação em Odontologia Social e Preventiva Em 24 de Agosto de 2001, foi decretada a Medida Provisória 2202-2 que instituiu definitivamente a validade jurídica de documentos digitais assinados digitalmente com certificados emitidos pelo sistema de chaves públicas, padrão ICP-Brasil (Infra-estrutura de Chaves Públicas). Tal fato tem trazido repercussões na odontologia, visto a ansiedade por parte da comunidade odontológica em livrar-se da obrigação em manter os registros sob suporte papel, atualmente meio predominante na armazenagem de informações clínicas de nossos pacientes, passando a usufruir das inúmeras vantagens em manter os documentos em formato digital, que possibilitam maior facilidade de acesso as informações, fácil compartilhamento e armazenagem. Através da tecnologia implementada pelo ITI (Instituto de Tecnologia e Informação), autarquia federal ligada à casa civil, dispomos das garantias básicas necessárias a legalização dos documentos digitais, garantia da autenticidade, da integridade, e do não repúdio dos documentos. O presente trabalho tem por objetivo informar e esclarecer sobre o uso, a validade jurídica, e as formas de assinatura de documentos digitais existentes; bem como divulgar as inúmeras vantagens a que a classe pode ter acesso em optando por manter seus documentos e registros em meio digital. Antecipamos que a partir da data de sua publicação a medida provisória 2202-2 oferece cobertura jurídica a todo e qualquer documento que seja assinado através de certificado padrão ICP-Brasil, oferecendo uma alternativa do não uso do papel na gerencia e armazenagem de documentos clínicos, bem como a oportunidade de digitalização dos arquivos já existentes, eliminado por vez o suporte papel. Fone: (018) 620-3249 e-mail: [email protected]

P099: CIRURGIÃO-DENTISTA. COMO MEMBRO DO CONSELHO GESTOR DA UNIDADE DO QUALIS JARDIM GUAIRACÁ Rissato G PSF - Fundação Zerbini - São Paulo Profissional da saúde bucal atuando como conselheiro gestor pelo segmento funcionário da unidade de trabalho. O trabalho tem como objetivo avaliar as necessidades para melhoria do serviço prestado pela U.P.S.F. Jardim Guairacá com participação de todos os segmentos (usuário, funcionário e administração), através de reuniões programadas, extraordinárias e levantamentos em forma de questionários. A interação entre os profissionais e a comunidade, onde todos têm um interesse comum que é o melhor acolhimento e condição salutar de trabalho e atendimento à população e funcionários Fone: (11) 6104-6100 e-mail: [email protected]