Oficina Tapurah

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Oficina ministrada no III Semin Estágio

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LER E ESCREVER: DESAFIOS DE ONTEM E SEMPREPROF MS. VANESSA FABOLA SILVA DE FARIAESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoLER E ESCREVERNecessidade de redefinio dessas funesDESAFIO DA ESCOLA HOJEIncorporar todos os alunos culturado escrito, conseguindo que sejam leitores e escritoresESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de Ensino

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ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoA Fontica e Fonologia como instrumentos de trabalho da alfabetizaoESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoA IDENTIFICAO DO VALOR SONORO DAS LETRAS NO PROCESSO DE COMPREENSO DO SISTEMA DE ESCRITA: ALGUNS ESCLARECIMENTOS FUNDAMENTAIS

EXPECTATIVA EM RELAO AO CONHECIMENTO DO SISTEMA DA ESCRITAPara o 1 Ano:Compreender o funcionamento alfabtico do sistema de escrita, ainda que escrevam com algumas falhas no valor sonoro convencional;Escrever alfabeticamente textos que se costuma saber falar de cor, tais como: parlendas, adivinhas, quadrinhas, canes, trava-lnguas, entre outros, ainda que escrevam com algumas falhas no valor sonoro convencional.

Para o 2 Ano:Compreender o funcionamento alfabtico do sistema de escrita, ainda que com alguns erros ortogrficos;Escrever alfabeticamente textos que se costuma saber falar de cor, tais como: parlendas, adivinhas, quadrinhas, canes, trava-lnguas, entre outros, ainda que com alguns erros ortogrficos.ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoE como poderemos minimamente cumprir essas expectativas?O valor sonoro das letrasPara comear, importante retomar a ideia de valor sonoro, to utilizada por todos no processo de interpretao analtica de escritas. Essa ideia corresponde ao som que uma letra representa quando se l em voz alta uma palavra. Afirmam os linguistas em especial quando se trata de uma anlise fonolgica - que esse som o que provoca distines semnticas entre as palavras, ou seja, diferenas de sentido entre elas. Por exemplo, mala, cala, tala e fala; folha, bolha e rolha; pata, bata, mata e nata.

Em outras palavras, letra e fonema no so a mesma coisa: letra a representao grfica do som; e fonema elemento acstico; a menor unidade de som de uma palavra, que pode, ou no, corresponder a uma slaba.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoPerguntinha trivial:Como voc classificaria um aluno que escreve desta forma: CUADORO BILILETASINELOVETINADOR PASSARIO

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoPor exemplo: escrevemos a palavra fixo com quatro letras, mas pronunciamos cinco fonemas:/fiksu/;escrevemos aquela com seis letras, mas pronunciamos cinco fonemas: /akela/;escrevemos casa e cego, mas pronunciamos /kaza/ e /segu/;escrevemos nata e anta, mas o /n/ um fonema apenas no primeiro exemplo.Em anta, o n no um fonema; o fonema //, representado na escrita pelasletras A e N. Existem duas formas de representar graficamente os fonemas. A primeira corresponde a uma notao especfica da fonologia e da fontica nos estudos lingusticos notao utilizada nos exemplos acima, que inclui uma combinao de letras e outros sinais especficos, que regularmente so grafados ou entre colchetes ([ ]) ou entre barras (/ /), como /n/ para indicar o fonema correspondente letra N na palavra novo. A segunda forma grfica de representar os fonemas corresponde utilizao de letras, tpica das atividades de escrita regulares.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoNo processo de alfabetizao, costumamos dizer que cada letra possui um valorsonoro; este um dos aspectos da escrita que a criana aprende a partir do perodo da fonetizao. Como o prprio nome j sugere, o perodo em que a criana, natentativa de compreender a natureza da escrita, descobre que existe uma relao entre o que se fala e o que se escreve, entre o som do que se fala e o registro grfico disso.Sabemos que para compreender a natureza dessa relao a criana vai elaborandodiferentes ideias:a) que se registra graficamente cada uma das emisses sonoras de uma palavra(as slabas) correspondendo a cada uma delas, uma marca grfica;b) que no se registra cada emisso sonora aleatoriamente, mas com marcasespecficas letras - regulares;c) que essa regularidade est relacionada ao valor sonoro convencionado paracada letra;

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de Ensinod) que uma slaba no a menor unidade de uma palavra, sendo reanalisvel emunidades ainda menores os fonemas;e) que as marcas grficas as letras - devem, na verdade, corresponder aosfonemas realizados em cada emisso sonora;f) que uma slaba pode ser registrada com uma, duas, trs, quatro e at cincoletras;g) que o registro das letras acontece em uma ordem determinada, e noaleatoriamente;h) que um fonema pode corresponder a mais de uma letra (como em antes,quando o an corresponde a um nico fonema - //);i) que uma letra pode corresponder a mais de um fonema, como em fixo, quandoo x corresponde a /ks/;j) que a regularidade de registro antes identificada ou seja, que a ideia decorresponder a cada fonema uma nica letra - possui excees, que sodefinidas e controladas pela ortografia.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de Ensino fundamental ressaltar que no processo de compreenso do sistema de escrita, ascrianas no estabelecem relao entre todos os fonemas e as letras que osrepresentam ao mesmo tempo ou de uma s vez; as crianas no identificam o valorsonoro de cada letra no mesmo momento. Ao contrrio, aos poucos que esseaprendizado se d.O processo de identificao dos valores sonoros no uma questo de percepoauditiva, fundamentalmente; quer dizer, no se trata de um aprendizado sensorial/perceptivo em si. Do ponto de vista estrito, podemos dizer que fundamentalmente dois aspectos esto implicados neste processo: identificar o trao que distingue uma emisso sonora de outra caracterstica do fonema, que permite a distino de sentido na palavra (uma questo fonolgica, portanto); e, fundamentalmente, compreender qual letra corresponde quele som distintivo, quele fonema; um processo de estabelecer relao entre o fnico som que se escuta - e o grfico letra que convencionalmente serve para representar aquele som ouvido.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de Ensino importante que se diga que a identificao dos fonemas acontece no por meio deexerccios fonticos nos quais se tenta reproduzir um fonema isolado; ao contrrio,considerando que o fonema trao que distingue sentidos entre palavras, noprocesso de escrita efetiva, quer dizer, escrita de palavras de uma lista, de textos que seconhece de cor, do nome prprio e dos amigos e familiares, por exemplo, que aidentificao dos fonemas vai acontecendo, vai se tornando possvel.

A relao entre som e letra arbitrria, ou seja, no h lgica que a regule, que aexplique. Sendo assim, no h princpio geral a ser elaborado, mas uma correspondncia a ser estabelecida entre desenho e som. Essa correspondncia vaisendo estabelecida a partir da exercitao da produo escrita ou seja, por meio daelaborao de escritas com sentido -, por meio da anlise de escritas conhecidas (dereferncia estveis), por meio da validao da escrita que a criana produziu, realizadapor escritores proficientes.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoDessa forma, os valores sonoros de cada letra vo sendo identificados aos poucos.No processo de exercitao da competncia leitora e escritora16, uma vez tendo descoberto que a slaba no a menor unidade da palavra - o que significa que uma letra pode no ser suficiente para represent-la -, o aluno ao escrever pode identificar mais de um fonema na emisso sonora; no entanto, ele pode no identificar qual letra corresponde a cada um, ou a um deles, especificamente.s vezes, pode saber uma letra e no a outra; s vezes, pode no saber nenhuma. A sua estratgia, ento, usar letras que naquele momento considera possveis. Essas letras, evidentemente, so do seu repertrio, ainda que no tenha identificado o seu valor sonoro. Muito frequentemente conforme (Mesa; 2008) -, utiliza a referncia sonora do nome da letra para decidir, o que quase sempre d certo, pois podemos dizer que quase uma regularidade o nome da letra conter o som que ela representa(Mann, 1993; Martins & Silva, 1999)17. No entanto, nem sempre isso verdade: o H, por exemplo, muitas vezes utilizado pelas crianas em slabas que contm o fonema /g/, como em gato; o fonema /k/, por exemplo, pode ser escrito com a letra C, que no contm esse fonema no nome, mas o fonema /s/, presente em sapo.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoPor isso, so frequentes escritas alfabticas que no contm todas as letras necessrias como PLOTA, para pelota; ou BRENICE, para Berenice: porque possvel que a criana considere desnecessrio colocar a vogal, j que o nome da letra a contm.

Por isso tambm encontramos escritas como PASSARIO, para passarinho; ou VETINADOR para ventilador: porque, quando no conhece a letra que corresponde ao som que ouve que pode distinguir uma emisso sonora de outra - a criana pode omitir a(s) letra(s) ou substitu-la por alguma que considera possvel.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoAlm disso, conforme mostram os estudos de Mesa (2008),a) a capacidade de reconhecer fonemas e relacion-los com as letras no est diretamente relacionada com a capacidade de as crianas ordenarem as letras ao escrever;b) quando se trata de escrever palavras que contenham as slabas de padro complexo (CCV, por exemplo), as crianas costumam alternar entre as diferentes consoantes que constituem o ataque; isto ocorre no porque no identifiquem o fonema, mas porque no processo de compreenso da escrita ao reconceitualizarem a slaba e compreenderem que pode ser constituda por vogais e consoantes - adotam um padro para ela que corresponde ao mais frequente na lngua, o padro CV. Quando isso acontece, as crianas parecem tornar-se menos receptivas ideia de romper com esse padro acrescentando mais letras slaba e/ou interferindo na ordem estabelecida

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoVale marcar neste momento, a necessidade de, ao encontrarmos escritas comoTAPT -para tapete -, analisarmos essa escrita dentro do conjunto de escritas que a crianaproduz, porque tanto pode ser uma escrita silbico-alfabtica, quanto alfabtica: o quevai definir qual a hiptese a anlise das demais escritas, pois a criana tanto podeter omitido os E da 2 e 3 slaba da palavra porque considera que o E j constitui aslaba, ou porque est escrevendo silbico-alfabeticamente mesmo.

Se retomarmos a escrita VETINADOR para ventilador veremos que h a ausnciade marca grfica de nasalizao. A possibilidade de nasalizar dessa forma existe nalngua portuguesa, conforme verificamos em caneta, quando pronunciada como/kneta/; ou como observamos em banana, quando pronunciada como /bnna/. Noentanto, dependendo da variedade lingustica20 regional, estas palavras tambmpodem ser pronunciadas como /kaneta/ e /banna/, embora conservem uma mesmaortografia. Isso nos mostra que na nossa lngua possvel nasalizar uma vogal sem queisso seja indicado graficamente.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoNo caso da palavra anterior, no entanto, a escrita correta VENTILADOR; quer dizer, a nasalizao marcada pelo N ps-voclico.

E aqui chegamos segunda ideia importante dessa discusso: a de ortografia.

A ortografia no processo de compreenso do sistema de escrita:

A partir do que foi discutido acima, podemos dizer que um fonema a menor parte de uma emisso sonora, quando se fala uma palavra. Em uma palavra, o fonema pode corresponder a uma slaba inteira como em gua; parte de uma slaba como em gua; ou a uma palavra inteira como em .

Nas escritas alfabticas, o princpio geral a correspondncia entre som (fonema) e letra (grafema). No entanto, em lngua portuguesa nem sempre essa correspondncia biunvoca, ou seja, nem sempre uma nica letra corresponde a um nico som; e nem sempre um som representado pela mesma letra sempre. Ao contrrio, temos as seguintes situaes:

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de Ensinoa) uma mesma letra pode representar sons diferenciados: prximo, exame, caixa;b) letras diferentes podem corresponder ao mesmo som: seco, cedo, lao,prximo;c) uma letra pode representar mais de um som: fixo (que pronunciamos /fiksu/);d) h letra que no tem som algum: hora;e) certos sons ora so representados por uma s letra, ora por duas: xcara e chinelo; gato e guitarra; rabo e carro.

Isso nos mostra que a nossa escrita mais do que alfabtica, ortogrfica, ou seja: a correspondncia entre som e letra (entre fonema e grafema, portanto) ortogrfica.E quais as implicaes disso para a alfabetizao e para a compreenso dasexpectativas que ora discutimos?

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoPodemos dizer que a implicao fundamental pode ser representada por esses doisgrupos de escritas:a) meza para mesa, ou cuadoro para quadro;b) caja para caixa, ou sinelo, para chinelo.

As duas primeiras escritas mostram que o aluno registrou todos os fonemas da palavra,inclusive desdobrando a slaba DRO para DORO; as letras utilizadas podem representaros fonemas respectivos, mas em outras palavras que no estas. A questo que secoloca para esse aluno, ento, ortogrfica.

J as duas ltimas escritas contm letras que no so adequadas para os fonemas queestariam representando (J para X, em caixa; e S para CH, em chinelo). Podemos atdizer que existe uma certa proximidade sonora mas, no representam o fonemacorrespondente. Neste caso, ento, temos uma questo de no identificao de qualletra pode representar adequadamente os fonemas indicados. No se trata de umaquesto de discriminao auditiva, posto que o aluno tanto identificou os fonemas,quanto procurou represent-los; trata-se, sim, de identificar as letras que podemrepresent-los.

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ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoTomemos mais um exemplo: a escrita de BILILETA, para bicicleta.A lngua no coloca a letra L como possibilidade de representao do fonema correspondente ao C, de bicicleta. Dessa forma, esse um exemplo claro de no conhecimento de qual(is) letras poderiam representar esse fonema; por isso o aluno colocou uma outra letra do seu repertrio - no caso, o L.

Se ele tivesse usado o S para representar esse mesmo fonema, ou o , a teramos uma questo ortogrfica, pois o reconhecimento de representaes grficas possveis para o fonema existe, ou seja, existe a compreenso da correspondncia entre fonema e possveis grafemas, a compreenso do valor sonoro correspondente a determinadas representaes; o que no existe o conhecimento da representao correta convencionalmente.

ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOIII Seminrio de Estgio Supervisionado e Prticas de EnsinoNessa perspectiva, podemos dizer que as escritas meza para mesa, ou cuadoro para quadro; caja para caixa, ou sinelo, para chinelo; e bilileta para bicicleta so todas alfabticas.As duas primeiras escritas so alfabticas, mas no ortogrficas: foram utilizadas letras que representam o fonema correto, embora no sejam adequadas para essas palavras em especial. So escritas que correspondem expectativa colocada para o 2 ano.Nas trs ltimas escritas, ainda que sejam alfabticas, podemos identificar a ausncia de uso de letra correta do ponto de vista do valor sonoro, e no da ortografia para representar o fonema: no possvel utilizar aquela letra para representar aquele fonema em nenhuma palavra. So, portanto, escritas que correspondem expectativa colocada para o 1 ano.A seguir analisaremos mais alguns exemplos de escrita produzidos por um aluno do 1 ano de uma escola estadual.

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