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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE ASSESSORAMENTO, DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PREFEITURA DE BENTO GONÇALVES - RS SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL BENTO GONÇALVES, 23 DE FEVEREIRO DE 2015.

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE ASSESSORAMENTO, … · Orgânica da Assistência Social” - LOAS, é o instrumento legal que vem para estabelecer e direcionar os desenhos institucionais

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1

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE ASSESSORAMENTO, DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

PREFEITURA DE BENTO GONÇALVES - RS SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

BENTO GONÇALVES, 23 DE FEVEREIRO DE 2015.

2

MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES - RS

Prefeito Municipal

GUILHERME RECH PASIN

Secretária Municipal de Habitação e Assistência Social

ROSALI FACCIO FORNAZIER

Departamento de Assistência Social

CRISTIANE ROHRIG FERRONATTO

Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social

MARIA DAS GRAÇAS LORENZINI

Elaboração

CRISTIANE RÖHRIG FERRONATO Diretora do Departamento de Assistência Social da Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social SIMONE MENEGOTTO Assessora Técnica do Departamento de Assistência Social da Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social

3

Parecer do CMAS

Data da reunião: 26/02/2015

Ata nº: 01

Resolução nº: 03/2015

APROVAÇÃO DO

CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

4

Estas Orientações Técnicas estão sendo apresentadas de modo

preliminar, como parte da construção coletiva de conhecimentos e saberes

sobre Assessoramento, Defesa e Garantia de Direitos na Política de

Assistência Social. Não havendo maiores orientações e construções sobre sua

organização, tomamos como referência principal a Resolução nº 27 do CNAS,

datada de 19 de setembro de 2011.

Este documento tem como propósito orientar e apoiar as entidades e

organizações de assistência social, bem como os Programas, Projetos e

Serviços de Assistência Social do Município na implantação, na coordenação,

no planejamento, na execução e no acompanhamento da Defesa e Garantia de

Direitos, servindo ao mesmo tempo, como catalisador de novos saberes sobre

esta área ainda pouco discutida, ampliando a autonomia e participação social e

contribuindo com a política pública de assistência social, a partir das entidades

e da realidade do município.

Assim sendo, o recebimento de contribuições será de extrema valia para

garantir a sua qualidade e atualização. Destina-se, portanto, a gestores, órgãos

de controle social, equipes técnicas do SUAS - Proteção Social Básica e

Proteção Social Especial, bem como aos demais atores parceiros, Conselhos

de Direitos, órgãos e entidades que atuam na garantia e defesa de direitos.

Os conceitos e concepções aqui incluídos têm como referência a Política

Nacional de Assistência Social – PNAS/2004; a Norma Operacional Básica do

Sistema Único da Assistência Social – NOB/SUAS/2005, atualizada em 2012; a

NOB/RH/SUAS/2006; a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais

do SUAS/2009; Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social –

CNAS, nº 16 de 05 de maio de 2010, e Resolução do Conselho Nacional de

Assistência Social - CNAS, nº 27 de 19 de setembro de 2011.

APRESENTAÇÃO

5

1 A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, O SUAS, O ASSESSORAMENTO E A DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS ......................................................

07

2 CONCEITOS E CONCEPÇÕES ACERCA DO SERVIÇO ...............................

10

3 RELAÇÃO COM A TIPIFICAÇÃO .................................................................... 11

3.1 Assessoramento político, técnico, administrativo e financeiro .......................... 12

3.2 Sistematização e disseminação de projetos inovadores de inclusão cidadã, que possam apresentar soluções alternativas para enfrentamento da pobreza, a serem incorporadas nas políticas públicas ......................................

12

3.3 Estímulo ao desenvolvimento integral sustentável das comunidades, cadeias organizativas, redes de empreendimentos e à geração de renda .....................

13

3.4 Produção e socialização de estudos e pesquisas que ampliem o conhecimento da sociedade sobre os seus direitos de cidadania e da política de assistência social, bem como dos gestores públicos, trabalhadores e entidades com atuação preponderante ou não na assistência social subsidiando-os na formulação, implementação e avaliação da política de assistência social ...............................................................................................

13

3.5 Promoção da defesa de direitos já estabelecidos através de distintas formas de ação e reivindicação na esfera política e no contexto da sociedade, inclusive por meio da articulação com órgãos públicos e privados de defesa de direitos ..........................................................................................................

14

3.6 Reivindicação da construção de novos direitos fundados em novos conhecimentos e padrões de atuação reconhecidos nacional e internacionalmente ............................................................................................

14

3.7 Formação político - cidadã de grupos populares, nela incluindo capacitação de conselheiros/as e lideranças populares ........................................................

15

3.8 Desenvolvimento de ações de monitoramento e controle popular sobre o alcance de direitos socioassistenciais e a existência de suas violações, tornando públicas as diferentes formas em que se expressam e requerendo do poder público serviço, programas e projetos de assistência social ..............

15

4 FORMA DE ACESSO AOS USUÁRIOS ........................................................... 16

5 TRABALHO SOCIAL ESSENCIAL DAS ATIVIDADES ................................... 16

6 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS NAS ATIVIDADES .................... 17

ÍNDICE

6

7 CAPACIDADE DE ATENDIMENTO / COMPOSIÇÃO DA EQUIPE PROFISSIONAL / PERÍODO DE FUNCIONAMENTO .....................................

18

8 PROVISÕES ...................................................................................................... 18

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 20

LISTA DE SIGLAS ............................................................................................

22

7

A Constituição Federal de 1988 é um marco para uma mudança de

paradigma ao inaugurar a concepção de Seguridade Social como Política

Pública de Proteção Social, política de direitos, de responsabilidade do Estado,

formada pelo tripé Saúde, Previdência e Assistência Social. As políticas

sociais, segundo Pastorini (1997), “são concebidas como um conjunto de

ações, por parte do aparelho estatal, que tendem a diminuir as desigualdades

sociais.”.

A Assistência Social constitui:

(...) política pública, não contributiva, de direção universal, de responsabilidade estatal, como direito de cidadania, com potencialidade de ampliar os direitos sociais aos cidadãos, de acordo com suas necessidades, a partir de sua condição inerente de ser de direitos. (MDS, 2007)

A Lei Federal 8.742, de 07 de dezembro de 1993, conhecida como “Lei

Orgânica da Assistência Social” - LOAS, é o instrumento legal que vem para

estabelecer e direcionar os desenhos institucionais e do controle social para os

caminhos da construção da política nacional de assistência social. A LOAS,

segundo Pereira (1998), expressa “a reprodução de velhos embates em torno

da questão social e de velhas resistências em transformar a proteção ao pobre

em direito de cidadania.”

O período de 1994 a 2003, conforme MDS (2007) é um momento de

construção do sistema descentralizado e participativo, com a implantação dos

conselhos, fundos e planos nos três níveis de governo; realização de

conferências, organização da sociedade civil através de fóruns, buscando

romper com o modelo de decisão centralizada e unilateral. Segundo dados do

MDS (2007, p.24), são marcos neste período “a 1ª Política Nacional de

Assistência Social (1998) e as Normas Operacionais Básicas, NOB 1 (1998) e

NOB 2 (1999) que reafirmaram os princípios e diretrizes da LOAS”. As NOBs

delimitaram ainda as competências das esferas de governo; criaram as

comissões intergestores para debater aspectos da gestão compartilhada com

representantes dos municípios, estados e União: as Comissões Intergestoras

Bipartites - CIBs e a Comissão Intergestora Tripartite – CIT; criaram regras

1. A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, O SUAS, O ASSESSORAMENTO E A DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS

8

para o financiamento dos programas, projetos e serviços, bem como os

repasses do fundo nacional.

No ano de 2004, o Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS

aprovou a nova Política Nacional de Assistência Social, propondo a construção

do Sistema Único da Assistência Social – SUAS.

O SUAS, aprovado em 2005, segundo Sposati (2006) constitui “uma

nova ordem da gestão da assistência social como política pública.” Trata-se de

um modelo de gestão que abrange todo o território nacional, articulando ações

das três esferas de governo, que introduz novas formas de gestão, organização

e de provisão no campo das ações continuadas da assistência social. Sua

gestão, segundo MDS (2014) visa “garantir a materialização dos objetivos da

assistência social presentes na LOAS e na PNAS, que são: a proteção social, a

vigilância socioassistencial e a defesa de direitos.”

O primeiro objetivo, que é a proteção social, se divide em básica e

especial, de média e de alta complexidade. É constituída por serviços,

programas, projetos e benefícios socioassistenciais que visam à garantia do

atendimento preventivo das situações de risco e o fortalecimento dos vínculos

familiares e comunitários, bem como a reestruturação dos grupos familiares e

fortalecimento das funções protetivas das famílias.

A vigilância socioassistencial, segundo objetivo, conforme o MDS (2014)

trata da realização do diagnóstico territorializado que viabilize a identificação

das áreas de risco e vulnerabilidade, proporcionando aos gestores o

conhecimento de seu município e de suas necessidades, no sentido de melhor

organizar as ações de assistência social.

O terceiro objetivo é a defesa de direitos, que se efetiva na medida em

que é garantido o acesso aos serviços ofertados pela rede socioassistencial de

forma igualitária e favorecendo a autonomia, a dignidade e o protagonismo dos

indivíduos e das famílias.

Relacionado ao terceiro objetivo, a Resolução 27 do Conselho Nacional

de Assistência Social, datada de 19/09/2011 em seu artigo segundo determina

que:

“As atividades de assessoramento e de defesa e garantia de direitos compõem o conjunto das ofertas e atenções da política pública de assistência social articuladas à rede socioassistencial, por possibilitarem a abertura de espaços e oportunidades para o exercício da cidadania ativa, no campo socioassistencial, a criação de

9

espaços para a defesa dos direitos socioassistenciais, bem como o fortalecimento da organização, autonomia e protagonismo do usuário.”

Refere ainda em seu parágrafo único que: “A dimensão ética e política

da defesa de direitos perpassa todas as ofertas e atenções da política pública

de assistência social, sem prejuízo daquelas atividades, iniciativas ou

organizações constituídas especificamente para esse fim”.

Estes novos conceitos e bases estruturantes do SUAS, cuja concepção

de atendimento, conforme refere Yazbeck (in, Brasil 2008. p.109) “deixam o

campo do voluntarismo e passam a operar sob estrutura de uma política

pública de Estado”, dentro da lógica descentralizadora abrem discussão para

as demandas e a organização do sistema nos estados e municípios brasileiros.

Constituem marcos regulativos da Política de Assistência Social:

Constituição Federal de 1988;

LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social - Lei Nº 8.742/1993 e sua

alteração por meio da Lei nº 12.435/2011;

Política Nacional de Assistência Social – PNAS - Resolução Conselho

Nacional de Assistência Social - CNAS nº 145/2004;

Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social –

NOB/SUAS - Resolução CNAS nº 130/2005;

Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de

Assistência Social – NOB/RH/SUAS - Resolução CNAS nº 269/2006;

Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais do SUAS –

Resolução CNAS nº 109/2009.

Resolução CNAS nº 27, de 19/09/2011;

Resolução CNAS nº 33, de 12/12/2012;

Resolução CNAS nº 34, de 28/11/2011.

10

Segundo o MDS, as entidades de assistência social fazem parte do

Sistema Único de Assistência Social – SUAS, como prestadoras

complementares de serviços socioassistenciais e como co-gestoras, por meio

da participação nos conselhos de assistência social.

São consideradas entidades de atendimento aquelas que prestam

serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de

prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em

situações de vulnerabilidade e/ou risco social e pessoal, conforme Resolução

CNAS nº 109/2005, Resolução CNAS nº 33/2011 e Resolução CNAS nº

34/2011.

As entidades de assessoramento são as que, de forma continuada,

permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos

voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das

organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao

público da política de assistência social, conforme Resolução CNAS nº

27/2011.

As entidades de defesa e garantia de direitos são aquelas que, também

de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam

programas ou projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos

direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da

cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos

públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência

social, conforme Resolução CNAS nº 27/2011.

Importante salientar que as atividades de assessoramento, defesa e

garantia de direitos compõem o conjunto das ofertas e atenções da política

pública de assistência social, articuladas à rede socioassistencial, por

possibilitarem a abertura de espaços e oportunidades para o exercício da

cidadania ativa, no campo socioassistencial, bem como o fortalecimento da

organização, autonomia e protagonismo do usuário, e tem seu conteúdo e

caracterização expostos na Resolução CNAS nº 27 de 2011.

2 . CONCEITOS E CONCEPÇÕES ACERCA DO SERVIÇO

11

O CNAS, por meio da Resolução nº 27/2011, apresenta uma matriz para

caracterização do assessoramento e da defesa e garantia de direitos na

política de assistência social, considerando que é mais adequada sua

caracterização do que tipificação em virtude da natureza das atividades.

São atividades constituintes desta matriz:

1. Assessoramento político, técnico, administrativo e financeiro;

2. Sistematização e disseminação de projetos inovadores de inclusão

cidadã, que possam apresentar soluções alternativas para

enfrentamento da pobreza, a serem incorporadas nas políticas públicas;

3. Estímulo ao desenvolvimento integral sustentável das comunidades,

cadeias organizativas, redes de empreendimentos e à geração de renda;

4. Produção e socialização de estudos e pesquisas que ampliem o

conhecimento da sociedade sobre os seus direitos de cidadania e da

política de assistência social, bem como dos gestores públicos,

trabalhadores e entidades com atuação preponderante ou não na

assistência social subsidiando-os na formulação, implementação e

avaliação da política de assistência social;

5. Promoção da defesa de direitos já estabelecidos através de distintas

formas de ação e reivindicação na esfera política e no contexto da

sociedade, inclusive por meio da articulação com órgãos públicos e

privados de defesa de direitos;

6. Reivindicação da construção de novos direitos fundados em novos

conhecimentos e padrões de atuação reconhecidos nacional e

internacionalmente;

7. Formação político cidadã de grupos populares, nela incluindo

capacitação de conselheiros/as e lideranças populares;

8. Desenvolvimento de ações de monitoramento e controle popular sobre o

alcance de direitos socioassistenciais e a existência de suas violações,

tornando públicas as diferentes formas em que se expressam e

requerendo do poder público serviços, programas e projetos de

assistência social.

3. RELAÇÃO COM A TIPIFICAÇÃO

12

A. Objetivos:

a) Fortalecer a participação, autonomia e protagonismo de movimentos sociais,

organizações e grupos populares e de usuários;

b) Identificar as potencialidades, mobilizar e organizar grupos e lideranças

locais, por meio de sua articulação com a política de assistência social e

demais políticas públicas;

c) Subsidiar a intervenção nas instâncias e espaços de participação

democrática;

d) Fortalecer e qualificar as entidades e organizações quanto ao seu

planejamento, captação de recursos, gestão, monitoramento, avaliação, oferta

e execução dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais e

para sua atuação na defesa e garantia de direitos.

B. Público Alvo:

a) Prioritariamente famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos

pessoais e sociais;

b) Grupos e organizações de usuários e movimentos sociais;

c) Entidades com atuação preponderante ou não na área de assistência social.

A. Objetivo:

a) Fomentar e apoiar projetos de inclusão cidadã, com base nas

vulnerabilidades e riscos identificados no diagnóstico socioterritorial, que visem

o enfrentamento da pobreza e o desenvolvimento social e econômico.

3.1. ASSESSORAMENTO POLÍTICO, TÉCNICO, ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

3.2. SISTEMATIZAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE PROJETOS INOVADORES DE INCLUSÃO CIDADÃ, QUE POSSAM APRESENTAR SOLUÇÕES ALTERNATIVAS PARA

ENFRENTAMENTO DA POBREZA, A SEREM INCORPORADAS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

13

B. Público Alvo:

a) Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos pessoais e

sociais;

b) Grupos e organizações de usuários e movimentos sociais.

A. Objetivos:

a) Favorecer a inserção no mundo do trabalho, por meio da identificação de

potencialidades do território, desde o planejamento, estruturação,

monitoramento e avaliação das ações de inclusão produtiva em âmbito local e

da articulação com o sistema público do trabalho, emprego e renda;

b) Potencializar o desenvolvimento do empreendedorismo e da capacidade de

autogestão, na perspectiva da economia solidária.

B. Público Alvo:

a) Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos pessoais e

sociais;

b) Grupos e organizações de usuários e movimentos sociais.

A. Objetivos:

a) Ampliar o conhecimento público sobre a política de assistência social;

b) Incorporar o conhecimento produzido pela sociedade sobre a defesa dos

direitos de cidadania, na perspectiva da intersetorialidade, como referência na

formulação, implementação e avaliação da política de assistência social;

3.3. ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL SUSTENTÁVEL DAS COMUNIDADES, CADEIAS ORGANIZATIVAS, REDES DE EMPREENDIMENTOS E À

GERAÇÃO DE RENDA

3.4. PRODUÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS QUE AMPLIEM O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE SOBRE OS SEUS DIREITOS DE CIDADANIA E DA

POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, BEM COMO DOS GESTORES PÚBLICOS, TRABALHADORES E ENTIDADES COM ATUAÇÃO PREPONDERANTE OU NÃO NA ASSISTÊNCIA SOCIAL SUBSIDIANDO-OS NA FORMULAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E

AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

14

c) Subsidiar a formulação, implementação e avaliação da política de

assistência social.

B. Público Alvo:

a) Prioritariamente famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos

pessoais e sociais;

b) Grupos e organizações de usuários, movimentos sociais;

c) Gestores, trabalhadores e entidades com atuação preponderante ou não na

Assistência Social.

A. Objetivos:

a) Fortalecer o protagonismo dos usuários na defesa dos seus direitos de

cidadania;

b) Acessar∕promover os direitos de cidadania já estabelecidos.

B. Público Alvo:

a) Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos pessoais e

sociais;

b) Grupos e organizações de usuários e movimentos sociais.

A. Objetivo:

a) Buscar o reconhecimento de novos direitos de cidadania e acesso à

proteção social.

3.5. PROMOÇÃO DA DEFESA DE DIREITOS JÁ ESTABELECIDOS ATRAVÉS DE DISTINTAS FORMAS DE AÇÃO E REIVINDICAÇÃO NA ESFERA POLÍTICA E NO

CONTEXTO DA SOCIEDADE, INCLUSIVE POR MEIO DA ARTICULAÇÃO COM ÓRGÃOS PÚBLICOS E PRIVADOS DE DEFESA DE DIREITOS

3.6. REIVINDICAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE NOVOS DIREITOS FUNDADOS EM NOVOS CONHECIMENTOS E PADRÕES DE ATUAÇÃO RECONHECIDOS NACIONAL E

INTERNACIONALMENTE

15

B. Público Alvo:

a) Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos pessoais e

sociais;

b) Grupos e organizações de usuários e movimentos sociais.

A. Objetivo:

a) Promover acesso a conhecimento, meios, recursos e metodologias

direcionadas ao aumento da participação social e ao fortalecimento do

protagonismo dos usuários na reivindicação dos direitos de cidadania.

B. Público Alvo:

a) Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos pessoais e

sociais;

b) Grupos e organizações de usuários, movimentos sociais e conselheiros.

A. Objetivos:

a) Ampliar o acesso da população em geral às informações sobre a

implementação da política de assistência social;

b) Qualificar as intervenções nos espaços de participação democrática;

c) Aferir se a política de assistência está em consonância com as demandas da

sociedade.

3.7. FORMAÇÃO POLÍTICO CIDADÃ DE GRUPOS POPULARES, NELA INCLUINDO CAPACITAÇÃO DE CONSELHEIROS/AS E LIDERANÇAS POPULARES

3.8. DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE MONITORAMENTO E CONTROLE POPULAR SOBRE O ALCANCE DE DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS E A EXISTÊNCIA

DE SUAS VIOLAÇÕES, TORNANDO PÚBLICAS AS DIFERENTES FORMAS EM QUE SE EXPRESSAM E REQUERENDO DO PODER PÚBLICO SERVIÇO, PROGRAMAS E

PROJETOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

16

B. Público Alvo:

a) Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos pessoais e

sociais;

b) Grupos e organizações de usuários e movimentos sociais.

A Forma de acesso dos usuários nas ações de assessoramento e defesa e

garantia de direitos se dará por meio de:

Procura espontânea;

Busca ativa;

Encaminhamento da Secretaria de Assistência Social ou congênere do

município;

Encaminhamento dos Centros de Referência da Assistência Social –

CRAS;

Encaminhamento do Centro de Referência Especializado da Assistência

Social – CREAS;

Encaminhamento de Conselhos de Defesa de Direitos;

Encaminhamento de outras entidades de assistência social;

Encaminhamento pelas demais políticas públicas;

Por determinação judicial;

A partir da ocorrência das situações de emergências e de calamidade

pública;

Mediante a mobilização de equipe de plantão.

O trabalho social essencial para todas as ações desenvolvidas pelo

assessoramento, defesa e garantia de direitos, se dará por meio de:

Acolhida;

4. FORMA DE ACESSO DOS USUÁRIOS

5. TRABALHO SOCIAL ESSENCIAL DAS ATIVIDADES

17

Escuta;

Orientação e encaminhamento para a rede de serviços locais;

Informação, comunicação e defesa de direitos;

Acesso à documentação pessoal;

Diagnóstico sócio econômico;

Articulação com a rede de serviços socioassistenciais;

Articulação com a rede de serviços de outras políticas públicas setoriais;

Articulação interinstitucional com os demais órgãos do Sistema de

Garantia de Direitos;

Orientação jurídica social;

Mobilização para o exercício da cidadania;

Elaboração de relatórios;

Trabalho interdisciplinar;

Estímulo ao convívio familiar, grupal e social;

Promoção de cursos, formações e capacitações;

Estímulo à mobilização e fortalecimento do convívio e redes sociais de

apoio;

Monitoramento e avaliação dos serviços.

a) Fortalecimento da cidadania dos usuários;

b) Qualificação da intervenção e protagonismo dos sujeitos nos espaços de

participação democrática, como conselhos, comissões locais, conferências,

fóruns, audiências públicas, entre outros;

c) Efetivação de direitos e ampliação do acesso à proteção social;

d) Qualificação dos serviços, programas, projetos e benefícios ofertados pela

rede socioassistencial;

e) Fortalecimento e autonomia dos sujeitos, grupos e comunidades por meio

das redes de produção solidária regional/local e da utilização de tecnologias

inovadoras;

6. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS DAS ATIVIDADES

18

f) Socialização dos conhecimentos produzidos junto aos diferentes atores da

política de assistência social;

g) Incidência na redução da pobreza e demais vulnerabilidades e riscos sociais.

- Atividades essenciais

Da mesma forma como qualquer serviço, programa, projeto e benefício

realizado no âmbito da assistência social, as ações de assessoramento e

defesa e garantia de direitos deverão ser ofertadas de forma gratuita aos

usuários.

Sugere-se que o atendimento de assessoramento e defesa e garantia de

direitos seja ofertado durante a semana, ficando a cargo do ofertante o

planejamento do cronograma de ações.

Os recursos humanos disponibilizados pelo ofertante deverão estar de

acordo com a NOB RH SUAS e a resolução nº 17 CNAS, de 20 de junho de

2011, que define os profissionais de nível superior que poderão compor as

equipes do SUAS. O ofertante deverá disponibilizar no mínimo 1 técnico de

nível superior, em consonância com a legislação, e 1 auxiliar administrativo. A

carga horária destes profissionais deve estar compatível com o plano de

trabalho da entidade.

O espaço físico onde serão realizadas as ações de assessoramento e

defesa e garantia de direitos deverá prever condições de acessibilidade de

acordo com a ABNT.

Referente à estrutura física, se fará necessário:

Espaços destinados para recepção;

7. CAPACIDADE DE ATENDIMENTO / COMPOSIÇÃO DA EQUIPE PROFISSIONAL /

PERÍODO DE FUNCIONAMENTO

8. PROVISÕES

19

Sala(s) de atendimento individualizado;

Sala(s) de atividades coletivas e comunitárias;

Sala para atividades administrativas;

Instalações sanitárias;

Adequada iluminação, ventilação, conservação, privacidade,

salubridade, limpeza e acessibilidade em todos seus ambientes, de

acordo com as normas da ABNT.

Recursos Materiais

Materiais permanentes e materiais de consumo necessários ao

desenvolvimento das atividades, tais como: mobiliário, computadores, entre

outros;

Materiais Socioeducativos

Artigos pedagógicos, culturais e esportivos;

Banco de Dados de usuários (as) de benefícios e serviços socioassistenciais;

Banco de Dados dos serviços socioassistenciais.

20

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF,2012. Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br/legislacao>. Acesso em: fev. 2014. ______. Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em 08 jan. 2014. ______. Política Nacional de Assistência Social- PNAS/2004. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social, Brasília, 2005. ______. Sistema Único da Assistência Social SUAS: Configurando os Eixos da Mudança. Ministério do Desenvolvimento Social a Combate à Fome. Caderno 2. Nº 2- ano 2- março de 2007. ______. Resolução Nº 27, de 19 de setembro de 2011. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/resolucoes/...2011/cnas.../download/ . Acesso em 18 fev. 2015. ______. Resolução N° 33, de 28 de novembro de 2011. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/legislacao/resolucoes/arquivos-2011/arquivos-2011/. Acesso em 08 jan. 2015.

_____. Resolução Nº 34, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/resolucoes/...2011/cnas.../download/. Acesso em 18 fev. 2015. ______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. CapacitaSUAS. Volume 2. Desafios da Gestão do SUAS nos Municípios e Estados. Brasília, 2014. PASTORINI, Alejandra. Quem mexe os fios da políticas sociais? Avanços e limites da categoria “concessão-conquista”.In: Revista Serviço Social e Sociedade nº 53, São Paulo. Ano XVIII. Cortez Editora.1997. PEREIRA, Potiara Amazoneida Pereira. [PDF] [PDF]Sobre a política de assistência social no Brasil. - Política social e democracia, 2001 - blogs.al.ce.gov.br .

REFERÊNCIAS

21

http://scholar.google.com.br/scholar?q=%22a+pol%C3%ADtica+de+assistencia+social+no+brasil%22&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5. Acesso em: 25/03/2014. _____ . In: Revista Serviço Social e Sociedade nº 56. São Paulo. Ano XIX. Cortez Editora, 1998. SPOSATI, Aldaíza. O primeiro ano do Sistema Único de Assistência Social. In: Revista Serviço Social e Sociedade nº 87. São Paulo. Cortez Editora, 2006. TAPAJÓS, Luizieli. [PDF][PDF] VA Gestão da Informação em Assistência Social - Rede SUAS, 2009 - mds.gov.br. Disponível em: http://scholar.google.com.br/scholar?q=related:r24Z_d8Pmw8J:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5. Acesso em: 25/03/2014. YAZBEK, Maria Carmelita. Estado, Políticas Sociais e Implementação do SUAS. In: SUAS: Configurando os Eixos da Mudança. Ministério do Desenvolvimento Social a Combate à Fome. Capacita SUAS. Volume 1. Brasília, 2008.

22

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS CIB – COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE CIT – COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE CMAS – CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CNAS – CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL LOAS – LEI ORGÂNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL MDS – MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO E COMBATE À FOME NOB/RH/SUAS – NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE RECURSOS HUMANOS DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS – NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PNAS – POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

LISTA DE SIGLAS