Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Estatística e Probabilidade no Ensino Médio: uma proposta por meio
da Investigação Matemática.
Autor Kerllen Elizabeth Bozza de Lima Rosa
Disciplina/Área Matemática
Escola de Implementação Colégio Estadual Princesa Izabel, Ensino
Fundamental, Médio e Formação de Docentes
Município da escola Três Barras do Paraná
NRE Cascavel
Professor Orientador IES Porfa Drª Dulcyene Maria Ribeiro
IES vinculada UNIOESTE – Campus de Cascavel
Resumo
Cada vez mais o ser humano está desafiado a analisar e compreender tudo que diz respeito à sua existência, pois chega a ele um grande número de informações relacionadas aos mais variados assuntos, exigindo-se que este esteja atento às diversas informações. Compete a ele selecionar, compreender, relacionar, interpretar, criar significados, tudo isso em um pequeno intervalo de tempo. O estudo da Estatística pode ajudar nessa tarefa, já que possibilita compreender como as informações estão postas e como elas estão organizadas. Parte dos seus conceitos estão incorporados ao dia a dia da maioria das pessoas e não somente como um conteúdo escolar. Além disso, os documentos oficiais da Educação Básica, nos últimos anos, têm colocado uma forte relevância para o estudo da Estatística, do Tratamento da Informação e da Probabilidade no Ensino Fundamental e Médio. Então nesse trabalho, escolhi como conteúdo a ser abordado nas atividades em sala de aula a Estatística e Probabilidade. Para isso vou adotar como metodologia a Investigação Matemática. Essa será uma forma para aprofundar meus estudos sobre essa proposta metodológica e ao mesmo tempo verificar se é uma metodologia adequada para o trabalho com Estatística e Probabilidade com os alunos do Ensino Médio.
Palavras-chave Ensino Médio; Investigação Matemática; Estatística e
Probabilidade.
Formato Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Estudantes do 3º Ano do Ensino Médio
2
INTRODUÇÃO
Este trabalho é um requisito para a certificação do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE e está organizado na forma de unidade
didática. O objetivo deste trabalho é desenvolver atividades de Estatística e
Probabilidade por meio da Investigação Matemática. A unidade didática contempla o
Terceiro Ano do Ensino Médio podendo ser reestruturado para as outras séries do
Ensino Médio, Ensino Fundamental e para Formação de Docentes.
As atividades serão desenvolvidas em sala de aula na maioria em grupos.
Assim os alunos poderão trocar ideias, investigar, fazer tentativas, como forma de
aprimorar seus conhecimentos nas situações-problemas. Entendemos que o
trabalho coletivo deve ser considerado como um fator fundamental tanto nas
interações sociais quanto no desenvolvimento cognitivo.
Serão abordados vários conteúdos, como porcentagem, média, média
aritmética e ponderada, moda, mediana, desvio médio, variância, desvio padrão,
construção de gráficos e tabelas. Os alunos irão coletar dados, analisar, selecionar,
compreender, relacionar, interpretar, criar significados, investigar, elaborar suas
conjecturas relacionadas aos conceitos da Estatística e Probabilidade.
O tempo determinado para a aplicação das atividades dessa unidade didática
é de trinta de duas horas/aula. A presença do professor será constante, sendo o
mediador desse processo de aprendizagem, intervindo sempre que necessário.
A Estatística é utilizada em sala de aula, na maioria das vezes, somente
como uma forma de organização de dados, através de gráficos e tabelas e muitas
das atividades propostas são repetições previamente estabelecidas.
A decisão de conciliar Estatística e Probabilidade com Investigação
Matemática foi tomada por considerar que os conteúdos de Estatística e
Probabilidade são importantes na formação crítica e humana dos cidadãos e que a
linguagem estatística faz parte do dia a dia da sociedade.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná - DCE
(2008, p.60) afirmam que,
os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que
sejam incorporadas às experiências do cotidiano.
3
E corroborando com Lopes e Ferreira (2004, p.2), as DCE (2008, p. 61)
defendem que no Ensino Médio, os conteúdos de Estatística e Probabilidade devem
estar interrelacionados de modo que o estudante perceba as vinculações entre os
mesmos.
Ao tratar das Investigações Estatísticas e Probabilidade para os alunos do
Ensino Médio, temos que analisar o quanto a Investigação Matemática contribuirá
para o desempenho individual e coletivo do aluno e de que maneira esta
metodologia auxiliará na compreensão das situações que serão geradas, analisando
como será a capacidade de formular e conduzir determinadas investigações.
Com isso, diante de tantas incertezas busca-se responder à questão central
que norteia este estudo: A Investigação Matemática pode contribuir para o Ensino e
Aprendizagem de Estatística e Probabilidade no Ensino Médio?
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Os conhecimentos matemáticos estão inseridos no cotidiano desde as
civilizações mais antigas. A Matemática tratada como uma ciência prática e bastante
utilitária tem possibilitado aos que dela se utilizam um saber prático e dinâmico.
As DCE relatam que
A aprendizagem em Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios. (PARANÀ, 2008, p.45)
É importante que se discuta o processo que envolve a construção do
conhecimento matemático, valorizando o contexto natural, social e cultural no qual o
ser humano está inserido.
Em relação ao ensino da Estatística e Probabilidade encontram-se diversas
opiniões de como ele deveria se dar. Muitas são as contribuições que essas áreas
do conhecimento trazem para o processo de ensino e aprendizagem. Nas atividades
que realiza diariamente, os tais conteúdos estão sempre presentes, pois, no mundo
atual a Estatística vem se tornando na vida dos seres humanos uma presença
4
constante, caracterizada pela organização, interpretação de dados, sínteses e pela
resolução de problemas.
A Estatística vem se destacando no processo de ensino e aprendizagem,
pois faz com o que aluno desenvolva o pensamento estatístico, podendo ter uma
visão mais própria de como organizar e analisar informações, possibilitando a
compreensão e a interpretação adequada de dados que se fizerem necessário.
Na Educação Básica, propõe-se que o trabalho com estatística se faça por
meio de um processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde
sua coleta até os cálculos finais. “É o estudante que busca, seleciona, faz
conjecturas, analisa e interpreta as informações para, em seguida, apresenta-la para
o grupo sua classe ou sua comunidade” (WODEWOTZKI; JACOBINI, 2004, p.233).
O ensino dessa temática permite que o aluno elabore seus conceitos e
métodos para coletar, organizar diferentes informações, independente da realidade
que lhe é exposta.
Conforme as DCE (2008, p. 61), o estudo da Estatística contribui
significativamente para as questões que abordavam a Probabilidade, favorecendo o
desenvolvimento das atividades que podem ser úteis no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos.
A integração da probabilidade com estatística possibilita “um ensino com características interdisciplinares”, de modo a oferecer ao estudante conhecimentos menos fragmentados por meio de experiências que propiciem observações e conclusões, contribuindo para a formação do pensamento matemático. PARANÀ, 2008, p. 61)
E ao fazer uso tanto da Estatística quanto da Probabilidade é necessário que
o aluno consiga dar significados as ideias estatísticas e ao mesmo tempo ao
pensamento probabilístico. Para que isso se torne possível este deverá ser capaz de
fazer interpretações com base em conjuntos, representações ou mesmo em um
resumo de dados.
INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA
As investigações matemáticas em sala de aula podem viabilizar a produção
do conhecimento matemático. As atividades propostas, na maioria das vezes são
realizadas em equipes, fazendo com que a elaboração de hipóteses e os relatos
produzidos pelos alunos deem significados à matemática. Além disso, a troca de
5
informações com os demais grupos leva o aluno a verificar outras situações, outras
formas de realização de uma determinada situação-problema. Isso fará com que o
aluno possa construir o seu próprio conhecimento matemático.
De acordo com Ponte, Brocardo e Oliveira (2009) as investigações podem ter
situações simples ou não tão simples. O importante é que o aluno possa levantar
suas hipóteses, fazendo suas descobertas, agindo de maneira em que ele possa
elaborar seus argumentos.
Investigar em Matemática assume características muito próprias, conduzindo rapidamente à formulação de conjecturas que se procuram testar e provar, se for o caso. As investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-demonstração. (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2009, p. 10).
Ao utilizar a Investigação Matemática para realizar as tarefas das situações-
problemas tem-se a expectativa, enquanto professor, de que o aluno consiga
apropriar-se efetivamente do conhecimento, que tenha despertado a vontade de
estudar, de construir estratégias, de formular questões e conjecturas e de por em
prática as estratégias formuladas.
Ponte, Brocardo e Oliveira (2009, p.47), “[...] o professor é chamado a
desempenhar um conjunto de papéis bem diversos no decorrer de uma
investigação: desafiar os alunos, avaliar o seu progresso, raciocinar
matematicamente e apoiar o trabalho deles”.
Cabe ao professor ser o mediador na realização das atividades
investigativas, desafiando e motivando, proporcionando a autonomia necessária
para que os alunos investiguem, pois os resultados também dependem da sua
conduta e da maneira como conduzir as atividades.
INVESTIGAÇÕES EM ESTATÍSTICA
Investigações em Estatística é uma temática que vem tomando um lugar de
destaque no processo de ensino e aprendizagem, já que desempenha um papel de
grande importância na educação para a cidadania.
Ponte, Brocardo e Oliveira (2009, p.91) relatam:
[...] a Estatística constitui uma importante ferramenta para a realização de projetos e investigações em numerosos domínios, sendo usada no
6
planejamento, na recolha e análise de dados e na realização de inferências para tomar decisões. A sua linguagem e conceitos são utilizados em cada passo do dia a dia para apoiar afirmações em domínios como a saúde, o desporto, a educação, a ciência, a economia e a política. Todo cidadão precisa saber quando um argumento estatístico está ou não a ser utilizado com propriedade.
Em Estatística, as investigações devem ser desenvolvidas com muita
atenção, para que não sejam tomadas decisões imediatas e prematuras. É preciso
que o professor dê autonomia para que os alunos investiguem, analisem, observem,
formulem questões e reúnam dados para o entendimento das questões
investigativas abordadas.
Ao enfatizar sobre as investigações em Estatística, Ponte, Brocardo e
Oliveira (2009, p.105) argumentam que:
O ensino da Estatística assume uma perspectiva investigativa quando o seu objetivo fundamental é o desenvolvimento da capacidade de formular e conduzir investigações recorrendo a dados de natureza quantitativa. Os alunos trabalham então com problemas reais, participando em todas as fases do processo que tem o seu início na formulação do problema, passa pela escolha dos métodos de recolha de dados, envolve a organização, representação, sistematização, e interpretação dos dados, e culmina com o tirar de conclusões finais.
As Investigações Estatísticas, relacionadas às várias situações-problemas do
dia a dia, proporcionam desafios à imaginação, estimulam o raciocínio lógico,
oportunizam ao aluno pensar estaticamente, observando, argumentado, construindo
estratégias, conjecturando, favorecendo a análise critica das informações, para
chegar à conclusão relacionada ao mundo real, valorizando a importância da
Estatística na sociedade.
[...] será necessário encarar a Estatística como um processo que envolve a realização de investigações, formulando questões, recolhendo, representando, organizando e interpretando dados, fazendo inferências e, a partir daí, colocando novas questões e reiniciando o ciclo investigativo. (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2009, p. 108)
Deve-se ressaltar a necessidade em fazer com que os alunos conheçam e ao
mesmo tempo respeitem a visão do outro em relação a algumas interpretações
estatísticas, pois muitas opiniões podem ser geradas com base em um dado
estatístico. A seguir, tendo este referencial teórico como bases estão descritas as
atividades planejadas para o momento da implementação do trabalho pedagógico.
7
ATIVIDADES INVESTIGATIVAS NA SALA DE AULA
Iniciarei o trabalho explanando para os alunos o que é Investigação
Matemática. Temos que estar atentos ao que uma aula investigativa requer.
Explicarei quais os meus objetivos e que tenho a intenção de leva-los a ter uma
postura diferente do cotidiano, propondo que discutam, testem, façam conjecturas e
validem seus resultados, sempre discutindo com o grupo as hipóteses e as
generalizações.
Atividade 1 – Problematização e Planejamento (2 aulas)
Nessa primeira atividade será decidido em conjunto com a turma o tipo de
pesquisa que será realizada, bem como, o tema que cada grupo irá escolher para
investigar, ou se será o mesmo tema para a turma toda. Será definida nesse
momento também qual a população alvo e se o trabalho de investigação será feito
por recenseamento ou por amostragem.
A atividade se resume em praticamente cinco itens, apresentados a seguir:
a) Divisão da turma em pequenos grupos;
b) Escolha dos temas;
c) Estudo do tema para estabelecimento dos objetivos do estudo;
d) Escolha da população alvo (somente na escola);
Censo é o conjunto de dados estatísticos que informa diferentes características dos habitantes de uma cidade, um estado ou uma nação. O censo ou recenseamento demográfico é um “retrato” da população que mostra quem são, onde estão e como vivem os habitantes de determinada nação. Por meio do censo é possível acompanhar a evolução de uma população ao longo do tempo.
Estudo por Amostragem é o estudo de um pequeno grupo de elementos retirado de uma população (estatística) que se pretende conhecer. Trata-se de uma técnica de pesquisa na qual um sistema preestabelecido de amostras é considerado idôneo para representar o universo pesquisado, com margem de erro aceitável.
8
e) Escolha do tipo de pesquisa: recenseamento ou amostragem.
Espera-se que a população alvo seja os alunos da própria turma, para que a
coleta de informações possa ser realizada na sala de aula mesmo. Caso não seja
essa a opção, espera-se que os alunos escolham como população alguma turma da
escola, que seja do mesmo turno que eles, evitando a locomoção dos alunos em
outros períodos, pois alguns deles moram no interior do Município e a participação
efetiva no grupo ficaria comprometida.
Atividade 2 – Planejamento (1 aula)
Essa atividade se dará após serem definidas pelo grupo algumas questões,
para que os alunos analisem e descrevam suas escolhas.
a) Porque o grupo escolheu esse tema para realizar este processo de
investigação?
b) O que levou o grupo à escolha da população alvo?
c) Comente sobre o que levou à escolha do tipo de pesquisa adotado.
Atividade 3 - Planejamento (1 aula)
Nesse momento serão estabelecidas as variáveis estatísticas. Cada elemento
pertencente à escolha das variáveis será associado a uma característica de
interesse.
a) Em sua opinião, o que são variáveis estatísticas?
b) Existe alguma relação entre qualitativa e quantitativa? Justifique.
Variável Qualitativa: São aquelas que se baseiam em qualidades e não podem
ser mensuradas numericamente. Uma variável é qualitativa quando seus possíveis
valores são categorias. Estas ainda se subdividem em:
Variável Qualitativa Ordinal: São aquelas que podem ser colocadas em ordem, por
exemplo, a classe social (A, B, C, D ou E).
Variável Qualitativa Nominal: São aquelas que não podem ser hierarquizadas ou
ordenadas, não tem nenhuma ordem de variações, como a cor dos olhos, o local de
nascimento, sexo, carreira, região onde mora.
9
Atividade 4 – Planejamento (2 aulas)
Para entenderem o que pode acontecer durante a coleta de informações, os
alunos serão levados a refletirem sobre questionários mal elaborados e o papel dos
entrevistadores. A professora apresentará alguns questionários utilizados em
atividades de pesquisas que não foram bem elaborados, que levavam a duplas
interpretações, cujas respostas levavam apenas a sim ou não e que não levava ao
que o pesquisador realmente precisava. Os seguintes questionamentos podem ser
feitos:
a) Você já havia realizado algum tipo de pesquisa? Já foi entrevistado? Foi
sincero em responder as questões quando solicitado? Teve alguma pergunta que
houve resistência a ser respondida?
b) Em sua opinião as pessoas gostam/aprovam esse tipo de trabalho (do
pesquisador)?
c) Ao se colocar no papel de pesquisador, você encontrou alguma resistência
por parte do entrevistado?
d) Você acredita que eles foram verdadeiros em suas respostas? Faça suas
anotações.
Atividade 5 – Elaboração dos questionários (3 aulas)
Após discutir sobre como os questionários devem ser montados e sobre as
variáveis estatísticas, os alunos deverão elaborar o questionário para coleta de
dados.
Variável Quantitativa: São aquelas que são numericamente mensuráveis, ou
seja, que seus possíveis valores podem ser numéricos ou de contagem. Estas ainda se
subdividem em:
Variável Quantitativa Discreta: o conjunto de resultados possíveis podem ser finito ou
enumerável. Exemplo: número de filhos, idade da esposa e etc.
Variável Quantitativa Contínua: os valores formam um intervalo ou união de números
reais. Exemplo: peso, altura, pressão sistólica, nível de açúcar no sangue.
10
A intenção é que cada grupo escolha variáveis que serão investigadas. A
professora tem o papel de orientar nessas escolhas, para que variáveis a serem
pesquisadas não se repitam nos grupos e que, ao mesmo tempo, haja escolha de
variáveis quantitativas e qualitativas em cada grupo. No fim espera-se juntar as
questões elaboradas pelos grupos em um mesmo questionário.
Atividade 6 – Coleta de dados (2 aula)
Caso a população alvo seja o grupo de alunos da turma, o questionário será
respondido na própria sala de aula. Caso não seja essa a população, será previsto
posteriormente como será feito o trabalho de coleta de dados.
Atividade 7 – Organização dos Dados (3 aulas)
Depois de coletados os dados se iniciará as Investigações Matemáticas
propriamente ditas. Será definida com os alunos a maneira como os dados serão
organizados, a montagem das tabelas e a distribuição de frequências.
Após esse momento de estruturação e direcionamento do trabalho, algumas
indagações também poderão acontecer, como exemplo:
a) O grupo teve dificuldade em organizar os dados coletados? Comente.
b) Qual a probabilidade de se obter respostas iguais, mesmo tendo um
público diferenciado, seja ele por gênero, por costumes ou por aspectos
geográficos?
c) O que de mais relevante o grupo pode relatar?
Atividade 8 – Análises (9 aulas)
Partindo dos dados recolhidos e organizados em tabelas e gráficos pelos
alunos, serão realizados os primeiros cálculos, pelos quais os alunos poderão
constatar e investigar qual a realidade que a população entrevistada se encontra. Os
alunos analisarão situações-problemas relacionadas à porcentagem, média
11
aritmética, moda, mediana, variância e desvio padrão e também probabilidade.
Esses conceitos serão estudados à medida que forem sendo necessários para as
interpretações e análises do grupo.
As questões seguintes são algumas das que nortearão essas tarefas:
a) Teve alguma resposta entre os entrevistados que apareceu com muita
frequência?
b) Organize os elementos coletados em ordem crescente e em seguida
encontre o termo médio dos dados coletados.
c) Compare o termo médio encontrado com os extremos dessa frequência e
verifique se existe uma relação.
d) Em relação aos dados coletados verifique o quanto cada elemento
representa deste total.
e) Vocês conseguem estabelecer alguma regularidade entre as questões
respondidas? Exemplifique.
Atividade 9 – Abordagem para tratar dos tipos de gráficos (5 aulas)
Nesta atividade será discutido com os grupos sobre tipos de gráficos. Depois,
de acordo com os dados que o grupo obteve, deverão escolher os tipos de gráficos
que utilizarão. Será informado a eles que deverão fazer uso de pelo menos dois
modelos de gráficos.
Em seguida responderão:
a) Qual motivo conduziu o grupo a optar por esses dois modelos de gráficos?
Relate.
b) Analisando os gráficos que o grupo construiu, quais foram as dificuldades
encontradas?
Atividade 10 – Conclusões (2 aulas)
Após a realização das atividades de investigações matemáticas e
estatísticas relacionadas às situações-problemas que foram feitas e a partir dos
dados coletados e discutidos primeiramente em grupo, será então, exposto para a
12
turma os resultados obtidos com essa investigação, as construções de tabelas e
gráficos, entre outros para que os alunos possam analisar e estabelecer conclusões.
Atividade 11 – Avaliação (2 aula)
Nessa atividade os alunos avaliarão o desenvolvimento do trabalho, o
envolvimento deles próprios e seus conhecimentos sobre os conteúdos abordados.
Isso deverá ser feito por meio de um material escrito.
REFERÊNCIAS FIORENTINI, Dario; LORENZATO, Sergio. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas: Autores Associados, 2006. JACOBINI, Otávio Roberto; WODEWOTZKI, Maria Lucia L. O ensino da estatística no contexto da educação matemática. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani [et al.]. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Matemática, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Paraná, 2008. PONTE, João Pedro da; BROCARDO, Joana; OLIVEIRA, Hélia. Investigações Matemáticas na Sala de Aula. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. SANTANA, Mario de Souza; Bean, Dale William; Investigações Estatísticas no Ensino Médio: uma proposta de atividades para o desenvolvimento do letramento estatístico. Universidade Federal de Ouro Preto; Instituto de Ciências Exatas e Biológicas – ICEB. Disponível em: <www.ppgedmat.ufop.br/arquivos/produto-
educacional_Mario.pdf>. Acesso em: 24.10.2013.