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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …...que, dentro de nossas instituições existe a possibilidade de expressão coletiva da comunidade. Com a promulgação da Lei de Diretrizes

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE – SEED - PR UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE- CAMPUS

CASCAVEL

Professora PDE: Lurdes Pauluk Giaretta

Orientador: Prof Dr Fábio Lopes Alves

Área de Concentração: Gestão Escolar

CASCAVEL

2013

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO–PEDAGÓGICA - TURMA - PDE/2013

Título: A legalidade das ações escolares: um estudo sobre alguns documentos base.

Autor Lurdes Pauluk Giaretta

Disciplina/Área Gestão Escolar

Escola de

Implementação do

Projeto

Colégio Estadual Luiz Augusto Morais Rego – Ensino Fundamental, Médio e Profissional

Município da escola Toledo

Núcleo Regional de

Educação

Toledo

Professor Orientador Prof. Dr. Fabio Lopes Alves

Instituição de Ensino

Superior

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste –

Campus Cascavel

Relação

Interdisciplinar

Resumo

(descrever a

justificativa, objetivos e

metodologia utilizada. A

informação deverá

conter no máximo 1300

caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou

Times New Roman,

tamanho 12 e

espaçamento simples)

Este material pretende abordar a necessidade de coerência entre os documentos base de uma instituição de ensino. O nosso ponto de partida será o Projeto Político Pedagógico, por compreender que este documento orienta todo o fazer da instituição, depois passaremos pelo Regimento Escolar, pela Matriz Curricular, pelo Calendário Escolar e finalizaremos pelo Livro Registro de Classe, entendendo que neste último encontra-se a síntese de todos os demais documentos. O ponto de chegada neste material é a garantia da legalidade das ações da instituição de ensino, evitando, assim, confrontos no âmbito destas e com as demais instâncias. Analisaremos o resultado da pesquisa (por amostragem) realizada pela professora PDE e os dados levantados por ela em visita in loco em instituições públicas estaduais do município de Toledo para análise dos seus documentos base.

Palavras-chave Registros Escolares, coerência entre os documentos base,

legalidade das ações da escola

Formato do Material Didático-Pedagógiico

Caderno Temático com 1 Unidade e 2 Subunidades

Público Alvo

Diretores, Pedagogos, Professores e Agentes Educacionais das instituições públicas estaduais do município de Toledo e Técnicos do NRE Toledo.

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SUMÁRIO

Apresentação .......................................................................................................... 1 1 Unidade: Alguns Documentos Base da Instituição de Ensino .............................. 4 2 Subunidade I – Registro da Carga Horária e dos Dias Letivos .......................... 20

3 Subunidade II - Registros do Sistema de Avaliação/Recuperação (peso das

avaliações e instrumentos) .................................................................................... 32

4 Referências ........................................................................................................ 46

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Caro Educador:

Este “Caderno Temático” faz parte da produção didático-pedagógica

requerida aos professores participantes do Programa de Desenvolvimento

Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – PDE, turma

2013/2014.

O título deste caderno temático é A legalidade das ações escolares: um

estudo sobre alguns documentos base. Tendo como objetivo orientar direção,

pedagogos, professores e secretários das instituições públicas estaduais de

ensino do município de Toledo sobre a importância de não ocorrerem

divergências entre os conteúdos dos documentos oficiais (Projeto Político

Pedagógico/PPP, Proposta Pedagógica Curricular/PPC, Regimento Escolar/RE,

Matriz Curricular/MC, Calendário Escolar/CE e Livros Registros de Classe/LRC) e

destes com a prática diária na instituição, garantindo a legalidade das suas ações.

A escolha do tema deste Caderno leva

em conta os anos de trabalho no Núcleo

Regional de Educação de Toledo, órgão este

em que recaem questionamentos e até

mesmo denúncias referentes à incoerência

das ações e dos registros escolares

produzidos pela instituição de ensino,

considerando o contido nos documentos que

norteiam as ações da escola.

Iniciaremos o estudo a partir do PPP, por compreendermos que este

documento orienta todo o fazer da instituição, depois passaremos pelo RE, pela

PPC, pela MC, pelo CE e finalizaremos pelo LRC, entendendo que neste último

encontra-se a síntese de todos os demais documentos.

Ao trabalhar este tema, o que se pretende é orientar os educadores, sobre a

necessidade de coerência1 entre os documentos da instituição, a fim de garantir a

1 Coerência, neste projeto, significa harmonia entre os documentos legais da instituição de ensino.

O que se pretende: orientar os educadores sobre a

necessidade de coerência entre os documentos da

instituição a fim garantir a legalidade das ações e como

consequência reduzir ou prevenir conflitos.

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legalidade das ações e, como consequência, reduzir ou prevenir conflitos dentro

da instituição e até mesmo junto da Ouvidoria do Núcleo Regional de Educação

ou da Secretaria de Estado da Educação.

Esse Caderno Temático está organizado em uma Unidade que se divide

em duas subunidades.

Unidade: Alguns Documentos Base da Instituição de Ensino.

Subunidade I: Registros da Carga Horária e dos Dias letivos;

Subunidade II: Registros do Sistema de Avaliação/Recuperação (peso das

avaliações e instrumentos);

Anterior à construção deste Caderno Temático foi elaborado o Projeto de

Intervenção Pedagógica, tarefa obrigatória para o primeiro semestre do ano letivo

de 2013. Posteriormente, com a aprovação do projeto, fomos a campo para a

pesquisa (por amostragem).

A coleta de dados foi realizada de duas formas:

Aplicou-se um instrumento de pesquisa aos diferentes segmentos da

comunidade escolar interna de 4 (quatro) instituições estaduais do

município de Toledo. Somando um total geral de 104 (cento e quatro)

respondentes, sendo: 47 (quarenta e sete) Professores, 14 (quatorze)

Diretores e Pedagogos, 18 (dezoito) Agentes Educacionais II e 25 (vinte e

cinco) Agentes Educacionais I.

Visita em 3 (três) instituições públicas estaduais do município de Toledo

para análise dos seus documentos base: PPP, RE, MC, CE e LRC de 2

(duas) turmas (ano letivo de 2012), de cada uma das instituições

escolhidas, perfazendo um total de 6

(seis) turmas analisadas.

Esta produção não tem a intenção de

encontrar culpados, mas sim de configurar-se,

no momento da implementação, em uma

oportunidade de estudo, análise e discussão,

sobre a importância dos documentos oficiais,

muito além de simples normas, os quais devem ser construídos na coletividade,

transformando-se em instrumento necessário para a organização de uma

comunidade escolar e, ainda, como comprovação do trabalho realizado.

Esta produção não tem a

intenção de achar culpados,

mas sim, criar uma

oportunidade de estudo,

análise e discussão.

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Após a analise do instrumento de pesquisa e dos documentos das

instituições, optou-se por trabalhar 2 (dois) aspectos em especial: carga horária e

dias letivos mínimos exigidos e sistema de avaliação/recuperação (peso das

avaliações e instrumentos). Veremos como estes temas estão postos na

legislação vigente e os registros encontrados na coleta de dados, uma vez que

estas temáticas se mantêm muito presente nos conflitos gerados dentro e fora da

instituição de ensino.

Este material será utilizado na implementação do Projeto de Intervenção

Pedagógica no município de Toledo, no ano de 2014, por meio de Grupo de

Estudos, divididos por segmentos específicos das instituições públicas estaduais

do município de Toledo e Técnicos do NRE Toledo (diretores e Técnicos

Pedagógicos do NRE Toledo, Pedagogos e Técnicos Pedagógicos do NRE

Toledo, Professores e Técnicos Pedagógicos do NRE Toledo e Secretários e

Técnicos Administrativos do NRE Toledo)

Os participantes serão certificados via Curso de Extensão junto à

UNIOESTE, sendo que a carga horária do curso será de 16 (dezesseis) horas

para cada grupo/segmento (grupo de diretores e Técnicos NRE, grupo de

Pedagogos e Técnicos NRE, grupo de Professores e Técnicos NRE e grupo de

Agentes Educacionais e Técnicos NRE), tendo 2 (dois) encontros presenciais de

4 (quatro) horas cada e 8 (oito) horas a distância.

Com este formato, no momento à distância, o educador participante do

grupo de estudos terá a possibilidade de visualizar os documentos da instituição

onde atua e retornar para o segundo encontro presencial, com informações para

comparar as já levantadas nas pesquisas realizadas.

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Para efeito de existência social é fundamental um mínimo de organização.

Assim, torna-se necessário a edição de certas regras para que o convívio seja

harmonioso. Estas normas determinam limites, possibilidades de atuação,

direitos, deveres e proibições.

Na Constituição Federal de 1988, entre outros princípios, está posto o

pluralismo de ideias e a liberdade de gestão democrática. Assim, entendemos

que, dentro de nossas instituições existe a possibilidade de expressão coletiva da

comunidade.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional–

LDBN nº 9394/96 a gestão democrática é ratificada nos artigos 12, 13 e 14, sendo

utilizados os termos proposta pedagógica e projeto pedagógico da escola.

A partir da LDB inúmeros documentos foram editados, tais como: o Plano

Nacional de Educação, Pareceres do Conselho Nacional, Deliberações e

Pareceres do Conselho Estadual e normativas da Secretaria de Estado da

Educação do Estado do Paraná/SEED, os quais trouxeram orientações e

embasaram as primeiras discussões em torno da reelaboração do projeto político-

pedagógico/PPP, o qual deveria ser construído com base em dois princípios:

autonomia e democracia.

Ser autor das normas permite primeiramente conhecê-las na íntegra e no

decorrer da prática, se necessário, revê-la, e desta renúncia surgirá o dissenso,

que poderá contribuir para a construção de uma nova prática, garantindo

novamente o exercício da democracia.

Para Cury (2002), é somente por meio da sabedoria popular ou

coletividade que se dá a autoridade, pois assim, ela se reconhece como sujeito e

objeto e se apropria das normas da qual ela própria é autora.

Assim, para Barbosa, o Projeto Político-Pedagógico é um projeto

emancipador, pois

[...] o Projeto Político Pedagógico compreende processos vividos nas práticas educativas das escolas e estes não acontecem tal como são prescritos pelos órgãos reguladores, pois as vivências cotidianas e as exigências e necessidades de cada escola são

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heterogêneas. Portanto, os Projetos Políticos Pedagógicos partem de orientações oficiais e são recriados e ressignificados de acordo com as necessidades de cada escola (BARBOSA, 2012, p. 235).

Sob este enfoque, fica claro que compete à instituição de ensino definir os

fundamentos teóricos, a concepção de homem, de educação, de conhecimento e

cultura que correspondem à sua realidade, apresentando, assim, quais

conhecimentos seus estudantes precisam aprender para que estes possam ser

úteis para a sua vida e como consequência ocorra a transformação da sociedade

onde estão inseridos.

Um educador quando pensa em uma determinada instituição logo vem à

sua mente como será seu PPP. Para Veiga (2003), um projeto busca um rumo,

assim sendo, é uma ação intencional. Em uma unidade escolar, o projeto é

político por estar articulado ao compromisso com a formação cidadã dos seus

educandos e é pedagógico ao definir as ações educativas a fim de cumprir seus

propósitos e sua intencionalidade.

A proposta pedagógica deve ser implantada de dentro para fora, partindo

da realidade local e, numa caminhada constante, num processo de construção

permanente e contínuo, pois sempre haverá a necessidade de avaliação e

reformulação dos pontos frágeis, visando melhoria das práticas educativas.

Uma proposta pedagógica é um caminho, não é um lugar. Uma proposta pedagógica é construída no caminho, no caminhar. Toda proposta pedagógica tem uma história que precisa ser contada. Toda proposta contém uma aposta. Nasce de uma realidade que pergunta e é também busca de uma resposta. Toda proposta é situada, traz consigo o lugar de onde fala e a gama de valores que a constitui; traz também as dificuldades que enfrenta, os problemas que precisam ser superados e a direção que a orienta

(KRAMER, 1997, p.19).

Ao considerar que uma proposta pedagógica é construída no caminho, é

um caminhar, Kramer (1997) repudia os modelos prontos e acabados. As

normativas estão postas para nortear os caminhos a seguir, porém quem constrói

a imagem de sua instituição é ela mesma, pois a partir do Projeto Político

Pedagógico devem surgir os demais documentos que irão desenhar sua prática

educativa, tais como: A Proposta Pedagógica Curricular/PPC, o Regimento

Escolar/RE, o Plano de Trabalho Docente/PTD, a Matriz Curricular/MC, o

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Charge 01

Compreendendo que o Regimento Escolar foi

construído na coletivamente, todos o conhecem e revestidos de suas normas desenvolvem

sua prática diária.

Calendário Escolar/CE e, em consequência

destes, o Livro Registro de Classe/LRC. Sua

prática jamais poderá estar desvinculada destes

documentos base.

No PPP encontramos a essência do

trabalho de uma instituição, já a normatização e a

regulamentação das suas ações estão garantidas

no seu RE, pois é ele que estrutura e define os

rumos da instituição, identifica a unidade escolar e

descreve sua organização didático-pedagógica,

administrativa e disciplinar. Nele estão regulamentadas e legitimadas as questões

relativas ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, é o

documento que dá legalidade às ações da escola.

Com a construção coletiva do RE, a instituição por meio do debate se

transforma em um espaço de construção de normas comuns.

[...] o regimento, discutido e aprovado pela comunidade escolar e conhecido por todos, constitui-se em um dos instrumentos de execução, com transparência e responsabilidade, do seu projeto político-pedagógico. As normas nele definidas servem, portanto, para reger o trabalho pedagógico e a vida da instituição escolar, em consonância com o projeto político-pedagógico e com a legislação e as normas educacionais (PARECER nº 07/10 – CNE/CEB, 2010, p. 47).

No Estado do Paraná, o que determina as normas para a elaboração do

RE nos estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino é a Deliberação nº

16/99-CEE. No parágrafo único do artigo 1º da presente Deliberação está explícito

que cabe a cada estabelecimento de ensino a elaboração do seu RE “por

expressar a organização da forma jurídica e político-pedagógica da unidade

escolar”.

Por ser o RE, o instrumento legal

que dá identidade à unidade escolar e a

individualiza, organizando todo o seu

funcionamento, ele deve ser dinâmico,

dando agilidade no desenvolvimento das

Fonte: CREPALDI, 2013

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A Matriz Curricular deve ser

entendida como a expressão do

currículo escolar, é onde está

organizado o tempo e o espaço

curricular.

ações. Ainda, compreendendo que ele foi construído na coletividade, todos o

conhecem e revestidos de suas normas desenvolvem sua prática diária.

Já na Proposta Pedagógica Curricular/PPC, inserida dentro do PPP, é

onde consta a organização curricular. E é na construção do currículo que se

concebe a ressignificação da cultura herdada e reconstrução das identidades

culturais, remodelando a instituição de acordo com suas raízes.

Para Veiga (2003, p. 26-27) currículo é um “elemento constitutivo da

organização escolar”, onde, por meio dele, ocorre a “interação entre sujeitos que

têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente”.

Ainda, o currículo é considerado como a “construção social do conhecimento”

pois, a “produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma

metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar.”

Conforme artigo 13 da Resolução CNE/CEB nº 4/10, a qual Define as

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, o currículo deve

assumir “[...] como referência, os princípios educacionais garantidos à educação”,

assim, “[...] configura-se como o conjunto de valores e práticas que proporcionam

a produção, a socialização de significados no espaço social e contribuem

intensamente para a construção de identidades socioculturais dos educandos”.

Entre os componentes curriculares, deve estar a formalização de uma

Matriz Curricular/MC sendo a alternativa que embasa a gestão do currículo

escolar e fornece subsídios para a gestão da escola.

A MC está dividida em Base Nacional Comum e Parte Diversificada, sendo

que a integração entre ambas é fundamental para que o currículo tenha sentido. A

Parte Diversificada é quem dará o tom à

unidade escolar, pois ao mesmo tempo em

que ela deve enriquecer e complementar a

base nacional comum, também é aqui que

deverá ocorrer o diferencial entre as

unidades escolares, pois nela deverão

aparecer as características regionais e locais da sociedade, da cultura, da

economia e da comunidade escolar.

Embora pela Instrução nº 020/12 – SEED/SUED o Governo do Estado do

Paraná implantou matriz curricular única para o Ensino Fundamental.

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A matriz curricular deve ser entendida como a expressão do currículo

escolar, é onde está organizado o tempo e o espaço curricular e também a

distribuição e controle da carga horária docente. A duração de cada aula deve

constar explicitamente no PPP. Essas aulas somadas devem totalizar no mínimo

oitocentas horas, ministradas em pelo menos duzentos dias letivos, conforme

prevê nossa LDB. Aparece aí mais um documento base da instituição: o

Calendário Escolar/CE, o qual será tratado detalhadamente na subunidade I.

O Livro Registro de Classe/LRC é a síntese final dos demais documentos

escolares de uma instituição, já

elencados. A soma de todos os LRC de

uma turma sintetiza o ano letivo do aluno.

Por isso, não há como falar em legalidade

sem confrontá-los junto aos demais

documentos. Também, o inverso é

verdadeiro, ele é um importante

instrumento a ser tomado como referência

na reelaboração dos demais documentos

da escola, pois contém dados da realidade escolar, não é apenas uma exigência

burocrática, é um referencial do trabalho realizado em sala de aula. Ainda é nele

que encontramos o registro de toda a dinâmica desenvolvida no ambiente escolar,

assim, ele serve também para a reflexão da prática de ensino e da aprendizagem.

O confronto entre todos os LRC de uma determinada turma nos possibilita

o diagnóstico dela e de cada aluno. Dessa forma podemos perceber quais alunos

necessitam de uma maior intervenção e quais estão apenas com problemas

pontuais. Os registros das avaliações e das recuperações de estudos são

instrumentos para reflexão sobre a metodologia aplicada. Momentos como a hora

atividade, conselhos de classe e reuniões pedagógicas são importantes para a

redefinição das práticas educativas e reorganização pedagógica da escola, para

superação da evasão e repetência.

Por isto, o LRC não pode conter erro, pois se assim ocorrer ficará passivo

de contestação que, quando comprovado, se transformará em documento de

defesa do requerente. Daí a necessidade da coerência entre os documentos da

escola e destes com a legislação vigente e em consonância com sua prática. Os

O Livro Registro de Classe é a síntese final dos demais documentos escolares de

uma instituição A soma de todos os LRC de uma turma,

sintetiza o ano letivo do aluno. Ele contém dados da

realidade escolar, não é apenas uma exigência

burocrática, é um referencial do trabalho

realizado em sala de aula.

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registros devem assegurar o direito dos alunos e dar legalidade à prática dos

docentes.

Por ser o documento legal que explicita como foi realizado aquilo que foi

planejado e, em consonância aos demais documentos da escola e do professor,

transforma- se em instrumento de democratização, legitimadas pela relação entre

os que atuam na instituição, uma vez que ele é a referência da

efetivação/construção das ações pedagógicas.

Com este olhar, a Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná,

mantenedora das instituições públicas estaduais deste Estado, estabeleceu as

normas para preenchimento do LRC na sua rede de Ensino por meio da Instrução

n º 07/10-SEED/DAE/CDE.

A referida instrução foi editada devido à necessidade de padronizar os

procedimentos de registros de forma que a escrituração da vida escolar do aluno

garanta a qualquer tempo a integridade e a veracidade das informações nele

prestadas.

O LRC é obrigatório, sendo este, a única forma oficial para registro da

frequência, do aproveitamento e dos conteúdos ministrados. Assim sendo, ele se

configura em um referencial de dados e registros do processo de ensino

aprendizagem, ele é a expressão do PPP, da PPC e a concretização do Plano de

Trabalho Docente e, dele são transcritos os dados para o Sistema de Registro

Escolar - SERE, o qual forma a base de dados para emissão da documentação

que comprova a Vida Legal do Aluno.

Ele é um documento da escola, portanto durante o ano letivo em vigência,

o mesmo deve permanecer na instituição sob a responsabilidade da secretaria

escolar e equipe da direção, de forma que seja facilitada a consulta ou

comprovação das atividades realizadas, caso seja necessário, resguardando os

direitos dos docentes e discentes, no decorrer do ano letivo.

Após o término do ano letivo em vigência, o LRC, torna-se parte do arquivo

da instituição, uma vez que deverá ficar arquivado pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Os registros precisam ser claros, pois havendo dúvidas ou divergências

nos demais documentos, é no LRC que se fará consulta, pois ele é a fonte

geradora de registros, assim, nota-se a importância da seriedade na escrituração

da vida escolar de cada educando. A qualquer momento ele pode ser solicitado

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pelos pais, alunos, equipes da instituição e se for alvo de denúncia poderá ser

necessário encaminhá-lo a outras instâncias para análise.

Agora que já tratamos sobre documentos base de uma instituição, vejamos o

resultado da pesquisa (por amostragem), por meio do questionário aplicado na

Semana Pedagógica do mês de julho/2013 em 4 (quatro) instituições públicas

estaduais do Município de Toledo, somando um total de 104 (cento e quatro)

respondentes, sendo os mesmos: Professores, Diretores e Pedagogos, Agentes

Educacionais II e Agentes Educacionais I. 2

01- O Projeto Político Pedagógico/PPP é: (03) Um documento elaborado para cumprir exigências burocráticas;

(95) um documento base da instituição de ensino, pois nele encontra-se a

essência do trabalho de uma instituição de ensino e é ele quem dá a direção de

todas as suas ações;

(06) um documento elaborado pela equipe pedagógica e nele constam as

orientações necessárias para todos os encaminhamentos da instituição.

02 – Você conhece na íntegra o PPP e o Regimento Escolar desta instituição? (64) Sim (40) Não 03 – Na sua opinião todos os integrantes da comunidade escolar interna conhecem o PPP e o Regimento Escolar desta instituição? (15) Sim (13) Não (76) Parcialmente 04 – Em quantas instituições você atua? (65) uma (22) duas (17) três ou mais

2 o número constante dentro dos parênteses representa o número de respondentes de cada

alternativa

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05 – Há quantos anos está atuando nesta instituição?

(34) um ano

(16) dois a três anos

(07) quatro a cinco anos

(47) mais que cinco anos

06 – O que está posto como direcionamento pedagógico no PPP desta

instituição auxilia sua prática em sala de aula?

(73) Sim (03) Não (28) Eventualmente

07 – Sua escola proporciona momentos de discussão para a realimentação do PPP e do Regimento Escolar? (56) Sim (11) Não (37) Eventualmente

08 – Se respondeu não ou eventualmente, porque isto acontece?

(28) Por falta de tempo disponível para momentos de discussões.

(03) Por falta de interesse da maioria dos professores e funcionários.

(17) Por falta de tempo e também de interesse.

09 – Você sempre é convidado para participar de momentos de discussões

e realimentação do PPP e do Regimento Escolar e demais documentos

desta instituição?

(87) Sim (17) Não

10 – Você se sente à vontade em participar da construção/realimentação

dos documentos desta instituição?

(49) Sim, pois conheço estes documentos na íntegra.

(12) Não, porque não conheço os documentos e por não ter familiaridade com

eles, penso que não poderei contribuir muito.

(40) Sim, apesar de não conhecer os documentos acredito que posso contribuir

para melhoria da instituição.

(03) Não responderam

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11 – Você conhece detalhadamente a realidade desta comunidade escolar,

ou seja, o perfil dos seus alunos e toma isto como referência no

desenvolvimento do seu trabalho?

(64) Sim (02) Não (37) parcialmente (01) não respondeu

12 – Para você, de quem é a competência para elaboração do PPP e do

Regimento Escolar de uma instituição?

(01) Direção e Equipe Pedagógica

(87) Toda a comunidade Escolar, incluindo alunos e pais

(14) Somente da equipe interna da escola (direção, professores, pedagogos e

funcionários).

(02) Não respondeu

13 – Em sua opinião, todas as pessoas que atuam nesta instituição

conhecem seu sistema de avaliação e todos trabalham, na prática, como

previsto no PPP e no Regimento Escolar?

(51) sim (51) Não (02) Não respondeu

14 – Ocorre com frequência análise e avaliação para verificar se a teoria

proposta no PPP e a regulamentação contida no Regimento Escolar é o que

está sendo efetivado na prática?

(47) Sim (17) Não (38) Raramente (02) Não respondeu

15 – Em anos anteriores, quando ocorria uma alteração na matriz curricular,

toda a comunidade escolar era convocada para a discussão e alterações

necessárias?

(24) Sim (33) Não (38) Eventualmente (09) Não responderam

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16- Quando o Regimento Escola é utilizado na escola?

(08) Quando ocorre um ato de indisciplina ou a família recorre de uma ação da

instituição.

(72) Ele sempre é consultado para qualquer ação que a escola venha

desenvolver.

(20) Para consultar direitos e deveres.

(04) Não responderam

17 – O PPP e o Regimento Escolar são documentos que se encontram de

fácil acesso na instituição, para toda a comunidade escolar?

(86) Sim (14) Não (04) Não responderam

18 – Você conhece na íntegra as instruções de preenchimento do Livro

Registro de Classe?3

(21) Sim, pois a equipe pedagógica sempre repassa as informações.

(06) Sim, pois já tive acesso e fiz a leitura de todos os documentos que orientam

sobre este tema.

(18) Trabalho em mais de uma instituição e faço conforme orientação de cada

uma delas.

(02) Não responderam.

19 – Você acha que apesar da escola pública conceber seu PPP dentro de

um contexto de políticas educacionais e que os discursos sobre sua

construção e implementação estão ligados às diretrizes e normas

existentes, ela pode, mesmo assim, criar sua identidade e exercer

autonomia nas suas ações?

(52) Sim (07) Não (43) Parcialmente (02) Não respondeu

3 Pergunta respondida somente pelos professores

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14

20 – Analise sua prática diária, seus registros e pense no contido no PPP,

no Regimento Escolar, na Matriz Curricular, Calendário Escolar e Livros

Registros de Classe de todos os professores da mesma turma. Será que ao

analisar a prática e visualizar todos estes documentos há coerência entre

eles garantindo assim a legalidade necessária?

(35) Sim, pois todos os envolvidos conhecem os documentos e trabalham na

prática como está previsto nestes.

(33) Não, por trabalharem em mais de uma escola e por falta de tempo, alguns

não conhecem na íntegra o contido nos documentos da escola.

(30) Não, porque embora conheçam os documentos e recebam as orientações

cada um tem sua forma de trabalho o que nem sempre resulta num consenso.

(06) Não responderam.

Isto posto, vamos para a análise de algumas das questões:

A) Os 40 que responderam que não conhecem na íntegra o PPP e o Regimento

Escolar da instituição atuam em quantas instituições?:

Gráfico 01

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

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15

B) Os 40 que responderam que não conhecem na íntegra o PPP e o Regimento

Escolar da instituição há quanto tempo estão nela?

Gráfico 02

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

C) Dos 40 que não conhecem na íntegra o PPP e o Regimento Escolar, 58%

responderam que estão na instituição de 2 anos a mais de 5 anos, estes

trabalham em quantas instituições?

Gráfico 03

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

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16

D) Dos 65 que atuam somente em 01 instituição, ao ser interrogado se o que está

posto no PPP e Regimento Escolar auxilia em sua prática, responderam:

Gráfico 04

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

E) Dos 65 que atuam somente em 01 instituição, 35% responderam sobre o que está

posto no PPP e no Regimento Escolar não auxiliar ou auxiliar eventualmente na

sua prática, estes, estão na instituição há quanto tempo?

Gráfico 05

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

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F) Na questão sobre se o profissional conhece detalhadamente a realidade da

comunidade escolar onde atua, ou seja, o perfil dos alunos e toma isto como

referência no desenvolvimento do seu trabalho, 02 responderam que não e 37

responderam que parcialmente. Estes 39 atuam há quanto tempo na instituição?

Gráfico 06

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

G) Os 58% que atuam de 02 a mais de 05 anos na instituição e não conhecem

detalhadamente a realidade escolar ou não tomam isto como referência atuam em

quantas instituições?

Gráfico 07

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

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18

Percebemos que a grande maioria dos entrevistados concebem o PPP como

um documento base da instituição de ensino, onde encontra-se a essência do

seu trabalho. Porém, apesar de ter consciência nem todos conhecem na íntegra o

PPP e o RE da instituição onde atuam. Ainda, opinaram que dentro da instituição

onde atuam a maioria dos integrantes da comunidade escolar não conhecem ou

conhecem parcialmente estes documentos, embora a maioria dos respondentes

afirme que a instituição proporciona momentos de discussão para a realimentação

do PPP e do Regimento Escolar/RE, e que os mesmos são convidados a

participar destas discussões.

Ao confrontarmos algumas das questões

obtivemos informações interessantes. Muitos

dos educadores que não conhecem o PPP e o

RE atuam em mais de 1 (uma) instituição e

estão exercendo atividades nela no máximo há

1 (um) ano. Mas há um percentual

representativo que atua somente em uma

instituição há mais de 2 (dois) anos. Houve

respondentes que afirmaram sobre o que está

posto no PPP e no RE não auxilia ou auxilia

parcialmente sua prática na instituição.

Quanto à questão sobre o preenchimento do LRC, percebemos que embora

exista uma instrução que orienta especificamente este tema, é pequeno o número

de respondentes que já fez a leitura das orientações, a grande maioria dos

respondentes segue apenas as orientações passadas pelos (as) pedagogos (as)

mesmo que sejam divergentes de uma instituição para outra.

Para a questão que solicita a análise da prática diária, dos registros

produzidos pelo educador, do contido no PPP, no RE, na MC, CE e LRC de todos

os professores da mesma turma e da prática do educador para visualizar se há

coerência entre eles garantindo assim a legalidade necessária, 63 (sessenta e

três) respondentes opinaram que não garante.

Para verificar se de fato os indicativos colhidos por meio do instrumento de

pesquisa se concretizam, foi realizada visita in loco em 03 (três) instituições

Fonte: CREPALDI, 2013

Charge 02

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19

publicas estaduais do município de Toledo, onde obteve-se acesso e foi analisado

o PPP, RE, MC, CE e todos os LRC do ano letivo de 2012, de 2 (duas) turmas de

cada uma das instituições, totalizando 6 (seis) turmas analisadas.

Após a analise de todos os documentos, percebeu-se que meu trabalho

ficaria muito amplo, então, diferentemente do que constava no Projeto de

Intervenção Pedagógica, optou-se por trabalhar detalhadamente 2 (dois) aspectos

que consideramos mais relevantes, que são: Carga Horária/dias letivos e Sistema

de Avaliação. Assim esta Unidade apresenta duas Subunidades, quais sejam:

Subunidade I – Registros da Carga Horária e dos Dias letivos;

Subunidade II – Registros do Sistema de Avaliação/Recuperação (peso das

avaliações e instrumentos);

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20

A carga horária mínima anual será

de oitocentas horas, distribuídas por

um mínimo de 200 dias de efetivo

trabalho escolar

A Lei de Diretrizes e Bases da

Educação – LDBN nº 9394/96 em seu

artigo 24, inciso I, define: “a carga horária

mínima anual será de

oitocentas horas, distribuídas

por um mínimo de 200 dias de efetivo

trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver”.

Ainda, o artigo 34 da mesma lei define: “A jornada escolar no Ensino Fundamental

incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo

progressivamente ampliado o período de permanência na escola”.

Desde a promulgação da Lei nº 9394/96 até os dias atuais foram inúmeras

as discussões e normativas emitidas tanto da esfera federal, como estadual e

municipal que orientam sobre a temática: dias letivos versus carga horária mínima

anual a ser cumprida.

Esclarecida esta primeira questão vêm à tona as discussões sobre que é

considerado “efetivo trabalho escolar”. A Deliberação CEE/CEB nº 02/02 do

Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná/ CEE, normatiza conforme

segue.

Art. 2°. São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual. Art. 3°. Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também, em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo. Parágrafo único. O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas (800)

horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei.

O Parecer do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação

Básica - CNE/CEB nº 16/2008 afirma que:

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Efetivo trabalho escolar: como definido nos pressupostos legais, LDB e Pareceres do Conselho Nacional de Educação, é compreendido por toda e qualquer atividade escolar, devidamente planejada, respaldada na Proposta Pedagógica da Unidade Escolar, que envolva a participação de professores e alunos, exigindo o controle de frequência.

Ainda no Parecer n° 631/97-CEE consta que

[...] Assim, os dias letivos consagrados ao trabalho escolar efetivo envolvendo os docentes e suas atividades de reflexão acerca de sua prática não podem ser contados como “horas letivas”, as quais exigem a presença física dos alunos.

Embasada na legislação citada e ainda, na Resolução nº. 4901/2011-

GS/SEED (Gabinete do Secretário/Secretaria de Estado da Educação), que

definiu o Calendário Escolar – 2012 para a rede pública estadual e conveniada do

Estado do Paraná, a Superintendência da Educação/SUED emite a Instrução nº

015/2011 – SUED/SEED, com fins de orientar as instituições do Sistema Estadual

de Ensino na elaboração do seu Calendário Escolar para o ano letivo de 2012.

Na instrução citada consta a necessidade do cumprimento dos 200 dias

letivos e 800 horas de efetivo trabalho escolar com os alunos e orienta que para a

rede pública estadual e conveniada serão utilizados os 5% (cinco por cento),

ficando já definido os dias que seriam letivos, porém, sem carga horária para os

alunos, sendo:

a) semana pedagógica: 02/02, 03/02, 06/02, 07/02, 19/07, 20/07;

b) 02 (dois) dias para formação continuada

c) 01 (um) dia para replanejamento;

d) 01 (um) dia para reunião pedagógica.

Ainda, no item 07 da mesma instrução, consta que “é de responsabilidade

das instituições pertencentes ao Sistema Estadual de Ensino, garantir a oferta

para todos os seus alunos, em todos os turnos de funcionamento de, no mínimo,

oitocentas horas anuais”. E no item 10 consta “[..] Nos casos em que houver

prejuízo de carga horária, deverá ser realizada a devida complementação de

carga horária para os alunos, a fim de garantir o cumprimento da lei quanto à

carga horária”.

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22

Charge 03

Diante do exposto, para fazermos o cálculo de carga horária trabalhada

pelas instituições estaduais do Estado do Paraná, precisamos primeiramente,

saber qual a carga horária diária trabalhada.

O Governo do Estado do Paraná, mantenedor das instituições estaduais,

por meio da Secretaria de Estado da Educação/SEED, definiu a duração da hora

aula, para sua rede. Assim sendo, vejamos:

1. Turno Diurno

05 aulas de 50 minutos = 250 minutos

250 minutos 60 minutos = 4h 10min (diários)

4h10min x 200 dias letivos = 833h 33min

2.Turno Noturno

3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos = 240 minutos

240 minutos 60 minutos = 4 horas

4 horas x 200 dias letivos = 800 horas

Dos 200 dias letivos, 10 dias foram utilizados com “efetivo trabalho

escolar”, sendo dia letivo, porém, sem carga horária para o aluno. Assim,

conforme o cálculo acima:

Para o diurno:

10 dias de 4h10min de efetivo trabalho escolar sem a presença dos alunos =

41h 40min

41h 40min menos 33h 33min que excedem das 800 horas é igual às 8h 07

min.

Neste caso, a escola deverá complementar apenas 8 horas.

Para o Noturno:

10 dias de 4 horas de efetivo trabalho

escolar sem a presença dos alunos, é

igual a 40 horas

Neste caso, a escola deverá

complementar 40 horas.

Para obter a soma da carga horária e

dias letivos trabalhados em cada turma de

uma instituição, se faz necessária a análise

de todos os Livros Registros de Classe dela.

Fonte: CREPALDI, 2013

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23

Fundamentada na Instrução 07/10 – SEED/DAE/CDE, que estabelece as

normas para o preenchimento do Livro Registro de Classe/LRC na Rede Estadual

de Ensino, a SEED, orienta o preenchimento do mesmo, quanto aos dias letivos

que não serão considerados carga horária para os alunos:

Quanto ao preenchimento do Livro Registro de Classe da rede estadual e conveniada: a) iniciar os registros a partir do dia 02/02; b) nos dias 02/02, 03/02, 06/02, 07/02, 19/07, 20/07, e nos 02(dois) dias definidos pelo NRE, registrar, respectivamente, semana pedagógica e formação continuada; no campo destinado à frequência, anular os espaços; no campo dos conteúdos, registrar: semana pedagógica/formação continuada; e, no campo Observações, registrar: amparo legal Deliberação N. 02/02-CEE; c) no dia da reunião pedagógica e no dia do replanejamento, no campo destinado à frequência, anular os espaços; no campo dos conteúdos, registrar reunião pedagógica ou replanejamento e, no campo Observações, registrar: amparo legal Deliberação N. 02/02-CEE. (Instrução nº 015/2011 – SUED/SEED).

E a Instrução nº 015/2011 – SUED/SEED orienta que, quando houver

complementação de carga horária deve ser registrado no campo frequência C

ou F para o aluno, no campo observações a data em que foi realizada a

complementação e no campo Conteúdo as atividades e conteúdos curriculares

trabalhados nesta complementação.

Assim sendo, analisou-se todos os LRC de 2 (duas) turmas de cada uma

das 3 (três) instituições escolhidas, num de total 6 (seis) turmas, conferindo a

carga horária registrada em cada disciplina/LRC com o intuito de verificar se os

registros neles realizados garantem o mínimo de 800 horas e 200 dias letivos

para cada um das turmas em análise.

Da análise:

1- Dos 10 (dez) dias contados como dias letivos, mas não como carga

horária para o aluno, para o ano letivo de 2012.

Embora tenha sido orientado para iniciar o registro no LRC a partir do dia

02/02, em alguns Livros apareceu o registro do dia 01/02 (Planejamento –

não letivo).

Para os dias 02/02, 03/02, 06/02, 07/02, 19/07, 20/07 (Semana

Pedagógica). Para cada LRC tomou-se o cuidado de observar quais dias da

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semana havia aula daquela disciplina na referida turma, houve registros

diversos:

a) Livros onde foram registrados no campo observação dos dias 02/02

a 06/02; 19/07 e 20/07 Semana Pedagógica, no Campo Conteúdo e

no Campo Frequência foram registrados conforme orientação,

somente os dias que havia aula da disciplina naquela turma, sendo

estes dias computados como aulas previstas e não dadas;

b) Livros onde foram registrados todos os dias, em todos os campos

contados como aulas previstas e não dadas, mesmo para os dias

em que não havia aula daquela disciplina na referida turma;

c) Ainda, em alguns Livros não houve registros de nem um dia. Houve

dias que havia aula da disciplina naquela turma.

Os 2 (dois) dias definidos pelo NRE para “Formação Continuada” para o

Município de Toledo foram 14/05 e 14/11, para estas datas não houve aula

em nenhuma instituição estadual do Município de Toledo, pois todos os

componentes da comunidade interna da instituição estavam participando

da formação. Registros encontrados:

a) Livros onde aparecem registros em todos os campos conforme

orientação;

b) Livros onde não aparece registro em campo algum, embora, naquele

dia da semana, havia aula daquela disciplina para a referida turma;

c) Livros onde foi feita a chamada no campo Frequência, registrado no

campo Conteúdo “Formação Continuada” ou “Formação em Ação”

e, ainda, em alguns livros foi considerado como aula prevista e

dada;

d) Livros onde aparece registro em todos os campos conforme

orientação e se considerou como aula prevista e não dada, mas

naquele dia da semana não havia aula daquela disciplina para a

referida turma;

Nos dias definidos para “Replanejamento” e “Reunião Pedagógica”:

a) Livros que aparecem registros conforme a orientação em todos os

campos;

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b) Livros que aparecem registros conforme orientação em todos os

campos, porém considerou aula prevista e dada;

c) Livros em que no campo Frequência fez chamada, no campo

Conteúdo não houve registro, mas considerou aula prevista e dada;

d) Livros em que registrou nos campos Observações e Conteúdos

corretamente (Replanejamento/Reunião Pedagógica), mas fez a

chamada dos alunos no campo Frequência e considerou aula

prevista e dada.

2 – Outras situações encontradas

a) Complementação de Carga horária

Livros nos quais consta registro de complementação de carga horária

corretos em todos os campos;

Livros nos quais aparece apenas no campo Observações complementação

da carga horária, mas nos demais campos não há registro e também não

contou como aula dada;

Livros nos quais foi registrado no campo Observações complementação de

carga horária referente ao dia, no campo Conteúdo foi registrado a mesma

observação do campo Observações;

Livros que constam complementação de carga horária, de horas que não

havia aula da disciplina naquela turma. Já em outros livros/turmas onde

haveria aula naquele dia da semana que está sendo complementado não

aparece registro algum de complementação de carga horária;

b) Reposição de dia letivo

Livros nos quais aparecem registros corretos em todos os campos;

Livros nos quais registrou apenas no campo Observações dia tal reposição

do “dia tal”. Nos demais campos não constam registros e também não

contou como aula dada;

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26

Livros nos quais no campo Observações registrou “dia tal” reposição do “dia

tal”, no campo Frequência fez chamada e contou como aula dada, apenas

no campo Conteúdo não apareceu ou registrou apenas a observação feita

no campo observações;

Livros nos quais foi registrado dia como reposição do “dia tal”, mas o dia

que está sendo reposto não havia aula daquela disciplina nesta turma;

c) Conselho de Classe e Reunião Pedagógica não letiva

Livros nos quais aparecem registros corretos em todos os campos;

Livros nos quais aparecem registro no campo Conteúdo “Conselho de

Classe” ou “Reunião pedagógica”, no campo Frequência traço vertical,

mas contou como aula dada;

Livros nos quais consta “Conselho de Classe” ou “Reunião Pedagógica” no

campo Conteúdo, mas no campo Frequência fez chamada e contou

como aula dada;

Livro no qual consta dia 25/09 como “Conselho de Classe”. Os demais

professores registraram como reposição do dia 30/08 esta data;

Livro no qual consta para o dia do Conselho de Classe conforme

Calendário Escolar registro de aula dada, inclusive com registro de

chamada dos alunos e nos livros dos demais professores consta

Conselho de Classe;

d) Paralisações, Feriados e Recessos

Livros nos quais aparecem registros corretos em todos os campos;

Livros nos quais constam para o dia do feriado/paralisação/recesso,

registrado no campo Conteúdo atividades desenvolvidas e no campo

Frequência fez chamada e contou como aula dada. Porém,

posteriormente foi feito o registro de reposição daquela data e

considerou os dois registros como aula dada;

Livro em que aparece no campo Frequência chamada dos alunos,

mas no campo Conteúdo consta paralisação e contou como aula

dada;

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Livros com registros no campo Observações dia tal reposição do dia

tal, nos demais campos não apareceu registro e também não contou

como aula dada;

Livros nos quais aparece no campo Conteúdo apenas a observação

que já consta no campo Observações;

Livros nos quais aparece nos dias de feriado, registro no campo

Conteúdo atividade/conteúdo trabalhado, no campo Frequência fez

chamada e considerou aula dada. Nos demais Livros da mesma

turma consta feriado.

e) Situações Diversas

Livro onde constam dias 06/12 e 19/12 no campo Frequência, mas não

fez a chamada, ficou em branco, no campo Conteúdo registrou conteúdo

trabalhado e contou como aula dada;

Livro onde consta no campo Frequência a chamada dos alunos até o

término do ano letivo, embora no campo conteúdo só tenha registro de

conteúdos trabalhado até 14/11;

Livro onde consta o último dia letivo do ano apenas no campo Conteúdo,

no campo Frequência não há registro e contou como aula dada;

Livros onde foram registradas algumas datas do final do mês para o 3º

Bimestre, contou como aula dada e fez novamente o registro dos mesmos

dias no 4º Bimestre e contou novamente como aula dada;

Livros em que o professor tinha 3 (três) aulas naquela turma, mas

registrou o ano todo apenas 2 (duas) aulas semanais;

Livros em que não aparecem registros de Replanejamento, Reunião

Pedagógica, Conselho de classe e Formação em Ação.

Após a análise dos LRC das 6 (seis) turmas selecionadas percebemos que

existem desencontros de uma instituição para outra e dentro da mesma instituição

quanto ao preenchimento dos LRC.

Pela análise foi possível perceber que nestas turmas nem todos os

professores percebem o LRC como um instrumento em sua defesa, como um

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documento oficial que comprova o seu caminhar durante

todo o ano letivo de cada turma dentro da instituição.

Percebemos que há registros que acrescentam o

número de aulas dadas, sem serem de fato ministradas,

como também muitos indícios de aulas que foram

ministradas, porem não foram computadas como aulas

dadas. Ainda, percebemos que alguns professores, talvez

por falta de experiência e conhecimento, em dias de

reposição de dias letivos ou complementação de carga

horária, não registram nos livros das turmas

correspondentes àquela reposição/complementação, o que

geram aulas a mais para uma turma e menos para outras

turmas.

Na questão específica que estamos tratando, o

registro da carga horária e dias letivos, como garantia do

cumprimento das 800 horas e 200 dias, percebe-se que

quanto aos dias letivos há uma preocupação maior em

cumpri-los, mas com relação à carga horária nem sempre há. É como se as 800

horas estivessem coladas aos 200 dias, por vezes ela passa invisível,

imperceptível dentro e fora da instituição.

Vejamos o que a instituição informou no campo da avaliação no Sistema de

Registro Escolar - SERE, sobre o número de aulas dadas em uma das turmas

analisadas:

Disciplina 1º B 2º B 3º B 4º B Total

Arte 19 17 16 23 75

Ciências 32 25 25 27 109

Educação Física 29 30 25 33 117

Ensino Religioso 10 00 09 12 31

Geografia 29 26 28 30 113

História 30 26 28 34 118

Língua Portuguesa 39 36 34 50 159

Matemática 40 34 30 43 147

LEM – Inglês 19 18 14 16 67

Total 247 212 209 268 936

Charge 04

Fonte: CREPALDI, 2013

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O total geral de aulas dadas para esta turma, segundo informação da

instituição é de 936 horas aula dadas. Entende-se horas aula de 50 minutos,

então vejamos:

936 horas aula x 50 minutos= 46.800 minutos

46.800 minutos 60 minutos = 780 horas

Observações:

A escola trabalhou nesta turma 04 (quatro) horas/dia;

após a nossa análise, considerando os registros encontrados nos LRC, esta

turma teve um total de 940 aulas dadas.

Qual o diferencial entre a LDB 5682/71 e a LDB 9394/96 com relação à

carga horária a ser cumprida?

Na Lei 5692/71 a carga horária total a ser cumprida era de 720 horas para

o Ensino de 1º Grau e para o Ensino de 2º Grau era de 2.200 ou 2.900 horas

dependendo do curso. Este total de carga horária era dividido entre as disciplinas,

as matrizes inclusive traziam o cálculo de carga horária de cada uma delas, sendo

controlado o seu cumprimento. Ainda, o aluno necessitava ter o mínimo de

frequência em cada disciplina. E caso não tivesse reprovava na disciplina por

frequência.

Hoje, pela Lei 9394/96, são definidas as disciplinas e o número de aulas

semanais na Matriz Curricular, ao final do ano letivo a soma das aulas dadas em

todas as disciplinas deve ser de no mínimo 800 horas e o aluno poderá ficar retido

por falta se não obtiver o mínimo de 75% de frequência no cômputo geral das 800

horas.

Talvez devido à carga horária de 800 horas ter ficado no cômputo geral das

disciplinas na atual LDB, as instituições tenham ficado sem um instrumento visível

de medida, um referencial explícito da carga horária trabalhada, por este motivo

acabam por não analisar os próprios registros, que por vezes podem não

representar a prática realizada na instituição, que após o término do ano letivo

poderá ver o trabalho de toda sua equipe sendo questionado. Por outro lado, os

sistemas não captam ou não cruzam as informações alimentadas pelas

instituições.

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De forma alguma podemos afirmar que a instituição, na prática, não tenha

cumprido com o mínimo de carga horária para as turmas analisadas.

Reafirmamos mais uma vez que a finalidade deste projeto é analisar os registros

produzidos pela instituição e visualizar se há coerência entre eles e se os

mesmos garantem a legalidade necessária.

Para análise deste tema se trabalhou com os seguintes documentos de

cada uma das três instituições escolhidas: Projeto Político Pedagógico/PPP,

Calendário Escolar/CE homologado pelo NRE e suas alterações, quadros de

horários, Matriz Curricular/MC e todos os Livros Registros de Classe/LRC de cada

uma das seis turmas analisadas.

E, para concluir, sobre os demais documentos verificados:

Projeto Político Pedagógico – Não encontramos registro da duração de cada

hora aula, apenas o horário de início e término das atividades por turno.

Quanto a Matriz Curricular – em dois LRC, os registros, não estavam de acordo

com a carga horária da disciplina. Eram 3 (três) aulas semanais e foram

efetuados registros de apenas 2 (duas) aulas semanais durante todo o ano letivo.

Porém, ao confrontar estes LRC com o quadro de horário, ficou visível que havia

previsão de 3 (três) aulas semanais para esta disciplina. Ainda, o total de horas

aula informado no Sistema de Registro Escolar - SERE pela instituição foi

conforme os LRC, ou seja, 2 (duas) aulas semanais, o que fez com que aquelas

turmas tivessem registro em torno de 10 aulas a menos por bimestre.

Calendário Escolar e suas alterações – Em alguns LRC havia registros em

datas divergentes da que constavam no Calendário Escolar ou alterações, para

dias de Conselho Escolar, Replanejamento, Reunião Pedagógica e reposição de

dias letivos.

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Para Refletir

Leitura Complementar

TEMA DOCUMENTO

Jornada do Ensino Noturno Parecer CNE/CEB nº 002/98 de 29/01/98 - orienta que para o ensino noturno a própria LDB flexibiliza a jornada escolar diária, mas deverá cumprir as 800 horas e os 200 dias.

Direito do aluno: 200 dias e 800 horas letivas

Parecer CNE/CEB nº 15/07 de 09/05/07 – esclarece que dias letivos trabalhados somente em um turno não garantem dia letivo para os demais turnos.

Aceleração de estudos (em menos dias letivos)

Parecer CNE/CEB nº 28/02 de 03/07/02 – esclarece que o cumprimento das 800 horas deve ser no decorrer de no mínimo 200 dias letivos.

Recreio como atividade escolar Parecer CNE/CEB nº 02/03 de 19/02/03 – esclarece que só poderá contar o recreio como carga horária para o aluno se este for acompanhado pelos docentes

Obrigatoriedade da presença dos docentes na complementação de carga horária e atividades extracurriculares

LDB - artigos 12,13 e 14;

Estatuto do Servidor Público - Lei nº 6174/70 (artigo

279);

Estatuto do Magistério – Lei Complementar nº 007/76

(artigos 64 e 82);

Lei Complementar Nº 103 - 15/03/2004 – dá nova redação para o artigo 56 do Estatuto do Magistério Público; Regimento Escolar da Instituição de Ensino (seção das

atribuições e seção dos deveres).

1. O que motiva a diversidade de registros nos LRC?

2. Pensando na sua comunidade escolar, se fosse feita a análise na

instituição onde você atua também seriam encontradas

divergências nos registros? Por quê?

3. Após esta análise você concorda que os registros podem

comprometer todo o trabalho realizado em uma instituição no

decorrer de um ano letivo? Justifique.

4. O que a instituição pode fazer para aprimorar os seus registros,

para que os mesmos fiquem coerentes com a sua prática e em

conformidade com as normativas vigentes?

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Com base nos princípios de democracia e autonomia propostos na LDBN

nº 9394/96, cabe a cada instituição de ensino, com sua comunidade escolar,

elaborar seu Projeto Político Pedagógico/PPP e Regimento Escolar/RE.

Usufruindo do princípio da autonomia a escola deve construir sua identidade.

[...] a instituição escolar, hoje, dispõe de instrumentos legais e normativos que lhe permitem exercitar sua autonomia, instituindo as suas próprias regras para mudar, reinventar, no seu projeto político-pedagógico e no seu regimento, o currículo, a avaliação da aprendizagem, seus procedimentos, para que o grande objetivo seja alcançado: educação para todos em todas as etapas e modalidades da Educação Básica, com qualidade social (PARECER nº 07/10 – CNE/CEB, 2010, p. 42).

Esta construção surgirá como resultado dos debates da coletividade, em

que ficará definido que concepção de sociedade, de homem, de mundo e de

conhecimento queremos para a instituição onde atuamos.

Pelas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do

Paraná/ DCEs (2008), o que se propõe a formar são “sujeitos que construam

sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e

histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes

de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade”. Assim, é a essência

destes sujeitos que deve permear a construção do currículo escolar.

É na organização curricular estruturada na PPC, e esta como parte

integrante do PPP, que encontramos os elementos essenciais do trabalho de uma

instituição de ensino. Nela devem estar elencados os conteúdos a serem

desenvolvidos em cada disciplina/série/ano, a articulação entre as diversas áreas

do conhecimento, as metodologias e estratégias, o aproveitamento e organização

do tempo escolar e o processo de avaliação, entre outros. A PPC é que dará

subsídios para a elaboração do PTD, o qual representa a operacionalização do

que foi planejado, lembrando que todos estes documentos bases devem estar

fundamentos nas Diretrizes Curriculares.

Concebendo o processo de avaliação como o elemento central do

currículo, pois ele é o instrumento que nos dá o diagnóstico do processo de

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elaboração do conhecimento do aluno, indicando o que ainda necessita ser

superado e o que podemos potencializar, então é por meio dele que obtemos a

dimensão do trabalho desenvolvido em uma unidade escolar. Para Hoffmann

(2001, p.78) “A avaliação propicia a mudança, o processo e a aprendizagem. Por

isso, é considerada, processual, contínua, participativa, diagnóstica e

investigativa”, para todos os envolvidos neste processo.

Conforme as DCEs (2008), a avaliação contribui para a compreensão das

dificuldades dos alunos, com o objetivo de produzir mudanças para que a

aprendizagem se concretize, pois não tem sentido um processo avaliativo que

somente constate “o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém

dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas”.

Embora não concebamos a avaliação apenas como um controle obtido por

meio de registro de notas, nesta subunidade estamos tratando especificamente

dos registros do Sistema de Avaliação/Recuperação (peso das avaliações e

instrumentos), uma vez que a formalidade se faz necessária, devido a

organização do nosso Sistema de Ensino e como garantia de regularidade e a

autenticidade da vida escolar do aluno que, por meio dos registros, fica

assegurado o prosseguimento de seus estudos.

Desta forma, há necessidade da mensuração de notas e, no caso das

instituições que aqui serão analisadas, o sistema de avaliação é bimestral,

havendo então a necessidade de registro de 4 (quatro) médias no decorrer do ano

letivo para cada disciplina constante da Matriz Curricular/MC de cada curso.

Mediante esta necessidade e objetivando a presente análise visualizar se

há coerência entre os documentos base da instituição de ensino e demais

registros, vejamos o que diz a LDB e a Resolução 04/10 – que Define Diretrizes

Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, quanto a avaliação e

recuperação de estudos:

LDBN nº 9394/96 – Artigo 24:

inciso V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

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resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

finais;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência

paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento

escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em

seus regimentos;

Resolução CNE/CEB nº 4/10 – artigo 48:

I - avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante,

com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

finais;

V - oferta obrigatória de apoio pedagógico destinado à

recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de

estudantes com déficit de rendimento escolar, a ser previsto no

regimento escolar.

No Estado do Paraná o que normatiza a avaliação do aproveitamento

escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do Sistema Estadual de

Ensino é a Deliberação CEE/CEB nº 007/99 que afirma em seu artigo 2º que os

critérios de avaliação são de responsabilidade da instituição, a qual deve fazer

constar em seu Regimento Escolar e além de atender a legislação vigente,

também deve estar em consonância com a sua organização curricular.

A Indicação CEE/CEB n.º 001/99 que acompanha a Deliberação em

questão enfatiza que a avaliação não deve ser compreendida apenas como um

instrumento classificatório, mas como “acompanhamento da construção da

aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha

incorporar todos os resultados obtidos durante o período letivo”.

Estas normativas estabelecem que a avaliação deva ser composta de

técnicas e instrumentos diversificados e que os seus resultados serão registrados

em documentos próprios para que seja assegurada a regularidade e a

autenticidade da vida escolar do aluno.

Ainda, o processo de recuperação preferencialmente deverá ser

concomitante ao período letivo, seus resultados incorporados às demais

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O que está posto no PPP deve ser o que se expressa na PPC, considerados

na elaboração dos PTD e o LRC é a síntese dos demais documentos.

avaliações, sendo que a proporcionalidade ou a integração entre os resultados da

avaliação e da recuperação constará obrigatoriamente no seu RE.

No artigo 17 na Deliberação em questão consta que: “A promoção deverá

ser o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno expresso

conforme critério e forma determinada pelo estabelecimento em seu Regimento

Escolar”.

A avaliação deve possibilitar a análise da sua capacidade de integrar

conhecimento e não apenas memorizá-los de forma segmentada e deve permear

o processo educativo como um todo e não ao final dele. Assim, primeiramente

devem ser definidos os critérios de avaliação, pois “estes serão os balizadores da

construção dos instrumentos” já “os instrumentos são as formas que o professor

estabelece previamente para avaliar um conteúdo”. Os critérios e instrumentos

avaliativos “devem significar um aprofundamento das aprendizagens do aluno e

não um meio de dificultar sua compreensão a respeito de um conteúdo”

(D,Agnoluzzo, 2007, p.13).

No Estado do Paraná, entre os anos de 2003/2010, por meio da

Coordenação de Gestão Escolar/ CGE/SEED, houve recomendação de que a

instituição escolar definisse nos seus documentos base o peso para os

instrumentos de avaliação, com o objetivo de garantir ao aluno que apresenta

dificuldades na prova escrita, o acesso a outras formas de avaliação. Assim, uma

vez que a instituição formaliza o seu sistema de avaliação, este deve ser unificado

dentro da instituição. Esta orientação foi internalizada por muitas

instituições que a mantém na

atualidade.

Diante do exposto,

percebemos que o sistema de

avaliação de uma unidade escolar

deve estar explicito e transitar com

coerência de um documento para

outro, ou seja, o que está posto no PPP deve ser o que se expressa na PPC,

considerados na elaboração dos PTD e no LRC necessariamente deverá conter a

síntese de todos os demais documentos, pois é nele que encontramos o registro

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da prática docente. Ainda, toda a comunidade escolar interna e externa deve

conhecer o sistema de avaliação da instituição de ensino da qual fazem parte.

Isto posto, vamos primeiramente verificar o que consta no PPP, na PPC e

no RE, das 3 (três) instituições analisadas, quanto ao sistema de avaliação

definido dentro de cada uma delas:

Instituição A:

Projeto Político Pedagógico

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, contínuo, permanente e

processual, o que exige dos educadores o registro ao longo do bimestre de no

mínimo três notas parciais; sendo 50% a nota obtida através de testes de

conhecimentos formais e o restante por meio de atividades diárias, tarefas,

trabalhos, participações nas atividades extra-classe e projetos propostos em cada

bimestre.

A recuperação se dá de forma paralela aos conteúdos trabalhados, sempre

que o aproveitamento do aluno não for condizente com o mínimo necessário a ser

atingido. As atividades realizadas para este fim, deverão ser diferenciadas e

complementares, a serem realizadas em classe ou extraclasse e/ou nova

avaliação ao final do bimestre. Os resultados da recuperação deverão incorporar-

se aos das avaliações já efetuadas durante o bimestre; constituindo-se em mais

um componente na totalidade do aproveitamento escolar.

Visando sempre a qualidade do ensino e o bom desempenho dos alunos a

cada semestre, além da recuperação concomitante, o Colégio oferta recuperação

semestral, onde o educando tem a possibilidade de recuperar a menor nota de

um dos bimestres do semestre vigente.

São atividades avaliativas propostas por disciplina em momento especial,

para todos os alunos com rendimento inferior a 100% no semestre.

Primeiramente o professor de cada disciplina retoma os conteúdos não

assimilados, ou seja faz uma revisão de conteúdos e em seguida aplica novos

instrumentos de avaliação.

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Regimento Escolar Art. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese

e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político

Pedagógico

Art. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem

Art Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam assegurada a regularidade e autenticidade de sua

vida escolar.

Parágrafo único – Os resultados da recuperação serão incorporados às

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro

Registro de Classe.

Proposta Pedagógica Curricular

Na maioria das disciplinas, consta que a avaliação deve ter caráter

diagnóstico, contínuo, permanente e processual, estando esta bem

fundamentada e foram elencados os diversos instrumentos avaliativos que

serão produzidos/trabalhados ao longo do bimestre;

Em 4 (quatro) disciplinas aparece a necessidade de registro ao longo do

bimestre de no mínimo três notas parciais; sendo 50% a nota obtida

através de testes de conhecimentos formais e o restante por meio de

atividades diversa;

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Em 1 (uma) das disciplinas aparece o peso das avaliação, sendo o valor

das provas 7,0 (sete vírgula zero) pontos e a nota dos demais

instrumentos valendo 3,0 (três vírgula zero), essa forma deve ser feita com

pelo menos duas provas bimestrais e dois trabalhos;

Em algumas disciplinas não aparece de forma mais descritiva, ou explicita

o sistema de avaliação e recuperação de estudos;

Não constou a disciplina de oferta facultativa.

Instituição B:

Projeto Político Pedagógico

O professor realiza a avaliação por meio de observação sistemática, da

análise das produções dos alunos e de atividades especificas. O objetivo da

avaliação é diagnosticar o aprendizado do aluno; possibilitar intervenções

pedagógicas; a promoção do aluno; oferecendo ao educando uma auto-avaliação

de seu rendimento e aprendizagem; e valorização do seu aprendizado. As

avaliações do rendimento escolar serão realizadas de formas diversificadas, tais

como: Avaliação escrita com peso 7,0 (sete vírgula zero), mais 3,0 (três vírgula

zero) de nota livre que destina-se aos trabalhos, perfazendo um total de 10,0(dez

vírgula zero).

A recuperação de estudos deverá ser concomitante ao processo letivo

recuperando os conteúdos e não os instrumentos de avaliação.

Cabe ao professor perceber, através destes em que dimensão os conteúdos

devem ser retomados e reavaliados. Assim o peso da recuperação de estudos

deve ser proporcional aos valores das avaliações como um todo (de 0 a 100%).

Permanecendo a maior nota obtida pelo aluno.

Regimento Escolar Art. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese

e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

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Art. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico.

Art. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem.

Art. Os resultados das avaliações dos alunos são registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua

vida escolar.

Parágrafo Único - Os resultados da recuperação são incorporados às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

Art. O registro da média será divido da seguinte forma: para provas 7,0 (sete

vírgula zero), para trabalhos 3,0 (três vírgula zero), perfazendo um total de 10,0

(dez vírgula zero).

Proposta Pedagógica Curricular

Na maioria das disciplinas, consta que a avaliação deve ter caráter

diagnóstico, contínuo, permanente e processual, estando esta bem

fundamentada e foram elencados os diversos instrumentos avaliativos que

serão produzidos/trabalhados ao longo do bimestre;

Em 02 (duas) disciplinas aparece que o registro da média será dividido da

seguinte forma: para provas 7,0 (sete vírgula zero), para demais

instrumentos 3,0 (três vírgula zero) . Em uma delas foi acrescentado o

registro ao longo do bimestre de no mínimo três notas parciais;

Em 01 (uma) das disciplinas aparece o peso das avaliação, sendo o valor

das provas 6,0 (seis vírgula zero) pontos e a nota dos trabalhos valendo

4,0 (quatro vírgula zero) pontos;

Em algumas disciplinas não aparece de forma mais descritiva, ou explicita

o sistema de avaliação e recuperação de estudos.

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Instituição C:

Projeto Político Pedagógico

A avaliação do rendimento escolar do aluno será feita de forma continua,

diagnóstica, permanente e cumulativa, com a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, obedecendo a ordenação e

a sequencia dos conteúdos e a orientação geral do currículo.

As avaliações do rendimento escolar serão realizadas de forma

diversificada atribuindo-se para a avaliação escrita e/ou oral peso 6,0 (seis vírgula

zero) pontos, aplicando-se no mínimo uma por bimestre, independente da

quantidade de aulas das disciplinas. Fica a critério de o professor realizar mais

que uma avaliação, em caráter somatório, para atingir os 6,0 (seis vírgula zero)

pontos. E os demais 4,0 (quatro vírgula zero) pontos referem-se a atividades

diversas (trabalhos, pesquisas, tarefas, seminários, entre outros), obtendo-se a

nota máxima igual a 10,0 (dez vírgula zero).

Considerando que a recuperação implica em retomada do conteúdo, todos

os alunos farão a reavaliação independente de sua nota. Lembrando que esta é

sobre os 6,0 (seis vírgula zero) pontos referentes às provas escritas. A nota final

será resultado da média aritmética entre a avaliação e a recuperação.

Regimento Escolar

Art. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese

e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico.

Art. A avaliação da aprendizagem bimestral nas séries finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio, será composta pela somatória da nota 6,0 (seis

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vírgula zero), resultado das avaliações mais 4,0 (quatro vírgula zero) de nota livre

referente a atividades diversificadas.

Art. Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua

vida escolar.

Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro

Registro de Classe.

Proposta Pedagógica Curricular

Na maioria das disciplinas consta que a avaliação deve ter caráter

diagnóstico, contínuo, permanente e processual, estando esta bem

fundamentada e foram elencados os diversos instrumentos avaliativos que

serão produzidos/trabalhados ao longo do bimestre;

Em 02 (duas) disciplinas aparece que o registro da média será dividido da

seguinte forma: para provas 6,0 (seis vírgula zero), para demais

instrumentos 4,0 (quatro vírgula zero);

Em 01 (uma) das disciplinas aparece o peso das avaliação, sendo o valor

das provas 7,0 (sete vírgula zero) pontos e a nota dos trabalhos valendo

3,0 (três vírgula zero) pontos;

Em algumas disciplinas não aparece de forma mais descritiva, ou explicita

o sistema de avaliação e recuperação de estudos.

Agora que já confrontamos o PPP, com o RE e a PPC, vamos rever o que

nos mostra o instrumento de pesquisa aplicado na Semana Pedagógica de

julho/2013, conforme já apresentado na Unidade deste Caderno Temático, onde

consta uma questão específica sobre o sistema de avaliação.

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13- Em sua opinião, todas as pessoas que atuam nesta instituição

conhecem seu sistema de avaliação e todos trabalham, na prática, como

previsto no PPP e no Regimento Escolar?

Gráfico 07

Fonte: Autora – Dados da Pesquisa

Para finalizar a análise dos documentos das 3 (três) instituições

apresentamos as questões retiradas de todos os Livros Registros de Classe de 2

(duas) turmas (referente ao ano letivo de 2012) de cada uma das 3 (três)

instituições, perfazendo um total de LRC de 06 (seis) turmas.

Muitos LRC impecáveis, registros claros, sem rasuras, instrumentos

diversificados de avaliação e em consonância com os demais documentos

da instituição, registros de recuperação em todos os bimestres;

Livros onde aparecem apenas 2 (dois) registros de instrumentos avaliativos

no decorrer do bimestre;

Livros em que a soma de todos os instrumentos avaliativos do bimestre é

menor ou maior que 10,0 (dez vírgula zero);

A maioria dos LRC apresenta registros dos instrumentos de avaliação

conforme peso definido nos demais documentos, mas também há Livros

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Fonte: CREPALDI, 2013

em que os pesos divergem, inclusive houve casos em que cada bimestre

possuía um peso diferente;

Livros em que não consta registro de recuperação em todos os bimestres

ou em nenhum bimestre;

Dentro da mesma instituição Livros em que a recuperação tem o peso

somente da prova escrita, sendo às vezes substituída e às vezes fez-se a

média entre as duas;

Dentro da mesma instituição Livros em que a recuperação tem o peso 10,0

(dez vírgula zero), sendo às vezes substituída e às vezes fez-se a média

entre ela e o total das avaliações realizadas ao longo do bimestre;

Livros em que a recuperação teve peso diferente entre os bimestres, hora

peso 10,0 (dez vírgula zero) e hora peso

parcial, somente da prova;

Livros em que a recuperação teve peso

em que não fica claro como fez o cálculo

ex: prova 6,0 (seis vírgula zero) e demais

instrumentos 4,0 (quatro virgula zero) e a

recuperação teve peso 8,0 (oito vírgula

zero);

Livro em que todas as notas foram

alteradas após o fechamento do

bimestre, “dando a impressão” de que foi

realizada uma nova recuperação, mas

não consta registro em local algum. As

médias que aparecem no bimestre não são as

mesmas que constam no quadro no final do LRC e não são também as que

foram informadas no sistema;

Instrumentos avaliativos sem registro do peso total, não ficando claro qual

era o valor de cada instrumento;

Livros em que a média não confere com os registros efetuados, encontra-

se registros de média maior e também média menor que a soma dos

instrumentos;

Charge 05

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44

Livros em que foi definido peso da atividade, mas foi registrada nota maior

que o peso que havia sido definido;

Livros em que as médias estão registradas a lápis.

Para pensar nossa prática:

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. (parte do texto: A Educação Básica e a Opção pelo Currículo Disciplinar – Item 4 Avaliação - Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008).

Para Refletir

1- Compete somente ao professor, em consonância com os documentos

base da instituição, definir os critérios e instrumentos utilizados no

processo avaliativo, bem como o resultado deste processo em forma de

uma média bimestral. Porém, por vezes os registros destes critérios e

instrumentos não deixam claro como se deu este processo. Você já

vivenciou situação semelhante na instituição onde atua? Se fizéssemos

uma análise hoje na instituição em que trabalha também encontraríamos

divergências? Por quê?

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Fonte: CREPALDI, 2013

2- Sabe se, que não existe uma legislação que ampare a definição de pesos

para os diversos instrumentos avaliativos aplicados pelo professor. Mas

uma vez que ficou definido e expresso no PPP, RE e PPC da instituição e

homologados pelo Conselho Escolar e NRE ele se transforma em norma,

especialmente por entender que a construção destes documentos deve

ser coletiva. Por que então, na prática e nos registros, nem sempre há

consenso?

3- Após esta análise sobre os registros do sistema de avaliação você

consegue visualizar a importância deles e em que implicam?

4- Em sua opinião por que nem todos os educadores conhecem o sistema de

avaliação da instituição onde atua?

5- Indique uma ação possível que a gestão diretiva e pedagógica da escola

possa realizar junto aos docentes para minimizar contradições de registros

da avaliação contidos no PPP, no RE, na PPC e nos LRCs.

Charge 06

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Referências BARBOSA, Samara Wanderley Xavier. A Significação do Projeto Político

Pedagógico: UM olhar Avaliativo. Espaço do Currículo, v.4, n.2, pp.227-239,

Setembro de 2011 a Março de 2012. Disponível em:

<http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/12339/7115>. Acesso em

23 de abril de 2013.

BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: Lei nº 9.394/96. Brasília: 1996. Disponível em: <http://http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 23 de março de 2013. _______. Lei de diretrizes e base da educação nacional - Lei 5692/71. Brasília: 1971. Disponível em: <http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128525/lei-de-diretrizes-e-base-de-1971-lei-5692-71.> Acesso em: 11 de setembro de 2013.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de

Educação Básica – Parecer CNE/CEB nº 002/98. Ensino Fundamental e Médio –

Jornada do Ensino Noturno. Brasília, 1998.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de

Educação Básica – Parecer CNE/CEB nº 28/02. Solicitação de informação sobre

a legalidade de aceleração de estudos do Ensino Médio para o ano letivo de

2002. Brasília, 2002.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de

Educação Básica – Parecer CNE/CEB nº 02/03. Recreio como atividade escolar

(referente à Indicação CNE/CEB 2/2002, de 04/11/2002). Brasília, 2003.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de

Educação Básica – Parecer CNE/CEB nº 15/07. Orientação nos termos do artigo

24 da lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional - LDB. Brasília, 2007.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de

Educação Básica – Parecer CNE/CEB nº 16/08. Solicitação de regulamentação

dos termos “efetivo trabalho escolar” e “efetivo trabalho educativo”, postos na lei

Municipal nº 7.508/2007. Brasília, 2008.

Page 51: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …...que, dentro de nossas instituições existe a possibilidade de expressão coletiva da comunidade. Com a promulgação da Lei de Diretrizes

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