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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · de Educação Física aproveitar para ensinar algo a mais aos alunos, do que somente ... poderem jogar e então começaram a jogar

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE Av. Água Verde, 2140 – CEP 80240-900 – Curitiba - Paraná

FICHA CATALOGRÁFICA

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Intervenção pedagógica por meio do futebol/futsal com base nos princípios doesporte educacional.

Autor Rainer Elmar Back

Escola de Atuação Colégio Estadual Gabriela Mistral

Município da escola Porto Barreiro

Núcleo Regional de Educação Laranjeiras do Sul

Orientador Silvano da Silva Coutinho

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Disciplina/Área Educação Física

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Não há

Público Alvo Alunos (as) do 6º ano do Ensino

Fundamental

Apresentação A pesquisa pretende ajudar o professor adesenvolver o esporte com os alunos, não somenteos conteúdos da dimensão procedimental, mastambém nas dimensões conceitual e atitudinal.Trabalhando de forma mais lúdica, usando algumaspráticas pedagógicas diferenciadas, jogos pré-desportivos e educativos dos esportes, o professorpoderá incluir todos os alunos nas atividades,adaptando as mesmas e as regras com a ajuda dosalunos. Pretende-se estimular a prática de esportese atividades físicas e, após o término do período daEducação Básica, o aluno siga praticando algumamodalidade trabalhada, no sentido do interesse ouda profissionalização, que o aluno compreenda osignificado das práticas corporais, com umaformação crítica frente ao esporte, dos benefícios eeventuais problemas, aprenda a respeitar os seuslimites e dos colegas. A partir dos princípios doesporte educacional, pretende-se extrapolar aconjuntura histórica da Educação Física comoprática excludente, repetitiva e de rendimento. OBrasil está em um momento de grandes eventosesportivos, portanto é importante o professor deEducação Física aproveitar para ensinar algo amais aos alunos, do que somente o ato de jogarfutebol.

Palavras- chaves Esporte; educacional; futebol; prática.

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Rainer Elmar Back

Área PDE: Educação Física

NRE: Laranjeiras do Sul

Professor Orientador IES: Silvano da Silva Coutinho

IES vinculada: UNICENTRO

Escola de implementação: Colégio Estadual Gabriela Mistral

Público objeto da intervenção: Alunos (as) 6º ano do Ensino Fundamental.

2. APRESENTAÇÃO

A pesquisa será desenvolvida com o objetivo de contribuir na melhoria do

processo ensino aprendizagem dos alunos, através das atividades propostas e do

uso de práticas pedagógicas diferenciadas no esporte, nas dimensões conceitual,

procedimental e atitudinal.

O esporte e o jogo, são conteúdos estruturantes da Educação Física, dentro

das Diretrizes Curriculares Estaduais (PARANÁ, 2008), cumprem com seu papel de

desenvolver individualmente e socialmente o aluno, além de trazer o hábito pela

prática de atividades físicas.

O Brasil está em um momento de grandes eventos esportivos, como a Copa

das Confederações e a Copa do Mundo de Futebol em 2014, mais adiante, em 2016

o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos, portanto é importante o professor

de Educação Física aproveitar para ensinar algo a mais aos alunos, do que somente

o ato de jogar futebol.

Sobre o esporte e a Educação Física, faz-se necessário observar

historicamente e, dentro dos grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil,

a utilização politicamente do esporte e da Educação Física pela mídia e governos.

Desse modo, torna-se importante que o aluno reflita acerca desse elemento

articulador e o professor não pode ficar alheio a essa discussão (PARANÁ, 2008 p.

61).

A cultura do futebol no Brasil também é reproduzida na escola. A aula de

Educação Física não deve ser somente “jogar bola”. É gratificante para o professor

trabalhar pedagogicamente a modalidade do futebol/futsal, ainda mais com a

facilidade e habilidade que o brasileiro tem para com o esporte, podemos trabalhar

nas aulas de Educação Física, em outras áreas e modalidades.

O professor de Educação Física pode elaborar várias estratégicasmetodológicas para esse conteúdo, como: discussão sobre a predominânciado futebol como esporte na sociedade brasileira; o discurso sobre aidentidade brasileira ao futebol; as inúmeras outras possibilidades dejogarmos futebol, modificando as regras. (PARANÁ, 2008, p. 64).

Neste sentido, Borsari (1989, p. 18) afirma sobre as “causas da grande

popularidade do futebol no Brasil”, da facilidade que se pratica esse esporte. Então

vejamos, o futebol pode ser jogado com qualquer quantidade de jogadores; homens

e mulheres, jogadores profissionalizados, amadores, jovens e crianças, num espaço

improvisado ao ar livre, em qualquer tempo, até em meio a uma pastagem, na praia,

terrenos de chão batido, em instalações modernas com cobertura; com chuteiras ou

descalços; os “com camisa” contra os “sem camisa”; “casados contra solteiros” e,

lógico, uma bola. Atrativos? Uma grande variedade de jogadas maravilhosas com

muita técnica, o jogo tático das equipes e de belos lances, outros nem tanto, para a

diversão dos espectadores. Além de uma ótima atividade física.

O futebol com as características atuais, somente surgiu em 1860 na

Inglaterra. No Brasil foi introduzido por Charles Miller a partir de 1894. Nestes quase

120 anos após o começo do futebol no Brasil, com a ajuda de governos e a mídia, a

popularidade atinge todas as partes do nosso imenso país, com suas culturas locais

e peculiaridades. Atualmente o Brasil tem cinco títulos da Copa do Mundo de Futebol.

Dos campeonatos oficiais de futebol, o Brasil ainda não conquistou a Medalha de

Ouro nos Jogos Olímpicos. Os clubes brasileiros de futebol estão entre os melhores

do planeta. Dez deles já conquistaram a Copa Libertadores da América. Seis clubes

se sagraram campeões mundiais.

Antes da primeira metade do século XX, surgem as primeiras derivações do

futebol, com formações diferentes e regras próprias estabelecidas, como por

exemplo, temos o futebol de salão ou futsal, o qual relatamos os acontecimentos

históricos e a disputa pela criação do novo esporte entre brasileiros e uruguaios.

O futebol de salão tem duas versões sobre o seu surgimento, e, tal como emoutras modalidades desportivas, há divergências quanto a sua invenção. Háuma versão que o futebol de salão começou a ser jogado por volta de 1940por frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo (SP), poishavia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres parapoderem jogar e então começaram a jogar suas ''peladas'' nas quadras debasquete e hóquei.No início, jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadoresem cada equipe, mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada

equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiçagranulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito efrequentemente saiam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanhodiminuído e seu peso aumentado, por este fato o futebol de salão foichamado de “Esporte da bola pesada”. Há também a versão, tida como amais provável, de que o futebol de salão foi inventado em 1934 naAssociação Cristã de Moços de Montevidéu, Uruguai, pelo professor JuanCarlos Ceriani, que chamou este novo esporte de “Indoor-foot-ball.(PARANÁ, 2013) (CBFS, 2013).

É oportuno destacar a importância dos uruguaios na criação das primeiras

regras do novo esporte futsal, no entanto, coube aos brasileiros o aprimoramento da

modalidade, a divulgação e as modificações nas regras que tornaram o futsal mais

atrativo, tanto para as pessoas como para a mídia. “De tal forma, podemos afirmar

que devido a identificação, popularidade e dimensão alcançada no Brasil, o futsal é

um desporto genuinamente brasileiro” (LUCENA, 2008).

No contexto das mudanças necessárias com relação às práticas

pedagógicas e metologias na Educação Física, está a ênfase no esporte

educacional, passando pela ideia rígida das regras, fundamentos, técnicas e táticas

dos esportes, todavia sejam também necessários mas, que o professor consiga

“problematizar, interpretar, relacionar, desenvolver com seus alunos as amplas

manifestações da cultura corporal, de tal forma que os alunos compreendam os

sentidos e os significados impregnados nas práticas corporais” (DARIDO;

OLIVEIRA, p. 209).

O esporte educacional incluído na Educação Física tem seu enfoque em

evitar a competição, desmistificar a necessidade de resultados, a ansiedade

provocada em um organismo em formação, com rendimentos e cobranças

exageradas, mas sim em valorizar e incluir todos os alunos, com suas diferentes

manifestações corporais, habilidades individuais que muitas vezes não são

aproveitadas pedagogicamente. Um aluno que não tenha tanta habilidade em uma

modalidade, por exemplo, tenha uma maior afinidade com outro esporte.

Observamos desse modo, a importância do professor em incentivar o aluno nas

dificuldades em um esporte que ele não tenha familiaridade e, ter cuidado para não

desestimular aquele aluno que tem facilidade de aprendizagem do ou dos esportes.

Atualmente, observamos muitas críticas ao meio tradicional e procedimental

da Educação Física, todavia, não podemos esquecer que os fundamentos e técnicas

dos esportes devem ser vivenciados pelos alunos, o que é necessário discutirmos, é

quando e quanto de técnica e tática poderemos incluir nos programas de aulas, o

que se propõe, é após a compreensão da dinâmica do jogo.

Também é preciso ressaltar que a aprendizagem de técnicas pelos alunosnão é antagônica ao prazer e ao lúdico nas aulas. Podem, dependendo dotipo de intervenção pedagógica do professor, ser considerados aspectossimultâneos e complementares. Por isso, é importante a capacidade doprofessor de identificar os momentos e os modos de ensinar as técnicasesportivas. Adiciona-se o fato de que os professores atuam em ambientes dealta complexidade, incerteza, instabilidade, caráter único e dotados deconflitos de valores, em que o ensino da técnica é apenas um dos elementosque compõem essa trama. (DARIDO; OLIVEIRA, p. 227).

Cabe aqui ressaltar, que durante a elaboração deste Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola, chamou a atenção da necessidade de criatividade e da busca

de equilíbrio, por parte do professor, na preparação das suas aulas, entre o racional e

o emocional, o pedagógico e a competição, os conceitos e procedimentos, o lúdico e

rendimento, o coletivo e o individual, solidariedade e respeito.

3. CRONOGRAMA GERAL

A implementação da Unidade Didática se dará dentro de 32 aulas de 50

minutos cada durante o primeiro semestre de 2014. Produzimos uma proposta de

trabalho a partir de pesquisa bibliográfica, internet, criadas e reelaboradas pela

vivência do professor. A sequência de aulas são baseadas nas modalidades

futebol/futsal, com ênfase no esporte educacional, com vistas a estimularem os

alunos a se desenvolverem também nos aspectos ligados aos conteúdos conceituais

e atitudinais.

As aulas teóricas serão vivenciadas na sala de aula, laboratório de

informática e na biblioteca do Colégio.

As atividades práticas serão realizadas na quadra de esportes, no Ginásio de

Esportes do Município de Porto Barreiro e (no campo de futebol sete) no campo de

futebol da comunidade.

Primeira etapa – Explicação, sensibilização e implementação do Projeto Pedagógico

Aula 01

Apresentar o projeto, seus objetivos a Direção,Equipe Pedagógica, Técnico Administrativa,Professores e alunos, para que o Projeto deIntervenção Pedagógico cumpra o seu propósito.

Aula 02

Explicar o Projeto de Intervenção Pedagógicopara os alunos do 6º ano, tirando suas dúvidas,estimulando a participarem. Elaboração em Atade Compromisso com o Colégio eencaminhamento do Termo de Consentimentodos pais e/ou responsáveis dos alunos, paraconhecimento dos mesmos e autorizando o seufilho (a) para participar do estudo.

Segunda etapa – Brincadeiras e jogos pré-desportivos do futebol/futsal e de outras modalidades. Conhecer e vivenciar jogos da cultura popular relacionados ao futebol.

Aula 03 04 050607

Brincadeiras e jogos pré-desportivos dofutebol/futsal e de outras modalidades. Conhecer e vivenciar alguns jogos da culturapopular relacionados ao futebol.

Terceira Etapa – Conhecer e vivenciar os elementos básicos da lógica tática do futebol/futsal. Problematizar e apresentar as mudanças nas regras do futsal e de outros esportes. Esportes provenientes do futebol.

Aula 080910111213 14 151617

Conhecer e vivenciar os elementos básicos dalógica tática do futebol/futsal. Receber osquestionários enviados aos pais e avós dosalunos. Problematizar e vivenciar as mudanças queocorreram nas regras do futsal e de outrosesportes. Conhecer e vivenciar alguns esportesprovenientes do futebol.

Quarta etapa – As desigualdades de gênero no futebol; História e jogos ancestrais com bola. Copa do Mundo de Futebol. Rugby Tag

Aula181920 21 2223 24 25 26 2728 293031

Proporcionar a reflexão crítica em relação àsdesigualdades de gênero relacionadas ao futebol.A História e os jogos ancestrais do Futebol.Atividades relacionadas à Copa do Mundo.Conhecer e vivenciar a prática do rugby tag, suasregras básicas e filosofia do jogo.

Quinta etapa – síntese e avaliação da Intervenção

Aula 32

Avaliação oral e escrita junto com os alunos dos pontos positivos e negativos dos trabalhos realizados no projeto PDE.

4. SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA

PRIMEIRA ETAPA: aulas 01 e 02

Objetivo: Explicação, sensibilização e implementação do Projeto Pedagógico.

Procedimentos metodológicos:

Apresentar o projeto, seus objetivos a Direção, Equipe Pedagógica,

Técnico Administrativa e colegas Professores. Após, esclareceremos como será

desenvolvido o Projeto de Intervenção para os alunos do 6º ano, tirando suas

dúvidas, estimulando a participarem. Elaboração em Ata de Compromisso com o

Colégio e encaminhamento do Termo de Consentimento dos pais e/ou responsáveis

dos alunos, para conhecimento dos mesmos e autorizando o seu filho (a) para

participar do estudo.

SEGUNDA ETAPA aulas 03, 04, 05, 06 e 07: brincadeiras e jogos pré-desportivos do

futebol/futsal e de outras modalidades. Jogos da cultura popular relacionados ao

futebol.

Aula 03:

Objetivo: conhecer e vivenciar brincadeiras e jogos pré-desportivos relacionados ao

futebol e futsal.

Conceitual: resgatar as brincadeiras e jogos pré-desportivos. Os jogos pré-

desportivos são atividades lúdicas, de maneira a ensinar o objetivo e algumas regras

básicas da modalidade em questão.

Procedimental: vivenciar brincadeiras, jogos pré-desportivos e jogos da cultura

popular relacionados ao futebol e futsal.

Atitudinal: apresentar ideias de jogos e alterações de regras no grupo, escutar as

ideias dos companheiros de turma.

Procedimentos metodológicos: exposição verbal dos objetivos, de os alunos se

conhecerem melhor, se ambientarem com o professor, com os materiais e as bolas

diferentes. Levar bolas das diferentes modalidades para os alunos conhecerem.

Perguntar, uma a uma se eles conhecem as bolas de diferentes modalidades.

Materiais: balões e bolas grandes vendidas em exposições.

Desenvolvimento: alunos distribuídos pelo espaço, cada um com um balão.

Primeiramente, os alunos devem soltar o balão e tentar não deixar ele cair no chão,

pode usar as mãos, cabeça, braços, coxas, pés, se movimentando no espaço.

Podemos formar grupos com as cores dos balões e competirem entre eles para não

deixar os balões caírem ao chão. Também cada grupo pode ficar com apenas um

balão para trabalhar em equipe e realizar a cooperação. Dividir os alunos em duas

equipes, cada uma ocupando metade do espaço (quadra ou campo), cada grupo

recebe uma bola grande. Como na atividade com o balão, o objetivo é lançar a bola

ao alto, com trabalho em equipe e usando as diversas partes do corpo, podendo

variar para somente um segmento do corpo (só a mão esquerda, só com a cabeça,

por exemplo) não deixar a bola cair ao chão. Após um período das atividades, parar

para questionar se há necessidade de alguma mudança nos grupos, nas atividades.

Materiais: bola de futebol ou de borracha.

Desenvolvimento: jogo adaptado de “quem passa mais, ganha”. Numa quadra de

futsal ou campo, dividir em duas equipes, as equipes devem passar a bola entre si,

com os pés e as mãos, não podendo andar com a bola, contando os passes certos,

quando a outra equipe retoma a bola, começa a contar também. A cada dez passes

certos, conta um ponto, podendo variar a atividade.

Aula 04:

Objetivo: conhecer e vivenciar brincadeiras e jogos pré-desportivos relacionados ao

futebol e futsal.

Conceitual: resgatar as brincadeiras e jogos pré-desportivos. Os jogos pré-

desportivos são atividades lúdicas, de maneira a ensinar o objetivo e algumas regras

básicas da modalidade em questão.

Procedimental: vivenciar brincadeiras, jogos pré-desportivos e jogos da cultura

popular relacionados ao futebol e futsal.

Atitudinal: apresentar ideias de jogos e alterações de regras no grupo, escutar as

ideias dos companheiros de turma.

Materiais: bola de borracha ou de handebol e dois bambolês.

Desenvolvimento: amarrar os bambolês, um em cada trave de futsal, dividir os

alunos em duas equipes, o objetivo da atividade é trocar passes entre a equipe e

acertar o bambolê adversário. Podemos variar com o aluno que estiver com a bola

não pode se mexer, somente passar a bola; dividir em equipe masculina e feminina,

número de passes e quiques da bola sem limites, pode usar mãos e pés, amarrar o

bambolê no alto da trave para usar as mãos no lançamento ao bambolê, amarrar o

bambolê no canto inferior da trave, para acertar com o um chute, após cada

adaptação e de um certo tempo de jogo ou dificuldades, parar para discutir a

atividade.

Materiais: bola de futsal ou futebol, quadra, campo de futebol ou futebol 7.

Desenvolvimento: nesse jogo, os alunos fazem pares/duplas (podemos formar

pares com dois meninos, duas meninas e melhor, menino e menina). Dividimos em

duas equipes de pares, o objetivo é fazer gol, passando a bola entre a equipe, sem

soltar as mãos, podendo realizar todos os fundamentos do esporte. Os goleiros

também devem ser em pares. Parar para discutir e adaptar regras a atividade.

Materiais: bolas grandes vendidas em exposições, bolas de borracha, tênis e futebol

para jogar na quadra.

Desenvolvimento: nesses jogos, os alunos praticam o futsal com diferentes bolas,

podendo começar com uma bola de tênis, futebol na quadra, bola de borracha e as

grandes bolas vendidas em exposições. Após vivenciar o jogo com um tipo de bola, o

professor interrompe e dialoga com os alunos sobre as dificuldades e as vantagens

de se jogar com determinada bola, nesse momento o professor solicita aos alunos

que modifiquem algumas regras para facilitar o jogo com a bola que está sendo

usada, após nova vivência com regras modificadas pelos alunos; paramos e

trocamos a bola do jogo. Após o término das atividades: conversar com os alunos

sobre as atividades que foram realizadas, as bolas de diversas modalidades, a

adaptação a um novo ambiente educativo.

Aula 05:

Objetivo: conhecer e vivenciar jogos da cultura popular relacionados ao futebol.

Conceitual: o papel do futebol de rua na construção do estilo peculiar do futebol

brasileiro.

Procedimental: vivência dos jogos nas suas diversas variações.

Atitudinal: importância de resgatar esse patrimônio que são os jogos de futebol de

rua; discussão democrática das regras adotadas nos jogos.

Procedimentos metodológicos: organizar a turma em roda para uma conversa

inicial. Explicar que o objetivo da aula é conhecer e vivenciar os jogos da cultura

popular relacionados ao futebol, mais especificamente o bobinho, o golzinho, o

controle a rebatida e a linha. Provavelmente, nem todos os alunos saberão do que se

tratam esses jogos e mesmo aqueles que conhecem podem apresentar divergências

na forma de jogar. Antes de apresentar sua versão, sobre esses jogos estabeleça

uma discussão sobre o estilo de jogar dos jogadores brasileiros, tentando identificar o

que diferencia nosso futebol e principalmente como nossos jogadores aprendem a

jogar com essas características, para tanto questione os alunos com algumas

perguntas:

- Os jogadores brasileiros são os melhores jogadores do mundo?

- Por que os jogadores brasileiros jogam tão bem?

- Quem citaria o nome de um ótimo jogador brasileiro?

- Como esse jogador aprendeu a jogar dessa forma?

- Para entender melhor esses questionamentos disponibilizamos ao final desta

unidade didática, um pequeno texto sobre o estilo do futebol brasileiro (anexo 1).

Descrição dos jogos: nos jogos propostos a seguir, após um período de

experiência, será fundamental organizar os alunos em pequenos grupos, para que

ocorra maior contato com a bola e os alunos possam efetivamente vivenciar e

compreender os jogos.

Materiais: para o bobinho são necessários cinco bolas de borracha ou de

futebol/futsal.

Desenvolvimento: o bobinho pode ser entendido como um jogo em que um grupo

de jogadores forma uma roda e dentro dela posiciona um colega (bobinho). O

objetivo dos jogadores que estão nas extremidades da roda é trocar passes entre si,

com o cuidado de que o passe seja realizado fora do alcance do colega que está no

centro da roda, o bobinho. Por outro lado, o jogador que está no centro deve tentar

interceptar os passes e recuperar a bola, quando isso acorre esse jogador tem o

direito de sair da posição de bobinho e o jogador que errou o passe ocupa o centro

da roda, para o reinício do jogo. O jogo bobinho pode ser vivenciado com inúmeras

regras, as quais podem dificultar ou facilitar a ação do bobinho, contudo na iniciação

é importante que o maior número de jogadores experimente a situação de bobinho,

para tanto, em determinados momentos é relevante flexibilizar regras e facilitar a

atuação do bobinho. Como facilitar a ação do bobinho? Em alguns casos, o jogador

no centro da roda só poderá sair dessa situação quando interceptar o passe e

dominar a bola. Tal característica do jogo dificulta a ação do bobinho, portanto, para

facilitar a ação desse jogador o professor pode permitir que apenas o toque na bola,

sem o domínio da mesma é suficiente para o bobinho sair do centro. Outra

adaptação que facilita a ação desse jogador é limitar o tamanho da roda, quanto

menor a roda mais fácil será o trabalho do bobinho. É possível ainda limitar o número

de toques na bola que os jogadores na extremidade da roda podem realizar cada vez

que a recebem, por exemplo, em situações em que o jogador tem que dominar e

passar ou mesmo passar de primeira as chances do bobinho recuperar a bola serão

maiores. Exposição verbal: após um período de prática da atividade, dividir os

alunos em grupos iguais, posicioná-los em círculos, sendo um grupo no meio da

quadra/campo e os demais nas extremidades, mantendo certa distância entre os

grupos, para que não haja interferência entre os jogos. Trabalho em grupo: após um

período de vivência, interromper o jogo e solicitar que cada grupo modifique as

regras do seu jogo. Nesse momento, os alunos podem definir as regras partindo do

que eles já conhecem decorrente da prática em outros espaços ou mesmo indicar

regras que deixem o jogo mais simples ou mais complexo. Outras variações

possíveis que podemos sugerir aos alunos: os jogadores que estão realizando o

passe podem dar no máximo dois toques na bola, ou seja, devem dominar a bola; o

bobinho pode ser feito passando a bola com as mãos; com quem erra o bobinho

ficando no centro (mais de um bobinho progressivamente).

Materiais: para o golzinho são necessários quatro bolas de borracha ou

futebol/futsal, 16 cones ou objetos adjacentes (minitraves) para marcação dos gols e

coletes ou fitas para identificar as equipes.

Desenvolvimento: o jogo golzinho segue a mesma lógica do jogo futebol formal,

com pequenas adaptações, tais como o tamanho do campo, o número de jogadores

e a ausência do goleiro. Assim, o golzinho é um jogo de oposição entre duas equipes

de dois a quatro jogadores cada, em que cada uma delas protege seu gol e ataca o

gol adversário, utilizando passes, dribles, chutes, dentre outros fundamentos. O

campo é definido por um espaço retangular, com pequenos gols de mais ou menos 1

metro de uma trave (cones, chinelos, pedras/tijolos) a outra, localizados em

extremidades opostas do retângulo. Para se ter uma ideia de organização do campo

de jogo no golzinho, em uma quadra poliesportiva é possível dividir cada meia

quadra em dois campos, com isso posicionando pequenos gols nas linhas laterais,

teremos quatro campos de jogo. Em quadras menores podemos dividir em dois

campos de jogo. Exposição verbal: para realizar o golzinho é necessário criar

quatro pequenos espaços de jogo, em uma quadra (dependendo do tamanho da

quadra), sendo possível dividir cada meia quadra em dois campos de jogo traçando

uma linha paralela à linha de fundo. Após traçar a linha ou dividir cada meia quadra

com cones, teremos quatro campos de jogo, sendo que cada um deles deve ser

ocupado por um grupo de alunos. Em cada campo de jogo (criado), divida o grupo

em duas equipes, as quais irão se enfrentar nesse espaço. Trabalho em grupo: após

um período de jogo, questionar os alunos se há necessidade de dividir melhor as

equipes, caso alguma equipe esteja muito superior. Nesse momento pode surgir

possibilidade de discutir as atitudes dos alunos, já que alguns deles tendem a excluir

aqueles menos habilidosos. Cabe ao professor estabelecer discussão sobre como

uma pessoa chega a ser habilidosa em determinado esporte, a importância de ter

oportunidade para melhorar e ser respeitada em suas dificuldades. Outra discussão

que o professor pode provocar se refere à postura defensiva e ofensiva das equipes.

Por exemplo: percebendo que uma equipe está tendo dificuldade para marcar, o

professor interrompe a partida e promove uma rápida conversa com os integrantes

da equipe, questionando: Vocês estão com dificuldade para marcar? Por que isso

está acontecendo? Quais estratégias vocês podem utilizar para marcar melhor?

Esses são alguns questionamentos que permite aos alunos refletir sobre o jogo e

buscar formas de solucionar os problemas enfrentados. Cabe ao professor colaborar

com as reflexões dos alunos, mas em hipótese alguma deve apresentar a eles

respostas prontas.

Aula 06:

Objetivo: conhecer e vivenciar jogos da cultura popular relacionados ao futebol.

Conceitual: o papel do futebol de rua na construção do estilo peculiar do futebol

brasileiro.

Procedimental: vivência dos jogos nas suas diversas variações.

Atitudinal: importância de resgatar esse patrimônio que são os jogos de futebol de

rua; discussão democrática das regras adotadas nos jogos.

Materiais: para o jogo controle, são necessários quatro bolas de borracha ou de

futebol, traves de futsal, quatro cones ou objetos similares para marcação dos gols.

Desenvolvimento: no jogo controle, um grupo de mais ou menos seis jogadores

enfrenta um goleiro. O objetivo dos jogadores é levantar (erguer) ou cruzar a bola a

um companheiro, o qual realizará o chute para o gol antes que a bola toque o chão,

ou seja, o chute deve ser realizado de primeira. Já o goleiro deve defender os chutes

e torcer para que os jogadores chutem a bola para fora. Para cada gol realizado é

anotado um ponto para os jogadores e a cada chute para fora é anotado um ponto

para o goleiro (goleiro X jogadores), aquele que atingir três pontos é o vencedor, com

isso, caso os jogadores sejam vencedores o jogo é reiniciado com o goleiro

permanecendo nessa função, caso o goleiro seja vencedor o mesmo passa a compor

a equipe de jogadores e o último jogador que chutou para fora ocupará a função de

goleiro. Exposição verbal: para realizar o controle, divida os alunos em quatro

grupos, para cada grupo é necessário disponibilizar um gol (traves). Em uma quadra

ou campo, por exemplo, é possível utilizar os dois gols convencionais e construir

mais dois gols nas linhas laterais no meio da quadra, utilizando cones, minitraves ou

outros materiais. Importante manter uma distância mínima entre os gols para que as

equipes tenham espaço para jogar. Trabalho em grupo: no início, para jogadores

iniciantes é difícil levantar a bola para realizar o chute, incentive os grupos a criarem

regras que facilitem o jogo. Incentive também os alunos a criarem novos códigos de

pontuação para o jogo.

Materiais: para o jogo linha, são necessários quatro bolas de borracha ou de futebol,

traves de futsal, quatro cones ou objetos similares para marcação dos gols.

Desenvolvimento: o jogo linha é semelhante ao controle. No jogo linha, um grupo

de três jogadores enfrentam um goleiro. O objetivo do dos jogadores de linha é

passar a bola de primeira entre eles até o companheiro mais livre consiga concluir ao

gol. Ao goleiro fica a missão de defender o gol, interceptar os passes e torcer para

que o jogador de linha erre o alvo. O jogador que errar o gol, o goleiro defender ou

“roubar” a bola do jogador, troca de posição com o goleiro, reiniciando o jogo.

Exposição verbal: para jogar linha, divida a turma em grupos iguais, para cada

grupo uma trave, em uma quadra, utilize as traves convencionais, e outras formadas

por cones ou outro material mantendo uma distância entre os grupos de jogadores.

Trabalho em grupo: no início, para os iniciantes, pode ser difícil o passe de primeira,

incentive os alunos a criarem regras, podendo por exemplo, trazer um grupo para

jogar juntos, com dois goleiros na trave, podendo driblar o goleiro, dominar para

passar ou chutar ao gol.

Aula 07:

Objetivo: conhecer e vivenciar jogos da cultura popular relacionados ao futebol.

Conceitual: o papel do futebol de rua na construção do estilo peculiar do futebol

brasileiro.

Procedimental: vivência dos jogos nas suas diversas variações.

Atitudinal: importância de resgatar esse patrimônio que são os jogos de futebol de

rua; discussão democrática das regras adotadas nos jogos.

Materiais: para o jogo rebatida, são necessários duas bolas de borracha ou

futebol/futsal, traves de futsal ou futebol sete, cones para delimitar o campo de ação.

Desenvolvimento: no jogo rebatida, com variações de região para região, um grupo

de dois ou três alunos enfrenta outro grupo de mesmo número de jogadores. Um

grupo começará defendendo o gol, elegendo um goleiro. Cada jogador terá direito a

três chutes. O objetivo das equipes é conseguir o maior número de pontos, fazendo o

gol, acertando o travessão, as traves, rebote do goleiro e escanteio. Cada um

valendo um certo número de pontos. Gol simples, um ponto, rebote do goleiro, dois

pontos, escanteio 3 pontos, traves laterais quatro pontos, travessão cinco pontos e

forquilha são dez pontos. Exposição verbal: divida os alunos duplas ou em trio, uma

equipe disputa com outra em uma trave. Pode-se sortear qual equipe começa

chutando. Ao final das cobranças dos jogadores da equipe, os alunos que chutaram

vão defender. Caso o aluno chute para fora, a equipe perde uma oportunidade. Se a

bola bate na trave ou travessão, no goleiro e entra, soma um ponto. Após uma

rebatida, o jogo se encerra com o gol valendo os pontos para a equipe atacante,

devolução do zagueiro para seu goleiro, defesa do goleiro para os alunos que estão

defendendo e, saída do campo de jogo. Trabalho em grupo: após uma rodada

completa do jogo, dialogar com os alunos se uma equipe ficou muito superior as

outras, se é necessário dividir melhor, cuidando para não excluir nenhum aluno.

Incentivar os alunos para modificar as regras e o sistema de pontuação. Discutir com

os alunos, qual a melhor estratégia, defender o gol direto ou defender as traves, jogar

com dois goleiros ou dois zagueiros.

Materiais: para o jogo trave-a-trave são necessários as traves convencionais do

futsal, ou golzinhos; bolas de futsal ou de borracha.

Desenvolvimento: no jogo trave-a-trave um ou dois jogadores defendem um gol; o

adversário também defende a sua goleira. Cada jogador tem direito a um chute ao

gol adversário; então o aluno defende o chute ou domina a bola que for para fora do

gol; reiniciando o jogo com o seu chute. O objetivo é fazer mais gols que o adversário

(os). É delimitada a distância que o jogador do chute poderá se deslocar à frente,

podendo ser a linha da área do goleiro de futsal. Exposição verbal: relate aos seus

alunos que este jogo pode ser praticado entre dois colegas, um competindo contra o

outro, quando da falta de outros companheiros. Divida em equipes iguais,

competindo dois a dois para que todos possam participar, podendo cronometrar o

tempo de cada jogo. Após um período, dialogar a partir da lógica do jogo, as

dificuldades, quais estratégicas, defender e chutar o mais rápido possível para

surpreender o adversário ou, chegar mais próximo para chutar. Podemos também

modificar a regras, sugerindo e perguntando quais as contribuições dos alunos. Para

facilitar ou dificultar, delimite primeiramente a área do goleiro de futsal para chutar,

depois a linha da quadra de voleibol, e ainda a linha divisória da quadra de futsal.

Após o término das atividades: conversar com os alunos da importância de resgatar

os jogos populares relacionados ao futebol. Conhecer e vivenciar os jogos de futebol

é de alguma forma compreender a constituição do estilo de jogar brasileiro. Além

disso, a aprendizagem dessas práticas garante repertório de jogos para que os

alunos possam vivenciá-los no tempo livre de lazer.

TERCEIRA ETAPA aulas 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17: elementos básicos

da lógica tática do futebol/futsal. Problematizar, apresentar e utilizar regras que já

fizeram parte do voleibol e do futsal em outras épocas. Jogos de futebol de

tampinhas e jogos de futebol de mesa. Esportes provenientes do futebol.

Aula 08:

Objetivo: conhecer e vivenciar elementos básicos da lógica tática do futebol/futsal.

Conceitual: os princípios operacionais de defesa e de ataque (Ex: proteger o alvo ou

conserva a posse da bola).

Procedimental: vivências das estruturas funcionais do futebol e jogos reduzidos.

Atitudinal: valorização do diálogo como estratégia para solucionar os conflitos

gerados nos jogos; incentivo a comunicação verbal e não-verbal entre os membros

das equipes durante o jogo.

Procedimentos metodológicos: em círculo, explicar aos alunos que o objetivo da

aula é compreender os princípios elementares da lógica tática do jogo de

futebol/futsal, ou seja, durante os jogos e suas fases de defesa e ataque os alunos

devem tentar se posicionar adequadamente, no sentido de colaborar com sua

equipe. Por exemplo: na defesa procurar proteger o alvo e no ataque ocupar espaços

vazios para receber o passe em segurança. Para facilitar o entendimento desses

princípios básicos, sugerimos ao professor a leitura do texto em anexo (2), ao final

desta unidade didática.

Materiais: cinco bolas de futebol ou futsal e dez cones

Desenvolvimento: jogo 1 contra 1. Nesse primeiro jogo, os alunos irão se enfrentar

em situação de 1 X 1, o objetivo é driblar o adversário e derrubar seu cone

posicionado próximo à linha lateral. Divida a quadra/campo em cinco pequenos

espaços de jogo, nos quais os alunos irão se enfrentar individualmente. Um aluno sai

com a bola em direção ao adversário e seu cone, tentando driblá-lo para acertar o

cone, após a tentativa, a posse da bola fica para o aluno que estava defendendo e

recomeça o jogo. Após um pequeno período de jogo, os dois jogadores que estavam

na quadra dão lugar aos próximos colegas e voltam a ocupar a fila. Trabalho em

grupo: após um período de vivência, interromper o jogo e solicitar que cada equipe

em seu respectivo campo discuta sobre suas maiores fragilidades e quais as

melhores estratégias para vencer os adversários. O professor pode dar dicas de

marcação aos alunos, por exemplo, marcar mais próximo ao alvo ou conduzir o

atacante para as linhas laterais da quadra.

Materiais: cinco bolas de futebol ou futsal e dez cones.

Desenvolvimento: jogo 1+1 conta 1+1. O segundo jogo seguirá a mesma lógica do

jogo anterior, só que agora com um campo a menos, para garantir mais espaço para

o jogo. Os alunos se enfrentarão no 1 contra 1, contudo cada jogador terá o auxílio

de um colega/coringa, que ficará fixo no centro da quadra/campo e poderá trocar

passes com seu companheiro, mas não poderá conduzir a bola ou sair de sua região

demarcada (círculo no centro da quadra). Após um período de exploração do jogo,

permita que os alunos joguem a situação 2 contra 2, liberando a ação do coringa.

Trabalho em grupo: após um período de vivência, interromper o jogo e questionar os

alunos. Como o coringa pode colaborar com os jogadores? Mas o que os jogadores

devem fazer para facilitar o trabalho do coringa? Qual é a diferença de jogar com o

coringa fixo e o coringa móvel? Obs.: é importante conversar com os alunos sobre

como é feita uma “tabelinha” ou “passa e vai”, conhecido também como “um dois”.

Aula 09:

Objetivo: conhecer e vivenciar elementos básicos da lógica tática do futebol/futsal.

Conceitual: os princípios operacionais de defesa e de ataque (Ex: proteger o alvo ou

conserva a posse da bola).

Procedimental: vivências das estruturas funcionais do futebol e jogos reduzidos.

Atitudinal: valorização do diálogo como estratégia para solucionar os conflitos

gerados nos jogos; incentivo a comunicação verbal e não-verbal entre os membros

das equipes durante o jogo.

Procedimentos metodológicos: em círculo, explicar aos alunos que o objetivo da

aula é compreender os princípios elementares da lógica tática do jogo de

futebol/futsal, ou seja, durante os jogos e suas fases de defesa e ataque os alunos

devem tentar se posicionar adequadamente, no sentido de colaborar com sua

equipe.

Materiais: duas bolas de futebol ou futsal, traves convencionais de futebol/futsal e

seis cones.

Desenvolvimento: jogo 2 contra 1 (semelhante ao linha e ao controle). Nesse

terceiro jogo, a ideia é garantir superioridade numérica ao ataque para facilitar as

ações ofensivas e solicitar ao marcador uma nova postura defensiva, já que nessa

situação a marcação individual não pode ser a melhor opção (também podemos

observar como o atacante se comporta quando precisa defender). Para esse jogo,

utilizaremos os dois gols da quadra/campo e outra situação na meia quadra/campo

oposto, lembrando que as duas situações são jogos independentes. Dividir os alunos

em dois grupos, cada grupo ocupa metade de uma quadra. Posteriormente, com os

grupos em suas respectivas quadras, distribua os alunos de forma equilibrada entre

os cones dispostos na quadra e mais um goleiro em cada trave (um cone próximo ao

tiro de canto, de onde sairá o defensor e os outros dois nas laterais, próximo da linha

divisória da quadra dos quais sairão os atacantes). Os alunos (atacantes) que

ocupam os cones próximos ao meio da quadra/campo iniciam o jogo realizando

passes entre si, o terceiro jogador (defensor) localizado no cone próximo à linha de

fundo ou do tiro de canto será o marcador, assim o objetivo dos jogadores que

iniciam os passes é finalizar ao gol sem que o terceiro jogador recupere a bola. O

jogo termina quando os atacantes finalizam em gol ou quando o defensor recupera a

posse da bola. Para que os alunos vivenciem as diversas posições, ao final de cada

finalização ou recuperação de bola cada jogador do trio ocupa um novo cone e o gol,

modificando as posições sucessivamente no sentido horário. Trabalho em grupo:

após um período de vivência interromper o jogo e questionar os alunos. Qual deve

ser a postura do marcador? É mais indicado marcar próximo ao gol (defesa baixa) ou

mais próximo ao meio da quadra (defesa alta)? E os atacantes devem buscar realizar

o drible ou o passe? Em que momento os atacantes devem conduzir a bola e em

qual momento devem passar a bola.

Materiais: duas bolas de futebol ou futsal, traves convencionais de futebol/futsal.

Desenvolvimento: jogo 3 contra 2 (também semelhante ao linha e ao controle).

Nesse quarto jogo, utilizaremos a quadra/campo inteiro. Solicite aos alunos que

formem trios e posicione metade dos trios atrás de um gol e a outra metade atrás do

gol oposto, além disso, posicione um goleiro em cada gol. Para iniciar a atividade, um

trio do lado direito da quadra/campo transporta a bola em direção ao gol adversário

(lado esquerdo da quadra) por meio de passes. Nesse lado esquerdo da quadra,

outro trio aguarda para realizar a marcação e recuperar a bola, contudo, para garantir

superioridade numérica ao ataque, dois jogadores marcam e um terceiro permanece

ao lado da quadra próximo à linha lateral sem interferir no jogo (podendo ser também

um jogo de três contra três, dois conta dois e um goleiro comum a todos). Após a

finalização da jogada, independentemente se o ataque fez o gol ou se a defesa

recuperou a bola, a equipe que estava atacando se retira para o fundo da

quadra/campo (do lado que estava atacando) e a equipe que estava defendendo

inicia o transporte da bola para o lado oposto da quadra, com a participação do

terceiro jogador que aguardava ao lado da quadra e passa a enfrentar um novo trio

(no sentido horário), sendo este formado por dois na defesa e um aguardando para

dar seguimento ao próximo ataque. Trabalho em grupo: após um período de vivência,

interromper o jogo e questionar os alunos. Qual deve ser a postura do marcador? É

mais indicado marcar próximo ao gol (defesa baixa) ou mais próxima ao maio da

quadra (defesa alta)? Quando os jogadores da defesa devem se ajudar? Como deve

ser o posicionamento dos jogadores da defesa? Como deve ser o posicionamento

dos jogadores do ataque? Após o término das atividades: converse com os alunos,

pergunte a eles o que é preciso aprender e treinar para ser um bom jogador de

futebol. Provavelmente, alguns alunos vão apontar a importância de dominar os

fundamentos e técnicas do jogo. Explique que o domínio da técnica é importante,

mas que antes é preciso compreender a lógica do jogo, aprender a “ler” as ações dos

adversários e dos companheiros e a se posicionar em espaços estratégicos, entre

outras ações inteligentes que viabilizem o jogar competentemente.

Aula 10:

Objetivo: compreender a prática do voleibol com a apresentação e utilização de

algumas regras que foram modificadas para adaptação do esporte às demandas da

televisão.

Conceitual: conceito de regra; principais alterações na regra; influência da mídia e

dinâmica do jogo.

Procedimental: vivência do jogo com regras antigas; discussão sobre a dinâmica do

jogo e organização em virtude das regras.

Atitudinal: participação nas discussões democráticas, respeitar às opiniões e as

dificuldades dos colegas.

Procedimentos metodológicos: organizar a turma em sala de aula para uma

conversa sobre os objetivos da aula, de conhecer uma modalidade, no caso o

voleibol, que se transformou para atender as demandas dos patrocinadores e da

mídia (televisão). Por exemplo: até o ano de 1998, para a equipe marcar um ponto,

somente se tivesse dado o saque, e para dar o saque era preciso ganhar a

vantagem. Os sets eram de 15 pontos, dez a menos que agora (atualmente são 25

pontos para vencer 1 set, vencerá a partida a equipe que vencer 3 sets, exceto o 5º

set de desempate que tem 15 pontos com diferença mínima de 2 pontos), mas

muitas vezes, as equipes ficavam trocando “vantagem” e não faziam o ponto. Para

se ter uma ideia, a final do voleibol nos Jogos Olímpicos de Montreal (Canadá) em

1976, entre a ex-União Soviética e a Polônia durou 4h36 min. O professor pode

pesquisar e apresentar material de apoio sobre as mudanças de regras e a

espetacularização do voleibol. Você já pensou em assistir quatro horas e meia de

jogo? Como ficaria os outros programas da televisão? Assistir o vídeo disponível no

Portal do Professor do Ministério da Educação:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=37147.

Materiais: rede de voleibol, bolas de voleibol, de borracha e grandes vendidas em

exposições. Folhas de papel para anotações.

Exposição verbal: dividir a turma em duas equipes, primeiramente, o objetivo será

passar a bola (podemos começar com a bola grande) para o outro lado da quadra da

equipe adversária, e fazer com que ela caia na quadra, cuidando para que não caia

no seu lado, podendo usar qualquer parte do corpo para golpear a bola, a equipe

pode dar até três toques na bola antes de repassá-la para a outra equipe. Somente

marcará ponto a equipe que der o saque e conseguir o ponto. Trabalho em grupo:

após um período de prática, o professor interrompe e dialoga, se está demorando

demais para fazer um ponto e atingir os 15 pontos necessários para ganhar o set.

Nesta interrupção, o professor pode trocar a bola do jogo. Recomeça o jogo e

marcamos o tempo, e cuidamos quanto tempo a equipe leva para fazer 5 pontos (por

exemplo). Mais um período de prática e interrompemos novamente para sugerirmos

nova mudança na regra para a próxima aula, na regra de sistema de pontos por rally,

agora toda bola vale ponto, toda vez que uma equipe errar, dá um ponto para a

equipe adversária.

Aula 11:

Objetivo: compreender a prática do voleibol com a apresentação e utilização de

algumas regras que foram modificadas para adaptação do esporte às demandas da

televisão.

Conceitual: conceito de regra; principais alterações na regra; influência da mídia e

dinâmica do jogo.

Procedimental: vivência do jogo com regras antigas; discussão sobre a dinâmica do

jogo e organização em virtude das regras.

Atitudinal: participação nas discussões democráticas, respeitar às opiniões e as

dificuldades dos colegas.

Procedimentos metodológicos: organizar a turma na quadra de esportes. Dialogar

sobre a aula anterior com a vivência das antigas regras do voleibol, se demorou

muito para as equipes marcarem pontos e vencer um set.

Materiais: rede de voleibol, bolas de voleibol, de borracha e grandes vendidas em

exposições. Folhas de papel para anotações.

Exposição verbal: dividir a turma em duas equipes, primeiramente, o objetivo será

passar a bola (podemos começar com a bola grande) para o outro lado da quadra da

equipe adversária, e fazer com que ela caia na quadra, cuidando para que não caia

no seu lado, podendo usar qualquer parte do corpo para golpear a bola, a equipe

pode dar até três toques na bola antes de repassá-la para a outra equipe. Toda vez

que a equipe adversária errar, marcará um ponto, independente se a equipe que der

o saque ou não. Marcamos o tempo e verificamos, nessa nova regra, no sistema de

pontos por rally, que todo lance vale um ponto, quanto tempo a equipe leva para

fazer os mesmos cinco pontos. Ao final da aula, reunir todo o grupo e mostrar as

anotações com relação ao tempo que as equipes levaram pra fazer 5 pontos na regra

antiga e na regra nova. Discutir com os alunos quais foram as providências que eles

tomaram para passar a bola pra outra equipe e não deixar ela cair no seu lado da

quadra. Que forma do jogo eles gostaram mais? Comentar com os alunos sobre os

estudos da Confederação Brasileira de Voleibol para que seja adotado a quantia de

15 pontos por set. Com o objetivo de agilizar mais a partida de voleibol e atender os

interesses da televisão. Como tarefa para a próxima aula, os alunos devem

pesquisar junto a pessoas com mais de 40 anos ou mais, seus pais, avós,

professores; que já jogaram futsal, o que eles se lembram do período histórico no

qual aconteceram essas alterações nas regras do futsal. Pedir aos alunos que

tragam informações sobre as impressões dos ex-atletas sobre como o jogo era e

como ficou após as modificações. Algumas perguntas: como e onde os pais e os

avós deles jogavam futebol/futsal no tempo da infância e juventude deles? Lembram

de alguma regra do futsal que foi modificada?

Aula 12:

Objetivo: problematizar a prática do futsal por meio da apresentação e utilização de

regras que já fizeram parte deste jogo em outro momento histórico.

Conceitual: conceito de regra; principais alterações na regra; influência na dinâmica

do jogo.

Procedimental: vivência do jogo com regras antigas; discussão sobre organização

tática em função da alteração das regras.

Atitudinal: atitude democrática nas discussões; respeito às opiniões nas discussões;

fair play na vivência do jogo.

Procedimentos metodológicos: organizar a turma em sala de aula para uma

conversa inicial. Receber as respostas da tarefa de pesquisa sobre as regras antigas

do futsal do dia anterior. Valorizar cada resposta e contribuição dos alunos.

Compartilhar com os alunos as respostas dos colegas. Explicar que o objetivo da

aula é conhecer e vivenciar o jogo de futsal utilizando regras que já fizeram parte do

jogo em outro momento histórico. O professor deve explanar sobre as principais

regras que foram alteradas mostrando como era e como é atualmente. Podemos

realizar com os alunos uma pesquisa sobre as mudanças nas regras do futsal com

implicações na dinâmica do jogo. Por meio de votação, o grupo deve escolher pelo

menos cinco regras que modifiquem diretamente a dinâmica do jogo, para serem

vivenciadas. O professor deve expor as principais diferenças de uma regra

desatualizada em relação à regra atual sem entrar em questões de organização

tática do jogo, pois esta será a tarefa dos alunos na segunda parte das atividades.

Para auxiliar, um quadro (2) com a relação de regras alteradas

Aula 13:

Objetivo: problematizar a prática do futsal por meio da apresentação e utilização de

regras que já fizeram parte deste jogo em outro momento histórico.

Conceitual: conceito de regra; principais alterações na regra; influência na dinâmica

do jogo.

Procedimental: vivência do jogo com regras antigas; discussão sobre organização

tática em função da alteração das regras.

Atitudinal: atitude democrática nas discussões; respeito às opiniões nas discussões;

fair play na vivência do jogo.

Procedimentos metodológicos: na quadra de esportes, os alunos devem ser

divididos em equipes de futsal e iniciar o jogo utilizando as regras desatualizadas que

foram escolhidas por votação. Dois alunos das equipes que estiverem de fora devem

assumir a função de árbitros, ficando atentos, principalmente, às “novas regras” que

serão utilizadas.

Materiais: bola de futsal, cartolina ou papel craft (se não tiver disponibilidade destes,

utilize papel sulfite) pincel atômico ou caneta normal, apitos para os árbitros.

Trabalho em grupo: após uma prática de 5 a 10 minutos, o professor paralisa a

aula, reúne todo o grupo de alunos e solicita aos mesmos que identifiquem

problemas que eles estão tendo em função da modificação de regras. Em uma folha

de cartolina ou sulfite, deve ser anotada toda a discussão, conforme o exemplo a

seguir:

- Regras alteradas: começamos o jogo com as seguintes regras alteradas; o atleta

adversário não precisa ficar 5 m da bola no momento da cobrança do arremesso

lateral e o gol não pode ser convertido de dentro da área de meta; após um período

de prática, dialogamos sobre as dificuldades e, gradativamente, modificamos mais

algumas regras; as cobranças de lateral e tiro de canto devem ser cobradas com as

mãos; o goleiro não pode atuar com os pés fora da sua área; o goleiro não pode

lançar/repor a bola ao companheiro que estiver após a linha central da quadra sem

quicar pelo menos uma vez.

- Problemas identificados: dificuldade de cobrar arremesso lateral. Toda a hora a bola

é interceptada pelo adversário; estamos entrando na área para fazer o gol, o que não

vale mais; os tiros de lateral e canto devem ser cobrados com a mão, dificultando o

passe a um companheiro próximo; não poderá mais contar com um goleiro linha nas

jogadas de ataque e o goleiro não pode lançar diretamente um jogador que estiver no

ataque. A partir dos problemas identificados, o professor solicita que a equipe se

reúna em um local separado, discutindo quais ações táticas (como eles conseguirão

ultrapassar as dificuldades encontradas, quais atitudes tomar para vencer esse jogo

na próxima aula).

Eles devem organizar para que não infrinjam a regra alterada e, ao mesmo tempo,

consigam êxito no jogo. A prática é reiniciada com as equipes tentando colocar em

prática as organizações táticas discutidas em grupo. Outras paralisações poderão

poderão ser realizadas, sendo que o professor deve se preocupar em registrar todas

as alterações e organizações táticas indicadas pelos alunos na cartolina/folha,

anotando as equipes que oferecem sugestões. Em uma última paralisação, permitir

que os alunos joguem o futsal com as regras atualizadas.

Trabalho em grupo: ao final da aula (reservar pelo menos 10 minutos para esta

parte), o professor deve reunir todo o grupo, mostrar o painel inicial contendo as

regras alteradas e os problemas identificados e questionar os alunos sobre quais

organizações táticas eles discutiram e tentaram colocar em prática para se

adaptarem às novas regras. É muito importante o professor valorizar toda a produção

dos alunos quanto à resolução de problemas por meio da discussão em grupo,

demonstrando que todos são importantes dentro de uma equipe para se obter êxito

em um jogo. No encontro seguinte, o professor deve solicitar que os alunos

exponham suas opiniões sobre o que entenderam da mudança na dinâmica do jogo

com as alterações e o porquê eles acreditam que as mudanças se fizeram

necessárias.

Aula 14:

Objetivo: resgatar e valorizar o jogo de futebol tampinhas, os jogos de futebol de

mesa e proporcionar a compreensão da organização e desenvolvimento das

competições esportivas.

Conceitual: resgate e valorização do futebol de tampinhas e dos jogos de futebol de

mesa; a lógica das competições esportivas; compreendendo/construindo as regras

do futebol de tampinhas e dos jogos de mesa.

Procedimental: construção de regras do futebol de tampinhas e dos jogos de mesa;

organização e participação da competição.

Atitudinal: diálogo coletivo e respeito mútuo em relação à valorização dos jogos da

cultura popular; cooperação na construção das regras e organização da competição.

Procedimentos metodológicos: será apresentada uma proposta de resgate de

jogos da cultura popular que têm como fonte inspiradora o futebol: o futebol de

tampinhas, o futebol de pregos e o futebol de botão; e que possibilita a exploração de

temas como a construção de regras e a compreensão da lógica da organização de

torneios e campeonatos esportivos. A sugestão inicial é de que seja feito o

encaminhamento da uma pesquisa prévia com os alunos, conforme segue. Pesquisa:

a atividade pode ter início algumas aulas antes da implementação propriamente dita,

pela proposição de uma pesquisa com os pais, familiares, vizinhos ou amigos mais

velhos que podem ser desenvolvida da seguinte maneira: cada aluno ou cada grupo

de três ou quatro alunos deve entrevistar uma pessoa com mais de 30 anos de idade

que já tenha brincado do jogo das tampinhas, futebol de prego e de futebol de botão.

A ideia da pesquisa é fazer um levantamento de como eram as regras destes jogos

há algum tempo atrás e buscar resgatá-las. Em seguida, pedir para que os alunos

apresentem o resultado das pesquisas, finalizando a atividade com um debate com a

turma para que sejam construídos a partir dos resultados e das leituras e discussões

anteriores, manuais com as regras do jogo das tampinhas da turma ou do professor.

Após essa parte introdutória, o professor sugere um texto (anexo 4) ou material de

pesquisa, para ilustrar a importância do resgate e valorização dos jogos da cultura

popular e algumas questões para nortear uma breve discussão sobre o tema.

Materiais: três tampinhas de garrafa PET (três para cada dois dos beneficiados da

turma) quantos futebol de prego e de botão estiverem disponíveis no colégio.

Exposição verbal: para o desenvolvimento da segunda parte do tema, a proposta

inicial é realizar um questionamento aos alunos sobre os conhecimentos que

possuem em relação a torneios ou campeonatos esportivos, incluindo sistemas de

disputa, contagem de pontos, sistemas de classificação, dentre outros. Após o

questionamento prévio, faremos a leitura do texto do anexo 4, possibilitando a

conclusão do tema e sua terceira parte, com a elaboração e implementação do

torneio de futebol de tampinhas, futebol de prego e futebol de botão.

Trabalho em grupo: para a contextualização do tema, sugerimos que seja feita com

a turma o estudo de um texto, que descreva algumas formas de disputa e sistemas

de classificação das competições esportivas, como as diferenças ente torneios,

copas e campeonatos. Organize com a turma um torneio de futebol de tampinhas,

um de futebol de prego e um de futebol de botão, no qual eles serão os competidores

e organizadores do torneio ao mesmo tempo. Inicialmente, oriente os alunos para

que eles sejam distribuídos em grupos de quatro alunos para um sistema de disputa

da Copa do Mundo, com oitavas, quartas, semifinais e finais. O próximo passo é

explicar para a turma que os grupos teriam que ser responsáveis pela organização e

controle das respectivas tabelas e classificações, sendo que após a segunda fase os

alunos eliminados passariam a ser os organizadores e árbitros dos jogos. O último

passo é o desenvolvimento do torneio em si, sendo que os próprios beneficiados

figurarão como participantes e organizadores da competição.

Exposição verbal: o futebol de prego ou de pinos é um jogo sobre uma mesa que

tenha a marcação das linhas do campo, as traves e os onze jogadores retratados

pelos pregos/pinos cada time em seu campo de jogo. A bola pode ser representada

por uma moeda, bola pequena ou de papel. Para mover a bola, os jogadores dão

pequenos toques com os dedos. Trabalho em grupo: o futebol de pino pode ser

jogado individualmente e em duplas, onde cada vez um jogador faz a sua jogada. O

objetivo é marcar gols e, para revesamento entre os alunos, após um certo número

de gols (dois, três), troca-se de jogadores, anotando os vencedores de cada partida.

Aula 15:

Objetivo: resgatar e valorizar o jogo de futebol tampinhas, os jogos de futebol de

mesa e proporcionar a compreensão da organização e desenvolvimento das

competições esportivas.

Conceitual: resgate e valorização do futebol de tampinhas e dos jogos de futebol de

mesa; a lógica das competições esportivas; compreendendo/construindo as regras

do futebol de tampinhas e dos jogos de mesa.

Procedimental: construção de regras do futebol de tampinhas e dos jogos de mesa;

organização e participação da competição.

Atitudinal: diálogo coletivo e respeito mútuo em relação à valorização dos jogos da

cultura popular; cooperação na construção das regras e organização da competição.

Procedimentos metodológicos: para a realização do futebol de botão ou futebol de

mesa, serão necessárias algumas equipes de futebol de botão. Caso falte a mesa

específica, ela poderá ser substituída ou adaptada pelo próprio chão da quadra

poliesportiva ou pátio, desde que o chão seja plano e liso. Para que sejam possíveis

as realizações das partidas de futebol de botão, o professor poderá pedir aos seus

alunos que eles desenhem um campo de futebol no chão com giz, se possível com

os campos em tamanhos padronizados. Antes de começar as partidas, de futebol de

botão, o professor apresentará e demonstrará os três tipos de regras (disco, bola 12

toques, bola 3 toques) para se jogar o futebol de botão. Bola de um toque: a cada

lance regular de um técnico (aluno) segue-se a vez de jogar o adversário, ou seja,

um toque para cada técnico alternadamente, exceto nos casos de infração de dois

toques e na saída de jogo. Bola de 12 toques: cada técnico (jogador) tem direito a um

limite coletivo de 12 toques até o chute a gol, desde que não faça falta no botão

(jogador) adversário antes de tocar na bola ou que a bola toque no botão (jogador)

do time adversário, o que transferirá o direito coletivo de 12 toques para o adversário.

No caso de escanteio, lateral ou falta do adversário mantém a contagem, ou seja,

não se inicia a contagem para 12 novamente. Assim, se não houver chute a gol até o

12º toque, será tiro livre indireto a favor da equipe adversária. Cada botão (jogador)

poderá ser acionado, no máximo, por três vezes consecutivas. Bola de três toques:

baseada na mesma forma de 12 toques mencionado acima, só que em vez de 12

toques nessa regra é permitido três toques, no máximo, por direito de cada técnico.

Trabalho em grupo: incentivar que os alunos formem grupos de quatro e desenhem

os campos de futebol de botão no chão da quadra com o giz. Deixar que os alunos

escolham as suas regras de jogo. Incentivar os alunos a organizarem seu próprio

torneio, como forma de vivenciarem uma competição. Na falta do material

convencional para se jogar o futebol de botão ou futebol de mesa, pode-se utilizar

alguns materiais alternativos, como tampas de acrílico de relógios, que podem ser

pintadas e receber aplicações de números e distintivos de times; tampas redondas

de vasilhas de xampus, condicionadores, ketchup, óleo de cozinha, vinagre, pimenta

ou qualquer outra parecida. Para usar a tampa como botão, retire-a da vasilha e, em

seguida, raspe a parte de baixo da tampa no chão áspero, para poder deixá-la lisa e

sem irregularidades na sua forma, facilitando assim seu deslocamento e deslize.

Também pode ser feita de casca de coco, produzida de uma forma mais artesanal.

Após os torneios faça com a turma uma avaliação de todo o processo para que os

alunos reflitam sobre todos os conhecimentos que vivenciaram naquelas aulas como

resgate dos jogos, os conhecimentos sobre a organização de torneios e

campeonatos, a construção de regras e a vivência de tudo isso na prática.

Aula 16:

Objetivo: conhecer e vivenciar os diversos jogos provenientes do futebol.

Conceitual: discussão sobre as mais diversas formas de manifestações lúdicas do

futebol no nosso cotidiano. Conhecimento e reconhecimento das manifestações

culturais do futebol.

Procedimental: vivência do jogo de futebol nas suas diversas manifestações.

Vivência da combinação do futebol com outros esportes (voleibol e tênis) por meio de

jogos reduzidos. Outra manifestação do futebol é o pebolim, com os alunos o pebolim

humano.

Atitudinal: discussão sobre a importância de se resgatar os “patrimônios” culturais

dos jogos lúdicos de futebol combinado com outras modalidades. Promoção de

discussão democrática das regras adotadas nos jogos.

Procedimentos metodológicos: apresentação das manifestações do futebol

(história e regras). Exposição verbal: serão apresentadas algumas manifestações do

futebol, propostas de jogos culturais lúdicos que têm o futebol como fonte

inspiradora, tais como: futevôlei, futetênis, pebolim e o pebolim humano. A ideia é

que o professor, em um primeiro momento, apresente aos seus alunos uma das

manifestações do futebol citadas anteriormente, ou seja, jogos recreativos que

busquem retratar partes do futebol em combinação com outros esportes (futevôlei,

futetênis) ou que simulam uma partida de futebol (como o pebolim e o pebolim

humano), só que em uma escala reduzida do que o jogo de futebol representa na

realidade. Provavelmente, nem todos os alunos saberão do que se tratam esses

jogos e mesmo aqueles que conhecem podem apresentar divergências na forma de

jogar. O professor poderá levantar várias questões aos seus alunos sobre o jogo

cultural em questão, como por exemplo: vocês sabiam que o futevôlei é reconhecido

pela FIFA como esporte, que já existe um campeonato mundial de futevôlei e que no

último torneio realizado pela FIFA a dupla masculina campeã foi do Brasil? Vocês

sabiam que existem outras formas de se jogar o futebol de campo e de quadra fora

de seu ambiente de competição? E que esses jogos podem simular o futebol, que é

caracterizado em uma escala reduzida? Conhecem os diferentes tipos possíveis de

sistema de competição para se montar um torneio ou campeonato? Após a

exposição verbal, dividir a turam em quatro ou mais grupos para melhor organização

dos jogos. No caso do futevôlei e do futetênis, para que ocorra maior contato com a

bola e maior participação de todos os alunos. Já no pebolim humano, para que os

alunos vivenciem o prazer de jogar o futebol, porém de outra forma.

Materiais: para o futevôlei são necessários quatro bolas de voleibol, bolas grandes,

borracha ou de futebol, postes e rede de vôlei ou adaptações (corda, fita, etc).

Exposição verbal: o futevôlei é um esporte que combina alguns fundamentos

técnicos do futebol (recepção, passe, chute e cabeceio) com algumas das regras

básicas do voleibol (forma de disputa do jogo em sets e dimensões e características

da quadra de jogo que é dividida em dois campos por uma rede). Assim, o futevôlei é

um jogo de oposição entre duas equipes (duplas, trios ou quartetos), em que a bola

pode ser golpeada com qualquer parte do corpo, exceto a mão, o braço e o

antebraço. O jogo tem por objetivo enviar a bola por cima da rede para o solo do

campo adversário, evitando que ela toque o solo do seu próprio campo. A bola é

colocada em jogo pelo sacador que executa o saque golpeando a bola com um dos

pés, por sobre a rede em direção ao campo adversário. Cada equipe tem o direito de

golpear a bola três vezes para enviá-la de volta ao campo adversário. A forma de

disputa de uma partida de futevôlei pode ser realizada de três formas: disputa de um

set; vence a equipe que atingir 15 pontos com no mínimo dois pontos de diferença

para a equipe adversária. Na ocorrência de um empate em 16 pontos, a equipe que

marca o 17º ponto vence o set e a partida. Melhor de três sets vencedores: baseado

no mesmo molde da disputa de set único. Disputa de sets cronometrados: consiste

em aplicar a forma de disputa em um único set até o limite cronometrado de 8

minutos direto. Se no término dos 8 min o jogo terminar empatado é efetuado um

último rally, quem fizer o ponto vence a partida.

Desenvolvimento: formar quatro miniquadras de futevôlei (6m x 3m) em uma

quadra poliesportiva ou em um pátio. Observação: manter certa distância entre as

miniquadras de futevôlei, para que não haja interferência entre os jogos. As

miniquadras de futevôlei podem ser demarcadas no chão por giz. Esse jogo pode ser

jogado em duplas, trio ou em quartetos, mas tradicionalmente se utilizam jogos em

duplas. Em cada miniquadra de futevôlei colocar quatro duplas. Nesse caso,

enquanto duas duplas se enfrentam no jogo, as outras duas duplas terão a função de

se organizar para ver quem vai ser o árbitro principal, os dois juízes de linha, um de

um lado e outro do outro, e por fim o anotador dos pontos da partida. Para os

estabelecimentos onde o professor tem dificuldade de aplicar outra modalidade

coletiva além do futebol, essa seria uma boa forma graduada de incentivar e de

propiciar o interesse dos alunos pelo voleibol, partindo do futevôlei adaptado para o

futevôlei propriamente dito e, por fim para o voleibol. Assim, os alunos já teriam como

base a essência das regras do jogo voleibol, apenas faltaria trabalhar as questões

técnicas e táticas. Consideramos que a atividade acima é um ótimo jogo pré-

desportivo, tanto para o futebol/futsal, quanto para o voleibol.

Trabalho em grupo e trabalho independente: fazer com que as duplas que estão

de fora do jogo participem do jogo indiretamente e que eles trabalhem em equipe

para o desenvolvimento da partida. Neste caso, dividindo funções de quem vai ser o

árbitro principal, os dois juízes de linha, um de um lado e outro do outro, e por fim o

anotador dos pontos da partida. Em cada miniquadra de futevôlei, deixar a critério

das quatro duplas que eles mesmos estabeleçam as suas próprias regras, ou seja,

os alunos podem definir as regras partindo do que eles já conhecem decorrente da

prática ou mesmo indicar regras que deixem o jogo mais simples ou mais complexo.

Por exemplo: liberar ou não um pingo da bola sempre quando enviada para o outro

lado da quadra adversária. Jogar com bola de voleibol ou com bola grande; poder

quicar a bola com a mão para golpeá-la no saque; podendo usar as mãos e braços

para tocar a bola.

Aula 17:

Objetivo: conhecer e vivenciar os diversos jogos provenientes do futebol.

Conceitual: discussão sobre as mais diversas formas de manifestações lúdicas do

futebol no nosso cotidiano. Conhecimento e reconhecimento das manifestações

culturais do futebol.

Procedimental: vivência do jogo de futebol nas suas diversas manifestações.

Vivência da combinação do futebol com outros esportes (voleibol e tênis) por meio de

jogos reduzidos. Outra manifestação do futebol é o pebolim, com os alunos o pebolim

humano.

Atitudinal: discussão sobre a importância de se resgatar os “patrimônios” culturais

dos jogos lúdicos de futebol combinado com outras modalidades. Promoção de

discussão democrática das regras adotadas nos jogos.

Procedimentos metodológicos: apresentaremos aos alunos uma das

manifestações do futebol citadas anteriormente na aula do futevôlei, ou seja, nesta

aula terá dois jogos recreativos que busquem retratar partes do futebol em

combinação com outros esportes, neste caso o futetênis e o pebolim humano.

Materiais: para o futetênis são necessários quatro bolas de voleibol, bolas grandes,

borracha ou de futebol, postes e rede de tênis ou adaptações (corda, fita, etc).

Exposição verbal: o futetênis pode ser jogado individualmente ou em duplas, só que

ao invés das raquetes, os jogadores devem tocar a bola somente com os pés e o

corpo, exceto as mãos, braço e antebraço. A bola utilizada é a de futebol, mas pode

ser trocada por qualquer outra bola (de voleibol, de handebol e a própria bolinha de

tênis). Cada jogador só pode dar um toque na bola em cada lado de sua quadra. No

caso do jogo de duplas, não pode haver passes entre os dois jogadores da mesma

equipe. Para o recebedor do saque é permitido no máximo um quique da bola em

sua quadra de jogo. A bola deve ser sempre passada para o campo adversário. A

pontuação é semelhante ao tênis, pontuando por games e sets (melhor de três sets,

e melhor de nove games). Assim como o futevôlei, o futetênis pode representar uma

boa forma graduada de incentivar e de propiciar o interesse dos alunos pelo tênis a

partir do futebol, partindo do futetênis para o tênis propriamente dito. Assim, os

alunos já teriam como base a essência das regras do jogo do tênis, apenas faltaria

trabalhar as questões técnicas e táticas para o tênis.

Desenvolvimento: montar quatro miniquadras de futetênis (6m x 3m) em uma

quadra poliesportiva ou em um pátio. Observação: manter certa distância entre as

miniquadras de futetênis, para que não haja interferência entre os jogos. As

miniquadras de futetênis podem ser demarcadas no chão por giz e os golzinhos no

final da cada linha de fundo por minigolzinhos de futebol ou por cones. Em cada

miniquadra de futetênis colocar quatro duplas. Esse jogo como o tênis pode ser

jogado individual ou em duplas.

Trabalho em grupo: da mesma forma como no futevôlei, pode-se fazer com que as

duplas que estão fora do jogo participem do jogo indiretamente e que eles trabalhem

em equipe para o desenvolvimento da partida. Nesse caso, dividindo funções de

quem vai ser o árbitro principal, os dois juízes de linha, um de um lado e outro do

outro, e por fim, o anotado dos pontos da partida. Se o professor observar

dificuldades de alguns alunos em participar desse jogo, poderá levantar questões aos

grupos sobre tais dificuldades, procurando chegar a um consenso sobre a melhor

forma ou alternativa de se adaptar ou modificar as regras do jogo, possibilitando

assim a diminuição das dificuldades para aqueles que não possuem uma maior

habilidade para o futetênis. Por exemplo: jogar com bola de voleibol ou com bola

grande; poder quicar a bola com a mão para golpeá-la no saque; podendo usar as

mãos e braços para tocar a bola.

Materiais: para o pebolim humano são necessários bola de futebol/futsal ou

borracha, corda ou fita para demarcar as posições, coletes ou fitas para identificação

das equipes.

Exposição verbal: o jogo pebolim é encontrado em estabelecimentos comerciais

(também conhecido como totó em outras regiões), então vamos representar as

posições do futebol em um jogo associado ao futebol. A bola do jogo pode ser de

futebol, futsal ou de borracha. Na quadra de futsal, dividimos os alunos em duas

equipes identificadas, subdividindo essa equipe em goleiro, defesa, meio campo e

ataque, com as cordas (se tiver disponível, pode-se passar a corda por dentro de

canos de PVC), em cada formação, os alunos não podem andar para frente, nem

para trás, apenas para os lados (assim como no pebolim de mesa). Entre a defesa e

o meio campo, coloque o ataque adversário, na outra defesa faça o mesmo os meios

de campo ficam de frente um para o outro. os alunos que ficarem esperando, serão o

árbitro e bandeirinhas.

Desenvolvimento: o árbitro inicia o jogo, na linha lateral da quadra, na linha divisória

da quadra, jogando a bola ao alto; não tem lateral nem tiro de canto. Quando a bola

sai da lateral, o árbitro a joga para o alto no meio da quadra, quando a bola sair na

linha de fundo, independentemente de qual equipe que tocou por último, o goleiro

cobra o tiro de meta reiniciando o jogo.

Trabalho em grupo: se não for possível as cordas para formarem as linhas de

defesa, meio campo e ataque, os alunos podem se dar as mãos, mas não podem

soltar nem andar para frente ou para trás para chutar a bola. O objetivo é fazer gol na

outra equipe e, evitar que a equipe adversária faça gol. Após um período de jogo, o

professor pode interromper e conversar sobre a dificuldades e de qual estratégia

seria mais correta para fazer gol e evitar o gol adversário. O professor pode,

democraticamente, sugerir que os alunos troquem de posição (rodízio), afim de que

eles vivenciem todas as posições do jogo pebolim e, consequentemente do futebol.

QUARTA ETAPA aulas 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31: as

desigualdades de gênero no futebol; História e jogos ancestrais com bola. Atividades

relativas a Copa do Mundo de Futebol. Conhecer e vivenciar a prática, as regras

básicas e a filosofia de jogo do Rugby Tag.

Aula 18:

Objetivo: proporcionar a reflexão crítica em relação às desigualdades de gênero

relacionadas ao futebol.

Conceitual: conhecimentos relativos ao futebol feminino; conhecimentos sobre a

mudança das regras e espetacularização do voleibol; reflexão sobre a construção de

regras que favoreçam a inclusão.

Procedimental: elaboração de regras inclusivas; vivência de jogos com regras

adaptadas; discussões sobre as desigualdades de gênero que permeiam o universo

do futebol.

Atitudinal: respeito às diferenças de gênero e habilidade; diálogo para construção

coletiva de regras; solidariedade com mulheres que jogam futebol no Brasil e com

colegas de turma que são excluídos das vivências do jogo de futebol.

Procedimentos metodológicos: em sala de aula, com auxílio da TV multimídia ou

computador/projetor multimídia, iniciar a aula tecendo alguns comentários sobre a

prática do futebol, afirmando, por exemplo, que apesar do futebol constituir-se no

esporte mais conhecido e praticado no Brasil e em quase todo o mundo, não

podemos dizer que tal situação se concretize de forma democrática. Um dos

principais motivos para que apontemos está hipótese refere-se às desigualdades de

oportunidades de acesso ao futebol em relação ao gênero, ou seja, as mulheres não

encontram um espaço legítimo para se apropriarem do futebol da mesma maneira

que os homens. Nesse sentido, o tema desta aula tem como foco a importância de

se trazer à tona o futebol feminino, para que possibilitemos reflexões sobre a forma

como as mulheres são marginalizadas no cenário futebolístico. Como primeira

provocação para abordar o tema peça para que os alunos e as alunas apontem o

nome de dez jogadores de futebol e de dez jogadoras de futebol ou, se possível,

apresente para eles fotos de jogadores e de jogadoras para que eles digam seus

nomes, após esta tarefa discuta com a turma a diferença entre nosso conhecimento

sobre o futebol feminino e masculino, refletindo sobre os salários das jogadoras e

dos jogadores, as competições masculinas e femininas (pode-se enfatizar a Copa do

Mundo, que no caso masculino literalmente para o país e no caso feminino passa

completamente despercebida pelo grande público), é possível ainda discutir as

diferenças em relação à cobertura dos meio de comunicação. Assim, o professor

deve e apresentar um material para leitura com os alunos que servirá para

contextualizar a vivência do tema destas aulas, sobre o futebol feminino no Brasil e

em outros países (anexo 6). Para a exposição sobre o futebol feminino no Brasil,

assistir os vídeos disponíveis no Portal Dia a Dia Educação do Estado do Paraná:

www.educacao.pr.gov.br e Educação Física: http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br

na página da disciplina:

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?

video=6854 . Esporte, substantivo feminino.

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?

video=11296 . Deixa que eu chuto. Futebol feminino.

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?

video=11297 . Deixa que eu chuto. Futebol feminino.

Aula 19:

Objetivo: proporcionar a reflexão crítica em relação às desigualdades de gênero

relacionadas ao futebol.

Conceitual: conhecimentos relativos ao futebol feminino; conhecimentos sobre a

mudança das regras e espetacularização do voleibol; reflexão sobre a construção de

regras que favoreçam a inclusão.

Procedimental: elaboração de regras inclusivas; vivência de jogos com regras

adaptadas; discussões sobre as desigualdades de gênero que permeiam o universo

do futebol.

Atitudinal: respeito às diferenças de gênero e habilidade; diálogo para construção

coletiva de regras; solidariedade com mulheres que jogam futebol no Brasil e com

colegas de turma que são excluídos das vivências do jogo de futebol.

Procedimentos metodológicos: em sala de aula, a partir das discussões da aula

anterior é possível pensar em uma proposta de intervenção que possa ressignificar o

jogo de futebol entre meninos e meninas no Colégio. Para isso, nossa sugestão parte

da experiência extraída do voleibol, que atendendo a demanda dos patrocinadores e

dos meios de comunicação, passou por um processo de transformação que alteraria

significativamente a dinâmica dos jogos. Assim, apresentamos, a seguir, um texto

para leitura com os alunos que servirá para contextualizar a vivência do tema destas

aulas (anexo 7).

Materiais: serão necessários bolas de futsal e coletes, na falta de coletes, fita para

identificar as equipes.

Trabalho em grupo: partindo de uma proposta de contextualização da história do

voleibol que mudou suas regras para atender às demandas do esporte de espetáculo

impostas pela mídia, propor aos alunos e alunas que desempenhem o papel de

gestores do jogo, colocando a seguinte situação problema: assim como no caso do

voleibol, em nossas aulas de Educação Física no colégio, também temos uma

demanda que exige que façamos transformações para atender às necessidades dos

alunos. Acontece que em nossos jogos de futebol nem todo mundo participa de

forma efetiva e prazerosa, portanto, a missão de vocês é repensar a dinâmica de

nossos jogos de forma a solucionar o problema. Para completar a vivência,

sugerimos a transformação da regra que pode contribuir para um jogo que

proporcione oportunidades mais igualitárias para todos os alunos. A sugestão é que

ao dividir as equipes para os jogos, o professor tente equilibrá-las tecnicamente e,

em seguida, combine com as equipes que cada uma delas terá o direito de escolher

na equipe adversária aqueles jogadores ou jogadoras que eles consideram ser os

que mais desequilibram as partidas em função da maior habilidade. Após escolhidos

esses jogadores (no caso do futebol de campo pode-se pensar em 5 ou 6 jogadores,

dependendo do nível de habilidade da turma, no caos do futsal, dois ou três

jogadores estariam de bom tamanho) seria combinada a regra de que os mesmos só

poderiam jogar com o pé não dominante. O professor poderia, inclusive, providenciar

uma fita para identificar a perna que não seria permitida tocar na bola ou pedir para

que os alunos deixassem uma das meias levantada e outra abaixada, para que

ficasse mais fácil para identificar se estes alunos tocarem a bola com o pé ou perna

não-permitido, pois neste caso seria marcada falta para a equipe adversária. Com

esta adaptação, teríamos a possibilidade de minimizar as diferenças de habilidade,

possibilitando ao final da aula uma discussão com a turma sobre as intenções

pedagógicas da modificação. Também podemos “escolher” os alunos mais

habilidosos e, num tempo do jogo, eles não poderão fazer o gol, apenas passar a

bola para os companheiros ou os jogadores trocarem de posição no jogo (goleiro,

defesa e ataque). Para observarmos melhor a questão de gênero, o professor pode,

nas equipes mistas, adaptar regras para dificultar o jogo para as meninas, por

exemplo, quando elas não podem fazer gol, só poderão ir até a linha central e ou

somente de goleira.

Exposição verbal: ao final da aula, reunir toda a turma para uma discussão sobre

todas as vivências desenvolvidas, analisando a forma como o futebol feminino é

discriminado em nosso país e como é possível construir alternativas para que

meninos e meninas possam jogar futebol juntos, minimizando as exclusões.

Avaliação: identificar como os alunos solucionam os problemas apresentados ao

grupo; analisar como os alunos dialogam as transformações das regras para a

inclusão, com atenção especial para sua capacidade de argumentação e respeito às

opiniões dos demais; observar como os alunos lidam com a própria dificuldade e com

a do grupo nas vivências do jogo.

Aula 20:

Objetivo: a história do futebol, os jogos ancestrais com bola e a evolução até o

futebol moderno.

Conceitual: conhecimentos sobre a história do futebol; elaboração de regras

inclusivas; os antigos jogos com bola e a evolução até o futebol moderno.

Procedimental: elaboração de regras inclusivas; vivência dos antigos jogos com

regras adaptadas

Atitudinal: respeito às desigualdades e com os menos habilidosos; discussão sobre

o caráter machista e elitista nos primórdios do futebol; discussão sobre a importância

de resgatar os esportes que deram origem ao futebol.

Procedimentos metodológicos: iniciar a aula em sala de aula, usando computador,

projetor multimídia e a TV multimídia, argumentando sobre a origem do futebol.

Nossos antepassados jogavam bola? Como que eram esses jogos com bola de

muitos anos atrás? Em quais lugares eram praticados? O futebol não foi

simplesmente inventado, como o basquetebol ou o voleibol, que foram criados para

atender a determinadas demandas. Por exemplo: o basquetebol foi inventado a partir

da dificuldade de se praticar esportes ao ar livre no rigoroso inverno norte-americano,

por isso foi inventado um esporte que poderia ser praticado dentro de espaços

fechados. O voleibol segue esse princípio, com a diferença de que não ter contato

físico entre os adversários e que as pessoas de idade mais avançada também

pudessem praticar. O futebol é, na verdade, fruto da evolução histórica de inúmeros

jogos com bola praticados por diferentes povos em diferentes épocas que em

determinado momento foi alvo de um processo de institucionalização tornando-se um

dos pilares do esporte moderno. Para ilustrar melhor os jogos ancestrais do futebol,

temos o jogo Kemari, original da China e praticado no Japão imperial, assistiremos

os vídeos disponíveis no YouTube: https://www.youtube.com/watch?

v=hXimyyx8520 e esse sobre os países que participaram da Copa das

Confederações 2013, no caso o Japão https://www.youtube.com/watch?v=G9-

M7De_uAk . Outro jogo precursor do futebol é originário dos povos Maias que

habitaram onde hoje é o país México, o xcaret, com o objetivo de fazer a bola passar

pelo meio de um arco, sem o uso dos pés, nem das mãos, apenas com as pernas e o

tronco para golpear a bola, vídeos no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=H-

iJxuqjFFs e o espetacular, com as bolas em chamas, ancestral do hóquei, também

da cultura Maia disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=vc-

zFwUzW1M . Por fim, na Europa, mais precisamente na Itália, um jogo antigo com

bola, mais parecido com o Rugby, um vídeo, também disponível na internet no

YouTube com o jogo ancestral com bola chamado de gioco del calcio:

https://www.youtube.com/watch?v=Z4xEJQd6nG0 , considerando que este último

exemplar de jogo precursor do futebol, um jogo violento. Após cada vídeo, pedir para

os alunos apontarem quais as semelhanças de cada esporte da antiguidade com o

futebol? Tem semelhança com outros esportes? Assim, partimos do pressuposto de

que tais jogos podem ser conhecidos como jogos pré-modernos ou ancestrais do

futebol, ao passo que a origem do futebol deve ser instituída a partir de sua

institucionalização nos moldes do esporte moderno. Discutiremos com os alunos a

posterior prática desses jogos. A transformação de um jogo de bola com os pés em

esporte ocorre em 1863, com a criação da Football Association, instituição inglesa

(Inglaterra) que codificou o futebol, tornando suas regras universais. Antes da

codificação e universalização das regras do futebol, praticavam-se diferentes

modalidades de jogos de bola com os pés, cujas regras eram definidas pelas

tradições locais, variando, portanto, de uma localidade para outra. Apesar das

controvérsias, o futebol no Brasil foi introduzido por Charles Miller a partir de 1894.

Nestes quase 120 anos após o começo do futebol no Brasil, com a ajuda de

governos e a mídia, a popularidade atinge todas as partes do nosso imenso país,

com suas culturas locais e peculiaridades. Atualmente o Brasil tem cinco títulos da

Copa do Mundo de Futebol. Dos campeonatos oficiais de futebol, o Brasil ainda não

conquistou a Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos. Os clubes brasileiros de futebol

estão entre os melhores do planeta. Nove deles já conquistaram a Copa Libertadores

da América. Seis clubes se sagraram campeões mundiais. O futebol foi,

primeiramente, um esporte da elite inglesa, e aqui no Brasil não foi diferente,

inicialmente era praticado em clubes das camadas mais altas da sociedade, mas a

sua implementação ocorreu de maneira bastante acelerada, passando para a classe

média até popularizar-se. Lentamente as classes mais baixas puderam ter contato

com o nobre esporte bretão, pelas famosas “peladas”, nas quais os meninos pobres

e, sobretudo os negros e mulatos, que não iam à escola, desenvolviam suas

habilidades neste novo esporte. A popularidade do futebol, que atraía um público

crescente, os interesses financeiros, foi necessário recrutar jogadores das camadas

mais baixas, nas quais haviam jogadores talentosos, que praticavam o futebol com

dedicação, e nele viam um canal de ascensão social, atualmente, muitos jovens se

dedicam ao futebol como forma de melhorar de vida e, a maioria dos grandes

jogadores brasileiros tiveram origem humilde. E as mulheres nesta história toda? Nos

primórdios do futebol, as mulheres eram espectadoras do esporte, com a

popularização, elas foram afastadas por ser “inconveniente”. Dentro de campo, foram

proibidas por leis. Atualmente, mesmo sem incentivo e estrutura, as mulheres são

vice-campeãs mundiais em 2007 e medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de

Atenas (2004) e Pequim (2008). Vídeo sobre a história do futebol, disponível na

internet: https://www.youtube.com/watch?v=B9mAs9fPUMA .

Aula 21:

Objetivo: a história do futebol, os jogos ancestrais com bola e a evolução até o

futebol moderno.

Conceitual: conhecimentos sobre a história do futebol; elaboração de regras

inclusivas; os antigos jogos com bola e a evolução até o futebol moderno.

Procedimental: elaboração de regras inclusivas; vivência dos antigos jogos com

regras adaptadas

Atitudinal: respeito às desigualdades e com os menos habilidosos; discussão sobre

o caráter machista e elitista nos primórdios do futebol; discussão sobre a importância

de resgatar os esportes que deram origem ao futebol.

Procedimentos metodológicos: com base no vídeo da aula anterior, vamos

relembrar o jogo a partir do vídeo apresentado e vivenciaremos o jogo kemari na

quadra de esportes.

Materiais: bolas de futebol, bola grande, borracha ou voleibol, fitas ou pedaços de

tecido para identificação das equipes.

Exposição verbal e trabalho em grupo: para praticarmos o jogo Kemari, dividimos

os alunos em dois ou três grupos, ficando esses grupos em círculos, separados para

não interferir um no outro. O objetivo é golpear a bola com o pé sem deixar ela cair,

dando toques de primeira. Após um período, dialogar com os alunos as dificuldades

encontradas, se manter a bola no alto está difícil, podemos modificar a regra,

utilizando uma bola mais leve (bola grande, de borracha ou voleibol) e, se permitimos

o domínio da bola e se ela pode quicar pelo menos uma vez no chão. Podemos

colocar um aluno no centro do grande círculo, onde esse aluno ajuda os demais,

recebendo e passando a bola.

Aula 22:

Objetivo: a história do futebol, os jogos ancestrais com bola e a evolução até o

futebol moderno.

Conceitual: conhecimentos sobre a história do futebol; elaboração de regras

inclusivas; os antigos jogos com bola e a evolução até o futebol moderno.

Procedimental: elaboração de regras inclusivas; vivência dos antigos jogos com

regras adaptadas

Atitudinal: respeito às desigualdades e com os menos habilidosos; discussão sobre

o caráter machista e elitista nos primórdios do futebol; discussão sobre a importância

de resgatar os esportes que deram origem ao futebol.

Procedimentos metodológicos: com base no vídeo e a aula anterior, vamos

relembrar o jogo a partir do vídeo apresentado e vivenciaremos o jogo gioco del

calcio na quadra de esportes.

Materiais: bolas de futebol, bola grande, borracha ou voleibol, fitas ou pedaços de

tecido para identificação das equipes.

Exposição verbal: para o jogo gioco del calcio italiano, definiremos os limites para o

contato pessoal, usando uma fita ou tira de pano em corres iguais para cada equipe,

faremos um jogo ancestral do rugby (tema de outra aula). O objetivo é passar a bola

com as mãos entre os jogadores, para levá-la até o gol adversário, onde a bola deve

ser colocada atrás da linha de gol, para tomar a bola do adversário, sem derrubá-la

das mãos, sem maior contato entre os jogadores, interceptando o passe, erro do

adversário, ou tomando a fita dele, quando este estiver de posse da bola,

imediatamente após a tira de pano ser pega, a posse da bola passa para o

adversário, recomeçando o jogo. Discutimos com os alunos após um tempo de jogo,

o que podemos alterar nas regras, se o jogador pode caminhar ou correr com a bola,

se colocarmos goleiros, parece um handebol.

Aula 23:

Objetivo: a história do futebol, os jogos ancestrais com bola e a evolução até o

futebol moderno.

Conceitual: conhecimentos sobre a história do futebol; elaboração de regras

inclusivas; os antigos jogos com bola e a evolução até o futebol moderno.

Procedimental: elaboração de regras inclusivas; vivência dos antigos jogos com

regras adaptadas

Atitudinal: respeito às desigualdades e com os menos habilidosos; discussão sobre

o caráter machista e elitista nos primórdios do futebol; discussão sobre a importância

de resgatar os esportes que deram origem ao futebol.

Procedimentos metodológicos: vamos relembrar o jogo a partir do vídeo

apresentado na primeira aula sobre os jogos ancestrais do futebol e vivenciaremos o

jogo xcaret na quadra de esportes. Verificar as condições do campo de futebol ou

futebol sete para a realização do futebol descalço.

Materiais: bolas de futebol, borracha ou voleibol, arcos, bambolê ou pneu, fitas ou

pedaços de tecido para identificação das equipes.

Exposição verbal: para o jogo xcaret, fixaremos um arco ou pneu lateralmente na

parede ou grade, podendo ser também colocado no fundo da quadra para mais de

duas equipes. Podemos usar uma bola de borracha. Cada equipe terá o seu arco ou

pneu. Para facilitar um pouco, discuta com os alunos para que eles possam usar os

pés para passar a bola entre os jogadores e chutar ao pneu, após cada tentativa e ou

êxito, a equipe adversária tem o direito de tentar acertar o alvo. A bola pode quicar e

rebater na parede ou grade, e antes de tentar acertar o arco ou pneu, os alunos

devem passar a bola entre todos os membros da equipe para melhor vivência do

jogo.

Exposição verbal: para o jogo de futebol descalço, bola de futebol ou de borracha,

verificar anteriormente, as condições do gramado no campo de futebol ou futebol

sete, bola de futebol, sem calçados, dividir os alunos em grupos, praticaremos o

futebol sem calçados, ou ainda usando as meias.

Avaliação: após o término das atividades, discutir com os alunos sobre os jogos

ancestrais do futebol praticados, qual deles eles acham que mais parece com o

futebol que hoje jogamos. As meninas tiveram alguma dificuldade nesses jogos. As

mulheres podem e devem praticar futebol? Valorizar a participação dos alunos nos

questionamentos.

Aula 24:

Objetivo: atividades relacionadas a Copa do Mundo de Futebol de 2014 que será

realizada no Brasil.

Conceitual: conhecimentos sobre a História da Copa do Mundo de Futebol, os

países Campeões Mundiais, os melhores jogadores nas Seleções e as grandes

jogadas.

Procedimental: visualização de vídeo sobre a História da Copa do Mundo; identificar

os jogadores de destaque; encenar e apresentar.

Atitudinal: reconhecer que o futebol é um fenômeno social, político e cultural.

Debater sobre a Copa do Mundo no Brasil. Discutir o resgate da História da Copa do

Mundo. Empenhar-se para contribuir nos trabalhos em grupo

Materiais: televisão multimídia ou computar e projetor multimídia; bolas de futebol,

folhas sulfite e fita crepe, campo ou campo de futebol sete.

Procedimentos metodológicos: iniciar a aula em sala de aula, usando computador,

projetor multimídia e a TV multimídia. Argumentar com os alunos sobre a realização

da Copa do Mundo de Futebol (evento global) no Brasil em 2014. Se é a primeira vez

que acontece no nosso país. Dialogar sobre a História da Copa do Mundo. Perguntar

quantas vezes o Brasil já se sagrou Campeão. Lembram de algum jogador brasileiro

ou estrangeiro que foi considerado o melhor jogador de uma Copa do Mundo?

Valorizar todas as contribuições dos alunos. Após essa introdução da aula, pedimos

que os alunos identifiquem e escolham um jogador (brasileiro ou estrangeiro) de

destaque, preferencialmente, em cada posição de jogo, para ser o seu personagem

na próxima atividade. Anotar todos os jogadores escolhidos pelos alunos. Para a

escolha dos alunos, assistiremos FIFA FEVER – O Melhor da História do Futebol.-

Segundo DVD; os capítulos: Os Dez Mais – Gols em jogadas individuais e Grandes

Jogos – Duelo de Titãs.

Exposição verbal e trabalho em grupo: posteriormente ao vídeo e a escolha do

jogador de destaque, iremos ao campo de futebol (ou futebol sete) e realizaremos um

jogo com os jogadores em suas posições de campo, devidamente identificados pelos

alunos (com uma folha sulfite, escrever o nome do jogador e com fita crepe colar nas

costas). Inspirados pelos craques, o jogo de futebol com os escolhidos pelos alunos

para cada posição. Antes do término da aula, parar e conversar sobre os

personagens escolhidos pelos alunos. Perguntar se os alunos se sentiram motivados

ao representar os jogadores.

Aula 25:

Objetivo: atividades relacionadas a Copa do Mundo de Futebol de 2014 que será

realizada no Brasil.

Conceitual: conhecimentos sobre a História da Copa do Mundo de Futebol, os

países Campeões Mundiais, os melhores jogadores nas Seleções e as grandes

jogadas.

Procedimental: visualização de vídeo sobre a História da Copa do Mundo; identificar

os jogadores de destaque; encenar e apresentar.

Atitudinal: reconhecer que o futebol é um fenômeno social, político e cultural.

Debater sobre a Copa do Mundo no Brasil. Discutir o resgate da História da Copa do

Mundo. Empenhar-se para contribuir nos trabalhos em grupo

Materiais: televisão multimídia ou computar e projetor multimídia; bolas de futebol,

campo ou campo de futebol sete.

Procedimentos metodológicos: iniciar a aula em sala de aula, usando computador,

projetor multimídia e a TV multimídia. Dividir os alunos em grupos de 3 ou 4

indivíduos. Argumentamos sobre as grandes jogadas realizadas nas Copas do

Mundo. Comentar sobre a beleza de cada jogada. Explicar que cada grupo deverá

escolher e anotar no caderno uma grande jogada para ensaiar e apresentar para a

turma. No máximo dois grupos podem escolher a mesma jogada. Assistimos o vídeo

com as melhores jogadas das Copas do Mundo. Para a escolha das jogadas pelos

alunos, assistiremos FIFA FEVER – O Melhor da História do Futebol.- Segundo DVD;

os capítulos: Grandes Jogadores – Meio de Campo; As melhores defesas e Os Dez

Mais – Gols em Equipe.

Exposição verbal e trabalho em grupo: após o vídeo e escolha pelos alunos da

jogada, dividir as sedes da Copa do Mundo de Futebol no Brasil (encaminhar as

sedes da Copa nos estados brasileiros) entre os grupos para pesquisa: quais os

times locais? Palavras ou jargões diferentes no dialeto de cada sede. A cultura local

(danças, jogos, música). A pesquisa deve ser realizada no laboratório de informática

e também em casa (quando houver possibilidade).

Aula 26:

Objetivo: atividades relacionadas a Copa do Mundo de Futebol de 2014 que será

realizada no Brasil.

Conceitual: conhecimentos sobre a História da Copa do Mundo de Futebol, os

países Campeões Mundiais, os melhores jogadores nas Seleções e as grandes

jogadas.

Procedimental: orientações sobre a pesquisa; ensaiar as jogadas escolhidas

anteriormente e apresentá-las ao grande grupo.

Atitudinal: reconhecer que o futebol é um fenômeno social, político e cultural.

Debater sobre a Copa do Mundo no Brasil. Discutir o resgate da História da Copa do

Mundo. Empenhar-se para contribuir nos trabalhos em grupo

Materiais: televisão multimídia ou computar e projetor multimídia; bolas de futebol,

campo ou campo de futebol sete.

Procedimentos metodológicos: em sala de aula, primeiramente dialogamos com

os alunos sobre a pesquisa das sedes da Copa do Mundo, quais dificuldades que

surgiram. Orientar os alunos nos procedimentos da pesquisa. Encaminhamos os

alunos ao campo de futebol (ou futebol sete) para ensaiar as grandes jogadas

escolhidas (quantas vezes forem necessárias) e posteriormente, apresentar ao

grande grupo. Valorizar e incentivar cada apresentação dos alunos. Observar o

empenho nas apresentações e o comprometimento nas inserções dos colegas.

Aula 27:

Objetivo: atividades relacionadas a Copa do Mundo de Futebol de 2014 que será

realizada no Brasil.

Conceitual: conhecimentos sobre a História da Copa do Mundo de Futebol, os

países Campeões Mundiais, os melhores jogadores nas Seleções e as grandes

jogadas.

Procedimental: apresentação em forma de seminário da pesquisa anteriormente

solicitada.

Atitudinal: reconhecer que o futebol é um fenômeno social, político e cultural.

Debater sobre a Copa do Mundo no Brasil. Discutir o resgate da História da Copa do

Mundo. Empenhar-se para contribuir nos trabalhos em grupo

Materiais: folhas sulfite para anotações sobre as apresentações dos grupos de

alunos.

Procedimentos metodológicos: em forma de seminário, os alunos apresentarão as

peculiaridades de cada capital sede da Copa do Mundo de Futebol. Um grupo

começa a apresentar. Contribuir com informações aos alunos. Valorizar todas as

apresentações, dialogar sobre as dificuldades e as novidades. Os alunos deverão

anotar as principais informações das apresentações dos colegas. Após o término das

apresentações, dialogar sobre as informações expostas pela turma. O que cada um

achou mais interessante.

Aula 28:

Objetivo: conhecer a prática do Rugby;

Conceitual: aspectos principais do Rugby e do Rugby tag;

Procedimental: movimentações básicas do jogo: passe, pontos e disputa;

Atitudinal: valorização da participação e envolvimento de todos na execução da

atividade, respeitando as limitações e potencialidades de cada um;

Materiais: primeiramente, em sala de aula, com uso da TV multimídia ou computador

com projetor multimídia. Duas bolas de Rugby (tamanho 5); quatro cones; 20 coletes.

Obs.: na falta de bolas de Rugby, utilizar outras bolas e, na falta de coletes,

diferenciar as equipes pela cor da faixa (tag que significa etiqueta);

Práticas, metodologias e procedimentos: iniciar em sala de aula; apresentaremos

a nova modalidade que será vivenciada. Explicar a origem e como é o jogo

formalmente. Expor como será feita a adaptação e suas regras (tag). Segundo os

apaixonados pelo esporte, o Rugby surgiu em 1823, na The Close at Rugby School,

na cidade de Rugby, na Inglaterra (daí vem o nome da modalidade). No Brasil o

Rugby chegou em 1891, no Rio de Janeiro (então capital brasileira), quando Luiz

Leonel Moura trouxe uma bola da Inglaterra, local onde fora estudar. Atualmente, no

Brasil existem 76 clubes de Rugby. É importante não confundirmos Rugby com

futebol americano. Este surgiu nos EUA por motivos comerciais, sendo uma

derivação do Rugby. Em 2016, nas Olimpíadas que serão realizadas no Rio de

Janeiro, Brasil, o Rugby voltará a fazer parte do quadro de modalidades Olímpicas. O

Rugby tag oportuniza que o jogo seja disputado, ao mesmo tempo, pelos dois sexos

e por pessoas de diferentes faixas etárias, já que esse jogo substitui o contato físico

entre os jogadores (tackle) e o risco de lesões, por um cinto e duas fitas colocadas

na cintura de cada jogador (na falta de cinto, substituiremos por fitas de TNT por

exemplo). Ou seja, em vez de derrubar o seu adversário, o jogador terá apenas que

tirar (puxar) uma ou ambas as fitas do cinto/cintura do adversário (tag significa

indicação, etiqueta). Essa alternativa resolve outra questão problemática, qual seja, a

falta de piso adequado, já que não será preciso derrubar o adversário para retomar a

posse de bola. Com auxílio da TV multimídia ou de computador com projetor,

assistiremos um pequeno vídeo disponível na internet sobre como jogar e as formas

de jogar o Rugby tag: https://www.youtube.com/watch?v=k-sVjd0R6ME . Após a

visualização do vídeo, dialogar com os alunos sobre as impressões que eles tiveram

do Rugby tag, valorizar cada contribuição dos alunos

Exposição verbal e trabalho em grupo: em quadra, possibilitar aos alunos o

manuseio da bola (que provavelmente será algo novo para os mesmos): lançar de

várias formas, profundidades, chutar, receber etc. Explorar e discutir as várias

possibilidades junto aos alunos.

Descrição das atividades: jogo dos dez passes com a bola de Rugby. Nesse jogo,

em um perímetro delimitado, a equipe que conseguir completar dez passes sem a

interferência do adversário somará um ponto. Quando um adversário intercepta o

passe, recomeça a contagem. Observando as dificuldades, podemos facilitar

começando com a troca de 5 passes para marcar um ponto. Nesse primeiro

momento, a ideia é que os alunos se familiarizem com a bola, dando ênfase para os

parâmetros de inteligência tática, conforme o Sistema de Aprendizagem e

Desenvolvimento do Esporte (SADE) apresentado no livro Fundamentos

Pedagógicos do Programa Segundo Tempo. Num segundo momento, utilizaremos

ainda o jogo dos dez passes (colocaremos uma faixa de TNT, lenço ou colete de

cores para diferenciar as equipes), porém para ter a posse de bola em vez de

interceptar o passe do adversário teremos que tirar a fita (ou lenço, ou colete solto)

que está na cintura (tag) de quem está com a bola. Assim introduzimos uma das

possibilidades do jogo. Idem, passando a bola para trás. Embora se possa correr em

várias direções (pode-se limitar a corrida, por exemplo, a 5 passos), deve-se procurar

um companheiro que esteja atrás, passando a bola com as duas mãos com leve

rotação do tronco. Exposição verbal e roda final: após as vivências, passa-se a um

momento de identificação das dificuldades e facilidades encontradas na vivência,

organização e desenvolvimento das atividades vivenciadas para a manipulação da

bola. Solicitar aos alunos que na medida do possível olhem jogos na internet ou

outros meios de comunicação.

Aula 29:

Objetivo: reconhecer e utilizar o fundamento passe e suas variações, respeitando e

valorizando o jogo coletivo;

Conceitual: o que é o passe com as mãos; a função do passe e suas variações no

jogo;

Procedimental: vivências do passe com as mãos: curto e longo;

Atitudinal: valorização da participação e envolvimento de todos na execução da

atividade, respeitando as limitações e potencialidades de cada um;

Materiais: computador, projetor multimídia e/ou TV multimídia, duas bolas de Rugby

(tamanho 5); quatro cones; papel e caneta; Obs.: na falta de bolas de Rugby, utilizar

outras bolas.

Práticas, metodologias e procedimentos: iniciaremos a aula na sala, explicando

como será baseada no fundamento passe. Explicar que o passe nada mais é que

entregar a bola ao colega de forma que facilite a recepção, pois o mesmo é um dos

fundamentos mais importantes do Rugby (e de todos os esportes coletivos com bola,

como futebol, futsal, handebol, etc). Perguntar aos alunos as formas de passes que

eles conhecem, permitindo um momento de discussões para apresentar dúvidas e

impressões sobre o que ouviram. Rever as dificuldades e facilidades encontradas na

aula anterior, quando o passe foi introduzido de forma rudimentar. Após essa primeira

parte, com auxílio da TV multimídia ou computador e projetor multimídia,

assistiremos um vídeo disponível na internet sobre Rugby tag-Passe e recepção:

https://www.youtube.com/watch?v=MlvJTvqSios .

Exposição verbal e trabalho em grupo: em quadra, organiza-se os alunos em

grupos iguais; em duas fileiras no fundo da quadra voltadas para frente. Os alunos

trocarão passes dois a dois, até o final da quadra, observando que não poderão

passar a bola para frente, somente de lado ou para trás. Começando com uma

distância entre alunos de 2 metros, depois aumentaremos para 3 metros (podemos

usar a linha lateral da quadra de voleibol para delimitar a distância). Dividir a turma

em duas equipes. Cada equipe fica no fundo da quadra distribuída semelhante a uma

equipe de handebol. A atividade consiste em deslocamento para frente, trocar passes

entre os alunos, cuidando novamente para que este passe seja ao lado ou para o

colega que está atrás (em relação à linha de fundo do adversário) até onde a outra

equipe esteja posicionada (no fundo da quadra), a outra equipe pega a bola e repete

o exercício, indo e voltando para entregar a bola a outra equipe. Solicitar aos alunos

que elaborem uma atividade (usando folha sulfite e caneta fornecida pelo professor)

que envolva o passe e todos os alunos em igual proporção e, as impressões que eles

estão tendo desse novo esporte. Após a elaboração da atividade por parte dos

alunos, solicitar que expliquem e demonstrem a atividade elaborada. Em seguida, os

demais alunos experimentam as atividades elaboradas por cada uma das equipes

(colaborar na elaboração das atividades). Depois de os alunos vivenciarem a troca

de passes em deslocamento nas atividades propostas pelo professor e as

elaboradas pelos colegas, interromper para dialogarmos, quais as dificuldades em se

recepcionar e passar uma bola diferente das mais conhecidas. Solicitar que os

alunos guardem as folhas com as atividades e os comentários sobre a nova

modalidade, para que possam ser reutilizadas em um outro momento. Observar

como os alunos solucionaram os problemas apresentados ao grupo e, como os

alunos lidam com a própria dificuldade e com a do grupo na realização dos diferentes

passes nessa nova modalidade.

Aula 30

Objetivo: criar a estratégia de “fixar” o marcador e depois correr para a esquerda ou

direita (fintar o adversário);

Conceitual: compreensão do objetivo do jogo e das estratégias para atingi-lo, correr

para frente;

Procedimental: linhas de ataque com 4 ou 5 alunos, buscando os espaços entre os

cones para atacar (fintar o adversário);

Atitudinal: tomada de decisão;

Materiais: computador, projetor multimídia e/ou TV multimídia para apresentação de

um vídeo, duas bolas de Rugby (tamanho 5); quatro cones; faixas de tecido ou TNT

para identificar as equipes. Obs.: na falta de bolas de Rugby, utilizar outras bolas.

Práticas, metodologias e procedimentos: iniciar a aula em sala de aula explicando

que esta será baseada no fundamento invasão (corrida). Informar que a bola deve

ser conduzida com as duas mãos para haver maiores possibilidades no momento da

tomada de decisão e também menor probabilidade da bola não cair. Explicar as

opções que o aluno terá quando correr em direção ao marcador e assim que o

adversário “fixar” a marcação nele ou vier em sua direção: passar a bola para um

companheiro ou side-step. Explicar o que o side-step é uma finta de corpo ou uma

troca rápida de direção (ginga de corpo com ou sem a bola para tentar levar

vantagem sobre o marcador). Apresentar dois vídeos sobre o trabalho de fintar e o

apoio para passar disponível na internet: https://www.youtube.com/watch?

v=_phf7enTmQc e https://www.youtube.com/watch?v=cSyPrT7vbZk e Perguntar aos

alunos se eles identificam alguma outra possibilidade de tomada de decisão.

Exposição verbal e trabalho em grupo: em quadra, dividir os alunos em dois

grupos. Dois alunos ficarão posicionados sobre a linha divisória da quadra de futsal,

distantes uns 9 metros um do outro, cada um de frente para uma coluna, os alunos

farão duas colunas no fundo de cada lado da quadra; primeiro aluno de cada coluna

corre de posse da bola, até próximo ao aluno do meio da quadra (este tentará

bloquear a passagem e ou tirar a tag/fita), aplica uma finta, se desloca, entrega a

bola para o primeiro da coluna do outro lado e vai para o final da mesma. Colocar

cones entre a coluna e o aluno do meio da quadra para “forçar” o aluno a realizar

mais de uma finta (side-step). Observar para que cada aluno passe pelas duas

colunas ao menos duas vezes, mediando qualquer dificuldade nas atividades. Após

essa atividade, realizar enfrentamentos dividindo os alunos em grupos de três ou

quatro (dependendo do tamanho da turma), nesse exercício, um grupo de três/quatro

alunos sai do fundo da quadra e troca passes até o meio da quadra, onde estará o

outro grupo de três alunos que tentarão evitar o avanço da equipe até a linha de

fundo. Quando a equipe adversária retomar a posse da bola, recomeça a disputa.

Delimitar um tempo para cada jogo. A equipe que conseguir chegar ao fundo da

quadra, ganha um ponto, utilizando o Rugby tag como referência. Por meio de

perguntas para o grupo, verificar se os pontos-chave da atividade foram fixados. Por

exemplo: quais as possibilidades que temos ao ter um adversário pela frente?

Identificar como os alunos solucionaram os problemas apresentados ao grupo.

Observar como os alunos lidam com a própria dificuldade e com a do grupo na

realização das diferentes tomadas de decisão.

Aula 31:

Objetivo: superar o adversário, jogo Rugby tag propriamente dito;

Conceitual: conceitos de superioridade numérica;

Procedimental: vivências de situações de superioridade numérica. Vivência do

Rugby tag;

Atitudinal: valorização da participação e envolvimento de todos na execução da

atividade, respeitando as limitações e potencialidades de cada um;

Materiais: duas bolas de Rugby (tamanho 5); dez cones (opcional); coletes

(opcional, pois a identificação das equipes pode ser com a tira de TNT ou de pano);

na falta de bolas de Rugby, utilizar outras bolas.

Práticas, metodologias e procedimentos: em quadra, ao iniciar a aula, o professor

deverá retomar os pontos-chave do passe e do side-step (finta). Explicar o jogo

Rugby tag – regras e fundamentos básicos.

Exposição verbal e trabalho em grupo: delimitar uma área de jogo dependendo do

tamanho da turma, podendo ser a quadra de voleibol ou a de futsal. Dividir a turma

em duas equipes, colocar as tags (faixas ou tiras de TNT ou tecido) em cada aluno.

Colocar na linha de fundo da quadra da equipe um aluno adversário, que será

responsável de receber o passe da sua equipe para marcar um ponto. Com base nos

fundamentos e regras básicas do Rugby, os alunos devem avançar trocando passes

e deslocando-se, até chegar próximo do aluno que está no fundo da quadra do

adversário. A equipe que está defendendo deve tentar recuperar a posse da bola,

tirando a tag/faixa do aluno que estiver de posse da bola ou interceptando um passe,

após retomar a posse da bola, recomeça o jogo. Durante a atividade, o professor

deve interromper para dialogar com os alunos, verificar com eles quais as

dificuldades, qual a melhor estratégica para alcançar o fundo da quadra com o

companheiro. Podemos modificar criando um alvo para os jogadores acertarem com

a bola (pneu, bambolê, cesta de basquetebol, etc).

Trabalho em grupo: aplicar o jogo Rugby tag, utilizando o método global funcional.

Dividir a turma em equipes, com coletes ou colocando as tags/faixas para

identificação. Entendendo que as ferramentas básicas para o jogo já foram

fornecidas, o professor deverá agir como mediador, solicitando que os alunos opinem

a cada dúvida que venha a surgir no jogo.

Exposição verbal: após o término da aula, estabelecer com os alunos relações com

as aulas anteriores para a aplicação do jogo Rugby tag. Discutir o jogo realizado e

solicitar que os alunos pesquisem sobre o Rugby na internet (se possível) e em

outros meios de comunicação. Após o término das aulas planejadas com o Rugby

tag, identificar como os alunos solucionaram os problemas apresentados ao grupo.

Observar como os alunos lidam com a própria dificuldade e com a do grupo na

realização dos diferentes passes. Observar como os alunos elaboram estratégicas

para superar os desafios impostos pela superioridade numérica. Identificar como os

alunos participaram do jogo.

QUINTA ETAPA aula 32: Objetivo: avaliar a aceitação das atividades propostas pelo professor e pelos alunos;

a organização coletiva na construção de regras, as adaptações, as discussões com

relação ao gênero e a solidariedade nas dificuldades.

Materiais: folhas sulfite

Descrição das atividades: a partir do processo de intervenção, com o relato dos

alunos ao longo das aulas, será possível avaliar os tema acima descritos. Entregar

uma folha com as seguintes questões para os alunos responderem:

- Qual atividade que você mais gostou?

- Você gostou de participar das atividades?

- Você gostou das atividades com meninos e meninas?

5. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Para uma melhor compreensão sobre estas unidades didáticas, primeiramente

foi apresentado o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola. Na sequência foi

exposto um cronograma com cinco etapas, e dentro dessas cinco etapas estão as

trinta e duas aulas. Os objetivos, as dimensões conceituais, procedimentais e

atitudinais, as atividades estão especificados em cada etapa da sequência

pedagógica.

Buscamos com essa unidade didática mostrar que o professor pode ir além do

procedimental e tradicional, buscando também inserir na sua aula o conceito de cada

atividade e a busca da mudança de atitude do seu aluno. As atividades propostas

podem ser modificadas, recriadas e adaptadas para os seus alunos, a infraestrutura

e cultura local.

Importante destacar que por meio das etapas vivenciadas, os alunos podem

assumir uma postura mais crítica frente aos conceitos trabalhados, retomando os

conteúdos já vivenciados, pedindo e valorizando a participação e contribuição de

cada um. Também podemos analisar a organização coletiva dos alunos, o diálogo, as

atitudes solidárias nas dificuldades dos colegas, o respeito quanto às diferenças de

capacidade e de gênero. Devemos ficar alertas a qualquer atitude preconceituosa

que possa surgir durante as aulas.

MATERIAL DE APOIO

- Anexo 1 p. 42 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa Segundo

Tempo – Volume 1 : O estilo do futebol brasileiro. O futebol sul-americano, em

especial o brasileiro, é reconhecido por um estilo peculiar, marcado pela criatividade

expressa, principalmente por meio do drible e jogadas de efeito.

- Anexo 2 e quadro 1: p. 52 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa

Segundo Tempo – Volume 1: Princípios operacionais do jogo coletivo. Os princípios

táticos dos esportes coletivos de invasão.

- Anexo 3 e quadro 2: p. 59 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa

Segundo Tempo – Volume 1: Modificações das Regras do Futsal com Implicações na

Dinâmica do Jogo.

- Anexo 4: p. 65 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa Segundo

Tempo – Volume 1: Resgate de jogos e brincadeiras: o jogo de futebol de tampinhas.

Vamos conhecer um jogo que em muitos lugares desapareceu, mas foi muito

praticado por outras gerações.

- Anexo 5: p. 66 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa Segundo

Tempo – Volume 1: Entendendo os campeonatos e torneios esportivos. Quais as

diferenças entre campeonato, torneio e copa.

- Anexo 6: p. 83 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa Segundo

Tempo – Volume 1: Eva Futebol Clube. As relações entre o futebol feminino e os

movimentos higienista, eugenista e feminista. Nos EUA, o futebol é coisa de mulher.

Carta de um cidadão a Getúlio Vargas.

- Anexo 7: p. 89 do Livro Ensinando e Aprendendo Esportes no Programa Segundo

Tempo – Volume 1: A espetacularização do voleibol. O texto descreve como uma

modalidade esportiva se modificou para atender as demandas dos patrocinadores e

da mídia.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AWAD, H.; Brinque, Jogue, Cante e Encante com a Recreação, 2ª edição, Editora

Fontoura, 2006.

BORSARI, J. R.; Futebol de Campo. São Paulo: EPU, 1989.

CBFS, Confederação Brasileira de Futebol de Salão.

http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/origem.php. Acesso em: 28/06/2013.

COUTINHO, S. S.; OLIVEIRA, A. A. B. Recreio nas Férias, Maringá: Eduem, 2013.

DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. Procedimentos Metodológicos para o

Programa Segundo Tempo. In: (Fundamentos pedagógicos do Programa

Segundo Tempo: da reflexão à prática) p. 207-235, (organizadores) Maringá - PR:

Eduem, 2009.

GONZÁLEZ, F. J.; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. -

Vitória: Ufes, 2012.

LUCENA, R.; Futsal e iniciação – Rio de Janeiro: 7ª edição: Sprint, 2008.

OLIVEIRA, A. A. B. Ensinando e aprendendo esportes no Programa Segundo

Tempo [el al.]. (organizadores). – Maringá: Eduem, 2011.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Física para a Educação Básica Curitiba: SEED-2008.

6.1 VIDEOS:

FIFA FEVER - O Melhor da História do Futebol. EUA: Focus Filmes, 2004. 3 DVD

(194 min), widescreen, color.

GIOCO DEL CALCIO. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=Z4xEJQd6nG0 . Acesso em: 01/11/2013.

HISTÓRIA DO FUTEBOL. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=B9mAs9fPUMA . Acesso em 19/11/2013.

KEMARI. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hXimyyx8520 . Acesso

em: 01/11/2013.

KEMARI. Copa das Confederações 2013. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=G9-M7De_uAk.> Acesso em 01/11/2013

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Portal dia a dia Educação. Disponível

em: <http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?

video=6854> acesso em 30/10/2013.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Portal dia a dia Educação. Disponível

em: < http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?

video=11296 > acesso em 30/10/2013.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Portal dia a dia Educação. Disponível

em: http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?

video=11297 acesso em 30/10/13.

PORTAL DO PROFESSOR. Disponível em:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25728 . Acesso em:

31/10/2013.

PORTAL DO PROFESSOR. Disponível em:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=37147 . Acesso em:

07/11/2013.

PORTAL DO PROFESSOR. Disponível em:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=37151 acesso em 07/11/13.

RUGBY TAG – formas de jogar. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k-

sVjd0R6ME . Acesso em: 18/11/2013.

RUGBY TAG – Passe e recepção. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=MlvJTvqSios . Acesso em: 19/11/2013.

RUGBY TAG – fintas (side-step). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=_phf7enTmQc . Acesso em 19/11/2013.

RUGBY TAG – Apoio. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=cSyPrT7vbZk . Acesso em 19/11/2013.

XCARET – Precursor do Futebol. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=H- iJxuqjFFs . Acesso em: 01/11/2013.

XCARET – bolas em chamas. Disponível em: youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=vc-zFwUzW1M . Acesso em: 01/11/2013.