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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO- PDE
UNIDADE DIDÁTICA
Professora – PDE: Vilma Rodrigues Campos
Orientadora: Drª Ruth Izumi Setoguti.
MARINGÁ
2013
2
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO - PDE
UNIDADE DIDÁTICA
Material elaborado como parte integrante do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, em convênio com a
Universidade Estadual de Maringá, como requisito para o
desenvolvimento das atividades propostas para o período
2013/2014. Sob a orientação da Professora Drª. Ruth
Izumi Setoguti.
Professora – PDE: Vilma Rodrigues Campos
Orientadora: Drª. Ruth Izumi Setoguti.
MARINGÁ
2013
3
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA – PDE/2013
Título: A contribuição da Prova Brasil para melhoria da qualidade da
educação básica.
Autor Vilma Rodrigues Campos
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto
e sua localização
Colégio Estadual “São Francisco de Assis”
Município da escola Ivatuba
Núcleo Regional de Educação Maringá
Professor Orientador Professora Drª Ruth Izumi Setoguti
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá (UEM)
PR
Resumo Os resultados das avaliações externas
SAEB e PROVA BRASIL, dos anos de
2007, 2008 e 2011, realizados pelos
alunos do Colégio Estadual “São Francisco
de Assis”, demonstraram um baixo nível de
aprendizagem dos mesmos, o que
fortalece a necessidade de se levantar o
porque de tais resultados. Partindo dessa
premissa, esse projeto tem como objetivo
principal contribuir para a melhoria da
qualidade da educação dessa instituição
de ensino, procurando entender como se
dá a aprendizagem geral dos educandos e
quais os motivos subjacentes ao seu baixo
rendimento escolar. As avaliações
externas de aprendizagem nacionais e
4
internacionais têm mostrado que o
estudante brasileiro conclui as várias
modalidades de ensino com grande
defasagem em leitura, matemática e
ciências e essa realidade é alarmante. A
partir da temática proposta pretende-se
oportunizar momentos de estudos e
reflexões objetivando repensar o fazer
pedagógico, visando assim oferecer um
ensino de qualidade.
Palavras-chave Prova Brasil, SAEB, Professor, Qualidade
de ensino.
Formato do Material Didático Unidade didática.
Público alvo Professores, pedagogos e diretores.
5
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO..........................................................................................6
2 OBJETIVOS....................................................................................................6
2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................6
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................7
4 MATERIAL DIDÁTICO..................................................................................10
5 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS............................................................11
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.................................................................14
7 REFERÊNCIAS.............................................................................................15
6
1 APRESENTAÇÃO
Esta unidade didática tem por objetivo contribuir para a melhoria da qualidade
da educação do Colégio Estadual “São Francisco de Assis” onde atuo, procurando
entender como se dá a aprendizagem geral dos alunos e os motivos subjacentes ao
baixo rendimento escolar dos mesmos.
Nesta perspectiva pretendo me aprofundar nos resultados das avaliações
externas SAEB e Prova Brasil do referido colégio, procurando desvendar quais os
motivos que têm provocado tais resultados.
Os conteúdos contemplados neste material didático serão oferecidos aos
professores, pedagogos e para a direção do colégio onde atuo em forma de curso
de extensão universitária com carga horária de 32 horas. Também estará disponível
aos professores da rede estadual de ensino através do grupo de trabalho em rede
(GTR), para que o projeto possa cumprir seu objetivo.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Contribuir para a melhoria da qualidade da educação da escola onde atuo,
procurando entender como se dá aprendizagem geral dos alunos, quais os
motivos subjacentes ao baixo rendimento escolar dos mesmos.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender os motivos que levaram ao baixo índice de aprendizagem dos
alunos.
Levar os professores a repensarem sua prática.
7
Divulgar e debater o trabalho que vem sendo realizado junto aos profissionais
da educação em relação aos resultados das avaliações SAEB e a PROVA
BRASIL.
Viabilizar espaços de debates, estudos e reflexões com todos os profissionais
da escola.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A presente produção didático-pedagógica se propõe a discutir a baixa
qualidade de ensino na educação brasileira bem como a importância da avaliação
em larga escala para subsidiar políticas de melhoria na educação.
O interesse pelo tema da baixa qualidade de ensino na educação básica
despontou da minha prática como pedagoga em escolas públicas do ensino
fundamental e ensino médio. A partir da década de 90 com a implantação de
avaliações educacionais externas no Brasil quando se tem a criação do Sistema
Nacional de Avaliação da educação Básica (SAEB) a partir de 1995 e do Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 1998 o Brasil começa a adotar políticas
públicas importantes, que corroboram com a sociedade no que concerne ao
monitoramento da qualidade da educação brasileira.
O SAEB, com ênfase na qualidade, eficiência e equidade, tem colaborado para
avaliar o sucesso/fracasso dos sistemas de ensino. O mesmo foi aplicado pela
primeira vez em 1991 em 23 Estados e posteriormente em 1993, mas foi somente
no ano de 1995 que o SAEB se tornou de fato um sistema nacional de avaliação,
nos quais todos os Estados da federação com todas as áreas de ensino, quais
fossem, estaduais, municipais e também particulares passaram a tê-lo como
instrumento de avaliação externa (BRASIL, 2006).
O SAEB é aplicado por amostragem, a cada dois anos, a alunos do 5º e 9º ano
do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. Esta avaliação é aplicada a alunos
de todas as regiões, de todos os Estado e das redes de ensino pública e privada. O
foco do SAEB é avaliar o sistema educacional no tocante ao ensino de leitura e
matemática e não o município ou a unidade escolar (BRASIL, 2006).
8
A partir do ano de 2005, algumas mudanças foram introduzidas ao SAEB. O
mesmo passou a ser composto por dois processos de avaliação: A Avaliação
Nacional da Educação Básica (ANEB) e a Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (ANRESC), também conhecida como Prova Brasil.
Já a Prova Brasil somente é aplicada nas escolas públicas com mais de 20
alunos, da região urbana com alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental,
avaliando sempre o conhecimento em Português (leitura) e também em Matemática.
Tanto o SAEB como a Prova Brasil tem permitido avaliar as condições de vida
das famílias dos alunos, a dinâmica da escola, a prática pedagógica dos professores
bem como as condições físicas das escolas. Essas avaliações tem permitido
observar que os alunos tem concluído o ensino fundamental com muitas dificuldades
em leitura e matemática Essas dificuldades apresentadas pelos alunos com relação
à aprendizagem tem sido foco de várias pesquisas.
A esse respeito Schwartzman (2008, p. 16) explica que:
Há uma crescente literatura nacional e internacional que tem identificado os principais fatores que afetam a qualidade da educação. Esses fatores podem estar associados a todo o sistema educacional, às características das escolas, dos alunos, dos professores e dos métodos de ensino (SCHWARTZMAN, 2008, p. 16).
A literatura que aborda a questão da falta de qualidade de ensino na educação
básica no Brasil segundo Oliveira e Schwartzman (2002, p. 25) “registra a
importância da avaliação externa à escola e da reflexão de indicadores como a taxa
de reprovação, de evasão e de distorção idade / série como elementos importantes
que sinalizam a qualidade de ensino das escolas de nosso país”. Ainda segundo os
autores, um país que objetiva melhoria na qualidade de ensino, não deve ignorar as
medidas avaliativas, pelo fato das mesmas indicarem qual conhecimento específico
que o aluno adquiriu, enfim, definirão o nível de aprendizagem e as consequências
de fatores que ocorreram dentro e fora da escola na aprendizagem deste aluno.
9
As estratégias utilizadas atualmente por grande parte dos professores em
relação à aprendizagem dos alunos não tem dado resultados positivos.
Schwartzman (2009, p. 22) enaltece que:
Os professores precisam aprender os métodos e as técnicas de ensino adequado, conhecer os currículos que devem ensinar e passar por um treinamento prático e supervisionado de trabalho nas escolas, até que sejam habilitados para o exercício do magistério, hoje no Brasil, muitas vezes isso não ocorre. Uma outra dificuldade acontece quando a formação de professores é feita por universidades autônomas que não dependem do ministério ou secretarias de educação para definir os conteúdos dos cursos e a formação que proporcionam. Sistemas que colocam as escolas de formação de professores mais próximas das instituições educacionais parecem dar melhores resultados.( SCHWARTZMAN, 2008, p. 22)
O que se pode observar é que também a formação de professores não tem
sido de qualidade e que muitos deles só aprendem a lecionar na prática, fato esse
que tem prejudicado significativamente os resultados na aprendizagem dos alunos.
Castro (2007) alerta que, qualquer alteração significativa na qualidade da
educação depende da boa qualificação e motivação dos professores. Discorre a
autora que a única maneira de atrair bons professores e fixá-los evitando que a
carreira do magistério seja considerada opção de segunda linha é ser mais rigoroso
nos critérios de seleção, bem como, aumentar seus rendimentos no início da carreira
e passar a vincular a progressão na carreira ao desempenho e aos resultados
obtidos nas instituições que atuam.
Para que essas mudanças ocorram realmente é importante, por parte dos
professores, uma postura diferenciada na sua prática pedagógica e no desempenho
de seu papel com compromisso e dedicação.
Discorrer sobre a baixa qualidade de ensino da educação brasileira não é
tarefa fácil, e como educadora concordo com o fato de que a escola não é apenas
um canal de reprodução social e sim um espaço no qual se procura fazer com que o
aluno aprenda e esteja qualitativamente preparado para a vida, ou seja, a escola
tem a função de humanizar o seu aluno, ensinando os conceitos científicos
construídos pelo próprio homem no decorrer da história. Basta consultar os
rankings internacionais de ensino que se verificará que o Brasil chama a atenção de
10
maneira negativa. Sua colocação está sempre muito abaixo, quando comparado
com o desempenho de alunos de outros países.
É somente através de estudos e pesquisas, que será possível preencher a
lacuna que assola a qualidade de ensino do Brasil. Se faz necessário não somente
ter acesso aos resultados das avaliações externas, mas sim analisar esses
resultados, buscando melhorias no rendimento escolar dos alunos. Para que isso se
concretize devem-se somar forças em busca da melhoria contínua da qualidade de
ensino da educação básica do país.
4 MATERIAL DIDÁTICO
Textos para fundamentação teórica
1º Encontro
Apresentação.
Resultados do IDEB: 2007, 2009 e 2011 do Colégio Estadual “São
Francisco de Assis”.
Texto: Uma nova agenda para a educação básica brasileira de Maria
Helena Guimarães de Castro.
Atividades
Dinâmica;
Leitura do texto;
Reflexões;
Debate;
Questionário.
2º Encontro
Texto: Alguns indicadores educacionais de qualidade no Brasil hoje
de Ruben Klein e Nilma Fontaine.
11
Atividades
Dinâmica;
Leitura do texto;
Reflexões;
Debate;
Slides com excertos do texto trabalhado.
3º e 4º Encontro
Texto: Equidade e qualidade da educação brasileira de Simon
Schwartzmam.
Atividades
Dinâmica;
Dividir o texto em 4 partes para que sejam realizados os trabalhos
em grupos;
Apresentação dos grupos;
Reflexão.
5º Encontro
Texto: Problemas institucionais do ensino público de Maria Helena
Guimarães de Castro.
Atividades
Dinâmica;
Leitura do texto;
Debate;
Questionamento do texto trabalhado;
Vídeo – Gestão da Sala de aula de Celso Vasconcellos.
6º Encontro
Texto: Fábrica de maus professores de Eunice Durham.
12
Atividades
Dinâmica;
Leitura do texto;
Reflexões;
Debate;
Vídeo: O risco do Brasil ficar sem professores de Marcos
Meier.
7º Encontro
Texto 1: Se eu fosse prefeito de Gustavo Ioschpe.
Texto 2: Práticas pedagógicas eficazes. Link:
http.www.alfaebeto.org.br/128.
Atividades
Dinâmica;
Leitura dos textos;
Reflexões;
Debate;
8º Encontro
Texto: Aprendizagem e desenvolvimento: o papel da mediação de
Marta Sueli de Faria Sforni.
Atividades
Dinâmica;
Leitura do texto;
Reflexões;
Debate;
Questionários do texto trabalhado;
Avaliação do curso.
13
5 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Essa produção didática será fundamentada nos estudos do meu Projeto de
Intervenção Pedagógica e os conteúdos deste material didático serão apresentados
aos profissionais da educação do colégio onde atuo por meio de encontros para que
seja estudada a temática abordada.
Desenvolverei o estudo de cada encontro, utilizando textos que terão a
finalidade de fundamentar a discussão de cada conteúdo. Para mediar o estudo dos
temas abordados serão utilizados os seguintes recursos tecnológicos: TV pendrive,
computadores, projetor de imagens dentre outros
Aos professores, pedagogos e direção da escola, onde atuo, os conteúdos
serão desenvolvidos por meio da oferta de curso de extensão universitária com
duração de 32 horas, subdividindo em 8 encontros de 4 horas cada. Aos demais
profissionais da educação interessados em conhecer o trabalho desenvolvido será
aberto no ano de 2014 o grupo de trabalho em rede (GTR), que é disponibilizado
pela SEED/PR, através do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
Os materiais selecionados para o curso de extensão visam oferecer um ensino
de qualidade, que possibilite a promoção dos alunos. E a partir destes estudos que
todos os participantes terão a oportunidade de repensar o seu fazer pedagógico.
14
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Datas
Atividades 0
2/2
01
4
03/2
01
4
03/2
01
4
04/2
01
4
04/2
01
4
04/2
01
4
05/2
01
4
05/2
01
4
05/2
01
4
Período de
inscrição
X
Primeiro
encontro
X
Segundo
encontro
X
Terceiro
encontro
X
Quarto
encontro
X
Quinto
encontro
X
Sexto
encontro
X
Sétimo
encontro
X
Oitavo
encontro
X
15
7 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Instituto de Artigos e Pesquisas Educacionais – SAEB. Relatório nacional 2013, Brasília .Disponível em: <ctttp:/www.inep.gov.br>. Acesso em: 27 de maio 2013.
CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Problemas institucionais do ensino público. Braudel Papers, 2007.
DURHAM, Eunice. Fábrica de maus professores. Revista VEJA. São Paulo, 2008.
GUIMARÃES. Maria Helena. Uma nova agenda para a educação básica brasileira. 2011. Disponível em:<http:www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edição=71&id=890>. Acesso em: 12 set. 2013.
IOSCHEPE, Gustavo. Se eu fosse prefeito. Revista VEJA. São Paulo, v 1, p. 74-75, 2 de jan. 2013.
KLEIN, Ruben; FONTANIVE, Nilma. Alguns indicadores educacionais de qualidade no Brasil de hoje. 2009. Disponível em:<http:www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_02.pdf>. Acesso em: 12 set. 2013. MEIER; Marcos. Bom dia Paraná – O risco de o Brasil ficar sem professores na escola. Disponível em:<http:www.globotv.globo.com/rpc/bom-dia-parana/v/o-risco-de-beasil-ficar-sem-professores-nas-escolas/2711844>. Acesso em: 25 set. 2013. OLIVEIRA, João Batista Araujo; SCHWARTZAM, Simon. A escola vista por dentro. Belo Horizonte: Alfa Educativa, 2002. OLIVEIRA, João Batista Araujo. Profissão professor: o resgate de pedagogia. Disponível em:<http:www./alfaebeto.org.br/profissaoprofessor/administrator/pdf/livro_seminario_introducao_joao_batista.pdf >. Acesso em: 14 set. 2013. QEDU. Distribuição dos alunos por nível de proficiência. 2012. Disponível em: <
http:// http://www.qedu.org.br/cidade/2602-ivatuba/proficiencia >. Acesso em: 20 jun.
2013.
SEED – Secretária de Estado da Educação. Documento síntese. 2013. Disponível em:<http://www.diaadiaeducacao.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2013. SCHWARTZMAN, Simon. Equidade e qualidade da educação brasileira. São Paulo: Moderna, 2008.
SFORNI, Marta Sueli de Faria Aprendizagem e desenvolvimento: o papel da mediação. 2012. Disponível em:<http:www.nre.seed.pr.gov.br/ibaiti/arquivos/File/Sforni.pdf>. Acesso em: 09 set. 2013.