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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS – DPPE
DULCEMARA TEREZINHA BENATO
FAMÍLIA E ESCOLA EM RODAS DE CONVERSA
Caderno pedagógico apresentado à SEED (Secretaria Estadual de Educação), como material didático resultante do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), através da Instituição de Ensino Superior UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro Oeste) sob orientação da professora Solange Toldo Soares.
IRATI
2014
“Por vezes, vemos na escola simplesmente o
instrumento para transmissão de certa quantidade
máxima de conhecimento para a geração em
crescimento. Mas isto não é correto. O conhecimento é
morto; e a escola, no entanto serve aos vivos”.
(EINSTEIN ,1994, p. 36)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS – DPPE
Ficha para identificação da produção didático-pedagógica
Titulo
Família e Escola em Rodas de Conversa
Autor
Dulcemara Terezinha Benato
Escola de atuação
Colégio Estadual “João de Mattos Pessoa”. Ensino Fundamental e Médio.
Município da escola
Irati
NRE
Irati
Orientadora
Solange Toldo Soares
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO
Área do conhecimento
Pedagogia
Produção didático pedagogia
Caderno Pedagógico
Relação interdisciplinar
Público alvo
Pais,responsáveis e professores. Convidados: direção, equipe pedagógica e funcionários.
Resumo
Este caderno pedagógico que se apresenta será implementado no ano de 2015 e terá como objetivo subsidiar as reflexões de toda a Comunidade Escolar acerca da importância da participação da família e seu papel no processo de aprendizagem do filho/aluno. Buscará estabelecer a cooperação entre família e escola, para que juntas promovam a valorização da escola e incentivem a aprendizagem. Está dividido em duas unidades. A primeira faz uma revisão bibliográfica do tema e a segunda unidade direciona-se aos responsáveis/pais dos alunos dos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental do Colégio Estadual “João De Mattos Pessôa”- Ensino Fundamental e Médio, aos professores e a todos os profissionais da escola que percebem na parceria uma oportunidade para construção coletiva de uma escola pública de qualidade. De acordo com a proposta do tema, utilizaremos a pesquisa-ação com estudo bibliográfico específico.Realizaremos entrevistas com pais, responsáveis, alunos, equipe diretiva, pedagógica, e professores, o que intencionará pesquisa qualitativa descritiva para análise do contexto.Serão realizados grupos de estudos, mesas redondas e reuniões-debates, onde o diálogo e a reflexão sejam os princípios, respaldados no Caderno Pedagógico. Através do diálogo e da cooperação, a família e a escola serão levadas a rever seus papéis e a buscar caminhos que contribuam para o pleno desenvolvimento do aluno/filho.
Palavras chave
Escola; família; parceria
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
UNIDADE 1 ................................................................................................................. 6
1.1 A FAMÍLIA ............................................................................................................. 6
1.2 RESPONSABILIDADES ....................................................................................... 8
1.3 PARTICIPAÇÃO .................................................................................................. 10
UNIDADES II: INTERVENÇÕES .............................................................................. 14
2.1 Conhecendo o regimento escolar ....................................................................... 16
2.2 Contribuições da família no aprendizado do aluno/filho ..................................... 19
2.3 Limites: necessários para a formação do aluno/filho .......................................... 23
2.4 Alunos ausentes: responsabilidades .................................................................. 26
2.5 Participação dos pais no cotidiano escolar: Conselho Escolar e APMF ............. 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36
ANEXOS
5
INTRODUÇÃO
O PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), é uma política
educacional de Formação Continuada dos professores da rede pública do Estado
do Paraná.
A Instrução nº 01/2012 – PDE/DPPE regulamenta o processo de
Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, o qual deve ser
realizado pelos professores estaduais que participam do programa. Esta Intervenção
deverá ser realizada pelo professor em sua escola de lotação, participando desta, o
professor PDE e o público alvo. Acontecerá no primeiro semestre do ano de 2015, e
deverá contabilizar 64 (sessenta e quatro) horas, sendo 32 (trinta e duas) horas, no
mínimo, de atividades diretas com o público definido.
Para que tal ocorra é necessário a produção, pelos professores participantes
de materiais didáticos, ou Produção Didático-Pedagógica. Esta produção deverá ser
construída buscando-se integrar teoria e prática, com o principal objetivo de
contribuir para o estudo e busca de soluções para as dificuldades relacionadas ao
processo de ensino e aprendizagem.
Este caderno pedagógico foi elaborado com a finalidade de subsidiar as
reflexões da comunidade escolar sobre a importância da família no processo de
aprendizagem, diagnosticar em qual situação ela ocorre, perceber a real
participação das famílias no processo escolar e incentivar a colaboração entre
ambas, estabelecendo um vínculo de ligação.
Dirige-se, em especial, aos professores e pais dos alunos do Ensino
Fundamental do Colégio “Estadual João de Mattos Pessoa”- Ensino Fundamental e
Médio, e a todos os profissionais da escola que percebem na parceria família e
escola a possibilidade para uma educação pública de qualidade.
Para isso, este caderno apresenta duas unidades. Na primeira, faz-se o
estudo do referencial bibliográfico, incentivando a reflexão.
A segunda unidade compõe-se de grupos de estudo, mesas redondas e
reuniões-debate destinados aos pais ou responsáveis, equipe pedagógica, diretiva e
aos professores. As propostas dos encontros buscam a reflexão, num movimento
de colaboração, revisão de papéis, troca de experiências e a construção, em
conjunto, de soluções para as angústias da comunidade escolar, ampliando a
participação da família nos ambientes escolares.
6
UNIDADE I
1.1 A FAMÍLIA
Entende-se família como um núcleo ímpar, criador de cultura própria e com leis, regras, mitos e crenças peculiares. Cada pessoa que compõe uma família, além de compartilhar desses mesmos ideais e comportamentos, tem suas próprias emoções e diferentes significações do cotidiano doméstico. (PAROLIN, 2007, p.37)
Desde a antiguidade, a família tem sido o elemento principal na estrutura e
formação da sociedade, sofrendo grandes transformações e alterações. Antes,
formada por um grupo amplo, evoluiu, passando a um grupo restrito. Esta família
primitiva era formada sem a ocorrência de relações individuais, sendo somente a
mãe reconhecida. Estes grupos iniciais evoluíram, passando a relacionar-se com
outros. Neste novo modelo surgem as relações individuais, monogâmicas, relações
estas, fundamentais para o desenvolvimento da humanidade.
No período romano, a família tinha papel relevante, o pater administrava o
patrimônio e o culto aos deuses. Com o surgimento do Cristianismo, o casamento se
tornou um sacramento, onde o homem era o centro, e acompanhado da mulher
deveria repassar à prole o culto cristão, sendo a poligamia e o divórcio condenados,
pois não garantiam a continuidade dos ensinamentos da religião.
Durante a Idade Média, a Igreja ampliou o domínio sobre as relações
familiares, com a família patriarcal dominante. Esta era formada por muitos filhos,
necessários para a ajuda no trabalho com a terra.
Com o início da industrialização, a família perdeu a função de produtora.
Como consequência o homem deixou de ter autoridade sobre os demais membros
familiares, passando a trabalhar nas fábricas. A mulher ingressa no mercado de
trabalho, acarretando mudanças na hierarquia familiar. (SANTOS e SANTOS, 2009)
Neste período, surge a igualdade de direitos junto com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. (1948)
Segundo Oliveira (2009), com a expansão da economia, aumentou a pressão
sobre o consumo de bens e serviços, retirando a função de produção das famílias
para o mercado. Surge o capitalismo. A compra de bens de consumo, que
7
anteriormente eram produzidos no ambiente doméstico, começou a fazer parte do
orçamento, e o trabalho assalariado passou a ser realizado também pelas mulheres,
as quais começaram a trabalhar nas fábricas, ajudando no sustento familiar.
A partir do século XX, as famílias se reestruturam, a educação se torna
função das escolas, onde as crianças ficam a maior parte do tempo. A
responsabilidade sobre a educação dos filhos passa a ser do Estado. Neste
momento o casamento deixa de ser a única forma de união legítima, surgindo outros
modelos de família. (SANTOS e SANTOS, 2009)
Atualmente vemos uma transformação ocorrendo em todas as esferas da
sociedade. Saindo de uma condição de submissa a mulher passa a lutar pelos
mesmos direitos que o homem. A família em um cenário mundial mudou, surgindo
novos arranjos. Estes novos arranjos são formados de maneira diversificada, seja
em sua composição ou nas relações que se estabelecem. As combinações podem
ser entre parceiros separados ou divorciados, pessoas com filhos de outros
casamentos, mães ou pais sozinhos, uniões de pessoas do mesmo sexo, ou então,
avós com netos e uma infinidade de arranjos que podem ser definidos, colocando-
nos diante de uma nova realidade. (OLIVEIRA, 2009)
No entanto, podemos verificar que apesar de muitas denominações atuais,
como família reestruturada, reconstituída, reorganizada, nova família, não há um
conceito novo, pois embutidos na família existem várias possibilidades de novas
configurações, não ficando exclusivamente em um único modelo, surgindo uma nova
família, muito distante do modelo tradicional. Entretanto, para Oliveira (2009) apesar
de todas as mudanças que estão ocorrendo temos ainda o modelo tradicional de
família internalizado como o ideal. Para Ferreira e Barrera (2010) o modelo nuclear -
tradicional continua no ideário da sociedade como um todo.
Para Stratton, citado por Dessen e Polonia (2007), o próprio conceito de
família e a sua configuração apresenta evolução, retratando as relações que são
estabelecidas na sociedade atual, segundo ele, não existe uma família ideal, porque
são muitas as formações das famílias contemporâneas.
A família tradicional já não mais se prepondera, fala-se sobre a crise nas
famílias, ou que a mesma está se extinguindo, mas para Perez (2000, 2004,2009) o
que vem ocorrendo são mudanças em suas estruturas, em sua formação. Estão
surgindo novas definições dos papéis de seus membros, mudanças estas, causadas
por profundas alterações sociais que vem ocorrendo. Estas mudanças colaboram
8
para o surgimento de diversas formações familiares, negando a formação histórica
de um único modelo familiar tradicional.
Costa (2007) afirma que a família tradicional se reconfigurou, e hoje é
influenciada pela propaganda, a qual gera novas necessidades todos os dias, com o
objetivo de aquecer o consumo. Para ele, a televisão é o mais novo membro familiar,
gerando uma inversão de valores. No entanto, a família continua sendo necessária,
importante e indispensável à formação dos indivíduos.
1.2 RESPONSABILIDADES
Considerada como o primeiro ambiente de socialização, a família é a
transmissora das crenças e valores, tendo grande influência no comportamento dos
indivíduos que a compõem. As experiências familiares são as responsáveis pela
mediação dos padrões e modelos do repertório comportamental, das ações e das
soluções de problemas adquiridos pelo indivíduo. (DESSEN e POLONIA, 2007)
Chamada de educação primária, para Oliveira e Marinho (2010) a
responsabilidade principal da família é transmitir os modelos que a criança terá e a
forma como desempenhará seus papéis sociais, bem como, orientar o
desenvolvimento e a aprendizagem de comportamentos que, de acordo com os
padrões sociais vigentes na cultura em que esta inserida, sejam considerados
adequados.
Apesar da família não ser o único espaço de socialização, constitui-se num
lugar privilegiado, pois tende a ser o primeiro grupo socializador, se instituindo como
uma das mediações entre o homem e a sociedade. (PORTELA e ALMEIDA,2009)
De acordo com Parolin (2007), antigamente a tarefa de orientar o indivíduo e
construir seus valores era exclusivo da família. Atualmente, aprender a viver em
sociedade não acontece apenas nas famílias, a igreja, o bairro, a escola contribuem
para essa aprendizagem. Nos dias atuais, as crianças acabam sendo enviadas cada
vez mais cedo para as creches e escolas primárias originando, dessa forma, uma
nova filosofia para os educadores e para a escola, os quais devem ser parceiros na
tarefa de formação do indivíduo.
Para Dessen e Polonia (2005) um dos principais papéis da família é a
socialização da criança, ensinado a língua, regras de convivência, englobando a
9
educação geral e formal, sendo colaboradora da escola, a qual deve visar não
somente a apreensão dos conteúdos, mas buscar a formação de um cidadão critico
e transformador. Os espaços da escola são privilegiados para o desenvolvimento de
ideias, crenças e valores.
A escola é um contexto multicultural e diversificado, no qual ocorrem o
desenvolvimento e a aprendizagem, formal e informal. É uma instituição fundamental
para a transmissão do conhecimento socialmente elaborado. Ela é responsável
também por preparar os alunos para a vida, contribuindo para o seu
desenvolvimento e evolução social, cultural e intelectual.
A escola e a família emergem, assim, como duas instituições fundamentais
para desencadear o desenvolvimento da criança, “atuando como propulsoras ou
inibidoras do crescimento físico, intelectual e social das pessoas”.(DESSEN e
POLONIA,2007)
Para Oliveira e Marinho (2010) apesar da família e da escola serem agências
socializadoras distintas, elas apresentam características comuns e ao mesmo tempo
divergentes. A tarefa de preparar os sujeitos para a vida socioeconômica e cultural é
compartilhada, mas os objetivos na tarefa de ensinar são diferentes.
Quando se relaciona com as pessoas de sua família, de maneira informal, a
criança aprende. Na escola esta aprendizagem acontece em momentos
programados, já estabelecidos anteriormente e com pessoas específicas. Tanto a
escola como a família constituem-se como agências socializadoras e educativas,
apresentando características comuns, e ao mesmo tempo, diferenciadas. Elas
compartilham maneiras para preparar o educando, desenvolvendo habilidades
que contribuem para a sua participação na sociedade. Para que essa participação
aconteça de maneira satisfatória é responsabilidade da escola ensinar também os
conteúdos escolares valorizados, os quais são considerados essenciais para a
formação do cidadão. (PEREZ, 2009)
Na sociedade atual, a principal função social da escola pública é a formação
do cidadão através da construção do conhecimento, de valores e atitudes, os quais
devem buscar formar um cidadão ético, participativo e solidário. É indispensável,
para que isso ocorra, que o conhecimento sistematizado, acumulado historicamente
seja apropriado pelos estudantes, interligado com o saber da comunidade local e
com o saber que cada aluno possui. Neste contexto, a escola pública é um lugar
onde o fortalecimento da democracia acontece, no qual deve haver o exercício de
10
uma cidadania consciente e comprometida, através da gestão democrática e da
participação de toda a comunidade escolar.
A escola é o espaço onde a convivência favorece o exercício da cidadania.
Ela possui formas de se organizar, apresenta normas e procedimentos, os quais são
mecanismos que podem permitir e incentivar, ou inibir a participação de toda a
comunidade escolar. (Navarro, 2004)
Os jovens hoje necessitam de um modelo familiar adequado. Quando não o
encontram na família, é na escola, na figura do professor que eles o encontram. As
escolas, na sua maioria, apresentam uma formação tradicional, menos
desestruturada que muitas famílias, exercendo desta forma, um papel fundamental e
complementar na formação dos alunos. (COSTA, 2007)
1.3 PARTICIPAÇÃO
A participação não tem o mesmo significado para todos, tratando-se de uma palavra que tem muitos significados. Ela apresenta mudanças significativas quanto à natureza, ao caráter, às finalidades e ao alcance dos processos participativos. Isso quer dizer que os processos de participação constituem eles próprios, processos de aprendizagem e de mudanças culturais a serem construídos cotidianamente. (NAVARRO, 2004, p 14)
Cada indivíduo compreende a participação de acordo com a sua formação,
seu conhecimento. Para que o envolvimento das famílias nos processos escolares
seja efetivo, é necessário criar meios e condições que favoreçam a presença e a
real participação. É um processo lento, que deve ser pensado pela escola e
construído coletivamente.
Estudos têm demonstrado que a participação dos pais nos ambientes
escolares melhoram o desempenho escolar dos alunos. Mas esta participação não
deve ser vista como aquela que assegura o bom desempenho. O aluno se
desenvolve na escola, com a participação e influência da família. A escola tem suas
funções, as quais devem ser enfatizadas. Não podemos perpetuar o discurso de
que o desempenho dos alunos depende somente da maneira como a família age no
contexto escolar do filho. (CHECHIA e ANDRADE, 2005)
11
Heidrich (2014), afirma que a escola foi criada para servir a sociedade, e tem
a obrigação de relatar aos pais como realiza seu trabalho, criando mecanismos para
que as famílias acompanhem a vida escolar de seus filhos. Para ele, quando as
famílias se percebem integradas, participam com entusiasmo, e se tornam parceiras
no desafio de melhorar a aprendizagem do filho.
Esta parceria, que deve ser construída pela escola, é uma das funções dos
professores, pois são eles os elementos principais no processo de aprendizagem
devido à sua formação profissional. As tentativas de aproximação e consequente
melhoria nas relações devem partir da escola, afirmam Reali, Tancredi e Caetano
(2001,2002,2004), citados por Oliveira e Marinho Araújo. (2010)
Para Caetano, “transferir esta função às famílias somente reforça sentimentos
de ansiedade, vergonha e incapacidade aos pais, uma vez que não são eles os
especialistas em educação”. (2004, p. 58)
Ao se proporcionar um bom diálogo,um bom relacionamento entre a família e
a escola estamos contribuindo para que se estabeleça maior valorização, interesse
e significação entre ambas. “A família e os professores devem estar conscientes da
importância desta relação”. (FERREIRA e BARRERA, 2010)
Nesta relação, não podemos culpar a família quando ela, muitas vezes,
cumprindo com seu papel de apoiar a criança, mesmo tentando, de acordo com o
seu conhecimento, não consegue ajudar a escola. O apoio familiar muitas vezes
exigido pela escola é dificultado pela falta de conhecimento e de orientação às
famílias, sobre a melhor forma de ajudar no desenvolvimento da vida escolar do
aluno, apontam Soares, Souza e Marinho (2004), citados por Ferreira e Barrera.
(2010)
E talvez, a escola não oriente por não saber como, já que isto exige maior aproximação da família, a fim de conhecer quais os recursos que ela dispõe, para poder então, sugerir formas de contribuir com o trabalho
escolar. (FERREIRA e BARRERA, 2010, p. 471).
Como são os principais ambientes onde ocorre o desenvolvimento do ser
humano, é importante a existência de uma ligação entre a escola e a família. A
escola deve valorizar as práticas educativas familiares, e a família demonstrar
interesse pelas atividades e frequência do aluno na escola. É necessário que se
12
propicie o diálogo entre ambos, estabelecendo relações entre estes contextos,
estimulando a valorização e o significado dos mesmos. Para que esse diálogo
aconteça, tanto os pais quanto os professores devem estar conscientes da
importância de se relacionar tais ambientes.(FERREIRA e BARRERA, 2010)
Chechia e Andrade (2005) colocam a possibilidade de que comportamentos
adquiridos na família façam parte do cotidiano escolar. No entanto, para eles, a
escola não pode justificar suas incertezas atribuindo as suas dificuldades somente à
família, pois estamos produzindo assim, crenças centradas somente na influência
familiar para os problemas cotidianos da escola, nos desviando daquilo que a escola
pode e deve resolver, em relação às regras e disciplina por exemplo.
Porém, não devemos nos esquecer que é fundamental para a formação do
aluno o conhecimento formado no seio das famílias. O fortalecimento de conceitos,
normas e limites são essenciais para a formação do aluno e devem ser iniciados no
convívio familiar.
Embora haja interesses compartilhados na formação do aluno, há também
conflitos entre as expectativas da escola e das famílias. (CARVALHO, 2013)
Para Mello (2004), a escola precisa ser uma comunidade organizada para
preservar seu trabalho e apontar suas falhas. Mas não deve cair na síndrome da
participação, na qual tudo deve ser resolvido pela gestão democrática. Tem coisas
que são obrigação da escola e cabe a ela saber e resolver.
Uma escola com qualidade é tão importante quanto a valorização da
aprendizagem por parte dos pais, pois “tanto uma quanto a outra”, influenciam o
sucesso ou insucesso do aluno. (CHECHIA e ANDRADE, 2005)
Para Carvalho (2013), é muito importante que a escola assuma a
responsabilidade pelo aluno e que os pais o façam pelo filho. No entanto, para ele,
somente a presença dos pais não garante uma aprendizagem de qualidade. Muitas
vezes a escola cria a expectativa de que a família resolva o que ela não se sente em
condições de resolver. Há conflitos nas expectativas da escola e da família, mesmo
apresentando os mesmos interesses. Uma instituição não substitui a outra, um
professor deve agir como professor e educar na condição de professor. A escola não
pode modificar certos arranjos familiares, e nem deve ter a pretensão de mudar as
famílias de seus alunos. Cabe a ela transformá-los em sujeitos éticos e responsáveis
por seu destino.
13
Compreender que existem diferenças entre as pessoas é essencial ao papel do educador. Se a escola responde às necessidades do contexto em que os alunos estão inseridos e muda sua prática para atender à demanda social , ela continua com sua função formadora, e continua sendo escola. (PAROLIN, 2007, p.40)
É necessário diferenciar as duas instituições, família e escola e, através da
parceria, colocar os limites e as possibilidades de cada uma, compreendendo e
desenvolvendo o perfil de cidadão e de futuro profissional que a escola necessita
preparar. Esta deve ser uma tarefa realizada em conjunto, entre a família e a
escola. (PAROLIN, 2007)
A escola está passando por grandes transformações e deve rever seus
papéis e suas funções. Cada vez mais se evidencia a necessidade de definições dos
papéis da família e da escola, e a necessidade de parceria entre ambas. É
fundamental que nessa parceria haja reciprocidade, pois “de um lado se encontra a
família com sua vivência e sabedoria prática sobre os filhos, do outro a instituição
escolar, com sua vivência e sabedoria a respeito dos seus alunos.Todavia é preciso
entender que esses mesmos alunos são também os filhos, e os filhos são alunos”.
(PORTELA E ALMEIDA, 2009, p. 157)
Nesta nova relação a escola deve rever o seu papel e o da família. A questão
fundamental não é somente a participação dos pais e o tipo de relação que se
estabelece entre a família e a escola,(CARVALHO, 2013) mas proporcionar
encontros, estabelecendo confiança mutua. É necessário que se criem espaços e
grupos onde os pais possam trocar idéias entre si, com especialistas e com os
educadores, discutindo os papéis e as responsabilidades, família, aluno, escola,
abordando novos assuntos além dos problemas disciplinares. (SILVEIRA, 2013)
Para uma educação de qualidade não basta somente abrir as portas da
escola às famílias. Devemos estar abertos para ouvi-las e respeitá-las em suas
formações. Elas devem ser conquistadas e transformadas em parceiras. Quando a
escola pode contar com uma participação efetiva das famílias, mesmo com os
conflitos que com certeza surgirão, ganha uma importante aliada. É um grande
desafio, mas a escola deve estar preparada para enfrentá-lo, pois o objetivo de
ambos, escola e família, é a aprendizagem do aluno/filho.
14
UNIDADE II: INTERVENÇÕES
Para que as famílias sintam-se integradas aos ambientes escolares, não
basta somente o seu comparecimento. Elas devem ser ouvidas, orientadas em suas
angústias e dúvidas, suas idéias e opiniões devem ser valorizadas. Para que sejam
oportunizados momentos de interação e de troca, optou-se por realizar as
intervenções em dois momentos, oportunizando a participação de todos.
Cronograma I – pais e professores
Encontros com os
pais/responsáveis
das séries:
Atividade Participantes Duração
1º encontro - 6 º anos 2º encontro - 7º anos
Reunião-debate: Conhecendo o Regimento Escolar
Pais,responsáveis professores,equipe pedagógica
3 horas 3 horas
3º encontro - 6 º anos 4º encontro - 7º anos
Reunião-debate: Contribuições da família no aprendizado do filho
Pais,responsáveis professores,equipe pedagógica
3 horas 3 horas
5º encontro - 6 º anos 6º encontro - 7º anos
Mesa redonda: Limites necessários para a formação do aluno/filho
Pais,responsáveis professores,equipe pedagógica
3 horas 3 horas
7º encontro - 6 º anos 8º encontro - 7º anos
Mesa redonda: Alunos ausentes : responsabilidades
Pais,responsáveis professores,equipe pedagógica
3 horas 3 horas
9º encontro - 6 º anos 10º encontro - 7º anos
Reunião-debate: A participação dos pais no cotidiano escolar: conselho escolar e APMF
Pais,responsáveis professores,equipe pedagógica
3 horas 3 horas
Total 30 horas
Os pais podem aprender muito com a escola, mas esta não deve ter a pretensão de ensiná-los como se fossem adultos pueris ou incapazes. Eles são cidadãos e trabalhadores, limitados e condicionados pelo contexto em que se desenvolveram e por aquilo que com ele puderam fazer, assim como todos nós. A escola também pode aprender com os pais, com o seu olhar sobre esses jovens que são seus filhos, netos, e são nossos alunos. (CARVALHO, 2013, p. 21)
15
Baseado no texto da Revista Gestão em Rede, datada de outubro de 1997,
seguem ações para tornar os encontros eficientes:
a) Antes do encontro:
o planejamento antes dos encontros deve ser sempre o ponto de partida;
reveja o conteúdo do encontro, esclarecendo possíveis dúvidas;
reúna todas as informações necessárias, fundamente o assunto com
objetividade, sem “achismos;”
respeite a individualidade dos responsáveis;
organize o encontro, oportunizando a participação de todos;
b) Ao iniciar o encontro:
apresente o conteúdo de maneira clara;
estimule a participação através de perguntas;
para compreensão do assunto tratado o diálogo é fundamental, gerando
participação e comprometimento;
não demonstre impaciência, principalmente se surgirem momentos de silêncio;
não faça perguntas diretas, pois podem retrair as próximas participações;
observe que todos ou a maioria interajam, não centralizando as participações;
c) No desenvolvimento:
varie a velocidade, fique em pé, movimente-se;
se o assunto fugir do tema, resgate com expressões descontraídas;
observe os participantes e estimule a participação ao perceber que alguém tem
ideias sobre o assunto;
ao final da reunião apresente as conclusões a que o grupo chegou;
finalize com o compromisso coletivo de futuros encontros;
tenha cuidado com as promessas de providências, pois se não as cumprir o
grupo perde confiança passando a acreditar que as reuniões são inúteis.
16
2.1 CONHECENDO O REGIMENTO ESCOLAR:
A escola é historicamente formada por valores, normas e regras, tendo como
função social a apropriação dos conhecimentos, buscando formar o aluno, um
indivíduo capaz de compreender a realidade e atuar de maneira a transformá-la.
Nesta realidade escolar, é necessário que seja construído o Regimento
Escolar. Ele é um documento que “estrutura, define, regula e normatiza” todas as
ações que acontecem nas escolas do Estado do Paraná.
É o Regimento que regula e normatiza o funcionamento administrativo,
pedagógico e disciplinar das escolas, definindo sua concepção de educação,
legislação educacional e as normas orientadas pelo sistema de ensino do estado do
Paraná.
Deve ser construído coletivamente, tendo como princípios a educação como
direito do cidadão, a escola pública gratuita e de qualidade, o combate ao
analfabetismo, o respeito à diversidade cultural, observando sempre os princípios
democráticos, e buscando a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade.
(PARANÁ,2008)
É muito importante que a comunidade escolar tenha acesso e conheça os
seus direitos e deveres. Para isso podemos:
colocar as legislações à disposição na biblioteca da escola;
colocar periodicamente no mural da escola, artigos que falam da legislação e
dos direitos e deveres;
afixar o regimento em áreas de circulação da escola para que todos possam ver;
estudar com os alunos o regimento escolar;
apresentar aos pais, no início do ano letivo, o Regimento Escolar;
(adaptado de BRASIL, 2004)
Para que a escola realize um bom trabalho é essencial que se estabeleça
uma relação de confiança com as famílias dos seus alunos. Conhecendo e
compreendendo as regras que orientam a escola, os pais se transformam em
colaboradores, parceiros na formação do aluno em um cidadão de bem, desejo de
ambos.
17
Encaminhamento metodológico
1º encontro
a) Objetivos:
Apresentar aos participantes o projeto PDE, esclarecendo os objetivos e
apresentando a sequência do trabalho.
Analisar junto aos pais a definição de Regimento Escolar, suas principais
funções, evidenciando as normas principais, e as responsabilidades da família e
da escola, para que elas sejam efetivadas em conjunto.
b) Metodologia e estratégias:
Introdução: 30 minutos
Recepção aos pais;
Apresentação da Equipe Diretiva, pedagógica e professores presentes;
Estimular a apresentação dos pais;
Dinâmica de boas vindas, apresentação do projeto PDE e dos objetivos dos
encontros;
Apresentação de fotos dos alunos em diversos momentos de interação na
escola;
Desenvolvimento: 1 hora e 40 minutos
Com o uso de Power Point, exposição, com abertura para diálogo, dos principais
itens do Regimento Escolar, esclarecendo seus objetivos e funções;
Estudo do Regulamento Interno do Aluno, analisando suas principais normas;
Entrega aos pais de cópia do Regulamento Interno do Aluno, para que possa ser
lido e discutido com o filho/aluno;
Reflexão, diálogo e registro de possíveis alterações;
c) Conclusão: 30 minutos
A conclusão será construída em conjunto com o grupo, analisando se os
principais objetivos do encontro foram alcançados, estimulando a participação
dos pais, acatando, quando possível, alterações no Regulamento do Aluno.
18
No momento da conclusão será entregue aos pais uma ficha avaliativa do
encontro;
Mensagem de encerramento;
d) Confraternização: 20 minutos
Encerramento com oferta de um lanche. O objetivo do lanche ao final de cada
intervenção é de proporcionar aos participantes momentos de conversa com os
professores e equipe diretiva, estabelecendo vínculos de confiança.
Material complementar:
Os materiais a seguir poderão ser trabalhados gradativamente, sendo
escolhidos de acordo com o ambiente e o grupo formado.
Cartilha do MEC “Acompanhem a vida escolar de seu filho”, a qual encontra-se
no endereço:
http://mse.mec.gov.br/index.php/component/content/article?id=163:cartilha
questões sugeridas:
Você cobra de seu filho a entrega de bilhetes e comunicados enviados pela
escola ?
Observa-o se ao sair para a escola está uniformizado e com o material
completo?
Lembra-lhe suas responsabilidades sempre que ele as esquece?
Orienta-o para que saia no horário, evitando atrasos ?
Você participa das reuniões da escola ?
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=xuJVjOVBEe4-
Explica de forma simples o Regimento Escolar. 1’2”
https://www.youtube.com/watch?v=NhTe8PQvYR8 –
19
Pais maus, fala de regras que devem ser colocadas aos filhos, com amor. 5’14”
https://www.youtube.com/watch?v=KFBKSLH3ZaM - Eduque pelo exemplo. 1’05”
http://www.youtube.com/watch?v=Pdi6SVY3UTk Era uma vez uma família...educação e respeito começam em casa. 2’5”
2.2 CONTRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA NO APRENDIZADO DO
ALUNO/FILHO:
É na família que uma criança constrói seus primeiros vínculos com a aprendizagem e forma seu estilo de aprender. Nenhuma criança nasce sabendo do que gosta e do que não gosta. (PAROLIN, 2007, p. 56)
No convívio familiar, observando as atitudes de seus membros é que a
criança começa a aprender. Quando as pessoas que compõem a família
demonstram interesse em relação ao que acontece nas salas de aula, demonstram
que o que está sendo ensinado é importante, estão contribuindo significativamente
para o sucesso da aprendizagem, são atitudes simples, mas que têm grande
influência na aprendizagem. (GENTILE, 2006)
Para a autora, cabe à escola mostrar às famílias como elas podem contribuir
com a aprendizagem do filho/aluno. Mas para que realmente aconteça a
participação e aproximação entre a família e a escola é necessário que a escola
conquiste as famílias, evitando encontros para falar somente dos problemas. Este
tipo de encontro acaba causando antipatia com relação à escola. Para ser uma
relação duradoura, é necessário que sua base seja o respeito entre ambos, família e
escola.
Baseado na cartilha Acompanhem a Vida Escolar de Seu Filho, criada pelo
MEC, no texto elaborado por Regina Scarpa: Guia para um bom relacionamento
entre família e escola (Revista Nova Escola ,2006) e no livro Professores
Formadores: a relação entre família e escola (Parolin, 2005)), seguem algumas
20
ações que podem ser realizadas pelas famílias para ajudar na aprendizagem do
filho/aluno:
a) Fale sempre muito bem da escola ao seu filho, crie expectativas boas em relação
à escola;
b) Sempre o abrace quando estiver saindo para a escola;
c) Verifique se ele está uniformizado e se seus materiais estão completos;
d) Ao retornar da escola, converse com ele, pergunte como foi seu dia, o que ele
aprendeu, como foi seu relacionamento com colegas e professores;
e) Conheça a escola e os professores de seu filho, sempre que necessário
converse com eles sobre o trabalho de seu filho na escola;
f) Tarefas, pesquisas e estudos melhoram a aprendizagem, não tenha pena de seu
filho quando ele tem essas atividades;
g) Não julgue a dificuldade ou a importância das tarefas. Seu julgamento pode
desestimular seu filho;
h) Oriente seu filho na realização das tarefas, faça perguntas, estimule-os, mas não
as faça para ele;
i) Não exija mais do que seu filho possa oferecer, mas sempre o que sua
capacidade permite;
j) Não permita faltas ou atrasos sem motivos justos;
k) Conheça e faça seu filho seguir o Regulamento da Escola;
l) Resolva os problemas que surgirem diretamente com a escola;
m) Participe das reuniões da escola, sua presença dá confiança e orgulho a seu
filho;
n) Leia e cobre a entrega de bilhetes e avisos da escola;
o) Cuide da saúde e da higiene de seu filho;
p) Sempre olhe os materiais escolares;
q) Converse sobre a importância da educação para a vida de seu filho.
Podemos dizer que se o estudante vem da casa predisposto a estudar, grande parte do trabalho do professor estaria facilitado. Se na família o aluno pode contar com alguém que o convença da importância da escola , alguém que o estimule ao esforço, ao seu máximo para que possa aprender.No entanto, a escola tem a sua parte, ela deve proporcionar um ensino de qualidade, agradável.Deve acolher as famílias, e cumprir com o seu dever de oferecer uma escola da qual todos gostem e participem e que possa atender os interesses educativos de todos. (Paro, 2007)
21
Quando a escola abre suas portas para todas as famílias, independente de
suas formações, sem preconceitos, e compreende a importância da sua participação
em seus ambientes, buscando oferecer um ensino de qualidade, quando os pais
demonstram para a criança que a escola é importante, se interessam por suas
atividades e tarefas, valorizam os professores, estão construindo juntos uma escola
pública de qualidade, contribuindo para que os alunos/filhos se tornem sujeitos,
autônomos e responsáveis, autores de sua história.
Encaminhamento metodológico
2° encontro
a) Objetivo:
Aproximar a família da escola, discutir o aprendizado dos alunos, propondo
atitudes simples, que podem ser utilizadas pelos pais e que auxiliam no sucesso
escolar dos filhos/alunos.
b) Metodologia e estratégias:
Introdução: 30 minutos
Recepção aos pais;
Dinâmica de boas vindas, acolhimento, apresentando de maneira clara e simples
os objetivos do encontro;
Exposição dos trabalhos anteriormente organizados pelos alunos/filhos;
Desenvolvimento: 1hora e 40 minutos
Incentivo ao tema;
Apresentação do tema e do texto, elencando as atitudes dos pais que podem
ajudar seus filhos na aprendizagem. Será utilizado o Power Point, para garantir
segurança e clareza;
Vídeos para ilustrar e complementar o tema;
Entrega aos pais do texto impresso para releitura e posterior consulta;
Reflexão, discussão aberta sobre os itens propostos;
22
C) Conclusão: 30 minutos
Incentivar a participação espontânea, buscando refletir junto com os pais sobre
sugestões de novos temas a serem apresentados em futuros encontros;
d) Confraternização: 20 minutos
Mensagem de encerramento, com lanche;
material complementar:
Guia para Educação em Família, que faz parte do projeto Educar para Crescer,
da Editora Abril, e apresenta orientações de como a família pode auxiliar a
escola.
http://educarparacrescer.abril.com.br/guias-da-educacao/escola-publica/flip-
page/index.html
Questões sugeridas:
Você verifica o caderno de seu filho e as atividades realizadas no dia?
Cobra a realização das tarefas e a entrega de trabalhos?
Cite o nome de três professores de seu filho.
Você exige de seu filho frequência na escola, não permitindo faltas injustificadas?
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=KFBKSLH3ZaM Eduque pelo exemplo.1’32”
https://www.youtube.com/watch?v=DID_ojhCkjY Vídeo sobre incentivo. 2’27”
https://www.youtube.com/watch?v=AB47ifpiQEg Família e escola uma parceria que dá certo. 4’12”
https://www.youtube.com/watch?v=Djevd7mAJvc
23
Acompanhamento escolar pelos pais. 5’ 25”
- http://educarparacrescer.abril.com.br/guias-da-educacao/
Na escola – Um guia para o Ensino Médio.
Apresenta orientações simples aos alunos para que melhorem seu desempenho na escola.
2.3 LIMITES: NECESSÁRIOS PARA A FORMAÇÃO DO ALUNO/FILHO
Vivemos, é verdade, uma crise de autoridade provavelmente sem precedentes, uma crise que não surgiu na escola, nem deriva imediatamente de suas práticas. Ela brota do tipo de relação que temos estabelecido com o mundo comum e público, [...] de uma atitude política cuja marca tem sido a recusa e a desresponsabilização. Esta é uma crise que invadiu a escola e contaminou as relações que nela se estabelecem. (CARVALHO, 2014, p. 29)
Pais e professores são os responsáveis por estabelecer aos alunos/filhos a
ideia de limites. É função dos pais transmitir as regras de uma boa convivência e os
comportamentos que são considerados adequados, procurando sempre apresentar
coerência, clareza e objetividade em suas atitudes. A escola tem a função de
socializar, educar, ensinar ao aluno como pensar e criar, oferecendo modelos
coerentes e também estabelecer os limites necessários. Mas a escola não pode
assumir sozinha a função de resolver os conflitos e dificuldades que surgem nos
meios familiares. Cabe a escola contribuir para o desenvolvimento do respeito no
aluno/filho, mas ela não é a única ou principal responsável por sua formação.
(FURTADO, 2014)
É necessário observar que, para proporcionar uma aprendizagem
significativa das crianças e jovens que se encontram sem limites e regras, livres, a
escola precisa se transformar num lugar atrativo, que cative-os. Não é tarefa fácil,
pois a maioria dos jovens encontram sérias dificuldades de adaptação à estrutura
tradicional de muitas escolas. O que pode ajudar neste desafio, é levar as questões
ao coletivo da escola, expor as contradições, não se deixar intimidar pelos desafios
e problemas. Debater, tomar decisões, avaliar as ações educativas nos colegiados
24
podem gerar ações bem sucedidas de como lidar com as questões sociais e
pedagógicas da escola. (AGUIAR, 2006)
Para Furtado (2014), o jovem respeitará a autoridade coerente, afetiva, mas
firme. Sem medo de dizer não. Autoridade esta, que deve manter o máximo de
diálogo e participação na vida das crianças e adolescentes. Para ela, esta
autoridade pode ser exercida pelo pai, professores, avós, um amigo ou até um líder
que surja entre os alunos. Um professor que atrai os alunos, se atualiza, escuta,
mas corrige com firmeza quando necessário, terá menos problemas disciplinares.
Mas nós não podemos acreditar em fórmulas prontas, cada situação de indisciplina
é um desafio único.
Encaminhamentos metodológicos
3º encontro
a) Objetivos:
Sensibilizar as famílias sobre a importância dos limites para a formação e
escolarização do aluno/filho;
Definir estratégias, e redefinir os papéis da família e da escola no processo de
aquisição de limites pelo aluno/filho;
b) Metodologia e estratégias:
Introdução: 20 minutos
Dinâmica de boas vindas e apresentação do tema ;
Apresentação dos convidados presentes;
Desenvolvimento: 2 horas
Vídeo para reforçar e estimular o debate sobre o tema;
25
A psicóloga Eliza C. Hilgemberg Gontarz participará da mesa redonda,
explanando sobre o tema, evidenciando o papel das famílias na aquisição dos
limites pelo filho, e sua importância para uma aprendizagem de qualidade.
Pretende-se estimular a colaboração dos pais através de questões, para que
haja efetiva participação;
Abertura para questões;
Reflexão, discussão sobre as questões formuladas.
c) Conclusão: 20 minutos
Através do diálogo aberto na conclusão se buscará listar quais atitudes dos pais
podem contribuir com a aprendizagem dos limites pelos filhos/alunos.
d) Confraternização: 20 minutos
Mensagem de encerramento;
Oferta de um lanche aos participantes.
Material complementar:
TIBA,I. Quem ama educa. São Paulo, Editora Gente, 2002
Questões sugeridas:
Você observa em seu filho algum problema acarretado pela falta de limites?
Faz elogios quando ele realiza as atividades de forma correta, se esforçando?
Você considera os limites importantes para a aprendizagem?
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=42xHHmYM8_E Família e limites. 5’54”
26
https://www.youtube.com/watch?v=aYDQJgNfHsg –
Limites. 6’20”
https://www.youtube.com/watch?v=b5N1PKR4200 –
Programa de bem com a vida. Pais precisam colocar limites aos seus filhos. 7’35”
https://www.youtube.com/watch?v=0yqux-XzVMo
Vida melhor – Içami Tiba fala sobre a educação dos filhos. 13’05”
https://www.youtube.com/watch?v=9VdM72iR3gA
Psicanalista Carlos Ávila fala de valores – De quem é a culpa ? 12’59”
2.4 ALUNOS AUSENTES: RESPONSABILIDADES
No Brasil, a própria lei determina a obrigatoriedade do ensino e a necessidade
da frequência dos alunos no ambiente escolar .
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB (BRASIL,1996), em seu artigo
12, estabelece os deveres da escola:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica II - administrar seu pessoal e seus recursos financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V- prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com os filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais,sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre execução da proposta pedagógica da escola; VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentam quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei;
No ECA (BRASIL,1990) , o qual dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências, lemos:
27
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola. Art.56. os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus tratos envolvendo seus alunos. II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,esgotados os recursos escolares. III - elevados níveis de repetência.
Estas leis citadas fundamentam a responsabilidade dos pais, da escola e do
poder público na frequência e permanência dos alunos nas escolas.
Portanto leis existem. O que é necessário é que estas leis sejam conhecidas
e compreendidas por todos os envolvidos e se façam cumprir.
O maior desafio das escolas é a permanência do aluno. As sucessivas faltas,
o consequente abandono da escola pelos alunos e as repetências sucessivas
deixaram de ser questões escolares. Ao professor cabe a responsabilidade pelo
processo de aprendizagem, papel no qual não pode ser substituído, mas assegurar
à criança o seu direito à educação e permanência na escola deve envolver ações
com a participação das famílias, do professor, da equipe diretiva, e dos titulares do
atendimento às crianças, Conselho Tutelar, os quais podem se utilizar das medidas
de proteção. (KONZEN,1999)
28
Encaminhamento metodológico:
4º encontro: alunos ausentes
a) Objetivos:
Apresentar aos pais a legislação que rege a frequência escolar do aluno,
delimitando direitos e responsabilidades;
Abrir os espaços da escola para participação do Conselho Tutelar e Patrulha
Escolar;
b) Metodologias e estratégias:
Introdução: 30 minutos
Abertura com exposição de trabalhos de arte realizados pelos alunos;
Dinâmica de boas vindas;
Apresentação de um vídeo para incentivar a participação;
Desenvolvimento: 1hora e 40 minutos
Apresentação da Legislação sobre o tema;
Apresentação e estudo dos índices de evasão da escola,
Vídeo, evidenciando as responsabilidades em caso de faltas injustificadas do
aluno;
Abertura para explanação aos componentes do Conselho Tutelar e da Patrulha
Escolar, para dar maior ênfase às responsabilidades em caso de alunos
ausentes;
Esclarecimento de possíveis dúvidas;
c) Conclusão: 30 minutos
29
Avaliação das intervenções realizadas com as famílias, buscando sugestões
para próximos encontros;
d) Confraternização: 20 minutos
- Mensagem de encerramento do encontro
- Lanche ;
Material complementar:
Ferreira,L.A.M. Evasão escolar. Relata as causas mais freqüentes, a Legislação
e as responsabilidades frente a evasão escolar.
Disponível em
http://www.seduc.go.gov.br/imprensa/documentos/Arquivos/15%20-
%20Manual%20de%20Gest%C3%A3o%20Pedag%C3%B3gico%20e%20Administra
tivo/2.10%20Combate%20%C3%A0%20evas%C3%A3o/EVAS%C3%83O%20ESC
OLAR.pdf Acesso 15 out 2014.
Questões sugeridas:
Quando você permite ao seu filho faltar à escola?
Você controla o número de faltas de seu filho?
Você participa das reuniões da escola?
Se o aluno apresentar faltas injustificadas, como você deve proceder?
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=nEPc6sM6nnQ
Você escolhe seu caminho. 3’43”
https://www.youtube.com/watch?v=zp42YgCyfQA
Documentário EX-cola – Evasão. 9’32”
https://www.youtube.com/watch?v=HDTMPAjJnKg
30
Como funciona a Rede da Combate à Evasão Escolar. Reportagem Nova Escola. 8’09”
https://www.youtube.com/watch?v=BjDnhD8XF9Q
Não abandone a escola – incentivo. 8’18”
2.5 Participação dos pais no cotidiano escolar: Conselho escolar
e APMF
Em seu artigo 14, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB 9394/96
(BRASIL,1996) estabelece:
Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto Político Pedagógico da escola; II – participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalente;
Sugere-se, desta forma, que em cada escola, a democracia seja o princípio
norteador e as famílias sejam envolvidas e ouvidas no processo educativo dos
filhos/alunos.
Evidencia-se portanto, a importância do incentivo e da participação dos pais
no ambiente escolar, não somente quando há problemas ou como espectadores,
mas como colaboradores no processo educativo do aluno/filho.
Muitos avanços que vemos hoje em nossas escolas são consequência do
processo de democratização que estamos construindo, através do exercício da
cidadania, a qual implica em decidir, deliberar, construir com todos, coletivamente.
Assim a participação é uma das condições indispensáveis ao exercício da cidadania
e à construção da democracia na escola. (BRASIL, 2004)
O incentivo e a participação nos diversos segmentos escolares são atitudes
que favorecem o aprendizado e a construção da cidadania. Mas, para que isso
ocorra realmente, é necessário que a escola aja democraticamente.
31
A maneira como os diretores são escolhidos, a organização e a participação
dos pais nos Conselhos Escolares, APMF e como seus direitos e seus deveres são
construídos é um exercício de democracia. (NAVARRO, 2004)
De acordo com o MEC e a SEED, estas duas instâncias colegiadas
proporcionam uma participação democrática da comunidade escolar, promovendo e
subsidiando o trabalho pedagógico das escolas.
Conselho escolar:
Conselhos escolares são órgãos colegiados, formados por representantes da
escola e da comunidade na qual ela está inserida. Tem como atribuições discutir e
deliberar sobre questões políticas pedagógicas, administrativas e financeiras da
escola. Representantes das comunidades locais e escolar atuam juntos para tomar
as decisões que lhe são responsabilidade. Os conselhos escolares formam um
espaço de participação, discussões e tomada de decisões, um espaço de promoção
da participação dos pais e da gestão democrática das escolas.(NAVARRO, 2004)
Ele deve estar em constante vinculo com outros conselhos, os Municipais,
Estaduais e Nacionais, os Conselhos da Criança e do Adolescente, Conselhos
Tutelares e com a comunidade e a sociedade em geral, pois é uma instância que
representa a escola e a sociedade, sendo um espaço de democracia participativa.
Ele é um importante elo de ligação entre a escola e a sociedade. (BRASIL, 2008,
p.67)
Suas funções e suas atribuições estão definidas no Estatuto do Conselho
Escolar, elaborado por cada escola.
APMF: Associação de Pais e Mestres
Órgão representativo dos pais, mestres e funcionários das escolas. Sem
apresentar caráter político, religioso ou racial, não objetivando lucros. Deve buscar a
participação democrática e a integração família – escola –comunidade. Atuando em
conjunto com o Conselho escolar, toma decisões nos aspectos financeiros,
32
pedagógicos e administrativos das escolas. Possui estatuto próprio, o qual define
suas atribuições.
É importante que as escolas invistam no fortalecimento das Associações de
Pais e Mestres, nos Conselhos Escolares, propiciando a articulação das famílias
com a comunidade escolar, estabelecendo desta forma, relações mais próximas, e
criando situações que favoreçam aos pais acompanhar o desenvolvimento dos
filhos. Beneficiando dessa forma a escola e as famílias. (DESSEN e POLONIA,
2007)
Encaminhamento metodológico
5º encontro: Conselho Escolar e APMF
a) Objetivos:
Diagnosticar qual a compreensão dos pais sobre participação, e como eles
participam das instâncias colegiadas da escola;
Sensibilizar os pais sobre a importância da participação da família nos ambientes
escolares;
Incentivar a participação nas instâncias colegiadas, de maneira prazerosa e
acolhedora;
b) Metodologia e estratégias:
Introdução: 30 minutos
- Dinâmica de boas vindas;
- Vídeo de incentivo e apresentação do tema;
Desenvolvimento: 1 hora e 40 minutos
Vídeo, ilustrando a função do Conselho Escolar e APMF, buscando promover
compreensão do tema;
33
Apresentação do PPP do Colégio Estadual “João de Mattos Pessoa”, citando as
principais funções do Conselho Escolar e APMF;
Reflexão, discussão sobre as propostas e questões levantadas;
Convite e incentivo aos pais para que participem das instâncias colegiadas da
escola;
c) Conclusão: 30 minutos
Apresentação das dúvidas e conclusões surgidas durante o desenvolvimento da
interação;
Estímulo aos pais para que apresentem sugestões;
Escrita no quadro e posterior registro das sugestões apresentadas;
d) Confraternização: 20 minutos
Lanche e encerramento das intervenções com os pais;
Material Complementar:
MEC, Programa nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares,
Brasília,2004.
Questões sugeridas:
O que você entende por participação?
Quais os fatores que dificultam a participação dos pais nos órgãos colegiados da
escola?
Que ações dos órgãos colegiados podem contribuir com a melhoria da escola
pública?
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=puToSZtTBn4
34
Anthemo Roberto Feliciano qual objeto pode ajudar seu filho na escola. 2’58”
https://www.youtube.com/watch?v=rCejC1lFwMg
Conselho escolar. 1’30”
https://www.youtube.com/watch?v=Og49KrQoXgM
Curso de Gestão da Educação Escolar – Gestão democrática – 32’49”
cronograma II: professores e equipe pedagógica
Após a realização das intervenções com as famílias, e a compilação dos dados
coletados durante a pesquisa e os encontros, estes serão apresentados aos
professores e a equipe pedagógica, para análise conjunta.
Encontro com
professores e
equipe
pedagógica
Atividade
participantes
duração
1º encontro- período da manhã
Grupo de estudo Professores e equipe pedagógica
2 horas
2º encontro- período da tarde
Grupo de estudo Professores e equipe pedagógica
2 horas
3º encontro- período da noite
Grupo de estudo Professores e equipe pedagógica
2 horas
Total
6horas
35
Encaminhamento metodológico
Análise do resultado das pesquisas
a) Objetivos:
Diagnosticar a compreensão do tema, participação dos pais no ambiente escolar;
Refletir sobre o papel do professor no processo de estabelecer e incentivar a
participação da família na escola;
Realizar pesquisa de opinião;
b) Metodologia e estratégias:
Introdução: 20 minutos
Apresentação do projeto PDE e os objetivos do encontro
Desenvolvimento: 1 hora
Apresentação do gráfico com os resultados da pesquisa realizada com os pais;
Análise das propostas apresentadas no PPP do Colégio, para o incentivo a
participação dos pais;
Elaboração em conjunto de possíveis estratégias para incentivar a participação
dos pais nos segmentos escolares;
Conclusão: 40 minutos
Nesta etapa, será realizado com os professores participantes uma pesquisa, para
coleta de dados, estruturação e conclusão do trabalho.
36
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5/10/1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
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BRASIL, Ministério da Educação, LDB 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 20 de dezembro de 1996. Brasília.
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37
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ANEXOS
Anexo 01- Ficha para avaliação das Intervenções realizadas com os
pais/responsáveis.
Anexo 02 -Modelo de questionário para pesquisa com os pais.
Anexo 03- Modelo de questionário para pesquisa com os alunos.
Anexo 04 – Modelo de questionário para pesquisa com os professores.
Anexo 01 : avaliação das intervenções
Colégio Estadual João de Mattos Pessôa”- Ensino Fundamental e Médio.
Avaliação da reunião debate
Sim não parcialmente
O assunto trabalhado foi de seu interesse?
Os temas foram bem explicados, houve compreensão dos conteúdos?
A reunião foi bem organizada?
As instalações para a reunião foram adequadas?
Você participaria de novas reuniões organizadas desta forma?
Deixe aqui sugestões para os próximos encontros ou comentários:
Anexo 02 questionário de Pesquisa aos pais
Colégio Estadual “João de Mattos Pessoa”.Ensino Fundamental e Médio.
Senhores pais ou responsáveis,
Com o objetivo de melhorar o processo de aprendizagem de nossos alunos , estamos pedindo a gentileza de que preencha este questionário.Contamos com a sua participação e agradecemos suas respostas responsáveis e sinceras.
1-Você considera a frequência do seu(a) filho(a) na escola importante?
( ) sim ( ) não Por quê ?__________________________________________________________
2-Que série seu filho(a) estuda atualmente?______________________________________________
3- Como você escolheu esta escola para matricular seu (a) filho (a)?__________________________
_________________________________________________________________________________
4- Para você qual é a função da escola ?________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5- Para você quem é o responsável pela educação dos seus filhos?___________________________
_________________________________________________________________________________
6-Quando não está na escola, com quem seu(a) filho(a) fica a maior parte do tempo?___________________________________________________________________________
7- Você participa das reuniões de pais?
( ) sim ( ) não ( ) poucas vezes ( ) sempre alguém me representa
8- Você considera importante participar das reuniões da escola ?
_________________________________________________________________________________
9-Quando você vai à escola?
( ) sempre, para perguntar sobre a aprendizagem de meus filhos;
( ) somente quando convocado pela Equipe Pedagógica;
( ) não posso ir à escola motivo_______________________________________________________
( ) na entrega de boletim
10- Você conhece todos os ambientes da escola de seu (a) filho(a) ?
( ) sim ( ) não ( ) somente os lugares principais
11- Você conhece as pessoas que trabalham na escola?
( ) não conheço
( ) conheço um pouco
( ) conheço bem os profissionais e o trabalho da escola;
12- De um modo geral, como é a relação da escola com as famílias:
( ) a escola sempre toma as decisões com a ajuda dos pais;
( ) as famílias não participam das decisões da escola;
( ) as famílias não sabem das decisões que são tomadas junto com a escola;
13- Existe incentivo à participação dos pais na escola de seu(a) filho(a)?
( ) sim ( ) não Por quê ?_______________________________________________________
14-Os professores e a equipe o recebem bem quando procura orientação sobre seu (a) filho(a)?
( ) sim ( ) não Explique_________________________________________________________
15-Como é o rendimento escolar de seu(a) filho(a)?
( ) bom ( ) muito bom ( ) acima da média
( ) ele tem dificuldade em algumas matérias
16-Como você acompanha as faltas de seu filho:
( ) ele raramente falta ( )não se preocupa pois ele(a) é responsável
( ) não acompanha devido à falta de tempo ( ) espera que a equipe pedagógica acompanhe
17- Quais os pontos negativos das reuniões realizadas pela escola:
( ) datas e horários ( ) as opiniões dos pais não são ouvidas ( ) atrasos nas reuniões
( ) falta de retorno da escola frente aos problemas ( ) nenhum ponto negativo
18- Quais os pontos positivos das reuniões:
( ) oportunidade de conhecer a escola ( ) melhoria do ensino ( ) interação com os professores
19- A que se deve a ausência dos pais na escola ;
( )falta de tempo devido ao trabalho ( ) falta de interesse dos pais
( ) falta de comunicação da escola ( ) falta de comunicação dos pais com a escola
Outros motivos,quais?_______________________________________________________________
Deixe sua sugestão ou comentário ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Agradeço
Anexo 03 Questionário aos alunos
Esta pesquisa busca subsídios para a melhora do processo de aprendizagem.Para tanto peço a sua colaboração, solicitando que suas respostas sejam sinceras e responsáveis.
Idade______________________________ série____________________
1- Para você o que significa família?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
E escola ?________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
2- Com quem você mora? Quem é responsável por você?___________________________________
4-O que você pensa sobre a escola:
( ) tem grande importância para minha vida
( ) só estudo porque meus pais obrigam
( ) considero pouco importante para minha vida
3- As aulas são ( ) chatas ( )desestimulantes ( ) boas ( ) muito boas
4- Gosto das aulas de_______________ por que__________________________________________
_________________________________________________________________________________
5-Você se considera um aluno :
( ) esforçado ( ) estressado ( ) indisciplinado ( ) desestimulado ( ) participativo
( ) responsável ( ) ________________________________________________________________
6- Você tem problema de relacionamento com algum colega da escola? ( ) sim ( ) não
7-Sua família já foi chamada à escola por problemas de indisciplina apresentados por você? ( ) não
( )sim Como eles reagiram?________________________________________________________
8-Quando você está com alguma dificuldade na escola, quem você procura para conversar?____________________________________________________________________
9- Sua família costuma participar das reuniões da escola ? ( ) sim ( ) não
10- Sua família lhe ajuda nas dificuldades escolares? ( ) sim ( ) não
Se sim, como ? ________________________________________________________________
11- Peço que deixe uma sugestão para que a escola possa contribuir ainda mais com seu desempenho escolar:
Anexo 04 contribuição dos professores
Estas questões têm como objetivo subsidiar a Intervenção Pedagógica na Escola, para tanto agradeço sua gentileza em responder de forma sincera e responsável.
1- Você considera importante a participação dos pais na escola em que situações?
_________________________________________________________________________________
2- Em que momentos a família deve participar?
( ) reuniões programadas ( ) entrega de boletins ( ) sempre que sentir necessidade
( ) somente quando a escola convocar ( ) outros________________________________________
3-Você considera importante a participação de todo o coletivo escolar nas reuniões com os pais ?
( ) sim ( ) não Por quê____________________________________________________________
4- Os pais comparecem nas reuniões que a escola faz? ( ) sim ( ) não
5- Você participa das reuniões que a escola organiza? ( ) sempre ( ) às vezes
( ) quando tenho problema com algum aluno ( ) não participo
6- Você acha que a participação dos pais na escola influencia o aprendizado do aluno ? Como ?
___________________________________________________________________________
7- Na sua opinião qual é o papel da família na formação do aluno ?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8- Na sua opinião qual é a função social da escola?
_________________________________________________________________________________
9- Como a escola ajuda as famílias na formação do aluno?
_________________________________________________________________________________
10- Gostaria que colocasse suas sugestões de ações que possam ser realizadas na escola,com o objetivo de promover maior integração com as famílias:
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________