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02/01/15 Os Sete Princípios de Hermes – Loja Teosófica Liberdade www.teosofia-liberdade.org.br/os-sete-principios-de-hermes/ 1/11 Palestra proferida por Antonio Carlos Jorge em 30 de abril de 2004 É um prazer estar falando novamente em nossa casa. Esta exposição tem por objetivo fazer um paralelo que existe entre esses princípios com a doutrina teosófica para aqueles que estudam teosofia e, para aqueles que estão aqui pela primeira vez e que não conhecem a teosofia e nem Hermes na sua profundidade, é uma oportunidade de estarmos apreciando essa matéria que tanto nos seduz. Antes de falarmos propriamente dos princípios, seria bom nós fazermos uma contextualização histórica e geográfica, porque muito do que se atribui a Hermes na realidade não é Hermes. O que se atribui a Hermes é a obra de uma pessoa que teria vivido no Egito, de nome Toth, que é reverenciado como uma divindade. Então vamos fazer apenas um desenho aqui do que vem a ser o Egito, para compreendermos onde isso se localizou. Aqui nós temos a Itália, o mar Adriático, aqui a Grécia, com todas as sua ilhas, a Ásia Menor e aqui o nosso Egito, o Mar Vermelho, o chifre da África e o Nilo, que deságua no delta, no Mediterrâneo. Há 2.000 anos antes de Cristo, mais ou menos, é o que se imagina, na cidade de Tebas, que era o centro administrativo do Egito, teve o aparecimento desse grande homem, que revolucionou a forma de pensamento, sendo atribuído a ele a invenção da astrologia, a descoberta da alquimia, a fundamentação de todas as ciências incluindo as ocultas. É atribuída também a Toth a criação dos hieróglifos, cujo significado ficou perdido durante muito tempo. Ele foi o grande hierofante que teria dado início a todas as escolas de iniciação que afloraram no Egito, como a de Tebas, que é hoje Luxor, onde estão as ruínas de Karnac. A Rosa-Cruz afirma que Toth teria vivido na 18ª dinastia, tendo sido hierofante de Amenófis IV, que mudou seu nome para Akhenaton e que fundou o que vem a ser considerada a primeira religião monoteísta, numa cidade que ele construiu próxima aqui de Tebas, a uns 320 quilômetros, dando o nome de Amarna. Amenófis IV, faraó, viveu por volta de 1.300 aC. Existe controvérsia com relação à data que Toth teria vivido. Pode ser que ele tenha vivido também nessa época, não se sabe. Passados alguns séculos, surge na Grécia o desenvolvimento do pensamento helênico, que nos legou os valores da civilização ocidental. Muitos historiadores atribuem à Grécia o celeiro desse pensamento, mas se nós formos ver com atenção, os gregos vão buscar todo esse conhecimento do próprio Egito. Esse período começa aproximadamente no ano de 600 aC, com Tales de Mileto, que foi o primeiro grande filósofo conhecido, assim como Anaximandro, Heráclito, Pitágoras e todos aqueles que são considerados os filósofos pré-socráticos. Os Sete Princípios de Hermes

Os Sete Princípios de Hermes

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Os sete princípios de Hermes

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    Palestra proferida por Antonio Carlos Jorge em 30 de abril de 2004

    um prazer estar falando novamente em nossa casa. Esta exposio

    tem por objetivo fazer um paralelo que existe entre esses princpios com

    a doutrina teosfica para aqueles que estudam teosofia e, para aqueles

    que esto aqui pela primeira vez e que no conhecem a teosofia e nem

    Hermes na sua profundidade, uma oportunidade de estarmos

    apreciando essa matria que tanto nos seduz.

    Antes de falarmos propriamente dos princpios, seria bom ns fazermos

    uma contextualizao histrica e geogrfica, porque muito do que se

    atribui a Hermes na realidade no Hermes. O que se atribui a Hermes

    a obra de uma pessoa que teria vivido no Egito, de nome Toth, que

    reverenciado como uma divindade. Ento vamos fazer apenas um

    desenho aqui do que vem a ser o Egito, para compreendermos onde isso

    se localizou.

    Aqui ns temos a Itlia, o mar Adritico, aqui a Grcia, com todas as sua

    ilhas, a sia Menor e aqui o nosso Egito, o Mar Vermelho, o chifre da

    frica e o Nilo, que desgua no delta, no Mediterrneo.

    H 2.000 anos antes de Cristo, mais ou menos, o que se imagina, na

    cidade de Tebas, que era o centro administrativo do Egito, teve o

    aparecimento desse grande homem, que revolucionou a forma de

    pensamento, sendo atribudo a ele a inveno da astrologia, a descoberta

    da alquimia, a fundamentao de todas as cincias incluindo as ocultas.

    atribuda tambm a Toth a criao dos hierglifos, cujo significado ficou

    perdido durante muito tempo.

    Ele foi o grande hierofante que teria dado incio a todas as escolas de

    iniciao que afloraram no Egito, como a de Tebas, que hoje Luxor,

    onde esto as runas de Karnac.

    A Rosa-Cruz afirma que Toth teria vivido na 18 dinastia, tendo sido

    hierofante de Amenfis IV, que mudou seu nome para Akhenaton e que

    fundou o que vem a ser considerada a primeira religio monotesta, numa

    cidade que ele construiu prxima aqui de Tebas, a uns 320 quilmetros,

    dando o nome de Amarna.

    Amenfis IV, fara, viveu por volta de 1.300 aC. Existe controvrsia com

    relao data que Toth teria vivido. Pode ser que ele tenha vivido

    tambm nessa poca, no se sabe.

    Passados alguns sculos, surge na Grcia o desenvolvimento do

    pensamento helnico, que nos legou os valores da civilizao ocidental.

    Muitos historiadores atribuem Grcia o celeiro desse pensamento, mas

    se ns formos ver com ateno, os gregos vo buscar todo esse

    conhecimento do prprio Egito.

    Esse perodo comea aproximadamente no ano de 600 aC, com Tales de

    Mileto, que foi o primeiro grande filsofo conhecido, assim como

    Anaximandro, Herclito, Pitgoras e todos aqueles que so considerados

    os filsofos pr-socrticos.

    Os Sete Princpios de Hermes

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    Estudando as obras desses filfosos veremos que elas so baseadas

    nesses princpios que iremos ver aqui. Por que? Porque eles eram

    iniciados nessas escolas de mistrios no Egito.

    Na biografia de Pitgoras, por exemplo, ns sabemos que ele foi iniciado

    ainda jovem na escola de mistrios de Tebas. Depois ele andou pela sia,

    indo at a ndia. A sua forma de pensar foi profundamente estruturada

    pelo hermetismo. Plato, depois da morte de Scrates, tambm foi

    iniciado nessas escolas.

    Herclito de feso tinha uma frase muito interessante que uma aluso a

    um dos princpios que iremos ver. Ele falava que Nada existe de

    permanente, a no ser a mudana. Esse conceito da impermanncia, da

    mutabilidade, um conceito presente em outras civilizaes e culturas. O

    prprio budismo se alicera nesse princpio da mudana constante.

    No panteo grego ns temos entre os vrios deuses, um deus chamado

    Hermes, filho de Zeus com Maya. interessante vermos que Maya um

    nome que aparece em outras culturas, sendo me de Sidharta, assim

    como Maria me de Jesus. Maya e Maria tm um radical comum que

    Mare, mar, gua, sendo a fonte da vida.

    Segundo a mitologia grega, Hermes, ainda na primeira noite aps o seu

    nascimento, se desvencilha de sua fraldas, sai da caverna onde teria

    nascido e rouba o gado pertencente a Apolo, escondendo-o. Mas em

    seguida descoberto e levado presena de Zeus, onde Apolo exige

    reparaes. Na presena de Zeus e Apolo, Hermes os encanta com toda

    a sua sabedoria, fazendo com que Zeus o declare como um novo

    integrante do Olimpo.

    Ento, Hermes, para a cultura grega, j era considerado como um deus

    muito popular, ligado sabedoria, msica, cincia.

    Quando os gregos tomam contato com a cultura egpcia e conhecem os

    atributos de Toth, logo fazem um paralelo com o seu Hermes, por isso

    que toda a obra de Toth atribuda a Hermes. Mas no ao Hermes

    mitolgico. Para diferenciar do Hermes mitolgico agregada a palavra

    Trismegistos, que significa trs vezes grande.

    A Grcia, depois, passa por transformaes, surgindo Scrates, Plato,

    Aristteles, que um perodo intermedirio do pensamento grego, a

    chamada fase clssica, e depois da morte de Aristteles, tem a influncia

    poltica de Roma, onde os romanos absorvem todos esses valores do

    legado grego e acabam dando outros nomes aos deuses. Hermes passa

    a ser Mercrio.

    Ns temos aqui uma transparncia que contm algumas imagens de Toth

    que representado com corpo de homem e cabea de bis, gravada em

    inmeros monumentos, templos, tumbas, colunas.

    Aqui temos a figura de Hermes, helenizada e essa outra de Mercrio.

    Mas vemos que sempre eles tm os mesmos atributos. Esto segurando

    o caduceu, aqui a cruz ansata que um smbolo da Sociedade Teosfica,

    aquele smbolo que est no centro da Estrela, que tem um significado

    esotrico profundo. O prprio caduceu tem um significado muito

    importante, mas esse smbolo acabou sendo desvirtuado pela civilizao

    ocidental.

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    Etimologicamente, a palavra mercrio vem de mercer, que significa

    mercantilizar, comercializar, por isso que ele associado ao comrcio e

    apropriado por diferentes profisses, como os mdicos e contabilistas.

    Mas o caduceu no essa viso aparente. Ele tem uma

    representatividade muito profunda, mas no cabe a ns estarmos

    detalhando agora.

    Esse conhecimento hermtico ficou muito tempo obscurecido, porque

    no se sabia o que aqueles hierglifos diziam. Alguns escritos rabes,

    depois da invaso na Europa, chegaram ao conhecimento de alguns

    estudiosos, como, por exemplo, a Tbua Esmeraldina, tendo sido

    revelada atravs de uma transcrio da escrita egpcia para o rabe e do

    rabe para o latim e foi assim que nos chegaram esses rudimentos.

    A grande revelao desse conhecimento se deu depois da invaso

    napolenica no Egito, isso no final do sculo XVIII [virada do sculo]. Foi

    descoberta uma pedra que tinha um mesmo texto escrito em grego e

    em hierglifos. A chamada pedra de Roseta, que foi levada

    posteriormente para Paris e um estudioso da lngua grega, chamado

    Champolion, fez a transcrio que conseguiu decodificar os significados

    dos hierglifos, permitindo a partir da se desvendar um conhecimento

    muito profundo.

    atribuda a Hermes a autoria de uma grande quantidade de livros,

    aproximadamente duas mil obras, mas no conhecidas, talvez porque

    muitos desses livros se perderam. Clemente de Alexandria,

    contemporneo dos integrantes da Escola Neo-Platnica, isso por volta

    de 200 dC, atribui 56 livros a Hermes; livros de medicina, filosofia e

    cincias das mais variadas.

    Os sete princpios que ns iremos ver aqui se baseiam numa obra

    chamada O Caibalion.

    A palavra Caibalion composta por duas palavras: Cabala mais Ion;

    Cabala indica a tradio e Ion, ente superior manifestando-se. Ento, a

    manifestao de um preceito, de uma tradio superior.

    Antes de falarmos dos sete princpios, vamos colocar aqui no quadro,

    quais so eles. O primeiro o Mentalismo, o segundo Correspondncia, o

    terceiro Vibrao, o quarto Polaridade, o quinto Ritmo, sexto Causalidade

    e o stimo do Gnero.

    Cada um deles tem um axioma, que est contido no Caibalion, que no

    discorre muito sobre esses princpios. Esse livro que estamos nos

    baseando foi escrito pelos Trs Iniciados, que no se sabe quem so.

    O que ns vamos fazer aqui seguir o que est contido nesse livro.

    Vamos ver que existe um paralelismo muito grande com o que

    estudamos em Teosofia, porque se trata da mesma fonte de

    conhecimento.

    O primeiro princpio diz que O Todo mente. O Universo mental.

    O que o Todo? Ns poderamos dizer que o esprito. Mas o que

    esprito? No temos condio de defini-lo. O Todo tambm no o

    Universo, porque sabemos que o Universo est em constante mutao,

    em transformao; alm de dar idia de limitao.

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    O Todo no pode ser mudado e o Universo est contido no Todo. O

    Todo no pode ser separado se no ele no o Todo; ento o Universo

    o nada? Isso meio irracional, pois o Universo existe; ns estamos

    aqui.

    No faz muito nexo essa criao ter sido feita pelo Todo. Ele vai criar o

    qu? O Todo vai criar para no ficar sozinho?

    meio pueril esse tido de argumento, mas necessrio para que

    possamos fazer um exerccio do que vem a ser o Todo ou pelo menos o

    que a gente pode imaginar o que Ele vem a ser.

    O Todo criou algo para no ficar sozinho? Para ser reconhecido? Para se

    reconhecer? Isso no faz sentido, porque se Ele j o Todo, Ele j se

    reconhece, tudo j est contido Nele.

    Para fazermos qualquer tentativa de explicarmos esse princpio, ns

    temos que buscar aquilo que ns conhecemos, fazendo um paralelo com

    o homem. Como o homem cria as coisas? Ele cria atravs de elementos

    que vai buscar em seu meio onde vive e os transforma; essa uma

    concepo para criao. Mas essa concepo para a Criao do Todo

    no faz sentido, pois o Todo no pode tirar nada que esteja fora Dele.

    Essa linha de criao humana no vale. Outro exemplo de criao

    humana a concepo de um filho, mas para conceber um filho precisa-

    se de uma parceira ou de um parceiro; vai buscar fora. Tambm esse

    tido de criao no vale para o Todo.

    O nico tipo de criao possvel para o ser humano, que no depende de

    elementos externos a criao mental. O homem pode fazer uma

    criao mental!

    E a tem uma extenso desse primeiro axioma que diz Enquanto o Tudo

    est no Todo, tambm verdade que o Todo est em Tudo.

    Legal no ? Por isso que a palavra hermtica tem esse significado:

    selado, fechado, confinado, mas se formos procurar no Aurlio a

    palavra hermenutica, ela tem por significado o ato de interpretao das

    palavras. Ento meio paradoxal. Ao mesmo tempo em que est

    lacrado, fechado, ela tambm revela, desde que a pessoa tenha olhos

    para ver.

    Ento diz, que Enquanto o Tudo est no Todo, tambm verdade que o

    Todo est em Tudo. Vamos fazer um exerccio aqui.

    A Rose resolveu escrever um livro. Ela elabora o roteiro, as situaes e

    cria l seus trs personagens: Joo, Maria e Jos. A a Rose resolve

    adaptar esse livro para ser apresentado em uma pea teatral. Quando

    ns vemos l que o todo est em tudo e o tudo est no todo, seguindo

    esse exemplo, comeamos a visualizar o que ele est querendo dizer

    com isso. Ela criou mentalmente, materializou em uma unidade e

    podemos dizer que o Joo parte da Rose, pois sua criao. O tudo

    [Joo, Maria e Jos] est no todo, mas no individualmente. O Joo no

    pode falar Eu sou a Rose, mas sim Eu sou parte da Rose, parte do

    que a Rose pensa.

    Ento para ns chegarmos, pelo mtodo racional, concluso do que ele

    quer dizer com esse axioma isso.

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    Existiu um filsofo holands que viveu no sculo XVI chamado Spinoza,

    filho de pais portugueses, judeus. Benedito Spinoza. Ele foi muito

    perseguido por defender essa teoria, que est contida em um livro

    chamado tica. Ele foi tido com ateu. Ento, essas coisas sempre se

    pensaram. O prprio budismo, assim como a teosofia, tambm se

    aliceram nesse pensamento, que a concepo da criao.

    Bom, vamos passar ao axioma seguinte que diz: O que est em cima

    como o que est embaixo e o que est embaixo como o que est em

    cima.

    O hermetismo divide os planos de existncia em trs. Essa diviso um

    tanto que arbitrria, pois quando falamos em planos d-se idia de

    dimenso, ou seja, largura e altura para duas dimenses e profundidade

    para a terceira dimenso. Ento, no a terminologia mais adequada,

    mas no existe outra. Poderamos falar que so camadas como uma

    cebola, uma camada dentro da outra, mas ainda assim essa idia estaria

    submetida ao conceito de planos. Na realidade uma coisa interpenetra

    outra.

    Ento, so trs os planos: fsico, mental e espiritual, sendo que cada um

    desses planos por sua vez dividido em sete subplanos. Para o plano

    espiritual no so ditas muitas coisas, a no ser que est relacionado aos

    adeptos e seres muito elevados. No fala de mondico e nem atmico,

    como na Teosofia. O plano fsico vai desde a matria slida, lquida e

    gasosa, atmica, subatmica, chegando at ao nvel de energia, calor,

    magnetismo, foras de atrao molecular e a gravitacional. O plano

    mental consiste no mundo de formas pensamento, envolvendo os

    elementos mineral, vegetal, animal e hominal.

    apresentado, ainda, um processo que consiste na infuso e na efuso,

    ou seja, uma involuo e uma evoluo. O processo de involuo vai

    desde o plano mais elevado at o ponto axial da materialidade.

    Essa a imagem do mergulho na matria, o anjo cado. Em teosofia ns

    temos as essncias mondicas se materializando em reinos mineral,

    vegetal, animal e hominal, at atingir o estgio de individualizao, ou

    seja, a volta ao seio do Senhor, que todas as religies falam. O homem

    se fazendo deus.

    Aquela viso anterior que tivemos em o Todo em Tudo o Tudo

    voltando ao Todo, mas na mais perfeita expresso.

    Pergunta: Essa subida ensejaria um novo processo de volta para a

    matria? [aluso reencarnao].

    Resposta: No a volta para a matria, mas sim volta fonte da

    criao. a ressureio, dita pelo catolicismo, que no est errada na

    sua colocao. No so conflitantes os conceitos de ressureio com da

    reencarnao. A reencarnao compreende o processo de sucessivas

    vidas na matria e a ressureio a sada definitiva desse processo.

    O terceiro princpio diz: Nada est parado. Tudo move. Tudo vibra.

    O que ele quer dizer com isso? o estado da impermanncia. No existe

    nada que seja permanente.

    Por exemplo, se ns pegarmos essa bandejinha aqui na mesa. Ela de

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    metal, lisa, dura, no flexvel. Mas se ns formos analisar do que ela

    feita vamos verificar que sua estrutura atmica.

    O tomo, na sua forma mais simples, apresenta-se com um ncleo,

    composto por um nutron e um prton, de carga eltrica positiva e um

    eltron de carga eltrica negativa, que circunda o ncleo, que a

    molcula de hidrognio.

    Essa idia do tomo remonta quela poca antiga, tanto que quando

    falamos de Demcrito [pr-socrtico], estamos falando de um grupo de

    filsofos denominados atomistas, porque eles tinham essa concepo,

    que o tomo a ltima partcula da matria e essa idia permaneceu por

    muito tempo. At Newton acreditada que o tomo era indivisvel.

    A idia de que o tomo divisvel nova.

    Existiu um fsico ingls chamado William Crookes, que para quem estuda

    espiritismo uma pessoa conhecida. Ele descobriu a matria radiante. Ele

    inventou um aparelho que todos ns temos em casa que a Ampola de

    Crookes, que tem o seguinte esquema: [desenhando no quadro] um

    ctodo e um nodo, de polaridade positiva e negativa que se interagem e

    produzem raios-X. Em 1895 [descoberta dos raios-X por Roentgen], a

    partir desse modelo, foram criadas as bases da televiso. Os televisores

    emitem raios-X, mas tm uma proteo adequada para que no vaze.

    Mas essa a matria radiante que William Crookes descobriu. William

    Crookes, por ser um emrito integrante da Sociedade de Cincias de

    Londres, foi destacado para investigar os fenmenos espritas e de certa

    forma desmascar-los. Depois de muito estudo e muita pesquisa ele se

    tornou um esprita

    Mas, enfim, as suas pesquisas deram incio a todo o desenvolvimento

    cientfico que veio a culminar com a fundamentao da fsica quntica e a

    descoberta da divisibilidade do tomo. Da o exemplo da bomba atmica,

    porque ela quebra a estrutura do tomo e provoca todo um absurdo de

    destruio.

    Agora, voltando bandeja. Ela tem essa estrutura atmica. Essas

    partculas fsicas, que so diminutas.

    Se fossemos reunir toda a matria existente aqui na Praa da S,

    incluindo a catedral, unindo somente as partculas de neutros, prtons e

    eltrons, talvez toda essa matria no caberia na cabea de um alfinete.

    absurdo isso. Ento, mesmo ao nvel da materialidade em que

    vivemos, a matria muito tnue, cercada de vazios e esse vazio que

    se pesquisa hoje, que acreditam ser o ter.

    Vocs podero falar, mas, se eu sou constitudo de tomo e essa

    bandeja tambm de tomo e tudo praticamente vazio, por que

    minha mo no passa por dentro dela? Porque minha mo no toca na

    bandeja. Parece que toca, mas no toca. Os tomos por serem

    constitudos de vrios eltrons, de carga negativa, determinam a

    repulso. Negativo com negativo se repelem.

    Ns falamos em trs dimenses e a vibrao pode ser a quarta

    dimenso. A intensidade da vibrao a que constitui os diferentes

    planos. Tudo uma questo de vibrao. Quando ele fala Tudo vibra

    isso que est sugerindo. Quanto mais vibra mais se eleva aos planos

    superiores. Por exemplo, quando ns estudamos a obra do Trplice

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    Logos, vemos o primeiro trabalho a formao das bolhas no koilon,

    fazendo toda essa tessitura desde os planos mais elevados e culminando

    com o tomo mais aparente, aqui no plano fsico. essa vibrao que

    est expressa nesse axioma.

    Rose: Por isso que se fala que tudo est aqui mesmo!

    , est tudo aqui mesmo. Na realidade no tem esse negcio de plano.

    No como gavetas.

    Agora, a vibrao no somente das partculas; ela se d nesse campo

    tambm aqui [nos "vazios" etreos] e a que ocorrem os trabalhos da

    induo, da telepatia. Se voc tem vazios entre partculas, tomos e

    molculas, voc pode atuar nesse campo etreo e realizar obras. onde

    se verificam as transmutaes, os milagres.

    Pergunta feita por algum da platia: A televiso foi ento inventada em

    1895.

    Resposta: No a televiso, mas o princpio da televiso. O que foi feito

    nessa poca foi a descoberta da matria radiante e do raio-X. Isso

    determinou a inveno da televiso. de se notar que as grandes

    descobertas cientficas se deram nessa poca. O sculo XX de certa

    forma pobre em descobertas cientficas. A gente fala tanto do sculo

    XX, mas o sculo XX foi o da tecnologia, da aplicao de todo o

    conhecimento que foi concebido, e continua sendo. So cincias

    aplicadas. Fugindo um pouco do foco da palestra, mas oportuno,

    porque isso trabalha com o tomo. Tem uma coisa que est aparecendo

    agora que talvez revolucione o mundo, que so as nanoestruturas, a

    nanotecnologia. Talvez isso represente a prxima revoluo industrial.

    Esto fazendo pesquisas em laboratrios, altamente avanadas, mas que

    correm em segredo. A nanotecnologia consiste no desenvolvimento de

    equipamentos do tamanho de um tomo, para cumprir determinados

    fins. Por exemplo, j existe uma aplicao onde se pega um acetato e

    uma face sensibilizada por tomos condutores devidamente

    preparados, utilizando-se princpios da afinidade da molcula. Uma face

    condutiva e outra no. A condutiva permite a exibio de imagens e

    textos. No sei como funciona, mas tem, pois j vi, embora bastante

    rudimentar. Isso deve substituir no futuro o computador, os jornais, as

    revistas. Uma folha dobrvel que cabe no bolso. O impacto que isso pode

    provocar na sociedade imensurvel [benfico e malfico]. Mas vamos

    prosseguir aqui em nossa caminhada

    O prximo princpio o da polaridade que diz: Tudo duplo. Tudo tem

    dois plos. Tudo tem o seu oposto. O igual o desigual so a mesma

    coisa. Os opostos so idnticos em natureza, mas diferentes em grau.

    Os extremos se tocam. Todas as verdades so meias-verdades. Todos

    os paradoxos podem ser reconciliados.

    Vamos pegar um exemplo. Calor e frio. O que calor e o que frio. No

    existe um conceito. O que calor para um no para outro.

    Vai l em Manaus e com a temperatura de 28 eles consideram que est

    frio. Agora, voc vai ao Alaska e com 5 positivo, os esquims estaro

    de bermudas, tomando uma limonada.

    Agora, no que se refere aos extremos serem muito idnticos em sua

    natureza podemos dizer que tanto o calor como o frio, queimam.

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    Vamos dar um outro exemplo, o bom e o ruim, ou melhor, o bem e o

    mal, para dar uma conotao mais ampla. O que bem e o que o mal?

    Algum consegue definir? Voc pode falar que o bem ausncia do mal,

    mas no absoluto.

    Se voc pegar a criatura mais ignbil, mais prfida existente no mundo,

    voc ir encontrar algo de bom nela. No mnimo para os seus filhos ela

    tem alguma relao de bondade.

    Por isso que ele fala aqui, tudo tem dois plos e seus apostos idnticos

    em natureza, mas diferentes em grau. O que diferencia o grau.

    Pergunta formulada por algum da platia: Como podemos dizer que a

    luz e as trevas so a mesma coisa?

    Resposta: As trevas existem por ausncia da luz. Mas tem meia luz, a

    penumbra. No existe verdade absoluta. Tudo meia-verdade. O bem

    absoluto no existe da mesma forma que no existe o mal absoluto [ao

    menos em nosso plano]. Tudo uma questo de grau.

    Podemos dar um outro exemplo, como a coragem e a covardia. Quem

    diz que coragem realmente coragem ou uma forma de no deixar

    transparecer o medo? Ou o medo revelado a verdadeira coragem de

    assumir os seus temores? A gente no sabe. Tudo relativo. No se

    pode falar que a pessoa corajosa ou medrosa, pois situacional.

    Vamos falar do ritmo. Tudo tem fluxo e refluxo. Tudo tem suas mars.

    Tudo sobe e tudo desce. Tudo se manifesta por oscilaes compensadas.

    A medida do movimento direita a medida do movimento esquerda.

    O ritmo a compensao.

    Algum da platia argumenta: o equilbrio!

    o equilbrio e o desequilbrio. Vocs vejam que parece um jogo de

    palavras. Diz e contradiz.

    Ns podemos desenhar aqui dois pontos, sendo os dois extremos.

    Positivo e negativo, para sintetizarmos as polaridades. Tudo se equaciona

    dentro dessas polaridades. Ele fala que tudo tem seu fluxo e seu refluxo.

    Tudo vibra dentro de ondas. Isso o que ns aprendemos sempre aqui,

    representada pelo ouroboros, a sustica, a roda de samsara, os

    manvantaras e pralayas, a respirao, so as ondas do mar, a mar

    cheia, a mar vazante, as estaes do ano, o batimento do corao.

    Essa uma verdade. Alis, todos esses axiomas, exceto o primeiro, a

    cincia de certa forma j comprovou. Isso se aplica dentro da

    metodologia cientfica.

    Aqui que o trabalho dos alquimistas comea a ser exercido. Como eles

    fazem a transmutao.

    Os alquimistas falavam Aurum nostrum non est aurum vulgi que

    significa nosso ouro no o ouro vulgar, indicando que a transmutao

    de chumbo em ouro metafrica. Eles at conseguiam fazer, mas no

    era objetivo. A pedra filosofal, o lpis, tinha outro objetivo.

    Isso aqui um pndulo. Ele diz que tem um movimento para cima que

    remete para baixo, o mesmo movimento da esquerda o da direita.

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    Ns temos que sair desse pndulo e como se sai desse pndulo? Atravs

    de prticas alqumicas. Yoga e meditao, por exemplo.

    Quem desenvolveu essa tese de forma muito primorosa foi o Jung.

    Jung observava seus pacientes, depois de ele ter rompido com Freud. A

    psicologia junguiana toda alicerada dentro desse princpio. Alis, os

    livros em que Jung se baseou para isso foram orientais e ele vai buscar

    na alquimia tambm. Os livros so O Livro Tibetano dos Mortos e O

    Segredo da Flor Dourada, um livro chins, de preceitos taoistas.

    Ele observa que os pacientes que tinham sucesso no tratamento

    psicoteraputico eram aqueles que deixavam as coisas flurem. O que

    deixar as coisas flurem? Eles davam ateno aos smbolos que vinham

    atravs do inconsciente, ou seja, atravs dos sonhos ou atravs de fatos

    ocorridos que eles davam importncia, que ele chamou de sincronicidade.

    Ento, ele pesquisa e descobre que esses elementos [smbolos] so os

    arqutipos ou contedos do inconsciente coletivo.

    Ento, vamos colocar aqui no quadro o seguinte esquema: Consciente e

    Inconsciente.

    Pergunta feita por algum da platia: A meditao um trao ento?

    Sem oscilao? [aluso ao esquema apresentado, onde so

    apresentadas as ondas oscilando entre os dois plos].

    Resposta: No, voc no neutraliza a oscilao. Voc reduz o ritmo e

    esse o trabalho da alquimia.

    Atravs desse processo, em que voc trabalha com os arqutipos e

    deixa essas mensagens aflorarem, faz com que o consciente ilumine o

    inconsciente e o inconsciente enriquece o consciente. um processo de

    troca mtua de forma que o consciente vai se ampliando.

    Por isso que se fala tanto Vamos-ampliar-o-consciente ou Deu-um-

    salto-de-conscincia. So jarges que se usam, mas ampliar a

    conscincia no assim fcil. Precisa-se trabalhar e muito. Requer muita

    disciplina.

    Aqui temos o consciente e aqui o inconsciente. Podemos dizer que o

    objeto do consciente o Self. Com esse processo de enriquecimento do

    consciente voc adquire um processo de individuao, que ns

    aprendemos aqui em Teosofia. O processo de individuao reduz a

    presena do ego e enaltece o Self. S que o ego que ele se refere o

    ego psicolgico, no o nosso Ego [teosfico], que o Eu Superior. O

    Ego teosfico diz respeito ao Self.

    Ento, a base da psicologia junguiana segue esses princpios.

    O trabalho alqumico consiste em ter o domnio do ritmo.

    Bom, vamos prosseguir

    O princpio da causalidade est relacionado com esses axiomas

    anteriores. Diz que Toda causa tem o seu efeito. Todo efeito tem sua

    causa. Tudo acontece de acordo com a lei. O acaso simplesmente um

    nome dado a uma lei no conhecida. H muitos planos de causalidade,

    porm nada escapa lei.

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    A causa e o efeito no esto circunscritos ao nosso plano fsico. Por isso

    que existe a palavra acaso. Se voc pegar o Aurlio e procurar a

    definio para acaso voc vai encontrar No lembro literalmente, mas

    mais ou menos o seguinte: aquilo que se origina de causas no

    conhecidas [1. Conjunto de pequenas causas independentes entre si, que

    se prendem a leis ignoradas ou mal conhecidas]. Ora, se elas no so

    conhecidas, logo voc no pode simplesmente neg-las. um efeito de

    uma causa desconhecida.

    Na realidade a palavra acaso deriva do latim que significa jogar dados.

    Mesmo no jogo de dados no existe o acaso, pois se voc jogar durante

    um perodo de tempo, estatisticamente todos os resultados vo se

    apresentar de forma uniforme. Que causa essa? No se sabe. uma

    causa desconhecida.

    Ento, essa assertiva nos remete lei da causa e efeito que ns falamos

    tanto aqui que o Karma. Voc pode atenuar a gerao de Karma?

    Pode, praticando isso aqui [domnio do ritmo]. Isso fcil falar, mas

    Temos mais coisas para falar, mas [em razo da hora adiantada] vamos

    resumir, passando para o prximo princpio.

    O gnero est em tudo. Tudo tem o seu princpio masculino e o seu

    princpio feminino. O gnero se manifesta em todos os planos. Todo o

    princpio macho tem o seu lado fmea e todo princpio fmea tem o seu

    lado macho.

    Isso em todos os planos, no somente no fsico, mas tambm nos

    mais sutis.

    Agora, o aspecto da sexualidade existente no plano fsico e os dois

    plos esto contidos dentro da mesma pessoa. A sexualidade a energia

    criativa. O mau uso da sexualidade pode ser uma deturpao. Desde que

    seja bem direcionada ela tem um poder altamente criador. Um exemplo

    disso so os grandes pintores. Voc estuda a vida de um Gauguin, Van

    Gogh, Toulose-Lautrec, no, Lautrec um caso a parte, ou melhor,

    vamos aos clssicos, um Da Vinci, um Rafael, um Michelangelo, no

    tinham praticamente uma vida profana, eles viviam para a arte. O que

    era aquilo? Era a transmutao da energia sexual na mais pura e sublime

    arte.

    Ento, o objetivo dentro desse processo de reconciliao como vimos l,

    onde diz que todos os opostos so reconciliveis, todos os paradoxos

    so reconciliveis. At o Bin Laden e o Bush se reconciliaro; talvez no

    nessa vida, mas ocorrer.

    Ns vemos aqui que dentro da questo do gnero, o objetivo a pessoa

    ter a sua prpria sexualidade harmonizada dentro de si, o que seria a vida

    asceta, a vida do recluso, mas no como o celibato imposto, castrador,

    porque voc estar reprimindo o desejo, a libido.

    O objetivo harmonizar de tal forma que a pessoa seria um andrgino.

    lgico que isso no para o nosso plano de desenvolvimento ainda. Por

    isso voc v que os grandes adeptos tm algo de assexuado, tem algo

    de andrgino e a palavra hermafrodita aglutina as palavras Hermes e

    Afrodite. Mercrio uma figura andrgena. No tem nenhuma aluso a

    homossexualismo.

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    Pergunta: Isso s no plano fsico?

    Resposta: O plano fsico onde esses opostos se encontram mais

    distantes. Se ns pegarmos a essncia mondica, tem a involuo, a

    materializao, a separao, inclusive a separao dos sexos, faz todo o

    trabalho aqui, rodas e rodas de nascimentos e mortes e volta, mas esse

    princpio esta presente em todo os planos.

    Pergunta: E os anjos?

    Rose: Os anjos, afirma-se que no tem sexo, mas uma vez que eles

    fazem alguma tarefa, a polaridade existe.

    De fato, de acordo com o que diz aqui, o gnero sempre continua a

    existir, s que de uma forma mais sutil.

    Pergunta feita por um participante: Esse princpio aquele que eu mais

    tenho dificuldade de compreender. Primeiro, a gente no sabe se Deus

    tem sexo ou no. Muita gente diz que a natureza a mulher de Deus,

    mas eu gostaria de saber a sua opinio se esse principio teria alguma

    coisa a ver naquela particularidade que todo o homem tem hormnios

    femininos e toda a mulher tem hormnios masculinos. No tem alguma

    coisa a ver com isso?

    Resposta: Tem tambm, mas no s. Isso no aspecto plasmado, no

    aspecto fsico.

    Todos esses princpios so altamente perturbadores, mas da mesma

    forma, libertadores.