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1DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

A inauguração doedifício-anexo

Sergio Quintella

4

24Sérgio Cabral e Heloísa

Helena participam daSemana da Cultura

e Cidadania

36

Semana do Conhecimentodebate Plano Diretor

dos municípios

Su

mári

o

19Tribunal recuperaprédio e Rio ganha mais

um espaço cultural

30

Como a Firjan e aFecomércio vêem oajuste fiscal propostopelo TCE

14

O show de Elba Ramalhono Espaço CulturalHumberto Braga

6CAPAEstudo analisa investi-mentos na área desegurança pública

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2 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Conselho Deliberativo

PresidenteJosé Gomes GraciosaVice-PresidenteMarco Antonio Barbosa de AlencarConselheirosAluisio Gama de SouzaJosé Leite NaderJosé Maurício de Lima NolascoJonas Lopes de Carvalho JuniorJulio Lambertson Rabello

Ministério Público EspecialHorácio Machado Medeiros

Secretário-Geral de PlanejamentoHorácio de Almeida Amaral

Secretária-Geral de Controle ExternoMaria Luiza Bulcão Burrowes

Secretário-Geral de AdministraçãoCarlos César Sally Ferreira

Secretário-Geral das SessõesMauro Henrique da Silva

Procurador-GeralSylvio Mário de Lossio Brasil

Chefe de Gabinete da PresidênciaMaria Veronica de Souza Madureira

Diretor da Escola de Contas e GestãoJosé Augusto de Assumpção Brito

Coordenador de Comunicação Social,Imprensa e EditoraçãoÁlvaro Miranda

EXPEDIENTE

Jornalista responsável: Álvaro Miranda (Mtb14.371) / Editores assistentes: Symone Munay(Mtb 17.725) e Hugo Leão (Mtb 16.829)Reportagem: Emanoel Antonio dos Santos (Mtb25.441), Hugo Leão (Mtb 16.829), H. Raphael deCarvalho (Mtb 17.472), Eduardo Pinheiro (Mtb15.304) / Revisão: Flávia Andrea de AlbuquerqueMelo e Eduardo Pinheiro/ Projeto gráfico earte: Inês Blanchart / Diagramação: InêsBlanchart e Adelea Neves Gonzaga Barbosa /Digitação: Margareth de Oliveira Peçanha /Fotografia: Jorge Campos / Logística: MárciaMaria de Aguiar Ramos / Clipping: FatimaGabriel e Sergio Menezes Dias / Apoiooperacional: Hilda Rodrigues de Sá e Rita deCássia Nunes PimentelTels.: (21) 3231-5283 / Fax: (21) 2224-3650e-mail: [email protected]

ImpressãoCoordenadoria Setorial de Gráfica eReprografia do TCE-RJCoordenador: Jorge Lopes GuerraImpressores: Joaquim José Coelho e Reginaldodos Santos Silva / Acabamento: André LuizGonçalves, Fábio de Oliveira Machado, MagnoGuilherme Moreira de Carvalho e ValdenierPinto Veras / Montagem: Marcio Ércilo G. deOliveira

DistribuiçãoCoordenadoria Setorial de ProtocoloGeralPraça da República, 70/2º andarCEP 20.211-351 - www.tce.rj.gov.br

Tiragem - 4 mil exemplaresDistribuição gratuita

Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos seus autores

Informativo mensal doTribunal de Contas doEstado do Rio de JaneiroTCERJ

N O T Í C I AISSN 1806-4078

Governadoreleito diz queTCE-RJ é"espaço nobre"

"A gestão do presidente JoséGraciosa fez do TCE um espaçonobre", afirmou o governador eleitoSérgio Cabral Filho, em palestra noII Seminário sobre DesenvolvimentoLocal, realizado pela Associação dosPrefeitos do Estado do Rio deJaneiro (Apremerj) em 14 e 15 dedezembro, no auditório do EspaçoCultural Humberto Braga, doTCE-RJ. Ele garantiu que os próxi-mos quatro anos, período em queestará à frente do governo doestado, serão marcados por umagestão caracterizada pela parceriacom os governos municipais."Não existe estado forte sem interiorforte", assinalou. O semináriocontou com apoio do Tribunal deContas, da Fecomércio e do Sebrae-RJ. Na cerimônia de abertura, opresidente José Graciosa destacou aimportância do trabalho desenvolvi-do pela Apremerj e afirmou que a

construção de uma nova cultura na administração pública exige umaparceria permanente entre as prefeituras, o governo estadual e institui-ções como a Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ.O presidente da Apremerj, prefeito de Rio das Flores, Vicente Guedes,lembrou que o governador eleito teve o apoio de 89 dos 92 prefeitos doestado do Rio de Janeiro. Segundo ele, 80% dos problemas administra-tivos são comuns ao estado e aos municípios, e por esse motivo, odiálogo deve ser permanente. O último orador da cerimônia de aberturafoi o senador eleito Francisco Dornelles, que defendeu um novo pactofederativo. Para Dornelles, esse novo pacto depende de maior participa-ção dos municípios na divisão dos recursos obtidos com os tributos.

Os próximosquatro anos

serão marcados(...)

pela parceria comos governosmunicipais

Sérgio Cabral Filho

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3DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

Além do desenvolvimento institucional em relação asua missão fiscalizatória, o Tribunal de Contas doEstado do Rio de Janeiro vem consolidando tambémsua posição de agente de reflexão sobre uma série detemas relevantes para o estado do Rio Janeiro. Aolongo dos últimos anos, o Tribunal mudou seurelacionamento com as demais instituições, quereconhecem a independência, eficiência e eficácia desuas ações. “O TCE é um espaço nobre”, disse ogovernador eleito, Sérgio Cabral Filho, em recenteevento realizado no auditório do Tribunal. A matériade capa da presente edição atesta mais uma vez essecaráter de indutor do desenvolvimento das estruturasde Estado, além de suas atribuições já conhecidas.Trata-se do segundo estudo que o Tribunal, por meioda sua Escola de Contas e Gestão, em parceria com aFundação Getulio Vargas, coloca à disposição dasociedade fluminense. Sem esgotar o assunto, otrabalho não só pensa a segurança pública do estadodo Rio de Janeiro, mas propõe ações concretas paraaprimorá-la. Apontando acertos e erros, com o únicopropósito de contribuir para a melhoria da coisapública, a exemplo do estudo já divulgado sobre oajuste fiscal. Este número traz ainda matérias sobre aSemana da Cultura e Cidadania e sobre a Semana do

Conhecimento, dois eventos realizados pelo TCE, com palestras edebates sobre diferentes temas, como a questão do Plano Diretor. Entreos palestrantes, recebemos o governador eleito Sérgio Cabral, a senadoraHeloísa Helena, o presidente da Fundação Getulio Vargas, Carlos IvanSimonsen Leal, professores da Uerj, UFRJ, UFF, além da FGV. Naplatéia, funcionários do TCE, administradores públicos estaduais,municipais e federais. Enfim, eventos com uma massa crítica que, comseu brilhantismo, nos enche de orgulho quanto ao papel do Tribunal enos deixa otimistas em relação ao futuro do nosso estado.

José GraciosaPresidente do TCE-RJ

O Tribunal mudouseu relacionamento

com as demaisinstituições, que

reconhecem aindependência,

eficiência e eficáciade suas ações

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4 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

FISCAL

O primeiro estudo divulgado pela Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contasdo Estado do Rio de Janeiro, Proposições para o Aprimoramento do Ajuste Fiscaldo Estado do Rio de Janeiro, realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas,obteve grande repercussão em setores formadores de opinião da sociedadefluminense, como agentes políticos, administradores públicos e analistas econômi-cos, além do meio acadêmico. TCE Notícia ouviu a opinião de duas importantesentidades empresariais, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro(Firjan) e a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio).

Ajuste fiscalEduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente do SistemaFirjan - O Sistema Firjan lançou em agosto de 2006 oMapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro,um planejamento estratégico elaborado por mais de milpessoas, entre empresários, acadêmicos, técnicos e auto-ridades em diversos temas, cujo objetivo é promover ocrescimento econômico e da qualidade de vida para osfluminenses. As ações previstas pelo Mapa têm como re-quisito principal a transparência e a conquista de eficiênciana gestão dos recursos públicos. Sem transparência e efi-ciência não há como dar os passos seguintes na busca deuma vida melhor. A criação da Escola de Contas e Gestãoé um importante instrumento para se alcançar essas metase, sem dúvida, os estudos produzidos por ela terão papelfundamental na definição dos destinos de nosso estado.

Alíquotas de ICMSEduardo Eugênio - O estudo da Escola de Contas e Ges-tão traz conclusões semelhantes ao trabalho elaboradopelo Sistema Firjan, no qual se identifica a queda de arre-cadação do ICMS no Rio e os efeitos perversos do FundoEstadual de Combate à Pobreza (FECP). Sem dúvida, ofuror tributário é um fator que inibe investimentos e dimi-

nui a competitividade das empresas fluminenses. Os re-flexos atingem diretamente os moradores do estado,como mostra o trabalho do Sistema Firjan, pois o consu-midor que mora no Rio de Janeiro paga por ano doismeses a mais de energia elétrica, quando comparado apaulistas e mineiros. O Sistema Firjan já decidiu contes-tar na Justiça a constitucionalidade da prorrogação doFECP. O caminho para a melhora da arrecadação envol-ve claramente um aprimoramento da gestão, porémtão importante quanto arrecadar melhor é gastar comeficiência, eliminando os desperdícios e os desvios derecursos públicos.

Pregão eletrônicoEduardo Eugênio - A adoção do chamado pregão eletrô-nico é uma ferramenta que possibilita maior transparên-cia e racionalização nos processos de compra governa-mentais. Esse sistema permite também que um maiornúmero de concorrentes dispute os fornecimentos deserviços e produtos, com a possibilidade de micro e pe-quenas empresas se tornarem fornecedoras dos váriosníveis de governo. A expansão do pregão eletrônico tra-rá maior eficiência para a gestão pública, com mais eco-nomia e agilidade nas licitações.

AJUSTEFISCAL

Estudos da ECG influem nos destinos do estado

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la/F

irjan

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5DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

LEstudo do TCE entregueao futuro governo tempontos em comum compropostas da Firjan e daFecomércio

Por meio de sua assessoria, a Fecomércio-RJ enviou à TCE NOTÍCIA aposição institucional da entidade."A criação da Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ foi uma iniciativa degrande valia para o estado do Rio, sendo fundamental para a ampliação doconhecimento daqueles que atuam na área da gestão pública. Além disso,constitui um relevante instrumento de difusão de estudos e pesquisas, tan-to para o setor público, quanto para os cidadãos e as empresas fluminenses.Demonstração disso é o estudo sobre as proposições para o aprimoramentodo ajuste fiscal do estado, entregue recentemente ao governador eleito.Esse estudo não somente expõe dados sobre a realidade fiscal do estado,como sugere soluções para o aumento de arrecadação tendo em conta ocorte de despesas, a renegociação de contratos e, sobretudo, o aperfeiçoa-mento da gestão pública, notadamente na seara da administração tributária.A elevada carga fiscal no estado do Rio é um dos maiores entraves para odesenvolvimento das empresas e para a geração de emprego e renda.Essa idéia foi corroborada pelo estudo do TCE quando afirma que ‘mesmoaqueles que acreditam que o Estado ótimo é o Estado máximo concordariamna moderação das alíquotas, pois nesse caso taxar menos significa arreca-dar mais. (...) A elevação das alíquotas põe em movimento um círculo vici-oso de aumento de evasão e crescimento da informalidade (p. 50)’.Com efeito, pode-se observar a excessiva carga fiscal sofrida pelas empre-sas fluminenses em comparação aos estados de São Paulo e de Minas Ge-rais, como demonstrado em estudo que a Fecomércio-RJ entregou à equipede transição do governo.A redução da carga fiscal é um dos principais desafios do próximo gover-no, além da instituição ou aperfeiçoamento de políticas tendentes asimplificar o processo de arrecadação dos tributos, a abertura e fecha-mento de empresas e o acesso ao crédito, mormente para as micro epequenas empresas."A matéria sobre ajuste fiscal pode ser lida na página www.tce.rj.gov.br

Escola de Contas do TCE ampliaconhecimento na área da gestão pública

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6 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

TCE e FGVanalisamações na

área desegurança

pública

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7DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro entregou ao governa-dor eleito do Rio, Sérgio Cabral Filho, o segundo estudo sobre temasrelevantes da agenda fluminense, visando a contribuir para o aprimora-mento de políticas públicas no estado do Rio de Janeiro. O trabalho,denominado “O Investimento Público e a Efetividade das Ações Esta-tais na Segurança”, faz um raio-x da área de segurança pública noestado do Rio de Janeiro, levantando pontos fortes e fracos. Comparanúmeros do Rio com São Paulo e Minas Gerais, além de discutir experi-ências de gestão da segurança pública em Bogotá, na Colômbia, eem Diadema, em São Paulo. Ao final, faz recomendações para solu-cionar os problemas.

De acordo com o estudo, do total de recursos que o Estado coloca emsegurança pública (função 6), só 3,25% costumam ir para o policiamen-to propriamente dito. Também constata falta de uniformidade na Conta-bilidade Pública e falhas na área de comunicação. Se por um lado osgastos com inativos crescem e chegam a preocupar, por outro lado fal-tam investimentos em informação e inteligência, que só ocorreram em2004 e 2005, mesmo assim com cifras desprezíveis.

Em valores absolutos de 2003, o Rio de Janeiro investiu cerca de R$ 3,6bilhões em segurança, superiores aos R$ 2,8 bilhões aplicados em Mi-nas Gerais, mas perdendo para os R$ 5,8 bilhões de São Paulo. Porém,em gastos por policial (militar e civil), o investimento no Rio de Janeiro é9,7% maior que o de Minas e 29,52% que o paulista.

O estudo destaca que a escolha de pessoas para cargos-chave deve-sebasear em critérios técnicos, não meramente políticos, assim como naconcepção e execução de políticas destinadas a gerir a segurança noestado. A capacitação do pessoal encarregado da gestão orçamentáriapoderia ser realizada mediante treinamentos especiais ou revisão deconteúdo dos cursos de formação e aperfeiçoamento de oficiais.

A eficácia dos gastos na área de segurança pública do Rio de Janeiropassa essencialmente pela questão do planejamento e da execução or-çamentária. É considerado fundamental que o conceito de estratégiaseja incorporado tanto no dia-a-dia das instituições como na própria for-ma como o Estado aborda a questão da segurança pública no contextodas políticas sociais no sentido mais amplo.

7DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

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8 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

O workshop Política de Segurança Pública, realizado na FGV em agosto de2006, foi o primeiro passo para a formulação do estudo. O evento reuniuservidores do TCE-RJ e um gestor da Polícia Militar do Estado do Rio deJaneiro. Com base nos temas discutidos e em informações fornecidas peloTCE, foram produzidos cinco relatórios. O primeiro discutiu as experiências degestão da segurança pública em Bogotá, na Colômbia, e em Diadema, em SãoPaulo. O resultado foi um diagnóstico dos problemas relacionados à violênciano Brasil, seu aumento constante nos últimos anos e a necessidade deconstrução de políticas públicas para o setor.

A seguir foi realizada uma pesquisa qualitativa junto a gestores que atuam nasegurança pública do estado, para verificar a eficácia de gastos na área. Paraisso, foram realizadas 15 entrevistas semi-estruturadas, entre julho e setembrode 2006.

Investimentos foi o foco do terceiro relatório, que analisou os gastos comsegurança pública a partir da execução orçamentária do governo do estado,com dados fornecidos pelo TCE. Buscou-se identificar tanto as prioridadesquanto a consistência dos gastos públicos realizados pelo governo do estadodo Rio de Janeiro na área de segurança pública.

O quarto relatório traz uma análise da distribuição espacial da criminalidade noestado, no período que vai de 2002 a 2004. Por meio de técnicas degeoprocessamento, fez-se uma espacialização dos eventos criminosos,divididos em cinco categorias: homicídio doloso, tentativa de homicídio,roubo, furto, latrocínio e tráfico de entorpecentes.

O quinto relatório apresenta as conclusões do estudo, fazendo algumasrecomendações. Destaca, como ponto central, a mudança de estruturasadministrativas para a obtenção de eficácia das ações do Estado no domínioda segurança pública. O documento final inclui algumas questões para aconstrução de políticas públicas de segurança no Rio de Janeiro.

Estudo incluiuworkshop e entrevistas com gestores

8 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

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9DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Desafios a seremenfrentados

· Ausência de planejamento e decritérios de gestão sobre questõesorçamentárias;

· Conflito entre os critérios técnicose os políticos na elaboração doorçamento e dependência em rela-ção à Secretaria de Segurança;

· Orçamento insuficiente com exe-cução problemática;

· Caixa de economia (rancho) daPM utilizada como instrumento decusteio das atividades de policia-mento;

· Necessidade de melhor treinamen-to dos recursos humanos para lidarcom questões orçamentárias.

Orçamento não podeser peça de ficção

As falhas dacomunicaçãoO estudo identificou algunsproblemas considerados menoscomplexos mas não menosimportantes a serem soluciona-dos. Um deles diz respeito àmelhoria da comunicação dentrodas próprias polícias ou dentrediferentes instituições da área desegurança pública. De acordocom o estudo, é preciso organi-zar essa comunicação, pois nãose pode admitir que os gestoresdessas instituições sejamsurpreendidos pela mídia no quediz respeito a decisões e infor-mações decisivas para o bomplanejamento de suas ações.

As 15 entrevistas em profundidade foram realizadas com gestores daPolícia Militar, da Polícia Civil e que trabalham no Sistema Prisional. Aanálise das entrevistas revelou uma grande fragilidade na construção dosmecanismos de gestão orçamentária das polícias, em especial da PM.Houve unanimidade no reconhecimento de que a gestão se dá semqualquer planejamento estratégico, sendo orientada pelas necessidadesdo dia-a-dia ou simplesmente reproduzindo o que foi feito no ano anteri-or. Um ponto central da discussão envolveu a questão orçamentária.Como se planejar sem saber, de antemão, a verba com a qual efetivamen-te se poderá contar? Nenhum planejamento resiste a dotações orçamentá-rias irreais. O planejamento estratégico da área de segurança pública edas instituições policiais não pode ser desvinculado de um planejamentoestratégico das próprias ações do Estado.

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10 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Instituição Gastos % Agência FAES 0,27 Secretaria de Estado de Justiça e D ire ito do C idadão (2003-05) 0,51 Defesa do Consum idor (2006) 0,51 Fundo Especial da Secretaria de Segurança Pública 0,54 Outros Gastos 0,59 Fundo Especial Penitenciário 0,74 Funesbom 1,36 Secretaria de Estado de Segurança Pública 1,45 Adm inistração Penitenciária 2,03 Defesa C ivil 8,59 Detran 11,80 Polícia C ivil 13,48 Polícia M ilitar 26,19 R ioprevidência 32,44

Natureza e distribuiçãode investimentos emsegurança pública

*2006. Somente o primeiro semestre. Os gastos agrupados em "Outros Gastos” são aqueles que, individu-almente, representaram menos de 0,7% em todos os anos estudados.Fonte: TCE-RJ

(1) Inclui transferências aos municípios e à União, constitucionais e legais, com as do Fundo de AssistênciaSocial - FAES.

O maior gasto na segurança pública é com inativos. A despesaé muito maior do que com os inativos de saúde e educação.Nesse caso, sugere-se a revisão das condições de trabalho dosservidores públicos alocados à função de segurança pública,bem como os critérios de inatividade. Não se considera razoá-vel que um quinto dos gastos com inativos (aposentados epensionistas) do Rio de Janeiro seja com servidores da área desegurança pública.Foi detectada falta de uniformidade na Contabilidade Pública.Gastos semelhantes são tratados de formas distintas, comoregistros de automóveis e imóveis, cassação da habilitação demotorista e cerceamento da liberdade de criminosos.

A análise foi feita com base nas despesas liquidadas dafunção 6 (segurança pública), de janeiro de 2003 até 30 dejunho de 2006. Portanto, foram analisados três anos inteiros(2003, 2004 e 2005) e o primeiro semestre de 2006*, deacordo com os dados do TCE-RJ. Os gastos anuais comsegurança pública chegam a 12,6%, somente abaixo doscom encargos especiais(1), 33%, e com educação, 14,6%.

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11DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

· Despesa de Pessoal e Encargos (ativo) diminuiu de47,81% em 2003 para 41,75% em 2005;

· Encargos com inativos aumentaram de 33,25%para 34,17%;

· Atividades Operacionais e Registro de Veículospassaram de 2,70% em 2003 para 5,38% em 2006.

Projetos % Pessoal e encargos 76,30 Outros Serviços de Terceiros / Pessoa Jurídica 13,84 Material de Consumo 4,15 Despesas de exercícios anteriores 3,63 Obras e instalações 0,98 Equipamentos e material permanente 0,91 Outros 0,20 * 2006, somente o primeiro semestre. Os gastos agrupados em "Outros" são aqueles que, indubitavelmente,

representaram menos de 1% em todos os anos estudados.Fonte: TCE-RJ

A maioria dos gastos, com base nassubfunções, manteve-se constante aolongo dos quatro anos analisados, comalgumas oscilações mais significativaspara os seguintes:

· Administração geral: redução de57,16% em 2003 para 51,82% em 2006;

· Normatização e fiscalização: aumentode 3,49% em 2003 para 6,62% em2006;

· Policiamento: crescimento de 2003(2,63%) a 2005 (4,71%) e redução em2006 (1,83%);

· Gastos com informação e inteligência:só ocorreram em 2004 e 2005, mesmoassim com cifras desprezíveis.

Gastos com inativos cresceram

De acordo com o estudo, o estado do Rio deJaneiro não tem investido em ações estruturantesdesde 2003. Algumas oscilações ocorreram nosseguintes itens:· Modernização Organizacional: aumento de 0,59%em 2003 para 2,58% em 2004 e diminuição para0,64% em 2006;·Reaparelhamento: reduzido de 1,11% em 2003para 0,53% em 2006;· Manutenção e Custeio: aumento de 5,12% em2003 para 8,19% em 2005 e diminuição para5,95% em 2006;· Pessoal Ativo: reduzido de 44,72% em 2003para 42,02% em 2006.

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12 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

O estudo alerta que as estatísticas publicadas peloInstituto de Segurança Pública (ISP) necessitam de ummaior detalhamento, para possibilitar uma avaliaçãomais precisa sobre a evolução da criminalidade. Osvalores absolutos são apresentados para a populaçãocomo um todo, podendo mascarar a redução ou cresci-mento de tipos específicos de crimes (exemplo: homicí-dios cometidos em população jovem). É proposta umarevisão das estatísticas criminais à luz de uma aborda-gem mais apurada para possibilitar o cruzamento comdiversos indicadores socioeconômicos e a perspectivaespacial dos investimentos. Também foi sugerida autilização do GPS (Sistema de Posicionamento Geográfi-co) pelas polícias para conferir as estatísticas criminais:precisão geográfica, caracterização da ocorrência eidentificação de hot spots (pontos críticos).

No quadro na página seguinte, observa-se que em2003 o Rio de Janeiro tinha um efetivo superior a 56mil servidores nas polícias Civil, Técnica e Militar. Essenúmero era aproximadamente 18% maior que o deMinas e equivalia a 48% do efetivo de São Paulo.

· Adequação das práticasda Contabilidade Pública;

· Identificação das causasde inatividade dos servido-res vinculados à área desegurança pública.

TCE propõemedidasemergenciais Estudo alerta para

melhor detalhamentode estatísticas

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13DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Efetivo da Polícia Civil, Técnica e Militar em 2003

A experiência deBogotá e DiademaA característica central da experiência de controle da violência emBogotá (Colômbia) e Diadema (São Paulo) foi uma combinação deelementos de diagnóstico, formulação, implementação e avaliaçãode resultados de políticas públicas. Outros fatores importantenessas políticas foram a adoção da participação da sociedade civilna discussão das causas da criminalidade, a integração entredistintos níveis de governo no decorrer do processo e a adoçãode sólidos sistemas de informação para a concepção e operaçãode tais políticas.

Fonte: Senasp

Em 2003, em valores absolutos, o Rio deJaneiro investiu cerca de R$ 3,6 bilhões emsegurança, ante R$ 2,8 bilhões aplicadosem Minas e R$ 5,8 bilhões em São Paulo.Os investimentos do Rio nessas duas rubri-cas superaram os de Minas em 30,17% eforam equivalentes a 62,54% do que SãoPaulo aplicou nas funções. Já em gastos porpolicial (militar e civil), o investimento no Riode Janeiro é 9,7% maior que o de Minas e29,52% que o paulista.

Despesas por função - segurança nacionale defesa pública estadual - 2003

Fonte: STNUnidade: R$ (mil)*Corrigido pelo IGP-DI

13DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Polícia Civil Efetivo da Polícia Estados e Técnica Polícia Militar Polícia Civil, Técnica e Militar Minas Gerais 9.934 37.403 47.337 Rio de Janeiro 12.390 43.774 56.164 São Paulo 36.500 79.812 116.312

Total

Estados

Valor Real (R$ corrigidos para para 31/12/2005)*

Minas Gerais R$ 2.796.263 Rio de Janeiro R$ 3.639.852 São Paulo R$ 5.819.564

Valor realcorrigido para31/12/2005*

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14 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Tribunal de Contasentrega novo espaçocultural para a cidadecom ciclo de debates

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15DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

O Tribunal de Contas do Estado doRio de Janeiro encerrou 2006 inau-gurando o edifício-anexo SergioFranklin Quintella e o Espaço Cultu-ral Humberto Braga. O evento con-tou com a presença da governadoraRosinha Garotinho, do vice-governa-dor Luiz Paulo Conde e do vice-go-vernador eleito do Rio, Luiz FernandoPezão, representando o governadoreleito Sérgio Cabral Filho.

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16 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Em discurso na inauguração das novas instalações, opresidente do TCE, José Graciosa, disse que os conse-lheiros Sergio Franklin Quintella e Humberto Braga têmum papel de destaque na vida pública: "Trata-se de umajusta homenagem que esta Casa presta, por meio doseu Corpo Deliberativo, a duas figuras importantes quemarcaram a administração pública. Dois homens donosde biografias irretocáveis". Ele explicou que a necessi-dade de expansão das dependências do TCE foi o mo-tivo principal para a construção do anexo. Isso ocorreuem razão do aumento do volume de trabalho do Tribu-nal com a entrada em vigor da Lei de ResponsabilidadeFiscal e os concursos para o Ministério Público Especialjunto ao Tribunal e a Procuradoria-Geral do TCE. O Tri-bunal também ad-quiriu novas atri-buições com a cri-ação da Subsecre-taria de Auditoria eControle de Obrase Serviços de En-genharia (SSO) e daSubsecretaria deAuditoria e Contro-le da Receita (SSR).A governadora Rosinha Garotinho parabenizou o TCEpela escolha dos nomes dos conselheiros SergioQuintella e Humberto Braga para o edifício-anexo e oespaço cultural. "Os dois são expoentes do Tribunal edo funcionalismo público. Exemplos de amor à profis-são e ao nosso estado, ambos deram uma contribuiçãoinestimável à lisura na gestão pública, porque, essa, aofinal, é a tarefa de um conselheiro." E elogiou a reformados prédios. "Lembro-me desses sobrados em mau es-tado de conservação, sem harmonia com o CorredorCultural. Hoje, ao vê-los depois da reforma, fiquei sur-

O Tribunal de Contas

é de suma importância

para o estado, pois

permite manter o rumo

certo das coisas

Rosinha GarotinhoGovernadora do estado do

Rio de Janeiro

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17DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

presa com a restauração, que preservou a identidade dosimóveis." A governadora destacou ainda a importânciado papel do Tribunal na gestão pública. "O Tribunal deContas é de suma importância para o estado, pois permi-te manter o rumo certo das coisas. Como resultado desseprocesso de controle que temos, conseguimos avançarna economia e na ação social". Rosinha ressaltou a res-ponsabilidade do Corpo Deliberativo da Casa. "Os con-selheiros têm papel importante na construção de um tri-bunal cada vez mais justo e atento e de um estado me-lhor a cada dia”, ressaltou Rosinha.Também participaram da solenidade o presidente do Tri-bunal de Contas do Município, Thiers Montebello, odeputado estadual Paulo Melo, representando o presi-dente da Alerj, Jorge Picciani, o deputado federalMoreira Franco e autoridades de diversas esferas dopoder público, além do presidente da Associação dosMembros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon),Victor Faccion; do presidente da Associação Brasileira

Da esquerda para a direita, o presidentedo TCE, José Graciosa; o vice MarcoAntonio Alencar; os conselheiros JonasLopes de Carvalho Junior, José Maurí-cio de Lima Nolasco, Julio Rabello, Alu-isio Gama de Souza e José Nader, alémdo deputado estadual Paulo Melo (en-tre Nolasco e Rabello) durante a inau-guração do edifício-anexo. Marcaram pre-sença cerca de 850 convidados, entredeputados estaduais e federais, prefei-tos, vereadores e juízes

dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Fran-cisco Andrade Neto, e funcionários do Tribunal. Depoisdas homenagens aos dois conselheiros, o novo espaçocultural foi aberto com a exposição de pinturas Sob oOlhar do Cidadão.

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18 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Um dos homenageados, Sergio Quintella, afirmou que a ampli-ação das instalações do Tribunal era um antigo sonho. Elegarantiu que o TCE-RJ está entre os melhores do país. JáHumberto Braga agradeceu a homenagem daquela que foi, se-gundo ele, sua casa por quase 30 anos. "Esta é mais uma obracujo resultado é o trabalho de muitos. Trabalho eficiente feitocom espírito público", concluiu o conselheiro.

SergioQuintella

O carioca Sergio Franklin Quintella tomou possecomo conselheiro do TCE-RJ em 1993. Dois anosdepois, foi eleito presidente para o biênio 1995/96.Também presidiu o Instituto Ruy Barbosa, entidadededicada a estudos sobre atribuições e mecanismosde atuação dos tribunais de contas. Sergio Quintellateve expressiva atuação na Corte de Contas, ao re-latar processos referentes a temas de grande inte-resse público e realizar diversos estudos técnicos, aexemplo das análises sobre o desempenho da eco-nomia fluminense e nacional, e sobre os recursosdos royalties de petróleo. Engenheiro civil e econo-mista, concluiu cursos de pós-graduação nos Esta-dos Unidos e na Itália. Professor regente na UERJ ena PUC, dirigiu diversas empresas públicas e priva-das. Aposentado como conselheiro do Tribunal em2005, atualmente é vice-presidente da FundaçãoGetulio Vargas (FGV).

Médico psiquiatra, ad-vogado e escritor, obaiano HumbertoLeopoldo MagnavitaBraga tomou posse noTribunal em 1969,como conselheiro, ser-

vindo por 28 anos. Professor de História do Pen-samento Econômico da Faculdade de Economia, ede Psicopatologia da Faculdade de Psicologia daUERJ, membro da Academia Carioca de Letras,exerceu diversos cargos públicos. Entre eles, o desecretário de Estado de Planejamento, de Finançase de Serviços Sociais. Em 1973, Humberto Bragaprotagonizou um caso de ampla repercussão ao seopor a uma lei do governo do estado que criavanova dispensa de licitação em desobediência à le-gislação federal. Sustentou a tese da não-aplica-ção da lei em face da sua manifestainconstitucionalidade. Vencido no Plenário porquatro votos a três, Humberto Braga fez uma re-presentação junto ao Procurador-Geral da Repúbli-ca, sendo vitorioso no Supremo Tribunal Federal(STF), que, por unanimidade, declarou a leiinconstitucional.

HumbertoBraga

HOMENAGEM Quintella e Braga também tiveram atuação acadêmica

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19DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA19OUTUBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Um novo prédio nocorredorculturaldo centrocarioca

A necessidade de expansão de suasinstalações foi o principal motivo paraque o TCE reivindicasse a posse dosdois prédios nos números 54 e 56 daPraça da República. A falta de espaçono TCE-RJ agravou-se ao longo dosúltimos anos com as novas atribui-ções conferidas à Corte de Contas pelaLei de Responsabilidade Fiscal (LRF),além da posse de servidoresconcursados. Outra razão foi o fatode os dois imóveis, que fazem partedo Corredor Cultural, estarem em ruí-nas durante longo período, totalmen-te abandonados, carecendo de repa-ros, conservação e asseio.Um incêndio em 2001 provocou o de-sabamento do telhado e das paredesinternas dos dois sobrados. Laudo deavaliação técnica da Coordenadoria deEngenharia e Projetos da Superinten-dência de Patrimônio Imobiliário ates-tou em 2002 que o prédio de número54 estava em ruínas, sendo interdita-do em face do risco de desabamento.Em julho de 2002, o prédio pegoufogo novamente. De acordo com oboletim de ocorrência da Defesa Civil,o telhado já não mais existia, as pare-des laterais e transversais estavam empéssimo estado, inclusive com algu-mas partes fora de prumo. A fachadafrontal do prédio incendiado apresen-tava danos, e a calçada foi isolada.

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20 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Sobrados históricosO edifício-anexo Sergio Franklin Quintella é resultado de um projeto que preservou ascaracterísticas originais da fachada, de acordo com as normas do Corredor Cultural dacidade do Rio de Janeiro. A pedra fundamental foi lançada no dia 21 de fevereiro de2005, em comemoração aos 70 anos do conselheiro Sergio Quintella. Engenheiros earquitetos da Subsecretaria de Auditoria e Controle de Obras e Serviços de Engenha-ria (SSO), setor vinculado ao Controle Externo, aperfeiçoaram o projeto e acompa-nharam a execução contratual das obras executadas pela empresa contratada. O tra-balho contou também com a participação dos profissionais da Assessoria de Projetosde Obras e Instalações (APO) e da Coordenadoria de Engenharia (CEN), setores vin-culados à Subsecretaria de Administração e Finanças (SSA) do TCE. Para cumprir asnormas do patrimônio cultural urbano, foi mantida a fachada original dos dois sobra-dos, em estilo eclético, característico das construções da primeira década do séculopassado, a exemplo do formato das janelas e dos elementos decorativos, das esquadrias,além das telhas francesas de barro tipo Marselha.

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21DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

A reformaDez metros de parede lateral foram ornamentados com pedras,numa mistura de tipos específicos de alvenaria, tijolo e outrosmateriais, preservando o aspecto da época. Esse segmento da pa-rede ficou em tom pastel, contrastando com as janelas lateraisenvidraçadas em estilo moderno, junto ao passadiço suspenso naaltura do segundo andar que liga o edifício-sede ao anexo. O resul-tado foi a união harmônica entre o antigo e o novo, o tradicional eo moderno. Em outras palavras, a arquitetura espelhando a própriahistória da Corte de Contas, em um contexto urbano de constantemutação, porém preservando sua memória. O que antes era estaci-onamento foi transformado num complexo paisagístico moderno,com base nas adaptações ao projeto feitas pelos arquitetos daSubsecretaria de Auditoria e Controle de Obras e Serviços de En-genharia do TCE. Agora, entre os dois prédios, há um espelhod'água com palmeiras, formando uma espécie de praça diante dorestaurante dos funcionários, construído no chamado Bloco B donovo prédio-anexo.

Em 2002, o prédiode número 54

estava em ruínas,sendo interditado

pela Superintendênciade Patrimônio

Imobiliário, em facedo risco de

desabamento

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22 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Espaço culturaltem auditóriocom 260 lugares

A cidade do Rio de Janeiro ganhoumais um espaço cultural com a inau-guração do edifício-anexo do Tribu-nal de Contas. É uma ampliação doEspaço Cultural TCE-RJ, que já tema Sala Paschoal Cittadino, na sederegional do Tribunal em Niterói. An-teriormente, shows, dentre outrasatividades culturais do Tribunal noRio, eram realizados no auditório deseu edifício-sede, localizado no 11ºandar. O novo espaço abriga um sa-lão para exposições de artes plásti-cas e mostras de fotografia. O audi-tório, com capacidade para 260 pes-soas, terá espetáculos de música,dança e teatro, dentre outras mani-festações artísticas que fazem parteda programação denominada Mo-mento Cultural. Também será usa-do para encontros de trabalho,como palestras, seminários, con-gressos e workshops para o públi-co interno e externo. Ainda no ane-xo, foi instalado o Salão Nobre doTribunal, espaço destinado a ceri-mônias e eventos solenes.

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23DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Auditório e restaurante para funcionários.Térreo

2º andar

3º andar

4º andar

5º andarO Ministério Público Especial é um setor autônomo com atuação exclusiva junto ao Tribunal de Contas do Estado doRio de Janeiro. Os processos examinados pelo Controle Externo da Casa seguem para receber parecer do MPE.Posteriormente, são encaminhados para apreciação do Corpo Deliberativo. O procurador-geral tem assento ao ladodos conselheiros nas sessões plenárias. Um dos motivos para a instalação do setor no edifício-anexo é a admissão de12 procuradores aprovados recentemente em concurso público.

A Procuradoria-Geral (PGT) é responsável pela representação jurídica do Tribunal junto a outrospoderes. A admissão de dez procuradores aprovados no concurso público de 2002 agilizouainda mais o seu funcionamento. A PGT foi criada pela Emenda Constitucional 12, de 17 deagosto de 1999, alterando o artigo 176 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Regula-mentada pela Lei Complementar 94, de 24 de outubro de 2000, a PGT substituiu a ConsultoriaJurídica (CJU). Além da PGT, o quarto andar foi destinado à Coordenadoria de Engenharia (CEN),a Assessoria de Projetos e Obras e Instalações (APO), o salão nobre e a sala de licitações.

A Subsecretaria de Auditoria e Controle de Obras e Serviços de Engenharia (SSO) analisa editais deconcorrência de obras e serviços de engenharia, inclusive a legitimidade e a economicidade. Tambémfaz auditoria ambiental, além de avaliações, perícias e vistorias. A SSO possui duas coordenadorias: deAuditoria e Controle de Obras e Serviços de Engenharia Estadual (CAE) e de Auditoria de Obras eServiços de Engenharia Municipal (CAM). O setor conta com engenheiros de diversas especialidades earquitetos. Desde sua criação, em março de 2005, realizou 72 inspeções ordinárias; dez especiais;nove extraordinárias; e duas auditorias ambientais. Além da SSO, funciona no terceiro andar a sala deexposições do Espaço Cultural Humberto Braga.

A Coordenadoria de Serviços Médico-Assistenciais (CMA), que oferece atendimentoambulatorial para funcionários e dependentes, está no segundo andar, ao lado da Cre-che, que atualmente atende a 39 crianças de três meses a 4 anos de idade.

No novo prédio, estão instalados setoresque precisavam de mais espaço ou deadaptações, como a Procuradoria-Geral,que teve novos procuradores aprovados emconcurso público, além da área do ControleExterno responsável pela auditoria de obraspúblicas.

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24 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

SEMANA DACULTURA ECIDADANIA

A ação imediata frente ao desmatamento da Amazônia,

que prossegue numa média de 25 mil quilômetros qua-

drados por ano, é o "dever de casa" do Brasil. O tema foi

um dos destaques da apresentação

do deputado federal e ambientalista

Fabio Feldmann, na abertura da Se-

mana da Cultura e da Cidadania rea-

lizada pelo Tribunal de Contas do

Estado do Rio de Janeiro. O ciclo

de palestras foi aberto pelo presi-

dente do TCE, conselheiro José Gra-

ciosa, que destacou a preocupação

do órgão com as auditorias

ambientais. Ele citou o trabalho fei-

to em relação ao PDBG — Progra-

ma de Despoluição da Baía da

Guanabara — que será de grande

utilidade para o novo governo.

Fabio Feldmann afirmou ser um en-

tusiasta do trabalho desenvolvido

na área ambiental pelo TCE-RJ,

que, segundo ele, deveria ser repli-

cado nos demais tribunais de con-

tas do país. Alertou que as conclu-

sões dos relatórios qüinqüenais —

desde 1990 elaborados pelo IPCC,

organismo criado com essa finali-

dade pela ONU — têm sido cada

vez mais preocupantes e que hoje

já se pode afirmar que os danos

causados pelo efeito estufa e o

aquecimento global atingirão não

mais as futuras gerações, mas mui-

os desafios do governona questão ambiental

tos dos presentes à palestra.

Os danos incluem a elevação dos oceanos entre 30 cm e

1,5 m e mudanças hidrológicas com efeitos catastróficos

sobre as barragens, as populações

que habitam encostas e a vida eco-

nômica. Nesse ponto chamou aten-

ção para um estudo assinado por ex-

dirigente do Banco Mundial que

prêve efeito devastador do aque-

cimento global sobre toda a eco-

nomia do planeta.

Para Feldmann, a gravidade da si-

tuação exige o investimento no que

chama de "cidadania planetária",

com a mudança nos hábitos de con-

sumo e elevação do grau de cons-

ciência. Segundo ele, um exemplo

disso é dado pela juventude quan-

do compra produtos com certifica-

do ambiental e se recusa a consu-

mir os que são fruto de ação pre-

judicial ao meio ambiente.

O ambientalista paulista — deputado

federal e introdutor do rodízio de au-

tomóveis, quando o secretário de

Meio Ambiente em São Paulo — apon-

tou o despreparo dos governos bra-

sileiros, em todos os níveis, para lidar

com as vulnerabilidades, como a ques-

tão das barragens, por exemplo, e

propôs as chamadas licitações sus-

tentáveis, forma dos governos in-

centivarem a retomada do equilíbrio

ecológico.

(...) a gravidadeda situação exigeo investimentoem ‘cidadania

planetária’, coma mudança

nos hábitos deconsumo e

elevação do graude consciência

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25DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Efetividade das políticas públicas: choque de gestão foio tema da palestra do senador e governador eleito doRio, Sérgio Cabral Filho, na Semana da Cultura e Cidada-nia, promovida pelo Tribunal de Contas do Estado doRio de Janeiro, por meio da sua Escola de Contas e Ges-tão (ECG). As ações que pretende pôr em prática a partirde primeiro de janeiro se converteram no foco da pales-tra. Cabral disse que sua administração terá dois eixos:de um lado, o choque de gestão; de outro, um planeja-mento estratégico que fará parte do Plano Plurianual -PPA. "Chegou a hora de dar um basta nesse problemacrônico fiscal", assinalou Cabral. Segundo ele, o Estadotem que reduzir despesas, combater o gasto mal feito, acultura do desperdício. Precisa aprender a gastar melhor,com maior qualidade. Até mesmo para ter sobra de caixae poder voltar a pagar em dia os fornecedores, diminuin-do o custo embutido pelo risco de atraso no pagamento.Cabral disse que é necessário aumentar a arrecadação detributos, principalmente de ICMS, além de buscar maioreficiência na recuperação de créditos inscritos na Dí-vida Ativa. Além disso, vai promover a reestruturaçãode órgão públicos. "Vamos transformar a Cedae numaempresa lucrativa", afirmou Cabral, que pretende im-plantar políticas agressivas para beneficiar pequenose microempresários.

Governador eleitofaz palestra sobrechoque de gestão

O governador eleito disse ainda que o servidor é o ele-mento central do choque de gestão, que, segundo ele, sópoderá dar certo com servidores capacitados, com salári-os condizentes e motivados. "Não dá para prestar umserviço de qualidade com o servidor desmotivado. O sa-lário é importante, mas precisamos motivar o servidor,capacitá-lo". Ele disse que vai criar a figura do gestorpúblico estadual para compor uma força de elite da admi-nistração estadual.O presidente do TCE, José Graciosa, disse que a Escolade Contas e Gestão do Tribunal vai colaborar no proces-so de modernização da máquina administrativa, como vemfazendo desde sua criação há dois anos. A ECG promovecursos de capacitação dos jurisdicionados da capital e dointerior. "O Tribunal está em condições de prestar essacolaboração. E formar, entre outros, novos leiloeiros quevão atuar no pregão eletrônico", disse Graciosa. O go-vernador eleito aceitou. "Quero promover uma parceriacom o Tribunal, que será para mim um órgão aconselha-dor, uma bússola. Vamos solicitar estudos, análises. Paraisso, conto com seu corpo técnico de alto nível. OTribunal é fundamental para o controle dos gastos pú-blicos. Além de tudo, nós temos o mesmo compro-misso: oferecer serviços de qualidade à nossa popula-ção'', enfatizou Cabral.

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26 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Presidente da FGV destaca papelmoderador dos tribunais de contas

Os tribunais de contasdevem continuar controlando ocumprimento das regras jurídi-cas e contábeis. Mas isso não

basta. É preciso inovar (...)

Em prosseguimento ao ciclo da Semana daCultura e Cidadania, foi apresentado o tema

“O TCE-RJ a serviço da cidadania” pelo pre-

sidente da Fundação Getulio Vargas (FGV),

Carlos Ivan Simonsen Leal. O conselheiroJosé Graciosa ressaltou a importância da par-

ceria entre as duas instituições. "A Escola

de Contas e Gestão está implementada. Des-

de sua criação, inúmeros funcionários do Es-tado, de prefeituras, de fundações e de

autarquias já participaram de cursos minis-

trados pela ECG em parceria com a FGV",

assinalou ele. Carlos Ivan destacou que aEscola de Contas e Gestão do Tribunal de

Contas é um conceito que se transformou

em realidade. O presidente da FGV disse que

cabe aos tribunais de contas zelar pelo espí-rito republicano em sua essência mais pro-

funda, que é a preservação do bem público.

Ele explicou que o papel dos órgãos de con-

trole externo da administração pública brasi-leira tem crescido consideravelmente nos

últimos anos. Notadamente, a partir da Cons-

tituição de 1988, quando se verificou au-mento de demandas sociais de controle,

exigindo maior profissionalização do apa-

rato estatal.

Segundo ele, os tribunais de contas devem continuar con-trolando o cumprimento das regras jurídicas e contábeis.

Mas isso não basta. "É preciso inovar, antecipar as de-

mandas da sociedade. As demandas estão aí e vieram

para ficar", disse Carlos Ivan, reconhecendo que é im-possível antecipar todas as demandas.

Carlos Ivan assinalou que um dos desafios a serem en-

frentados é tentar minimizar ou eliminar problemas, atu-

ando de maneira preventiva. Segundo ele, os tribunais decontas deveriam desempenhar um papel moderador. Na

prática, atuariam como um quarto poder, distinto dos

poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Não apenas

para acompanhar a análise contábil do dinheiro público,

mas para verificar a aplicação desses recursos. Não nosentido de cercear, mas de orientar.

Carlos Ivan defendeu a descentralização e a adoção de

métodos flexíveis de gestão, adequados aos diferentes

contextos de ação do poder público. "Por um lado, exis-te a necessidade de obter a eficácia do processo interno

inerente à instituição; pelo outro, a capacidade de indução

de eficácia ou de efetividade nos jurisdicionados. O pre-

sidente da FGV elogiou o Tribunal de Contas do Riode Janeiro pelo processo de modernização e

capacitação dos servidores públicos estaduais e mu-

nicipais, instrumentos na indução de um Estado mo-

derno, ágil e flexível.

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27DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

"Ética não é favor. É obrigação legalde todo servidor público. Isso estáem qualquer manual, na Constituiçãoe no Código Penal. Toda condutacontrária caracteriza crime contra aadministração pública, mas infeliz-mente existe um verdadeiro abismoentre o que está escrito e a realida-de", afirmou a senadora Heloísa He-lena para uma platéia entusiasma-da de servidores do Tribunal deContas, no encerramento da Sema-na da Cultura e Cidadania. HeloísaHelena, após ser apresentada pelopresidente do TCE-RJ, José Graci-osa, que lembrou que ela teve 17%dos votos fluminenses, falou de suaexperiência como professora da Uni-versidade Federal de Alagoas econclamou os presentes a assumirum compromisso com o Estado. "Nóssomos parte do Estado brasileiro e porisso temos obrigação de sermos maiscompetentes, mais eficientes e dedi-cados". Heloísa Helena lembrou deseus 14 anos de mandatosininterruptos como vice-prefeita, de-putada estadual e senadora, para di-zer que foi um duro aprendizado. "Agente aprende com quem é do bem,

mas também com quem não presta”.Esses últimos, de acordo com a se-nadora, comercializam tudo. "Em-bora não conheçam os grandes ma-temáticos, sabem lidar com núme-ros de forma impressionante. Sóenriquece na política quem é la-drão", disparou.Em seguida voltou a conclamar os ser-vidores públicos: "Pelo amor deDeus. Vamos ter competência, ho-nestidade e zelo. Cada vez que umrecurso público é desviado, sua fal-ta vai ser sentida por aqueles quemais precisam. É esse dinheiro, des-viado pelas gangues que usam opoder, que acaba faltando para o re-médio do idoso doente crônico, parao atendimento da mulher do povoque vai de hospital em hospital paradar à luz, para 78% das crianças bra-sileiras que nunca freqüentaram umacreche e para os 70% de jovens bra-sileiros que passam o dia inteiro semter nada o que fazer."No encerramento, o presidente doTribunal convidou Heloísa Helenapara mudar seu domicílio eleitoral parao Rio de Janeiro. "O Rio merece asenhora", disse.

Heloísa Helenadiz que ética éobrigação enão um favor

Nós somos partedo Estado brasi-leiro e por isso

temos obrigaçãode sermos maiscompetentes,

mais eficientes ededicados

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28 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

SEMANA DOCONHECIMENTOO Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro pro-moveu entre 27 e 30 de novembro a Semana do Conhe-cimento – ECG, compromisso com a sociedade. Entre osvários temas, destacou-se o Plano Diretor das cidades.A programação teve início com a inauguração da sededa Escola de Contas e Gestão do Tribunal (ECG), naRua da Candelária, 6. A abertura foi feita pelo presi-dente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Ja-neiro, conselheiro José Gomes Graciosa, e pelo presi-dente da Fundação Getulio Vargas (FGV), professorCarlos Ivan Simonsen Leal.A implantação da Escola de Contas e Gestão teve inícioem 2004, a partir da assinatura de um protocolo de in-tenções com a Fundação Getulio Vargas. No primeirosemestre de 2005, o projeto da ECG prosseguiu com adefinição de conceitos como missão e visão. O convêniofoi assinado em junho e a aula inaugural, realizada emsetembro. A parceria entre a Escola e a FGV já rendeubons resultados: duas turmas do Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública (Cipad) com 74 alu-nos; e uma turma de mestrado com 35 alunos. Alémdessas, uma terceira turma de pós-graduação, igualmen-

te com 35 alunos, foi formada exclusivamente para fun-cionários de municípios fluminenses. Segundo o diretorda ECG, José Augusto de Assumpção Brito, esses alu-nos serão aproveitados como professores nos cursos degraduação e pós-graduação que a Escola implantará apartir de 2007. Além disso, a parceria com a FGVproporcionou a realização de estudos e pesquisas so-bre ajuste fiscal e segurança pública. Também estãosendo concluídos estudos sobre petróleo e gás natu-ral, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Edu-cação Básica (Fundeb), Sistema Único de Saúde(SUS), Plano Diretor e Estatuto das Cidades.Na aula inaugural da ECG, realizada em 21 de setembrode 2005 no auditório do edifício-sede do Tribunal, opresidente do TCE-RJ, José Graciosa, destacou o pa-pel da Escola, criada nos moldes de uma escola degoverno, e dirigida ao aprimoramento e criação de ins-trumentos necessários ao exercício constitucional docontrole externo. A aula foi assistida por cerca de 900pessoas da capital e de seis municípios-pólo do esta-do do Rio de Janeiro: Niterói, Petrópolis, Resende,Itaperuna, Macaé e Campos

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29DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

A inauguração da sede da Es-cola de Contas e Gestão mar-ca uma nova fase da institui-ção de ensino criada pelo Tri-bunal de Contas. A programação doevento teve início com palestras e encontrosno novo prédio-anexo. A Semana do Conheci-mento – ECG, compromisso com a sociedade,discutiu, dentre outras questões importantesda administração municipal, o Plano Diretor dascidades. No mesmo dia, o 1º Encontro sobrea Implementação do Plano Diretor nos Municí-pios Fluminenses foi aberto pelo conselheiroJosé Graciosa e pelo presidente da FundaçãoGetulio Vargas (FGV), professor Carlos IvanSimonsen Leal. Graciosa destacou a importân-cia da Semana do Conhecimento e a relevân-cia do tema, chamando a atenção para o fatoda cidade do Rio de Janeiro ainda não ter efe-tivado seu Plano Diretor.

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30 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Professores da Uerje UFRJ defendem

uma gestão urbanademocrática

80% dos brasileiros vivem osproblemas gerados pela

urbanização desordenada

Oitenta e um por cento dos quase 180 milhões de brasileirosvivem em cidades. São aproximadamente 140 milhões depessoas vivendo os problemas gerados pela urbanização ace-lerada e sem planejamento adequado que o Brasil atraves-sou desde a segunda metade do século passado. As linhasbásicas para o enfrentamento desses problemas,estabelecidas pela Constituição de 1988, foram exploradaspor Nilson Furtado, em sua palestra no painel “O Plano Dire-tor e o Orçamento Municipal”, no 1º Encontro sobre aImplementação do Plano Diretor nos Municípios Fluminenses,no segundo dia de atividades da Semana do Conhecimento.

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31DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Itens da despesaselecionados para corte

Nilson Furtado (foto ao lado) disse que o Esta-tuto das Cidades, de 2001, transformou emnormas para a ação do poder público as linhasbásicas estabelecidas pela Constituição. Comisso, os municípios passaram a ter instrumen-tos para garantir o pleno desenvolvimento dasfunções da cidade e da propriedade urbana.O professor da ECG Guilherme Albuquerqueabordou as questões relacionadas ao Plano Di-retor, Orçamento Público e Avaliação de Re-sultados. Ele afirmou que "a ação governamental

só tem sentido se realizada com base nas demandas concretas dapopulação em temas como saúde, educação, segurança e saneamen-to, buscando permanentemente a solução dos problemas, o que vaise traduzir em melhoria da qualidade de vida do cidadão".Guilherme Albuquerque destacou que a legislação determina quea população deve ser informada, em linguagem acessível, sobretodo o processo envolvendo a elaboração do Plano Diretor, tendoampla participação nas audiências, estudos, propostas e resulta-do dos debates.Além do presidente do TCE-RJ, compuseram a mesa de abertura osecretário-geral de Planejamento do TCE-RJ, Horácio Amaral, o dire-tor da ECG, José Augusto de Assumpção Brito, a secretária-geral deControle Externo, Maria Luiza Bulcão Burrowes, e o secretário-geraldas Sessões, Mauro Henrique da Silva.Juntamente com Nilson Furtado – procurador do Estado do Rio deJaneiro e mestre em Direito pela UERJ – participaram do painel Gui-lherme Albuquerque – do corpo docente da ECG-TCE-RJ – e a che-fe de gabinete da Presidência do TCE, Verônica Madureira, quefoi a mediadora.

Plano Diretor e Estatuto dasCidades nasceram da lutapela redemocratização

"A lei é resultado de um processo. O Estatuto dasCidades, o Plano Diretor, toda a legislação oriun-da da Constituição de 1988 tem origem na lutapela redemocratização, na participação da socie-dade organizada, numa emenda popular". Assim aurbanista Maria de Fátima Tardim Costa, mestreem Direito das Cidades pela UERJ, abriu sua pa-lestra no 2º Painel, realizado na manhã do dia 28de novembro. Com o tema “O Plano Diretor e osInstrumentos de Atuação do Poder Público”, opainel teve como mediador Sérgio Paulo VieiraVillaça, do TCE-RJ, e contou também com o ar-quiteto Fabrício de Oliveira, doutor em Planejamen-to Urbano e Regional pela UFRJ, que destacou o

Estatuto das Cidades como indutor do desenvol-vimento. Fátima Tardim aprofundou temas já le-vantados no painel anterior, que tratou do PlanoDiretor e do Orçamento Municipal, e abordouquestões como o direito à cidade, a função socialda propriedade, a distribuição justa dos ônus ebenefícios da urbanização e a gestão urbana de-mocrática. Dirigindo-se particularmente aos par-ticipantes de municípios do interior do estado,ela lembrou que, a exemplo da Constituição Fe-deral, também a do estado do Rio de Janeiro, emseu artigo 229, estabelece as condições para quea sociedade busque a efetivação da gestão de-mocrática das cidades.

A ação governa-mental só tem

sentido se realiza-da com base nasdemandas concre-tas da populaçãoem temas comosaúde, educação,segurança e sane-

amento (...)

Guilherme Albuquerque (TCE)

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32 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

"A garantiada participa-ção popularnão é favor.É um dever",

afirmou Fátima Tardim(foto ao lado). A profes-sora disse também que aparticipação dos diversossetores da sociedade no

processo de elaboração do Plano Diretor pode gerar umapactuação, mas nunca um consenso, na medida em quesempre haverá conflito de interesses.O professor Fabrício Oliveira (ao lado) ressaltou, no casodos municípios, que o papel previsto para o poder públi-co no Estatuto das Cidades é de elemento de indução dodesenvolvimento urbano. Para Fabrício, o processo deconstrução do Estatuto das Cidades gerou uma fragilida-de dessa legislação, que leva a uma necessária adapta-

ção quando de sua aplicação aos pequenos agrupamentosurbanos. Em sua opinião, o Estatuto foi elaborado pormoradores dos grandes centros. "Tanto os integrantes dosmovimentos sociais, quanto os parlamentares e os especi-alistas que discutiram o tema são em geral habitantes decidades grandes. Por causadisso, a aplicação do Esta-tuto nas pequenas cidadesdeve ser bem pensada antesde ser colocada em prática",afirmou.Ele disse que uma das mui-tas conseqüências positivasdo Estatuto das Cidades foia ressurreição dos planosdiretores. "Naquele momen-to, fruto da visão de globalização que se passou a ter, emque as cidades tinham que competir umas com as outras,só se falava em Plano Estratégico. Muita gente ganhou atébastante dinheiro com isso" afirmou Fabrício de Oliveira.

O painel so-bre “O PlanoDiretor e aInfra-Estrutu-ra Urbana” teve

como debatedores o mes-tre em Planejamento deTransportes pela COPPE/UFRJ Jorge L. F. Borges(ao lado) e o mestre em

Urbanismo pela UFRJ e professor do CREA-RJ CanagéVilhena. Atuou como mediador do encontro Jean Marcel deFaria Novo, do TCE-RJ.Na primeira palestra, Jorge Barros destacou que osplanejadores urbanos devem dar atenção aos possíveisimpactos causados por novos empreendimentos na vidadas pessoas. A esse respeito, o conceito de desenvolvi-mento deve ser repensado em três aspectos: sociais, eco-nômicos e ambientais, para que a implantação dos empre-endimentos seja adequada em relação à capacidade de infra-estrutura instalada. Essa capacidade somente pode seravaliada a partir de dados confiáveis sobre os municípios.

Na segunda palestra, Canagé Vilhena (abaixo) disse queo governo deve se antecipar ao mercado na definiçãode áreas de expansão urbana, de duas maneiras: exer-cendo regulamentação urbanística; e oferecendo infra-estrutura adequada para assegurar a qualidade de vidada população local. O planejamento urbano voltado aum desenvolvimento com qualidade de vida cria condi-ções para que as cidades cumpram suas funções soci-ais, atendendo a maior parte da população.O mediador Jean Marcelencerrou o painel lem-brando a vocaçãomultidisciplinar do plane-jamento urbano, quandoo planejador deixa de sero único autor do plano epassa a ser um dosinterlocutores de um pro-cesso de negociação en-tre diversos atores, como:poder público municipal; movimentos populares; con-selhos municipais; entidades de classe; e representan-tes de setores da iniciativa privada. "Todos devem par-ticipar", afirmou Jean Marcel.

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33DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Gestão Social encerra ciclo depalestras sobre Plano Diretor

O quarto e último painel do 1º Encontro sobre a Implementação do Plano Diretornos Municípios Fluminenses, realizado no dia 28, discutiu “O Plano Diretor e aGestão Social”, tendo como debatedores o doutor em Engenharia de Produ-ção da UFRJ e professor da FGV Fernando Tenório e o coordenador de pós-graduação da UFF Wilson Moreira. Fátima Cristina Lourenço, do TCE-RJ, atuoucomo mediadora.Fernando Tenório afirmou que a liberdade é a questão central da gestão social, quecomeça com a atitude de um indivíduo perante outro. Para ele, a atividade decontrole externo deve ser exercida como um instrumento de cidadania, e não vistaapenas como uma ferramenta gerencial. "Controle é igual à cidadania, que, por suavez, é igual à liberdade", afirmou Tenório. Segundo ele, a sociedade deseja que asquestões sociais sejam resolvidas. Para isso, ela, a sociedade, está se envolvendocada vez mais, por meio de audiências públicas, por exemplo. "Quando a ECGrealiza um estudo, uma pesquisa, e divulga seus resultados, ela está promovendoa cidadania", disse Tenório.Na segunda palestra, Wilson Moreira afirmou que o novo modelo propõe a figurado prefeito gestor, voltado para discussão de um Plano Diretor participativo, ape-sar de alguns administradores públicos ainda não adotarem essa visão. “Nem sem-pre o poder público está atento às mudanças. Mas existem administradores sensí-veis”, disse Moreira. Segundo ele, é preciso questionar e monitorar, constante-mente, as decisões postas em prática. “A idéia de gestão domina”, afirma Moreira.Mas para dar resultado o trabalho deverá ser feito em grupo e permanentemente.Além disso, as novas propostas mudam o conceito de propriedade privada e pode-rão gerar conflitos. Para minimizar esses efeitos, deve-se aproveitar e fortalecer osmecanismos existentes em cada lugar, como, por exemplo, associação de morado-res, e ampliar a discussão. “É um grande desafio”, assinalou Moreira.

Quando a Escolade Contas e Ges-tão do TCE-RJ

realiza um estudoe divulga seusresultados, ela

está promovendoa cidadania

Fernando Tenório

33DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

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34 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Na aula inaugural do Curso Intensivode Pós-Graduação em AdministraçãoPública (Cipad) para servidores muni-cipais, no dia 29 de novembro, noauditório do Espaço CulturalHumberto Braga, a professora Regi-na Pacheco, da Fundação GetulioVargas de São Paulo e ex-presidenteda Escola Nacional de AdministraçãoPública, falou sobre a importância dasescolas de governo na administraçãopública. Regina enfatizou a necessi-dade do servidor ter clareza da mis-são de sua organização e competên-cia não só para traçar as estratégiasnecessárias, mas também para omonitoramento e avaliação do traba-lho desenvolvido.Segundo ela – que se definiu comouma militante esperançosa na eleva-ção da qualidade dos serviços pres-tados pelos funcionários públicos àsociedade – essa melhoria de quali-dade exige o envolvimento das pes-

soas, a mobilizaçãodas energias e umavisão do conjunto devalores, com a difu-são da idéia de quesempre é possívelmelhorar o serviçoprestado aos contri-buintes, sem altera-ção de recursos hu-manos ou financeiros."Nós não temos mais o direito de di-zer que precisamos de mais recursos.Esse é um sinal dos tempos. Nuncamais vamos ter um crescimento de re-cursos no setor público", disse Regi-na Pacheco.A professora afirmou que diante daspressões crescentes a que o setorpúblico vem sendo submetido, comnovas demandas e temas como asquestões da 3ª idade, da criança, damulher, do jovem, etc., é necessáriauma mudança de comportamento e de

cultura por parte dos servidores pú-blicos. Disse também que o cidadãohoje é muito bem informado, o queleva a opinião pública a ser mais vigi-lante. Para Regina, a reversão da ima-gem negativa é um dos maiores de-safios para os servidores públicos."Quando se fala em serviço públi-co, pensa-se em lentidão, falta decompromisso, corrupção", disseela. Diante desse quadro, defendeuque uma escola de governo deveentender a capacitação como inves-timento do Estado. Mais que umdireito do servidor, deve estar sem-pre vinculada ao interesse do ser-viço público.Regina Pacheco lembrou ainda umapolêmica que sempre surge quandose fala em escola de governo: a opo-sição entre autonomia e alinhamentocom as políticas de governo. Defen-sora do alinhamento, disse que, porisso, os quadros devem ser formadospara a continuidade e não para a mu-dança. "A escola de governo deveformar quadros de apoio aos atuaisdirigentes e não futuros quadros diri-gentes", disse ela, lembrando que aformação de novos quadros dirigen-tes é uma herança da escola france-sa, que continuaria nos influencian-do até hoje.

Escolas de governo elevam aqualidade dos serviços públicos

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35DEZEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

O presidente José Graciosa afirmou que a escolha do ministro GamaFilho para dar nome ao prêmio destinado pela Escola de Contas eGestão a trabalhos elaborados por funcionários do TCE e dosjurisdicionados foi feita não apenas para comemorar o centenáriode seu nascimento, mas também para homenagear seu compromis-so com a educação e sua militância no serviço público, como inte-grante e presidente do TCE. A filha do ministro Gama Filho, LeaPrado Ferreira da Gama, representou a família do homenageado.Graciosa falou de sua satisfação com o sucesso da ECG e do con-vênio celebrado com a Fundação Getulio Vargas. Dizendo ter certe-za de que os trabalhos premiados seriam úteis não só para o TCEmas também para os jurisdicionados, acrescentou que é precisoque os servidores públicos tenham sempre liberdade e incentivopara evoluir. Os três primeiros colocados foram: Luis FernandoValverde Salandia, da prefeitura municipal de Niterói, com o traba-lho intitulado Da Intenção à Ação: desafios na busca por uma justadistribuição dos ônus e benefícios do processo de urbanização dacidade e do Plano Diretor; e os servidores do TCE-RJ LeonardoBraga de Vicenzi, com o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor: ocaso da cidade do Rio de Janeiro e Ricardo Luis França, com oPlano Diretor como Instrumento de Controle Social.

1º PRÊMIO MINISTRO GAMA FILHO

Em cerimônia reali-zada no Salão No-bre do edifício-ane-xo Sergio FranklinQuintella, o TCE-RJ lançou as Edi-ções da ECG. Osprimeiros títulosapresentados fo-

ram a revista Síntese e o livro Direito e Tri-bunal de Contas, do professor e funcio-nário aposentado do Tribunal Carlos Ra-mos de Barros. A revista Síntese substituia antiga Revista do TCE-RJ, que totalmentereformulada, com trabalhos técnicos dos in-tegrantes da Comissão de Estudos e Pes-quisa da ECG e decisões do Plenário sobreas mais diversas situações de aplicaçãode recursos públicos.

ECG lançanova linha depublicações

Certificados e destaque do anoO último dia da Semana do Conhecimento ficou por conta da entre-ga dos certificados aos representantes das prefeituras e câmarasque mais se destacaram como elo entre seus respectivos órgãos e aECG. Também receberam certificados os coordenadores e docentesque atuaram na ECG em 2006. Foi conferido o destaque do ano acinco prefeituras e cinco câmaras pela indicação do maior númerode servidores, em termos proporcionais, aos cursos do ProgramaAnual de Formação e Capacitação. A semana foi encerrada com aapresentação do Coral do TCE. Na foto, o conselheiro José Maurí-cio de Lima Nolasco entrega a Silo Duarte o certificado de coorde-nador do curso de Avaliador de Imóveis na Administração Públicaministrado para jurisdicionados.

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36 DEZEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

CULTUR

A

36 OUTUBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Elba Ramalho encerrou a Semana da Cultura e daCidadania em alto estilo. Na primeira parte doshow, standards do forró e do xote precederam asmúsicas do seu novo disco. Segundo Elba, essedisco será uma resposta acústica à onda eletrônicaque esconde a harmonia. Elba também enveredoupela política, momento em que fez uma defesa daecologia, elogiando Al Gore e atacando GeorgeBush. Na última parte do show, Elba Ramalhocantou Zé Ramalho, samba clássico, músicas deChico Buarque e Luiz Gonzaga, com excelenteacompanhamento de Toninho Ferragutti (acordeon),Marcos Arcanjo (guitarra e baixo) e Anjo Carlos(bateria e percussão). O novo espaço cultural doTCE, com auditório e sala de exposições, destina-se também à realização de eventos técnicos,seminários e palestras.

O brilho de Elba Ramalhono primeiro show do Espaço

Cultural Humberto Braga