24

OUTUBRO/NOVEMBRO 2011 JORNAL DA APAFERJ - … · 2 JORNAL DA APAFERJ - OUTUBRO/NOVEMBRO 2011 Márcio Alemany Presidente MENSAGEM DO PRESIDENTE O ano de 2011 que chega ao fim propiciou

Embed Size (px)

Citation preview

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 1OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org2 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Márcio AlemanyPresidente

MENSAGEM DO PRESIDENTE

O ano de 2011que chega aofim propiciou

reflexões epreparativos paraadotarmos novasestratégias para nossaação no ano novo,pelo menos. Aspalavras de ordemcontinuarão sendo“unidos venceremos”e “não vamos nosdispersar”. Temoscerteza de que oânimo de todos é omelhor possível e quepermanecemosinflamados para aséria e fundamentalluta para a conquistada PEC nº 443. Asnotícias que chegaminformam que aAJUFE pretendeparalisar poradvertência. Por certo

a idéia nos alcançará, jáque estamos comnossos subsídios emplena e rápidadefasagem e a distânciaque nos aproximava doMinistério PúblicoFederal está ficandocada vez maior.Subsiste o grande riscode perdemos novamenteparte de nossocontingente em novoconcurso, minguandonossos quadros,atingindo osindispensáveis serviçosde nossa eficienteAdvocacia Pública. Jádissemos de outra feitaque a mesa denegociação criada nãofoi concebida para quenela tomassem assentoos Advogados Públicos.Devemos, por todocomportamento ético,estarmos sempre ao

lado de nosso único eimportante cliente que éo Ministro-Chefe daAGU, que semprerepresentará porcompetência a UniãoFederal. Os AdvogadosPúblicos Brasileirosnão devem negociarsuas pretensõesremuneratórias comterceiros que nãodetenham essa outorga.Como ficamos quandoem todos os episódiosdesse trato recebem oexame e asmanifestações jurídicaspróprias da Advocaciade Estado? Não passampelo crivo da AdvocaciaPública que defende osinteresses do Estado?Iremos cuidar damajoração de nossospróprios subsídios?Nosso Ministro não équem deveria cuidar

Tempos de Espera,de Luto e de Euforia

desse assuntodiretamente com oGoverno, excluindo-nosdessa mesa denegociação que podenos deixar em situaçõesaéticas? Dentre tantosoutros motivos e razõesé que buscamos a rápidaaprovação da PEC nº443. Afinal nãorealizamos as funçõesessenciais à Justiça?TEMPO DE LUTO: Aperda de RicardoBuarque Franco Netodeixou-nos num vazio,numa tristeza sem fim.Nosso saudoso Decanocontinuaráinsubstituível e todoslembraremos de suaimportância naconstrução de nossaAdvocacia Pública deimportância e de relevona defesa dos interessesdo Estado e da

Cidadania. Ricardonos ensinou comoaplicar a prudência ea determinação.Ricardo Vive.TEMPO DEEUFORIA: ARealização do XIIConpaf em Natal-RN,no período de 7 a 11de novembro de2011, foi mais umaprova da força e dapujança da nossaANPAF e da nossaAPAFERJ. Sempreregistramos osConpafs como omaior evento denossa AdvocaciaPública. RogérioFilomeno Machado esua brilhanteDiretoriademonstraram essaforça. ParabénsANPAF!

Expressões curiosas na Língua PortuguesaO PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent dePaul D‘Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nomeAngel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, queassim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via.Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgiãoque arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e noVaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que nãoquis ver.

ANDA À TOA:Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio queestá à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que oreboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO:Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmentese dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando,astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 3OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Ney MachadoProcurador Federal, Prof. daUFF e Membro do IAB.

Após apromulgação daCarta Política de

1988 o País iniciou umprocesso deredemocratização,restabelecendo asliberdades democráticas,através da inclusão dosdireitos fundamentais.

Registre-se, que odireito tem um conjuntode normas voltadas paraa segurança jurídica,muitas com matrizconstitucional.

Com efeito, existe umconjunto de conceitos,princípios e, porconseguinte, regrasdecorrentes do Estado

Democrático de Direito, como objetivo precípuo depromover a segurançajurídica.

Subentende-se comosegurança jurídica a garantiadada através de princípios eregras para o cumprimentode uma garantia disposta noordenamento jurídico, pois ésabido que tais princípios enormas, como apontado, sãoeficazes em grau variado,sendo seus efeitos sociais dereal importância àsrealidades sociais.

É sabido e corriqueiroque o direito tem suadinâmica ancorada,amparada como fato socialàs realidades e necessidadessociais, não se podendoconceber que as relaçõessociais pudessemdesenvolver-se sem qualquerregra superior capaz deproteger, amparar apenasumas das partes ou do

próprio Estado.Dessa forma, sem

qualquer dúvida, incerteza ouhesitação, os autoresdistinguem um princípiofundamental que existe aregular em grau superior asrelações, trata-se, assim, doprincípio da segurançajurídica, isto é, o respeito,acatamento das normas edos fundamentosconstitucionais.

Vale realçar a lição dePimenta Bueno:

“Por isso mesmo quea sociedade deve possuiruma segurança quedemonstre a proteçãodos direitos consagradosde natureza fácil, pronta eimparcial. Por issomesmo exerce influênciasobre a ordem e porconsequência os destinossociais”.Nesse sentido, ergue-se

com a segurança jurídicaancorada nos reais valores e

A Advocacia-Geral da União(AGU) impediu o pagamentoindevido de indenização por danosmorais pelo Instituto Nacional doSeguro Social (INSS), por supostostranstornos na implantação dobenefício de aposentadoria porinvalidez.

A Procuradoria Federal noEstado de Minas Gerais (PF/MG) ea Procuradoria FederalEspecializada junto ao INSS (PFE/INSS) demonstraram que não há

razão para o pagamento de danomoral neste caso. O acordo para opagamento do benefício foi firmadono Juízo da 31ª Vara do JuizadoEspecial Federal em Belo Horizonte,e o atraso no pagamento ocorreuapenas por questões burocráticas.

Além disso, a autora da ação nãoapresentou à Justiça quais foram osdanos sofridos nos três meses deatraso na implantação daaposentadoria, como concordou a33ª Vara Federal, ao julgar a ação.

“O dano moral que pretende secomprovar é decorrência lógica daocorrência de um fato ilícito eabusivo; como o caso de demoraexcessiva e recusa de um órgão acumprir uma decisão judicial, quenão restou comprovado pela parteautora no caso em análise. Destaforma, não vislumbro a existência dodano à moral. O fato da parte autoraalegar o mero atraso naimplementação do benefício, não ésuficiente para caracterizar

Procuradores evitam condenação do INSS por dano moralpor suposto atraso na implementação de benefício

constrangimento indenizável, poisausente qualquer fator externo queabale, de forma incomum, a honra daparte autora ou sua integridadepsíquica”, alertou a decisão.

Para a Procuradoria Federal noEstado de Minas Gerais a decisão érelevante, pois “desestimula umanova avalanche de ações defen-dendo tal tese, que poderia assober-bar o órgão e comprometer a atua-ção da Procuradoria na defesa dasentidades públicas representadas”.

A Segurança Jurídica como CláusulaPétrea do Estado Democrático de Direito

aspirações da sociedade.Por sua vez, Theophilo

Cavalcanti Filho enfatiza:“A certeza do direito é

portanto fundamental aohomem porque lhepermite saber o quepoderá esperar para asua segurança no planojurídico”Infere-se, pois, que a

Constituição de 1988preconiza como projeto daNação a segurança jurídicacomo cláusula pétrea, pilardo Estado Democrático deDireito, no sentido deassegurar o exercício dosdireitos sociais e individuais,a liberdade, a segurança, obem estar, odesenvolvimento, a igualdadee a Justiça como valoressupremos de uma sociedadefraterna, pluralista e sempreconceitos, fundada naharmonia social.

Por derradeiro, assinale-se sem qualquer divagação,

que compete aosprincípios e regras afinalidade em estabelecera verdadeira segurançacomo o maior valorsoberano da dignidadehumana (III, art.1º).

Por tal entendimentoo Professor CarlosRoberto Siqueira Castroafirma:

“Numa expressãomais simples pode-seafirmar que o EstadoConstitucionalDemocrático daatualidade é umEstado de aberturaconstitucionalradicado no princípiode liberdade, dadignidade do serhumano comonecessário asegurança jurídica nasrelações”.Concluo, pois, que a

segurança jurídica é mãedo direito.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org4 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Não cabeoriginariamente aoSupremo Tribunal

Federal (STF) julgar umlitígio entre um Estadoestrangeiro e um municípiobrasileiro. Esse é oentendimento do ministroCelso de Mello, decano daSuprema Corte, ao analisar aReclamação (Rcl) 10920,ajuizada pelo governo doParaguai contra decisõesjudiciais que beneficiaram omunicípio de Foz de Iguaçu,no Paraná.

Na reclamação, ogoverno paraguaio pedepara ser reconhecido comoparte interessada em seisações judiciais envolvendo acobrança de impostos aempresas prestadoras deserviços à Usina de Itaipu,alegando ofensa à sua

soberania, por se tratar deuma empresa binacional.

Ao analisar opedido, inicialmente, oministro observou que dasseis ações tributárias emtramitação nas esferasjudiciárias reclamadas, emapenas quatro delas omunicípio de Foz de Iguaçu“figura como únicaentidade política daFederação Brasileira aintegrar a relaçãoprocessual instaurada emcada uma daquelasdemandas judiciais”.

Em caráterpreliminar, o ministro Celsode Mello ponderou que ogoverno paraguaio subme-teu-se voluntariamente à ju-risdição do Supremo Tribu-nal Federal, “o que permiteafastar, no presente caso, o

exame da delicada questãopertinente à imunidade dejurisdição dos Estadossoberanos”, afirmou oministro, em sua decisão.

Assim, na avaliaçãodo ministro, não há previsãono artigo 102, I, “e”, daConstituição Federal quantoà competência para julgar olitígio entre Estadoestrangeiro ou organismointernacional e municípiobrasileiro, mas somentecontra a União, estado,Distrito Federal ou território.

Segundo o ministroCelso de Mello, no caso dedisputa judicial entre Estadoestrangeiro ou organismointernacional e municípiobrasileiro, a competênciapara julgar cabe à JustiçaFederal de primeirainstância, conforme

estabelece o artigo 109,inciso II, da ConstituiçãoFederal.

Ao lembrarjurisprudência da Corte, oministro afirmou que “oSupremo Tribunal Federaltem advertido não seincluir, em suacompetência, o poder parajulgar, em sede originária,litígios que, envolvendomunicípios, não seajustarem à previsãoconstante do art. 102, I, ‘e’,da Constituição”.

Depois de constatarque o STF não temcompetência originária parajulgar reclamação contradecisões proferidas poroutras instâncias, em quatrodas seis ações tributáriasenvolvendo Itaipu, o ministropassou a analisar o pedido

de liminar das duas açõesremanescentes.

O ministro explicouque os dois casos, referentesa apelações cíveis emtramitação no TribunalRegional Federal da 4ªRegião (TRF-4), jáchegaram à Suprema Corte.O primeiro deles referenteao RE 637300, sob arelatoria do próprio ministroCelso de Mello e que não foiconhecido. O segundo casotrata de decisão contestadatambém por meio de recursoextraordinário, que teveseguimento negado naorigem e com agravo deinstrumento desprovido peloSupremo. “Sendo assim, eem face das razõesexpostas, indefiro o pedidode medida cautelar”,decidiu o ministro.

O ministro Celso deMello, do SupremoTribunal Federal

(STF), deferiu liminar naReclamação (RCL) 12282,para assegurar ao advogadoMarcos Daniel Amaro Vieirao direito à prisão domiciliaraté o trânsito em julgado desua condenação, tendo emvista que a Secretaria daAdministração Penitenciáriado estado de São Paulo nãodispõe de “sala de Estado-Maior” (espaço sem gradese com comodidades desegurança e higiene) nasunidades da Polícia Militarpaulista.

De acordo com oministro Celso de Mello,essa prerrogativa legal temsido garantida pelo STFdesde antes da Lei nº

10.258/2001, que alterou odispositivo do Código deProcesso Penal (CPP) quetrata da prisão especial. A leidispõe que a prisão especialconsiste exclusivamente norecolhimento em localdistinto da prisão comum.Não havendoestabelecimento específicopara o preso especial, ele

será recolhido em celadistinta do mesmo local.

A reclamação foiproposta contra ato do juizda 1ª Vara de ExecuçõesCriminais de Taubaté (SP),sob alegação de desrespeitoao decidido na Adin 1127.Nesta ação, o STF declarousubsistente o inciso V do art.7º do Estatuto daAdvocacia, em face dasuperveniente edição da Leinº 10.258/2001. O ministrodestacou que caberá ao juizda comarca determinar asnormas de vigilância e deconduta do advogado,ficando o magistradotambém autorizado asuspender o benefício, casohaja eventual abuso porparte de Marcos DanielAmaro Vieira.

STF não julga ação entre Estado e município

Ministro defere prisão domiciliar a advogado

Ministro do STF Celso de Mello

A cobrança de cotascondominiaisprescreve em cinco

anos, a partir do vencimentode cada parcela. Esse foi oentendimento da TerceiraTurma do Superior Tribunalde Justiça, ao considerar queos débitos condominiais sãodívida líquida constante deinstrumento particular e oprazo prescricional aplicávelé o estabelecido pelo artigo206 do Código Civil de2002.

A relatora dorecurso, ministra NancyAndrighi, observou que sãonecessários dois requisitospara que a pretensão sesubmeta ao prazo de cincoanos: dívida líquida e definidaem instrumento privado oupúblico. “A expressão

Dívidas prescrevem em 5 anos

‘dívida líquida’ deve sercompreendida comoobrigação certa, comprestação determinada. Jáo conceito de ‘instrumento’deve ser interpretado como‘documento formado pararegistra um dever jurídicode prestação’”.

Ministra Nancy Andrighi.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 5OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Allan SoaresProcurador Federal

I

Não me recordode quemescreveu, mas

guardo bem o conteúdodo que foi dito a propó-sito do uso do poder. Oautor do texto entendiaque, sob a pressão dosocialismo, os liberaisiam, pouco a pouco, seincorporando aos quedefendiam um Estadoforte. À época, as duasinstituições mais pode-rosas no mundo – socia-lismo e liberalismo –,cada uma a seu modo,iam-se tornando nocivasà vida devido ao excessode poder que lesava,progressivamente, omundo civilizado. Aoconcluir tal análise, ofilósofo registrava que aessência do Estado nãoera o domínio de seuscidadãos, mas ser orepositório de forças doscidadãos e que, num paíscivilizado, as medidasque onerassem seushabitantes só poderiamser aplicadas de acordocom regras prévia eamplamente discutidaspor todos e, só então,transformadas em lei.

Essas consideraçõessão a propósito da pres-são para se criar mais umtributo, com o hábil títulode Contribuição Social à

Saúde, que, de fato, é umanova CPMF que, por certo,se irá eternizar. Nãoadiantaria, por exemplo,isentarem os que ganham atédeterminada faixa salarial,porque, na verdade, todosresponderão por essetributo, já que viria embutidonos respectivos preços eserviços. A diferença é queos afetados diretamenteserão duplamente atingidos.A tradição, que não é sóneste País, é os assalariadospagarem para ter direitos ebenefícios, cujo gozo futurotem sempre pesado ônus,além de às vezes serdificultado com novos pré-requisitos.

Li uma carta na seçãoSeus Direitos do jornalEstado de São Paulo, querelata o drama de umporteiro de prédio, EdílsonPeroni Leonildo, que, comcâncer no reto, passou poruma cirurgia em maio/2010,tendo feito quimioterapia.Após análise de períciaoficial, passou a receberbenefício por incapacidade.Mesmo tendo,permanentemente, de usarbolsa externa para drenagemde fezes, sem condições

evidentes de retorno aotrabalho, em 04/05/11, operito o considerou apto.Feito o pedido dereconsideração, foi o mesmoindeferido um mês depois,tendo o porteiro de retornarao trabalho. É óbvio oconstrangimento por quepassa, pois os moradoressequer compartilham oelevador com ele. Médicosdo Controle Médico deSaúde Ocupacional e doHospital da UNICAMPconfirmaram que ele nãotinha condições de trabalho.

Em resposta, e nessamesma matéria, a Assessoriado INSS-SP sugeriu que elefizesse um recurso em 30dias e, caso seu problema seagravasse, deveriaprotocolar outro pedido deauxílio-doença,apresentando laudos eexames. Em sequência, oautor da carta informou queo porteiro se sentia muitofraco e passava mal notrabalho. O jornal Estado deSão Paulo submeteu aquestão ao Dr. Josué Rios,advogado e colunista doJornal da Tarde que, emindignada apreciação,concluiu ser absurdo reenviar

ao trabalho alguém nascondições acima citadas eque ele deveria recorrer àJustiça para obter o retornodo benefício e o direito aosexames e perícias quegarantissem a permanênciado auxílio. Por fim, sugeriudenúncia às Entidades deDefesa dos DireitosHumanos e ao ConselhoFederal de Medicina, parainvestigação da conduta éticado perito responsável. Issoconsta dessa mesma matériapublicada no jornal Estadode S. Paulo. Aguarda-se, arespeito, a decisão final.

Outra constatação queevidencia a desnecessidadede se criar esse tributo paraa Saúde foi o aumento daarrecadação federal, quecresceu, até agora, R$84,3bilhões, ante o mesmoperíodo no ano passado,sendo que a área de Saúdefoi a que menos recebeu, sóficando com 2% daarrecadação, de acordo como publicado no jornal OGlobo, em 06/10/11, p.23.

Essas questões nãojustificam uma reflexãomaior, antes que sejaefetivado um novo imposto?

II

Ainda não comprei olivro, mas li umapequena resenha de

“Os Cantos Perdidos daOdisseia” e entrevista de seuautor, Zachary Mason(Sabático, S3, em 01/10/11). Narra a volta deUlisses, após 20 anos deausência, à sua cidade Ítaca,quando encontra sua amadae fiel Penélope que, matrona,

com rugas e cabelosbrancos, já estava comoutro companheiro, umpouco envelhecido epesado, em nada seassemelhando ao forte,bravo e ardiloso herói deTroia. Na mitologia, pararegressar à sua Cidade,Ulisses enfrentoutempestades, resistiu aosencantos de Circe e dassereias, além de desceraos infernos paraconsultar a alma deTirésias sobre o seudestino.

Nessa modernaOdisseia, o Autor, ementrevista, diz que, hoje, oequivalente ao heróihomérico seria um dessesatletas ricos, fisicamentesuperiores e vazios, queandam por aí. Precisamosde heróis? Conclui oAutor: Não no terrenomilitar, mas sim no campodas ciências e das artes.

Observo, porém, que,neste século XXI, ossimilares de Ulisses nãoprecisam, necessaria-mente, ser atletas ricos evazios. Basta um poucode fama, demagogia, “ha-bilidade” e marketingcompetentes. Com isso,nem precisam descer aosinfernos para consultar ooráculo sobre seusdestinos.

ANÔNIMOS E HERÓIS“Como conheço o único caminhoverdadeiro até a solução definitiva dosproblemas sociais, sei como conduzira caravana humana, e já que vocêignora o que sei, não lhe é permitidoter a liberdade de escolha, mesmodentro dos limites mais estritos.”(Isaiah Berlin – Limites da Utopia – p.24,Cia das Letras)

Ulisses e as sereias, de HerbertJames Draper, de 1909

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org6 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Invade-me a alma nestefim de ano de 2011, aalegria profunda, não só

de rever a insubstituívelCidade Maravilhosa, comocomparecer a esse reduto degrandiosidade da naturezapara, privando doaconchego especial de tantosnomes de vulto daJurisprudência e daAssociação dosProcuradores Federais noEstado do Rio de Janeiro(APAFERJ), receber umaoutorga que além, de muitohonrosa, trás no seu bojo osignificado da expressãosimbólica maior dereconhecimento a umsergipano que jamaisprocurou desmerecer olegado de sergipanidade ecarinho que norteou enorteia o espírito da nossagente cordial e hospitaleira.Desde o primeiro instante,ao tomar conhecimentogratulatório por parte dadistinção facultada peloespírito de generosidade e

abnegação a toda prova deDr. Marcio Araujo deAlemany, folguei de júbilo eemoção. E aqui estou,diletos colegas deProcuradoria, expressivasautoridades que atenderamao convite de solidariedadecristã e festiva para acomunhão natalina de 2011que agora vive o limiar demeio caminho andado parao seu desfecho final.Concomitantemente aminha alegria ambivalentese faz enriquecedora peloauge em grandeza de umahonraria recebida comopoucas das quais privei aolongo da minha vida.Presidente Dr. MarcioAraujo de Alemany,eminente condutor daAPAFERJ, demaisprestigiadores desseencontro sublime deafetividade, e eivado desubstancia no seu âmago desentido espiritual. Reiterarsempre o alcance dessahomenagem e por demais

agradável à minha formaçãoacadêmica, como de lente,pesquisador da historia,estudioso de causas sociais,culturais e humanistas, masenfatizo de bom grado queessa medalha que hoje vaiintegrar o elenco dehonrarias do meu acervoparticular e familiar setornará mais estimada ereputada de importânciatranscendental ao passar dotempo, convivendo de igualpara igual com outros trunfosdo mérito desse humildecultor do direito, que nuncahaverá de descurar da suaconduta retilínea num

comportamento ético deuma personalidade voltadapara a Justiça, oengrandecimento social donosso País, priorizandotodo um quadro derealizações e operosidadeda classe dos procuradoresfederais não só do Rio deJaneiro, como em outrosforos da nacionalidade.Penitencio-me em posturanão só de agradecimento,mas em nível de umaexpectativa fundamentaldiante desse tributo que medeixa bastante orgulhoso porser um filho de Sergipe, e umbrasileiro do nordeste,contemplado com umaoutorga desse jaez, isso mefará sempre maisresponsável e dedicado aocumprimento do dever econdução da justiça paraque possamos vibrar poruma sociedade melhor e umanação mais rica depropósitos e de projetos, euma civilização nos trópicosque cada vez se robusteça

O Tribunal Regionaldo Trabalho da 1ªRegião (TRT-RJ)

suspendeu todos os pra-zos processuais compr-eendidos no período de12 de dezembro de 2011até 13 de janeiro de 2012.Com a decisão, todos osadvogados da JustiçaTrabalhista fluminensegozarão de férias peloprazo de 35 dias corridos.

De acordo com a

categoria. “O importante éque o princípio foi con-templado. Os advogados,profissionais liberais, não têmum período de férias regu-lamentadas e por isso estaconquista é importante”. Elereforçou que a associaçãocontinuará defendendo aproposta de férias regula-mentares para os advo-gados, com a suspensão dosprazos processuais, semaudiências e nem julga-

mentos. “É um passo decada vez, mas, sem dú-vida, esta decisão nos dáfôlego para o recesso de2012”.

A medida, cons-tante do Ato nº 73/2011,foi assinada pela desem-bargadora Maria deLourdes Sallaberry, pre-sidente do TRT-RJ, e pu-blicada no Diário Oficialdo estado no dia 6 deoutubro.

Discurso de Agradecimentono cenário das Américas eno âmbito internacional.Resta-nos não nos alongarmais e dizer ao Presidenteanfitrião Dr. Marcio Araujode Alemany que levarei paraa minha terra com lagrimasnos olhos a saudade do Riode Janeiro onde passei parteda minha vida privando doconvívio dos cariocas eagora em voltando saiogratificado e honrado poressa manifestação que medeixa à cavalheiro paraenfatizar com a maiorsinceridade que a APAFERJsempre haverá de contarcom o meu concurso deamizade e colaboração paraum futuro mais áureo edinamizador das suasatividades tão destacadas epreponderantes, cujos ecosressoam pelo Brasil afora.

Muito obrigado, muitoobrigado, muito obrigado.

Givaldo Rosa DiasProcurador Federal e

Presidente da APAF/SE.

Advogados trabalhista terão férias prolongadas

Lei Federal nº 5.010/1966,o recesso em todo o PoderJudiciário já estava previstopara o período de 20 dedezembro até 6 de janeiro.No entanto, o tribunal con-siderou, em parte, o requeri-mento apresentado pela As-sociação Carioca dos Ad-vogados Trabalhistas (Acat)e acabou por estender asuspensão temporária desuas atividades por maiscinco dias, o que permitirá à

categoria o total de 35 diasde férias. Nesse prazo estãoincluídos sábados edomingos – dias em quenormalmente a Justiça doTrabalho não funciona.

Para José LuisCampos Xavier, presidenteda Acat, embora o requeridoinicialmente (recesso de 20de dezembro até 20 dejaneiro) não tenha sidoalcançado, a decisãorepresenta uma vitória para a

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 7OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação daAPAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .

PENSAMENTPENSAMENTPENSAMENTPENSAMENTPENSAMENTOOOOO

CONPAFDia 7 de novembro,aconteceu na cidade deNatal –RN, a solenidadede abertura do XII Con-gresso Nacional dos Pro-curadores Federais e doXIII Curso Especial deAdvocacia Publica de Es-tado. O encerramentoocorreu no dia 11 de no-vembro com a palestraproferida pelo Procura-dor-Geral Federal, Dr.Marcelo de SiqueiraFreitas sobre o tema:“Procuradoria-GeralFederal, Desafios, Es-truturas e Políticas Pú-blicas”. Estivemos pre-sentes. Está de parabénso presidente da ANPAFDr. Rogério FilomenoMachado e toda comis-são organizadora pelaexelência do trabalho.

MARCHA CONTRAA CORRUPÇÃO

A APAFERJ, represen-tada por diretores, par-ticipou da marcha contraa corrupção, que aconte-ceu na praia de Copaca-bana. O evento contoucom a presença de mem-bros de diversos seg-mentos da sociedade civildo Rio de Janeiro. Entreas reivindicações dosmanifestantes: a Lei daFicha Limpa para aseleições de 2012 e o fimdo voto secreto nas vo-tações do Congresso.

MONOGRAFIAEncontram-se abertas asinscrições para o IV Con-curso de Monografias, pro-movido pela Escola da Ad-vocacia-Geral da União. Otema escolhido pelos organi-zadores do concurso esteano foi “AGU 18 ANOS” eos trabalhos poderão serentregues até o dia 02 dedezembro de 2011. Maioresinformações pelo sitewww.agu.gov.br/escola.

AGU NA OEAO Fórum Nacional pretendefirmar Convênio internacionalcom a Organização dos Es-tados Americanos (OEA),objetivando promover inter-câmbio para que membrosda Advocacia Pública pos-sam estagiar naquele Orga-

nismo Internacional. A maté-ria foi tratada na sede daANPPREV, com represen-tantes da Comissão JurídicaInteramericana e Comissãointeramericana de DireitosHumanos. Vamos aguardar.

FESTA NATALINAA Diretoria da APAFERJ jácomeçou os preparativospara sua festa natalina, queeste ano será realizada nodia 1º de Dezembro no res-taurante Real Astória, naPraia de Botafogo e maisuma vez contará com a pre-sença da Orquestra Pingos& Gotas, para animar a nos-sa confraternização. Maiores

cesso de cumprimento dedecisões. Maiores infor-mações pelo sitewww.saraivajur.com.br

BLOQUEIO DEVERBA

A AGU conseguiu, na Jus-tiça, bloquear R$ 124,8 mildas contas da UniversoServiços e Assessoria Em-presarial Ltda. O bloqueiodestina-se ao pagamentodos salários dos emprega-dos da empresa e queprestam serviços àANEEL.Tal fato se deveu aatuação da ProcuradoriaRegional Federal da 1ªRegião junto a supracitadaAgencia Reguladora deEnergia Elétrica.

III SEMINÁRIO DEDIREITO NUCLEAR

Aconteceu no dia 25 deoutubro o III Semináriode Regulação e DireitoNuclear, que será realiza-do no Minascentro – Av.Augusto de Lima, 785 –Lurdes - Belo Horizonte/MG. O evento está sendoorganizado pela Escola daAdvocacia-Geral da U-nião e tem como públicoalvo: Advogados da U-nião, Procuradores Fe-derais, Assistentes Jurí-dicos, ocupantes de cargode direção e assesso-ramento e Servidores daAGU. Maioresinformações pelo site:[email protected]

“Tudo que somos é oresultado de nossospensamentos”

Buda

Homenagem feita ao Vice-Presidente da APAFERJ, Dr.Rosemiro Robinson durante o XII CONPAF, pelo trabalhorealizado em prol da Carreira do Advogado Público.

VARANDA

Local que desfrutamosDo mundo lá foraOlhando pessoasPássaros e flores

Onde sentimosMomentos felizesSonhos perdidosE a vida passar

Local privilegiadoDos beijos douradosQuantos amoresNos faz recordar

Dos desafiosA alegria de sonharQue da sacadaChegamos a alcançar

A. Gama

detalhes serão fornecidos atodos os nossos Associadosatravés do nosso Portal dainternet e correspondênciaencaminhada pela DiretoriaSocial. Não deixem de com-parecer e tragam seus fami-liares, pois a festa é nossa.

LANÇAMENTO“Dissolução de Sociedades”de autoria de Paulo SérgioRestiffe, publicado pela edi-tora Saraiva, analisa os prin-cípios da dissolução de so-ciedades e tratados. Consi-derações feitas a partir doCódigo Civil de 2002, comdestaque da Lei nº 11.232/2005, que instituiu o pro-

MomentoLiterário

Flash

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org8 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

José Salvador IorioProcurador Federal

Que conseqüência trará, ao meioambiente, essa

explosão demográfica.Hoje somos sete bi-lhões, em 2050 seremosde oito a nove bilhões, eno fim do século dezbilhões ou mais.Suportará o Planeta esseaumento populacionalcontínuo? Quais asalternativas a adotar parasatisfazer as necessidadesbásicas desses bilhões deseres humanos, semprovocar uma maiordegradação ambiental,neste já combalidomundo? A natureza suportaráo crescente aumento delixo e dejetos humanos,por força desseprogressivo aumentopopulacional? O homem,terá consciência de queprecisará de rever suaforma de se relacionar econviver com o meioambiente, pois se não ofizer, estará pondo emrisco o seu próprio existir? Sérias são as mu-danças climáticas, cau-sadas pela desatençãoambiental. O EfeitoEstufa decorrente dosgases como o GEElançados na atmosfera,

Desmatamento Zero - Recuperar para Não Destruirafetando também a camadade ozônio. O aquecimentoglobal é uma realidade. Ospaíses do primeiro mundo,principais causadores dessasalterações, relutam emadotar meditas para solucio-nar essa agressão ambiental. As Florestas diminuema cada dia. Milhões de hec-tares de matas já deixaramde existir, face as motosser-ras, pela ação predatória dohomem as incendiando, nouso das correntes emconjunto com as bolas deferro que tudo arrasa na suapassagem, os agrotóxicosque contaminam o solo erios, a destruição das matasciliares, que tiram a defesanatural dos rios. Os pesqueiros, com altatecnologia de ponta, apura eaumenta sua eficiência, oque lhes permitem resultadossempre certos e cada vezmaiores. As redes dearrastão indo ao fundo,causam danos a sua fauna.Nossos mares, assim, porforça dessa pescapredatória, vão deixandopara traz a ideia de seremfonte inesgotável dealimento, uma vez que,algumas espécies já estãorareando. Outra agressão ambi-ental, se dá na exploraçãodo petróleo, cujos lençóisficam nas camadas mais pro-fundas dos Oceanos. Vaza-mentos ocorrem, tanto nasplataformas como no seutransporte, formando gran-des manchas de óleo, quese estendem por centenasde km. Alcançando o lito-ral, o ecossistema é atingido

de forma brutal, por vezesirreverssível, a exigir longoperíodo para se recompor,assim mesmo, com ajudahumana. O Jornal ‘OGLOBO’, em 15-11-2011,às FLS 24-Caderno Eco-nômico, fala do vazamentode petróleo, na plataformada empresa ‘Chevrom’,cuja mancha de óleo jáestá em 163 Km2, acidenteocorrido no Campo de Fra-de, na Bacia de Campos. Ocombustível fóssil é um dosmaiores causadores da a-gressão ambiental. Substituirpelo combustível Biodegra-dável é a visão do futuro . O lixo que hoje já éoutra das preocupaçõesambientais, exigirá umaatenção muito maior nofuturo. Dele fazem parte osplásticos, papéis, madeiras,sucatas metálicas, matériaorgânica, e outros. Muitosdesses resíduos necessitarãode dezenas ou centenas deanos para se decompor. Areciclagem há de ser feita,como uma das soluções aser adotada. Os AterrosSanitários, face o crescenteaumento do lixo, esgota suacapacidade rapidamente.Essas áreas ao serem fe-chadas, terão de ficar emrepouso durante algumasdezenas de anos, parapermitir que ocorra a suadecomposição. Não ob-servando esse cuidado, sevierem a usar o local,poderáacontecer como em SãoPaulo, que construindosobre uma dessas áreas,acarretou os problemasamplamente noticiados naimprensa. O chorume, que

provem da decomposiçãodo lixo, ao penetrar nosolo, alcançando os lençóisd’água, provocará suacontaminação o tornandoimpróprio para consumo ouuso. O lixo, se depositadoem terrenos baldios ou nasvias públicas, se arrastadospelas chuvas, entupirá ralos,bueiros, galerias, rios,agravando os efeitos dasenchentes. Sacos plásticos,levados pelas águas para osrios, lagos e baias, irão sedepositar no fundo, cau-sando danos ambientaisirreversíveis. A SOLUÇÃODOS PROBLEMAS AM-BIENTAIS QUE ESTESVEM CAUSANDO SESOLUCIONARÁ COM ARECICLAGEM. A manter-se todo essedesmando, teremos o pro-gressivo agravamentoclimático e seu crescentedesequilíbrio. Fatalmentese estará permitindo arepetição das catástrofes,que ainda estão em nossasmemórias. Mais vidasinocentes serão ceifadas,somada a destruiçõesincontroláveis do meioambiente. ACREDITONO HOMEM, NA SUARAZÃO, E POR ISSOCORRIGIRÁ A FORMADE INTERVIR NO MEIOAMBIENTE, EM PROL DEUMA CONVIVÊNCIAPACÍFICA. A Floresta Amazônicaé o maior e o mais impor-tante regulador climáticodo planeta. É a únicaFloresta remanescente epresente nos trópicos. AFloresta Amazônica

regulariza as chuvas;armazena o carbonopresente na atmos-fera; atua na defesado solo; promove oequilíbrio e defende oecossistema; Acolhe amigração das avesque periodicamente, detoda parte do planeta,se refugiam em suasmatas, rios e lagos.Após procriarem, re-tornam as origens, eassim se dá aperpetuação dasespécies. A Floresta évida; pulmõespurificadores daatmosfera; A mataciliar, é a defesa naturaldos rios, impedindo oassoreamento emantendo as águas noleito por ocasião dasenchentes. Se aFLORESTA sucumbir,quem poderá darcontinuidade por tudoque faz. POR TUDOISSO, JUSTIFICA O‘DESMATAMENTOZERO’ Não se justificaderrubar uma únicaárvore, sob alegação danecessidade de áreas deplantio. Em todas asunidades federativasdispomos de extensõesincalculáveis de terrassem uso, abandonadas,disponíveis. O Nordeste,é um desse exemplo,que tendo suas terrasrecuperadas o tornarágrande produtor de ali-mentos. Uma comprova-ção desse fato são as

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 9OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

terras do Vale do SãoFrancisco, que hojeproduzem e exportam uvase outros produtos. ASSIM,O CAMINHO É RECU-PERAR PARA NÃODESTRUIR . A CONTINUARO HOMEM COM APESCA PREDATÓRIA,COM DESMATA-MENTO INCONTRO-LÁVEL DE MILHÕESDE HECTARES DEFLORESTAS, SUAAÇÃO PREDATÓRIA,A POLUIÇÃO E DE-GRADAÇÃO AMBI-ENTAL, O EFEITOESTUFA, O AQUECI-MENTO GLOBAL QUEESTÁ DESCONGE-LANDO AS GELEIRAS,AUMENTANDO ONÍVEL DOS OCEANOS,MANTENDO OSCOMBUSTÍVEIS FÓS-SEIS EM DETRIMENTODOS BIODEGRA-DÁVEIS, OU SEJA,NADA MUDANDO, SEVERÁ OBRIGADO ACONVIVER COM OSEFEITOS DA DEGRA-DAÇÃO AMBIENTAL ECLIMÁTICA . Embora possamossentir desanimo frente atodo esses distúrbios eameaças ambientais, há queolharmos os horizontes comesperança e confiança.Medidas corretas virãotrazer a solução. Elas serãoadotadas por parte dasautoridades constituídas,tenhamos certeza disso. Está nas mãos dohomem, e da sua razão,optar pela paz climática,ou assumir as consequênciasdo seus atos nos danosambiental que continuar acausar.

PARAINGLÊS VER:A expressão surgiu porvolta de 1830, quando aInglaterra exigiu que oBrasil aprovasse leis queimpedissem o tráfico deescravos. No entanto,todos sabiam que essasleis não seriamcumpridas, assim, essasleis eram criadas apenas“pra inglês ver”. Daísurgiu o termo.

O relator do projetoque deu origem ànova Lei do

Aviso-Prévio (12.506/11),deputado Arnaldo Faria deSá (PTB-SP), afirmou queo benefício da legislaçãoque entrou em vigor, só édestinado a empregadosdemitidos sem justa causa,e não aos empregadores.Na avaliação doparlamentar, o texto da leié claro e se refere ao avisoprévio dos trabalhadores.Sendo assim, ele não teriaque pagar um aviso maiorque 30 dias. “Não há

Aviso-prévio maior beneficia trabalhador

e não o empregadordúvida de que a norma sóse aplica aosempregados”, argumentouo parlamentar.

A lei sancionadapela presidenta DilmaRousseff, publicada nodia 13 de outubro noDO da União, garanteao trabalhador com atéum ano de emprego,que for demitido semjusta causa, direito a 30dias de aviso ouindenizaçãocorrespondente. Essetempo será aumentadoem três dias a cada ano

A Advocacia-Geralda União (AGU)conseguiu uma

economia de R$ 3,8 milhõescom a redução dehonorários advocatícios emprocessos de execução deações coletivas que corremna Justiça Federal da regiãoSul. O montante se referentea recursos já apreciadoscom resultado favorável ouparcialmente favorável noprimeiro semestre de 2011.

Na defesa daUniversidade Federal do RioGrande do Sul (UFRGS),com auxílio da ProcuradoriaFederal junto à UFRGS, porexemplo, a Procuradoria-Regional Federal da 4ªRegião (PRF4) conseguiu

reverter várias decisões deprimeiro grau que fixavamhonorários em patamar de10% sobre o totalexecutado.

A Coordenação deMatéria Administrativa daProcuradoria identificou, emlevantamento inicial sobre oresultado da atuação, queem 38 recursos de Agravode Instrumento interpostospelos procuradores noTribunal Regional Federal da4ª Região (TRF4), oresultado dos julgamentoslevou a uma economia de R$3.807.190,67.

Segundo a PRF4, dentreos recursos, um se destacoupela redução de R$281.973,74. O tribunal

Procuradoria consegue economizar mais R$ 3,8milhões na redução de honorários advocatícios fixados

pela Justiça Federal na região Sul

Expressõescuriosas na

LínguaPortuguesa

concordou com osargumentos no sentido deque o processo originárioestava com “verba honoráriaexcessiva”. A redução foi de10% para 2% do valorexecutado.

“Em alguns casos, oshonorários da execução deações coletivas são fixadosem patamar excessivo,aumentando ainda mais odébito existente econtrariando as normasprocessuais sobre o tema”,explica o procurador FederalRubem Corrêa da Rosa,chefe da Divisão deGerenciamento de AtuaçãoPrioritária da PRF4.

Segundo o Procurador,a economia gerada é

importante para nãoaumentar ainda mais osdébitos das autarquiasfederais, cujo pagamentoocorrerá na via judicial,mas que depende dedotação orçamentáriaprópria para a efetivaçãodo pagamento.

As providências daProcuradoria-RegionalFederal na 4ª Região paragarantir mais economia coma redução de honoráriosadvocatícios vão continuarneste semestre, inclusivecom acompanhamentosistemáticos de recursos daAGU com esta finalidade,já apresentados ao TRF4para e pendentes deapreciação.

adicional de serviço, atéo limite de 90 dias.

Para receber trêsmeses de salário, oempregado precisa ter 20anos de contrato com aempresa. Antes,trabalhadores tinhamdireito a 30 dias de aviso,independentemente dotempo de serviço.Questionamentos levaramo Ministério do Trabalhoe a Casa Civil aestudarem edição deportaria ou instruçãonormativa para eliminar asdúvidas.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org10 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

O prazo decadencial de doisanos previsto no artigo 495do Código de Processo

Civil (CPC) para proposição deação rescisória não atinge osconsiderados absolutamenteincapazes pela legislação civil. Oentendimento é da Quarta Turmado Superior Tribunal de Justiça(STJ), ao analisar recurso em quedois autores, menores à época doajuizamento da ação, pedem queseja rediscutido pedido deindenização por danos moraiscontra uma seguradora.

A decisão unânime do STJdetermina o prosseguimento daação rescisória, que havia sidojulgada extinta pelo Tribunal deJustiça de Minas Gerais (TJ-MG)por conta da decadência. Esse tipode ação é o meio que a parte temde impugnar ação judicial játransitada em julgado, e tem comoobjetivo desconstituir a coisajulgada material. É de competênciado segundo grau de jurisdição enela se pede a anulação desentença ou acórdão, com aconsequente reapreciação domérito.

Ao analisar a rescisória, oTJ-MG entendeu que o prazo parapropositura da ação é dedecadência e não se suspende nemse interrompe, mesmo havendomenor interessado. Por isso, otribunal julgou improcedente opedido de indenização por danomoral ajuizado pelos netos emrazão da morte do avô em acidentede carro.

Segundo o relator no STJ,ministro Luis Felipe Salomão, o

entendimento do TJ-MG poderiase sustentar na vigência do CódigoCivil de 1916, quando os institutosde prescrição e decadência nãoestavam muito bem delimitados.Contudo, segundo o ministro, essainterpretação não se sustenta navigência do novo Código Civil.Isso porque o sistema revogadotrazia para a decadência o prazofatal de cinco anos. “Hoje essaperemptoriedade não se verificade forma exacerbada”, assinala oministro.

A regra geral agora é que oprazo para a propositura darescisória é de decadência, deforma que se aplica a exceçãoprevista no artigo 208 do CódigoCivil de 2002, segundo a qual osprazos decadenciais não corremcontra os absolutamente incapazes.

A Súmula 401 do STJestabelece que o prazodecadencial da ação rescisória seinicia quando não for cabívelqualquer recurso do últimopronunciamento judicial. No casoanalisado, a ação rescisória foiajuizada em fevereiro de 2008,quando os autores, nascidos em1993 e 1996, eram, ambos,absolutamente incapazes.

De acordo com o artigo 3º,do novo Código Civil, sãoabsolutamente incapazes deexercer os atos da vida civil osmenores de dezesseis anos; osque, por enfermidade oudeficiência mental, não tiverem onecessário discernimento para aprática desses atos; e os que,mesmo por causa transitória, nãopuderem exercer sua vontade.

Após sete anos de disputajudicial entre pai biológico epai de criação, a Terceira

Turma Superior Tribunal de Justiça(STJ) decidiu que o registro civil deuma menina deverá permanecer como nome do pai afetivo. Os ministrosentenderam que, no caso, a filiaçãosocioafetiva predomina sobre ovínculo biológico, pois atende omelhor interesse do menor.

A criança nasceu da relaçãoextraconjugal entre a mãe e ohomem que, mais tarde, entraria comação judicial pedindo anulação deregistro civil e declaração depaternidade. A menina foi registradapelo marido da genitora, queacreditava ser o pai biológico.Mesmo após o resultado do examede DNA, ele quis manter a relaçãode pai com a filha.

Em primeira instância, oprocesso foi extinto sem julgamentode mérito por ilegitimidade do paibiológico para propor a ação, mas ojuiz deu a ele o direito de visitaquinzenal monitorada. No julgamentoda apelação, o Tribunal de Justiça doEstado do Rio de Janeiro (TJ-RJ)determinou a alteração do registrocivil da menor, para inclusão donome do pai biológico, e excluiu apossibilidade de visitas porque issonão foi pedido pelas partes.

Seguindo o voto da ministraNancy Andrighi, relatora do recursodo pai afetivo, os ministrosreconheceram a ilegitimidade do paibiológico para propor a ação. OCódigo Civil de 2002 atribui aomarido o direito de contestar apaternidade dos filhos nascidos desua mulher e dá ao filho a

legitimidade para ajuizar ação deprova de filiação.

A relatora destacou que opróprio código abre apossibilidade de outras pessoascom interesse jurídico na questãodiscutirem autenticidade deregistro de nascimento. Segundoela, o pai biológico pode contestara veracidade de registro quandofica sabendo da existência defilho registrado em nome de outro.“Contudo, a ampliação do lequede legitimidade para pleitear aalteração no registro civil deveser avaliada à luz da conjunçãode circunstâncias”, afirmou aministra.

Analisando as peculiaridadesdo caso, a relatora constatou que opai afetivo sempre mantevecomportamento de pai na vida sociale familiar, desde a gestação até osdias atuais; agiu como pai atencioso,cuidadoso e com profundo vínculoafetivo com a menor, que hoje já éadolescente. Ele ainda manteve odesejo de garantir o vínculo paterno-filial, mesmo após saber que não erapai biológico, sem ter havidoenfraquecimento na relação com amenina.

Por outro lado, a relatoraobservou que o pai biológico, aosaber da paternidade, deixou passarmais de três anos sem manifestarinteresse afetivo pela filha, mesmosabendo que era criada por outrapessoa. A ministra considerou essetempo mais do que suficiente paraconsolidar a paternidade socioafetivacom a criança. Em decisão unânime,a Terceira Turma deu provimento aorecurso.

Prazo decadencial nãocorre contra incapazes

Pai biológico não conseguealterar certidão de menor

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 11OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Quem adquire imóvel pormeio da operação conhecidacomo contrato de gaveta,

sem a participação da CaixaEconômica Federal (CEF), não temlegitimidade para pedir em juízo arevisão das cláusulas contratuais dofinanciamento, concedido pelo bancocom recursos do Sistema Financeiroda Habitação (SFH). Com esteentendimento, a 5ª TurmaEspecializada do Tribunal RegionalFederal da Segunda Região (TRF-2)negou o pedido de um casal queajuizou ação na Justiça Federalpretendendo a revisão do contrato.A decisão foi proferida nojulgamento de apelação cívelapresentada pelo casal, contrasentença da primeira instância.

De acordo com os autos, ocontrato originário de financiamentofoi firmado em 1982. Para o relatordo caso no tribunal, desembargadorfederal Luiz Paulo da Silva AraújoFilho, não há qualquer comprovaçãode que a CEF tenha dado prévio eexpresso consentimento para que osmutuários fizessem a cessão dedireitos para terceiros, em 1988.

“A permissão para a

transferência dos direitos eobrigações decorrentes de contratode mútuo do SFH sequer existiaanteriormente à edição da Lei8.004, de 1990, que passou aadmitir tal hipótese, condicionandoa sua validade, porém, àinterveniência obrigatória dainstituição finansceira”, ressaltou.A lei dispõe sobre a transferência definanciamento do SFH.

Por fim, o magistradoexplicou que a Lei 10.150, de 2000,permite a regularização desse tipo detransferência, sem a participação daCEF, mas apenas no caso deliquidação antecipada da dívida,“não conferindo aos respectivoscessionários legitimidade parapretender a revisão do contratooriginalmente firmado ouanulação de procedimento deexecução extrajudicial”, explicou.

No contrato de gaveta, oproprietário vende o imóvelfinanciado para outra pessoa, que secompromete a pagar as prestaçõesdali em diante. A operação éconcretizada por meio de uminstrumento particular assinado pelomutuário e pelo comprador.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal decidiu que oExame da Ordem dos Advogados do Brasil é constitucional. Osministros da Corte mantiveram a obrigatoriedade da prova para

bacharéis em Direito que desejam exercer a advocacia.O STF concluiu que se a atividade jurídica for praticada por

profissional inabilitado pode trazer riscos à coletividade. Dessa forma,o exame está de acordo com a Constituição Federal, que defende ointeresse público.

Na última edição, apenas 15% dos candidatos obtiveram oregistro profissional.

Não é necessário ocomparecimento em juízo detodos os integrantes da

família para que se proceda àretificação de erros gráficos nosregistros civis dos ancestrais. Foi oque decidiu a Quarta Turma doSuperior Tribunal de Justiça (STJ).

Integrantes de uma família deorigem italiana entraram com ação naJustiça para retificar suas certidõesde nascimento e casamento emdecorrência de erro gráfico no seusobrenome, que havia sidoregistrado como Barticiotto, quandodo certo seria Bartucciotto. Pediramtambém a correção dos registros deseus ancestrais, bem como decertidões de óbito. Eles sustentavamque a falha no momento do registroimpedia a concessão da pretendidacidadania italiana.

O Ministério Público haviaopinado pelo indeferimento dopedido, por entender que a mudançacausaria desagregação nasanotações registrais brasileiras. Asentença, reconhecendo errosgráficos nos primeiros registros civisdos ancestrais, concedeu aretificação, por considerar que apretensão era legítima e razoável. Adecisão foi mantida na segundainstância.

No recurso ao STJ, oMinistério Público argumentou quehaveria necessidade da presença emjuízo de todos os integrantes dafamília para a retificação dosobrenome, “uma vez que adecisão extrapola a esfera deinteresse dos recorridos,alcançando demais herdeiros, sobpena de ruptura da cadeiafamiliar”.

O relator do caso, ministroLuis Felipe Salomão, destacou que onome civil está intimamente vinculadoà identidade da pessoa, mas suainalterabilidade é relativa. Segundo

esse entendimento, o nomeestabelecido por ocasião donascimento possui “ares dedefinitividade”, sendo suamodificação admitida somente nashipóteses determinadas em lei oureconhecidas como excepcionaispela justiça.

Depois de lembrar que adupla cidadania é um direitoassegurado pela Constituição, noscasos de reconhecimento denacionalidade originária pela leiestrangeira, o ministro disse quemuitos nomes de imigrantes sofreramalterações por ocasião de suachegada ao Brasil ou mesmo com opassar do tempo, especialmente emvirtude do desconhecimento dosidiomas de origem por parte dosserventuários dos cartórios. Citandoo artigo 57 da Lei de RegistrosPúblicos, Salomão considerou quecabe ao juiz autorizar a retificaçãodo sobrenome.

“Os recorridos pretendemencaminhar a documentaçãoexigida para a obtenção dacidadania italiana, necessitando,para tanto, do suprimento deincorreções na grafia dopatronímico, sem o que teriamobstada a sua pretensão. Eis ojusto motivo”, afirmou. Contudo,destacou o relator, a jurisprudênciado STJ determina ainda outrorequisito para a realização doprocedimento: a ausência de prejuízoa terceiros.

Para Salomão, o prejuízo aterceiros poderia ocorrer, porexemplo, se o requerente estivesserespondendo a ações civis ou penaisou se tivesse seu nome incluído emserviço de proteção ao crédito.Porém, ele observou que nem o juiznem o tribunal de segunda instância –aos quais competia analisar asprovas do processo – fizerammenção a restrições desse tipo.

Gaveteiros não podemquestionar contratos

Descendentespodem alterar nome

Exame da OAB éconstitucional, decide

Supremo Tribunal Federal

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org12 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org12 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

No XII CONPAF em Natal, a APAFERJ esteve presente na

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 13OUTUBRO/NOVEMBRO 2011 JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 13OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

a abordagem da consolidação das Políticas Públicas

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org14 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Outros momentosO XII CONPAF aconteceu entre os dias 7 E 11

de novembro, em Natal, RN,e teve como tema a“Procuradoria-Geral Federal: ajudando naconsolidação das políticas públicas”. As palestrasdiscutiram a Advocacia Pública na Consolidação dasPolíticas Públicas e na Governança do Estado, onovo Código de Processo Civil, os desafios, estruturae políticas públicas da PGF, além de outros temas.

Parte da Diretoria da APAFERJ marcoupresença no evento,o que acontece todos os nos.

Abriram o evento o presidente da ANPAF,Rogério Machado Filomeno, a senadora epresidente da Confederação Nacional daAgricultura, Kátia Abreu, e o vice-ministro daAdvocacia-Geral da União (AGU), Luís FernandoAlbuquerque Farias.

A mesa de abertura estava composta ainda pelopresidente da APAFERJ, José Márcio Alemany;representante da governadora do Estado, MiguelRosini Neto presidente da Ordem dos Advogadosdo Brasil do Rio Grande do Norte (OAB/RN),

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 15OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

do XII CONPAFPaulo Eduardo Teixeira; Juiz José Dantas de Paiva,representante da Associação dos MagistradosBrasileiro (AMB); e Procuradora-Chefe do RioGrande do Norte, Flávia Camila.

O Congresso tem como objetivo reunirassociados e operadores de Direito para umasemana de palestras e debates sobre temas dacarreira.

Após a palestra de abertura do evento, opresidenteda ANPAF, Rogério Filomenohomenageou o ex secretário-geral da ANPAF,Ricardo Buarque Franco Neto, que faleceu emsetembro. “Ricardo Buarque foi o responsável pelacriação da carreira de Procurador Federal,portanto, uma justa homenagem”, elogiou opresidente da Associação.

Na oportunidade, foram entregues as medalhasSantiago Dantas aos agraciados por atuaçãorelevante em prol da Advocacia Pública Federal,sendo o vice Presidente da APAFERJ,Dr. RosemiroRobinson Silva Júnior, um dos agraciados.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org16 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

A cobrança de mensalidades

feita por uma associação

de moradores de um

residencial no Rio de Janeiro a um

proprietário de dois lotes na área

não será concretizada. A decisão é

da Primeira Turma do Supremo

Tribunal Federal (STF), que, por

unanimidade, acompanhou o voto do

ministro Marco Aurélio Mello, dando

provimento ao Recurso

Extraordinário (RE) 432106 para

julgar improcedente a cobrança por

parte da associação. “A associação

pressupõe a vontade livre e

espontânea do cidadão em

associar-se”, disse o relator.

De acordo com os autos, a

defesa do proprietário alegou na

Justiça fluminense que a cobrança

das mensalidades feitas pela entidade

ofenderia os incisos II e XX do

artigo 5º da Constituição Federal,

por ser a entidade uma associação

civil, e não condominial. Contudo, a

Justiça fluminense afastou essas

alegações e manteve o entendimento

de que o proprietário deveria

recolher as mensalidades da

associação, por usufruir dos serviços

prestados por ela.

Inconformada, a defesa do

proprietário recorreu ao Supremo,

onde sustentou que a associação de

moradores, uma entidade civil com

participação voluntária de

associados, não poderia “compelir

(o proprietário dos lotes) a

associar-se ou impor-lhe

contribuições compulsórias”.

Inicialmente, o relator

ressaltou que o recurso foi proposto

antes de o instituto da repercussão

geral começar a valer. Sobre o

assunto, o ministro salientou que o

Tribunal de Justiça fluminense

reconheceu que a associação não é

um condomínio em edificações ou

incorporações imobiliárias regido

pela Lei nº 4.591/64. “Colho da

Constituição Federal que ninguém

está compelido a fazer ou a deixar

de fazer alguma coisa senão em

virtude de lei”, salientou o ministro

Marco Aurélio. Ele ressaltou que

esse preceito abrange a obrigação

de fazer como obrigação de dar.

“Esta, ou bem se submete à

manifestação de vontade, ou à

previsão em lei”, afirmou o relator.

O ministro considerou que a

regra do inciso XX do artigo 5º da

Constituição garante que “ninguém

poderá ser compelido a associar-

se ou a permanecer associado”.

“A garantia constitucional alcança

não só a associação sob o ângulo

formal como também tudo que

resulte desse fenômeno e,

iniludivelmente, a satisfação de

mensalidades ou de outra parcela,

seja qual for a periodicidades, à

associação pressupõe a vontade

livre e espontânea do cidadão em

associar-se”, ponderou o ministro.

O relator considerou que o

proprietário foi condenado ao

pagamento em contrariedade frontal

“a sentimento nutrido quanto à

associação e às obrigações que

dela decorreriam” para dar

provimento ao recurso e julgou

improcedente a ação de cobrança

movida pela associação.

Aaplicação de multas detransito por guarda mu-nicipais é o mais novo tema

com repercussão geral reconhecidapelo Supremo Tribunal Federal(STF), por meio do chamado Ple-nário Virtual. A matéria consta doRecurso Extraordinário (RE)637539 e, segundo seu relator,ministro Marco Aurélio Mello, otema, de índole constitucional, estáa merecer o crivo do Supremo”.

O recurso foi proposto pelomunicípio do Rio de Janeiro contradecisão do Tribunal de Justiça doestado (TJ-RJ), que considerou nãoser atribuição da Guarda Municipal aaplicação de multa de trânsito, tendoem vista o disposto no artigo 144,parágrafo 8º, da Constituição Federal.

Este dispositivo constitu-cional prevê que os municípios po-derão constituir guardas municipaisdestinadas à proteção de seus bens,serviços e instalações, conforme dis-puser a lei. Para o TJ-RJ, os muni-cípios não têm poder de polícia desegurança pública e, por conseguin-te, as autuações de trânsito lavradaspelos guardas municipais cariocassão nulas de pleno direito.

No recurso extraordinário ao

STF, o município sustenta que o se-gurança e a fiscalização do trânsitoincluem-se no chamado “interesseslocal”, previsto no artigo 30, incisoI, da Constituição. O dispositivoprevê que “compete aos muni-cípios legislar sobre assuntos deinteresse local”.

O município enfatiza tambéma importância do pronunciamento doSTF sobre a questão nos âmbitossocial, político e jurídico, “haja vistaestar em jogo a autonomia muni-cipal e a possibilidade de desauto-rizar-se a polícia de trânsito local e,com isso, permitir-se a impunidadede um sem-número de motoristas”.

Para o ministro Marco Au-rélio, a questão debatida neste re-curso extrapola seus limites. “Está-se diante de controvérsia a envol-ver a Constituição Federal, cum-prindo ao Supremo definir o al-cance que lhe é próprio. Vale notara circunstância de a atuação daGuarda Municipal no trânsito ex-travasar os interesses do municípiodo Rio de Janeiro, alcançando tan-tos outros que a mantêm na ativi-dade”, afirmou o relator. O recursoextraordinário ainda não tem datapara ser julgado.

STF nega cobrançade mensalidade

STF julgará multasaplicadas por guardas

Expressões curiosasna Língua Portuguesa

RASGAR SEDA:A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra

pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos

Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de

sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar

exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do

rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 17OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

existir quando todos os setoresexercem a liberdade de expressão e oEstado tem que saber lidar com isso.

O Advogado-Geral ressaltou quena AGU existe a Câmara deConciliação e Arbitragem daAdministração Federal (CCAF) queserve para solucionar problemasentre órgãos da administração, aUnião, estados e municípios,

Em alguns casos, há váriosinteresses concorrentes e legítimossobre direitos de quilombolas, índios

e órgãos públicos, por exemplo.Nesses casos, a Advocacia-Geralrespeita a liberdade de cada um pararequerer seu direito, mas buscaencontrar a liberdade que permeiatodos os direitos dos envolvidos,para solucionar a questão. Dentrodesse universo, a segurança jurídicase dá por meio do diálogo econsenso entre as partes.

ConferênciaA conferência vai até a próxima

quinta-feira (24/11), no Expounimed,localizado na Rua Professor PedroViriato Parigot de Souza, 5300,Campo Comprido.

O tema central é Liberdade,Democracia e Meio Ambiente. Oobjetivo é incentivar discussões emotivar os advogados e a sociedadea debater os desafios na área.

Também serão abordadosassuntos como a democratização doacesso à Justiça; as deficiências dasgrades curriculares; a precariedadedos laboratórios de pesquisa; abanalização do diploma; além daevolução das ferramentastecnológicas e o consequenteimpacto nos processos, audiências eensino à distância.

O Advogado-Geral da União,ministro Luís Inácio LucenaAdams, afirmou na

segunda-feira (21/11), que aAdministração Pública conta comsetores voltados para atender osinteresses dos cidadãos.

Esses órgãos têm legitimidadepara planejar políticas públicas,executar projetos e monitoraratividades, dentre outras ações,voltadas para garantir a liberdade e obem estar das pessoas.

Adams representou a PresidentaDilma Roussef na abertura da, XXIConferência Nacional dosAdvogados em Curitiba (PR), ondeparticipou do painel “PolíticasPúblicas, Segurança Jurídica eLiberdade”.

Durante a apresentação, oAdvogado-Geral lembrou que aConstituição Federal (CF) de 1988criou direitos que anteriormente nãoexistiam e, para garanti-los, oscidadãos acionam a Justiça quando énecessário. Essa liberdade, portanto,foi assegurada pela CF e o cidadãorequer os seus direitos quando hálesão.

Segundo o ministro, naAdministração Pública não é

diferente. O Estado assim como asociedade é multifacetado e, dentrodele, há diversos setores querepresentam os cidadãos.

Como todos os interessados têma liberdade de lutar pelos seusdireitos legais e, muitas vezes, osinteresses entre esses órgãos sãodiferentes, ocorre a judicialização.

ConciliaçãoAdams observou que,

naturalmente, os conflitos passam a

Adams destaca importância das políticas públicas eda segurança jurídica para o exercício da cidadaniadurante XXI Conferência Nacional dos Advogados

Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams

A Advocacia-Geral daUnião (AGU) impediu, naJustiça, o pagamento indevidode horas extras e horas noturnaspelo Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos RecursosNaturais (Ibama), aosassociados do Sindicato dosServidores Federais do Rio

Grande do Sul (Sindserf).A Procuradoria Regional

Federal da 4ª Região (PRF4)e Procuradoria FederalEspecializada junto aoinstituto (PFE/Ibama)argumentaram que além daação não apresentar osdocumentos necessários ao

seu ajuizamento, comoautorização de cadaassociado para propor ademanda, as horas extras nãogeram direito adquirido.

Os procuradores federaissustentaram, também, que osservidores públicos do Ibamautilizam a jornada de trabalho

compensatória das horasexcedentes - prática muitocomum no serviço público,embora não esteja aindaregulamentada.

O sindicato entrou comação contra o Ibama,alegando que os substituídosocupam os cargos de Analista

Administrativo e TécnicoAmbiental e que paracumprirem suas funçõesviajavam com frequência erealizavam horas extras ejornadas noturnas. A Justiça,no entanto, deu razão à AGUe extinguiu a ação, sem aresolução de mérito.

Procuradorias evitam condenação do Ibama ao pagamentoindevido de horas extras para filiados do Sindserf

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org18 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Aniversariantes cortam o bolo

Outubro

Dr. Carlos Alberto Mambrini, Dr. Francisco Carlos Calmone senhora.

Dr. Francisco Calmone Dr. José Franco Correa

fotos: Ruano Carneiro

Dra. Léa, Dr. Francisco Caalmon, Dra. Auxiliadora e Dr. Otácio ouvem a saudação.

A Noite dos

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 19OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Dr. Albertino Gregório e a esposa Sra. Silvia H. Ribeiro, fazem um brinde.

Novembro

Aniversariantes

Dr. Albertino Gregório é condecorado por sua esposa, Sra. Silvia H. Ribeiro.

Dra Joana D’Arc Tenório apaga a velado bolo. O Dr. Albertino Gregório segue o exemplo e também apaga a vela.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org20 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 21OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2011

Ao Ilmo. Sr.Dr. Sizenando Azevedo FaroDD Presidente da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, Secçãode SergipeTravessa Benjamin Constant nº 98 – TérreoAracajú/SE – Cep 49010-110

Prezado Dr. Sizenando,

Preliminarmente, cumpre-me agradecer a gentil iniciativa de V.Sª,remetendo-me a “Trajetória bélica da Força ExpedicionáriaBrasileira-FEB, no território italiano, por ocasião da 2ª GuerraMundial”, matéria que ocupa a minha área de interesse, não apenaspor ser 2º Tenente R-2 do Exército Brasileiro, como também porqueum tio meu, irmão da minha saudosa mãe, General Floriano Fontoura,esteve na FEB, durante o referido conflito, á época Tenente, e me relatouimpressionantes momentos que viveu na terra de Leonardo da Vinci,enriquecendo o meu acervo vital.

No mérito, consignarei no Jornal da APAFERJ a sua mensagem efico à disposição de V.Sª para prestar a colaboração que estiver aomeu alcance, por entender que as homenagens aos ex-combatentesjamais serão demasiadas, levando-se em conta a gloriosa atuaçãodesenvolvida no solo italiano, enfrentando, com destemor e eficácia, asaguerridas tropas alemãs, contribuindo, de maneira efetiva, para a vitóriada Democracia.

Atenciosamente,

Rosemiro Robinson Silva JuniorVice-Presidente

Correspondências

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org22 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

D I R E T O R I APRESIDENTEJosé Marcio Araujo de AlemanyVICE-PRESIDENTERosemiro Robinson Silva JuniorDIRETOR ADMINISTRATIVOMiguel Carlos Melgaço PaschoalDIRETOR ADMINISTRATIVOADJUNTOMaria Auxiliadora CalixtoDIRETOR FINANCEIROFernando Ferreira de MelloDIRETOR FINANCEIRO ADJUNTODudley de Barros Barreto FilhoDIRETOR JURÍDICOHélio ArrudaDIRETOR CULTURALCarlos Alberto MambriniDIRETOR DE COMUNICAÇÃOAntonio Carlos Calmon N. daGamaDIRETOR DE PATRIMÔNIORosa Maria Rodrigues MottaDIRETOR SOCIALGracemil Antonio dos Santos

CONSELHODELIBERATIVO NATOS:

1. WAGNER CALVALCANTI DEALBUQUERQUE2. ROSEMIRO ROBINSON SILVAJUNIOR3. HUGO FERNANDESTITULARES:1. FRANCISCO PEDALINOCOSTA

A P A F E R JRua Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP: 20031-010

Centro - Rio de Janeiro - Sede Própriae-mail: [email protected]

portal: www.apaferj.org.brTel/Fax: (21)2532-0747 / 2240-2420 / 2524-6729

Jornal da APAFERJEditor Responsável: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, Carlos Alberto Mambrini,Fernando Ferreira de Mello, Miguel Carlos Paschoal, RosemiroRobinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanyEditoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: Monitor MercantilTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita.Os artigos assinados

são de exclusiva responsabilidade dos autores

2. LUIZ CARLOS DE ARAUJO3. ALLAM CHERÉM SOARES4. FERNANDO CARNEIRO5. EMYGDIO LOPES BEZERRANETTO6. EDSON DE PAULA E SILVA7.SYLVIO MAURICIOFERNANDES8. TOMAZ JOSÉ DE SOUZA9. SYLVIO TAVARES FERREIRA10. MARIA DE LOURDESCALDEIRA11. MARILIA RUAS12. NEWTON JANOTE FILHO13. CELINA DE SOUZA LIRA14. JOSÉ PIRES DE SÁSUPLENTES:1. IVONE SÁ CHAVES2. MARIA LUCIA DOS SANTOS DESOUZA3. PETRÓNIO LIMA CORDEIRO4. ALZIRA MATOS OLIVEIRA DASILVA5. GERALDO GOMES DA SILVA

CONSELHO FISCALTITULARES:

1. JOSÉ CARLOS DAMAS2. EUNICE RUBIM DE MOURA3. WALDYR TAVARES FERREIRASUPLENTES:1. JOSÉ RUBENS RAYOL LOPES2. MARIA CONCEIÇÃO FERREIRADE MEDEIROS3. CARLOS CAVALCANTI DE A.RAMOS

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,desde que citadas as fontes.

Durante o transcurso do XIICONPAF realizado naCidade de Natal/RN, várias

homenagens foram prestadas adiversas personalidades pelostrabalhos em prol da AdvocaciaPública.

Dentre os homenageados um éespecial para a APAFERJ, o Vice-Presidente Dr. Rosemiro RobinsonSilva Junior foi merecidamenteagraciado com a MEDALHASANTIAGO DANTAS, mercê doseu trabalho e dedicação à causa daAdvocacia Pública.

O ano de 2011 foi fértil emrealizações e justas homenagens aoDr. Robinson. No mês de agosto,durante o lançamento do 2º volumedo seu livro “CONTOSPATERNOS estórias que meupai me contou – II”, Dr. Robinsonrecebeu de sua filha Advogada ecientista social Lúcia Helena, aMEDALHA THEMISTOCLESCAVALCANTI.

Agora em novembro durante oXII CONPAF, o Dr. RosemiroRobinson é mais uma vezhomenageado, desta vez com aMEDALHA SANTIAGO

DANTAS, que lhe foi entregue peloPresidente da APAFERJ, Dr.Marcio Alemany.

Tudo conspirou a favor destahomenagem, que se realizou naCidade de Natal/RN, a Cidade queé o berço que viu crescer ohomenageado.

É também o Rio Grande doNorte o Estado de origem dos seuspais, o Desembargador RosemiroRobinson Silva e a ProfessoraMaria Laura Fontoura Silva, que sevivos estivessem, aplaudiriam ovitorioso e querido filho.

A outorga da MEDALHASANTIAGO DANTAS, foi pormerecimento e escolha unanime dosPresidentes da ANPAF Dr. RogérioFilomeno Machado, da APAFERJDr. Marcio Alemany e respectivasDiretorias.

Dr. Robinson merece todos oselogios e admiração, e a APAFERJdeve muito do seu destaque nocenário jurídico, à cultura e aoconhecimento geral deste ilustrenordestino.

Dr. Rosemiro Robinson SilvaJunior é um vencedor – porquenada supera a inteligência.

Dr. Rosemiro RobinsonRecebe a MedalhaSantiago Dantas

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org 23OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

ANIVERSARIANTES novembroANIVERSARIANTES outubro

01 Job Eduardo da Paixão -

INSS

01 Valdson Rangel Alecrim-

AGU

02 David Polmon - INSS

02 Maria de Lacerda Vargas-

M. Saúde

04 Cleto Delgado de Souza

Filho- AGU

04 Ney Vianna Fernandes

Machado- INSS

05 Vanderlei Correa Pereira-

MPAS

06 Eunice dos Santos Vieira-

INPI

06 Lair Martins da Silva - INSS

06 Maria da Conceição Moura

Silva - AGU

06 Maria do Socorro Lemos -

C.P.II

06 Waldyr Tavares Ferreira -

MPAS

08 Francisca Alves de Souza

Gomes - AGU

09 Eliane da Silva Rouvier -

AGU

10 Maria de Fátima de Araújo

Dias - FRP

12 Eliana Cordeiro Maria -

INMETRO

12 Orlando de Oliveira - UFF

12 Solange de Campos F. da

Cunha - FIOCRUZ

14 Marta Aparecida Rocha -

INMETRO

14 Sonia Mª. da Silveira T. de

Mello - INSS

15 Ayrton Sá Pinto de Paiva -

CNEN

15 Jussara Ferreira da Silva

Lopes - IPHAN

17 Lêda Martins Cardoso -

INSS

18 Marisa de Carvalho

Menezes - INCRA

19 Marilea de Souza

Mendonça - INSS

20 Helnor Valdetaro P.

Coutinho - UFF

20 Lygia Câmara de A. E

Silva - INSS

20 Vera Lucia Gomes de

Almeida - AGU

22 Celias Rodrigues de

Andrade - INSS

23 Luiz Carlos Guimarães -

INSS

24 Alberto Sergio O. de

Menezes - INSS

25 Albertino Gregório - INSS

27 Djalmo Luiz Cardoso

Tinoco - AGU

27 Maria Lygia Abrahão de

Carvalho - INSS

28 Aimar Portugal Garcia -

INSS

28 Iza Lia Lemos Munhoz -

AGU

28 Vilma Carvalho Sodré -

INCRA

29 Uilton José de Alvarenga -

INCRA

01 Francisca Silva RosasGomes - UFRJ01 Mauro Cabral Teixeira -AGU02 Antonio Trajano L. R. daSilva - M. Faz03 Herval da Silva França - INSS03 José Torres de Medeiros- INSS03 Valério Nunes Vieira- AGU04 Doris Amorim Dias - INSS04 Onilo da Silva - INSS05 Joana D’arc Tenório - INSS06 José Carlos Machado -INSS08 Perla Kupfer - INSS11 Guilherme Baldan C. dosSantos - AGU11 Otacio Bispo F. deAndrade - UFRRJ12 Suely Cotta C. de Oliveira- CNEN13 Frederico TeixeiraBarbosa- AGU15 Reynaldo Francisco Môra -AGU16 Jonathas Jesuino da Silva- UFRJ16 Marly de Figueiredo T.Paranhos - INSS17 Teresa Angélica Follador -INCRA18 Arinaldo dos Santos - INSS18 Otto Victor de Brito - INSS20 Manoel Fortunato R.deAzevedo - INCRA20 Pedro Pereira dos Santos- M. Transp21 Jesy Barbosa Rangel - M.Saúde21 Marcello TeixeiraBittencourt - AGU21 Natan Antonio de Souza -AGU21 Vicente Sergio Mannarino- M. Faz22 Dalmo Cruz Silva - INSS

22 Francisco Carlos C. N. daGama - INSS22 Gerson Paulo Sammartino- FNS22 Solange Santiago Reis -SUSEP23 Abigail de Castro CarvalhoRosa - INCRA23 Luci Romano VillelaTeixeira - MPAS24 Antonio Carlos C. CarvalhoSá - M. Saúde24 Francisco Pedalino Costa- M. Faz24 Lilian de Paula da Silva -AGU24 Manuel de Jesus Soares -CBIA24 Rosa Virginia C. deCarvalho - AGU25 Ana Lucia da Rocha - AGU25 Lucy da Costa Araujo -INSS26 Francisco Augusto Ramos-EMBRATUR26 Leila Rocancourt B. Martins- INSS26 Roberto Osman GomesAguiar - AGU27 Léa Pontes CastelloBranco - AGU27 Luiz Carlos de Araujo - Dep.P. Fed.27 Ney Madeira - INSS28 Walkiria Cordeiro Gerk -MPAS29 Augusto Gonçalves da S.Neto - AGU29 Heloisa Fernandes London- INSS29 João Rodrigues Itaboray-M. Justiça29 Maria Helena WoiskyFalcão - EMBRATUR30 Maria Auxiliadora Calixto -MPAS30 Vilma Freitas de M.Marcondes - AGU

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org24 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

PEÇO A PALAVRA

Rosemiro Robinson S. JuniorVice-Presidente

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org24 OUTUBRO/NOVEMBRO 2011

Reiteradas vezestenho procla-mado aos

quatro ventos a minhaprofunda e incondi-cional admiração pelaliteratura greco-roma-na, não me aventurandoa ingressar noutroscampos do conheci-mento, por completa einarredável inaptidão,se bem que, perfuncto-riamente, já escrevisobre Arquimedes eEuclides, o primeirose destacando na Físicae na Matemática, e osegundo na Geometria,homens que, entre ou-tros, iluminaram aGrécia Antiga e, mercêde sua genialidade,seus feitos atravessa-ram os séculos, dei-xando-nos em totalperplexidade, porquan-to, à época, inexistiamcalculadoras eletrôni-cas, computadores,gravadores, máquinasimpressoras etc., o quenão impediu o magní-fico triunfo dessasmentes privilegiadas.

Contudo, lendo arevista VEJA nº 48,deparei-me com sur-preendente matéria, da

lavra do Jornalista RafaelCorrêa, que, de maneiraobjetiva e didática, abordaa descoberta de artefatoarqueológico da GréciaAntiga, ocorrida em1900, quando mergulha-dores resgataram do marum ancestral do Compu-tador, posto que o Meca-nismo de Anticítera, com-posto de cerca de trintaengrenagens de bronzefeitas a mão, além derepresentar mecanica-mente a órbita da Lua e deoutros planetas do siste-ma solar, possibilitava aosastrônomos da época aprevisão da ocorrência deeclipses com anos de an-tecedência e estabelecera posição do Sol, da Lua edos planetas, o que eraobtido em poucas horas.

Segundo o cientistaStephen Johnston, da Uni-versidade de Oxford: “acomplexidade do apare-lho supera a dos reló-gios, que só iriam apa-recer nas catedrais me-dievais 1000 anos maistarde”. Se isso não bas-tasse, informa a matériaque o cientista inglêsDerek Price, do fim dosanos 50 ao começo dos70, examinou minuciosa-

mente o dispositivo,usando técnicas de raiosX e, depois, raios gama,concluindo que o apare-lho era bem mais do queum calendário lunar esolar, o que, posterior-mente, foi ratificado porconsagrados cientistas,entre eles Reviel Netz,professor da Universi-dade de Stanford, nosEstados Unidos.

No final do seu peque-no mas impressionantetexto, assim se expressaRafael Corrêa: “Se aspesquisas prosseguiremnesse ritmo, a tecnolo-gia passará a figurarjunto do humanismo noextraordinário legadoda civilização grega”.Concordo plenamentecom essas assertivas e, apar disso, aumentou paro-xisticamente o índice deadmiração que dedicavaàs antigas civilizações,especialmente a helênica,fonte inesgotável desabedoria.

Voltando aos dias dehoje, recordo que escrevium estudo intitulado:“Não há Presente semPassado”, que pode soaracaciano para alguns, masé uma verdade de clareza

meridiana, servindo paraensinar àqueles que sejulgam superiores que, hácerca de dois milênios, jáse cogitava da construçãode um Computador, nãose devendo fazer abstra-ção de que muitos in-ventos de Arquimedes e,bem depois dele, deLeonardo Da Vinci, nãoforam fabricados por faltade instrumentos técnicosadequados, restando, noentanto, os arrojados pro-jetos que encantam os es-tudiosos dos dois Gêniosda Humanidade.

A lição é também ab-solutamente válida paraos jovens que iniciamuma carreira, na presun-ção de que tudo sabem etachando de dinossaurosos que estão em idadeprovecta, afastados dasatividades que desem-penharam com eficácia,entusiasmo e dedicação,construindo a Doutrina ea Jurisprudência essen-ciais à correta interpre-tação das Leis, efetuandopesquisas que possibi-litam o avanço tecnoló-gico e realizando experi-ências que sedimentarãonovas conquistas cientí-ficas, ou seja, a Ciência,em qualquer campo doconhecimento humano, éfruto de longa e exaustivacaminhada, prenhe de sa-crifício, abnegação e co-ragem, em que os maisvelhos pavimentam asestradas que os mais

novos percorrerão.A exemplo da Ci-

ência, as Entidades As-sociativas também ad-quirem credibilidade erespeito através de anosde luta incessante, supe-rando decepções e cele-brando êxitos, alimenta-das pelo idealismo da-queles que as integram,quer dirigindo, quer co-laborando, todos acre-ditando na vitória, semrecuar, sem desistir esem medo, sendo em-blemática dessas afir-mativas a nossa gloriosaAPAFERJ que, no dia 2de dezembro comple-tará três décadas defundação, data que nãose perderá na poeira dotempo, enquanto ti-vermos vida, na certezade que um dia possa-mos entregar aos nos-sos sucessores a Casado Procurador Federal,sempre iluminada eacolhedora, onde con-tinuarão sendo realiza-das proveitosas reuni-ões, ocorrerão acalo-rados debates e serãopromovidas homena-gens aos seus constru-tores e consolidadores,sob a égide do lemaimortal que a Françanos legou: Liberdade,Igualdade e Fra-ternidade.

FELIZ NATALE PRÓSPEROANO NOVO

O MECANISMO DE ANTICÍTERA

Scientia maximum vitae decus

“A ciência é o maior ornamento

da vida.”