p Boletim 2013 Internet PDF p 51315

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  • ISSN 1517 1159

    B O L E T I ME P I D E M I O L G I C O

    HIV AIDS

    Braslia - 2013

    Ano II - n 01 at semana epidemiolgica 26 - dezembro de 2013

  • 2013. Ministrio da Sade permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

    Expediente

    Boletim Epidemiolgico - Aids e DSTAno II - n 1 - at semana epidemiolgica 26 - dezembro de 2013

    ISSN: 1517-1159Ministrio da Sade - Secretaria de Vigilncia em Sade - Departamento de DST, Aids e Hepatites ViraisSAF SUL Trecho 2 Bloco F - Torre I - Ed. Premium - Andar Auditrio - sala 4CEP 70070-600 - Braslia - DFTelefone: (61) 3315. 8918

    Disque Sade - 136e-mail: [email protected]: www.aids.gov.br

    Elaborao do Contedo:

    Coordenao de Informaes Estratgicas - CIE

    Coordenao:

    Gerson Fernando Mendes Pereira

    Equipe Tcnica do Ncleo de Vigilncia:

    Alessandro Ricardo Caruso da Cunha Mariana Veloso Meireles Daiana Santos Marian Dresch Renata Sakai de Barros Correia Fernanda Bruzadelli Paulino da Costa (Epi-SUS) Ronneyla Nery Silva Giovanni Ravasi (Organizao Pan-Americana de Sade) Silvana Pereira Giozza Luciana Fetter Bertolucci Taniguchi Silvano Barbosa de Oliveira Maria Bernadete Rocha Moreira Thas Silva Almeida de Oliveira

    Colaborao:

    Equipe Tcnica da Assessoria de Monitoramento e Avaliao:

    Ana Roberta Pati Pascom Juliana Machado Givisiez Anderson Alvarenga Pereira Larissa de Faro Valverde Clarissa Habckost Dutra de Barros Mara Taques dos Santos Christ Elizabeth Moreira dos Santos Marcela Rocha de Arruda

    Projeto Grfico, Diagramao:

    Marcos Cleuton de Oliveira

  • SumrioEditorial ................................................................................................................................................................................................. 03Destaque sobre a epidemia de HIV/Aids at o final de 2012 ..................................................................................................................... 05Cascata ................................................................................................................................................................................................... 07HIV e Aids no Brasil ................................................................................................................................................................................... 13Mortalidade por Aids no Brasil .................................................................................................................................................................. 24Classificao das Unidades da Federao (UF), capitais e municpios com 50 mil habitantes e mais, segundo taxa de deteco de aids ........ 25HIV em Gestantes .................................................................................................................................................................................... 27Tabelas

    Tabela 1 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo origem dos dados, UF e regio de residncia por ano de diagnstico.Brasil, 2009-2013 ..................................................................................................................... 30Tabela 2 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e regio de residncia por ano de diagnstico.Brasil, 1980-2013 .................................................................................................................................................. 31Tabela 3 - Taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e regio de residncia por ano de diagnstico. Brasil, 2000-2012 .................................................................................. 32Tabela 4 - Nmero e taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom por sexo e razo de sexo, segundo ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 .................................................................... 33Tabela 5 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo sexo e faixa etria por ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ................................................................................................................................................... 34Tabela 6 - Taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo sexo e faixa etria por ano de diagnstico. Brasil, 2001-2012 ........................................................................................... 35Tabela 7 - Casos de aids (nmero e taxa de deteco por 100.000 habitantes) em menores de cinco anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e regio de residncia por ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ............ 36Tabela 8 - Casos de aids (nmero e taxa de deteco por 100.000 habitantes) em jovens de 15 a 24 anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e regio de residncia por ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ........... 37Tabela 9 - Nmero e taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids em jovens de 15 a 24 anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom por sexo e razo de sexo, segundo ano de diagnstico. Brasil, 1982-2013 .................. 38Tabela 10 - Casos de aids notificados no Sinan (nmero e percentual) em indivduos menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposio hierarquizada por ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ............................................................................................... 39Tabela 11 - Casos de aids notificados no Sinan (nmero e percentual) em indivduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposio hierarquizada, por sexo e ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ................................................................................... 40Tabela 12 - Casos de aids (nmero e percentual) notificados no Sinan na categoria de exposio transmisso vertical, segundo idade por ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ............................................................................................................................................ 41Tabela 13 - Casos de aids (nmero, percentual e taxa de deteco por 100.000 habitantes) notificados no Sinan, segundo raa/cor por sexo e ano de diagnstico. Brasil, 2000-2013 ..................................................................................................................................... 42Tabela 14 - Casos de aids (nmero e percentual) notificados no Sinan, segundo escolaridade por sexo e ano de diagnstico. Brasil, 1980-2013 ....... 43Tabela 15 - bitos por causa bsica aids, segundo UF e regio de residncia por ano do bito. Brasil, 1980-2012 ................................................ 44Tabela 16 - Coeficiente de mortalidade por aids (por 100.000 hab.) bruto e padronizado, segundo UF e regio de residncia por ano do bito. Brasil, 2001-2012 .................................................................................................................................................................. 45Tabela 17 - bito por aids (nmero e coeficiente de mortalidade por 100.000 hab.) e razo de sexo, segundo ano do bito. Brasil, 1980-2012 ...... 46Tabela 18 - bito por aids (nmero e coeficiente de mortalidade por 100.000 hab.) segundo sexo e faixa etria por ano do bito. Brasil, 1980-2012 ................................................................................................................................................................ 47Tabela 19 - bitos por aids (nmero e percentual), segundo raa/cor e sexo por ano do bito. Brasil, 2000-2012 .............................................. 48Tabela 20 - Ranking da taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados o Siscel/Siclom, segundo UF de residncia por ano de diagnstico. Brasil, 2001-2012 ........................................................................ 49Tabela 21 - Taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo capital de residncia por ano de diagnstico. Brasil, 2001-2012 ....................................................................................... 50Tabela 22 - Ranking da taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/ Siclom dos 20 municpios com mais de 50mil habitantes por regio de residncia. Brasil, 2001-2012 ................................................. 51Tabela 23 - Ranking da taxa de deteco (por 100.000 hab.) de casos de aids em menores de 5 anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF de residncia por ano de diagnstico. Brasil, 2000-2011 ...................................... 53

  • Tabela 24 - Gestantes infectadas pelo HIV (casos e coeficiente de deteco por 1.000 nascidos vivos), segundo UF e regio de residncia por ano do parto. Brasil, 2000-2013 .............................................................................................................................................. 54Tabela 25 - Casos de gestantes infectadas pelo HIV (nmero e percentual) segundo faixa etria por ano do parto. Brasil, 2000-2013 .................... 55Tabela 26 - Casos de gestantes infectadas pelo HIV (numero e percentual) segundo escolaridade e raa/cor por ano do parto. Brasil, 2000-2013 ......... 56

    Anexos ..................................................................................................................................................................................................... 57

    Indicadores .............................................................................................................................................................................................. 61

  • 3AidsBoletim Epidemiolgico HIV Aids

    Editorial

    Desde os anos 1980, a vigilncia epidemiolgica do HIV/aids Brasil baseada na notificao compulsria de casos de aids por meio do Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN) da Secretaria de Vigilncia em Sade do Ministrio da Sade. A partir de 2004, sistemas de informao complementares especficos do atual Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) comearam a ser utilizados para mensurar e reduzir a subnotificao de casos de aids, mediante um processo de relacionamento probabilstico entre os casos notificados no SINAN, os registros de bitos no Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM) e os pacientes registrados no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) e no Sistema de Controle Logstico de Medicamentos (SICLOM). A portaria n 104, de 25 de janeiro de 2011, define a notificao compulsria de casos de aids, em adultos e crianas, gestantes HIV+ e crianas expostas ao HIV.

    Em novembro de 2012, houve uma reunio regional na Cidade do Panam, organizada pela Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS) e com ampla participao de pases da Amrica Latina e do Caribe. Nessa reunio, foi promovido um debate e posterior consenso sobre informaes estratgicas em HIV/aids, incluindo a vigilncia baseada em casos de HIV em uma perspectiva longitudinal e um marco conceitual para o monitoramento programtico do cuidado contnuo em cascata, a partir do diagnstico da infeco pelo HIV at a supresso da carga viral. Esse marco foi considerado de interesse e aceito como padro de referncia na regio para apoiar a gesto de programas de tratamento e cuidado.

    Ao final de 2012, a proposta de mudar a estratgia de vigilncia epidemiolgica no Brasil com a incluso da notificao do HIV com abordagem longitudinal foi debatida e recomendada por uma consulta nacional de especialistas brasileiros em epidemiologia, convocada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

    No Brasil, a notificao dos casos de infeco pelo HIV atualmente est implantada em alguns estados e municpios, por meio de legislaes estaduais/municipais. A partir da publicao da nova portaria ministerial que atualiza a lista completa de agravos de notificao compulsria, prevista para o final de 2013, a notificao de casos de infeco pelo HIV se tornar obrigatria no nvel nacional. Essa lista, pela primeira vez, incluir a notificao universal da infeco pelo HIV, alm das categorias j sob notificao compulsria, a saber: aids (adultos e crianas), HIV em gestantes e crianas expostas ao HIV.

    A estratgia de vigilncia do HIV/aids est atualmente sob reviso em virtude da iminente introduo da vigilncia de casos de HIV, e ser baseada em trs eventos-chave: infeco, progresso para aids e bito.

    O monitoramento dos pacientes com HIV/aids, seguindo o marco conceitual da cascata, realizado mediante dados obtidos a partir dos sistemas SISCEL e SICLOM. Essas informaes envolvem diagnstico, encaminhamento de pacientes para a rede pblica de sade, reteno no cuidado, incio e reteno em tratamento antirretroviral e monitoramento/supresso da carga viral.

    Aps 30 anos de epidemia do HIV no Brasil, a capacidade nacional para produzir e usar informaes estratgicas, a adequao dos sistemas de informao, a qualidade e as limitaes dos dados precisavam ser avaliados para orientar sua melhoria e a otimizao no curto e mdio prazos para atender as recomendaes internacionais de vigilncia longitudinal do HIV.

    No perodo de 11 a 14 de novembro de 2013 realizou-se em Braslia-DF, reunio de Avaliao das Informaes sobre HIV no Brasil, com a participao da Organizao Pan-Americana de Sade/Organizao Mundial de Sade (OPAS/OMS), Programa Conjunto das Naes Unidas sobre o HIV/aids (UNAIDS), Centro de Controle e Preveno das Doenas (CDC) dos Estados Unidos, Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidades e parceiros de estados e municpios brasileiros. Foram avaliados os diversos sistemas de informao, alm dos estudos especiais em populaes-chave, com o objetivo final de aperfeioar a capacidade de produzir informao para a gesto baseada em evidncias.

    Partiram dessa avaliao, como principais recomendaes: imediata implantao da notificao do HIV no Brasil, observando as experincias locais dos estados e municpios que j a implantaram; reviso das estratgias de relacionamento de bancos de dados dos sistemas de informao para aperfeioar o monitoramento longitudinal dos casos (infeco, doena e bito); reviso da informao estratgica para o monitoramento das polticas para as populaes-chave, alm de elaborao de cascatas para subpopulaes e regies geogrficas.

    Para o ano de 2014, espera-se a implementao dessas recomendaes na perspectiva de ampliar a capacidade dos sistemas de informao de fornecer informao adequada e gil para subsidiar a resposta nacional epidemia do HIV/aids.

  • 5Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsDestaque sobre a epidemia de HIV/Aids at o fi nal de 2012

    No ano de 2012, foram notifi cados 39.185 casos de aids no Brasil. Este valor vem mantendo-se estvel nos ltimos 5 anos. A taxa de deteco nacional foi de 20,2 casos para cada 100.000 habitantes. A maior taxa de

    deteco foi observada na Regio Sul, 30,9/100.000 habitantes, seguida pela Regio Norte (21,0), Regio Sudeste (20,1), Regio Centro-Oeste (19,5), e Regio Nordeste (14,8).

    Taxa de deteco de aids por regio de residncia e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0 5,0

    10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

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    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Nos ltimos 10 anos, a taxa de deteco de aids no Brasil sofreu uma elevao de cerca de 2%. No entanto, observam-se diferenas signifi cativas entre as cinco regies. No perodo de 2003 a 2012, dentre as cinco regies do pas, observa-se uma diminuio de 18,6% na taxa de deteco na Regio Sudeste e 0,3% na Sul, enquanto nas demais regies observa-se um aumento, sendo de 92,7% na Regio Norte, 62,6% na Nordeste e 6,0% na Centro-Oeste.

    Dentre as Unidades da Federao, destacam-se as maiores taxas de deteco de casos de aids no Rio Grande do sul (41,4), Santa Catarina (33,5), Amazonas (29,2) e Rio de Janeiro (28,7).

    Taxa de deteco de aids por Unidade da Federao, 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

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    35,0

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    45,0

    RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF

    Taxa

    de

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    b.)

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

  • 6Aid

    s Ministrio da Sade

    A taxa de deteco de casos de aids em menores de cinco anos, indicador utilizado no Brasil para monitorar a transmisso vertical do HIV, foi de 3,4/100.000 habitantes em 2012, o que corresponde a uma reduo de

    35,8% em relao a 2003. Na faixa de 5 a 9 anos, a taxa foi de 0,7/100.000 (71% de reduo em relao a 2003), e na faixa de 10 a 14 anos foi de 0,9/100.000.

    Taxa de deteco de aids(1)/100 mil hab. em menores de 15 anos, segundo faixa etria e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    Em 2012, foram declarados 11.896 bitos por aids no Brasil, que corresponde a um coefi ciente de mortalidade por aids de 5,5 por 100.000 habitantes (coefi ciente padronizado). Os coefi cientes por regio foram: 7,7 na Sul, 5,6 no Norte e Sudeste, 4,7 no Centro-Oeste e 4,0 no Nordeste. Nos ltimos 10 anos, observa-se uma reduo de 14% na taxa de mortalidade no

    Brasil. semelhana das taxas de deteco, a tendncia nos ltimos 10 anos do coefi ciente de mortalidade apresenta discrepncia entre as regies: elevao nas regies Norte (60,0%), Nordeste (33,3%) e Centro-Oeste (4,4%) e reduo nas regies Sudeste (31,7%) e Sul (7,2%).

    Fonte: MS/SVS/DASIS/Sistema de Informao de Mortalidade (SIM).Nota: (1) Coefi ciente padronizado pelo mtodo direto, utilizando como base a populao do censo do Brasil em 2000.

    0,0

    1,0

    2,0

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    4,0

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    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

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    )

    Ano do bito

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Os dados completos sobre a infeco pelo HIV e aids no Brasil so

    0,0

    1,0

    2,0

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    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    < 5 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos

    apresentados nos captulos a seguir e nas tabelas adjuntas.

    Taxa de mortalidade (padronizada(1)) por aids segundo regio de residncia e ano do bito. Brasil, 2003 a 2012

  • 7AidsBoletim Epidemiolgico HIV Aids

    Cascata

    Depois da introduo da terapia antirretroviral ou HAART (highly active antiretroviral therapy), a aids passou a ser considerada uma doena crnica, que se manejada e tratada de maneira adequada, diminui, consideravelmente, a probabilidade de adoecimento e morte das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). Alm disso, estudos recentes evidenciaram que o tratamento no s eficaz para o controle da doena e melhoria da qualidade de vida, mas tambm para a diminuio da transmisso do vrus (Cohen et al., 2011; Wilson et al., 2008; Cohen e Gay, 2010).

    Atualmente, os esforos para o controle da epidemia de HIV/aids, no Brasil, esto concentrados no diagnstico precoce da infeco e no tratamento das PVHA, bem como a implementao de intervenes de preveno combinada. A estratgia de tratamento de PVHA como medida de preveno requer no

    somente o diagnstico oportuno da infeco, como tambm o investimento na melhoria do cuidado contnuo desses indivduos (Montaner, 2013).

    No Brasil, a cobertura de teste de HIV na populao sexualmente ativa de quase 40% (Pascom e Szwarcwald, 2010), semelhante aos percentuais observados nos Estados Unidos (CDC, 2011). Alm disso, a proporo de indivduos infectados pelo HIV virgens de tratamento que chegaram ao servio de sade com CD4 superior a 500 clulas por mm3 passou de 28,9% em 2003 para quase 37% em 2012 (Figura 1). No entanto, apesar de se observar uma tendncia de diminuio desde 2008, aproximadamente 29% dos indivduos infectados pelo HIV ainda chegam ao servio de sade com CD4 inferior a 200 clulas por mm3.

    Figura 1: Evoluo do primeiro CD4 de pacientes virgens de tratamento segundo o ano do registro. Brasil, 2003 - 2012

    0%

    5%

    10%

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    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    At 199 De 200 a 349 De 350 a 499 500+

    O teste de HIV apenas a porta de entrada para o cuidado contnuo das PVHA, tambm conhecido como cascata. A analise da cascata permite calcular, a partir do numero estimado de PVHA, a proporo de pessoas diagnosticadas, vinculadas ao servio de sade de HIV/aids e retidas na rede de ateno, em tratamento antirretroviral e com supresso da carga viral (CDC, 2011).

    A cascata brasileira, apresentada na Figura 2, foi construda principalmente a partir das informaes dos: Sistema de Controle de Exames

    Laboratoriais (SISCEL), Sistema de Controle Logstico de Medicamentos (SICLOM), Sistema de Informao Agravos de Notificao (SINAN) e o Sistema de Informao sobre Mortalidade (SIM).

    Estima-se que aproximadamente 718 mil indivduos vivam com o HIV/aids no Brasil, o que representa uma taxa de prevalncia de 0,4% na populao em geral, dos quais em torno de 80% (574 mil) tenham sido diagnosticados (Figura 2).

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Casos registrados no Siscel e no Siclom at 31/12/2012

  • 8Aids Ministrio da Sade

    Figura 2: Etapas do cuidado contnuo de pessoas vivendo com HIV/aids no Brasil em 2012 (em milhares)

    Aproximadamente 74% (531 mil) dos indivduos infectados foram vinculados aos servios de sade e esto monitorando sua infeco por meio de exames laboratoriais (CD4 e carga viral), ou esto em terapia ARV (TARV) (Figura 2). De acordo com a Figura 3, 130 municpios de grande porte concentram 70% das PVHA vinculadas aos servios pblicos de sade, em 2012.

    Ainda em relao Figura 2, em torno de 61% (436 mil) das PVHA continuaram em monitoramento laboratorial ou em TARV no perodo analisado.

    Em 2012, 313 mil indivduos estavam em TARV, representando 44% das PVHA. O nmero de pessoas em TARV mais do que dobrou nos

    ltimos 10 anos, passando de 125 mil em 2002 para 313 mil em 2012 (Figura 4). Apesar do incremento observado, ainda existe um nmero considervel de pessoas que possuem indicao de tratamento, mas no esto sendo tratadas. A Figura 5 mostra que, em 2012, apesar de 108 mil indivduos apresentarem CD4 inferior a 350 clulas por mm3, 70 mil (65%) estavam em tratamento, o que indica um gap de 38 mil indivduos. Ao se considerar o ponto de corte para tratamento estabelecido no ltimo consenso, lanado em setembro de 2012, de 500 clulas por mm3, o gap aumentaria para 63 mil indivduos.

    718

    574 (80%) 531 (74%)

    436 (61%)

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    236 (33%)

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    800

    PVHA Diagnosticados Vinculados ao servio de sade

    Retidos no servio de sade

    Em TARV Carga viral indetectvel (

  • 9AidsBoletim Epidemiolgico HIV Aids

    Figura 4: Nmero de pacientes em TARV. Brasil, 1999-2012

    85.078 93.414

    113.191 125.175

    139.868

    156.670 164.547

    174.270 180.640

    192.535

    231.146

    257.037

    284.390

    313.175

    0

    50.000

    100.000

    150.000

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    250.000

    300.000

    350.000

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Figura 5: Nmero de indivduos com CD4 menor que 350 clulas por mm3 que estavam em TARV. Brasil, 2008-2012

    61.728 65.404

    69.189

    74.247 70.450

    105.533 104.789 104.910

    110.163 108.286

    0

    20.000

    40.000

    60.000

    80.000

    100.000

    120.000

    2008 2009 2010 2011 2012

    35% ~38.000

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Casos registrados no Siscel e no Siclom at 31/12/2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Casos registrados no Siscel e no Siclom at 31/12/2012

    Indivduos com CD4 inferior a 350 clulas por mm3

    Indivduos em TARV

  • 10

    Aids Ministrio da Sade

    No Brasil, em 2012, das quase 720 mil PVHA, 236 mil (33%) apresentaram carga viral indetectvel (inferior a 50 cpias por ml de sangue) (Figura 2). Dentre os 313 mil indivduos em TARV, 76% apresentaram carga

    viral indetectvel, valor 13,2% maior do que o observado em 2008 (67,4%) (Figura 6). Nota-se tambm que 86% dos indivduos em TARV tinham carga viral inferior a 1.000 cpias por ml.

    Figura 6: Distribuio dos indivduos em TARV segundo o valor da ltima carga viral do ano, segundo ano de realizao. Brasil, 2008-2012

    67,4%

    70,5%

    71,1%

    72,7%

    76,3%

    11,2%

    10,3%

    11,1%

    11,0%

    9,4%

    8,0%

    7,3%

    6,8%

    6,4%

    6,2%

    6,6%

    5,8%

    5,4%

    5,15%

    4,7%

    6,8%

    6,1%

    5,6%

    4,7%

    3,5%

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    2008

    2009

    2010

    2011

    2012

    Indetectvel 50 a 1.000 1.000 a 10.000 10.000 a 50.000 50.000+

    O novo foco para o combate epidemia de HIV/aids, no pas, a implementao de intervenes de preveno combinadas, com destaque para o protocolo de tratamento como preveno. Nesse contexto, o monitoramento do cuidado contnuo, a cascata, tornou-se importante ferramenta para o acompanhamento dos principais resultados relacionados

    ao controle da epidemia de HIV/aids. O estmulo TARV para todas as pessoas infectadas pelo HIV, independentemente de seu estado imunolgico, uma importante medida de sade pblica, uma vez que, alm de impactar a morbidade e mortalidade, auxilia na diminuio da carga viral, reduzindo, assim, a transmissibilidade do vrus.

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Casos registrados no Siscel e no Siclom at 31/12/2012

  • 11

    AidsBoletim Epidemiolgico HIV Aids

    Referncias

    CDC. Vital signs: HIV prevention through care and treatment United States. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1618-1623. Disponvel em: http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm6047.pdf. Acesso em 20/11/2013.

    Cohen MS, Chen YQ, McCauley M, et al. Prevention of HIV-1 infection with early antiretroviral therapy. N Engl J Med. 2011 Aug 11;365(6):493-505.

    David P Wilson, Matthew G Law, Andrew E Grulich, David A Cooper, John M Kaldor. Relation between HIV viral load and infectiousness: a model-based analysis. Lancet 2008; 372: 31420.

    CDC. 2010 Centers for Disease Control and Prevention. HIV Testing Trends in the United States, 2000-2011. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention; January 2013. Disponvel em: http://www.cdc.gov/hiv/pdf/testing_trends.pdf. Acesso em 20/11/2013.

    Montaner JS. Treatment as prevention: toward an AIDS-free generation. Top Antivir Med. 2013 Jul-Aug;21(3):110-4.

    Nunn A, Fonseca E, Cornwall A, Bastos FI. Comparing the US and Brazilian Policy Responses to the HIV/AIDS Epidemic. E-Letter. Disponvel em: http://heapol.oxfordjournals.org/letters/. Acesso em 20/11/2013.

    Stover J, Brown T, Marston M. Updates to the Spectrum/Estimation and Projection Package (EPP) model to estimate HIV trends for adults and children. Sex Transm Infect. 2012 Dec;88 Suppl 2:i11-6.

    Suzanna Attiaa, Matthias Eggera,b, Monika Mullera, Marcel Zwahlena and Nicola Low Sexual transmission of HIV according to viral load and antiretroviral therapy: systematic review and meta-analysis. AIDS 2009, 23:13971404

  • 13

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV Aids

    Segundo estimativas realizadas pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais aproximadamente 718 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil.

    Na populao jovem, a taxa de prevalncia da infeco pelo HIV apresenta tendncia de aumento. Considerando as pesquisas realizadas em Conscritos do Exrcito Brasileiro, de 17 a 21 anos de idade, a prevalncia de infeco pelo HIV passou de 0,09% em 2002 para 0,12% em 2007, sendo que o aumento mais signifi cativo ocorreu na populao de HSH (homens que fazem sexo com homens) jovens, cuja prevalncia subiu de 0,56% em 2002 para 1,2% em 20071.

    Com relao aos grupos populacionais com mais de 18 anos em situao de maior vulnerabilidade, estudos realizados em 10 municpios brasileiros entre 2008 e 2009 estimaram taxas de prevalncia de HIV de 5,9% entre UD (usurios de drogas)2, de 10,5% entre HSH3 e de 4,9% entre PS (mulheres profi ssionais do sexo)4.

    Com base nesses resultados, verifi ca-se que a epidemia do HIV no Brasil est concentrada em populaes em situao de maior risco e vulnerabilidade, pois estas apresentam maiores prevalncias de infeco pelo HIV quando comparadas populao geral.

    No perodo de 2000 a junho de 2013, 72,5% dos casos de aids no Brasil foram notifi cados no Sinan, sendo 20,7% deles registrados no Siscel (dados validados pelo Siclom) e 6,8% declarados no SIM. Em 2012, 64,8% dos casos de aids correspondentes a esse ano foram notifi cados no Sinan, apresentando importantes diferenas entre as regies brasileiras (55,5% no Norte, 66,0% no Nordeste, 59,9% no Sudeste, 74,0% no Sul e 73,5% no Centro-Oeste) (Tabela 1). Esses dados evidenciam uma sub-enumerao de casos no Sinan e, portanto, uma necessidade de aprimorar a capacidade da vigilncia para a notifi cao oportuna dos casos de aids no sistema de informao preposto.

    Considerando os dados acumulados de 1980 a junho de 2013 no Brasil, foram notifi cados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom um total de 686.478 casos de aids, dos quais 445.197 (64,9%) so do sexo masculino e 241.223 (35,1%) do sexo feminino. Do total de casos registrados entre 1980 e junho de 2013, 379.045 (55,2%) so da Regio Sudeste; 137.126 (20,0%) da Regio Sul; 95.516 (13,9%) da Regio Nordeste; 39.691 (5,8%) da Regio Centro-Oeste; e 35.100 (5,1%) da Regio Norte (Tabela 2; Grfi co 1).

    HIV e Aids no Brasil

    ______________________1 SZWARCWALD, C. L. et al. HIV-related risky practices among Brazilian Young men, 2007. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, v. 27, Supl 1:S19-S26, 2011.2 BASTOS, F. I. Taxas de infeco de HIV e sfi lis e inventrio de conhecimento, atitudes e prticas de risco relacionadas s infeces sexualmente transmissveis entre usurios de drogas em 10 municpios brasileiros. Relatrio tcnico entregue ao Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, 2009.3 KERR, L. Comportamento, atitudes, prticas e prevalncia de HIV e sfi lis entre homens que fazem sexo com homens (HSH) em 10 cidades brasileiras. Relatrio tcnico entregue ao Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, 2009.4 SZWARCWALD, C. L. Taxas de prevalncia de HIV e sfi lis e conhecimento, atitudes e prticas de risco relacionadas s infeces sexualmente transmissveis nos grupos das mulheres profi ssionais do sexo, no Brasil. Relatrio tcnico entregue ao Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, 2009.

    Grfi co 1 - Distribuio percentual de casos de aids por regio de residncia. Brasil, 1980 a 2013(1)

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    5,1%

    13,9%

    55,2%

    20,0%

    5,8%

    Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

  • 14

    Aid

    s Ministrio da SadeNos ltimos 10 anos, de 2003 a 2012, foram notifi cados no

    Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, em mdia, 37.446 casos de aids por ano, com tendncia de aumento no Brasil como um todo. Contudo, no mesmo perodo, o nmero absoluto de casos de aids por ano de diagnstico manteve-se estabilizado na Regio Sudeste, no Sul e Centro-Oeste e aumentou no Norte e Nordeste.

    Em 2012, foram notifi cados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom 39.185 casos de aids, dos quais 16.398 (41,8%) na Regio Sudeste, 8.571 (21,9%) na Regio Sul, 7.971 (20,3%) na Regio Nordeste, 3.427 (8,7%) na Regio Norte e 2.818 (7,2%) na Regio Centro-Oeste (Tabela 2; Grfi co 2).

    Quanto deteco de casos de aids notifi cados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, observa-se no Brasil, em 2012, uma taxa de 20,2/100.000 habitantes. A maior taxa de deteco foi observada na Regio Sul, 30,9/100.000 habitantes, seguida pela Regio Norte (21,0), Regio Sudeste (20,1), Regio Centro-Oeste (19,5), e Regio Nordeste (14,8), conforme mostram a Tabela 3 e o Grfi co 3.

    Embora o dado nacional indique um aumento de cerca de 2% na taxa de deteco de casos de aids nos ltimos 10 anos no Brasil como um todo, observam-se diferenas signifi cativas nas tendncias das taxas de deteco de aids nas macrorregies do pas. No perodo de 2003 a 2012, dentre as cinco regies do pas, observa-se uma diminuio de 18,6% na taxa de deteco na Regio Sudeste e 0,3% na Sul, enquanto nas demais regies observa-se um aumento, sendo de 92,7% na Regio Norte, 62,6% na Nordeste e 6,0% na Centro-Oeste (Tabela 3).

    Grfi co 2 - Distribuio percentual de casos de aids por regio e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012.

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Nota: (1) CCasos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    100%

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Ano de diagnstico

    Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Grfi co 3 - Taxa de deteco de aids por regio de residncia e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0 5,0

    10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

  • 15

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsDas 27 Unidades da Federao (UF), 10 delas tm taxas

    de deteco para o ano de 2012 maiores que a mdia nacional (20,2/100.000 hab.): Amazonas (29,2), Roraima (27,3) e Rondnia (22,4) na Regio Norte; Pernambuco (20,9) na Regio Nordeste; Rio de Janeiro (28,7) e Esprito Santo (23,2) na Regio Sudeste; Rio Grande do Sul (41,4) e Santa Catarina (33,5) na Regio Sul; e Mato Grosso do Sul (25,3) e Distrito Federal (21,3) na Regio Centro-Oeste (Tabelas 3; Grfi co 4).

    No perodo de 2003 a 2012, dentre as 27 UF, observa-se a maior diminuio na taxa de deteco (-25,5%) no estado de So Paulo, seguido do Distrito Federal (-19,3%), Minas Gerais (-13,4%), Rio de Janeiro (-13,0%), Santa Catarina (-8,0%), Mato Grosso (-6,3%) e Paran (-1,1%). No mesmo perodo, as demais UF apresentaram aumento na taxa de deteco, com destaque para os estados do Amap (+146,3%), Amazonas (+137,4%), Piau (+133,9%), Tocantins (+107,5%), Maranho (+106,2%) e Rio Grande do Norte (+103,2%), conforme mostra a Tabela 3.

    Grfi co 4 - Taxa de deteco de aids por Unidade da Federao, 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    Em 2012, a taxa de deteco de casos de aids em homens foi de 26,1/100.000 habitantes e de 14,5 em mulheres, com uma razo de sexos de 1,7 casos em homens para cada caso em mulheres. Desde o incio da epidemia, a razo de sexos tem apresentado variaes graduais ao longo do tempo, em 2005 atingiu seu menor valor (1,4), e desde ento tem apresentado aumento. (Tabela 4; Grfi co 5).

    Considerando os ltimos 10 anos, o perfi l etrio dos casos de aids mudou para indivduos mais jovens, tanto entre os homens quanto

    entre as mulheres (Tabela 5). Nos ltimos 10 anos (2003 a 2012) as maiores taxas de deteco de aids foram observadas entre aqueles com 30 a 49 anos. Entretanto, observa-se uma tendncia de queda na taxa daqueles com 30 a 39 anos e uma leve estabilizao entre aqueles com 40 a 49 anos. Alm disso, observa-se uma tendncia de aumento nas taxas de deteco entre os jovens de 15 a 24 anos e entre os adultos com 50 anos ou mais (Grfi co 6).

    Grfi co 5 - Taxa de deteco de aids por sexo e razo de sexos. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    40,0

    45,0

    RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0 m

    il ha

    b.)

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    1,5 1,5 1,4 1,5 1,5 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    Masculino Feminino Razo de sexos (M:F)

  • 16

    Aid

    s Ministrio da SadeEm 2012, a taxa de deteco de aids entre os homens

    e as mulheres foi maior entre aqueles com 35 a 39 anos, 56,1 e 30,3/100.000 hab., respectivamente, conforme mostra a Tabela 6.

    Em 2012, foram notifi cados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom 475 casos de aids em menores de 5 anos, a maioria dos quais na Regio Sudeste (32,8%), seguida pelo Nordeste

    (25,7%), Sul (21,7%), Norte (14,9%) e Centro-Oeste (4,8%). A taxa de deteco de casos de aids em menores de cinco anos, indicador utilizado no Brasil para monitorar a reduo da transmisso vertical do HIV , foi de 3,4/100.000 habitantes em 2012, com importantes diferenas entre as regies: 5,8 no Sul; 4,4 no Norte; 3,0 no Sudeste; 2,8 no Nordeste; e 2,1 no Centro-Oeste (Tabela 7).

    Grfi co 6 - Taxa de deteco de aids em indivduos com 15 anos ou mais, segundo faixa etria e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos

    30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 anos ou mais

    Nos ltimos 10 anos, observa-se no Brasil uma queda de 35,8% na deteco de casos de aids em menores de cinco anos, embora, dentre as regies brasileiras, Sudeste, Centro-Oeste e Sul apresentem diminuio

    (respectivamente, de cerca de 55,2%, 51,2% e 41,4%), e Norte e Nordeste apresentem aumento (respectivamente, de cerca de 41,9% e 3,7%) nessa taxa (Grfi co 7).

    Grfi co 7 - Taxa de deteco de aids em menores de 5 anos de idade por regio de residncia e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    ______________________5 PEREIRA, G. F. M.; CUNHA, A. R. C. da; MOREIRA, M. B. R. et al. Perspectivas para o controle da transmisso vertical do HIV no Brasil. In: Sade Brasil 2010. Uma anlise da situao de sade e de evidncias selecionadas de impacto de aes de vigilncia em sade. Braslia, 2011.

  • 17

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsEm 2012, nove das 27 UF apresentaram taxas de deteco

    de aids em menores de cinco anos maiores que a mdia nacional (3,4/100.000 hab.): Rio Grande do Sul (9,1), Esprito Santo (8,4), Santa Catarina (7,0), Amap (6,8), Pernambuco (6,1), Amazonas (5,8), Mato Grosso do Sul (5,6), Rio de Janeiro (5,0) e Par (4,7), conforme mostram a Tabela 7 e o Grfi co 8.

    Em 2012, foram notifi cados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom 4.118 casos de aids em jovens de 15 a 24 anos, a maioria dos quais na Regio Sudeste (39,8%), seguida pelo Nordeste (20,3%), Sul (19,0%), Norte (12,4%) e Centro-Oeste (8,5%). A taxa de deteco de casos de aids do Brasil nessa faixa etria, em 2012, foi de 11,8/100.000 habitantes, com importantes diferenas

    entre as grandes regies: 16,5 no Sul; 15,4 no Norte; 13,3 no Centro-Oeste; 11,9 no Sudeste; e 8,1 no Nordeste (Tabela 8; Grfi co 9).

    No perodo de 2002 a 2006, no Brasil, observa-se diminuio na taxa de deteco de aids em jovens, de 9,8 para 7,7/100.000 habitantes, sendo que a partir de 2007 essa taxa aumenta at atingir o valor de 11,8/100.000 habitantes em 2012. Nos ltimos dez anos, observa-se tendncia de aumento na taxa de deteco em jovens no Brasil e em quase todas as regies, exceto na regio Sul com reduo de aproximadamente 12,7%. Entre aquelas regies com aumento, destacam-se as regies Norte e Nordeste, que aumentaram 111,0% e 72,3% respectivamente, comparando o ano de 2003 com o de 2012. (Tabela 8; Grfi co 9).

    Grfi co 8 - Taxa de deteco de aids em menores de 5 anos de idade por Unidade Federada, 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    Grfi co 9 - Taxa de deteco de aids em jovens de 15 a 24 anos de idade por regio de residncia e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    9,0

    10,0

    RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0 m

    il ha

    b.)

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

  • 18

    Aid

    s Ministrio da SadeEm 2012, no Brasil, a taxa de deteco de casos de aids em

    homens de 15 a 24 anos foi de 15,1/100.000 habitantes e de 8,6 em mulheres. A razo de sexos nesta faixa etria, desde o incio da epidemia at 2005 apresentou uma reduo, chegando a inverter-se no perodo de 2000 a 2005 (0,9 caso em homens para cada caso em mulheres). Desde 2008, o nmero de casos de aids em homens jovens tem aumentado em maior velocidade que entre as mulheres, infl uenciando a razo de sexos, que volta a se inverter, chegando em 2012 a 1,9 casos em homens para cada caso em mulheres. Cabe destacar que nos ltimos 10 anos, no Brasil, observa-se um aumento de 67,8% na taxa de deteco de casos de aids em jovens do sexo masculino e uma reduo de 12,2% entre as jovens do sexo feminino (Tabela 9; Grfi co 10).

    Com relao categoria de exposio nos casos de aids notifi cados no Sinan em menores de 13 anos de idade, do total de 297 casos notifi cados em 2012, 277 casos (93,3%) tiveram esta informao conhecida. Destes, 99,6% ocorreram por transmisso vertical e um caso (menos de 1%) por transmisso sexual (Tabela 10).

    Na faixa etria de 13 anos de idade ou mais, do total de 16.464 casos de aids no sexo masculino notifi cados no Sinan no ano de 2012, 18,3% no possuem a informao da categoria de exposio. Entre os que apresentam essa informao (13.447), 32,0% so homossexuais, 9,4% bissexuais, 52,7% heterossexuais, 5,2% usurios de drogas injetveis (UDI) e 0,7% ocorreram por transmisso vertical. Nos ltimos 10 anos, observa-se um aumento de cerca de 22% na proporo de casos em HSH (homossexuais e bissexuais) e uma reduo de 3% de heterossexuais (Tabela 11; Grfi co 11).

    Do total de 8.622 casos de aids no sexo feminino notifi cados no Sinan no ano de 2012, 91,2% possuem a informao da categoria de exposio. Dessas, 96,6% so em heterossexuais, 2,5% em UDI, 0,8% ocorreram por transmisso vertical e 0,1% por transfuso. Em ambos os sexos, nos ltimos 10 anos, observa-se uma diminuio na proporo de casos de aids em usurios de drogas injetveis (UDI) de cerca de 65% em homens e 48% em mulheres (Tabela 11).

    Grfi co 10 - Taxa de deteco de casos de aids em jovens de 15 a 24 anos de idade por sexo e razo de sexos. Brasil 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

    0,9 0,9 0,9 1,0 1,0 1,2 1,3

    1,5 1,7

    1,9

    0,0 2,0 4,0 6,0 8,0

    10,0 12,0 14,0 16,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano de diagnstico

    Masculino Feminino Razo de sexos (M:F)

    Grfi co 11 - Proporo de casos de aids em homens com 13 anos ou mais de idade notifi cados no Sinan por categoria de exposio e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan at 30/06/2013.

    0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    100%

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Ano de diagnstico

    HSH Heterossexual UDI Hemoflico Transfuso Transmisso vertical

  • 19

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsEntre os casos de aids notifi cados no Sinan cuja categoria de

    exposio foi por transmisso vertical verifi ca-se que, em 2012, 41,8% dos casos foram identifi cados em menores de 5 anos. Tem-se observado uma tendncia de queda na proporo de casos por transmisso vertical nesta faixa etria nos ltimos 10 anos; em 2003, essa mesma faixa etria correspondia 63,8% desses casos. Em contrapartida, nesse mesmo perodo, observa-se uma tendncia de aumento na proporo de casos por transmisso vertical com 14 anos ou mais de idade (Tabela 12).

    Com relao raa/cor, excludos 6,5% de casos com campo ignorado, 47,4% dos casos notifi cados no Sinan no ano de 2012 se autodeclararam de raa/cor branca, 41,3% de parda, 10,4% de preta, 0,5% de amarela e 0,4% de indgena. Segundo os sexos, excludos 6,5% de casos com campo ignorado, no ano de 2012, 48,4% dos casos notifi cados entre os homens se autodeclararam de raa/cor branca, 41,3% de parda, 9,6% de preta, 0,5% de amarela e 0,3% de indgena. Entre as

    mulheres, excludos 6,5% de casos com campo ignorado, 45,6% dos casos se autodeclararam de raa/cor branca, 41,4% de parda, 12,0% de preta, 0,5% de amarela e 0,5% de indgena. Com isso, no observa-se diferena entre os perfi s por raa/cor segundo sexo (Tabela 13).

    Apesar da concentrao dos casos ser entre os brancos, a maior taxa de deteco observada entre os pretos nos ltimos 10 anos em ambos os sexos. Entretanto, no mesmo perodo, observa-se uma tendncia de reduo entre este grupo e de aumento entre os brancos e pardos (Tabela 13; Grfi co 12).

    Quanto escolaridade, em 2012, 76,8% dos indivduos notifi cados no Sinan apresentaram informao a respeito do grau de instruo. Desses, a maioria possua de 5 8 srie incompleta (23,2%) e nvel mdio completo (21,3%) e o mesmo perfi l observado quando feita a estratifi cao por sexo (Tabela 14).

    Grfi co 12 - Taxa de deteco de casos de aids por raa/cor e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan at 30/06/2013.

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x10

    0 m

    il ha

    b.)

    Ano de diagnstico

    Branca Preta Amarela Parda Indgena

  • 21

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsMortalidade por Aids no Brasil

    Do total de 709.477 casos de aids identifi cados no Brasil desde 1980 at junho de 2013, 64.268 (9,1%) foram notifi cados segundo a defi nio de caso pelo critrio bito, sendo 43.184 (67,2%) no sexo

    masculino e 21.079 (32,8%) no sexo feminino. Nos ltimos dez anos, tem-se observado uma tendncia de reduo na proporo de casos notifi cados por esse critrio em ambos os sexos (Grfi co 13).

    Grfi co 13 - Proporo de casos de aids notifi cados pelo critrio bito por sexo e ano de diagnstico. Brasil, 2003 a 2013

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan e Siscel/Siclom at 30/06/2013 e no SIM de 2000 at 2012.

    O cenrio da mortalidade por aids no Brasil mostra que, desde a descoberta dos primeiros casos de aids (1980) at o ano de 2012, foram declarados 265.698 bitos classifi cados como causa bsica doenas pelo vrus do HIV (CID10: B20-B24). Desses bitos, mais da metade ocorreram na Regio Sudeste (62,6%), percentual este justifi cado pelo elevado volume de casos existentes na regio. A Regio Sul representa 17,1%, o Nordeste 11,6%, o Centro-Oeste 4,9% e o Norte 3,8% (Tabela 15).

    Considerando os bitos por outras causas com meno ao HIV/aids, verifi ca-se um incremento de 8.353 bitos. Esses bitos esto distribudos em diferentes captulos da Classifi cao Internacional

    das Doenas (CID10), embora concentrados principalmente nos captulos relacionados neoplasias (captulo II), doenas do aparelho circulatrio e doenas do aparelho digestivo, que representam 25,7%, 20,1% e 15,5%, respectivamente.

    A taxa de mortalidade por aids vem diminuindo no Brasil nos ltimos 10 anos, entretanto, esta tendncia no observada para todas as regies, j que o Norte e o Nordeste apresentam tendncia de aumento ao longo deste perodo. Em 2012, a taxa de mortalidade padronizada do Brasil foi de 5,5 bitos/100.000 habitantes, enquanto entre as regies foi de 5,6 para o Norte, 4,0 para o Nordeste, 5,6 para o Sudeste, 7,7 para o Sul e 4,7 para o Centro-Oeste (Tabela 16; Grfi co 14).

    0,0 2,0 4,0 6,0 8,0

    10,0 12,0 14,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Prop

    or

    o

    Ano de diagnstico

    Geral Masculino Feminino

  • 22

    Aid

    s Ministrio da SadeGrfi co 14 - Taxa de mortalidade (padronizada(1)) por aids segundo regio de residncia e ano do bito. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/DASIS/Sistema de Informao de Mortalidade (SIM).Nota: (1) Coefi ciente padronizado pelo mtodo direto, utilizando como base a populao do censo do Brasil em 2000.

    Em 2012, dentre as 27 UF, sete apresentaram coefi cientes acima da mdia nacional: Rio Grande do Sul (11,1/100.000 habitantes), Rio de Janeiro (9,1), Par (6,7), Santa Catarina (6,4), Amazonas (6,4),

    Esprito Santo (6,3) e Pernambuco (6,0). O Acre, com 1,5 bitos por 100.000 habitantes, o estado com o menor coefi ciente de mortalidade (Tabela 16; Grfi co 15).

    Grfi co 15 - Coefi ciente de mortalidade por aids segundo Unidade Federada. Brasil, 2012

    Fonte: MS/SVS/DASIS/Sistema de Informao de Mortalidade (SIM).

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    9,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    mor

    talid

    ade

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano do bito

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    0,0

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF

    Taxa

    de

    mor

    talid

    ade

    (x10

    0 m

    il ha

    b.)

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

  • 23

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsDo total de bitos por aids ocorridos no Brasil at 2012, 190.215

    (71,6%) ocorreram entre homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres. A razo de sexos dos bitos por aids vem se mantendo constante desde 2008 em 1,9 bitos em homens para cada um bito em mulheres. A

    taxa de mortalidade por sexo no tem apresentado grandes variaes nos ltimos 10 anos, em 2012 a taxa entre os homens foi de 8,1/100.000 habitantes e entre as mulheres 4,2 (Tabela 17; Grfi co 16).

    Grfi co 16 - Taxa de mortalidade por aids segundo sexo, razo de sexos e ano do bito. Brasil, 2003 a 2012

    Fonte: MS/SVS/DASIS/Sistema de Informao de Mortalidade (SIM).

    2,1 2,1

    2,0 2,0 2,0

    1,9 1,9 1,9 1,9 1,9

    0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0

    10,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    mor

    talid

    ade

    (x10

    0mil

    hab.

    )

    Ano do bito

    Masculino Feminino Razo de sexos (M:F)

    A avaliao do perfi l de mortalidade por aids segundo faixa etria mostra que a taxa de mortalidade nos ltimos 10 anos vem diminuindo em diversos grupos etrios, principalmente entre os mais jovens. A taxa de mortalidade entre os indivduos menores de 9 anos de idade a menor dentre todos os outros segmentos de idade, e de 2003 para 2012 apresentou uma diminuio de aproximadamente 50%, independentemente do gnero. Entre os homens houve uma reduo nas faixas etrias at 44 anos, com exceo das faixas de 10 a 14 e de 15 a 19 anos. Dentre as faixas que apresentaram aumento, destacam-se a de 55 a 59 anos e a de 60 anos ou mais que apresentaram aumento de 22,7% e 33,3%, respectivamente. Entre as mulheres, observa-se reduo na taxa de mortalidade nas faixas etrias de at 9 anos e de 20 a 34 anos. As demais apresentaram aumento

    de 2003 para 2012, com destaque para a de 60 anos ou mais, que apresentou aumento de 81,3% (Tabela 18).

    Quanto raa/cor dos indivduos que evoluram a bito em decorrncia da aids, verifi ca-se que a maioria continua sendo da raa/cor branca em ambos os sexos. No entanto, verifi ca-se uma reduo no percentual de bitos nessa categoria e, consequentemente, um aumento na participao dos indivduos de raa/cor preta e parda, tambm em ambos os sexos. Alm disso, observa-se que apesar da concentrao dos bitos ser entre os brancos, os pretos de ambos os sexos apresentam as maiores taxas de mortalidade em todo o perodo; em 2012, a taxa entre os pretos foi 25,6/100.000 habitantes para o sexo masculino e 17,5/100.000 habitantes para o sexo feminino, enquanto entre os brancos foi de 16,0 e 7,4/100.000 para os respectivos sexos (Tabela 19).

  • 24

    Aid

    s Ministrio da Sade

  • 25

    AidsBoletim Epidemiolgico HIV Aids

    Classificao das Unidades da Federao (UF), capitais e municpios com 50 mil habitantes e mais, segundo taxa de deteco de Aids

    O ranking das taxas de deteco segundo as Unidades da Federao apresentado na Tabela 20, mostra que o Rio Grande do Sul tem apresentado a maior taxa desde 2006. O estado de Santa Catarina tem variado de posio em segundo e terceiro lugares e nos ltimos dois anos tem se mantido em segundo.

    Entre as capitais brasileiras, Porto Alegre e Florianpolis continuam liderando a classificao por taxa de deteco de casos de aids, ocupando os dois primeiros lugares; e desde 2006, Porto Alegre tem se mantido em primeiro. Em 2012, as taxas para essas duas capitais foram, respectivamente, de 93,7 e 57,0 casos de aids para cada 100.000 habitantes, seguidas por Porto Velho (48,8), Manaus (46,7), So Lus (42,5), Vitria (39,9), Recife (39,0), Belm (38,1), Rio de Janeiro (37,8), Boa Vista (36,7), Campo Grande (33,3), Salvador (31,6), Teresina (31,6), Cuiab (28,7), Goinia (27,2), Belo Horizonte (27,2), Macei (26,9), Fortaleza (26,4), Curitiba (26,0), So Paulo (25,8), Palmas (24,8), Macap (24,1),

    Braslia (21,3), Aracaju (20,6), Natal (20,5), Joo Pessoa (20,3), e Rio Branco (15,8), conforme mostra a Tabela 21.

    Considerando a taxa de deteco de casos de aids nos municpios brasileiros com mais de 50 mil habitantes por regio, destaca-se que em 2012, no Norte, a taxa mais elevada foi observada em Porto Velho/RO (48,8/100.000 hab.), seguido de Manaus/AM (46,7/100.000 hab.); no Nordeste, em Ipojuca/PE (47,7), seguido de So Lus/MA (42,5); no Sudeste, em Caraguatatuba/SP (58,6), seguido de Votuporanga (40,7); no Sul, em Alvorada/RS (98,8), seguida de Porto Alegre (93,7); e no Centro-Oeste, em Dourados/MS (36,9), seguido de Rondonpolis/MT (34,6), conforme mostra a Tabela 22.

    Na Tabela 23 est apresentado o ranking das UF com maiores taxas de deteco de aids em menores de 5 anos em 2012. Observa-se que o Rio Grande do Sul tem apresentado a maior taxa em todo o perodo de 2001 at 2012.

  • 27

    Aid

    sBoletim Epidemiolgico HIV AidsHIV em Gestantes

    Grfi co 17 - Taxa de deteco de HIV em gestantes por regio de residncia e ano do parto. Brasil, 2002 a 2011

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan at 30/06/2013.

    Com relao infeco pelo HIV em gestantes, no ltimo estudo em parturientes de 2010, observou-se uma prevalncia de HIV de 0,38%. Aplicando essa prevalncia ao nmero estimado de gestantes em 2012, obtm-se um total de 12.177 gestantes HIV positivas nesse ano. Comparando o dado estimado com o nmero de casos notifi cados em 2012 (7.097 gestantes HIV+), estima-se que a vigilncia de HIV em gestantes alcanou 58,3% dos casos esperados.

    De 2000 a junho de 2013, foi notifi cado no Sinan um total de 77.066 casos de infeco pelo HIV em gestantes, a maioria dos quais na Regio Sudeste (41,7%), seguida pelas regies Sul (31,3%), Nordeste (14,9%), Norte (6,3%) e Centro-Oeste (5,7%). Em 2012, o nmero de casos no Brasil foi de 7.097, dos quais 2.478 (34,9%) na Regio

    Sudeste, 2.200 (31,0%) na Regio Sul, 1.244 (17,5%) na Regio Nordeste, 750 (10,6%) na Regio Norte e 425 (6,0%) na Regio Centro-Oeste (Tabela 24).

    A taxa de deteco de casos de HIV em gestantes no Brasil em 2012 correspondeu a 2,4 casos por 1.000 nascidos vivos. A nica regio com uma taxa de deteco superior mdia nacional foi a Regio Sul, com 5,8 casos por 1.000 nascidos vivos. No perodo de 2003 a 2012, observa-se no Brasil um aumento de 26,3% na taxa de deteco de HIV em gestantes. Para as regies, observa-se uma reduo no Sudeste de 4,3% e um aumento nas demais regies, sendo de 380,0% para o Norte, 66,7% para o Nordeste, 26,7% para o Centro-Oeste e 23,4% para o Sul. (Tabela 24; Grfi co 17).

    0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

    2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x1.

    000

    nasc

    idos

    viv

    os)

    Ano do parto

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Em 2012, os estados que apresentaram taxas de deteco de HIV em gestantes superiores taxa nacional (2,4/1.000 nascidos vivos) foram: Amazonas (3,9) e Roraima (2,6), Na Regio Norte; Rio de Janeiro (2,8), na Regio Sudeste; Paran (2,5), Santa Catarina (5,7) e Rio Grande do Sul (9,6), na Regio Sul e Mato Grosso (2,6) na Regio Centro-Oeste. No perodo de 2003 a 2012, dentre as 27 UF, observa-se uma tendncia de aumento na maioria dos estados. De 2011 para 2012, houve reduo da taxa de deteco nos seguintes estados: Maranho, Cear, Paraba, Alagoas e Esprito Santo (Tabela 24, Grfi co 18).

    De modo geral, em 2012, a maior proporo de gestantes infectadas pelo HIV est concentrada na faixa etria de 20 a 29 anos (50,7%), em duas faixas de escolaridade distintas da 5 8 srie incompleta (32,7%) e do ensino mdio completo (19,1%) e na raa/cor branca (41,6%) e parda (42,0%). A completitude destes campos foi de 99,2%, 80,6% e 94,3%, respectivamente (Tabelas 25 e 26).

  • 28

    Aid

    s Ministrio da SadeGrfi co 18 - Taxa de deteco de HIV em gestantes por Unidade Federada. Brasil, 2011

    Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Nota: (1) Casos notifi cados no Sinan at 30/06/2013.

    0,0

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF

    Taxa

    de

    dete

    co

    (x1.

    000

    nasc

    idos

    viv

    os)

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

  • Tabelas

  • 30

    Aids Ministrio da Sade

    UF de

    resid

    ncia

    2009

    2010

    2011

    2012

    Tota

    l (20

    00 a

    2013

    )

    Sinan

    SIMSis

    cel

    Tota

    l(4)%

    Sinan

    (5)

    Sinan

    SIMSis

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    Tota

    l(4)%

    Sinan

    (5)

    Sinan

    SIMSis

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    Tota

    l(4)%

    Sinan

    (5)

    Sinan

    SIMSis

    cel

    Tota

    l(4)%

    Sinan

    (5)

    Sinan

    SIMSis

    cel

    Tota

    l(4)%

    Sinan

    (5)

    Bras

    il27

    088

    2921

    9350

    3935

    968

    ,827

    342

    2718

    8676

    3873

    670

    ,627

    586

    2498

    1045

    140

    535

    68,1

    2538

    628

    8210

    917

    3918

    564

    ,834

    9039

    3250

    399

    895

    4814

    3772

    ,5

    Norte

    1924

    238

    971

    3133

    61,4

    2104

    246

    953

    3303

    63,7

    1976

    230

    1192

    3398

    58,2

    1901

    281

    1245

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  • 33

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