31
Edison Tamascia O Sistema Tributário Brasileiro

Palestra Sobre PIS e COFINS

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

O Sistema Tributário Brasileiro

Page 2: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Page 3: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaPARA ENTENDER O SISTEMA TRIBUTÁRIO

Tributo: é a obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas de recolher

valores ao Estado ou entidades equivalentes. É vulgarmente chamado por

imposto, embora tecnicamente este seja mera espécie

dentre as modalidades de tributos.   

Os tributos são divididos nas seguintes modalidades:

Impostos;

Contribuições;

Taxas.

Page 4: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaPARA ENTENDER O SISTEMA TRIBUTÁRIO (IMPOSTOS)

Os impostos são tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Os

impostos se caracterizam por serem de cobrança compulsória e por não darem

um retorno ao contribuinte sobre o fato gerador.

Por exemplo: um imposto sobre posse de automóvel não necessariamente será

revertido em melhorias nas condições das vias urbanas ou rodovias. Existe uma

distinção entre impostos indiretos e impostos diretos. Este é pago diretamente

pelo contribuinte (o Imposto de Renda, por exemplo), enquanto que aquele tem o

valor embutido no preço da transação. Um exemplo é o ICMS. Os impostos

indiretos também não têm qualquer variação na renda do contribuinte.

Page 5: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaPARA ENTENDER O SISTEMA TRIBUTÁRIO (CONTRIBUIÇÕES)

(Contribuições Especiais)

Também chamadas de contribuições sociais ou parafiscais, as contribuições

especiais estão previstas nos artigos 149 e 149-A da Constituição Federal, sendo

tributos cuja característica principal é a finalidade para a qual é destinada sua

arrecadação.

Podem ser: sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesse de

categorias econômicas ou profissionais e para custeio do serviço de iluminação

pública (COSIP). As contribuições especiais possuem finalidade e destino certos,

definidos na lei que institui cada contribuição.

Page 6: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaPARA ENTENDER O SISTEMA TRIBUTÁRIO (TAXAS)

As taxas são tributos incidentes sobre um fato gerador e que são aplicados em

contrapartida a esse fato gerador. Ou seja, as taxas são a contrapartida que o

contribuinte paga em razão de um serviço público que lhe é prestado ou posto a sua

disposição. Além dessa contrapartida, as taxas também estão relacionadas ao poder

de polícia da administração, englobando fiscalizações e licenciamentos em geral.

Uma taxa só pode ser instituída por uma entidade tributante da mesma competência.

Por exemplo: As taxas sobre iluminação pública só podem ser cobradas pelos

municípios. Não necessariamente o pagante da taxa vai utilizar o serviço, apenas

o terá a sua disposição.

Page 7: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaPARA ENTENDER O SISTEMA TRIBUTÁRIO (LISTA POSITIVA E NEGATIVA)

LEI No 10.147 (21 de Dezembro de 2000)

Dispõe sobre a incidência da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) nas operações de venda dos produtos que especifica.

LISTA POSITIVA

Medicamentos com incidência de PIS/Pasep e Cofins cobrada na forma de substituição tributária no sistema monofásico.

LISTA NEGATIVA

Medicamentos sem incidência de PIS/Pasep e Cofins.

Page 8: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Termo de Acordo de Regime Especial - TARE

São benefícios fiscais relacionados ao ICMS oferecidos para Distribuidores e

Atacadistas, a fim de que os mesmos se instalem em suas áreas de atuação.

PARA ENTENDER O SISTEMA TRIBUTÁRIO (TARE)

Page 9: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

O Imbróglio Tributário

Page 10: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

O regime de impostos no Brasil é considerado um dos mais complicados

do planeta.

São 79 tributos - e mais de 5.000 leis para regulá-los - que sofrem uma inacreditável

média de três alterações a cada duas horas.

Num cenário como este, é mais do que esperado que a maioria das empresas

cometa algum erro no recolhimento de impostos ou na hora de prestar as inúmeras

informações exigidas pelos vários órgãos arrecadadores com que elas têm de lidar.

O Imbróglio Tributário

Fonte: Revista Exame

Page 11: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

5.000 leis formam o arcabouço tributário brasileiro. E elas não param

de mudar. Como exemplo, podemos citar a tabela de IPI, que possui

14.357 aplicações diferentes e, em 2007, sofreu 216 alterações. Até agosto

de 2008, já houve outras 85 mudanças.

Mensalmente, as Secretarias Estaduais da Fazenda (SEFAZ) exigem que as

empresas enviem um arquivo eletrônico com todas as operações que geraram

débitos e créditos de ICMS. Ainda assim, as SEFAZ’s exigem que as empresas

mandem um relatório do ano inteiro com as informações que já lhes

foram passadas mês a mês.

EXEMPLOS CLÁSSICOS DO IMBRÓGLIO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

Fonte: Revista Exame

Page 12: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

  

Recolhimento antecipado de imposto, através do modelo de substituição tributária

(S.T.)

Entrada em vigor da lei do Super Simples - em prol da unificação dos impostos

federais, estaduais e municipais

Nota Fiscal Eletrônica - em processo de implantação, cuja obrigatoriedade

entrou em vigor a partir de Dezembro/2008 para os Medicamentos

SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) - implantação a partir de

Janeiro/2009 para empresas de grande porte

O QUE VEM SENDO FEITO PARA MELHORAR O SISTEMA TRIBUTÁRIO?

Page 13: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

O Sistema Tributário Brasileiro e suas Aplicações no Mercado Farmacêutico

Page 14: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica;

PIS/PASEP - Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público;

Cofins - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

INSS Patronal - Contribuição Patronal sobre a Folha de Pagamento e Pro Labore.

TRIBUTOS FEDERAIS QUE INCIDEM NO CUSTO DE COMERCIALIZAÇÃO

Obs 1: Sobre a comercialização de medicamentos da lista positiva de medicamentos não existe tributação de PIS e Cofins, pois as mesmas já foram cobradas na modalidade de substituição.

Obs 2: Sobre a comercialização de medicamentos e de alguns itens de perfumaria da lista negativa não existe tributação de PIS e Cofins, pois as mesmas são isentas.

Page 15: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Presidência da RepúblicaCasa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 10.147, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000.

ICMS Lista Positiva Lista Negativa Lista Neutra19% 0,7234 0,7523 0,707118% 0,7234 0,7519 0,707317% 0,7234 0,7515 0,707512% 0,7234 0,7499 0,70840% 0,7234 0,7465 0,7103

Mudanças e Adaptações

Page 16: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Alteração no Art.18 com a nova redação da Lei Complementar n° 128/2008:

Redação Anterior:Art. 18, § 4°, inciso IV:“As receitas decorrentes das vendas de mercadorias sujeitas a substituição tributária; e”

Nova Redação:Art. 18, § 4°, inciso IV:“Serão segregadas as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária e tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) PIS e COFINS, bem como, em relação ao ICMS, antecipação tributária com encerramento de tributação.”

§ 4º - O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fins de pagamento:

Lei Complementar 128/2008

Page 17: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Mudanças e Adaptações

Page 18: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Dados para separação de listas de Pis, Confis

• Determinar no software:Listas (S)Neutra,(N) Negativa ,(I)Positiva

• Lista (S) Neutra : Listagem de produtos onde onera pis e confis, ou seja são produtos com tributação normal.

• Lista (N) Negativa : Listagem de produtos onde o pis e cofins é retido na fonte, ou seja pago na fonte, pelo fornecedor. (tributação monofasica)

• Lista ( I ) Positiva: Listagem de produtos onde o governo isentou de pis e cofins os medicamentos de uso contínuo, geralmente, anti-hipertensivos, anticoncepcionais, antidiabéticos.

Page 19: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

LISTA DE PRODUTOS

Determinar no software: Listas (S)Neutra,(N) Negativa ,(I)Positiva

Page 20: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

LISTA DE PRODUTOS

Determinar no software: Listas (S)Neutra,(N) Negativa ,(I)Positiva

Page 21: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

Perfumaria da Lista Negativa

LISTA DE PRODUTOS

Page 22: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaTRIBUTOS FEDERAIS QUE INCIDEM NO CUSTO DE COMERCIALIZAÇÃO

As empresas de grande porte ou mesmo empresa individual com faturamento

anual superior a R$ 2.400.000,00 ao ano não se enquadram na Lei Complementar do

Super Simples e pagam os impostos federais separados por cada tipo de tributo.

Por exemplo: o INSS é recolhido sobre o valor da folha de pagamento, enquanto

a CSLL é recolhida de acordo com o lucro obtido no período da apuração.

As empresas de pequeno porte com faturamento anual inferior a R$ 2.400.000,00

e que estão enquadradas no sistema simples de recolhimento de imposto (Super

Simples) recolhem os impostos federais sobre a venda.

Por exemplo: o INSS é definido de acordo com a faixa de faturamento que é de,

no mínimo, 2,6% para empresas que faturam até R$ 120.000,00 anuais, podendo

chegar a 4,6% para empresas que faturam até R$ 2.400.000,00 ao ano.

Page 23: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

As Micro e Pequenas Empresas (MPE’s)

respondem por cerca de 98% das empresas,

67% das ocupações e 20% do PIB.

Fonte: Sebrae/SP

Page 24: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

ICMS

Page 25: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS

O campo de incidência do ICMS é definido, na origem, pela própria Constituição Federal, em seu Art.155.

A Constituição atribuiu competência tributária a União para criar uma lei geral sobreo ICMS, através de Lei Complementar (LC 87/1996 - a chamada "Lei Kandir”).

A partir dessa lei geral, cada Estado institui o tributo por lei ordinária, o chamado “Regulamento do ICMS" ou "RICMS", que é uma consolidação de toda a legislação sobre o ICMS vigente no Estado, e é aprovada por Decreto pelo Governador.

Cada uma dessas leis está numa hierarquia, capitaneada pela Constituição Federal e que segue pela Lei Complementar, a Lei Ordinária e até o RICMS. Nenhuma dessas leis pode criar obrigações que não estejam contidas nas leis superiores a ela, sob pena de serem inválidas.

Page 26: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS

Por que o custo ou lucro de um mesmo produto é diferente entre os Estados?

Por que compete ao Estado estabelecer as regras, e elas podem ser diferentes nos seguintes sentidos:

Valor da alíquota adotado na entrada e na saída da mercadoria;

Percentual do redutor;

Adoção ou não do IVA (Imposto sobre Valor Agregado ou acrescentado);

Adoção ou não da cobrança por substituição tributária.

Page 27: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS

Por que o custo ou lucro de um mesmo produto é diferente entre os Estados?

Para exemplificar, veja algumas diferenças de regras aplicadas nos Estados:

O Estado do Rio de Janeiro adotou a alíquota de 19%, enquanto no Estado de São Paulo a alíquota é de 18% e no Paraná, é de 12%;

No Estado do Rio de Janeiro, o redutor para base de calculo é de 20% sobre o preço de venda, enquanto no Estado do Espírito Santo esse redutor é de 10% e no Paraná é de 10% para medicamentos de marca, 25% para genéricos e 30% para medicamentos similares;

Os Estados de São Paulo e Minas Gerais adotaram o IVA para estabelecer o imposto devido. Desta forma, quanto maior for o desconto concedido na nota fiscal de entrada menor será o valor do imposto, diferentemente de outros Estados, aonde quanto maior for o desconto concedido na nota fiscal de entrada maior será o imposto.

Page 28: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS

Como é feito o cálculo do ICMS?(nos Estados que adotam a S.T. no modelo tradicional)

Utiliza-se como base para calcular o crédito de ICMS o valor que o produto foi faturado na nota fiscal e, para efeito de débito, utiliza-se o valor definido pela CMED descontado o redutor adotado pelo Estado. Neste caso, o imposto devido será cobrado do estabelecimento junto com a duplicata.

Preço Venda Preço de Fábrica ICMS

133,00 100,00 18,00%

Desconto Venda Desconto Compra Redutor

0,00% 20,00% 10,00%

           

Cálculo ICMS a Pagar

Crédito ICMS Débito ICMS ICMS a Pagar

14,40 21,55 7,15

Page 29: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

iaICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS

Como é feito o cálculo do ICMS?(nos Estados que adotam

a S.T. no modelo IVA)

Utiliza-se como base para calcular o crédito de ICMS o valor que o produto foi faturado na nota fiscal e, para efeito de débito, utiliza-se o valor definido pela CMED descontado o redutor adotado pelo Estado. Neste caso, o imposto devido será cobrado do estabelecimento junto com a duplicata.

Preço Venda Preço de Fábrica Alíquota ICMS

133,00 100,00 18,00%

Desconto Venda Desconto Compra

0,00% 20,00%

           

Cálculo ICMS a Pagar

Crédito ICMS Débito ICMS ICMS a Pagar

14,40 19,15 4,75

Page 30: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

EDISON TAMASCIA

Page 31: Palestra Sobre PIS e COFINS

Ed

iso

n T

am

asc

ia

A IOB realizou um estudo simulando uma auditoria fiscal sobre as operações

realizadas (em 2007) por 223 empresas e descobriu que quase todas cometeram

algum erro no relacionamento com os órgãos arrecadadores.

Os lapsos de procedimento explicam parte considerável das autuações federais,

que somaram R$ 95 bilhões no ano passado.

Pelo menos um erro, cometido por 94% das empresas analisadas, nada tem a ver

com tentativa de sonegação. As empresas simplesmente deixaram de utilizar

créditos de ICMS a que tinham direito. Ou seja, pagaram ao Fisco mais do que

deveriam ter pago.

Fonte: Revista Exame

O Imbróglio Tributário