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6 ,00 novembro - Pará - Brasil www. .com.br 96 2009 Belém paramais ISSN 16776968 ISSN 16776968 Edição
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Edição novembro - Pará - Brasil www. .com.br96 2009 Belém paramais
ISS
N 1
6776968
3,00
ISS
N 1
6776968
6,00
ECOS DO CÍRIO 2009ECOS DO CÍRIO 2009
16Exposição Nazaré de Todos Nósapresenta os Círios de 11 municipios
Rodrigo Hühn; Ronaldo GilbertoHühn; Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva,Rodrigo Hühn; Dirigida, Bancas de Revista;
Ronaldo G. Hühn; Acyr Castro,Camillo M. Vianna, Celeste Proença, Claudio Mesquita,SergioPandolfo; Adriano Machado; Arquivo ECT; ArquivoMuseu do Círio; Carlos Sodré, Claudio Rodrigues; Claudio Santos,David Alves; Elcimar Neves, Eunice Pinto e RodolfoOliveira/Ag.Pá; Clóvis Silva; Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr;Fernando Felipe Gomes de Araújo; Marcelo Cleiton; MírianFontelenelle e Ricardo Stuckert / PR. Mequias Pinheiro;
Editora Círios
DIRETOR e PRODUTOR: EDITOR:COMERCIAL:
DISTRIBUIÇÃO:REDAÇÃO: COLABORADORES:
FOTOGRAFIAS:
DESKTOP:EDITORAÇÃO GRÁFICA:
OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRARESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES
CNPJ: 03.890.275/0001-36Inscrição (Estadual): 15.220.848-8Rua Timbiras, 1572A - Batista CamposFone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799ISSN: 1677-6968CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil
Editora Círios SS Ltda
14
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38
42
Pará de todas as Marias
Ecos do Círio 2009
Inaugurações no TCE
28º Arte Pará
A posse do ministro Alexandre Padilha
A primeira etapa do Linhão do Marajó
A primeira universidadepública do interior daAmazônia
R$ 480 milhões para aagricultura familiar
Jornalistas e cientistasunidos pela Ciência
Foto de Marcio Santos
ANATECASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES
PA-538
05p a r a m a i s . c o m . b r
ara marcar sua participação
nas celebrações da maior
festa da cristandade, os
Correios lançaram em São
José do Rio Preto (SP), seis
selos retangulares, um selo
em formato de guirlanda e um bloco de
dois selos comemorativos ao Natal 2009.
A cerimônia de lançamento ocorreu
durante missa no Santuário da Vida, na
sede da emissora de televisão RedeVida.
Os seis selos retangulares focalizam os
tradicionais presépios Ana Rech, situados
no município de Caxias do Sul, na serra
gaúcha, caracterizados pela singeleza e
expressividade de suas formas. O selo em
formato de guirlanda traz como adornos,
além da tradicional estrela de Natal e do
laço vermelho com dourado, frutos do
azevinho, da qual é originalmente
confeccionada a peça. Símbolo da
prosperidade, amor e boa sorte, a
guirlanda é um dos mais belos ícones
natalinos, reconhecida e admirada
mundialmente por sua beleza e
significado. Já o bloco comemorativo é
ilustrado por anjos, que transmitem paz,
leveza e suavidade, sentimentos típicos do Natal, e por uma estrela cadente,
representando o nascimento de Jesus
Cristo. Nos selos do presépio, foram
utilizadas as técnicas de fotografia, por
Marcelino Pauletti; o selo da guirlanda foi
feito em computação gráfica, pela artista
Camila Hott; no bloco comemorativo,
foram utilizadas técnicas de desenho e
computação gráfica, pela artista Thereza
Regina Barja Fidalgo.
As peças filatélicas contam com tiragens e
valores diferentes: 10.800.000 unidades
dos selos do presépio, a R$ 0,65 cada;
8.750.000 unidades dos selos da
guirlanda, a R$ 1,00 cada; e 150.000
blocos, a R$ 5,40 cada. As peças
filatélicas podem ser adquiridas nas
agências e na loja virtual dos Correios
(www.correios.com.br/correiosonline).P
P
Correios lança selospara o Natal 2009
primeira das onze romarias da
maior procissão católica do
mundo, o Círio de Nazaré,
iniciou às 9.00 hs da sexta-
feira antecedente ao 2º domingo de
outubro.
Antes da saída, houve o encerramento da
vigília, a inauguração da capela Bom
pastor e uma missa na Basílica Santuário
de Nazaré.
missa da Trasladação teve
início às 16h30, no palco
montado em frente ao
Colégio Gentil Bittencourt,
foi presidida por Dom Orani João
Tempesta, atual arcebispo do Rio de
Janeiro e ex-arcebispo Metropolitano de
Belém. Milhares de pessoas participaram,
muitos do lado de fora do colégio devido à
falta de espaço.
A
A
Fotos: Cláudio Santos/Ag Pa
Ecos do Círio 2009Ecos do Círio 2009Traslado/Romaria rodoviária
Trasladação
Frente ao Colégio GentilBittencourt milhares de fiéisparticiparam da missa
O traslado da imagem da Santapelas ruas da cidade, acompanhada
por milhares de fiéis
Velas iluminam o caminho dosfiéis na Trasladação até a Catedral
06 p a r a m a i s . c o m . b r
erca de mil embarcações,
segundo cálculos da Capitania
dos Portos, acompanharam a
romaria fluvial na manhã
deste sábado (10). A terceira das 11
romarias oficiais da Festividade de
Nazaré emocionou os fiéis desde a missa
que marcou a saída da Santa, no distrito de
Icoaraci, celebrada pelo arcebispo
emérito de Belém, Dom Vicente Zico. A
procissão chegou à escadinha do cais do
porto por volta de 11 horas.
07p a r a m a i s . c o m . b r
C
Romaria Fluvial
Na romaria fluvial
Durante a romaria Fluvial
Após a missa em Icoaraci
08 p a r a m a i s . c o m . b r
procissão saiu da Praça Pedro
Teixeira, ao lado da Estação
das Docas, logo após a
chegada da romaria fluvial e
da solenidade em que a Santa recebeu as
honras de Chefe de Estado. Após as
homenagens, os Motoqueiros conduziram
Nossa Senhora de Nazaré até o Colégio
Gentil Bittencourt, acompanhada pelo
som forte das descargas e a decoração
diferenciada de cerca de 15 mil
motocicletas.
Círio 2009 começou com a
missa campal às 5 horas,
celebrada pelo arcebispo
emérito de Belém, Dom
Vicente Zico e concelebrada por vários
bispos inclusive Dom Orani, pelo
A
O
Moto-romaria
O Círio 2009
Cerca de 15 mil motociclistas,acompanham a berlinda com a
imagem da Santa até oColégio Gentil Bittencourt
Pagador de promessa
Pela Boulevard
P
09p a r a m a i s . c o m . b r
administrador arquidiocesano de Belém,
Monsenhor Cid, e muitos sacerdotes,
inclusive vários de outros Estados, no
p a l c o e m f r e n t e à C a t e d r a l
Metropolitana, na Praça Frei Caetano
Brandão, bairro da CidadeVelha.
Ana Júlia, Dilma e a multidão de fiéis
Durante a procissão
A chegada da Virgemde Nazaré à PraçaSantuário
Suplicando e agradecendo as bênçãos da padroeira
10 p a r a m a i s . c o m . b r
ram cerca de 200 mil pessoas
entre crianças e adultos
participando da romaria – a 19ª
edição do Círio das Crianças – a
nona das onze romarias oficiais em
homenagem à padroeira paraense.
A procissão de quase dois quilômetros de
p e r c u r s o f o i p e r c o r r i d a e m
aproximadamente duas horas em
harmonia e tranqüilidade.
om uma procissão de cerca de
mil romeiros, os ciclistas da
cidade realizaram suas
homenagens à Senhora de
Nazaré, percorrendo os bairros de São
Brás, Guamá, Cremação, Jurunas e
Batista Campos.
E
C
r g a n i z a d a p e l a s
Comunidades da Paróquia
de Nazaré teve seu início
frente ao Hospital Ofir
Loyola. Pe. Silvio Jaques, pároco de
Nazaré, celebrou uma missa frente ao
Hospital. Após a benção especial,
c e r c a d e 1 0 m i l p e s s o a s
acompanharam a procissão até a Praça
Santuário.
Círio das Crianças
Cicloromaria
Procissão da Festa
OFotos: Marcelo Cleiton
11p a r a m a i s . c o m . b r
O tradicional espetáculo pirotécnico este ano
aconteceu em dois lugares: no pátio do IAP
(Instituto de Artes do Pará) e na Praça
Santuário. O show durou cerca de 10 minutos.
Foram utilizados aproximadamente 250 quilos
de fogos de artifício, marcando o encerramento
das Festividades de Nazaré com os fogos de
artifício, raio lazer, muitas cores, luzes, o som
dos estampidos e uma multidão de 20 mil
pessoas lotando a Praça Santuário e seu
entorno. Eram as últimas homenagens à
Rainha da Amazônia e padroeira dos
paraenses. Estava terminando a 217ª edição do
Círio de Nazaré.
Encerramento do Círio 2009
Fotos: Eliseu Dias/Ag Pa
12 p a r a m a i s . c o m . b r
Recírio, começou com a
missa campal celebrada
pelo monsenhor Raimundo
Possidônio, administrador
diocesano da Arquidiocese de Belém,
na Praça Santuár io marcando
oencerramento da festividade do Círio
de Nazaré e iniciando a última das 11
procissões do Círio. Durante a homilia o
monsenhor lembrou a todos da
importância de manter a fé acesa:
“Devemos ter a consciência de que a
nossa fé deve existir durante o ano
inteiro e não somente na quadra
nazarena”, ressaltou.
Aimagem peregrina voltava à capela do
Gentil, onde ficará até o próximo Círio.
O
Recírio
Fotos: Marcelo Cleiton
egundo a Diretoria da Festa, a
Arquidiocese de Belém e o
D i e e s e ( D e p a r t a m e n t o
Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos), durante
coletiva à imprensa: “O Círio de Nossa
Senhora de Nazaré 2009 foi um dos mais
bem organizados, concorridos e bonitos
da história, sendo também o maior Círio
da história – Quatro milhões de fiéis
participaram das onze romarias do Círio
2009”.
Para Roberto Sena, supervisor técnico do
Dieese, “nos aspectos de evangelização,
gestão e econômico, a avaliação de todos,
foi bastante posit iva, tanto em
participação de fiéis, orçamento, impactos
na economia, tempo e trajeto percorrido”,
afirmou Roberto Sena.
Aestimativa é de que a Imagem Peregrina
de Nossa Senhora de Nazaré tenha
visitado cerca de 100 mil lares paraenses e
120 empresas, entre repartições públicas e
privadas.Além da visita ao Rio de Janeiro.
Foi o maior percurso de todos os Círios
nas onze romarias: 127,696 quilômetros
por terra e mar em cerca de 37 horas de
p roc i s s õ e s . Tempo e pe r cu r so
funcionaram dentro do previsto pela
organização, explicou Sena.
O Dieese estimou um crescimento de
cerca de 30% no mercado de trabalho, na
quadra nazarena, funcionando como um
grande gerador de emprego e renda para o
Estado.
Dados orçamentários da Festa, mostram
que o Círio deste ano foi o mais caro da
história – chegou a R$ 1.998.000,00,com
um crescimento de 16,03% em relação a
2008. Segundo o Dieese, foram injetados
R$ 700 milhões na economia paraense
durante o Círio 2009.
O custo de transporte (terrestre,
rodoviário, aéreo e marítimo) ficou mais
caro entre 6% e 12% em relação a 2008. Já
o preço da hospedagem teve aumento de
15%. A alimentação também bateu
recordes de alta preços neste Círio. O
tradicional pato teve reajuste de até 12%.
Segundo dados da Paratur analisados pelo
Dieese, cerca de 66 mil turistas
acompanharam a procissão. Gastando em
média, 24 milhões de dólares durante suas
estadias.
Como o Círio chegou mais cedo em
relação a 2008, o número de atendimentos
registrados pela Cruz Vermelha caiu cerca
de 46%. Foram 1.302 atendimentos, a
maioria por desmaios, verificação de
pressãoArterial e insolação.
ADiretoria do Círio fez questão de elogiar
o trabalho da imprensa paraense,
parabenizando todos os jornalistas
paraenses pela cobertura do Círio.
“O Círio de Nazaré em Belém é o maior
evento religioso do mundo. Não se tem
notícia de outra procissão que reúna, num
só dia, dois milhões de pessoas. A festa
rompe fronteiras e a fé pode e deve ser
mostrada em todo o mundo”, disse Sena
encerrando a coletiva.Peregrinações
Romarias
Economia
Reajustes
Turismo
Atendimentos
Elogios/Reconhecimento
P
13p a r a m a i s . c o m . b r
S
O balanço do Círio 2009O balanço do Círio 2009
14 p a r a m a i s . c o m . b r
ma extensa programação
cultural, promovida pelo
governo do Estado,
integra as homenagens à
N o s s a S e n h o r a d e
Nazaré. Este ano, o Círio
completa 217 anos, em uma festividade
que inclui 11 romarias, desde a fluvial até
a dos motoqueiros. Só o Círio, realizado
no segundo domingo de outubro, leva
cerca de 2 milhões de pessoas às ruas da
capital paraense.
Com o tema do título, u ma extensa
programação cultural foi promovida pelo
governo do Estado, integrando as
homenagens à Nossa Senhora de Nazaré e
incluindo espetáculos de música,
exposições temáticas e visitação a museus
e igrejas centenárias.
Mais de 40 shows de música, dança
folclórica e outras manifestações culturais
foram realizados no complexo turístico
Estação das Docas, às margens da Baía do
Guajará.
Solos e duos de música foram
apresentados nos palcos deslizantes da
Estação. Um palco montado na orla
recebia cantores, bandas e grupos
parafolclóricos, como o músico Ivan
Cardoso, a cantora Gabi Amarantos, o
Balé Folclórico da Amazônia e a banda
Gaia na Gandaia.
U
Fotos: Eunice Pinto/Ag Pa
"Pará de todas as Marias"
A exposição de jóias homenageia os100 anos da Basílica Santuário, tantonas peças quanto na ambientação
O pingente Majestosa II, criado pela designerSelma Montenegro, é uma das 74 joias da
exposição montada no São José Liberto
15p a r a m a i s . c o m . b r
A Basílica Santuário inspirou a exposição
"Joias de Nazaré 2009 - Basílica,Tesouros
da Fé", na maior coleção já produzida
pelos profissionais do Polo Joalheiro do
Pará, sob a inspiração dos ícones do Círio,
no Espaço São José Liberto.
A exposição homenageou os 100 anos de
lançamento da pedra fundamental da
Basílica Santuário de Nazaré, um dos
m a i s i m p o r t a n t e s p a t r i m ô n i o s
arquitetônicos do Pará, cujos detalhes
foram reproduzidos pelos designers,
ourives, lapidários e artesãos paraenses.
A exposição "Nazaré de todos nós",
homenageou Círios de 11 municípios
paraenses. Matéria completa em outro
local dessa edição.
O Círio 2009 reservou uma emoção a mais
para romeiros e turistas: visitar a Catedral
Metropolitana de Belém. Fechada desde
2005, o governo do Estado retomou e
concluiu a restauração, orçada em cerca
de R$ 14 milhões.ACatedral, de onde saiu
a imagem de Nossa Senhora para o Círio,
foi entregue à população em 1º de
setembro deste ano, após a revitalização
total do prédio, das telas e do órgão.
Projetada pelo arquiteto Gino Coppedè e
pelo engenheiro Giovanni Pedrasso,
ambos italianos, a Basílica de Nazaré
reproduz as linhas originais da Basílica de
São Paulo extra-muros de Roma e resulta
da determinação dos padres barnabitas,
que chegaram a Belém no início do século
XX. Esse ano comemorando os 100 anos
do lançamento de sua pedra fundamental.
Durante a abertura da Exposição“Jóias de Nazaré 2009-Basílica Tesouro da Fé”
Todos se encantavamcom as belezas das Jóias
P
Basílica, Tesouros da Fé
Nazaré de todos nós
Catedral
Basílica Santuário de Nazaré
16 p a r a m a i s . c o m . b r
período do Círio de
Belém é só festa. Recebe
romeiros vindos de
diversas partes do mundo
movidos pela fé ou pela
oportunidade de viver de pertinho a essa
f o r t e m a n i f e s t a ç ã o c u l t u r a l e
antropológica que é o Círio de Nossa
Senhora de Nazaré. Pelo terceiro ano
consecutivo a Secretaria de Estado de
Cultura (Secult), por meio do Museu do
Círio, realiza a exposição Nazaré de
Todos Nós, este ano no período de 28 de
setembro a 31 de outubro de 2009 em
diversos espaços da cidade. São imagens,
mantos, cartazes de círios anteriores,
camisas, cordas, estandartes, fotos, ex-
votos e livros de peregrinações, objetos
que retratam o Círio de 11 municípios
paraenses. O objetivo é promover a
valorização, a preservação e a difusão da
cultura e da religiosidade do povo
paraense e seus aspectos devocionais com
relação a Nossa Senhora de Nazaré. De
acordo com Jeam Carlos Lopes, diretor do
Museu do Círio, o levantamento realizado
pelos técnicos do Museu, busca
identificar, registrar as devoções, sempre
priorizando os aspectos sociais da
tradição desses lugares. "Infelizmente
muitas comunidades não possuem a
história documentada sobre o surgimento,
m o d i f i c a ç õ e s e p e r m a n ê n c i a s
socioculturais de seus círios", destaca.
"Privilegiamos a memória dos mais
antigos moradores das localidades, como
também, os meios de organização social
em que o papel eclesial é um tipo de
núcleo agregador de ações comunitárias".
O projeto é direcionado à divulgação dos
resultados da pesquisa em uma grande
exposição de arte em diversos espaços de
Belém, mostrando as variadas expressões
simbólicas e culturais. Além da devoção
religiosa, o Círio tem características
comuns em várias localidades do Estado,
como a peregrinação nas casas antes da
romaria, a utilização da corda e a presença
OFotos: Arquivo Museu do Círio
Exposição Nazaré de Todos Nós apresentaos Círios de 11 municípios do Pará
17p a r a m a i s . c o m . b r
de crianças vestidas de anjinhos.
De acordo com Edilson Moura, secretário
de Estado de Cultura, o levantamento
consiste não apenas em pesquisar as festas
religiosas que ocorrem nesses municípios,
mas o que ocorre por trás dessas
comemorações como a história de cada
festividade, procissões e o arraial como
fator socioeconômico e cultural. "O
objetivo é mostrar que o círio foi além de
seu caráter religioso e tomou-se também
cultural e antropológico de tal forma que
mexe com o cotidiano das pessoas. Elas
vêm participar do Círio em Belém e
trazem sua cultura, além de sua fé.",
reitera.
Jeam Carlos Lopes explica que os objetos
foram cedidos pela organização das
romarias em cada cidade visitada e serão
devolvidos ao foral da exposição. "Os
mantos e as imagens são protegidos por
cúpulas de vidro, para evitar que haja
algum dano ao patrimônio dessas
comunidades", explica, acrescentando
que o objetivo é alcançar 50 municípios.
A exposição "Nazaré de todos nós"
inaugura no dia 28 de setembro no espaço
cultural do Tribunal Regional do Trabalho
da 8a Região e fica no local até o dia 04 de
outubro e depois segue para uma
exposição itinerante em outros locais. Do
dia 05 até o dia 11 de Outubro a mostra
ficará exposta no Shopping Pátio Belém.
De 13 a 24 estará no Instituto de Artes do
Pará (IAP) e na Fundação Curro Velho, a
mostra será apresentada no dia 26 até o dia
31 de outubro. Informações no fone:
4009-8845.
O Museu do Círio fica na Rua Padre
Champagnat, s/n, na Cidade Velha em
Belém, ele faz parte do Núcleo Cultural
Feliz Lusitânia. O espaço abriga mais de
1.600 peças doadas por instituições
ligadas a igreja católica e principalmente
por promesseiros. Os visitantes do museu
podem apreciar desde o achado da
imagem aos pedaços da corda que puxam
a berlinda. As imagens peregrinas e as
"originais", mantos e fotografias, são
algumas peças do importante acervo do
museu. O Museu do Círio, órgão do
Sistema Integrado de Museus e
Memoriais, vinculado à Secretaria de
Estado de Cultura, vem desde outubro de
1986, oferecendo ao público um olhar
histórico e antropológico sobre uma das
maiores manifestações populares do
Brasil - o Círio de Nazaré.
Localizado na Ilha do Marajó, Curralinho
celebrou, em 1994, seu o primeiro Círio de
Nossa Senhora de Nazaré. No 2° domingo
de outubro devotos e promesseiros dão
feições e cores à festividade que a cada
ano cresce em fé e doação. Breves
Distante a 12 horas via transporte fluvial
da capital do Estado, o Município de
Curralinho
No Pátio Belém
Museu do Círio
Os Círios apresentados naexposição em 2009:
Breves, na Ilha do Marajó, tem mantido
sua tradição religiosa desde 1934 ao
realizar, no 20 domingo de outubro, o
Círio de Nazaré. Com grande alegria e
fervor fiéis preparam a cidade para o tão
esperado momento de devoção mariana
por meio de cantos e evangelizações.
O Círio de Nossa Senhora de Nazaré em
Pa r agomina s ap r e s en t a g r ande
peculiaridade em suas homenagens. Um
delas é a cavalgada que percorre a cidade e
recebe uma benção toda especial de Nossa
Senhora. Realizado desde 1933, o Círio de
Nazaré acontece no 3° domingo de
novembro sempre renovando a esperança
dos devotos.
A berlinda, a imagem da santa peregrina,
as flores e as novenas percorrendo as ruas
e as casas dos fiéis do Município deAcará,
demonstram que o Círio de Nazaré está
preste a se concretizar. Todo esse
movimento de pessoas marca a
preparação da comunidade para a
festividade celebrada no 3° domingo de
novembro desde 1944.
As dificuldades de deslocamento e
orçamentár io impuls ionaram os
moradores de Augusto Corrêa a prestar
homenagens e testemunhos de fé a Nossa
Senhora de Nazaré. Assim, o início do
Círio data de 1958 e é realizado no 1°
domingo de dezembro com grande festa e
confraternização comunitária.
Como mesmo amor e fé devotada ao
padroeiro da cidade, a comunidade
organiza com grande esforço o Círio de
Nossa Senhora de Nazaré que teve inicio
no ano de 2000. A berlinda ornamentada
com sementes, cachos de açaí e flores
regionais percorre seis comunidades que
com alegria e fervor homenageiam a
imagem santa no 2° domingo de setembro.
Prestes a completar 52 anos, o Círio de
Primavera é realizado no 3° domingo de
novembro, com características bem
peculiares: a festividade inicia 8 dias antes
com o Círio das crianças, dos idosos, dos
casais, dos estudantes, procissão
rodoviária, trasladação e o Círio de Nossa
Senhora de Nazaré, que encerra os
fes te jos nazarenos com grande
participação comunitária.
A devoção iniciou com homenagem feita
num pequeno altar de uma loja local e foi
adotada como tradição religiosa e cultural
pelos moradores de Parauapebas. De uma
modesta procissão, hoje o círio é um
espetáculo de fé e participação dos
devotos que em 15 dias se preparam para o
Círio de Nossa Senhora de Nazaré que
acontece no quarto sábado de Outubro.
Localizada região do salgado, nordeste
paraense distante, teve seu primeiro círio
Paragominas
Acará
Augusto Corrêa
Itupiranga
Primavera
Parauapebas
Quatipuru
18 p a r a m a i s . c o m . b r
A Exposição Nazaré de Todos Nós, no TRT 8ª
realizado no ano de 1930. A festividade é
composta por uma série de homenagens e
procissões, onde se destaca a procissão do
encontro em que todas as imagens que
estavam em peregrinações visitando casas
familiares e nas demais comunidades se
reencontram e são levadas, em caminha
pelo povo, para a igreja de Nossa Senhora
de Nazaré.
Marituba, antiga colônia de Hansenianos,
teve seu primeiro círio realizado em 1942,
no terceiro domingos de novembro, graças
a perseverança dos internos que nunca
deixaram de ter fé esperança de melhores
dias. Homenagear Nossa Senhora de
Nazaré para os internos significava
entregarocaminhoeavidaaDeus.
Igarapé-Miri tem um círio simples, mas
rico em devoção e fé. Realizado no 3°
domingo de outubro, é
celebrado desde 1956.
Tendo como base o Círio
da capital, já faz parte da
história desta cidade e, a
cada ano, vem crescendo
em números de fiéis. É
u m a d a s m a i o r e s
manifestações de fé do
povo Miriense.
O Governo do Estado do
Pará, através da Secretaria
de Cultura do Estado
(Secult) e Museu do Círio, apresenta a
exposição "Nazaré de todos nós", que
acontece de 28 de setembro à 31 de
outubro em diversos espaços da cidade.
Marituba
Igarapé-Miri
Serviço
P
19p a r a m a i s . c o m . b r
Ex-votos, mantos e imagensde Nossa Senhora de Nazaré
No TRT 8ª Reg. (esq p/ dir) Lucineide Azevedo, supervisoraMuseológica, Jeam Carlos Lopes, diretor do Museu do Círio,
Elizabeth Fátima Newman, desembargadora, Herbet TadeuMatos, corregedor Regional da Justiça do Trabalho
No TRT 8ª Reg. (esq p/ dir) Lucineide Azevedo, supervisoraMuseológica, Jeam Carlos Lopes, diretor do Museu do Círio,
Elizabeth Fátima Newman, desembargadora, Herbet TadeuMatos, corregedor Regional da Justiça do Trabalho
O Círio de Nazarénos Municípios
20 p a r a m a i s . c o m . b r
Lá vem Ela!
tão bela
nos braços do povo!
É a minha RAINHA
que eu amo, sozinha
num beijo de paz!
Ela vem acenando, sorrindo,
abraçando, sua gente, cantando
na benção que traz
É o Pará
Que não pára.
É beleza tão rara
Não dá pra falar...
A emoção é enorme
A oração é a messe, ritual de alegria
Ninguém desconhece, aquela simpatia
do milagre da Fé!
SENHORA DO MUNDO
amor mais profundo
eu juro, não há!
Sai dessa Berlinda
teu povo te chama
de longe, reclama
ele quer te abraçar
Nem precisa dizer
o seu nome encantado
mil vezes amado, tão santificado
moldura de ouro, de amor e de fé.
Beijando-te as mãos
eu me torno criança
e criança é o mundo
que ajoelha e te beija — Ó Santa Senhora de Nazaré
Santa Adivinhação
P
por Celeste Proença
abertura do 2º Fórum
TCE e Jurisdicionados,
feita pela presidente e
pelo vice-presidente do
TCE, conselheiros
L o u r d e s L i m a e
Cipriano Sabino, contou com uma
palestra do ministro Benjamin Zimler,
vice-presidente do Tribunal de Contas da
União, que fez um retrospecto histórico
sobre o exercício do controle externo
sobre as contas públicas e as perspectivas
para essa atividade.
AgovernadoraAna Júlia Carepa defendeu
o controle da sociedade sobre a
administração pública como essencial nas
g e s t õ e s a t u a i s , d u r a n t e s e u
pronunciamento na abertura do 2º Fórum
do TCE, que debate o controle externo
sobre ações públicas no Hangar Centro de
Convenções.
"Não se concebe mais uma administração
pública que não seja controlada pela
sociedade. Existe uma necessidade de
transparência cada vez maior, o que
significa um avanço na democracia
brasileira", disse a governadora, que
solicitou a presença de todos os gestores
de órgãos estaduais no evento para receber
as orientações doTCE.
Ana Júlia Carepa destacou o empenho do
governo do Estado para envolver a
sociedade na orientação e no debate sobre
as políticas públicas que executa, com
instrumentos como o Planejamento
Territorial Participativo (PTP) e as
comissões de fiscalização eleitas pela
comunidade em todas as obras realizadas
pelo Estado.
Os infocentros públicos implantados pelo
programa estadual NavegaPará, com
acesso a internet de alta velocidade, foram
citados pela governadora como um meio
de democratização da informação
necessária ao controle social. "Essa
missão só será cumprida a contento se a
sociedade for orientada para exercer este
controle, que deve vir tanto das esferas
instituídas, com os tribunais de conta,
assembléias legislativas e câmaras
municipais, como pela representação
direta da sociedade."
A
Fotos: David Alves/Ag Pa
2º FÓRUM DO TRIBUNAL
DE CONTAS DO ESTADOGovernadora defende controle social de obras públicas
Lourdes Lima, conselheira presidentedo Tribunal de Contas do Estado do Pará,na abertura do do II Fórum TCE-PA eJurisdicionados
A necessidade cada vez maior de transparência é"um avanço na democracia brasileira", disse Ana
Júlia Carepa, na abertura do fórum do TCE
P
Benjamin Zymler, ministroVice-presidente do Tribunal
de Contas da União participana abertura do do II Fórum
TCE-PA e Jurisdicionados
A governadora Ana JúliaCarepa, Benjamin Zymler,
Vice-presidente do TCU, LourdesLima, presidente do TCE
e os conselheirosdo TCE-Pá
21p a r a m a i s . c o m . b r
Tribunal de Contas do
Es tado (TCE-PA) ,
realizou recentemente,
c o m o f r u t o d e
proposição apresentada
em p lená r i o pe lo
Conse lhe i ro Ne l son Chaves , a
inauguração da Sala dos Aposentados
Conselheiro Lucival Barbalho, da Sala
das Togas Conselheiro José Maria
Barbosa e Espaço Cultural Conselheiro
Clóvis Silva de Moraes Rêgo. Os nomes
dos espaços homenageiam conselheiros
cuja trajetória no TCE engrandeceu a
insti tuição pela atuação sempre
comprometida com os altos valores éticos
que caracterizam os verdadeiros homens
públicos.
A Conselheira Presidente, Maria de
Lourdes Lima de Oliveira, esteve à frente
da homenagem, juntamente com o
Conselheiro Vice-Presidente, Cipriano
Sabino, o Auditor Edílson Oliveira e
Silva, o Conselheiro Nelson Chaves, os
conselheiros aposentados Manuel Ayres,
Erlindo Braga, Elias Naif e Lauro Sabbá,
juntamente com vários servidores
presentes, dividiram a honra de
representar o Tribunal de Contas do
Estado. A procuradora Iracema Teixeira
Braga representou o Ministério Público de
Contas, acompanhada dos procuradores
Antônio Maria Filgueiras Cavalcante e
Rosa Egídia Crispino Calheiros Lopes.
Dentre as autoridades e personalidades
presentes, compareceram à cerimônia a
Procuradora Chefe do Ministério Público
junto ao TCM, Elizabeth Salame, o ex-
governadorAlacid Nunes e o ex-deputado
Mário Cardoso.
No Espaço Cultural “Conselheiro Clóvis
Moraes Rêgo” foram inauguradas as
exposições “Brinquedos de Miriti”, dos
artesãos de Abaetetuba e “Olhar do
Filho”, de Ronaldo Moraes Rêgo, com
período de visitação até o dia 30 de
outubro, no horário das 8h às 14h. A
Conselheira Lourdes Lima aproveitou a
ocasião para comunicar que o espaço
cultural estará disponível aos órgãos
públicos, entidades representativas da
sociedade e pessoas que queiram reservá-
lo para exposições artístico-culturais.
O novo espaço integra a proposta do TCE,
surgida a partir da criação do Centro de
Memória Serzedelo Corrêa e da
reformulação e modernização da
O
Inaugurações no TCECons Manuel Ayres, Presidentedo TCE Cons Lourdes Lima eFamiliares de Lucival Barbalho
Vice Presidente do TCE ConsCipriano Sabino e Familiares de
José Maria Azevedo Barbosa
Vice Presidente do TCE ConsCipriano Sabino e Familiares de
José Maria Azevedo Barbosa
Obras de Ronaldo Moraes Rêgo
22
Biblioteca Ministro Benedito Frade, no sentido de
disponibilizar aos cidadãos paraenses o acesso a
informações relativas não apenas à história e atividades da
Corte de Contas, como também as relacionadas à cultura e ao
conhecimento em geral.
Nesse sentido, o espaço cultural se torna mais um meio de
incentivo à produção e divulgação da cultura paraense, como
reflexo da importância que o TCE confere às manifestações
artístico-culturais do povo paraense em suas mais diversas
formas.
Após as inaugurações, o coral do TCE/PA apresentou-se,
interpretando diversas canções com a temática da amizade e
também alusivas ao Círio de Nazaré 2009. A cerimônia
encerrou-se com um coquetel servido pelo TCE/PA a todos
os presentes. P Obras de Miriti (Inaugurando o Espaço Cultural)
23p a r a m a i s . c o m . b r
Presidente do TCE Cons. Lourdes Lima,Cons. Nelson Chaves, Vice-Presidente
do TCE Cons. Cipriano Sabino eCons. Edilson Silva
Cons Nelson Chaves eClóvis Moraes Rêgo Junior
24 p a r a m a i s . c o m . b r
presidente da República
em exerc íc io , José
Alencar, sancionou dia
5/11, em Brasília, o
Projeto de Lei 2.879/09,
que cria a Universidade Federal do Oeste
do Pará – UFOPA. Primeira universidade
pública com sede no interior da região
amazônica, a UFOPA será instalada no
município de Santarém, no início de
dezembro.
A governadora Ana Júlia Carepa
compareceu à solenidade e comemorou a
criação da nova universidade: "Esta é uma
luta de muito tempo e fruto da união do
Estado. A população do oeste paraense
merece este presente", frisou. A UFOPA
absorverá o campus da Universidade
Federal do Pará (UFPA) em Santarém e
uma unidade descentralizada da
Universidade Federal Rural da Amazônia
(Ufra-Tapajós).
A meta é receber
aproximadamente
10 mil estudantes de
c u r s o s d e
graduação . Ana
Júlia Carepa disse
que a UFOPA é um
i n v e s t i m e n t o
essencial para o
desenvolvimento do
oeste do Pará, uma
vez que a região
reúne os municípios
mais distantes da
capital paraense.
A nova instituição
deverá promover a
cooperação regional e internacional, com
a participação dos demais Estados da
Amazônia Legal - Acre, Amapá,
Amazonas , Rondônia , Rora ima,
Tocantins e parte do Maranhão e do Mato
Grosso - e dos outros
países membros da
Organ ização do
T r a t a d o d a
C o o p e r a ç ã o
A m a z ô n i c a
(Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana,
Peru, Suriname e
Venezuela).
Serão oferecidas 1,6
mil vagas nos cursos
d e E n g e n h a r i a
Florestal, Sistemas de Informação,
Direito e licenciatura em Letras,
Pedagogia, Física, Matemática e
Biologia. A partir de 2010 serão abertos
cursos em áreas do conhecimento
relacionadas às vocações regionais. "A
UFOPA já nasce com os olhos voltados
para o século XXI e talvez até para o
século XXII, porque tem cursos voltados à
biodiversidade, às águas e aos arranjos
produtivos locai", ressaltou o ministro da
Educação, Fernando Haddad.
A nova universidade está incluída nos
planos do governo federal para expandir a
rede de ensino superior e ampliar os
investimentos em ciência e tecnologia,
com foco na inclusão social. Além da
formação intelectual, ensino, pesquisa e
extensão, a UFOPA impulsionará o
desenvolvimento regional.
A Universidade é um projeto do governo
O
Fotos: Adriano Machado e Tamara Saré / Ag. Pará
UFOPA – A primeira universidadepública do interior da Amazônia
Vocações
José Alencar, Ana Júlia Carepa e outras autoridadesdo Pará após a criação da universidade
José Alencar sanciona o Projetode Lei 2.879/09, que cria a UniversidadeFederal do Oeste do Pará – UFOPA
25p a r a m a i s . c o m . b r
federal a partir de uma Indicação (a
4.821/2005), do deputado federal Zé
Geraldo (PT-PA), que sugeriu ao Poder
Executivo e ao ministro Fernando Haddad
a criação da universidade. Em 2008, o
Poder Executivo enviou ao Congresso o
projeto atual, que tramitou nas comissões
da Câmara dos Deputados e no Senado.
"A UFOPA é a 12ª universidade federal
criada pelo presidente Lula.
Segundo Ana Júlia Carepa, a nova
universidade quebra paradigmas, por
levar o desenvolvimento a todo o
território paraense. Ela
ressaltou que o governo
estadual está empenhado em
apoiar a educação e a
pesquisa: "Junto à UFOPA
teremos um parque de
tecnologia e o trabalho da
Fundação de Amparo à
Pesquisa do Pará (Fapespa).
Estou muito feliz e orgulhosa
d e s e r a
governadora do
P a r á n e s t e
momento histórico
de criação dessa
universidade, que já
nasce pujante e grandiosa".
"O Brasil está se preocupando
c a d a v e z m a i s c o m o
desenvolvimento sustentável da
Amazônia", disse o presidente
em exercício, José Alencar. Ele
declarou ser "uma honra
excepcional sancionar o projeto
que cria a UFOPA " e, num
discurso emocionado, lembrou
sua passagem por Santarém, da beleza da
região, especialmente do rio Tapajós.
José Alencar informou que faz questão de
ir a Santarém para a inauguração da
universidade, que deverá ocorrer entre os
dias 06 e 8 de dezembro
deste ano.
O ministro Fernando
Haddad destacou a
importância da UFOPA,
observando que o Pará
tem dimensões "não de
p a í s , m a s d e
continente", e destacou
que a nova instituição
começa com um projeto
político pedagógico
diferenciado, voltado
para a sustentabilidade
e c o m f o c o n a
interiorização da educação superior .
A solenidade foi prestigiada pelo
m i n i s t r o - c h e f e d a s R e l a ç õ e s
Institucionais, Alexandre Padilha; pelo
coordenador da Comissão de Implantação
da UFOPA, José Seixas Lourenço; pelos
senadores José Nery e Flexa Ribeiro;
pelos deputados federais José Geraldo,
Nilson Pinto e Elcione Barbalho, além do
deputado estadual Airton Faleiro e da
prefeita de Santarém, Maria do Carmo
Martins.
Os cursos de graduação e pós-graduação
oferecidos pela UFPA no campus de
Santarém e nos núcleos de Óbidos,
Oriximiná e Itaituba, e pela Ufra na
unidade descentralizada do Tapajós,
integrarão a estrutura da UFOPA. Os
alunos matriculados nesses cursos farão
parte, automaticamente, da nova
universidade.
Além dos cargos de reitor e de vice-reitor,
serão criados 500 cargos de professor e
333 técnico-administrativos de nível
superior e nível médio. Os professores e
técnicos serão selecionados ainda este
ano. Em 2010 devem ser contratados 146
professores e 166 técnicos.
Ana Júlia Carepa, Fernando Haddad, Alexandre Padilha e JoséAlencar comemoram a criação da Ufopa, um momento
histórico para a educação na Amazônia
ParadigmasContratação
Ana Júlia Carepa e Airton Faleirona solenidade de criação da UFOPA
P
Toda a estrutura física dos Campi da UFPa e daUFRA será transferida ao patrimônio da UFOPA
p a r a m a i s . c o m . b r
governadora Ana Júlia
Carepa prestigiou a
abertura da 28ª edição do
Arte Pará, principal
salão de artes plásticas
da região Norte e um dos
mais conceituados do Brasil, em Belém,
na sede do Palácio Lauro Sodré, evento
promovido pela Fundação Romulo
Maiorana. Ela foi recebida pelos
empresários Roberta Maiorana e Romulo
Maiorana Júnior e pelo secretário de
Cultura, Edilson Moura, e participou da
entrega da premiação aos artistas, tendo
entregado o prêmio conquistado pela
fotógrafa Paula Sampaio.
A governadora destacou que o Arte Pará é
uma referência nacional no seu gênero
que dá oportunidade não só aos artistas
paraenses, como também a outros de
renome nacional. Depois de percorrer a
mostra, acompanhada pelos curadores
Marisa Mokarzel e Orlando Maneschy a
governadora Ana Júlia disse ainda que as
obras expostas são marcantes e mexe com
a emoção do visitante.
"O Pará é quem tem que agradecer pelo
incentivo às artes plásticas que oArte Pará
confere, que embora seja uma ambiente
competitivo é um ambiente saudável",
enfatizou a governadora. Ela destacou que
o evento valoriza outros museus da
Capital, que também vão receber mostras
das obras que participam do Arte Pará, a
exemplo da Casa das 11 Janelas, Museu de
Arte Sacra, Museu da Universidade
Federal do Pará, Museu de Arte de Belém
e Museu paraense Emílio Goeldi.
Ela parabenizou os patrocinadores do
A
Fotos: Eunice Pinto/Ag Pa
28º Arte Pará
A governadora Ana Júlia, o secretário EdilsonMoura e Orlando Maneschy, curador do 28º ArtePará, no salão do Museu de Artes do Pará
Durante a abertura da28ª edição do Arte Pará
27p a r a m a i s . c o m . b r
evento - Supermercado Nazaré, Esamaz,
Unimed Belém e Makro Engenharia pelo
compromisso em apoiar o que há de mais
instigante no ser humano, que é a
manifestação artística, independente da
linguagem que utiliza.
O secretário Edilson Moura destacou a
identidade do salão com o Palácio Lauro
Sodré, que recebeu o evento já no
primeiro ano do governo Ana Júlia antes
mesmo de ter sua restauração concluída.
Para Moura, o Arte Pará preenche uma
lacuna que é dar oportunidade para que os
artistas plásticos locais participem de um
concurso único e de grande prestígio.
Edilson Moura lembrou o quanto foi
difícil fazer a seleção das obras
participantes e da escolha dos premiados,
tamanha a qualidade e originalidade das
ideias elaboradas pelos artistas. "Quero
parabenizar a Fundação Romulo
Maiorana por essa iniciativa e desejar
que o Arte Pará tenha vida longa para
que continue a dar oportunidade às
futuras gerações de artistas que virão".
Orlando Maneschy, curador do salão,
disse que o Arte Pará é um evento
artístico de grande importância para o
sistema de arte da Amazônia, que ajuda a
projetar nomes da região em outros
centros de consumo de arte do país.
Maneschy diz ainda que o salão cria uma
intercomunicação entre o circuito de arte
de Belém com outros circuitos. O salão
poderá ser visitado até o dia 30 de
novembro. P
Apreciando uma das obras
A governadora Ana Júlia Carepae a fotógrafa Paula Sampaio
28 p a r a m a i s . c o m . b r
governadora Ana Júlia
Carepa e d iversos
secretários de Estado do
Pará participaram em
Brasília, da cerimônia de
posse do novo ministro
das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha, realizada no Palácio do
Itamaraty.
O médico Alexandre Padilha, que
ocupava a chefia da Subsecretaria de
Assuntos Federativos da Presidência, tem
38 anos, substitui José Múcio Monteiro.
Ele será responsável pelo relacionamento
do governo federal com parlamentares,
governadores, prefeitos e todos os
detentores de mandatos eletivos.
No discurso de posse, o novo ministro
destacou sua forte ligação com o PT e o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Padilha negou que pretenda se candidatar
a qualquer cargo eletivo em 2010. "Estou
honrado de ser ministro de seu governo.A
minha geração começou na política pela
liderança do senhor", disse Padilha
dirigindo-se ao presidente. "Essa geração
disputava intensamente na política, mas
quando chegava para ser liderada pelo
presidente Lula todo mundo cantava uma
música só", acrescentou.
O presidente respondeu com bem
humorado. "Se eu soubesse que Padilha
era tudo isso, tinha indicado alguém
menos lulista e petista", declarou Lula,
que aproveitou para defender o Congresso
Nacional. "Talvez eu passe pela história
como o único presidente que não tenha
feito críticas nem nos bons nem nos maus
momentos ao Congresso. Eu, mesmo
quando tenho que dizer, não digo. A gente
precisa aprender a respeitar o Congresso
Nacional, porque com todos os defeitos
que ele tem, é a cara da sociedade
brasileira no dia das eleições", reiterou.
Lula recomendou a Padilha que tenha
cautela e mantenha aberto o diálogo com
A
Fotos: Adriano Machado, Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr e Ricardo Stuckert / PR
A posse do ministro Alexandre Padilha
Lula discursa na concorridacerimônia de posse do novoministro, Alexandre Padilha
Ana Júlia Carepa durante acerimônia de posse, ao ladodo ministro Paulo Bernardo
(à esq.) e o líder do PT,Cândido Vaccarezza
Diálogo
29p a r a m a i s . c o m . b r
os parlamentares. "Tem que ter
reciprocidade, compreensão. Não
podemos ter relação com deputado e
senador quando estamos no sufoco para
ter maioria para votar alguma coisa. Tanto
eles precisam que o governo contribua
para que as coisas aconteçam no
Congresso, como nós. E tem que ter base
aliada", observou o presidente.
O novo ministro considera seu primeiro
desafio no Ministério de Relações
Institucionais fazer com que a base no
Congresso Nacional participe mais
intensamente das decisões do governo,
sinta-se contemplada e receba os créditos
das ações positivas e conquistas do
governo federal.
A posse de Padilha foi prestigiada, ainda,
pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma
Rousseff, e pelo vice-presidente da
República, José Alencar. Este, que
continua lutando contra o câncer, ao entrar
no salão onde ocorria a solenidade foi
demoradamente aplaudido de pé por todos
os presentes.
Já ocuparam o Ministério das Relações
Institucionais Walfrido Mares Guia,
Jacques Wagner, Aldo Rebelo e Tarso
Genro.
Alexandre Padilha, é amigo e colaborador
da revista Amazônia sobre assuntos do
Mercosul.
P
Presidente Lula cumprimenta o ex-ministro José Múcio
Lula e AlexandrePadilha, no Itamaraty
Na cerimônia de posse do novo ministro deRelações Institucionais, Alexandre Padilha,no Palácio do Itamaraty
O novo ministro-chefe daSecretaria de RelaçõesInstitucionais da Presidênciada República, Alexandre Padilha
O vice-presidente, José Alencar (aplaudidíssimo), e a ministra DilmaRousseff durante cerimônia de posse do novo Ministro-Chefe da Secretariade Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha
ministro-chefe interino da
Secretaria de Assuntos
Es t ra t ég icos (SAE) ,
Daniel Vargas, quer a
ajuda do Governo do
Estado do Pará para ampliar as
possibilidades brasileiras no mercado de
créditos de carbono, que deve ter suas
regras definidas a partir da Conferência de
Copenhagen, em dezembro. Em visita ao
Pará, o ministro se reuniu com a
governadoraAna Júlia Carepa, com quem
conversou sobre o Plano Amazônia
Sustentável, e falou sobre a necessidade
dos Estados ampliarem suas estratégias e
se habilitarem para entrar na chamada
"economia verde".
Em sua primeira visita ao Estado, depois
de tomar a frente da SAE, substituindo o
ministro Mangabeira Unger, Daniel
Vargas destacou as boas oportunidades
que o Brasil terá neste novo
mercado, especialmente de
negoc i a çõe s com os
Estados Unidos, que devem
disponibilizar cerca de R$
10 bilhões por ano para
pagamento de serviços
ambientais.
Defensora de mecanismos
de compensação ambiental
como o REDD (Redução
por Desmatamento e
Degradação Evitados),
inclusive enquanto membro
do Fórum de Governadores da Amazônia,
a governadora Ana Júlia Carepa informou
ao ministro as iniciativas do Pará já em
andamento, como o esforço em realizar a
regularização fundiária para dar
segurança jurídica aos investidores e o
programa de recomposição florestal Um
Bilhão de Árvores para aAmazônia.
No primeiro caso, destacou as ações
realizadas em parceria com o governo
federal pelo mutirão Arco Verde Terra
Legal, e também a experiência de
ordenamento territorial das glebas
Mamuru-Arapiuns, maior área de
florestas públicas não destinadas do Pará.
Em relação à recomposição florestal,
citou investimentos privados já captados,
a partir do programa estadual, como os da
Amata, empresa reflorestadora que está
atuando em Castanhal e Paragominas.
30 p a r a m a i s . c o m . b r
OFotos: David Alves/Ag Pa
Pará se habilita paraa economia verde
P
A governadora Ana Júlia Carepa e Daniel BarcelosVargas, ministro Chefe da Secretaria de AssuntosEstratégicos da Presidência da República
Em reunião, o ministro-chefe interino da Secretaria deAssuntos Estratégicos, Daniel Vargas, e a governadora Ana JúliaCarepa falaram do Plano Amazônia Sustentável e da "economia verde"
Destaque para as ações realizadas em parceria com ogoverno federal pelo mutirão Arco Verde Terra Legal
Esforço em realizar a regularização fundiária
Ordenamento territorial dasglebas Mamuru-Arapiuns
31p a r a m a i s . c o m . b r
governadora Ana Júlia
C a r e p a r e c e b e u
semana passada, o
Estudo de Impactos
A m b i e n t a i s e o
Relatório de Impactos
Ambientais (EIA/RIMA) para a
implantação da ALPA – Aços Laminados
do Pará, a siderúrgica que a Vale
construirá no município de Marabá. O
estudo foi entregue pelo diretor da Alpa,
José Carlos Soares, à governadora e ao
secretário Aníbal Picanço, titular da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(Sema), órgão responsável pela análise do
estudo.
A o l a d o d o s e c r e t á r i o d e
Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia,
Maurílio Monteiro, a governadora
d e s t a c o u a i m p o r t â n c i a d o
empreendimento para a economia do
Pará, mas reforçou o encaminhamento de
que a análise do EIA/RIMA seja rigorosa,
respeitando os princípios legais e o meio
ambiente. "Os estudos serão avaliados
com todo o rigor necessário. Não vamos
d e i x a r p a s s a r n a d a . Q u a l q u e r
empreendimento tem impacto, é claro,
mas não abriremos mão de que eles sejam
mitigados ou compensados, e que
possamos maximizar os efeitos positivos,
porque a instalação da siderúrgica irá
gerar milhares de empregos, direta e
indiretamente", destacou.
Aníbal Picanço declarou que a Sema está
preparada para realizar a análise de
estudos do porte do EIA/RIMA da ALPA
com celeridade, e que isso será feito
cumprindo todas as exigências. "Não há
um prazo determinado,
vamos cumprir todas as
etapas com cuidado, as
aná l i s e s t é cn i c a s , a
realização de audiências
públicas, mas é importante
para o Estado que esse
processo seja cumprido
com agilidade", disse o
secretário.
Para Ana Júlia Carepa, a
ALPA atende a uma
necessidade antiga do Pará,
de agregar valor ao minério
extraído no Estado, fazendo
com que deixe de ser
apenas exportador de
matéria prima. "Por isso construímos um
processo junto ao presidente Lula para
garantir obras de infraestrutura que eram
necessárias há muito tempo e também
para a implantação da siderúrgica.
Agregar valor é algo que estamos
buscando fazer com todas as nossas
riquezas naturais, investindo em ciência e
tecnologia. Por que não buscaríamos isso
para o setor minerário? Queremos deixar
de ser meros exportadores de matéria
prima. Queremos que a bauxita extraída
aqui e que hoje vai para o Maranhão seja
beneficiada dentro do Pará", acentuou a
governadora.
Segundo o diretor da ALPA, o projeto
apresentado ao governo do Estado foi
realizado por especialistas reconhecidos
mundialmente. "Estamos usando o que há
de melhor em tecnologia no mundo para
que tudo seja feito da melhor forma, mas
também estamos abertos a realizar
ajustes, caso seja necessário", garantiu.
AFotos: David Alves/Ag Pa
Governo recebe estudo ambientalsobre a siderúrgica de Marabá
P
A governadora Ana Júlia Carepa recebeu de José Carlos Soares,diretor da Alpa, os EIA RIMA para a implantação da siderúrgicaque a empresa Vale construirá no município de Marabá
A governadora Ana Júlia Carepa recebeu de José Carlos Soares,diretor da Alpa, os EIA RIMA para a implantação da siderúrgicaque a empresa Vale construirá no município de Marabá
Os relatórios EIA/RIMA
Durante o encontro
Ana Júlia cumprimentaJosé Carlos Soares
Cuidado
32 p a r a m a i s . c o m . b r
governadora Ana Júlia
Carepa assinou no
auditório do Palácio dos
Despachos, o decreto
que cr ia o Fórum
Paraense de Mudanças
Climáticas, um dos instrumentos do Plano
de Prevenção, Controle e Alternativas ao
Desmatamento (PPCAD), lançado pelo
governo do Estado em 5 de junho último,
Dia Mundial do Meio Ambiente. O
Fórum, que será presidido pela
governadora, tem composição paritária de
órgãos do Executivo estadual, da
sociedade e de instituições de pesquisa
com atuação afinada com o tema.
A criação do Fórum foi destacada tanto
porAna Júlia Carepa como pelo secretário
de Estado de Meio Ambiente, Aníbal
Picanço, como um avanço no combate à
degradação ambiental no Pará, o único
Estado da Amazônia Legal que instituiu
sua política de redução do desmatamento
ilegal e assumiu, formalmente, metas para
isso até 2020. Segundo Picanço, hoje
existem mais de 20 órgãos e secretarias
estaduais envolvidos nas ações do
PPCAD.
Formulado a partir de um grupo de
trabalho que envolveu 15 instituições,
entre órgãos públicos e de pesquisa, o
Fórum vai debater e propor estratégias
para o enfrentamento ao tema das
mudanças climáticas no Estado.Atuará na
discussão de um projeto de lei a ser
encaminhado pelo Execut ivo à
Assembleia Legislativa, com a definição
dos projetos e programas a serem
implementados pelo governo no tocante
às mudanças climáticas, incluindo ações
como pagamento por serviços ambientais.
"Estamos cada vez mais reafirmando o
potencial do Pará para se tornar uma
economia verde e transformar esse
potencial em melhorias para o nosso
povo", enfatizou Ana Júlia Carepa,
destacando que o Pará já conseguiu
reduzir seus índices de desmatamento,
mesmo com todas as peculiaridades que
dificultam o controle no Estado, fruto
também de investimentos em políticas de
regularização fundiária e ambiental e
apoio à produção agrícola familiar. "Não
se combate o desmatamento só com
A
Fotos: Elcimar Neves/Ag Pa
Criado o Fórum de Mudanças Climáticas
O auditório do Palácio dos Despachosrecebeu representantes dos segmentosinteressados em combater adegradação ambiental
O auditório do Palácio dos Despachosrecebeu representantes dos segmentosinteressados em combater adegradação ambiental
No Lançamento do Fórum Paraensede Mudanças Climáticas
Povos indígenas presentes no Lançamento do Fórum Paraense deMudanças Climáticas e assinatura de convênio entre Sema e oInstituto Vitória-Régia que beneficiará os povos indígenas
Estratégias
33p a r a m a i s . c o m . b r
repressão. É preciso propor alternativas",
completou.
Durante o mesmo evento, a governadora,
o secretário Aníbal Picanço, o presidente
do Instituto de Desenvolvimento
Econômico, Social eAmbiental do Estado
do Pará (Idesp), Peter Mann de Toledo, e
Luiz Fernandes Barbosa, da Conservação
Internacional do Brasil (CI), assinaram
um termo de cooperação técnica para
realização de estudos e pesquisas na área
de mudanças climáticas.
A primeira reunião ordinária do Fórum
Paraense de Mudanças Climáticas deverá
já na primeira quinzena de outubro. Além
do debate acerca da minuta de Política
Estadual de Mudanças Climáticas a ser
apresentada pela Fundação Getúlio
Vargas, a pauta do primeiro encontro
engloba o encaminhamento das
negociações do Fórum Global de
Governadores sobre Clima e Florestas,
que será realizado na Califórnia (EUA),
de 29 de setembro a 2 de outubro, e a
aprovação do Regimento Interno do
Fórum.
O governo vem apostando
na mudança do modelo de
desenvolvimento e tem
buscado recursos para a
i m p l e m e n t a ç ã o d e
programas que valorizem
a floresta em pé, ao
mesmo tempo em que
t r a b a l h a p e l a
regularização e uso das
áreas já abertas nas zonas
d e c o n s o l i d a ç ã o
e c o n ô m i c a , q u e
representam cerca de 20 milhões de
hectares.
Algumas metas do PPCAD já foram
cumpridas, como a aprovação do projeto de
lei de regularização fundiária, que revogou
osartigosda legislaçãoestadualque limitava
o prazo para a regularização da reserva legal
a nove anos, quando o Código Florestal
permitia 30 anos; a regulamentação sobre
recomposição, regeneração e compensação
de áreas de reserva legal, e a revisão do
Cadastro Ambiental Rural (CAR), para dar
mais agilidade a este processo. A Sema
também vai adquirir imagens de alta
resolução para a atualização da malha
geodésicadoEstado.
Alex Santos Keuffer, diretor-presidente do InstitutoVitória-Régia para o Desenvolvimento da Amazônia,assinou convênio de cooperação com a Sema
Ana Júlia Carepa, destacou o potencialdo Pará para se tornar uma economia verde
Aníbal Picanço, secretário de Estado de Meio Ambiente,assinou o convênio de cooperação Valdecir Tembé, daliderança indígena dos Tembés, assinou convênio decooperação que beneficiará os povos indígenas, Tembés
Aníbal Picanço, secretário de Estado de Meio Ambiente,assinou o convênio de cooperação Valdecir Tembé, daliderança indígena dos Tembés, assinou convênio decooperação que beneficiará os povos indígenas, Tembés
Marcio Meira, presidente da Funai,durante o Lançamento do Fórum
Paraense de Mudanças Climáticas
Luiz Fernandes Barbosa, representanteda Conservação Internacional, é um dossignatários do convênio de cooperação
PPCAD P
p a r a m a i s . c o m . b r
om a par t ic ipação de
agricultores de várias regiões
do Estado, por meio de
v i d e o c o n f e r ê n c i a , a
governadora Ana Júlia
Carepa lançou o Plano Safra 2009/2010
no Pará, no auditório do Banco da
Amazônia. Os R$ 480 milhões destinados
pelo Ministério de Desenvolvimento
Agrário (MDA), sendo R$ 280 milhões do
Basa e R$ 200 milhões do Banco do
Brasil, garantirão o crescimento da
a g r i c u l t u r a f a m i l i a r , q u e v e m
apresentando resultados devido às
políticas voltadas ao fomento da
atividade, considerada prioridade pelo
governo do Estado. O evento marcou,
ainda, a comemoração de um ano do
Campo Cidadão, programa de incentivo
ao desenvolvimento socioambiental da
produção rural paraense.
As ações representam o "grande esforço"
do Conselho Estadual de Desen-
volvimento Rural do Estado, segundo
Cássio Alves Pereira, titular da Secretaria
de Estado de Agricultura (Sagri) e
presidente do Conselho, que reúne 32
instituições públicas e privadas do setor
rural do Pará. "Historicamente, o Plano
Safra é o anúncio de recursos distribuídos
à agricultura familiar no Brasil, em torno
de R$ 15 bilhões anuais. No Pará,
realizamos um conjunto de políticas para
que se integrem ao fortalecimento e à
aplicação destes recursos", garantiu o
secretário.
Cássio Pereira destacou também que, por
meio do NavegaPará, maior programa de
inclusão digital do Brasil, o evento foi
transmitido em tempo real pela internet,
CFotos: Cláudio Santos/Ag Pa
R$ 480 milhões para agriculturafamiliar no Plano Safra 2009/2010
A produção de cacau estáentre as que mais crescemem território paraense
Aírton Faleiro, Cássio Pereira e Ana Júlia nolançamento do Programa Campo Cidadão
Cássio Pereira, secretário de Estado de Agricultura:“Historicamente, o Plano Safra é o anúncio derecursos distribuídos à agricultura familiar no Brasil”
35p a r a m a i s . c o m . b r
numa iniciat iva da Empresa de
Processamento de Dados do Pará (Prodepa).
Oprogramapromoveaindaainclusãosocial,
ressaltou a governadora Ana Júlia Carepa,
explicandoqueemtemposdecrise,pormeio
dos infocentros, técnicos da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural
(Emater) poderão orientar trabalhadores de
todooPará.
"Com a integração dos órgãos é possível
fortalecer a produção familiar e ganhar
resultados", destacou governadora, que
citou outros avanços, entre eles a
mecanização rural, a criação do Crédito
RuralAmbiental, as 25 Casas de Farinha e
as 30 Feiras do Produtor, facilitando a
comercialização direta do produtor com o
cliente. Ela lembrou também dos 11
assentamentos estaduais criados, todos
com licença ambiental e direitos
garantidos, como o acesso aos créditos.
Por meio do Programa Caminhos da
Parceria, o governo do Estado vem
recuperando estradas vicinais, permitindo
o escoamento dos produtos.
Melhorias que os 600 moradores do
assentamento Abril Vermelho, de Santa
B á r b a r a d o P a r á , n a R e g i ã o
M e t r o p o l i t a n a d e B e l é m , t ê m
comprovado. Regiane Ferreira Costa
participou da solenidade com mais 15
agricultores do local, que reúne diversas
associações em torno do trabalho que vai
da criação de aves ao plantio de frutas,
verduras e grãos. "O Plano tem
contribuído com a orientação técnica e
acredito que os benefícios vão continuar.
O apoio do Estado ajuda também no
escoamento dos produtos. Por meio de
um convênio com a Sagri temos
transporte, o que é fundamental", disse
ela, acrescentando que a Emater e a
Federação dos Trabalhadores na
Agricultura no Estado do Pará (Fetagri)
também são instituições parceiras.
Investimentos em sustentabilidade foram
destacados pelo presidente do Basa, José
Abdias Júnior. "Dos 143 municípios
paraenses, o Basa tem Pronaf (Programa
Nacional de For ta lec imento da
Agricultura Familiar) em 131. E quero
chegar a todos", anunciou. Para a delegada
federal do MDA, Soraya Almeida, que
representantou o ministro Guilherme
Cassel, o que foi feito em apenas três anos
pela agricultura familiar no Estado é mais
do que o realizado nos últimos 20 anos. "O
Ministério tem um carinho muito especial
pelo governo do Pará e pela governadora
Ana Júlia Carepa, que tem sido guerreira
pela forma como tem enfrentado os
impasses, como as questões ambientais",
disse a delegada, lembrando das
especificidades de se governar um Estado
onde só o município deAltamira, na Região
do Xingu, tem dimensões maiores que as do
Estado deSergipe.
Ela disse ainda que o envolvimento de
entidades de classe - como Fetagri, MST e
movimentos de mulheres, índios e
q u i l o m b o l a s - n a s d i c u s s õ e s ,
e s p e c i a l m e n t e n o s F ó r u n s d e
Competitividade, é necessário para os
avanços da agricultura familiar.
A governadora Ana Júlia Carepadestacou os incentivos garantidos
pelo governo do Estado parafomentar a agricultura
familiar no Pará
José Abdias Júnior, presidentedo Basa, destacou os investimentosna agricultura sustentável
Avanços
Crescimento
Assuntos como os entraves relacionados
a o s e t o r f o r a m d i s c u t i d o s e m
videoconferência por Ana Júlia Carepa e
trabalhadores dos municípios de
Santarém, Marabá e Altamira. O
sindicalista Raimundo Almeida falou de
Marabá, sudeste do Estado. Do oeste, em
Altamira, o agricultor Domingues
Oliveira também conversou com a
governadora, de um computador de um
infocentro recém-inaugurado no
município.
"Esse é um momento ímpar de
participarmos do lançamento do
programa. Isso só vem fortalecer a
agricultura familiar na região, tão
esquecida por outros governos",
comentou Domingues Oliveira, elogiando
a ef ic iência do NavegaPará . A
governadora frisou ainda as políticas
especiais para os trabalhadores rurais da
região do Xingu, afetados pelas enchentes
no primeiro semestre deste ano.
Por meio do programa Campo Cidadão, a
Sagri, em parceria com outras secretarias
de Estado e órgãos federais, atende hoje
50 mil famílias de todas as Regiões de
Integração do Pará e pretende chegar a
120 mil famílias até 2010. Para isso, o
programa promove mais de 20 ações,
eventos do porte do Frutal/Flor Pará (que
movimentou R$ 90 milhões em negócios
em 2008 e 2009) e da Festa Estadual do
Cacau, além de incentivos como o repasse
de 172 patrulhas agrícolas e a distribuição
de sementes às organizações de
produtores familiares e prefeituras.
"Pela primeira vez há um programa
específico para este público", afirmou a
governadora, destacando que os Arranjos
Produtivos Locais (APLs) promovidos
pelo Campo Cidadão são outra grande
inovação. Por meio de seminários, osAPLs
mapeiam as demandas de cada local,
incrementando as atividades específicas de
cada região: pesca e aquicultura, pecuária
leiteira, fruticulturaetc.
Em parceria como o maior programa
mundial de reflorestamento, o Um Bilhão de
Árvores para aAmazônia, o Campo Cidadão
já incentivou o plantio de 800 mil mudas de
essências florestais nativas, 5 milhões de
mudas de açaí e 3 milhões de cupuaçu. A
agroindústria também tem recebido
investimentos do governo, que promove
desenvolvimentoregionalsustentável.
Hoje, o Pará é o maior produtor de mel da
Amazônia e o maior produtor nacional de
açaí (que tem destaque no mercado
internacional), abacaxi e cupuaçu, além
de ter a segunda maior produção de cacau
do país. A agricultura familiar é
responsável por grande parte desta
produção. Com a criação da Secretaria de
Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), a
governadora Ana Júlia Carepa acredita
que, muito em breve, o Pará vá liderar
também a produção pesqueira.
36 p a r a m a i s . c o m . b r
Carlos Augusto Silva, presidente da Federação dosTrabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Pará,
durante lançamento do Plano Safra e comemoraçãode I Ano do Programa Campo Cidadão
Participação
Campo Cidadão
P
Beneficiários do programa Campo Cidadão tambémse fizeram presentes no auditório do Basa
Soraya Almeida, do MDA, elogiou ocompromisso do governo paraensecom o fomento à produção agrícola
38 p a r a m a i s . c o m . b r
placa do marco zero das
obras da primeira etapa da
construção do Linhão do
Marajó foi descerrada pela
governadora Ana Júlia
Carepa, no município de Portel. O
investimento de quase R$ 500 milhões irá
gerar desenvolvimento socioeconômico
com preservação ambiental no Marajó,
mudando a realidade dos cerca de 392 mil
habitantes do arquipélago, por meio da
redução dos custos elevados da geração de
energia elétrica a óleo diesel, e da
diminuição dos impactos ambientais deste
sistema.
Uma resposta aos anseios de décadas dos
moradores do Marajó, as obras resultam
de investimentos federais, via Centrais
Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) e
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.
(Eletronorte), com execução da empresa
Rede Celpa. Lideranças comunitárias,
população, parlamentares e demais
autoridades participaram do lançamento
da primeira etapa, prevista para ser
concluída em um ano.
Walter Cardeal, diretor da Eletrobras,
destacou que já foram liberados R$ 1,5
bilhão para o Pará, investidos no
Programa Luz para Todos, em parceria
com o governo estadual, responsável pela
iluminação de 230 mil residências só no
Marajó. As autoridades também
reconheceram o empenho da governadora
ao reivindicar a obra à Presidência da
República, fator decisivo para a
construção do Linhão do Marajó. Uma
iniciativa que se encaixa na política
ambiental sustentável desenvolvida pelo
governo do Estado, que Ana Júlia Carepa
denomina de "economia verde".
De acordo com Carmem Pereira,
presidente da Celpa, a governadora tem
sido incansável na defesa de um novo
modelo de desenvolvimento para o
Estado. "Somos testemunhas de um fato
histórico, e estamos juntos para festejar a
chegada de luz forte e de progresso. Aqui
(em Portel) começa uma nova luta, uma
nova maneira de governar", afirmou
Pedro Barbosa, prefeito de Portel.
Para Ademar Palocci, diretor responsável
pela construção de obras da Eletronorte,
interligar o Pará ao sistema elétrico do
Brasil é integrar a população do Marajó ao
resto do país. "Estamos fazendo do Brasil
uma terra de todos, e trazer energia para o
Pará, que é uma terra de direitos, é trazer
os mesmos direitos dos outros Estados
A
Fotos: Rodolfo Oliveira/Ag Pa e Artur Souza
A primeira etapa doAna Júlia Carepa descerrou a placado marco zero do Linhão do Marajó
A governadora, secretários de Estado, diretores daEletronorte, Eletrobrás, deputados Federais e Estaduais,
prefeitos da Região do Marajó e convidados em geral,durante a inauguração do Marco do Linhão do Marajó
Fato histórico
39p a r a m a i s . c o m . b r
Linhão do Marajó
mais desenvolvidos", ressaltou.
"São políticas que o governo estadual está
pensando para todos, tanto para o
empresário, quando para o pequeno
produtor", garantiu Airton Faleiro, líder
do governo na Assembleia Legislativa.
Segundo ele, o Linhão é resultado do
plano participativo do governo estadual
para o Marajó, desenvolvido em conjunto
com o planejamento federal. Discutida
pela população, a aprovação do Plano do
Marajó resultou da negociação da
governadora com a bancada federal,
confirmou André Farias, secretário de
Estado de Integração Regional.
As empresas que serão atraídas com o
novo sistema darão mais oportunidades à
população de Portel, explicou a
governadora. O Linhão incrementará a
geração de emprego e renda e ajudará a
reduzir a emissão de CO2 na atmosfera. A
queima de óleo diesel do sistema atual
ainda representa riscos com estocagem,
transporte e manuseio.
"Ao invés de emitir gás, vamos ter energia
elétrica limpa e nos creditar no mercado
mundial de crédito de carbono. Com isso,
ganharemos recursos para investir mais,
porque vocês estarão contribuindo com a
manutenção da floresta", frisou Ana Júlia
Carepa, lembrando que também já pediu à
Celpa para que empregue moradores de
P o r t e l n e s t a e t a p a . " E s t a m o s
reconstruindo o Pará, não apenas olhando
para a capital", acentuou a governadora,
citando as obras em andamento da rodovia
PA-154, que liga os municípios de Soure,
Salvaterra e Cachoeira do Arari, e de
pavimentação da PA-368 (que liga Portel
a Cametá, no Baixo Tocantins)”. Hoje, os
Oportunidades
O prefeito Pedro Barbosadisse estar testemunhando
em Portel uma nova maneirade governar o Pará
Deputado Federal Paulo Rocha,durante a inauguração do marco
zero do linhão do Marajó
No Viveiro Agroflorestal dePortel, a governadora plantou
uma muda de ipê amarelo
acessos a Portel são por vias fluvial e
aérea.
"Ana Júlia Carepa também inaugurou
cinco dos 10 km de asfalto participativo
no município e a Unidade de Saúde da
Zona Rural. Uma conversa com jovens
atendidos pelo ProJovem Rural e a visita à
Casa de Acolhimento Ágape da Cruz
também fizeram parte da programação.
Ela entregou ainda licenças ambientais,
47 cartas de crédito do CredPará e visitou
o Viveiro Agroflorestal de Portel (Unap),
onde plantou ipê amarelo, uma das 68
essências florestais existentes no lugar.
No viveiro estão plantadas mais 1,3
milhão mudas, uma contribuição ao
programa Um Bilhão de Árvores para a
Amazônia.
Serão desat ivadas cinco usinas
termelétricas na primeira etapa das obras
do Linhão, uma redução de cerca de 238
milhões de litros de óleo diesel nos
próximos 10 anos, o equivalente a R$ 476
milhões, volume similar ao investimento
da segunda etapa, quando serão
desativadas mais 10 usinas.
Na primeira fase serão implantados 260
km de linhas de alta tensão e 335 km de
linhas de transmissão, além da construção
de seis novas estações. Para a segunda
etapa serão 650 km de linhas de alta tensão
e 10 novas estações. A primeira fase
abrangerá os municípios de Portel,
Breves, Melgaço e Curralinho. Gurupá
receberá energia do município de Vitória
do Xingu. Os outros municípios
marajoaras serão beneficiados com a
segunda etapa.
A expectativa é de melhoria do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) no
arquipélago, um dos mais baixos do país, e
o restabelecimento das tarifas de energia
elétrica. Os municípios também poderão
ser atendidos por cabos de fibra óptica e
serviços de telefonia fixa e móvel de mais
qualidade.
40 p a r a m a i s . c o m . b r
P
Benefícios
Linhão do Marajó: redução dos custoselevados da geração de energia elétrica
a óleo diesel, e da diminuição dosimpactos ambientais deste sistema
Gracionice da Silva, presidente do Sindicato deTrabalhadores de Portel, agradeceu à governadora
por ouvir e atender os clamores da população
Airton Faleiro, deputado Estadual e líderdo Governo na ALEPA na inauguração domarco do linhão no município de Portel
oram mais de 12 horas de
discussão em Belo Horizonte
sobre jornalismo científico e
desenvolvimento sustentável
materializadas em um livro
com 14 a r t i g o s , 28 t r a b a l ho s
apresentados, duas mesas redondas, uma
conferência, três palestras, uma sessão
especial, dois minicursos e a extra-
of ic ia l idade das conversas que
culminarão certamente com outros
eventos, mais palestras, novos projetos,
diferentes parcerias e mais interesse em
conhecer como se dá a popularização da
Ciência via jornalismo, enfim, se
aprofundar sobre os processos que
permitem os jornalistas levar à sociedade
o que acontece nas universidades,
institutos e centros de pesquisa.
A promoção da Associação Brasileira de
Jornalismo Científico (ABJC), entidade
que há 32 anos reúne jornalistas que atuam
neste segmento e da Fundação de Amparo
à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), a
ún i c a ag ên c i a d e f omen t o ao
desenvolvimento científico e tecnológico
daquele Estado, reuniu cerca de 70
pessoas de 14 a 16 de outubro no
Congresso Nacional da categoria que
acontece bianualmente. O próximo, em
2011, está previsto para ter Belém do Pará
como sede e articulações nesse sentido já
começaram.
Registrar, deixar para a posteridade o que
se discute e se produz neste início de
século no jornalismo científico brasileiro
dá um significado especial ao livro que
reúne art igos de
Graça Caldas, da
U n i v e r s i d a d e
Metodista de São Paulo
(Umesp) e Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) , Cilene Victor da
Universidade Nove de Julho (Uninove) e
diretora de redação da revista Com
Ciência Ambiental, Wilson Bueno,
professor da Umesp e da USP e diretor da
F
Fotos: Gláucia Rodrigues
Não é de hoje que o cientista Luiz Carlos Molion incomoda e contesta o que parece ser(até hoje) unanimidade na comunidade científica. No X Congresso Brasileiro deJornalismo Científico na Mesa redonda A ciência no Brasil: da divulgação às políticaspúblicas de CT&I ele ratificou o que vem pregando há vários anos e no mínimo levou osque os que ainda não o conheciam a repensar sobre o que tem sido colocado comoverdade universal: o planeta não está aquecendo e ao contrário, vai esfriar. Os que jáconhecem suas teses tiveram mais uma oportunidade, em Belo Horizonte, deaprofundá-las para melhor entendê-las, mesmo discordando.O que Molion argumenta com eloquência e um poder persuasivo incontestável tomauma dimensão ainda maior quando se conhece o seu currículo lattes :”Possuigraduação em Fisica pela Universidade de São Paulo (1969), PhD em Meteorologia,University of Wisconsin, Madison (1975), pós-doutorado em Hidrologia de Florestas,Institute of Hydrology, Wallingford, UK (1982) e é fellow do Wissenschftskolleg zu Berlin,Alemanha (1990). É Pesquisador Senior aposentado do INPE/MCT e atualmente éProfessor Associado da Universidade Federal de Alagoas, professor visitante daWestern Michigan University, professor de pós graduação da Universidade de Évora,Portugal. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Dinâmica de Clima,atuando principalmente em variabilidade e mudanças climáticas, Nordeste do Brasil eAmazônia, e nas áreas correlatas energias renováveis, desenvolvimento regional edessalinização de água.É membro do Grupo Gestor da Comissão de Climatologia,Organização Meteorológica Mundial (MG/CCl/WMO)”.Tanto conhecimento e experiência acumulados tornam- no uma pessoa balizada parano mínimo gerar controvérsias e como ele próprio afirma, provocar boicotes à
publicação de seus pontos de vista, financiamento para suas pesquisas ou mesmoimpedir simples convites para eventos que tratem de mudanças climáticas globais.Os argumentos que ele faz uso são inúmeros, mas o mais enfático se alicerça naafirmação de que o sol e o oceano Pacífico são os únicos responsáveis pelo clima daTerra, aliando outras pérolas incômodas como a que o CO² não é vilão, mas o gás da vidae que muito do que se tem propalado sobre aquecimento global os danos causadospelos gases poluentes faz parte de uma conspiração dos países desenvolvidos (o G7)
Na contramão do discurso universal sobre mudanças climáticasProfessor Luiz Carlos Molion
Jornalistas e cientistasunidos pela Ciência
Cilene, Portugal ePolicarpo na abertura
42 p a r a m a i s . c o m . b r
Ruth Rendeiropor
Comtexto Comunicação e Pesquisa;
C i dova l Mo r a i s , p r o f e s s o r d a
Universidade Estadual da Paraíba;
Simone Bortoliero professora da
Universidade Federal da Bahia e Ruth
Rendeiro, jornalista da Embrapa
Instrumentação Agropecuária todos
integrantes da atual diretoria da ABJC,
além dos jornalistas convidados:. Miriam
Santini de Abreu, Clayton Levy, Ilza
Girardi, Carina Gomes Rufino, Heloiza
Dias, Elizabeth Gonçalves, Lúcia Lemos
eVanessa Fagundes.
O primeiro dia do X Congresso Brasileiro
de Jornalismo Científico, após ser aberto
oficialmente pela presidente da ABJC,
Cilene Victor; pelo Secretário de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior de Minas
Gerais, Alberto Duque Portugal, e pelo
diretor científico da Fapemig, José
Pol icarpo Gonçalves de Abreu,
prosseguiu com a conferência de Sérgio
Abranches, professor do Instituto
Coppead de Administração (UFR),
diretor-fundador do site O Eco e
comentarista da rádio CBN (a rádio que
toca notícia), que falou sobre “
Ecopol í t i ca e Desenvolv imento
Sustentável”.
Um programação intensa prosseguiu com
a mesa redonda sobre as Fundações de
apoio à pesquisa (FAP's), coordenada pela
jornalista Vanessa Fagundes,da Fapemig
que ressaltou a parceria da ABJC com as
FAPs, ao tratarem do incentivo que hoje
elas dispensam à divulgação científica. A
segunda mesa redonda sobre A ciência no
Brasil: da divulgação às políticas públicas
de CT&I foi, sem dúvida, uma das que
geraram maior interesse dos que
comparecem ao X CBJC . A apresentação
do professor Luiz Carlos Molion, da
Universidade Federal de Alagoas,
instigou os participantes e gerou intenso
debate diante de afirmações que vão de
encontro a (quase) tudo o que se tem
d i v u l g a d o a
r e s p e i t o d o
aquecimento global
(box na página ???).
Dela part iciparam
ainda Ildeu de Castro
Moreira, diretor do
D e p a r t a m e n t o d e
Popularização e Difusão
da Ciência e Tecnologia do
Ministério da Ciência e
Tecnologia e José Roberto Ferreira,
diretor da Acadêmica e assessor de
comunicação da Sociedade Brasileira
pelo Progresso da Ciência (SBPC).
A Pauta Ambiental no Jornalismo
Científico: erros e acerto eASociologia da
Ciência foram os temas dos minicursos
por Cidoval Morais e Cilene Victor,
respectivamente. Enquanto as palestras
para impedir que os que estão em desenvolvimento geremmais energia e, obviamente, desenvolvam-se mais e osameacem. A criação do G20 com a inclusão de países comoo Brasil seria a constatação de que os 7 já não são asupremacia de décadas atrás.Em nenhum momento o professor Molion se opõe às açõesque visam reduzir às agressões ao meio ambiente, apenasnão credita ao homem total responsabilidade. Secas,terremotos, enchentes,derretimento das calotas polares,isso, para ele, são catástrofes que existem desde sempre. Agrande diferença é que hoje temos acesso a essasinformações quase imediatamente e o impacto é sempremaior pelo número de pessoas que são atingidas.As controvérsias podem ser explicadas por argumentoscomo os levantados pelo pesquisador da EmbrapaCerrados, Gustavo Mozzer, que participará em dezembrodeste ano da chamada COP 15, em Copenhague. Ele fazquestão de apresentar as diferenças que marcam essestipos de pesquisa. Estudar as mudanças não permite testarhipóteses a partir de um experimento controle, o que paraMozzer nos dá a sensação de que a humanidade estáconduzindo um experimento em escala global no PlanetaTerra sem qualquer tipo ou possibilidade de comprovar de
maneira científica suas conseqüências em virtude daimpossibilidade de comparar esses resultados com umaamostra de controle como por exemplo, um outro planetasimilar ao planeta Terra com condições biogeoquímicassemelhantes e em órbita equivalente a uma estrelasemelhante ao nosso Sol. E ele é categórico:” o futuro quedevemos esperar para nosso filhos e que os nossos filhosdevem esperar para os filhos dependerá em grande soma dasações que decidamos adotar hoje”.Um assunto apaixonante e que promete não se esgotar tãocedo. A compra antecipada no Brasil do livroSuperFreakonomics do economista Steven Levitt e dojornalista Stephen Dubner que tenta provar que oaquecimento global não é uma ameaça tão grande como temse acreditado até então, reflete muito bem o grande interessedo brasileiro em melhor compreender as mudanças que jávem interferindo em sua vida e que deverão mudar a suahistória. Cabendo ao jornalismo científico um papel aindamais relevante nesse amplo contexto, pois, como ressalta apresidente da ABJC, Cilene Victor, “jornalistas e cientistasdevem estar unidos nessa tarefa urgente de possibilitar aocidadão comum participar do seu próprio destino”.
Apresentação de trabalhos
43p a r a m a i s . c o m . b r
Cilene Victor, presidente da ABJC
O conferencistaSérgio Abranches
Livro lançado emBelo Horizonte
ficaram sob a responsabilidade de Miriam
Santini de Abreu, autora do livro Quando a
palavra sustenta a farsa: o discurso jornalístico
do desenvolvimento sustentável e editora da
revista bimestral Pobres & Nojentas abordando
O discurso da sustentabilidade no Jornalismo
brasileiro. Carlos Tautz, do Ibase, falou sobre O
Jornalismo Científico e Jornalismo Ambiental:
olhares e tangências e Thomas Lewinsohn,
professor da Unicamp e presidente da
Associação Brasileira de Ciência Ecológica e
Conservação (Abeco) tratou do tema Ecólogos,
ecologistas e ambientalistas: a imagem pública
da Ecologia.
O X Congresso Brasileiro de Jornalismo
Científico teve ainda uma sessão especial que
discutiu o Perfil e Formação do Jornalismo
Científico no Brasil sob a liderança de Luiz
Guilherme Queiroz da Fapemig e Universidade
Federal de Minas Gerais e Cidoval
Morais da Universidade Federal da
Paraíba.
Jornalista. Reg.Prof. 609-DRT-PA
P
44 p a r a m a i s . c o m . b r
Carlos Tautz, um dospalestrantes do X CBJC
Mesa redonda sobre as FAPs
Muitos livrosforam adquiridos
Jornalistas e cientistas em BH
Thomas Lewinsohn,ecólogo da Unicamp
ue este mês dos mortosseja, para todos nós, ummês de reflexão. Quetiremos lições de vida esabedoria a partir do
exemplo daqueles que nos deixaram e aesta hora já conhecem a verdadeira facedo Pai Eterno, do Espírito Santo de Deus ede Nossa Senhora.
Tais lições nos ensinem a vivermelhor esta vida terrena que nos foiemprestada pelo Criador e façam, decada um de nós, seres humanosmelhores, mais dignos, mais corretos,mais cristãos, fieis devotados às SantasEscrituras e à palavra do Senhor. Isto, queé uma esperança, é também uma preceq u e f a z e m o s , a p r o v e i t a n d o agenerosidade dos amigos diletos Ronaldoe Rodrigo Huhn, editores desta belarevista, no sentido do velho e semprerenovado sonho de construção de umasociedade mais fraterna e mais justapara todo mundo, sem nenhum tipo de preconceito.
Novembro obriga a refletir, que cada qual o faça cotidianamente,sem parar nem medo de erro, na obrigação e no dever que temos paracom a Igreja e a comunidade a que pretendemos servir e jamais sermosservidos, significado exato da nossa condição católica. Àsproximidades.- do Natal, nascimento daquele que deu a vida por nós,humildemente peço permissão para suplicar que me perdpem quantos,voluntária ou involuntariamente, haja eu ofendido. Não teria sentido avida sem esse compromisso, já que todos precisamos de todos, nãoimportando categorias sociais, étnicas e de qualquer outra gradação. Semorrer é o destino de toda criação, renascer para a eternidade é ocumprimento da fé que todos mantemos. Este é um compromisso a quejamais procuraremos fugir e tentaremos levar adiante até aconsumação dos séculos e a vinda do Cristo Salvador. Sabemos que averdadeira vida e o nosso verdadeiro lar é o Reino de Deus Pai, de DeusFilho e de Deus Espírito Santo, morada com que sonhamos e que
aguardamos repletos de alegria e de amor.Permitam-me, e suplico de todo o coração e com toda a minha
alma, que dedique este texto, saindo do mais fundo de mim, a doiscompanheiros de jornada que se foram nos últimos dias: Raul Tadeu daPonte Souza e Antônio Carlos Gouvêa Júnior, idos nas proximidades doCírio de Nossa Senhora de Nazaré. Que ambos descansem em santapaz, já que devem ter conhecido a verdadeira face da Divindade, Tadeufazendo reportagem e Gouvêa fotografando os anjos e os santos, um eoutro, a seu modo, recriando poesia. Nesta oportunidade envio os
, de toda a família a que pertenço, quer a Rose, e a minhaamiga Leni.
E até dezembro, para os festejos e a alegria das comemoraçõesdo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Bom dia, boa tarde e boasorte.
pênsames
Q
Novembro de 2009A
cyr
CA
STR
O
(*) Poeta, jornalista e escritor(*)
45p a r a m a i s . c o m . b r
46 p a r a m a i s . c o m . b r
debate sobre os rumos da
cultura do feijão caupi
no país foi o principal
objetivo do II Congresso
Nacional de Feijão
Caupi, no Hilton Belém.
O evento fez parte da programação dos 70
anos da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e teve a parceria
da Secretaria de Estado de Agricultura
(Sagri).
Na cerimônia de abertura, o diretor
adjunto da Sagri, Raimundo Portilho,
destacou o trabalho de fomento realizado
pelo governo para fortalecer a cultura no
estado, enfatizando a importância da
parceria com órgãos do setor produtivo e
de pesquisa, como a Embrapa, para
superar os desafios. O presidente da
Emater, Wiliamson Brasil, falou sobre a
importância da pesquisa e da extensão
rural para a expansão do feijão caupi no
Pará.
A cultura do feijão caupi avança no país,
especialmente na região Norte, onde o
Pará é o estado que mais produz, com 41
mil toneladas, sendo o quarto maior
produtor do país. Com 60 mil hectares
plantados, a cultura gera cerca de 100 mil
ocupações no campo e ocupa 10% do
agronegócio estadual de grãos.
Os pesquisadores vão apresentar no
congresso novas variedades de feijão
caupi para ampliar a oferta do produto no
mercado. Um deles é Francisco Rodrigues
Freire Filho, vencedor do maior prêmio
Frederico de Menezes Veiga 2009, peloOFotos: Carlos Sodré / Ag Pa
II Congresso Nacionalde Feijão Caupi
Abertura do II CongressoRural para a Expansão doFeijão Caupi
Os avanços do feijão caupi
O evento fez parte da programaçãodos 70 anos da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
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seu trabalho de melhoramento genético do
feijão caupi. A cultura representa uma
importante opção para os produtores que
buscam arranjos produtivos mais
eficientes e com boas perspectivas de
mercado.
Rico em ferro e zinco, o feijão caupi é
originário da África. Chegou ao Brasil na
metade do século XVI, trazido pelos
colonizadores portugueses. No Pará foi
introduzido por imigrantes nordestinos há
mais de 50 anos e hoje é para o nordeste
brasileiro que vão 90% da produção
paraense. Uma campanha, apoiada pela
Sagri, incentiva o consumo no estado por
meio da introdução do produto na
merenda escolar e na alimentação dos
soldados nos quartéis.
O gerente da área de grãos e tubérculos da
Sagri, Ribamar Nogueira, participou da
mesa redonda sobre oportunidades e
entraves, falando sobre a política de
fomento do feijão caupi no estado.ASagri
também participou do Dia de Campo no
encerramento da programação do
congresso no município deTracuateua.
A região nordeste do Paráconcentra boa parte da produçãode caupi no estado, alimento ricoem ferro e zinco
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IPSIS VERBISpsis verbis é expressão latina (ipsis = mesmo; verbis =palavra, termo) que confere a ideia de reproduzir uma fraseou um texto com as mesmas palavras do autor; exatamenteigual; sem tirar nem pôr. O período deve ser transcrito entre
aspas, seguido da citação do autor.Muitos são de opinião que citar é querer exibir erudição, leiturafarta e variada. Já para outros, repetir frases proferidas ou escritaspor alguém é tão somente tentar homenagear o autor que nãosomente pensou antes sobre o tema como também o exprimiumelhor. Para o jornalista e escritor Daniel Pizza “Somos criados àbase de frases feitas. Há chavões universais e nacionais que os
mais velhos repetem para os mais novos como se amera repetição já fosse sinal de validade total eeterna”. E cita alguns desses brocardos: “Aesperança é a última que morre”; “O tempo é omelhor remédio”; “Pense duas vezes antes deagir”.Fato é que há frases que são verdadeiramente“lapidares”, pérolas literárias e que, por enunciarconceitos concisamente expressados e de grandealcance doutrinário ou de persuasão, costumamser utilizadas a basto por escritores e oradores. Porisso mesmo é que existem publicações específicasdisponíveis para serem consultadas por quemdeseja delas se valer para retirar
alguma sentença ou citação, a fim de enriquecerou enrijecer o conteúdo de seus escritos.Neste texto repertoriamos algumas dessasfrases, selecionadas aleatoriamente e queconsideramos serem exemplares do que atrásconceituamos. Ei-las:“O livro é um mudo que fala; um surdo que
responde; um cego que guia; um morto que vive”.Padre Antônio Vieira.“Depois de praticar a literatura durante mais de60 anos, publicando 16 livros de prosa e 25 de
poesia, não cultivo ilusões, mas continuo acreditando, com omesmo fervor, na beleza da palavra e no texto elaborado com arte”.Carlos Drummond de Andrade, poeta.“Acho que a literatura, tal como as artes plásticas e a música, éuma das grandes consolações da vida, e um dos modos deelevação do ser humano sobre a precariedade da sua condição”.
Carlos Drummond de Andrade, poeta.“O homem que trabalha com as mãos é um operário. O homem quetrabalha com as mãos e com o cérebro é um artesão; o homem quetrabalha com as mãos, com o cérebro e com o coração é umartista.” São Francisco de Assis.“A mocidade brasileira lê pouco, fala mal e escreve pior”. SérgioCorrea da Costa, embaixador brasileiro.
“Acredito que nas amizades verdadeiras, o sentido deespaço/tempo é anulado.” Aline de MelloBrandão, SOBRAMES-PA.“Os discursos devem ser como o biquíni:suficientemente longos para cobrir o assunto,mas suficientemente curtos para sereminteressantes.” Osvaldo Aranha, embaixadorbrasileiro, ex-presidente da ONU.“Continuam nossas lutas/ podam-se os galhos,colhem-se as frutas/ e outra vez se semeia...”Mestre Cartola, compositor brasileiro, “Todo otempo que eu viver” (fragmento).“As palavras têm sexo. E casam-se. O casamento
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Daniel Pizza
Carlos
Drummond
de Andrade
Padre Antônio Vieira
delas é que se chama estilo.”Machado de Assis.“Sendo ao mesmo tempo forma econteúdo, tanto as palavras como afrase exigem a correção qued e d i c a m o s a o s e l e m e n t o sf u n d a m e n t a i s d e n o s s oequipamento existencial.” CarlosHeitor Cony, escritor da ABL.“Pode o homem tornar-se culto pelacultura dos outros; mas só se tornasábio, pelas próprias experiências”.Mansur Chalita, escritor e pensador.“A Medicina e a Literatura se
completam. Elas compreendem a pessoa humana” Moacyr Scliar,médico e escritor. Da Academia Brasileira de Letras.“A ciência consiste em saber. Em crer que se sabe está aignorância”.Meraldo Zisman, SOBRAMES-PE.“Por maior ou mais poderoso que seja um homem, um dia ele jácoube na barriga de uma mulher”. Anônimo.“Todos os dias, a criatura humana, mesmo que nem o perceba,está a escrever um fragmento de sua própria história e das razõesde seu viver.” Luiz Alberto Soares, médico e escritor, SOBRAMES-RS.“O Brasil é o último país feliz do mundo”. Franco Zeffirelli, produtor
cinematográfico.“Aprendemos a voar como ospássaros, a nadar como os peixes;mas não aprendemos a simplesarte de vivermos juntos comoirmãos". Martin Luther King.
“Eu não me envergonho de corrigirmeus erros e mudar minhasop in i ões , po rque não meenvergonho de raciocinar eaprender”. Alexandre Herculano.
“O passado preservado alimenta o viverpresente e amplia os horizontes do porvir”.“Língua; sentimento de nacionalidade; cultura, ciência e pesquisaautônomas são os pilares essenciais da soberania nacional”.“Gratidão é algo que não tem paga, mas tampouco se apaga”.“Belezas essencialmente diferentes são incomparáveis. Cabe tão-somente admirá-las”.“O estilo é inerência do autor”.“A literatura é a sublimação da palavra”.“Nenhuma mais humana na prática do dia-a-dia. Nenhuma maisdivina na obtenção da cura” (a Medicina).“O que caracteriza o grande Cirurgião não é o elevado número deintervenções realizadas, mas a precisão da indicação cirúrgica”.“Nada mais patético, na Medicina, que o tecnicismo extremado,limitante, que apequena e soterra a quem é dele vezeiro”.“A escravidão é uma mancha negra que enodoa nosso torrão verdee amarelo.”“Caminhos alcatifados, floridos, não podem levar à glória. Oscaminhos da glória hão que ser, necessariamente, pedregosos,quase ínvios”“Belém, a atalaia do Norte”.“Belém, a metrópole das águas à foz do rio-mar plantada”.“É apanágio dos chatos o querer tudo dizer”“Patrimônio conservado é povo bem educado”“No rio-mar de minha existência não há lonjuras”“A etimologia é a certidão de nascimento da palavra”
“A bebida sacia a sede; oalimento extingue o desejo denos alimentarmos; mas a prata eo ouro nunca chegam asatisfazer a avareza”. Plutarco.
“Quem escreve olha a sua obra como seu filho, e todo o mundosabe que pai acha graças e bondades na “querida prole””.Joaquim Manuel de Macedo – Prefácioem seu livro A Moreninha – 1844.O autor deste texto também se permitiupinçar de seus próprios escritos,produzidos ao longo de cerca de trinta ecinco anos de exercício literário,algumas frases que julga expressaremfielmente as experiência e convicçõessentidas e consentidas no desempenhodesse nem sempre ameno labor. Aseguir:
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Médico e escritor. SOBRAMES/ABRAMES
Franco Zeffirelli
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Martin Luther King
ale a pena recordar os bons tempos de antigamente,principalmente, quando essa recordança ativa aimaginação do autor e diz respeito a sua participação e dosseus familiares, nos festejos do Círio de Nossa Senhora deNazaré que vem sendo realizado há mais de 2 séculos em
Belém, capital do Estado do Pará, na agora chamada Amazônia Brasileira.Em franca expansão, os Círios tem sido realizados em outros estados dopaís e até fora dele tendo sua origem em terras lusitanas.
Desde o inicio a festividade entre nós, em todos os seusaspectos, era basicamente familiar caracterizando encontros ereencontros de seus membros a longos tempos apartados às vezes comdistâncias bem remotas e eram aguardados com ansiedade, ficandosempre o compromisso do retorno.
A partir da presença do recém-chegado tudo, sem tirar nem por,tinha o suporte familiar que ainda não havia esmaecido e procuravareativação pela base.
Para princípio de conversa, visita a parentes e amigos aindaremanescentes. Em seguida peregrinação ao cemitério de Santa Izabel emsaudoso reconhecimento de lápides e catacumbas dos ausentes. Em outraoportunidade visita à Igreja de São Joãozinho na Cidade Velha onde ovisitante fizera sua Primeira Comunhão. Nessamesma oportunidade uma chegadinha ao externatoSão Geraldo, para tomar a bênção das professorasAntonica e Ritinha onde havia estudado.
Nesse meio tempo, os auxiliares domésticoscontavam com reforço de parente conhecido por suasqualidades culinárias, para dar início ao preparo doalmoço ajantarado, reforçado para a família, no dia doCírio.
Tudo começava com a compra da maniva noVer-o-Peso, bem como dos ingredientes para opreparo da maniçoba. Os entendedores colocavam a maniva para ferverem fogo de lenha por até sete dias para apurar. Em seguida as carnes,quase sempre as mesmas usadas na feijoada, como: chouriço, paio, pésde porco, charque.
A parte mais difícil e complicada era decidir se o chegante iria ounão acompanhar a procissão, em caso positivo se iria calçado ou descalçocomo tradição para segurar na corda durante o percurso. Ao chegar nolocal da saída acertavam com os promesseiros tradicionais sobre apossibilidade ou não de usarem os tais calçados.
No dia da Procissão as pessoas aglomeravam-se dentro e forada Sé Catedral (hoje primorosamente restaurada) acompanhando a Missapara, em seguida, sair em romaria até a Basílica.
À frente, da Berlinda iam autoridades do Estado e convidadosespeciais, o que incluía às vezes o Presidente da república. As casas aolongo do percurso eram decoradas com colchas finamente bordadas, flores
e velas acesas.Grande maioria dos acompanhantes primavam
pela boa indumentárias muitas vezes confeccionadasespecialmente para esse dia.
A época era muito comum os rapazes originários dosubúrbio, trazerem lenço amarrado na cabeça passandopela testa.
Os acompanhantes da corda eram divididos emduas alas. A dos homens à direita e as mulheres a esquerdada Berlinda.
Na curva do Boulevard, na subida para aPresidente Vargas, os estivadores estavam preparados para homenagear aPadroeira, lançando dezenas e dezenas de foguetes de rabo oriundos dahoje Vigia de Nazaré, onde teria sido realizado o primeiro Círio.
A chegada à Basílica era difícil e cansativa, em verdadeiroapertacunha. Muito difícil era após a procissão, conseguir transporte parao subúrbio onde, lhes esperava refeição com pato no tucupi e às vezesmaniçoba. Nas residências dos mais abastasdos e nas sedesgovernamentais, durante a procissão era servido uma espécie de quebrajejum, servido por garçons originários do Grande Hotel.
Grave problema para os promesseiros era a não existência deágua para beber, o que os abrigava a pedir nas casas, bem como emnecessidade maior, o uso de sanitários.
Outro problema de difícil solução era quando alguém necessitavade atendimento médico, quase sempre por desidratação, por só haver umPronto Socorro Municipal que ficava atrás do edifício da Booth Line,empresa inglesa de navegação.
Na entrada do Cinema Olímpia a prefeitura montava posto paraatendimento de urgência/emergência que não dava conta da demanda.
Apesar das dificuldades não encontra-se participante dosantigos Círios que não os relembrem com saudades.
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Amazônia: Acompanhandoum Círio de OutroraC
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50 p a r a m a i s . c o m . b r
*SOPREN/SOBRAMES(*)
A corda na curva do Boulevard
Igreja de São Joãozinho na CidadeVelha, no belo traço de Sérgio Bastos
Maniva para o preparo da maniçoba