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 FRANCIMEIRE TAVARES RAMALHO AMORIM PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: TRATAMENTO ATRAVÉS DA ACUPUNTURA E FISIOTERAPIA. RECIFE PERNAMBUCO – BRASIL 2007

Paralisia Facial Perifrica Tratamento

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FRANCIMEIRE TAVARES RAMALHO AMORIM

PARALISIA FACIAL PERIFRICA: TRATAMENTO ATRAVS DA ACUPUNTURA E FISIOTERAPIA.

RECIFE PERNAMBUCO BRASIL 2007

FRANCIMEIRE TAVARES RAMALHO AMORIM

PARALISIA FACIAL PERIFRICA: TRATAMENTO ATRAVS DA ACUPUNTURA E FISIOTERAPIA.

Monografia apresentada ao Centro Integrado de Terapias Energticas - CITE, como parte das exigncias do curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Acupuntura, para obteno do ttulo de Especializao.

Orientador: Prof. Heitor Casado

RECIFE PERNAMBUCO BRASIL 2007 1

FRANCIMEIRE TAVARES RAMALHO AMORIM

PARALISIA FACIAL PERIFRICA: TRATAMENTO ATRAVS DA ACUPUNTURA E FISIOTERAPIA.

Monografia apresentada ao Centro Integrado de Terapias Energticas - CITE, como parte das exigncias do curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Acupuntura, para a obteno do ttulo de especializao.

APROVADA em _____ de ________________ de ________.

Professor ________________________________________________

Professor ________________________________________________

_____________________________________________ Prof. Heitor Casado CITE (Orientador)

RECIFE PERNAMBUCO BRASIL 2007 2

AGRADECIMENTOS

Agradeo a Deus por colocar mais uma alegria em minha vida e ao amor incondicional da minha famlia que no mediram esforos para esta realizao. Ao apoio e carinho constantes da minha irm Nelma, mame, meu esposo, meus filhos, irmos e amigos verdadeiros. E por fim, ao meu pai que de algum lugar participou comigo dessa nova conquista.

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Voc nunca recebe um desejo, sem tambm receber a capacidade de torn-lo realidade. 4

RESUMO

A paralisia facial perifrica o acometimento total ou parcial dos msculos de uma hemiface provocando perda dos movimentos da musculatura da face, ou seja, uma paralisia dos msculos mmicos ocasionando uma assimetria da face ou imobilidade, modificando a expresso fisionmica do paciente onde se tem um dano funcional e esttico. No apresenta uma etiologia definida, porm esta associada a diversos fatores como os tumorais, traumticos, congnitos, infecciosos, etc. Os sinais e sintomas que so caractersticos da paralisia facial perifrica se devem ao acometimento do VII par craniano (nervo facial). A reabilitao do quadro atualmente realizada por tcnicas de fisioterapia e, aos poucos, com a integrao da acupuntura. Independemente do tratamento aplicado o objetivo o retorno da expresso facial do paciente e em 80% dos casos se obtm a regresso das manifestaes clnicas. PALAVRAS CHAVE: paralisia facial perifrica, fisioterapia, acupuntura.

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LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1 Figura 2

Nervo Facial (em vermelho sua parte motora) ---------------------Acesso anterior extradural transpetroso e transtentorial pela

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fossa mdia. -------------------------------------------------------------- 14 Figura 3 Figura 4 Grau de leso do nervo. ----------------------------------------------Msculos da face que so acometidos numa leso do nervo facial. --------------------------------------------------------------------Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura13 Figura 14 Figura 15 Figura16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Neuroma no canal interno auditivo. ---------------------------------Exerccios para a reabilitao facial ---------------------------------16 21 25 15

Localizao dos pontos E1, E2, E3, E4, E5, E6, E7. --------------- 32 Localizao do ponto E8. ---------------------------------------------32

Localizao do ponto E36. --------------------------------------------- 33 Localizao do ponto IG2, IG3, IG4, IG6, IG7, IG10, IG11 ----Localizao do ponto IG19, IG20 -----------------------------------Localizao do ponto VB12 ------------------------------------------Localizao do ponto VB13, VB14 ---------------------------------Localizao do ponto B1, B2. ----------------------------------------37 37 39 39 40

Localizao do ponto B8 ----------------------------------------------- 41 Localizao do ponto ID18 -------------------------------------------Localizao do ponto F3 ----------------------------------------------41 42

Localizao do ponto VG16 ------------------------------------------- 43 Localizao do ponto VG27 ------------------------------------------- 44 Localizao do ponto VC24 ------------------------------------------44

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LISTA DE QUADROS

Quadro1

Avaliao atravs do Sistema de House Brackman --------------

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1

Ramos do Nervo Facial -------------------------------------------------

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SUMRIO

1. 2. 2.1 3. 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9 3.10 4. 5. 6. 6.1 7.

INTRODUO---------------------------------------------------------VII NERVO CRANIANO --------------------------------------------Leso no nervo craniano -----------------------------------------------ETIOLOGIA DA PARALISIA FACIAL PERIFRICA ------Congnita -----------------------------------------------------------------Iatrognica ----------------------------------------------------------------Idioptica -----------------------------------------------------------------Infecciosa -----------------------------------------------------------------Metablicas ---------------------------------------------------------------Sndrome de Ramsey-Hunt ---------------------------------------------Txica ---------------------------------------------------------------------Traumtica ----------------------------------------------------------------Tumoral ------------------------------------------------------------------Vasculares -----------------------------------------------------------------

10 12 14 17 17 17 17 18 19 20 20 20 21 22

AVALIAO CLNICA PARALISIA FACIAL PERIFRICA ------------------------------------------------------------ 23 FISIOTERIA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL PERIFRICA ------------------------------------------------ 25 ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL PERIFRICA ------------------------------------------------ 28 Pontos extras -------------------------------------------------------------- 45 CONCLUSO ----------------------------------------------------------- 46 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS -----------------------------47

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1. INTRODUO

O corpo humano apresenta diversas maneira de expressar suas vontades, seja pela fala, por gestos ou at mesmo pela expresso da facial. A face humana parte essencial da comunicao humana e sua atuao depende de uma serie de msculos que so regidos por um sistema nervoso bem complexo. A impossibilidade de utilizar a expresso de um dos lados da face, o comprometimento dos movimentos faciais e a desarticulao no momento da fala constituem uma desfigurao bastante significativa, sobretudo numa sociedade em que a esttica relaciona-se diretamente com a aparncia facial. A paralisia facial perifrica apresenta uma semiologia que est sujeita a um transtorno do VII par craniano (nervo facial) acarretando uma paralisia do conjunto dos msculos da face. A leso no nervo facial leva a alterao das funes fisiolgicas como o lacrimejamento (o nervo facial responsvel pela inervao motora do saco lacrimal e da plpebra, podendo acarretar, com a perda de tais funes, uma lcera de crnea e a conseqente cegueira); o reflexo do msculo do estribo (responsvel pela proteo da orelha interna contra os sons de alta intensidade); o nervo corda do tmpano (responsvel pela sensibilidade gustativa dos dois teros anteriores da lngua e pela inervao motora da glndula submandibular e glndulas salivares menores); a movimentao voluntria e o tnus da musculatura da boca revestem-se de extrema importncia, quer na alimentao, quer na ingesto de lquidos, e a perda dessa funo acarreta terrveis dificuldades no processo alimentar; dentre outras funes, como a sensibilidade tctil das regies do pescoo que inervada sensitivamente por seu ramo cervical. O retorno da atividade mmica facial depende de uma serie de fatores que vo desde o tempo de incio do tratamento (fator determinando para a recuperao rpida do nervo facial) at as atividades teraputicas que so aplicadas. A fisioterapia exerce atividade fundamental no processo de recuperao, procedimentos como a massoterapaia de relaxamento na hemiface no 10

comprometida, massoterapia de estimulao na hemiface paralisada, crioterapia e cinesioterapia so utilizados para obter xito no tratamento. Alm dos procedimentos fisioteraputicos tradicionais adotados, a acupuntura utilizada como outro recurso, dentro das especialidades da fisioterapia, no tratamento da paralisia facial perifrica. Apesar de ser uma tcnica com quase 5 mil anos, seus princpios demonstram bastante eficcia na recuperao da paralisia facial perifrica. Independente do procedimento adotada pelo profissional fisioterapeuta, o objetivo sempre ser o retorno das funes mmicas do paciente, que consequentemente trar seu bem-estar e qualidade de vida.

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2. VII NERVO CRANIANO

O nervo facial constitui o stimo (VII) par de nervos cranianos. um nervo misto, constitudo por fibras aferentes, eferentes gerais e especiais, possui uma raiz motora (nervo facial propriamente dito) e uma raiz sensitiva (nervo intermdio).

Figura 1: Nervo Facial (em vermelho sua parte motora)

As fibras viscerais aferentes especiais conduzem o senso do sabor dos dois teros anteriores da lngua via nervos corda do tmpano e lingual (gnglios geniculado) e via nervo intermdio (trato solitrio). As fibras viscerais eferentes gerais constituem o sistema parassimptico. O nervo petroso superficial maior inerva as glndulas lacrimais e palatinas saindo do ncleo salivatrio superior, passando pelo hiato do facial e gnglio esfenopalatino. O nervo petroso superficial menor promove estmulo secretor para a glndula partida e faz sinapse no gnglio tico. Os nervos corda do tmpano e lingual promovem inervao secretora para as glndulas submandibulares e sublinguais, fazendo sinapse no gnglio submandibular. As fibras viscerais eferentes especiais originam-se do ncleo motor do facial e passam atravs do osso temporal, (exceto as fibras para o msculo de estapdio), indo em direo ao forame estilomastoideo, inervando os msculos 12

auricular, ventre posterior do digstrico, estilohiideo e platisma, alm da musculatura facial superficial (mmica). Evidncias de que fibras aferentes sensitivas promoveriam sensibilidade da concha e conduto auditivo externo e propriocepo da face so contraditrias. Estas fibras seriam responsveis pela otalgia na sndrome de Bell e dor na infeco pelo herpes zoster. Dentro do Canal Facial, o nervo facial origina o estapdio e a corda do tmpano, antes destes sarem do crnio, pelo formen estilomastideo. O nervo estapdio relaciona-se com a inervao do msculo estapdio, atravs de uma abertura na pirmide e o nervo corda do tmpano, que deixa o facial do formen estilomastodeo, vincula a sensibilidade da gustao, possuindo tambm fibras secretomotoras para as glndulas salivares. Abaixo do formen estilomastideo encontram-se os ramos digstricos, para o ventre posterior do msculo digstrico, e os ramos do estiloiideo para o msculo estiloiideo. Aps a sada desses ramos, no interior da glndula partida, o nervo facial forma o plexo parotdeo, cujos ramos se anastomosam entre si e freqentemente formam os troncos temporofacial e cervicofacial. Do interior da glndula iro emergir os ramos terminais, que so muito variveis na sua disposio, e se irradiaro na face.

RAMO Ramo Temporal

LOCALIZAO Cruza o arco zigomtico em direo aos msculos orbiculares dos olhos, msculos auriculares anteriores e superior e ramo frontal do occipital e o corrugador do superclio.

Ramo Mandibular

Corre para diante sobre o ramo da mandbula, abaixo do platisma, em direo ao ngulo da boca. Ao passar pelo masseter e cruzar superficialmente a artria e a veia faciais, vai suprir os msculos relacionados com o lbio inferior e o ngulo da boca.

Ramo Zigomtico

Cruza o arco zigomtico e vai inervar os msculos zigomtico e orbicular do olho, alm de suprir os msculos relacionados com o lbio superior e abertura da asa do nariz e parte do bucinador.

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Ramo Bucal

Acompanha o zigomtico e, depois, segue inferiormente em direo ao ngulo da boca, o bucinador e os elevadores do ngulo do lbio superior e do ngulo da boca, os depressores do lbio inferior e do ngulo da boca.

Ramo Cervical

Aps deixar a glndula partida, dirige-se para baixo e depois para adiante, at suprir a face profunda do msculo platisma.

Tabela 1: Ramos do Nervo Facial

VI I

Figura 2. Acesso anterior extradural transpetroso e transtentorial pela fossa mdia; retirada da poro medial do pice da pirmide petrosa; V, nervo trigmeo; GG, gnglio de Gasser; V1, ramo oftlmico; V2, ramo maxilar; V3, ramo mandibular; P, ponte; VII, nervo facial; gg, gnglio geniculado; ACI, poro horizontal da artria cartida interna; PP, resqucio do pice da pirmide petrosa (supratentorial).

2.1 LESO NO NERVO CRANIANO A leso no nervo facial, classicamente descrita como neuropraxia, axonotmese, neurotmese. a) Neuropraxia: Existe apenas um bloqueio fisiolgico impedindo a passagem de estmulo, pelo menos durante um determinado tempo, sendo capaz de causar paralisia. So leses temporrias e no causam seqelas por no serem acompanhadas de degenerao. b) Axonotmese: Ocorre comprometimento parcial dos axnios e bainhas de mielina, permanecendo o neurilema sem alterao. Nessa leso, dependendo do nmero de fibras lesadas, pode causar seqelas.

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c) Neurotmese: O nervo sofre uma seco total em um determinado segmento, impossibilitando uma recuperao. Com o enxerto poder haver regenerao dos axnios seccionados. Alguns autores baseiam a classificao a partir de achados histolgicos: 1 Grau: O agente causador aumenta a presso intraneural. H simples compresso. Ocorre recuperao integral e sem seqelas. 2 Grau: A compresso das fibras nervosas persiste, levando perda de axnios. Ocorre recuperao sem seqelas, sendo mais lenta que no 1 grau. 3 Grau: A persistncia da compresso leva perda dos tubos de mielina. Dependendo da proporo com que isto ocorra, pode surgir recuperao incompleta, com sincinesias em graus variveis. 4 Grau: J existe comprometimento em toda a seco do nervo. A

recuperao no espontnea, ser obtida com resseco da parte lesada e enxerto, surgindo seqelas e sincinesias. 5 Grau: Leso idntica anterior, acrescida de descontinuidade do tronco. A recuperao no espontnea, podendo ser obtida com a correta resseco das extremidades e enxerto, surgindo seqelas e sincinesias graves.

Figura 3: Grau de leso do nervo.

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A leso do nervo facial resulta na paralisia de alguns msculos so eles: Occiptofrontal- levanta as sobrancelhas. Orbicular do olho- fecha os olhos. Corrugador e prcero- enruga a pele entre as sobrancelhas e franze as sobrancelhas. Grande e pequeno zigomtico, levantador do canto da boca, levantador do lbio superior- levantam o canto da boca e o lbio superior. Bucinador- mantm a bochecha contra os dentes durante a mastigao e amamentao. Sem ele, o alimento fica retido entre a bochecha e os dentes, o que funcionalmente altamente restritivo. Orbicular da boca- fecha a boca. Risrio- puxa o ngulo da boca para trs, como no sorriso. Depressor do ngulo da boca e depressor do lbio inferior- puxa o ngulo da boca e o lbio inferior para baixo.Mentoniano- enruga o queixo e muito importante para o ato de beber porque prende o lbio inferior no copo e impede o derramamento do lquido.

Figura 4: Msculos da face que so acometidos numa leso do nervo facial.

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3. ETIOLOGIA DA PARALISIA FACIAL PERIFRICA3.1 CONGNITA Numa porcentagem menos freqente pode ocorrer a paralisia facial por fatores congnitos. essencial que seja realizado o diagnstico diferencial com a paralisia facial traumtica (trauma de parto). O diagnstico diferencial de paralisia facial completa em recm nascidos inclui: injria por compresso ao nervo em sua poro perifrica, ausncia congnita da poro motora do nervo facial e/ou da musculatura facial, ou agenesia do ncleo do facial. As dificuldades em se

estabelecer um diagnstico so minimizadas examinado o recm nascido com estimulao eltrica dentro dos 3 primeiros dias de vida, antes que a degenerao walleriana ocorra. Em crianas com distrbio de desenvolvimento, a paralisia permanente e geralmente associada a malformaes da orelha ou da cadeia ossicular. 3.2 IATROGNICA As leses do nervo facial podem acontecer desde o tronco cerebral at os ramos perifricos, na face e no pescoo. A incidncia de paralisias faciais no psoperatrio est diretamente relacionada com a experincia do cirurgio.

3.3 IDIOPTICA Idioptica ou Paralisia de Bell o tipo de paralisia mais comum paralisia facial, correspondendo a 60 a 80% dos casos, sendo diagnosticada aps a excluso das demais causas. Comea com uma paralisia sbita perifrica, que pode afetar alguns dos ramos do nervo facial. A paralisia perifrica, flcida, sbita (instalao em 24 a 48 horas) e idioptica, podendo ser acompanhada de dor retroauricular, alteraes gustativas e olho seco. Sintomas auditivos, como hiperacusia e/ou algiacusia, podem estar presentes em cerca de 30% dos pacientes. Alguns autores atribuem esses sintomas 17

a uma disfuno do msculo do estapdio e outros a um envolvimento central. Evidncias para esta teoria so encontradas ao BERA (aumento do intervalo entre ondas I e V e diferena interaural da latncia da onda V), regredindo aps a paralisia. Entretanto, estas alteraes so encontradas apenas em uma pequena percentagem de o pacientes. A paralisia pode piorar at o 10 dia. Pode permanecer como uma paralisia mnima, ou progredir para uma paralisia quase completa. muito discutida a sua etiologia, mas, parece haver um consenso quanto s causas: vascular e virtica. 3.4 INFECCIOSA Infeces do Sistema Nervoso Central, do osso temporal ou da face podem ser causas da paralisia facial. Otites, mastoidites, labirintites, edemas do gnglio geniculado, alm de qualquer reao inflamatria do nervo facial e sua compresso. A otite mdia a causa infecciosa mais freqente da paralisia facial. A fisiopatologia da paralisia facial nesta doena no claramente compreendida. Nenhuma diferena foi observada no tipo de organismo cultivado do ouvido mdio em casos de otite mdia com ou sem envolvimento do nervo facial. Deiscncias da poro timpnica do canal de Falpio poderiam servir como portas para invaso bacteriana direta. Outras teorias que tentam explicar esta etiologia seriam: a inflamao gera edema que, dentro dos limites do canal facial, resulta em compresso e isquemia do nervo; desmielinizao devido toxinas bacterianas; compresso de bainha; neurite aguda levando a trombose venosa e edema inflamatrio do nervo. A infeco do osso leva a uma reabsoro e formao de tecido de granulao, produzindo uma osteite com envolvimento do nervo facial. O colesteatoma, atravs de atividade enzimtica e processo inflamatrio, so capazes de erodir o osso, e, por conseqncia, o canal do nervo facial, a exposio do seu contedo e a infeco levaria paralisia. A otite externa maligna seria outra causa infecciosa onde algumas condies metablicas, hematolgicas e imunolgicas predispem o indivduo a vrios tipos graves de otites externas, geralmente provocadas por germes gram18

negativos como a Pseudomonas aeruginosa. O mecanismo mais provvel uma combinao de ostete, eroso ssea, compresso, inflamao e infeco direta do nervo. Colesteatoma est presente em cerca de 70-80% dos casos, associados a algum grau de eroso do canal de Falpio, principalmente no segmento timpnico. O incio pode ser abrupto ou insidioso, e na maioria das vezes a paralisia incompleta. 3.5 METABLICAS 3.5.1 DIABETES Pesquisadores do assunto referem que, devido a estudos realizados, a diabetes pode afetar os nervos perifricos, apresentando alteraes

microangiopticas similares s que ocorrem na pele, retina e rins. A incidncia de paralisia em diabticos similar da populao em geral. 3.5.2 HIPOTIREOIDISMO O mixedema uma das complicaes neurolgicas do hipotireoidismo. Alterao do nervo auditivo , at certo ponto, comum, porm a do nervo facial rara. Ela se d devido infiltrao mixedematosa e edema do nervo, e a descompresso pode estar indicada, em alguns casos, como ocorre na sndrome do tnel do carpo. 3.5.3 GRAVIDEZ A paralisia facial decorrente da gravidez pode ter causas diversas, em funo de vrios fatores, como alteraes hormonais, hipercoagulabilidade, doena auto-imune, avitaminose, alteraes vasculares e reteno de lquidos (esta parece ser a causa mais aceita).

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3.6 SNDROME DE RAMSEY-HUNT Sndrome de Ramsey-Hunt, causada pelo vrus do herpes zoster na orelha, se caracteriza pela presena de otalgia, vesculas no pavilho, meato acstico externo ou palato, hipoacusia, vertigens e tambm comumente causadora de paralisia facial perifrica. Neste caso o paciente ainda sente dor no ouvido afetado e no pavilho auricular costumam aparecer leses em forma de vesculas, no meio de uma orelha inchada e vermelha. Sua evoluo naturalmente mais severa que a da idioptica e pelo tropismo do vrus pelo tecido ganglionar geralmente se acompanha de hipolacrimejamento. 3.7 TXICA Alguns pesquisadores afirmam que leses de origem txica so formas raras de paralisia facial, geradas por drogas que causam imunossupresso ou alteraes vasculares, como os quimioterpicos. Em geral a paralisia bilateral. 3.8 TRAUMTICA Devido ao longo percurso intracanal, o nervo facial o par craniano mais atingido por traumas. . Extratemporal: Na presena de trauma na poro extracraniana do nervo facial, uma cuidadosa avaliao dos movimentos dos grupos musculares faciais estabelece a integridade funcional de cada uma das divises do nervo facial. Intratemporal: Cerca de 7 a 10% das fraturas do osso temporal estaro associadas com disfuno do nervo facial. Dano severo ao nervo facial devido a trauma do osso temporal (sendo os acidentes de transito as causas mais freqentes) resulta em degenerao retrgrada ao nvel dos segmentos labirnticos e possivelmente meatal.

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As causas mais freqentes das paralisias traumticas so as fraturas do crnio, ferimentos causados por projteis de arma de fogo, ferimentos cortocontusos nas partes moles da face, traumas de parto e iatrognico As fraturas longitudinais so mais comuns que as transversas e melhor observadas em ossos pneumatizados; possuem sinais mais comuns, como: otorragia, deformidade da parede pstero-superior do meato acstico externo, perda auditiva condutiva, liquorria e, em 20% dos casos, paralisia facial. J as fraturas transversas, geralmente, so mais graves e tm como sinais mais comuns: hemotmpano, perda auditiva neurossensorial, nistagmos, nuseas e vmitos, liquorria e paralisia facial em 40% dos casos. Apesar dos ferimentos no osso temporal freqentemente resultarem em morte instantnea, nas leses por projteis de arma de fogo a densidade do osso pode proteger estruturas vitais e a sobrevivncia possvel, mesmo em leses extensas. Na maioria dos casos existe leso do nervo facial, sistema auditivo e vestibular. 3.9 TUMORAL Uma neoplasia pode comprimir ou invadir o nervo em qualquer ponto de seu trajeto. Os tmores podem ser de origem intrnseca, neurognica ou extrnseca, afetando o nervo facial secundariamente. O tumor intrnseco do nervo o neurinoma do nervo facial (patologia rara), podendo ser intratemporal, intracraniano ou extratemporal.

Figura 5: Neuroma no canal interno auditivo.

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Os tumores extrnsecos podem ser benignos: meningeoma, glmicos jugular e timpnico, colesteatoma e schwannoma vestibular. No segmento extratemporal os tumores malignos envolvem o nervo e so da linhagem epitelial. Os malignos que afetam o segmento intratemporal so originrios do meato acstico externo como os carcinomas, os adenomas csticos de clulas escamosas e as metstases, principalmente de adenocarcinomas de pulmo e rim. 3.10 VASCULARES Este tipo de paralisia possui uma incidncia rara, porm est associada as alteraes patolgicas do Sistema nervoso Central, que pode ser gerado por uma trombose, por exemplo, que afeta o suprimento vascular do nervo facial.

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4. AVALIAO CLNICA PARALISIA FACIAL PERIFRICANo existe uma padronizao na avaliao da Paralisia Facial Perifrica os dados so subjetivos principalmente se a paralisia est relacionada com traumatismo direto ou indireto sobre o nervo facial. Atualmente Sistema de House-Brackmann o mais amplamente aceito e adotado pela Academia Americana de Otorrinolaringologia.

Quadro 1: Avaliao atravs do Sistema de House - Brackman

Os pacientes acometidos pela Paralisia facial Perifrica, freqentemente relatam que em relao ao lado paralisado, observaram ou sentiram: Sorriso: Sempre muito prejudicado e a falta de expresso facial da metade paralisada constitui talvez a maior preocupao dos pacientes. Boca: Desviada para o lado oposto com quase impossibilidade de conter lquidos. Impossibilidade de assobiar ou soprar.

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Ardor do olho: Bastante incmodo relacionado com a ausncia do movimento de piscar. Lacrimejamento: A presena de muita lgrima, ou ao contrrio, a sua ausncia. Otalgia: s vezes intensa na zona de Ramsay Hunt, surgindo com freqncia antes do aparecimento da paralisia. Alm da avaliao clnica, os pacientes tambm so submetidos a uma rotina de exames que vo desde exames complementares como glicemia, hemograma etc, at exames especficos para o nervo facial.

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5. FISIOTERIA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL PERIFRICA

O processo de recuperao da paralisia facial perifrica engloba vrios mtodos teraputicos que podem ser aplicados obtendo bons resultados, porm quanto antes iniciar a terapia, maiores sero as possibilidades de recuperao. Os principais procedimentos utilizados no tratamento fisioterpico da paralisia facial consistem em massoterapia de relaxamento na hemiface no comprometida, massoterapia de estimulao na hemiface paralisada, crioterapia e cinesioterapia A fisioterapia tem como objetivo evitar deformidades e manter a flexibilidade e a elasticidade muscular durante o perodo de paralisia. Exerccios especficos podem ser indicados quando se observa esboo de movimento da musculatura envolvida. Eles no interferem na velocidade de recuperao, mas podem melhorar a funo.

Levantar as sobrancelhas

Franzir as sobrancelhas

Expresso de mau cheiro, franzir o nariz

Fechar os olhos com fora

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Aproximar e comprimir os lbios

Sorrir mostrando os dentes

Sorrir com os lbios juntos

Soprando (enchendo a bochecha de ar)

Protruso do lbio inferior Figura 6: Exerccios para a reabilitao facial

Atravs das tcnicas de drenagem linftica, a massoterapia tem como objetivo a reduo do edema atuando sobre a circulao no estagio de flacidez e o relaxamento muscular na fase de hipertonia com nfase nos pontos dolorosos. A massagem abrange as duas hemifaces, sendo que as manobras de deslizamento superficial e profundo so realizadas no sentido centrfugo na hemiface paralisada e centrpeta na hemiface normal. A massagem deve ser aplicada de maneira correta, pois caso contrrio pode desencadear reaes reflexas de defesa com piora das retraes musculares. A crioterapia aplicada com o objetivo de estimular os pontos motores para a obteno da contrao muscular, na fase flcida da paralisia em um perodo 26

de aproximadamente 15 minutos. J o calor aplicado atravs de lmpada infravermelho ou bolsas quentes proporcionam o relaxamento muscular na fase de hipertonia. Na cinesioterapia so realizados exerccios de mmica facial e reeducao da musculatura facial atravs de biofeedback eletromiogrfico com eletrodos de superfcie. A princpio, o trabalho deve ser realizado em forma de esboo para que, mais tarde, todos os elementos musculares se reintegrem em uma mmica global e harmoniosa. Na execuo dos exerccios, deve - se procurar o equilbrio entre os msculos agonistas e antagonistas e, para isto, pode ser utilizada a presso digital, a qual favorece a dissociao dos movimentos da parte inferior e superior da face. Os movimentos de contrao sinrgica devem ser inibidos e, se aparecem movimentos anrquicos, os msculos responsveis devem ser mantidos em posio de estiramento para inibi-los. As sincinesias so atribudas hiperexcitabilidade nuclear facial ou regenerao aberrante das fibras nervosas e ocorrem quando no so tomadas estas precaues impedindo a completa recuperao da paralisia facial. A eletroterapia no muito recomendada, pois os estmulos podem causar espasmos e contraturas que so muito difceis de serem tratado e na maioria dos casos, o paciente no obtm melhora significativa. Onde poder ser utilizada no inicio de tratamento, quando a musculatura ainda encontra-se muito flcida e que a mesma deve ser interrompida com o reaparecimento dos primeiros movimentos voluntrios 7. A reabilitao facial do paciente vai depender de uma serie de fatores, como o tipo da leso e sua extenso, intervenes prvias e principalmente a cooperao do paciente.

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6. ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL PERIFRICA

No tratamento da paralisia facial perifrica a acupuntura, especialidade fisioteraputica, visa o processo de recuperao da funcionalidade dos msculos faciais acometidos pela leso do nervo facial. Atravs do equilbrio energtico corporal, a acupuntura auxilia no progresso junto com as tcnicas fisioteraputicas. Na viso da acupuntura a paralisia facial perifrica ocorre devido penetrao do vento que paralisa na regio da face. Os pontos de acupuntura abaixo trabalham na expulso do vento e no retorno do fluxo natural do Qi pelos canais. 1) E1: Origem: ChengQi Interpretao do Nome: O recipiente de lgrima, porque est situado logo abaixo do olho (pupila), como um recipiente de lgrimas. Localizao: Situa-se entre o bulbo ocular e a poro mdia da margem infraorbital. Caracterstica: Ponto de reunio com o Yang Qiao Mai e com o Ren Mai Funo energtica: Ativa a circulao de sangue nos canais de energia; clarea a viso, dispersa o vento perverso do Yang Ming; dispersa o calor do Yang Ming. 2) E2 Origem: Sibai Interpretao do Nome: Quatro cantos ntidos, porque esse ponto tem funo de clarear a viso e enxergar os quatros cantos com nitidez. Localizao: Situa-se a trs dcimos de tsun ou a trs fen distais ao E1, em uma depresso ssea sob a margem infra-orbital. Funo energtica: Clarear a viso; faz a difuso do fgado; fortalece a vescula biliar; elimina o vento perverso e o frio. Relaxa o Qi dos msculos faciais; remove a obstruo de Qi dos canais de energia principais; faz a limpeza do calor. 28

3) E3 Origem: Juliao Interpretao do Nome: Cavidade gigante, porque est situado em uma grande depresso ssea. Localizao: Situa-se abaixo do E2, lateralmente ao sulco nasolabial, no cruzamento da linha horizontal que passa pela margem inferior da asa do nariz com a vertical traada no nvel da pupila. Caracterstica: Ponto de reunio com o canal de energia curioso Yang Qiao Mai. Funo energtica: Ativa a circulao de sangue nos canais de energia; relaxa o Qi dos msculos faciais; dispersa o vento e o frio perversos. 4) E4 Origem: Dicang Interpretao do Nome: Est situado na parte inferior da face, que corresponde a terra, e pela proximidade da boca, que o armazm de cereais. Localizao: Situa-se a quatro dcimos de tsun ou a quatro fen lateral ao ngulo da boca, na linha perpendicular da pupila. Caracterstica: Ponto de reunio com o canal de energia curioso VasoConcepao e com o Yang Qiao Mai. Funo energtica: Regulariza a circulao de Qi e remove a obstruo de Qi dos canais de energia; fortalece as funes energticas do Wei; relaxa o Qi dos msculos da face; dispersa o vento e o frio do Yang Ming. 5) E5 Origem: Daying Interpretao do Nome: Grande recepo, porque recebe o Qi do canal de energia principal do estmago vindo do E1 e do E8, os dois so recebidos nesse ponto e, posteriormente seguem em direo caudal. Localizao: Situa-se na unio da margem anterior do msculo masseter com a margem inferior do corpo da mandbula, prximo artria facial. Caracterstica: Ponto de derivao pelo qual passa um canal de energia secundrio do IG, que vai se alojar nos dentes; neste nvel, o canal de energia principal do estmago dividi-se em dois ramos: um ascendente, que vai at a 29

regio parietofrontal; e um descendente que vai at o p; ponto de sada e de entrada da energia de defesa; ponto que rege mandbula. 6) E6 Origem: Jianche Interpretao do Nome: Por sua localizao na regio do masseter, prximo ao ngulo da mandbila. O ato de abrir e fechar a boca confere movimentos a esse ponto. Localizao: Situa-se um tsun abaixo do lbulo da orelha, sobre a salincia do msculo masseter, na mordida, ou reentrncia no repouso, exatamente acima do ngulo da mandbula. Funo energtica: Harmoniza o Qi do estmago; fortalece os dentes e a mandbula; melhora o Qi da articulao tempomandibular; remove a obstruo de Qi dos canais de energia; dispersa o vento e o frio perversos; faz a limpeza do calor perverso; relaxa os msculos faciais. 7) E7 Origem: Xianguan Interpretao do Nome: Est situado no local estratgico responsvel pela abertura e fechamento da boca e por estar abaixo do arco zigomtico oposto ao VB3, o guan superior, que est acima do arco zigomtico. Localizao: Situa-se na incisura da mandbula, depresso palpada logo baixo do arco zigomtico e frente da cabea da mandbula. Funo energtica: Dispersa o vento, o vento-calor e o frio do yang Ming; melhora as funes energticas da orelhera e da articulao temporomandibular; ponto especfico para o tratamento das doenas maxilares. 8) E8 Origem: Touwei Interpretao do Nome: Defesa da cabea, por que est situado no ngulo frontal da implantao de cabelo que representa a posio de defesa. Localizao: Situa-se na regio ntero-lateral da fronte, no nvel do ngulo formado entre as implantaes horizontal e vertical do cabelo, e quatro tsun laterais ao VG24.

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Caracterstica: Ponto de reunio com o canal de energia principal da vescula biliar; alguns autores consideram como ponto de reunio dos trs canais de energia tendinomusculares yang da mo. Funo energtica: Clareia a viso; dispersa o vento e o calor do yang Ming. 9) E36 Origem: Zusanli Interpretao do Nome: Porque situa-se a trs tsun do joelho. Localizao: Situa-se a trs tsun distal ao E-35 ( Dubai ) e a um tsun lateral margem anterior da tbia, entre os msculos tibial anterior e extensor comum dos dedos. Caracterstica: Estimular este ponto quando o doente sente uma dor que vai do joelho para a panturrilha, com a sensao de estar a perna quebrada; ponto Ho do canal de energia do estmago correspondente ao Movimento Terra; ponto que apresenta a mxima concentrao de Energia Terra no canal de energia estmago; estimular este ponto para dispersar a Energia Perversa da parte mdia do corpo; estimular este ponto nas afeces energticas do Estmago, com o abdome distendido; estimular este ponto quando o doente sente dores no Estmago e no Corao; quando se tem a impresso de que os membros superiores e inferiores perderam a sua ligao. Nas afeces crnicas das articulaes, devido Umidade, deve-se aquecer as agulhas e estimular o E-36; quando h Plenitude ou Vazio de Qi, excesso de Yin ou Yang, deve-se sempre estimular o E-36, tonificando-o ou dispersando-o. Quando h sintomas Yin no interior do corpo, deve-se tonificar o E-36. O ponto E-36 o ponto de difuso de Qi para o Baixo do corpo, enquanto que o E-30 o para o Alto. Nos distrbios do Intestino Grosso e do Estmago, deve-se estimular os ponto da Bexiga e do Estmago, se no h resultado, estimular o E-36. Nos distrbios de Wei Qi, deve-se dispersar a Energia estagnada do E-36 o mais rpido possvel; estimular este ponto em todas as afeces do Intestino Grosso,tonificando-o se h Vazio de Qi,ou dispersando a Energia estagnada,se h Plenitude de Qi. Se o doente apresentar borborigmos, com sensao de que a Energia acomete a parte alta do corpo, com dificuldade respiratria, isto significa que a Energia Perversa penetrou no Intestino Grosso. 31

Neste caso estimular os pontos VC-6, E-37 e E-36. um ponto regulador geral de Energia Funo energtica: Tonifica o Qi Nutrio, o Qi e o sangue; regula, hamoniza e fortalece o Qi Mediano ( Bao/Pncreas/Estmago ), regula e umedece os Intestinos; harmoniza e tonifica o Qi do Pulmo; tonifica o Qi dos Rins e do Yuan Qi; tonifica o Wei Qi, restaura o Yang Qi e forma o Jin Ye; faz circular o Qi e o sangue; aumenta a Energia Essencial; redireciona o Qi em tumulto; transforma a Umidade e a Umidade-Calor, drena a Umidade e a Umidade-Frio; dispersa o Vento e o Frio.

Figura 7: localizao dos pontos E1, E2, E3, E4, E5, E6, E7.

Figura 8: Localizao do ponto E8.

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Figura 9: Localizao do ponto E36.

10) IG2 Origem: Erjian Interpretao do Nome: o segundo ponto do canal de energia principal do intestino grosso e um espao com limites definidos. Localizao: Situa-se em uma cavidade distal articulao metacarpofalangiana, na margem lateral (radial) do dedo indicador, onde tambm se localiza o prolongamento de um sulco com a mo fechada. Caracterstica: Ponto Iong e de disperso do canal de energia principal do IG Funo energtica: Fortalece o Qi da garganta; faz circular o Qi do canal de energia Yang Ming; dispersa o calor-vento do Yang Ming; dispersa o calor da garganta. 11) IG3 Origem: Sanjian Interpretao do Nome: o terceiro segundo ponto do canal de energia principal do intestino grosso e um espao com limites definidos. Localizao: Situa-se na margem lateral do 2 metacarpo, em uma reentrncia proximal articulao metacarpofalngica; fechar a mo para localizar. Caracterstica: Harmonizar o Qi do IG; dispersar o calor do Yang Ming; descongestiona o Qi estagnado da garganta; transforma a umidade-calor 33

Funo energtica: Ponto de acupuntura Iu do canal de energia principal do IG corresponde ao movimento madeira. 12) IG4 Origem: Hegu Interpretao do Nome: Chame-se Hegu por sua semelhana anatmica com o vale e essa semelhana se acentua com o movimento de abduo do polegar. Localizao: Situa-se na metade do 2 metacarpo, entre o 1 e 2 ossos metacarpo, ou sobre a salincia muscular, quando se faz a aduo do polegar. Caracterstica: Ponto Yuan do canal de energia principal do IG, onde chega a energia Luo transversal do canal do Pulmo. Us-la em saco de distrbio do Qi do canal de energia Luo do IG e nos distrbios do canal de energia tendinomuscular do IG. Funo energtica: Facilita o trnsito e a descida dos alimentos do estmago para os intestinos; libera o calor perverso interno para a superfcie do corpo; dispersa o vento, o vento-frio e o vento-calor; dispersa o excesso de Xin Qi; promove a desobstruo de Qi estagnado dos canais de energia; ativa a circulao de Qi e de Xue nos vasos sanguneos; clareia a viso; reanima o estado de inconscincia; transforma a mucosidade, a umidade-calor; tonifica o Wei Qi. 13) IG6 Origem: Pianli Interpretao do Nome: Passar para o caminho do lado, por que o ponto Luo por onde desvia o Qi do canal de energia Yang Ming da mo para o canal de energia Tai Yin da mo. Localizao: Situa-se na margem postero lateral do antebrao, a trs tsun da prega do dorso do punho, sobre uma linha traada entre o IG-5 e o IG-11, no cotovelo. Caracterstica: o ponto Luo do canal de energia principal do IG de onde partem os canais de energia Luo longitudinal e transversal para o ponto P9 do canal de energia principal do pulmo. Puncionar esse ponto nos casos de plenitude do canal de energia Luo longitudinal do IG.

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Funo energtica: Harmonizar via das guas; faz circular o qi nos canais de energias turvas; dispersa o calor e o vento perversos; descongestiona o Qi estagnado da garganta. 14) IG7 Origem: Wenliu Interpretao do Nome: o ponto Xi do canal de energia Yang Ming da mo onde permanece grande concentrao de Qi e Xue e, por ser o Qi de carter Yang, possui temperatura morna. Localizao: Situa-se a dois tsun craniais ao IG-6 ou a 5 tsun cranialmente prega do dorso do punho, na linha traada entre o IG-5 e o IG-11. Caracterstica: Ponto Xi do canal de energenia principal do IG; puncionar esse ponto nos casos de parada de circulao de Qi do canal de energia principal do IG. Funo energtica: Acalma a mente; harmoniza o Qi do IG; fortalece o Qi do yang Ming e do IG; transforma a umidade; umidece a garganta e fortalece a lngua. 15) IG10 Origem: Shousanli Interpretao do Nome: Est situado aproximadamente a 3 tsun da extremidade do cotovelo. Localizao: Situado a dois tsun distais ao IG-11, na linha traada entre o IG-5 e o IG-11. Funo energtica: Harmoniza o Qi do estmago e do IG; regulariza e harmoniza o Q do aquecedor mdio; faz transitar o Qi nos canais de energia Luo; dispersa o vento perverso; promove a desobstruo da estagnao de Qi nos canais de energia. 16) IG11 Origem: Quchi Interpretao do Nome: Est situado na extremidade lateral da prega de cotovelo. Localizao: Situa-se em uma reentrncia na extremidade lateral da prega de flexo do cotovelo, ou a meia distancia entre P5 e o epicndilo lateral, com 35

cotovelo em flexo de 90. A agulha deve ser direcionada para o epicndilo medial. Caracterstica: Ponto Ho do canal de energia principal do IG correspondendo ao Movimento Terra. Funo energtica: Regulariza a circulao de Qi e de Xue (sangue) nos canais de energia; harmoniza a energia essencial e o Xue (sangue); fortalece o Xue; fortalece as articulaes; elimina o vento perverso e a umidade; elimina o calor perverso do Yang Ming; refresca o calor, reduz a febre; transforma a umidadecalor; regulariza e umedece o IG; regulariza o pulmo. 17) IG 19 Origem: Heliao Interpretao do Nome: Est situado prximo a boca (por onde entra os alimentos) e ao palpa-lo nota-se pequena depresso ssea. Localizao: Situa-se a meio tsun lateral ao ponto de acupuntura VG26, situado no filtro nasal. 18) IG20 Origem: Yingxiang Interpretao do Nome: Receber fragrncia porque o ponto ao ser puncionado capaz de desobstruir o nariz e recuperar o olfato. Localizao: Situa-se entre o sulco nasolabial e a asa do nariz, a meio tsun desta. Caracterstica: Ponto de acupuntura do lado direito provm do canal de energia principal do Intestino Grosso do lado esquerdo, e eles se cruzam no ponto VG26; ponto de acupuntura de onde parte um canal de energia secundrio para o assoalho da rbita, para se formar a circulao de energia superficial com o canal de energia principal do estmago. Funo energtica: Circula o Qi do nariz; dissipa o vento, o vento-frio e o ventocalor; dissipa o calor perverso alojado no Qi; remove a estagnao de Qi do nariz.

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Figura 10: Localizao do ponto IG2, IG3, IG4, IG6, IG7, IG10, IG11

Figura 11: Localizao do ponto IG19, IG20

19) VB12 Origem: Wangu Interpretao do Nome: Est situado prximo ao processo mastide. Localizao: Situa-se em uma reentrncia ssea localizada posterior e abaixo do processo mastideo. Fletir o pescoo para sua determinao.

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Caracterstica: Ponto canal de energia principal da VB que recebe os canais de energia secundrios dos canais de energia triplo aquecedor e da bexiga. Funo energtica: Acalma a mente; dispersa a umidade-calor, o vento e o frio; acalma convulses. 20) VB13 Origem: Benshen Interpretao do Nome: Shen Basal, por que relaciona-se internamente com o encfalo que a base da vida e trata patologia relacionada a mente. Localizao: Situa-se na regio frontal, a trs tsun da linha mediana anterior, na horizontal que passa pelo ponto VG24. Caracterstica: Ponto de reunio do canal de energia principal da VB com o canal de energia curioso Yang Wei; ponto de reunio dos canais de energia tendinomusculares Yang da Mo. Funo energtica: Acalma convulses; dispersa a umidade-calor, o vento e o frio. 21) VB14 Origem: Yangbai Interpretao do Nome: Est situado na regio frontal Yang do corpo e ao ser puncionado clareia a viso. Localizao: Situa-se na regio frontal, a um tsun acima do meio do superclio. Caracterstica: Ponto de reunio do canal de energia principal da VB com o canal de energia curioso Yang Wei e o canal de energia da Bexiga. Funo energtica: Clareia a viso; aumenta a circulao de Qi nos canais de energia; dispersa o vento e o calor perverso.

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Figura 12: Localizao do ponto VB12

Figura 13: Localizao do ponto VB13, VB14

22) B1 Origem: Jingming Interpretao do Nome: Porque o ponto ao ser puncionado clareia a viso. Localizao: Situa-se a um fen acima e para fora do ngulo medial do olho. Caracterstica: o ponto de acupuntutra que recebe os canais de energia secundrios dos canais de energia principais do intestino delgado e do estmago, assim como dos canais de energia curiosos Yang Qiao e Du Mai; o lugar onde ocorre a alternncia do Yin e do Yang no corpo. Nesse ponto, o Yang Qiao Mai e o Yin Qiao Mai se separam. O primeiro entra no yang, e o segundo no yin; a partir 39

desse ponto a gua orgnica proveniente do Shen (rins), por meio do canal curiso Yang Qiao, penetra no encfalo. Funo energtica: Nutri o Yin Qi; aumenta a energia gua; clareia a viso; dispersa o vento e reduz o calor perverso do Tai Yang. 23) B2 Origem: Zanzhu Interpretao do Nome: Bambuzal, porque o superclio tem formato de bambu e os pontos esto situados na extremidade medial dos dois superclios, local onde juntam bambu. Localizao: Situa-se na extremidade medial do superclio, onde existe uma pequena reentrncia ssea. Funo energtica: Clareia a viso; dispersa o vento e o calor perversos. 24) B8 Origem: Luoque Interpretao do Nome: Ir cominucar e retornar, porque olocal de onde o canal de energia principal da bexiga parte em direo ao encfalo, interligando-o, e retorna a esse mesmo ponto. Localizao: Situa-se a um e meio tsun posterior ao B7, na parte alta da vertente posterior da cabea e, a um e meio tsun laterais linha mediana. Funo energtica: Acalma a mente; reanima o estado de inconscincia; dispersa o vento perverso.

Figura 14: Localizao do ponto B1, B2.

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Figura 15: Localizao do ponto B8

25) ID18 Origem:Quanliao Interpretao do Nome: Porque est sitiuado em uma depresso ssea do osso zigomtico. Localizao: Situa-se na vertical que passa pelo ngulo lateral do olho, em uma reentrncia muscular abaixo da margem inferior do osso zigomtico. Caracterstica: Ponto que envia um canal de energia secundrio para o ponto B1 do canal de energia principal da bexiga, ocorrendo a ligao do Tai Yang da mo (intestino delgado) com a Tai Yang do p (bexiga); ponto que recebe um canal de energia secundrio do canal de energia do triplo aquecedor; ponto de reunio dos canais tendinomusculares Yang do p Funo energtica: Dispersa o vento e o frio perverso; faz a limpeza do calor perverso.

Figura 16: Localizao do ponto ID18

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26) F3 Origem: Taichong Interpretao do Nome: Grande impulso, porque o ponto Yuan do canal de energia Jue Yin do p que recebe o Qi do canal de energia curioso Chong Mai. Possui grande quantidade de Qi, portanto um ponto com grande impulso de Qi. Localizao: Situa-se no dorso do p, no espao entre o 1 e 2 ossos do metatarso e a um e meio tsun proximais ao F2. Caracterstica:Ponto fonte do canal de energia principal do fgado; ponto IuYuan do canal de energia principal do fgado correspondendo ao movimento terra; ponto do canal de energia principal do fgado que recebe um canal de energia Luo transversal do canal de energia principal da vescula biliar. Funo energtica: Harmoniza e tonifica o Qi do fgado e o Sangue; harmoniza o Qi e o Dan Qi (Vescula Biliar); redireciona o Qi em tumulto contracorrente; dispersa a umidade-calor; faz a limpeza do fogo do fgado e do calor; refresca o sangue; relaxa os tendes e os msculos.

Figura 17: Localizao do ponto F3

27) VG16 Origem: Fengfu Interpretao do Nome: O palcio do vento porque o local onde h concentrao de afeces causadas por vento perverso. Localizao: Situa-se na nuca, sob a protuberncia occipital externa, na linha mediana do corpo, ou a um tsun acima da linha de insero dos cabelos. 42

Caracterstica: Ponto que recbe a energia do canal de energia curioso Yang Wei Mai e principal da bexiga, a partir desse ponto, o VG envia canais de energia secundrios para o encfalo; vento perverso pode penetrar atravs deste ponto de acupuntura e atingir o encfalo, provocando: calafrios, sudorese, dores de cabea, peso no corpo e temor ao frio; local de concentrao de energia de defesa; ponto onde termina o Luo longitudinal do VG; um dos pequenos pontos janela do cu. Funo energtica: Circula os Qi perverso dos trs yang; circula o yang do corpo; harmoniza o pulmo; clareia a mente; guarda o Shen no corao; dispersa o vento, o vento-frio e o vento-calor. 28) VG27 Origem: Duiduan Interpretao do Nome: Porque est situado no tubrculo do lbio superior da boca, na extremidade inferior do filtro labial. Localizao: Situa-se no tubrculo do lbio superior, na linha mediana da pele. Funo energtica: Harmoniza o Qi contracorrente do Yin e do Yang; acalma o Shen (mente), resguarda a vontade; apaga o calor interno e dispersa o vento perverso.

Figura 18: Localizao do ponto VG16

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Figura 19: Localizao do ponto VG27

29) VC24 Origem: Chengjiang Interpretao do Nome: Recipiente da saliva, porque est localizado no sulco mentolabial, local que recebe saliva quando se exterioriza pela boca. Localizao: Situa-se na linha mediana anterior da face, no sulco mentolabial. Caracterstica: Ponto de partida dos canais de energia secundrios que contornam os lbios e as gengivas para se unirem ao VG28, e ao canal unitrio Yang Ming no ponto E1; ponto de unio Yin Yang. Funo energtica: Aumenta a circulao de Qi do canal de energia; relaxa os tendes, os msculos e as articulaes; dispersa o vento e o frio perverso; dissipa a umidade e a mucosidade; faz a limpeza do fogo contracorrente.

Figura 20: Localizao do ponto VC24

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6.1 PONTOS EXTRAS A) Taiyang Interpretao do Nome: Situa-se na cabea, local de confluncia de Yang Qi do corpo e o ponto trata cefalias provocadas pelo excesso de yang. Localizao: Situa-se na tempora, aproximadamente a um tsun para trs do ponto mdio, entre o extremo lateral do superclio e o ngulo lateral do olho. Funo energtica: Dispersa o vento e o vento-calor perverso da cabea; clareia e refresca os olhos; dispersa o vento interno do fgado. B) Yuyao Interpretao do Nome: Cintura do peixe, porque a sobrancelha comparada ao peixe e o ponto situa-se no meio do corpo do peixe. Localizao: Situa-se em uma reentrncia ssea, localizada no meio da sombracelha, na vertical que passa pela pupila dos olhos. C) Jianchengjiang Interpretao do Nome: So dois pontos situados bilateralmente ao VC24, parece prender o ponto VC24, pelos dois lados. Localizao: 1 tsun lateral ao VC 24, onde se encontra o forame mental, na linha vertical quepassa pelo ponto E4.

D) Qianzheng Interpretao do Nome: Conduzir posio correta, porque endireita o desvio da face provocada pela paralisia facial. Localizao: Situa-se na regio pr-auricular, a meio tsun anterior ao lbulo da orelha 0.5 a 1.0 tsun anterior ao lobo auricular.

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7. CONCLUSO

O processo de recuperao na paralisia facial perifrica vai depender da extenso e do tipo de leso e principalmente da cooperao do paciente. O perodo de resoluo da patologia na maioria dos casos se estende de um de 1 a 3 meses com aplicao do tratamento adequado. As tcnicas fisioterpicas se mostram bastante eficazes se destacando a termoterapia (calor), crioterapia, massoterapia e cinesioterapia. A eletroterapia s deve ser aplicada aps oito semanas de instalao da paralisia facial perifrica para a manuteno do trofismo muscular e realizar a propriocepo por se apresentar em dficit, antes disso pode ser prejudicial e levar a alterao neuromuscular e conseqentemente s complicaes. A aplicao da acupuntura no tratamento de reabilitao da paralisia facial perifrica mostra-se bastante eficaz, pois visa o restabelecimento das estruturas musculares faciais a partir do equilbrio energtico. A aplicao das tcnicas tradicionais de fisioterapia, somadas as tcnicas de acupuntura aumenta consideravelmente o prognstico na reabilitao do paciente, pois enquanto as tcnicas tradicionais de fisioterapia trabalham no retorno das atividades musculares faciais a acupuntura acelera o processo atravs do equilbrio da energia corporal.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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