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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - CEJURS CURSO DE DIREITO PARCERIA PÚBLICO PRIVADA PARA REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS RAFAEL MARTINS CARRARA ITAJAÍ , 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - CEJURS CURSO DE DIREITO

PARCERIA PÚBLICO PRIVADA PARA REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

RAFAEL MARTINS CARRARA

ITAJAÍ , 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - CEJURS CURSO DE DIREITO

PARCERIA PÚBLICO PRIVADA PARA REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

RAFAEL MARTINS CARRARA

Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, como

requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito.

Orientador: Professor MSc Emerson de Morais Granado

ITAJAÍ , 2008

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AGRADECIMENTO

A todos os meus irmãos e irmãs, por estar sempre me incentivando nos estudos com os seus

exemplos.

Aos amigos que de uma forma ou de outra estiveram do meu lado nesta busca pelo

conhecimento e aprimoramento.

Aos mestres que com paciência lecionaram durante todos esses anos de academia, fornecendo contribuições a formação de

acadêmico.

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DEDICATÓRIA

A Deus, que sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida e por ter concedido a possibilidade de estar realizando um sonho;

Aos meus pais, Paulo César Carrara e Rosângela Martins Carrara, que colaboraram para que um sonho torna-se realidade. Apoiando-me em todos os momentos da minha vida, incentivando e fornecendo todos os recursos possíveis para minha formação.

A minha noiva Fernanda Gress, por todo o seu companheirismo, paciência, motivação, e incentivo que tem me dado em todos os momentos. Contribuindo para que cada vez mais me aprimora-se, sempre com muito amor e carinho.

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TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo

aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do

Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o

Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo.

Itajaí, 10 de junho de 2008

RAFAEL MARTINS CARRARA Graduando

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PÁGINA DE APROVAÇÃO

A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale

do Itajaí – UNIVALI, elaborada pelo graduando Rafael Martins Carrara, sob o

título Parceria Público Privada para Realização dos Serviços Públicos, foi

submetida em 10 de junho de 2008 à banca examinadora composta pelos

seguintes professores: Professor Mestre Emerson de Morais Granado Presidente

da banca examinadora e Professor Eduardo Campos examinador, e aprovada

com a nota 9,5 (nove virgula cinco).

Itajaí, 10 de junho de 2008

Professor MSc Emerson de Morais Granado Orientador e Presidente da Banca

Antônio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

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ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ART. Artigo

CF Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

PPP Parceria Público Privada

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ROL DE CATEGORIAS

Rol de categorias que o Autor considera estratégicas à

compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais.

Administração Pública

Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado

preordenado à realização de serviços, visando à satisfação das necessidades

coletivas1.

Contratos Administrativos

São os ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas

físicas ou jurídicas, públicas ou privadas para a consecução de fins públicos,

segundo regime jurídico de direito público2.

Parceria

Reunião de indivíduos para a exploração de interesses em comum,em sociedade

ou companhia3.

1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. São Paulo. Malheiros. 2001.p.58;

2 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 13 ed. São Paulo.

Malheiros. 2001. p.483;

3 Extraído: http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx, no dia 27 de março de 2008;

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SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................ X

INTRODUÇÃO ................................................................................... 1

CAPÍTULO 1 ...................................................................................... 4

A EVOLUÇÃO DO ESTADO.............................................................. 4 1.1 A ORIGEM DO ESTADO..................................................................................4 1.2 CONCEITO DE ESTADO .................................................................................5 1.3 ELEMENTOS DO ESTADO..............................................................................7 1.3.1 POVO...............................................................................................................8 1.3.2 TERRITÓRIO .....................................................................................................9 1.3.3 GOVERNO SOBERANO.....................................................................................11 1.4 AS FORMAS DE ESTADO.............................................................................12 1.5 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E SUAS FUNÇÕES ......................................17 1.6 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO................................................19 1.6.1 AS ENTIDADES POLÍTICAS (UNIÃO, ESTADO, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS) .20

CAPÍTULO 2 .................................................................................... 22

A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E OS SERVIÇOS PÚBLICOS.............................................................. 22 2.1 FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL..............................................................................................................................22 2.1.1 ADMINISTRAÇÃO DIRETA.................................................................................24 2.1.2 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ..............................................................................25 2.2 SERVIÇOS PÚBLICOS ..................................................................................26 2.2.1 MODALIDADES DE SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................29 2.2.1.1 Serviços Públicos ...................................................................................30 2.2.1.2 Serviços de utilidade pública.................................................................31 2.2.1.3 Serviços próprios do Estado .................................................................31 2.2.1.4 Serviços impróprios do Estado .............................................................32 2.2.1.5 Serviços administrativos........................................................................32 2.2.1.6 Serviços industriais ................................................................................33 2.2.1.7 Serviços uti universi ou gerais ..............................................................33 2.2.1.8 Serviços uti singuli ou individuais ........................................................34

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2.2.2 SERVIÇOS PÚBLICOS OUTORGADOS E DELEGADOS ............................................34

CAPÍTULO 3 .................................................................................... 38

PARCERIA PÚBLICA PRIVADA PARA REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.................................................................... 38 3.1 CONCEITO DE PARCERIA............................................................................38 3.2 ASPECTOS LEGAIS ......................................................................................39 3.3 MODALIDADE DE PARCERIA ......................................................................41 3.3.1 CONCESSÃO PATROCINADA DE SERVIÇO PÚBLICO .............................................43 3.3.2 CONCESSÃO ADMINISTRATIVA DE SERVIÇO PÚBLICO .........................................46 3.3.3 A LICITAÇÃO NA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA .................................................48 3.4 AS GARANTIAS NAS PARCERIAS PÚBLICO–PRIVADAS.........................50

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................. 54

REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS .......................................... 57

ANEXOS........................................................................................... 59

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RESUMO

Esta monografia foi realizada com base na pesquisa

cientifica, apresenta e analisa a Parceria Público-Privada, previsto na legislação

brasileira como uma forma de parceria do ente público com privado. O qual é um

modelo de parceria do estado com a iniciativa privada para atingir os projetos da

infra-estrutura brasileira que o Estado não consegue realizar devido a falta de

dinheiro e por sua própria operalização. O presente trabalho é composto de três

capítulos, que se destacam pelos seguintes conteúdos e objetivos específicos: no

primeiro capitulo consta o resultado da pesquisa sobre a origem, conceito,

elementos, formas do Estado, sua organização e suas funções e a organização

do Estado Brasileiro; no segundo capitulo o produto final da investigação sobre a

organização da Administração Pública brasileira e os serviços públicos. Conforme

a doutrina pátria a forma de organização, dividindo-se em administração direta e

indireta, os serviços públicos e as suas modalidades; e no terceiro capitulo os

elementos da Parceria Público-Privada com sua conceituação, aspectos legais,

modalidades dividindo em concessão patrocinada e administrativa, tratando da

forma de licitação, e trazendo as garantias da Parceria Público-Privado.

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INTRODUÇÃO

A presente Monografia tem como objeto aprofundar os

conhecimentos sobre a Parceria Público Privada.

O seu objetivo é analisar e identificar a possibilidade das

parcerias Público Privadas. Produzir Monografia para obtenção do Título de

Bacharel em Direito - Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.

A escolha do tema deve-se ao fato de ter uma visão mais

especifica dos contratos administrativos, na forma de parcerias, que são uma

modalidade nova no ordenamento jurídico brasileiro

O motivo e relevante frente que é um modelo de parceria do

Estado com a iniciativa privada, o qual podem juntamente atingir grandes projetos

da infra-estrutura brasileira, que acaba não sendo concretizados por falta de

dinheiro público acarretando a não operalização. Deixando assim os serviços

públicos de ser um monopólio totalmente do Estado, sendo concedida uma parte

a entes privados.

Como desafio e fundamento dos referidos objetivos

investigatórios, o autor deste trabalho enfrentou três problemas e respectivas

hipóteses, abaixo destacados, que serviram de ânimo para a efetivação da

pesquisa relatada nesta Monografia.

Primeiro problema: Qual os elementos do estado e as sua

forma de organização?

Hipótese: Demonstrar a origem, conceito e elementos do

Estado. Conceituar a forma de organização e funções no ordenamento jurídico.

Segundo problema: Como é a organização da administração

pública e os serviços públicos brasileiros?

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Hipótese: As de organização pública no Brasil e suas em

administração indireta e direta. Os serviços públicos, sendo as modalidades e os

serviços outorgados e delegados.

Terceiro problema: De que modo se realiza os serviços

públicos na Parceria Público-Privada?

Hipótese: Todos os aspectos legais e modalidades de

parceria, onde há a concessão administrativa e a licitação de Parceria Público-

Privada. E qual as garantias da Parceria Público-Privada para os ambos

contraentes.

A presente monografia está composta de três capítulos.

Para tanto, principiar–se-á, no Capítulo 1, tratando de trazer

uma idéia de Estado; trazendo a origem, conceito, elementos (povo, território e

governo soberano), as formas, organizações e funções do Estado. Demonstrando

desta forma o Estado Brasileiro em sua organização e entidades políticas (União,

Estados, Distrito Federal e Municípios).

No Capítulo 2, tratar-se-á da organização da administração

pública brasileira e os serviços públicos, a forma de organização da administração

pública no Brasil (administração direta e indireta), serviços públicos (modalidades

de serviços públicos e serviços públicos outorgados e delegados).

No Capítulo 3, tratando da Parceria Público Privada para a

realização dos serviços públicos, apartir do conceito de parceria, aspectos legais,

modalidade de parceria (concessão administrativa de serviço público e a licitação

nas Parcerias Público Privada) e as garantias nas Parcerias Público Privadas.

O presente Relatório de Pesquisa se encerrar-se-á com as

Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos

destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões

sobre o assunto tratado na monografia.

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Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na Fase

de Investigação foi utilizado o Método Indutivo, na Fase de Tratamento de Dados

o Método Cartesiano, e, o Relatório dos Resultados expresso na presente

Monografia é composto na base lógica Indutiva.

Nas diversas fases da Pesquisa, foram acionadas as

Técnicas, do Referente, da Categoria, do Conceito Operacional e da Pesquisa

Bibliográfica.

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CAPÍTULO 1

A EVOLUÇÃO DO ESTADO

1.1 A ORIGEM DO ESTADO

A este capítulo cabe uma breve abordagem sobre a origem

do Estado, trazendo a sua formação inicial.

Denota-se que os antecedentes da concepção de Estado

surgem que o homem era livre, não tinha normas e nem seguia algum comando,

vivendo no estado de natureza4.

Cada individuo exercia suas próprias concepções de

poderes em suas propriedades e seus objetos pessoais. Quando os grupos

sociais se estabeleceram, a propriedade imobiliária tornou-se prioridade e afeto a

insegurança5.

Faria acentua que a lei da natureza tornou-se incapaz de

trazer segurança para o individuo já que a lei do mais forte prevalecia, sem que os

mais ambiciosos não sofressem sanções, levando, os homens a saírem do estado

de natureza para buscar segurança de seus direitos a idealizarem e criar um

grupo superior, que cada membro da comunidade transferia parte do poder, com

isso este grupo ficava incumbido de proteger e garantir a propriedades6.

4 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. Rio de Janeiro: Ed. Forense. 1996. p. 43;

5 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. p.44;

6 FARIA, Edimur Ferreira de. Curso de direito administrativo positivo. 6 ed. Del Rey. Belo

Horizonte. 2007. p.39;

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Assim, forma formando pessoas jurídicas de direito público

que se encarregavam de administrar e defender os interesses de todos os

membros dessa comunidade, criando leis para o desenvolvimento de suas

funções, sendo que esta leis tinham como principio fundamental o estado de

natureza7.

Com isso tem-se o termo Estado, vindo do latim, sendo

status= estar firme. Sendo, que primeiramente, teve o significado da situação

permanente de conveniência e a uma sociedade política. A partir deste teve-se a

denominação pelos italianos a cidades independentes8.

Como destaca Dallari que a expressão Estado significa:

Uma sociedade política, é vista só por volta do século XVI, sendo que autores vêem apartir daí a existência do Estado. Pois para estes autores o nome de Estado é aplicado a propriedade, à sociedade política com características certas. Já outros autores afirmam que a idéia surgiu antes do século XVII. Pois a sociedade (que temos que entender com denominação de Estado), sendo as sociedades políticas possuíam regras (sempre de autoridades superiores), na qual fixaram regras para a convivência do grupo9.

Sendo assim que de qualquer forma é correto afirmar que o

nome Estado, demonstra uma sociedade política10.

1.2 CONCEITO DE ESTADO

7 FARIA, Edimur Ferreira de. Curso de direito administrativo positivo. 6 ed. Del Rey. Belo

Horizonte. 2007. p.39/40;

8DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado.12.ed. São

Paulo:Saraiva,1986. p.51;

9 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. p.51/52;

10 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. p.51;

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O conceito de Estado é variável pela doutrina. Para Hegel,

para ele: “o Estado é uma das mais altas sínteses do Espírito objetivo. O Estado

sintetiza, numa realidade coletiva, a totalidade dos interesses contraditórios entre

os indivíduos”11. Para esta noção tem-se como sendo família “a síntese dos

interesses contraditórios entre seus membros”12. Já a sociedade civil é a “síntese

que supera as divergências entre as diversas famílias”13, com isso assim “o

Estado representa a unidade final, a síntese mais perfeita que supera a

contradição existente entre o privado e o público”14.

Por isso o Estado como um todo não tem interesses

particulares, mais um conjunto de ações que atingirão o interesse geral a todos

que vivem em uma sociedade.

Entretanto coube a Maquiavel, na obra “O Príncipe”, com a

frase celebre, “Todos os Estados, todos os domínios que têm tido ou têm império

sobre os homens são Estados, e são repúblicas ou principados”15, inaugurar o

emprego moderno do nome Estado.

A uma enorme dificuldade de conceituar a idéia de Estado,

ora que se encontra inúmeros conceitos, com várias correntes doutrinárias. Pode-

se dizer, a duas concepções fundamentais sendo “ou se dá mais ênfase a um

elemento concreto ligado à noção de força, ou se realça a natureza jurídica,

tomando-se como ponto de partida a noção de ordem”16.

11 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Ed.

Moderna. 1986.p.264;

12 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. p.264;

13 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. p.264;

14 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. p.264;

15 MACHIAVELLI, Niccollò. O príncipe. Tradução de J. Cretella Jr. e Agnes Cretella. 2. ed. São

Paulo: Revista dos Tribunais, 1997.

16 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. p.101;

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Sendo assim que ao conceituar Estado, Bonavides,

raciocina semelhante ao Dallari, pois entendem que “o Estado é simplesmente a

organização social do poder de coerção ou a organização da coação social ou a

sociedade como titular de um poder coercitivo regulado e disciplinado, sendo

direito por sua vez a disciplina da coação”. 17

No conceito jurídico, a definição de Estado, se dá com a

“pessoa jurídica de Direito Público interno, dotado do poder de criar o direito, do

dever de zelar pela aplicação da ordem jurídica e de promover o bem estar social

e de proteger os cidadãos”18.

1.3 ELEMENTOS DO ESTADO

Os elementos que constituem a base do Estado estão

divididos pela doutrina como, Povo, Território e Governo Soberano. Sendo que

povo é o componente humano do Estado, território é a base física e governo

soberano é o elemento condutor do Estado, que detém o poder absoluto de auto-

determinação e auto-organização emanado do Povo, sendo que não há e nem

pode haver Estado independente sem soberania19.

Desta forma o Estado está configurado com os elementos

integrativos, o qual possuem um aspecto material e formal, sendo essencial os

17 BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 1999.

p.64;

18 FARIA, Edimur Ferreira de. Curso de direito administrativo positivo. p.39;

19 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 32. ed. Rio de Janeiro: Revista dos

Tribunais.2000.p.60;

21 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. p. 133;

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três elementos constitutivos: povo, território e governo soberano, sendo essências

e indispensáveis, sob a égide da não existência da sociedade política21.

1.3.1 Povo

Povo é o conjunto de indivíduos que vivem em determinado

território; organizados politicamente, constituem-se em Nação. Esta é, assim, a

forma política, orgânica, do povo22.

Assim, Black apud Cavalcanti mostra o conceito geralmente

usado; povo sendo o “conjunto de indivíduos que vivem dentro do território da

Nação, e a ela pertencem pela raça, pela comunidade de costumes e de

interesses, sem que o conceito implique na idéia de Governo”23.

Para Jellinek, apud Dallari, á distinção entre um aspecto

subjetivo e outro objetivo do povo. O Estado é sujeito do poder público, e o povo,

como seu elemento componente, participa dessa condição-aspecto subjetivo do

povo. No outro lado, tem-se ao aspecto objetivo, o mesmo povo é objeto da

atividade do Estado, e sob este ângulo é que se tem o povo24.

A população é o primeiro elemento formador do Estado, o

que independe de justificação. Sem essa substância humana não que cogitar da

formação ou existência do Estado. Sustenta que o elemento população se

entende, em sentindo amplo e puramente formal, como reunião de indivíduos de

várias origens, os quais se estabelecem num determinado território, com ânimo

definitivo, e aí se organizam politicamente25.

22 CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Teoria do Estado. 3ed. São Paulo. Revista dos

Tribunais. 1977 p.131;

23 CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Teoria do Estado. p.133; 24 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. p.98;

25 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 24 edição. São Paulo: Saraiva, 1998. p.23;

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1.3.2 Território

O território é a base geográfica do Estado, vale dizer, a

parcela do globo terrestre que se encontra sob sua jurisdição. É elemento

material, sem dúvida, essencial ao Estado, onde ele exerce a sua soberania. Não

se conhece nenhum ente estatal sem território. O inverso também é verdadeiro. A

parte sólida do globo terrestre está toda ocupada por Estados, com exceção, tão-

somente, da Antártida26.

Faz-se necessário aqui comentar acerca do povo judeu.

Partindo do pressuposto de que não existe Estado sem território, não se pode

falar em Estado judaico antes da criação do atual Estado de Israel, pois não havia

ali um poder político, apenas uma nação judaica. Isso ocorre porque pode existir

nação sem território27.

O território não fica restrito apenas à área material

circunscrita pelas fronteiras; abrange também as águas territoriais, o ar e o

subsolo28.

Para Burdeau, apud Bastos, o território não passa de um

limite natural à ação dos governantes, não se configurando um limite

caracterizador do Estado. Kelsen define território como sendo o âmbito de

validade da norma jurídica. O território tem de ser visto sob prisma de um conceito

político jurídico e não apenas geográfico. Também não se deve confundir o

conceito de território com o de propriedade, pois naquele encontramos o poder de

imperium, ou melhor, sua competência jurisdicional, e, na propriedade, o poder de

domínio29.

26 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. 4º Edição. São Paulo:

Saraiva. 1999. P. 57;

27 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. p. 58;

28 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. p. 58;

29 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. p. 59;

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Como já visto num dado território só vige uma ordem

jurídica. É o chamado princípio da territorialidade. Já se foi o tempo, anterior à

consolidação do Estado, em que numa mesma área geográfica conviviam

pessoas leais a diferentes ordens jurídicas. Hoje, o ente estatal submete todos

que se encontrem no seu território ao seu próprio direito30.

Cumpre, agora, fazer referência ao chamado fenômeno da

extraterritorialidade. Sob tal nome designam-se aquelas situações em que, em

virtude de tratados ou costumes internacionais, há uma tolerância dos Estados

em reconhecer embaixadas e as representações diplomáticas em geral, assim

como as belonaves, como uma extensão31.

O território é a base física, o âmbito geográfico da nação,

onde ocorre a validade da sua ordem jurídica – definiu Hans Kelsen, apud

Maluf32. O território é o patrimônio sagrado e inalienável do povo, frisa Pedro

Calmon apud Maluf33. É o espaço certo e delimitado onde se exerce o poder do

governo sobre os indivíduos. Patrimônio do povo, não do Estado como instituição.

O poder diretivo se exerce sobre as pessoas, não sobre o território. Tal poder é

de imperium, não de dominum. Nada tem em comum com o direito de

propriedade. A autoridade governamental é de natureza eminencialmente política,

de ordem jurisdicional34.

Neste contexto cabe ressaltar Bonavides35, a existência de

quatro teorias fundamentais, sendo; Território- patrimônio, não fazendo

diferenciação entre imperium e dominum, compreendendo o poder do Estado

sobre o território igual qualquer proprietário sobre o seu próprio imóvel; Teritório-

30 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. p. 59;

31 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e ciência política. p. 60;

32 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.25;

33 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.26;

34 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.26; 35 BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. Ed. Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro. 1967. p. 50 a 58;

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objeto, tratando o território como um objeto de direto real de caráter público,

somente como relação de domínio; Território-espaço, o qual o território é a

extensão espacial da soberania do estado, sendo a idéia de que o Estado tem

direito a caráter pessoal, com caráter implícito da idéia de imperium; Território-

competência, onde considera o território o âmbito da validade da ordem jurídica

do Estado.

O território, sobre o qual se estende esse poder jurisdição,

representa-se como uma grandeza a três dimensões, abrangendo o supra-solo, o

subsolo e o mar territorial36.

1.3.3 Governo Soberano

O governo – terceiro elemento do Estado – é uma delegação

de soberania nacional, no conceito metafísico da escola francesa. É a própria

soberania posta em ação, no dizer de Esmein, apud Maluf37.

Segundo a escola alemã, é um atributo indispensável da

personalidade abstrata do Estado38. Afirma Menezes, que “o governo, como

elemento diretivo, autoridade que revela a soberania do Estado”39.

Positivamente, é o conjunto das funções necessárias à

manutenção da ordem jurídica e da administração pública. Ensina Duguit, apud

Maluf, que a palavra governo tem dois sentidos: coletivo, como conjunto de

órgãos que presidem a vida política do Estado, e singular, como poder executivo,

“órgão que exerce a função mais ativa na direção dos negócios públicos”40.

36 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.26;

37 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.27;

38 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.28;

39 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado.p.142;

40 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.27;

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Já soberania pressupõe uma supremacia absoluta, deve-se

considerar como soberano aquele Estado que, na comunidade internacional, não

encontra limites no exercício dos seus direitos, não admite a tutela de outros, em

seus negócios internos41.

Compreende o conceito de soberania para Dallari:

Entre os autores há quem se refira a ela como um poder do Estado, enquanto outros preferem concebê-la como qualidade do poder do Estado, sendo diferente a posição de Kelsen, que, segundo sua concepção normativista, entende a soberania como expressão da unidade de uma ordem. Para Heller e Reale ela é uma qualidade essencial do estado, enquanto Jellinnek prefere qualificá-la como nota essencial do Estado, e soberania com sentido de qualidade do Estado, admitindo que esta última possa faltar sem que se desnature o Estado, o que, aliás, coincide com a observação de Jellinek de que o Estado Medieval não apresentava essa qualidade42.

Neste sentido, Dallari entende que a síntese sobre as teoria,

e que a “noção de soberania está sempre ligada a uma concepção de poder, pois

mesmo quando concebida como centro unificador de uma ordem está implícita a

idéia de poder de unificação”43.

A soberania estende-se, mesmo, além das fronteiras, na

proteção dos seus nacionais, na extraterritorialidade da representação

diplomática, na força das decisões dos seus tribunais44.

1.4 AS FORMAS DE ESTADO

41 CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Teoria do Estado. p.135;

42 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. p.78;

43 DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. p.78;

44 CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Teoria do Estado. p.135;

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Foi comum, também, por muito tempo, tratar os Estados,

sob a impressão de pseudoforma estatal, relativamente à extensão da soberania,

critério esse que não parece procedente e que já não vem sendo adotado pelos

autores atuais, com exceção de internacionalistas, que insitem em dividi-los em

soberanos e semi-soberanos. Os primeiros, constituindo a regra geral, são os

completamente autônomos, assim no seu funcionamento interno como em suas

relações externas. Os segundos, figurando como exceções, são dotados de

capacidade relativa, submetendo-se, como os protetorados, à assistência ou à

proteção de Estados soberanos, que se imiscuem em suas vidas

administrativas45.

Portanto tem-se a divisão na forma simples e composta,

onde a simples só existe um tipo, que é clássico e se denomina unitário, que é

padrão, pelo seu exclusivismo e pela sua homogeneidade. Já a forma composta,

se encontrar vários tipos, que são: 1) União pessoal; 2) União real; 3) Estados

confederado ou Confederação de Estados; 4) Estado Federal ou Federação de

Estados46.

Na sua estrutura têm-se as diversas formas de Estado, cuja

divisão tradicional é a de Estado simples e Estado composto. No primeiro caso,

com isso o Estado unitário, um só povo, um só território, uma única soberania e

um Governo que centraliza que exerce a plena soberania interna e internacional,

representado a vontade do Estado47.

No segundo caso, o Estado composto, possui ou as uniões

pessoais de Estados diversos debaixo de um único soberano, forma que não mais

se justifica, ou a união real que provém, teoricamente, da fusão de diversos

45 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado.p. 182;

46 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. p. 182;

47 CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Teoria do Estado. p.139;

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Estados em um só, com uma única expressão internacional. Citam-se mais, entre

os Estados compostos, as Confederações e Federações de Estados48.

A formação material do Estado, sua estrutura, sua

morfologia, tendo como classificação de Estado em perfeitos e imperfeitos49.

O Estado Perfeito é a aquele que reúne os três elementos

constitutivos – população, território e governo -, cada um na sua integridade. O

elemento governo entende-se como poder soberano irrestrito. É característica do

Estado perfeito, sobretudo, a plena personalidade jurídica de direito público

internacional50.

Já o Estado Imperfeito é aquele que, embora possuindo os

três elementos constitutivos, sofre restrições em qualquer deles. Essa restrição se

verifica, com a maior freqüência, sobre o elemento governo. O Estado imperfeito

pode ter administração própria, poder de auto-organização, mas não é Estado na

exata acepção do termo enquanto estiver sujeito à influência tutelar de uma

potência estrangeira. Não sendo soberano, não é pessoa jurídica de direito

público internacional. Logo, não é Estado perfeito51.

No que concerne no plano de direito público internacional os

Estados se dividem em simples e compostos52.

O Estado Simples é aquele que corresponde a um grupo

populacional homogêneo, com o seu território tradicional e seu poder público

constituído por uma única expressão, que é o governo nacional53.

48 CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Teoria do Estado. p.139;

49 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.159;

50 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.160;

51 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.160;

52 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.160;

53 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.161;

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Compreende Hauriou, apud Menezes, “pode-se chamar

Estado simples àquele que não é divisível em partes internas que mereçam o

nome de Estado e que não se encontrem unidas entre si por um laço de

sociedade”54.

Conforme enfatiza Pinto Ferreira, apud Menezes, tratando

de delimitar o Estado simples:

Na sua acepção pura, O Estado simples é aquele em que existe tão-só um poder legislativo, um poder executivo e um poder judiciário, ou seja todos os poderes são centralizados, e, como é natural, sediados na capital do país, todas as demais autoridades retirando a sua força do poder central, que lhes fixa a competência55.

O Estado composto é uma união de dois ou mais Estados,

apresentado duas esfera distintas de poder governamental, e obedecendo a um

regime jurídico especial, variável em cada caso, sempre com a predominância do

governo da união como sujeito de direito público interno, mas no exterior se

projeta como uma unidade56.

Observa que o Estado composto é divisível em partes

internas, cada qual merece o nome de Estado estando ligada aos pelo vinculo da

sociedade. Apresentando duas esferas de governo, dois campos de autoridade do

Estado, compreendendo harmonia e equilíbrio conforme o regime, sendo mais

complexo ou com menor complexidade, dependendo de cada caso57.

Com o Estado composto, tem como tipos característicos a

União Pessoal que é uma forma própria da monarquia, que ocorre quando dois ou

mais Estados são submetidos ao governo de um só monarca, sendo que os

54 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. p. 185;

55 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. p. 185;

56 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.161;

57 MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. p. 185;

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Estados conservam a sua autonomia interna e internacional. Cessada a razão

política ou jurídica que determinou a união, cessa o fato58.

Possui também a União Real é uma forma tipicamente

monárquica. Consiste na união íntima e definitiva de dois ou mais Estados,

conservando cada um a sua autonomia administrativa, a sua existência própria,

mas formando uma só pessoa jurídica de direito público internacional59.

Compreende também como Estado composto a União

Incorporada que é uma união de dois ou mais Estados distintos para a formação

de uma nova unidade. Neste caso, os Estados se extinguem; são completamente

absorvidos pela nova entidade resultante da incorporação60.

Nesta tipicidade compreende-se também a Confederação na

qual é uma reunião permanente e contratual de Estados independentes que se

ligam para fins de defesa externa e paz interna (Jellinek). Esta forma de Estado

composto requer maior explicação61.

Na união confederativa os Estados confederados não sofrem

qualquer restrição à sua soberania interna, nem perdem a personalidade jurídica

de direito público internacional. A par dos Estados soberanos, unidos pelos laços

da união contratual, surge a Confederação, como entidade supra-estadual, com

as suas instituições e as suas autoridades constituídas. No plano do Jus Gentium

é uma nova unidade, representativa de uma pluralidade de Estados62.

58 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.161/162;

59 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.162;

60 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.162;

61 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.162;

62 MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. p.163;

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1.5 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E SUAS FUNÇÕES

Pode-se dizer que a organização do Estado “é matéria

constitucional no que concerne à divisão política do território nacional, a

estruturação dos Poderes, à forma de Governo ao modo de investidura dos

governantes, aos direitos e garantias dos governados”63. Sendo que esta é

estrutura de forma delinear o Estado.

A organização do Estado , estrutura a organização política

do Estado soberano, a qual também após disso em forma de legislações a

organização administrativa das entidades estatais, de suas autarquias e

empresas estatais, sendo para o fim de executar serviços públicos e outras

atividades de interesse coletivo, segundo destaca Meirelles64.

Sobre as funções do Estado, trata Simas, onde:

Segundo ensinam os tratadistas, ARISTÓTELES foi quem primeiro lançou a semente da teoria tripartida da separação dos poderes, ao afirmar (Política) que a vida da cidade (polis)65.

Mais adiante a sistematização da teoria com John Locke, o

qual em seu livro intitulado Segundo Tratado do Direito Civil, faz a distinção de

três funções, sendo a legislativa, a executiva e a federativa. Mais a divisão ficou

com Montesquieu, na obra Espírito das Leis, reconhecendo em definitivo a

tripartição das funções:

Há em cada Estado, três espécies de poderes: o poder legislativo, o poder executivo das coisas que dependem do direito das gentes, e o executivo das que dependem do direito civil66

63 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.61;

64 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.62;

65 SIMAS, Henrique de Carvalho. Manual elementar de direito administrativo, Freitas Bastos:

Rio de Janeiro, 1974. p. 25;

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Depois de tratar de levantamento sobre a divisão de funções

e poderes do Estado, cabe analisar as três funções.

A primeira é a função legislativa, conceitua Mello que “é a

função que o Estado, e somente ele, exerce por via de normas gerais,

normalmente abstratas, que inovam inicialmente na ordem jurídica, isto é, que se

fundam direta e imediatamente na Constituição” 67.

Já a função jurisdicional, afirma Mello:

[...]que o Estado, somente ele, exerce por via de decisões que resolvem controvérsias com força de coisa julgada, atributo este que corresponde à decisão proferida em última instância pelo Judiciário e que é predicado desfrutado por qualquer sentença ou acórdão contra o qual não tenha havido tempestivo recurso68.

Mello, trata ainda da função administrativa o qual é:

[...] ou quem lhe faça às vezes, exerce, na intimidade de uma estrutura e regime hierárquicos e que no sistema constitucional brasileiro se caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente, infraconstitucionais, submissos todos a controle de legalidade pelo Poder Judiciário69.

Nota-se que conforme Caetano, apud Cretella, instrumentos

de organização do Estado:

66 MONTESQUIEU, Charles Secondat. O Espírito da Lei. Difusão Européia do Livro: São Paulo,

1962. Pág. 180/181;

67 MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. São Paulo:Malheiros. 20a

ed. 2005. p.35;

68 MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. p.36;

69 MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. p.36;

73 CRETELLA JÚNIOR, José. Direito administrativo brasileiro. Rio de Janeiro. Forense. 2002. p.59;

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Assim, há órgãos do Estado que governam; outros que administram; outros que julgam. O Governo, a Administração e a Justiça são três tipos de funções do Estado, a que correspondem um aparelho governativo, um aparelho administrativo e um aparelho judiciário. No organismo humano, o mesmo órgão pode pertencer simultaneamente a dois aparelhos, participar de duas funções. Também o mesmo órgão do Estado pode exercer atividades de vários tipos, desempenhar até todas as funções73.

Sendo que um mesmo órgão pode ter diversas funções,

conforme Cretella.

1.6 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

Organização do Estado brasileiro a qual está contida na

Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, que em seu

Título I, a Constituição apresenta a estrutura do Estado brasileiro e os princípios

em que ele se fundamenta como Estado Democrático de Direito:

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de direito e tem como fundamentos: I-a soberania; II-a cidadania; III-a dignidade da pessoa humana; IV-os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V-o pluralismo político.

De acordo com a Constituição brasileira em seu art. 1º,

parágrafo único: "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de

representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição."

O Estado brasileiro compõe-se de diferentes entidades: "A

organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende

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a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos

termos desta Constituição."74

Fica bem claro nesse texto que o Brasil é um Estado

federado. Com efeito cada uma das unidades político administrativas em que ele

se divide goza de autonomia definidos na própria Constituição brasileira.

1.6.1 As Entidades Políticas (União, Estado, Distrito Federal e Municípios)

Sendo assim definido pela Constituição brasileira que os

Estado Federal que é a União será dividida em Estados-Membros, Distrito

Federal e Municípios.

Cada Estado, respeitando os limites impostos pela

Constituição Federal, organiza-se e rege-se pela Constituição estadual e leis que

adotar. Utiliza-se a Constituição Estadual embasamento na Constituição Federal,

tendo a questões regionais e a separação dos poderes (Legislativo,Judiciário e

Executivo).

O Distrito Federal apartir da Constituição Federal de 1988,

ganha “status” de com autonomia política, administrativa e financeira, tendo

apartir de então Lei Orgânica, Governador e Assembléia Legislativa.

Os Municípios que abrangem todas as unidades dos

Estados Federados são concebidos pela regulamentação das Constituições

Federal e Estadual, tendo sua própria autonomia, e Lei Orgânica própria, além de

possuir dois poderes: Legislativo e o Executivo75.

Assim, pode-se concluir que o Estado surgiu para prestar

serviços aos seus membros, e o Estado brasileiro, se organizam através da

74 art. 18 CRFB/88;

75 art. 29 CRFB/88;

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Administração Pública, para realizar os serviços aos brasileiros, tema este, que

será tratado no próximo capítulo.

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CAPÍTULO 2

A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E OS SERVIÇOS PÚBLICOS

2.1 FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL

Para tratar da forma da organização da Administração

Pública no Brasil, se faz necessário primeiramente, conceituar a etimologia da

palavra de Administração o qual oriunda:

[...] manus, madare, cuja a raiz é man”, temos assim a “idéia de comando, orientação, direção e chefia, ao lado da noção de subordinação, obediência e servidão, se entender sua origem ligada ligada a minor, minus, cuja a raiz é min [...]”78.

Na mesma direção observa Meirelles:

[...] em sentido lato, administrar é gerir interesses, segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens entregues à guarda e conservação alheias. Se os bens e interesses geridos são individuais, realiza-se administração particular, se são da coletividade, realiza-se administração pública. Administração Pública, portanto, é a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo preceitos do Direito e da Moral, visando o bem comum79.

Gasparini trata que;

78 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 4.ed. São Paulo:Saraiva,1995. p.44;

79 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.83;

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Organizado o Estado no que respeita à divisão do território, à forma de governo, à investidura dos governantes, à instituição dos Poderes e às garantias individuais, estruturam-se, hierarquicamente, os órgãos encarregados do desempenho de certas atribuições que estão sob sua responsabilidade80.

Com isso a Administração Pública remete-se a duas idéias:

a primeira remete-se “atividade administrativa”81 e “aludindo-se aos instrumentos

de governo como à gestão mesma dos interesses da coletividade”82 , já a

segunda conduz ao sentido Estado, trata Diogenes Gaspari83 e ‘tanto designa

pessoas e órgãos governamentais como atividade administrativa em si mesma”84.

A Administração Pública em “sentido formal, é o conjunto de

órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo”, no que concerne

no “sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos

em geral” já se tratando da “acepção operacional, é o desempenho perene e

sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos

em beneficio da coletividade”85.

Di Pietro entende que a Administração Pública, pode ser

classifica em dois sentidos:

a) em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela designa os entes que exercem a atividade administrativa. Compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer uma das funções em que se triparte a atividade estatal: a função administrativa;

b) em sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza da atividade exercida pelos referidos entes; nesse

80 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.44;

81 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p 44;

82 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.84;

83 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p 44;

84 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.84;

85 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.64;

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sentido, a Administração Pública é a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo86.

Cabendo assim as formas da Administração Pública em

seus mais variados sentidos e expressões.

2.1.1 Administração Direta

Conforme dispõe o artigo 4º inciso I do Decreto Lei nº 200,

de 25 de fevereiro de 1967:

Art.4º Administração Federal compreende:

I- a administração Direta, que se constitui dos serviços Integrados na estrutura administrativa da Previdência da República e dos Ministérios;.

Sendo Administração Pública Direta o conjunto dos órgãos

integrados na estrutura da chefia do Executivo, e na estrutura dos órgãos auxiliares da

chefia do Executivo88. Sendo então todos os órgãos vinculados a um dos entes

federativos, seja da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal89.

Denota Fazzio Júnior, no que concerne a administração indireta:

[...] é composta pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, exceto no caso do Município que não tem poder Judiciário local. Em todos os planos, há órgãos auxiliares (ministérios ou secretariados, conforme o caso) e órgãos de assessoramento

86 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19 ed. São Paulo. Atlas. 2006. p.68;

88 MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 10 ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais,

2006. p.61;

89 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.736;

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diretamente vinculados aos chefes dos respectivos executivos[...]90

Neste sentido, Fazzio Júnior, entende que “por

administração pública direta ou centralizada o complexo dos órgãos integrados na

estrutura administrativa do Estado, sobretudo do Poder Executivo, de cada nível

ou esfera de governo (União, Estado, Distrito Federal, Município)”91.

2.1.2 Administração Indireta

A Administração indireta está relacionada no artigo 4º inciso

II do Decreto Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967:

Art.4º “omissis”;

II - a Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade Jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Empresas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista.

§1º As entidades compreendidas na Administração Indireta consideram-se vinculadas ao Ministério em, cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.

Aborda assim Meirelles que: “nos termos do Dec.-lei 200/67,

a Administração Indireta é a constituída dos serviços atribuídos a pessoas

jurídicas diversas da União, públicas (autarquias) ou privadas (empresas públicas

e sociedade de economia mista), vinculadas a um Ministério, mas administrativa e

financeiramente autônomas”92.

90 FAZZIO Júnior, Waldo. Fundamentos de direito administrativo. 3º ed. São Paulo. Atlas.

2003. p.35;

91 FAZZIO Júnior, Waldo. Fundamentos de direito administrativo. P.35;

92 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.736;

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Considera Fazzio Júnior que a administração pública pode

ser indireta ou descentralizada, o qual se compreende da seguinte maneira:

[...] o conjunto de entidades com personalidade jurídica própria, criadas ou autorizada sua criação por lei, vinculadas ao Poder Executivo de cada nível ou esfera de governo, com autonomia financeira e administrativa, prestadoras de serviços públicos ou exploradores de atividades econômicas.[...]93

Neste entendimento corrobora Faria, que “Administração

indireta é a integrada por entes públicos dotados de personalidade jurídica

própria, criados ou mantidos pelo Estado para prestarem serviços públicos ou de

interesse público delegáveis[...]”94

2.2 SERVIÇOS PÚBLICOS

Conforme Meirelles, “o conceito de serviço público não é

uniforme na doutrina, que ora nos oferece uma noção orgânica (..), ora nos

apresenta uma conceituação formal(...); ora nos expõe um conceito material”95,

consta-se que dessa forma tem que nortear a conceituação de três maneirais a

orgânica, formal e a material.

O conceito orgânico define Meirelles que “só considerado

como tal o que é prestado por órgãos públicos”96, completando dessa maneira

Gasparini afirma que:

[...] também chamado subjetivo, o serviço público é um complexo de órgãos, agentes e recursos da Administração Pública, destinados à satisfação das necessidades dos administrados.

93 FAZZIO Júnior, Waldo. Fundamentos de direito administrativo. P.35;

94 FARIA, Edimur Ferreira de. Curso de direito administrativo positivo. P.58;

95 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.329;

96 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.329;

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Equivale, pois, a um organismo ou parte do aparelho estatal com tal precípua finalidade [...]97

O conceito formal de serviços públicos “tendente a identificá-

lo por características extrínsecas”98. Já Gasparini, acentua que:

[...] serviço público é a atividade desempenhada por alguém (Poder público ou seus delegados), sob regras exorbitantes do Direito Comum, para satisfação dos interesses dos administrados. É a submissão de certa atividade a um regime de Direito Público [...]99.

E o conceito material de serviços públicos vem “ visando a

defini-lo por seu objeto”100, e também chamado de objetivo, segundo Gasparini o

qual “o serviço público é uma função, uma tarefa, uma atividade da Administração

Pública, destinadas a satisfazer necessidades de interesse geral dos

administrados”101

A Constituição Federal, em seus Artigos 175, parágrafo

único e 37 § 3º, trata o seguinte:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

97 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p 291;

98 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.329;

99 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p 291;

100 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. p.329;

101 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.291;

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II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública”104.

Com isso, conclui-se que Serviço Público “é todo aquele

prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles

estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade

ou simples conveniências dos Estado”105. Aborda assim Bandeira de Mello, o qual

conceitua da seguinte maneira:

[...]toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade fruível preponderantemente pelos administrados, prestada pela Administração Pública ou por quem lhe faça as vezes, sob um

105 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.329;

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regime Direito Público, instituído em favor de interesses definidos como próprios pelo ordenamento jurídico[...]106.

Entende-se no conceito, acima, que o Serviço Público torna-

se subordinado do Direito Público, tendo-se que há envolvimento do interesse

público.

Traz, ainda, Di Pietro, que serviço público pode se definido

por dois elementos constitutivos, sendo eles o conceito amplo e conceito restrito,

sendo que as hipóteses dividem em três elementos para definir, o qual são

material, subjetivo e formal. Com isso conceitua:

[...] toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público[...]107

Satisfazendo a concepção dos serviços públicos em seus

vários elementos e modalidades.

2.2.1 Modalidades de serviços públicos

As modalidades de serviços públicos segue os princípios,

conforme Meirelles “essencialidade, a adequação, a finalidade e os destinatários

dos serviços”108.

Tem-se assim, a classificação proposta pelo administrativista

brasileiro o qual divide da seguinte maneira: “públicos e de utilidade pública;

próprios e impróprios do Estado; administrativos e industriais; “uti universi” e “uti

singuli”109. Desta forma leciona leciona Meirelles.

106 MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. p.634;

107 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. p.114;

108 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.330;

109 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.330;

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2.2.1.1 Serviços Públicos

Ao abordamos serviços públicos, a que salientar conforme

Grotti, apud Mello, “Cada povo diz o que é serviço público em seu sistema

jurídico. A qualificação de uma dada atividade como serviço público remete ao

plano da concepção do Estado sobre seu papel”110.

Conforme conceitua Meirelles os serviços públicos são:

[...] os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Por isso mesmo, tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros, mesmo porque geralmente exigem atos de império e medidas compulsórias em relação aos administrados [...]111.

Neste mesmo sentido, Bastos traz a seguinte definição:

[...] serviço público é uma atividade prestada pela Administração, que se vale do seu regime próprio de direito administrativo, com vistas ao atingimento de uma necessidade coletiva que pode ser fruída uti singuli ou uti universi pelos administrados [...]112

Desta forma entende-se que á “vários tipos de atividades

são perfeitamente distintos entre si, pois cada qual está sujeito a um regime

diverso113.

110 MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. p.634; 111 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.330;

112 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito administrativo. 3 ed. Saraiva. São Paulo. 1999.

p.167; 113 MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de direito administrativo. p.645;

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2.2.1.2 Serviços de utilidade pública

Destaca-se como outra modalidade de serviços, aqueles

chamados como serviços de utilidade pública, que segundo Meirelles:

[...] Serviços de utilidade pública: são os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários [...]114.

2.2.1.3 Serviços próprios do Estado

Quando se trata de serviços públicos próprios a vários

entendimentos, o qual no exterior se define que o Estado “assume e executa

diretamente (por agentes de seus órgãos ou entidades), ou indiretamente (no

regime de concessões)”115, com isso afirma-se que:

[...] Serviços próprios do Estado: são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e saúde pública etc.) e para execução dos quais a Administração usa sua supremacia sobre os administrados. Por esta razão, só devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas, sem delegação a particulares [...]116.

Assim compreende Meireles que “tais serviços, por sua

essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração, para que

fiquem ao alcance de tos os membros da coletividade117.

114 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.330;

115 ARAUJO, Edmir Netto de. Curso de direito administrativo. Saraiva. São Paulo. 2005. p.103;

116 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.331;

117 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.331;

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2.2.1.4 Serviços impróprios do Estado

Com os serviços impróprios ocorre diferentemente dos

serviços impróprios. Aduz Meirelles:

Serviços impróprios do Estado: são os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais), ou delegada sua prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários. Esses serviços, normalmente, são rentáveis e podem ser realizados com ou sem privilégio (não confundir com monopólio), mas sempre sob regulamentação e controle do Poder Público competente [...]118.

Compreendendo dessa maneira os serviços impróprios do

Estado.

2.2.1.5 Serviços administrativos

No âmbito da própria administração, tem-se os chamados

serviços administrativos, conforme Meirelles:

[...] Serviços administrativos: são os que a Administração executa para atender as suas necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais como os da imprensa oficial, das estações experimentais e outros dessa natureza[...]119.

Serviços administrativos se concentra a Administração em

serviços de suas própria natureza.

118 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.331;

119 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.331;

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2.2.1.6 Serviços industriais

Salienta a CF que quando se tiver necessidade no âmbito da

segurança nacional ou a relevante interesse coletivo será permitida a exploração

direta de atividade econômica. Com isso trata Meirelles os serviços industrias:

[...]Serviços industriais: são os que produzem renda para quem os presta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração, esta que, tecnicamente, se denomina tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público, quer quando o serviço é prestado por seus órgãos ou entidades, quer quando por concessionários, permissionários ou autorizatários. Os serviços industriais são impróprios do Estado, por consubstanciarem atividade econômica que só poderá ser explorada diretamente pelo Poder Público quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei´(CF, art. 173)[...]120.

Sendo que os serviço industriais buscam pruduzir renda a

quem a utiliza.

2.2.1.7 Serviços uti universi ou gerais

Trata-se de gerais os que “atendem a toda a população

administrada, sem objetivar utentes determinados; alguns os chamam de serviços

indivisíveis”121.

Aduz Meirelles:

[...]Serviços uti universi ou gerais: são aquleles que a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia, iluminação pública, calçamento e outros dessa espécie. Esses serviços satisfazem indiscriminadamente a população, sem que se erijam em direito subjetivo de qualquer administrado à sua obtenção para seu domicílio, para sua rua ou para seu bairro. Estes serviços são indivisíveis, isto é, não mensuráveis na sua utilização. Daí por

120 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.332;

121 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.282;

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que, normalmente, os serviços uti universi devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço[...]122.

São então aqueles serviços de segurança pública e os de

segurança nacional, conforme Gasparini123.

2.2.1.8 Serviços uti singuli ou individuais

Entende-se por serviços “uti singuli”, aqueles o qual

administração atende diretamente ao administrado como usuário, sendo:

[...] Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. Esses serviços, desde que implantados, geram direito subjetivo à sua obtenção para todos os administrados que se encontrem na área de sua prestação ou fornecimento e satisfaçam as exigências regulamentares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo quê devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tributo (preço público), e não por imposto [...]124.

Com isso Gasparini, salienta que “são os que satisfazem os

usuários certos, que os fruem individualmente”125.

2.2.2 Serviços públicos outorgados e delegados

Os serviços públicos outorgados e delegados, fazer uma

breve conceituação de Formas e meios de prestação do serviço126.

122 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.332;

123 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.282;

124 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.332;

125 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.282;

126 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.340;

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A prestação de serviço público ou utilidade pública e sua

execução127, sendo forma de oferecimento dos serviços públicos, na qual pode

ser utilizada pela Administração por conveniência e oportunidade128.

Segundo Meirelles a prestação de serviço público ou de

utilidade pública está dividida em centralizada, descentralizada e desconcentrada,

e sua execução em: direta e indireta129.

Para Gasparini, a execução dos serviços públicos está

dividida em centralizada e descentralizada, conforme as formas de oferecimento

dos serviços públicos130.

Para Meirelles o serviço centralizado:

É o que o Poder Público presta por seus próprios órgãos em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade. Em tais casos o Estado é, ao mesmo tempo, titular e prestador de serviço, que permanece integrado na agora denominada Administração direta131.

Cabendo única e exclusivamente a Administração Pública

direta, a execução e prestação dos serviços centralizados.

Tratando-se de Serviço descentralizado, a sua prestação

seja, na atividade administrativa, conjuga com titularidade e execução, ou seja, a

sua execução é atribuída a outra entidade, não sendo a Administração Pública

para a realização132 .

Para Meirelles, serviço descentralizado:

127 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.340;

128 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.310;

129 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.340;

130 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.311;

131 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.340;

132 GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. p.341;

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É todo aquele em que o Poder Público transfere seu titularidade ou, simplesmente, sua execução, por outorga ou delegação, a autarquias, fundações, empresas estatais, empresas privadas ou particulares individualmente e, agora, aos consórcios públicos133.

Concluindo, tem-se que o serviço desconcentrado, é “todo

aquele que a Administração executa centralizadamente, mas o distribui entre

vários órgãos da mesma entidade, para facilitar sua realização e obtenção pelos

usuários”134.

Com isso, há serviço público outorgado “quando o Estado

cria uma entidade e ela se transfere, por lei, a titularidade do serviço público”135,

já a delegação tranfere-se, apenas, a sua execução.

Meirelles afirma:

[...] quando o Estado transfere, por contrato (concessão ou consórcio público) ou ato unilateral (permissão ou autorização), unicamente a execução do serviço, para que o delegado o preste ao público em seu nome e por sua conta e risco, nas condições regulamentares e sob controle estatal [...].

Dessa maneira cabe salientar, que a distinção entre outorga

e a delegação “aquele é transferido por lei e só por lei pode ser retirado ou

modificado, e este tem apenas sua execução traspassada a terceiro, por ato

administrativo (bilateral ou unilateral), pelo que pode ser revogado, modificado e

anulado”136.

A noção de outorga traz presunção de definitivo, já de

delegação de transitoriedade, cabendo em sua maioria, os serviços outorgados,

133 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.340;

134 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.341;

135 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.341;

136 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.341;

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ser por prazo indeterminado e os serviços delegados por um prazo

determinado137.

Para realizar serviços delegados, o Estado pode firmar

parcerias com a iniciativa privada, que será objeto do capitulo seguinte.

137 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 32. ed. Rio de Janeiro: Revista

dos Tribunais.2006.p.340;

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CAPÍTULO 3

PARCERIA PÚBLICA PRIVADA PARA REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

3.1 CONCEITO DE PARCERIA

A parceria público-privada é um contrato administrativo de

concessão, onde se tem por objeto a execução de um serviço público, sendo

procedido ou não de obra pública. Tendo sempre remuneração com tarifa a ser

paga pelo usuário e contraprestação pecuniária do parceiro público na qual a

administração direita ou indiretamente seja a usuária. Quanto à contraprestação

do parceiro público com a execução ou não, o fortalecimento e instalação de

bens138.

A matéria esta regulamentada, pela lei nº 11.079/2004, que

em seu art. 2º traz o seu conceito:

Art.2º - Parceria Público Privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

A expressão parceria público-privada veio a integrar o

cenário jurídico brasileiro com influência da Europa, principalmente do Reino

Unido e França, pioneiras neste instituto140.

138 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. 5 ed. São Paulo. Atlas.2005. p.161;

140 JUSTEM FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 2º ed. Saraiva. São Paulo.2006.

p.553;

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Com isso há uma nova conceituação para permitir ao setor

privado, participem na infra-estrutura pública, sendo na implantação ou melhoria.

Com foco de investimentos em setores onde há pouco recursos estatais, como

exemplo as rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, energia141.

3.2 ASPECTOS LEGAIS

Demonstra-se que com a edição da Lei 11.079, de 30-12-

2004, a Parceria Público-Privada (PPP), trouxe um novo ordenamento para as

licitações no âmbito da contratação de parceria público-privada, no que tange a

Administração Pública, tanto no âmbito federal, estadual, distrital e municipal142.

Destaca Pestana, sobre as normas gerais que:

[...] tanto referem-se à Administração Pública direta, quanto indireta, atingindo, ainda, por igual referência expressa, os fundos especiais e as demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios143.

Aduz Di Pietro, em referência a inspiração dos legisladores

brasileiros na elaboração da referida lei:

Mais um vez, o legislador brasileiro baixa normas sob inspiração do direito estrangeiro, seja do sistema da common law (já que a parceria público-privada teve origem no direito inglês), seja no

141 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.401;

142 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.158;

143 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). São Paulo. Atlas. 2006. p.07;

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direito comunitário europeu, onde o instituto vem sendo também adotado, sem que haja um modelo único de parcerias144.

Desta forma, pode-se acrescentar “o direito brasileiro passa

a adotá-lo, inovando ao prever garantias que o poder público poderá prestar aos

parceiros privados e aos financiadores dos projetos”145.

Neste sentido, aduz Pestana:

Parece-nos que se estabelecem, no Brasil, novos tempos, em que, mediante a publicização, ainda que relativa, do que é particular, assim como da particularização, não obstante relativa, do que é público, concessões e alargamento de princípios até então fundamentais de uns e outros, forja-se um novo tipo de relação jurídica, que poderá trazer benefícios a toda a coletividade, não só por aprimorar a prestação de serviços públicos, como, sobretudo, por antecipá-la, pois, sabemos as dificuldades crônicas financeiras do estado brasileiro habitualmente postergam, quando não verdadeiramente suprimem, os investimentos que possam beneficiar a coletividade146.

Tratando do aspecto legal, nota-se que “a concessão de

serviço público, em sua forma tradicional, como as concessões instituídas pela Lei

nº11.079, sob título de parceria público-privada tem natureza de contratos

administrativo”147.

Com isso, trata a Constituição Federal, no art. 175,

parágrafo único, sobre a elaboração de lei que dispõe sobre a concessão e

permissão do serviço público, destacando os incisos I a IV, sendo permitido para

cada ente do governo legislar sobre o assunto. 144 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.158;

145 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.158;

146 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP).p.08;

147 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.88;

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Neste sentido, aduz Justen Filho que a Lei nº11.079/2004,

“instituiu duas modalidades de parceria público-privada: a concessão patrocinada

e a concessão administrativa”148, sendo tratadas em subtítulo especifíco.

Di Pietro salienta conforme os aspectos positivos da lei da

PPP, que trazendo seus aspectos positivos: “(...)é que ela permite mais facilidade

distinguir as normas gerais nela contidas, obrigatórias para União, Estados,

Distrito Federal e Municípios, e as normas federais aplicáveis apenas a

União(...)”149. Desta maneira traz a lei uma maior especificidade no que trata da

União, conforme nota-se:

[...] a lei contém um capitulo VI com “disposições aplicáveis à União”, abragendo os artigos 14 a 22. Tais dispositivos tratam especificamente do órgão gestor das parcerias público-privadas, do Fundo Garantidor de PPPs (FGP), das garantias a serem prestadas pelo parceiro público e dos limites para a contratação de PPPs. Tais dispositivos não são de aplicação obrigatória aos demais entes da federação, que poderão disciplinar a matéria dentro de sua própria competência legislativa do artigo 22, XXVII, da Constituição, observadas as normas gerais contidos no demais dispositivos da Lei150[...]

Destaca-se a União com a utilização do Fundo Garantidor de

PPPs, garantindo desta forma mais segurança para os parceiros tanto público

como o privado.

3.3 MODALIDADE DE PARCERIA

148 JUSTEM FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. p.553;

149 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.91;

150 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.91;

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As modalidades de parceria público-privada estão dividas

em duas maneiras na Lei nº 11.079 de 31.12.2004, o qual se destaca:

[...] concessão patrocinada- quando a concessão de serviços ou de obras públicas envolver contraprestação do Poder Público adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários; e concessão administrativa- quando a remuneração do serviço é feita integralmente pela Administração, ainda que ele envolva execução de obra ou de fornecimento de bens151.

Deste norte, rompe-se com o “conceito tradicional desse

contrato administrativo, porque envolvem contraprestação pecuniária pelo Poder

Público152.

Desta Di Pietro sobre as modalidades;

[...] embora existam várias modalidades de parceria entre os setores público e privado, a Lei nº. 11.079/2004 reservou a expressão parceria público-privada para duas modalidades especificas de parceria. Nos termos do artigo 2º, “parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa[...]153

Conforme Pestana, que trata não de modalidades, mais

como espécies, traz a seguinte definição:

A PPP, que procura integrar a iniciativa privada com a Administração Pública, segundo um objetivo comum, sob os auspícios de um contrato regido por conteúdo, cujos perímetros são fixados pela lei, mas que admitem razoável flexibilização pelas partes contratantes, apresenta-se sob a forma jurídica de contrato de concessão, do qual vislumbram-se duas espécies: concessão patrocinada e concessão administrativa[...]154.

151 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.401;

152 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.401;

153 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.160;

154 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). São Paulo. Atlas. 2006. p.09;

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Cabendo, assim, apenas as modalidades de concessão

patrocinada e administrativas na parceria público-privada, como forma de

concessão do serviço público.

3.3.1 Concessão patrocinada de serviço público

No que tange sobre a concessão patrocinada, Pestana

conceitua da seguinte maneira:

[...]é a modalidade de contratação da prestação de serviços públicos ou de obras públicas, a que se refere a Lei 8.987/95, que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, uma contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado[...]155.

Com isso “o parceiro privado, além de remunerar-se através

da cobrança de tarifas dos usuários, conta com aporte de recursos por parte do

parceiro público, a ser integralmente destinado ao serviço que os une na

parceria”156, sendo como exemplos de construção de rodovias, a qual tem

recursos da cobrança de tarifas, ou seja, pedágios, e ainda a remuneração da

Administração Pública.

Desta forma aduz Di Pietro ao conceituar:

[...] é uma concessão de serviço público sujeita a regime jurídico parcialmente diverso da concessão de serviço público comum, ordinária ou tradicional, disciplinada pela Lei nº. 8.987/95. É a própria lei que diz no conceito, já transcrito, contido no artigo 2º, §1º. E é o que resulta também do §3º do mesmo dispositivo, quando estabelece que “não constitui parceria público-privada, a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº. 8.987, de

155 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). São Paulo. Atlas. 2006. p.09;

156 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP).p.10;

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1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público privado”157[...]

Assim define Di Pietro que “A contrario sensu, será parceria

público-privada quando envolver essa contraprestação”158, com isso a definição

de concessão patrocinada:

[...] contrato administrativo pelo qual a Administração Pública (ou o parceiro público) delega a outrem (o concessionário ou parceiro privado) a execução de um serviço público, precedida ou não de obra pública, para que o execute, em seu próprio nome, mediante tarifa paga pelo usuário, acrescida de contraprestação pecuniária paga pelo parceiro público ao parceiro privado159[...]

Sendo que a concessão patrocinada é regida pela Lei nº.

8.987/95, em seu todo, alterando apenas em conformidade com a Lei 11.079/04.

Sendo essas alterações principalmente no que se refere a remuneração, analisa

Di Pietro:

[...]a remuneração da concessionária compreende a tarifa cobrada dos usuários e a contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. No entanto, como o dispositivo equipara a concessão patrocinada à concessão de serviços públicos ou de obras da Lei nº. 8.987, e como o artigo 3º, § 1º preceitua que esta lei se aplica subsidiariamente às concessões patrocinadas, é possível concluir que a remuneração pode abranger também as receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas... No caso que se trata, essas receitas podem favorecer a redução da própria contraprestação do poder público[...]160

157 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. 5 ed. São Paulo. Atlas. 2005. p. 161;

158 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.161;

159 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.162;

160 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.165;

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Ainda se estipula conforme Di Pietro, que o parceiro público

não pode ter contribuição maior que 70% (setenta por cento) da remuneração

total a ser recebido da parceria privado.

A contraprestação a ser paga pelo poder público é em forma

de pecúnia, sendo forma direta, por meio de ordem bancária, ou a indireta, sendo

cessão de créditos não tributários, outorga de direitos em face da Administração

Pública, outorga de direitos sobre bens públicos dominicais, e outros que a lei

admite, conforme o artigo 2º, § 1º, da Lei 11.079. Detalha Di Pietro:

[...] Isto significa que a contraprestação nem sempre é paga diretamente pelo poder público, já que a lei permite que esse pagamento seja efetuado de forma indireta. Além disso, pelo parágrafo único do art.6º, o contrato poderá prever o pagamento, ao parceiro privado, de remuneração variável, vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato[...]161.

Dessa maneira, assevera Di Pietro:

[...] A contraprestação do poder público só terá inicio quando o serviço objeto do contrato se tornar total ou parcialmente disponível (art. 7º e parágrafo único). Com isto, se a prestação do serviço depender da prévia execução de obra pública e do fornecimento ou instalação de bens, o parceiro privado terá que cumprir tais tarefas às suas próprias custas, já que a tarifa do usuário também não pode, por sua natureza, ser cobrada antes que o serviço comece a ser prestado[...]162.

Neste norte é de fundamental o papel do financiador, aduz

Di Pietro:

[...]a figura do financiador do projeto de parceria público-privada, que está protegido pela Lei nº. 11.079 por meio de uma série de medidas previstas no artigo 5º, § 2º. Além disso e pela mesma

161 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.165/166;

162 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.166;

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razão, a contraprestação da Administração Pública está coberta pelas garantias a que se refere o artigo 8º[...]163.

Assevera que sendo a modalidade da parceira público-

privada, a qual se diferencia da concessão administrativa.

3.3.2 Concessão Administrativa de serviço público

Conforme compreende Pestana, trata-se de concessão

administrativa o qual a modalidade é de contratação de prestação de serviços,

sendo a qual:

[...] a Administração Pública seja usuária direta ou indireta, ainda

que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de

bens.

Nesta, espécie, o traço que a distingue da concessão patrocinada

é o de que a própria Administração pública seja usuária direta ou

indireta do serviço prestado, a par, portanto, de integrar, como

parceria pública, a própria relação jurídica com o parceiro

privado.[...]164

O exemplo desse tipo de modalidade é o dos presídios, o

qual a própria parceria encarrega-se do projeto, “implementar a realização e, ao

final, ter a Administração Pública como usuária, abrigando-se os presos e

satisfazendo, assim, a toda a coletividade”.

Completa Di Pietro, sobre a interpretação que a lei traz da

concessão administrativa.

[...] em primeiro lugar, o artigo 2º, § 2º, ao falar em “serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta”, implicitamente admite a prestação de serviços a terceiros; com

163 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.166;

164 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). p.10;

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efeito, quando o dispositivo fala na Administração como usuária direta, pode-se imaginar qualquer dos serviços prestados diretamente a ela , previstos nos artigos 6º, II, e 13 da Lei nº 8.666; porém, quando se fala em usuária indireta, está-se pressupondo que os usuários diretos sejam terceiros aos quais a Administração pública presta serviços públicos (como os estudantes de uma escola pública, os pacientes de um hospital público) [...]165.

Aduz ainda Di Pietro:

[...] em segundo lugar, o artigo 4º, III, só exclui dos objetos das parcerias público-privadas as atividades que sejam exclusivas do Estado; dentre as não exclusivas, algumas somente poderão ser objeto de concessão patrocinada (que permite cobrança de tarifa dos usuários), o que significa que as outras só poderão ser objeto de concessão administrativa (quando não haja possibilidade de cobrar tarifa dos usuários) [...]166.

Neste mesmo sentido Justen Filho conceitua como sendo

um contrato administrativo onde um particular assume deveres complexos, que

esteja relacionado com serviços prestados direta ou indiretamente para a

Administração Pública, a qual será remunerada (cofres públicos) total ou

parcialmente167.

Conclui-se neste norte que a concessão administrativa

“constitui-se em um misto de empreitada(...)e de concessão de serviço público”168,

165 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.168;

166 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.168;

167 JUSTEM FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. p.554;

168 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.168;

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tem-se instituído uma “modalidade de concessão em que a remuneração integral

fica a cargo do poder público”169. Di Pietro conclui:

[...] Trata-se de terceirização de serviços públicos. Não é simplesmente a terceirização sob forma de empreitada de obra, de serviço ou de fornecimento (porque isto está vedado expressamente pelo artigo 2º,§4º, III, da Lei nº. 11.079). É a terceirização da gestão do serviço, podendo ou não envolver obra, fornecimento e instalação de bens [...]170

Compreendendo a forma da concessão administrativa em

sua ampla interpretação dada pelo legislador com a lei 11.079/04.

3.3.3 A licitação na Parceria Público-Privada

Estabelece Pestana, que “a contratação de parceria público

privado será precedida de licitação na modalidade de concorrência. Elege,

portanto, uma modalidade especifica de licitação[...]”171. Com isso acrescenta

que:

A lei introdutora da parceria pública privado estabelece, contudo modificações especificas em rela ao processo licitatório disciplinado através da Lei 8.666/93, não obstante aplique-se-lhe, no que couber, ou seja, naquilo em que não colidir com as disposições contidas na Lei 11.079/04, os preceitos constantes da Lei 8.666/93, além, naturalmente, da Lei 8.987/95, que cuida das concessões comuns172.

Desta forma analisa Di Pietro as modificações trazidas na

parceria público-privado:

169 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.168;

170 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.169;

171 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). p.85;

172 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). p.85/86;

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A Lei nº. 11.079/04, da mesma forma que a lei nº. 8.987/93, não estabelece o procedimento a ser adotado para a realização da concorrência, limitando-se, nos artigos 11 a 13, a estabelecer algumas normas específicas que complementam ou derrogam parcialmente as Leis nº. 8.66/93 e 8.987/95. Além disso, o artigo 12 determina expressamente que o certame para a contratação de parcerias público-privadas obdecerá ao procedimento previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos173.

Aduz a doutrinara acerca do processo licitatório:

O artigo 11 refere-se ao instrumento convocatório, mandão aplicar, no que couber, os §§ 3º e 4º do artigo 15, os artigos 19, 19 e 21 da lei nº. 8.987, o que significa: (a) possibilidade de recusa de propostas manifestamente inexeqüíveis ou financeiramente incompatíveis com os objetivos da licitação (§ 3º do art. 15); (b) preferência à proposta apresentada por empresa brasileira, quando haja igualdade de condições (§4 do art. 15); (c) elaboração do edital pelo poder concedente segundo critérios e normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos, com inclusão dos itens especialmente indicados (art.18); (d0 observância das normas sobre participação de empresas em consórcio (art. 19); (e) exigência de serem postos à disposição dos interessados os estudos, investigações, levantamentos, projetos, obras e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados à licitação, realizados pelo poder concedente ou com sua amortização, cabendo ao vencedor da licitação ressarcir os dispêndios correspondentes, especificados no edital (art.21)174.

Desta maneira Di Pietro salienta que a lei tem uma grande

margem de discricionariedade, quanto à elaboração do edital de licitação, sendo

que os itens que se pode destacar conforme leciona Di Pietro:

[...] exigência de garantia, responsabilidade do contratado pela elaboração dos projetos executivos das obras, emprego dos mecanismos privados de resolução disputa, inclusive arbitragem, classificação de propostas técnicas antes da fase de julgamento,

173 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.188;

174 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.188/189;

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forma de apresentação das propostas econômicas, critérios de julgamento, saneamento de falhas, limitação dos lances em viva voz aos licitantes cuja proposta escrita for no máximo 20% maior que o valor da melhor proposta, inversão das fase de habilitação e julgamento. Sendo decisões discricionárias do poder concedente e derrogado a legislação vigente sobre licitação, a ausência de qualquer dessas possibilidades no instrumento convocatório significara que não poderão ser adotadas posteriormente175.

Fica desta forma demonstrada as particularidades quanto ao

processo licitatório na parceria público-privado, compreendendo várias

modificações em comparação as outras legislações.

3.4 AS GARANTIAS NAS PARCERIAS PÚBLICO–PRIVADAS

Destaca-se na PPP a garantia contratual, pois conforme

assevera Pestana que, tem as garantias um ponto a ser observados entre os

parceiros públicos e privados. Pois no Brasil a Administração Pública, muitas

vezes descumprem com suas obrigações assumidas, diferentemente de outros

países onde o parceiro público honra com os pagamentos em dia176.

Neste norte corrobora Pestana:

É evidente que, em tal ocorrendo, o capital retrai-se, pois, sabe-se, nos investimentos de médio e longo prazo (caso da PPP) torna-se absolutamente necessário estabelecer-se um ambiente permeado de regras seguras e duradoras, de maneira a que se dê, serenamente, o retorno do investimento havido, sob pena de o capital, tanto nacional, quanto estrangeiro, não sentir-se estimulado a permanecer no país177.

175 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.191;

176 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). p.22;

177 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). p.23;

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Salienta Meirelles que no caso de parcerias federais será

instituído um órgão gestor, que terá participação do Ministério da Fazenda,

Ministério do Planejamento e Ministério da Casa Civil, onde será feito um estudo

prévio do projeto e a possível viabilidade da concessão da garantia financeira,

relacionada no art. 14 da Lei nº 11.079/04. A possibilidade da criação do Fundo

Garantidor de Parcerias (FGP), a qual será administrada por instituição financeira

da União178.

Conforme demonstra a Lei nº 11.079/ 04, que prevê três

tipos de garantias no âmbito das parcerias público privada, a qual Di Pietro expõe:

a)a garantia de execução do contrato, prestada pelo parceiro privado ao parceiro público;

b)a garantia de cumprimento das obrigações pecuniárias assumidas pelo parceiro público perante o parceiro privado;

c)a contragarantia prestada pelo parceiro público à entidade financiadora do projeto179.

Ocorrendo que na primeira forma de garantia tem-se a

caução em dinheiro ou títulos da dívida pública, o seguro-garantia e a fiança

bancária, conforme o art.56, §1º, da Lei nº. 8666/93, com a redação do art. 26 da

Lei nº. 11.079, sendo comum a vários tipos de contratos administrativos.

No que concerne a segunda forma de garantia, salienta Di

Pietro, que “é aquela a ser prestada pelo parceiro público em benefício do

parceiro privado”180, sendo que as modalidades conforme Lei 11.079/04 poderá

ter as seguintes garantias, a vinculação de receitas, instituição ou utilização de

fundos especiais, contratação de seguro-garantia (excluindo os da esfera pública),

178 MEIRELLES. Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.p.403;

179 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.172;

180 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceirias na administração público-privada e outras

formas. p.173;

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garantia prestada por outros organismos, garantias prestada pelo fundo garantidor

ou empresa estatal criada para a parceria em si181.

Com relação a terceira garantia, a contragarantia, esta é a

que vincula o poder público ao financiador, sendo assinalado conforme

enumerados no art.5, §2º da Lei 11.079/04:

I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do controle da sociedade de propósito específico para os seus financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;

II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do projeto em relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública;

III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por extinção antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas estatais garantidores de parcerias público-privadas.

Denota Justen Filho que a essência da parceria público-

privada tem em diminuir custos e riscos, com intuito de ter facilidades no

financiamento dos investimentos de grande monta. Só que a lei no Brasil,

demonstra-se “peculiaridades” sem precedentes no exterior182.

Dentre os fatores positivos se destaca que a parceria

público-privada admite o instituto da arbitragem para composição de litígios na

parceria, fazendo com que os conflitos que possam surgir sejam resolvidos de

forma mais prática.

Designa a PPP, que “autorizou a outorga de garantias mais

satisfatórias por parte do Estado, de modo que os particulares possam obter a 181 PESTANA, Marcio. A concorrência público-privada (PPP). p.24;

182 JUSTEM FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 2º ed. Saraiva. São Paulo. 2006.

p.558;

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efetiva liquidação de eventuais créditos de que disponham”183. Cabendo para a

União a particularidade da criação do fundo garantidor, em regime privado, a qual

responderá pelos créditos dos concessionários, o qual foi regulamentado pelo

Decreto federal nº. 5.411/2005184.

183 JUSTEM FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. p.558;

184 JUSTEM FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. p.558;

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Teve a presente monografia o objetivo de investigar, à luz da

legislação e da doutrina, as formas de garantias da Parceria Público-Privada,

conforme a disposição na lei.

O interesse pelo tema deu-se pelo motivo de ter uma visão

mais especifica da formas de serviços públicos, na forma de parcerias, que são

uma modalidade nova no ordenamento jurídico brasileiro.

Sendo que o motivo é relevante frente que é um modelo de

parceria do Estado com a iniciativa privada, o qual podem juntamente atingir

grande projetos da infra-estrutura brasileira, que acaba não sendo concretizados

por falta de dinheiro público e sua própria operalização. Deixando assim os

serviços públicos de serem um monopólio totalmente do Estado, sendo concedido

uma parte a entes privados.

No primeiro capitulo, o resultado da pesquisa demonstrou

que o Estado em sua origem é a sociedade política a qual só encontrada por

volta do século XVI, conceituando-se que quando a pessoa jurídica de Direito

Público interno, com poder de criar o direito e cuidar da ordem jurídica e promover

o bem estar social e proteger os cidadãos. E que um Estado para se forma tem

que ter povo, território e governo. E que diversos autores tratam das formas do

Estado, sendo perfeito e imperfeito, simples e composto. Acaba assim

organizando-se em separação de poderes, a qual é executivo, legislativo e

judiciário. E que com essa formação tem a entidades políticas, que serão dividas

conforme a legislação interna de cada país.

No segundo capítulo, buscou demonstrar a forma de

organização da Administração Pública no Brasil, o qual tem classificações em

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sentidos subjetivo e objetivos. A também a divisão política que traz a

Administração direta e a indireta, a qual a primeira trata de estruturar os órgão da

Administração e a segunda trata de serviços diversos a qual são vinculados a

alguma entidade. Com isso adentra-se aos serviços públicos, que traz satisfazer a

administração em sua necessidade com os administrados, para isso a diversos

modos de serviços públicos que serão definidos pela doutrina para atender a

Administração.

No terceiro capítulo, foi exposto a conceitução da parceria

público-privada, atentando para a legislação, buscando desta forma seus

aspectos legais no que se refere as normas gerais da PPP. A destacar as

modalidades constatou-se que a duas maneiras, sendo a concessão patrocinada

e a concessão administrativa. No que tange a forma pela qual a Administração irá

contratar com o ente privado, escolhe-se pela forma de licitação na modalidade

de concorrência. Para com isso se delimilitar o tema das garantias nas Parcerias

Público-Privada, o qual prevê três formas de garantias na parceria, a garantia de

execução do contrato, a garantia de cumprimento das obrigações e por último a

contragarantia prestada pelo parceiro público.

A seguir serão transcritos os problemas e hipóteses

apresentadas na introdução deste trabalho e realizado as, respectivas, análises

das hipóteses, com base no resultado da pesquisa sintetizado nos três capítulos

desta Monografia.

Primeiro problema: Quais os elementos do Estado e as sua

forma de organização?

Hipótese: Demonstrar a origem, conceito e elementos do

Estado. Conceituar a forma organização e funções no ordenamento jurídico

brasileiro.

Analise de hipótese: A hipótese restou confirmada.

Conforme se demonstrou tratando da origem e conceituação e elementos do

Estado, e suas formas de organizações e funções no ordenamento jurídico.

Segundo problema: Como é a organização da administração

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pública e os serviços públicos brasileiros?

Hipótese: As formas de organização pública no Brasil e suas

divisões em Administração Indireta e direta. Os serviços públicos, sendo as

modalidades e os serviços outorgados e delegados.

Analise da hipótese: A hipótese restou confirmada.

Conforme a divisão política administrativa do Brasil, está é divida em direta e

indireta. Sendo que os serviços públicos possuem variadas modalidades para

atender a Administração, a qual outorga ou delega este serviço.

Terceiro problema: De que modo se realiza os serviços

públicos na Parceria Público-Privada?

Hipótese: Todos os aspectos legais e modalidades de

parceria, onde há a concessão administrativa e a licitação da Parceria Pública-

Privada. E qual as garantias da Parceria Pública-Privada para ambos os

contraentes.

Analise da hipótese: A hipótese restou confirma. De modo

que ficou todos os aspectos legais da Parceria Público-Privada, a forma de

licitação, que é a modalidade de concorrência. E se tratando das garantias que a

lei da PPP trata de três formas de garantias.

Esta monografia venceu o seu propósito investigatório,

analisou cientificamente as hipóteses previstas para os problemas acima

mencionados. Porém, na seqüência do estudo deste tema ficou confirmada a

necessidade de mais pesquisa, análise, sugestões e debates científicos que

visem o aperfeiçoamento a Parceria Público-Privada.

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ANEXOS

LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Capítulo I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. § 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. § 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. § 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Art. 3o As concessões administrativas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes adicionalmente o disposto nos arts. 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e no art. 31 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995. (Regulamento) § 1o As concessões patrocinadas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes subsidiariamente o disposto na Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nas leis que lhe são correlatas.(Regulamento) § 2o As concessões comuns continuam regidas pela Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e pelas leis que lhe são correlatas, não se lhes aplicando o disposto nesta Lei. § 3o Continuam regidos exclusivamente pela Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e pelas leis que lhe são correlatas os contratos administrativos que não caracterizem concessão comum, patrocinada ou administrativa.

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Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes: I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade; II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução; III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado; IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias; V – transparência dos procedimentos e das decisões; VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria. Capítulo II DOS CONTRATOS DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever: I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação; II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas; III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária; IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais; V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços; VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia; VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado; VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3o e 5o do art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado; X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas. § 1o As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em índices e fórmulas matemáticas, quando houver, serão aplicadas sem necessidade de homologação pela Administração Pública, exceto se esta publicar, na imprensa oficial, onde houver, até o prazo de 15 (quinze) dias após

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apresentação da fatura, razões fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da atualização. § 2o Os contratos poderão prever adicionalmente: I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do controle da sociedade de propósito específico para os seus financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do projeto em relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública; III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por extinção antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas estatais garantidores de parcerias público-privadas. Art. 6o A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por: I – ordem bancária; II – cessão de créditos não tributários; III – outorga de direitos em face da Administração Pública; IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; V – outros meios admitidos em lei. Parágrafo único. O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato. Art. 7o A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-privada. Capítulo III DAS GARANTIAS Art. 8o As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante: I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal; II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei; III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam controladas pelo Poder Público; IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não sejam controladas pelo Poder Público; V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade; VI – outros mecanismos admitidos em lei. Capítulo IV DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

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§ 1o A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. § 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado. § 3o A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento. § 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo. § 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento. Capítulo V DA LICITAÇÃO Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a: I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que demonstre: a) a conveniência e a oportunidade da contratação, mediante identificação das razões que justifiquem a opção pela forma de parceria público-privada; b) que as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais previstas no Anexo referido no § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa; e c) quando for o caso, conforme as normas editadas na forma do art. 25 desta Lei, a observância dos limites e condições decorrentes da aplicação dos arts. 29, 30 e 32 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, pelas obrigações contraídas pela Administração Pública relativas ao objeto do contrato; II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que deva vigorar o contrato de parceria público-privada; III – declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual; IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas pela Administração Pública; V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde o contrato será celebrado; VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões, cujo

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termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data prevista para a publicação do edital; e VII – licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o licenciamento ambiental do empreendimento, na forma do regulamento, sempre que o objeto do contrato exigir. § 1o A comprovação referida nas alíneas b e c do inciso I do caput deste artigo conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, observadas as normas gerais para consolidação das contas públicas, sem prejuízo do exame de compatibilidade das despesas com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. § 2o Sempre que a assinatura do contrato ocorrer em exercício diverso daquele em que for publicado o edital, deverá ser precedida da atualização dos estudos e demonstrações a que se referem os incisos I a IV do caput deste artigo. § 3o As concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta por cento) da remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública dependerão de autorização legislativa específica. Art. 11. O instrumento convocatório conterá minuta do contrato, indicará expressamente a submissão da licitação às normas desta Lei e observará, no que couber, os §§ 3o e 4o do art. 15, os arts. 18, 19 e 21 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, podendo ainda prever: I – exigência de garantia de proposta do licitante, observado o limite do inciso III do art. 31 da Lei no 8.666 , de 21 de junho de 1993; II – (VETADO) III – o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, para dirimir conflitos decorrentes ou relacionados ao contrato. Parágrafo único. O edital deverá especificar, quando houver, as garantias da contraprestação do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado. Art. 12. O certame para a contratação de parcerias público-privadas obedecerá ao procedimento previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos e também ao seguinte: I – o julgamento poderá ser precedido de etapa de qualificação de propostas técnicas, desclassificando-se os licitantes que não alcançarem a pontuação mínima, os quais não participarão das etapas seguintes; II – o julgamento poderá adotar como critérios, além dos previstos nos incisos I e V do art. 15 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os seguintes: a) menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública; b) melhor proposta em razão da combinação do critério da alínea a com o de melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital; III – o edital definirá a forma de apresentação das propostas econômicas, admitindo-se: a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz; IV – o edital poderá prever a possibilidade de saneamento de falhas, de complementação de insuficiências ou ainda de correções de caráter formal no curso do procedimento, desde que o licitante possa satisfazer as exigências dentro do prazo fixado no instrumento convocatório. § 1o Na hipótese da alínea b do inciso III do caput deste artigo:

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I - os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem inversa da classificação das propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances; II – o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta escrita for no máximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta. § 2o O exame de propostas técnicas, para fins de qualificação ou julgamento, será feito por ato motivado, com base em exigências, parâmetros e indicadores de resultado pertinentes ao objeto, definidos com clareza e objetividade no edital. Art. 13. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que: I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; II – verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor; III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada em 2o (segundo) lugar, e assim, sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital; IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas. Capítulo VI DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS À UNIÃO Art. 14. Será instituído, por decreto, órgão gestor de parcerias público-privadas federais, com competência para: (Vide Decreto nº 5.385, de 2005) I – definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-privada; II – disciplinar os procedimentos para celebração desses contratos; III – autorizar a abertura da licitação e aprovar seu edital; IV – apreciar os relatórios de execução dos contratos. § 1o O órgão mencionado no caput deste artigo será composto por indicação nominal de um representante titular e respectivo suplente de cada um dos seguintes órgãos: I – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao qual cumprirá a tarefa de coordenação das respectivas atividades; II – Ministério da Fazenda; III – Casa Civil da Presidência da República. § 2o Das reuniões do órgão a que se refere o caput deste artigo para examinar projetos de parceria público-privada participará um representante do órgão da Administração Pública direta cuja área de competência seja pertinente ao objeto do contrato em análise. § 3o Para deliberação do órgão gestor sobre a contratação de parceria público-privada, o expediente deverá estar instruído com pronunciamento prévio e fundamentado: I – do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sobre o mérito do projeto;

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II – do Ministério da Fazenda, quanto à viabilidade da concessão da garantia e à sua forma, relativamente aos riscos para o Tesouro Nacional e ao cumprimento do limite de que trata o art. 22 desta Lei. § 4o Para o desempenho de suas funções, o órgão citado no caput deste artigo poderá criar estrutura de apoio técnico com a presença de representantes de instituições públicas. § 5o O órgão de que trata o caput deste artigo remeterá ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da União, com periodicidade anual, relatórios de desempenho dos contratos de parceria público-privada. § 6o Para fins do atendimento do disposto no inciso V do art. 4o desta Lei, ressalvadas as informações classificadas como sigilosas, os relatórios de que trata o § 5o deste artigo serão disponibilizados ao público, por meio de rede pública de transmissão de dados. Art. 15. Compete aos Ministérios e às Agências Reguladoras, nas suas respectivas áreas de competência, submeter o edital de licitação ao órgão gestor, proceder à licitação, acompanhar e fiscalizar os contratos de parceria público-privada. Parágrafo único. Os Ministérios e Agências Reguladoras encaminharão ao órgão a que se refere o caput do art. 14 desta Lei, com periodicidade semestral, relatórios circunstanciados acerca da execução dos contratos de parceria público-privada, na forma definida em regulamento. Art. 16. Ficam a União, suas autarquias e fundações públicas autorizadas a participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais), em Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas – FGP, que terá por finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos federais em virtude das parcerias de que trata esta Lei. § 1o O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio dos cotistas, e será sujeito a direitos e obrigações próprios. § 2o O patrimônio do Fundo será formado pelo aporte de bens e direitos realizado pelos cotistas, por meio da integralização de cotas e pelos rendimentos obtidos com sua administração. § 3o Os bens e direitos transferidos ao Fundo serão avaliados por empresa especializada, que deverá apresentar laudo fundamentado, com indicação dos critérios de avaliação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens avaliados. § 4o A integralização das cotas poderá ser realizada em dinheiro, títulos da dívida pública, bens imóveis dominicais, bens móveis, inclusive ações de sociedade de economia mista federal excedentes ao necessário para manutenção de seu controle pela União, ou outros direitos com valor patrimonial. § 5o O FGP responderá por suas obrigações com os bens e direitos integrantes de seu patrimônio, não respondendo os cotistas por qualquer obrigação do Fundo, salvo pela integralização das cotas que subscreverem. § 6o A integralização com bens a que se refere o § 4o deste artigo será feita independentemente de licitação, mediante prévia avaliação e autorização específica do Presidente da República, por proposta do Ministro da Fazenda. § 7o O aporte de bens de uso especial ou de uso comum no FGP será condicionado a sua desafetação de forma individualizada. Art. 17. O FGP será criado, administrado, gerido e representado judicial e extrajudicialmente por instituição financeira controlada, direta ou indiretamente,

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pela União, com observância das normas a que se refere o inciso XXII do art. 4o da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964. § 1o O estatuto e o regulamento do FGP serão aprovados em assembléia dos cotistas. § 2o A representação da União na assembléia dos cotistas dar-se-á na forma do inciso V do art. 10 do Decreto-Lei no 147, de 3 de fevereiro de 1967. § 3o Caberá à instituição financeira deliberar sobre a gestão e alienação dos bens e direitos do FGP, zelando pela manutenção de sua rentabilidade e liquidez. Art. 18. As garantias do FGP serão prestadas proporcionalmente ao valor da participação de cada cotista, sendo vedada a concessão de garantia cujo valor presente líquido, somado ao das garantias anteriormente prestadas e demais obrigações, supere o ativo total do FGP. § 1o A garantia será prestada na forma aprovada pela assembléia dos cotistas, nas seguintes modalidades: I – fiança, sem benefício de ordem para o fiador; II – penhor de bens móveis ou de direitos integrantes do patrimônio do FGP, sem transferência da posse da coisa empenhada antes da execução da garantia; III – hipoteca de bens imóveis do patrimônio do FGP; IV – alienação fiduciária, permanecendo a posse direta dos bens com o FGP ou com agente fiduciário por ele contratado antes da execução da garantia; V – outros contratos que produzam efeito de garantia, desde que não transfiram a titularidade ou posse direta dos bens ao parceiro privado antes da execução da garantia; VI – garantia, real ou pessoal, vinculada a um patrimônio de afetação constituído em decorrência da separação de bens e direitos pertencentes ao FGP. § 2o O FGP poderá prestar contra-garantias a seguradoras, instituições financeiras e organismos internacionais que garantirem o cumprimento das obrigações pecuniárias dos cotistas em contratos de parceria público-privadas. § 3o A quitação pelo parceiro público de cada parcela de débito garantido pelo FGP importará exoneração proporcional da garantia. § 4o No caso de crédito líquido e certo, constante de título exigível aceito e não pago pelo parceiro público, a garantia poderá ser acionada pelo parceiro privado a partir do 45o (quadragésimo quinto) dia do seu vencimento. § 5o O parceiro privado poderá acionar a garantia relativa a débitos constantes de faturas emitidas e ainda não aceitas pelo parceiro público, desde que, transcorridos mais de 90 (noventa) dias de seu vencimento, não tenha havido sua rejeição expressa por ato motivado. § 6o A quitação de débito pelo FGP importará sua subrogação nos direitos do parceiro privado. § 7o Em caso de inadimplemento, os bens e direitos do Fundo poderão ser objeto de constrição judicial e alienação para satisfazer as obrigações garantidas. Art. 19 O FGP não pagará rendimentos a seus cotistas, assegurando-se a qualquer deles o direito de requerer o resgate total ou parcial de suas cotas, correspondente ao patrimônio ainda não utilizado para a concessão de garantias, fazendo-se a liquidação com base na situação patrimonial do Fundo. Art. 20. A dissolução do FGP, deliberada pela assembléia dos cotistas, ficará condicionada à prévia quitação da totalidade dos débitos garantidos ou liberação das garantias pelos credores.

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Parágrafo único. Dissolvido o FGP, o seu patrimônio será rateado entre os cotistas, com base na situação patrimonial à data da dissolução. Art. 21. É facultada a constituição de patrimônio de afetação que não se comunicará com o restante do patrimônio do FGP, ficando vinculado exclusivamente à garantia em virtude da qual tiver sido constituído, não podendo ser objeto de penhora, arresto, seqüestro, busca e apreensão ou qualquer ato de constrição judicial decorrente de outras obrigações do FGP. Parágrafo único. A constituição do patrimônio de afetação será feita por registro em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou, no caso de bem imóvel, no Cartório de Registro Imobiliário correspondente. Art. 22. A União somente poderá contratar parceria público-privada quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não excedam a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios. Capítulo VII DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 23. Fica a União autorizada a conceder incentivo, nos termos do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social – PIPS, instituído pela Lei no 10.735, de 11 de setembro de 2003, às aplicações em fundos de investimento, criados por instituições financeiras, em direitos creditórios provenientes dos contratos de parcerias público-privadas. Art. 24. O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, na forma da legislação pertinente, as diretrizes para a concessão de crédito destinado ao financiamento de contratos de parcerias público-privadas, bem como para participação de entidades fechadas de previdência complementar. Art. 25. A Secretaria do Tesouro Nacional editará, na forma da legislação pertinente, normas gerais relativas à consolidação das contas públicas aplicáveis aos contratos de parceria público-privada. Art. 26. O inciso I do § 1o do art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 56 .................................................................................... § 1o ......................................................................................... I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; ........................................................................................." (NR) Art. 27. As operações de crédito efetuadas por empresas públicas ou sociedades de economia mista controladas pela União não poderão exceder a 70% (setenta por cento) do total das fontes de recursos financeiros da sociedade de propósito específico, sendo que para as áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH seja inferior à média nacional, essa participação não poderá exceder a 80% (oitenta por cento). § 1o Não poderão exceder a 80% (oitenta por cento) do total das fontes de recursos financeiros da sociedade de propósito específico ou 90% (noventa por cento) nas áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o Índice de

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Desenvolvimento Humano – IDH seja inferior à média nacional, as operações de crédito ou contribuições de capital realizadas cumulativamente por: I – entidades fechadas de previdência complementar; II – empresas públicas ou sociedades de economia mista controladas pela União. § 2o Para fins do disposto neste artigo, entende-se por fonte de recursos financeiros as operações de crédito e contribuições de capital à sociedade de propósito específico. Art. 28. A União não poderá conceder garantia e realizar transferência voluntária aos Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses entes tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos subseqüentes excederem a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios. § 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que contratarem empreendimentos por intermédio de parcerias público-privadas deverão encaminhar ao Senado Federal e à Secretaria do Tesouro Nacional, previamente à contratação, as informações necessárias para cumprimento do previsto no caput deste artigo. § 2o Na aplicação do limite previsto no caput deste artigo, serão computadas as despesas derivadas de contratos de parceria celebrados pela Administração Pública direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pelo respectivo ente. § 3o (VETADO) Art. 29. Serão aplicáveis, no que couber, as penalidades previstas no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992 – Lei de Improbidade Administrativa, na Lei no 10.028, de 19 de outubro de 2000 - Lei dos Crimes Fiscais, no Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967, e na Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, sem prejuízo das penalidades financeiras previstas contratualmente. Art. 30. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 30 de dezembro de 2004; 183o da Independência e 116o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Bernard Appy Nelson Machado

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DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967. Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. O Presidente da República , usando das atribuições que lhe confere o art. 9°, § 2º, do Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966, decreta: TíTULO I DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de sua competência constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que compõem a Administração Federal. Art. 3º Respeitadas as limitações estabelecidas na Constituição e observadas as disposições legais, o Poder Executivo regulará a estruturação e o funcionamento dos órgãos da Administração Federal. Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo estabelecida no artigo 46, inciso II e IV, da Constituição, o Poder Executivo regulará a estruturação, as atribuições e funcionamento do órgãos da Administração Federal. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) § 1° As entidades compreendidas na Administração Indireta consideram-se vinculadas ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987) § 2º Equiparam-se às Emprêsas Públicas, para os efeitos desta lei, as Fundações instituídas em virtude de lei federal e de cujos recursos participe a União, quaisquer que sejam suas finalidades. (Revogado pelo Decreto-Lei 900, de 1969) § 2 º As fundações instituídas em virtude de lei federal ou de cujos recursos participe a União integram também a Administração Federal indireta, para os efeitos de: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.299, de 1986) (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987) a) subordinação aos mecanismos e normas de fiscalização, controle e gestão financeira; (Incluído pelo Decreto-Lei nº 2.299, de 1986) b) inclusão de seus cargos, empregos, funções e respectivos titulares no Plano de Classificação de Cargos instituído pela Lei n º 5.645, de 10 de dezembro

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de 1970. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 2.299, de 1986) § 3 º Excetuam-se do disposto na alínea b do parágrafo anterior as fundações universitárias e as destinadas à pesquisa, ao ensino e às atividades culturais.(Incluído pelo Decreto-Lei nº 2.299, de 1986) (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987) Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou de suas entidades da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar atividades de natureza empresarial que o Govêrno seja levado a exercer, por motivos de conveniência ou contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para o exercício de atividade de natureza mercantil, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou à entidade da Administração Indireta. II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) § 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente. § 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes dêste artigo. § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) TíTULO II DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

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Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento. II - Coordenação. III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. V - Contrôle. CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos: a) plano geral de govêrno; b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual; c) orçamento-programa anual; d) programação financeira de desembôlso. CAPÍTULO II DA COORDENAÇÃO Art . 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a execução dos planos e programas de govêrno, serão objeto de permanente coordenação. § 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração, mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo. § 2º No nível superior da Administração Federal, a coordenação será assegurada através de reuniões do Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis por áreas afins, atribuição de incumbência coordenadora a um dos Ministros de Estado (art. 36), funcionamento das Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e coordenação central dos sistemas de atividades auxiliares (art. 31). § 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão ter sido prèviamente coordenados com todos os setores nêles interessados, inclusive no que respeita aos aspectos administrativos pertinentes, através de consultas e entendimentos, de modo a sempre compreenderem soluções integradas e que se harmonizem com a política geral e setorial do Govêrno. Idêntico procedimento será adotado nos demais níveis da Administração Federal, antes da submissão dos assuntos à decisão da autoridade competente. Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coordenação com o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais. Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio (alínea b do § 1º do art. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica.

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CAPÍTULO III DA DESCENTRALIZAÇÃO Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada. § 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais: a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução; b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões. § 2° Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a estrutura central de direção devem permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de atos administrativos, para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, supervisão, coordenação e contrôle. § 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete, em princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que estão em contato com os fatos e com o público. § 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas, critérios, programas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a respeitar na solução dos casos individuais e no desempenho de suas atribuições. § 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execução de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou em parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipais incumbidos de serviços correspondentes. § 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e exercerão contrôle e fiscalização indispensáveis sôbre a execução local, condicionando-se a liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios. § 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e contrôle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução. § 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos ditames do interesse público e às conveniências da segurança nacional. CAPÍTULO IV DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. (Regulamento) Art . 12 . É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades da Administração Federal delegar competência para a

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prática de atos administrativos, conforme se dispuser em regulamento. (Regulamento) Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação. CAPÍTULO V DO CONTRÔLE Art. 13 O contrôle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente: a) o contrôle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado; b) o contrôle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares; c) o contrôle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria. Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de contrôles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco. TÍTULO III DO PLANEJAMENTO, DO ORÇAMENTO-PROGRAMA E DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA Art. 15. A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá a programas gerais, setoriais e regionais de duração plurianual, elaborados através dos órgãos de planejamento, sob a orientação e a coordenação superiores do Presidente da República. § 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a elaboração do programa setorial e regional correspondente ao seu Ministério e ao Ministro do Planejamento e Coordenação Geral auxiliar diretamente o Presidente da República na coordenação, revisão e consolidação do programas setoriais e regionais e na elaboração da programação geral do Govêrno. § 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a elaboração do programa setorial e regional correspondente a seu Ministério e ao Ministro de Estado, Chefe da Secretaria de Planejamento, auxiliar diretamente o Presidente da República na coordenação, revisão e consolidação dos programas setoriais e regionais e na elaboração da programação geral do Governo. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) § 2º Com relação à Administração Militar, observar-se-á o disposto no art. 50. § 2º Com relação à Administração Militar, observar-se-á a finalidade precípua que deve regê-la, tendo em vista a destinação constitucional das Fôrças Armadas, sob a responsabilidade dos respectivos Ministros, que são os seus Comandantes Superiores. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 3º A aprovação dos planos e programas gerais, setoriais e regionais é da competência do Presidente da República. Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual.

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Parágrafo único. Na elaboração do orçamento-programa serão considerados, além dos recursos consignados no Orçamento da União, os recursos extra-orçamentários vinculados à execução do programa do Govêrno. Art. 17. Para ajustar o ritmo de execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério da Fazenda elaborarão, em conjunto, a programação financeira de desembôlso, de modo a assegurar a liberação automática e oportuna dos recursos necessários à execução dos programas anuais de trabalho. Art. 18. Tôda atividade deverá ajustar-se à programação governamental e ao orçamento-programa e os compromissos financeiros só poderão ser assumidos em consonância com a programação financeira de desembôlso. TÍTULO IV DA SUPERVISÃO MINISTERIAL (Vide Lei nº 6.036, de 1974) Art . 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que estão submetidos à supervisão direta do Presidente da República. Art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da República, pela supervisão dos órgãos da Administração Federal enquadrados em sua área de competência. Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da orientação, coordenação e contrôle das atividades dos órgãos subordinados ou vinculados ao Ministério, nos têrmos desta lei. Art. 21. O Ministro de Estado exercerá a supervisão de que trata êste título com apoio nos Órgãos Centrais. Art. 21. O Ministro de Estado exercerá a supervisão de que trata êste título com apoio nos Órgãos Centrais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. No caso dos Ministros Militares a supervisão ministerial terá, também, como objetivo, colocar a administração, dentro dos princípios gerais estabelecidos nesta lei, em coerência com a destinação constitucional precípua das Fôrças Armadas, que constitui a atividade afim dos respectivos Ministérios. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 22. Haverá na estrutura de cada Ministério Civil os seguintes Órgãos Centrais: (Vide Lei nº 6.228, de 1975) I - Órgãos Centrais de planejamento, coordenação e controle financeiro. II - Órgãos Centrais de direção superior. Art. 23. Os órgãos a que se refere o item I do art. 22, têm a incumbência de assessorar diretamente o Ministro de Estado e, por fôrça de suas atribuições, em nome e sob a direção do Ministro, realizar estudos para formulação de diretrizes e desempenhar funções de planejamento, orçamento, orientação, coordenação, inspeção e contrôle financeiro, desdobrando-se em: (Vide Decreto nº 64.135, de 25.12.1969) (Vide Lei nº 6.228, de 1975) I - Uma Secretaria Geral. II - Uma Inspetoria Geral de Finanças. § 1º A Secretaria Geral atua como órgão setorial de planejamento e orçamento, na forma do Título III, e será dirigida por um Secretário-Geral, o qual poderá exercer funções delegadas pelo Ministro de Estado.

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§ 2º A Inspetoria Geral de Finanças, que será dirigida por um Inspetor-Geral, integra, como órgão setorial, os sistemas de administração financeiro, contabilidade e auditoria, superintendendo o exercício dessas funções no âmbito do Ministério e cooperação com a Secretaria Geral no acompanhamento da execução do programa e do orçamento. § 3º Nos Ministérios do Planejamento e Coordenação Geral e da Fazenda, os órgãos Centrais de que trata êste artigo terão, a par das funções previstas neste título, as atribuições que decorrem da competência daqueles Ministérios nos assuntos que dizem respeito a orçamento e a administração financeira, contabilidade e auditoria. § 3º Além das funções previstas neste título, a Secretaria-Geral do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral exercerá as atribuições de Órgão Central dos sistemas de planejamento e orçamento, e a Inspetoria-Geral de Finanças do Ministério da Fazenda, as de Órgãos Central do sistema de administração financeira, contabilidade e auditoria. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 24. Os Órgãos Centrais de direção superior (art. 22, item II) executam funções de administração das atividades específicas e auxiliares do Ministério e serão, preferentemente, organizados em base departamental, observados os princípios estabelecidos nesta lei. (Vide Lei nº 6.228, de 1975) Art . 25. A supervisão ministerial tem por principal objetivo, na área de competência do Ministro de Estado: I - Assegurar a observância da legislação federal. II - Promover a execução dos programas do Govêrno. III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II. IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos demais Ministérios. V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sentido de que estejam confiados a dirigentes capacitados. VI - Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões ilegítimas. VII - Fortalecer o sistema do mérito. VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valôres e bens públicos. IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Govêrno, a fim de alcançar uma prestação econômica de serviços. X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação de contas do exercício financeiro. XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à administração financeira e patrimonial dos órgãos do Ministério. Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, essencialmente: I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade. II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade. III - A eficiência administrativa. IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade. Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras estabelecidas em regulamento:

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a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza jurídica; b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e órgãos de administração ou contrôle da entidade; c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-programa e da programação financeira aprovados pelo Govêrno; d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no caso de autarquia; e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais nas Assembléias e órgãos de administração ou contrôle; f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de administração; g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas; h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade; i) intervenção, por motivo de interêsse público. Art. 27. Assegurada a supervisão ministerial, o Poder Executivo outorgará aos órgãos da Administração Federal a autoridade executiva necessária ao eficiente desempenho de sua responsabilidade legal ou regulamentar. Parágrafo único. Assegurar-se-á às emprêsas públicas e às sociedades de economia mista condições de funcionamento idênticas às do setor privado cabendo a essas entidades, sob a supervisão ministerial, ajustar-se ao plano geral do Govêrno. Art. 28. A entidade da Administração Indireta deverá estar habilitada a: I - Prestar contas da sua gestão, pela forma e nos prazos estipulados em cada caso. II - Prestar a qualquer momento, por intermédio do Ministro de Estado, as informações solicitadas pelo Congresso Nacional. III - Evidenciar os resultados positivos ou negativos de seus trabalhos, indicando suas causas e justificando as medidas postas em prática ou cuja adoção se impuser, no interêsse do Serviço Público. Art. 29. Em cada Ministério Civil, além dos órgãos Centrais de que trata o art. 22, o Ministro de Estado disporá da assistência direta e imediata de: I - Gabinete. II - Consultor Jurídico, exceto no Ministério da Fazenda. III - Divisão de Segurança e Informações. § 1º O Gabinete assiste o Ministro de Estado em sua representação política e social, e incumbe-se das relações públicas, encarregando-se do preparo e despacho do expediente pessoal do Ministro. § 2º O Consultor Jurídico incumbe-se do assessoramento jurídico do Ministro de Estado. § 3º A Divisão de Segurança e Informações colabora com a Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional e com o Serviço Nacional de Informações. § 4º No Ministério da Fazenda, o serviço de consulta jurídica continua afeto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e aos seus órgãos integrantes, cabendo

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a função de Consultor Jurídico do Ministro de Estado ao Procurador-Geral, nomeado em comissão, pelo critério de confiança e livre escolha, entre bacharéis em Direito. TíTULO V DOS SISTEMAS DE ATIVIDADES AUXILIARES Art. 30. Serão organizadas sob a forma de sistema as atividades de pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria, e serviços gerais, além de outras atividades auxiliares comuns a todos os órgãos da Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de coordenação central. (Vide Decreto nº 64.777, de 1969) § 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de que trata êste artigo consideram-se integrados no sistema respectivo e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, à supervisão técnica e à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. § 2º O chefe do órgão central do sistema é responsável pelo fiel cumprimento das leis e regulamentos pertinentes e pelo funcionamento eficiente e coordenado do sistema. § 3º É dever dos responsáveis pelos diversos órgãos competentes dos sistemas atuar de modo a imprimir o máximo rendimento e a reduzir os custos operacionais da Administração. § 4° Junto ao órgão central de cada sistema poderá funcionar uma Comissão de Coordenação, cujas atribuições e composição serão definidas em decreto. Art. 31. Os órgãos centrais dos sistemas indicados no art. 30 situam-se: I - Na Presidência da República, o de Pessoal Civil. II - No Ministério do Planejamento e Coordenação Geral o de Orçamento e o de Estatística. III - No Ministério da Fazenda, o de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria, e o de Serviços Gerais, que compreende a administração de material, a administração patrimonial e a de edifícios e instalações. (Regulamento) Parágrafo único. O órgão central do Sistema de Orçamento e do Sistema de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria, serão, respectivamente, a Secretaria Geral, do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e a Inspetoria Geral de Finanças, do Ministério da Fazenda (Art. 23, § 3º). (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 31. Aestruturação dos sistemas de que trata o artigo 30 e a subordinação dos respectivos Órgãos Centrais serão estabelecidas em decreto. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) TíTULO VI DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Art. 32. A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato do Presidente da República: I - Conselho de Segurança Nacional. II - Serviço Nacional de Informações. III - Estado-Maior das Fôrças Armadas. IV - Departamento Administrativo do Pessoal Civil. V - Consultoria Geral da República. VI - Alto Comando das Fôrças Armadas.

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Art. 32 - A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgão de assessoramento imediato do Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) I - Conselho de Segurança Nacional. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) II - Conselho de Desenvolvimento Econômico. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) IV - Serviço Nacional de Informações. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) V - Estado-Maior das Forças Armadas. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) VI - Departamento Administrativo do Pessoal Civil. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) VII - Consultoria-Geral da República. (Incluído pela Lei nº 6.036, de 1974) VIII - Alto Comando das Forças Armadas. (Incluído pela Lei nº 6.036, de 1974) Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Civil, o Chefe do Gabinete Militar, o Chefe da Secretaria de Planejamento, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos. (Incluído pela Lei nº 6.036, de 1974) Art. 32. A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato do Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) I - Conselho de Segurança Nacional (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) II - Conselho de Desenvolvimento Econômico (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) III - Conselho de Desenvolvimento Social (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) IV - Secretaria de Planejamento (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) V - Serviço Nacional de Informações (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) VI - Estado-Maior das Forças Armadas (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) VII - Departamento Administrativo do Pessoal Civil (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) VIII - Consultoria Geral da República (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) IX - Alto Comando das Forças Armadas (Incluído pela Lei nº 6.118, de 1974) Parágrafo Único. O Chefe do Gabinete Civil, o Chefe do Gabinete Militar, o Chefe da Secretaria de Planejamento, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos (Redação dada pela Lei nº 6.118, de 1974) Art. 32 - A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato do Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979)

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I - Conselho de Segurança Nacional; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) II - Conselho de Desenvolvimento Econômico; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) III - Conselho de Desenvolvimento Social; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) IV - Secretaria de Planejamento; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) V - Serviço Nacional de Informações; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) VI - Estado-Maior das Formas Armadas; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) VII - Secretaria de Comunicação Social; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) VIII - Departamento Administrativo do Serviço Público; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) IX - Consultoria-Geral da República; (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) X - Alto-Comando das Forças Armadas. (Incluído pela Lei nº 6.650, de 1979) Parágrafo único - Os Chefes do Gabinete Civil, do Gabinete Militar, da Secretaria de Planejamento, da Secretaria de Comunicação Social, do Serviço Nacional de Informações e do Estado-Maior das Forças Armadas são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos. (Redação dada pela Lei nº 6.650, de 1979) Art. 32. A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato ao Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) Vide: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Decreto nº 99.180, de 1990, Lei nº 8.490, de 1992, Lei nº 9.649, de 1998, Lei nº 10.683, de 28.5.2003 I - o Conselho de Segurança Nacional; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) II - o Conselho de Desenvolvimento Econômico; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) III - o Conselho de Desenvolvimento Social; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) IV - a Secretaria de Planejamento; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) V - o Serviço Nacional de Informações; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) VI - o Estado-Maior das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) VII - o Departamento Administrativo do Serviço Público; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) VIII - a Consultoria-Geral da República; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) IX - o Alto Comando das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) X - o Conselho Nacional de Informática e Automação. (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)

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Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Civil, o Chefe do Gabinete Militar, o Chefe da Secretaria de Planejamento, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos. (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) Art. 33. Ao Gabinete Civil incumbe: I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, em especial, nos assuntos referentes à administração civil. II - Promover a divulgação de atos e atividades governamentais. III - Acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e coordenar a colaboração dos Ministérios e demais órgãos da administração, no que respeita aos projetos de lei submetidos à sanção presidencial. (Vide Lei nº 8.028, de 1990) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 34. Ao Gabinete Militar incumbe: I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, em especial, nos assuntos referentes à Segurança Nacional e à Administração Militar. II - Zelar pela segurança do Presidente da República e dos Palácios Presidenciais. Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Militar exerce as funções de Secretário-Geral do Conselho de Segurança Nacional. TíTULO VII DOS MINISTÉRIOS E RESPECTIVAS ÁREAS DE COMPETÊNCIA Art . 35. Os Ministérios, de que são titulares Ministros de Estado (Art. 20), são os seguintes: SETOR POLÍTICO(Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) (Vide Lei nº 8.028, de 12.04.1990) Ministério da Justiça. Ministério das Relações Exteriores. SETOR DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) Ministério do Planejamento e Coordenação Geral. SETOR ECONÔMICO (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) Ministério da Fazenda. Ministério dos Transportes. Ministério da Agricultura. Ministério da Indústria e do Comércio. Ministério das Minas e Energia. Ministério do Interior. SETOR SOCIAL (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) Ministério da Educação e Cultura. Ministério do Trabalho e Previdência Social. Ministério da Saúde. Ministério das Comunicações. SETOR MILITAR (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) Ministério da Marinha. Ministério do Exército. Ministério da Aeronáutica.

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Art. 35 - Os Ministérios são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Vide: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Lei nº 7.927, de 1989, Lei nº 8.422, de 1992, Lei nº 8.490, de 1992, Lei nº 9.649, de 1998, Lei nº 10.683, de 28.5.2003 Ministério da Justiça (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério das Relações Exteriores (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Fazenda (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério dos Transportes (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Agricultura (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Indústria e do Comércio (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério das Minas e Energia (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério do Interior (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1º.5.1974) Ministério da Educação e Cultura (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério do Trabalho (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Previdência e Assistência Social (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Saúde (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério das Comunicações (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Marinha (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério do Exército (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Aeronáutica (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Parágrafo único. Os titulares dos Ministérios são Ministros de Estado (Art. 20). (Incluído pela Lei nº 6.036, de 1974) Art. 36. Para auxiliá-lo, temporàriamente, na coordenação de assuntos afins ou interdependentes, o Presidente da República poderá incumbir de missão coordenadora um dos Ministros de Estado ou, conforme o caso, o Ministro do Planejamento e Coordenação Geral. Art. 36. Para auxiliá-lo na coordenação de assuntos afins ou interdependentes, que interessem a mais de um Ministério, o Presidente da República poderá incumbir de missão coordenadora um dos Ministros de Estado, cabendo essa missão na ausência de designação específica, ao Ministro do Planejamento e Coordenação Geral. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 1º O Ministro Coordenador, sem prejuízo das atribuições da Pasta que ocupar, atuará em harmonia com as instruções emanadas do Presidente da República, buscando os elementos necessários ao cumprimento de sua missão mediante cooperação dos Ministros de Estado em cuja área de competência estejam compreendidos os assuntos objeto de coordenação. § 2º o Ministro Coordenador formulará soluções para a decisão final do Presidente da República. § 3º Poderão ser coordenados, entre outros, os assuntos econômicos militares, de ciência e tecnologia, de assistência médica e de abastecimento. § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos assuntos militares, cuja coordenação far-se-á diretamente pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 36. Para auxiliá-lo na coordenação de assuntos afins ou interdependentes, que interessem a mais de um Ministério, o Presidente da

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República poderá incumbir de missão coordenadora um dos Ministros de Estado, cabendo essa missão, na ausência de designação específica ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) § 1º O Ministro Coordenador, sem prejuízo das atribuições da Pasta ou órgão de que for titular atuará em harmonia com as instruções emanadas do Presidente da República, buscando os elementos necessários ao cumprimento de sua missão mediante cooperação dos Ministros de Estado em cuja área de competência estejam compreendidos os assuntos objeto de coordenação. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) § 2º O Ministro Coordenador formulará soluções para a decisão final do Presidente da República. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 37. Além dos 4 (quatro) previstos nos arts. 147 155, 157 e 169 o Presidente da República poderá prover até 3 (três) cargos de Ministro Extraordinário, para o desempenho de encargos temporários de natureza relevante. Parágrafo único. Ao Ministro Extraordinário poderá ser confiada a missão coordenadora a que se refere o artigo anterior. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 37. O Presidente da República poderá prover até 4 (quatro) cargos de Ministro Extraordinário para o desempenho de encargos temporários de natureza relevante. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art . 38. O Ministro Extraordinário e o Ministro Coordenador disporão de assistência técnica e administrativa essencial para o desempenho das missões de que forem incumbidos pelo Presidente da República na forma por que se dispuser em decreto. (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 39 Os assuntos que constituem a área de competência de cada Ministério são, a seguir, especificados: Vide Leis: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Lei nº 10.683, de 28.5.2003 SETOR POLÍTICO (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) MINISTÉRIO DA JUSTIÇA I - Ordem jurídica, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, garantias constitucionais. II - Segurança interna. Polícia Federal. III - Administração penitenciária. IV - Ministério Público. V - Documentação, publicação e arquivo dos atos oficiais. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES I - Política Internacional. II - Relações diplomáticas; serviços consulares. III - Participação nas negociações comerciais, econômicas, financeiras, técnicas e culturais com países e entidades estrangeiras. IV - Programas de cooperação internacional. SETOR DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969)

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I - Plano geral do Govêrno, sua coordenação. Integração dos planos regionais. II - Estudos e pesquisas sócio-econômicos, inclusive setoriais e regionais. III - Programação orçamentária; proposta orçamentária anual. IV - Coordenação da assistência técnica internacional. V - Sistemas estatístico e cartográfico nacionais. VI - Organização administrativa. SETOR ECONÔMICO (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) MINISTÉRIO DA FAZENDA I - Assuntos monetários, creditícios, financeiros e fiscais; poupança popular. II - Administração tributária. III - Arrecadação. IV - Administração financeira. V - Contabilidade e auditoria. VI - Serviços Gerais. VI - Administração patrimonial. (Redação dada pela Lei nº 6.228, de 1975) MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES I - Coordenação dos transportes. II - Transportes ferroviários e rodoviários. III - Transportes aquaviários. Marinha mercante; portos e vias navegáveis. IV - Participação na coordenação dos transportes aeroviários, na forma estabelecida no art. 162. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA I - Agricultura; pecuária; caça; pesca. II - Recursos naturais renováveis: flora, fauna e solo. III - Organização da vida rural; reforma agrária. IV - Estímulos financeiros e creditícios. V - Meteorologia; climatologia. VI - Pesquisa e experimentação. VII - Vigilância e defesa sanitária animal e vegetal. VIII - Padronização e inspeção de produtos vegetais e animais ou do consumo nas atividades agropecuárias. MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO I - Desenvolvimento industrial e comercial. II - Comércio exterior. III - Seguros privados e capitalização. IV - Propriedade industrial; registro do comércio; legislação metrológica. V - Turismo. VI - Pesquisa e experimentação tecnológica. MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA I - Geologia, recursos minerais e energéticos. II - Regime hidrológico e fontes de energia hidráulica. III - Mineração. IV - Indústria do petróleo. V - Indústria de energia elétrica, inclusive de natureza nuclear. MINISTÉRIO DO INTERIOR I - Desenvolvimento regional. II - Radicação de populações, ocupação do território. Migrações internas. III - Territórios federais.

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IV - Saneamento básico. V - Beneficiamento de áreas e obras de proteção contra sêcas e inundações. Irrigação. VI - Assistência às populações atingidas pelas calamidades públicas. VII - Assistência ao índio. VIII - Assistência aos Municípios. IX - Programa nacional de habitação. SETOR SOCIAL (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA I - Educação; ensino (exceto o militar); magistério. II - Cultura - letras e artes. III - Patrimônio histórico, arqueológico, científico, cultural e artístico. IV - Desportos. MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (Vide Lei nº 6.036, de 1974) I - Trabalho; organização profissional e sindical; fiscalização. II - Mercado de trabalho; política de emprêgo. III - Política salarial. IV - Previdência e assistência social. V - Política de imigração. VI - Colaboração com o Ministério Público junto à Justiça do Trabalho. MINISTÉRIO DA SAÚDE I - Política nacional de saúde. II - Atividades médicas e para-médicas. III - Ação preventiva em geral; vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, fluviais e aéreos. IV - Contrôle de drogas, medicamentos e alimentos. V - Pesquisas médico-sanitárias. MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES I - Telecomunicações. II - Serviços postais. SETOR MILITAR (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969) MINISTÉRIO DA MARINHA (Art. 54) MINISTÉRIO DO EXÉRCITO (Art. 59) MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA (Art. 63) TíTULO VIII DA SEGURANÇA NACIONAL CAPÍTULO I DO CONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL Art. 40. O Conselho de Segurança Nacional destina-se a assessorar o Presidente da República na formulação e na conduta da política de segurança nacional. Art. 40. O Conselho de Segurança Nacional é o órgão de mais alto nível no assessoramento direto do Presidente da República, na formulação e na execução da Política de Segurança Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

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§ 1º A formulação da Política de Segurança Nacional far-se-á, bàsicamente, mediante o estabelecimento do Conceito Estratégico Nacional. § 2º No que se refere à conduta da Política de Segurança Nacional, o Conselho apreciará problemas que lhe forem propostos, no quadro da conjuntura nacional ou internacional. § 2º No que se refere a execução da Política de Segurança Nacional, o Conselho apreciará os problemas que lhe forem propostos no quadro da conjuntura nacional ou internacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 41. Caberá, ainda, ao Conselho o cumprimento de outras tarefas específicas previstas na Constituição. Art. 42. O Conselho de Segurança Nacional é convocado e presidido pelo Presidente da República, dêle participando, no caráter de membros natos, o Vice-Presidente da República, todos os Ministros de Estado, inclusive os Extraordinários, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República, o Chefe do Serviço Nacional de Informações, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e da Aeronáutica. § 1º O Presidente da República poderá designar membros eventuais, conforme a matéria a ser apreciada. § 2° O Presidente da República pode ouvir o Conselho de Segurança Nacional, mediante consulta a cada um dos seus membros em expediente remetido por intermédio da Secretaria-Geral. Art. 43. O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e coordenação no campo da segurança nacional e conta com a colaboração da Comissão Especial da Faixa de Fronteiras e das Divisões de Segurança e Informações dos Ministérios Civis, como órgãos complementares. Parágrafo único. Cabe ao Secretário-Geral secretariar as reuniões do Conselho de Segurança Nacional. Art. 43. O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e coordenação no campo da segurança nacional e conta com a colaboração da Comissão Especial da Faixa de Fronteiras das Divisões de Segurança e Informações dos Ministérios Civis e de outros órgãos complementares, cuja criação se torne imprescindível ao cumprimento de sua finalidade constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 43. O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e coordenação no campo da segurança nacional e poderá contar com a colaboração de órgãos complementares, necessários ao cumprimento de sua finalidade constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.093, de 1970) CAPÍTULO II DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES Art. 44. O Serviço Nacional de Informações tem por finalidade superintender e coordenar, em todo o território nacional, as atividades de informação e contra-informação, em particular as que interessem à segurança nacional. TíTULO IX DAS FÔRÇAS ARMADAS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

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Art. 45. As Fôrças Armadas, constituídas pela Marinha de Guerra, Exército e Aeronáutica Militar, são instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei. Destinam-se a defender a Pátria e a garantir os Podêres constituídos, a lei e a ordem. Parágrafo único. Elementos das Fôrças Armadas, nos casos de calamidade pública, poderão ser chamados a colaborar na assistência às populações atingidas e no restabelecimento da normalidade. Art. 45. As Fôrças Armadas, constituídas pela Marinha de Guerra, pelo Exército e pela Aeronáutica Militar, são instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei. As Fôrças Armadas, essenciais à execução da Política de Segurança Nacional, destinam-se à defesa da Pátria e à garantia dos Podêres constituídos, da Lei e da Ordem. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. As Fôrças Armadas, nos casos de calamidade pública, colaborarão com os Ministérios Civis, sempre que solicitadas, na assistência às populações atingidas e no restabelecimento da normalidade. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 46. O Poder Executivo fixará a organização pormenorizada das Fôrças Armadas singulares - Fôrças Navais, Fôrças Terrestres e Fôrça Aérea Brasileira - e das Fôrças Combinadas ou Conjuntas, bem como dos demais órgãos integrantes dos Ministérios Militares, suas denominações, localizações e atribuições. Parágrafo único. Caberá, também, ao Poder Executivo, nos limites fixados em lei, dispor sôbre as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, como fôrças auxiliares, reserva do Exército. CAPÍTULO II DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO DIRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SEçãO I Do Alto Comando das Fôrças Armadas Art. 47. O Alto Comando das Fôrças Armadas é um órgão de assessoramento do Presidente da República, nas decisões relativas à política militar e à coordenação de assuntos pertinentes às Fôrças Armadas. Art. 48. Integram o Alto Comando das Fôrças Armadas os Ministros Militares, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores de cada uma das Fôrças singulares. Art. 49. O Alto Comando das Fôrças Armadas reúne-se quando convocado pelo Presidente da República e é secretariado pelo Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República. SEçãO II Do Estado-Maior das Fôrças Armadas Art. 50. O Estado-Maior das Fôrças Armadas, órgão de assessoramento do Presidente da República, tem por atribuições: I - Proceder aos estudos para a fixação da Política, da Estratégia e da Doutrina Militares, bem como elaborar e coordenar os planos e programas decorrentes. II - Estabelecer os planos e coordenar o emprêgo de Fôrças Combinadas ou

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Conjuntas e de Fôrças singulares destacadas para participar de operações militares no exterior. III - Coordenar as informações no campo militar. IV - Propor os critérios de prioridade para aplicação dos recursos destinados à defesa militar. V - Coordenar os planos de pesquisas, de fortalecimento e de mobilização das Fôrças Armadas, e os programas de aplicação de recursos decorrentes. VI - Coordenar as representações das Fôrças Armadas no País e no exterior. VII - Proceder aos estudos e preparar as decisões sôbre assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente da República. Parágrafo único. O Estado-Maior das Fôrças Armadas passará a ser órgão de assessoramento do Ministro Coordenador, eventualmente incumbido, na forma do disposto no art. 36 e no parágrafo único do art. 37, de coordenar os assuntos militares. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 50. O Estado-Maior das Fôrças Armadas, órgãos de assessoramento do Presidente da República tem por atribuições: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) I - Proceder aos estudos para a fixação da Política, da Estratégia e da Doutrina Militares, bem como elaborar e coordenar os planos e programas decorrentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) II - Estabelecer os planos para emprêgo das Fôrças Combinadas ou Conjuntas e de fôrças singulares destacadas para participar de operações militares no exterior, levando em consideração os estudos e as sugestões dos Ministros Militares competentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Coordenar as informações estratégicas no Campo Militar; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Coordenar, no que transcenda os objetivos específicos e as disponibilidades previstas no Orçamento dos Ministérios Militares, os planos de pesquisas, de desenvolvimento e de mobilização das Fôrças Armadas e os programas de aplicação de recursos decorrentes. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) V - Coordenar as representações das Fôrças Armadas no País e no exterior; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) VI - Proceder aos estudos e preparar as decisões sôbre assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Fôrças Armadas é exercida por um Oficial-General do mais alto pôsto, nomeado pelo Presidente da República, obedecido a rodízio entre as Fôrças Armadas. Parágrafo único. O Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas tem precedência funcional regulada em lei. Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Fôrças Amadas é exercida por um oficial-general do mais alto pôsto nomeado pelo Presidente da República, obedecido, em princípio, o critério de rodízio entre as Fôrças Armadas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 52. As funções de Estado-Maior e Serviços no Estado-Maior das Fôrças Armadas são exercidas por oficiais das três Fôrças singulares.

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Art. 53. O Conselho de Chefes de Estado-Maior, constituído do Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e dos Chefes do Estado-Maior das Fôrças singulares, reúne-se periòdicamente, sob a presidência do primeiro, para apreciação de assuntos específicos do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os de interêsse comum a mais de uma das Fôrças singulares. CAPÍTULO III DOS MINISTÉRIOS MILITARES SEçãO I Do Ministério da Marinha Art. 54. O Ministério da Marinha administra os negócios da Marinha de Guerra e tem como atribuição principal a preparação desta para o cumprimento de sua destinação constitucional. § 1º Cabe ao Ministério da Marinha; I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e adestramento das Fôrças Navais e Aeronavais e do Corpo de Fuzileiros Navais, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Marinha, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente Lei. III - Estudar e propor diretrizes para a política marítima nacional. § 2º Ao Ministério da Marinha competem ainda as seguintes atribuições subsidiárias; I - Orientar e controlar a Marinha Mercante Nacional e demais atividades correlatas no que interessa à segurança nacional e prover a segurança da navegação, seja ela marítima, fluvial ou lacustre. II - Exercer a polícia naval. Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção geral do Ministério da Marinha e é o Comandante Superior da Marinha de Guerra. Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas organizações próprias, o pessoal em serviço ativo e sua reserva, inclusive as formações auxiliares, conforme fixado em lei. Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção geral do Ministério da Marinha e é o Comandante Superior da Marinha de Guerra. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas organizações próprias, pessoal em serviço ativo e sua reserva, inclusive as formações auxiliares conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 57. O Ministério da Marinha é constituído de: I - Órgãos de Direção Geral. - Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra). - Estado Maior da Armada. II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24). III - Órgãos de Assessoramento. - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Conselho de Almirantes. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio. - Diretorias e outros órgãos.

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V - Fôrças Navais e Aeronavais (elementos próprios - navios e helicópteros - e elementos destacados da Fôrça Aérea Brasileira). - Corpo de Fuzileiros Navais. - Distritos Navais. - Comando do Contrôle Naval do Tráfego Marítimo. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 58. O Chefe do Estado-Maior da Armada e também o Comandante Geral das Fôrças mencionadas no inciso V do artigo anterior. Art. 58. O Chefe do Estado Maior da Armada exercerá, cumulativamente, o cargo de Comandante-Geral das fôrças mencionadas no inciso V do artigo anterior. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Revogado pela Lei nº 6.059, de 1974) SEçãO II Do Ministério do Exército Art. 59. O Ministério do Exército administra os negócios do Exército e tem, como atribuição principal a preparação do Exército para o cumprimento da sua destinação constitucional. § 1º Cabe ao Ministério do Exército: I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento das Fôrças Terrestres, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interesse do Exército, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente lei. § 2º Ao Ministério do Exército compete ainda propor as medidas para a efetivação do disposto no Parágrafo único do art. 46 da presente lei. Art. 60. O Ministro do Exército exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante Superior do Exército. Art. 61. O Exército é constituído do Exército ativo e sua Reserva. § 1° O Exército ativo é a parte do Exército organizada e aparelhada para o cumprimento de sua destinação constitucional e em pleno exercício de suas atividades. § 2° Constitui a Reserva do Exército todo o pessoal sujeito à incorporação no Exército ativo, mediante mobilização ou convocação, e as fôrças e organizações auxiliares, conforme fixado em lei. Art. 62. O Ministério do Exército compreende: I - Órgãos de Direção Geral - Alto Comando do Exército. - Estado-Maior do Exército. - Conselho Superior de Economia e Finanças. II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24) III - Órgãos de Assessoramento - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Secretaria Geral. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio - Diretorias e outros órgãos. V - Fôrças Terrestres - Órgãos Territoriais.

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SEçãO III Do Ministério da Aeronáutica Art. 63. O Ministério da Aeronáutica administra os negócios da Aeronáutica e tem como atribuição principal a preparação da Fôrça Aérea Brasileira para o cumprimento da sua destinação constitucional. Parágrafo único. Cabe ao Ministério da Aeronáutica: I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento da Fôrça Aérea Brasileira, inclusive de elementos para integrar as Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Aeronáutica, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente lei. III - Estudar e propor diretrizes para a política aérea nacional. IV - Supervisionar e controlar as atividades aeronáuticas civis, tanto comerciais como privadas e desportivas, obedecendo, quanto às primeiras, a orientação estabelecida pelo Conselho Nacional de Transportes, nos têrmos do art. 162 desta lei. V - Estabelecer equipar e operar a infra-estrutura aeronáutica, inclusive os serviços de apoio necessários à navegação aérea. VI - Operar o Correio Aéreo Nacional. Art. 63. O Ministério da Aeronáutica administra os negócios da Aeronáutica e tem como atribuições principais a preparação da Aeronáutica Militar para o cumprimento de sua destinação constitucional e a supervisão das atividades da Aeronáutica Civil. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. Cabe ao Ministério da Aeronáutica: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento da Fôrça Aérea Brasileira, inclusive de elementos para integrar as Fôrças Combinadas ou Conjuntas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Il - orientar, coordenar e controlar as atividades da Aviação Civil, tanto comerciais como privadas e desportivas, observando, quanto às primeiras, a orientação estabelecida pelo Conselho Nacional dos Transportes, nos termos do artigo 162 desta lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante autorização ou concessão, a infra-estrutura aeronáutica, inclusive os serviços de apoio necessários à navegação aérea. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Orientar, incentivar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Aeronáutica, obedecido quanto às de interêsse militar, o previsto no item IV do artigo 50 da presente lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) V - operar o Correio Aéreo Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) VI - Estudar e propor diretrizes para a Política Aeroespacial Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 63. O Ministério da Aeronáutica administra os negócios da Aeronáutica e tem como atribuições principais a preparação da Aeronáutica para o cumprimento de sua destinação constitucional e a orientação, a coordenação e o contrôle das atividades da Aviação Civil. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Parágrafo único. Cabe ao Ministério da Aeronáutica: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)

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I - Estudar e propor diretrizes para a Política Aeroespacial Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) II - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento da Fôrça Aérea Brasileira, inclusive de elementos para integrar as Fôrças Combinadas ou Conjuntas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) III - Orientar, coordenar e controlar as atividades da Aviação Civil, tanto comerciais como privadas e desportivas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) IV - Estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante autorização ou concessão, a infra-estrutura aeronáutica, inclusive os serviços de apoio necessárias à navegação aérea. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) V - Orientar, incentivar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Aeronáutica, obedecido, quanto às de interêsse militar, ao prescrito no item IV do art. 50 da presente lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) VI - Operar o Correio Aéreo Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Art. 64. O Ministro da Aeronáutica exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante Superior da Fôrça Aérea Brasileira. Art. 64. O Ministro da Aeronáutica exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante Superior da Aeronáutica Militar. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 64. O Ministro da Aeronáutica exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante-em-Chefe da Fôrça Aérea Brasileira. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Art. 65. A Aeronáutica Militar é constituída por suas organizações próprias, pelo pessoal em serviço ativo e por sua reserva, inclusive as organizações auxiliares conforme previsto em lei. Art. 65. A Aeronáutica Militar é constituída pela Fôrça Aérea Brasileira, por suas organizações próprias e por sua reserva, inclusive as organizações auxiliares, conforme previsto em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 1º A Fôrça Aérea Brasileira é a parte da Aeronáutica Militar organizada e aparelhada para o cumprimento de sua destinação constitucional e em pleno exercício de suas atividades. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 2º Constitui a reserva da Aeronáutica Militar todo o pessoal sujeito à incorporação na Fôrça Aérea Brasileira mediante mobilização ou convocação, e as organizações auxiliares, conforme fixado em lei. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 65. A Fôrça Aérea Brasileira é a parte da Aeronáutica organizada e aparelhada para o cumprimento de sua destinação constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Parágrafo único. Constituí a reserva da Aeronáutica todo o pessoal sujeito à incorporação na Fôrça Aérea Brasileira, mediante mobilização ou convocação, e as organizações auxiliares, conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Art. 66. O Ministério da Aeronáutica compreende: I - Órgãos de Direção Geral - Alto Comando da Aeronáutica.

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- Estado-Maior da Aeronáutica. I - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24). III - Órgãos de Assessoramento - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Secretaria Geral. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio - Diretorias e outros órgãos. V - Fôrça Aérea Brasileira (inclusive elementos para operações aeronavais e aeroterrestres) - Zonas Aéreas. Art. 66. O Ministério da Aeronáutica compreende: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) I - Órgãos de Direção Geral: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Alto Comando da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Estado-Maior da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Inspetoria Geral da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (artigo 24) (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Órgãos de Assessoramento: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Gabinete do Ministro (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Consultoria Jurídica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Conselhos e Comissões (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Órgãos de Apoio: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Comandos, Diretorias, Institutos, Serviços e outros órgãos (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) V - Comandos Aéreos (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) - Comandos Territoriais (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 66. O Ministério da Aeronáutica compreende: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) I - Órgãos de Direção Geral: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Alto Comando da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Estado-Maior da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Inspetoria Geral da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24): (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Departamento de Aviação Civil (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)v

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- Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) III - Órgãos de Assessoramento: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Gabinete do Ministro (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Consultoria Jurídica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Conselhos e Comissões (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) IV - Órgãos de Apoio: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Comandos, Diretorias, Institutos, Serviços e outros órgãos (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) V - Fôrça Aérea Brasileira: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Comandos Aéreos (inclusive elementos para integrar Fôrças Combinadas ou Conjuntas) - Comandos Territoriais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) CAPÍTULO IV DISPOSIÇÃO GERAL Art. 67. O Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra), o Alto Comando do Exército e o Alto Comando da Aeronáutica, a que se referem os arts 57, 62 e 66 são órgãos integrantes da Direção Geral do Ministério da Marinha, do Exército e da Aeronáutica cabendo-lhes assessorar os respectivos Ministros, principalmente: a) nos assuntos relativos à política militar peculiar à Fôrça singular; b) nas matérias de relevância - em particular, de organização, administração e logística - dependentes de decisão ministerial; c) na seleção do quadro de Oficiais Generais. TíTULO X DAS NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E DE CONTABILIDADE Art. 68. O Presidente da República prestará anualmente ao Congresso Nacional as contas relativas ao exercício anterior, sôbre as quais dará parecer prévio o Tribunal de Contas. Art. 69. Os órgãos da Administração Direta observarão um plano de contas único e as normas gerais de contabilidade e da auditoria que forem aprovados pelo Govêrno. Art . 70. Publicados a lei orçamentária ou os decretos de abertura de créditos adicionais, as unidades orçamentárias, os órgãos administrativos, os de contabilização e os de fiscalização financeira ficam, desde logo, habilitados a tomar as providências cabíveis para o desempenho das suas tarefas. Art. 71. A discriminação das dotações orçamentárias globais de despesas será feita: I - No Poder Legislativo e órgãos auxiliares, pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e pelo Presidente do Tribunal de Contas. II - No Poder Judiciário, pelos Presidentes dos Tribunais e demais órgãos competentes. III - No Poder Executivo, pelos Ministros de Estado ou dirigentes de órgãos da Presidência da República. Art. 72. Com base na lei orçamentária, créditos adicionais e seus atos complementares, o órgão central da programação financeira fixará as cotas e prazos de utilização de recursos pelos órgãos da Presidência da República, pelos

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Ministérios e pelas autoridades dos Podêres Legislativo e Judiciário para atender à movimentação dos créditos orçamentários ou adicionais. § 1º Os Ministros de Estado e os dirigentes de Órgãos da Presidência da República aprovarão a programação financeira setorial e autorizarão às unidades administrativas a movimentar os respectivos créditos, dando ciência ao Tribunal de Contas. § 2º O Ministro de Estado, por proposta do Inspetor Geral de Finanças, decidirá quanto aos limites de descentralização da administração dos créditos, tendo em conta as atividades peculiares de cada órgão. Art. 73. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem a existência de crédito que a comporte ou quando imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer atribuição de fornecimento ou prestação de serviços cujo custo exceda aos limites prèviamente fixados em lei. Parágrafo único. Mediante representação do órgão contábil serão impugnados quaisquer atos referentes a despesas que incidam na proibição do presente artigo. Art. 74. Na realização da receita e da despesa pública será utilizada a via bancária, de acôrdo com as normas estabelecidas em regulamento. § 1º Nos casos em que se torne indispensável a arrecadação de receita diretamente pelas unidades administrativas, o recolhimento à conta bancária far-se-á no prazo regulamentar. § 2º O pagamento de despesa, obedecidas as normas que regem a execução orçamentária (lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), far-se-á mediante ordem bancária ou cheque nominativo, contabilizado pelo órgão competente e obrigatòriamente assinado pelo ordenador da despesa e pelo encarregado do setor financeiro. § 3º Em casos excepcionais, quando houver despesa não atendível pela via bancária, as autoridades ordenadoras poderão autorizar suprimentos de fundos, de preferência a agentes afiançados, fazendo-se os lançamentos contábeis necessários e fixando-se prazo para comprovação dos gastos. Art. 75. Os órgãos da Administração Federal atenderão às solicitações que, a qualquer tempo, venham a ser feitas pelo Tribunal de Contas ou suas Delegações, prestando os informes relativos à administração dos créditos e facilitando a realização das inspeções de contrôle externo dos órgãos encarregados de administração financeira, contabilidade e auditoria. Art. 75. Os órgãos da Administração Federal prestarão ao Tribunal de Contas, ou suas delegações, os informes relativos à administração dos créditos orçamentários e facilitarão a realização das inspeções de contrôle externo dos órgãos de administração financeira, contabilidade e auditorias. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. As informações previstas neste artigo são as imprescindíveis ao exercício da auditoria financeira e orçamentária, realizada com base nos documentos enumerados nos itens I e II do artigo 36 do Decreto-lei número 199, de 25 de fevereiro de 1967, vedada a requisição sistemática de documentos ou comprovantes arquivados nos órgãos da administração federal, cujo exame se possa realizar através das inspeções de contrôle externo. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 76. Caberá ao Inspetor Geral de Finanças ou autoridade delegada autorizar a inscrição de despesas na conta "Restos a Pagar" (Lei nº 4.320, de 17

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de março de 1964), obedecendo-se na liquidação respectiva as mesmas formalidades fixadas para a administração dos créditos orçamentários. Parágrafo Único. As despesas inscritas na conta de "Restos a Pagar" serão liquidadas quando do recebimento do material, da execução da obra ou da prestação do serviço, ainda que ocorram depois do encerramento do exercício financeiro. Art. 77. Todo ato de gestão financeira deve ser realizado por fôrça do documento que comprove a operação e registrado na contabilidade, mediante classificação em conta adequada. Art. 78. O acompanhamento da execução orçamentária será feito pelos órgãos de contabilização. § 1° Em cada unidade responsável pela administração de créditos proceder-se-á sempre à contabilização dêstes. § 2° A contabilidade sintética ministerial caberá à Inspetoria Geral de Finanças. § 3 ° A contabilidade geral caberá à Inspetoria Geral de Finanças do Ministério da Fazenda. § 4º Atendidas as conveniências do serviço, um único órgão de contabilidade analítica poderá encarregar-se da contabilização para várias unidades operacionais do mesmo ou de vários Ministérios. § 5° Os documentos relativos à escrituração dos atos da receita e despesa ficarão arquivados no órgão de contabilidade analítica e à disposição das autoridades responsáveis pelo acompanhamento administrativo e fiscalização financeira e, bem assim, dos agentes incumbidos do contrôle externo, de competência do Tribunal de Contas. Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão. Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador da despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas. § 1° Ordenador de despesas é tôda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos da União ou pela qual esta responda. § 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas. § 3º As despesas feitas por meio de suprimentos, desde que não impugnadas pelo ordenador, serão escrituradas e incluídas na sua tomada de contas, na forma prescrita; quando impugnadas, deverá o ordenador determinar imediatas providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, sem prejuízo do julgamento da regularidade das contas pelo Tribunal de Contas. Art. 81. Todo ordenador de despesa ficará sujeito a tomada de contas realizada pelo órgão de contabilidade e verificada pelo órgão de auditoria interna, antes de ser encaminhada ao Tribunal de Contas (artigo 82 ). Parágrafo único. O funcionário que receber suprimento de fundos, na forma do disposto no art. 74, § 3º, é obrigado a prestar contas de sua aplicação procedendo-se, automàticamente, a tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado.

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Art. 82. As tomadas de contas serão objeto de pronunciamento expresso do Ministro de Estado, dos dirigentes de órgãos da Presidência da República ou de autoridade a quem estes delegarem competência, antes de seu encaminhamento ao Tribunal de Contas para os fins constitucionais e legais. (Vide Decreto nº 99.626, de 1990) § 1º A tomada de contas dos ordenadores, agentes recebedores, tesoureiros ou pagadores será feita no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias do encerramento do exercício financeiro pelos órgãos encarregados da contabilidade analítica e, antes de ser submetida a pronunciamento do Ministro de Estado, dos dirigentes de órgãos da Presidência da República ou da autoridade a quem êstes delegarem competência, terá sua regularidade certificada pelo órgão de auditoria. § 2º Sem prejuízo do encaminhamento ao Tribunal de Contas, a autoridade a que se refere o parágrafo anterior no caso de irregularidade, determinará as providências que, a seu critério, se tornarem indispensáveis para resguardar o interêsse público e a probidade na aplicação dos dinheiros públicos, dos quais dará ciência oportunamente ao Tribunal de Contas. § 3° Sempre que possível, desde que não retardem nem dificultem as tomadas de contas, estas poderão abranger conjuntamente a dos ordenadores e tesoureiros ou pagadores. Art. 83. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa. Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades administrativas, sob pena de co-responsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares, deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas. Art. 85. A Inspetoria Geral de Finanças, em cada Ministério, manterá atualizada relação de responsáveis por dinheiros, valôres e bens públicos, cujo rol deverá ser transmitido anualmente ao Tribunal de Contas, comunicando-se trimestralmente as alterações. Art. 86. A movimentação dos créditos destinados à realização de despesas reservadas ou confidenciais será feita sigilosamente e nesse caráter serão tomadas as contas dos responsáveis. Art. 87. Os bens móveis, materiais e equipamentos em uso ficarão sob a responsabilidade dos chefes de serviço, procedendo-se periòdicamente a verificações pelos competentes órgãos de contrôle. Art. 88. Os estoques serão obrigatòriamente contabilizados, fazendo-se a tomada anual das contas dos responsáveis. Art. 89. Todo aquêle que, a qualquer título, tenha a seu cargo serviço de contabilidade da União é pessoalmente responsável pela exatidão das contas e oportuna apresentação dos balancetes, balanços e demonstrações contábeis dos atos relativos à administração financeira e patrimonial do setor sob sua jurisdição. Art. 90. Responderão pelos prejuízos que causarem à Fazenda Pública o ordenador de despesas e o responsável pela guarda de dinheiros, valôres e bens.

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Art. 91. O orçamento incluirá verba global para constituição de um Fundo de Reserva Orçamentária, destinando-se os recursos a despesas correntes quando se evidenciar deficiências nas respectivas dotações e se fizer indispensável atender a encargo legal ou a necessidade imperiosa do serviço. Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não especificamente, destinada a determinado programa ou unidade orçamentária, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos suplementares, quando se evidenciarem insuficientes, durante o exercício, as dotações orçamentárias constantes do orçamento anual. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 91.Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.763, de 1980) Art. 92. Com o objetivo de obter maior economia operacional e racionalizar a execução da programação financeira de desembôlso, o Ministério da Fazenda promoverá a unificação de recursos movimentados pelo Tesouro Nacional através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União. (Vide Decreto nº 4.529, de 19.12.2002) Parágrafo único. Os saques contra a Caixa do Tesouro só poderão ser efetuados dentro dos limites autorizados pelo Ministro da Fazenda ou autoridade delegada. Art. 93. Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprêgo na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes. TíTULO XI DAS DISPOSIÇÕES REFERENTES AO PESSOAL CIVIL CAPÍTULO I DAS NORMAS GERAIS Art. 94. O Poder Executivo promoverá a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao pessoal do Serviço Público Civil, com o objetivo de ajustá-las aos seguintes princípios: I - Valorização e dignificação da função pública e ao servidor público. II - Aumento da produtividade. III - Profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; fortalecimento do Sistema do Mérito para ingresso na função pública, acesso a função superior e escolha do ocupante de funções de direção e assessoramento. IV - Conduta funcional pautada por normas éticas cuja infração incompatibilize o servidor para a função. V - Constituição de quadros dirigentes, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores capacitados a garantir a qualidade, produtividade e continuidade da ação governamental, em consonância com critérios éticos especialmente estabelecidos. VI - Retribuição baseada na classificação das funções a desempenhar, levando-se em conta o nível educacional exigido pelos deveres e responsabilidade do cargo, a experiência que o exercício dêste requer, a satisfação de outros requisitos que se reputarem essenciais ao seu desempenho e às condições do mercado de trabalho.

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VII - Organização dos quadros funcionais, levando-se em conta os interêsses de recrutamento nacional para certas funções e a necessidade de relacionar ao mercado de trabalho local ou regional o recrutamento, a seleção e a remuneração das demais funções. VIII - Concessão de maior autonomia aos dirigentes e chefes na administração de pessoal, visando a fortalecer a autoridade do comando, em seus diferentes graus, e a dar-lhes efetiva responsabilidade pela supervisão e rendimento dos serviços sob sua jurisdição. IX - Fixação da quantidade de servidores, de acôrdo com as reais necessidades de funcionamento de cada órgão, efetivamente comprovadas e avaliadas na oportunidade da elaboração do orçamento-programa, e estreita observância dos quantitativos que forem considerados adequados pelo Poder Executivo no que se refere aos dispêndios de pessoal. Aprovação das lotações segundo critérios objetivos que relacionam a quantidade de servidores às atribuições e ao volume de trabalho do órgão. X - Eliminação ou reabsorção do pessoal ocioso, mediante aproveitamento dos servidores excedentes, ou reaproveitamento aos desajustados em funções compatíveis com as suas comprovadas qualificações e aptidões vocacionais, impedindo-se novas admissões, enquanto houver servidores disponíveis para a função. XI - Instituição, pelo Poder Executivo, de reconhecimento do mérito aos servidores que contribuam com sugestões, planos e projetos não elaborados em decorrência do exercício de suas funções e dos quais possam resultar aumento de produtividade e redução dos custos operacionais da administração. XII - Estabelecimento de mecanismos adequados à apresentação por parte dos servidores, nos vários níveis organizacionais, de suas reclamações e reivindicações, bem como à rápida apreciação, pelos órgãos administrativos competentes, dos assuntos nelas contidos. XIII - Estímulo ao associativismo dos servidores para fins sociais e culturais. Parágrafo único. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional mensagens que consubstanciem a revisão de que trata êste artigo. Art. 95. O Poder Executivo promoverá as medidas necessárias à verificação da produtividade do pessoal a ser empregado em quaisquer atividades da Administração Direta ou de autarquia, visando a colocá-lo em níveis de competição com a atividade privada ou a evitar custos injustificáveis de operação, podendo, por via de decreto executivo ou medidas administrativas, adotar as soluções adequadas, inclusive a eliminação de exigências de pessoal superiores às indicadas pelos critérios de produtividade e rentabilidade. Vide Decreto nº 67.326, de 05.10.1970 Art . 96. Nos têrmos da legislação trabalhista, poderão ser contratados especialistas para atender às exigências de trabalho técnico em institutos, órgãos de pesquisa e outras entidades especializadas da Administração Direta ou autarquia, segundo critérios que, para êsse fim, serão estabelecidos em regulamento. Art . 97. Os Ministros de Estado, mediante prévia e específica autorização do Presidente da República, poderão contratar os serviços de consultores técnicos e especialistas por determinado período, nos têrmos da legislação trabalhista. (Expressão substituída pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

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CAPÍTULO II DAS MEDIDAS DE APLICAÇÃO IMEDIATA Art. 98. Cada unidade administrativa terá, no mais breve prazo, revista sua lotação, a fim de que passe a corresponder a suas estritas necessidades de pessoal e seja ajustada às dotações previstas no orçamento (art. 94 inciso IX). Art. 99. O Poder Executivo adotará providências para a permanente verificação da existência de pessoal ocioso na Administração Federal, diligenciando para sua eliminação ou redistribuição imediata. § 1º Sem prejuízo da iniciativa do órgão de pessoal da repartição, todo responsável por setor de trabalho em que houver pessoal ocioso deverá apresentá-lo aos centros de redistribuição e aproveitamento de pessoal que deverão ser criados, em caráter temporário, sendo obrigatório o aproveitamento dos concursados. § 2º A redistribuição de pessoal ocorrerá sempre no interêsse do Serviço Público, tanto na Administração Direta como em autarquia, assim como de uma para outra, respeitado o regime jurídico pessoal do servidor. § 3º O pessoal ocioso deverá ser aproveitado em outro setor, continuando o servidor a receber pela verba da repartição ou entidade de onde tiver sido deslocado, até que se tomem as providências necessárias à regularização da movimentação. § 4° Com relação ao pessoal ocioso que não puder ser utilizado na forma dêste artigo, será observado o seguinte procedimento: a) extinção dos cargos considerados desnecessários, ficando os seus ocupantes exonerados ou em disponibilidade, conforme gozem ou não de estabilidade, quando se tratar de pessoal regido pela legislação dos funcionários públicos; b) dispensa, com a conseqüente indenização legal, dos empregados sujeitos ao regime da legislação trabalhista. § 5º Não se preencherá vaga nem se abrirá concurso na Administração Direta ou em autarquia, sem que se verifique, prèviamente, no competente centro de redistribuição de pessoal, a inexistência de servidor a aproveitar, possuidor da necessária qualificação. § 6º Não se exonerará, por fôrça do disposto neste artigo, funcionário nomeado em virtude de concurso. Art. 100. Instaurar-se-á processo administrativo para a demissão ou dispensa de servidor efetivo ou estável, comprovadamente ineficiente no desempenho dos encargos que lhe competem ou desidioso no cumprimento de seus deveres. Art. 101. Ressalvados os cargos em comissão definidos em ato do Poder Executivo como de livre escolha do Presidente da República, o provimento em cargos em comissão e funções gratificadas obedecerá a critérios que considerem, entre outros requisitos, os seguintes: I - Pertencer o funcionário aos quadros de servidores efetivos, ocupando cargo de nível adequado e cujas atribuições guardem relação com as da comissão ou função gratificada. II - Comprovação de que o funcionário possui experiência adequada e curso de especialização apropriado ao desempenho dos encargos da comissão, considerando-se satisfeito o requisito se o funcionário se submeter a processo de aperfeiçoamento, nas condições e ocasião em que fôr estipulado.

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III - Obrigar-se o funcionário, quando se caracterizar o interêsse da Administração, ao regime de tempo integral e dedicação exclusiva. § 1º Em conseqüência do disposto no inciso III dêste artigo, os funcionários que atenderem às condições estipuladas ficam sujeitos ao regime de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho e perceberão gratificação pelo regime de tempo integral e dedicação exclusiva. § 2° É inerente ao exercício dos cargos em comissão e funções gratificadas diligenciar seu ocupante no sentido de que se aumente a produtividade, se reduzam os custos e se dinamizem os serviços. Art. 101. O provimento em cargos em comissão e funções gratificadas obedecerá a critérios a serem fixados por ato do Poder Executivo que: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) a) definirá os cargos em comissão de livre escolha do Presidente da República; (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) b) estabelecerá os processos de recrutamento com base no Sistema do Mérito; e (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) c) fixará as demais condições necessárias ao seu exercício. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 102. É proibida a nomeação em caráter interino por incompatível com a exigência de prévia habilitação em concurso para provimento dos cargos públicos, revogadas tôdas as disposições em contrário. Art. 103. Todo servidor que estiver percebendo vencimento, salário ou provento superior ao fixado para o cargo nos planos de classificação e remuneração, terá a diferença caracterizada como vantagem pessoal, nominalmente identificável, a qual em nenhuma hipótese será aumentada, sendo absorvida progressivamente pelos aumentos que vierem a ser realizados no vencimento, salário ou provento fixado para o cargo nos mencionados planos. Art. 104. No que concerne ao regime de participação na arrecadação, inclusive cobrança da Dívida Ativa da União, fica estabelecido o seguinte: I - Ressalvados os direitos dos denunciantes, a adjudicação de cota-parte de multas será feita exclusivamente aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do Impôsto de Renda, Agentes Fiscais do Impôsto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Impostos Internos e Guardas Aduaneiros e sòmente quando tenham os mesmos exercido ação direta, imediata e pessoal na obtenção de elementos destinados à instauração de autos de infração ou início de processos para cobrança dos débitos respectivos. II - O regime de remuneração, previsto na Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, continuará a ser aplicado exclusivamente aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do Impôsto de Renda, Agentes Fiscais do Impôsto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Impostos Internos e Guardas Aduaneiros. III - A partir da data da presente lei, fica extinto o regime de remuneração instituído a favor dos Exatores Federais, Auxiliares de Exatorias e Fiéis do Tesouro. IV - Fica, igualmente, extinta, a partir da data desta lei, a participação dos Procuradores da Fazenda Nacional na cobrança da Dívida Ativa da União, através da taxa paga pelos executados, cujo produto reverterá, integralmente, aos cofres públicos. (Revogado pela Lei nº 5.421, de 1968) V - A participação, através do Fundo de Estímulo, e bem assim as percentagens a que se referem o art. 64 da Lei n° 3.244, de 14 de agôsto 8°, § 2º

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e 9º da Lei nº 3.756, de 20 de abril de 1960, e o § 6º do art. 32 do 6°, § 2° e 9° da Lei n° 3.756, de 20 de abril de 1960, e o § 6º do art. 32 do Decreto-lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, ficam também extintos. Parágrafo único. Comprovada a adjudicação da cota-parte de multas com desobediência ao que dispõe o inciso I dêste artigo, serão passíveis de demissão, tanto o responsável pela prática dêsse ato, quanto os servidores que se beneficiarem com as vantagens dêle decorrentes. Art . 105. Aos servidores que, na data da presente lei estiverem no gôzo das vantagens previstas nos incisos III, IV e V do artigo anterior fica assegurado o direito de percebê-las, como diferença mensal, desde que esta não ultrapasse a média mensal que, àquele título, receberam durante o ano de 1966, e até que, por fôrça dos reajustamentos de vencimentos do funcionalismo, o nível de vencimentos dos cargos que ocuparem alcance importâncias correspondente à soma do vencimento básico e da diferença de vencimento. (Vide Lei nº 5.421, de 1968) Art. 106. Fica extinta a Comissão de Classificação de Cargos transferindo-se ao DASP, seu acervo, documentação, recursos orçamentários e atribuições. Art. 107. A fim de permitir a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao pessoal do Serviço Público Civil, nos têrmos do disposto no art. 94, da presente lei, suspendem-se nesta data as readaptações de funcionários que ficam incluídas na competência do DASP. Art. 108. O funcionário, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, prestará serviços em dois turnos de trabalho, quando sujeito a expediente diário. Parágrafo único. Incorrerá em falta grave, punível com demissão, o funcionário que perceber a vantagem de que trata êste artigo e não prestar serviços correspondentes e bem assim o chefe que atestar a prestação irregular dos serviços. Art. 109. Fica revogada a legislação que permite a agregação de funcionários em cargos em comissão e em funções gratificadas, mantidos os direitos daqueles que, na data desta lei, hajam completado as condições estipuladas em lei para a agregação, e não manifestem, expressamente, o desejo de retornarem aos cargos de origem. Parágrafo único. Todo agregado é obrigado a prestar serviços, sob pena de suspensão dos seus vencimentos. Art. 110. Proceder-se-á à revisão dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Administração Direta e das autarquias, para supressão daqueles que não corresponderem às estritas necessidades dos serviços, em razão de sua estrutura e funcionamento. Art. 111. A colaboração de natureza eventual à Administração Pública Federal sob a forma de prestação de serviços, retribuída mediante recibo, não caracteriza, em hipótese alguma, vínculo empregatício com o Serviço Público Civil, e sòmente poderá ser atendida por dotação não classificada na rubrica "PESSOAL", e nos limites estabelecidos nos respectivos programas de trabalho. (Regulamento) Art. 112. O funcionário que houver atingido a idade máxima (setenta anos) prevista para aposentadoria compulsória não poderá exercer cargo em comissão ou função gratificada, nos quadros dos Ministérios, do DASP e das autarquias.

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Art. 113. Revogam-se na data da publicação da presente lei, os Arts. 62 e 63 da Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, e demais disposições legais e regulamentares que regulam as readmissões no serviço público federal. Art. 114. O funcionário público ou autárquico que, por fôrça de dispositivo legal, puder manifestar opção para integrar quadro de pessoal de qualquer outra entidade e por esta aceita, terá seu tempo de serviço anterior, devidamente comprovado, averbado na instituição de previdência, transferindo-se para o INPS as contribuições pagas ao IPASE. CAPÍTULO III DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL Art. 115. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) é o órgão central do sistema de pessoal, responsável pelo estudo, formulação de diretrizes, orientação, coordenação, supervisão e contrôle dos assuntos concernentes à administração do Pessoal Civil da União. (Vide Lei nº 6.228, de 1975) Parágrafo único. Haverá em cada Ministério um órgão de pessoal integrante do sistema de pessoal. Art. 116. Ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) incumbe: (Vide Lei nº 6.228, de 1975) I - Cuidar dos assuntos referentes ao pessoal civil da União, adotando medidas visando ao seu aprimoramento e maior eficiência. II - Submeter ao Presidente da República os projetos de regulamentos indispensáveis à execução das leis que dispõem sôbre a função pública e os servidores civis da União. III - Zelar pela observância dessas leis e regulamentos, orientando, coordenando e fiscalizando sua execução, e expedir normas gerais obrigatórias para todos os órgãos. IV - Estudar e propor sistema de classificação e de retribuição para o serviço civil administrando sua aplicação. V - Recrutar e selecionar candidatos para os órgãos da Administração Direta e autarquias, podendo delegar, sob sua orientação, fiscalização e contrôle a realização das provas o mais próximo possível das áreas de recrutamento. VI - Manter estatísticas atualizadas sôbre os servidores civis, inclusive os da Administração Indireta. VII - Zelar pela criteriosa aplicação dos princípios de administração de pessoal com vistas ao tratamento justo dos servidores civis, onde quer que se encontrem. VIII - Promover medidas visando ao bem-estar social dos servidores civis da União e ao aprimoramento das relações humanas no trabalho. IX - Manter articulação com as entidades nacionais e estrangeiras que se dedicam a estudos de administração de pessoal. X - Orientar, coordenar e superintender as medidas de aplicação imediata (Capítulo II, dêste Título). Art. 117. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil prestará às Comissões Técnicas do Poder Legislativo tôda cooperação que fôr solicitada. Parágrafo único. O Departamento deverá colaborar com o Ministério Público Federal nas causas que envolvam a aplicação da legislação do pessoal. Art. 118. Junto ao Departamento haverá o Conselho Federal de Administração de Pessoal, que funcionará como órgão de consulta e colaboração no concernente à política de pessoal do Govêrno e opinará na esfera

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administrativa, quando solicitado pelo Presidente da República ou pelo Diretor-Geral do DASP nos assuntos relativos à administração de pessoal civil, inclusive quando couber recurso de decisão dos Ministérios, na forma estabelecida em regulamento. Art. 119. O Conselho Federal de Administração de Pessoal será presidido pelo Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil e constituído de quatro membros, com mandato de três anos, nomeados pelo Presidente da República, sendo: dois funcionários, um da Administração Direta e outro da Indireta, ambos com mais de vinte anos de Serviço Público da União, com experiência em administração e relevante fôlha de serviços; um especialista em direito administrativo; e um elemento de reconhecida experiência no setor de atividade privada. § 1° O Conselho reunir-se-á ordinàriamente duas vêzes por mês e, extraordinàriamente, por convocação de seu presidente. § 2° O Conselho contará com o apoio do Departamento, ao qual ficarão afetos os estudos indispensáveis ao seu funcionamento e, bem assim, o desenvolvimento e a realização dos trabalhos compreendidos em sua área de competência. § 3º Ao Presidente e aos Membros do Conselho é vedada qualquer atividade político-partidária, sob pena de exoneração ou perda de mandato. Art. 120. O Departamento prestará tôda cooperação solicitada pelo Ministro responsável pela Reforma Administrativa. Art. 121. As medidas relacionadas com o recrutamento, seleção, aperfeiçoamento e administração do assessoramento superior da Administração Civil, de aperfeiçoamento de pessoal para o desempenho dos cargos em comissão e funções gratificadas a que se referem o art. 101 e seu inciso II (Título XI, Capítulo II) e de outras funções de supervisão ou especializadas, constituirão encargo de um Centro de Aperfeiçoamento, órgão autônomo vinculado ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil. (Vide Lei nº 6.228, de 1975) Parágrafo único. O Centro de Aperfeiçoamento promoverá direta ou indiretamente mediante convênio, acôrdo ou contrato, a execução das medidas de sua atribuição. CAPÍTULO IV DO ASSESSORAMENTO SUPERIOR DA ADMINISTRAÇÃO CIVIL Art. 122 O assessoramento superior da Administração Civil, integrado por funções de direção e assessoramento especializado dos órgãos Centrais dos Ministérios (art. 22) e do Departamento Administrativo do Pessoal Civil (art. 115) será atendido por titulares de cargos em comissão e por pessoal técnico especializado. Art. 122. O Assessoramento Superior da Administração Civil compreenderá determinadas funções de assessoramento aos Ministros de Estado, definidas por decreto e fixadas em número limitado para cada Ministério civil, observadas as respectivas peculiariedades de organização e funcionamento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Vide Lei nº 7.995, de 1990) § 1º As funções a que se refere êste artigo, caracterizadas pelo alto nível de especificidade, complexidade e responsabilidade, serão objeto de rigorosa individualização e a designação para o seu exercício sómente poderá recair em pessoas de comprovada idoneidade, cujas qualificações, capacidade e experiência específicas sejam examinadas, aferidas e certificadas por órgão

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próprio, na forma definida em regulamento. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 2º O exercício das atividades de que trata êste artigo revestirá a forma de locação de serviços regulada mediante contrato individual, em que se exigirá tempo integral e dedicação exclusiva, não se lhe aplicando o disposto no artigo 35 do Decreto-lei número 81, de 21 de dezembro de 1966, na redação dada pelo artigo 1º do Decreto-Iei número 177, de 16 de fevereiro de 1967. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 3º A prestação dos serviços a que alude êste artigo será retribuída segundo critério fixado em regulamento, tendo em vista a avaliação de cada função em face das respectivas especificações, e as condições vigentes no mercado de trabalho. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art . 123. Os cargos em comissão serão preenchidos por pessoas da Administração Direta ou Indireta ou do setor privado e as nomeações sòmente poderão recair naquelas de comprovada idoneidade e cujo currículo certifique a experiência requerida para o desempenho da função. Parágrafo único. Enquanto durar a comissão, o nomeado afastar-se-á de qualquer cargo ou função que desempenhe no Serviço Público ou no setor privado. Art. 123. O servidor público designado para as funções de que trata o artigo anterior ficará afastado do respectivo cargo ou emprêgo enquanto perdurar a prestação de serviços, deixando de receber o vencimento ou salário correspondente ao cargo ou emprego público. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. Poderá a designação para o exercício das funções referidas no artigo anterior recair em ocupante de função de confiança ou cargo em comissão diretamente subordinados ao Ministro de Estado, caso em que deixará de receber, durante o período de prestação das funções de assessoramento superior, o vencimento ou gratificação do cargo em comissão ou função de confiança. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 124. O pessoal técnico especializado destinado a funções de assessoramento superior da Administração Civil será recrutado no setor público e no setor privado, selecionado segundo critérios específicos, submetido a contínuo treinamento e aperfeiçoamento que assegurem o conhecimento e utilização das técnicas e instrumentos modernos de administração, e ficará sujeito ao regime da Legislação Trabalhista. § 1° A seleção de pessoal técnico especializado estará a cargo do Centro de Aperfeiçoamento (art. 121), em articulação com os Ministérios interessados. § 2º As admissões poderão ser realizadas para o desempenho das funções previstas em regulamento, o qual levará em conta a natureza da atividade e as peculiaridades dos serviços a atender e estabelecerá normas de conduta baseada em ética profissional. § 3º O regime salarial será estabelecido na regulamentação, em consonância com as funções a serem desempenhadas. § 4º O funcionário público admitido em função técnica especializada, no regime da legislação trabalhista, ficará afastado do cargo que ocupar, em caráter efetivo, enquanto perdurar aquela situação temporária, só contando o tempo de serviço correspondente para fins de promoção e aposentadoria. Art. 124. O disposto no presente capítulo poderá ser estendido, por decreto a

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funções da mesma natureza, vinculadas aos órgãos integrantes da Presidência da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 124. O disposto no presente Capítulo poderá ser estendido, por decreto, a funções da mesma natureza vinculadas aos Ministérios Militares e órgãos integrantes da Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº 6.720, de 1979) TíTULO XII DAS NORMAS RELATIVAS A LICITAÇÕES PARA COMPRAS, OBRAS, SERVIÇOS E ALIENAÇÕES (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 125. As licitações para compras, obras e serviços passam a reger-se, na Administração Direta e nas autarquias, pelas normas consubstanciadas neste Título e disposições complementares aprovadas em decreto. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 126. As compras, obras e serviços efetuar-se-ão com estrita observância do princípio da licitação. § 1° A licitação só será dispensada nos casos previstos nesta lei. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)§ 2º É dispensável a licitação: a) nos casos de guerra, grave perturbação da ordem ou calamidade pública; b) quando sua realização comprometer a segurança nacional a juízo do Presidente da República; c) quando não acudirem interessados à licitação anterior, mantidas neste caso, as condições preestabelecidas; d) na aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só podem ser fornecidos por produtor, emprêsa ou representante comercial exclusivos bem como na contratação de serviços com profissionais ou firmas de notória especialização; e) na aquisição de obras de arte e objetos históricos; f) quando a operação envolver concessionário de serviço público ou, exclusivamente, pessoas de direito público interno ou entidades sujeitas ao seu contrôle majoritário; g) na aquisição ou arrendamento de imóveis destinados ao Serviço Público; h) nos casos de emergência, caracterizada a urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízos ou comprometer a segurança de pessoas, obras, bens ou equipamentos; i) nas compras ou execução de obras e serviços de pequeno vulto, entendidos como tal os que envolverem importância inferior a cinco vêzes, no caso de compras, e serviços, e a cinqüenta vêzes, no caso de obras, o valor do maior salário-mínimo mensal. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) § 3° A utilização da faculdade contida na alínea h do parágrafo anterior deverá ser imediatamente objeto de justificação perante a autoridade superior, que julgará do acêrto da medida e, se fôr o caso, promoverá a responsabilidade do funcionário. Art . 127. São modalidades de licitação: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - A concorrência. II - A tomada de preços. III - O convite. § 1º Concorrência é a modalidade de licitação a que deve recorrer a

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Administração nos casos de compras, obras ou serviços de vulto, em que se admite a participação de qualquer licitante através de convocação da maior amplitude. § 2° Nas concorrências, haverá, obrigatòriamente uma fase inicial de habilitação preliminar destinada a comprovar a plena qualificação dos interessados para realização do fornecimento ou execução da obra ou serviço programados. § 3° Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados prèviamente registrados, observada a necessária habilitação. § 4° Convite é a modalidade de licitação entre interessados no ramo pertinente ao objeto da licitação, em número mínimo de três, escolhidos pela unidade administrativa, registrados ou não, e convocados por escrito com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis. § 5º Quando se tratar de compras ou serviços, cabe realizar concorrência se o seu vulto fôr igual ou superior a dez mil vêzes o valor do maior salário-mínimo mensal; tomada de preços, se inferior àquele valor e igual ou superior a cem vêzes o valor do maior salário-mínimo mensal; e convite, se inferior a cem vêzes o valor do maior salário-mínimo, observado o disposto na alínea i do § 2º do art. 126. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) § 6º Quando se tratar de obras, caberá realizar concorrência se o seu vulto fôr igual ou superior a quinze mil vêzes o valor do maior salário-mínimo mensal; tomada de preços, se inferior àquele valor e igual ou superior a quinhentas vêzes o valor do maior salário-mínimo mensal; convite, se inferior a quinhentas vêzes o valor do salário-mínimo mensal, observado o disposto na alínea i do § 2º do art. 126. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) § 7º Nos casos em que couber tomada de preços, a autoridade administrativa poderá preferir a concorrência, sempre que julgar conveniente. Art. 128. Para a realização de tomadas de preços, as unidades administrativas manterão registros cadastrais de habilitação de firmas periòdicamente atualizados e consoantes com as qualificações específicas estabelecidas em função da natureza e vulto dos fornecimentos, obras ou serviços. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) § 1° Serão fornecidos certificados de registro aos interessados inscritos. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) § 2º As unidades administrativas que incidentalmente não disponham de registro cadastral poderão socorrer-se do de outra. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) Art. 129. A publicidade das licitações será assegurada: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - No caso de concorrência, mediante publicação, em órgão oficial e na imprensa diária, com antecedência mínima de trinta dias, de notícia resumida de sua abertura, com indicação do local em que os interessados poderão obter o edital e tôdas as informações necessárias. II - No caso de tomada de preços, mediante afixação de edital, com antecedência mínima de quinze dias, em local acessível aos interessados e comunicação às entidades de classe, que os representem. Parágrafo único. A Administração poderá utilizar outros meios de informação ao seu alcance para maior divulgação das licitações, com o objetivo de ampliar a área de competição.

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Art. 130. No edital indicar-se-á, com antecedência prevista, pelo menos: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - Dia, hora e local. II - Quem receberá as propostas. III - Condições de apresentação de propostas e da participação na licitação. IV - Critério de julgamento das propostas. V - Descrição sucinta e precisa da licitação. VI - Local em que serão prestadas informações e fornecidas plantas, instruções, especificações e outros elementos necessários ao perfeito conhecimento do objeto da licitação. VII - Prazo máximo para cumprimento do objeto da licitação. VIII - Natureza da garantia, quando exigida. Parágrafo único - O prazo de que trata o item VII será contado em dias úteis.(Incluído pela Lei nº 6.457, de 1977) Art. 131. Na habilitação às licitações, exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa: (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) I - À personalidade jurídica. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) II - À capacidade técnica. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) III - À idoneidade financeira. (Revogado pela Lei nº 6.946, de 1981) Art. 132. As licitações para obras ou serviços admitirão os seguintes regimes de execução: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - Empreitada por preço global. II - Empreitada por preço unitário. III - Administração contratada. Art. 133. Na fixação de critérios para julgamento das licitações levar-se-ão em conta, no interêsse do serviço público, as condições de qualidade, rendimento, preços, condições de pagamento, prazos e outras pertinentes estabelecidas no edital. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Parágrafo único. Será obrigatória a justificação escrita da autoridade competente, sempre que não fôr escolhida a proposta de menor preço. Art . 134. As obrigações, decorrentes de licitação ultimada, constarão de: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - Contrato bilateral, obrigatório nos casos de concorrência e facultativo nos demais casos, a critério da autoridade administrativa. II - Outros documentos hábeis, tais como cartas-contratos, empenho de despesas, autorizações de compra e ordens de execução de serviço. § 1º Será fornecida aos interessados, sempre que possível, a minuta do futuro contrato. § 2° Será facultado a qualquer participante da licitação o conhecimento dos têrmos do contrato celebrado. Art . 135. Será facultativa, a critério da autoridade competente, a exigência de prestação de garantia por parte dos licitantes segundo as seguintes modalidades: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - Caução em dinheiro, em títulos da dívida pública ou fideijussória. II - Fiança bancária. III - Seguro-garantia. Art. 136. Os fornecedores ou executantes de obras ou serviços estarão sujeitos às seguintes penalidades: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) I - Multa, prevista nas condições de licitação.

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II - Suspensão do direito de licitar, pelo prazo que a autoridade competente fixar, segundo a gradação que fôr estipulada em função da natureza da falta. II - Declaração de inidoneidade para licitar na Administração Federal. Parágrafo único. A declaração de inidoneidade será publicada no órgão oficial. Art. 137. Os recursos admissíveis em qualquer fase da licitação ou da execução serão definidos em regulamento. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 138. É facultado à autoridade imediatamente superior àquela que proceder à licitação anulá-la por sua própria iniciativa. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 139. A licitação só será iniciada após definição suficiente do seu objeto e, se referente a obras, quando houver anteprojeto e especificações bastantes para perfeito entendimento da obra a realizar.(Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Parágrafo único. O disposto na parte final dêste artigo não se aplicará quando a licitação versar sôbre taxa única de redução ou acréscimo dos preços unitários objeto de Tabela de Preços oficial. Art. 140. A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 141. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral e o julgamento das concorrências e tomadas de preços deverão ser confiados a comissão de, pelo menos, três membros. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 142. As licitações de âmbito internacional ajustar-se-ão às diretrizes estabelecidas pelos órgãos responsáveis pela política monetária e pela política de comércio exterior. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 143. As disposições dêste Título aplicam-se, no que couber, às alienações, admitindo-se o leilão, neste caso, entre as modalidades de licitação. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) Art. 144. A elaboração de projetos poderá ser objeto de concurso, com estipulações de prêmios aos concorrentes classificados, obedecidas as condições que se fixarem em regulamento. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986) TíTULO XIII DA REFORMA ADMINISTRATIVA Art. 145. A Administração Federal será objeto de uma reforma de profundidade para ajustá-la às disposições da presente lei e, especialmente, às diretrizes e princípios fundamentais enunciados no Título II, tendo-se como revogadas, por fôrça desta lei, e à medida que sejam expedidos os atos a que se refere o art. 146, parágrafo único, alínea b , as disposições legais que forem com ela colidentes ou incompatíveis. Parágrafo único. A aplicação da presente lei deverá objetivar, prioritàriamente, a execução ordenada dos serviços da Administração Federal, segundo os princípios nela enunciados e com apoio na instrumentação básica adotada, não devendo haver solução de continuidade. Art. 146. A Reforma Administrativa, iniciada com esta lei, será realizada por etapas, à medida que se forem ultimando as providências necessárias à sua execução.

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Parágrafo único. Para os fins dêste artigo, o Poder Executivo: Parágrafo único. Para os fins dêste artigo, o Poder Executivo: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) a) promoverá o levantamento das leis, decretos e atos regulamentares que disponham sôbre a estruturação, funcionamento e competência dos órgãos da Administração Federal, com o propósito de ajustá-los às disposições desta Lei; b) obedecidas as diretrizes, princípios fundamentais e demais disposições da presente lei e respeitado o disposto na Constituição Federal quando à competência do Poder Legislativo, expedirá progressivamente os atos de reorganização, reestruturação, lotação, definição de competência, revisão de funcionamento e outros necessários à efetiva implantação da reforma; b) obedecidas as diretrizes, princípios fundamentais e demais disposições da presente lei expedirá progressivamente os atos de reorganização, reestruturação lotação, definição de competência, revisão de funcionamento e outros necessários a efetiva implantação da reforma. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) c) proporá ao Congresso Nacional as medidas complementares de natureza legislativa que se fizerem necessárias. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art . 147. A orientação, coordenação e supervisão das providências de que trata êste Título ficarão a cargo do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, podendo, entretanto, ser atribuídas a um Ministro Extraordinário para a Reforma Administrativa, caso em que a êste caberão os assuntos de organização administrativa. Art. 148. Para atender às despesas decorrentes de execução da Reforma Administrativa, fica autorizada a abertura pelo Ministério da Fazenda do crédito especial de NCr$20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros novos), com vigência nos exercícios de 1967 a 1968. § 1º Os recursos do crédito aberto neste artigo incorporar-se-ão ao "Fundo de Reforma Administrativa", que poderá receber doações e contribuições destinadas ao aprimoramento da Administração Federal. § 2° O Fundo de Reforma Administrativa, cuja utilização será disciplinada em regulamento, será administrado por um órgão temporário de implantação da Reforma Administrativa, que funcionará junto ao Ministro responsável pela Reforma Administrativa. Art. 149. Na implantação da reforma programada, inicialmente, a organização dos novos Ministérios e bem assim, prioritàriamente, a instalação dos Órgãos Centrais, a começar pelos de planejamento, coordenação e de contrôle financeiro (art. 22, item I) e pelos órgãos centrais dos sistemas (art. 31). Art. 150. Até que os quadros de funcionários sejam ajustados à Reforma Administrativa, o pessoal que os integra, sem prejuízo de sua situação funcional para os efeitos legais, continuará a servir nos órgãos em que estiver lotado, podendo passar a ter exercício, mediante requisição, nos órgãos resultantes de desdobramento ou criados em virtude da presente lei. Art. 151. O Ministro responsável pela Reforma Administrativa terá, também, as seguintes missões: I - Orientar e coordenar os estudos de que trata o Título XI, Capítulo I (Normas Gerais). (Revogado pela Lei nº 5.843, de 1972) II - Orientar e coordenar a revisão das lotações das unidades administrativas.

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III - Orientar e coordenar as providências concernentes ao pessoal ocioso. IV - Superintender os estudos que devem ser realizados para constituição, em bases definitivas, do Assessoramento Superior da Administração Civil. Parágrafo único. O Ministro responsável pela Reforma Administrativa contará com a estreita cooperação do Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP). (Revogado pela Lei nº 5.843, de 1972) Art. 152. A finalidade e as atribuições dos órgãos da Administração Direta regularão o estabelecimento das respectivas estruturas e lotações de pessoal. Art. 153. Para implantação da Reforma Administrativa poderão ser ajustados estudos e trabalhos técnicos a serem realizados por pessoas físicas ou jurídicas, nos têrmos das normas que se estabelecerem em decreto. Art . 154. Os decretos e regulamentos expedidos para execução da presente lei disporão sôbre a subordinação e vinculação de órgãos e entidades aos diversos Ministérios, em harmonia com a área de competência dêstes, disciplinando a transferência de repartições e órgãos. TíTULO XIV DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE COORDENAÇÃO CAPÍTULO I DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Art . 155. O Poder Executivo poderá atribuir a um Ministro Extraordinário para Ciência e Tecnologia a missão de coordenar iniciativas e providências que contribuam ao estímulo e intensificação das atividades nesse setor, visando ao progresso do País e sua maior participação nos resultados alcançados no plano internacional. § 1° A missão atribuída ao Ministro Extraordinário terá a duração que fôr determinada pelo Presidente da República, vinculando-se ao referido Ministro, nesse período, o Conselho Nacional de Pesquisas, a Comissão Nacional de Energia Nuclear e os órgãos de atividades espaciais.(Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 2° A função do Ministro Extraordinário será principalmente de coordenação e estímulo. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 155. As iniciativas e providências que contribuem para o estímulo e intensificação das atividades de ciência e tecnologia, serão objeto de coordenação com o propósito de acelerar o desenvolvimento nacional através da crescente participação do País no progresso científico e tecnológico. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) CAPÍTULO II DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE Art . 156. A formulação e Coordenação da política nacional de saúde, em âmbito nacional e regional, caberá ao Ministério da Saúde. § 1º Com o objetivo de melhor aproveitar recursos e meios disponíveis e de obter maior produtividade, visando a proporcionar efetiva assistência médico-social à comunidade, promoverá o Ministério da Saúde a coordenação, no âmbito regional das atividades de assistência médico-social, de modo a entrosar as desempenhadas por órgãos federais, estaduais, municipais, do Distrito Federal, dos Territórios e das entidades do setor privado. § 2º Na prestação da assistência médica dar-se-á preferência à celebração de convênios com entidades públicas e privadas, existentes na comunidade.

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§ 3º A assistência médica da Previdência Social, prestada sob a jurisdição do Ministério do Trabalho e Previdência Social, obedecerá, no âmbito nacional e regional, à política nacional de saúde. (Revogado pela Lei nº 6.118, de 1974) CAPÍTULO III DO ABASTECIMENTO NACIONAL Art. 157. O Govêrno poderá atribuir a responsabilidade pela política nacional de abastecimento e sua execução ao Ministro de Estado da Agricultura, ao qual ficará vinculada a Superintendência Nacional do Abastecimento (SUNAB) ou a um Ministro Extraordinário, caso em que a SUNAB a êste estará vinculada. Parágrafo único. Em qualquer das hipóteses, o Ministro contará com o assessoramento de uma Comissão para coordenação da política nacional de abastecimento e articulação com os interessados, por êle presidida, integrada por representantes de Ministérios e pelo Superintendente da SUNAB, que será o Secretário-Executivo da Comissão. Art. 157. As medidas relacionadas com a formulação e execução da política nacional do abastecimento serão objeto de coordenação na forma estabelecida em decreto. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 158. Se não considerar oportunas as medidas consubstanciadas no artigo anterior, o Govêrno poderá atribuir a formulação e coordenação da política nacional do abastecimento a uma Comissão Nacional de Abastecimento, órgão interministerial, cuja composição, atribuições e funcionamento serão fixados por decreto e que contará com o apoio da Superintendência Nacional do Abastecimento. Art. 159. Fica extinto o Conselho Deliberativo da Superintendência Nacional do Abastecimento, de que trata a Lei Delegada n° 5, de 26 de setembro de 1962. Art. 160. A Superintendência Nacional do Abastecimento ultimará, no mais breve prazo, a assinatura de convênios com os Estados, Prefeitura do Distrito Federal e Territórios com o objetivo de transferir-lhes os encargos de fiscalização atribuídos àquela Superintendência. CAPÍTULO IV DA INTEGRAÇÃO DOS TRANSPORTES Art. 161. Ficam extintos os Conselhos Setoriais de Transportes que atualmente funcionam junto às autarquias do Ministério da Viação e Obras Públicas, sendo as respectivas funções absorvidas pelo Conselho Nacional de Transportes, cujas atribuições, organização e funcionamento serão regulados em decreto. (Expressão substituída pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 162. Tendo em vista a integração em geral dos transportes, a coordenação entre os Ministérios da Aeronáutica e dos Transportes será assegurada pelo Conselho Nacional de Transportes que se pronunciará obrigatòriamente quanto aos assuntos econômico-financeiros da aviação comercial e, em particular, sôbre: a) concessão de linhas, tanto nacionais como no exterior; b) tarifas; c) subvenções; d) salários (de acôrdo com a política salarial do Govêrno). Art. 163. O Conselho será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e dêle participará, como representante do Ministério da Aeronáutica, o chefe do órgão encarregado dos assuntos da aeronáutica civil.

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Art. 164. O Poder Executivo, se julgar conveniente, poderá formular a integração no Ministério dos Transportes, das atividades concernentes à aviação comercial, compreendendo linhas aéreas regulares, subvenções e tarifas, permanecendo sob a competência da Aeronáutica Militar as demais atribuições constantes do item IV e as do item V do Parágrafo único do art. 63 e as relativas ao contrôle de pessoal e das aeronaves. § 1° A integração poderá operar-se gradualmente, celebrando-se, quando necessário, convênios entre os dois Ministérios. § 2° Promover-se-á, em conseqüência, o ajuste das atribuições cometidas ao Conselho Nacional de Transportes nesse particular. CAPÍTULO V DAS COMUNICAÇÕES Art. 165. O Conselho Nacional de Telecomunicações, cujas atribuições, organização e funcionamento serão objeto de regulamentação pelo Poder Executivo, passará a integrar, como órgão normativo, de consulta, orientação e elaboração da política nacional de telecomunicações, a estrutura do Ministério das Comunicações, logo que êste se instale, e terá a seguinte composição: I - Presidente, o Secretário-Geral do Ministério das Comunicações; II - Representante do Estado-Maior das Fôrças Armadas. II - Representante do maior partido de oposição no CONGRESSO NACIONAL; (Redação dada pela Lei nº 5.396, de 1968) III - Representante do Ministério da Educação e Cultura. IV - Representante do Ministério da Justiça. V - Representante do Ministério do Interior. V - Representante do maior partido que apóia o Govêrno no CONGRESSO NACIONAL; (Redação dada pela Lei nº 5.396, de 1968) VI - Representante do Ministério da Indústria e Comércio. VII - Representante dos Correios e Telégrafos. VIII - Representante do Departamento Nacional de Telecomunicações. IX - Representante da Emprêsa Brasileira de Telecomunicações. X - Representante das Emprêsas Concessionárias de Serviços de Telecomunicações. XI - Representante do Ministério da Marinha; (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968) XII - Representante do Ministério do Exército; (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968) XIII - Representante do Ministério da Aeronáutica. (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968) Parágrafo único. O Departamento Nacional de Telecomunicações passa a integrar, como Órgão Central (art. 22, inciso II), o Ministério das Comunicações. Art. 166. A exploração dos troncos interurbanos, a cargo da Emprêsa Brasileira de Telecomunicações, poderá, conforme as conveniências econômicas e técnicas do serviço, ser feita diretamente ou mediante contrato, delegação ou convênio. Parágrafo único. A Empresa Brasileira de Telecomunicações poderá ser acionista de qualquer das emprêsas com que tiver tráfego-mútuo. Art. 167. Fica o Poder Executivo autorizado a transformar o Departamento dos Correios e Telégrafos em entidade de Administração Indireta, vinculada ao Ministério das Comunicações. (Vide Decreto-Lei nº 509, de 20.3.1969)

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CAPÍTULO VI DA INTEGRAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS Art. 168. O Poder Executivo promoverá estudos visando à criação do Ministério das Fôrças Armadas para oportuno encaminhamento do projeto de lei ao Congresso Nacional. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 169. Como medida preparatória e preliminar à criação do Ministério, a garantia da mais perfeita integração das Fôrças Armadas e a coordenação de suas atividades poderão ser asseguradas na forma dos arts. 36, 37 e parágrafo único e 50 da presente Lei. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) TíTULO XV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Art. 170. O Presidente da República, por motivo relevante de interêsse público, poderá avocar e decidir qualquer assunto na esfera da Administração Federal. Art. 171. A Administração dos Territórios Federais, vinculados ao Ministério do Interior, exercer-se-á através de programas plurianuais, concordantes em objetivos e etapas com os planos gerais do Govêrno Federal. Art. 172. O Poder Executivo assegurará autonomia administrativa e financeira, no grau conveniente, aos serviços, institutos e estabelecimento incumbidos da supervisão ou execução de atividades de pesquisa ou ensino, de caráter industrial, e de outras que, por sua natureza especial, exijam tratamento diverso do aplicável aos demais órgãos de Administração Direta, observada, em qualquer caso, a supervisão ministerial. Parágrafo único. Os órgãos a que se refere êste artigo terão a denominação genérica de Órgãos Autônomos. Art. 172. O Poder Executivo assegurará autonomia administrativa e financeira, no grau conveniente aos serviços, institutos e estabelecimentos incumbidos da execução de atividades de pesquisa ou ensino ou de caráter industrial, comercial ou agrícola, que por suas peculiaridades de organização e funcionamento, exijam tratamento diverso do aplicável aos demais órgãos da administração direta, observada sempre a supervisão ministerial. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 1º Os órgãos a que se refere êste artigo terão a denominação genérica de Órgãos Autônomos. (Renumerado do Parágrafo Único pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 2º Nos casos de concessão de autonomia financeira, fica o Poder Executivo autorizado a instituir fundos especiais de natureza contábil, a cujo crédito se levarão todos os recursos vinculados às atividades do órgão autônomo, orçamentários e extra-orçamentários, inclusive a receita própria. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 173. Os atos de provimento de cargos públicos ou que determinarem sua vacância assim como os referentes a pensões, aposentadorias e reformas, serão assinados pelo Presidente da República ou, mediante delegação dêste, pelos Ministros de Estado, conforme se dispuser em regulamento. Art. 174. Os atos expedidos pelo Presidente da República ou Ministros de Estado, quando se referirem a assuntos da mesma natureza, poderão ser objeto

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de um só instrumento, e o órgão administrativo competente expedirá os atos complementares ou apostilas. Art . 175. Para cada órgão da Administração Federal, haverá prazo fixado em regulamento para as autoridades administrativas exigirem das partes o que se fizer necessário à instrução de seus pedidos. § 1º As partes serão obrigatòriamente notificadas das exigências, por via postal, sob registro, ou por outra forma de comunicação direta. § 2º Satisfeitas as exigências, a autoridade administrativa decidirá o assunto no prazo fixado pelo regulamento, sob pena de responsabilização funcional. Art. 176. Ressalvados os assuntos de caráter sigiloso, os órgãos do Serviço Público estão obrigados a responder às consultas feitas por qualquer cidadão, desde que relacionadas com seus legítimos interêsses e pertinentes a assuntos específicos da repartição. Parágrafo único. Os chefes de serviço e os servidores serão solidàriamente responsáveis pela efetivação de respostas em tempo oportuno. Art . 177. Os conselhos, comissões e outros órgãos colegiados que contarem com a representação de grupos ou classes econômicas diretamente interessados nos assuntos de sua competência, terão funções exclusivamente de consulta, coordenação e assessoramento, sempre que àquela representação corresponda um número de votos superior a um têrço do total. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os órgãos incumbidos do julgamento de litígios fiscais e os legalmente competentes para exercer atribuições normativas e decisórias relacionadas com os impostos de importação e exportação, e medidas cambiais correlatas. Art. 178. As autarquias, emprêsas ou sociedades em que a União detenha a maioria ou a totalidade do capital votante e que acusem a ocorrência de prejuízo continuado, poderão ser liquidadas ou incorporadas a outras entidades por ato do Poder Executivo, respeitados os direitos assegurados aos eventuais acionistas minoritários, se houver, nas leis e atos constitutivos de cada entidade. Art. 178. As autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da Administração Federal Indireta, bem assim as fundações criadas pela União ou mantidas com recursos federais, sob supervisão ministerial, e as demais sociedades sob o controle direto ou indireto da União, que acusem a ocorrência de prejuízos, estejam inativas, desenvolvam atividades já atendidas satisfatoriamente pela iniciativa privada ou não previstas no objeto social, poderão ser dissolvidas ou incorporadas a outras entidades, a critério e por ato do Poder Executivo, resguardados os direitos assegurados, aos eventuais acionistas minoritários, nas leis e atos constitutivos de cada entidade.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.299, de 1986) Art . 179. Observado o disposto no art. 13 da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral atualizará, sempre que se fizer necessário, o esquema de discriminação ou especificação dos elementos da despesa orçamentária. Art . 180. As atribuições previstas nos arts. 111 a 113, da Lei número 4.320, de 17 de março de 1964, passam para a competência do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral. Art . 181. Para os fins do Título XIII desta Lei, poderá o Poder Executivo: I - Alterar a denominação de cargos em comissão.

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II - Reclassificar cargos em comissão, respeitada a tabela de símbolos em vigor. III - Transformar funções gratificadas em cargos em comissão, na forma da lei. IV - Declarar extintos os cargos em comissão que não tiverem sido mantidos, alterados ou reclassificados até 31 de dezembro de 1968. Art . 182. Nos casos dos incisos II e III do art. 5º e no do inciso I do mesmo artigo, quando se tratar de serviços industriais, o regime de pessoal será o da Consolidação das Leis do Trabalho; nos demais casos, o regime jurídico do pessoal será fixado pelo Poder Executivo. Art . 183. As entidades e organizações em geral, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, que recebem contribuições para fiscais e prestam serviços de interêsse público ou social, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos têrmos e condições estabelecidas na legislação pertinente a cada uma. Art. 184. Não haverá, tanto em virtude da presente lei como em sua decorrência, aumento de pessoal nos quadros de funcionários civis e nos das Fôrças Armadas. Art. 185. Incluem-se na responsabilidade do Ministério da Indústria e do Comércio a supervisão dos assuntos concernentes à indústria siderúrgica, à indústria petroquímica, à indústria automobilística, à indústria naval e à indústria aeronáutica. Art. 186. A Taxa de Marinha Mercante, destinada a proporcionar à, frota mercante brasileira melhores condições de operação e expansão, será administrada pelo Órgão do Ministério dos Transportes, responsável pela navegação marítima e interior. Art. 187. A Coordenação do Desenvolvimento de Brasília (CODEBRÁS) passa a vincular-se ao Ministro responsável pela Reforma Administrativa. Art. 188. Tôda pessoa natural ou jurídica - em particular, o detentor de qualquer cargo público - é responsável pela Segurança Nacional, nos limites definidos em lei. Em virtude de sua natureza ou da pessoa do detentor, não há cargo, civil ou militar, específico de segurança nacional, com exceção dos previstos em órgãos próprios do Conselho de Segurança Nacional. § 1º Na Administração Federal, os cargos públicos civis, de provimento em comissão ou em caráter efetivo, as funções de pessoal temporário, de obras e os demais empregos sujeitos à legislação trabalhista, podem ser exercidos por qualquer pessoa que satisfaça os requisitos legais. § 2º Cargo militar é aquêle que, de conformidade com as disposições legais ou quadros de efetivos das Fôrças Armadas, só pode ser exercida por militar em serviço ativo. CAPÍTULO II DOS BANCOS OFICIAIS DE CRÉDITO Art. 189. Sem prejuízo de sua subordinação técnica à autoridade monetária nacional, os estabelecimentos oficiais de crédito manterão a seguinte vinculação: I - Ministério da Fazenda - Banco Central da República (Vide Decreto-Lei nº 278, de 28.2.1967) - Banco do Brasil - Caixas Econômicas Federais II - Ministério da Agricultura - Banco Nacional do Crédito Cooperativo (Vide Decreto nº 99.192, de 1990)

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III - Ministério do Interior - Banco de Crédito da Amazônia - Banco do Nordeste do Brasil - Banco Nacional da Habitação (Vide Del 2.291, de 21.11.1986) IV - Ministério do Planejamento e Coordenação Geral - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico. CAPÍTULO III DA PESQUISA ECONÔMICO-SOCIAL APLICADA E DO FINANCIAMENTO DE PROJETOS Art. 190. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, sob a forma de fundação, o Instituto de Pesquisa Econômico-Social Aplicada (IPEA), com a finalidade de elaborar estudos, pesquisas e análises requeridos pela programação econômico-social de interêsse imediato do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e, quando se impuser, os dos demais Ministérios, e que se regerá por estatutos aprovados por decreto do Presidente da República. (Vide Decreto nº 64.016, de 22.1.1969) § 1° O Instituto, vinculado ao Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, gozará de autonomia administrativa e financeira e adquirirá personalidade jurídica a partir da inscrição, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, do seu ato constitutivo, com o qual serão apresentados os estatutos e o decreto que os aprovar. § 2° A União será representada nos atos de instituição da entidade pelo Ministro de Estado do Planejamento e Coordenação Geral. § 3° O Instituto manterá intercâmbio com entidades de ensino, estudo e pesquisa nacionais e estrangeiras, interessadas em assuntos econômicos e sociais. § 4º O patrimônio do Instituto será constituído: a) pelas dotações orçamentárias e subvenções da União; b) pelas doações e contribuições de pessoas de direito público e de direito privado; c) pelas rendas eventuais, inclusive as resultantes da prestação de serviços; d) pelo acervo do Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada, do Gabinete do Ministro Extraordinário para o Planejamento e Coordenação Econômica. Art. 190. É o Poder Executivo autorizado a instituir, sob a forma de fundação, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a finalidade de auxiliar o Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento na elaboração e no acompanhamento da política econômica e promover atividade de pesquisa econômica aplicada nas áreas fiscal, financeira, externa e de desenvolvimento setorial. (Redação dada pela Lei nº 8.029, de 1990) Parágrafo único. O instituto vincular-se-á ao Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento. (Redação dada pela Lei nº 8.029, de 1990) Art. 191. Fica o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral autorizado, se o Govêrno julgar conveniente, a incorporar as funções de financiamento de estudo e elaboração de projetos e de programas do desenvolvimento econômico, presentemente afetos ao Fundo de Financiamento de Estudos e Projetos (FINEP), criado pelo Decreto nº 55.82O, de 8 de março de 1965, constituindo para êsse fim uma emprêsa pública, cujos estatutos serão aprovados por decreto, e que exercerá tôdas as atividades correlatadas de financiamento de projetos e programas e de prestação de assistência técnica essenciais ao planejamento

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econômico e social, podendo receber doações e contribuições e contrair empréstimos de fontes internas e externas. CAPÍTULO IV DOS SERVIÇOS GERAIS Art. 192. O Sistema de Serviços Gerais, abrangendo a administração patrimonial, a de edifícios e instalações e a de material, compreende: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) I - Órgão Central Normativo: Secretaria Geral, do Ministério da Fazenda. II - Órgãos Setoriais: Departamento de Administração dos Ministério Civis e órgãos equivalentes dos Ministérios Militares. III - Órgão Operacional: Departamento de Serviços Gerais, criado pela presente Lei, e subordinado ao Ministério da Fazenda. Art. 193. Os Serviços Gerais regem-se pelas leis e regulamentos, e pelas normas que, para sua complementação, forem expedidas pelo órgão central do sistema. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) § 1º A atividade normativa será centralizada na Secretaria Geral, do Ministério da Fazenda, com apoio no Departamento de Serviços Gerais do mesmo Ministério. § 2° A administração e gestão das atividades de serviços gerais serão descentralizadas pelos Ministérios, onde serão disciplinadas segundo as peculiaridades de cada um, observadas as normas que vigorarem. Art . 194. Constituem atribuições principais do Departamento de Serviços Gerais, no que respeita aos órgãos da Administração Direta do Serviço Público Federal: (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) I - Quanto à Administração Patrimonial: a) organização do cadastro dos bens imóveis da União, contendo elementos que permitam sua identificação e contabilização pela Inspetoria Geral de Finanças do Ministério da Fazenda e órgãos equivalentes dos Ministérios; b) elaboração de normas para aquisição, alienação, arrendamento e cessão de imóveis; c) elaboração de normas para arrecadação das rendas provenientes do patrimônio imobiliário da União; d) elaboração de normas de fiscalização e inspeção de bens imóveis e verificação de seu emprêgo e utilização. II - Quanto à Administração de Edifícios e Instalações: a) preparo de um programa geral, e seu desdobramento em etapas, para conveniente instalação de serviços federais, de natureza administrativa, no território nacional; b) estudo de normas para implementação, pelos Ministérios, do programa que fôr aprovado pelo Govêrno; c) estudo de normas para administração dos edifícios e instalações; d) elaboração de padrões de conservação e manutenção de bens e equipamentos; e) fiscalização das medidas aprovadas. III - Quanto à Administração de Material: a) estudos de classificação, especificação e do catálogo de material de uso comum, em colaboração com os setores técnicos interessados, do serviço público e do setor privado, para aprovação do Govêrno; b) realização das compras que o Govêrno julgue conveniente centralizar;

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c) elaboração de normas de recuperação e redistribuição de material; d) elaboração de normas de alienação de material considerado desnecessário. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 195. A alienação de bens da União dependerá de autorização em decreto e será sempre precedida de parecer do Departamento de Serviços Gerais do Ministério da Fazenda, quanto à sua oportunidade e conveniência. Parágrafo único. A alienação ocorrerá quando não houver interêsse econômico e social em manter o imóvel no domínio da União, nem inconveniente quanto à defesa nacional no desaparecimento do vínculo da propriedade. Art. 195. A alienação de bens imóveis da União dependerá de autorização em decreto e será sempre precedida de parecer do órgão próprio responsável pelo patrimônio da União, quanto à sua oportunidade e conveniência. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Revogado pela Lei nº 9.636, de 1998) Art. 196. Com a instalação do Departamento de Serviços Gerais, ficarão extintos o Serviço do Patrimônio da União e o Departamento Federal de Compras, do Ministério da Fazenda, e a Divisão de Edifícios Públicos, do DASP, cujos acervos, pessoal e recursos são transferidos para o nôvo Departamento. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 197. O Departamento de Serviços Gerais atuará diretamente ou através de convênios e ajustes que celebrar, ou de agentes autorizados. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) CAPÍTULO V DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Art. 198. Levando em conta as peculiaridades do Ministério das Relações Exteriores, o Poder Executivo adotará a estrutura orgânica e funcional estabelecida pela presente Lei, e, no que couber, o disposto no seu Título XI. CAPÍTULO VI DOS NOVOS MINISTÉRIOS E DOS CARGOS Art. 199. Ficam criados: I - O Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, com absorção dos órgãos subordinados ao Ministro Extraordinário para o Planejamento e Coordenação Econômica. (Revogado pela Lei nº 6.036, de 1974) II - O Ministério do Interior, com absorção dos órgãos subordinados ao Ministro Extraordinário para Coordenação dos Organismos Regionais. III - O Ministério das Comunicações, que absorverá o Conselho Nacional de Telecomunicações, o Departamento Nacional de Telecomunicações e o Departamento dos Correios e Telégrafos. (Vide Decreto-Lei nº 509, de 20.3.1969) Art. 200. O Ministério da Justiça e Negócios Interiores passa a denominar-se Ministério da Justiça. Art. 201. O Ministério da Viação e Obras Públicas passa a denominar-se Ministério dos Transportes. Art. 202. O Ministério da Guerra passa a denominar-se Ministério do Exército. Art. 203. O Poder Executivo expedirá os atos necessários à efetivação do disposto no Artigo 199, observadas as normas da presente Lei. Art. 204. Fica alterada a denominação dos cargos de Ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores, Ministro de Estado da Viação e Obras Públicas e Ministro de Estado da Guerra, para, respectivamente, Ministro de Estado da Justiça, Ministro de Estado dos Transportes e Ministro de Estado do Exército.

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Art. 205. Ficam criados os seguintes cargos: I - Ministros de Estado do Interior, das Comunicações e do Planejamento e Coordenação Geral. II - Em comissão: a) Em cada Ministério Civil, Secretário-Geral, e Inspetor-Geral de Finanças. b) Consultor Jurídico, em cada um dos Ministérios seguintes: Interior, Comunicações, Minas e Energia, e Planejamento e Coordenação Geral. c) Diretor do Centro de Aperfeiçoamento, no Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP). d) Diretor-Geral do Departamento dos Serviços Gerais, no Ministério da Fazenda. Parágrafo único. À medida que se forem vagando, os cargos de Consultor Jurídico atualmente providos em caráter efetivo passarão a sê-lo em comissão. Art. 206. Ficam fixados da seguinte forma os vencimentos dos cargos criados no Art. 205: I - Ministro de Estado: igual aos dos Ministros de Estado existentes. II - Secretário-Geral e Inspetor-Geral de Finanças: Símbolo 1-C. III - Consultor Jurídico: igual ao dos Consultores Jurídicos dos Ministérios existentes. IV - Diretor do Centro de Aperfeiçoamento: Símbolo 2-C. V - Diretor -Geral do Departamento de Serviços Gerais: Símbolo 1-C. Parágrafo único. O cargo de Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), Símbolo 1-C, passa a denominar-se Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), Símbolo 1-C. Art. 207. Os Ministros de Estado Extraordinários instituídos no Artigo 37 desta Lei terão o mesmo vencimento, vantagens e prerrogativas dos demais Ministros de Estado. Art . 208. Os Ministros de Estado, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República e o Chefe do Serviço Nacional de Informações perceberão uma representação mensal correspondente a 50% (cinqüenta por cento) dos vencimentos. Parágrafo único. Os Secretários-Gerais perceberão idêntica representação mensal correspondente a 30% (trinta por cento) dos seus vencimentos. TíTULO XVI DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 209. Enquanto não forem expedidos os respectivos regulamentos e estruturados seus serviços, o Ministério do Interior, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério das Comunicações ficarão sujeitos ao regime de trabalho pertinente aos Ministérios Extraordinários que antecederam os dois primeiros daqueles Ministérios no que concerne ao pessoal, à execução de serviços e à movimentação de recursos financeiros. Parágrafo único. O Poder Executivo expedirá decreto para consolidar as disposições regulamentares que em caráter transitório, deverão prevalecer. Art. 210. O atual Departamento Federal de Segurança Pública passa a denominar-se Departamento de Polícia Federal, considerando-se automàticamente substituída por esta denominação a menção à anterior constante de quaisquer leis ou regulamentos. Art. 211. O Poder Executivo introduzirá, nas normas que disciplinam a estruturação e funcionamento das entidades da Administração Indireta, as

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alterações que se fizerem necessárias à efetivação do disposto na presente Lei, considerando-se revogadas tôdas as disposições legais colidentes com as diretrizes nela expressamente consignadas. Art. 212. O atual Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) é transformado em Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), com as atribuições que, em matéria de administração de pessoal, são atribuídas pela presente Lei ao nôvo órgão. (Vide Lei nº 6.228, de 15.7.1975) Art. 213. Fica o Poder Executivo autorizado, dentro dos limites dos respectivos créditos, a expedir decretos relativos às transferências que se fizerem necessárias de dotações do orçamento ou de créditos adicionais requeridos pela execução da presente Lei. TíTULO XVII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 214. Esta Lei entrará em vigor em 15 de março de 1967, observado o disposto nos parágrafos do presente artigo e ressalvadas as disposições cuja vigência, na data da publicação, seja por ela expressamente determinada. § 1º Até a instalação dos órgãos centrais incumbidos da administração financeira, contabilidade e auditoria, em cada Ministério (art. 22), serão enviados ao Tribunal de Contas, para o exercício da auditoria financeira: a) pela Comissão de Programação Financeira do Ministério da Fazenda, os atos relativos à programação financeira de desembôlso; b) pela Contadoria Geral da República e pelas Contadorias Seccionais, os balancetes de receita e despesa; c) pelas repartições competentes, o rol de responsáveis pela guarda de bens, dinheiros e valôres públicos e as respectivas tomadas de conta, nos termos da legislação anterior à presente lei. § 2º Nos Ministérios Militares, cabe aos órgãos que forem discriminados em decreto as atribuições indicadas neste artigo. Art . 215 Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 25 de fevereiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República. H. CASTELLO BRANCO Carlos Medeiros Silva Zilmar Araripe Macedo Ademar de Queiroz Manoel Pio Corrêa Júnior Octavio Gouveia de Bulhões Juarez do Nascimento Tavora Severo Gomes Fagundes Raimundo Moniz de Aragão Luiz Gonzaga do Nascimento Silva Eduardo Gomes Raimundo de Brito Mauro Thibau Paulo Egydio Martins Roberto de Oliveira Campos João Gonçalves de Souza Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 27.2.1967 e retificado no D.O.U. de 17.7.1967