Partidos políticos em Israel no tempo de Jesus Escola Dominical - IPJG Presb. Geraldo M. B. Valim 18 de outubro de 2015

Partidos políticos em Israel no tempo de Jesus

Escola Dominical - IPJG Presb. Geraldo M. B. Valim

18 de outubro de 2015

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Quem mandava na Palestina no tempo de Jesus eram os romanos.Para eles, “era o estado que constituía o princípio vital... A religião e a nacionalidade só eram reconhecidas enquanto instrumentos do Estado.

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A religião e o culto religiosos eram um dever cívico”. (apud Baron). Já para os judeus era diferente. Como o escritor judeu, Flávio Josefo, escreveu no primeiro século:

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“ Alguns povos colocam o poder político supremo nas monarquias, nas oligarquias e outros ainda no povo. Mas nosso legislador (Moisés) não foi seduzido por nenhuma dessas formas de governo. Ele deu à sua

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constituição a forma que se poderia chamar TEOCRACIA. Colocou toda soberania e toda autoridade nas mãos de Deus”.Mas Deus não governa diretamente.

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O poder judaico, agindo em nome ou como intermediário de Deus, tinha sua origem no TEMPLO. Claro que a Judéia estava ocupada pelos romanos e o governador, Pilatos, representava o Imperador, que era Tibério.

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Mas os romanos respeitavam a organização interna dos países ocupados, desde que esses respeitassem a máxima que já vimos, de a religião e a nacionalidade serem instrumentos de Roma.

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E assim, o Templo e seu mais alto funcionário, o sumo sacerdote, permaneceu como sede do Estado judaico. Tudo para os judeus dependia de Jerusalém.

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E o sumo sacerdote, na época herodiana e romana, tinha regras para ser escolhido. A 1ª regra era que ele deveria ser da família de Zadoc. Mas dos vinte e oito titulares dessa época, só dois foram da família de Zadoc.

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Esse princípio de hereditariedade fora abandonado, e os sumos sacerdotes eram de qualquer família sacerdotal. O que decidia era as rivalidades, simonia, nepotismo e finalmente, intervenções do poder romano.

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A família de Anás foi particularmente hábil nisso tudo, e conseguiu ocupar o poder por 50 anos! O mais famoso dessa família foi Caifás. O “teo” dessa teocracia era muito de longe!

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Mas as questões de direito e justiça, no entanto, não eram tratadas diretamente pelo sumo sacerdote, mas por um conselho, que ele presidia, e tentava aparelhar com sua família e aliados, o Sinédrio,

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que era idealmente composto por 71 membros, compostos dos chefes dos sacerdotes, de representantes da aristocracia leiga, saduceus e fariseus, e da aristocracia intelectual, os escribas.

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Roma admitia a competência do Sinédrio para todos os judeus do mundo romano, como vemos nas “cartas” Atos 9:1,2 que Paulo tinha para perseguir os cristãos em Damasco.

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O sinédrio ocupava-se das relações com o poder romano, e com a entrada dos impostos do Templo e dos dízimos. Cuidava também da interpretação da lei, e zelava pela guarda do dinheiro arrecadado, que ficava no Templo.

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Dispunha da “polícia” do Templo, que foi quem prendeu Jesus, e podia legalmente prender delinquentes, fazer jurisprudência para os tribunais das aldeias, aplicar multas, excluir condenados da comunidade, aplicar castigos corporais, e até condenar a

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morte, para o que era preciso reunir uma corte especial de 23 membros, e obter a ratificação do governador romano. Só que o governador fazia vistas grossas se o assunto não interferisse com Roma.

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Os partidos

O termo partido não cai muito bem aqui, mas cada grupo que vamos estudar misturava suas convicções religiosas e suas posições políticas.

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Os saduceus eram o partido da classe dirigente. A documentação que temos relativa a esse grupo é parcial e vem toda dos que se opunham a eles. Flavio Josefo, que já citamos, era um fariseu, e é uma fonte muito importante sobre eles.

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Os rabinos dos primeiros séculos também são fontes importantes, e tinham origem farisaica. A origem deles é incerta. Eles são mencionados pela primeira vez na época de João Hircano cerca de 130 anos antes de Jesus Cristo, quando se envolvem nas questões da administração pública.

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O que não é de se estranhar pois são todos da aristocracia sacerdotal ou da classe leiga mais rica. Eles se sustentavam com o sumo sacerdote e com o Templo, e as vezes tinham problemas com os dirigentes leigos.

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A rainha Alexandra se indispôs contra eles, e se aliou aos fariseus, e Herodes manteve uma relação de amor-ódio com eles. Mas do ano 6, após a morte de Herodes o grande, até o ano da destruição do Templo, ocorrida no ano 70,

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eles comandaram uma política de conciliação com os romanos, e foram os responsáveis diretos da morte de Jesus. As suas doutrinas religiosas eram coerentes com suas posições políticas. Eram defensores da ordem

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estabelecida, e apegavam-se à letra da Torá, e por isso entravam frequentemente em conflito com os fariseus. Admitiam a presença de Deus apenas no Santo dos Santos do Templo, e

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é por isso que desenvolveram o ritual de usar incenso antes de entrar no Santo dos Santos uma vez ao ano, que era para proteger o sumo sacerdote da claridade da glória divina com a fumaça.

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Diferente dos fariseus, que admitiam o incenso, mas depois da entrada do sumo sacerdote ao Santo dos Santos, como uma demonstração da glória de Deus se espalhando.

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Esse é um detalhe que mostra bem a ligação entre a política e a teologia dos saduceus: Deus muito localizado no Templo, e Dele só se aproxima o sumo sacerdote tornando o Templo na garantia da salvação do povo.

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Diferente dos fariseus, que consideravam que Deus, a partir do Templo, tornava-se presente em todo território de Israel (Eretz Israel). Apesar das aparências, era a posição política que moldava a teologia, e não o contrário.

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Os saduceus só aceitavam os cinco livros de Moisés para fazer doutrina. Não rejeitavam os livros proféticos, mas não os aceitavam para fins doutrinários. Para eles, a ressurreição dos mortos, a existência de anjos e de demônios eram coisas acrescentadas tardiamente, e não eram parte do credo.

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Para eles o que importava era a salvação atual da nação. Em matéria criminal rejeitavam as ações de misericórdia inventadas pelos fariseus, bem como as acomodações financeiras. Eram partidários de uma estrita aplicação da Lei do Talião.

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Os saduceus eram o partido da ordem. Viviam presos a sua fé; eram arrogantes e duros com os demais (é assim que o Torá ensina, diziam...) E não tinham influência sobre o povo.

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Historicamente, eles não resistiram à tentação de todo o partido no poder: se utilizar da religião. (Como ensina Jacques Ellul, esse foi o pecado de Jeroboão).

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Os herodianos, citados nos Evangelhos e também mencionados por Flávio Josefo, parece designar os partidários da dinastia herodiana, os do partido de Herodes o Grande e de seus descendentes.

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Entre eles cita-se a família dos Boetos, sendo que Simão Boeto chegou a sumo sacerdote no reinado de Herodes o Grande, no ano 22 antes de Cristo.

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Os fariseus remontam às associações de judeus piedosos do tempo dos Macabeus, mas são referidos como fariseus propriamente ditos desde no tempo de João Hircano, que reinou de 135 a 104 antes de Cristo, e

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são mais mencionados a partir do reinado de Alexandre Janeu, de 103 a 76 antes de Cristo. O nome parece vir de perushim, que significa separados, ou mesmo separatistas. Entre si, eles se chamavam de “companheiros”.

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De fato, eles se separavam da massa popular, que consideravam ignorante e pecadora, e procuravam sua própria companhia. E tinham também certa aversão aos reis asmoneus, que não eram da linhagem de Davi, e eram muito comprometidos com o helenismo.

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Apesar disso Alexandre Janeu aconselhou, antes de sua morte, sua esposa, Salomé Alexandra, que se tornou a regente, a procurar a colaboração deles. É porque eles tinham o apoio do povo, diferente dos saduceus.

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E nessa ocasião atuaram como chefes de estado. Mas o filho de Alexandre Janeu e Alexandra, Aristóbulo II (67-63 aC), os retirou do poder.

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Herodes o Grande os respeitava, porque tinham aconselhado a rendição de Jerusalém a Herodes quando este conseguiu o poder junto aos romanos, mas principalmente pelo fato de Herodes perceber que eles tinham apoio do povo.

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Mas, no ano 6 aC Herodes rompeu com eles, por causa de intrigas palacianas, mas mesmo assim, de 6 aC até 66 dC, e apesar de o Sinédrio ficar sob controle dos saduceus, eles mantiveram a influência sobre o povo. Eram uma força que precisava ser levada em conta.

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E, embora os zelotas tenham surgido de suas fileiras, eles eram pacíficos, e se opunham a uma ação violenta contra os romanos. Esperavam de Deus a libertação. E embora tenham participado da revolta dos judeus, foi essa atitude que lhes deu, no ano 70, a permissão dos romanos de prosseguir com o judaísmo.

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Segundo Flávio Josefo, na época de Herodes o Grande havia cerca de 6000 fariseus, e um número muito grande de simpatizantes. Eles vinham de todas as camadas da sociedade, mas sobretudo de uma classe média de artesãos e comerciantes.

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Eles se organizavam em comunidades, onde tomavam refeições juntos. Atuavam muito junto ao público, e tinham regras de admissão e de exclusão bem definidas.

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Embora houvessem sacerdotes fariseus, o grupo era constituído sobretudo por leigos, sem a formação de escribas, mas se diferenciavam pelo conhecimento exato das tradições mosaicas e dos antigos, e pelo cumprimento minucioso dos preceitos da lei e da tradição.

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Eles seguiam a risca as 613 ordenanças da lei, acrescidas de 40 regras “práticas”! Os chefes e os membros influentes dessas comunidades de fariseus eram escribas.

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A influência enorme que tinham sobre o povo vinha das seguintes características: tinham a sinagoga, que se considera ser uma instituição farisaica, em contraposição ao Templo; afirmavam sua origem judaica; tinham uma piedade muito grande e desenvolvida; sua

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interpretação escrupulosa da Lei juntamente com a observância igualmente escrupulosa do sábado; um extremo cuidado no que entendiam ser o cumprimento da pureza legal; e o pagamento integral do dízimo dos mínimos produtos.

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Com tudo isso, pretendiam impor ao povo em geral uma pureza semelhante àquela que deveria caracterizar a vida do sacerdote do Templo, o que os saduceus não exigiam.

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Mas os fariseus, que assim se mostravam mais puros que o sumo sacerdote, eram o exemplo do povo. É interessante que eles fascinavam o povo, a quem desprezavam!

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Por outro lado, os fariseus se contrapunham a área religiosa do Templo, no que na época era entendido como um espírito renovador. Diante dos que só admitiam o pentateuco, os escribas fariseus combinavam a

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exegese da Lei com os profetas e com a tradição oral, elaborando uma teologia mais ampla e mais espiritualista. Manifestavam uma fé messiânica e afirmavam a existência de anjos, o julgamento depois da

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morte e a ressurreição dos mortos (apenas dos justos). Com tudo isso, aos olhos do povo, eles superavam os saduceus e os sacerdotes em conhecimento e piedade.

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Os zelotas, “zelosos”, “fervorosos”, pessoas decididas, ou como se diz hoje, engajadas, na causa nacionalista judaica. Eram fanáticos, também chamados de “sicários”, ou homens do punhal:

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“sica” era o nome de um punhal romano, pequeno e curvo que podia ser escondido na manga da túnica, e ser usado em assassinatos. O movimento surgiu no ano 6, durante um recenseamento romano, quando o fariseu Saduc e o galileu João de Gamala lideraram uma revolta.

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A revolta foi reprimida, mas o espírito de revolta continuou com os Zelotas. O modus operandi favorito deles era o assassinato de pessoas colaboracionistas, em ambiente público. Eles se aproximavam da pessoa em meio a multidão, com a “sica” escondida, e a executavam.

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Os Zelotas se separaram dos fariseus, considerados por eles muito conciliadores e muito passivos. Barrabás era um zelota. Durante a revolta dos judeus dos anos 66 a 70, o fanatismo Zelota atingiu seu máximo.

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Mesmo depois da queda de Jerusalém, no ano 70, houve um grupo que resistiu até o ano de 73, na fortaleza herodiana de Massada.O programa dos zelotas continha uma reforma social, mas limitada.

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Queriam se livrar dos romanos, e corrigir abusos do sistema, sem alterar muita coisa.

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Os essênios são mencionados por Plínio, o Velho, Philo, e Flávio Josefo, de onde pode deduzir-se a existência deles desde o século 2 aC. Nessa seita só se entrava depois de longa iniciação, e se vivia de maneira muito parecida com um mosteiro (bens

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comuns e continência, vida regrada) em retiros afastados, no deserto. A fidelidade a Lei e ao legislador, Moisés, era o tema favorito da seita. Não são mencionados no Novo Testamento, pois viviam retirados,

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como hoje se pode ver nas ruínas de Qumrã, onde também foram descobertos os chamados “Manuscritos do Mar Morto”.

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Na sociedade do tempo de Jesus ninguém era indiferente ao poder. Mesmo se tratando do poder em uma teocracia, nada muda. A fuga dos essênios para o deserto, na espera de uma revanche que só Deus poderia tornar eficaz, a

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contestação violenta dos zelotas, a espera vigilante dos fariseus, o oportunismo dos saduceus, que prefeririam a independência, mas tiravam proveito da situação vigente. Tudo era motivado pelo apetite do poder.

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Jesus desencadeou o Reino de Deus.

Todos esses esperavam outra coisa.

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Embora Jesus não tenha destruído a esperança, mas sim apresentado uma conversão, uma reorientação das esperanças, fundada em um novo relacionamento com Deus. Nenhum desses grupos o aceitou.

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