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Esta edição, levada a cabo no âmbito do Projecto Escola + implementado pelo IMVF em São Tomé e Príncipe, visa contribuir para o conhecimento, divulgação e valorização do património natural do arquipélago junto da comunidade são-tomense, com destaque para a geração em idade escolar, cuja sensibilização para as causas ambientais determinará o futuro e a sustentabilidade do território e património nacionais. Saiba mais em: http://www.imvf.org/
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PATRIMÓNIO NATURAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
CONHECER PARA PRESERVAR…FIN
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A relevância do património biológico de São Tomé e Príncipe é nacional e internacionalmente reconhecida, sendo cada vez mais premente a necessidade de se aprofundar o seu conheci-mento e garantir a respectiva preservação; inversamente, o conhecimento, divulgação e valorização do património geoló-gico são relativamente escassos, aumentando o risco de perda de algumas das principais manifestações dessa geodiversidade, um recurso não renovável. Esta edição, levada a cabo no âmbito do Projecto Escola +, visa contribuir para o conhecimento, divulgação e valorização do património natural de São Tomé e Príncipe junto da comunidade são-tomense, com destaque para a geração em idade escolar, cuja sensibilização para as causas ambientais determinará o futuro e a sustentabilidade do território e património nacio-nais. Assim, faz-se uma brevíssima caracterização do arquipé-lago, nomeadamente em termos do seu coberto vegetal, apresentam-se alguns dados quantitativos da diversidade bioló-gica recenseada e identificam-se alguns potenciais geossítios passíveis de recuperação e classificação, visando alertar para a importância da sua salvaguarda enquanto expoentes do patrimó-nio geológico nacional. Para os vários temas, são apresentadas sugestões de leitura e pesquisa¹, propostas de visitas de campo, actividades práticas e visionamento de filmes, de forma a permitir um melhor conhecimento, compreensão e preservação do património natural do país.
São Tomé e Príncipe é um pequeno país localizado a cerca de três centenas de quilómetros da costa ocidental de África, no Golfo da Guiné, situando-se, segundo Munhá, Caldeira, Madeira, Mata & Afonso (2007, p.5) no “troço oceânico do alinhamento vulcânico dos Camarões, que se estende por 1600 quilómetros, desde o interior do continente africano a NE (…) até à ilha de Pagalu (Ano-Bom) a SW (…)”, facto a que não é alheia a origem vulcânica das ilhas e ilhéus que o constituem.
Este arquipélago é constituído pelas ilhas de São Tomé, com aproximadamente 857 km², e do Príncipe, com cerca de 142 Km², bem como por um conjunto de pequenos ilhéus, em que se destacam, entre outros, o Ilhéu de Santana, o Ilhéu Catari-no, o Ilhéu Quixibá, o Ilhéu Sete Pedras, o Ilhéu Jalé e o Ilhéu dos Côcos, para além dos bem conhecidos Ilhéu das Cabras e o turístico Ilhéu das Rolas.
FICHA TÉCNICA
TÍTULO: Património Natural de São Tomé e Príncipe – conhecer para preservar…
AUTORES: Mário Oliveira e Olga Santos
FOTOGRAFIAS: A. Maio, Hugulay Maia, Mário Oliveira, Martim Melo, Martin Dallimer, Nik Borrow, California Academy of Sciences, Escola de Mar e Associação Para as Ciências do Mar
FOTOGRAFIAS DA CAPA:Mário Oliveira
PRODUÇÃO: Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - Instituto Politécnico de Leiria e Instituto Marquês de Valle Flôr
EDIÇÃO: Instituto Marquês de Valle Flôr
ANO2013
Adaptado de Munhá et al. (2007)
• Arquipélago• Alinhamento vulcânico dos Camarões• Património biológico• Património geológico• Geodiversidade / Diversidade geológica• Sustentável / Sustentabilidade• Recurso renovável
A ilha de São Tomé possui a sua maior elevação no Pico de São Tomé, com 2024 metros de altitude, tendo ainda algumas outras elevações com cotas superiores a 1000 metros, tenden-cialmente localizadas na sua parte sul. A ilha do Príncipe possui um relevo menos acentuado do que São Tomé, apresen-tando o seu ponto de maior cota no Pico do Príncipe, com 848 metros de altitude.
A origem vulcânica do arquipélago é facilmente constatável através dos cones vulcânicos reconhecíveis na paisagem, pela existência de crateras (a Lagoa Amélia é um magnífico exem-plo) e diversos afloramentos geológicos, bem como pela presença de vestígios da actividade vulcânica secundária, como sucede com as nascentes de águas gasocarbónicas de Queluz e Madre de Deus, entre outras.
Tal como sucede com o relevo, também a hidrografia do Prínci-pe é menos exuberante que a de São Tomé, dela sobressaindo o rio Papagaio e um conjunto de ribeiras com origem na região montanhosa central (Cardoso & Garcia, 1962).Em resultado da sua morfologia e do clima quente e húmido, típico das zonas intertropicais, as bacias hidrográficas de São Tomé são constituídas por uma rede de ribeiras que, encaixadas
em vales fechados, correm das zonas montanhosas e, por vezes, precipitam-se em cascatas, como a de S. Nicolau. Estas ribei-ras acabam por gerar rios cuja foz apresenta, normalmente, sedimentos de grandes dimensões, erodidos, em resultado dos regimes torrenciais verificados.
• Cone vulcânico • Cratera• Actividade vulcânica
secundária• Águas gasocarbónicas• Afloramento geológico
• Hidrografia• Bacia hidrográfica• Regime torrencial• Erosão • Sedimento
• Lagoa Amélia• Pico de São Tomé• Cascata de S. Nicolau• Pico do Príncipe
• Construa um vulcão• Simule uma erupção
vulcânica
• Nascimento de uma ilha
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A morfologia, o tipo de solos e o clima particularmente quente e húmido, com a humidade dos solos e do ar bastante elevadas, permitem também a existência de um coberto florestal parti-cularmente rico e diverso, no qual se instalou e desenvolveu uma diversidade biológica a todos os títulos digna de realce. De acordo com FAO (2004) e MARAPA (2009), antes da intervenção antrópica adulterar o coberto florestal de forma significativa, seria possível distinguir em São Tomé:
• A Floresta Seca, na zona de Guadalupe, na zona norte da ilha;
• A Floresta de Baixa Altitude, situada a cotas entre o nível do mar e os 800 metros, predominante a sul, onde os declives e a pluviosidade são mais acentuados;
• A Floresta de Montanha, entre os 800 e os 1400 metros, instalada em relevos relativamente abruptos e com pluviosida-de elevada, facto que permite o desenvolvimento de grande diversidade florestal, em que se destacam árvores de grande porte, com 30 a 40 metros de altura, e a proliferação de epífi-tas, lianas e samambaias;
• A Floresta de Bruma ou de Altitude, acima de 1400 metros, com taludes abruptos, humidade quase permanente e baixas temperaturas face ao nível do mar, onde é possível encontrar árvores de menor porte e grande diversidade de orquídeas e samambaias.
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• Parque Nacional de Obô(ver página 22)
• Diversidade biológica / biodiversidade• Intervenção antrópica• Pluviosidade• Epífita
• Espécie autóctone• Savana• Mangal• Ecossistema• Desflorestação• Microclima
• Parque Nacional de Obô - São Tomé • Parque Nacional de Obô - Príncipe• Porto Alegre e Lagoa Malanza - Mangal• Lagoa Azul – Savana
• Construa um herbário(ver página 22) Actualmente, ainda de acordo com FAO (2004), em resultado
da intensidade e tipo de intervenção humana sobre o território e a floresta original, é possível classificá-la em três grandes categorias:
• A Floresta Natural ou Obô, basicamente isenta de interven-ção humana (actualmente é das mais ameaçadas por este tipo de acção), constituída por espécies autóctones e integrando os parques nacionais de Obô, em São Tomé e no Príncipe, cujas áreas se desenvolvem das altas montanhas ao litoral, perfazen-do cerca de 30% do território nacional e onde se incluem, ainda, outros tipos de florestas de planície e montanha, área de savana e mangais;
• A Floresta Secundária ou Capoeira, resultante da natural e progressiva regeneração de áreas cultivadas, posteriormente abandonadas, ocupando cerca de um terço da área florestal total do país;
• A Floresta de Sombra, de relevante importância para a diver-sidade biológica atual, mantida para sombrear plantações de café e cacau nela existente;
• A Savana, a norte da ilha de São Tomé, um ecossistema bastante distinto dos anteriores e eventualmente resultante da desflorestação para cultivo de cana-de-açucar, efectuado no passado, e do microclima existente na região, no presente.10
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O progressivo abate de árvores da floresta para construção de habitações e mobiliário, embarcações, artesanato, produção de carvão e realização de fogueiras, entre outros fins, tem-se traduzido num processo de desflorestação descontrolado e insustentável, que coloca em risco a floresta nacional. Os impactes ambientais desta desflorestação poderão traduzir-se na progressiva perda de qualidade paisagística, de habitats e diversidade biológica, no aumento do risco de desertificação, erosão dos solos e risco de ocorrência de deslizamento de terrenos, como sucedeu em Rebordelo, em 1974 (causando 33 mortes), em alterações climáticas a nível local e no aumento do risco de ocorrência de incêndios florestais, situações que urge evitar.
Lançar resíduos na floresta – papéis, latas, plásticos, óleos usados, entre outros – contribui para a contaminação de solos e recursos hídricos, e pode contribuir para a ocorrência de incêndios.
Revela-se, pois, essencial, envolver a comunidade em iniciati-vas visando a redução de produção, reutilização e reciclagem de resíduos, prevenção do abate de árvores de forma descon-trolada, reflorestação das áreas já degradadas com espécies autóctones e conhecimento dos impactes ambientais associa-dos ao incorrecto relacionamento humano com a floresta, com claros benefícios ambientais, sociais e económicos para o cidadão e o país.
• Impacte ambiental• Habitat• Desertificação• Deslizamento de terrenos
(ver página 22)
• Alterações climáticas• Resíduo• Reduzir, reutilizar e reciclar• Contaminação
• Rebordelo• Viveiro da Direção de Florestas• Vazadouro controlado de Penha
• Construa um viveiro florestal(ver página 22)
• Conheça e limpe a floresta • Faça artesanato
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O SOLO, A VEGETAÇÃO, O DECLIVE E A CHUVA…Actividade experimental
Material necessário:Bacias, garrafas de plástico (reutilizadas) de 1,5 litros, terra, sementes de grama, garrafas com água.
Procedimento:A - Corte a garrafa longitudinalmente e encha as metades resultantes com a mesma quantidade de solo; numa das metades semeie a grama, regue-a e deixe-a germinar e crescer. Depois de crescida, coloque ambas as metades, com a mesma inclinação, sobre uma bacia e despeje igual quantidade de água, à mesma altura, sobre cada uma delas.Observe os resultados, registe-os, reflicta sobre eles e responda às questões que se seguem: Que pode concluir quanto à importância da vegetação no que toca a evitar a erosão dos solos? O que pode acontecer se a floresta for destruída e os solos ficarem expostos à chuva? O que pode fazer para evitar essa situação?
B - Repita parcialmente o procedimento usado em A, mas use agora duas meias garrafas só com terra e outras duas com terra e vegetação. Para ambas as situações, varie apenas a
inclinação das garrafas, de forma a simular diferentes declives de montanhas de São Tomé e Príncipe.
Observe os resultados, registe-os, reflicta sobre eles e responda às questões que se seguem: Explique a influência do declive no processo de erosão dos solos. A presença de vegetação é sempre factor de prevenção da erosão dos solos? Justifique a resposta com base nos resultados registados. Face aos resultados obtidos, refira o que pode fazer para minimizar a erosão dos solos na sua região?
C – Planifique e execute uma actividade experimental em que demonstre a influência da quantidade de precipitação caída sobre um solo e a erosão do mesmo ou, eventualmente, sobre a eventual ocorrência de um deslizamento de terrenos. Para tal, formule as respectivas questões-problema.
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Conjuntamente com a relevante diversidade florestal das ilhas de São Tomé e do Príncipe está internacionalmente reconhe-cida a existência de uma riquíssima diversidade de seres vivos, sendo de destacar o elevado número de endemismos identifica-dos naqueles territórios (Mendes & Sousa, 2012; Lima, 2012), tornando-os prioritários nas estratégias internacionais para conservação da biodiversidade a nível mundial. Com efeito, apesar da reduzida dimensão do arquipélago, foi possível iden-tificar 157 espécies de pteridófitas - fetos e plantas similares – e 791 espécies de espermatófitas – plantas com semente, destacando Vaz & Oliveira (2007), referido em Leventis & Olmos (2009), a existência de 135 espécies de orquídeas. Uma observação ao número de espécies vegetais recenseadas no arquipélago permite confirmar a importância deste riquíssimo património biológico/genético, já que 148 das espécies são endémicas, ocorrendo 123 delas na ilha de São Tomé e 50 na ilha do Príncipe (Leventis & Olmos, 2009).
• Endémico / Endemismo• Pteridófita• Espermatófita
• Jardim Botânico de Bom Sucesso
• 9 espécies de morcegos
• 1 espécie de musaranho
• 14 espécies de répteis
• 5 espécies de batráquios (Jones,P. & Tye, A., 2006; Measey et al. 2007)ª
• 64 espécies de borboletas (Pyrcz, 1992)ª*
• 51 espécies de aves terrestres e de água doce
• 5 espécies de aves marinhas nidificantes (Jones,P. & Tye, A., 2006)ª**
SÃO TOMÉ PRÍNCIPE
28 das espécies de borboletas endémicas são partilhadas entre São Tomé e o Príncipe (Pyrcz, 1992)ª
28 das espécies de aves terrestres endémicas são partilhadas entre São Tomé e o Príncipe (Melo, 2007)ª
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• 4 espécies de morcegos
• 1 sub-espécie de musaranho
• 8 espécies de répteis
• 3 espécies de batráquios (Jones,P. & Tye, A., 2006; Measey et al. 2007)ª
• 45 espécies de borboletas (Pyrcz, 1992)ª*
• 33 espécies de aves terrestres
• 6 espécies de aves marinhas (Jones,P. & Tye, A., 2006)ª**
ESPÉCIES ENDÉMICAS DE SÃO TOMÉ E DO PRÍNCIPE - ALGUNS NÚMEROS (Leventis & Olmos, 2009)
ª - Referidos em Leventis & Olmos (2009, pg. 12)
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Apesar da sua relevância, alguma desta diversidade biológica terrestre encontra-se perigosamente ameaçada em resultado da destruição de habitats por acção humana ou incêndios florestais, caça e captura com fins de subsistência, comerciais ou desportivos, bem como por predação por parte de espécies introduzidas para controlar outras espécies em expansão (roedores, entre outras), como sucede com o cão, o gato ou a lagaia (Civettictis civetta).
Curiosamente, algumas destas espécies invasoras introduzidas acabaram por vir a desempenhar um papel relevante na disse-minação de sementes de espécies vegetais, contribuindo para a riqueza da flora das ilhas.
• Predação• Espécie introduzida• Espécie invasora
• ABS - Associação dos Biólogos São-tomenses
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A diversidade biológica aquática, marinha ou de água doce e salobra de São Tomé e Príncipe merece também ser realçada, com destaque para a ocorrência de cinco espécies de tartarugas marinhas - que utilizam a praias arenosas das ilhas para efeitos de desova – facto que tem conduzido ao envolvimento de diver-sas instituições e cidadãos, nacionais e estrangeiros, em iniciati-vas visando o seu conhecimento e protecção. Segundo Reeves, Stewart, Clapham & Powel, referidos em Gonçalves (2010), são também relevantes as cerca de vinte e oito espécies de cetá-ceos que ocorrem nestas águas, seis das quais confirmadas, e uma delas – a baleia de bossa (Megaptera novaeangliae) – que utiliza as águas são-tomenses para efeitos de reprodução.
Nos rios, particularmente no seu curso médio e nas zonas mais a sul, bem como nas águas salobras, pode ser encontrado, entre outros, o charoco (Eleotris vittata), um pequeno peixe e crustá-ceos de distintas espécies.
De entre os problemas que afetam a fauna aquática marítima, destacam-se a cada vez maior captura de pescado, nem sempre segundo critérios de sustentabilidade, determinando a redução de alimento disponível para as espécies dos níveis tróficos
delas dependentes, como sucede, por exemplo, com os cetá-ceos; saliente-se que, para estes mamíferos acresce ainda o risco da sua captura acidental, associado ao tráfego marítimo crescente e ao aumento da poluição física e química das águas, factos que colocam em risco as espécies existentes nos mares nacionais.
Relativamente às tartarugas, para além dos problemas resul-tantes dos resíduos existentes na água, estas debatem-se com a cada vez maior dificuldade em encontrar praias com areia suficiente para poderem proceder à desova em condições ideais, facto que se deve à extracção ilegal e descontrolada das areias das praias. Acrescem a estas situações, a sua captura para fins alimentares e a predação dos ovos por parte de humanos e cães, bem como a predação maciça das jovens tartarugas aquando da sua primeira viagem de entrada no mar.
A captura indiscriminada de cavalos marinhos para venda a turistas pouco escrupulosos, ou menos esclarecidos, tem contribuído para a diminuição dos efetivos desta e doutras espécies, urgindo a tomada de medidas preventivas face à situação descrita.
• Cetáceo• Curso de um rio• Água salobra• Nível trófico
• Poluição física• Poluição química• Convenção de CITES
(ver página 22)
• Visita à Casa Tatô, em Morro PeixeMARAPA
• Reprodução de tartarugas • Nascimento de tartarugas e entrada (protegida) no mar• Alimentação de cavalos marinhos• Nascimento de cavalos marinhos
(ver página 22)
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Saliente-se também a importância de que se revestem alguns dos afloramentos e estruturas geológicas existentes nas ilhas e ilhéus do arquipélago. Além da importância científica e peda-gógica que encerram, podem também revelar-se significativos do ponto de vista cultural, turístico ou económico, constituindo um património geológico a todos os títulos relevante à escala local, regional ou nacional, facto que, conforme Muñoz (1998) e Brilha (2005), referidos por Nascimento, Mantesso-Neto, Ruchkys (2008), justificaria a menção dos mesmos enquanto geossítio, contribuindo para a sua recuperação, conservação, valorização e divulgação. Desta forma, potenciar-se-ia este recurso natural como factor de desenvolvimento sustentável que se pretende para o país e suas comunidades.
• Afloramento geológico• Geossítio• Recurso natural
• Pico do Cão Grande• Ilhéu de Santana
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Apesar da sua maior ou menor grandiosidade, podem integrar este conjunto de potenciais geossítios, entre outros, a Pedreira de Palmar, pela sua importância a nível pedagógico, económico e social, mas também pela magnífica paisagem que propor-ciona, com a exibição da disjunção prismática da rocha vulcânica, fenómeno que também ocorre na Boca do Inferno e no ilhéu de Santana, entre outros locais. Pela imponência em termos paisagísticos e respectivo potencial turístico, educativo e sócio económico que encerram, são de referir o Pico do Prín-cipe, o Pico de Cão Grande e a cascata de S. Nicolau, entre outras cascatas.
Menos relevantes do ponto de vista estético e turístico que do educativo, referem-se as várias nascentes de águas gasocar-bónicas em Queluz, Madre de Deus, Boa Entrada, Caixão Grande e Palha, entre outras, ou a disjunção esferoidal do basalto, visível num talude de estrada que liga a capital a Angolares, junto da sua intersecção com o rio Manuel Jorge.
Por estarem a ser alvo de sobre-exploração e a exigir medidas de recuperação e protecção imediatas, referem-se os depósitos de praias levantadas na zona do promontório do aeroporto, baía da Praia Lagarto e na área de Pantufo, entre outros locais.
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• Disjunção prismática• Disjunção esferoidal• Depósitos de praias
levantadas
• Pedreira de Palmar• Boca do Inferno• Pico do Príncipe• Cascata de S. Nicolau20 21
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Ilhéu de Santana
Paisagem vulcânica . São Tomé
Pico do Príncipe
Ocá . Ceiba pentandra
Floresta de montanha . Pormenor
Vista aérea da floresta . São Tomé
Savana
Mangal
Floresta de sombra e cafezeiros . Coffea spp.
Cacau . Theobroma cacao
Carril dobrado, na floresta . Rebordelo
Artesanato 1
Artesanato 2
Erosão do solo . Actividade experimental
Fia-boba-d'ôbo . Begonia bacata
Musaranho de São Tomé . Crocidura thomensis
Búzio d’Obô . Archatina bicarinata
Anjolo ou Bico-grossudo . Neospiza concolor
Galinhola . Bostrychia bocagei
Garça boieira . Bubulcus ibis
Picanço . Lanius newtoni
Tordo-do-príncipe . Turdus xanthrorhynchus
Truqui-sum-Dessu . Prinia molleri
Rolas…
Lagaia . Civettictis civetta
Canário 1 . Ploceus velatus peixotoi
Canário 2 . Ploceus velatus peixotoi
Charoco . Eleotris vittata
Tartaruga-de-couro (ambulância) . Dermochelys coriacea
Cavalo-marinho . Hippocampus sp.
Peixes . Diversidade
Tartarugas marinhas
Golfinho Roaz . Tursiops truncatus
Disjunção prismática do basalto . Ilhéu de Santana
Agulha vulcânica . Pico Cão Grande
Disjunção prismática do basalto . Boca do Inferno
Pormenor de disjunção esferoidal
Cascata de S. Nicolau . São Tomé
Disjunção prismática do basalto . Pedreira, em Palmar
LEGENDAS DAS FOTOGRAFIAS BIBLIOGRAFIA
PATRIMÓNIO NATURAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE . CONHECER PARA PRESERVAR... Impresso em papel reciclado
Cardoso, J. C., Garcia, J.S. (1962). Carta dos solos de São Tomé e Príncipe. Lisboa: Memórias da Junta de Investigações do Ultramar, segunda série, nº 39.
FAO (2004). Situation des ressources génétiques forestières de la République démocratique de Sao Tomé-et-Principe (Fondé sur le travail de Sabino Carvalho, Faustino de Oliveira et Hamilton Vaz). Roma, Itália: Division des ressources forestières. Document de travail FGR/63F.
Gonçalves, F. (2010). Os Cetáceos em São Tomé e Príncipe: A luta pela Biodiversidade e Dignidade de um Povo. in Brito, B.R., Pinto, J.R., Alarcão, N. (Coord.) (2010). Abrindo trilhos tecendo redes – reflexões e experiências de desenvolvimento local em contexto lusófono. (pp.121-138)
Leventis. A.P., Olmos, F. (2009). As Aves de São Tomé e Príncipe: um guia fotográfico / The Birds of São Tomé e Príncipe: a photoguide (bilingue). 1ª ed. S. Paulo, Brasil: Alves & Fotos Editora.
Lima, R.F. (2012). Alterações do uso do solo e biodiversidade em São Tomé. in Actas do Colóquio Internacional São Tomé e Príncipe numa perspectiva interdisciplinar, diacrónica e sincrónica. Lisboa: Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Centro de Estudos Africanos e Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), (pp. 455-464)
MARAPA (2009). Ecologia e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe. São Tomé e Príncipe: MARAPA; CTA.
Mendes, L.F., Sousa, A. B. (2012). Riqueza de espécies e endemicidade das borboletas diurnas (Lepidoptera: Rhopalocera) de São Tomé e Príncipe. in Actas do Colóquio Internacional São Tomé e Príncipe numa perspectiva interdisciplinar, diacrónica e sincrónica. Lisboa: Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Centro de Estudos Africanos e Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), (pp. 653-663)
Munhá, J., Caldeira, R., Madeira, J., Mata, J., Afonso, R. (2007). Geologia da ilha de São Tomé. Notícia explicativa da carta geológica na escala 1:25000. Lisboa: Coopera-ção portuguesa e IPAD – Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Nascimento, M.A.L., Mantesso-Neto, V., Ruchkys, U.A. (2008). Geodiversidade, geoconservação e geoturismo: trinômio importante para a proteção do patrimônio geológico. São Paulo: SBG.
PROPOSTAS DE ACTIVIDADE
Construa um vulcão e simule uma erupção http://www.ige.unicamp.br/lrdg/pdf/Blow_up_your_own_volcano_1_pt.pdf
Construa um herbário http://www.cienciaviva.pt/projectos/pulsar/herbario.asp http://www.uc.pt/herbario_digital/met_tecnicas/material_herb
Construa um viveiro florestal http://issuu.com/imvf/docs/manual_dos_viveiros_escolares_
SUGESTÕES DE LEITURA E PESQUISA
Manual de Deslizamento – Um Guia para a Compreensão de Deslizamentos http://www.gfdrr.org/sites/gfdrr.org/files/publication/Deslizamentos_M5DS.pdf
CONVENÇÃO DE CITES
http://www.florestascertificadas.org.br/sites/default/files/Cites.PDF http://ec.europa.eu/environment/cites/pdf/trade_regulations/KH7707262PTC.pdf
FILMES
Construa um vulcão e simule uma erupção vulcânica https://www.youtube.com/watch?v=QFmrByy-HJE
Nascimento de uma ilha https://www.youtube.com/watch?v=4BfLFSLWLkU http://www.youtube.com/watch?v=5TZ897jgnCA
Reprodução de tartarugas http://www.youtube.com/watch?v=hA1jgsjbd10
Nascimento de tartarugas e entrada (protegida) no mar http://www.youtube.com/watch?v=WDoZTEkD6Ec
Alimentação de cavalo marinho http://www.youtube.com/watch?v=hLinauVQRb4
Nascimento de cavalos marinhos http://www.youtube.com/watch?v=4Nyfp96qWg0
AGRADECIMENTOS
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Os autores manifestam o seu profundo reconhecimento a todos quantos disponibilizaram os seus documentos
fotográficos para utilização nesta obra, contribuindo, de forma solidária, para o melhor conhecimento e valorização
do património natural de São Tomé e Príncipe, a saber: A. Maio, Hugulay Maia, Martim Melo, Martin Dallimer, Nik
Borrow, California Academy of Sciences, Escola de Mar e Associação Para as Ciências do Mar.
Agradecem, ainda, o profundo empenho de Hugulay Maia e Adllander Matos na obtenção das autorizações de
utilização de fotografias junto dos respectivos autores.
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