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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE FOLHA LÍDER Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos Processo: 001.0008.000868/2016 Volume: 1 Origem: Centro de Legislação de Pessoal do GGP-Grupo de Gestao de Pessoas Interessado: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE CPF/CNPJ: Assunto: Ação judicial Detalhe: REFERENTE À AÇÃO JUDICIAL - PROCESSO:1003311-95. 2015.8.26.0053 DA 74 VARA DE FAZENDA PÚBLICA DE COMARCA DE SÃO PAULO. Série documental: Processo Mãe: Data de Autuação: 03/10/2016 11111111111 0 1 0 1111 0 1111 0 11111,1111111111111 Registrado em 03/10/2016 às 15:10h por Marra Irene da Silva - CRH Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos SISRAD - Sistema de Registro e Acompanhamento de Documentos e Processos

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

FOLHA LÍDER

Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos

Processo: 001.0008.000868/2016 Volume: 1

Origem: Centro de Legislação de Pessoal do GGP-Grupo de Gestao de Pessoas

Interessado: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE CPF/CNPJ:

Assunto: Ação judicial

Detalhe: REFERENTE À AÇÃO JUDICIAL - PROCESSO:1003311-95.

2015.8.26.0053 DA 74 VARA DE FAZENDA PÚBLICA DE COMARCA DE SÃO PAULO.

Série documental:

Processo Mãe:

Data de Autuação: 03/10/2016

11111111111010111101111011111,1111111111111 Registrado em 03/10/2016 às 15:10h por Marra Irene da Silva - CRH

Nucleo de Apoio Administrativo do CRH - Coordenadoria de Recursos Humanos SISRAD - Sistema de Registro e Acompanhamento de Documentos e Processos

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[MAI 1ROS.

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _a VARA

DA FAZENDA PUBLICA DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP,

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1 — ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE

Brasileira; Viúva; RG 5.597.997; CPF/MF 521.960.898-34

Rua Jacarandata, 39, Santa Inês, São Paulo/SP

Vem, por seu advogado, respeitosamente, à presença de

Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO ORDINÁRIA, contra a

FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e SÃO PAULO

PREVIDÊNCIA, pelas razões de direito e de fato a seguir aduzidas:

A Autora é servidora pública estadual aposentada

pertencente aos quadros da Secretaria da Saúde, e vem sofrendo uma

grande injustiça por parte da Administração Pública.

Devido à relevância de sua função, teve o

reconhecimento por parte do Governo do Estado de São Paulo, com a

concessão do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei 8.975/94.

Acontece que, o referido prêmio não vem sendo calculado

sobre o 13° Salário e 1/3 (um terço) das férias.

A Lei n'. 8.975/94, ao instituir o Prêmio de Incentivo, assim

prescreveu:

"Artigo 1° - Poderá ser concedido, aos servidores em

exercício na Secretaria da Saúde, Prêmio de Incentivo,

objetivando o incremento da produtividade e o

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Rua 5( -,e3 316

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ALIJAR )S MAIU I N S

aprimoramento da qualidade dos serviços e das ações

executados pela referida Secretaria, mediante avaliação

dos seguintes fatores:

Artigo 4° O prêmio de Incentivo não se incorporará

aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e

sobre ele não incidirão vantagens de qualquer

natureza, bem como os descontos previdenciários e

de assistência médica

(• • • )

"§ único - O valor do Prêmio de Incentivo não será

computado no cálculo do décimo terceiro salário a

que refere a Lei complementar 644, de 26 de dezembro

de 1989."

Como se pode perceber, a própria lei que instituiu o

Prêmio de Incentivo excluiu o seu cômputo no décimo terceiro salário,

apesar de ser pago de forma permanente.

A Concessão do Prêmio de Incentivo foi prorrogada até

30 de novembro de 1996 pela Lei Estadual N°. 9.185, que alterou a Lei

que o instituiu, passando o referido prêmio a ser pago também aos

servidores das autarquias vinculadas à Secretaria da Saúde.

Posteriormente em 1996, foi promulgada nova Lei

Estadual N°. 9.463, novamente alterando os dispositivos da Lei

criadora do Prêmio em discussão, passando esse prêmio a ser

concedido por prazo indeterminado.

3107-27581 ,Nwwfalleirosmartin: Jr i falleuosmar, alleir smar tìns.íorn br Roa Santo Anta nio , 3 16 Apt. 15, f',ela Vista Sào Paulo/SP CEP (`1314-000

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VALLEIROS & MARFINS

O Decreto Estadual N°. 41.794, de 19 de maio de 1997,

regulamentou a concessão do Prêmio de Incentivo, com as alterações

introduzidas pelo Decreto Estadual N° 42.955 de 23 de março de 1998

estabelecendo que: cc 2 cc

"Artigo 1° - os dispositivos adiantes mencionados do

Decreto 41.974, de 19 de maio de 1997, passam a o

vigorar com a seguinte redação: Lu

(•••)

Artigo 3° - O Prêmio de Incentivo será papo -3

mensalmente e terá como composição percentual o cri Lo

máxima o que se segue: 1-1-) C) R1 O

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Ocorre que, apesar de o Prêmio de Incentivo ser C) Lf-) vantagem que integra de forma definitiva os vencimentos da Autora, a c •

Ré em desrespeito a Constituição Federal, não computa o mesmo na oá Ld

base de cálculo do 13° Salário. a N *É- f.6 o O) E

Por outro lado, apesar de a Ré efetuar o pagamento do '5 8 o —

Prêmio de Incentivo nas férias da Autora, quando em atividade, .0 (-5 0

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A natureza jurídica do Prêmio de Incentivo, instituído pela -o_ cn (i)

Lei 8975/94, demonstra a característica de vantagem que integra os ,tr vencimentos, uma vez que é pago todo mês, desde a sua instituição OS

até a presente data e, consequentemente, não se justifica sua

exclusão no cálculo do pagamento do 13° Salário e no 1/3 (um terço) N O das férias. 5 -Co

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FALHA mART1Ns

uma vez que é pago a todos os servidores em atividade, sem qualquer

especificação de função ou local de trabalho.

DO 13° SALÁRIO PAGO SOBRE A REMUNERAÇÃO INTEGRAL

O 13° Salário é um direito social e deve ser pago com

base na remuneração integral ou sobre o valor da aposentadoria,

assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 7°, VIII, a saber:

"Artigo 7° - são direitos dos trabalhadores urbanos e

rurais, além de outros que visem a à melhoria de sua

condição social:

VIII - décimo terceiro salário com base na

remuneração integral ou no valor da aposentadoria."

(grifo nosso)

A norma Constitucional não deixa qualquer dúvida de que

o Décimo Terceiro Salário deve ser pago com base na remuneração

integral.

A Constituição Estadual em seu artigo 124 §3°,

igualmente assegura tal direito.

A Lei Complementar n°. 644/89, que regulou o 13° salário

pago aos servidores estaduais, igualmente determina o seu pagamento

com base na remuneração integral ou valor dos proventos de

aposentadoria, senão vejamos:

"Artigo 1° - O décimo terceiro salário de que trata o artigo

39, § 2°, combinado com o artigo 7°, inciso VIII, da

Constituição Federal, será pago anualmente, em dezembro,

a todos os servidores públicos civis e militares do Estado,

devendo ser calculado com base na remuneração integral

3107-275- l www.falleirosmartins.cpm Fy: i fallei.sosrnar, kutims.com br

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FALLEIROS & MARTINS

ou no valor dos proventos de aposentadoria ou reforma a

que fizerem jus naquele mês .

§ 1° - Para os fins desta lei complementar, entende-se por

remuneração integral a soma de todos os valores

percebidos pelo servidor em caráter permanente,

compreendendo: (grifo nosso)

1. vencimento, remuneração, salário ou proventos;

2. adicional por tempo de serviço;

3. sexta-parte;

4. gratificações incorporadas;

5. vantagem de Lei de Guerra;

6. gratificação pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho

Policial;

7. indenização pela sujeição ao Regime Especial de Trabalho

Policial Militar;

8. quotas fixas de que trata o inciso I do artigo 5° da Lei

Complementar n° 567, de 20 de julho de 1988;

9. vantagem pessoal percebida a qualquer título; e

10. Outras vantagens incorporadas.

§ 4° - Para fins de cálculo do décimo terceiro salário, não

serão considerados os valores pagos sob quaisquer dos

seguintes títulos:

1. indenização de qualquer natureza;

2. pagamentos atrasados não pertinentes ao exercício;

3. acréscimo de 1/3 (um terço) à retribuição mensal do

servidor, de que trata o artigo 39, § 2°, combinado como

artigo 7°, inciso XVII, da Constituição Federal;

4. créditos do Programa de Integração Social e do Programa

de Assistência ao Servidor Público Estadual;

5. diárias e ajuda de custo;

6. auxílio-transporte;

7. aplicação dos itens 1 e 2 do § 3° do artigo 7° da Lei

Complementar n° 567, de 20 de julho de 1988;

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[ALLEAROS & MAM NS

8. salário-família e salário-esposa; e

9. outros que não sejam pertinentes à remuneração ou aos

proventos.

Observe-se que o artigo 1°, § 4°, apenas exclui as

gratificações absolutamente transitórias, como auxílio transporte,

diárias, ajuda de custo, e outras, totalmente diferente do Prêmio de

Incentivo, que é vantagem paga mensalmente, integrando os

vencimentos com habitualidade desde o ano de 1994, sem interrupção,

o que justifica o seu cômputo no 13° Salário.

DO ACRÉSCIMO DE 1/3 (UM TERÇO) SOBRE AS FÉRIAS

A Ré, apesar de realizar pagamento do referido prêmio

nas férias, não o credita sobre o acréscimo de 1/3 (um terço).

Com efeito, o acréscimo de 1/3 (um terço) sobre as férias

é assegurado pelo inciso XVII do artigo 7° da Constituição Federal:

"Artigo 7° (.

XVII — gozo de férias anuais com, pelo menos, um

terço a mais do que o salário Normal.". (Grifo Nosso)

Assim, inteiramente devido o pagamento do acréscimo de

1/3 das férias sobre o Prêmio de Incentivo.

O 13° Salário e férias com acréscimo de 1/3 (um

terço), são vantagens trabalhistas, pagas a todos os

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ou de empresas privadas, por força do

§ 3° do artigo 39 da Constituição Federal

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Rua Santo Antonio, 316 Apt. Beta Vista Sâo Pado SP 43703 ,14-000

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[ALLLIROS MAR1Ír s

A jurisprudência mais recente do Egrégio Tribunal de Justiça

de São Paulo, agasalha tal entendimento e neste sentido, pode-se destacar

algumas decisões, a saber:

APELAÇÃO COM REVISÃO n° 813.860.5/5-00

COMARCA: SÃO PAULO

APELANTES: APARECIDA MARQUES ROSA (E OUTROS)

APELADA: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

SERVIDOR PUBLICO. PRÊMIO DE INCENTIVO À

QUALIDADE (PIQ). Leis Estaduais n° 8.975/94, 9185/95 e 9

463/96.Pretensão à inclusão no cálculo do 13° salário e

terço constitucional das férias Admissibilidade Vantagem

que por ser de caráter permanente deve integrar a

remuneração integral. Exegese dos artigos 7o, VIII, e 39, §

3o, da Constituição Federal. Precedentes deste Tribunal

de Justiça. Ação procedente Recurso provido.

COMARCA: SÃO PAULO

APELAÇÃO N° 766.279-5/7-00

APELANTES: MARIA CILEIDE NERY E OUTROS

APELADA: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Servidor público estadual - Servidores da área da saúde -

Prêmio de Incentivo - Pretensão a sua inclusão no cálculo

do 13" salário e 1/3 de férias - Conhecimento - lei n°.

8.975/1994, com as alterações efetuadas pelas Leis

9.185/95 e 9.463/96 - Ação procedente - Recurso provido.

APELAÇÃO CÍVEL: 785.582-5/9

COMARCA: SÃO PAULO

APELANTE: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

APELADA: SANDRO LUIS DOS SANTOS DE JESUS UEHARA

SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL Secretaria de Saúde -

Pretensão do autor objetivando a inclusão do Prêmio de

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FA LLEI RO S: & M.A RJINS

Incentivo à Produtividade e Qualidade (PIPQ), criado pela

Lei Estadual n° 8.975/94, prorrogada por prazo

determinado pela Lei Estadual n° 9.185/95 e novamente

prorrogada por tempo indeterminado pela Lei Estadual n°

9.463/96, devidamente regulamentada pelo Decreto

Estadual n° 41.794/97, no cálculo do 13° salário e do

acréscimo de um terço de férias - Procedência da ação

decretada em primeiro grau - Exclusão prevista no

parágrafo único do art. 4°, da Lei Estadual n° 8.975/94, que

contrasta com preceito constitucional - Arts, 7o, VIII, e 39,

§ 3o, da CF, que asseguram a incidência do 13° salário

sobre a remuneração integral dos servidores públicos —

Lei Complementar Estadual n° 644/89 que também

preconiza a mesma forma de cálculo — Prêmio que vem

sendo pago reiteradamente por vários anos, restando

descaracterizada a conotação de provisoriedade prevista

na legislação estadual - Daí, que desde a sua instituição a

vantagem pecuniária deve ser incluída no cálculo do 13°

salário e do acréscimo de um terço de férias - Sentença

mantida — Recurso não provido.

DO PRINCÍPIO DA IGUALDADE

Por fim, registre-se que a Ré, ao deixar de incluir o valor

correspondente ao Prêmio de Incentivo quando do pagamento do 13°

Salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias aos servidores da

Secretaria de Estado da Saúde, afronta o princípio da Igualdade.

Os servidores vinculados à Secretaria da Fazenda

percebem, mensalmente, o Prêmio de Incentivo à Qualidade — PIQ,

que é computado não só no pagamento do 13° salário, mas também no

acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, conforme determina o artigo 7°

da Lei Complementar n°. 887/2000.

(1.1) 3107-2751. www.falleiros,.nartins cr, 0, falleirosmartLfalleJ,_ riuis.com.br Rua Santu 316 Apt. 45, Bela Vista São PalÉo/SP CEP Cl .4-000

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FALHAR( (S, MARIIN s

O Prêmio de Incentivo (servidores da saúde) e o Prêmio

de Incentivo à Qualidade (servidores da Fazenda) possuem a mesma

natureza jurídica. Entretanto, apenas os servidores vinculados à c/J z Secretaria da Fazenda recebem, corretamente, o décimo terceiro

salário e o terço constitucional de férias, uma vez que computado o

PIQ para o cálculo dos benefícios, fato que demonstra a violação ao

princípio da isonomia insculpido no art. 5° da Constituição Federal. O 11J

DO PEDIDO O

(13 os

Pelo exposto, requer a Autora a citação da(s) Ré(s) na CL O In C6

'cr pessoa de seus representantes legais, para responder(em) aos termos a • w -0

• o da presente ação, sob pena de revelia, esperando ao final pela o o,

• -o procedência da ação com a condenação da(s) Ré(s) a(o): o O')

w -0 TC5 C o _C)• (0 - C \I

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acréscimo de 1/3 (um terço) das férias percebidas pela Autora; E -(VJ

5)• ó 8

b) pagamento das parcelas atrasadas, respeitando-se a 0 • o CL)

prescrição quinquenal, acrescida da correção monetária, desde a as 2 u> c.)

exigibilidade sucessivasucessiva das prestações, e juros de mora, a partir da -5 0 • o

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c) apostilar o título, para reconhecimento de futuro, do 15 uj

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direito pleiteado nesta ação, fixando-se prazo para cumpri-lo, sob pena dr;

de incidência de multa por dia de atraso, nos termos do artigo 645 do u,

Código de Processo Civil. o, N CD ...E.

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a) inclusão do Prêmio de Incentivo instituído pela Lei

Estadual N°. 8.975/94 no cálculo do 13° Salário, bem como no _ -

d) pagamento dos honorários advocatícios nos termos do

artigo 20, parágrafo 3° do Código de Processo Civil, bem como a

reembolsar a Autora das eventuais custas processuais despendidas;

(H) "A107-2.75b ‘c.v.iw.falleiros:uart-ins.c.J)rn Rua Santu António, 316 .Apt. 45. Gala tsta São Pau

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[At LEI ROS & MAM'

e) ainda, por não estar em condições de arcar com as

custas processuais sem prejuízo próprio e de sua família, requer seja

concedido o benefício da justiça gratuita, nos termos da Lei n°

1.060/50;

Protestam por todos os meios de prova em direito admitidos,

especialmente juntada de documentos.

Dá-se à causa o valor de R$ 47.280,00 (quarenta e sete mil e

duzentos e oitenta reais).

Nestes Termos,

P. Deferimento.

São Paulo, 21 de janeiro de 2015.

Alice de O. Martins Falleiros Mario Augusto de O. Bento Falleiros

OAB/ SP 333.197 OAB/SP 309.124

11) 3107-275, vmw.fa(letrosmart!ns.carn br j falleuosma ,)fatleaotliat tins.cor

Rua Sartu António, 316 Apt. 45. Feia Vista São Patu CEP 4j 1:314 000

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fls. 43

TERMO DE CONCLUSÃO

Eu, Reverson Leandro Mendes, Chefe de Seção Judiciário. matr. M35N729. em II de setembro de 2015, faço estes autos conclusos ao(à) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto.

SENTENÇA

Processo n°:

1003311-95.2015.8.26.0053 - Procedimento Ordinário Requerente:

Zulmira Feriato Alexandre Requerido:

'Fazenda do Estado de São Paulo e SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV

Justiça Gratuita Z CY; CO o t z cc2, < co

o o Vistos etc. 2 :t3

o .8

ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE ajuizou a presente ação pelo 2 cn w 1,9

procedimento ordinário em face da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO o • o 0. CO

PAULO e da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA -- SPPREV, alegando que é 0.) • •

CL) In

servidora pública aposentada e faz jus à concessão do Prêmio de Incentivo, E N

instituído pela Lei 8.975/94, sendo que o mesmo deve ser calculado sobre En (Y.)

o 13" salário e 1/3 das férias. Assim requereu a procedência da ação para 73 c), c

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condenar as requeridas à inclusão do Prêmio de Incentivo no cálculo do al o .-

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13° salário. bem como no acréscimo de 1/3 das férias percebidas pela -5)0 c

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autora; e o pagamento das parcelas atrasadas. respaitando-se a prescrição o o

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quinquenal, acrescida da correção monetária. desde a exigibilidade • E U -.a

apostilamento do benefício. Requereu a gratuidade judiciária. Atribuiu à (1)

causa o valor de R$ 47.280,00. A petição inicial de fls. 01/10 veio

instruída com o instrumento procuratório e documentos de fls. 11/17. Por o u) N cÕ

meio da decisão de fl. 19 foi deferida a gratuidade judiciária. Citadas --- - C/3

(certidões de fl. 25 e fl. 28), as requeridas contestaram. em peça única, às E • á ais

fls. 29/34. pugnando pela improcedência da ação, com os consectários o (1) ro • o O (1) C U)

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O presente é assinado digitalmente pelo(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto, nos termos O

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do art. 1°, §2°, inciso In, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006. _c) ct = c o _ o s(5

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Juiz(a) de Direito: Dr(a). Emílio Migliano Neto.

sucessiva das prestações. e juros de mora, a partir da citação, e o

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fls. 44

legais. Réplica à fl. 37. Instadas as partes a especificarem outras provas

que pretendessem produzir (fl. 38). ambas informaram que não possuem

outras provas. pleiteando pelo julgamento antecipado da lide (fl. 41 e fl.

42).

É o relatório do essencial.

Passo à fundamentação e à decisão.

Conheço diretamente do pedido e pela convicção de não haver

necessidade de produção de prova pericial e instrução em audiência, passo

à seguinte fase conforme o artigo 330, I. do Código de Processo Civil, uma

vez que o deslinde da controvérsia está a depender exclusivamente da

aplicação do direito aos fatos já positivados nos presentes autos.

Nos termos do art. 1" da Lei 8.975/94. de 25.11.1994. poderá ser

concedido, em caráter experimental e transitório, pelo prazo de 12 (doze)

meses, prêmio de incentivo aos servidores em exercício na Secretaria da

Saúde, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da

qualidade dos serviços prestados na área da saúde. sendo certo que o

prêmio de incentivo será pago mensalmente (art. 3" do Decreto 42.955. de

23.3.1998).

Embora a Lei 8.975/94 tenha sido alterada pela Lei 9463/96. a qual

deu continuidade ao pagamento do acréscimo financeiro, não se pode

perder de vista que o benefício trata de incremento de produtividade e do

aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde.

Sendo assim, não há possibilidade dos inativos serem atingidos pelo

alimento financeiro. até porque não mais podem ter produtividade nem

conseguem aprimorar a qualidade dos serviços da saúde.

Destarte. exigindo os diplomas legais requisitos que os aposentados

não podem cumprir, não resta dúvida que a gratificação se enquadra como

O presente é assinado digit'lmente pelo(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto, nos termos

do art. 1°, §r, inciso III, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006.

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fls. 45

propter laborem ou nropter personue e não em caráter geral.

Se assim é. por óbvio. descabe falar em extensão aos inativos.

A respeito do tema, ademais. assim tem se pronunciado o Tribunal

de Justiça de São Paulo:

"SERVIDOR PÚBLICO PAI ATIVIDADE. PRÉMIO

IN('ENTI"O. Lei Estadual n. 8.9'5'94 alterada pela Lei

Estadual n. 9.185/95. Pretensão à inclusão na base de cálculo

do 13" salário e das férias. Aplicação do artigo 7". inciso VIII 1— ó w z mai e. c. artigo 39, , 3", ambos da ('onslituição Federal. A O '1- z6

incorporação do benefício é vedada, pois O acréscimo - ,- <co

cio pecuniário expressa vantagem "pra labore faciendo", sendo

o so o devido somente aos servidores em atividade, porquanto registra :.-3 cD

o pressuposto do efetivo exercício da função. A vantagem W ▪ °

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pecuniário instituída quer premiar e estimular O servidor para cu •"-' c° tn

que retina melhor desenvolvimento qualitativo e quantitativo, o E ',5

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que não significa que sua incidência não alcance os demais' ',5 a.) o ,-- direito.' do servidor, já que, em atividade, o beneficio é devido -o co aS r) c c>

e deve compor a base de cálculo do 13" salário e das . férias. en ,___ _ cn O

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Condenação ao pagamento das verbos pretéritas, respeitada a c , (,:s {2 o -é.. prescrição quinquenal." (TISP, 9" C 2

amara de Direito Público, o 0.. o o -o

Apelação Cível n" 1001507-42.2014.8.26.0663 . j. 15.10.2015, as E cp -5.

eminente Relatora Desembargadora Regina Capis 6

trano). o .a. -..-

(grifei) r.-- .,zr- u) ct5

I.: CD

POSTO ISSO. julgo improcedente o presente pedido na forma do u) ,....._

n

artigo 269, inciso 1. do Código de Processo Civil, e consequentemente — o_ ln — o u-) N "Áz,

julgo extinto o processo, com julgamento do mérito. --._ ,

-,,---.. Arcará a vencida com as custas e despesas processuais. bem como E "ái_

verba honorária que fixo em RS 1.000,00. valor esse que será atualizado a o a>

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do art. 1°, §2°, inciso III, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006.

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fls. 46

partir da publicação da presente sentença. devendo ser observado que a

autora é beneficiaria da justiça gratuita (fl. 19).

São Paulo. 30 de dezembro de 2015.

Emílio Migliano Neto Juiz de Direito

(assinado digitalmente)

GF

O presente é assinado digitalmente pelo(a) MM. Juiz(a) de Direito Dr(a). Emílio Migliano Neto, nos termos

do art. 1°, §2°, inciso III, alínea "a", da Lei Federal n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006.

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São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 75

Registro: 2016.0000244814

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE, são apelados FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV.

ACORDAM, em 8a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores CRISTINA COTROFE (Presidente sem voto), RONALDO ANDRADE E LEONEL COSTA.

São Paulo, 13 de abril de 2016

MANOEL RIBEIRO

RELATOR

Assinatura Eletrônica

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São Paulo 8° Câmara de Direito Público

fls. 76

Voto n° 2822

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053

Apelante: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE

Apelados: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e SÃO

PAULO PREVIDÊNCIA SPPREV

Comarca de São Paulo

Juiz prolator da sentença: Dr. Emílio Migliano Neto

SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL --

Pretensão de inclusão do "Prêmio de

Incentivo" (Lei n° 8.975/94) no cálculo do 13°

salário e no acréscimo de 1/3 de férias -

Sentença de improcedência da ação - Prêmio

que deve ser considerado em sua

integralidade para os aludidos cálculos

Pretensão que conta com amplo amparo

jurídico Artigos 39, §§3° e 7°, VIII, da

Constituição Federal e Lei Estadual n°

644/1989 - Benefício pago com habitualidade

Princípio da separação dos Poderes não

violado Inaplicabilidade da Lei 11.960/2009

Decisão do STF na ADI n° 4357/DF, que

decretou a inconstitucionalidade, "por

arrastamento", do seu art. 5° - Entendimento

desta Câmara no sentindo de que não mais

prevalece no ordenamento jurídico o artigo 1°-

F da Lei n° 9.494'97, com a redação dada pelo

artigo 5° da Lei n° 11.960/2009, impondo-se

aplicar a redação do aludido artigo, em

conformidade com a MP 2.180-35/01 -

Precedentes Recurso provido.

Trata-se de ação ordinária, ajuizada por ZULMIRA

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 2/17

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São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 77

FERIATO ALEXANDRE contra FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE

SÃO PAULO e SÃO PAULO PREVIDÊNCIA SPPREV, objetivando a

inclusão do Prêmio de Incentivo de Qualidade (PIQ) no cálculo do 13°

salário e 1,3 sobre as férias percebidas pela autora, com pagamento

das parcelas atrasadas, respeitada a prescrição quinquenal, acrescidas

de correção monetária, desde a exigibilidade sucessiva das

prestações e juros de mora, a partir da citação. Requereu, ainda, o

apostilamento do título.

A r. sentença (fls. 43/46), cujo relatório é adotado,

julgou improcedente o pedido, na forma do artigo 269, inciso I, do

Código de Processo Civil, por entender que o prêmio incentivo é uma

gratificação propter laborem ou propter personae e não uma vantagem

de caráter geral. Condenou a autora ao pagamento de custas e

despesas processuais, bem como verba honorária fixada em R$

1.000,00, respeitada a gratuidade de justiça.

Inconformada, apela a autora (fls. 49/57), postulando

a reforma da sentença. Sustenta, em síntese, que (i) o Prêmio de

Incentivo foi concedido de forma geral para todos os servidores e o

patamar de 50% constitui um piso do qual a gratificação, oferecida de

forma generalizada, caracteriza-se num aumento de vencimentos

disfarçado, devendo ser estendido aos servidores inativos; e (ii) a

Constituição Federal determina a extensão do décimo terceiro e férias

aos servidores públicos (art. 39, § 3°).

Regularmente processado o recurso (fls. 58), foram

apresentadas contrarrazões (fls. 61/65).

É o relatório.

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 3/17

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São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 78

Em que pese o entendimento adotado pelo nobre

juiz sentenciante e as razões de seu convencimento, o recurso

comporta provimento.

A vantagem denominada "Prêmio de Incentivo" foi

instituída pela Lei Estadual n° 8.975, de 25 de novembro de 1994, para

os servidores da Secretaria da Saúde. De acordo com o artigo 1° de

referida Lei, com a redação dada pela Lei Estadual n° 9.463, de 19 de

dezembro de 1996, ficou determinado que:

"poderá ser concedido, aos servidores em

exercício na Secretaria da Saúde, Prêmio de Incentivo,

objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da

qualidade dos serviços e das ações executadas pela referida

Secretaria, mediante avaliação dos seguintes fatores: I

integralidade da assistência ministrada; II - grau de resolutividade

de assistência ministrada; III universidade do acesso e

igualdade do atendimento; IV - racionalidade dos recursos para

manutenção e funcionamento dos serviços; V - crescente

melhoria do Sistema Único de Saúde - SUS/SP".

Consoante dispõe o artigo 2°, §1°, do mesmo

diploma:

"a metade dos recursos destinados ao benefício

de que trata esta lei será dividida entre os servidores em exercício

na Secretaria da Saúde e nas autarquias a ela vinculadas,

respeitando-se, para essa divisão, apenas a classificação por

nível de complexidade da atividade de cada categoria funcionar'.

O Decreto n° 41.794, de 19/05/97, que regulamentou

o benefício. estabeleceu, em seu artigo 3°, que:

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 4/17

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"O Prêmio de Incentivo será pago

trimestralmente e terá como composição percentual máxima o

que segue:

I - 50% (cinquenta por cento) resultantes da

aplicação do disposto no § 1° do artigo 2° da Lei n° 8.975, de 25

de novembro de 1994, com a redação dada pela Lei n° 9.463. de

19 de dezembro de 1996;

II - 25% (vinte e cinco por cento) resultantes

da avaliação individual a ser efetuada pela Chefia imediata do

servidor;

1// - 25% (vinte e cinco por cento) resultantes

da avaliação institucional, a ser efetuada pela Comissão a que se

refere o artigo 9° deste decreto".

Desse modo, depreende-se da norma

regulamentadora aludida que o Prêmio de Incentivo compõe-se de uma

parte fixa, a qual efetivamente consubstancia-se em aumento de

vencimentos - na medida em que fora estendida a todos os servidores

de forma geral e indiscriminada - e de uma parte variável, arbitrada de

forma particularizada para cada servidor, em função de avaliação

individual e institucional.

Diante da disciplina legal dada à matéria, em se

tratando de benefício que vem sendo pago habitualmente aos

servidores, seja em sua parcela variável ou invariável - entende-se que

o Prêmio de Incentivo reveste-se de caráter remuneratório, devendo,

portanto, ser considerado para todos os efeitos, integrando a base de

cálculo do 13° salário e do terço de férias.

Lembre-se que os servidores públicos gozam de

direitos sociais, assegurados aos trabalhadores do setor privado,

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 5/17

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TRIBUNAL, DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO

São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 80

conforme dispõe o art. 39, §3°, da CF. Assim, fazem jus ao "décimo

terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da

aposentadoria" (art. 7°, VIII, da CF) e ao "gozo de férias anuais

remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário

normal" (art. 7°, XVII, da CF).

A consequência dos preceitos constitucionais

expostos, que utilizam as expressões "integral" e "normal", é a de que

todas as parcelas remuneratórias recebidas pelos servidores devem

integrar a base de cálculo do valor correspondente aos direitos sociais

assegurados.

Aliás, em consonância com a disciplina

constitucional, dispõe a Lei Estadual n° 644/1989:

"Artigo 1° - O décimo terceiro salário de que trata

o artigo 39, § 2°, combinado com o artigo 7°, inciso VIII, da

Constituição Federal, será pago anualmente, em dezembro, a

todos os servidores públicos civis e militares do Estado, devendo

ser calculado com base na remuneração integral ou no valor dos

proventos de aposentadoria ou reforma a que fizerem jus naquele

mês".

Além disso, a Resolução SS - 1, de 7-1-2009, de

autoria do Secretário do Estado da Saúde estabelece:

"O Secretário de Estado de Saúde, considerando

que 50% (cinqüenta por cento) do recurso destinado ao

pagamento do prêmio de incentivo é dividido aos servidores em

exercício na Secretaria de Estado da Saúde, independente de

avaliação; considerando disposições do artigo 40, §3°, da Carta

Magna que estabelece que "os proventos de aposentadoria, por

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 6/17

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fls. 81

: Mi TRIBUNAL DE JUSTIÇA %me PODER JUDICIÁRIO

São Paulo 8" Câmara de Direito Público

ocasião de sua concessão, serão calculados com base na

remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a

aposentadoria e, na forma da lei. corresponderão à totalidade da

remuneração"; e considerando que servidores vem conquistando

o direito à percepção prêmio de incentivo após a aposentação,

mediante decisão judicial, resolve:

Artigo 1° - O servidor do quadro da Secretaria

de Estado da Saúde que, por ocasião da aposentadoria,

esteja percebendo o Prêmio de Incentivo de que trata a Lei n°

8.975, de 25 de novembro de 1994, alterada pela Lei n° 9.463,

de 19 de dezembro de 1996, fará jus a manutenção do

benefício no valor preconizado no inciso 1, do artigo 3°, do

Decreto n° 41.794, de 19 de maio de 1997.

Parágrafo Único - O benefício de que trata o

"caput" será calculado com base no valor estabelecido para o

cargo/função - atividade em que se der a aposentadoria.

Artigo 2.° - Não fará jus ao beneficio de que trata

o artigo anterior o servidor que, por ocasião da aposentadoria. se

encontre afastado a qualquer título, exceto quando tratar-se de

licença para tratamento de saúde ou licença por acidente de

trabalho ou doença profissional.

Artigo 3.° - As disposições desta resolução

aplicam-se, nas mesmas condições, aos servidores que passaram

à inatividade a partir do exercício de 1995.

Artigo 4. ° - Esta resolução entra em vigor a

partir de 01 de janeiro de 2009." (g. n.)'

Aliás, consoante anota o eminente Des. Paulo

Dimas Mascaretti: "De qualquer modo, mesmo as vantagens

Apelação n° 1003311-95.2015.8_26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 7/17

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fls. 82

pecuniárias concedidas a título transitório são espécies do gênero

retribuição pecuniária, ou seja; constituem uma efetiva contraprestação

pelo desempenho das funções, não podendo então ser suprimidas

para fim de aplicabilidade dos direitos sociais previstos no artigo 7°,

incisos VIII e XVII, da Constituição Federar.

E arremata: "À evidência, em relação às vantagens

não incorporadas, ou seja, que não se aditam a título definitivo ao

vencimento, o cálculo do 13° salário e do acréscimo de um terço das

férias as alcançará enquanto vigorarem; ocorrendo a supressão, fica

automaticamente excluída a incidência; mas a transitoriedade não

pode interferir na aplicação de um direito social, na exata dimensão do

texto constitucional, sendo irrelevante, daí, a exclusão prevista na

norma local. dada a observância obrigatória da Lei Maior"2.

Assim, o cálculo do 13° salário e 1/3 de férias deve

abranger, também, o Prêmio de Incentivo, não restando, em razão

disso, aviltado o princípio da separação dos Poderes, tampouco

desrespeitado o âmbito de discricionariedade da Administração

Pública.

Nesse sentido, jurisprudência deste E. Tribunal de

Justiça:

"SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL -

Diferenças salariais - Prescrição do fundo do direito afastada,

reconhecendo-se a ocorrência da prescrição quinquenal -

PRETENSÃO À INCLUSÃO DO PRÊMIO INCENTIVO NA BASE

DE CÁLCULO DO 13° SALÁRIO E 1/3 DE FÉRIAS -

Admissibilidade - Prêmio que vem sendo pago reiteradamente por

Apelação Civel n° 0010026-17 2011.8 26.0602. julgada em 08/08/2012. 2 Idem.

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 8/17

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fls. 83

vários anos, restando descaracterizada a conotação de

provisoriedade prevista na legislação estadual precedente deste

E. Sodalicio - JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO

MONETÁRIA - Aplicação da Lei n° 11.960/2009 Impossibilidade

- A regra a ser utilizada é a contida no artigo 1°-F. da Lei

9.494/97, sem contudo observar as regras da Lei n° 11.960/2009,

por ser declarada inconstitucional pelo Plenário do STF - Decisão

reformada Recurso provido" (Apelação n°

1010619-47.2014.8.26.0562, Rel. Des. Rebouças de Carvalho,

93 Câmara de Direito Público, julgado em 27/10/2014).

"AGRAVO REGIMENTAL EM DECISÃO

MONOCRÁTICA - Ratificação dos fundamentos desta, cujos

elementos de convicção não foram infirmados (artigo 252 do

Regimento Interno/2009): SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL -

PRÊMIO DE INCENTIVO À QUALIDADE (PIQ) - LEI ESTADUAL

N.° 8.975/94

Vantagem que, embora formalmente não

incorporável, é de caráter permanente, integrando a

remuneração do servidor Logo, o valor deste prêmio,

destacado no demonstrativo mensal, deverá ser levado em

conta para o cálculo do décimo terceiro salário, do terço de

férias e dos adicionais por tempo de serviço (quinquênio e sexta-

parte), diante do disposto nos artigos 7°. VIII e 39, § 3°, da

Constituição Federal, e art. 129 da Constituição Estadual -

Vantagem abrangida pelo enunciado da Súmula n° 31 do TJSP -

Nega-se provimento ao apelo da Fazenda do Estado, com

observação quanto à legislação aplicável ao cálculo dos juros e

correção monetária - Agravo regimental desprovido." (Apelação

n° 0004398-26.2010.8.26.0297, Rel. Ponte Neto, 82 Câmara de

Direito Público, julgado em 27/11/2013) (grifo nosso).

"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

SECRETARIA DA SAÚDE. Prêmio de INCENTIVO (LEI

ESTADUAL 8.975/94). INCORPORAÇÃO E INTEGRAÇÃO NO

CÁLCULO DO 13° SALÁRIO E 1/3 DE FÉRIAS. A aparência

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 9/17

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fls. 84

inicial de precariedade do benefício passou a ter a

característica de permanência, com as reiteradas reedições

da sua incidência e indistinta aplicação, além de previsão na

lei específica de integração aos proventos. Incorporação do

beneficio, que ora configura verdadeiro aumento salarial. Decisão

reformada. Recurso provido." (Apelação n°

0010901-73.2012.8.26.0562, Rel. Danilo Panizza, / a Câmara de

Direito Público, julgado em 27/08/2013). (grifo nosso).

"SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL.

PRÊMIO DE INCENTIVO instituído pela Lei n° 8.975/94.

Pretensão de inclusão dos valores percebidos a título de prêmio

de incentivo na base de cálculo do DÉCIMO TERCEIRO

SALÁRIO E DO ACRÉSCIMO DE UM TERÇO DAS FÉRIAS.

CABIMENTO. Observância ao disposto no art. 1° e §1° da Lei

Complementar Estadual n°. 644/89 e art. 7°, incisos VIII e XVII,

c.c art. 39, §3°, da CF. Manutenção da r. sentença de

procedência. Recursos desprovidos." (Apelação n° 0006288-

95.2012.8.26.0566, Rel. Des. Peiretti de Godoy, 13a Câmara de

Direito Público, julgado em 21/08/2013).

Dessa forma, mister a reforma da r. sentença, a fim

de acolher a pretensão recursal e, consequentemente, o pedido inicial.

Quanto aos juros de mora e à correção monetária,

incidentes sobre os valores devidos aos servidores, não é caso de

aplicação da Lei n° 11.960/2009 à hipótese vertente.

O Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de

Inconstitucionalidade n° 4.357, em 14 de março de 2013, afirmou a

inconstitucionalidade de dispositivos da Emenda Constitucional n° 62,

de 2009, e. "por arrastamento", do artigo 5° da Lei n° 11.960, de 2009.

Assim, entende-se que não mais subsiste, no ordenamento jurídico, o

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 10/17

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fls. 85

artigo 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a redação dada pelo artigo 5° da

Lei n° 11.960/2009, devendo incidir o referido artigo, com a redação

dada pela Medida Provisória n° 2.180-35, de 24.08.2001.

A questão alusiva à extensão da declaração de

inconstitucionalidade, se atinge parte do art. 5° da Lei n° 11.960/2009

ou sua integralidade, ainda não está definitivamente resolvida,

especialmente acerca de limitação ao âmbito do precatório expedido

ou sobre a condenação na fase de conhecimento.

Consoante anota o eminente Ministro Luiz Fux, na

análise de repercussão geral - Tema 810 RE 870947:

"Destarte, a decisão do Supremo Tribunal

Federal foi clara no sentido de que o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97,

com a redação dada pela Lei n° 11.960/09, não foi declarado

inconstitucional por completo. Especificamente quanto ao regime

dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à

Fazenda Pública, a orientação firmada pela Corte foi a seguinte:

Quanto aos juros moratórios incidentes sobre

condenações oriundas de relação jurídico-tributária, devem ser

aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda

Pública remunera seu crédito tributário:

Quanto aos juros moratórios incidentes sobre

condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, devem

ser observados os critérios fixados pela legislação

infraconstitucional, notadamente os índices oficiais de

remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança,

conforme dispõe o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a redação

dada pela Lei n° 11.960/09.

Revela-se, por isso, necessário e urgente que

o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão

geral, a tese jurídica fixada nas ADIs n° 4.357 e 4.425,

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 11/17

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fls. 86

orientando a atuação dos tribunais locais aplicação dos

entendimentos formados por esta Suprema Corte".

Por outro lado, a eficácia prospectiva reconhecida na

modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade do art. 5° da

Lei 11.960/09 faz alusão a precatório expedido. Portanto, a questão

alusiva à limitação da declaração de inconstitucionalidade ao âmbito do

precatório expedido ou sobre a condenação na fase de conhecimento

ainda não está resolvida, cabendo invocar a decisão eminente Ministro

Luiz Fux, na análise de repercussão geral - Tema 810 - RE 870.947,

que afirma:

"Segunda Questão:

Regime de atualização monetária das

condenações impostas à Fazenda Pública

Já quanto ao regime de atualização monetária

das condenações impostas à Fazenda Pública a questão reveste-

se de sutilezas formais. Explico.

Diferentemente dos juros moratórios, que só

incidem uma única vez até o efetivo pagamento, a atualização

monetária da condenação imposta à Fazenda Pública ocorre em

dois momentos distintos.

O primeiro se dá ao final da fase de

conhecimento com o trânsito em julgado da decisão condenatória.

Esta correção inicial compreende o período de tempo entre o

dano efetivo (ou o ajuizamento da demanda) e a imputação de

responsabilidade à Administração Pública. A atualização é

estabelecida pelo próprio juízo prolator da decisão condenatória

no exercício de atividade jurisdicional.

O segundo momento ocorre já na fase executiva,

quando o valor devido é efetivamente entregue ao credor. Esta

última correção monetária cobre o lapso temporal entre a

inscrição do crédito em precatório e o efetivo pagamento. Seu

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 12/17

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fls. 87

cálculo é realizado no exercício de função administrativa pela

Presidência do Tribunal a que vinculado o juízo prolator da

decisão condenatória.

Pois bem. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar

as ADIs n° 4.357 e 4.425, declarou a inconstitucionalidade da

correção monetária pela TR apenas quanto ao segundo período,

isto é, quanto ao intervalo de tempo compreendido entre a

inscrição do crédito em precatório e o efetivo pagamento. Isso

porque a norma constitucional impugnada nas ADIs (art. 100, §12,

da CRFB, incluído pela EC n° 62/09) referia-se apenas à

atualização do precatório e não à atualização da condenação ao

concluir-se a fase de conhecimento.

As expressões urna única vez e até o efetivo

pagamento dão conta de que a intenção do legislador ordinário foi

reger a atualização monetária dos débitos fazendários tanto na

fase de conhecimento quanto na fase de execução. Daí por que o

STF, ao julgar as ADIs n° 4.357 e 4.425. teve de declarar a

inconstitucionalidade por arrastamento do art. 1°-F da Lei n°

9.494/97. Essa declaração, porém, teve alcance limitado e

abarcou apenas a parte em que o texto legal estava logicamente

vinculado no art. 100, §12, da CRFB. incluído pela EC n° 62/09, o

qual se refere tão somente à atualização de valores de

requisitórios.

Na parte em que rege a atualização monetária

das condenações impostas à Fazenda Pública até a expedição do

requisitório (i.e., entre o dano efetivo/ajuizamento da demanda e a

condenação), o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97 ainda não foi objeto de

pronunciamento expresso do Supremo Tribunal Federal quanto à

sua constitucionalidade e, portanto, continua em pleno vigor.

Ressalto. por oportuno, que este debate não se

colocou nas ADIs n° 4.357 e 4.425, uma vez que, naquelas

demandas do controle concentrado, o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97

não foi impugnado originariamente e, assim. a decisão por

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 1 3/1 7

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arrastamento foi limitada à pertinência lógica entre o art. 100, §12,

da CRFB e o aludido dispositivo infraconstitucional.

Essa limitação, porém. não existe no debate dos

juros moratórios, uma vez que, segundo a jurisprudência pacífica

do STF, não incidem juros moratórios sobre precatórios (no prazo

constitucional entre a sua expedição e o pagamento efetivo), de

sorte que o arrastamento decidido pelo STF nas ADIs n° 4.357 e

4.425 refere-se, tal como fazia o art. 100, § 12 da CRFB, aos juros

rnoratórios fixados na data da condenação.

Não obstante isso, diversos tribunais locais vêm

estendendo a decisão do Supremo Tribunal Federal nas ADIs n°

4.357 e 4.425 de modo a abarcar também a atualização das

condenações (e não apenas a dos precatórios). Foi o que fez o

TRF da 4a Região no presente recurso extraordinário.

(...)

Ainda que haja coerência, sob a perspectiva

material, em aplicar o mesmo índice para corrigir precatórios e

condenações judiciais da Fazenda Pública. é certo que o

julgamento das ADIs n° 4.357 e 4.425 sob a perspectiva formal,

teve escopo reduzido. Daí a necessidade e urgência em o

Supremo Tribunal Federal pronunciar-se especificamente sobre a

questão e pacificar, vez por todas, a controvérsia judicial que vem

movimentando os tribunais inferiores e avolumando esta própria

Corte com grande quantidade de processos.

Manifesto-me pela existência da repercussão

geral da seguinte questão constitucional:

A validade jurídico-constitucional da

correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre

condenações impostas à Fazenda Pública segundo os

índices oficiais de remuneração básica da caderneta de

poupança (Taxa Referencial - TR), conforme determina o art.

1°-F da Lei n° 9.494/97, com redação dada pela Lei n°

1'1.960/09".

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 14/17

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO

São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 89

Há de prevalecer, portanto, a conclusão de que a

declaração de inconstitucionalidade das leis tem aplicabilidade

imediata, impondo-se reconhecê-la, até que sobrevenha,

definitivamente, a devida modulação.

E não resta dúvida de que, na decisão de

14/03/2013, o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou a

inconstitucionalidade "c) da expressão 'índice oficial de remuneração

básica da caderneta de poupança', constante do §12 do art. 100 da

CF, do inciso II do §1° e do §16, ambos do art. 97 do ADCT;" e "e) por

arrastamento, do art. 5° da Lei 11.960/2009" (informativo do STF n°

698).

Enquanto isso não ocorre é firme nesta Colenda

Câmara o entendimento, já explicitado, de que não mais prevalece no

ordenamento jurídico o artigo 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a redação

dada pelo artigo 5° da Lei n° 11.960/2009.

Nesta toada, os juros de 0,5% ao mês deverão

incidir na forma do art. 1°-F da Lei 9.494/97, em conformidade com a

redação da MP n° 2.180-35/2001, até que nova orientação seja firmada

pelo Pretório Excelso a respeito do alcance e efeitos da declaração de

inconstitucionalidade.

Cabe registrar que os juros incidirão a partir da

citação, conforme dispõe o art. 1°-F citado.

Quanto à correção monetária, aplica-se a Tabela

Prática do Tribunal de Justiça, até que nova orientação seja firmada

pelo Pretória Excelso.

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 15/17

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO

São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 90

Por derradeiro, inverte-se o ônus sucumbencial,

condenando-se as apeladas ao pagamento de honorários advocatícios,

fixados em R$ 2.000,00, nos termos do artigo 20, §§3° e 4°, do Código

de Processo Civil.

Cumpre observar que o aludido diploma legal

oportuniza ao magistrado a fixação da verba honorária advocatícia de

acordo com um juízo de equidade, permitindo, assim, a análise das

minúcias e circunstâncias factuais de cada caso concreto, de modo a

garantir a adequada e eficaz aplicabilidade da norma, bem como

assegurar a devida razoabilidade e proporcionalidade adstritas a essa

questão.

No caso em comento, o pleito inicial encontra-se

alicerçado em entendimento jurisprudencial já sedimentado nesta

Corte, de modo que não resta configurada a complexidade da causa a

ensejar a fixação dos honorários advocatícios em quantum superior ao

referido, ou de outra forma.

Considero prequestionada toda matéria

infraconstitucional e constitucional, a fim de viabilizar eventual acesso

às vias extraordinária e especial, lembrando que não é necessária a

menção de dispositivos legais para esse efeito, bastando que ela seja

apreciada para ensejar o manejo desses recursos (Súmulas 211 do E.

STJ e 282 do E. STF). Nesse sentido:

"O órgão judicial, para expressar a sua

convicção, não precisa aduzir comentários sobre todos os

argumentos levantados pelas partes. Sua fundamentação pode

ser sucinta, pronunciando-se acerca do motivo que, por si só,

achou suficiente para a composição do litígio" (STJ-1 a T., AI

1 69.073-SP-AgRg. Min. José Delgado, j. 4.6.98. v.u., DJU

Apelação n° 1003311-95 2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 16/17

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São Paulo 8" Câmara de Direito Público

fls. 91

17.8.98). No mesmo sentido: RSTJ 148/356, RT 797/332,

RJTJESP 115/207, JTJ 349/638 (AP 991.09.051344-5-EDc1)" 3

Ante o exposto, dá-se provimento ao recurso da

autora, para julgar procedente o pedido, condenado as apeladas à

inclusão do "Prêmio de Incentivo" no cálculo do décimo terceiro salário

e do terço constitucional de férias da apelante, bem como ao

pagamento das diferenças devidas, com correção monetária, desde o

vencimento das parcelas, pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça, e

juros de mora de 6% ao ano, a partir da citação, observada a

prescrição quinquenal. Sucumbentes, as apeladas arcarão com o

reembolso das custas e pagamento dos honorários advocatícios da

apelante, fixados em R$2.000,00, nos termos do artigo 20, §§3° e 4°,

do Código de Processo Civil, com atualização a partir da data da

sentença.

Manoel Ribeiro Relator

'Cedijo de Processo Ga: e legislação processnal em weor / Theotono Negrão, Jose '2oheno F Gouvea Lus Guilherme A Bondioll e João i5--ancisco N na Fonseca 45. ed São Paulo Sarava 2013 o 708 Nota 3' ao a figo 535

Apelação n° 1003311-95.2015.8.26.0053 - São Paulo - Voto n° 2.822 - 17/17

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PODER ,JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

MIM S.1 4.4.1 - Serv. de Proces. da 8" Câmara de Dir. Público

Endereço - Av. Brigadeiro Luiz António. 849. sala 205 - Bela

Vista - CEP: 01317-905 - São Paulo/SP - 3101 -8958

CERTIDÃO

Processo n": 1003311-95.2015.8.26.0053 Classe Assunto: Apelação - Gratificação de Incentivo Apelante Zulmira Feriato Alexandre Apelado Fazenda do Estado de São Paulo e outro Relator(a): Manoel Ribeiro Órgão Julgador: 8' Câmara de Direito Público

CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO

Certifico que o v. acórdão transitou em julgado em 10/06/2016.

São Paulo, 13 de julho de 2016.

Cláudia Cristina Pivatto - Matrícula: M815834

Escrevente-Chefe

fls. 93

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Data de disponibilização: 06.'09/2016 - Órgão Judicial: Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo - Caderno 3 - Judicial - la Instancia - Capital / Fortins Centrais - JUIZO DE DIREITO DA 7a VARA DE FAZENDA

Fóruns Centrais - Vara da Fazenda Pública JUÍZO DE DIREITO DA T VARA DE FAZENDA PÚBLICA JUIZ(A) DE DIREITO EMILIO MIGLIANO NETO ESCRIVÃ(0) JUDICIAL ALIE FE MARIA DE OLIVEIRA VALENTIM EDITAL DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADOS - Processo 1003311-95.2015.8.26.0053 - Procedimento Comum - Gratificação de Incentivo - Zulmira Feriato Alexandre - &/!8216;Fazenda do Estado de São Paulo e outro -Intime-se o(a) executado(a) &.#8216:Fazenda do Estado de São Paulo, SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, para que demonstre o cumprimento da obrigação de fazer (apostilamento do direito-), no prazo de 30 (trinta) dias.A parte executada poderá apresentar impugnação ao cumprimento da obrigação de fazer, no prazo de 15 (quinze) dias, contados desta intimação, nos termos do arts. 536. § 4° e 525. ambos do CPC.Deixo de arbitrar honorários advocatícios, devidos apenas em caso de impugnação (resistência). nos termos do art. 85. § 70, do CPC. Quanto as planilhas informes oficiais, observo que estas poderão ser obtidas administrativamente pelo(s) interessado(s) para a apresentação do demonstrativo de débito e requerimento nos termos do art. 534, razão pela qual este( s) devera(ão) diligenciar pessoalmente, ou por intermédio de seu advogado. junto ao departamento jurídico respectivo, acostando-os, a seguir. aos presentes autos. - ADV: ALICE DE OLIVEIRA MARTINS FALLEIROS (OAB 333197/SP). MARIO AUGUSTO DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS (OAB 309124/SP). STELA CRISTINA FURTADO (OAB 139166/SP)

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

COMARCA DA CAPITAL - FAZENDA PÚBLICA - 7aVFP

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N°. 1003311-95.2015.8.26.0053

REQUERENTE: ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE

PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 30 DIAS

Ao SAP,

Em atenção a intimação retro (pág. 41), solicito o

encaminhamento do presente expediente à SECRETARIA DA

SAÚDE, por ser a competente para cumprir a obrigação de

fazer, procedendo-se ao apostilamento do direito da autora para

incidência do PIQ sobre o décimo décimo terceiro e terço de

férias, nos_termos_da r. Sentença (págs. 28/31) e v. Acórdão

(págs.5/21), transitado em julgado, no prazo improrrogável

de 30 dias, cujos documentos comprobatórios deverão ser

encaminhados diretamente ao MM. Juiz da causa, com cópia

para esta Procuradoria, nos termos do Decreto n° 61.782/2016.

São Paulo, 23 de setembro de 2016.

STELA CRISTINA FURTADO

Procuradora do Estado

OAB/SP N° 139.166

Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2015 01 081419

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PGE Servidor Rii-:sidualCd2.INFRAHUE3 29/0912016 -10:‘̀-22

Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE, Henrique Sugahara Francisco/SAUDE/BR@SAUDE. Stela Cristina Fudado/PGE/BR@INFRAHUB.

Assunto: OBRIGAÇÃO DE FAZER - 2015.01.081419 - ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE

Texto da Mensagem

A.Solicitação de Ofícios (201501081419).pdf

B.Petição Inicial (201501081419)).pdf B.Sentença (201501081419).pdf C.Acórdão (201501081419).pdf 11'

D.Intimação (201501081419).pdf

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS

CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls.

TERMO DE SOLICITAÇÃO DE AUTUAÇÃO

Nesta data. solicito ao Núcleo de Apoio Administrativo da Coordenadoria de

Recursos Humanos a autuação do processo, de interesse de ZULMIRA FERIATO

ALEXANDRE, referente à ação judicial -- processo: 1003311-95.2015.8.26.0053 da 7"

Vara de Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, que deverá ser encaminhado ao Centro

de Legislação de Pessoal.

CLP, em 30 de setembro de 2016.

ORLANDO DELGADO FERNANDES

DIRETOR TÉCNICO II

CLP/ulh.

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4 OUT 2ü13 A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS

HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, DA

COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso de suas atribuições legais,

DECLARA, à vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°

1003311-95.2015.8.26.0053, da 7' Vara de Fazenda Pública - Foro Central e SS n°

001/0008/000.868/2016, que ZULMIRA FERIATO ALEXANDRE, RG. 55S7997, do

Conjunto Hospitalar do Mandaqui, faz jus a inclusão do valor do Prêmio de Incentivo,

instituído pela Lei n° 8.975/94 e alterações posteriores, na base de cálculo do DÉCIMO

TERCEIRO SALÁRIO e do acréscimo de 1/3 constitucional de FÉRIAS percebidos,

com o pagamento das diferenças devidas, observada a prescrição quinquenal (o

ajuizamento da ação ocorreu em 01/02/2015).

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

PORTARIA DA DIRETORA DE

PUBLICADO NO D O E

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CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, 1}0 GRUPO

DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos

EVELIN OLIVEIRA KUBO Diretor Técnico 11 - Substituto

Nm/1923

cOr. Aminado n:), Orittirptl