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“Fevereiro na pra- ia, noite agradável, calça- dão, música. Conheci uma menina e começamos a ficar. No en- tanto, eu não sabia no que ela estava pensando, mas na minha cabeça as coisas estavam claras: não era nada sério. E isso foi o oposto do que aconteceu. Depois de um tem- po eu já estava ficando assustado? Será que eu estou namorando e não sei? Acabei chamando ela para ‘discutir uma relação’. Du- rante a conversa notei que ela pensava em romance ao pôr-do-sol, e eu, curtição no litoral. Tentei explicar de forma que não pareces- se superficial, mas acho não fui bem-sucedido, porque ela ficou bastante triste. Descobri que dar um fora em alguém era mais difícil do que eu pensava. Estava quase pedindo desculpas por ter nascido. Ela chorou, eu não. Pensei que seria bom chorar, pra não parecer in- sensível, mas não iria conseguir forçar, então fiz cara de triste, mas na real estava confuso. Ela foi embora, e eu voltei pra casa, ator- doado, frustrado, sem companhia pro resto do verão.” Dante Fagherazzi, 19 anos, de Porto Alegre “Meu fora mais recente foi em maio. No dia do meu aniversário, meu namorado há oito meses não apareceu lá em casa. Pensei: no mínimo vai me fazer uma surpresa, o danadinho. No fim do dia resolvi ligar e ver se ele tinha morrido pra não me dar parabéns, e aí ele larga a pérola: ‘Acho que a gente precisa conversar’. Não quis ouvir mais nada! Desliguei o telefone e tratei de parar de chorar e fazer festa. Claro que no fim da noite lembrei dele, mas os amigos trataram de afastar esse pensamento de mim. Depois até nos falamos mais uma ou duas vezes por telefone, mas nunca nos encontramos pra terminar olho no olho. Acho que ele está ainda no meu pensamento justamente por isso. Odeio coisas deixadas pela metade, sem ponto final.” Taís Pizzato Pinheiro, 20 anos (Garibaldi) Levei bolo no dia do meu aniversÆrio almir dupont/agência rbs Tive, tive, detetive... Do relatório de Ico Thomaz: Fui conversar e mostrar as técnicas usadas pelos detetives particulares. Gostei tanto que resolvi investigar um dia na vida da minha colega Mauren. Sem ela perceber, vigiamos tudo, batemos fotos, fomos almoçar, fomos no cabeleireiro e até levamos o cachorrinho dela na pet shop. A Mauren ficou surpresa com as provas que apresentamos para ela. Cuidado: você pode estar sendo vigiado. (imagens no arquivo Patrola/ Amanhã/ RBS TV/ 13h45min) iversões eletrônicas, Internet, telefones com jogos e câmera fotográfica, videogames que mais se pa- recem com filmes – tudo isso é muito bom, mas nada se compara com o velho prazer da leitura. Sentar em um lugar confortável e aconchegante, com um bom livro à mão (e, se não for pedir muito, uma chuvinha de leve lá fora), não tem dinheiro que pague. Len- do, viajamos por lugares jamais imaginados, descobrimos coisas que nunca pensamos existir e por algum tempo má- gico esquecemos da atribulada vida lá fora. Meu gosto pela leitura começou desde piá. Lembro per- feitamente de duas pessoas que foram essenciais. Uma foi minha mãe, que ama ler e escrever – minhas redações do colégio ela guarda até hoje em uma caixi- nha e vez em quando me mostra o que eu escrevia. Gosta tanto de livros que faz resu- mos do que leu, tem vários cadernos completos de biogra- fias resumidas. Outro foi um mestre que tive no primeiro grau. O professor José Balduino Butzge incentivava muito a leitura em suas aulas, quanto mais você lia, mais pontos ganhava, e como a maioria da gurizada andava sempre com a corda no pescoço, se obrigava a ler para faturar uns ponti- nhos. Assim ele fez com que a turma toda pegasse gosto pela leitura. Nunca esqueço de uma frase dele: “Quem não lê fica néscio”. Perguntávamos: “Professor, o que é néscio?”. Ele respondia que estava no dicionário. Realmente um grande mestre esse cara. Estou falando tanto de leitura porque está acontecendo a Feira do Livro de Porto Alegre, que comple- ta nesta edição meio século. É muito especial caminhar pe- la Praça da Alfândega e ver crianças encantadas, jovens e adultos dividindo o mesmo espaço com ícones da nossa li- teratura. Circulando, podemos até bater um papo com Luis Fernando Verissimo, Moacyr Scliar, Lya Luft. Aproveitando a época, quero dar duas dicas de livros. Um deles é Getúlio, de Juremir Machado da Silva, o outro, Anverso e Reverso de um Crime, do meu amigo e conterrâ- neo Rafael Lovato. Um abração e não deixem de curtir a Feira. D ela janela do apartamento de um amigo, observava uma casa sendo destruída. A mansão, datada dos anos 1950, vai dar lugar a um prédio gigante no bairro Petrópolis. As marteladas repetitivas doíam dentro de mim. A casa esfacelada fez parte da mi- nha vida durante 20 anos. Cresci na mesma rua. Naquele momento, só pensava em como é difícil se desligar do pas- sado. Lembrava dos antigos vizinhos, amigos de rua e das nossas histórias. As recordações da família Rodrigues, que ainda eram tão presentes, pareciam estar indo embora com o desabar das paredes. Já o Ricardo, meu amigo, não con- seguia pensar em nada. Só tinha ouvidos para a barulheira que invadia a janela e arrombava os seus dias desde que a obra tinha começado. O bom disso tudo é que a história daquela casa não vai se apagar assim tão fácil. Ela só vai dar passagem para milha- res de novas histórias empilhadas. Várias famílias vão mu- dar para aquela rua e escrever outras linhas sobre o mesmo lugar. As novas gerações que vão crescer por lá como eu te- rão um olhar totalmente novo sobre a velha rua. Muitos de- les poderão até freqüentar o mesmo clube, escola ou pada- ria. A diferença será o tempo. Entendo nostalgia, mas não entendo egoísmo e ganância. O crescer das cidades é fato. O que não pede faltar é orga- nização e planejamento. Sugiro que a cada prédio construí- do, uma benfeitoria seja executada nos bairros. Que tal ado- tar praças, canteiros ou promover re- formas nas casas tombadas que já ha- bitam o lugar? Acho que esta pode ser uma idéia simpática para as construtoras botarem em prática. Hoje moro num bairro que também co- meça a ser tomado por grandes prédios. Sinto a falta de pra- ças cuidadas e ruas mais seguras. Aproveitando a oportuni- dade: desculpe pela invasão! Quanto aos vizinhos de dife- rentes lugares, se pudesse dizer uma palavra, seria respeito. Muitos Ricardos ainda vão conhecer e conviver com outras famílias Rodrigues. No entanto, a liberdade de cada um de- les ainda vai terminar quando começar a do outro. Beijolas construtivas. P Vizinhança invadida [email protected] [email protected] “Nossa! Muito obrigada pelo o que vocês fizeram comigo e com os vencedores da promo- ção. Camarote, ficar entre o palco e a grade na maior tran- qüilidade e depois ir lá no cama- rim ver o Chorão. Foi além do que a promoção prometia! Tu foi muitooo legal, Ca- mila! Valeu mesmo!” Thayane Mikhailenko, 14 anos (Porto Alegre) Thayane ganhou uma camiseta e um mouse pad da Atlântida na promoção sobre a idade certa do Mr. Pi. Ela foi ao show do Charlie Brown Jr. na sex- ta passada, no aniver- sário de seis anos do Pijama Show, assim como Leopoldo An- drade, 23 (os dois na foto, com Éverton Cunha). Os outros vencedores foram Maurício Garcez, de São Leopoldo, Bár- bara Elias Winter, de Torres, e Fabi de Moura, de Canoas. Patrola levou É batata: ninguém gosta de levar um fora. Ser dispensado, seja lá por que motivo, não é experiência das mais agradáveis. O mesmo vale para quem dá um pé na bunda – não é fácil dizer “acabou” para alguém sem ferir os sentimentos da pessoa. Para quem dá ou recebe o fora, não há diferenças entre guris e gurias: todos sofrem do mesmo jeito nesses assuntos do coração. Terminar um relacionamento é difícil mesmo quando se trata de um rolo. O Patrola encontrou uma turma disposta a compartilhar histórias de foras. Tem a Taís, de Garibaldi, que levou bolo no dia do aniversário, e a Fabiane, que largou o namorado de seis meses para tentar a sorte com outro cara. O Bruno foi dispensado antes mesmo de ficar com a menina que queria, mas o Dante foi mais cruel: deu cartão vermelho pra guria que estava louca para namorar com ele. Pé na bunda [email protected] “Eu tinha um namorado de 20 anos com quem fiquei por seis meses. Quando saí do colégio, entrei na faculdade e comecei a trabalhar, no início do ano. Como antes eu só ficava em casa, o meu namorado começou a ficar com medo e ciúme das minhas companhias novas. Eu dizia que não tinha nada a ver, mas um dia conheci outro cara na universidade. Eu não queria ficar com os dois, queria fazer tudo certinho: para conhecer um, eu teria que largar o outro. Fiquei no dilema. Então meus pais me botaram contra a parede: ou um ou outro. Eu já estava chateada porque meu namorado era acomodado demais, eu queria mais ambição dele. Um dia ele foi almoçar na minha casa e eu terminei tudo antes mesmo dele sentar à mesa. Ele ficou puto da cara, saiu cantando pneu. Eu chorei um monte naquele dia. Quando faríamos sete meses de namoro, ele me deu presentes. Ficou ligando um tempão até que desistiu. Fiquei chateada com a situação. Não dei o fora por maldade, achei que seria correto não ficar enrolando ele. Nunca o traí. O outro carinha? No fim, nem deu certo.” Fabiane Silveira, 17 anos (Canoas) Não seja néscio V ocê tem até hoje para decidir a sorte de sua banda favorita na promoção do Patrola com a Vivo. Basta baixar no seu celular o tom musical do Charlie Brown Jr., do Armandinho ou do Papas da Língua. O artista que tiver mais músicas baixadas vira tema de uma reportagem no próximo caderno. Para participar, basta seguir os passos descritos nos quadros ao lado. Quase pedi desculpas por ter nascido “Fui em uma danceteria com um bando de amigos que acabaram casando na festa. Eu estava lá sozinho, não tinha nada para fazer e resolvi ficar com uma guria. Ela era mais velha, estava em uma rodinha de amigas. Quando eu cheguei nela, foi um horror. Ela olhou para as gurias e começou a rir na minha cara. Eu fiquei tão nervoso que virei as costas e saí meio perdido. Eu tinha uns 14 anos e lembro disso até hoje. Nessa idade, a gente é meio afobado, não quer nem saber de se comunicar antes com a guria, vai atropelando tudo. O que eu aprendi com esse fora é que dá mais certo quando tu sabe se tem chances com alguém antes mesmo da história acontecer. Tem que ficar olhando, cuidando antes, descobrir quando o terreno está bom. Todo fora é diferente, mas todos doem. E quando acontece, parece que estamos pagando mico, tem a impressão de que todo mundo está sabendo o que rolou.” Bruno Hoffmeister, 18 anos (Porto Alegre) Quando acontece, Ø um mico Qual o pior fora que você já deu ou levou? Conte sua história no mural em zh.clicrbs.com.br ronaldo bernardi/zh Nªo podia ficar com os dois adriana franciosi/zh camila saccomori/zh valdir friolin/zh reprodução/zh

Pé na bunda - Patrola

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Reportagem jovem sobre "pé na bunda": adolescentes contam como é levar um fora e como dispensar um namorado.Publicada no caderno Patrola de ZH em 2004.

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Page 1: Pé na bunda - Patrola

“Fevereiro na pra-ia, noite agradável, calça-dão, música. Conheci umamenina e começamos a ficar. No en-tanto, eu não sabia no que ela estava pensando,

mas na minha cabeça as coisas estavam claras: não era nadasério. E isso foi o oposto do que aconteceu. Depois de um tem-po eu já estava ficando assustado? Será que eu estou namorando

e não sei? Acabei chamando ela para ‘discutir uma relação’. Du-rante a conversa notei que ela pensava em romance ao pôr-do-sol,

e eu, curtição no litoral. Tentei explicar de forma que não pareces-se superficial, mas acho não fui bem-sucedido, porque ela ficoubastante triste. Descobri que dar um fora em alguém era mais difícildo que eu pensava. Estava quase pedindo desculpas por ter nascido.Ela chorou, eu não. Pensei que seria bom chorar, pra não parecer in-sensível, mas não iria conseguir forçar, então fiz cara de triste, mas

na real estava confuso. Ela foi embora, e eu voltei pra casa, ator-doado, frustrado, sem companhia pro resto do verão.”

Dante Fagherazzi, 19 anos, de Porto Alegre

“Meu fora mais recente foiem maio. No dia do meu aniversário,meu namorado há oito meses nãoapareceu lá em casa. Pensei: nomínimo vai me fazer uma surpresa,o danadinho. No fim do dia resolviligar e ver se ele tinha morrido pranão me dar parabéns, e aí ele largaa pérola: ‘Acho que a gente precisaconversar’. Não quis ouvir maisnada! Desliguei o telefone e trateide parar de chorar e fazer festa.Claro que no fim da noitelembrei dele, mas os amigostrataram de afastar esse pensamentode mim. Depois até nos falamosmais uma ou duas vezes por telefone,mas nunca nos encontramos praterminar olho no olho. Acho que ele está ainda nomeu pensamento justamente por isso. Odeio coisasdeixadas pela metade, sem ponto final.”

Taís Pizzato Pinheiro, 20 anos (Garibaldi)

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particulares. Gostei tanto que resolvi investigar um dia na vida da minhacolega Mauren. Sem ela perceber, vigiamos tudo, batemos fotos, fomosalmoçar, fomos no cabeleireiro e até levamos o cachorrinho delana pet shop. A Mauren ficou surpresa com as provas queapresentamos para ela. Cuidado: você pode estar sendo vigiado.(imagens no arquivo Patrola/ Amanhã/ RBS TV/ 13h45min)

iversões eletrônicas, Internet, telefones com jogose câmera fotográfica, videogames que mais se pa-recem com filmes – tudo isso é muito bom, masnada se compara com o velho prazer da leitura.Sentar em um lugar confortável e aconchegante,

com um bom livro à mão (e, se não for pedir muito, umachuvinha de leve lá fora), não tem dinheiro que pague. Len-do, viajamos por lugares jamais imaginados, descobrimoscoisas que nunca pensamos existir e por algum tempo má-gico esquecemos da atribulada vida lá fora.

Meu gosto pela leitura começou desde piá. Lembro per-feitamente de duas pessoas que foram essenciais. Uma foiminha mãe, que ama ler e escrever – minhas redações do

colégio ela guarda até hoje em uma caixi-nha e vez em quando me mostra o que euescrevia. Gosta tanto de livros que faz resu-mos do que leu, tem vários cadernos completos de biogra-fias resumidas. Outro foi um mestre que tive no primeirograu. O professor José Balduino Butzge incentivava muitoa leitura em suas aulas, quanto mais você lia, mais pontosganhava, e como a maioria da gurizada andava sempre coma corda no pescoço, se obrigava a ler para faturar uns ponti-nhos. Assim ele fez com que a turma toda pegasse gostopela leitura.

Nunca esqueço de uma frase dele: “Quem não lê ficanéscio”. Perguntávamos: “Professor, o que é néscio?”. Ele

respondia que estava no dicionário. Realmente um grandemestre esse cara. Estou falando tanto de leitura porque estáacontecendo a Feira do Livro de Porto Alegre, que comple-ta nesta edição meio século. É muito especial caminhar pe-la Praça da Alfândega e ver crianças encantadas, jovens eadultos dividindo o mesmo espaço com ícones da nossa li-teratura. Circulando, podemos até bater um papo com LuisFernando Verissimo, Moacyr Scliar, Lya Luft.

Aproveitando a época, quero dar duas dicas de livros.Um deles é Getúlio, de Juremir Machado da Silva, o outro,Anverso e Reverso de um Crime, do meu amigo e conterrâ-neo Rafael Lovato. Um abração e não deixem de curtir aFeira.

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ela janela do apartamento de um amigo, observavauma casa sendo destruída. A mansão, datada dosanos 1950, vai dar lugar a um prédio gigante nobairro Petrópolis. As marteladas repetitivas doíamdentro de mim. A casa esfacelada fez parte da mi-

nha vida durante 20 anos. Cresci na mesma rua. Naquelemomento, só pensava em como é difícil se desligar do pas-sado. Lembrava dos antigos vizinhos, amigos de rua e dasnossas histórias. As recordações da família Rodrigues, queainda eram tão presentes, pareciam estar indo embora como desabar das paredes. Já o Ricardo, meu amigo, não con-seguia pensar em nada. Só tinha ouvidos para a barulheiraque invadia a janela e arrombava os seus dias desde que a

obra tinha começado. O bom disso tudo é que a história daquela casa não vai se

apagar assim tão fácil. Ela só vai dar passagem para milha-res de novas histórias empilhadas. Várias famílias vão mu-dar para aquela rua e escrever outras linhas sobre o mesmolugar. As novas gerações que vão crescer por lá como eu te-rão um olhar totalmente novo sobre a velha rua. Muitos de-les poderão até freqüentar o mesmo clube, escola ou pada-ria. A diferença será o tempo.

Entendo nostalgia, mas não entendo egoísmo e ganância.O crescer das cidades é fato. O que não pede faltar é orga-nização e planejamento. Sugiro que a cada prédio construí-do, uma benfeitoria seja executada nos bairros. Que tal ado-

tar praças, canteiros ou promover re-formas nas casas tombadas que já ha-

bitam o lugar? Acho que esta pode seruma idéia simpática para as construtoras

botarem em prática. Hoje moro num bairro que também co-meça a ser tomado por grandes prédios. Sinto a falta de pra-ças cuidadas e ruas mais seguras. Aproveitando a oportuni-dade: desculpe pela invasão! Quanto aos vizinhos de dife-rentes lugares, se pudesse dizer uma palavra, seria respeito.Muitos Ricardos ainda vão conhecer e conviver com outrasfamílias Rodrigues. No entanto, a liberdade de cada um de-les ainda vai terminar quando começar a do outro.

Beijolas construtivas.

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“Nossa! Muito obrigada peloo que vocês fizeram comigo ecom os vencedores da promo-ção. Camarote, ficar entre opalco e a grade na maior tran-qüilidade e depois ir lá no cama-rim ver o Chorão. Foi além do

que a promoção prometia! Tu foi muitooo legal, Ca-mila! Valeu mesmo!”

Thayane Mikhailenko, 14 anos (Porto Alegre)

Thayane ganhou uma camiseta e um mouse padda Atlântida na promoção sobre a idade certa doMr. Pi. Ela foi ao show do Charlie Brown Jr. na sex-ta passada, no aniver-sário de seis anos doPijama Show, assimcomo Leopoldo An-drade, 23 (os dois nafoto, com ÉvertonCunha). Os outrosvencedores foramMaurício Garcez, deSão Leopoldo, Bár-bara Elias Winter, deTorres, e Fabi deMoura, de Canoas.

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É batata: ninguém gosta de levar um fora. Ser dispensado, seja lá por que motivo, não é experiênciadas mais agradáveis. O mesmo vale para quem dá um pé na bunda – não é fácil dizer “acabou” paraalguém sem ferir os sentimentos da pessoa. Para quem dá ou recebe o fora, não há diferenças entreguris e gurias: todos sofrem do mesmo jeito nesses assuntos do coração. Terminar um relacionamentoé difícil mesmo quando se trata de um rolo. O Patrola encontrou uma turma disposta a compartilharhistórias de foras. Tem a Taís, de Garibaldi, que levou bolo no dia do aniversário, e a Fabiane, quelargou o namorado de seis meses para tentar a sorte com outro cara. O Bruno foi dispensado antes

mesmo de ficar com a menina que queria, mas o Dante foi mais cruel: deu cartão vermelho praguria que estava louca para namorar com ele.

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“Eu tinha um namorado de 20 anos com quem fiquei por seis meses. Quando saí do colégio, entrei na faculdade e

comecei a trabalhar, no início do ano. Como antes eu só ficavaem casa, o meu namorado começou a ficar com medo e ciúmedas minhas companhias novas. Eu dizia que não tinha nada aver, mas um dia conheci outro cara na universidade. Eu nãoqueria ficar com os dois, queria fazer tudo certinho: paraconhecer um, eu teria que largar o outro. Fiquei no dilema.Então meus pais me botaram contra a parede: ou um ou outro.Eu já estava chateada porque meu namorado era acomodadodemais, eu queria mais ambição dele. Um dia ele foi almoçarna minha casa e eu terminei tudo antes mesmo dele sentar àmesa. Ele ficou puto da cara, saiu cantando pneu. Eu choreium monte naquele dia. Quando faríamos sete meses denamoro, ele me deu presentes. Ficou ligando um tempão atéque desistiu. Fiquei chateada com a situação. Não dei o forapor maldade, achei que seria correto não ficar enrolandoele. Nunca o traí. O outro carinha? No fim, nem deu certo.”

Fabiane Silveira, 17 anos (Canoas)

Não seja néscio

V ocê tem até hojepara decidir a sorte

de sua banda favorita napromoção do Patrola coma Vivo. Basta baixar noseu celular o tom musicaldo Charlie Brown Jr., doArmandinho ou do Papasda Língua. O artista quetiver mais músicasbaixadas vira tema deuma reportagem nopróximo caderno. Paraparticipar, basta seguir ospassos descritos nosquadros ao lado.

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“Fui em uma danceteria com um bando de amigosque acabaram casando na festa. Eu estava lásozinho, não tinha nada para fazer e resolvi ficarcom uma guria. Ela era mais velha, estava emuma rodinha de amigas. Quando eu chegueinela, foi um horror. Ela olhou para as gurias ecomeçou a rir na minha cara. Eu fiquei tão nervosoque virei as costas e saí meio perdido. Eu tinha uns14 anos e lembro disso até hoje. Nessa idade, agente é meio afobado, não quer nem saber de secomunicar antes com a guria, vai atropelando tudo. O que euaprendi com esse fora é que dá mais certo quando tu sabe setem chances com alguém antes mesmo da história acontecer.Tem que ficar olhando, cuidando antes, descobrir quando oterreno está bom. Todo fora é diferente, mas todos doem. Equando acontece, parece que estamos pagando mico, tem aimpressão de que todo mundo está sabendo o que rolou.”

Bruno Hoffmeister, 18 anos (Porto Alegre)

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Page 2: Pé na bunda - Patrola
BOX Matéria
Editoria : Segundo Caderno Ilustração : Foto Assunto : Camila Saccomori, clicRBS (selo), Ico Thomaz, Mauren Motta, Patrola Levou (seção), Coluna, Capa, Caso, Case, Exemplo, Depoimento, Relação, Realacionamento, Jovem, Adolescente
BOX Cabeçalho
Data Publicação : 05/11/2004 Indexador : Clarice Luz Caderno :Patrola