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Pé Torto Congênito Luiz Henrique Sarmanho - R3 Ortopedia/HRT Coordenador: Dr Ricardo Frade.

Pé Torto Congênito

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Pé Torto Congênito. Luiz Henrique Sarmanho - R3 Ortopedia/HRT Coordenador: Dr Ricardo Frade. Introdução. Descrito pela 1ª vez por Hipócrates na antigüidade. Talipe eqüinovaro congênito - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Pé Torto Congênito

Pé Torto Congênito

Luiz Henrique Sarmanho - R3 Ortopedia/HRTCoordenador: Dr Ricardo Frade.

Page 2: Pé Torto Congênito

Introdução

Descrito pela 1ª vez por Hipócrates na antigüidade

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Introdução

Talipe eqüinovaro congênito Presença de calcanhar invertido, antepé e mediopé

invertidos e aduzidos e tornozelo em eqüino, com pé em flexão plantar

Equino, Cavo, Varo e Adução deformidades básicas

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Incidência

Mais comum deformidade do pé

Incidência variável

Raça: 0,39 (China) a 6,81 (Polinésia)/mil nascidos

Caucasianos: 1 a 2 / mil

Sexo: homens 2:1

Bilateral em 50% dos casos

Unilateral: pouco mais a direita

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Etiologia

Causa desconhecidaFatores mecânicos intra-uterinos

Defeito neuromuscular

Parada do desenvolvimento fetal

Defeito primário do plasma germinativo

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Hereditariedade

Estudos em populações de gêmeos○ 32,5% em monozigóticos○ 2,9% em dizigóticos

Turco(1981) refere incidência de 17,9% de história familiar positiva

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Etiologia - Fatores mecânicos intra-uterinos

Proposta por Hipócrates

Pé fetal forçado em postura eqüinovaro por forças mecânicas externas

Com crescimento rápido ocorre encurtamento adaptativo de partes moles alterações ósseas

Não é sustentada devido ao não aumento de incidência em casos de diminuição do espaço uterino

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EtiologiaHootnick (1982)

○ hipoplasia ou ausencia da Art Tibial em alguns casos de PTC

Isaacs (1977) ○ Aumento na relação músculo-fibra

do normal de 1:2 para 7:1Ippolito (1995)

○ Aumento na fibrose de tecido muscular de fetos abortados com PTC

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Patologia

Alterações macroscópicasPé fletido plantar nas art. tibiotársica e subtalar

Retropé invertido

Mediopé e antepé aduzidos, invertidos e em eqüino

Resultado do desvio medial e plantar e da rotação medial da art. talocalcaneonavicularNavicular e calcâneo desviados medial e plantar em

torno do talo

Cubóide desviado medial sobre o calcâneo

Art. tibiotársica em eqüino

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Ângulo de declinação do talo

normal feto normal PTC

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Patologia – Deformidades Ósseas

TaloFaceta posterior normal; facetas anterior e media

deformadas e fundidas, inclinada medial e para baixo

Crescimento rápido: tração dos ligamentos calcaneonavicular e tibionavicular e tendão tibial posterior desvio medial e plantar do navicular

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Patologia – Deformidades Ósseas

CalcâneoAnatomia praticamente normal

Rodado sobre eixo longitudinal para dentro e para baixo, sob o talo

Devido as articulações com o talo

Todo PTC é menor que o contralateral e a panturrilha é relativamente atrofiada

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Patologia – Alterações de Tecidos Moles

Tecidos moles mediais e posteriores do pé e tornozelo estão encurtados

Não há anormalidades grosseiras de partes moles

Obstáculos a redução da articulação talocalcaneonavucularLigamento calcaneonavicular plantar

Cápsula talonavicular

Tibial posterior

T. aquiles

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Patologia – Alterações de Tecidos Moles

Obstáculos adicionaisRetináculo fibular

Lig talocalcaneo posterior

Cápsula posterior tibiotalar

Lig interósseo

Flexor longo dos dedos

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Diagnóstico

Quadro clínico característico

Pé em sentido plantar

Calcâneo tracionado para cima e rodado para dentro debaixo do talo em posição invertida

Mediopé e antepé aduzidos, invertidos e inclinados em eqüino

Maléolo lateral mais posterior e proeminente que o medial

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Diagnóstico

PTC vs Pé torto posturalBranda e corrigível por manipulação passiva

PTC vs Pé torto paralíticoMeningomielocele, Tu, diastematomielia, polio, PC

Avaliar coluna vertebral

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Diagnóstico

Associação com:Artrogripose

Síndrome de Streeter

Nanismo diastrófico

Síndrome de Freeman-Sheldon (craniocarpotársica)

Síndrome de Larsen

Síndrome de Möbius

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Artrogripose

Sind. Streeter

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Radiologia

Qual a real necessidade?

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Tratamento

Objetivo:Tornar o PTC em pé plantígrafo funcional e indolor

Histórico do tratamento

Conservador Cirúrgico Conservador

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Tratamento

Cirúrgico X Conservador

"O PTC tratado incruentamente com pouco sucesso é muito melhor do que aquele tratado cirurgicamente com sucesso. (SIMON - 1986)

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Tratamento Conservador

Manipulação semanal seguida por aplicação de imobilização gessada nas primeiras 6 semanas

Após: semanas alternadas ate correção CLÍNICA do pé

Quanto mais rígido o pé inicialmente, maior a possibilidade de tratamento cirúrgico.

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Tratamento Conservador

Método de PonsetiCavo adução varo eqüino

Cavo: supinação, elevando 1º meta com polegar

Adução: abdução e supinação dos dedos com contrapressão lateral cabeça tálus (reduz talonavicular)

Varo: calcâneo-cubóide livre posicionamento do calcâneo

“Erro de Kite” : bloqueio da art. calcâneo cubóide arqueando-se o pé, isso impede a eversão do calcâneo

Fazer RE

Gesso inguino-podalico

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Tratamento Cirúrgico

Indicada em deformidades que não corrigem com manipulação seriadaAlguns casos corrigem antepé e equinovaro do retropé

persiste.

Tentar tratamento incruento até duas recidivas.

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Tratamento Cirúrgico

Liberação de estruturas póstero-mediais.

Alongamento tibial posterior, flexor longos dedos e halux + zetaplastia t. calcâneo + liberação cápsula posterior + liberação articulação talonavicular e lig mola e interósseos

Recomenda-se liberação à la carte.

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Nó de Henry

NV

TCTP

FLD

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Referências

Pé torto: tratamento pelo método de Ponseti Publicado pela Global-HELP Organization

Tachdjian MO. Talipe equinovaro congênito. 2a ed. São Paulo: Manole; 1995. p. 2446-73.

Santin RAL, Hungria Filho JS. Pé torto congênito. Rev Bras Ortop. 2004;39(7):335-56.

Ruaro AF, Conceito atualizado no tratamento do pé torto congênito idiopático