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    ESTRUTURA DAS PEAS DEREPRESENTAO OU REQUERIMENTO DEMEDIDAS CAUTELARES

    ENDEREAMENTO

    ATENO: a questo provavelmente indicaro juzo competente, ainda que implicitamente.Caso isso no ocorra, utilizar o endereamentopadro.EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CRIMINAL (ou TRIBUNAL DO JRI) DACOMARCA DE __________

    CABEALHOInqurito Policial n: _______________

    A POLCIA CIVIL DO ESTADO DE_________, atravs do Delegado de PolciaCivil subscritor, matrcula n_________, titular____ Delegacia de Polcia, no uso de suasatribuies, e com fundamento no art ______,vem a Vossa Excelncia requerer/apresentar

    IDENTIFICAO DA PEA (com identificaoda fundamentao legal)DOS FATOSATENO: Utilizao dos fatos narrados noenunciado da questo, no sendo possvel acriao de novos fatos.

    INDICAO DA PRESENA DOSPRESUPOSTOS NECESSRIOS DECRETAO DA MEDIDA CAUTELARIndicar que todas as diligncias ordinrias (atento possveis) j foram realizadas e que,para o avano das investigaes, torna-seimprescindvel a medida cautelar requerida.Indicar ainda a presena do fumus boni iuris /

    fumus comissi delicti e do periculum in mora /periculum libertatis exigido pela medidacautelar que se pretende alcanar.

    PEDIDODiante do exposto, evidenciada a possibilidadee a necessidade da (medida cautelar) requer(ou representa) a Vossa Excelncia peladecretao do___________, na forma do art._______.FECHAMENTONestes Termos,

    espera deferimento.Local, data.DELEGADO DE POLCIA

    Priso temporria:- Lei 7.960/89

    - Pressupostos: art. 1, incisos I e II(periculum in mora) e inciso III (fumuscomissi delicti)Priso preventiva:- Legitimidade da autoridade policial pararequerer a medida: art. 311 do CPP- Pressupostos: art. 312 do CPP- Hipteses legais de cabimento: art. 313 doCPP

    Busca e apreenso:- Art. 240 e ss do CPP

    Sequestro de bens:- Art. 125 e ss do CPP

    - Art. 4 da Lei 9.613/98 (em caso delavagem)Interceptao telefnica:

    - Lei 9.296/96

    Ao controlada:- Lei 9.034/95- em caso de infiltrao policial art. 2,incisos II e V

    - em caso de escuta ambiental art. 2,incisos II e IV

    Ao controlada em Txicos- Lei 11.343/06- em caso de infiltrao policial art. 53,incisos I

    - em caso de flagrante retardado art. 53,inciso II

    Incidente de insanidade:- art. 149, 1 do CPPRepresentao pela internao provisria:

    - art. 319, inciso VII do CPPRepresentao por outras cautelares noprisionais:

    - art. 319 do CPP

    APOSTILA 3 - ESPELHOS DE CORREO(parte 1)

    QUESTO 1

    ESPELHO: REPRESENTAO POR PRISOTEMPORRIAENUNCIADO DA QUESTO:

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    Observe a notcia a seguir:PROTEO DE TESTEMUNHASPoliciais acusados de tortura tm priso

    decretadaO juiz Luciano Silva Barreto, da 9 VaraCriminal do Rio de Janeiro, decretou nestatera-feira (5/4) a priso temporria, pelo prazode 15 dias, dos policiais militares suspeitos deenvolvimento no caso de tortura na 10 DP emBotafogo.De acordo com o juiz, que acolheu o pedido doMinistrio Pblico estadual e da autoridadepolicial, a priso temporria imprescindvelpara a concluso das investigaes.

    Barreto afirmou que "havendo periculumlibertatis, com risco efetivo de frustrao daaquisio de provas causada pelo supostoinfrator, o direito de liberdade do cidado deveceder ao interesse punitivo do corpo social".O casoNo dia 24 de maro os policiais teriamtorturado um funcionrio de um ferro velholocalizado na Regio dos Lagos, na tentativade que ele incriminasse seu patro porreceptao de carros roubados. A vtima foipega no seu local de trabalho pelos policiaisque foram l atrs do dono do negcio e no oencontraram. Comunicado do fato, o advogadocompareceu delegacia, mas foi impedido defalar com seu cliente, mesmo tendo reclamadoda arbitrariedade de se ouvir uma pessoa sema presena do seu advogado.Em relato TV Globo, na semana passada,J.S.F., de 42 anos, disse que na agresso lhederam "socos na barriga. Dois bateram naminha cara. Chegou um policial e me mandoutirar a roupa e ficar pelado. O policial foi em

    cima do armrio, pegou o alicate e foi no meupnis. Pegou e apertou-o, eu comecei a gritar".O exame de corpo delito no Instituto MdicoLegal (IML) constatou equimoses no pnis davtima. Ao retornar delegacia com delegadosda Corregedoria Interna da Polcia Civil, avtima reconheceu o alicate e identificou cincodos seis policiais que participaram da sessode tortura.

    Na sexta-feira (1/4), a chefe de Polcia Civil,Martha Rocha, afastou os cinco policiais

    Jorge Alessandro Xavier Pereira, RodrigoSoares de Assis Mariz, Thiago Santos CastroDel Rio, Antonio Carlos Nogueira Moraes

    Cardoso e Marcelo Xavier da Silva quenesta segunda-feira (4/4) tiveram o pedido depriso pedido pela 23 Promotoria de Justia

    de Investigao Penal da 1 Central deInquritos do Ministrio Pblico do Rio deJaneiro. Tambm o titular da 10 DP, delegadoJos Alberto Pires Lage, foi removido para aDelegacia Supervisora de Dia, sob a alegaode falha na sua gesto. Com informaes daAssessoria de Imprensa do Tribunal de Justiado rio de Janeiro.Processo 0098062-87.2011.8.19.0001Revista Consultor Jurdico, 7 de abril de 2011Com base apenas nas informaes alicontidas, e supondo ser voc a autoridade

    policial responsvel pela investigao, elaborea pea processual adequada busca dacustdia cautelar indicada no texto em face dosindiciados.

    ENDEREAMENTO: EXMO. SR. DR. JUIZ DEDIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DACOMARCA DE __________

    PEA: Representao por priso temporria.

    TESE PRINCIPAL: Indicar que a prisotemporria do indiciado demonstra-se emharmonia com os incisos I e II do art. 1o. da Lei7.960/89, uma vez que imprescindvel aotrmino das investigaes preliminares e,ainda, para a completa elucidao do crime econcluso das investigaes. Indicar aindaque, embora o crime de tortura no estejainserido no rol de crimes do inciso III do art. 1da Lei 7.960/89, a lei de crimes hediondos (Lei8.072/90) prev a priso temporria por prazode 30 dias aos crimes hediondos eequiparados, motivo pelo qual prevalece oentendimento de que possvel a prisotemporria no crime em tela.

    PEDIDO: Por todo o exposto, contempladosque esto os pressupostos legais, representaesta autoridade policial a V. Exa. pelaDECRETAO DA PRISO TEMPORRIA deJorge

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    Alessandro ....., Rodrigo ....., Thiago ....,Antonio Carlos .... e Marcelo ....., pelo perodode 30 (trinta) dias, prorrogveis caso haja

    necessidade, resultando, assim, na expediodo competente mandado de priso emdesfavor dos referidos indiciados.

    Modelo REPRESENTAO PRISOTEMPORRIA (questo 1 - apostila 3)

    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CRIMINAL DA COMARCA DE__________

    Inqurito Policial n: _______________

    A POLCIA CIVIL DO ESTADO DE_________, por intermdio do Delegado dePolcia Civil subscritor, matrcula n_________,titular ____ Delegacia de Polcia, no uso desuas atribuies

    legais e constitucionais, com base no art. 2, 4, da Lei 8.072/90 c/c Lei 7960/89, vem apresena de Vossa Excelncia apresentar:

    REPRESENTAO POR PRISOTEMPORRIAem desfavor de Jorge Alessandro ......, Thiago......., Rodrigo ........, Antonio Carlos ......,Marcelo ......, qualificados no Inqurito Policialem epgrafe, em razo dos fundamentos fticose jurdicos adiante indicados:

    DOS FATOS

    Conforme consta no Inqurito Policial acimareferenciado, existem fundadas razes de

    terem os indiciados, no dia 24 de maro de2011, torturado __________________ ,funcionrio de um ferro velho localizado nomunicpio _______________, na Regio dosLagos.Segundo depoimento da prpria vtima(fls._____), a agresso praticada pelos policiaisconsistiu inicialmente em socos na barriga e norosto, em seguida foi a mesma obrigada aretirar a roupa e agredida com um alicate emseu pnis, o que foi confirmado atravs do

    laudo de leses corporais de fls._____, queconstatou equimoses no pnis da vtima.

    Foi ainda efetuado o reconhecimento dos cincopoliciais ora indiciados, bem como do alicateapreendido, conforma consta de fls._____.

    Assim, inequvoca a presena das fundadasrazes de autoria e participao dos indiciadosno crime previsto na lei 9.455/97.

    DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOSNECESSRIOS DECRETAO DAPRISO TEMPORRIA

    Conforme determina o art. 1, inciso I, da Lei7.960/89, caber priso temporria quandoimprescindvel para as investigaes doinqurito policial, o que se caracteriza no caso

    concreto face o risco dos investigadosprejudicarem a colheita das provas e sucessoda investigao.Assim, o periculum libertatis est no riscoefetivo de frustrao da aquisio de provascausadas pelos supostos infratores, mormentequando se trata de policiais.

    No caso vertente, encontra-se demonstrado,irrefutavelmente, a presena da prova dainfrao e havendo fundadas razes da autoriapor parte dos indiciados encontra-sepreenchido o fumuscomissi delictinecessrio decretao da medida extrema.

    Assim, a priso temporria dos indiciadosdemonstra-se em harmonia tambm com oinciso I do art. 1 da Lei 7.960/89, uma vez queimprescindvel ao trmino das investigaespreliminares e, ainda, para a completaelucidao do crime e concluso dasinvestigaes.

    Por todo o exposto, contemplados que esto ospressupostos legais, representa estaautoridade policial a V. Exa. pelaDECRETAO DA PRISO TEMPORRIA deJORGE ALESSANDRO ......, THIAGO .......,RODRIGO ........, ANTONIO CARLOS ......,MARCELO ......, pelo perodo de 30 (trinta)dias, prorrogveis caso haja necessidade,resultando, assim, na expedio docompetente mandado de priso em desfavordos referidos indiciados.Nestes termos,

    pede deferimento.Local e data.DELEGADO DE POLCIA CIVIL

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    QUESTO 3ESPELHO: REPRESENTAO POR BUSCA

    E APREENSOENUNCIADO DA QUESTO:A empresa distribuidora de alimentos CACAUvem sendo vtima de constantes roubos desuas mercadorias durante o transporte edistribuio. As investigaes demonstramexistir um padro vinculado especificamente aempresa, o que demonstraria a participao defuncionrios internos na empreitada criminosa.Por tal motivo, a autoridade policial representae o juiz decreta a instaurao de escutastelefnicas nos aparelhos de telefones

    convencionais da CACAU. Aps dois dias deescuta, a polcia ouve e grava no telefoneconvencional de uso exclusivo do funcionrioLuiz Carlos, conversas do mesmo com terceirapessoa no identificada passando as rotas doscaminhes de distribuies das mercadoriasnaquela semana, bem como a indicao dequais caminhes seguiram sem segurana.

    Em outra conversa, dias depois, as escutastambm apuram dois possveis endereos paraos quais as mercadorias subtradas deveriamser levadas, sendo estes: Avenida AfonsoPena, n. 600, Campo Grande MS e RuaBaro do Rio Branco, n. 1431, Campo Grande -MS. Sabendo que as mesmas gravaesindicam que as aes dos meliantes nasemana em curso j tiveram incio eprosseguiro pelos prximos dois dias, indiqueas medidas processuais cabveis e elabore apea(s) cautelar(es) adequada(s).

    ENDEREAMENTO: EXMO. SR. DR. JUIZ DE

    DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DACOMARCA DE CAMPO GRANDE MS.

    PEA: Cautelar de Busca e Apreenso

    TESE PRINCIPAL: a melhor soluo paraelucidao dos fatos a medida cautelar debusca e apreenso, tipificada no art. 240 doCPP, outrossim, aps acompanhamento dasescutas telefnicas de conversas dofuncionrio Luiz Carlos com um terceiro noidentificado, diligenciar com objetivo de

    policiais acompanharem a rota de entrega dasmercadorias com o fim de deflagrar umflagrante esperado.

    INDICAO DOS PRESSUPOSTOS QUEAUTORIZAM A MEDIDA CAUTELAR

    REQUERIDA: indicar que a prova colhidadurante as escutas telefnicas demonstram aparticipao de Luiz Carlos na condutadelituosa (fumus boni iuris ou fumus comissidelicti), bem como aponta o local onde poderiaser apreendida a res. Assim, esgotadas asdiligncias ordinrias faz-se imprescindvelpara a continuidade das investigaes amedida cautelar de busca e apreenso o maisrapidamente possvel, de forma a evitar que sedesfaam os agentes do produto do crime(periculum in mora).

    PEDIDO: Pelo exposto, atendidas asexigncias do art. 240 do Cdigo de ProcessoPenal, e em obedincia ao disposto no art. 5,XI, da Constituio Federal, com o objetivo deavanar nas investigaes conduzidas pormeio do IPL n. ________, REPRESENTO aVossa Excelncia pela EXPEDIO DEMANDADO DE BUSCA E APREENSO nosendereos identificados em conversatelefnica, local onde provavelmente seencontra a res furtiva.

    QUESTO 4ESPELHO: REPRESENTAO BUSCA EAPREENSO

    ENUNCIADO DA QUESTO:Em interceptao telefnica regularmenteautorizada no inqurito policial 042/2007, quetramitou perante a X DP, para apurar crimetipificado no art. 33 da Lei 11.343/2006, foramconstatadas conversas telefnicas travadas

    entre os nmeros celulares (71)1111-2222 e(71) 3333-4444, identificados pela companhiatelefnica como sendo de propriedade deFabiano Junqueira (alvo) e Lailson Queiroz,com domiclio respectivamente nos endereosRua Araripe Gs, n. 230, Salvador BA e Av.Village, n. 287, Salvador BA.Segundo o teor das conversas gravadas,Fabiano e Lailson estariam de alguma formaenvolvidos em um roubo ocorrido em umagrande joalheria no shopping Salvador mesesantes.

    As conversas apontaram inclusive para ailicitude da origem do imvel em que se

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    encontra domiciliado Lailson, bem como dosveculos utilizados pelos interlocutores.Com base nas informaes at ento obtidas,

    quais seriam as providnciascabveis? Elabore a pea processual queentender adequada.

    ENDEREAMENTO: EXMO. SR. DR. JUIZ DEDIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DACOMARCA DE SALVADOR BA.(como o crime precedente lavagem dedinheiro um crime (roubo) de competnciaestadual, a competncia ser da JustiaComum Estadual)

    PEA: medida cautelar de Busca e Apreenso(cumulada com sequestro de bens)TESE PRINCIPAL: Verifica-se que atravs deinterceptao telefnica regularmenteautorizada e realizada nos autos do InquritoPolicial n.________, foram colhidasfortuitamente informaes acerca doenvolvimento dos ora indiciados FabianoJunqueira e Lailson Queiroz na prtica decrime de roubo ocorrido na joalheria_________, localizada no Shopping Salvador.

    Durante a supra mencionada interceptao, ocontedo das conversas travadas entre os oraindiciados apontou ainda para a ilicitude daorigem do imvel em que reside o indiciadoLailson, bem como dos veculos utilizadospelos envolvidos. Sendo assim, com base nasinvestigaes dos autos do presente IP,instaurado em face das informaes colhidasna interceptao telefnica ora referenciada,cuja transcrio se encontra acostada aos

    presentes autos, averigua-se que aps aprtica do roubo joalheria, os investigados,com a finalidade de ocultao do produto docrime, se utilizam da res (joias) para adquirirautomveis e imveis, caracterizando assim alavagem de dinheiro, hiptese da Lei 9.613/98.

    Diante das evidncias de ilicitude na origemdos veculos, placas _______ e _______, e do

    bem imvel situado na __________________,bem como da possibilidade do restante da resfurtiva (joias) encontrar-se oculta no local,

    demonstra-se cabvel e adequada a decretaoda busca e apreenso domiciliar prevista noart. 240 do CPP, a ser cumprida no endereo

    ___________________, residncia doindiciado Lailson, em desfavor de quemtambm se faz necessria a decretao desequestro dos bens imveis na forma previstana Lei 9.613/98.

    INDICAO DOS PRESSUPOSTOS QUEAUTORIZAM A MEDIDA CAUTELARREQUERIDA: O fumus boni iuris ou fumuscomissi delicti encontra-se demonstrado pelos

    indcios veementes da origem ilcita dos bens,o que se demonstra nos autos pelas conversasobtidas durante a interceptao telefnica e

    nas demais diligncias ordinrias, e opericulum in mora demonstrado pelanecessidade de se resguardar os bensprovenientes de origem ilcita, evitando suaalienao.

    PEDIDO: Diante dos fatos acima expostos,

    representa a. V. Exa., nos termos do art. 243do CPP, pela expedio de mandando debusca e apreenso dos veculos placas________ e ______, joias e outros objetos quepossam ter relao com a conduta objeto dainvestigao, a ser cumprido no endereo Av.Village, n. 287, Salvador BA, assim como odeferimento da medida de sequestro doseguinte bem imvel: Av. Village, n. 287,Salvador BA, de acordo com art. 125 doCPP, com o consequente registro no Registrode Imveis competente, de forma a resguardaros bens de origem ilcita, bem como garantir aapurao total dos fatos, concluso doinqurito policial e deflagrao da ao penalcabvel.

    QUESTO 5ESPELHO: REPRESENTAO PORINTERNAO PROVISRIA

    ENUNCIADO DA QUESTO:Ana Carolina Santos foi presa por policiaislotados na 52 DP Nova Iguau e autuada

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    em flagrante delito por ter sido surpreendida nomomento em que praticava maus tratos contrao adolescente Vincius Silva, deficiente fsico,

    que no possui condies mnimas deadministrar sua vida. Durante o curto perodoem que a conduzida se encontrava custodiadana Delegacia, a autoridade policial percebeuque a mesma apresentava sinais evidentes dedeficincia mental. Diante disso, convocou apercia mdico-legal para realizar o exame decorpo de delito, objetivando comprovar umapossvel insanidade. Nesse nterim, concluiu erelatou o inqurito policial.Com base no inqurito policial e no laudo queconcluiu pela insanidade, representou ao juiz

    pela internao provisria com fundamento deevitar a reiterao criminosa (art. 319, III, partefinal do Cdigo de Processo Penal).No caso hipottico relatado, elabore arepresentao da autoridade policial pelainternao provisria.

    ENDEREAMENTO: EXMO. SR. DR. JUIZ DEDIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DACOMARCA DE NOVA IGUAU RJ.

    PEA: Representao pela internaoprovisria em razo da insanidade mental.

    TESE PRINCIPAL: Ausncia de capacidade deautodeterminao. Art. 319, VII CPP. Medidacautelar no prisional de internao provisriacom base na insanidade mental que estsendo objeto de apurao por parte da perciamdico-legista.

    O fumus boni iurisest presente na prtica, porparte de Ana Carolina Santos, dos maus tratos

    em detrimento do menor, que no apenas umadolescente, mas tambm portador dedeficincia. E o periculum in mora est napossibilidade de reiterao delituosa, j queAna Carolina Santos no possui plenacapacidade de autodeterminao, nodiscernindo entre a licitude e ilicitude de seusatos.

    Indicar ainda que a hiptese no detm oselementos necessrios decretao da prisopreventiva, demonstrando-se a medida cautelar

    no prisional ora indicada como a maisadequada ao caso concreto.

    PEDIDO: Por todo o exposto, contempladosque esto os pressupostos legais, representaesta autoridade policial a V. Exa. pela

    INTERNAO PROVISRIA EM RAZO DAINSANIDADE MENTAL DE ANA CAROLINASANTOS, com fim de evitar a reiteraocriminosa, nos moldes do art. 319, VII doCdigo de Processo Penal.

    Modelo de REPRESENTAO PARAPRORROGAO DE INTERCEPTAOTELEFNICA

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ

    DE DIREITO DA ____VARA CRIMINAL DACOMARCA DE_______________

    Inqurito Policial n. __________

    O DELEGADO DE POLCIA do Estado de_____________que esta subscreve, no uso desuas atribuies legais perante a____DELEGACIA DE POLCIA CIVIL, napresidncia do Inqurito supra referenciado,vem a presena de Vossa Excelnciarepresentar pela PRORROGAO DAINTERCEPTAO TELEFNICA dostelefones de IMEI n. ____________ e____________, pelos fatos e fundamentosjurdicos a seguirexpostos:

    1. DA SINOPSE DOS FATOSOs presentes autos de Inqurito Policialapuram delito de ____________, previsto noart. __________, praticado na data de__/__/__, tendo sido indiciados

    ____________________ e________________.

    Aps representao desta Autoridade dePolcia Judiciria e manifestao favorvel doilustre membro do Ministrio Pblico decretoueste juzo a interceptao telefnica do telefonede IMEI n ____________, registrado em nomedo primeiro indiciado, pelo perodo de 15(quinze) dias.

    O cumprimento da medida teve incio na data

    _____________, tendo sido obtidas conversasque confirmam o envolvimento do indiciado nosfatos objeto desta investigao, conforme

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    consta do relatrio em anexo, onde encontram-se transcritas as conversas interceptadas.Ocorre que, conforme se observa dos trechos

    de conversa abaixo transcritos, h gravesindcios da participao do segundo indiciadona prtica delitiva.(conversa)

    Diante do possvel envolvimento do segundoindiciado e da necessidade de aprofundamentodas investigaes tambm em relao aoprimeiro, e uma vez esgotadas as viasordinrias de investigao, preenchidos osrequisitos da Lei 9.296/1996, torna-seimprescindvel a prorrogao da interceptao

    telefnica do IMEI n ____________ em nomedo primeiro indiciado, bem como seja ampliadaa autorizao para alcanar como alvo osegundo indiciado telefone de IMEI n_______________.

    DA POSSIBILIDADE DE PRORROGAODA MEDIDA DE INTERCEPTAOTELEFNICAA Lei 9.296/96 expressa quanto possibilidade de prorrogao do perodo deinterceptao por novos 15 (quinze) dias, bemcomo pacfico o entendimento dos TribunaisSuperiores no tocante inclusive a sucessivasprorrogaes da medida desde que se faa amesma necessria elucidao dos fatos.Assim, havendo srios indcios deenvolvimento dos indiciados no crime objeto dopresente Inqurito e encontrando-se a hiptesedentro dos moldes previstos pela Lei 9.296/96,justifica-se a prorrogao da interceptao eampliao dos alvos ora requerida.

    Com efeito, o sucesso da investigao policialdepende do deferimento da prorrogao dapresente medida cautelar, visto que a anteriorinterceptao telefnica concedida por 15 diasno foi suficiente para concluso da presenteinvestigao, sendo no momento o nico meiode prova ainda disponvel para oesclarecimento da autoria delitiva e finalizaodo presente Inqurito Policial.

    Esto sobejamente demonstrados no caso,

    ainda, contundentes indcios de autoria ematerialidade relativos infrao penal, os

    quais so fundamento suficiente aodeferimento da cautelar pleiteada.DO PEDIDO

    Diante do exposto, o DELEGADO que orasubscreve REPRESENTA pelaPRORROGAO DA INTERCEPTAOTELEFNICA dos telefones de IMEIn._____________ e ____________,

    para que, em carter de urgncia, sejamprocedidas s devidas diligncias no sentido deoficiar as operadoras de telefonia celular, comfins de que seja prorrogado o perodo deinterceptao por mais 15 (quinze) dias.Requer ainda seja indicada nos ofcios

    expedidos esta autoridade policial comoresponsvel pela interceptao.Nestes termos,pede deferimento.Local, data.DELEGADO DE POLCIA

    Questes ainda no discutidas (Apostila 3)

    QUESTO 7Por telefonema annimo, policiais foraminformados de que umas dez pessoas sereuniam sistematicamente em determinado diado ms no endereo que lhes foi indicado. Ocomunicante aduziu que, possivelmente, setratava de um grupo organizado e dedicado venda ilcita de armas e de cocana, porque,durante aqueles encontros, uns ficavamvigiando e que, em certos instantes, haviaconsidervel movimento de pessoas.

    Tambm, vira algumas sarem dali com armasnovas e outras com pacotes, contendo,

    possivelmente, aquela droga. Os policiais,durante meses, se puseram a observar o local.Para melhor apurao, alguns policiaisdisfarados chegaram, inclusive, a comprararmas de uso proibido e cocana, confirmando,assim, o que lhes fora comunicado e o queobservaram. No momento que lhes pareceupropcio, cercaram a casa, que foi invadida e,desta forma, conseguiram prender todos osintegrantes do grupo e apreender centenas dearmas, bem como duzentos quilos de cocana.

    O Ministrio Pblico denunciou todos os presose a denncia foi recebida. Entretanto, osadvogados dos rus impetraram habeas corpus

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    querendo o trancamento da ao penal,argumentando que a imputao se baseava emprova obtida por meio ilcito, face a violao de

    domiclio e inclusive porque se tratava deflagrante preparado. Indaga-se se o pedidodeve ou no ser julgado procedente. Indique,ainda, se corretas as condutas policiais.Fundamente.

    QUESTO 8O Ministrio Pblico, atravs de indcioscoligidos em conversas realizadas em sala debate papo da internet, deu incio a uma amplainvestigao para o desbaratamento de uma

    associao criminosa, organizada eespecializada em trfico de drogas, o queacarretou a priso temporria de seteindivduos. Graas, tambm, interceptaode correspondncia epistolar de interno de umaunidade carcerria, realizada pela prpriaadministrao penitenciria, foi possvel,durante o prazo de vigncia da prisotemporria, a priso em flagrante retardadapropositadamente pela polcia por cinco dias

    do chefe do bando e de mais dois comparsas,apreendendo-se, na casa em que seencontravam, cinco quilos de cocana e dezarmas de fogo. Unificados os procedimentosinvestigatrios e devidamente concludos, foioferecida denncia contra os indiciados,recebida pelo Juiz criminal competente. Adefesa impetra, ento, habeas corpus,sustentando a nulidade de todo o procedimentoinvestigatrio destacando a ilicitude eilegitimidade da prova e a preparao doflagrante pela polcia e requerendo, assim, otrancamento da ao penal, por ausncia dejusta causa. Opine sobre a questo. Respostaintegralmente fundamentada.

    QUESTO 9Em face de representao do delegado depolcia, o promotor de justia requereu ao juizque determinasse busca em todas as casas deuma determinada comunidade, onde, segundo

    os elementos de convico colhidos pelaautoridade policial, traficantes invadiramdiversas residncias no identificadas, em que

    passaram a se esconder, bem como adepositar nelas substncias entorpecentes earmas, gerando constrangimento e pnico aos

    moradores, os quais, ameaados de mortepelos invasores, no prestam qualquer ajudas investigaes em curso e a respeito dosfatos. Deve o magistrado deferir ou indeferir opleito ministerial? (Fundamente)