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Pedagogia do Oprimido Paulo Freire

Pedagogia do oprimido

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Pedagogia do Oprimido

Paulo Freire

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Paulo Freire – Breve Biografia

Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Autor de “Pedagogia do Oprimido” Pedagogia do Oprimido, composta de 184 páginas, publicada pela primeira vez em 1967 e atualmente em sua 38ª edição. Demonstra um método de alfabetização dialético, que se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante; o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.

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1- Justificativa da Pedagogia do Oprimido

Reconhecer a desumanização como realidade histórica.O homem é vocacionado a humanidade que muitas vezes é negada e reafirmada na sua própria negação,

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A contradição opressores-oprimidos sua superação

A grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos é libertar a si e aos opressores. Para restaurar a humanidade própria e também a generosidade verdadeira.Quem melhor que os oprimidos se encontrará preparado para o significado horrível de uma sociedade opressora?

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A contradição opressores-oprimidos sua superação

O oprimido assume uma postura de aderência ao opressor. Para eles o novo homem são eles mesmos, tornando-se opressores de outros

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A contradição opressores-oprimidos sua superação

Humanista ≠ de HumanitaristaA pedagogia do oprimido é a pedagogia dos homens

empenhados na luta por sua libertação. Crer no povo é a condição prévia indispensável à mudança

revoluncionária.

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A situação concreta de opressão e os opressores

Em certo momento da experiencia existencial dos oprimidos existe uma irresistível atração pelo

opressor.O sadismo é uma das características da consciência

opressora

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A situação concreta de opressão e os opressores

Os oprimidos são dependentes emocionais.A autodesvalia é outra característica dos oprimidos que querem a todo custo parecer com o opressor

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Ninguém liberta ninguém, ninguém se libertasozinho: os homens se libertam em comunhão.

Somente quando o oprimido descobre nitidamente, o opressor, e se engaja na luta organizada por sua

libertação, começa a crer em si mesmo, superando, assim, sua convivência com o regime opressor;

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Ninguém liberta ninguém, ninguém se libertasozinho: os homens se libertam em comunhão.

Pretender a libertação dos oprimidos sem a sua reflexão no ato desta libertação é fazê-lo cair no engodo populista e transformá-los em massa de

manobra. Pois a reflexão conduz a prática e a soma com a ação se fará autentica práxis, se o saber

resultante dela se faz objeto de reflexão critica.Devendo-se reconhecer implicitamente o sentido

pedagógico desta luta.

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2. A concepção “Bancária” da educação como instrumento da opressão, seus pressupostos sua critica.

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2. A concepção “Bancária” da educação como instrumento da opressão, seus pressupostos sua critica.

O educador e os educandos se arquivam na medida em que nesta distorcida visão da educação, não se há criatividade, transformação, não há saber.Pois pensar autenticamente é perigoso

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2. A concepção “Bancária” da educação como instrumento da opressão, seus pressupostos sua critica.

O educador atua como sujeito, identificando a autoridade do saber com sua autoridade funcional opondo-se

antagonicamente a liberdade dos educandos que como meros objetos devem ser disciplinados, pois nada sabem.

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A concepção problematizadora e libertadora da educação, seus pressupostos

No momento em que o educador “bancário” vivesse a superação da contradição, ou seja, saber com os

educandos, enquanto estes soubessem com ele, seria sua tarefa. Já não estaria a serviço da desumanização, da

opressão mais a serviço da libertação

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A concepção “bancaria” e a contradição educador-educando

A concepção “bancária” serve a opressão e portanto a morte, controlando o pensar e a ação, sendo portanto uma pratica de dominação.

A concepção problematizadora é a libertação autentica que é a humanização em processo, não uma coisa que se deposita nos homens. É práxis (ação e reflexão), sobre o mundo para transformá-lo.

Enquanto a primeira necessariamente, mantém a contradição educador-educando, a segunda realiza a superação.

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Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo

O educador já não é o que apenas educa, mas o que enquanto educa é educado, em dialogo com o educando que ao ser educado também educa.

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O homem como um ser inconcluso consciente de sua inconclusão, e seu permanente movimento de busca do ser mais

O homem se sabe como ser inacabado, inconcluso em e com uma realidade. Tem a consciência de sua inconclusão. Aí se encontra as raízes da educação mesma, como manifestação exclusivamente humana. Isto é,na inconclusão dos homens e na consciência que dela tem. O mundo, agora já não é algo sobre que se fala com falsas palavras, mas o mediatizador dos sujeitos da educação, a incidência da ação transformadora dos homens, de que resulte a sua humanização. Esta é a razão por que a concepção problematizadora da educação não pode servir ao opressor.

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3- A dialogicidade - essência da educação comoprática da liberdade.

O diálogo se afirma na palavra e não há palavraverdadeira que não seja Práxis = ação ereflexão.A existência, porque humana, não pode sermuda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-sede falsas palavras, mas de palavras verdadeirascom que os Homens transformam o mundo.O diálogo é este encontro dos homens, media-tizados pelo o mundo, para pronunciá-lo, nãose esgotando , portanto, na relação EU-TU.

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Educação dialógica e diálogo.

Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo dos homens. Sendo fundamento do diálogo, o amor , é também diálogo. Porque é um ato de coragem, nunca de medo, o amor é compromisso com os homens. Onde quer que estejam os oprimidos, o ato de amor está em comprometer-se com sua causa. A causa de sua libertação. Porém, não há diálogo, se não há HUMILDADE..

N

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O diálogo começa na busca do conteúdo Programático.

Para o educador-educando, dialógico, problematiza-dor, o conteúdo programático da educação não éuma doação ou uma imposição. – um conjunto deinformes a ser depositado nos educandos, mas a devolução organizada, sistematizada e acrescentadaao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada.Quem atua sobre os homens para, doutrinando-os, adaptá-los cada vez mais à realidade que deve permanecer intocada, são os DOMINADORES.

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As relações homens –mundo, os temas geradores e o conteúdo programáticoDa educação.

Nosso papel não é falar ao povo sobre a nossa visão do mundo,mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa. Temos que estar convencidos de que sua visão do mundo,que se apresenta através de sua açãoreflete sua real situação no mundo.A ação educativae política não pode prescindir do conhecimento críticodessa situação.

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Daí também que o conteúdo programático para a ação, que é de ambos, não possa ser de exclusiva eleição daqueles, mas deles e do povo. A educação autêntica, faz-se, incidindo a sua ação na realidade a ser transformada com os homens, conhecendo as condições estruturais em que o pensar e a linguagem do povo se constituem.

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A investigação dos temas geradores e sua metodologia

A investigação temática se faz, assim, um esforço comum de consciência da realidade e de autoconsciência, que a inscreve como ponto de partida do processo educativo, da ação cultural de caráter libertador.

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A significação conscientizadora da investigação dos temas geradores. Os vários momentos da investigação

A observação faz a ação, atitudes compreensivas e uma percepção crítica da realidade do povo, constituída pelo seu conjunto de dúvidas, anseios e esperanças, por parte do educador para que expresse uma ação cultural, procurando através da educação problematizadora centrarem-se na consciência máxima possível e não na consciência real.

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4. A Teoria da Ação antidialógica

Centra-se nas teorias da ação antidialógica e nas teorias da ação dialógica. Os homens são seres da práxis ( experiências vivida) e que emergem do mundo com o objetivo de poder conhecê-lo e transformá-lo com o seu trabalho. O diálogo com os oprimidos é um compromisso para a libertação que implica a transformação da realidade, porque os homens são comunicação e diálogo enquanto análise crítico-reflexiva sobre a realidade.

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A teoria da ação antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a

opressão, a manipulação e a invasão cultural

Conquista: implica um sujeito e um objecto conquistado, impõe o antidiálogo para oprimir econômica e culturalmente para manter a opressão.

Dividir para manter a opressão: instrumento das elites opressoras, que recorrem a focam as formas de ação para dificultar a percepção crítica da realidade, procurando manter-se no poder

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A teoria da ação antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a

opressão, a manipulação e a invasão cultural

Manipulação as elites dominadoras vão tentando conformar as massas populares a seus objetivos. E, quanto mais imaturas, politicamente, estejam elas (rurais ou urbanas) tanto mais facilmente se deixam manipular pelas elites dominadoras.

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A teoria da ação antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a

opressão, a manipulação e a invasão cultural

Invasão cultural:caracterizada por manipulação de conquista, é também uma ação antidialógica, alienante e uma forma de dominar cultural e economicamente, procurando incutir a inferioridade intrínseca nos invadidos. Sobre a síntese cultural, em oposição à invasão cultural, o autor refere que toda a ação cultural é uma forma sistematizada de ação que incide sobre a estrutura social para mantê-la ou transformá-la.

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A teoria da ação dialógica e suas características: a co-laboração, a união, a organização e a síntese cultural.

Co-laboração: como característica da ação dialógica, que não pode dar-se a não ser entre sujeitos, ainda que tenham níveis distintos de função, portanto, de responsabilidade, somente pode realizar-se na comunicação. O diálogo, que é sempre comunicação, funda a co-laboração. Na teoria da ação dialógica, não há lugar para a conquista das massas aos ideais revolucionários, mas para a sua adesão.

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A teoria da ação dialógica e suas características: a co-laboração, a união, a organização e a síntese cultural.

União libertadora: na teoria antidialógica da ação, se impõe aos dominadores, necessariamente, a divisão dos oprimidos com que, mais facilmente, se mantém a opressão, na teoria dialógica, pelo contrário, a liderança se obriga ao esforço incansável da união dos oprimidos entre si, e deles com ela, para a libertação.

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A teoria da ação dialógica e suas características: a co-laboração, a união, a organização e a síntese cultural.

Organização: não apenas está diretamente ligada à sua unidade, mas é um desdobramento natural desta unidade das massas populares. Desta forma, ao buscar a unidade, a liderança já, busca, igualmente, a organização das massas populares, o que implica no testemunho que deve dar a elas de que o esforço de libertação é uma tarefa comum a ambas.

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A teoria da ação dialógica e suas características: a co-laboração, a união, a organização e a síntese cultural.

Síntese cultural: A ação cultural, ou está, a serviço da dominação – consciente ou inconscientemente por parte de seus agentes – ou está a serviço da libertação dos homens, pois, toda ação cultural é sempre uma forma sistematizada e deliberada de ação que incide sobre a estrutura social, ora no sentido de mantê-la como está ou mais ou menos como está, ora no de transformá-la.

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“Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar.”

Paulo Freire