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pequena comédia humana portátil

Pequena "comédia" humana portátil

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Projeto de montagem do espetáculo teatral "Pequena 'comédia' humana portátil".

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pequena comédia humana portátil

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pequena comédia humana portátil

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A tragédia joga com nossas angústias profundas, a comédia com nossos mecanismos de defesa contra elas.

Charles Mauron

pequena comédia humana portátil

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APRESENTAÇÃO:

Este projeto tem como objetivo a realização do espetáculo Pequena “co-média” humana portátil, uma criação do jovem diretor e dramaturgo Ale-xandre Rudáh, cuja célula primária, o monólogo Aquilo que fica, surgiu durante AUTOPEÇAS 2: DRAMATURGIA, oficina de teatro minis-trada pela CIA DOS ATORES em fevereiro de 2011 no Espaço SESC.

Com texto inédito no Brasil, o espetáculo é um mergulho na intimidade de dois artistas contemporâneos: um consagrado diretor alemão e uma atriz brasileira em crise, interpretados por Ole Erdmann e Tracy Segal, profissionais que se conhece-ram em 2004, durante a terceira edição do projeto Estranha Visão, idealizado pelo ator, professor e diretor de teatro Marcos de Souza em parceria com o Espaço SESC. Revela-se aí uma narrativa que partilha com o espectador o grotesco e o sublime da criação artística, os bastidores da construção de uma personagem e a evasão de identidades – reais e fictícias –, culminando num inquietante tratado sobre as paixões humanas. Além de contribuir para o desenvolvimento da Nova Dramaturgia Carioca, movimento que busca a renovação da escrita cênica e o diálogo com a produção teatral contemporânea, Pequena “comédia” humana portátil se propõe a diluir fronteiras... Não apenas entre Brasil e Alemanha, público e pri-vado, mas também entre hierarquias e diferentes áreas da cultura, como o teatro, o cinema, a televisão, as artes plásticas e a música. O espetáculo contará com a composição eletroacústica de Pedro Tie, cenário instalação de Luiza Paes, desenho de luz de Renato Machado, figurinos e adereços de Bruno Cezario e vídeos do filmmaker Joaquim Tomé. Ao falar sobre os processos criativos em teatro, numa alusão à formação das hierarquias sociais, o projeto sugere ao mesmo tempo um diálogo com a tradição e um olhar esperançoso para o futuro através da inovação. Essa questão é abordada com lirismo e humor, num espetáculo cuja direção alia conteúdo e estética, a fim de criar uma linguagem cênica contemporânea e insti-gante aos diversos segmentos sociais.

SINOPSE:

MELHOR OU PIOR, NOS TORNAMOS SEMPRE OU-TRA COISA: O ponto de partida da ação é um tapa. Atriz carioca, 40 anos, recém-chegada de Londres – ariana louca e em processo de divórcio –, agride diretor alemão radicado no Brasil. O ano é 2013. Heiko Blumen solta uma gargalha-

da e os dois começam a fazer um bolo de chocolate. NUNCA NENHUMA SEMENTE MINHA FLORESCEU: Mesmo consciente dos riscos, ele a quer como protagonista do seu novo espetáculo. Betina não apenas recusa o convite, como também joga o texto na cara do diretor e provoca um acer-to de contas adiado há quase 10 anos. O VÍCIO DO TEATRO: Apesar das mazelas do passado, sobreviveu entre eles uma profunda admiração artística e a eterna paixão pelo teatro. Desempregada e na iminência de perder seu apartamento, Betina volta atrás e decide interpretar Tracy Segal, persona-gem baseada na atriz homônima (1924 – 2011). A NATUREZA INDICA O CAMINHO: Enquanto recheiam o bolo, Betina diz ter visto Tracy Segal em cena: Ela era a perfeição! A partir dessa ideia, diretor e atriz discutem sobre a dialética do envelhecimento, da morte, do sucesso, das convenções sociais e do amor livre. UM ENCONTRO NA CONSCIÊNCIA: Proje-ções em vídeo apresentam Betina como primeira dama do teatro brasileiro em 2053. Na sequência, sobrepõem-se trechos do espetáculo criado por Heiko e imagens da “verdadeira” Tracy Segal, aos 87 anos. OBITUÁRIO: Heiko tira Betina para dançar e manifesta o desejo de retornar ao país de suas origens. Ela então pega um jornal em sua bolsa e lê: Acidente em ro-dovia mata diretor teatral – Lünebourg, 22 de Fev. de 2004. AQUILO QUE FICA: Betina finaliza a preparação do bolo e, recitando um soneto de Eli-zabeth Barrett, enterra o corpo do diretor. A ação, contudo, é interrompida pela atriz que representa a personagem Betina.

OBJETIVOS:

ObjetivO geral

Montagem do texto dramatúrgico Pequena “comédia” humana portátil e sua representação numa-temporada prevista para outubro de 2013, no Mezanino do Espaço SESC.

ObjetivOs específicOs:

– Integrar, na realização do projeto, renomados profissionais do cenário cultural carioca que investiguem a hibridização das linguagens artísticas;

– Dar continuidade ao movimento Nova Dramaturgia Carioca;

– Relocalizar o teatro do Séc. XXI, o então chamado teatro contemporâneo, num espaço que reflita os anseios da nossa sociedade;

– Produzir um registro fotográfico e um registro em vídeo do espetáculo, contribuindo para a sua consolidação e perpetuação, bem como a projeção da marca SESC.

estratégia de acessO/demOcratizaçãO:

– Realizar 16 apresentações com preços populares no período de 1 mês;

– Convidar os espectadores ao debate após cada apresentação do espetáculo;

– Distribuir um percentual dos convites para jovens estudantes de ONGs cariocas dedicadas ao ensino de artes.

JUSTIFICATIVA:

O projeto se destaca pelo ineditismo do texto Pequena “comédia” humana portátil, que além de dar continuidade ao movimento Nova Dramaturgia Carioca, atua para relocalizar a produção te-atral num lugar que reflita os problemas e anseios da sociedade brasileira contemporânea. Ao revelar a intimidade de dois ar-

tistas em meio a um processo criativo, o texto de Alexandre Rudáh, expoente diretor e dramaturgo da cena cultural carioca, pretende questionar e discutir, num movimento necessário ao teatro e à sociedade, a hierarquia das funções no ato da criação e nas estruturas sociais. Uma problematização abordada tanto no discurso dos personagens como na formação da equipe de criação do projeto, que conta com um ator que é também diretor e dramaturgo; um diretor e professor de teatro que por sua vez atua como ator; uma atriz que se reveza nos papéis de produtora e dramaturg; um bailarino e coreógrafo que atribui todo o charme e a beleza da dança aos figurinos e adereços cênicos; um compositor musical que utiliza elementos como o joystick para criar compo-sições eletroacústicas; e um videomaker que também agrega a sua experiência em dança à qualidade do movimento e da fotografia de suas imagens. Todos eles, profissionais amplamente reconhecidos por suas trajetórias artísticas e parceiros de Alexandre Rudáh em projetos anteriores. Assim como o referido projeto Pequena “comédia” humana portátil tem como proposta lançar um olhar “estrangeiro” sobre o funcionamento da sociedade e da criação artística, uma atitude desestabilizadora cujo objetivo principal é diluir fronteiras: artísticas, territoriais e hierárquicas. O projeto visa ainda democratizar o acesso à apre-ciação teatral, por meio de uma temporada com preços populares e um per-centual de convites destinados a jovens alunos de ONGs cariocas. Uma ação que estimula a convivência entre diversos segmentos sociais e sinaliza o teatro como território propício ao diálogo e à quebra de barreiras culturais.

ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO E ATIVAÇÃO DA MARCA SESC:

A marca SESC será veiculada em todo o material de divulgação e no plano de mídia do projeto Pequena “comédia” humana portátil, cuja estratégia é composta pelas seguintes ações:

– Contratação de assessoria de imprensa reconhecida no mercado de jornalismo cultural;

– Mídia em revista de cultura (GuiaOff CAPA);

– RioShow - inserção 2 colx3cm;

– Distribuição de 5.000 MICAS em pontos de grande circulação;

– Envio de e-flyer para cerca de 15.000 contatos de correio eletrônico;

– Criação de um blog e divulgação do espetáculo em redes sociais;

– Distribuição de programas para os espectadores do espetáculo;

– 02 Banners;

– Citação do SESC como patrocinador em todas as entrevistas ligadas ao projeto;

– Registro em vídeo com o objetivo de consolidar e perpetuar o trabalho e projetar a marca SESC.

ALEXANDRE RUDÁH – DIRETOR E DRAMATURGO:

Sua pesquisa e produção artística existe enquanto busca por um lugar de convergência entre teatro, artes plásticas, música, literatu-ra, filosofia, cinema e web. Graduado em interpretação e direção teatral pela UniRio, o artista atua ainda como ator, diretor e editor de vídeos. Assinou em 2005 a direção e adaptação do espetáculo

Primeiro estudo para Sartre (Entre, A segunda atitude), baseado no Huis Clos e O Ser e o Nada de Jean Paul Sartre. Dirigiu também A Moreninha, de Tim Rescala – 2007; Um Rei em Paquetá, de João Guilherme Ripper; Na Solidão dos Campos de Algodão, de Bernard-Marie Koltès; e Vestir os Nus, de Luigi Pirandello – 2009. Já em 2011, atuou como um dos dramaturgos do espetáculo Peças de Encaixar, direção de César Augusto (Cia dos Atores) e estreou Orlando ou um impulso de acompanhar os pássaros até o fim do mundo!, espetáculo do qual é responsável pela direção e adaptação – contemplado pelo FATE 2010. Em 2012 assinou a criação do espetáculo William Wilson e o Universo, baseado em William Wilson e Eureka: um poema em prosa de Edgar Allan Poe. Alexandre Rudáh foi vencedor do prêmio de melhor direção pelo espetáculo Primeiro estudo para Sartre – Festi-val Nacional de Rio das Ostras 2005; do Prêmio Especial pela originalidade da coreografia Desmatéria – Festival Tápias 2006; um dos sete diretores escolhi-dos para participar do Workshop de Direção Teatral com a Judith Malina, co--fundadora do grupo The Living Theatre; e teve seu primeiro curta-metragem – O Universo segundo Edgar A. Poe – premiado na Mostra do Filme Livre 2013. Trabalhou ainda como diretor assistente da TVGlobo nos programas A Gran-de Família, Cama de Gato, Amor & Sexo, Araguaia e Vídeo Game.

OLE ERDMANN – ATOR:

Chegou ao Brasil em 2003 a convite do Espaço SESC para dirigir Vidas Inúteis, adaptação dos textos de An-ton Tchekhov, retornando

em 2004 para dirigir A Terceira Geração. Na Alemanha trabalhou como diretor do teatro TapeTenHalle/Bochum com a montagem de Auf hoher see de Slawomir Mrozek; An Opera for Terezin de Lilian Atlan no Peter-Arnoth-Theatre em Glas-gow; Adaptacão de Pinocchio de Carlos Collodi no teatro Freilichtbühne Coes-feld; Oxygen de Carl Djerassi no Maxim--Gorki-Theater em Berlim; Unbefleckt de Carl Djerassi pelo Maxim-Gorki-Theater no espaço Robert-Koch-Hörsaal der Humbold-Universität em Berlim; Adap-tação de Philoktet de Sófocles e Heiner Müller no Theater unterm Dach em Berlim. Foi assistente de Frank Castorf e Dimiter Gotscheff, dois dos mais im-portantes encenadores da atualidade. As últimas peças que dirigiu no Rio de Janei-ro foram Germânia III de Reiner Müller, Senhorita Julia de Strindberg, Antes/Depois de Roland Schimmelpfennig.

TRACY SEGAL – ATRIZ:

Atuou em diversos espetácu-los, entre eles: A Partir das Três Irmãs de Vincent Ma-caigne no Tempo Festival 2012, Antes/Depois de Ro-

land Schimmelpfennig’s, direção de Ole Erdmann no FITA 2011, onde foi indi-cada ao Prêmio de Atriz Revelação. Neste mesmo ano atuou em Peças de Encaixar com a Cia. dos Atores e em OQNR de Fernando Arze, direção de Cris Larin. Em 2010 atuou e produziu Os Visitantes de Priscila Gontijo, direção de Marcos Da-migo. Participou da montagem de 2009 de Geração Trianon e neste mesmo ano, sob direção de Ole Erdmann, interpretou Senhorita Julia de August Strindberg. Em 2004 atuou no intercâmbio teatral Brasil/Alemanha do Espaço SESC em A Tercei-ra Geração de Fassbinder, direção de Ole Erdmann. Foi a Margarida do Fausto de Goethe, direção de Moacir Chaves. Em 2000 participou das Festas de Lisboa com Morte e Vida Severina de João Cabral de Mello Neto, direção de Luiz Fernan-do Lobo. Em cinema protagonizou junto com Marcelo Novaes Sambando nas Brasas.

Ficha Técnica

um espetáculo de aleXaNdre rUdÁH

com: Ole erdmaNN e tracY segal

supervisão artística: cesar aUgUstO

texto e direção: aleXaNdre rUdÁH

trilha sonora original: pedrO tie

iluminação: reNatO macHadO

figurinos e adereços: brUNO cezariO

instalação cênica: lUiza paes

filmmaker: jOaQUim tOmé

colaboração dramatúrgica: Ole erdmaNN e tracY segal

orientadora corporal e instrutora de Gyrotonic®: aliNe araKaKi

fotografia: rOdrigO tOrres

programação visual: artUr vOltOliNi

assessoria de imprensa: patrícia terra

direção de produção: palOma varejãO (fluxos produções artísticas)

Ficha Técnica

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