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7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
1/71
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
2/71
XIST
LTERN TIV
CEREAlS INTEGRAlS E DERIVADOS, ERVAS
MEDICINAlS,
MEL
PURO, VERDURAS E FRUTAS
ORGANICAS, PAES, BOLOS,BISCOITOS E GELEIAS,
COSMI:TICOS, GINSENG,
GUARANA
L1VROS,
ARTESANATO, ROUPAS, OBJETOS E MAIS
1000 PRODUTOS QUE TORNAM
SUA VIDA MAIS NATURAL
PRODUTOS NATURAlS
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BRASIL
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ERIAII
fDRll
PEIIE IANIAl
AGRICllTIRA III_IIV
SOl Nascente
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
3/71
f
f
I
IN D
IC E
22
22
23
23
12
14
14
15
16
18
19
2a
20
20
22
24
24
25
25
26
26
26
26
26
21
28
28
.........
Folha .
r lor
o - .
Frutos
A plan ta .
Ra i Z l ,
e-
..
e_
I , iii
2.
Caule
-
3
4.
5.
Introdugao 9
I . As
d i f e r en t e s
e sco l a s de Agr icu1tura
Alternat iva e._.
1 . Agr icu l tu ra Ecologica
2.
Agr icu l tu ra Natura l
a
Michio
Kushi
. . .
b
Ig re ja Messianica
Meishu Sarna
3. Agr icu l tu ra Biod inamica
Agr icu l tu ra
Raciona l
5. Agr icu l tu ra O r g a n i c a ~ B i o 6 g i c a .
IV..
Plan t ando
.
1 . Adubos q u i m i c o s ~ p or qu e n ao ?
Tabela
de adubos e f e r t i l i z an t e s
1,1. 0.
Solo
e_
a Origem
.
b Camadas a .
c
Tipos de
so l o s
-
2. Os 3
elementos
fundamenta i s para
que
se
possa r e a l i z a r qua lquer
ag r i cu l tu r a
a )
Sol
.
b A:r: . . e- .
c Agua
.
3 . Os 3 aspec tos _do solo em r e l a ~ a o
a p ra t i ca ag r i co l a .
a Fi s i co
b Quimico
c Biologico
I I I .
Composto,diagramado e impresso pela
Direitos autorais reservados
SOL
NASCENTE
Rlia Bolivia 128- Jd. Am6rica
Sio Paulo - SP
natura i s . . ._
35
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
4/71
1 1
8
35
- Ele t r ocu l tu r a Rad ies t e s ia )
- Calendar io
agr ico la
de p lan t io
- Bibl iograf ia e enderegos .
42
Ragas
. T ab ela d as 8 cu l t u ra s de
roga
.Tabela de f a ixas de
Ph mais
ade-
quados
aos
dive rsos
plan t ios
.Esquema de n ive l de tube p l a s t i co
para marcar
curvas
de nivel
.Como r e t i r a r amostras de
t e r r a
46
para
anallse .
2.,
Composto
47
.Art igo
0
Compost6
47
.Tabe la
de
compo si gao d e
mate r i a
organica
seca para preparo
do
compos to
t
5
3. Leguminosas
Adubagao verde) 51
Tabela
das
pr inc ipa i s leguminosas .
4.
R ota ga o de cuI
tu ras 54
5. Hor t icu l tu ra
. T abe l a deho r t a l i g a s
- cu l tu ras
de
t r ansp lan te 62
.Tabela de
hor ta l igas
-
cu l t u ra s
de f in i t i va s 62
Tabela
de
profundidade em
qu e
as
sementes
devem s er p la nta da s
63
65
mais comuns
68
7 .
Fru
t i cu l tu ra
.Tabe la
de
plan t io
de
f r u t e i r a s
subdividida
em t i po s
de
clima 75
8. Pragas
e doengas . Comoevi t a r e
como remediar
76
Art igo Defensivos e a l t e rna t i vas
Algumas
simpat ias
t r ad i c i ona i s do
po v 0 da
ro
ga o . . .
. . . . .
84
APtNDICE
DEUS que tudo
i ou ,
nosso esforgo em r e t o rna r
ao Lar.
N TUREZ
que
tudo
mantem,
n os sa p ro fu nd a
gra t idao
e
r espei to .
Aos HOMENS sempre
r enovadores ,
que nao se
desviem
do Caminho.
- Relagao de plan tas companheiras e
antag nis tas . off 86
- Relagao
de
vegeta i s favorave i s a horta 93
-
Calendar ios
as t r o log i cos de pl ntio
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
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Al t i ss imo onipo ten te born Senhor
a_Ti louvor a g lo r i a a
honra
e toda a ben-
gao;
somente a
T i Altiss imo
se
hao
de p res t a r
e nenhum homem
e
digno de Te nomear.
Louvado se j a s
meu
Senhor com todas as Tuas
c r i a t u r a s
especialmente meu senhor i rmao Sol
que faz
d i a e pelo
qual
Tu nos i lumina.
Ele e belo e r ad i an t e com
grande esplendor
de T i Al t i ss imo e le
e
imagem.
Louvado se j a s meu
Senhor pela irma
Lua e
as
Est re las
no
ceu
a s a ce n de st es
c la r a s prec iosas e
be las .
Louvado s e j a s
meu Senhor
pelo irmao Vento
e
pe lo
a r e nuvens
e
se reno
e
todo
tempo
por quem das
as
c r i a t u ra s
sus ten to .
Louvado s e j a s
meu Senhor
pela
irma
agua
que e tao u t i l
.e humilde
e
preciosa
e
cas t a .
Louvado s e j a s meu Senhor pelo i rm ao F og o
pelo
q ua l ilu min as
a
no i t e
e le e belo e jucundo
e robus to e
f o r t e .
Louvado s e j a s meu
Senhor
pe la nossa i rma a
Mae Terra
a qual nos
sus ten ta
e governa
e
produz
var iados
f ru t o s
com co lor idas f lo r e s e
verdura .
Louvado s e j a s
meu
Senhor
por aque les
que
p erd oa p or
Teu
Amor
e suportam as enfermidades e t r ibu lagoes .
Bem aventurados aque les q ue g ua rd am a paz
porque
por
T i
Al t i ss imo
serao coroados .
Louvado se j a s meu
Senhor por
n ossa irm a a
morte corpora l
a qual
nenhum
homem viven te pode escapar ;
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
6/71
a i , daqueles que morrem em pecado morta l .
oem-aventurados
aqueles que
cumpriram
Tua
San
t i s s ima Vontade,
Porque a
morte
se gu nd a n ao lhes
fa ra mal.
Louvai e bendize i a meu Senhor
e agradecei -Lhe e serv i -O
com
g rande humildade .
Sao
Francisco de Assis
Padroei ro
da
Ecologia
8
INTRODU O
N STt 0 US
MIM
S OD 0 US TI
Nao
somos
agronomos
A pesar d e
se r
uma
f o r -
m meio esqu i s i t a de
se
comegar a introdugao
de urn
l i v ro (ainda mais
de
agr i cu l tu r a ) ,
acho
que
i s to responde a uma pergunta
qu e
f requente
mente
nos e f e i t a , e
cremos
qu e
mais
a inda
sera ao se r apresentado e s te l iv ri nh o ao pUbli
co.
o que
queremos
dizer com i s so , e qu e es te
Manual n ao tern a pretengao
(nem
a in tengao)
de
se r urn t ra tado
complexo e profundo do di to as -
sunto . Ja ex i s te inc lus ive quem tenha
se
encar
regado
disso
( sa lv e P rim av es i ) .
Nosso
i n tu i to
fo i
(e e) de
escrever
-
vr inho que
gostariamos
de t e r l i do ao irmos pa
ra campo: s imples
sem se r
elementar ao ex t re
mo, t eo r ico
suf i c i en te , e
acima
de t udo ,
p ra
t i co .
Quem
sa
be se na o
urn
Livro
de B olso ?
Da mesma forma que
e le
nao pre tende se r urn
a l f a r r ab io , no s tambem nao pretendemos se r
le igos
metidos a
bes t a . Apenas p ro cu ramo s d e
uma forma pra t i c a , urn pouco s i n t e t i c a e sobre-
tudo obje t iva , t r an smi t i r
S
nossos
i rmaos de
jo rnada , urn r esu l tado pa rc i a l
de
7 anos de ro -
ga,
de muita
l e i t u r a , de
muito
papo
com
gente
qu e
sabe , e
alem
de
de alguma
p ra t i ca (e
belos
calos nas
maos).
urn t r abalho
essencialmente b ib l i og ra f i co ,
bebido eras fon tes mais idoneas apesa r de i n f e -
l i zmente nao abundarem em
nosso
id ioma) , e
principalmente
urn
t r abalho de Amor. rn Amor
qu e
gostar iamos
de
se
f az er n ota r,
muito mais
que a t a b e l a s , formulas de i n s e t i c i das e epo-
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
7/71
cas de
plan t ios .
A
t ecn ica
sem 0
A m o ~
e
nada.
o Amor em s i ja e
Tudo.
0 ~ m o r por 0 Amor
P
e lo proximo, 0 Amor ao
CElador.
E e _ c l a ro ,
N
t
za a Mae Ter
consequentemente , 0 Amor a a ure ,
ra .
Que
o s nossos
irmaos que forem se t t l l z a ~
des te pequeno t r aba lho , e que f o r e ~ se l n t e l :
r a r com esse mundo complexo e f asc lnan te que e
a
t e r r a ,
0
so lo ,
as
p lan t a s ,
0
fagam
c ~ m v e r d a
Amor Que os irmaos qu e se u t l l l z a r ~ m
e l ro
- . f
das
t ecn icas na tu ra i s ,
o r g a n l c a S ~ 0
agam,
lJorque e mais bara to
como
a
~ g r l c u l t u r a
O f l
c i a l vern fazendo)
ou porque
e moda. Mas 0 f a -
gam
por
Amor. om Amor.
lem
de
dedica r
es t e pequeno
~ v r ~ D ~ u s
a
Natureza
e
aos Homens como es t a no
l n l c ~ o
r s 1
dedicamos
aos
mes tres do 0 lC10 lm av e ,
Lutzemberger F ra nz L eh er, Hirosh i , A d l l s o ~
Paschoal ,
Valdo Franga_e
Mario
Nogueira d e O l ~
ve i r a .
Que
muitos
irmaos
tenham
a
o p o r t ~ n l d a -
C2 que
estamos
t endo
de beber do conheclmento
emit ido par es t e s
g r ande s conhecedor es
da
Natu
r eza .
SHANTI
P X
S DIFERENTES
ESCOL S DE
GRICULTUR
LTERN TIV
Ent re
as nossas
propos tas
p r io r i t a r i a s em
re l agao a es te t r aba lho , uma das pr ime i ras
qu e
ha
muito
nos ocor reu , fo i a de, ao cont rar io
de ade r i r
ou defender
uma l inha ou esco la
de
te rminada ,
ab r i r
urn leque
de
poss ib i l i dades .
Fazer uma amos t r a ,
embora
rap ida e
super f i c ia l ,
das
d i f e r en t e s maneiras com
que
algumas
pes
soas do ramo vern t r a t ando da ag r i cu l t u ra . Te
mos muito mais a
in tengao de ens ina r
a apren=
de.r, do que propriamente a pre tengao de
ens i
nar . Dai a
preocupagao
em co loca r uma b ib l i o
g ~ a f i a e os
enderesos
no f i n a l , para qu e os
i r
maos possam beber a nive l mais profundo
das
fon tes de
onde f l u i es ta pequena
obra .
No
panorama a tua l da agr i cu l tu r a - a l t e rna t i
va ,
muita confusao
j a
se
fe z
em re l agao
aos
no
mes:
a g r i cu l t u ra na tu ra l , b io log ica ,
o rga
n
ica
, e t c . , B ~ m em
ime
, I U ~ d ~
toda
i =
cu l tu r a ,
qUlmlca oU,nao, e
blo log lca
e
organi
ca
no f im das
contas . Tal na o se r i a se porven
tu ra Oxa la n un ca ocor ra ) a
t e r r a
fosse de
p l a s t i co e
as
plan tas de
bor racha . Mas
como
usou-se des t a s
denominagoes
para des ignar a
ag r i cu l t u ra
desenvolvida
sem
produtos
s i n t e t i
cos, . vamos
t en t a r
dar nomes
aos
bois e desemCi
ranhar
urn
pouco
es te
novelo .
A pa r t i r da b ib l i og ra f i a que j a dispomos em
nossa
l i ngua , podemos observar
que
var i a s moda
l idades di feren tes
de p lan t io
na tu ra l
vern
se
nos
apresen tando ,
e de uma
ce r t a
forma,
sob
no
mes mais
ou
menos def in idos . Vamos u t i l i z a r :
par te
de-ssas d i cas qu e
se noS
apresen tam, e
par t e urn pouco de pragmatismo,
para de f in i r
de
mane i r a en tendive l es t a
s e r i e
de opgoes que
po
dem se r u t i l i z adas
( in tegra lmente ,
ou sob
for=
rna s i n c re t i ca - a g o s t o , e de acordo com as
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
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vo em cabe f a to r modificado. Quando es
tamos c ~ n t e s
d1SSO, podemos manejar todos os
f a t o re s
a
v o n t a ~ e : interviermos incoscien
t emente, as
mod1f1cagoes
sobrevirao
do
mesmo
modo, mas
nem
sempre como esperamos Ha-
. . . . por
1880
a
lut
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
9/71
2) Agr icu l tu ra Natura l :
Como
vemos, t r a t a - se
de r ever
es t ru tura lmen
os conce i tos e
preconcei tos respe i to d i
mane i r a
de
se
manipular 0 solo e 0 meio-ambien
teo
Chamamos por Agr ic u lt u ra Na tu r al ,
as
aborda
das
por Michio
Kushi
e
pe la
Ig re ja M e s s i a n i c a ~
I o i s a l em
de
serem
modal idades
semelhantes ,
am
bos editaram
t r abalhos com
es t e nome.
po r caus a de chuvas to
rencia is
sofre faci lmente
s u p e r ~
quecimento,
necessi tan
do de p r o t e ~ a o contra a
i n s o l a ~ a o di re ta
possui microvida muito
at iva necessi tando
su a
l i m i t a ~ a o
possui est rutura mais
grumosa
e
f r iavel
grande capacidade de
f ixa r P
pouca
fixac;ao
de K e
N
mai s pob re em s i l i ca e
mais rico em aluminio
e ferro
devido as
chuvas fracas
e muito
f r ionecess i t an
do se r
aquecido
po r in
s o l a ~ a o di re ta .
possu i microvida pouco
at iva , necessi tando
de
su a
m o b i l i z a ~ a o
possui est rutura
menos
grumosa
e
pegajoso
ba ixa capac idade de f i -
xar
P
apreciavel
capacidade
de f ixar K e
N
mais r ico em s i l
ic a
e
mais pobre em aluminio
e ferro.
poss lve l
no
eco-s l s t ema , Ja que a ag r l cu l t u ra
em
s i
e uma
vio lencia ao
meio-ambiente.
A
p ra t i ca des te t ipo
de
ag r i cu l t u ra se
t r a
duz em
Nao a r a r nem cap ina r
Nao t r an sp l an t a r qualquer plan ta de urn
t e r r e
no para
ou
t ro
Regar
0
menos pas s ive l
Usar apenas f e r t i l i z an t e s
vegeta i s
do pro
plPi6 l o ca l
a
nao
se r qu e hajam
animais
que
possam f i c a r
so l tos no
l o ca l para
li
es t r u
marem)
Nao ar rancar ervas
daninhas
con t ro la- l as me
dian te 0
plan t io
de t r evo)
Nao sepa ra r as
cu l tu ras
por
areas
exc lus ivas
a cada uma de las
Usar 0
s i s tema
de plan tas companheiras
ex:
plan tas volumosas e sumarentas y in com
graos
compactos e secos yang)
Nao en t e r r a r as sementes .
ueixar
que a
pro
pr ia
natureza as
cubra
Dar mui ta a t e n ~ a o epoca de
p l an t a r .
A
propos ta
e aprender a vi r tude da nao In
t e r f e r enc ia , a n a o a ~ a o t ao i s t a .
Diz M ic hi o:
0
metodo ana lit ico qu e cada vez
mais aplicamos na t en t a t iva de a l t e r a r a Terra
que-nos v iu n as ce r, e
urn
produto
apodrec ido do
nosso c er eb ro a du lt er ado por uma a l i m e n t a ~ a o
consequente
da
perve rsa
a g r ic u lt u ra s is tema t i
ca
e
que vida
i n t e r e s s an t e , que
grau
de
i n t u i ~ a o
a ti ng ir iam os s e
comessemos
apenas
li
mentos
na tu r a i s .
a) Mic hi o Kush i:
Michio professa 0 pr inc ip io
d i a l e t i ~ o
da Or
dem da
Universo.
Tudo
deve es t a r dentro de urn
equ i l i b r i o dinamico
Yin/Yang. Assim
deve
se r
na
l i m e n t ~ o
assim
deve ser
na
ag r i cu l t u ra .
Esta
abordagem, procura
i n t e r f e r i r
0 menos
b)
I g r e j a Mess ianica
Meishu
Sarna):
0 so Ja p uro , n atu ra l, e sta imp re gn ado de e
nergia e sp i r i t u a l ,
qu e
e
0 seu
verdadeiro agen
t e de f e r t i l i dade e
cresc imento .
Esta f r a s e
de
Meishu Sarna,
cremos, s i n t e t i z a
toda
a f i l o
s of ia a g ri co la dos
Mess ianicos .
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
10/71
Para melhor compreender es ta abordagem e
ne
cessar io qu e saibamos que 0 universo e compos=-
to pela essencia de 3
energias
esp i r i tua i s :
K SSO fogo Sol)
mani fes t a - se
na materia
como Oxigenio
SUISSO- agua Lua) manifesta-se na materia
como
Hidrogenio
OSSO t e r r a
Solo)
manifes ta- se na mate
r i a
como
Nitrogenio.
Unidos
os t re s e s pi ri to s , tornando-os
urn so
corpo , nasce a forga
da natureza .
E a
par t i r
t ia i bu sc a- se a t i ng i r a meta,
qu e
e v iv i f i ca r a
t e r r a
ao ~ o n t o de na o h av er n e ce ss id ade
de
ne
nhuma espec ie de f e r t i l i zan te que nao a Luz Es
p i r i t u a l . _
Nesta
abordagem,
quase
nao
se
u t i l i z a
com
pos ta
e
quando u t i l i z a e
sob c r i t e r i o s especi
f icos) ou out ras espec ies de
adubos
na tu r a i s . -
Curiosamente, ao
con t rar io
de
todas as
ou
t r a s
esco las , es ta
advoga
a
vantagem
em
nao
se
i a ze r
rotagao de
cu l tu r a , pois
segundo
os
ens i
namentos,
para
v iv i f i ca r a t e r r a ,
q uan to m ais
repe t ido
fo r 0
cu l t ivo
da mesma espec i e , me
Ihor s e ra , i s to
fa ra
renovar sua
fo rga .
Final izando ,
afirmam que
em
a lg un s a no s,
as
co lhe i t a s s ao a um e nt ad as , d es ap ar ec em os
inse
to s
daninhos
sobrando
apenas
os
benef icos ) ,ha
v er a a p re c ia v el economia e as pessoas compreen
Gerao
que
0
al imento diar io
tern ampla s ignif i=
~ g o
em suas
vidas .
3) Agr icu l tu ra
Biodinamica:
As bases da ag r i cu l t u ra
biodinamica byos
:
vida
dynamis: energ ia) foram elaboradas ha
meio
seculo
passado pelo f i losofo aus t r i aco Ru
001f Ste ine r fundador da cor ren te conhecida
co
mo Antroposofia .
Agr icu l tu ra
biodinamica s ign i f i c a equil l lwio
e harmonia en tr e . c i nco dominios:
T e rr a; c on si de ra da
par te
viva de urn
o r g a n i s ~
mo vivo.
o n t ~
~ e ~ e n r g i a
t e l u r i c a . Deve pro
cu::ar-se
urn
equl l lh: r lO en t r e o s e le me nt os a=-
r e l a / arg i la
humus
/calcar io . S olo que contem
apenas urn dos quatro, na o efertil
Plan tas : existem duas tendencias de cresc i
mento: vegeta t iva que form a as pa r t e s ver
des
e folhagens) e
g e ~ e r a t i v a
que
forma
f lo
::es
e_f r \ l t os ) .A
tendencia
vegeta t iva recebe
l ~ f l u e n c l a s das forgas
da
t e r r a mater ia o r
ganica
m ~ n e r a i s
agua ,
e energ ia t e l u r i c a ) .
A t e n d e ~ c l a . g e n e r a t i v a recebe
in f luencias do
q\le es ta
aClma
do solo a r , sol , . energia cos
mlca) . .Deve h ~ v e r urn
equ i l ib r io pois se
a
v e ~ e t a l v a
domlna
t emosp lan tas pequenas,com
mUlta
agua,
e pred ispos tas a doengas e pra
gas . Se
domina a genera t iva , temos plan tas
a l ~ a s ? f ina s ,
f ib rosas
e secas .
A n l m a l ~ :
numa
fazenda
os
an im ais sao
par te
e s s enc l a l .
T a n t ~
pela f9rga que
proporcionam,
quanto.pelo
es te rco
E e forma de
r e spe i
t a r m ~ l s . u m a gas manlfes tagoes da Natureza .
In f luenclas Cosmicas: tudo 0 cu e
e s t a acima
deve ser
levado
em conta , a
Lua as es t r e l a s
1
os pan e as : i?-dlante v ~ r e m o s
como e organiza
do 0 c a ~ e n d a r l o as t ro log ico
de
plan t io . -
Homem: e 0 organizador , unindo e regulando
os
outros quatro
elementos , a fim
de
es t abe
l ecer em
s ua f az en da
uma unidade.
Na pra t ica da agr i cu l tu r a , a meta e
na
t e r
r a , da t e r r a , Para a t e r r a , ou se ja uma reci=
clagem
pe r f e i t a ,
de modo
que
da t e r ; a sa ia a
p ~ a n t a
e dela as sementes e 0 adubo para a pro
Xlma
plantagao._Como veremos
na
par te
sob r ;
c o m p o s o ~
SUii
t ecn ica u t i l i z a quase qu e somen
t
mate r l a . vege t a l excessao para 0 es te rco bo
Vlno e equlno) .
A par t i cu lar idade da agr icul tura biodinami-
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
11/71
ca
sao os
sprays .
Sao preparados
f e i ~ o s , uns
a
base
de
s l l i c a ,
out ros
de es t e r co
e
vaca ,
cur t idos por d et erm in ado tempo c ~ l f r e s e .u
t i l i z ados segundo uma t e c n ~ c 7 propr la . S e r l a ~
como
que
preparados h o m e o p a t l c o ~ No.caso, .
chamado 500 ( ch i f r e - e s t e r co ) e a p ~ l c a d o
d l r ~
t amente no solo e
e s t i m ~ l a
a caEtagao da ener
g ia t e lu r i ca ajudando a formagao de urn f o r t ~
s is tema
r a d i ~ u l a r .
0 SOl
(ch i f re -qu '7
r t zo
e
apl icado nas fo lhas ~ l a n t a s e
es t lmula
a
absorgao
de energ ia
cosmlca._
o rnais, prat icam a Fotagao de : u l t u r a e
procuram nao ex t i r pa r as
erv'7s-daIllnhas
(embo
ra
nao
as considerem como
t a l s ) .
4) Agr icu l tu ra Raciona l :
Entendemos cha rnar
ass im , as ~ s c o l a s (ou pe..
soas)
qu e
professam
uma convers '70.1enta e
es
que rn at iz ad a d a ag r i cu l tu r a
t ra dl cl _o na l p ar a
a
a l t e rna t iva .
Primavesi na o deixar ia
de
se
enqu '7drar.
E
tarnbem 0
f r ances
Claude
Aubert , e_multos ou
t r o s . Ao con t r a r io , temos a facgao
que
advo
ga
0
rornpimen o r a d i s a l ,
como F ra nz L eh er,
Lu
zemberger
e no s
tambem.
C la ud e Aub er t
sugere
qu e se faga uma p r o f u ~
da
ana l i s e quimica , inc lu indo
o l i g o e l e m e n t o s ~
uma ana l i s e bio log ica
(pondo
em destaque 0
n l
ve l
da
a t iv idade
microbiana
do
so lo)
e uma pe..
quisa
dos re s lduos de p e s t ~ c i d a s Este estudo
dara urn
desenho de como fo}
tratad'7
a
t e r r a
a
t e en tao , e 0 que p re cis ara s er f e l to
para
0
es tabe lec imento
das
ro tagoes de cu tu r a e da
f e r t i l i z agao no per lodo
da
conversao ( ~ o r ex .
se a
t e r r a
fo i cu l t ivada
com
doses m ~ c l g a s de
adubos
quimicos,
provavelmente, es t a r a bern po
bre m humus
e
ca ren te de
ce r to s e l e m e n t ~ s ) .
o s is tema
de
ro taqao , a grande e s t r e l a s ~
rao as leguminosas e a in t rodugao de pas tos
tempora r ios ,
pois segundo e le
0 pas to
con t i
nua sendo 0 melhor meio de
se melhorar
urn
so
10 . Supr imir -se ' -hao cu I
tu ras
desgas tan tes
(co
mo
ce rea i s ) .
Diz ainda
a
nao s e r m casos
excepc iona is ,
nao se deve passa r
di r e tamente
da
f e r t i l i z agao quimica p a r a ~ a bio log ica r a d i
calmente . Deve-se
i r
subs t i t u indo , por ex . ,
os
adubos quimicos
ni t rogenados
danosos
(como
o
c lo r e to de amanio) ,
por out ros menos
nocivos
(como
0 Sa l i t r e do Chi l e ) . Diz mais , que deve
se
f a z e r
uma adubagao
o rg an ic a p ru d en te ,
pois
urn solo
pobre
em
humus
e com
uma
a t iv . idade b io
la>gica reduz ida ,
e incapaz
de d ige r i r grandes
quant idades
de ma te ri a o rg an ic a c rua .
Esta
conver sao obedec e, e
c l a ro , a uma
c ro
no log ia , e
e le
est ima
que qualquer que se ja
a
s i tuagao i n i c i a l ,
e necessar io
no minimo,
5
a
nos
para que urn
t e r r eno
a t i n j a urn born nive l de
f e r t i l i d ade .
Por nosso l a do , a inda que sejamos apos to los
da
conversao
d i r e t a , sugerimos as
p ra t i ca s do
con t r a l e
in tegrado
de pragas e
do
con t r a l e bio
logico como otimos
aux i l i a r e s
nessa t a r e f a de
reconver t e r 0
processo .
5) Agr icu l tu ra Organica-Biologica:
Prefer imos chamar ass im, os que nao r e f e r en
ciam
nenhum
nome
em
espec i a l .
Seriam
os
que
sam qua isquer produtos na
agr icu l tu ra
contanto
qu e
nao
sejam
quimicos
( s in t e t i cos ) .
Destaco aqui Franz
Leher,
NutriHumus,
Lut
zemberger e Valdo Franga .
Comoes te l i v r inho anda mais ou menos
nesse
t r i l h o , e no ar t igo
do
Composto f a lo urn pouco
do t r aba lho
do
Va Leher e da NutriHumus, deixo
em
aber to para
quem
qui se r
dar asas a
imagina
gao
e
bolar
quaisquer novos
macetes.
9
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
12/71
Urn paren tes i s
para des tacar
nosso irmao
Hi
r osh i A gr icu l tu ra Zen) que mescla
urn
que de
Primavesi , com Lutzemberger,
com
ag r i cu l t u ra
organica mesmo embora
assim
como nos, nao use
cer tos
produtos de origem animal) e com uma do
se
a
medida fundamental) de puro e s inceroA=
mor
a
Criagao
e
ao
Criador .
Daqui nosso J Y
SOLO
1)
Vamos dar aqui uma breve nogao da forma
gao
do solo e
de
como
e le
se
apresen ta . Pode
mos d iv i d i r
es ta
esplanagao
em
aspectos :
a Origem: Os solos f or am formado s pela
pu l
ver izagao
das rochas atraves da
milenar
agao -
da
chuva,
do
so l ,
dos ventos
e
dos
seres
vivo
Quando a
rocha
ja pulverizada
permanece
no
propr io l oca l , podemos chamar
Solo
Residual ou
Local.
guando sao t ranspor tados pela e -
rosao e
pe las
aguas dechuva e r i o s , indo
depo
s i t a r - s e em lugares baixos indo
forrnar os
so=
los de
var zea , sao chamados
Solo
de
aluviao
ou a luv i a i s .
b)
Camadas: Cavando-se a
t e r r a nota-se gue
ao
i r s e aprofundando , e la va i mudando
de
cor ,
c o n s i s t ~ n c i
ou
composigao. Essas
v r i ~ e s
sao
chamadas camadas.
A
camada
de cima
e
a
qu e cons t i t u i
propr ia
mente so lo ; as que se
seguem
formam
sub
so lo .
- - Tod a profuncteza ap ta
para
p e n e t r ~ o das
ra izes
das
plan tas chama-se
solo vege ta l
ou
so
10 cUl t ivavel .
sub-solo
capaz
de a lim en ta r a s p la nta s e
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
13/71
chamado
a t ivo ;
ao con t rar io
e i ne r t e . .
m ge ra l 0 solo se pres ta
para
n u t r i ~ a o
das
plan ta s , e 0 sub-solo para sua f i x a ~ a o .
m ~ r t o s lugares , cavando a t e r r a , encon
t r a - se
a
pequena p ro fundi dade rocha dura, ou
qualquer
out ra
camada
impermeavel. A
t e r r a
del
gada
que cobre es t a camada impermeavel da-se
0
nome de solo
supe r f i c i a l .
lugares
onde
se
pode
descer a uma
profun
didade mais cons ideravel , 0 solo
e
chamado
davel .
Dentro
da
ot i ca
de
agr icu l tu ra eco log ica ,
nao devemos expor 0 sub-so lo ,
ou
se j a , nao de
vemos
fazer
exatamente 0 que todos
fazem
ao a
r arprofundamente a t e r r a ( tecn ica usada em
paises onde
ca i
neve) .
c
Tiros
de solos : e acordo com uma ana l i
se
f iS lca , podemos
subd
ivid i r
em 4
os elem en
to s
que devem
via
de r eg ra , compor 0 so lo :
Si l ica
Argi la
Cal
Humus
por tan to podemos te r os seguin tes
t ipos
de
so
los :
Si l i coso :
onde abunda s i l i ca o u A ren oso
Arg i loso: onde abunda arg
i l a
Calcareo: onde abunda
ca l
Humoso: onde
abunda 0
humus.
E a
pa r t i r
da i podem
se
no s
~ p r e s e n t a r e m
as
v a r i a ~ o e s , como:
a rg i lo - s i l i coso
o nd e p re domi
na
a
arg i l a ) , ca lcareo-arg i loso
onde predomi=
na
a ca l ) , e tc .
2 Os 3 e lementos fundamenta is
para
que se
possa r ea l i za r
qualquer ,agr icu l tu ra :
a ) Sol: Nos parece dispensavel
enumerar
as
qual idages
des te
fundamental as t r o . Cremos que
todos sao c ien tes
da
v i t a l importancia
do Sol
em nossas vidas e na
vida
das
plan tas .
Vamos
f r i s a r
apenas , 0 fenomeno da fo toss in tese que
e sem dUvida 0 mais importante que ocorre no
planeta : foto=luz s intese=uniao e 0 proces
so de t r ~ n s f o r m a ~ a o
do
C
gas
carbonico em
02 o x i g ~ n i o ut i l i zando-se energia
luminosa.
E
a
f u n ~ a o
pela
qual os
vegeta i s
qu e
possuem
c l ~ r o f i l a ,
fabricam matria organica a ~ U c a r e s ,
~ m l d o , gorduras e pro te lnas ) a pa r t i r do C02,
agua
e energia
luminosa ,
havendo l i b e r a ~ a o de
02.
_ C ~ m o vamos observar
ad ian te , segundo
a boa
t ecn lca de agr icul tura ecologica devemos em
~ l i m a s r 6 p ~ c a i s
manter 0 solo ; r o t e g i do
da
l n s o l a ~ a ~
d l r e t a ,
que resseca ,
evapora nut r ien
te s e a te pre jud ica cer tas f u n ~ o e s m i c r o b i a n a ~
_ b 0 Ar: 0 Ar forma 0 vento . Quando 0 a r es
t a
quente
sObe,
quando
es ta
f r io
desce, e
des=
t e m ~ v i m e n t o
de
expansao, s u b i ~ a , contragao,
d e s c l d ~ , surge 0
vento . Onde ha f r io
0
vento
tende a
esquentar
e
vice-versa , t o r n a n d o - s ~ urn
v e r ~ a d ~ i r o a g e n t ~ r es taurador do equi l ibr io ba
rometr lco p ~ e s s a o . 0 ven to de te rmina a maneI
ra da
chuva ca i r , carrega 0 solo
e as
nuvens
para
out ros l oca i s , acama as
plan tas
menores e
des olha
as maiores aumentando a quantidade de
mc:ter,ia organica
no
solo
e
con t r ibu i
para pol i
n l z ~ o
e e sp al hament o d as s emen te s.
c A g ~ a : Tambem
de
fundamental
impor tancia
para a v ld a, tan to a nim al q ua nto
vegeta l .
A a
gua l ava
a suje i ra das
plan tas ,
so lub i l i z a os
nut r i en tes para sua
a l i m e n t a ~ a o ,
mantem um n i
vel_de humidade no solo fundamental para for
de humus .
A aguaevaporada dos mares, lagos e r l o s ,
ao sub i r no f r io ) condensa-se e forma a chu-
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
14/71
va. Esta
chuva
c a i , p a r t e s e i n f i l t r a no s o l o
a t e e n c o n t r a r uma
camada impermeavel
formando
os l e n g 6 i s f r e a t i c o s qu e
brindam-nos sob
a
f o r
rna de f o n t e s ou mesmQ pogos.
3) Os 3 aspectos do solo
em
r e l a g a o a p r a
t i c a
a g r i c o l a :
Este
e urn
t o p i c o
de fundamental importancia
a
s e r
compreendido,
p o i s
fundamental
e a
p e r
f e i t a , , in teragao e harmonia
no
s o l o quanta a
seus
aspectos
f i s i c o ,
quimico e b i o l o g i c o . Se
urn
e s t a
em d e s e q u i l i b r i o ,
automaticamente t o
t o e s t a .
Igualmente importante e
a i n t e r a g a o
dos
t r ~ s
elementos
a n t e r i o r m e n t e
c i t a d o s S o l ~
Ar e Agua). E mais a i n d a , a
p e r f e i t a
harmonia
e n t r e
e s t a s
duas
p a r t e s (o u
e s t e s
6 componen
t e s do
nosso e s t u d o .
Nao n e g l i g e n c i a r nenhum
d e s t e s
f a t o r e s e r e gr a p rim or d ia l. E st a r sem
pre a t e n t o , t e r urn
r az o av e l r e sp a ld o
t e o r i c o e
p r a t i c o
e uma
boa
dose
d e i n t u i g a o
(na
verdade,
o
componente
mais
i m p o r t a n t e ,
sao c o i s a s
ex
tremamente n e c e s s a r i a s
para
que h a j a uma r e a l i
zagao
p e r f e i t a
do
processo de p l a n t a r .
a
F i s i c o :
m pr imeiro
l u g a r
e
fundamental
que
tenhamos
uma
boa
e s t r u t u r a f i s i c a . solo
como os s e r e s humanos,
r e s p i r a ,
absorvendo 02
e exalando
C02.
Precisamos
s a b e r qual
e t i p o
do
s o l o
em qu e
vamos
t r a b a l h a r ,
que
c u l t u r a s
queremos
desenvolver
(cada uma
tern
uma exigen-
c i a
quanto
ao
t i p o
de
s o l o .
Se
temos
s o l o
ex
cess ivamente
arenoso,
devemos
p r o c u r a r incorpo
r a r - l h e humus.
Os
s o l o s a re nos o s r et em
pouca
humidade.
Se
solo e a r g i l o s o , s e da i n v e r
so:
mal
manej ado pod e
s e
t o r n a r quase
impermea
v e l .
ma
t e r r a
com
e s t r u t u r a
f i s i c a boa,
tern
uma bo a a t i v i d a d e b a c t e r i a n a e uma bo a
r e t e n
gao
de umidade.
Devemosprocurar
mexero
menos
profundamente
p o s s i v e l com s o l o .
Alguns
en-
tendidos dizem que nao s e deve a r a r abaixo
de
15cm.
rn
solo r i c o
em
mater ia
o r g a n i c a ,
a u t o m a t i
c ~ m ~ n t e
em sua e s t r u t ~ r a grumosa
em boas
con
d l g o e s , e s o l t o , e retem suficiente humidade ma
r e g r a p rimor d ia l p a ra t r o p i c o e nunca d e i x a r
o
solo
sem c o be rt ur a v e ge ta l (viva ou
morta) .
Tendo
urn solo f is ic a m en te e q u il ib r ad o t e r e
uma vida
i ~ l o g i c
e q u i l i b r a d a e p o r c o n s e
gUlnte
urn e q u l l l b r i o em sua e s t r u t u r a q u I m i c a ~
b)
Biologico:
Onde ha
humus,
ha a t i v i d a d e
b a c t e r i a n a .
E onde ha a ti vi da d e b a ct er ia n a ha
os
p i ~ r o r g a n i s m o ~
c ap az es d e decompor mater ia
o r g a n l c a . Onde ha os
microrganismos
em abundan
c i a , os
n u t r i e n t e s sao
l i b e r a d o s
de
forma mais
e f i c a z .
Se e n c o n t r a r m ~ s no solo uma
a t i v i d a d e
e q u i
I l b ~ a d a , c o n t r o l e
de fungos
nocivos e pragas
danlnhas
a p r e s e n t a : s e
e s t a b e l e c i d o ;
a cadeia
p ~ e s p r e d d o r e s t a funcionando com
p e r f e i
gao.
c
Quimico: Repetindo
que
dissemos a n t e
r l o r m e n t e , onde
e x i s t e uma e s t r u t u r a f i s i c a e
q u i l i b r a d a
a p r e s e n t a - s e a probabi l idade
de
uma
e x c e l e n t e a t i v i d a d e
b i o c e n o t i c a
(biocenose=con
j u n t o de animais e v e g e t a i s de uma mesma area) .
c ~ n s e q ~ e n ~ e m e n t e
proporclona que os
mine-
r a l S l n s o l u v e l s
no t e r r e n o
possam s e r l i b e r a
dos
para as
p l a n t a s .
Atraves da a n a l i s e quImica do
s o l o
temos
urn
panorama do que
de n u t r i e n t e s
podemos d i s p o r .
m g e r a l
a s
a n a l i s e s
dao
Ph do
s o l o
sua tex
t ~ r
f i s i c a
e a
quant idade media
de
F6sforo
Po
t a s s i o , Calcio e
Magnesio. Para
saber conteu
do de ~ i t r o g e n i ~ e Oligoelementos (Microelemen
t o s sao n e c e ~ s a r i o s o u t r o s t i p o s
de a n a l i s e s
de c u s t o . e ~ o ~ o m i c o mais
elevado. A p a r t i r d a i
podemos. l n l C l a r urn processo
de
r e e q u i l i b r i o do
5
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
15/71
a ~ p e c t o quimico do so lo , nunca e sq ue ce nd o, p o
rem
sua interac;ao com os
out ros
2
aspecTos.
I I
PL NT
Como
todos
aprendemos
desde
0
primario ,
uma
p lan ta e cons t i tu ida de Raiz ,
Caule ,
Folha,Flor,
Fruto
e Sem ente .
Vejamos urn apanhado ge ra l ,
uma
recordagao d es ta s p ar te s:
1 Raiz: E 0 o rgao de f ixagao e de abs or c; ao
dos sa i s
minera i s .
proveniente
da
r ad icu la
do embr iao, qu e s e e nc on tra d en tro da
semente.
E
uma
par te desprovida de fo lhas
e
gera lmente
s e d es envo lv e dent ro
da t e r r a . Nao possu i
c lo
r o f i l a .
Pode
ser : sub ter ranea ,
aerea ou
aqua t i
ca .
2
Caule:
E 0 orgao super io r que
se
desen
volve
gera lmente
no
a r , s us te nta a s fo lha s , f l o
re s
e
f ru tos .
seu
i n t e r i o r
conduz a s e i v a .
Possui c l o r o f i l a ~
Pode
se r : aereo , subterranro,
aquat ico . Os
cau le s se
dividem em
nos ou go
mos.
3 Folha:
E a expansao
laminar do caule .Pos
su i c lo ro f i l a . E por onde se
r e a l i z a
a fo tos
s in t e se . Pode se r
de
d i f e r en te s t i pos ,
forma
to s e iI:amanhos.
4
Flor :
E 0
apare lho reprodu tor
dos
vege
t a i s super io res .
Pode se r completa ou i n c o m p l ~
ta o
m
f l o r
completa compreende:
Cal ice : formado
de sepa la s
par te externa
que
sao fo lhas
modif icadas .
Corola: f or rn ada de
peta las
p a r t e i n t e rna ,
tambem folhas
modif icadas .
Androceu:
orgao
mascul ino
formado
de esta mes
e produtor de polen.
Gineceu:
o rg ao f em i ni no , formado de ca rpe los
e produ to rde
ovulos .
Quanto
ao
a p ar el ho r ep r odu to r
a
f l o r pode
ser :
Unissexuada
mascul ina :
quando
possu i somente
o androceu ex . mamoeiro .
Unissexuada
feminina :
quando possu i
somente
o
gineceu
ex. abobore i ra .
Hermafrodi ta : quando possu i 0 androceu e 0
gineceu
ex
milho,
sorgo,
e t c . .
Es te r i l :
quando ambas sao
i n f e r t e i s .
5 Frutos: Sao os ovar ios fecundados , e
de
senvolvidos
dos
vegeta i s . Compreendem
duas
t e s : externa e i n t e rna , a saber :
Per i ca rpo :
par te ex terna .
Cons t i tu i as pa re
des
dos
ovar ios
desenvolvidos .
Pode
ser :
Epicarpo: par te de
fora ,
chamada casca .
Mesocarpo: camada media. Pode
ser carnosa
quando
e
desenvolvida manga,
a b a c a t e ~
ou
seca q ua nd o n ao 0
e
ce r ea i s .
Endocarpo: camada in te rna pro te to r a da se
mente.
Conforme
a f ru t a chama-se
carogo.
Semente: p arte in te rn a. E 0 ovulo fecundado
e
desenvolvido.
formada de
duas pa r t e s :
Tegumento:
p a rt e e xt er na , c on st itu in do
a
parede
do ovulO, as vezes dupla
ex. l a r an
j a .
Amendoa: par te
in te rna da semente, formada
de
duas par tes :
embriao
e
a lbume.O embr ia o
ao desenvolver-se forma as d iv er sa s p a rt es
do vegeta l . E formado
por:
1
Radicula :que
desenvolvendo-se
origem
a r a i z ; 2
Cau
l i cu lo :
da o rig em ao no v i t a l ; 3
l a : qu e da origem
as
p ar te s a er ea s
da p ~
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
16/71
t a ; 4) Coti ledones :
sao folhas
espessas ,
cheias
de sUbstancias nut r i t i va s
que
a l i
mentam
0 embriao
durante a germinagao, i s -
-
o e , enquanto c re sc em
as
r a l ze s .
As sementes
podem ser :
- Monocotiledoneas: quando pos su em urn so
co t i
ledone
(ex.
ce r ea i s ) .
- Dicot i ledoneas: quando possuem dois
co t i l edo
nes (ex.
l eguminosas) .
A fecundagao
consis te
na uniao dos n ~ c l e o s
reprodutores de
pol en (mas cu li no )
com n ~ c l e o s
do
ovulo
( feminino) . Nesta
t a re fa e de funda
menta l impor tancia
a
presenga do
vento,
dos
passa ros e
dos
i n s e t o s , pr incipalmente a abe
Iha me life ra c uj a a t iv idade proporciona urn au
mento fan tas t i co
na
produgao de f ru tos
(p . ex .
nos
c i t r o s , a
a t iv idade da
abelha aumenta em
a te 40
a produgao e em
a te
12
0
t eo r de
car
da
f r u t a ,
alem
de
con t r ibu i r para a uni for
mizagao maior dos
f ru tos
e uma maior
resisten-=
c ia pragas e
doengas) .
V PL NT NDO
Gostariamos
de
ab r i r
es te
cap i tu lo com urn
ar t igo que
escrevemos no
an a p assad o (1981),nas
que da bern uma
id eia g er al de como
devemos pro
ceder ,
e
do que
sao os
adubos
quimicos ,
como
agem, e a l t e rna t iva s ao seu uso.
ADUBOS QUIMICOS POR QUE N o
Na pra t i ca da agr i cu l tu r a ,
no
maneJo do so
lo , devemos enca ra r
a
t e r r a
como urn
murdo com
plexo e in terado onde devem
vivem em
equ i l i -
28
b ~ i o
urn n ~ m e r o
inca lcu lavel
de microscopicos
seres animais e
vegeta i s ,
que sao
quem
garan te
a perfe. i ta f e r t i l idade do solo e a sanidade
das
plan tas . Dev:emos
enca ra r
a
t e r r a
dentro dos
aspectos f i s i co ,
quimico
e bio log ico , procuran
do
promover, pro teger e conservar a
harmonia
en t re
es t a s t r e s p a r t e s . A
agronomia
of i c i a l
t ende a cons iderar 0
solo
como
sendo
urn mero
s ~ p o r t e
onde , sob
os
e f e i tos
de
adubos
e
pes t i
c.::-das e
sob
r i sco de
degradagao,
deve produ
Zlr enormes
(embora
inssossos)
vegeta i s
sob
fa l so
argumento
de q u e e
necessar io
que se u
f e r t i l i z an t e s s in t e t i cos
para
que
a
produ
gao
aumente e se
possa
al imentar mais
gente .
A
out ra face da moeda, porem, nos
mostra
que,
a
pesar dos vegeta i s serem
maiores
e darem
mais
r ap ido , sao sem
gosto, mais
pobres
em
vitaminas
e impregnados de residuos
quimico s venenoso s.
o
fa to de usar -se quimicos
na o
matou a fome
do
~ u n d o
: poluiu
consideravelmente
0
plane ta ,
cu
Ja
~ r l u l t u r
se desenvolveu dependente do
pet ro leo . dando ag ora se us s ina is de eminente
c r i s e .
Esta
c ri se e sta
fazendo com que a
agronomia
t r ad i c iona l
vol te -se novamente
p ara b us ca r na
natureza os insumos
de
que precisa para nao fa
l i r . Agora,
depois
da I I
Guerra ,
ap es d ec ad as
onde
se
usou e ab usou dos
adubos
hidrossolUveis
( foi a g randepanace i a ) , vemos 0 establishrrenf
agr ico la
se
vo l t a r , p o r exemplo, as pesquisas
com
0
es t e r co , e l emen to
secularmente
ut i l i z ado
na agr icul tura e re legado em favor dos s i n t e t i
cos ....Hoje , o s
f e r t i l i z a n t e sn i t r ogenados
fei-=
to s a
b a ~ e
de
naf a
(derivado di re to do
pe t r c
l eo) es tao
cada
vez mais caros , eum d ia
vao
f e l i zmente , acaba r .
Nao devemos usar adubos qu im i cos pr imei ra
mente
p orqu e sao h i d r o s s o l ~ v e i s i s to e d i s
solvem-se na
agua da
chuva e das
reg as , fa to
qu e acar re ta t r es co isas : uma
par te
e
absorv i -
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
17/71
da pe las ra izes
das
plan tas
causando
uma expa
sao
ce lu l a r ,
fazendo
com que a umen te bruta lmen
te 0 t eo r de agua (a e xp an sa o ce lu l a r faz com-
que as membranas
das ce lu las
fi qu em muit o
mais
f inas ) tornando a plan ta urn
p rato
para pra
gas
e
doengas, alem de ficarem
sem gosto e
com
seu t eo r
de
vi taminas e sa is empobrecido. Ou-
t r a par te (a
maior
par te )
e l i x iv i ada ,
ou se
j a ,
e
levada
pelas
ag uas das
chuvas e_
regas ,
indo
polu i r
r i o s ,
lagos e l enguis
f r ea t i cos ,
a
cabando por causar juntamente com 0 despejo de
esgo tos , a eu t rof icagao , que e a morte
do
r io
ou
lago po r as f ix i a , pois
os excessivos
nu t r i
en tes alem
de estimularem urn crescimento exces
sivo
das a lgas ,
roubam
para s e deg rada rem ,
oxigenio
da
agua.
E
ha
ainda uma t e r ce i r a
par
t e que se evapora ,
como
no caso dos
adubos
n i
t rogenados qu e
sob
a forma de
oxido
ni t rosovai
assim como ocorre com 0 f luorcarboneto do aero
so l , des t ru i r a camada
de ozonio da
t m o s f e r ~
Para completar 0
panorama,
var ios
t ipos de
fe r
t i l i z an t e s u imicos ( j u st amen te o s
mais
cornu=-
mente usados) funcionam
como
vio len tos ac i d i f i
cadores do
so lo .*
Os
pes t i c idas nao sao contes taveis
so
pela
toxidade
dos
seus
r es iduos . Tambem agem sobre
a composigao
das plan tas ,
sobre a
vida
in t ima
dos
vege t a i s ,
modificando
a
re lagao
hidra to
de
ca rbono /p r odu to azot ado (n o caso do s he rb i c i
das ) ;
ou no indice
p o ta ss io / c a lc io
( i n s e t i c i
das) ou oconteGdo em
aminoacidos
( fungic idas) .
o
mesmo
modo,
a composigao do vegeta l va-
r i a r a consoante
a natureza e
as doses
dos adu-
bos empregada s.
o
emprego
dos
adubos
n itr og en ad os m in er ais
tern
por vezes
como r esu l tado urn cons ide rave l
aumento do t eo r
de
ni t r a tos
(em folhas de
esp' .
30
o solo necess i ta b as ic amen te d e 5 elementos
p ~ r ~ um born gesenvolvimento_
das
plan tas : Nitro
genlo (n) ,
[os faro (P) , Pota ss io (K) , Calcio
(Ca) e Magnesio
(Mg),
qu e sao chamados macroe-
lementos . Os mic'roelementos
, o u
ol igoelementos
(Boro, Cobre, Zinco, e t c . ) tambem sao
de
fun-
d m ~ n t l impor tancia ,mas
como e le s m
gera l
es tao
sempre presen tes
no
solo
e sao consumi-
dos
m
pequenissimas quant
idades,
vamos
no s
a
t e r
nos macroe lemen tos
qu e
sao os mais so l i c i
tados p ela s p la nt as .
nafre ,
p . ex . ) ,
ao
mesmo tempo
que
faz
diminuir
o t eo r em c e rt os am i noa c ido s e vi taminas ou m
o ~ r e (nas pastagens, p . ex . , tendo
como
o n s e ~
quencia 0 r i sco
de
es t e r i l i dade
dos bovinos) .
.
A ut i l i zagao do potassio quimico
conduzira
a uma
diminuigao
do
conteGdo m
manganes,
m
sOdio,
ca lc io
e
magnesio
(p.ex.
t e tano
das pas
tagens
causado
pela carencia de magnesio no so
sanguineo
Veri f i car -se-ao carencias
de m i r o e l e m ~ n t o s
nas p l an t a s , se 0 solo contem elementos com e
f e i to quela t izan te ou se 0 solo nao comporta
em seu se io
quant idades
suf i c i en te s des tes mi-
croelementos
ind ispensaveis .
A genera l izagao dos a tua i s metodos de aduba
gao minera l de s i n t e s e , conduz a qu e
se
ve r i f I
quem
nosvege ta i s :
4
vezes
mais
potass io
e
menos
d a m etad e
de magnesio >
6 vezes mais sodia e 3
vezes
menos cobre
e cer tas vi taminas
o equi l ibr io da plan ta ass im, profundame:h.
t e perturbado .
(Agr icu l tu ra
bio log ica Jean C la ud e Rod et )
pg. ' 5 6/ 57 .
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
18/71
Devemos an te s
de mais n a d a ~ mandar
ana l i za r
nossa t e r r a para c o n h e c e r ~
nao apenas seu
i s to seu
nive l
de acidez
(determinado
pelo
conteudo
de aluminio
no
s o l o ~ mas tambem a
sua
disponib i l idade
q uan ta ao s
nut r i en tes pri ].
c ipa i s .
O N e responsavel p el o c re sc imen to do vege
t a l e pela sua cor
verde.
P
garan te
a boa
f lo rasao
e a
f r u t i f i c a ~ a o .
0 K
da m elhor
q ~ a l i
d ~ d e . a p l a n t ~ e.aos. f r u t o ~ e.aumenta a ~ e ~ l s -
t enc la
a
molest
l as . E 0
ca lc lo
e 0 m g n e s l o ~
que
en t re out ras co i sas
sao
responsaveis pela
boa f o r m a ~ a o de h u m u s ~ garantem a pe r f e i t a
d i ~
ponib i l idade
dos
n ut ri en te s a s p la nta s.
O N e
encontrado no
es te rco a n i m a l ~
no
com
p o s t o ~
nas
f ar inhas de chi f re e sangue e nas
leguminosas.
As
formas
s in te t i cas
mais
usadas
sao 0 sul fa to e 0 c lo re to de a m o n i o ~ que, alem
de
des t ru i r a camada de ozonio por e v a p o r a ~ a o
deixa na t e r r a r es iduos qu e
agem
como biocidas
e
p o l u i d o r e s ~
e deixa nas
plan tas
r es iduos mui
ta s vezes a te hormonais . 0 f es foro pode se r
ob
t i do at raves de
rochas
f os f a t i c a s , escor ias
e
f ar inha
de
osso. Nao
sao
s ub s tan ci as h i dr o ss o
l uve i s ,
pois somente
se
solubi l izam a t raves da
a t iv id ad e b ac te r ia n a
e
da e x u d a ~ a o
de acidos
el iminados
pelas
ra izes
das plan tas .
Sendo as -
s i m ~ ficam na t e r r a fornecendo nut r i en tes por
muitos
anos
e por urn p r e ~ o bern
baixo .
Os simi
l a r e s quimicos Su per fosfa to , e t c . sao ca r i s
simos (dependendo da qual idade da
t e r r a
podem
se r de baixiss ima
a b s o r ~ a o
e deixam na
t e r r a
g randes quan ti dades
de
residuos
nocivos
an i
dr ido de
acido su l fu r i co .
0 potass io
pode
se r
obtido has ic ament e da cinza
vegetal .
Na verda
os
so los t r op ica i s
sao ern g er al r ic os
ern
potass io ,
bastando que
se
desenvolva
urna boa
a t iv idade bacter iana
para que
.0
K
se ja
l i be r a
do. 0 s imi la r
s in t e t i co
e 0 c lo re to ,de potas
s io que deixa como r e s i dua l
0
c lo ro ,v eneno v io
l en t i s s imo.
Por
fim 0 Ca e
g
que
sao
t r ad i c io
na1mente obt idos do ca l ca r i o
dolomit ico
ou
rnagnesiano, que deve se r ut i l izado corretamen
t e , pois
ern excesso desequi l ib ra a
biocenose
a t iv idade da
fauna
e
f lo r a
microbiana
do
so
lo . Atraves
do usc
rac ional do
ca lca r i a pode
mos co r r i g i r
0 Ph da t e r r a
0 que tambem pode
se r
o n s e g u i d o ~
incrementando uma in tensa a t i
vidade
bacter iana
e
consequente
f o r m a ~ a o
de hu
m u s ~ e supr i - la de Ca e Mg
Vimos porque e
mais bara to , mais
ecolegico
e mais in te l igente n ao u sa rmos adubos
quimicos.
rna
t e r r a f e r t i l ~ equi l ib rada ern seus nutrien':
t e s e r i ca ern
materia o r g a n i c a ~
es t a protegida
cont ra pragas e d o e n ~ s e
pronta
para produzir
al imentos
puros
e saudaveis .
Gostariamos de completar es t a e s p l a n a ~ a o
s
bre.
o s a du bo s, cita.n do
um
t recho do
l i v ro
Eco
log ia
e
P r o d u ~ a o
Agricola
(pg.
112):
Andre Voisin (ex-membro da
Academia
de
A
gr icul tura
da F r a n ~ a
j a
a l e r t ou para 0
pe r i
go do usc s impl i s ta dos adu bos
q u i m i ~ o s
e _a
impor tancia do aproveitarnento
da
mate r i a
orga
nica .
Voisin ern conferencias na Universidade
de Laval (Canada)
postulou
e
complementou
as
l e i s basicas da
adubagao
quimica:
a
Lei
da R e s t i t u i ~ a o :
(de Boussengault e Dehe
r a in
n ec es sa ri o r ep o r ao solo todos os
e lementos
t i r ados
pela
co lhe i t a
e
tambem
os
elementos ass lmi laveis desaparecidos apos a
apl icagao dos a dubo s.
b) Lei
do
minimo (Liedige) : 9 rendimento das
co lhe i t a s e
proporcional
a quantidade de e
lementos
f e r t i l i z an t e s
que se
encont ra
ao
minimono
s o l o ~ conforme
a necessidade das
plan tas .
Mitscher l ich
acrescentou: Toda a apl icagao
33
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
19/71
g
U
o
U
I
35
:
=
0
8. 0
1
'8
i
.
U
i
j
I
)C
0
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...
...
c:
00
u
0 .
'1
0.1
f
U
nas maostudo
0 qu e
j a vimos
a te a -
gora , podemos te r
uma
n o ~ a j a
mais
concreta
do que
comegar a
f aze r para
-
plan tar
Recapi tu lando,
ja
vimos
a impor t anc i a do
Sol , agua e
a r , d o s aspectos f i s i co ,
biologico
e quimico, ja
v imosque
na o devemos r evo lver a
t e r r a muitoprofundamente,
qu e
nao devemos
de i
xa- la
nua,
e
na o devemos usa r quaisquer
produtos s in t e t i cos .
Entao, 0 que
usar?
Ja
vimos no
ar t igo
so -
bre adubos, algumas das a l t e rna t iva s qu e
temos
ao nosso a lcance para nos ajudar a reequi l ibrar
nossa t e r r a .
De
qualquer
forma,
a i va i
uma t abe la
mais
completa
e deta lhada
de tudo ou quase tudo)
o qu e podemo s
no s
s
erv i r
( s
erv i r
a t e r r a ) para
preparar 0
so lo para
0 plan t io . Nao
se
esque
ga de
mandar
ana l i sa r a
t e r r a
an tes
34
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
20/71
PRO UTO
5.
i ~ a v e g e t a l
6.
Urine
EFEITOS
a)
Fornece
potassio
ao
solo.
A quantidade
varia com
a
origem da cinza. A de palha de cafe e das mais
ricas.
b) C on tr ib ui
para alcalinizar
0 solo. Uso medio de 150
gramas por metro
linear.
a) Boa
fonte
de nitrogenio.
b) Apressa a d e c o m p o s i ~ a o do composto.
e)
Funciona
como
fungieida eliminando
uma
serie de
mierorganismos noeivos.
INCONVENIENTES OU P R E C U ~ O E S
A)
0 ex ce sso de
c i ~ a s
pode
alcalinizar
de
mais 0
solo. desequilibrar
a
vida bacte
riana e ati queimar
as planta
A) Usada nao eurtida queims as plantas e
nio
e
aproveitada. Fresea
pode ser usada no
compos
to . mas para usar diretono solo
e
necessario que f iq ue cerea de una
20
dies
curtindo. ou
seja.
os
nitritos
passarem
para forma de
nitratos
assim
como
no
es
terco).
L
~
7.
Escoria de Thomas a) Exeelente fonte de fosforo. As mesmas vantagens
d,as
residuo de side- rochas fosfatica
rurgica) - b)
Tem
a ~ a o alealinizante no solo.
8. Termofosfato Magne a) Mesmas vantagens q\le a eseoria e as rochas
fosfati-
siano Rocha
fos--
cas. alem
de
se r muitomais soluvel.
fatiea
superaqueci b)
rico
em calcio e magnesio.
da e
resfriada)
- e) Tem
alcalinizante Ph
8.0/8.5).
d)
Uso:
200/1000 kg/ha.
O.Farinha de Ossos a). Rico em
fosforo.
b) Estimula a
atividade
bacteriana do
solo.
e) A pr es sa afei tura do eomposto.
10. Fariubas de a) Riquissimo
em nitrogenio
ehifre.
sangue e b) Idem
9b
e
9C.
peixe.
11. F ar iubas de a) Riquissimo em
caleio.
ostr s
avos
a
A)
Deve.
ser
posto
bem
antes
do
plantio poi,
tem a ~ a o corrosiva.
A)
Idem 28
A)
0 uso deste produto e der ivado direto da
morte de animais .
incompativel com calcario. Nao usar
conjuntamente.
A)
Idem
9A
A) Idem
9A.
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
21/71
das
a l
para
Agora
qu e nosso
irmao
es ta de
posse desse
a rsena l , 0 av iso : excesso e tao
ruim
quanta
a
carenc ia .
Tendo 0 resu l t ado
da ana l i se
na mao l eve
mos em conta que a ana l i se na o
exprime
uma ver
dade
abso lu ta ,
apenas valores
medios
mais
a
f r en t e vamos ver como r e t i r a r amostra de t e r r a
para ana l i s a r ) , 0 primeiro dado e a t ex tu ra do
so lo ,
se
e
arenoso,
arg i loso .
Ai
vamos a t a
car duas f ren tes :
r eequ i l i b r a r
0 l ade
f i s i co
do solo sem mexer muito radicalmente em sua es
t r u t u r a ,
e
procurar p la n ta r c u lt ur as que se
adaptem melhor
ao t ipo de so lo .
Se temos uma t e r r a arenosa demais, podemos
in t roduz i r boas quant idades de mater ia
organi
ca e
ao
mesmo tempo p la n ta r c u lt u ra s que se
adapt em me lho r a
es te
t ipo de so lo .
o humus e
urn
f a to r
importantissimo no equ i :
l i b r io f i s ico-b io log ico-qu imico do so lo . Mas e
importante f r i s a r
qu e
Primavesi cons ide ra 3
pos de
humus
Humus mull : que
eformado
em ambiente r i co
em c a l c i 6 e s i l i c i o (aciclo
humico)
Humus moder:
que s e
forma
especialmente
em
so l o s f e r r a l i t i co s , . t r op ica i s ;
onde
0
ambien
t e
emenos r i co
emca lc io
e
s i l i ca ,
mas
mes =-
mo' assim al tamente
favoravel
a t i v i dadeba c
t e r i n ~ dando
urn
humus
r azoavel
(mis tura
de
acido
humico e acido
fulvico)
Humus moor: que e humus
muito
c i d o ~ ~ r t i c ~
men te tu r f a ,
que
se forma em so los aCldos em
cond igoes pouco_favorave is
a
microvida.
humus
possu i agao
degradante
sobre 0 solo (a
cidos fu lvicos) .
o humus mull e mais f requente nos cl imas
temperados. E en t re
nos
e muito comum a
t u r f a ,
qu e e
urn
humus super-acido e que
prec i sa
se r
cor r ig ido .
Aqui
ent ramos 'na
segunda par te da < ecifra
gem
da ana l i se : Ph . A acidez no so lo e dete r -
minada pela quantidade de
aluminio.
necessa
r io sue se
co r r i j a es ta
acidez ou pelo uso
do
ca l ca r io ,
ou
pelo i nc rement o d a
a t iv idade bac
t e r iana e consequente humus. Mas
como
d iz
Pr i
mavesi
sem
ca lc io nao se f orma humus , a me
Ih or s aid a ainda a calagem, que
deve
se r f e i
ta
cr i t e r iosamente .
No
conhecimento
empir ico,
exis tem
algumas
plan tas
que sa o
indicadoras
de
boas
t e r r a s
(e
vice-versa , como a s amamba ia , q ue acumula
a lu
minio nas
fo lhas ) :mar iane i ra ,
u rt ig a-man sa , c a
ru ru ,
ervi lha-do-mato, moranguinhos
s i l ve s t r e s ,
car rap icho
grande,
c ipo-ba ta ta , l ixa -v io la ,
o r
valhe i ro , paudagua, e tc .
o cap i tu lo segu in te e 0 fosforo e 0 potas
s io .
Na t abe la
an te r io r
temos as
maneiras de
so luc ionar i s to . Sugiro que em vez de
usa r
se
paradamente 0 ca lcar io e 0 fos fa to de
rocha ,
que se use 0 t e rmofosfa to ,
pois
alem de
se r
mais
soluvel ,
t raz
em
s i
as
duas
vantagens ,
ou
melhor, quatro:
corr ige
0 Ph, e fornece
fosfo
ro , ca lc io
e
magnesio,
numa
so
vez
Como
es te
e um manual
de
bolso , e uma
propostas e encher os i rmaos.de t abe l a s ,
v a i
mais uma
que reputamos
bastante
u t i l
a escolha da cul tura a planta r .
39
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
22/71
F IX S
DE
Ph
M IS
DEQU D S
CULTUR S
Especial
atenc;ao
devemos
dedicar
a topogra
f ia e a situac;ao
hi:drica
do
solo.
Se o . s o lo
fo r
encharcado convem drena-lo (ou plantar ar
roz) e se
for
muito
seco,
convem i r r iga- lo(sem
pre se
atendo
as
necessidades
dacu l tu ra em
questao) . Para estas duas atividades
i r r iga
c;ao e drenagem) sugerimos
que
consultem urn
l i
vro espec i a li zado , oumelho r, alguem
especial i
zado.
Sao
questoes
complexas,
del icadas
e
im
portantes, pois urn solo semirrigac;ao nada pro
duz
(procure sempre fazer
seu plant io
perto de
fontes deagua) e urn solo encharcado
(ou
incor
retamente
i r r igado) tende a sa l in izar -se
p e r a l c a l i n ~ z a r s e .
Quando a topografia: para as hortas , evite
morros.
Amenos
que
voce queira e
possa
t e r ra
cea-los
(embora
desta
forma o t r a t o do solo f i
que mais
d i f i c i l
pois a camada viva do solo
e
re t i rada na confecC;ao das
terrac;as) ,
convem
fa
ze- las
no
plano.
Caso
contrar io
as
chuvas
pesa
das
lavariam
os canteiros.
Para
pomares e
roc;as, urn terreno mais inc l i
nado se pres ta
contanto que se
plante em
va de
nivel
deixe cobertura sobre 0
terreno
e
faixas
de mato in tercaladas para proteger da
e ro sao. P ro te ge r da erosao deve ser paraI).oia
de todo
agricultor . Repito, nunca deixe 0
solo
nil, e
procure
plan tar em curva
de
nivel .
Se
voce
puder
ter racear fac;a-o
tambem em
cut v de nivel Terracear e
abr i r
platos como
que fossem
ruas nosmorros,
protegendo sua
bor
da com algo plantado (capim-lima-o,
E.ex.) .
Ai
vai como
fazer
urn aparelho rust ico e
como marcar
as
c urv as de nivel . Apos, como re
colher
te r ra
para anal ise .
Alca.
l ino
Acido
6,0 6 5 7 0
7,5
P R S DIVERS S
5 0 5 5
mac
a pera
Arroz
Alfafa
Furno
Batata
cha mel anci a
Cacau,
cafe ,
t r igo
uva, abacaxi,
beterraba
Cebola
Algoaa:o, cana,
nabo,abobora,
imentao
CULTUR S
Feijao
tomate
Morango-Seringuei
ra
Citros,milho,soja,
sorgo,aveia,centeio,
cevada,
ca
ins
Ph neutro 7,0
Ph med io S, 5
e
Fonte:
E.Malavolta
40
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
23/71
3
Esta pronto 0
nivel
agora s6 fal ta
colocar
0
suporte
que e fe i to com
0
sa r ra fode 1 40m
2
Na parte de baixo do suporte f a g a
uma
pon-
ta para que voce
possa
f inca lo
na t e r ra .
raga
tambem
uma
marca logo
acimada
ponta
para
f i
ca rao nivel
do
solo. .
3 Peque a
outra
rodela; c olo qu e na
parte
de
cima do sarrafo e pregue na
ponta
do prego
que
f icou
de
fora
da
rodela
do nivel .
No
tube plas
t ico coloque agua limpa. Ela devef ica r 5 cm
abaixo das pontas
do
tubo.
Preparagao da mira:
Agora
voce vg i f aze r a mira que sera usada
to
com
0
nivel . .
4 Pegue 0
sarrafo
de 2 metros e pinte de ama
re lo
para
f icar bern vis ivel . .
5 Pinte
de preto 0 pedago
de
madeira de 25cm.
6 Pregue
nele a t i r a de camara
de
ar para que
possa
ser colocado bern
justo
no
s ar ra fo p in ta -
do de amarelo e ser
movimentado para
cima e
para baixo.
NlvEL DE TUBO PLASTICO
PARA
MARCAR CURVAS
DE N iVEL
Fonte: MOBRAL
MATERIAL
NECESSARIO
1
tubo
plas t ico t ransparente
de 3/ 4
pol. com
1 metro de comprimento
1
sarrafo
de 60 cm.
1 sarrafo
de
1 40 m
1
sarrafo de
2 metros.
1 pedago de madeira
de
25 cm.
2 rodelas de madeira de 10
cm
de diametro.
arame.
Ip rego
de
no minimo 6 cm.
1 t . ira de
camara
de ar com 2 dedos
de
largura.
Preparagao do
nivel:
1
Primeiro voce
deve pregar uma
das rodelas e
xatamente
no
meio
do sarrafo
de
60 cm
fazendo
com que 0 prego ul t rapasse a rodela e
f ique.
3
cm
de ponta
pelo
menos
para fora.
Depols
amarre 0 tubo
plast ica
bern
centrado
no sarrafo
deixando sobrar duas pontas
que
devem te r exa-
. tamentea mesma niedida.
42
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
24/71
8-
ma vez encontrada a mira
ce r t a marca-se
pon o
onde
es tava a mira com uma es taca Agora
voce deve
acharum
segundo ponto mais ou
menos
10
m ad ian te
Voce devera f aze r tUdo i ~ u l
no
v ~ m e n t e
mover
a made i r ap re t a Dal
por
dlante
va_olhando os outros pontos de 10 em 10
metros a te
chegar
aos 50
metros .
9- o
ult imo ponto
e
preciso
capr ichar
ao maxi
mo porque e le va i
se rv i r
de par t ida
para
o s
o ~ t r o s
50 m ~ t r ~ s
Finque
n ive l
de
tUbo plas -
t l co nes te ult lmo_ponto. Agora a madeira pin ta
da
de pre to
podera sernovamente a jus tada
mo da primeira vez. Depois de toda marcagao
t ~ r m i n d e so comegar a fazer
as
curvas
de
r11vel.
7
Como u s a r o nive l :
7-
Voce
v ai p re ci sa r
d a a j ~ d a
ge
out ra
~ e s s o a
para esse
t raba lho
Voce f l cara
com nlve l e
a
out ra
pessoa com a mira. Comece f incando
nive l
no
pon o qu e voce e s c o l h ~ u para comegar
a
curva
de nlve l Para.
que
voce t raba lhe bern
devera f i c a r
pelo
menos
metro de dis tanc ia a
t r a s
do
tubo
e a
pessoa
que
es t ive r com
a
mi
r a
devera
f i ca r a uma dis tanc ia de un s
me
t r os a
f ren te
do n ive l apenas
apoiando a mira
no chao. Voce deve o lha r nive l c o m ~ se e s t i -
vesse mirando
numa espingarda
i s to e
como se
uma
das
marcas
do
tubo fosse a mira e a ou t r a
a alga de mira .
Procure t r aba lha r
com
n ive l
tendo so l a t ras de voce pois i s to
f a c i l i t a -
r a a
visao Voce devera
f a la r com a
pessoa
que
es t ive r
com
a mira para sub i r e
descer
a ma
de i r a pintada
de
preto
a te e la f i c a r
exatamen
te
no
nive l da
agua.
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
25/71
O O RETIR R
MOSTR S DE TERR P R N LISE
1- Sep ar e s eu s i t io ou fazenda em areas que vo
ce veja que sao pelo menos aparentemente u
niformes (mesma cor e textura t e r r a ,
ma
topograf ia ,
ou mesma vegetagao,
e tc . .
2-
Arrume um balde
bem limpo e uma pazinha
tam
bem
limpa.
3-
Prepare
caixinhas
de
papelao de 20x20x20(QU
pegue nos lugares onde anal isa t e r r a ,
tantas quantas
forem
as areas de onde voce
vai recolher amostras.
4-
Para c ad a area; percorra-a em
zigue-zague
coletando no caminho var ias amostras e col
cando-as
juntas no
balde.
5-
Para
cole tar as.
amostras, re t i re de cima do
local
o nd e fo r c o ie ta r,
as
folhas,
galhos,
etc . Enterre
a pazinhacerca de 20cm e pro
cure t razer um
tor rao que
contenha a t e r r ~
de toda esta
profundidade
te rra
da super f. .
c ie e do fundo).
6-
Misture muito
bem,tudo no balde, e encha a
caixinha. Proceda assim
para
cada area que
voce demarcou.
7-
Marque na caixa 0 numero da
amostra,
a
cul
tura
plan ada
anteriormente, a_que vai pIa.
t a r , se ja
levou
alguma adubagaoe
0
que.
8-
Tenha anotado com
voce
os
numeros
das amos
t r as e
um
mapa de onde
foram
re t i radas
para
depois poder c o ~ f e r i r quando
~ i e r ~ m os
sultados. As
anal i ses
quando nao sao gra
t i s ,
costumam sermui to baratas .
COMPOSTO
Assim
como fizemos com os adubos, gos tar ia
mos de esplanar sobre
0 composto
com
outro
t i go e sc ri to tambem no ana passado. Com ele ,
cremos
que
quaisquer duvidas sobre 0 basico a
respei to de composto, es ta r ao d i ss ipadas.
Apos, uma tabela de
conteudo
de nutr ientes
de
d if er en te s t ip o s
de
materia organica, para
que
voce saiba
melhor
0
que
es ta
pondo em
seu
composto.
composto, que
deveria
ser i nt ensamente u
t i l izado na agricultura,
e 0 resultado
da fer -
menta
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
26/71
2
Nunca
devemos f aze r 0 composto
em bura
cos , pois a ss im a rr is ca m os a provocagao de uma
fermentagao anaerobica qu e
se
r ea l i z a
sem a
presenga de oxigenio e a
fermentagao
qu e
pro
du z 0 b i o g ~ s
guando
0 que nos in te ressa e ~
fermentagao aerobica que se r e a l i z a na presen
ga
de
oxigen io . 0 composto
d e v e r ~ se r
f e i t ~
em pi lhas de forma piramidal ou
t rapezo ida l pa
r a
que
a
i r r igagao
e a
aeragao sejam
un
i forme
s.
Muitas
vezes ,
porem,
podemos
f azer 0
composto
de
forma
laminar ,
ou se j a , dire tamente sobre
0
so lo ,
uniformemente
espalhado.
3
0 compo st o d ev e es t a r
sempre
bem umido
nunca
excessivamente encharcado nem excess iva
mente
seco
e
deve se r
rev i rado f r e q u e n t e m e n t ~
proporcionalmente ao tempo que e le l evara para
f i c a r pronto.
4
Podemos u t i l i z a r quaisquer especie de ma
t e r i a
organica vegeta l
ou
animal
e tambem
gred ian tes
minerais
como
c a l c ~ r i o
fos fa tos
de
rocha , tambem
c inzas , e tc . Quanto meno res
fo
re m as pa r t i cu l a s qu e integram 0 composto,mais
r ~ p i d o
es t e f i ca ra pronto.
A pa r t i r da i
var iam apena s os t ipos de
in
gred ien tes ,
suas dosagens, e
somam-se alguns
macetes e deta lhes .
A Biodinamica u t i l i za em
seu
composto ape
nas
mater ia
vegeta l
e es terco bovino e equino.
Usa
ainda , cer tos
preparados
qu e
atuam
na par
t e
mais
s u t i l do solo e das
plan tas ,
apressan
do a decomposigao, protegendo cont ra
molest ias
e eg,uilibrando a
fungao das
energias t e lu r i ca
e cosmica.
o
engenheiro agronomo
Franz Leher bolou
uma
r ece i t a de composto que f ica pronto
em 15
dias
normalmente um composto leva
de
4 a 8 meses
par-a
f i c a r
cur t ido .
Espalh.;1-se numa a rea de
x uma carnada. de :Hlcm de
a l tu r a
de mater ia
organicd p i s a ~ a . E s p d l ~ a - s e por
igual , ~ o ~ r e
toda
super t l c le par m : 200gr. de ca l ca r l o ,
200gr. de fos fa to de rocha , 200 g r . de cinza
de
madeira ,
200 g r.
de
far inha de osso ,
200gr.
de
f ar inha de chi f re e
100gr .
de f ar inha de
sangue. Mistura-se bern fazendo uma pi lha e co
br indo-a com uma camada
de
lcm
de
t er ra a rg ilo
sa
ou
bar r en t a .
Molhar demoradamente
e
r ev i r a r
no t e r ce i ro ,
se t imo, decimo
e
decimo-quarto
d ia .
.A
Nutri-Humus
de
SP
tern
urn
metodo
qu e
ut
za de 10 a 20 toneladas de mater ia organ ica
de preferencia serragem ou cana
e m p i l h a ~ a s
ou espalhadas
no t e r reno .
pa r t e , em l a toe s ,
p oe -se p ara
fermentar
4 t ipos
de fermentos
bac
t e r io log icos qu e
at ivam
a
decomposigao
e i m p e ~
dem a pro l i f eragao de fungos nocivos.Espalham
se
depois
es tes
preparados no t e r r eno ou
nas
pi lhas juntamente
com
cu l tu ras
de ovos de mi
nhocas,
e em 90
dias tem-se urn
composto
que po
d e r ~ cnegar
t e r
4 de t eo r de humus a t i v o ~
Para
qu e
se tenha
uma
ide ia
do
qu e
i s to
s ign i
f i c a ,
l em br em os q ue
0 t eor de humus
at ivo
de
uma f lo r es ta t ro p ic al e de cerca de 15 .
E stas sao , em l inhas ge ra i s , as
informagoes
b ~ s i c a s
para
qu e se
confeccione 0
composto, e
alguns exemplos do que vern sendo i t o ~
9
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
27/71
C O M P O S I ~ O DE
MATtRIA ORGANICA SCA
PARA PREPA
RO
DO
COMPOSTO )
LEGUMINOSAS (Aduba
7/25/2019 Pequeno Manual de Agricultura Alternativa, Ernani Fornari (1)
28/71
Outra: plantamos
uma
leguminosa
arbustiva
a l t a
(Guandu,
p. ex . .
Quando ~ s t
es t ive r
bern
desenvolvida
( dando, p. e x. a 1. safra de
va
gens), plantamos uma vo1uvel (trepadora - mucu
na preta, p. ex. . A mucuna podendo t repar
em
algo
vai se expandir
muit o mais
que se
es t ives
se
r as te i r a , e
vai formar urn verdadeiro
col=
chao verde que
pode ser
cortado na f loragao,
pois
0
guandu
ja
deve
estar
bern
lenhoso.
Ainda outra (do Valdo Franga): coquetel
de
leguminosas :
plan tar juntamenteJ.
varios
t ipos
de leguminosas, arbustivas, herbaceas e t repa
doras .
Deixar
que durante 3 ou 4 anos se for
me
uma verdadeira f lores ta . As arbustivas se
riam apoio
das
trepadoras, criando urn colchao
verde, que
manteria
a humidade do solo,
f ixa
r ia nitrogenio, a1em
do
humus
que futurament e,
ao
se
cortar tudo,
se cr ia r i a .
Certas leguminosas,
como 0 guandu, tern
urn
sistema
radicular
profundo
(vao
a te
8m.
de
pro
fundidade) , e trazem das
profundezas
os
mine
r a i s
l ixiviados
pelas chuvas
nutr ientes .
Bern,
esta
saraivada de leguminosasse
pres
ta bern, como vimos, para recuperagao de terre=
nos. Mas podemos tambem fazer a adubagao verde
nos pomar es ,
plantando leguminosas
arbustivas
de pequeno porte , como soja , mucuna an a ou
fe i
ja o
de
porco
(as
voluveis s e enrol ar iam
s
f ru te i ra s ,
podendo
a te
sufoca-las) .
Sendo as
leguminosas,
cu1turas
a
serem