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PERÍCIA, AVALIAÇÃO E LEGISLAÇÃO AGRÍCOLA Agrotóxicos – Fauna e Flora Prof. Ivan Furmann

Perícia 07

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Aula sobre Agrotóxicos e afins

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PERCIA, AVALIAO E LEGISLAO AGRCOLA

Agrotxicos Fauna e FloraProf. Ivan FurmannAgrotxicosArtigo 225, 1, V de 1988.V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; Lei 7802/89 sobre a questo do agrotxico.AgrotxicosConceitoos produtos e os agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e tambm de ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos.Lei 7802/89 sobre a questo do agrotxico.Afins aos agrotxicosSo definidos como substncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.

CONAMA Resoluo 334/2003 (Descarte de Embalagens)Concorrncia para legislao concorrente. Portanto tanto municpios, estados quanto a unio legislam sobre o tema.Agrotxicos - REGISTROOs agrotxicos, seus componentes e afins, s podero ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em rgo federalRET Registro temporrioMinistrio da Agricultura, pecuria e abastecimento faz o registro.

Proibies AgrotxicosPrincpio da Precauo - Proibido o registro de agrotxicos, componentes e afinsA) para os quais o Brasil no disponha de mtodos para desativao de seus componentes, de modo a impedir que os seus resduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e sade pblica;B) para os quais no haja antdoto ou tratamento eficaz no Brasil;C) que revelem caractersticas teratognicas, carcinognicas ou mutagnicas, de acordo com os resultados atualizados de experincias da comunidade cientfica;D) que provoquem distrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experincias atualizadas na comunidade cientfica;E) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratrio, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critrios tcnicos e cientficos atualizados;F) cujas caractersticas causem danos ao meio ambiente.Proibio de DDT Lei 11.936/2009 Proibio do diclorodifeniltricloretano (DDT)Cancelamento de registro entidades de classe, representativas de profisses ligadas ao setor; os partidos polticos, com representao no Congresso Nacional e as entidades legalmente constitudas para defesa dos interesses difusos relacionados proteo do consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais foram legitimadas para requerer o cancelamento ou a impugnao, em nome prprio, do registro de agrotxicos e afinsEmbalagens de AgrotxicosDevem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporao, perda ou alterao de seu contedo e de modo a facilitar as operaes de lavagem, classificao, reutilizao e reciclagem.Da mesma forma, os materiais de que forem feitas devem ser insuscetveis de serem atacados pelo contedo ou de formar com ele combinaes nocivas ou perigosas, devendo ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a no sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente s exigncias de sua normal conservao.

Embalagens de Agrotxicos

Embalagens de AgrotxicosH ainda a exigncia legal de um lacre que seja irremediavelmente destrudo ao ser aberto pela primeira vez, apenas podendo as empresas produtoras ou estabelecimentos credenciados promover o fracionamento e a reembalagem de agrotxicos e afins com o objetivo de comercializao.

Embalagens de AgrotxicosOs usurios de agrotxicos, seus componentes e afins devero efetuar a devoluo das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos.

As empresas produtoras e comercializadoras de agrotxicos, seus componentes e afins, so responsveis pela destinao das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, aps a devoluo pelos usurios.Propaganda de AgrotxicosLimitada Art. 8 da lei 7802/89 -- propaganda comercial de agrotxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicao, conter, obrigatoriamente, clara advertncia sobre os riscos do produto sade dos homens, animais e ao meio ambiente.

Venda de AgrotxicosReceiturio prprio dado por pessoa competente (engenheiro agrnomo florestal, etc.) - Dever a receita conter o nome do usurio, da propriedade e sua localizao; diagnstico; recomendao para que o usurio leia atentamente o rtulo e a bula do produto; recomendaes tcnicas e data, nome, CPF e assinatura do profissional que a emitiu, alm do seu registro no rgo fiscalizador do exerccio profissional.

Responsabilidade Civil, Administrativa e Penal por AgrotxicosRespondem: a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;b) ao usurio ou ao prestador de servios, quando proceder em desacordo com o receiturio ou as recomendaes do fabricante e rgos registrantes e sanitrio-ambientais;c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receiturio ou em desacordo com a receita ou recomendaes do fabricante e rgos registrantes e sanitrio-ambientais;d) ao registrante que, por dolo ou culpa, omitir informaes ou fornecer informaes incorretas;e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificaes constantes do registro do produto, do rtulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou no der destinao s embalagens vazias em conformidade com a legislao pertinente;f) ao empregador, quando no fornecer e no fizer manuteno dos equipamentos adequados proteo da sade dos trabalhadores ou dos equipamentos na produo, distribuio e aplicao dos produtos.Crimes voltados a AgrotxicosArt. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar servio, der destinao a resduos e embalagens vazias de agrotxicos, seus componentes e afins, em descumprimento s exigncias estabelecidas na legislao pertinente estar sujeito pena de recluso, de dois a quatro anos, alm de multa.Art. 16. O empregador, profissional responsvel ou o prestador de servio, que deixar de promover as medidas necessrias de proteo sade e ao meio ambiente, estar sujeito pena de recluso de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, alm de multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, ser punido com pena de recluso de 1 (um) a 3 (trs) anos, alm de multa de 50 (cinqenta) a 500 (quinhentos) MVR.FaunaClassificao Silvestre (Bem da Unio) os animais de quaisquer espcies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do seu cativeiro (artigo 1. da Lei 5.197/1967 Lei de Proteo Fauna), que, inclusive, so de propriedade do Estado por expressa disposio legal.Classificao Silvestres, Exticos e Domsticos.FaunaI Animais Silvestres: so aqueles pertencentes s espcies nativas, migratrias e quaisquer outras, aquticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Territrio Brasileiro e suas guas jurisdicionais.Exemplos: mico, morcego, quati, ona, tamandu, ema, papagaio, arara, canrio-da-terra, tico-tico, galo-da-campina, tei, jiboia, jacar, jabuti, tartarugada-amaznia, abelha sem ferro, vespa, borboleta, aranha e outros. O acesso, uso e comrcio de animais silvestres controlado pelo IBAMA.FaunaII Animais exticos: so aqueles cuja distribuio geogrfica no inclui o Territrio Brasileiro. As espcies ou subespcies introduzidas pelo homem, inclusive domsticas, em estado selvagem, tambm so consideradas exticas. Outras espcies consideradas exticas so aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas guas jurisdicionais e que tenham entrado espontaneamente em Territrio Brasileiro.Exemplos: leo, zebra, elefante, urso, ferret, lebre-europeia, javali, crocodilo-do-nilo, naja, piton, esquilo-da-monglia, tartatuga-japonesa, tartaruga-mordedora, tartaruga-tigre-dgua, cacatua, arara-da-patagnia, escorpio-do-Nilo, entre outros.FaunaIII Animais domsticos: so aqueles animais que atravs de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootcnico tornaramse domsticos, possuindo caractersticas biolgicas e comportamentais em estreita dependncia do homem, podendo inclusive apresentar aparncia diferente da espcie silvestre que os originou.Exemplos: gato, cachorro, cavalo, vaca, bfalo, porco, galinha, pato, marreco, peru, avestruz, codorna-chinesa, perdiz-chucar, canrio-belga, periquitoaustraliano, abelha-europeia, escargot, manon, mandarim, entre outrosFaunaVedao da Caa profissional. Caa com finalidades esportivas (caa amadorista) e da caa de controle, esta considerada como aquela que vise destruio de animais silvestres considerados nocivos agricultura ou sade pblica, sendo defeso o uso de visgos, atiradeiras, fundas, bodoques, veneno, incndio ou armadilhas que maltratem a caa, entre outros. Autorizao para caar Javali europeu. Comum no Ibama. No pode comercializar o abate e nem mesmo matar por meio cruel.FaunaExistem teses que defendem a proibio de qualquer tipo de caa inclusive amadorstica. Questo ambiental mais ampla e dificuldade de controle de caa de espcies em extino. (ex. tatu). Caa cientifica pode ser feita mediante autorizao e para estudo.

FaunaProibido o comrcio de espcimes da fauna silvestre e de seus produtos e objetos, exceto os provenientes de criadouros previamente legalizados, que podero apanhar ovos, larvas e filhotes se licenciados. proibida a insero de espcie no Brasil sem o devido licenciamento ambiental proibida a exportao para o exterior, de peles e couros de anfbios erpteis, em bruto,Termo de Guarda de Animal Silvestre (TGAS)Termo de Depsito de Animal Silvestre (TDAS)Pesca Lei 11.959/2009 - h taxativa proibio para o exerccio da atividade pesqueira nas seguintes hipteses:I em pocas e nos locais definidos pelo rgo competente;II em relao s espcies que devam ser preservadas ou espcimes com tamanhos no permitidos pelo rgo competente;III sem licena, permisso, concesso, autorizao ou registro expedido pelo rgo competente;IV em quantidade superior permitida pelo rgo competente;Pesca V em locais prximos s reas de lanamento de esgoto nas guas, com distnciaestabelecida em norma especfica;VI em locais que causem embarao navegao;VII mediante a utilizao de:a) explosivos;b) processos, tcnicas ou substncias que, em contato com a gua, produzam efeitosemelhante ao de explosivos;c) substncias txicas ou qumicas que alterem as condies naturais da gua;d) petrechos, tcnicas e mtodos no permitidos ou predatrios.FloraFlora o conjunto das espcies vegetais de uma determinada localidade. Para alguns, chega a abarcar os microorganismos, a exemplo das bactrias e fungos.

Cdigo Florestal regulamenta boa parte das questes relacionadas a Flora brasileira.Uso de Fogo Art. 13 do Cdigo Florestal Proibio- apenas algumas hipteses permitem.FloraPara o cumprimento das normas florestais, foram elencados vrios instrumentos para ajudar financeiramente o proprietrio ou possuidor de imvel para a conservao ambiental:a) obteno de crdito agrcola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que os praticados no mercado;b) contratao do seguro agrcola em condies melhores que as praticadas no mercado;Florac) deduo das reas de Preservao Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base de clculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, gerando crditos tributrios;d) destinao de parte dos recursos arrecadados com a cobrana pelo uso da gua, na forma da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para a manuteno, recuperao ou recomposio das reas de Preservao Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito na bacia de gerao da receita;.Florae) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservao voluntria de vegetao nativa, proteo de espcies da flora nativa ameaadas de extino, manejo florestal e agroflorestal sustentvel realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperao de reas degradadas;f) iseno de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fios de arame, postes de madeira tratada, bombas dgua, trado de perfurao de solo, dentre outros utilizados para os processos de recuperao e manuteno das reas de Preservao Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.