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PERTURBAÇÕES DISSOCIATIVAS Docente: Prof. Dr. José Gomes da Costa Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Educação e Psicologia, 1ºciclo de estudos em Psicologia Psicopatologia do Adulto Discentes: Marta Pereira (38851 Nicole Gouveia (38853 Paula Ribeiro (38857 Soraia Pinheiro (3886

Perturbações Dissociativas

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Educação e Psicologia, 1ºciclo de estudos em Psicologia Psicopatologia do Adulto. Docente: Prof. Dr. José Gomes da Costa. Perturbações Dissociativas. Discentes: Marta Pereira (38851 ) Nicole Gouveia (38853 ) - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Perturbações  Dissociativas

PERTURBAÇÕES DISSOCIATIVAS

Docente: Prof. Dr. José Gomes da Costa

Universidade de Trás-os-Montes e Alto DouroDepartamento de Educação e Psicologia, 1ºciclo de estudos em Psicologia

Psicopatologia do Adulto

Discentes: Marta Pereira (38851)

Nicole Gouveia (38853) Paula Ribeiro (38857)

Soraia Pinheiro (38862)

Page 2: Perturbações  Dissociativas

Patológico e não patológico

Como podemos fazer a distinção entre os comportamentos

normal e não normal?

Existem sintomas específicos de um comportamento não

normal?

Page 3: Perturbações  Dissociativas

As diferentes abordagens do Patológico e não

patológico Critério Estatístico;

Desvio relativamente ao padrão ideal ou cultural;

Desconforto subjetivo;

Incapacidade de funcionar eficazmente em sociedade;

Contexto legal.

Page 4: Perturbações  Dissociativas

Claramente não há possibilidade de definir estes

dois conceitos pois estes estão presentes em inúmeros

contextos que por si só lhes confere diversas

denominações. O contexto cultural é aquele que revela

maior peso, inúmeras vezes rotulámos a não normalidade

de acordo com aspetos culturais. O mais certo é considerar

o comportamento normal e não normal como fazendo parte

dos dois finais de um continuum e não considerá-los como

estados absolutos.

(Feldman, 2007)

As diferentes abordagens do Patológico e não

patológico

Page 5: Perturbações  Dissociativas

Perturbações Dissociativas Os distúrbios dissociativos caracterizam-se pela

separação de partes críticas da personalidade que, usualmente

operam de forma integrada e que não podem ser

experimentados ou recuperados voluntariamente: consciência,

memória, identidade ou perceção.

(Feldman, 2007)

Page 6: Perturbações  Dissociativas

Stress Esmagador Conflito Interno Esmagador

Estas pessoas encaram os acontecimentos como algo não

totalmente real ou como algo que não as envolva verdadeiramente.

Os ajustamentos criados são adaptativos, sendo uma forma de

lidar com acontecimentos extremos.

Perturbações Dissociativas

Page 7: Perturbações  Dissociativas

No entanto, por vezes, esses ajustamentos são

vividos de forma extrema, transformando-se assim na

característica mais expressiva de um conjunto de síndromes

designadas, atualmente, por perturbações dissociativas.

Estas incluem:

Perturbações Dissociativas

(Gleitman, Fridlund & Reisberg, 2009)

Amnésia Dissociativa

Fuga Dissociativa

Perturbação de Identidade

Dissociativa

Perturbação de Despersonalização

Perturbação Dissociativa Sem

Outros Específicidade

Page 8: Perturbações  Dissociativas

Amnésia DissociativaNa amnésia dissociativa ocorre uma perda

significativa e seletiva da memória em que o individuo é

incapaz de recordar um determinado período da sua vida e,

por vezes, todos os acontecimentos antecedentes ao início

da amnésia incluindo a própria identidade.

Amnésia Dissociativa ≠

Amnésia Simples

Page 9: Perturbações  Dissociativas

Um dos critérios para a existência de amnésia

dissociativa passa pelos sintomas.

Deve causar sofrimento psíquico significativo ou

défice no funcionamento social, ocupacional ou noutras

áreas importantes de funcionamento;

Não se pode considerar que um individuo padeça

de uma perturbação dissociativa quando está sob efeitos

fisiológicos diretos de uma substância, doença neurológica

ou outro estado físico geral.

Amnésia Dissociativa

Page 10: Perturbações  Dissociativas

Amnésia Dissociativa

Amnésia

LocalizadaAmnésia

Seletiva

Amnésia

Generalizada

Amnésia

SistematizadaAmnésia

Contínua

Page 11: Perturbações  Dissociativas

Disfunção sexual, défices no trabalho e nas

relações interpessoais, automutilação, impulsos agressivos,

impulsos e atos suicidas podem ser outro tipo de problemas

que acompanham este tipo de perturbação. Os sintomas

característicos da amnésia dissociativa podem também

preencher os critérios de outras perturbações,

designadamente, Perturbação de Conversão, Perturbação

do Humor ou Perturbação da Personalidade.

Amnésia Dissociativa

Page 12: Perturbações  Dissociativas

O mesmo é demostrado pelos testes apropriados. É

particularmente difícil o diagnóstico de amnésia dissociativa

em pré-adolescentes, isto porque, pode ser confundida com

ansiedade, desatenção, comportamento de oposição,

perturbações psicóticas, Perturbações da Aprendizagem e

amnésia da infância apropriada à idade.

Amnésia Dissociativa

Page 13: Perturbações  Dissociativas

Qualquer grupo etário, desde as crianças até aos adultos

pode ser alvo desta perturbação.

Prevalência

Os acontecimentos sobre os quais a amnésia é despoletada

podem durar de minutos a anos. O episódio de amnésia

pode ocorrer uma única vez, todavia também são usuais

dois ou mais episódios.

Amnésia Dissociativa

Page 14: Perturbações  Dissociativas

Nesta o indivíduo sai de casa ou do lugar habitual

onde realiza as atividades diárias, de forma súbita e

inesperada, podendo mesmo, fazer travessias de fronteiras

nacionais ou viagens de milhares de quilómetros e, só

passado alguns dias ou mesmo meses, é que se apercebe

que está num lugar que não reconhece, que lhe é

completamente estranho, não sabendo como foi aí parar e

tem amnésia total relativamente a todo este acontecimento.

Fuga Dissociativa

Page 15: Perturbações  Dissociativas

O indivíduo poderá ficar um pouco confuso acerca

da sua própria identidade ou mesmo pelo aparecimento de

uma nova. O que se tem vindo a verificar é que nem todas

as fugas dissociativas envolvem a criação de uma nova

identidade, quando isto ocorre, a pessoa pode assumir

mesmo, um novo nome, uma nova residência e envolver-se

em atividades sociais complexas, que não suscitam a ideia

de uma perturbação mental.

Fuga Dissociativa

(American Psychiatric Association, 2002; Gleitman, Fridlund, & Reisberg, 2009)

Page 16: Perturbações  Dissociativas

Quando o indivíduo regressa ao estado anterior à

fuga, o que se pode verificar é amnésia a determinados

acontecimentos traumáticos sobre o passado da pessoa. O

que pode, ainda, estar presente nestes estados:

Fuga Dissociativa

DepressãoImpulsos

agressivos e suicidas

Conflitos

Stress Psicológico

VergonhaDesgosto

Ansiedade

Disforia

Page 17: Perturbações  Dissociativas

O que determina a extensão e a duração da fuga é

a intensidade de outros problemas, como a perda do

emprego ou então graves conflitos nas relações pessoais ou

familiares.

Os sujeitos que padecem desta dissociação podem,

juntamente a esta, apresentar uma Perturbação do Humor,

uma Perturbação Pós-Stress Traumático ou uma

Perturbação Relacionada com Substâncias.

Fuga Dissociativa

Page 18: Perturbações  Dissociativas

Prevalência

O início deste estado dissociativo, está geralmente

relacionado com acontecimentos de vida stressantes,

arrasadores ou traumáticos. Neste tipo de casos a maioria

foi descrita em adultos. Os episódios únicos acontecem

mais frequentemente e podem durar de horas a meses.

Fuga Dissociativa

Page 19: Perturbações  Dissociativas

Esta é encarada como uma perturbação dissociativa

paradigmática, representando a adaptação mais extrema do

stress pós-traumático que aparece durante a infância. É

considerada como uma psicopatologia crónica, complexa e

acompanhada não só de perturbações da identidade, mas

também da memória.

A Perturbação Dissociativa da

Identidade

(Caballo, 2002)

Page 20: Perturbações  Dissociativas

Esta caracteriza-se pela presença, numa mesma

pessoa, de duas ou mais personalidades ou identidades

complexas e na qual, se verificam episódios de amnésia,

nos quais o indivíduo apresenta falhas de memória

frequentes, sejam elas recentes ou mais antigas, da

identidade pessoal. Estas personalidades diversas

controlam, normalmente o comportamento da pessoa,

fazendo com que este pareça muito incoerente.

A Perturbação Dissociativa da

Identidade

(Feldman, 2007)

Page 21: Perturbações  Dissociativas

A evolução da Perturbação Dissociativa de

Identidade parece ser oscilante, tendendo a ser crónica e

recorrente. Este tipo de perturbação torna-se menos

aparente em sujeitos com mais de 40 anos, podendo no

entanto, reemergir em episódios de grande stress ou em

casos traumáticos.

Para o seu diagnóstico, existe um período médio

entre a primeira apresentação sintomática e a realização do

mesmo, que pode variar entre os 6 e os 7 anos.

A Perturbação Dissociativa da

Identidade

Page 22: Perturbações  Dissociativas

Cada uma das personalidades que se encontram

presentes na pessoa podem ser vividas como tendo uma

história pessoal, uma autoimagem e identidade diferente de

todas as outras que possam existir, podendo até assumir um

nome pessoal diferente.

A Perturbação Dissociativa da

Identidade

(American Psychiatric Association, 2002)

É normalmente em situações de stress psicológico e/ou

social que se verifica a transição de uma identidade para

outra, podendo acontecer numa questão de segundos, ou

pelo contrário, ser gradual (o que ocorre com menor

frequência).

Page 23: Perturbações  Dissociativas

A tarefa do terapeuta é trazer à superfície o que

estava oculto, e ajudar o paciente como um todo, a

reconhecer, metabolizar, reabsorver e processar as

experiências contidas nas outras personalidades e estados

distintos do eu.

A Perturbação Dissociativa da

Identidade

(Caballo, 2002)

Page 24: Perturbações  Dissociativas

Caracteriza-se por episódios recorrentes de

despersonalização nos quais existe uma estranheza por

parte do sujeito em relação a si próprio.

O indivíduo sente-se como um observador do seu

próprio corpo, no entanto, este mantém a perceção da

realidade, compreendendo que se trata apenas de uma

sensação.

A Perturbação de Despersonalização

Page 25: Perturbações  Dissociativas

A desrealização pode também estar presente e é

vivida como:

Uma sensação de

estranheza ou irrealidade face ao

mundo externo

E as pessoas podem parecer-lhes

desconhecidas ou mecânicas

Pode ocorrer uma alteração artificial do

tamanho ou forma dos objetos

A Perturbação de Despersonalização

Page 26: Perturbações  Dissociativas

A Perturbação de Despersonalização

Com a Perturbação de Despersonalização

podem coexistir outras perturbações como a

Hipocondria, Perturbação Depressiva Major ou

Distimia, Perturbações da Ansiedade, Perturbações da

Personalidade e Perturbações Relacionadas com

Substâncias.

Page 27: Perturbações  Dissociativas

Esta perturbação é diagnosticada maioritariamente

nas mulheres, sendo a prevalência desta desconhecida. Em

quase 40% dos doentes hospitalizados por perturbações

mentais e em sujeitos expostos a um perigo que ameaça a

vida ocorre uma experiência transitória de

despersonalização. A mesma habitualmente surge por volta

dos dezasseis anos embora, o seu início possa ter ocorrido

de forma não detetada durante a infância.

A Perturbação de Despersonalização

Page 28: Perturbações  Dissociativas

Por último, existe a Perturbação Dissociativa Sem

Outra Especificação que engloba o sintoma dissociativo que

não preencha os critérios das Perturbações acima expostas.

A Perturbação Dissociativa Sem Outra

Especificação

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 29: Perturbações  Dissociativas

Diagnóstico Diferencial

Perturbação induzida por substâncias;

Consequência fisiológica direta de um estado físico geral

específico (traumatismo craniano);

Declínio cognitivo relacionado com a idade;

Epilepsia parcial;

Perturbação Bipolar;

Ataques de Pânico.

(American Psychiatric Association, 2002)

Page 30: Perturbações  Dissociativas

ConclusãoTodos nós experimentamos estados dissociativos em

determinadas ocasiões, não sendo estes estados patológicos.

É relevante o diagnóstico diferencial, uma vez que,

existem sintomas associados às Perturbações Dissociativas

que estão presentes noutras perturbações.

É de extrema importância ter em consideração a

cultura ou a sociedade em que o indivíduo está inserido.

Page 31: Perturbações  Dissociativas

Gleitman, H., Fridlund, A., & Reisberg, D. (2009). Psicologia (8ª ed.). Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian.

Frances, A., & Ross, R. (2004). DSM-IV-TR: Casos Clínicos. Guia para o

Diagnóstico Diferencial (1ª ed.). Lisboa: Climepsi Editores.

American Psychiatric Association (2002). DSM-IV-TR: Manual de Diagnóstico e

Estatística das Perturbações Mentais (1ª ed.). Lisboa: Climepsi Editores.

Feldman, R. (2007). Introdução à Psicologia (6ª ed.). São Paulo: Mc Grow Hill.

38(12); pp.463-464.

Caballo, V. (2002). Manual para el tratamento cognitivo-conductual de los

transtornos psicológicos. Siglo XXI. Madrid: Espana Editores.

Referências Bibliográficas: