Upload
phamduong
View
221
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
ELABORAÇÃO: JULHO DE 2018
Empresa: INTERNATIONAL PAPER EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA
Responsável Técnico: DANIEL CALHEIROS DA SILVA Engº Segurança no Trabalho CREA 21956 – D / AM
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 1 de 32
Documento elaborado por:
SASMET – SERVIÇO E ASSESSORIA EM SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO
Pelo seguinte profissional:
DANIEL CALHEIROS DA SILVA (ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) –
CREA 21956 -D/AM
Elaboração: JULHO / 2018
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 2 de 32
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2. TERMOS E DEFINIÇÕES ............................................................................. 4
3. OBJETIVOS ................................................................................................. 12
4. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 12
5. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO E DO GERADOR DE
RESÍDUOS DE SAÚDE ..................................................................................... 13
5.1 Responsável Técnico ............................................................................ 13
5.2 Localização do Estabelecimento .......................................................... 14
6. EQUIPE DE COLABORADORES QUE FAZEM PARTE DO PGRSS E
SUAS RESPONSABILIDADES .......................................................................... 15
7. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS CONFORME A LEGISLAÇÃO ......... 15
8. LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS ....................................... 20
9. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA EMPRESA ............ 21
9.1 Segregação ........................................................................................... 21
9.2 Acondicionamento ................................................................................ 22
9.2.1 Resíduos sólidos – Grupo A ..................................................................... 22
9.2.2 Resíduos sólidos e líquidos – Grupo B ..................................................... 22
9.2.3 Resíduos sólidos – Grupo D ..................................................................... 23
9.2.4 Resíduos perfuro-cortantes – Grupo E ..................................................... 23
10. TRANSPORTE INTERNO ........................................................................... 24
11. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO .......................................................... 24
12. COLETA E TRANSPORTE EXTERNO ....................................................... 25
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 3 de 32
13. DESTINAÇÃO FINAL .................................................................................. 25
14. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR .......................................... 26
14.1 Exames e avaliações que são realizados pelos manipuladores de
Resíduos ............................................................................................................ 26
14.2 Medidas de Higiene e Segurança .............................................................. 27
15. TREINAMENTO ........................................................................................... 28
16. DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS – ETAPA TERCEIRIZADA 29
17. RESPONSABILIDADES .............................................................................. 30
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 31
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 4 de 32
1. INTRODUÇÃO
Um dos mais graves problemas ambientais causados pelo homem é a
disposição inadequada de lixo gerado. Tal problemática também acontece com a
disposição inadequada do lixo hospitalar. Com o intuito de monitorar a
aplicabilidade de normas e técnicas de manuseio de resíduo gerado, toda
instituição de saúde deve implantar um Programa de Gerenciamento de Resíduos
de Serviço de Saúde (PGRSS), onde neste devem constar as fases de
segregação, descarte, acondicionamento, coleta, fluxo interno, transporte,
armazenamento e destino final, através de diretrizes estabelecidas no programa.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –
PGRSS, foi elaborado para abordar alguns passos de segurança do trabalhador,
atendedo a Resolução CONAMA nº 283/01, que dispõe sobre o tratamento e a
destinação final dos resíduos dos serviços de saúde; a resolução CONAMA nº
358/05, que Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras providências; Resolução Anvisa RDC 306/04, que
dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde.
2. TERMOS E DEFINIÇÕES
Para a elaboração deste Plano, deverão ser adotadas as seguintes
definições:
Abrigo externo: ambiente no qual ocorre o armazenamento externo dos
coletores de resíduos;
Abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o armazenamento temporário dos
coletores de resíduos;
Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às ações
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 5 de 32
de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e
quimicamente ao conteúdo acondicionado;
Agentes biológicos: microrganismos capazes ou não de originar algum tipo de
infecção, alergia ou toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias, fungos,
vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas, parasitas e outros agentes, linhagens
celulares, príons e toxinas;
Armazenamento externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente
exclusivo, com acesso facilitado para a coleta externa;
Armazenamento interno: guarda do resíduo contendo produto químico ou rejeito
radioativo na área de trabalho, em condições definidas pela legislação e normas
aplicáveis a essa atividade;
Armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de
serviços de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar
a coleta no interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos
geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa;
Carcaça de animal: produto de retalhação de animal;
Cadáver de animal: corpo animal após a morte;
Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): agentes
biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais
adultos sadios;
Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a
comunidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou
nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no
meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e
profiláticas eficazes;
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 6 de 32
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a
comunidade): inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de
transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais,
potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento
ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio
ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa;
Classe de risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a
comunidade): classificação do Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos
que representam grande ameaça para o ser humano e para os animais,
implicando grande risco a quem os manipula, com grande poder de
transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e
de tratamento para esses agentes;
Coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do
abrigo externo até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição
final ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento;
Coletor: recipiente utilizado para acondicionar os sacos com resíduos;
Coletor com rodas ou carro de coleta: recipiente com rodas utilizado para
acondicionar e transportar internamente os sacos com resíduos;
Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui
a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento
energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS) e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
(Suasa), entre elas a disposição final ambientalmente adequada, observando
normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 7 de 32
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos
em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos
ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;
Equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho;
Equipamento de proteção coletiva (EPC): dispositivos ou produtos de uso
coletivo utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho e de terceiros;
Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ): ficha que
contém informações essenciais detalhadas dos produtos químicos, especialmente
sua identificação, seu fornecedor, sua classificação, sua periculosidade, as
medidas de precaução e os procedimentos em caso de emergência;
Forma livre: saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o
contenha, de forma que possa produzir gotejamento, vazamento ou
derramamento espontaneamente ou sob compressão mínima;
Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de
procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases
científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração
de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente,
visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos
recursos naturais e do meio ambiente;
Hemoderivados: produtos oriundos do sangue total ou do plasma, obtidos por
meio de processamento físico-químico ou biotecnológico;
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 8 de 32
Identificação dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de medidas que
permite o reconhecimento dos riscos presentes nos resíduos acondicionados, de
forma clara e legível em tamanho proporcional aos sacos, coletores e seus
ambientes de armazenamento, conforme disposto neste plano;
Instalação radiativa: unidade ou serviço no qual se produzam, processam,
manuseiam, utilizam, transportam ou armazenam fontes de radiação, excetuando-
se as Instalações Nucleares definidas em norma da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN);
Licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem
ser obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades utilizadoras dos recursos ambientais considerados efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental;
Licença sanitária: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos
Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão para o
funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de
vigilância sanitária;
Líquidos corpóreos: líquidos originados no corpo humano, limitados para fins
desta resolução, em líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular,
ascítico e amniótico;
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada;
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 9 de 32
Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos
resíduos de serviços de saúde, cujas etapas são a segregação,
acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário,
armazenamento externo, coleta interna, transporte externo, destinação e
disposição final ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde;
Metal pesado: qualquer substância ou composto contendo antimônio, cádmio,
cromo (IV), chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, telúrio e tálio;
Patogenicidade: é a capacidade que tem o agente infeccioso de, uma vez
instalado no organismo do homem e dos animais, produzir sintomas em maior ou
menor proporção dentre os hospedeiros infectados;
Periculosidade: qualidade ou estado de ser perigoso;
Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS):
documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos
resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos,
contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e disposição
final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública,
do trabalhador e do meio ambiente;
Plano de Proteção Radiológica (PPR): documento exigido para fins de
licenciamento de instalações radiativas, pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN);
Quimioterápicos Antineoplásicos: produtos químicos que atuam ao nível
celular com potencial de produzirem genotoxicidade, citotoxicidade,
mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade;
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 10 de 32
Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos;
Recipiente vazio de medicamento: embalagem primária de medicamentos
usada em sua preparação ou administração, que tenha sido esvaziado em
decorrência da total utilização ou transferência de seu conteúdo deste para outro
recipiente;
Redução de Carga Microbiana: aplicação de processo que visa à inativação
microbiana das cargas biológicas contidas nos resíduos;
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresente outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada;
Resíduos de serviços de saúde (RSS): todos os resíduos resultantes das
atividades exercidas pelos geradores de resíduos de serviços de saúde;
Resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresenta significativo
risco à saúde pública ou à qualidade ambiental ou à saúde do trabalhador, de
acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
Resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se
está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases
contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 11 de 32
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível;
Resíduos de serviços de saúde do Grupo A: resíduos com a possível presença
de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de
infecção;
Resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos contendo produtos
químicos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade
e toxicidade;
Resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos radioativos;
Resíduos de serviços de saúde do Grupo D: resíduos que não apresentam
risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares;
Resíduos de serviços de saúde do Grupo E: resíduos perfurocortantes ou
escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de
vidro, brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, próteses bucais
metálicas inutilizadas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos
capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de
vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de
Petri);
Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua
transformação biológica, física ou físico-química;
Segregação: separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos
estabelecida no Anexo I da Resolução Anvisa n° 222/2018, no momento e local
de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o
seu estado físico e os riscos envolvidos;
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 12 de 32
Transporte interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o abrigo
temporário ou o abrigo externo.
Tratamento: Etapa da destinação que consiste na aplicação de processo que
modifique as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos,
reduzindo ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à saúde pública;
Unidade geradora de resíduos de serviço de saúde: unidade funcional dentro
do serviço no qual é gerado o resíduo.
3. OBJETIVOS
GERAL – Eliminar ou reduzir o potencial de risco de infecciosidade e
contaminação por produtos tóxicos e/ou biológicos, visando a preservação da
saúde pública e ao meio ambiente.
ESPECÍFICOS – Preservar a qualidade do meio ambiente e consequentemente a
saúde pública, levando em consideração os conceitos de biossegurança;
empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para o manuseio
adequado dos resíduos gerados, prevenindo assim, possíveis acidentes na
empresa (INTERNATIONAL PAPER EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA)
4. JUSTIFICATIVA
Os Resíduos de Serviços de Saúde – RSS apresentam potencial risco à
saúde e também ao meio ambiente, por apresentar material biológico, prefuro
cortante, dentre outros. O Programa de Gerenciamento adequado desses
resíduos previne a possível propagação de contaminações, consequentemente,
proporciona segurança à população.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 13 de 32
As legislações em vigor, RDC 306/04 da ANVISA, CONAMA nº 358/05 e
Resolução CONAMA nº 283/01, e RDC 222/18 da Anvisa, definem as ações a
serem desenvolvidas em todo o processo de gerenciamento.
5. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO E DO GERADOR DE RESÍDUOS
DE SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO:
Empresa: INTERNACIONAL PAPER EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA
CNPJ/CEI: 04.398.525.0001-88
Atividade Empresa: Fabricação de chapas e de embalagens de papelão ondulado
Grau Risco: 2
CNAE: 17.33-8
Endereço: Avenida Açaí nº2659
Bairro: DISTRITO INDUSTRIAL
Cidade: MANAUS UF: AM
Email: [email protected]
Condição de funcionamento: Em atividade
Ramo da atividade: Ambulatorial, com ênfase em Medicina Ocupacional e Assistencial
Data de Início das Atividades
Número de funcionários: 252
Gerador de Resíduos: Ambulatório (Resíduos Classe E) e Industrial (Resíduos Classe D)
Número de pacientes atendidos por dia:
12
5.1 Responsável Técnico
Nome: DANIEL CALHEIROS DA SILVA
Função: Engenheiro de Segurança do Trabalho CREA/AM: 0
Endereço: Rua Parneiras, Cj. Duque de Caxias n° 06, Bairro: Flores. Manaus –
AM.
Telefone: (092) 99142-1478
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 14 de 32
E-mail: [email protected] / [email protected]
5.2 Localização do Estabelecimento
O estabelecimento está localizado conforme figura abaixo:
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 15 de 32
6. EQUIPE DE COLABORADORES QUE FAZEM PARTE DO PGRSS E SUAS
RESPONSABILIDADES
ORDEM CARGO FUNÇÃO
01 Diretores / Gerência /
Coordenação
Garantir a execução do PGRSS e suas
devidas normas de manejo dos
resíduos gerados, oferecendo suporte
técnico e operacional.
02 Engenheiro de Segurança do
Trabalho (SASMET)
Elaborar e assegurar a manutenção do
PGRSS, e aplicação das normas de
segurança.
03 Motorista (Rio Limpo) Transportar os resíduos gerados, de
acordo com as normas do PGRSS.
04 Auxiliar de Serviços Gerais
(empresa)
Retirar o resíduo doméstico gerado e
armazená-lo no abrigo externo.
7. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS CONFORME A LEGISLAÇÃO
Conforme a RDC da Anvisa n° 222/2018, os resíduos de serviços de saúde
são classificados quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública em:
GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
Subgrupo A1
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 16 de 32
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de
microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de
laboratórios de manipulação genética.
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por
agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco
de disseminação ou causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e
aquelas oriundas de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Subgrupo A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos
de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco
de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou
confirmação diagnóstica.
Subgrupo A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem
sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 17 de 32
centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor
científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.
Subgrupo A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos
de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica
e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que
se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou
de confirmação diagnóstica.
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com
inoculação de microrganismos.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
Subgrupo A5
- Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos
suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 18 de 32
à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram
contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em
documentos oficiais pelos órgãos sanitários competentes.
GRUPO B
Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes; resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por
estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e
reativos.
GRUPO C
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis
de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou não prevista.
- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de
pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de
medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de
Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.
GRUPO D
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 19 de 32
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material
utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que
não entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro,
abaixadores de língua e outros similares não classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica
associada.
- Pelos de animais.
GRUPO E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e
outros similares.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 20 de 32
8. LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS
A partir da classificação dos resíduos, é possível identificar os resíduos
gerados na INTERNATIONAL PAPER EMBALAGENS DA AMAZÔNIA LTDA,
especificamente o Ambulatório da empresa:
Grupo Tipo Descrever os resíduos
gerados
Quanti
dade
(kg/sem
ana)
Forma de
acondicionamento
Empresa de
coleta e
Local de
destinação
final
A
Resíduo
Infectante ou
Biológico
Subgrupo A4 – Recipientes e
materiais result. do processo de
assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
2,5
Sacos plásticos,
impermeáveis e
resistentes de cor branca
com simbologia de
resíduo infectante.
Coleta – Rio
Limpo
Destinação–
Amazon
Clean
Subgrupo A5 – Órgãos,
tecidos, fluidos orgânicos,
escarificantes e demais
materiais resultantes da atenção
à saúde de indivíduos ou
animais, com suspeita ou
certeza de contaminação com
príons (algodão, gaze, e demais
materiais sujos de sangue ou
outros fluídos corpóreos).
2,5
Sacos plásticos,
impermeáveis e
resistentes de cor branca
ou vermelha e recipientes
metálicos ou plástico com
tampa com fácil
higienização e manuseio,
conforme RDC 306/2004.
Coleta – Rio
Limpo
Destinação–
Amazon
Clean
B
Resíduo
Químico ou
Farmacêutic
o
Produtos hormonais e produtos
antimicrobianos;
imunossupressores; digitálicos
(medicamentos diversos para
assistência à saúde –
antibióticos, analgésicos,
antinflamatórios, antitérmicos
etc)
1,5
São acondicionados em
saco duplo plástico de cor
branca leitosa, compatível
com as características
físico-químicas do
resíduo ou produto a ser
armazenado.
Coleta – Rio
Limpo
Destinação–
Amazon
Clean
C
Resíduo
Radioativo
Não Aplicável
-
- -
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 21 de 32
D
Resíduo
Comum (lixo
doméstico)
Papel proveniente de uso
sanitário e fralda, absorventes
higiênicos, peças descartáveis
de vestuário, resto alimentar de
paciente, material utilizado em
anti-sepsia e hemostasia de
venóclises e equipo de soro;
resíduos provenientes de áreas
administrativas.
1,5
Coleta – Rio
Limpo
Destinação–
Amazon
Clean
E
Materiais
Perfurocor-
tantes
Lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro,
brocas, limas endodônticas.
1,5
Devem ser armazenados
em recipiente rígidos,
resistentes à punctura,
rompimento e vazamento,
com tampa e
devidamente identificado
com a simbologia de
resíduo infectante e
perfurocortante.
Coleta – Rio
Limpo
Destinação–
Amazon
Clean
9. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA EMPRESA
9.1 Segregação
De acordo com a NBR 12.809, todo resíduo gerado no AMBULATÓRIO da
empresa (Grupo A e E) é segregado no momento e local de geração e são
acondicionados em recipientes apropriados de acordo com sua classificação:
físicas, químicas, biológicas e o grau de risco envolvido. Os demais resíduos
gerados na empresa (Grupo D), também recebem o devido cuidado na
segregação. Devem ser segregados em recipientes identificados por cores,
conforme prevê a resolução CONAMA nº 275/2001:
I - azul - PAPÉIS
II- amarelo - METAIS
III - verde - VIDROS
IV - vermelho - PLÁSTICOS
V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 22 de 32
Caso não exista processo de segregação para reciclagem nos resíduos de
classe D, não existe exigência para a padronização de cor destes recipientes,
conforme cita o item 13.2.3 da RDC nº 306/2004.
Os resíduos de Classe B existentes no ambulatório (reagentes e
embalagens de reagentes) serão separados logo após o uso, diretamente na
fonte geradora.
Deverão ser identificados através do símbolo de risco associado, de acordo
com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases
de risco.
9.2 Acondicionamento
9.2.1 Resíduos sólidos – Grupo A
Devem ser acondicionados em saco em polietileno de baixa densidade e
alta resistência, de cor branca leitoso, devidamente identificada com rótulo de
fundo branco, desenho e contornos em preto, contendo símbolo e inscrição de
“resíduo biológico” estabelecido na Norma NBR 7500.
9.2.2 Resíduos sólidos e líquidos – Grupo B
Os resíduos líquidos perigosos (resíduos) devem ser acondicionados em
recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado,
resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. As
embalagens podem ser armazenadas em recipientes com a identificação
“RESÍDUOS PERIGOSOS”.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de
material rígido, adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as
suas características físico-químicas e seu estado físico, e identificados de acordo
com o item 1.3.4 deste Regulamento Técnico.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 23 de 32
As embalagens secundárias não contaminadas pelo produto devem ser
fisicamente descaracterizadas e acondicionadas como Resíduo do Grupo D,
podendo ser encaminhadas para processo de reciclagem.
As embalagens e materiais contaminados por substâncias
caracterizadas no item 11.2 da Resolução RDC nº 306, devem ser tratados da
mesma forma que a substância que as contaminou.
9.2.3 Resíduos sólidos – Grupo D
Saco em polietileno de baixa densidade e alta resistência, para
acondicionamento de resíduos, devendo estar em conformidade com as Normas
ABNT NBR 9191 (Requisitos e Métodos de ensaio), NBR 9195 (Resistência à
queda livre).
9.2.4 Resíduos perfuro-cortantes – Grupo E
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente,
no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte,
em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa,
devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma
NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses
recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser
desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido
reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
Os recipientes mencionados no item anterior devem ser descartados
quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de
preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente, sendo
proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 24 de 32
10. TRANSPORTE INTERNO
O recolhimento e a substituição dos sacos das lixeiras de resíduos do
Grupo D são realizados pelos funcionários responsáveis pela limpeza e
conservação da empresa. Tal procedimento é realizado sempre que esses
estiverem cheios.
Não há coletor próprio para resíduos do grupo E.
11. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO
É o local destinado ao armazenamento dos resíduos à espera da coleta
externa. A empresa INTERNATIONAL PAPER EMBALAGENS DA AMAZÔNIA
possui um abrigo para resíduos comuns e outro para resíduos infectantes, ambos
situados na parte externa em frente a clínica, com as seguintes características:
Abrigo de resíduos Infectantes (Classes A, B e E):
Construção em estrutura de concreto, fechada, paredes de alvenaria com
porta metálica pintadas com cor azul, porta com tranca. Dimensionado para
armazenar resíduos por até 1 semana. Fácil acesso para coleta externa.
Simbologia inexistente para resíduos infectantes.
Abrigo de resíduos comuns (Classes B e D):
Construção em estrutura metálica para o armazenamento de resíduos
comuns produtivos e das áreas administrativas. Fácil acesso para coleta externa.
Os sacos de resíduos de cor branca são coletados pelos funcionários da
empresa LSI ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS S.A. até o abrigo externo
destinado para resíduos infectantes, situado na parte externa da unidade, onde
permanecerão até a coleta externa. A coleta e substituição dos sacos brancos
(Infectantes) são realizadas sempre que estes sacos estiverem cheios.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 25 de 32
12. COLETA E TRANSPORTE EXTERNO
A coleta e transporte externo dos resíduos sólidos são realizados de acordo
com as normas exigidas, sendo estas da seguinte maneira:
GRUPO A, B e E: Resíduos Infectantes / Perfurocortantes
Responsável pelo transporte: Riolimpo Indústria e Comércio De Resíduos Ltda.
Veículo utilizado: Caminhão Munck
Frequência de coleta:
Destino Final: INCINERAÇÃO (realizado pela empresa Amazon Clean Serviços
de Incineração LTDA)
GRUPO D: Resíduos Comuns
Responsável pelo transporte: Riolimpo Indústria e Comércio de Resíduos
LTDA.
Veículo utilizado: Caminhão Munck
Freqüência de coleta:
Destino Final: INCINERAÇÃO (realizado pela empresa Amazon Clean Serviços
de Incineração LTDA) e Disposição via ATERRO SANITÁRIO (para resíduos
orgânicos).
13. DESTINAÇÃO FINAL
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para
recebê-los, obedecendo sempre as o licenciamento ambiental e as normas
regulamentadoras. Para os resíduos classes A, B e E, estes são incinerados pela
empresa AMAZON CLEAN SERVIÇOS DE INCINERAÇÃO LTDA.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 26 de 32
14. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
O ambulatório da empresa INTERNATIONAL PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA, concentra sua atenção na saúde do trabalhador, na higiene do
ambiente de trabalho e na segurança das atividades profissionais, no que diz
respeito a todos os agentes e fatores de riscos identificáveis. Para tanto, aplica o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, identificando os agentes que
possam causar dano à saúde, desenvolvendo ações para minimizar e até anular
eventuais impactos negativos, facilitando, orientando e acompanhando o seu
descarte.
Dependendo do tipo de agente químico ou biológico envolvido, o Programa
de Saúde Ocupacional é adequado para monitorar parâmetros que possam
precocemente demonstrar o mínimo de agravo à saúde do trabalhador. Para isso,
as pessoas envolvidas diretamente com o PGRSS são submetidas a exames
admissionais, exames periódicos, exames de retorno ao trabalho, mudança de
função e exames demissionais, conforme preconiza o PCMSO – Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional.
14.1 Exames e avaliações que são realizados pelos manipuladores de
Resíduos
Exames
Hemograma
Glicose
Lipidograma
Urina
Fezes
Hepatites
VDRL
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 27 de 32
Vacinas exigidas
Tétano
Tuberculose
Hepatites
Pneumococo
14.2 Medidas de Higiene e Segurança
As medidas de higiene e segurança permitem que o pessoal envolvido no
Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Resíduos de Serviços de Saúde –
PGRSS, além de proteger sua própria saúde, possam desenvolver com maior
eficiência seu trabalho, conhecer o cronograma de trabalho, sua natureza e
responsabilidade, assim como, o risco a que estará exposto.
Tais medidas são:
Estar em perfeito estado de saúde, não ter problemas com gripes leves nem
pequenas feridas na mão ou no braço;
Iniciar seu trabalho já devidamente protegido pelo equipamento pessoal – EPI’s
(luvas de PVC ou borracha de cor clara antiderrapante, além de botas e
avental de PVC);
Não comer, não fumar, nem mastigar qualquer produto durante o manuseio dos
resíduos;
Ter acesso imediato uma caixa de antisséptico, algodão, esparadrapo,
ataduras e sabão germicida em caso de acidentes envolvendo o manuseio de
resíduos infectantes e perfurocortantes;
Retirar-se do local caso sinta náuseas;
Em caso de acidentes envolvendo o manuseio de resíduos infectantes e
perfurocortantes, lavar a ferida com água e sabão no caso de corte ou
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 28 de 32
arranhão durante o manuseio dos resíduos para desinfetá-la e cobri-la
rapidamente. Caso necessário, recorrer ao serviço de urgência;
Registrar sempre o acidente ocorrido no manuseio dos resíduos, através da
CAT – Comunicação de Acidentes de Trabalho;
Ter sempre sacos de reserva para uso imediato quando do rompimento para
não deixar restos no chão;
Descartar imediatamente as luvas em caso de ruptura, não as reutilizando;
Lavar e desinfetar o equipamento de proteção pessoal, especialmente as luvas,
após término do trabalho;
Retirar as luvas e lavar as mãos sempre que exercer outras atividades distinta
ao dos resíduos (ir ao sanitário, atender o telefone, beber água etc).
15. TREINAMENTO
O treinamento para os funcionários envolvidos no PGRSS deve
abranger os seguintes itens:
Conhecimento da legislação em vigor;
Definição, tipo e classificação dos resíduos e potenciais de risco do resíduo;
Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
Formas de reduzir a geração de resíduo;
Conhecimento das responsabilidades e tarefas;
Reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos;
Orientação quanto ao uso de equipamentos de proteção individual – EPI’s;
Orientação sobre biossegurança e higiene pessoal;
Providências a serem tomadas em caso de acidente e de situações
emergenciais;
Capacitação dos trabalhadores conforme NR-32 e palestra de prevenção a
acidentes.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 29 de 32
Capacitação dos trabalhadores quanto ao condicionamento, armazenamento e
transporte de resíduos;
Treinamento de EPI quanto ao uso, conservação e higienização e guarda.
16. DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS – ETAPA TERCEIRIZADA
TRANSPORTE
EMPRESA: RIOLIMPO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE RESÍDUOS LTDA
CNPJ: 06.030.520/0001-23
INSC. ESTADUAL: 06.200.823-4 INSC. MUNIC.: -
ENDEREÇO: Av. Autaz Mirim, 1 – Bairro: Distrito Industrial II
CEP: 69.075-844
DESTINO FINAL
EMPRESA: AMAZON CLEAN SERVIÇOS DE INCINERAÇÃO LTDA
CNPJ: 04.659.617/0001-74
INSC. ESTADUAL: 06.200.142-6 INSC. MUNIC.: -
ENDEREÇO: Rua Hibisco, 1350 – Bairro: Distrito Industrial II
CEP: 69.075-844
MÉTODO APLICADO E DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE
SAÚDE: INCINERAÇÃO
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 30 de 32
17. RESPONSABILIDADES
O estabelecimento se compromete a seguir as disposições contidas
neste plano, bem como implantar as medidas observadas, conforme a legislação
em vigor (RDC Anvisa n° 222/18) correspondente ao Gerenciamento de resíduos
neste estabelecimento
Responsável pelo Estabelecimento Gerador
(INTERNATIONAL PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA)
Responsável Técnico pelo PGRSS –
Daniel Calheiros da Silva (Engº de Segurança do
Trabalho) – CREA: 21956 – D/AM
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 31 de 32
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Para fins de atendimento de apresentação do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos Sépticos deverão ser observadas as seguintes Legislações e
Normas Técnicas:
• LEI FEDERAL Nº 9605/98 – Dispõe sobre crimes ambientais.
• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 01/86 – Estabelece definições, responsabilidade,
critérios básicos e diretrizes da avaliação do impacto ambiental, determina que
aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou
perigosos são passíveis de avaliação.
• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 05/88 – Especifica licenciamento de obras de
unidade de transferências, tratamento e disposição final de resíduos sólidos de
origens domésticas, públicas, industriais e de origem hospitalar.
• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 05/93 – Dispõem sobre destinação dos resíduos
sólidos de serviço de saúde, portos, aeroportos, terminais rodoviários e
ferroviários. Onde define a responsabilidade do gerador quanto o
gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final.
• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 275/01 – Estabelece o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta
seletiva.
• RESOLUÇÃO ANVISA RDC Nº 222/18 – Dispõe sobre o regulamento técnico
para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.
• RESOLUÇÃO ANVISA RDC Nº 306/04 – Dispõe sobre o regulamento técnico
para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.
• NBR 10.004/87 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.
PGRSS – INTERNATIONAL
PAPER EMBALAGENS DA
AMAZÔNIA LTDA
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Documento: Passo a passo
ELABORAÇÃO: JULHO / 2018 Página 32 de 32
• NBR 7.500/87 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e
armazenamento de resíduos sólidos.
• NBR 12.235/92 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos definidos na
NBR 10004 – procedimentos.
• NBR 12.807/93 – Resíduos de serviços de saúde – terminologia.
• NBR 12.808/93 – Resíduos de serviços de saúde – classificação.
• NBR 12.809/93 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde –
procedimentos.
• NBR 12.810/93 – Coleta de resíduos de serviços de saúde – procedimentos.
• NBR 9.190/93 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –
classificação.
• NBR 9.191/93 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –
especificação.
• NBR 9.195/93 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –
determinação da resistência à queda livre.
• NBR 13.055/93 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –
Determinação para a capacidade volumétrica.
• NBR 13.056/93 – Filmes plásticos para saco para acondicionamento de lixo.
• NBR 12.890/93 – Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos
urbanos - terminologia.
• NBR 11.175/90 – Fixa as condições exigíveis de desempenho do equipamento
para incineração de resíduos sólidos perigosos.
• NBR 13.853/97 – Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou
cortantes – requisitos e métodos de ensaio.