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Pharmacevtica nº64

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Revista Pharmacevtica

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esse ciclo de felicidade familiar onde um mais um são dois. O objectivo perdeu-se ao longo dos tempos, qual o propósito de ter mais umas linhas se no final não existe nada mais para apresentar?! Se queres fazer algo mais, fá-lo com prazer, porque estás lá para informar, mostrar, partilhar…O Núcleo Redactorial Pharmacevtica é isso mesmo, um conjunto de pessoas que prazerosamente quer passar a palavra, informar sobre o contexto actual, publicar umas fotos absurdas da Farmo ou uns textos críticos que exercitam a mente. É acreditar que no final do dia conseguirão fazer a diferença por te levar até ti algo que de outra forma não te darias ao trabalho de procurar.Hoje é diferente, porque é dia de dizer adeus.

EDITORIAL

Por | André Reis

Hoje é diferente, porque sou diferente.Uma diferença notável, que ao longo dos anos foi moldada por todos aqueles que fizeram parte desta revista e a quem devo tudo, desde a primeira pessoa por quem passei e que me incentivou a escrever até às pessoas que ainda agora chegaram.Fazer parte da Pharmacevtica é mais do que fazer uma revista, é mais do que ser um escritor, um designer, é saber fazer a diferença! Para conseguir isso é preciso todos e principalmente vocês, leitores, que reparam tão bem nessa diferença.Hoje em dia fala-se muito em diferenciação pessoal, em algo que enriqueça o currículo e que nos dê vantagem no mercado de trabalho, em algo que nos permita seguir

Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da

Universidade de LisboaAvenida Prof. Gama Pinto

1649-003 Lisboatelf: 21 793 39 56telm: 963461342

email: [email protected]

www.facebook.com/pharmacevtica

direcçãoFrancisco Pires

Direcção Editorial [email protected]

André Reis

Chefe de Redacção [email protected]

Tiago Vieira

Conselho Editorial [email protected] Queiroz

Bernardo RodriguesCláudio Carmona

Inês RamadasJoão Ravasco

Sara FernandesTeresa Dominguez

Coordenador de [email protected]

Ricardo Pouca-Roupa

Ediçã[email protected]

Carolina Botão AlvesCarolina Vilela

Diogo PiresInês Antunes Reis

[email protected]

Vilma Miguel

[email protected]

Mauro CorreiaMiguel Ponte

periodicidadeSemestral

Tiragem800 Exemplares

AgradecimentosApoios | Colaboradores | AEFFUL | APEF | AAUL |NAS | A Feminina

| TAFUL | Núcleo de Fotografia |NRAEFFUL

impressãoEuropress

telf: 21 844 43 40www.europress.pt

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Caros colegas,

É com enorme gosto que vos dirijo umas breves palavras em nome da DAEFFUL na nossa Pharmacevtica. Antes de mais, gostaria de saudar o núcleo redactorial da Pharmacevtica por mais uma excelente edição e congratular-vos pelo trabalho que têm vindo a desenvolver. A todos os novos colegas que ingressaram na nossa casa, espero que tenham aproveitado ao máximo o primeiro ano que é, sem dúvida, muito especial. Já dizia Einstein “O tempo é relativo” e parecendo que cinco anos é muito tempo, na companhia dos nossos amigos e envolvidos por esta faculdade e tudo o que a rodeia, mais parecem 5 minutos. Quem vos pode confirmar esta afirmação são os nossos colegas finalistas que se encontram a dois passos de entrar no mercado de trabalho. A eles desejo um futuro brilhante, e sei que para o atingirem levam todas as ferramentas necessárias desta faculdade e desta associação.Todos sabemos que não vivemos os tempos dourados no mundo farmacêutico, mas nestas alturas o importante não é focarmo-nos nos problemas, é fulcral procurar as soluções e olhar para as evidências da mudança e da esperança. Recentemente, foi aprovado pela Ordem dos Farmacêuticos a categoria de Membro Estudante. Esta é uma conquista pela qual lutamos há muito tempo. Sempre quisemos ter um papel ativo na Ordem dos Farmacêuticos porque muito do nosso futuro e oportunidades são discutidas nesta instituição e, finalmente, temos acesso às últimas novidades e à recentemente criada bolsa de oportunidades. Da parte da Associação Nacional das Farmácias foi criado o Prémio João Cordeiro que laureia a inovação em farmácia. Em tempos de crise são estas iniciativas que nos fazem caminhar em frente e chegar à bonança depois da tempestade. Este ano está a ser, sem dúvida, um ano notável e que ficará na memória de todos, escrito nas páginas da história desta faculdade. Em Janeiro celebrámos os 100 anos da nossa estimada Associação em conjunto com a CENTAEFFUL, realizámos uma Farmo com mais um dia e providenciámos uma oferta formativa e cultural sem igual. Uma Associação que, mais do que os anos que lhe podemos contar, tem uma história recheada de mérito, trabalho e glórias que pretendemos continuar e aumentar. A AEFFUL, durante este centenário, teve e terá sempre como prioridade os alunos que representa e essa é e será

sempre a nossa missão. A AEFFUL terá sempre a porta aberta para vos receber, para ouvir as vossas sugestões e para vos responder às perguntas e às vossas carências estudantis.Gostaria ainda de agradecer a todos os órgãos sociais da AEFFUL, à Mesa da Assembleia Geral, ao Conselho Fiscal, e obviamente, a toda a Direção que ao longo desta metade de mandato tem desenvolvido comigo um excelente trabalho, em cooperação e sempre com um objectivo comum: os alunos da FFUL.Todos os sinais de mudança estão à nossa volta, a esperança que nos move começa a tomar formas concretas só temos de entrar neste barco porque “É a Hora!”.

Saudações Académicas!

Francisco Pires | Presidente da DAEFFUL 2014

““Em Janeiro celebrámos os 100 anos da nossa estimada Associação (...) Uma Associação que, mais do que os anos que lhe podemos contar, tem uma história recheada de mérito, trabalho e glórias que pretendemos continuar e aumentar. “

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importância da farmacocinética na clínica infecciosa, continuando pela evolução das resistências, até se debater as multiresistências (desde o clínico até à investigação) e culminar com as inovações terapêuticas em desenvolvimento, participaram mais de uma dezena de oradores de excelência. Estes transmitiram os seus conhecimentos e experiências a uma audiência composta por mais de trezentos participantes.Foram sem dúvida dois dias motivantes e enriquecedores para a formação de todos os presentes. Para terminar, um especial agradecimento a todos os que tornaram possível a realização deste congresso e votos para que no futuro se continuem a debater temáticas pertinentes para os estudantes de hoje, futuros farmacêuticos.

Por | Maria Inês Conceição

Numa realidade marcada pela dificuldade no campo da antibioterapia, face à crescente resistência aos antibióticos, a necessidade de investigação nesta área urge cada vez mais, na esperança de descobrir e desenvolver novas moléculas, que poderão constituir, assim, uma nova alternativa terapêutica.Foi neste sentido que o Gabinete de Educação e Formação (GEF) presenteou os nossos estudantes nos dias 21 e 22 de Novembro do passado ano, no Auditório da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), com o IV Congresso Científico de Saúde da AEFFUL, subordinado ao tema “Antibióticos – Que Futuro?”, sob a orientação científica da Professora Doutora Aida Duarte, essencial para o sucesso do mesmo.Nesta actividade, onde foram abordados diversos tópicos, desde os mecanismos de acção, passando pela

IV CONGRESSO CIENTÍFICO DE SAÚDE DA AEFFUL

fulcral na aproximação dos alunos à sua futura atividade profissional.O Curso de Farmácia Prática tem vindo a evoluir ao longo das suas várias edições com a introdução de novas temáticas como “A Dor” e “O Farmacêutico como Gestor” e, este ano, não foi exceção. Além de uma grande interação entre alunos e oradores, foram abordados os temas de aconselhamento ao doente e a terapia de não prescrição, tentando dar uma visão mais prática aos conteúdos abordados ao longo do Mestrado Integrado.

Por | Filipa Graça e Joël de Oliveira

O Curso de Farmácia Prática, que conta já com a sua XVI edição, decorreu no passado mês de Fevereiro entre os dias 1 e 8.Este curso decorre anualmente e é direcionado para os alunos que frequentam o 5º ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. O seu principal objetivo é complementar a formação dos alunos pré-estagiários, permitindo uma melhor transição do período do ensino teórico para o estágio. Considerando o papel de extrema importância do Farmacêutico na nossa sociedade, o Curso de Farmácia Prática possui um papel

XVI CURSO DE FARMÁCIA PRÁTICA

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Neste curso foram abordadas várias temáticas, desde definições e caracterização de diferentes tipos de vírus e bactérias, passando pelos diferentes meios de diagnóstico e tratamento, não descurando o papel da comunicação do farmacêutico no esclarecimento de dúvidas e na sensibilização da sociedade. Após quatro dias de formação teórica, os participantes visitaram a Residência Madre Teresa de Calcutá, e realizaram, no dia 1 de Dezembro, Dia Mundial da luta contra a SIDA, uma Campanha de Rua, na qual abordaram a população acerca da temática das doenças e infeções sexualmente transmissíveis. Esta formação proporcionou não só a aquisição de uma componente teórica junto de oradores altamente reconhecidos a nível nacional e internacional, como ainda o contacto com doentes, que lhes irá permitir informar a sociedade da melhor forma aquando do exercício da profissão.informar a sociedade da melhor forma aquando do

Por | Sofia Almeida

Sendo o farmacêutico um profissional de saúde de importância chave no aconselhamento e prevenção e ocupando assim um lugar de destaque na saúde pública, o GIPES, com a colaboração da Professora Doutora Odette Ferreira, realizou nos passados dias 25 a 30 de Novembro, o XVIII Curso de Formação de Mediadores para a Educação na Saúde em SIDA, IST’s e Toxicodependência e a respectiva Campanha de Rua. Nos dias de hoje, o VIH continua a ser alvo de grande estudo e investigação, não existindo ainda uma cura para esta doença. Existe, contudo, medicação que ajuda um indivíduo seropositivo a retardar o aparecimento da SIDA, conseguindo uma melhor qualidade de vida. Em conjunto com especialistas, foi proporcionado a todos os participantes um espaço de informação, formação, discussão e enriquecimento curricular e pessoal.

XVIII CURSO DE FORMAÇÃO DE MEDIADORES PARA A EDUCAÇÃO NA SAÚDE EM SIDA, IST’S E TOXICODEPENDÊNCIA

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a quem foi proposta a apresentação de um tema à sua escolha. Aquando a apresentação dos “trabalhos”, foram distribuídos três papéis destabilizadores de forma a confrontar os oradores com uma situação-problema e levá-los a encontrar soluções eficazes, que lhes permitissem concluir a transmissão da sua mensagem. No final, a formadora fez uma avaliação personalizada a cada elemento do grupo, focando os pontos fortes e fracos da sua apresentação. O feedback por parte dos estudantes foi muito positivo, tendo considerado esta uma actividade muito útil para apresentações futuras, tanto em termos académicos como mais tarde, a nível profissional.

Por | Carlota Moura | Inês Ramadas

E se saber já não chega?Num mundo cada vez mais competitivo, a teoria torna-se irrelevante se não a soubermos aplicar e transmitir. Com vista a complementar possíveis lacunas nesta área, a 6 de Março realizou-se uma formação em “Soft Skills”, dinamizada pela Dra.Eugénia Raimundo.Numa fase inicial foi feita uma abordagem teórica, que incidiu em diferentes técnicas de apresentação , tais como, posicionamento vocal, linguagem corporal e adequação ao público alvo. Pôs-se também em foco, as diferentes formas de percepção de uma mensagem, sendo que esta varia de pessoa para pessoa, existindo pessoas que se definem como visuais, auditivas ou cinestésicas. Durante a tarde foram criados grupos de três pessoas

I PROGRAMA DE SOFT SKILLS

ao máximo toda a informação e contributo do profissional. Deste modo, o GESP esperou despertar em cada estudante a paixão para a sua área de interesse, podendo assim fazer tudo de modo a realizar o seu projecto.No passado 19 de Março o GESP iniciou o II Programa de Pharmtalks subordinado ao tema “Assuntos Regulamentares”. Esta 1ª sessão contou com a presença do Dr. André Pestana, que se mostrou muito disponível para apresentar e esclarecer todos os participantes acerca deste tema.

Por | Inês Ramadas

No seguimento do sucesso do I Programa de Pharmtalks, o Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais decidiu realizar a segunda edição do mesmo, com o objectivo de informar todos alunos, do 1º ao 5º ano acerca dos diferentes futuros profissionais que poderão vir a ter, desde a farmácia hospitalar e comunitária, passando pela indústria farmacêutica até às análises clínicas entre outros.De modo a adquirir esses conhecimentos o Gabinete visou criar um ambiente de conversa informal e acessível entre o orador e os alunos, para assim os participantes assimilarem

II PROGRAMA DE PHARMTALKS

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Por | Tiago Barros

O Curso de Formação de Mediadores em Saúde Dermatológica: Pele e Cabelo ano após ano, confirma o seu estatuto como uma das actividades mais apelativas à comunidade estudantil.O interesse demonstrado pelos estudantes apresenta-se como uma das principais motivações para realização do curso, contudo a sua pertinência é complementada por outros aspectos que lhe são inerentes.Por um lado, abrange uma área de rápido crescimento com inúmeras aplicações no sector farmacêutico, que o profissional deve conhecer e com as quais deve estar cada vez mais familiarizado, servindo como exemplo os inúmeros produtos de protecção solar que se revestem de especial relevância no contexto geográfico em que nos inserimos.Por outro, de um ponto de vista menos científico, o Curso cria ainda uma interacção, que cremos ser extremamente proveitosa, entre os actuais alunos, participantes do curso e a população em geral. Foi com tudo isto em mente que, nos dias 10 e 11 de Março, o Curso contou a sua 5ª edição.Esta contou com 5 painéis de formação teórica que decorreram nos espaços da faculdade, tendo sido encarregue do Conselho Científico a Professora Doutora

V CURSO DE FORMAÇÃO DE MEDIADORES EM SAÚDE DERMATOLÓGICA: PELE E CABELO

Helena Ribeiro, que possui experiência e conhecimentos vastos na área de saúde dermatológica e capilar.Na tentativa de direcionar a acção da campanha para um público-alvo mais jovem, e com o intuito de promover as relações entre estudantes de diferentes áreas, e com isso a troca contínua de informação e de conhecimento entre estes, a escolha do local para a sua realização recaiu sobre o Instituto Superior Técnico, uma das novidades desta edição.Visando melhorar a aquisição de experiência em aconselhamento farmacêutico e manuseamento das máquinas de rastreio, a organização do curso repartiu a campanha por dois dias consecutivos, 13 e 14 de Março, possibilitando aos participantes fazer turnos mais longos, nos quais puderam aplicar todo o conhecimento teórico previamente adquirido.Assim, esperamos que actividades como esta despertem o interesse e a procura de conhecimento em áreas menos convencionais do sector farmacêutico, para que possam ser formados profissionais cada vez mais completos, capazes de actuar em conjunturas mais abrangentes, dignificando assim a profissão farmacêutica e enaltecendo a sua importância.

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Por | Bernardo Rodrigues

No passado dia 11 de Abril, mais de 300 jovens provenientes de todo o país embarcaram numa viagem rumo a Albufeira. Sabendo que a viagem de volta já estava programada para o dia 14, todos tinham apenas uma coisa na cabeça: aproveitar ao máximo estes dias!A XVI edição do Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia ficou marcada pela boa-disposição e ambiente familiar que se fez sentir no Hotel Luna Falésia Mar e estes foram apenas alguns dos vários momentos que tornaram este ENEF tão inesquecível:

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Por | Inês RamadasQuerido Pai,

Sei bem que não tenho dado notícias, mas tenho estado tão ocupada que tem sido praticamente

impossível. Ontem chegámos e fomos logo dormir, a viagem foi super cansativa e hoje tivemos de acordar

pela Alvorada para assistir ao Workshop de “Métodos Farmacêuticos para o Controlo da

Toxicidade no Corpo Humano”.À tarde fiquei com uma ligeira dor de cabeça (deve ter sido do sol de Inverno) e acabei por não

fazer as atividades desportivas, mas os meus amigos também não estavam com muita vontade,

o jantar de ontem devia estar estragado porque toda a gente vomitou. De qualquer forma, não

te preocupes, já está tudo bem, hoje à noite temos um rally paper e depois vamos ao cinema

ver os “Smurfs”O hotel é giríssimo, é temático, cá podemos fazer escalada e às vezes encontramos gorilas

no corredor, o tema é a Selva! Para o pequeno-almoço a AE arranjou-nos umas pastilhas

efervescentes fantásticas e andou a distribuir garrafas de “chá frio”.

Sinto que este é um curso onde posso aprender a levar um estilo de vida saudável e produtivo!

Aliás, amanhã nem vou apanhar o shuttle, nada melhor que um jogging matinal.

Este é um sitio onde se pode, sem dúvida, fazeeeeeer muitas coisas!

Não te preocupes, como a sopa toda ao jantar e não bebo refrigerantes à refeição. Já me

habituei ao complemento de cevada, ao sumo natural de uva e ao elixir transparente e

imprescindível, a água, claro.Está a ser uma experiência óptima, educativa e construtiva, o dinheiro que gastaste não foi

mais do que um investimento no meu futuro! Obrigada e beijinhos da tua filhota que te adora!

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Por | Beatriz Queiroz

O Jantar de Natal realizou-se no dia dezanove de Dezembro e teve lugar no Bar Papa-Caloiros, decorado com a presença de duzentos estudantes. Como manda a tradição, o Jantar organizado pela Associação juntou à mesa a família FFULiana envolvida pelo “calor” da lareira e o brilho das luzes da árvore de Natal. Nesta noite, não foi necessário esperar pela balada da

meia-noite para abrir os presentes; nesta noite, o som dos sinos a tocar foi substituído pelo som do cruzamento dos copos aquando dos incansáveis e expressivos brindes; Esta noite foi mais do que uma noite para marcar a quadra natalícia, foi um jantar para comemorar o final do primeiro semestre, para celebrar as amizades da faculdade, para erguer os copos e brindar a Farmácia.

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Por | Francisco Pires

Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013, Salão Nobre da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Cessam funções os estudantes que representaram os estudantes na AEFFUL 2013 e passam a tocha aos novos corações que, recentemente eleitos, estão a palpitar para começar a trabalhar. São despedidas cheias de saudosismo, nostalgia e conselhos para o futuro.Vinte e nove almas rumam à assinatura de um compromisso anual de serviço aos alunos da nossa casa. Todas assinam o compromisso de representar, da forma mais digna, a Associação que dia 23 de janeiro do ano seguinte contaria com cem anos, a nossa Associação dos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Os três presidentes dos três órgãos sociais fazem discursos dando-se a conhecer à comunidade, apresentam os valores, objectivos e planos de acção que pretendem para as equipas que encabeçam e por fim, mas não menos importante, aceitam as responsabilidades em pleno, conscientes das suas raízes, da sua história e do que um ano de centenário representa.A plateia composta por professores, funcionários, representantes dos apoios anuais, antigos dirigentes associativos e dirigentes associativos de outras casas foram testemunhas do matrimónio destes vinte e nove afortunados com a AEFFUL e tudo o que ela representa. Para além de serem testemunhas foram, muitos deles, padrinhos ao oferecerem o seu apoio ao longo de mais

TOMADA DE POSSE DOS ORGÃOS SOCIAIS DA AEFFUL 2014

um ano e palavras de esperança e apreço a uma camada jovem onde eles se revêem.Seguindo a metáfora do casamento, procedeu-se ao copo de água deste vínculo com o Porto de Honra e as vinte e nove capas negras. Após um brinde com todos os presentes, saíram do Salão Nobre numa mancha negra a caminho dos espaços da associação onde menos de vinte e quatro horas depois começaram o primeiro dia do resto das suas vidas.Meio mandato passado e a memória do dia da tomada de posse permanece tão presente como no próprio dia, desde os detalhes visuais observados aos valores defendidos. Meio mandato está para vir e tudo faremos para manter os valores de abertura aos estudantes, cumprirmos os objectivos propostos e (e)levarmos a AEFFUL mais alto!A AEFFUL só se faz contigo, por isso participa! Step in, help out!

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respeitados e com sentido de responsabilidade profissional. É claro que desde a data da sua criação até aos dias de hoje, a realidade do sector farmacêutico, bem como o MICF, tem sofrido inúmeras alterações. Desta forma, e demonstrando sempre a devida sensibilidade e preocupação, a APEF tem-se adaptado, dedicado e empenhado na luta dos interesses dos seus estudantes de forma individual ou ligada aos seus parceiros, incluindo naturalmente as organizações profissionais do sector.Assim, é com grande honra e enorme sentido de responsabilidade que a APEF convida todos os estudantes do MICF a envolverem-se junto da própria, numa altura em que a necessidade de fazer mais e melhor aparece como um requisito ligado às dificuldades do mercado de trabalho.

Por | David Santana | Vice-Presidente de Relações Internas da APEF

A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) fundada a 9 de Dezembro de 1998 por um grupo empreendedor de Estudantes de Ciências Farmacêuticas caracteriza-se como a associação representativa de mais de 5000 estudantes e é actualmente constituída por 8 membros (AECFUL, AEFFUL, AEFFUP, NCF/AEISCSN, NEF/AAC, NECF/AEISCSEM, UBIPharma e NECiFarm), distribuídos em cinco cidades (Lisboa, Coimbra, Porto, Covilhã e Faro).A APEF que neste mandato celebra os seus 15 anos de existência, tem ao longo da sua história defendido os interesses dos Estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF), tanto a nível nacional como internacional, nunca menosprezando a ideia de que estes seriam os futuros Farmacêuticos deste país. Como tal, no decorrer da sua vivência, a APEF tem lutado tanto na área educacional como no sector da saúde de forma global. Através do seu rico plano de actividades, a APEF tem desenvolvido actividades em prol dos estudantes de Ciências Farmacêuticas de norte a sul do país graças a uma direcção composta por 13 elementos eleitos anualmente. Essas acções destinam-se a que os estudantes do MICF possam vir a ser profissionais de saúde íntegros,

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA 2014

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SOLISTASA FEMININA E TAFUL

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Núcleo Redactorial da Revista Pharmacevtica (NRP): Ser solista é muitas vezes dar a cara pela Tuna, especialmente em festivais, onde estão prémios a concurso e as atenções estão focadas em vocês. E por isso, lidam com uma responsabilidade diferente, principalmente se forem novos na Tuna. Na vossa situação, houve algum processo de selecção?

Sara Patrício (SP): No meu caso sim. Na altura não percebi bem porquê mas começaram a convocar alguns castings de voz. Depois dos primeiros castings para avaliar as pessoas que pudessem ter uma capacidade vocal um pouco acima da média, algumas pessoas foram seleccionadas, eu fui uma delas.

Miguel Cavaco (MC): No meu caso não foi bem assim, não temos o hábito de fazer castings. Tudo começou na altura em que eu entrei... o António Valério era o nosso solista e assim perdurou durante os primeiros 3 anos em que estive na Tuna. Como eu tinha um tom de voz que se assemelhava um pouco ao seu, cantávamos os dois voz alto, acabei por dar seguimento. Talvez também por ser o menos mau (risos). Nesse sentido, e aliado ao facto de estar sempre ao lado dele a tocar cavaquinho, ele foi puxando por mim para assumir esse posto. Na altura em que ele se foi afastando mais da Tuna foi uma transição natural.

NRP: Com castings ou sem castings, ser solista acaba por ter uma responsabilidade acrescida, porque passam de um plural, para um singular, onde têm um microfone à frente e confrontam mais directamente o público. Inicialmente é fácil lidar com essa responsabilidade acrescida?

SOLISTAS

Por | André Reis

Nesta edição a PH esteve à conversa com os solistas das nossas Tunas da casa. Sara Patricio do 4º ano pela “A Feminina” e Miguel Cavaco do 5º ano pela “TAFUL”.

A FEMININA E TAFUL

SP: Por acaso lembro-me da 1ª vez que cantei em palco com a Tuna e lembro-me de estar quase a desmaiar de nervos mas ao chegar ao palco, ironicamente, os nervos desapareceram. A partir daí, a não ser que vá cantar algo novo, já não me sinto nervosa a ir para palco. Até me sinto mais à vontade em cantar para muita gente que eu não conheça do que para caras conhecidas, como na faculdade.

NRP: Como no Sarau Académico por exemplo?

SP: Essa é talvez uma das situações que me deixa mais nervosa. Ao início eu tinha muita dificuldade em lidar com os nervos, tenho muito medo de falhar, não gosto. Tinha sempre aquela sensação de não estar a fazer o suficiente, agora já não.

MC: A minha experiência vai de encontro ao que a Sara já disse, uma vez que estreei como solista no Sarau cujo tema foi “O Circo” onde cantei o “Anda comigo ver os aviões”. Acenderam-se as luzes e tinha à frente os nossos colegas, uma Aula Magna cheia, à espera que eu cantasse. Outra situação de que me recordo, foi num dos nossos festivais mais importantes, nos Açores, onde já fomos muito felizes. Na altura íamos cantar uma música nova e estava lá também o Jorge Silveira que foi um grande solista da TAFUL, senti uma grande pressão, além disso o público lá é muito mais efusivo com as tunas. Há sempre aquele nervosinho.

NRP: Ser da tuna é muito diferente de tudo o que vivemos na faculdade. É algo que vai mudando ao longo do tempo e que se vai moldando. O facto de serem de um momento para o outro solistas mudou alguma coisa, digamos, no vosso conceito de “ser” na Tuna?

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SP: No meu caso mudou muito. Quando fui escolhida como Solista não estava na Tuna se calhar nem há 6 meses e foi tudo muito rápido, era ainda Candidata. Desde cedo senti uma responsabilidade acrescida, se calhar às vezes queria cantar mais ou divertir-me mais e tinha de me resguardar em certos aspectos mas sempre tive muito apoio das pessoas. Foi um voto de confiança e não queria desiludir ninguém, tive de fazer as coisas resultar, não podia ter um comportamento que viesse prejudicar a Tuna num todo, especialmente em festivais.

MC: No meu caso, comecei a ser solista no 3º ano, entrei na Tuna logo a meio do 1º ano. Já tinha estado em alguns festivais, já tinha passado aquela postura inicial: tentar aprender com os mais velhos, qual o meu lugar. Mas obviamente já sendo caloiro, estando no 3º ano e sendo solista há toda uma nova responsabilidade. Pelo menos sinto isso a nível musical, envolvi-me mais, especialmente nos ensaios. Nos festivais também, apesar de ao contrário da Sara não ter tantos cuidado com a voz e ir para palco muitas vezes quase sem voz e a tomar comprimidos (riso). Agora ainda por mais sou veterano e cabe-nos a nós fazer perdurar este espírito. Passei a ter um papel mais integrante ao ser solista.

NRP: Para acabar, uma pergunta mais generalizada, também para dar a conhecer: qual a importância da Tuna nas vossas vidas?

SP: Estando longe de casa às vezes é um bocadinho difícil lidar com distância, não só de família, mas de amigos com quem crescemos. Na Tuna descobri não só uma família como também um grupo de amigas que nunca mais vou esquecer ou abandonar porque acabam por

ser as pessoas que crescem connosco e moldam o nosso percurso, não só na Tuna mas também na faculdade. Por isso a Tuna tem sido uma 2ª família, muito mais do que um grupo de amigas com quem ensaio, ou canto, ou me divirto. Se não tiveres este tipo de grupo acabas por fazer o teu percurso mais centrado nos trabalhos e não nos teus valores pessoais. A faculdade tem feito muito por mim a nível intelectual mas a Tuna é que me tem feito crescer.

MC: É curioso colocares essa questão porque às vezes dou comigo a pensar o que é que a Tuna me trouxe e o que é que significa para mim. E é sempre difícil responder porque no meu caso, já estou quase a acabar o curso, já vivenciei aqui 5 belos anos e sempre estive ligado à Tuna e sempre dei muito de mim. Acho que me ajudou a mudar muito, mesmo como homem, que entrei aqui uma criancinha. É mesmo uma escola de homens como costumamos dizer entre nós às vezes e na brincadeira. Foi muito importante na minha aprendizagem, mesmo do próprio curso em si e há muito conceitos que são apreendidos enquanto lá estamos, noções de responsabilidade, de companheirismo, de ajudar o outro. Seja o carregar um instrumento ou estar responsável por algo que nos pedem. Há muita coisa que nos é dada e que agora enquanto veterano sinto que me cabe transmitir aos outros e dar um pouco de mim e do que a TAFUL já me deu.

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Por | Inês Sousa | Teresa Dominguez

Este ano que passou foi um ano que em termos de Desporto na FFUL foi bastante positivo. Como já vem sendo habitual, houve a participação de alguns alunos da faculdade nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU), organizados pela FADU. Foram também realizadas algumas actividades desportivas, como o I Mini Torneio de Ténis e a I Corrida AEFFUL, que levaram alguns alunos da faculdade a praticar exercício físico.Foi ainda um ano de grandes vitórias e conquistas por parte das equipas desportivas da Faculdade. As equipas de Voleibol, a feminina e a masculina, conseguiram um 3º lugar e 2º lugar nos Campeonatos Universitários, respectivamente, conseguindo ainda apurar-se para os Nacionais. Relativamente ao Futsal, infelizmente a nossa equipa feminina não conseguiu obter os resultados esperados neste ano. No entanto, a equipa masculina destacou-se com a conquista do primeiro lugar na II Divisão do Campeonato Universitário de Futsal Masculino, garantindo assim a subida à I Divisão, algo que já não acontecia há alguns anos.Para o próximo ano lectivo, espera-se que o Desporto na FFUL aumente, e ainda que o apoio às equipas da

DESPORTO AEFFUL

casa seja maior, como forma de ajudá-las a ter melhores resultados! Informa-te junto do Departamento Desportivo e experimenta aparecer num dos treinos das equipas! Mostra o desportista que há em ti!

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NÚCLEO DE ACÇÃO SOCIAL DA AEFFUL (NAS)

Por | Mauro Correia

O nosso lugar já não é o berçário, já não somos um experimento e não nos considero inexperientes na arte de ajudar. O NAS cresceu e com ele cresci eu, os meus colegas e os que caminham connosco. Afinal, há tanto para fazer, tanto por onde intervir, que é quase impossível ficarmos parados sem evoluir.A mescla de ideias deu lugar a um projeto sério e estruturado, aumentando com isso o nosso dever e sentido de responsabilidade. Todas as semanas tentamos fazer mais e melhor. E é com esse objetivo que sabemos, aos poucos, conseguir alimentar mais pessoas, dar brinquedos e material escolar a mais crianças, aquecer mais sem-abrigo e alegrar o dia de mais idosos e pessoas com deficiências.Com uma equipa renovada criámos novas campanhas. Através da Associação do Mês, tentámos estreitar a relação com instituições de solidariedade, dinamizando e divulgando as suas atividades, procurando criar raízes para futuros acompanhamentos. Com o dinheiro angariado apadrinhámos o Griffin do projeto From Kibera With Love tentando dar um melhor futuro a mais um jovem.

Abrimos as portas ao voluntariado na área da saúde com acordos com a Cruz Vermelha e a Associação Conversa Amiga. E, como o trabalho de base era sólido, procurámos manter as anteriores iniciativas, como os já famosos Crepes Solidários e o renovado Banco de Sebentas e as parcerias com Legião da Boa Vontade, União Zoófila e Mais Sorrisos.Os primeiros passos já foram dados, mas ainda nos tremem as pernas. No entanto, olhamos para o nosso percurso com orgulho e lembramos o esforço e dedicação de todos os que compõem este pequeno grupo e daqueles que insistem em participar nas nossas atividades sabendo que sem eles nada disto seria possível.Estamos convictos de que mais tarde ou mais cedo toda a comunidade “ffuliana” vai saber ver quanto o NAS evoluiu e nessa altura queiram tanto quanto nós fazer parte dele. Pois aí todos saberão que não há nada mais recompensador do que sermos responsáveis pela alegria estampada no rosto de quem recebe uma refeição quente, o sorriso aberto após um crepe de chocolate e a gratidão de um coração cheio de amor para dar.

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a peça de estreia “1+1= ∞, Ai que bonito!”, prometendo surpreender uma e outra vez a plateia que se juntou e voltou a juntar em sessões sucessivas. Ao longo de quase um mês, o Tubo de Ensaios transformou os espaços mais comuns do nosso dia-a-dia em palcos; as escadas em plateia; a faculdade numa espécie de D. Maria II de marca branca. Diz quem assistiu que conseguimos mostrar um outro lado da FFUL…um lado menos chato, longe dos estudos, dos slides, das químicas farmacêuticas…mas com outro tipo de química, aquele que prende os espectadores do primeiro ao último segundo, até ao explodir dos aplausos!Agora, o Tubo de Ensaios está de volta com novas ideias, novos membros e novas surpresas, desta vez com o ciclo “Que se lixe…!”. Depois de lixar a canção com aquela que

TUBO DE ENSAIOS

Por | Inês Ferreira | Rafael Mateus

Se há um ano nos dissessem que íamos estar a coordenar um núcleo de teatro na FFUL, o mais provável era aconselharmos a pessoa a largar a bebida e começarmos a procurar clínicas de reabilitação para essa gente. Mas agora, olhando para trás, a ideia que no início parecia uma loucura, talvez não fosse tão descabida quanto isso. Talvez fosse esse salto para a loucura que nos estava a faltar…e como de génio e de louco todos temos um pouco, lá fomos nós nessa aventura de trazer vida a uma ideia que estava guardada na gaveta. A genialidade cabe à plateia inferir, mas lá loucos somos certamente…a partir daí, começar foi fácil: só precisámos de encontrar mais 5 loucos pelos corredores da faculdade e…voilá! “A luz foi feita” e o Tubo de Ensaios surgiu das cinzas, com

foi, certamente, a reunião de condomínio mais animada de sempre, o recém-formado Núcleo terá oportunidade, ainda este semestre, de surpreender novamente o cada vez mais atento público FFULiano (lixando mais um tema que não vai deixar ninguém indiferente!).Por isso, “não percam o próximo episódio, porque nós também não!”

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Um ano desde a sua formação, o Núcleo de Mobilidade é agora constituído pela Micaela Marcos, Raquel Oliveira, Mariana Ferreira, Sara Raleiras, Marta Simões, Ana Bugalho, Rodrigo Simões, Helena Sousa e Teresa Dominguez (coordenadora), e ainda pelo Eduardo Corvacho, como representante do Gabinete Internacional da DAEFFUL. Após um ano em que foi possível testar projectos, de maneira a comprovar em quais haveria mais adesão por parte dos estudantes de ERASMUS e SEP, o Núcleo de Mobilidade quer agora também servir os estudantes da FFUL, enquanto meio de comunicação entre o Gabinete Internacional e os mesmos.Procura a nossa página no facebook para te manteres informado sobre o que é feito pelas associações que te representam a nível europeu e mundial, a EPSA e a IPSF, e também sobre os projectos que vão aparecendo para ti… Investe internacionalmente no teu futuro através dos

NÚCLEO DE MOBILIDADE DA AEFFUL

mesmos, nunca é demais apostar em algo diferente. Qualquer dúvida, o nosso endereço é [email protected]!

Por | Teresa Dominguez

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RuiApolinário

Co-Fundador da Gumelo, Lda.

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NRP: Como foram os seus anos de faculdade (FFUL)? Quais as melhores experiências que ficaram?

RA: Considero que os anos de faculdade foram os melhores anos que tive na minha ainda curta vida. Recordo com muita saudade esse tempo e tudo o que consegui realizar. Construí grandes amizades e adorei todos os momentos de convívio, particularmente as tardes passadas no bar, o ano em que fiz parte da Associação de Estudantes, as Farmos, as semanas do Caloiro, os Saraus, os Arraiais das Palmeiras e claro a grandiosa TAFUL, à qual ainda pertenço.Considero que consegui disfrutar muito do que esses anos tinham para me oferecer. Tenho também alguns momentos mais marcantes, como o ter recebido o prémio de Espírito Académico por duas vezes e de ter organizado a Serenata a Lisboa no meu ano de finalista.

Por | André Reis

Com o interesse cada vez maior dos estudantes no mundo do empreendedorismo, o Núcleo Redactorial da Revista Pharmacevtica foi falar com um ex-aluno da nossa casa sobre a sua experiência.

NRP: Quando era mais novo o que queria ser? No secundário queria mesmo ingressar no MICF?

Rui Apolinário (RA): Na infância tive várias profissões que queria ser, algumas que julgo todas as crianças também querem, como bombeiro por exemplo. Lembro-me também de querer ser sapateiro, porque era a profissão do meu avô. Depois mais tarde e durante a adolescência nunca pensei muito no que queria ser e fui sempre avançando pelas disciplinas nas quais me sentia mais confortável, que eram a matemática e as ciências.Quando chegou a altura de escolher qual o curso a ingressar, o de Ciências Farmacêuticas foi a minha primeira escolha. Muito embora a minha melhor disciplina fosse a matemática, mas sentia que queria algo mais desafiante e uma profissão que tivesse uma ligação mais humana e pessoal e menos abstracta que propriamente o mundo dos números. De parte da minha família houve alguma pressão para ir para Medicina, devido à minha boa prestação escolar, mas sabia por um lado que não tinha resultados suficientes para entrar e por outro que não era exactamente o que procurava.Resumindo, Ciências Farmacêuticas foi a melhor opção que se apresentou e revelou-se de facto uma escolha muito acertada para mim.

RuiApolinário

Co-Fundador da Gumelo, Lda.

“(...) sentia que queria algo mais desafiante e uma profissão que tivesse uma ligação mais humana (...)““““(...) sentia que queria algo mais ““(...) sentia que queria algo mais desafiante e uma profissão que tivesse “desafiante e uma profissão que tivesse

“(...) os anos de faculdade foram os melhores anos que tive (...). Recordo com muita saudade esse tempo (...)““““(...) os anos de faculdade foram os ““(...) os anos de faculdade foram os melhores anos que tive (...). Recordo “melhores anos que tive (...). Recordo

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NRP: Defina-me o que é para si ser empreendedor? E considera-se um empreendedor?

RA: O empreendedorismo tem sido bastante falado ultimamente, devido principalmente ao momento de crise que nos vem afetando e em que este é apontado como uma das soluções. Empreender é no fundo dedicar-se a criar algo e apostar no que se cria. Nesse sentido, considero-me empreendedor, mas julgo ser importante referir que não é fácil e é revestido de muitas preocupações e algumas noites mal dormidas, mas os resultados positivos são muito motivadores e muito mais “saborosos”.

“Empreender é no fundo dedicar-se a criar algo e apostar no que se cria.““““Empreender é no fundo dedicar-se a ““Empreender é no fundo dedicar-se a criar algo e apostar no que se cria.““criar algo e apostar no que se cria.“

Nesta fotografia estão representados os 3 fundadores da Gumelo. João Cavaleiro (à esquerda), Tiago Marques (ao centro) e, o nosso entrevistado, Rui Apolinário (à direita).

NRP: Quando surgiu a ideia de formar a empresa Gumelo?

RA: A ideia surgiu do meu amigo João Cavaleiro, biólogo de formação, que desenvolveu um interesse particular pelo mundo dos cogumelos e teve acesso a umas publicações sobre o cultivo de cogumelos a partir de sub-produtos da indústria do café. A partir daí, decidiu experimentar por ele próprio fazer o cultivo de cogumelos usando como substracto a borra de café, tendo em conta que Almeirim, cidade de onde somos originários, tem uma grande rede de restaurantes devido sobretudo à famosa Sopa de Pedra.Mais tarde, em Janeiro de 2011, outro meu amigo, o Tiago Marques, com formação e experiência em design de comunicação e marketing juntou-se ao João para desenvolver e definir a imagem e estratégia de comunicação da marca e do produto.Durante ainda esse ano, e após algumas conversas entre

nós, nas quais fui percebendo qual a ideia, decidi também juntar-me a eles para juntos formarmos a empresa, o que aconteceu em Janeiro de 2012, sendo que o lançamento do Eco Gumelo foi em Setembro de 2012 durante o Green Fest no Estoril, o maior evento de sustentabilidade do país.

“(..) fazer parte da formação de uma nova empresa e pertencer a um projecto desde o início foi um desafio bastante motivador ““““(..) fazer parte da formação de uma ““(..) fazer parte da formação de uma nova empresa e pertencer a um “nova empresa e pertencer a um

NRP: O que levou a arriscar e dar o passo para seguir a Gumelo e deixar para trás as Ciências Farmacêuticas?

RA: A decisão de me juntar foi baseada em vários factores. Primeiro, percebi que a ideia era boa e o conceito estava bem estruturado. Depois, fazer parte da formação de uma nova empresa e pertencer a um projecto desde o início foi um desafio bastante motivador. Percebi também que a minha experiência numa grande empresa portuguesa de genéricos, que possui duas fábricas, vinha trazer valências e adicionar valor ao projecto. Por último, e talvez a melhor razão, foi a possibilidade poder fazer tudo isto com dois amigos de infância e poder fazer da Gumelo uma extensão da nossa própria amizade.Posso também acrescentar que no início a minha ideia não foi logo deixar para trás o emprego que tinha, mas sim ajudar a construir a empresa dando um contributo durante o meu tempo livre. Mas à medida que o tempo

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foi avançando e a Gumelo foi ganhando alguma estrutura e com isso também maior dedicação em termos de tempo, tomei então a decisão de deixar o meu emprego para me dedicar totalmente à Gumelo.Não foi uma decisão tomada de ânimo leve e demorou bastante tempo a ser concretizada, mas percebi que tinha de ser tomada para a Gumelo se poder desenvolver.

NRP: Qual a ideia para a empresa a médio/longo prazo?

RA: Existem dois grandes vectores para a empresa, a internacionalização e o lançamento de novos produtos.Relativamente à primeira, estamos já presentes na Bélgica, em cinco lojas situadas na “grande” Bruxelas e temos contactos já bastante avançados para entrar em Espanha. Temos também outros contactos no Reino Unido, Polónia, Holanda, EUA, Angola e Cabo Verde. Estes processos demoram sempre o seu tempo, pois não queremos apenas exportar o produto, mas também manter a nossa marca e estratégia de modo a que esta se mantenha forte e segura nos outros países tal como, acreditamos nós, já o é em Portugal.

“(..) somos mais motivados para a procura do emprego estável e seguro do que propriamente para o arriscar em fazer algo novo (...)““““(..) somos mais motivados para a ““(..) somos mais motivados para a procura do emprego estável e seguro “procura do emprego estável e seguro

Em termos de novos produtos, temos muitas ideias e muitos produtos em pipeline (para usar um termo comum da Indústria farmacêutica), sendo que nem todos serão do mesmo formato e forma de funcionamento que o Eco Gumelo, mas que se manterão na mesma linha e ideia de despertar o interesse e a inclusão dos cogumelos na nossa alimentação.

NRP: Na sua opinião, o que falta a um jovem estudante para que seja um empreendedor?

RA: Essa não é uma pergunta muito fácil e que tenha uma resposta directa. Julgo que antes de mais a nossa cultura não está virada para o empreendedorismo jovem. Estamos mais virados e somos mais motivados para a procura do emprego estável e seguro do que propriamente para o arriscar em fazer algo novo, mesmo que a ideia venha a falhar. E quando falo em nossa cultura, não me refiro apenas a Portugal mas a uma ideia que é um pouco a nível Europeu. Se tomarmos o exemplo dos EUA, as apostas são feitas em estudantes universitários e em que

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a criação e também o erro são valorizados. Por cá temos muito o receio de fazer algo e falhar, mas ao falharmos estamos também a aprender e a valorizarmo-nos. Mas este é um problema de bases e que não é fácil de mudar de um dia para o outro.Também do meu ponto de vista, para se empreender num projecto no qual se queira ter sucesso, ter uma grande ideia é apenas o princípio mas não chega. É necessário revesti-la de muitas coisas para que consiga vingar e desenvolver-se, como a imagem, comunicação, estratégia, gestão e desenvolvimento de negócio. Todas estas peças são fundamentais para que se consiga levar o projecto a bom porto e se não temos essas valências, é preciso saber procurá-las.

NRP: Que mensagem quer deixar aos estudantes desta casa (FFUL)?

RA: Antes de mais, divirtam-se e aproveitem ao máximo os tempos de faculdade!Dêem sempre o melhor de vocês próprios naquilo em que fazem e se envolvem. Não tenham receio da mudança, encarem-na sempre como um desafio e uma oportunidade para crescerem e se valorizarem.

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PERFIL RUI MIGUEL CASIMIRO APOLINÁRIO

Rui Miguel Casimiro Apolinário nascido a 3 de Outubro de 1980 é Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (2004). Frequentou a Pós-graduação em Regulamentação e Avaliação de Medicamentos e Produtos de Saúde, tendo-a completado em 2009.

No seu percurso académico, passou pela Direcção da AEFFUL em 2000/2001 e pela Mesa da Assembleia Geral da APEF em 2003/2004.É membro da Tuna Académica de Farmácia da Universidade de Lisboa (TAFUL) desde 2000.Colaborou ainda com o Departamento de Licenciamento e Inspecção do INFARMED, em 2001, e com a Ordem dos Farmacêuticos no Congresso Nacional dos Farmacêuticos 2003.

Durante a sua carreira profissional fez parte, inicialmente, do Departamento de Assuntos Regulamentares da Generis Farmacêutica, S.A. No entanto, desde 2007 até Agosto de 2013, que foi Director Técnico-adjunto da Generis Farmacêutica S.A.

A sua actividade na empresa Gumelo Lda. iniciou-se em Janeiro de 2012, sendo Sócio-gerente da mesma.

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T N T

Por | Teresa Dominguez

Desde o meu primeiro evento internacional que houve um “género de workshop” que me interessou. Pelo dinamismo com que era dado, pelo facto de se focar em competências que não eram abordadas em nenhuma cadeira da faculdade – mas que poderão vir a determinar se sou contratada ou não numa entrevista de emprego –, e por ser dado por estudantes que se punham ao mesmo nível que eu para transmitirem mais facilmente o que queriam, sem receberem qualquer tipo de remuneração… Este “género de workshop” como vim a descobrir chama-se training, e podem ler na caixa do que se trata exactamente.No passado mês de Novembro em Sintra, realizou-se o 6º “Training New Trainers” event (TNT) onde 14 estudantes de 5 países europeus – eu incluída – tiveram a oportunidade de aprender as bases para se tornarem trainers. Oriundos de dois cursos, ciências farmacêuticas e

Trainings, ao contrário de palestras, focam-se em soft skills (competências não-formais) e são estruturados de maneira muito diferente. Os participantes são os elementos mais importantes no que toca ao processo de aprendizagem e o trainer actua como simples facilitador. Este constrói o training com base em teorias populares relacionadas com o tópico e a aprendizagem real acontece através de exercícios interactivos, como discussões ou simulações, para que os participantes possam aprender através do conhecimento e experiência de cada um. (Tirado de www.epsa-online.org.)

gestão e engenharia industrial, os participantes puderam contar com 4 mentores, também eles com cursos e nacionalidades variadas, para uma formação mais completa em transmissão de soft skills. Partindo do melhoramento das nossas competências pessoais, ganhámos ferramentas para poder agora transmitir aos outros estudantes aquelas características que, inatas ou não, todos podem trabalhar. Características como a facilitação de discussões, liderança, linguagem verbal e corporal, gestão de tempo e de grupos, entre tantas outras, que sempre foram dadas como adquiridas pelos nossos professores, mas que podem ser aperfeiçoadas ao longo da vida (lifelong learning) através de truques e teorias psicológicas e sociais, em ambientes propícios criados por nós, trainers. Neste momento encontram-se a estudar na FFUL 5 trainers: Sara Torgal, Diogo Viana, Margarida Rocha da Costa,

Francisco Pires e eu, sendo que estes três últimos tiveram a sua formação no TNT em Sintra, fazendo parte da WTF Generation – oi, porquê? Pergunta!Mas se pensas que essa semana consistiu apenas de teoria e prática educacional, também houve momentos para descontrair (aqui com um especial agradecimento à DAEFFUL 2013 por estarem sempre disponíveis) como um Jantar de Magusto com o resto da FFUL, uma mini noite internacional e tardes e noites com a maravilhosa serra de Sintra em paisagem.Resta-me agora concluir então com o desejo que a nossa faculdade aposte neste género de formação – já que dispõe de tanta mão-de-obra – porque os nossos desejos como recém-formados trainers é de que todo o conhecimento que ganhámos, o possamos transmitir agora aos nossos colegas.

Sintra 2013TRANSMISSÃO DE VALÊNCIAS

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pharmacist in Serbia” relata-se o caso da Sérvia, onde nas farmácias pertencentes ao Estado em Belgrado e Novi Sad, os recém-licenciados são contractados semanalmente e no final dessa semana, se por alguma razão o lucro tiver diminuído nesse estabelecimento, esse recém-licenciado, por momentos recém-contratado, tornar-se-á recém- -desempregado…No entanto, não só de aprendizagem e análise consiste esta viagem, mas também de momentos de cortar a respiração, como seria de esperar numa jornada à volta do globo, como se pode observar nas fotografias. Apesar de algumas dificuldades, tais como atravessar fronteiras ou lidar com alfândegas na Índia – ler “A big jump into the past: the Indian administration” para uma boa gargalhada – nota-se pelo tom ainda explorador e divertido com que Guillaume fala das diferentes paragens que ainda não perdeu o ânimo a meio da sua viagem.Assim, aguarda-se ansiosamente por mais descrições das suas peripécias. Pode ser que alguém se sinta também inspirado a explorar o que se faz em nome de Farmácia internacionalmente, e pode ser que este texto seja sobre um dos nossos alunos daqui a uns anos, uma vez que a importância da sensibilidade cultural nas várias maneiras de praticar uma profissão se vai tornando num tópico cada vez mais importante num mundo em que as fronteiras são cada vez menos.

Por | Teresa Dominguez

Guillaume Brun é um estudante de farmácia francês que pouco depois de acabar o seu 5º ano em Dijon, e depois de contactar com a realidade farmacêutica em Inglaterra, decidiu que queria correr o mundo de mota a compreender a forma como é praticada Farmácia nos diferentes países, segundo consta no seu site www.mapharmacieduboutdumonde.com. No final da viagem, a partir das suas conclusões irá produzir uma tese e um artigo para uma revista farmacêutica francesa de renome, ambos sob o tema dos farmacêuticos pelo mundo. Aquando da escrita deste artigo, Guillaume estava em Laos, em viagem há 228 dias e contava já com 14582 km nas rodas da sua BMW F700GS. Já tinha passado por culturas tão díspares como a Índia e Itália, a Sérvia e a Jordânia ou a Áustria, Turquia e Emiratos Árabes Unidos, sempre com uma perspetiva de aprendizagem sobre o que as diferentes culturas lhe tinham a ensinar na área do medicamento, da administração do mesmo e na caracterização do sítio onde é vendido – neste âmbito, aconselho vivamente o artigo “Crossing Índia, exploring Ayurvedic medicine”, uma explicação detalhada mas acessível de um género de curativos à base de plantas, massagens e meditação, que são na India preferidos quando comparados com a medicina ocidental. As condições de trabalho dos farmacêuticos é outro dos assuntos abordados. No artigo “Not always easy to be a

Nota: Todas as fotografias foram retiradas com autorização de Guillaume da sua conta de Instagram @mapharmacieduboutdumonde e do seu website.

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Por | Jorge Batista

A European Pharmaceutical Students’ Association (EPSA) organizou, no passado mês de Outubro, a 10ª Edição da Autumn Assembly, em Valência, Espanha. Num congresso com quase 300 participantes, a comitiva de mais de 30 Portugueses fez-se sentir durante todo o evento, através da boa disposição, tradições, e claro, o traje que orgulhosamente vestiu durante a Noite Internacional!Subordinada ao tema “Medicina Personalizada – o Futuro da Farmácia”, a Autumn Assembly compôs-se de um programa educacional repleto de diversas fracções. O Simpósio Educacional tomou lugar durante a manhã dos dois primeiros dias, em que uma miríade de oradores de todos os cantos da Europa debateu e partilhou as suas visões sobre a Medicina Personalisada – em que ponto estamos e qual o seu futuro? Durante a tarde e nos restantes dias, trainings de soft skills, workshops em temas mais científicos, e claro, a Assembleia Geral onde se discutiram os projetos da Associação e o seu futuro, compuseram a restante parte das sessões paralelas.Mas como não podia deixar de ser, o que (provavelmente!) mais marcou os participantes foram as já famosas festas da EPSA! Desde a Cerimónia de Abertura, passando por uma Festa Animal e a noite Espanhola, contando com a presença da já famosa Noite Internacional e sem faltar à Noite de Gala, o ambiente festivo ajudou na partilha de experiências entre todos os participantes do Congresso. Quem foi, recomenda a experiência e quer repetir! E tu, vejo-te em Budapeste em Abril, ou em Ohrid em Julho?

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Por | Bernardo Rodrigues

A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) foi instituída pelo Estado através do Decreto-Lei nº369/2007, de 5 de Novembro e a sua principal missão é a de garantir a qualidade do ensino superior em Portugal através da avaliação e acreditação das instituições de ensino superior e dos seus ciclos de estudos, bem como no desempenho das funções inerentes à inserção de Portugal no sistema europeu de garantia da qualidade do ensino superior. Assim, os objectivos da agência passam por: concretizar os critérios de avaliação, de modo a obter a tradução dos seus resultados em apreciações qualitativas; definir as consequências da avaliação efectuada para o funcionamento das instituições e dos seus ciclos de estudos e promover a sua acreditação, tendo em vista a garantia de cumprimento dos requisitos legais do seu reconhecimento; promover a divulgação fundamentada à sociedade sobre a qualidade do desempenho das instituições de ensino superior e promover a internacionalização do processo de avaliação.No que diz respeito às funções, salientam-se as seguintes:

definição e garantia dos padrões de qualidade do sistema; avaliação e acreditação dos ciclos de estudos e instituições de ensino superior; divulgação pública dos resultados da avaliação e acreditação; promoção da internacionalização do sistema de ensino superior português; aconselhamento do Estado em matéria de garantia da qualidade do ensino superior; realização de estudos e pareceres, quer por iniciativa própria, quer a solicitação do Estado; participação no sistema europeu de garantia da qualidade do ensino superior – EQAR – e coordenação de actividades de avaliação e acreditação em Portugal com instituições e mecanismos de avaliação internacional.Actualmente, a A3ES continua a desenvolver actividades de investigação relacionadas com a sua área de actuação e acompanhará novos desenvolvimentos no sector, nomeadamente as políticas de gestão de riscos e a emergência do quality enhancement. A vertente da internacionalização também merecerá especial relevo com a avaliação internacional da Agência e o pedido de inscrição no EQAR.

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CONSELHO DE ESCOLA, CONSELHO CIENTÍFICO E CONSELHO PEDAGÓGICO

Por | Bernardo Rodrigues

Conselho de Escola

O Conselho de Escola é o órgão responsável pelas funções deliberativas e de supervisão da faculdade, sendo constituído por Docentes e Investigadores, Não Docentes e Não Investigadores e Alunos.Compete ao Conselho de Escola: organizar o procedimento de eleição e eleger o Director, bem como suspendê-lo e destituí-lo; apreciar os actos do Director e do Conselho de Gestão; aprovar os estatutos da faculdade, respectivos anexos e suas alterações; apreciar e discutir todas as questões que se considerem relevantes para a faculdade; aprovar a criação de novos órgãos da faculdade; aprovar o plano de actividades, o orçamento e as contas apresentadas pelo Director e apreciar o relatório anual de actividades.Após as eleições de dia 18 de Março de 2014, o Conselho de Escola eleito cumprirá um mandato de 2 anos, sendo constituído pelos seguintes elementos:

Membros Efectivos:Docentes e Investigadores (9): Prof. Dr. António José Almeida; Prof. Dr. José António Pereira; Prof. Dr. Rui Moreira; Prof. Dr. Rui dos Santos Ivo; Profª Drª Maria do Rosário Bronze; Profª Drª Ana Paula Leandro; Prof. Dr. José Miguel Pereira; Profª Drª Maria Sofia Martins e Prof. Dr. Rui Manuel Pinto.Não Docentes e Não Investigadores (1): Drª Maria Isabel Campos.Alunos (3): Francisco Pires; Rodrigo Simões e Maria Inês Conceição.

Membros Suplentes:Docentes e Investigadores (10): Profª Drª Helena Ribeiro; Prof. Dr. Nuno Filipe Oliveira; Profª Drª Maria Alexandra Brito; Profª Drª Madalena Pimentel; Profª Drª Maria Luísa Teixeira; Prof. Dr. Rodrigues Corvo; Profª Drª Olga Silva; Profª Drª Maria João Gama; Profª Drª Maria Alexandra Paulo e Profª Drª Carla Maria Branco.Não Docentes e Não Investigadores (4): Drª Ana Cristina Salgado; Drª Maria Elisa Alves; Drª Carla Eleutério e Drª Maria da Conceição Correia.Alunos (5): Joël de Oliveira; João Pedro Gonçalves; Pedro Labisa; Inês Lains e Liliana Ribeiro.

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Conselho Pedagógico

O Conselho Pedagógico é um órgão de gestão composto por oito elementos eleitos - quatro professores e quatro estudantes - que se dedica à coordenação e desenvolvimento da prática pedagógica. Entre muitas outras responsabilidades, salientam-se as seguintes: definição dos prazos académicos; elaboração de horários; aprovação de conteúdos programáticos; análise e proposta de revisão do plano curricular e promoção de um ambiente saudável entre estudantes, docentes, não-docentes e órgãos administrativos.Após as eleições de dia 18 de Março de 2014, o Conselho Pedagógico eleito cumprirá um mandato de 2 anos, sendo constituído pelos seguintes elementos:

Membros Efectivos:Docentes (4): Profª Drª Maria Henriques Ribeiro; Profª Drª Maria Manuel Lopes; Prof. Dr. Bruno Sepodes e Profª Drª Cristina Almeida.Alunos (4): Bernardo Rodrigues; Ana Raquel Abreu; Maria Inês Pinto e André Torres.

Membros Suplentes:Docentes (4): Prof. Dr. José Miguel Pereira; Profª Drª Helena Ribeiro; Profª Drª Isabel Rivera e Profª Drª Francisca da Conceição Lopes.Alunos (4): João Roma; Leonor Soares; Diana Costa e Francisco Torgal.

Conselho Científico

O Conselho Científico é o órgão de natureza científica e cultural da FFUL.Após as eleições de dia 18 de Março de 2014, o Conselho Científico eleito cumprirá um mandato de 2 anos, sendo constituído pelos seguintes elementos:

Membros Efectivos:Docentes e Investigadores Doutorados (12): Profª Drª Matilde Castro; Prof. Dr. José António Pereira; Profª Drª Cecília Rodrigues; Profª Drª Maria Beatriz Lima; Prof. Dr. António José Almeida; Prof. Dr. Rui Moreira; Prof. Dr. Carlos Afonso; Profª Drª Helena Marques; Profª Drª Maria Henriques Ribeiro; Profª Drª Maria do Rosário Lobato; Profª Drª Maria do Rosário Bronze e Prof. Dr. Afonso Cavaco.Representantes das Unidades de Investigação Designados Efectivos (3): Profª Drª Dora Brites; Prof. Dr. João Gonçalves e Profª Drª Maria da Graça Soveral Rodrigues.

Membros Suplentes:Docentes e Investigadores Doutorados (11): Profª Drª Madalena Pimentel; Profª Drª Maria José Umbelino Ferreira; Profª Drª Maria Alexandra Brito; Prof. Dr. João Pinto; Profª Drª Olga Silva; Profª Drª Cristina Carvalho; Profª Drª Elsa Anes; Profª Drª Helena Ribeiro; Profª Drª Maria Aida Duarte; Profª Drª Francisca da Conceição Lopes e Prof. Dr. Carolino José Monteiro.

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Por | Bernardo Rodrigues | Sara Fernandes

Núcleo Redactorial da Revista Pharmacevtica (NRP): Qual o seu principal foco de ação enquanto docente de uma faculdade de ciências farmacêuticas e quais os seus pontos fortes ou pelo contrário os aspectos em que sente mais dificuldade?

Professora Isabel Portugal (IP): Não é de todo ser a “dona do saber” mas sim ser alguém que acompanha e participa do processo de construção e das novas aprendizagens do aluno em todo o seu processo de formação, nomeadamente no que se refere às doenças infecciosas. É essencial uma interação empática entre mim e os alunos, a minha capacidade para ouvir, reflectir, discutir, no fundo ligar sempre o meu conhecimento e o deles, cujo resultado deverá ser a assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades dos alunos. Um factor que contribui para isso é o estar totalmente comprometida com os alunos e com a Faculdade, vendo os alunos como pessoas activas em todo o processo de ensino-aprendizagem, mas penso que é sobretudo o procurar “pensar como aluno”, tentando sempre ver e conjugar os dois lados. Os aspectos menos conseguidos têm talvez a ver com a falta de tempo de contacto com os próprios alunos o que, por vezes, não me permite dar a atenção devida e conseguir que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. Tento sempre que o meu trabalho não seja unidirecional, mas nem sempre é fácil…

Professora Alexandra Brito (AB): Enquanto docente da FFUL, o principal foco de ação consiste na formação de profissionais com competências específicas na área das Ciências Farmacêuticas, bem como de competências genéricas, transversais e relevantes para o mercado de trabalho. Para o efeito, o processo de formação envolve uma componente prática centrada na aprendizagem por parte do aluno, em que é estimulada a auto-aprendizagem, o trabalho de pesquisa, a utilização das novas tecnologias e, ainda, o trabalho em equipa e a capacidade de comunicação, indo assim ao encontro do preconizado no Processo de Bolonha e do que a Sociedade pede e espera do ensino universitário. A maior dificuldade advém do número de alunos que frequentam a nossa escola, o que impede que o processo de ensino/aprendizagem seja exclusivamente centrado no aluno e que se recorra, ainda hoje, à transmissão de conhecimentos de forma magistral e unidirecional (professor-aluno).

NOVOS PROFESSORES

NRP: Em que medida encara a crescente variedade de oportunidades internacionais (como por exemplo ERASMUS ou programas de estágios internacionais) ao dispôr dos alunos actualmente e de que maneira é que os ajudam na sua preparação para o mundo do trabalho?

IP: A abertura para o mundo é fundamental para o crescimento. A mobilidade de estudantes quer seja no contexto Erasmus quer seja em estágios internacionais é uma ferramenta importante que vai muito mais além da aquisição de conhecimentos no âmbito do curso. Estes programas possibilitam um alargar de horizontes, proporcionando uma certa independência, o praticar uma língua estrangeira, o viajar e claro que toda uma parte humana, lúdica e festiva associada normalmente a estes programas e que os tornam muitas vezes inesquecíveis. Por isso, muito mais do que aprender novas teorias ou matérias, está o aprender mais sobre a vida, o que os ajudará a enfrentar um futuro, que, independente da crise que se vive nos dias actuais e de todas as dificuldades de entrada no mercado de trabalho, quanto a mim, deveria sempre passar por experiências no estrangeiro. Os estudantes portugueses procuram cada vez mais os países de Leste, e se por um lado são aliciados pelo baixo custo de vida, por outro, são-no também pela pouca exigência do ensino, o que poderá ser preocupante, nomeadamente aquando da entrada no mercado de trabalho. Mas, independentemente de tudo, o meu conselho será sempre: não deixem de ir se tiverem essa oportunidade! É sempre um crescimento a nível pessoal e profissional.

AB: As oportunidades internacionais permitem o desenvolvimento da capacidade de comunicação e o domínio de línguas e, eventualmente, o contacto próximo com a indústria farmacêutica e o mundo empresarial doutros países. Na era da globalização em que se vive, tais oportunidades revestem-se de uma enorme riqueza em termos da formação pessoal e cultural dos alunos o que, juntamente com a diversificação da formação, contribui para aumentar a empregabilidade dos diplomados e, assim, para a melhoria da situação económica do país. De referir ainda, que tal mobilidade, conhecida por Espaço Europeu de Ensino Superior, tem contribuído para um melhor desempenho afirmativo da Europa no Mundo, com importantes repercussões a nível social, cultural e económico.

NRP: Concorda com as diferentes formas de avaliar um aluno hoje em dia atendendo a trabalhos de investigação,

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trabalhos de grupo ou relatórios? Na sua opinião são essenciais para optimizar o percurso académico do aluno?IP: Os métodos de avaliação dos alunos têm-se alterado, sobretudo com a introdução de novas reformas que têm ocorrido nos últimos anos.A metodologia de avaliação hoje em dia vai além do tradicional exame final, testes práticos e perguntas orais, e segue uma lógica de ensino baseado em trabalhos e resolução de problemas, incluindo inserções na área de investigação prática. Embora supervisionado, este ensino deverá sempre contar com a criatividade e alguma autonomia do estudante, facto que será sempre uma mais valia na formação do aluno. No entanto, o facto de se utilizarem vários critérios de avaliação nem sempre é objectivo e tem dado origem a uma grande variedade de classificações e alguma imprecisão terminológica. Hoje em dia o sistema exige muito do estudante e há que saber escolher uma forma de avaliação precisa e suficiente e que seja de facto uma contribuição válida na aprendizagem e na preparação para o futuro.

AB: Sim, sem dúvida. A avaliação é parte integrante do processo de aprendizagem. Assim, tal como esta deve incluir uma panóplia de ferramentas, também aquela deve ser diversificada. O trabalho de investigação é essencial para o desenvolvimento científico do aluno, contribuindo para a sua capacidade de enfrentar desafios e encontrar soluções, ao mesmo tempo que obriga a trabalho de pesquisa e de análise crítica, não só da literatura, mas também dos resultados obtidos. Por outro lado, os trabalhos de grupo são essenciais para estimular a cooperação social, sendo as relações sociais consideradas um factor essencial para a aprendizagem, permitindo que o aluno tenha consciência da relatividade dos pontos de vista, ao mesmo tempo que são estimuladas condutas de entreajuda e de respeito na discussão.Cada uma das formas de avaliação referidas tem o seu próprio mérito, contribuindo para o desenvolvimento de valências específicas que colectivamente concorrem para as competências adquiridas pelo estudante ao longo do seu percurso universitário.

NRP: Acha que actualmente os alunos, tendo em conta, todas as oportunidades que lhes são oferecidas estão efectivamente preparados para ingressar no mundo do trabalho mais concretamente no ramo das ciências farmacêuticas? O que entende que deva ser melhorado ou alterado?

IP: Esta é uma pergunta que é difícil responder pois se

há realidades que hoje em dia são muito positivas, outras têm levado a uma insuficiente preparação para o mercado de trabalho. A redução do número de horas do curso de Ciências Farmacêuticas levou obviamente a uma redução das matérias e principalmente da experiência que se adquiria nas aulas laboratoriais. Daí a necessidade cada vez maior dos alunos complementarem o seu percurso académico com formação pós-licenciatura que de alguma forma compense algumas lacunas do curso e permita a sua especialização.Outro grande problema tem a ver com a quantidade de cursos de Ciências Farmacêuticas que existem, alguns de qualidade questionável, e pelo facto de neste momento Portugal não estar a conseguir absorver tantos farmacêuticos. Aqui será muito importante a formação e especialização que permitirá a diferenciação. A saída para o estrangeiro é cada vez mais uma realidade no mundo farmacêutico. A indústria farmacêutica tem saído de Portugal, o mesmo acontecendo com a indústria em geral, tornando o mercado de trabalho muito reduzido; inverter a situação é praticamente impossível pois não nos é possível competir com outros mercados bem mais aliciantes. O que tem de bom hoje em dia é a tentativa de uniformização e o reconhecimento dos cursos a nível europeu, o que tem permitido um intercâmbio constante seja em termos do programa ERASMUS seja em estágios profissionais, assim como alguma facilidade de integração dos farmacêuticos no estrangeiro. Embora se fale constantemente em “fuga de cérebros”, penso que no contexto actual temos de ser realistas e cada vez mais pensar em termos de Europa e não apenas de Portugal.

AB: Acho que os alunos das Ciências Farmacêuticas terminam a sua formação universitária com uma boa formação teórica, abrangente e multi-disciplinar, que lhes permite a entrada em áreas do mercado de trabalho que vão desde a farmácia comunitária à hospitalar e à indústria, passando por áreas em expansão como a cosmética e os dispositivos médicos, entre outras. No entanto, uma maior participação dos estudantes ao nível das farmácias, hospitais, laboratórios e empresas farmacêuticas durante o seu percurso académico, nomeadamente através de realização de estágios (por exemplo durante as férias), certamente que contribuiria para alargar a sua visão do mercado de trabalho e, quiçá, ajudá-los na escolha das unidades curriculares de opção segundo fieiras de saídas profissionais. Para além disso, a formação dos estudantes, sairia enriquecida o que constituiria uma mais-valia aquando da sua saída para o mercado de trabalho.

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Por | Inês Ramadas | Sara Fernandes

Para o comum aluno de secundário, a entrada na Universidade é um marco. Simboliza não só uma nova fase em termos académicos, como também, de uma perspectiva mais ampla, maioridade, liberdade e independência.Com estes fatores em mente, desta fase emergem novas responsabilidades e provações, acompanhadas do medo e receio do desconhecido. É neste âmbito que surge o termo praxe, um tema obscuro para a grande parte da sociedade e que é apenas revelado àqueles que ousam experienciá-la.Mas deixou de ser. Nos ultimos meses, o assunto “praxe” foi alvo de um análise minuciosa, no entanto será que foi na sua verdadeira essência? Depois do sensacionalismo P

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que não podem existir e têm de ser controladas. Não é aceitável dizer que alguém morreu em situação de praxe, não é sequer aceitável dizer que ficou magoado, traumatizado ou com algum tipo de mazelas que não pudessem derivar de uma qualquer situação do dia-a-dia. Esse não é o suposto. Não é aquilo que se apregoa, não é aquilo que se define como praxe. É como dizer que tofu é carne, não é. Há aqui algo de extremamente importante a definir, a praxe é guiada por uma série de regras e sem elas não é praxe, é uma mutação ofensiva do conceito. E há também que ter em conta que apesar dos limites de quem é praxado variarem de pessoa para pessoa, os limites de quem praxa devem atender àquilo que é digno e aceitável para um ser humano. Tem de ser criado um equilibrio, principalmente tendo em conta o pânico que foi gerado na sociedade relativamente a este tema, e que neste momento é o pesadelo de muitos pais e jovens prestes a inciar o seu percurso académico. Medidas devem ser tomadas, conscientes de que há duas perspectivas igualmente certas relativamente a este assunto e de que a posição a adotar é a intermédia. Aquela que permite o continuar de uma prática amada por muitos, de uma forma controlada e segura e acima de tudo, porque essa foi sempre a intenção final, divertida!

exacerbado, do mediatismo e da polémica, está na hora de uma abordagem objetiva. Sejam eles caloiros ou praxantes, a praxe está afeta a uma vasta parte da comunidade estudantil do ensino superior, como tal é de supor que lhe estão associados benefícios, que levem a que o caloiro se sujeite a esta e o praxante esteja disposto a exercê-la (isto deduzindo que a maioria das pessoas não é sociopata com complexos de autoridade).Na base do conceito de praxe, está implícita a igualdade e união. O próprio traje académico tem o intuito de nos alienar de qualquer tipo de estatuto social, etnia ou religião. O principal objetivo desta é a integração dos caloiros não só numa nova fase do seu percurso académico, como muitas vezes numa cidade nova, numa vida nova com pessoas novas, da melhor forma possível. Mas até que ponto esta premissa não é mais do que uma desculpa para práticas descontroladas de pressão psicológica ou física, a pessoas que estando a entrar numa nova realidade, estão mais suscétiveis às mesmas?Apesar de ter o objetivo comum de uniformizar os estudantes universitários, a forma como é aplicada varia de instituição para instituição. Situações abusivas, como estudantes humilhados, magoados, forçados a rebolar em excrementos, não constituindo a regra, são excepções

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Por | Miguel Cavaco | Business and Customers Director & Co-Founder da Lisbon PH

No final do ano de 2013 e após alguns meses de incubação e desenvolvimento da ideia, nasce a Lisbon PH - Empresa Júnior da FFUL, constituída por um grupo de alunos empenhados em criar na faculdade que os viu crescer, um espaço para o desenvolvimento de ideias inovadoras e relevantes para o sector.O conceito de Empresa Júnior (que nasceu em Paris, por volta de 1967) representa uma associação sem fins lucrativos, mas com marcada componente educativa para os seus membros, baseada na premissa learning-by-doing. Dessa forma, e por a própria estrutura que suporta a empresa se assemelhar a estruturas empresariais, pretende-se aproximar os alunos do mundo profissional e torná-

los empreendedores e capazes de realizar mais facilmente a transição para o mercado de

trabalho.A Lisbon PH, por ser exclusivamente

constituída por alunos da FFUL ou recém-mestres até 2 anos após

a conclusão do MICF tem uma preocupação acentuada com o posicionamento, visão e imagem da Faculdade em si. É nossa intenção e compromisso, ter um forte sentido crítico e desenvolver projectos e

iniciativas que visem o contínuo melhoramento e promoção da

instituição e dos seus serviços, existindo uma simbiose perfeita entre

ambas.O nosso Core Business vai-se centrar na

organização, gestão e promoção de Eventos Científicos,

Tendo como objectivo primordial a

aproximação dos estudantes da FFUL ao mercado de trabalho,

a Lisbon PH pretende estabelecer-se no sector como uma plataforma para o desenvolvimento de projectos inovadores e eventos na área científica, contribuindo para um profissional que se pretende criativo, multidisciplinar

e empreendedor.

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por estarmos inseridos na área da Saúde e por acima de tudo possuirmos como principal recurso na Faculdade, o conhecimento científico de alta qualidade dos nossos docentes. Assim, pretendemos disponibilizar aos nossos clientes formação adequada e actualizada dos participantes de cada actividade, apostando ainda num plano de promoção contínuo do evento, adaptado aos objectivos requeridos, por um custo reduzido. O participante terá, de acordo com os recursos e estratégia de cada cliente, um programa completo a nível científico, cultural e social.Por fim, o último vértice do nosso campo de actuação corresponde ao apoio ao Empreendedorismo. Pretendemos servir como suporte ao desenvolvimento de ideias e de projectos de alunos e docentes, oferecendo múltiplos recursos como ajuda na concepção da ideia em si e da elaboração do plano de negócios, no desenvolvimento do conceito gráfico e materiais associados, bem como facilitação na promoção junto das entidades sectoriais.

Para que haja uma renovação da equipa e garantia da continuidade do projecto, é necessário a entrada de novos membros, que se mostrem empenhados e com vontade de integrar a estrutura. A abertura de Open Calls, permitirá a mais alunos da FFUL experienciar uma equipa pró-activa e dinâmica e potenciar as suas qualidades, ao serviço da LisbonPH. Mantenham-se atentos e consultem regularmente o nosso facebook e Website!“Por um profissional de saúde criativo, multidisciplinar e empreendedor, juntem-se a este projecto.”

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Por | Sofia Meireles

A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) associa-se este ano à Jornada Anual de Recolha de Medicamentos, pondo em prática os seus objetivos de intervenção social. O Banco Farmacêutico é um projeto desenvolvido pela Associação para a Assistência Farmacêutica com vista a exercer uma acção social na área da Saúde e do Medicamento. Através da doação de medicamentos e produtos de saúde a Instituições carenciadas, o Banco Farmacêutico objetiva sensibilizar para o apoio das populações pelo bem mais essencial da vida, a Saúde. Quem melhor deverá contribuir para aumentar a marca do voluntariado nas farmácias que não os futuros farmacêuticos do nosso país? A APEF está a incentivar a participação dos estudantes de Ciências Farmacêuticas a integrar esta experiência em grupos de voluntários. Ser Farmacêutico implica não só estar presente na sociedade, como também contribuir para a sua igualdade.

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Por | Inês Ramadas

Perspectiva. Às vezes, quando estou sozinha a passear, sentada num café ou simplesmente com pessoas à minha volta, analiso-as. E julgo, julgo os sapatos dela, as calças ou falta delas num dia de chuva. Julgo os óculos dele, o corte de cabelo. Julgo o ar arrogante ou o histerismo sem razão aparente.Defino as pessoas na minha cabeça de acordo com a perspectiva com a qual vejo o mundo.E de repente, sinto-me limitada. Sou limitada pelas minhas origens, pelas minhas convivências, pelo meu quotidiano. Os meus gostos pessoais, as minhas escolhas, estão definidos por uma série de momentos, imagens que foram caracterizando o que para mim é correto.Mas não quero. Não quero ser assim. Quero ter a capacidade de ver o mundo pelos olhos de outra pessoa, quero ter a capacidade de compreender não só as minhas escolhas como as dos outros. O que é que nos leva a agir?Gosto de acreditar que ninguém toma uma decisão que não lhe pareça a mais correta no momento. Que automaticamente o nosso cérebro põe numa balança de dois pratos, os prós e os contras, pesa as consequências, aceita-as e age em consonância com elas. Mas a grande questão é o que é que cada um põe no seu prato. Acho que compreender o que move cada um de nós é a chave para aceitar as decisões dos outros, mesmo não concordando com elas. É um esforço enorme, principalmente quando nos encontramos numa situação difícil, distanciarmo-nos e assim observar as motivações dos envolvidos. Mas vale a pena, acreditar que ninguém faz nada sem uma razão e dar o benefício da dúvida ao próximo. Quando era pequenina adorava caleidoscópios. O mundo parecia tão mais bonito com todas as cores e formas novas! Mil imagens numa só, todas versões diferentes de uma verdade absoluta. Agora, tantos anos mais tarde, imagino que a perspectiva seja algo deste género. Colorida por diferentes experiências de vida, pintada e definida por cada momento, cada sorriso, cada lágrima.Não há uma forma certa de ver as coisas, há a nossa forma, a caleidoscópica e subjetiva e esta é só uma pequeníssima parte da imagem final. Um dia, se tivermos sorte e procurarmos bem, talvez consigamos montar o grande caleidoscópio de perspectivas que é a vida e assim compreender o mundo.

CALEIDOSCÓPIOS

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pharmacevtica 64 | Julho 2014 47pharmacevtica 64 | Julho 2014 47

Por | João Ribeiro

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Divisão Académica

Não faço ideia do que estou a fazer...

MNAP

TAFUL Feminina

N. Rádio AEFFUL NAS

Caloira Caloiro

FARMO

Ilustrações | Nuno Romana

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