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O clero italiano, com effeito, não tardou a perceber que a política anti-nacional da santa sé, os conduzia a um schisma; e trata de indagar se devia levar a submissão ao ponto de se tornar complice de uma ce- gueira, que ameaça causar na igreja uma profunda dilaceração. Alguns espíritos emi- nentes derão então osignalde uma prudente resistência. Elles acharão na Itália assenti- mento e concurso; não, por certo, entre os homens que a ambição 0 o interesse tomão -Urdosávoz da justiça; mas em todos os corações honestos e sinceramente religio- fios» flerá esse exemplo seguido em França ? besejariámos esperal-o; e è em auxilio disso que recommendamos uma brochura impor- tanta» quo acaba tle se imprimir na livraria Dentu, sob o titulo: A côrle de Roma e os jesuítas.: Esse livro é a collecção das peças rela- tivas á demissão do cardeal d'Andréa e á coudemnação de monsenhor Li vera ni e do, conego RealL Q processo acho-se, assim apresentado á opinião, e submeltido ao julgamento da igreja inteira, sacerdotes e fieis, segundo o bom e antigo costume, que. é o unico conforme á justiça verdade. Eis pois, sem contar o padre Passaglia, trez homens eminentes do clero de Roma que, posto aflirmando seu respeito pelo so- berano pontífice e sua orthodoxia, ousão protestar em alta voz contra a tyrannia do principio temporal e sobretudo contra as perniciosas doutrinas que tendem á con- fundir os interesses mundanos com as cou- sas da fé. E'sabido em quecircumstancias o cardeal d'Andréa se demitlio de suas funcçôes de prefeito da congregação do Index. Ita muito tempo os professores de philosoptya e de theulogia da universidade catholica de Lou- vain estão de rixa com o padre Perrone da companhia de Jesus, sustentado pelo Sr. Malou, bispo de Bruges. Trata-se do «radie- cianalismo. do racionalismo, e ha segura- mente vinte annos que isto dura. A questão apresenta esta singular anomalia, que são os jesuítas que sustentão aqui a razão contra as.traducções; sim, esles mesmos padres, que não admittem o exercicio da razão em matéria politica, o reivindicão pelas cousas dá'fé; de ondo as más línguas poderião concluir, quo não são os interes- ses da que mais os loção. Os professores du universidade de Lou- vain havião submeltido suas doutrinas ao exame da sagrada congregação do Index, quo se- pronunciara om seu favor» Mas tanto fizeruó os Jo§uitas.# com elles o Sr. Malou, què obtiverão," que apezar disso a questão seria levada ao santo officio, pe- rante o qual fôrão os professores Lou- vain aceusados de heterodoxia. Foi então que o cardeal d'And'réa deu à sua demis- são e publicou a correspondência, o que faz grande barulho em Romai Sabendo õ papa da demissão do cardeal d'Andreá, declarou que nada se faria em contrario á decisão du congregação do In- dex, e ordertoü que se escrevesse ao arce- bispo de Bruges, o Sr. Malou, recommen- dando-lhe prudência. Quanto a monsenhor Liverani e ao Sr. Reali, fôrão castigados com a expulsão e excomunhão mesmo, por terem escripto em favor da unidade italiana, contra o poder temporal da santa sé. A brochura da que falíamos, e que', quasi um livro, conlém a correspondência trocada por oecasião desses trez processos. Ahi s. eiicontrão peças muilo importantes, cuja leitura nos parece boa de recommen- dar aos que tem necessidade de ser edi- ficados sobre a questão romana. . Eis um curioso fragmento copiado de uma das cartas escriptas pelo Sr. Reali, para sua defeza. Entre os factos que lho imputão como crime,, seus inimigos fazem sobresahir so- bretudo as suas ausências. Elle as justifica umas depois das outras: « Habitando em Tano, em 18"i9, fui de- « nunciado, não sei por quem, ao santo « padre, como. partilhando opiniões libe- « raes.bera que nenhuma parte eu houves- « se tomado, como a isso me obrigavão os «meus deveres, no movimento nacio- « nal. Fui por vós caritativamente avi- « sado de que se tratava de repelir com- « migo o acto iniquo consummado em de- « trimeutodo exemplarissimo padre D. Eva- ts risto Francolini, que, sem attenção ao seu « caracter sacerdotal, conceito publico e « integridade de sua vida , foi agarrado «pelos gendarmes pontifícios) em pleno « dia, em sua pacifica morada ; e, apezar « das lagrimas de uma velha mãi, de quem « era o unico sustentaculo, transferido a « Roma, para as prisões do santo officio/ « de onde foi solto dopois de quatro « mezes de soffrimentos, porque não se « achava nem uma matéria para começar « um processo. Segundo o vosso fraternal « aviso, refugiei-me em Bolonha, e vivi ob- « scuro e ignora Io de todos em meu claus- « tro de S. Salvador, somente oecupado « com meus exercícios religiosos. Vós, que « vistes essa fuga necessária e legitima, a « lolerastes, dissimulastes, etc... » Esta carta é dirigida ao P. abba le geral dos'conegosde Lalran, seu superior directo. O Sr. Reali falia depois de suas outras au- sancias, que tiverão por motivo interceder junto do governo italiano.que se poupassem os conventos fulminados de dissolução pelo decreto Valorio. O Sr. Reali emprehendeu essas tarefas pelo pedido dos superiores dos conventos ántôaçádós, e leve de Iodas as vê-., a satis- facão de ser bem suecedido. « Ea tive o prazer, disse elle, de encon- trar nos ministros do nosso heróico rei muito mais condescendência, muito mais justiça, muito mais caridade do que sa encontra ii.3 agentes da côrle de Roma. >"> Citaremos ainda a edificante passagem, em que compara o tratamento que lhe fa- _era soffrer com os processos empregados em uma oecasião b.m differente: « Nossa communidade nno foi man- « chada senão por um unico culpado, o « chamado Vicenzo Tiz.ani, que entrou « entre nós á força de intrigas e de fraudes; « que bem depressa pelos mesmo^pios, « predominou a nossa infortunada congre- « gação, o que, depois de a haver reduzido « sob sua autoridade, depois de havel-a « de mil modos desuui io, lançando nella « a discórdia e o escândalo, roubo-a em « diversos milhares de escudos, dos quaes « seis mil poderão ser' verificados como « sendo um roubo injustificável. O delicio « era patente e provado. Essa mesma con- « gregação devia julgal-o; posto quo de « deum grão inferior, quizerão ainda, nessa « epocha, separar a ovelha sarnenta, sepa- « rare ovem morbidam a suis confratibus, e « pènsou-se em desviar prescripções cano- « nicas. Mas a questão foi conduzida com um « methodo muito differente do empre- « gado para commigo. i ovelha sarnenta « foi transformada em pastor, o delin- « quente culpado de roubo, muito quali- « ficado, foi feito bispo de Temi; o des- « valido em sua diocese foi notado ad « vomitum reunisse; foi de novo chamado « a Roma, onde não lhe faltarão outras « honras, outros cargos; o caideal Anto- « nelli o aproveitou para fazer delle um « recrutador de salleadores, e o mandou a « Nápoles para recrutar os mercenários « suissos dissolvidos, em quanto o ponti- « fice actual tomava á si o cuidado de saldar « por elle a sua conta coma nossa con- « gregação, bem.entendido, reduzindo o FOLMETIM BO lOltHEl) BA TAüDE IMPRESSÕES DE VIAGEM « debito de seis md escudos a trez mil. Se « se deu a este indivíduo um bispado como « correição, era muito justo que me des- « sem a expulsão; porque, bem posso « dizel-o, fomos companheiros no novi- « ciado e ahi representávamos um perfei- « tissimo antagonismo. » O que sorprende particularmente na lei- tura dessas peças, é encontrar-se nellas, em cada pagina,os signaes da actividade oceul- ta e entretanto toda poderosa de uma mui famosa congregação. Queremos fallar da seita dos, jesuítas cuja acção deve, se não so tomar cuidado, trazerem um próximo futuro a completa ruina da unidade catholica. Estabelecida e dirigida com um fim de do- minio universal, essa sociedado apresenta, noreixos de sua organização, um tal poder de invasão, uma moral tão capeiosa, que não se pôde pensar nella S6m uma espécie de terror» Pôde ser quo seus primeiros fun- dadores não tivessem tido em vista outro objecto senão auxiliar a unidade de crença; pôde ser qué ainda hoje muitos de seus membros estejão de boa fé, e ainontoem artifícios sobre artifícios, hypocrisias sobre hypocrisias, com as melhores intenções do mundo; nãoéo primeiro elemplo de um erro semelhante. Mas a sua acção no mundo não é menos perniciosa: pelo contrario. Os estatutos du sociedade de Jesus pro- hibem a seus membros qualquer ambição pessoal; mas o diabo nada perde com isso. Os bons padres trabalhão com não menos vigor para a exaltação, pára o enriqueci- rauiijo da companhia, cujo brilho e poder r.fl.ótQm-se sobre todos os membros. O orgulho corporativo e todas as paixões do espirito da seita substituem o interesse pes- soai. Em uma palavra, cada umdellesnão é mais umá personalidade'di.lincta: ó« um je.-utta. » ; ,-, si igiçgb% O desinteresse pessoal itinocenta-a seus olhos os actos mais reprehe:<.siveÍ3, ao mesmo tempo que lhes, inspira o orgulhjO da perfeição. E' sempre o ditq^prôfundo def Paschoal: « Quem se quer fazer de- j-iyqfaz debruto. » Nada tom tanta relação com a ar- rogancia comoaexcessiva humildade, e assim é que os jesuítas chegarão a julgarem-se superiores a todos os outros membros do clero, sem dar apreço a nem uma dignidade, por muito elevada que fosse; assim é que elles emprehonderão dominar o mundo ca- tholico em peso. Nada são para si próprios: não uzão títulos sonoros, nem armamentos sumptuosos, nem o baculo, nem a miira, nem mosmo 0 capuz do conego; mas pertencem a uma ordem quo por toda a parte governa e dirige. Os outros tem a appareucia do commando; sós, elles lem a realidade. E em qualquer parte do mundo catholico que se resista á um delles, ou que se lhe faça uma injuria, por pequeno que pareça esse jesuita, elle bom sabe que terá satisfação. E'esta a facção quo governa em Roma ê de que o próprio cardeal Antonelli não é filais do que um instrumento cego. E' ella que hoje continua, contra o direito nacio- nal, a guerra por ella começada, ha trez se- culos, contra a razão e o livre exame; por que são sempre os mesmos principios que se achão em presença. Cn. Sauvkstre. (L Opinion Nalíonak.) são as havião dissipado em parto polo simplas ennunciado do facto. llije a luz é completa; ella surdio bri- lhante das deliberações do senado, que determinarão com precisão a natureza e os limites do mal, quo se queria remediar. O governo, pelo órgão do Sr. Magne, ministro sem pasta, veio desde o começo da discussão, como o dissemos, manter a sfncoridade das allegações olliciaes, por esta enérgica declaração; «Não temos a retratar nom uma palavra, nem um algarismo, o O Sr. Fould deu-se pressa em adherir á estas palavras, e o Sr. do Forcado, prece- dente ministro das finanças, confirmou os algarismos reproduzindo-os. Fica pois bem estabelecido que no prin- cipio deste anno, as finanças da França es- tavão na situação que o governo fez conhecer e que os resultados dos orçamentos que as- signalou, e que nós havíamos copiado do relatório geral das finanças, estão isentos de qualquer contestação. . I Sendo o erro mais fácil de prop3g<r-se do que do se destruir .julgamos útil voltar Àe novo a esses resultados, hoje quo elles receberão tão solemne consagração. Eis aqui pois o balanço fiel dus finanças do segundo império. ;íi«t«.sua subida, recebau elle dos gover- hos precedentes um deficü de 6b2 milhões, resultado dos orçamotstos anteriores. O imperio tevo de receber esses encargos que fazem ainda a maior parle dos deficils e de nossas dilliciildades: mas ó evidente, como o disse o Sr. Fould, que elle não pôde carregar com a sua responsabilidade. •O ullimo orçamento da republica repre- sentava uma insufficiencia de 102 milhões. O primeiro orçamento do novo governo, -le 18o2, deu um grande passo para o equir librio; não teve.senão 2a milhões de déficit. Em 18 53 o déficit estava reduzido a 23 milhões. O déficit de 196 milhões que apresenta o exercicio de 1834 foi devido a duas causas: a guerra do Oriente e o desenvolvimento dos trabalhos públicos; ou, para os annos de 1852,1853 e 1854 241 milhões. que reunidos aos antigos.. 652 » formão um total de 896 » amo-lo, o amo-le muilol... Enlrei no meu quarto, alegre e ufano como se fosse o rei do mundo, porque no dia seguinte, talvez, a mais bella flor da creação, Carolina, seria minha, sim, minha I... todas as alegrias do céo e da tetra conlinhão-se nessas duas pa- lavras, que eu repetia como um insensato percorrendo o meu quarto 1 Deitei-me; mas não pude dormir. Lovan- tei-me, fui á janella e abri-a. O tempo estava soberbo, o céo rad ava de estreílas, o ar parecia embalsamado: a natureza era tão feliz como eu... Julguei que essa natureza plácida, essa noite, esse silencio me acalmarião; o sitio onde passeámos de dia estava perto do mim: quiz beijar o logar em que seus pós pisa- rão... em que se assentou, e sahi do quarlo. duas janellas do castello tinhão luz dentro; erão as da sua câmara. Encostei-me a uma arvore, e preguei os olhos nas ja- nellas. Vi uma sombra; cila ainda não se tinha deitado, vellava, abrazada, talvez, como eu, de pensamento e de desejos de amor... NOSSAS FINANÇAS. Os debates sobre o pr.jecto de senatus- consulto de que o senado tratava, terão no paiz um grande e saiu tar écho. Algumas duvidas se havião espalhado sobre a situação real de nossas finanças. o memorial e o sábio relatório du commis- Em 1852 o governo reem- bolsou aos rendeir»is quo não aceilárão a conversão, um capital de 78 milhões que augmentárão á divida fiucluante, mas que reduzi- rão de outio tanto a divida consolidada. Não se pôde ver nesta operação,comoo disse o Sr. de Forcado, senão a substituição de una divida por outra; ni:is du nem um modo um dejisú do orçameu- to; não obstante deve-se contal-o como um adianta- mento do thesouro. 78 milhões. -_aj.iJML_-« nm/asmÊímÊimim Tinha-se pois em somma total, no fim do exercicio de 1854, quer como déficit do orçamento, quer como adiamonlo 974 milhões. Os cinco exercícios comprehendidos no período de 1855 a 1859 em nada augmon- táião a somma.Náo só os dous últimos desses orçamen- tos (os de 1858 el839) se equilibrarão, mas ainda, depois de haver podido com os recur- sos ordinários do Eslado satisfazer ás neces- sidades de todos os serviços da administra- Ção civil, aos da guerra e da marinha ; de- pois do haver augmentado sobre as mesmas rendas uma somma demais de 60 milhões para a verba dos trabalhos públicos éxtraor- dinarios, esses orçamentos derão, como o verifica o memorial do senatus-consulto, um excedente positivo de receitas de 33 mi- lhões, que foi empregado em extinguir, até á devida concurrencia a divida publica. Eis pnr certo um resultado tão magnífico como incontestável e que um formal desmentido á máxima antiga, de que os orçamentos são apresentados em equilíbrio e sempre encerrados com déficit. Estava reservado ao imperio dar osse bom, exemplo, que náo ó destituído de merito.ro- coiihecel-o-hão, depois das crises de todas as sortes que elle tivera a atravessar o quo erão de natureza a perturbar a marcha ro- guiar das, finanças. ¦ Sendo assim suspenso ha alguns annos os progressos do déficit, o governo, de ac- cordo cora o corpo legislativo, cuidou en» diminuir esse mesmo déficit. Os recursos especiaes que fôrão affeclos a esse objecto pela lei de 19 de Junho de 1857, e aos quo fôrão tirados do próprio fundo do orça- mento e|evárão-se a 231 milhões. Os 974 milhões- de que falíamos fôrão reduzidos, por este meio, a 743 milhões. Basta consultar o relatório geral das fi. nanças para se ficar e mvencido da falsidade das insinuações tendentes a fazer crer qua o governo, apertado por outras necessidades, não havia dado a estes recursos o destino prescripto pela lei. . O seu montante é representado exacto- mente pela differença que existe entre o algarismo dos deficils até o fim de 1854 e dos outros até o fim de 1859. Assim pois, quando começou o anno de 1860, os deficils dos orçamentos, compre- hendendo osutrazados de todos os regimens não se elevavão a uma somma maior de 743 milhões. E' o algarismo estabelecido pela conta das finanças, aífirmado pelo Sr Ma- gne, reconhecido incontestável pelos Srs. Fould e de Forcade. E' verdade que o anno do 1860, em razão das circumstancias de força maior, que se conhecem, augmentará 100 milhões a esses deficils. Porisso o Sr. de Forcade, nocxcellonto discurso que pronunciou no senudo, eslava autorisado a dizer : « No momento em que « fallo, os deficils do thesouro itnputaveis pon A. DUMAS. Visita a um convento de Cartuxos, em cuambery. (Vide o n, 41.) O general partio depois do jantar. 1*6' Támol-o até o fim da rua; e Carolina veio pelo meu braço, mal podendo suster-se. Fallei-lhe no meu amor, e ella não se mos- trou offendida: insisti, & então prohibio-me que o Gzesse, mas com um olhar tão lan- guido, quu não pôde dar a devida expres- são ás suas palavras. A noite passou-se como um sonho. Jo- gou-se, más não sei que jogo; o que sei é que fiquei junto delia, que seus cabellos tte roçarão o rosto ao menor movimento seu, e que minha mão encontrou-se mais de cem vezes com a sua: foi uma noite de delicias... nas minhas veias" havia i Carolina, Carolina I fogo.Immovel, parecia ouvir-me. De repente Chegou a hora de recolher-nos : para ser i precipitou-se para a porta. Oulra sombra completa a minha felicidade mo faltava i appareceu junto da sua; as duas cabeças ouvir da bocea de Carolina estas palavras j locarão-se; a luz apagou-se; dei um grito que vinte vezes lhe repeti baixinho —»\ o alli fiquei arquejanle. Julguei qne me tinha enganado, que tu- do aquillo era um sonho... e não despre- guei os olhos dessas janellas que eu não po- dia transpor. O frade pegou-me mão, e mucbucoua nas suas. ²Ah I senhor, me disse elle; lendes ciu- mes? ²Mataitc-os? perguntei-lhe. Poz-se a rir convulsivamenté, e a chorar ao mesmo tempo. E de repente levantou-se, cruzou us mãos para traz e soltou gritos inarticulados. Levantei-me, agarrei-o pela cintura, e disse-lhe: ²Coragem, meu padre.. .animo I ²Amava tanto a essa mulher, por quem era capaz de dar o ultimo sopro devida, a minha ultima gola de sangue, os meus pensamentos, e a minha alma! Essa mulher, senhor,me perderá neste mundoe nooutro, porque hei de morrer pousando nella, em logar de pensar em Deos. ²Meu padreI exclamei. ²Pois não estaes vendo que durante seis annos que estou enterrado vivo neste sepulchro, esperando que a morle que nelle habita^mataria o meu amor, não ha dia em que eu não peça a Deos perdão dos meus peccados, não ha noito em que eu não chore E abrio o borel, .e. mostrou-me o peilo lacerado pelo cilicio que trazia erícostadu á pelle. ²Vede, me disse elle. ²Mataste-os, sempre, retorqui. ²Ohl O que fiz foi peor, respondeu elle. O unico meio que linha de esclarecer as minhas duvidas era esperar, até que ama- nhecesse o dia, uo corredor em que dava a porta do quarto de Carolina, e ver quem delle sahiria. ²Não sei quantas horas fiquei alli: a desesperação e a alegria calcnlão mal o tem- po. O dia vinha clareando quando essa poria abriose; ouvi Carolina dizer em voz baixa: . ²Adeos, meu querido Manoel!... até amanhã! E depois a poria fechou-se, e Manoel pas- sou rente do mim.'... Vobei para o meu quarto e cahi sobre o assoalho, e deixandi todos os meios de vin- gança, e invocando Satanaz para que me lembrasse um. Concebi um que mo pareceu infallivel, e então soceguei. A' hora do almoço desci. Carolina dé- fronte de um espelho pregava alguns en eiles na cabeça ²Eo que causou a vossa insotnnia? acrescentou sorrindo-se. ²Uma caria que rscebi honiem depois que vos ^deixei, e que obriga-mo a ir a Pariz. ²Por muito tempo? ²Por om dia. ²Mas um dia depressa se passa. ²E' um anno ou uma hora. ²E como classificaes o dia de hontem? ²Entreosdias de felicidade: nem sem- pre assim acontece, porque chegando a certo gráo, a felicidade, não podendo augmentar, diminue. Quando os antigos chegavão á esse ponto, aliravão algum ob- jecto precioso no mar para conjurarem os demônios. E eu devia ter feilo o mesmo honiem. ²Sois uma criança, me disse ella; dan- do-me o braço para ir, á sala de jantar. Procurei Manoel com os olhos, mas elle tinha ido caçar. Oh! erao ambos tão sa- gazes que nem um olhar os poderia alraiçoar! Depois do almoço pedi a Carolina que escrevesse n'uma tira de papel o nome do seu fornecedor de musicas, porque queria comprar algumas peças. Ella escreveu esse nome, e deu-m'o. Era quanto me bastava. Mandei sellaro meu csvall.), em logar de servir-me do meu tilbury: era-:ne necessa- Cheguei-me a olla, que vendo-me no es amarguradamente. ..equeno entretanto a j p.llio estremeceu e voltou-se dizendo-me . lembrança dessa mulher não saeda minha —Que tendes que estaes tão pallido V.rio andar depressa, mente...I —Nada, minha senhora, dormi mal.Carolina veio á poria para ver-me partir: emquanto não a perdi de vista fiz o eavallo andar de vagar, mas assim que me sumi delia deitei-o a correr, o em 2 horas andou o pobre animal dez léguas. Chegando á Pariz, passei pelo escripto- rio do banqueiro de minha mãi: pedi-lhe trinta mil francos; e d'ahi fuiá casa de Ma- noel. Mandei chamar o seu criado partL cular: depois fechei-me com elle na sala e disse-lhe: ²Tom, queres ganhar 20,000 fiancos. Tom arregalou os olhos. ²20,000 francos? ²Sim, 20,000 francos. ²Se osquèro ganhar... certamente quo simi ²Se não me engano serias capaz de fazer pela metade uma acção peor do que a que venho propôr-te. Tom sorrio-se. ²O senhor não me está lisongeando? disse elle. ²Não, porque conheço-te. —¦ Pois então faltae. ²Ouye. E mostrei-lhe a tira de papel em que Corolina havia escripto. ²Teu amo recebe cartas com esla letra? perguntei-lhe ao mesmo tempo. ²Sim, senhor. ²E'on'.le as guarda? ²Ni sua secretaria. ²Eu exijo todas essas cartas. Aqui estão 5,000 francos adiantados: os outros ILEGÍVEL-

PílBHEÍf! H A TA fl 111?é.vio Vi ii,*; - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090000/per090000_1862_00042.pdf · Receberá annuucios aos preços seguiutes: 60 rs. por linha para os que

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Receberá annuucios aos preços seguiutes: 60 rs. por linha para os que liverem d^ sahir por ura le;upo tletcr.niiiido e 80 rs. por liulü dis avulsos.

ASSIGHATÜ.US.rRoviwci.vs.

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PO- IllES HEZES. . .

VI-.:

20*00»1O5ÍC0O

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0 CLERO ITALIANO.

Foi em França que se inventou esta pit-toresca expressão: « Mais realista do queorei. »Poder-se-hia applical-a, com umavariante, á maioria de nossos bispos, quese raostrâo mais romanos do que o próprioclero -a cidade eterna, do sorto que oepilheto de ultramontànos tornou-se umcontra-senso.

O clero italiano, com effeito, não tardoua perceber que a política anti-nacional dasanta sé, os conduzia a um schisma; e tratade indagar se devia levar a submissão ao

ponto de se tornar complice de uma ce-

gueira, que ameaça causar na igreja uma

profunda dilaceração. Alguns espíritos emi-nentes derão então osignalde uma prudenteresistência. Elles acharão na Itália assenti-mento e concurso; não, por certo, entre oshomens que a ambição 0 o interesse tomão-Urdosávoz da justiça; mas em todos oscorações honestos e sinceramente religio-fios»

flerá esse exemplo seguido em França ?besejariámos esperal-o; e è em auxilio disso

que recommendamos uma brochura impor-tanta» quo acaba tle se imprimir na livraria

Dentu, sob o titulo: A côrle de Roma e os

jesuítas.:Esse livro é a collecção das peças rela-

tivas á demissão do cardeal d'Andréa e ácoudemnação de monsenhor Li vera ni edo, conego RealL Q processo acho-se, assimapresentado á opinião, e submeltido ao

julgamento da igreja inteira, sacerdotes efieis, segundo o bom e antigo costume, que.é o unico conforme á justiça eá verdade.

Eis pois, sem contar o padre Passaglia,trez homens eminentes do clero de Romaque, posto aflirmando seu respeito pelo so-berano pontífice e sua orthodoxia, ousãoprotestar em alta voz contra a tyrannia doprincipio temporal e sobretudo contra asperniciosas doutrinas que tendem á con-fundir os interesses mundanos com as cou-sas da fé.

E'sabido em quecircumstancias o cardeald'Andréa se demitlio de suas funcçôes deprefeito da congregação do Index. Ita muitotempo os professores de philosoptya e detheulogia da universidade catholica de Lou-vain estão de rixa com o padre Perrone dacompanhia de Jesus, sustentado pelo Sr.Malou, bispo de Bruges. Trata-se do «radie-cianalismo. do racionalismo, e ha segura-mente vinte annos que isto dura. A questãoapresenta esta singular anomalia, que sãoos jesuítas que sustentão aqui a razãocontra as.traducções; sim, esles mesmospadres, que não admittem o exercicio darazão em matéria politica, o reivindicãopelas cousas dá'fé; de ondo as más línguaspoderião concluir, quo não são os interes-ses da fé que mais os loção.

Os professores du universidade de Lou-

vain havião submeltido suas doutrinas aoexame da sagrada congregação do Index,quo se- pronunciara om seu favor» Mastanto fizeruó os Jo§uitas.# com elles o Sr.Malou, què obtiverão," que apezar dissoa questão seria levada ao santo officio, pe-rante o qual fôrão os professores dè Lou-vain aceusados de heterodoxia. Foi entãoque o cardeal d'And'réa deu à sua demis-são e publicou a correspondência, o quefaz grande barulho em Romai

Sabendo õ papa da demissão do cardeald'Andreá, declarou que nada se faria emcontrario á decisão du congregação do In-dex, e ordertoü que se escrevesse ao arce-bispo de Bruges, o Sr. Malou, recommen-dando-lhe prudência.

Quanto a monsenhor Liverani e ao Sr.Reali, fôrão castigados com a expulsão eexcomunhão mesmo, por terem escripto emfavor da unidade italiana, contra o podertemporal da santa sé.

A brochura da que falíamos, e que',quasi um livro, conlém a correspondênciatrocada por oecasião desses trez processos.Ahi s. eiicontrão peças muilo importantes,cuja leitura nos parece boa de recommen-dar aos que tem necessidade de ser edi-ficados sobre a questão romana. .

Eis um curioso fragmento copiado de umadas cartas escriptas pelo Sr. Reali, parasua defeza.

Entre os factos que lho imputão comocrime,, seus inimigos fazem sobresahir so-bretudo as suas ausências. Elle as justificaumas depois das outras:

« Habitando em Tano, em 18"i9, fui de-« nunciado, não sei por quem, ao santo« padre, como. partilhando opiniões libe-« raes.bera que nenhuma parte eu houves-« se tomado, como a isso me obrigavão os«meus deveres, no movimento nacio-« nal. Fui por vós caritativamente avi-« sado de que se tratava de repelir com-« migo o acto iniquo consummado em de-« trimeutodo exemplarissimo padre D. Eva-ts risto Francolini, que, sem attenção ao seu« caracter sacerdotal, conceito publico e« integridade de sua vida , foi agarrado«pelos gendarmes pontifícios) em pleno« dia, em sua pacifica morada ; e, apezar« das lagrimas de uma velha mãi, de quem« era o unico sustentaculo, transferido a« Roma, para as prisões do santo officio/« de onde foi solto dopois de quatro« mezes de soffrimentos, porque não se« achava nem uma matéria para começar« um processo. Segundo o vosso fraternal« aviso, refugiei-me em Bolonha, e vivi ob-« scuro e ignora Io de todos em meu claus-« tro de S. Salvador, somente oecupado« com meus exercícios religiosos. Vós, que« vistes essa fuga necessária e legitima, a« lolerastes, dissimulastes, etc... »

Esta carta é dirigida ao P. abba le geraldos'conegosde Lalran, seu superior directo.O Sr. Reali falia depois de suas outras au-sancias, que tiverão por motivo interceder

junto do governo italiano.que se poupassemos conventos fulminados de dissolução pelodecreto Valorio.

O Sr. Reali emprehendeu essas tarefaspelo pedido dos superiores dos conventosántôaçádós, e leve de Iodas as vê-., a satis-facão de ser bem suecedido.

« Ea tive o prazer, disse elle, de encon-trar nos ministros do nosso heróico rei muitomais condescendência, muito mais justiça,muito mais caridade do que sa encontraii.3 agentes da côrle de Roma. >">

Citaremos ainda a edificante passagem,em que compara o tratamento que lhe fa-_era soffrer com os processos empregadosem uma oecasião b.m differente:

« Nossa communidade nno foi man-« chada senão por um unico culpado, o« chamado Vicenzo Tiz.ani, que entrou« entre nós á força de intrigas e de fraudes;« que bem depressa pelos mesmo^pios,« predominou a nossa infortunada congre-« gação, o que, depois de a haver reduzido« sob sua autoridade, depois de havel-a« de mil modos desuui io, lançando nella« a discórdia e o escândalo, roubo-a em« diversos milhares de escudos, dos quaes« seis mil poderão ser' verificados como« sendo um roubo injustificável. O delicio« era patente e provado. Essa mesma con-« gregação devia julgal-o; posto quo de« deum grão inferior, quizerão ainda, nessa« epocha, separar a ovelha sarnenta, sepa-« rare ovem morbidam a suis confratibus, e« pènsou-se em desviar prescripções cano-« nicas.

.« Mas a questão foi conduzida com um« methodo muito differente do empre-« gado para commigo. i ovelha sarnenta« foi transformada em pastor, o delin-« quente culpado de roubo, muito quali-« ficado, foi feito bispo de Temi; o des-« valido em sua diocese foi notado ad« vomitum reunisse; foi de novo chamado« a Roma, onde não lhe faltarão outras« honras, outros cargos; o caideal Anto-« nelli o aproveitou para fazer delle um« recrutador de salleadores, e o mandou a« Nápoles para recrutar os mercenários« suissos dissolvidos, em quanto o ponti-« fice actual tomava á si o cuidado de saldar« por elle a sua conta coma nossa con-« gregação, bem.entendido, reduzindo o

FOLMETIM BO lOltHEl) BA TAüDE

IMPRESSÕES DE VIAGEM

« debito de seis md escudos a trez mil. Se« se deu a este indivíduo um bispado como« correição, era muito justo que me des-« sem a expulsão; porque, bem posso« dizel-o, fomos companheiros no novi-« ciado e ahi representávamos um perfei-« tissimo antagonismo. »

O que sorprende particularmente na lei-tura dessas peças, é encontrar-se nellas, emcada pagina,os signaes da actividade oceul-ta e entretanto toda poderosa de uma muifamosa congregação.

Queremos fallar da seita dos, jesuítascuja acção deve, se não so tomar cuidado,trazerem um próximo futuro a completaruina da unidade catholica.

Estabelecida e dirigida com um fim de do-minio universal, essa sociedado apresenta,noreixos de sua organização, um tal poderde invasão, uma moral tão capeiosa, que nãose pôde pensar nella S6m uma espécie deterror» Pôde ser quo seus primeiros fun-dadores não tivessem tido em vista outroobjecto senão auxiliar a unidade de crença;pôde ser qué ainda hoje muitos de seusmembros estejão de boa fé, e ainontoemartifícios sobre artifícios, hypocrisias sobrehypocrisias, com as melhores intenções domundo; nãoéo primeiro elemplo de umerro semelhante. Mas a sua acção no mundonão é menos perniciosa: pelo contrario.

Os estatutos du sociedade de Jesus pro-hibem a seus membros qualquer ambiçãopessoal; mas o diabo nada perde com isso.Os bons padres trabalhão com não menosvigor para a exaltação, pára o enriqueci-rauiijo da companhia, cujo brilho e poderr.fl.ótQm-se sobre todos os membros. Oorgulho corporativo e todas as paixões doespirito da seita substituem o interesse pes-soai. Em uma palavra, cada umdellesnãoé mais umá personalidade'di.lincta: ó« umje.-utta. » ; ,-, si igiçgb %

O desinteresse pessoal itinocenta-a seusolhos os actos mais reprehe:<.siveÍ3, aomesmo tempo que lhes, inspira o orgulhjOda perfeição. E' sempre o ditq^prôfundo defPaschoal: « Quem se quer fazer de- j-iyqfazdebruto. » Nada tom tanta relação com a ar-rogancia comoaexcessiva humildade, e assimé que os jesuítas chegarão a julgarem-sesuperiores a todos os outros membros doclero, sem dar apreço a nem uma dignidade,por muito elevada que fosse; assim é queelles emprehonderão dominar o mundo ca-tholico em peso.

Nada são para si próprios: não uzão títulossonoros, nem armamentos sumptuosos, nemo baculo, nem a miira, nem mosmo 0 capuzdo conego; mas pertencem a uma ordemquo por toda a parte governa e dirige. Osoutros tem a appareucia do commando; sós,elles lem a realidade. E em qualquer parte domundo catholico que se resista á um delles,ou que se lhe faça uma injuria, por pequenoque pareça esse jesuita, elle bom sabe queterá satisfação.

E'esta a facção quo governa em Roma êde que o próprio cardeal Antonelli não éfilais do que um instrumento cego. E' ellaque hoje continua, contra o direito nacio-nal, a guerra por ella começada, ha trez se-culos, contra a razão e o livre exame; porque são sempre os mesmos principios quese achão em presença. •

Cn. Sauvkstre.(L Opinion Nalíonak.)

são as havião dissipado em parto polosimplas ennunciado do facto.

llije a luz é completa; ella surdio bri-lhante das deliberações do senado, quedeterminarão com precisão a natureza e oslimites do mal, quo se queria remediar.

O governo, pelo órgão do Sr. Magne,ministro sem pasta, veio desde o começoda discussão, como o dissemos, manter asfncoridade das allegações olliciaes, por estaenérgica declaração; «Não temos a retratarnom uma palavra, nem um algarismo, o

O Sr. Fould deu-se pressa em adherir áestas palavras, e o Sr. do Forcado, prece-dente ministro das finanças, confirmou osalgarismos reproduzindo-os.

Fica pois bem estabelecido que no prin-cipio deste anno, as finanças da França es-tavão na situação que o governo fez conhecere que os resultados dos orçamentos que as-signalou, e que nós havíamos copiado dorelatório geral das finanças, estão isentos de

qualquer contestação. .I Sendo o erro mais fácil de prop3g<r-se

do que do se destruir .julgamos útil voltarÀe novo a esses resultados, hoje quo ellesreceberão tão solemne consagração. •

Eis aqui pois o balanço fiel dus finançasdo segundo império.;íi«t«.sua subida, recebau elle dos gover-hos precedentes um deficü de 6b2 milhões,resultado dos orçamotstos anteriores.

O imperio tevo de receber esses encargosque fazem ainda a maior parle dos deficilse de nossas dilliciildades: mas ó evidente,como o disse o Sr. Fould, que elle não

pôde carregar com a sua responsabilidade.•O ullimo orçamento da republica repre-

sentava uma insufficiencia de 102 milhões.

O primeiro orçamento do novo governo,-le 18o2, deu um grande passo para o equirlibrio; não teve.senão 2a milhões de déficit.

Em 18 53 o déficit estava reduzido a 23milhões.

O déficit de 196 milhões que apresenta oexercicio de 1834 foi devido a duas causas:a guerra do Oriente e o desenvolvimento dostrabalhos públicos; ou, para os annos de1852,1853 e 1854 241 milhões.

que reunidos aos antigos.. 652 »

formão um total de 896 »

amo-lo, o amo-le muilol... Enlrei no meuquarto, alegre e ufano como se fosse o reido mundo, porque no dia seguinte, talvez,a mais bella flor da creação, Carolina, seriaminha, sim, minha I... todas as alegrias docéo e da tetra conlinhão-se nessas duas pa-lavras, que eu repetia como um insensatopercorrendo o meu quarto 1

Deitei-me; mas não pude dormir. Lovan-tei-me, fui á janella e abri-a. O tempoestava soberbo, o céo rad ava de estreílas,o ar parecia embalsamado: a natureza eratão feliz como eu...

Julguei que essa natureza plácida, essanoite, esse silencio me acalmarião; o sitioonde passeámos de dia estava perto do mim:quiz beijar o logar em que seus pós pisa-rão... em que se assentou, e sahi doquarlo.

Só duas janellas do castello tinhão luzdentro; erão as da sua câmara. Encostei-mea uma arvore, e preguei os olhos nas ja-nellas.

Vi uma sombra; cila ainda não se tinhadeitado, vellava, abrazada, talvez, como eu,de pensamento e de desejos de amor...

NOSSAS FINANÇAS.Os debates sobre o pr.jecto de senatus-

consulto de que o senado tratava, terão no

paiz um grande e saiu tar écho.Algumas duvidas se havião espalhado

sobre a situação real de nossas finanças. Jáo memorial e o sábio relatório du commis-

Em 1852 o governo reem-bolsou aos rendeir»is quonão aceilárão a conversão,um capital de 78 milhões

que augmentárão á dividafiucluante, mas que reduzi-rão de outio tanto a dividaconsolidada. Não se pôde vernesta operação,comoo disseo Sr. de Forcado, senão asubstituição de una divida

por outra; ni:is du nem ummodo um dejisú do orçameu-to; não obstante deve-secontal-o como um adianta-mento do thesouro. 78 milhões.

-_aj.iJML_-« nm/asmÊímÊimim

Tinha-se pois em sommatotal, no fim do exerciciode 1854, quer como déficitdo orçamento, quer comoadiamonlo 974 milhões.

Os cinco exercícios comprehendidos noperíodo de 1855 a 1859 em nada augmon-táião a somma. •

Náo só os dous últimos desses orçamen-tos (os de 1858 el839) se equilibrarão, masainda, depois de haver podido com os recur-sos ordinários do Eslado satisfazer ás neces-sidades de todos os serviços da administra-Ção civil, aos da guerra e da marinha ; de-pois do haver augmentado sobre as mesmasrendas uma somma demais de 60 milhõespara a verba dos trabalhos públicos éxtraor-dinarios, esses orçamentos derão, como overifica o memorial do senatus-consulto,um excedente positivo de receitas de 33 mi-lhões, que foi empregado em extinguir,até á devida concurrencia a divida publica.

Eis pnr certo um resultado tão magníficocomo incontestável e que dá um formaldesmentido á máxima já antiga, de que osorçamentos são apresentados em equilíbrioe sempre encerrados com déficit.

Estava reservado ao imperio dar osse bom,exemplo, que náo ó destituído de merito.ro-coiihecel-o-hão, depois das crises de todasas sortes que elle tivera a atravessar o quoerão de natureza a perturbar a marcha ro-guiar das, finanças. ¦

Sendo assim suspenso ha alguns annosos progressos do déficit, o governo, de ac-cordo cora o corpo legislativo, cuidou en»diminuir esse mesmo déficit. Os recursosespeciaes que fôrão affeclos a esse objectopela lei de 19 de Junho de 1857, e aos quofôrão tirados do próprio fundo do orça-mento e|evárão-se a 231 milhões.

Os 974 milhões- de que falíamos fôrãoreduzidos, por este meio, a 743 milhões.

Basta consultar o relatório geral das fi.nanças para se ficar e mvencido da falsidadedas insinuações tendentes a fazer crer quao governo, apertado por outras necessidades,não havia dado a estes recursos o destinoprescripto pela lei. .

O seu montante é representado exacto-mente pela differença que existe entre oalgarismo dos deficils até o fim de 1854 edos outros até o fim de 1859.

Assim pois, quando começou o anno de1860, os deficils dos orçamentos, compre-hendendo osutrazados de todos os regimensnão se elevavão a uma somma maior de 743milhões. E' o algarismo estabelecido pelaconta das finanças, aífirmado pelo Sr Ma-gne, reconhecido incontestável pelos Srs.Fould e de Forcade.

E' verdade que o anno do 1860, emrazão das circumstancias de força maior,que se conhecem, augmentará 100 milhõesa esses deficils.

Porisso o Sr. de Forcade, nocxcellontodiscurso que pronunciou no senudo, eslavaautorisado a dizer : « No momento em que« fallo, os deficils do thesouro itnputaveis

pon

A. DUMAS.Visita a um convento de Cartuxos, em

cuambery.

(Vide o n, 41.)

O general partio depois do jantar. 1*6'Támol-o até o fim da rua; e Carolina veiopelo meu braço, mal podendo suster-se.Fallei-lhe no meu amor, e ella não se mos-trou offendida: insisti, & então prohibio-meque o Gzesse, mas com um olhar tão lan-guido, quu não pôde dar a devida expres-são ás suas palavras.

A noite passou-se como um sonho. Jo-gou-se, más não sei que jogo; o que sei éque fiquei junto delia, que seus cabellostte roçarão o rosto ao menor movimentoseu, e que minha mão encontrou-se maisde cem vezes com a sua: foi uma noitede delicias... nas minhas veias" havia i Carolina, Carolina Ifogo. ;¦ Immovel, parecia ouvir-me. De repente

Chegou a hora de recolher-nos : para ser i precipitou-se para a porta. Oulra sombracompleta a minha felicidade só mo faltava i appareceu junto da sua; as duas cabeçasouvir da bocea de Carolina estas palavras j locarão-se; a luz apagou-se; dei um gritoque vinte vezes lhe repeti baixinho • —»\ o alli fiquei arquejanle.

Julguei qne me tinha enganado, que tu-do aquillo era um sonho... e não despre-guei os olhos dessas janellas que eu não po-dia transpor.

O frade pegou-me ná mão, e mucbucouanas suas.

Ah I senhor, me disse elle; lendes ciu-mes?

Mataitc-os? perguntei-lhe.Poz-se a rir convulsivamenté, e a chorar

ao mesmo tempo. E de repente levantou-se,cruzou us mãos para traz e soltou gritosinarticulados.

Levantei-me, agarrei-o pela cintura, edisse-lhe:

Coragem, meu padre.. .animo IAmava tanto a essa mulher, por quem

era capaz de dar o ultimo sopro devida,a minha ultima gola de sangue, os meuspensamentos, e a minha alma! Essa mulher,senhor,me perderá neste mundoe nooutro,porque hei de morrer pousando nella, emlogar de pensar em Deos.

Meu padreI exclamei.Pois não estaes vendo que durante

seis annos que estou enterrado vivo nestesepulchro, esperando que a morle que nellehabita^mataria o meu amor, não ha dia emque eu não peça a Deos perdão dos meuspeccados, não ha noito em que eu não chore

E abrio o borel, .e. mostrou-me o peilolacerado pelo cilicio que trazia erícostaduá pelle.Vede, me disse elle.

Mataste-os, sempre, retorqui.Ohl O que fiz foi peor, respondeu

elle. O unico meio que linha de esclareceras minhas duvidas era esperar, até que ama-

nhecesse o dia, uo corredor em que dava

a porta do quarto de Carolina, e ver quemdelle sahiria.

Não sei quantas horas fiquei alli: a

desesperação e a alegria calcnlão mal o tem-

po. O dia vinha clareando quando essa

poria abriose; ouvi Carolina dizer em voz

baixa: .Adeos, meu querido Manoel!... até

amanhã!E depois a poria fechou-se, e Manoel pas-

sou rente do mim.'...Vobei para o meu quarto e cahi sobre o

assoalho, e deixandi todos os meios de vin-

gança, e invocando Satanaz para que me

lembrasse um.Concebi um que mo pareceu infallivel, e

só então soceguei.A' hora do almoço desci. Carolina dé-

fronte de um espelho pregava alguns en

eiles na cabeça

Eo que causou a vossa insotnnia?acrescentou sorrindo-se.

Uma caria que rscebi honiem depois

que vos ^deixei, e que obriga-mo a ir aPariz.

Por muito tempo?Por om dia.Mas um dia depressa se passa.E' um anno ou uma hora.E como classificaes o dia de hontem?Entreosdias de felicidade: nem sem-

pre assim acontece, porque chegando acerto gráo, a felicidade, não podendoaugmentar, diminue. Quando os antigoschegavão á esse ponto, aliravão algum ob-

jecto precioso no mar para conjurarem osdemônios. E eu devia ter feilo o mesmohoniem.

Sois uma criança, me disse ella; dan-do-me o braço para ir, á sala de jantar.

Procurei Manoel com os olhos, mas elle

tinha ido caçar. Oh! erao ambos tão sa-

gazes que nem um só olhar os poderiaalraiçoar!

Depois do almoço pedi a Carolina queescrevesse n'uma tira de papel o nome doseu fornecedor de musicas, porque queriacomprar algumas peças. Ella escreveu esse

nome, e deu-m'o. Era quanto me bastava.Mandei sellaro meu csvall.), em logar de

servir-me do meu tilbury: era-:ne necessa-Cheguei-me a olla, que vendo-me no es

amarguradamente. ..equeno entretanto a j p.llio estremeceu e voltou-se dizendo-me .lembrança dessa mulher não saeda minha —Que tendes que estaes tão pallido V.rio andar depressa,

mente... I —Nada, minha senhora, dormi mal. Carolina veio á poria para ver-me partir:

emquanto não a perdi de vista fiz o eavalloandar de vagar, mas assim que me sumidelia deitei-o a correr, o em 2 horas andouo pobre animal dez léguas.

Chegando á Pariz, passei pelo escripto-rio do banqueiro de minha mãi: pedi-lhetrinta mil francos; e d'ahi fuiá casa de Ma-noel. Mandei chamar o seu criado partLcular: depois fechei-me com elle na salae disse-lhe:

Tom, queres ganhar 20,000 fiancos.Tom arregalou os olhos.

20,000 francos?Sim, 20,000 francos.Se osquèro ganhar... certamente quo

simiSe não me engano serias capaz de

fazer pela metade uma acção peor do quea que venho propôr-te.

Tom sorrio-se.O senhor não me está lisongeando?

disse elle.Não, porque conheço-te.

—¦ Pois então faltae.Ouye. E mostrei-lhe a tira de papel

em que Corolina havia escripto.Teu amo recebe cartas com esla letra?

perguntei-lhe ao mesmo tempo.Sim, senhor.E'on'.le as guarda?Ni sua secretaria.Eu exijo todas essas cartas. Aqui

estão 5,000 francos adiantados: os outros

ILEGÍVEL-

lia—¦ p——4—i

« ao governo imperial, reduzem-se á soca»';'« ma. de 100 milhões.»^Íi^o'àáci\a\kd^M20Ò milhões previsto*s pira 186íye quôiiâopesa sobre o thesouro senão'para óftixndo anno próximo, a part^ciidp^ imperio> tiodéficit geral será pois de 300 milhões.^;

Trezentos milhões léí porque caúSas?tratado de çoiumercio, òccopá«jaosdé Roma,expedição da Syria, guerra da"China eda'Conchinchina; despezas foituitos, eXUaor-dinarias, essencialmente exlra-orçamenta-rias, para as quaes, segundo a expressãodo Sr. Fould, devia-se talvez ter creado re-cursos especiaes, |

Mas, se. não se recorreu á um empréstimoantecipado, que seria para essas operaçõesmilitares tâo legitimo como para as guerrasda Criméa e da Italia, è porque (o: prece-dente ministro das finanças nol-o disse) éporque, de uma parte, o interesso políticodominou o interesse financeiro, o por outrolado, « havia na situação financeira comque satisfazei á Iodas as exigências. »;,Lemos, com effeito, na pagina 444 do

relatório geral das finanças, que no Io deJaneiro de -1860" o thesouro tinha na caixacentral ou no banco, mais de 300 milhõesem numerário, e 267 milhões em valoresdo carteira.

O honrado Sr. Fould féz conhecer poruma palavra o segredo das inquietaçõestío mal fundadas da opinião. A sua memo-ria ao imperador não era destinada á pu-bjicidadej era feita para homens versadosnas materias das finanças e para os quaesos algarismos nào tinhão necessidade deexplicação; ospormenoresque o ministroforneceu ao senado não deixão subsistirnem uma duvida a este respeito.

Esses famosos 1,000 milhões, que pro-durirão o effeito de uma revelação inexpe-rada; esses famosos 1,000 milhões, pois, dequeseapoderou amalevolencía.e deque ellanão receiou carregar Iodos as pretenças pro-digalidades ao imperio, é simplesmente ototal proveniente da addição: Io dos 652milhões dos governos anteriores; 2« dos78milhões reembolsados aos rendeiros em1852; 3o dos 300 milhões devidos ás opera-ções militares de 1869 e de 1860.

A opinião, agora esclarecida, pôdeapreciar com justiça a gestão financeirado império. Nos dez orçi> mentos que lhepertencem, dous não apresentarão senãoinsufficiencias do receitas relativamentemuito reduzidas, e equilibrarão cerca dcuns vinte mdhões, trez não creárão nem umdéficit; dous derão oxcedontes de Teceitaatfectos á extineção da divida. Os deficitsdqs trez oulros são devidos á circumstan-cias de guerra que, por.sua natureza, nãoentrão no quadro dos orçamentos ordina-rios.

Esses 1,000 milhões, compostos como sedisse, serão um embaraço real para as fi-

, nanças ? Não, disse o Sr. Fould; demais,esse algarismo não se produz pela primeiravez, e a massa dos deficits tem sido tão con-sideravel em epochas que os : recursos dopaiz êstavão longe do desenvolvimento queboje alcançarão.

Leu BeiuMít.... ,/¦¦:,'•.. (LaPalrie)

INTERIOR.Itarauhftt».S. Luiz, 6 «lo Fovureiro «Ie l86i.

Meu caro redactor.—Muitas venturas e amelhor saude lhe deseja o seu humilde cor-respondente. Não posso deixar de agrade-cer-lhe o bom acolhimento que tem V. S.dado ás minhas rudes missivas,honrando ascom a publicação no seu illustrado jornal;

por tanto- p'meu. sinc^fo^Vmiéci-mento.

". ", ....' . 5% » Ò-'-^ abundância de.raáteriasnãóòonsentto,

que na minha ultima missiva tratasse doresultado do^êxsroe que procedeu a^com-missão nomeada pelo ex-presidéhte o Sr.Primo de Aguiar para examinar o'estado daobra.do encanamento' das agÜasddVAiiil,que a respectiva companhia ou directoriadeu por prompta e perfeitamente acabada;e tendo-me apenas compromettido a dizeralguma cousa por esta oecasião, vou cum-prir com esse dever.

Consta-me, que a referida commissão,entrando na execução de sua incumbência,se vira bastante embaraçada por não existira planta e plano descriplivo da obra, por.que só era vista de taes preços poderia co-nhecer e avaliar da perfeição ou imperfei.ção delia, notar-lhe os defeilos e marcar asiiifracções do contrato; o os desvios daobra projectada e plaaoada.

Na falta desses dados, a commissão sedirigio ao gerente, e pedio que lh'os for-necesse, o qual respondera, que o encana-mento e toda a mais obra fôrão feitos somplanta o ?o«n plano descriptivo, que sendoreconhecida a inexequibilidade da plantae plano que havia traçado o engenheiro Dr.Raymuudo Teixeira Mendes, elle gerente re-cebera ordem do goveruo para fazer a obrasem taes dados, a qual era a que se apresentava á vista da commissão.

Em vista do exposlo, conheceu desdelogo a commissão, que a obra foi feita semestudos prévios, e sem os cálculos e regrasaconselhadas pela3 hydrologia; que poresta falta achou ella no exame que fez, quea obra resente-se de tão |.'andes e impor-tantes defeitos e erros tão treviaes na suaconstrucção, e ainda no seu machinismo,que facilmente prognoslicão não só a poucaduração que ha de ter, como tambem apouca capacidade que se lhe conhece paraabastecer d'agua a população da capital.

A' esses.dcfeitos reaes e da maior impor-tancia juntou a commissão outros que notounos seguintes termos:

1/ Que a água encanada do Anil é pre-judicial á salubridade publica pela ímpu-reza que lhe resulta do immundo açudedonde ella parle para os canos; cujo açudefeito em um rio que vem de longe acar-retando em seu curso immundicies que pro-dozem essa corruptibilidade e impurezaque se observa, existe além disso no mais-péssimo estado de aceio e limpeza acrescendo que nesse mesmo açude são as águascorrompidas pela lavagem de roupas quenella se faz e de muitos outros objectos quenelle se lavão.

2.* Que as caixas ou depósitos d'«.gua sãode fraca construcção, c não poderão indu-bitavelmcnle resislir á força d'agua pormuito tempo.

3." Que as machinas montadas no Anilreseutoin-se tombem de fraca construcção e«lo pequena capacidade para o fim á quesfio destinadas.

k." Que todo o encanamento de alvenariaé fraco, e não obstante trabalhar só uraamachina e a meia força, mesmo assim, comdifliculdade supporta elle a pressão d'agua,que em parte se escapa por cima dos canosque nenhuma duração otferecem, os quaespara serem limpos é necessário que se des-faça a coberU que é feita de tijolo deitadoe coberto de um simples enchimento debarro,.cal e pequenas pedras, de 3 a 4 pol-legadas de espessura I

«V Que por falta de uni nivelamentoregular, a água sobrepuja sobre os canos,vom a face da lerra a ponto de em muitaspartes cobrir os canos com.mais de palmo

aVgua^produzindo assim um lamácaí ín-commodo. :MWfr~ ^'"QuefinalmVfyè^m^ eim-" sè'mostr^o^ãtfávèl odèsi^ícícv^o' imposú

tr\/Mtf:AB/Wk/\fl a-i/ll n Jê nn ' •?_ 11 - -1 /a».L ' .1 -" ' nar> « Anlun -*-*•« n Ia ri n r\r\e. tfttf\ svi lil Ini.nn siAbmS n»

. 6.° Que os canos; dp ferro que commu-.nicão com os de alvenaria no logar—CaboVerde—, estão collocados á grande profun-didade da terra que os cobre com grandis-simo peso; que por informações do gerenteconsta que nas juneturas delles se empregouuma argamassa de cal, óleo e estopa; estemixto fácil e brevemente apodrece, arruina-se a tal, argamassa, e a conseqüência é odesconcerto, dos çaiios o eis destruído oencanamentol íMt»".:

Que achou reprehensivel e indesculpávelesle erro, por saberem todos que o betumedo ferro é o chumbo Unico preferido paraligação de quaesquer peças de ferro.

7.° Que os canos de ferro collocados atéchegar á machina do morro do-—Castro—achão«se á superfície do solo expostosjeáacção do tempo e facilmente oxydào-se e sedestroem, acrescendo que o seu assenta-menlo ó muitíssimo imperfeito e irregular.

8.° Que a água que chega ao deposito domorro do Castro é metade da que pelapressão da machina do Anil ó lançada nocano conduetor; que esáa agtia ô precisocorrer por um quarto de hora para a ma-china poder trabalha." só trez minutos 1

9.° Que tendo a machina do morro doCastro 60 libras de pressão, para poderfunecionar ó necessário o emprego de todaa sua força, o que além do muito perigosoarruina a caldeira.

IO.» Que a água que a machina suspen-de ató é columna que está no ponto maisculminante do morro do Castro, ó condu-zida pelos canos que desse ponto seguempara a caixa d'agua, que existe no Campod'Ouriqüe, os quaes apezar de terem capitei-dade maior do que o cano absorvente .damachina comtudo não recebem toda a águaque a machíua suspende, circumstanciáque obriga a água suspendida a regressarrio volumo de 2 1/2 pollegadas de diâmetrosabida do recipiente da machina, ao depo--sito d'onde partio oque faz crerque os canosque seguem da columna á caixa d'agua,"ou não estão bem collocados, ou se achãoentupidos, visto ser a columna de muitosuperior altura á sabida d'agua da caixa.

II.*— Qué os canos da columna á caixad'agua estão enterrados, e por isso não sepôde notar a sua construcção.

12.°— Que sobro a segurança da caixapouco podia dizer, por que o gerente se re-ousou a mandal-a encher pretextando des-pezas de combustível, com o que encobriao receio de ser ainda conhecida mais umaimperfeição ou erro da obra, visto que oscanosconductoiesparads»chafarizes,apenascom 6 palmos d'8gua na caixa, a cada passose estão arruinando pelas ruas, alagando acidado como suecedeu na experiência quesefez, efoi presenciado do publico; e entãoo que não aconteceráse uma columna d'aguade 20 palmos de altura, que tem a caixa,tiver de ser conduzida para os canos?!

Achou com tudo prudente, e muito ne-cessario, que as caixas d'agua devem ser co-bertas e fechadas co:n segurança, provi-dencia esla reclamado, pelo aceio, e pelatranquillidade «lo espirito publico.

13.* Que por oecasião du collocação doscanos foi observado, que fôrão todos falsa-mente collocados, que com a pressão daágua entrarão elles em movimento, as sói-das se arrebentarão como já tem acontecidono pequeno ensaio que se ha feito.

14.° Que faltão em todos* os chavarizesos lampeões de que truta o contrato.

15.° Que são necessários em lodososchafarizes os canos de esgoto para evitarlamaçaes.

perfeições notadas, 'faltas censuradasè ré

,Vf-!*provadas pelos melhores autores de enge

15 te serão fielmente entregues quando meapresentares a correspondência.

E on le acharei o senhor?Em minha casa.

D'alii a uma hora, entrou Tom.Aqui estão as cartas, disso elle apre-

. sontando-me um maço do papeis.Comparei a letra, que era igual, e entre-

. guei a Tom os 15,000 francos. Elle sahio.Feçhei-me só. Acabava de dar ouro por

essas cartas.eu que seria capaz de d ir meusangue para que ellas fossem dirigidas ámim.

Manoel era amante de Carolina haviadous onnos, conhecendo-a solteira : quan-do ella se casou elle partio, e a criança.que tanto ensoberbecia o general, Manoelchamava-a sua. Desde entãoV difliculdadede apresentar-se em casa do general ostinha impedido do verem-so. Mas um dia,conto já vos disse, éncori.rei-ò no bosquecom sua mulher,a qual, com o seu amante,me escolherão paraencobrir o seu amor.Coube-me a tarefa de reunil-os, e todas asattenções, cuidados e mesmo ternura queessa mulher affectava por mim erão fingi-das, e só com o lito de arredar de Manoelqualquer suspeita da parte do general, quedepois do que lhe confessara sua mulhernão me lemia. Haveis de confessar quo oplano era soberbo e que eu fui muito pe-ilaçod'asno!... Mas a minha vez tombemchegou!

Escrevi a Carolina:« Senhora, eu ostava hontem ás 11 horas

da noite no jardim quando Manoel-entrouera vosso quarto, donde-o vi sahir ás 4 ho-ras da manhã. E ha uma hora que compreipor 20,000 francos a Tom a vosso corres-pondencia com seu amo »

C general só devia voltar ao castello d'tthia dous ou trez dias: estava pois certo doque a carta que escrevi a Curolina não iriaparar era suas mãos.*• No dia seguinte ás 11 horas Manoel on-trou no meu quarto, pallido e coberto depoeira: achou-me na cama. Eu não pudeconciliar o somno durante essa noile. EManoel chesjando-se á mini,disse:

Creio que náo igtioracs o que metraz aqui.

Não, senhor.Em vossas mãos parão varias cartas

que. me pertencem...—¦ Não ha duvida. »

E que me entregareis INão é possivel.O que «juereis fazer então dellas?E' esse o meu segredo.Recusaes entregu*--m'as?Sim, senhor.Não me obrigueis a dizer-vos o que

sois.Honlem fui um espião, hojo sou um

ladrão. E' ò mais que mo podeis chamar.

hharia, e dos da hygiène publica, julgou acommissão qíma aguaiu prejudicial á sliudepublica, aòrésecudo, ^ que a*'quantidade'delia

que os caiios actualmente pódém for-tiècer não é sufücíerite para' ó consümmoda população da capital logo que se leveaeffeito a prohibicão do art. 7.° do cantrato.

Eis o estado mais ou menos do encana-mento do Anil, dessa obra que se con-verteu em sorvedòuro dos dinheiros da pro-vineia, e que por se oppôr á essa mamata oex-presidente Aguiar, fizerão-lhe os inte-íessaüoá a opposição mais íiisultante e «les-regrada que já se vio; no emtanto, essomesmo eslado imperfeito em que se acha ódevido á perícia e illustráção desse dignopresidente; do contrario ainda em 2 an-nos, e sem dispendio de maior somma nãose daria por prompta.

Veremos agora so o Sr. Campos Melloestá disposto a sauecionar as faltas e errosdessa obra para favorecer aos chupantos.

O ex-presidente, segundo se veda folha*Oflicial de 2*7|*do meí passadOi enviou por có-pia o, parecer da commissão ao gerente dacompanhia, chamando a atlcnçâo da dire-Ctoria delia, para tudo quanto expoz a com-missão, etc, recomraendando" especialmen-te a substituição do systema das coberturasdas vigas por outro que mais seguro seja,e a elevação, como opina" a commissão dospareceres, da caixa da água, e cobrimenlodesta, visto que descoberta, como se acha,eslá exposta a ser deposito de immundicies.

A's|gp>ras da tarde de 27 do passado cmbarcouo ex-presidente Primo de Aguiar.

S. Ex. teve Um acompanhamento grave opomposo; tal»ez mais de 400 indivíduosconcorrerão ao seu embarque ; muitas fa-milias gradas se notavão naquelle numero,e grande parle dellas o acompanharão até'a bordo dó vapor, que estava fundeado pertoda fortaleza da ponta da Arôa : sobre aságuas do poito sulcavão pouco menos de40 escaleres formosamente embandeiradoSe apinhados de povo de todas as classes,entoando saudosos vivas ao ex-presidente:segundo o Conservador, em artigo especial,esta ultima demonstração foi ordenada ouinfluenciada pelo Dr. José da Silva Maia,chefe da Estrella.

A liga, que projechva repetir no embar-quedoSr.PrimodeAguiarafoguetada do Sr.Cruz Machado, foi derrotada em seu piano,o ficou corrida da nobre demonstração dopovo sensato do Maranhão em prol do Sr.Aguiar: os maranhenses, pois, provarãocom este acto, que sabem fazer justiça aomérito, e que a illustráção da maioria daprovineja não deve ser avaliada pelos des-temperos de meia dúzia de despeitados, queabuzando d«i liberdade da imprensa derãoprovas da maior selvajaria. Em uma pa-lavra, depois do embarque do Sr. arcebispoda Bahia quando d'aqui partio, o do Sr.Primo de Aguiar oecupa o Io logar. Omesmo Sr. Aguiar ignorava a estima e sym-patina de qua gozava na provincia, S. Ex.pasmou quando vio a prova de amisadeque recebeu do bom povo do Mara-nhão, e já de bordo perdoou os itisul-los, que pouros [maranhenses menos pensa-dores lhe havião dirigido, por attenção ádislineta e nobre prova de amor que aca-bava de receber dos maranhenses sensatos;S. Ex. ao proferir taes expressões, nãopôde conter as lagrimas de prazer e gra-tidão.

Deos felicite o acompanhe ao nobreex-presidenlee S. Exm. e honesta familia.

OSr. Campos Mello,segundo o Conserva-dor, acha-se na sua lua de mel. S. Ex. tem

ras; estas qualidades sàò mui louváveis emüm presidente.:S Os ligueiros não o deixão, è cada um vaecumprindo sua missão de intrigas contra 6adversário, e por ora nSo se sabe ainda quepeso dará S. Ex. à esses embustes; os factostfo'1-o dirão. Elle tem de se" ver abarbadocornos homens das obras publicas; e seS. Ex. não fôr seguro, naufragará por certono proceiloso mar das intrigas e dos des-perdicios; para o que já ouço dizer que sepreparão lautos jautares e chás, etc, comprofusão t

Já houve mesmo uma nolabilidade queVisitando a S.Ex. lhe pedio licença para suasenhora o ir cumprimentar, mas S. Ex. pe-dio que aguardasse a vinda de sua familia.

Consta qne S. Ex. tem visitado algumasobras na capital; não sei qual o seu juizo arespeito dellas. -L.

A do theatro continua com a celeridadeque lhe deu o ex-presidente, e é de crerque em breve esteja concluída, esta obraserá uma das que eteruisará a memória dogoverno do Sr. Aguiar.

Não sei que destino terá a escola agrícolaque o ex-presidente empenhava-se em pro-mover o seu melhoramento reformando,como principiou, o seu pessoal e admitas-tráçáo.

Retirou-se o Sr. Primo de Aguiar a 27do passado, e a 28 foi suspenso por 8 diaso chefe da 1" secção do thesouro provin-ciai, Henrique Quim, pelo inspector res-pectivo.

Esse empregado,1 dizem que fizera des-cobertas . importantes no thesouro e asmanifestara ao ex-presidente, as quaesincommodavâo a alguém; elle passa porhonrado e intelligente : mas parece que oinspector lhe não é affecto, não sei querazões houverão para isso: clle recorreu dasuspensão para o presidente, e este mandououvir o inspector que não consta que hajarespondido; e pensão muitos que ficaránisso.

Pensei quo desla vez já lhe podesse dainoticia exacta de qual fosse o autor dofurto dos autos de invostigação militar docapitão Jacarandá, que se diz furtado dasecretaria da presidência, de dentro dagaveta da mesa sobre que escreve o secre-tario Dr. Ovidio. Mas segundo o que por ahicorre do plano, creio que não terei oecasiãode lhe dar essa noticia, porque os compromettidos são de tal magnitude, e achão-sehoje em posição tal qua nenhuma pesquizapublica se fará para descobrir-se os autores,e quando se faça sota tudo illudido, e ficaráonegeeio no que está! E porque, um cãodamnado Iodos a elle, ficará o capitão Jaca-raudácom a culpa. Não tenho relações comeste capitão, e nem mesmo gosto delle pelaruim nomeada justa ou injusta que contraelle corre, sobro cujo respeito guio-me pelaminha consciência e pela opinião publica.Esta, como já lhe disse, pronunciou-se aprincipio, uma parte, contra esse official, ea outra contra a gente da liga; hoje, porém,es<á quasi toda virada contra essa gente.

Corre como certo, por dizerem algumaspessoas de credito,, que os autos fôrão ti-rados por indivíduo da liga, de dentro dacasa do Dr. Ovidio; que ha quem visse osautos com duas folhas rasgadas; que sabeonde estão; e que o Dr. Ovidio sabe jáde tudo, mas que por um excesso de honrasugeita-se ás conseqüências do acto, masnâo declara quem foi. Acho este catãonismomuito mal cabido, não tanto pela própriareputação, como pela do seu semelhante,—Se a amisade ou o quer que seja obriga anão descobrir os verdadeirosdelinquentes;'averdade e a consciência impõem ao homem

E Se com effeito vol-o dissesse emface?

Pouco adiantarieis.Mas eu exijo as cartas.E eu nâo vol-as entrego.Neste caso nós nos bateremos já, e o

nosso duello ha da ser um duello de morle.Só vos peço que me deis tempo para

fazer as minhas disposições testamenturias.Chamei o meu criado, que era um ho-

mem de toda a confiança.José, lhe disse: eu vou ba.er-mecom

esle senhor, que talvez me mato.Fui a minha secretaria, e abri-a.

Quando souberes quemorri, conti-nuci; levarás este maço de cartas ao generalM... E os 10,000 francos que estão nestagaveta são teus. Aqui está a chave. E entro-giíei lh'a..

' — Estou prompto, senhor, disse cu aManoel, que estava pallido como a morte.

O vosso procedimento ó muito in-famel... me disse clle.

Bem o sei.E chegou-se á mim.

Mas se me raatardes entregareis essascartas a Carolina, não ?

Isso dependerá delia.O que quereis que ella faça para re-

haver essas carlas?. •— Quero que ella as venha buscar aqui.

Aqui?

'Êonr^f ° Sflgfado dever de ser justo, o denao concorrer para deturpar-se a reputaçãoalheia por meio da calumnia, ainda quoseja a de um inimigo.

Já existe nomeado conselho para novairi vestígação, e consta que nesse processo"estão

juntas por cópias, algumas peças queconstavão dos autos, quem forneceria ossuscópias?!!!

Cobbeio.—Nesta repartição, um carteirode nome Coriolano Rosa, designado, haquasi um anno.pelo administra lor pnrudes-pachante das malas expedidas para a côrle,abuzoü da confiança nelle posta, sublrahiouma carta segura que,devia seguir no vaporTocantins a 23 de Novembro do anno pas»sado, e só a remetteu no seguinte vapor qued'aqüi partio a 12 dc Dezembro ultimo.

No momento, porem, de ser ahi entreguea carta, verificou-so que tinha sido forçada,o roubada a quantia de!00$*M)0O, quoen-cerrava a carta; que houve falsificação nadata do conhecimento impresso onde deviaa pessoa a quem foi dirigida, passar o re-cibo.

O dito carteiro logo que soube do pro-cesso que o governo mandou instaurar so-bre o faclo, evadio-se, o rião se sabe delle.Este moço, aliás de habilidade, compro-mclteu com este criminoso procedimento ocredito da repartição. Pelas averiguaçõesjudiciaes, a que se procedeu, conhece-sehoje, que o dito empregado foi o autor dessaindustria, e talvez de muitas outras que devez em quando se davão no nosso correio,mas que por serem de pequena monta, nà°se pesquizavão.

Cumpre, porem, notar-lhe, que bemdiflicil encargo ó o de um chefe de reparti-ção, quando nesta existem empregados co-mo o infeliz Rosa encobertos no manto dahonestidade, mas que não passão de ummáo empregado.

Com a descoberta do crime e do criminososalvou-se o credito dos empregados, e porconseguinte o da repartição, que em abonoda verdade existe nella bons empregados,entre os quaes conheço de perto o ajtidan-te contador' que serve á 21 annos sem notae gozando de confiança, zeloso e de muitaintelligencia.

Dizem-que o tal Rosa, na • oecasião deseguir o Tocantins, fizera as guias do cos-tume; na que foi acompanhando a malanão notou a carta segurada; e na que ficouobrou inversamente, islo é, noiou a carta:então no seguinie vapor deDezembro, obroupelo contrario, na guia que acompanhou amala notou a carta, e na que ficou deixoude notar. Que miserável esperteza.'

As folhas ligueiras, —Imimnsa,— Pro-grosso—»e Ordem e Progresso— termina-rão a vergonhosa existência, com a pro-messa de apparecerem refundidas em umasó com o titulo de—Ccalisão.

Dizem os entendidos, que o desappare-cimento teve por causa, não a que derão emsuas despedidas; mas abriga que houve noajuste de contas das despezas a que se ha-vião compromettido os ligueiros a pagar aosocio-caixa o Sr. Antônio Henrique Leal, acujo cumprimento fugirão, e dizem queficou o caixa onerado com um debito deperto de2:000$000 segundo o aflirmoupes-soa que tem razãoile osaber.OIlay.nuiidodeBrito Gomes de Sousa pretextou as despezasque fez com a sua—Ordem e Progresso.—Osenador João Pedro, e deputados Furtado,Veriato e Luiz Antônio declararão que nãoêstavão cá, que não se compromelterão anada disso.

Ao concluir esta chegou o vapor do inle-rior, e segundo consta da cidade da Caro-lina, o Dr. Miguel Maria doAmaral.juiz dedireito daquella comarca foi um anjo de

—¦ Aqui, sim. ;Commigo?

—'¦ Náo, só.Isso nunca.Não fiqueis por ella.Mas cila não ha de consentir nisso. ,Talvez. Voltae ao castello, e fallae-lhe:

concedo-vos trez dias.Rcilectio um instante, e sahio do quarto.No terceiro di^a Josó deu-mo parte que

uma.mulher (jueria fallar-me eni particu-lar. Matidei-a entrar: cia Carolina, que fizsci,tar-se, conservando-me de péjuntodelia.

Estaes vendo... senhor, disse-meolla; sempre vim.

Seria imprudência da vossa parlo nãofazel-o.

E sim, confiada na vos?a delic ,de-za...

Fizestes mal.Pois hão meeiitregareis essas cartas?Sim, minha senhora; mas com uma

condição.Qual é ?Ohi vós devris^divinhal-a. E Caro-

lina oceultou o roslo nas cortinas da janel-Ia, porque eómprehendeu que eu seria in-flexível I

Ouvi-me, senhora, ambos nós fomosenganados... mas eu subjuguei-vos na* lu-cia, e por conseguinte a victoria é minha.

Carolina chorou cópios.ameritfi.—• Oh! vossas lagrimas não mo abran-

darão: incumbisles-vos de eutibiar o meuconação, e conseguiste-o.

Mas, disse ella, se por um juramentome obrigasse a não tornar a ver Manoel?

E não foi perante um altar que juras-tes ser fiel ao general? perguntei-lhe.

Pois só á troco da minha honra 6 queme entregareis essas cartas?

Sim, a troco da vossa honra.Carolina encarou-me fitamente. E sua

fronte pallida, e seus olht.s chummejantes,e seus*cabellos soltos e desgrenhados derão-llie uma fôrma angelical

Ohi senhor, disse ella com os dentescerrados; a vossa condueta é muito atrozI

E o que direi da vossa? Gastei umanno em vextií,guir o meu amor, e conse-guio : voltei ú França vencrando-vos. Masvós aleastes novamente esse amor, que meabrazava o peito... para zombafdesvilmentede um homem que aerditou em vossas pa-lavras. Portanto, não ha supplicas, nem la-grimas que me abrandem, e sereis minha...

Mas, senhor, eu não vos amo, nemnunca vos amei.

E de que me serve o vosso amor?Ohi mas não sereis tão cruel as-

sim... e compadecer-vos-heis do umamulher que se proslra á vossos pés.

E Carolina cahio de joelhos.Acaso, disse eu; compidecestes-vos

de mim quando èüòutt-ofà em ajoelhei aosvossos pés. ?

Mas eu; sou mulher', e vós homem.Em nome de Deos, senhor, restitui-me es-sas cartas. Em nome do amor que vos me-recia entregae-ro/as.

E porque eu me conservasse calado, er«gueu-se e disse:

Pois bem, fazei dellas o uzo que vosaprouver, certo de que não conseguireis já-mais o qtfe da mim exigis E sahio precipita-damente do meu. quarto.

—¦ Fico aguardando até amanhã ás dezhoras a vossa ultima resolução, grilei paraque mo ella ouvisse.

No dia seguinte ás 9 horas e meia Caro-liiiEyralrou no meu quarto, e chegou-se aomeu leito.

Aqui estou, senhor. Fazei de mim oque fôr do vosso agrado.

D'ahi a um quarto de hora, levantei-me,fui á minha secretaria, da qual tirei umadas cartas" que lhe entreguei.

Pois entregaes-me uma só? disse Ca-rolina empallidecendo...

As cutras vos serão resumidas do mesmomodo; e quando quizerdes, podereis virbuscal-as,

E ella vollou? perguntei eu ao frade.Sim, dous dias seguidos.E no terceiro?No teiceiro dia encontrou-se Carolina

ãspbixiãàá com Manoel.(Traduzido rou. L. Bivah.)

*•,& â*, -M .... ' ' ¦jMÉfeãF'

paz que alli chegou em Outubro do anno

A. liberdade individual, e a segurançada propriedade dos cidadãos pacíficos dá-,quella terra até então entregues aos des-potismos de ura juiz de direito interino, ojuiz municipal José Mariano Alves Senão,e de um promotor publico, bacharel Ray-mundo Abílio Ferreira Franco, dócil ins-truiiiéuto de um tal juiz; estão hoje ga-ranlidas pela justiceira administração donovo juiz de direito: o povo perseguido,tornou das brenhas para os seus lares, estácontente e mil bens roga ao governo quepara ali mandou um magistrado digno destehonroso titulo. Tão grando foi o arbítriopraticado pelo dito juiz municipal Serrão,que consta estar agora respondendo a kprocessos de responsabilidade perante ojuiz de direito: Deos illumine a esto ma*gistrado no cumprimento dos seus deverespara felicidade dos carolinenses.

Bahia.I.

Bem quizera, meu caro redactor, principiar esta carta por uma agradável noticia;infelizmente, porem, a idéa do cholera-morbus, oppoe-se a esto bello dosojo, eobriga-ma a sahir de tão lisongeiro pro-posito.

As ultimas noticias de Pernambuco sãomis: consta-me que a epidemia já invadioa capital, a despeito de todas as medidaspreventivas que se tomarão.

E o que suecederá com a Bahia? Escar-montados com as deploráveis scenas de185b*, percebemos a necessidade do prepa-rar-nos contra semelhante inimigo, queemsua sanha mortífera parece assoberbar to-das as forças humanas. Entretanto pôde-sedizer que o indiíferentismo e a preguiçaconlinúão a reinar entre nôs, da parte decertos commissarios e funecionarios incum*bidus da salubridade publica.

Temos felizmente á testa do governo umnobre eillustre personagem, que nada tempoupado pare acodir á todas as exigênciasdo serviço administrativo. Mas, se este di-gao presidenle correi ponde perfeitamente ásua elevada missão, já dirigindo-se cominstância ao corpo municipal, já nomeandoem todas as freguezias commissões sanita-rias, é forçoso confessar que muitos dos in-dividuos convidados para tão patriótica ehumanitária tarefa deixão de satisfazel-a,

T-" ••- -'

ealó de comprehendol-a. O civismo é umarara virtude nestes tempos degenerados demercenário interesse. •

A câmara municipal desta cidade com-põe-se em sua maioria de caracteres dis-tinetos, aos quaes não falta manifesta von-tado de beneficiar o municipio. Entro essescaracteressobreeleva-so o seu illustradopresidente, o Exm. Sr. ür. Tiberio deMoncorvo, em quem,'afora os dotes daintelligencia, sobejâo. as lições da oxperien-cia, para dirigir aquella importante cor-poração no árduo mister que lhe cabe dedefender a saúde publica.

Deos nos ajude nesta quadra assustadoracom que nos ameaça o destino. Por sobreo flagello da peste desenvolve-se em taesapuros a ambição de alguns homens, quefarejão, eomoavesde rapina, os despojosda humanidade! Enlão é a hora de impor:de exigir.de cobrar vantagens incalculáveistudo se figura diflicil, peor do.que é, parao fim de apanhar a fortuna, que se desenhacom as cores negras da morto.

Não podemos deixar em silencio abemfazeja sensação que produzio nesta pro-vincia o decreto recentemente publicadopelo ministério da fazenda, e consagradoa revestir o governo provincial de meiospecuniários para oceorrer á despezas ex-traordinarias e momentosas.

O Sr. conselheiro Paranhos vae cada diarecommendando mais o seu nome a umagloria sempitema. Esto. paiz dever-lhe-haem todo o tempo os mais relevantes sor-viços.

III.Vae próxima mento inslullar-se a assem-

bléa legislativa desta província, e encetaros seus importantes trabalhos legislativos.Fazem parto delia muitos cidadãos, notáveispor suas luzes e por seu patriotismo. E'decrer que se suscitem brilhantes discussões,e se estabeleçâo novos meios do engrande-cimento e de prosperidade para a terrunatal.

Promettemos dar conta dos discursos edos oradores que se .ornarem dignos dc men-Ção. Desde já, porem, apresso-me em re-commendar á consideração publica um bri-lhante talento quo vae iniciar-so na carreiraparlamentar, conhecido por preciosos tra-balhos na republica hlteraiia: é o Sr. Dr.Franklin Américo de Menézos Doria.

IV.

ffTem vindo á lume, na imprensa, diáriauma questão que nasceu da sociedade—Commercio—, á propósito de um annuiicioque ílzérâò os respectivos directores, para aeleição de um delles uo dia 19 do corrente

Àllega-se com razão que o acto dessaeleição ó attonlatorio, e tendente a esbu»lhar os accionistas do impreterivel di-reito de eleger annualmente uma direc-ção geral ou parcial. E* uma errônea inter-pretação dada á lei de 22 de Agosto de1860, e cujo effeito vem a traduzir-se pelapermanência quinquennal de ura certo èdeterminado director. :

A leié, na verdade, de fácil interpretação:o seu pensamento é còarctár a acção orani-potente dessas maiorias que se fôr mão nomeio das sociedades commerciaes, acçãoque se modifica e se abranda cora a exclu-são da quinta parte da directoria, de modoque no fira da quinquennio ella acha-secompletamente renovada.'

Por esta razão não deve ser feita a eleiçãopela maneira ..que se annunciou.

Allegão tambem que a lei não privou osaccionistas do direito de protestar e recla-mar contra esses actos, nem de impedir quecontinue na gestão de seus capitães umadirecção abatida era seu credito, Donde seconcluo que a primei.a condição para sereleito um di_s_íor ó a confiança que inspiraa sua moralidade.- Não conheço os indivíduos que figurãonesta questão, e sô me reporto á verdadedos principios: quanto a mim, são estes osverdadeiros; mas quaes prevalecerão, aindanão se pôde prever.

Cumpre, no emtanto, lamentar que essaquestão faça nascer odiosas recriminaçõesie revista-se do caracter de uma polemicavirulenta. O commercio moderno é inspi-rado pelos justos e legítimos interesses deuma sociedade civilisada, onde predominãoos preciosos estímulos de honra e de cava-lheirismo. Já lá vão os séculos em que aprofissão do commerciante era consideradainfame, hoje ella é nobre e privilegiada,favorecida por todas as nações com códigose regulamentos especiaes.

Releva não animar a desconfiança e odescrédito na classe do commercio, porisso que são elementos esáenciaes de vidae de progresso.. Nesta quadra, em que serestabelecem as esperanças de prosperofuturo, sobresabe a necessidade do accordoeda harmonia entre os commerciantes destapraça.

V.

a primeira remessa dessas encommendas, I da, terá os foros de prudente,e verificando S. Ex. que não correspondião i justiceira o enérgica.»ás necessidades do exercito, não só- pela.

illustrada,

especio, como pela qualidade, expedio somperda de tempo as ordens necessárias parasobiestar-se nesse negocio.

Infelizmente taes ordens chegarão tardeao seu destino, e já de lá havia partido paraesta corte o resto da encommenda.

Segue-se portanto que nenhuma respon-sabilidade cabe ao ministério actual nesteassumpto. E aíflançamos ao contemporâneoque, afora a quantia precisa para satisfazera esse compromisso, dos cofros do minis-terio da guerra não sahio ainda ura realpara compra de armamento.

Quanto aocartuxamo, tem-se gaslo maisalgum (não tanto, porém, que deva causarsusto ou alarma) em conseqüência da neces-sidade indeclinável de exercitar os soldadosno uzo de armas de nova espécie, como sãopor exemplo as de Minié, quo se carregãoe se mauejâo de um modo inteiramente es-pecial e diverso do das armas antigas.

O contemporâneo não ha de querer quedepois da casa roubada seponhão trancasnas portas, isto é, que na oceasião, ou de-pois de qualquer combate, aprendão osnossos soldados a servir-se das armas quereceberão.

Acreditamos portanto que dará por justi-ficado qualquer pequeno excesso de des-peza que por ventura tenha havido nessaverba.

Feita esta rectiíicação, concluiremos dc-clarando que é possível que os taes se-nhores cardeaes vermelhos sejão hypocritas;mas o Diário ou é pouco sincero, ou a suacredulidade é tão infantil quo engole quan-to carapetão lhe querem impingir.

Rio, 24 de Fevereiro de 1862.(Jorna l do Commercio.)

Diz-se que sahirá brevemente o vaporParaense, para estaccionar nos Eslados-Uni-dos, á disposição do ministro brasileiro.

Já esperamos por algum artigo do Sem•vola, dizendo que o vapor vae buscar o du*quo de Penthióvre, para casar com a nossaprincezã imperial, ou o futuro rei, era queelle sonha, para a confederação Argentina.

Não é de crer que á perspicácia do en-genhoso Scavola escape a viagem aos Es-tados-Unidos do vapor Paraense, '

WÊÊÊÈÈm WSÊmm,Adaptado

e rccomuiondadopelo

Conselho (li- Salubridadodo Londres.

m VGRE INGLEZ4R0H4T1G0 G BALSAH1G0.

Importa.Iopreparada

e aperfeiçoada porCnALMIN

perfumisla.

EDITAES.Pela inspeetoria da alfandeg. da corte

íajÊ-se publico que se recebem propostasna repartição, em caria fechada, até o dia15 de Março proximojfuturo, para a comprade k balanças decimaes de 400 libras, 4ditas de 600 ditas, 3 ditas de 1,000 ditas,4 ditas de l.iiOO ditas, 3 ditas de 2000 ditas,1 dita de 2,500 ditas, 1 dita romana ou cen-tizimal de 10,000 ditas, 1 dita de 2,000ditas, 2 ditas de 1,500 ditas, 1 dita de 600ditas, 2 ditas de 400 ditas, o 10 ditus depêndula com pesosde metal fino, em caixas,divididas em 1 arroba até 1/2 oitava, sendoas ditas balanças de alcance dé 30 kilogra-mos, e as conchas de 30 centímetros, dediâmetro, e as caixas envidraçadas. O for-necedor obrigar-se-ha pela sensibilidade,acerto e reparo de todas as balanças porespaço de um anno. As balanças devem serde ferro batido, sondo preferidas as cons*truidas no paiz.

Quarta secção da alfândega da corte, 25de Fevereiro de 1862. —.F. E. S. da Ca-mara.

O VINAGRE INGLEZ possue um cheiro doce e suavo, ó tônico, Tefrescante ehvgienico, clarea e torna flexível a cutis dando-lhe esse aveludado e fnffWique todas as damas invejão, faz desapparecer as. rugas e as manebas, ^wiroea sensação desagradável da acção da navalha. Emfim, 6 antimephitieo, ^quo tf^torna recommendavel e indispensável ás pessoas que frequentao os bailes, ostheatros, etc, etc, em uma palavra, todos os logares ondo se. respira ura arcorrupto. Esta ultima qualidade do VINAGRE INGLEZ, em ser um remédio de

preservação contra o mephitismo do ar e dos vapores, o fez recomraenaar petoConselho Uygienico de Londres. n ;.

Fabrica em Rouen, rua do Hospital ns. 39, 40, 41,4.3 e 4o. —Casa em Paris,ruadeEnghien n. 24. -

Deposito por miudo acha-se no armazém do Si*. Augusto Claude, cabeleireiro,perfumista e fornecedor de Sua Magestade a Imperatriz do Brazil, rua do Ouvidorn. 73, e em todos os armazéns dos principaes negociantes perfumistas ecabelleireiros no Brazil.

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ESPELHO.

RUEDU FMJBOUBG SMNT-ANTOINE N, 56

VIEUGE,FABMGAITS BS JHJ&GBMARIà

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DECLÊRÃ.ÕES.

Esta provincia é na sua grande maioriaministerial, e devotada ao nobre marquezde Caxias; só alguns dos deputados geraes,dos taes da politica de moderação á saraiva,e que querem ter no gabinete quem lhesentregue os destinos da Bahia, ó que pra-guejão a actualidade, e fazem do continuoespalhar a próxima dissolução do minis-terio.

Mus a circular do Sr. T. Oltoni os veiodesnortear um pouco, transtornando unscelebres e extravagantes planos do fusãocom o grupo liberal; porque, semelhantecircular produzio aqui a mais triste impres-são, e a todos convenceu da necessidade desustentar com decidida dedicação o gabi-nete Caxias, devendo considerar-se inimi-gos da paz publica a todos aquelles que fi-zerem causa commum, ou ajudarem oshomens, que se achão ligados a esses in-cendiarios, que da côrle mandão para asprovincias essas balas ardentes.

A situação não admitte divisões, deixe-mo-nosde moderadose vermelhos; os amigosda ordem e das instituições só tem um cam-po, deixemos o outro aos anarchistas, onJeos iremos mais uma vez derrotar.

E' de esperar que assim seja.]A. M.

ministério da marinha.—O 1tenente da armada José Bodrigues de Sousafoi por decreto de 18 do corrente refor-mado no mqsmo posto, como pedira, ven-cendo 15 vigessimas quintas partes dorespectivo soldo, visto contar mais de 15annos de serviço, e achar-se impossibili-tado de nelle continuar por motivo demoléstia.

Por outro de 17 tambem do corrente, foiconcedida ao 1." pharmaceutico do corpode saúde da armada, guarda marinha JoãoDomingues Vieira, demissão do serviço,como pedio.

Ministério da' Fazendo. — Pordecretos de 19 do corrente fôrão nomea-dos3°s escripturarios do lhesouro nacionalos 4? ditos João Xavir Praxedcs Medella eJosé Antonio dos Hassos.

LOTERIAO resto dos bilhetes da Ia loteria conce-

dida para beneficio e reparo das differentesigrejas matrizes da província do Amazonas,coutinua a vender-se em casa do the-soureiro; rua da Quitanda n. 144. A rodaanda na quinta-feira 27 do corrente em aSanta Casa de Misericórdia.

Bio de Janeiro, 25 de Fevereiro de 1862.— J. P. da Veiga,

Jttobilk completa, mbliatljeía*/ pmtetótájíiMezas de jogo e outros moveis.

PRAÇA,25 DE FEVEREIRO DE 1862.

Não houve cotações.Francisco Antonio de Faria, presidente.Francisco Muniz de Souza, secretario.

POMáJuA ÜAò laAàlELLâaou

NOTICIAS E AVISOS DIVESiSOS.

iWIPIO DA CORTE. .Receita do mez de Fevereiro

S8:49l$0581,437:6475)1681

A alfândega rendeu hojeDesde 1 do mez. . .

Total ... 1,526:138»739A recebedoria rendeu hoje. 9:985*^721

TBANSCRIPÇÕES.O Diário e o armamento parao exercito.

Só hoje lobrigímos, mxertada no noti-ciario do Diário de 22 do corrente, umadas vespas que o travesso contemporâneosóe de vez om quando soltar sobre o minis-terio.

Referimo-nos ao artiguinho noticioso emque, denunciando que os vermelhos car-deaessó mandão dizer para as provincias—revolução 1 revolução I — o perspicaz jor-nalista descobrio que semelhante — inven-ção-— seguramente tem por fim justificar adespeza inútil que se faz actualmente com ofabrico apressado de carluxame, a fundiçãode balas, a compra de armas, e oulras cou-sas destas I

O contemporâneo ha de permitlir-nosque não deixemos passar sem protesto estasua assersão, apezar de toda a segurançade que a revestio.

A verdade antes de tudo, contempora-neo; e a verdade c que o ministério actualainda não despendeu por conta própriasequer um ceilil em compra de armamentode qualquer espécie, natureza ou quali-dade. -*

O illustre general marquez de Caxias,ao tomar conta da pasta da guerra, foi in-

Foi aceita e confirmada a renuncia que opadre José Maria Fernandes fez da igrejaparochial do Espirito Santo de Ourem, naprovincia e bispado do Pará.

Fôrão nomeados lentes do grande se-minario da diocese da Bahia os seguintesreverendos:

Conego José Joaquim da Fonseca Lima,para a cadeira de eloqüência sagrada;

Conego José de Sousa Lima, para a dodireito canonico;

Conego Eleuterio de Araujo Lima, para ade canto gregoriano;

Conego Henrique de Sousa Brandão, paraa de liturgia;

Frei Raymundo Nonnato da Sladrij deDeos Pontes, para a de theologia moral;

Frei Saturnino de Santa Clara Antunes,para a de direito nalural;

Padre Eduardo Augusto de Sousa Mello,,para a do exegetica •*,

Frei Antônio da Virgem Maria Itaparica,para a de theologia dogmática.

Fôrão nomeados lentes do pequeno se-minario da diocese da Bahia os seguintesreverendos:

Conego Manoel dos Santos Pereira, paraa cadeira de latim.

Padre Domingos José de Brito, para a derhetorica c geographia;

Frei João da Natividado, para a de phi-losophia.

Desde Ido mez, ... 273:705*#879

Total. . . 283:691$600

Movimento da alfândega.Durante a semana de 17 a 22 do corrente,

o movimento da alfândega constou do:Entradas.

Volumes nacionaes... 279Ditos estrangeiros.... 15,109 15,388

Sahidas. ''

Volumes nacionaes... 320Ditos estrangeiros 18,546 18,866

Total.... 34,2*3-1

A hygiene da idade média.Esta pomada ó composta de plantas hygienicas, e tem propriedades tônicas—

foi descoberta porCIIlLHIlÜ em um manuscripto; as nossas bellas castellâsusavão delia, na idado média, como remédio infallivel para conservar ató umaidade avançada os cabellos do uma belleza notável. Este romedio efllcaz fazcrescer os cabellos; torna-os lustrosos e flexíveis, e impode que nasção os ca-bellos brancos, sendo usada diariamente.

E'composta por C1IAI.1IIN, chimico-per g-mista, em Pariz, Rouen, ruad'Enghien n. 24, e na rua de .'Hospital ns. 38 e 40. .

Acha-se um deposito, por miudo, no armazém do Sr. Augusto Claude, çabellei-reiro perfumisla, fornecedor deS. M. a Imperatriz do"Brasil,-na rua do Ouvidorn. 73, e nos armazéns dos principaes negociantes, perfumistas e cabelleireiros doBrasil. "•";.1

'\ <"..".

HOTEL DA RÚSSIACom frente para o boulevard dos Italianos, e para a rua Fabourg-Montetmatr.%;, £

visinho ao escriptorio da grande opera, e ao Café Cardeal. *Tem aposentos mobiliados, e serviço para todos os preços; sendo todos muito"^

decentes.Os portuguezes e brasileiros acharão alli criados, que fallera o seu idioma, e serão

tratados segundo os usos pátrios.Encontrarão os principaes jornaes do Rio de Janeiro e Lisboa.A fa vor das famílias, que forem ahi hospedar-se, haverá uma reducçâo nos preçoO' Sr.Granara, de nação italiana, ó o seu proprietário.

19

Lè-se no Porlo Livre, folha que se publicano Maranhão:

« O paquete Paraná, aqui entrado namanhãde21 do corrente, trouxe a seu bordoo Exm. Sr. conselheiro Antônio Manoel deCampos Mello, presidente nomeado paraesta provincia, e que hontem tomou as re-deas do governo de mão do Exm. Sr. Dr.Francisco Primo de Sousa Aguiar."« Nenhum conhecimento pessoal temosdo Exm. Sr. conselheiro Campos Mello, elanto basta para que a seu respeito nãoaventuremos juizo algum nosso, lodavia ávista de carlas e jornaes, que se nos achãopresentes, e assim de haver sido feila sua

ALFÂNDEGA DA CORTE.Descargas para o dia SG de

Fevereiro. .PARA A ALFÂNDEGA.

NAVIOS ATUAGAUOS.

Darca ing. «Rofleol», do Liverpool,EM SAVEIROS.

Barca ing. «Symmelry », de fcivorpool.Barca ing. «Voyagem», üo Livcrpool.Brig. beig. « Oc.lavia », Uo Aníucrpia.

PARA OS TRAPICHES ALFANDEGADOS,E DESPACHOS SOBRE AGÜA.

Gal. amor. «Ilãrrisburg», do Lisboa.Gal. ing. «Jane»', dc CardilT.Gal. ing. «Charles Cliolonor », dè Cardifl".Gal. ing. «tiolcimdu», do CardilT.Ilal.. ing. " lídwnrd Oiivier», de Londres.Gal. ing. «Laily Uobert», de l.iverpool.Gal. nac. « 1'almyra u, do Lisboa.Barca porl. «Cruz "i" », do Porlo.Barca porl. «Snplim». de Paysuudú. /BÚrõh nac. í Clementina», de Buenos-Ayres.llarca nac. «Nova Colônia», do Uucnos-Ayres,Bnrca ing. «Lady Rnglan», du CardilT..llarca ing. «Danúbio») do Londres.llarca ing. «orion», de Ncw-Caslle.llarca chilena «Clara Uosulia «, de Valparaiso.Barca amei'. «Conr.td». de IMiiladcIpliiu.Brig. nac. «(iuillicriniiia», de Celte.llrig. nac. «Iníi liz». de Monlcvidéo.llrig. porl. uUspcrançoso », de Jlonlcvidóollrig. porl. «Lusitano», do Buenos-AyresBrig. porl. «Lata !i°», de Bupnòi-Ayres.llrig. Ii;inib. «Mngiiús Slemhock», de .New-Castle.Itrig. dinam. «Kmmanuol», de New-Casllo.lirig. dinam. uCliristhm», dc HaSlIicpobl.llrig. Iiòlland. «Jãiia Adriana», do Rosário;llrig. sueco «Ida», dc Slockolmo.l'cl. nac. -Adela eUo.*u», de Buenos-Ayres.Pòl; hesp. «Aurora», de Barcelona.Pat; sueco «Janny», dc CardilT.Esc. amer. «C. 1. Kcrshaw », de Marselha;llarca ing. «Salwoen», de liverpool.Brig. port. «União'», dc Lisboa.

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39,40,41,44,45

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RUA WENGLIEN, 9*(Depósitos daper toudo)

ÁGUA TÔNICA DE CHALMIIfDESCOBERTA INCOMPAIIAVEL PELA SUA VIIITUDE.

A única reconhecida por todos os consumidores e os homens de sciencia, paraimpedir promptamente a queda dos cabellos e augmentar o seu crescimento o asna grassara, fazer-lhes Uexiveis e lustrosos, retardar o cabello branco, e destruirem breve tempo as pelliculas que impedem o crescimento dos cabellos.

DEPOSITO por miudo acl.a-so no armazém do Sr. iüitU-TÒ Çr.AUDE, cabelloiroiro, perf.imista efo"e™ ordeSua Magestade a Imperatriz do Brasil,73 rua do Ouvidor, e nos armazéns dos pnncipaenegociaiiles, peruimislas o cabelleireiros no Brasil. I

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formado de que o seu antecessor havia feittf nomeação na gerencia do actual muito ilpara a Europa encommendas de armas deartilharia e de fuzilai ia.-

Poucos dias depois chegando a osta côrlu

lustrado gabinete', que se acha á frente dopaiz, parece-nos, que não erramos, di-zendo, que a administração, quo tios aguar*.

IMENTO DO PORTO.ENTRADAS DO DIA 2Ü ATÈ ÁS 3 UORAS.

Hio Grande—20 ds., pat. nac. Guasca.Iguape—8ds., pai. nac. Dous Irmãos.

Entrou mais 1 brigue nac.e 1 pat. amer.A, barra l brigue o 2 patáchos tiacs., 1

barca o 1 brigue.

OTEL DE MILÃO.155

Salas e quartos mobiliados de novo. Dá-se comida por asssignatura, od poresta, e recebem-se pensionistas.

Salas para famílias, e o serviço á moda da Europa-

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^b«i.ení« de nolloway. i

Este unguento prodigioso cura todas asferida) a ulceras mais perigosas, doenças deCirnas, peito, bicos dos peitos, garganta,aigoas ou zungas, pian, lepra africana, scro-

Íbulas, dôr de pedra, cancros ulcerados,

emorrhoidas, tumores, inchações da arti-culaçêo, herpes, queimaduras, escaldadu-ras, gretas nas mâós, rheumatismo, picadu-ras de mosquitos e" de moscas d'arca, equjafi loilas as de mais enfermidades ex-tems;vende-se na rua do Hospício n. 40,

- DlrecçSes para famílias.

A seguinte lista de remédios popularesque existem á venda no n. 40, rua do Hos-picio, é para servir como um livro de relê-rencia para famílias, para todos ps casosde tt-òrestias ordinárias onde são só neces-sarios remédios tão simples que se podemapplicar sem assistência de medico. Todosestes remédios têm merecido a approváçãodos médicos de maior conceito no Brazil,Estados-Unidos e Europa.

Todos os medicamentos vendidos na ruawwBf^m'wymmiüimms comdirecções para seu uso, ..;..

Para dòr de dentes.

Gotas egypcias. O remedio mais conhe-cido entre os dentistas americanos para abreve e segura cura de dentes. Garante-se asua eflicacia.

A^ua de mel*'Este remedio é para promover a belleza

e vigor do cabello; removendo a caspa econservando aquelle macio e lustre da pellee cabello, que só pôde ser adquirido tendo-sela pelle fresca e os poros pelas raizes do«eajbello sempre abertos e sua acção salutar.Nada oontém que possa prejudicar a pelleotfcabello.

.Água de pérolas.

Este celebre e innocente cosmético parasacar sardas, rugas, etc.; e para embellezare «fpsto, foi por muito tempo conhecido sód|poucas pessoas pos Estados-Unidos,pprém sua grande utilidade o tornou o cos-meticomais popular que se usava nostoÜettes modernos. /•Direcções:—Misture-se em um quartilhode água pura uma colher do sopa dè água deÇ^folas...Banhe a cara. completamente eiimpTcbm1 toalha "de linho..

Água para os olhos.

Pasta para dentes, composta dolyro Florentino -

E' o melhor que se conheço para limpare embranquecer os dentes, purificar as gen*givas, etc. Deve-se servir disto todas as noi-tes com uma escova rija, e a boca não pre-cisará mais senão de manhã uma pequenalavagem.

Unguento Durand.Este unguento cura radicalmente toda a

qualidade de feridas, chagas, cortaduras,espinhas, apbstemas, empigens, carbucu-los, cancros e outras moleslias secretas; eem geral todos os males em supuração, pro*venientes de qualquer causa, e ainda en-veteradòs e com principio de grangrena:ello evita os funestissimos resultados de cal-los cortado.*3 peU raiz, e impede que se in-flammem e deixem signaes as cisuras dassanguexugas. Os senhores que delle se qui-zerem servir devem ficar desde já certosde quesua cura nem sempre ó rápida, mór-mente quando o mal ó inveterado, pois quoelle jamais secca a ferida antes de extrahirtodos os máos humores.

As curas que têm feito são tão conhecidase numerosas que talvez não haja rua no Riode Janeiro em que o mencionado unguentonâo tenha produzido favoráveis resultados.

Emplastros do Sr. Sheramnparahomens pobres*

Os melhores emplastros do mundo parafortificar, e um dos melhores remédios paradores e fraqueza de costas, dos rins, lados,peito, garganta, pernas, e principalmentenpcorpo, ebom para rheumatismo, etc,etc.Um milhão delles não são bastantes para osque frequentão.

Devem ser um pouco aquecidos antes dese usarem-, assegura-se serem superiores atodos 03 outros emplastros, se só por umquarto do preço, dos outros, verificando-seassim não só o melhor, como oemplastromais barato do mundo. Dá allivio em poucashoras, e efíèctua curas maravilhosas,

Este remédio tem grande merecimentopara as pessoas que soffrem fraqueza nosolhos, Remove as fazes, suavisa e livra porora uso opportuno toda a qualidade deinflammação. Durante o tempo que se estáem uso dçsta água não é necessário maioresguardoquer na comida.quer nb exercício,

o seus effeitos benéficos são certos e se-guri». ,..:.;;.. -:-,,.*

Gonorrbéas. .

BLECTUARIO BALSAMlCO.

A promptidão com que este medicamentocura as.gunorrbéas, tanto modernas comoantigas, o torna preferível a todos quantostem apparecido alé boje para o mesmofira.

Água anti-cancrosa.

Este liquido.ppéra com tanta rapidez quelorna-se recommei.davel ás pessoas quepadecem de cancro'venereo e chagas, porDais antigas que sejão.

Jtmplastro para callos.

EsteiSJmples remédio, defacil applicação,remove os peiores .callos, quer duros, quermoles, com duas ou tres applicações, con-forme as direcções. ' : -

, # De todos os remédios que se tem'descoberto para a cura da tisica nos seus pri-'meirs gráos,; e até em muitos casos de antigas moléstias pulmonares, nenhum temadquirido pelos seus bons resultados tanta e tão bem merecida popularidade como o—Xarope do bosque — do Dr. Motts. Um relatório completo e direcções que acornpa-nham cada garrafa, podem sempre ver-se no n. 40, rua do Hospício.

Os proprietários do—Xarope do bosque-—oílerecem ao publico o seu medicamentocomo um remedio para defluxsões, tosse, thisica, asthma, hemorragia de sangue,pontadas, dores de peito, palpitação, coqueluche, bronchite, dispepsia e moléstias dofígado. Ha mais de 14 annos que elle é conhecido no Brasil, e durante esse períodopoucas pessoas haverão que o não tenham empregado sem achar allivio. Tem pro-vado a suaf eflicacia em casos em que todos os outros remédios.haviam falhado, e ospropritarios crêem consciencíosamente pelos resultados obtidos, ser esse, o melhorremedo que se tem descoberto para semelhantes moléstias.

Quasi todas as pessoas que delle tem feito uso com perseverança teem sentido a suainfluencia salutifera, e, continuando a empregal-o, teem obtido uma cura radical. A razãoó obvia» visto que o—Xarope do bosque—ó composto segundo os princípios da sãphilosophia medica, visto que elle tem supportado a experiência de muitos annos,e que muitos medico que estavam prevenidos contra o uso deste grande remedio teemperdido os seus preconceitos ao presenciarem os seus triumphantes resultados, eagora o empregam na sua clinica.'

Os elementos de que se compõe este xarope são hervas e raizes. cujas pro-priedades medicinaes purificam o sangue, vigoram o-systema, e reforçam os pul-mões è órgãos digestivos: A sua influencia sobre o systema ó suave porém efllcaz;desembaraça o phlegma, que, sendo retido, cria tantos incommodos; allivia a tosse;ajuda a natureza a expellir do systema, por meio da expectoração, toda a matériamórbida que dá origem á tisica; faz amadurecer a matéria nos abeessos e tu-berculos, e promove depois a sua expulsão do systema, acalmando ao mesmotempo as" partes irritadas, sarando as lacerações; regula o ventre sem carecer deauxilio de purgantes, e faz desapparecer a tosse a mais incommoda sem offendcro systema, como acontece com todos os medicamentos, por não conter mercúrio,ópio, nem.droga alguma nociva; em uma palavra, pôde ser emphaticamente de-nominado o Amigo dos tísicos, porquanto, toda a vez que ó empregado, pro-duz invariavelmente os resultados os mais felizes do que outro qualquer remedio,acalmando os padecimentos do enfermo e restabelecendo, na maior parte dos casos,graças ás suas propriedades salutiferas, a gaude do doente.

Todo o mundo sabe que a tisica ó uma moléstia assustadora. Principia eprogride tão incidiosamente, que, quando menos se pensa, o pulmão não ó maisdo que uma massa de ulceras; então uma exposição súbita, ou a mudança do ca-lor para o rio, produz uma inflammação, e dentro de poucos dias ou semanas diz-seque a pessoa morreu de uma rápida consumpção, quando na realidade a moléstiade ha anno ia produzindo os seus estragos no pulmão ; e por falta de conheci-mento dos symptomas da tisica, que poderiam ter feito descobrir a moléstia, sóvem a saber-se delia quando a cura não ó mais possivel.

Por causa de repetidos pedidos os proprietários do afamado -*- Xarope do bos-que — resolveram vender o mesmo tambem em meias garrafas. Como muitaspessoas (principalmente as que residem no campo) desejam conhecer os prodígio-sos effeitos que produz no doente antes de comprarem uma garrafa inteira, e emcasos de ligeiras constipações (que sempre se devem vigiar cuidadosamente), pois,que em muitos destes casos nem sempre se gasta uma garrafa.

Tintura imperial do Dr. Brown.

Esta yaliosa preparação tem sido recom-mondada por milhares de pessoas que deliatêm usado, e ainda usâo, como das melho-rés entre as muitas tinturas aetualmenteejn uso para tornar o cabello ruivo oubranco muito macio e perfeitamente preto,sem damno algum para. a pelle ou ca-bellc.

KJng's.

GARRAFA INTEIRA 5U00O' Al f íI MEIA GARRAFA 3U00O

Éillií¦Eosquitns,

1'ULGAS, PERCEVEJOS E BARATAS.

Vendem-se os verdadeiros póspara matarmosquitos, pulgas, percevejos e baratas,em porções e-a varejo: preço de cadalata 800 rs.; na rua do Hospício n. 40.

Pastilhaspara curar lombrigas.Ha mais de 400,000 casos nos quaes se

provão serem infalliveis e a única medicinadescoberta que mata seguramente as lom-brigas. Muitas enfermidades são causadasdestes vermes, e grandes padecimentos, efdgumas vezes a morte, sem que se possasuspeitar a sua origem. Muitas vezes pade-cera de lombrigas pessoas de idade aVança*da, e se lhes applicão remédios sem pro-veilo, julgando ,que são outras doenças; setomassem uma pequena doso destas boaspastilhas depressa melhoraria©»

Tânia solaraEsta tinta de marcar usa-se com qual-

quer preparação prévia para roupa, etc:,sobre a qual se deve escrever. Depois de seler usado como tinta ordinária, exige uni-camente que se ponha ao sol por uma horapara produziram preto durável, que serápermanente.

Os abalxoflssignados, suecessoresdoR. C. YatesoC,cx-pioprietnrioà do Xarope doBosque, avÍ8üo.i«ipubliicoque do 1" de Junho do 1860 em dianlo mudarão os Ie-tieiròs a envoltórios das garrafas e meias garrafas, porcausa da grande falsificação ijue algumas pessoas semsentimentos (bem conhecidas dos donos) têm feito neslacidade.

O letreiro que está colado nas garrafas é azul comIclras e emblema da mesma côr, e do envoltório ó ama-rello com letras côr de rosa, as meias garrafas tom o le-treiro que eslá colado, roxo, com letras o emblema da verdeada,

mesma côr, e o do envoltório ó verde com letras e em-blema da mesma côr.

Totlos os letreiros' são assignados polo próprio punhode 11. Prins o C. .

O papel que serve de envollorio é branco, lanlo dasgarrafas como das meias garrafas, e lem o seguinte le-treiro cm letras d'agtia. H. Pi ins e C, rua do Uospicio,Rio de Janeiro, Xarope do Bosque, 40 rua do Uospicio.

As garrafas e meias garrafas são do -vidro côr es-

Yeode-se no deposito geral, rua do Hospício n. 40.O. Prins e comp.

DE

I mmpara a cura do escrophulas ou alporcas, moléstias syphililicas e mercuriaes, rlieunalismo, chagas ulcerosas,tumores brancos, doenças do Dgado e da cutis, debilidade geral, o flnalniente para Iodas as moléstias produzidaspela impureza do sangue.

Eslo verdadeiro c unico purificador do sangue, que ha mais de 15 annos vende-so nesta côrle na rua do Hos-1'icio n. 40, acaba do chegar dos Estailos-Uuitlos. Como muitas pessoas sabem dos bons effeilos deste sublimeremédio o tem procurado e não o encontrão, em conseqüência da demora quo houve em chegar, por isso annun-cia-se aquelles que o desejarem que o seu unico deposito o na

40 RUA BO HOSPÍCIO 40

(uuiu eiluniui-iun ipara facilitar, a dcntiçuo, das crianças e prescrvalas das convulsões; vendem-se no armazém de drogas

lua do Hospício 4L0

CITRATO DB MAGNESIA EFFERVESCENTA.

.. Para se fazer uma bebida salina e agra-davel põe-se um pouco de assucar em uracopo com uma terça parte de água fria, epõe-se em üm outro copo uma colherinhado citrato de magnesia, junta-se e bebe-sedurante a effervescencia.

Para uma bebida p.urgativa deita-se duascolherinhas do citrato de magnesia em umcopo e duas terças partes de água mornaem um outro copo,'mistura-se e bebe-sedurante a effervescencia. A melbor horade a tomar é de raanbã ao levantar-se.

Póde-se juntar xarope de limão, laranjae ananaz, para tornar-se uma bebida deli-ciosa. Vende-se na rua do Hospício n. 40.

Vermifugo de Fahnstok's.

E' um dos mais poderosos remédioscontra as lombrigas; basta tres pequenasdoses para se obter a completa expulsão dosvermes; póde-se dar ás crianças de todasas idades; cada vidrinho acompanha omodo de se empregar este verniifugo.

Remédio asiático eontra a ery-sipela.

Esta maravilhosa preparação, conhecidae popularisada na índia entre os Malaios, éo maisevidente remedio contra as erysipelas;vende-se na rua do Uospicio n. 40.

Panacéa de Swalm's

PARA CURAR AS SEGUINTES ENFERMIDADES.

Escrophulas, rheumatismo, inchações bran-. cas, moléstias de pelle, debilidade geral,

as conseqüências do uso prolongado domercúrio, e em geral iodas as moléstiasoriginadas da impureza do sangue.

Este medicamento, que ultimamente foitão procurado, póde-se encontrar do ver-dadeiro vindo em direilura de casa de seuautor, em Pbiladelphia, na rua do Hospícion. 40,

Pilulas vegetaes do Dr.Braudretk.

Este remedio ha muito que ó conhecido,o delle se faz uso na Europa e nos Estados-Unidos, onde ó recommendado pelos me-dicos como medicamento familiar de grandepioveito. E' puramente vegetal, e pócte sertornado sem risco por crianças e pesssoasmaiores. Seus effeitos purgativos restabele-cem e fortificão sempre toda a debilidadedos órgãos da digestão, e é o melhor reme-dio para purificar e fortalecer o systema.

Pilulas do Dr. Snells.

REHEDIO POPULAR AMERICANO.

Estas pílulas são puramente vegetaes ejustamente celebres por causa de suas vir-ludes purgativas. Podem-se tomar em to-das as épocas, e são recommendudas parti-cularmeate ás pessoas que soffrem adstrin-gencia,

Pílulas feminis do Dr. Cfarsoni

São para cura de todas as moléstias pe*culiares do sexo feminino, toda a d«;bili.dade e irregularidade, quer da constituição,quer de resultado de excessivo trabalho oude qualquer moléstia prolongada. 0 seuuso restabelece de uma vez o systema noseu andamento regular e salutar. Cadacaixinha tem um livrinho descrevendoperfeitamente os symptomas destas moles-tias e sua cura, o modo de applicar os re-médios, eto.

pilulas de nollowey.

Este remedio ó de prodigiosa virtude e efficaciipara qualquer das enfermidades seguintes:

Arôas (mal de)AsthmaCaimbrasGoltca (dôr de)ConvulsõesDobilidádesDesmaiosDores de cabeça

de entranhasde pedrade ventre

Dureza de ventreQysenteiiaDyspnéaDysuriaEnxaquecaErysipelaFebre biliosa

ethicaintermittente

Fígado (doença do)

Garganta (dores de)GotaHemorrhoidatHydropesiaIndigestõesItiflammnções de qail-

quer espécieIcteríçiaLombrigasMalhas e empolesMenstruaçâo limada!

suspensa, irregularRheumatismoRins (mal d»)Scrnphulas

'Symptomas secundariaTic-dolorosoTumoresUlceraiVenereo (mal)Verores.

Pilulas purgativas da vidafh«m«0 Parr.

de

Estas pilulas, tão conhecidas do publico, temtido uma aceitação.admirável pelas suas curas •pela razão de não admittir ò mais pequeno rei-guardo; são empregadas nas indigosides e hydro-pesia, adstringençia no ventre, flatulencíá, «Joeft-ças nervosas, do.ent-as do fígado, ictericia, tusso,constipaçõ38, asthraas, erysipolas e doenças pro-priás do suxo feminino.

Tudo» os viajantes de mar o torra, nenhum deveachar-se sem alguma porção d'este medicamentotão_ prodigioso e tão próprio para estas pessoas, emrazão de não admittir o mais pequeno resguardo,dieta ou cautela do qualidade alguma, podendo to-mar-se a toda a hqra em quó o homem se acha enestado de fazer uso d'elle. As dores de cabeça,cruezas de estômago, faltas de appeiite, afflicçõoidé espirito, cansaço e outros incommodos que tan-tas vezes perturbam o viajante e ubsiam as suaidesejadas digressõos, são mui facilmente combati-dos por este medicamento tão1 simples e efficaz.Não são unicamente as suas virtudes para o cum-pleto restabelecimento de iodas as doenças quaseacham escriptas que o tornam recommendavel, 6tambem a grande vantagem da sua perfeita con-servaçào, podendo ser levado a qualquer parte domundo, sem que soffra em suas virtudes a menoralteração, e sem ser preciso para o seu uso cônsul-lar facultativo uu pessoa alguma pertencente áclasse medica; pois suas virtudes já tão rscbnhe-cidas em toda a Inglaterra e'suas colônias, offere-cem as provas mais certas dos bons e felizes resul-tados de sua applicação.

N. B. C. b II. tiuTTLKR ¦ Cour. teem escolhidocomo principaes agentes para o império do rasila Vbith BnAvo s Cour., afim de unicamente poderem vender suas pilulas da vida na sua Ntica e ar-mazem de drogas na rua da Madre de Deus n. 1,em Pernambuco, e autorisando-os para poderemescolher uma pessoa de sua confiança em cadaprovincia para a venda das dilas pílulas, sendo 11o preço de cada caixinha, que conterá 25.

CAUTEEJLÁ.Vendendo alguém pilulas, com um nome

semelhante, previne-se que as verdadeirassão em caixas azues, levando ne tampãoretrato do autor ThohasTaru, e no fundoum letreiro em letras azues e encarnadas,uma tira vermelha envolta na caixa coraletras pretas, d«z: Pilulas da vida segundo areceita de seu autor tarr. » 0 unico depo-sito no Rio de Janeiro é na rua do Hospi-cion. 40.

t Todos estes medicamentos vendem-se na ruacompleto sortimento de drogas, produetos chimicos e pharmaceutILlsboa e Estados-Unidos;'

do Hospício n. 40, onde se encontra um grande eIcos; recebendo-se directamente de. Londres, França," -se em porção e a varejo.

ara burgo,

AGENTES Pâflâ E DO BOSQUE.

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BSontevidèo.—Joisé VenturaGaraicocclia,ruaSarandi n.-S-SS.K,uenos-4yres.—Torres & llarton,rua da tu cie usa ns. «&,«» e «9.llauia— Unia, Irináes e Comp. *Piernanibuèo.-rJwiSo da Cost» Kravo e Comp.IHaranbão.—aVránciscò Pereira da &iRva Itiovaes.Bio Cirande do teui.—Antônio Teixeira Pwliharcs.Porto-Alegre—l-rancisco José ffielio.Pelota».—«Bosé Antônio de Araujo Lima.

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Jaguarão.-*~lifaKoel Antonio füonçalvesi liamos.Santa CatSiarina.—Kstunislúo Antonio da Couceiçao.Laguna,—Aiucrico Antonio da Costa.Suíieos.—Joito Joaquim da Silva.'8. Paulo.—Henrique Vos.Nictheroy.—João .Antônio Torres, rua da Conceição h. i.Porto das Caixas. — Couto & Tinoco.Campos.—José Vaz Corrêa Coimbra.

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Typographia do-Concp-f. ?*f Taiiiie-c'o M, J. '§p, Arawjo •& Comp., ros Mova do Ouvidor n. 21.