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1 Atividades 015 Agência Portuguesa do Ambiente, I.P Plano de Atividades dos Fundos Ambientais-2014

Plano de Atividades dos Fundos Ambientais-2014 · gases com efeito de estufa, a preços competitivos, ... e reparação de danos a componentes ambientais naturais ou humanas, sejam

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Atividades 015

Agência Portuguesa do Ambiente, I.P

Plano de Atividades dos Fundos Ambientais-2014

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Ficha Técnica

Título: Plano de Atividades do Fundo Português de Carbono 2014

Editor: Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.

Data de Edição: março de 2014

Coordenação Global: Conselho Diretivo da APA, I.P.

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ÍNDICE GERAL

1. Resumo .......................................................................................................................................................4

2. Enquadramento ......................................................................................................................................... 7

3. Fundos Ambientais .................................................................................................................................... 9

3.1. Fundo de Intervenção Ambiental ..................................................................................... 9

Orçamento 2014 ........................................................................................................................................ 9

Apoios……………… ................................................................................................................................ 9

3.2. Fundo Português de Carbono ........................................................................................... 11

Orçamento 2014 ........................................................................................................................................ 11

Cooperação internacional em matéria de Alterações Climáticas ............................................................. 13

Investigação e Desenvolvimento em matéria de Alterações Climáticas ................................................ 14

3.3 Fundo de Proteção de Recursos Hídricos .......................................................................................... 16

Orçamento 2014 ....................................................................................................................................... 16

Apoios …………………………………………………………………………………………...16

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1. RESUMO

A atividade dos Fundos Ambientais em 2014 será marcada pela continuidade dos trabalhos iniciados em anos anteriores

A Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. continuará a dar seguimento à prossecução dos objetivos e missão dos fundos ambientais, utilizando a multidisciplinariedade dos recursos existentes.

A soma dos orçamentos nominais estimados dos 3 fundos ambientais é de 127,24 M€, cabendo 3,24 M€ ao Fundo de Intervenção Ambiental (FIA), 110 M€ ao Fundo Português de Carbono (FPC) e 14 M€ ao Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos (FPRH).

A atividade de cada um dos fundos ambientais em 2014 prevê os seguintes desenvolvimentos principais:

a) No caso do FIA, atualmente importa referir que se encontra em circulação pelos membros do Governo uma proposta de revisão do regime jurídico do FIA. Os principais projetos em 2014 dizem respeito: 1. Continuação de execução do projeto já

contratualizado, referente à retirada de lamas em Santo André, cuja previsão é a de que o mesmo;

2. É espectável que venha a ocorrer durante o ano de 2014 uma transferência para a APA, I.P. no âmbito da reafectação de receita própria no âmbito do MAOTE a fim de dar continuidade à candidatura ao Programa Operacional Temático da Valorização do Território (POVT), para o cofinanciamento de uma intervenção na Estação de Tratamento de Águas Residuais – ETAR de Alcanena.

a) O FPC pretende dar continuidade e consolidar as suas linhas de atuação no período pós-2012, centrando a sua

atividade como instrumento financeiro do Estado Português para a prossecução das orientações de política climática, quer de mitigação quer de adaptação às alterações climáticas. Inicialmente centrado na aquisição dos créditos de carbono necessários ao cumprimento do Protocolo de Quioto por parte do Estado Português, as fontes de receita do FPC foram substancialmente ampliadas, a partir de 2013, através dos leilões do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), possibilitando assim o alargamento do âmbito de projetos a apoiar na prossecução dos seus objetivos. Os principais projetos a realizar em 2014 pretende-se que sejam:

3. A prossecução do projeto de sumidouros agrícolas de carbono no solo de pastagens sob-coberto de matas e florestas por interrupção da mobilização, ao alterar o sistema de controlo mecânico da vegetação espontânea (projeto “Matos”) no âmbito do Programa de Apoio a Projetos no País a conceder pelo FPC;

4. A continuidade do apoio ao projeto da rede piloto para a mobilidade elétrica em Portugal – MOBI.E.;

5. A comparticipação nacional no projeto de adaptação, denominado AdaPT, do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE), ao abrigo do Memorandum of Understanding (MoU) assinado entre Portugal e os países dadores da Área Económica Europeia (EEA Grants) onde se prevê a seleção de projetos sectoriais;

6. O apoio a projetos nacionais de adaptação às alterações climáticas, nomeadamente os definidos no âmbito da Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC);

7. Prevê-se a continuidade do protocolo com a DGT que visa a elaboração de cartografia de ocupação de uso de solo;

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8. O apoio a projetos visando o cumprimento dos compromissos nacionais em matéria da iniciativa “fast start” (resultante da Cimeira de Copenhaga);

b) No FPRH, tal como acontece no FIA e FPC, encontra-se igualmente em circulação pelos membros do Governo uma proposta de revisão do regime jurídico do FPRH. As principais alterações face à situação atual residem na mudança da entidade gestora para a APA, I.P. (que absorveu as 5 Administrações Regionais Hidrográficas - ARHs); Em termos de projetos a desenvolver durante o ano de 2014, prevê-se a:

1. Continuidade das ações referentes às intenções e projetos aprovados nos anos de 2011 a 2013, bem como a receção de candidaturas no decorrer do ano de 2014;

2. É espectável que venha a ocorrer durante o ano de 2014, à semelhança do FIA, uma transferência para a APA, I.P. no âmbito da reafectação de receita própria para o financiamento de projetos prioritários no âmbito do domínio hídrico.

Tendo em conta a publicação da Lei Orgânica do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, vertida no Decreto-Lei n.º 7/2012, de 17 de janeiro, onde se prevê que os Fundos Ambientais funcionam junto da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., bem como do DL n.º 56/2012, de 12/03 (lei orgânica da APA, I.P.), que prevê disposição semelhante, e tendo em consideração que a gestão dos Fundos Ambientais geridos pela APA, I.P. carece de uma estrutura para a sua gestão integrada, foi criado, pela Deliberação n.º 9/2013 de 30 de junho de 2012, um grupo de trabalho para a gestão dos referidos Fundos, designado como “Grupo de Gestão dos Fundos Ambientais”, a funcionar na dependência do Conselho Diretivo da APA, I.P..

O Conselho Diretivo da APA, I.P. atribuiu ao Grupo a gestão integrada dos referidos fundos, potenciando sinergias entre os mesmos e entre outras fontes de financiamento, nacionais, comunitárias ou

outras, procurando a maximização de recursos para a prossecução dos objetivos dos diversos fundos, competindo-lhe:

a) Funcionar como ponto focal para os contatos com o FPC, o FPRH e o FIA;

b) Propor ao Conselho Diretivo da APA, I.P., o planeamento estratégico e financeiro dos fundos, os orçamentos anuais inseridos nos respetivos planos de atividades, os relatórios de atividades e os relatórios de contas anuais, bem como exercer o controlo da sua gestão;

c) Efetuar o processo de análise e instrução de projetos a apoiar pelos fundos, para posterior deliberação pelo Conselho Diretivo da APA, I.P., bem como acompanhar a gestão dos respetivos contratos associados.

Em 15 de outubro de 2013, foi publicado no Diário da República, 2ª Série, o Despacho n.º 13125/2013, que cria a Equipa Multidisciplinar de Gestão dos Fundos Ambientais, abreviadamente designada GFA, e extingue o Grupo de Gestão de Fundos Ambientais anteriormente referido. Este Despacho atribui à GFA a gestão conjunta do FPC, do FPRH e do FIA, no âmbito da APA, I. P. potenciando sinergias entre os mesmos e entre outras fontes de financiamento, nacionais, comunitárias ou outras, procurando a maximização de recursos para a prossecução dos objetivos dos diversos fundos, competindo-lhe designadamente executar as seguintes competências: a) Funcionar como ponto focal para os

contactos relacionados com o Fundo Português de Carbono, o Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos e o Fundo de Intervenção Ambiental;

b) Propor ao Conselho Diretivo da APA, em articulação com o DFIN e com os departamentos da APA relevantes, o planeamento estratégico e financeiro dos fundos;

c) Propor ao Conselho Diretivo da APA, em articulação com o DFIN e com os departamentos da APA relevantes, os orçamentos anuais, os planos de

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atividades, os relatórios de atividades e os relatórios de contas anuais;

d) Efetuar a programação financeira dos fundos e o controlo de gestão, em articulação com o DFIN;

e) Efetuar a gestão e acompanhamento dos investimentos dos fundos, em articulação com os departamentos relevantes;

f) Desenvolver, em articulação com os departamentos relevantes, os processos relativos aos programas de candidaturas e respetivo suporte técnico;

g) Efetuar, em articulação com os departamentos relevantes, a análise de projetos a apoiar pelos fundos, bem como, acompanhar a gestão dos respetivos contratos associados;

h) Desenvolver, em articulação com os departamentos relevantes, os processos relativos às medidas de política que concretizam as linhas de ação dos fundos

previstos nos respetivos planos de atividades;

i) Apoiar o funcionamento dos respetivos Comités Executivos;

j) Coordenar a gestão dos instrumentos económico-financeiros sob gestão da APA que originam as receitas dos Fundos;

k) Desempenhar as restantes competências que lhe sejam atribuídas pelo Conselho Diretivo da APA.

O apoio logístico ao Grupo de Gestão dos Fundos Ambientais é assegurado por colaboradores da APA, I.P. destacados para o efeito, devendo todos os departamentos técnicos da APA, I.P. contribuir com os pareceres técnicos que se revelem necessários no âmbito da apreciação ou acompanhamento dos projetos a apoiar ou apoiados pelos fundos.

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2. ENQUADRAMENTO

Os fundos ambientais geridos pela APA, I.P. constituem um importante instrumento financeiro do Estado Português nas seguintes áreas ambientais:

Alterações climáticas;

Proteção de recursos hídricos;

Passivos ambientais. O FPC, criado pelo Decreto-Lei n.º 71/2006, fundo autónomo com autonomia administrativa e financeira, tem como missão contribuir para a transição de uma economia nacional com baixo teor de carbono e resiliente aos impactes das alterações climáticas. O FPC tem como principais atribuições: a) Obtenção de créditos de emissão de

gases com efeito de estufa, a preços competitivos, através do investimento direto em mecanismos de flexibilidade do Protocolo de Quioto (CELE, projetos de Implementação Conjunta e projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo);

b) Obtenção de créditos de emissão de gases com efeito de estufa, a preços competitivos, através do investimento em fundos geridos por terceiros ou outros instrumentos do mercado de carbono;

c) Apoio a projetos, em Portugal, que conduzam a uma redução de emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente nas áreas da eficiência energética, energias renováveis, sumidouros de carbono, captação e sequestração geológica de CO2, e adoção de novas tecnologias, quando o retorno em termos de emissões evitadas assim o recomende;

d) Promoção da participação de entidades públicas e privadas nos mecanismos de flexibilidade do Protocolo de Quioto;

e) Apoio a projetos de cooperação internacional na área das alterações climáticas;

f) Apoio a projetos estruturantes de contabilização das emissões de gases

com efeito de estufa e sequestro de carbono em Portugal.

O FPRH, criado pelo Decreto-Lei n.º 172/2009, fundo autónomo com autonomia administrativa e financeira, tem por missão contribuir para a utilização racional e para a proteção dos recursos hídricos, através da afetação de recursos a projetos e investimentos necessários ao seu melhor uso, designadamente: a) Projetos tendentes a melhorar a

eficiência na captação, aproveitamento e distribuição de águas;

b) Projetos tendentes a minorar a carga poluente objeto de rejeição nos meios hídricos;

c) Projetos tendentes a minorar o impacto ambiental da ocupação do domínio público hídrico do Estado;

d) Projetos tendentes a melhorar os ecossistemas hídricos;

e) Projetos que contribuam para o controlo de cheias e outras intervenções de sistematização fluvial;

f) Outros projetos que contribuam para a proteção e valorização dos recursos hídricos no âmbito das competências da Autoridade Nacional da Água e das ARH’s.

1. Por fim o FIA, regulamentado pelo

Decreto-Lei n.º 150/2008, fundo autónomo com autonomia administrativa e financeira, tem por missão financiar iniciativas de prevenção e reparação de danos a componentes ambientais naturais ou humanas, sejam eles resultantes da ação humana ou produto das forças da natureza, que exijam uma intervenção rápida ou para os quais se não possam mobilizar outros instrumentos jurídicos e financeiros, em concreto:

a) Prevenção de ameaças graves e iminentes a componentes ambientais naturais ou humanos;

b) Prevenção e reparação de danos a componentes ambientais naturais

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ou humanas resultantes de catástrofes ou acidentes naturais;

c) Eliminação de passivos ambientais; d) Reparação de danos ambientais

cuja prevenção ou reparação não possa ser concretizada nos termos do regime de responsabilidade civil ambiental;

e) Atuação em quaisquer outras situações de mora, dificuldade ou impossibilidade de imputação ou

ressarcimento de danos a componentes ambientais naturais ou humanos;

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3. FUNDOS AMBIENTAIS

3.1. Fundo de Intervenção Ambiental

Orçamento 2014

Para o ano de 2014, o FIA tem orçamentado 3,24 M€ em receitas próprias, correspondentes a 50% das receitas de contraordenações ambientais de acordo com o artigo 69º da Lei n.º 50/2006 de 29 de agosto;

Nestas condições e considerando ainda um saldo transitado de 4,89 M€, perspetiva-se que o FIA disponha de 8,13 M€ em 2014.

Receitas Montante M€

Orçamento de Estado- Transferências 0

Receitas Próprias:

Taxa de Gestão de Resíduos 1,69

Coimas e penalidades por contra-ordenações

1,55

Subtotal 3,24

Saldo a Transitar para 2014 (estimativa) 4,89

TOTAL 8,13

TABELA 1: ORÇAMENTO DE RECEITAS DO FIA PARA 2014

Apoios

O FIA em 2014 tem comprometido o montante de 2,83 M€ correspondente aos seguintes pagamentos: o montante de 1,05 M€ referente ao projeto de intervenção n.º FIA/0001/1ª/2011 - “Retirada das Lamas Confinadas no aterro de Santo André”; O

montante de 0,34 M€ correspondente ao Projeto de intervenção n.º FIA/0001/2ª/2012 - “Empreitada para reabilitação da célula de lamas não estabilizadas da ETAR de Alcanena”, e cerca de 1,44 M€ para aplicar em projetos novos.

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TABELA 2- VALORES ORÇAMENTADOS DE APOIOS DO FIA

Para 2014, os valores orçamentados de apoios do FIA assentam essencialmente na execução dos projetos acima referidos. É espectável que venha a ocorrer durante o ano de 2014 uma transferência para a APA, I.P. no âmbito da reafectação de receita própria, no âmbito do MAOTE, a fim de dar continuidade à candidatura ao Programa Operacional Temático da Valorização do Território

(POVT), para cofinanciamento de intervenções na Estação de Tratamento de Águas Residuais – ETAR de Alcanena.

Foi igualmente previsto o apoio financeiro a novos projetos no âmbito de prevenção e reparação de danos a componentes ambientais, assim como uma previsão de para prestações de serviço que é espectável que venha a ocorrer ao longo do ano de 2014.

Tabela 3 – Despesas do FIA em 2014

FIA Aprovação Homologação Entidade Valor Total

(M€)

Executado (acumulado)

Estimativa

2013 2014 (M€) 2015 (M€) 2016 (M€)

FIA/0001/1.ª/2011 - Retirada das lamas

confinadas no aterro de St. André

Sim Sim Águas de St. André

2,702 1,351 1,052 0,299 0

Projeto de intervenção n.º

FIA/0001/2ª/2012 - “Empreitada para

reabilitação da célula de lamas não

estabilizadas da ETAR de Alcanena”;

Sim Sim APA, I.P 0,744 0,000 0,340 0,270 0,134

Novos projetos FIA A

designar 1,440 0,000 1,440 0,000 0

TOTAL 4,89 1,35 2,83 0,57 0,13

Despesas Montante M€

Projeto Stº André - 1.ª fase 2011 1,05

Projetos APA, I.P. 0,35

Novos Projetos FIA 1,44

Pessoal - Fiscal Único 0,005

Prestação de Serviços 0,075

Reserva 0,075

TOTAL 3,00

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Despesa

Aquisição de Créditos

Projetos Domésticos

Comissão Gestão

Prestação de Serviços/ Estudos

PPE/ Fast-Start

Mobi.E

IGP/AFN

Transferência SEN.

Adaptação - MFEEE

Projetos Adaptação

Projetos Mitigação

Projetos de Investigação e Desenvolv.

Transferência PRODER

Reserva

TOTAL

6,20

5,53

54,00

4,50

5,87

Montante M€

1,55

3,25

5,59

1,00

2,48

100,86

5,27

1,80

2,28

1,54

3.2. Fundo Português de Carbono

Orçamento 2014

Para o ano de 2014, o FPC tem orçamentado uma estimativa de 110M€ em receitas próprias. O FPC dispõe ainda de um saldo a transitar de 77,4 M€, e 41 M€ de aplicações em Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo (CEDIC).

Tabela 4: Orçamento de Receita do FPC para 2014

Com publicação do Decreto-Lei n.º 252/2012, que prevê que o FPC receba a totalidade das verbas de leilões do CELE, este transfere posteriormente para o Sistema Elétrico Nacional (SEN) grande parte das referidas verbas, de forma a compensar o défice tarifário decorrente da implementação de energias renováveis. Desta forma, o impacto estimado desta disposição no orçamento do FPC para 2014 que agora se apresenta deverá ascender a um acréscimo de receita de cerca de 85,43 M€, da qual uma 54 M€ serão transferidos para o SEN.

Pelo exposto, o orçamento total nominal estimado do FPC para 2014 poderá ascender a 100,86 M€.

Em termos de despesa, o FPC prevê em 2014

uma execução de cerca de 100,86 M€ para

aplicar quer a novos projetos, como a dar

continuidade aos projetos que se encontram

em execução.

Tabela 5: DESPESAS DO FPC EM 2014

FPC

Orçamento de Receita - 2014

Orçamento Estado - transferências

Receitas Próprias:

Taxa de gasóleo aquecimento

Taxa Lâmpadas

Coimas Biocombustíveis

Leilões Aviação

Leilões CELE

MFEEE

Ativos Financeiros

Rendimento de Aplicações

TOTAL

Aplicações CEDIC - atual

Saldo a transitar para 2014

(estimativa)

Montante M€

22,82

0,10

85,43

1,55

0,05

0,05

110,00

41,00

77,40

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Projetos

Estima-se que no ano de 2014 o montante a

investir em projetos seja da ordem dos

36,24M€.

Este montante inclui:

a) 3,25 M€ para projetos domésticos

(ao abrigo de programas

anteriores)

b) 10,37 para novos projetos nacionais

de mitigação (incluindo PRODER)

c) 1,8M€ para o projeto Mobi.E;

d) 2,28 M€ para os projetos de apoio à

cartografia de ocupação do solo e

contabilização do sequestro de

carbono relativo ao uso florestal e

agrícola;

e) 7,74 M€ para projetos de

adaptação às alterações climáticas,

incluindo o programa do MFEEE;

f) 5,53 M€ para projetos de

investigação e desenvolvimento;

g) cerca de 5,27 M€ relativos ao

chamado financiamento 'fast start'.

Apoio a implementação de projetos de reduções de emissões em território nacional - Mitigação Em 2014 pretende-se continuar o apoio a projetos nacionais de redução de emissões de gases com efeito de estufa, pelo que se trabalhará na criação de linhas de apoio específicas para determinadas tipologias de projetos de redução de emissões ou de sequestro de carbono em Portugal, que correspondam aos critérios de investimento do FPC. Em 2014 serão igualmente prosseguidos os projetos em curso.

Em 2010, foram identificados dois projetos estruturantes para a contabilização das emissões de gases com efeito de estufa e sequestro de carbono em Portugal que permitem assegurar o potencial de sequestro de carbono e reduzir a incerteza do défice de cumprimento das metas nacionais em matéria de alterações climáticas. Neste contexto, perspetiva-se que em 2014 seja dada como concluída a execução financeira do Protocolo com a

Direcção-Geral do Território (DGT, ex-IGP) que visa a elaboração de cartografia de ocupação de uso de solo para uso no reporte nacional de emissões de gases com efeito de estufa. Em 2014 prossegue ainda o projeto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, ex-AFN), para a elaboração do inventário florestal nacional, incluindo a determinação de carbono nos solos agrícolas e florestais

Em 2014 será também prosseguido o acompanhamento e monitorização dos dois projetos ainda em curso da 2.ª fase do Programa de Apoio a Projetos no País: “Sequestro de carbono por alteração de métodos de controlo da vegetação espontânea” e “Sequestro de carbono em pastagens semeadas biodiversas”.

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Em 2014 está ainda prevista uma transferência para o PRODER para apoio a projetos no setor agrícola.

Em 2014 prevê-se a conclusão do apoio do FPC à Rede Piloto para a Mobilidade Elétrica em Portugal - MOBI.E, em linha com o previsto na adenda ao contrato efetuada em 2013.

Prevê-se ainda o desenvolvimento de uma linha de apoio para a promoção da mobilidade elétrica na Administração

Pública, a qual se deverá iniciar com um programa piloto de introdução de veículos elétricos.

Será iniciado um estudo para a identificação de tecnologias de baixo carbono para os setores da Química, Agroalimentar, Cerâmica e Têxtil incluindo a definição de linhas de orientação para o apoio de candidaturas ao Fundo Português de Carbono nos setores referidos.

Apoio a implementação de projetos de Adaptação às Alterações Climáticas em território nacional

Em 2014 prosseguirão os trabalhos relativos ao projeto de adaptação do MFEEE, denominado AdaPT, submetido no final de 2012 ao abrigo do MoU assinado entre Portugal e os países dadores dos EEA Grants. O programa tem uma dotação financeira de 3.529.412 €, sendo 85% assegurado pelos EEA Grants e os restantes 15% financiados pelo Fundo Português de Carbono, gerido pela APA.

Em 2014 perspetiva-se o desenvolvimento dos projetos selecionados neste âmbito e ainda de projetos nacionais de Adaptação às alterações climáticas, nomeadamente os definidos no âmbito da ENAAC.

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Cooperação internacional em matéria de Alterações Climáticas

Em 2014 será dada continuidade ao apoio a projetos de cooperação em matéria de alterações climáticas no contexto do apoio “fast start” decorrente da Cimeira de Copenhaga, tal como já desenvolvido em anos anteriores. Portugal comprometeu-se a contribuir com um valor de 12 milhões de euros por ano, durante o período 2010-2012, correspondendo a um total de 36 milhões de euros para o referido triénio. Para o efeito, Portugal assinou vários memorandos de entendimento com países africanos de língua portuguesa, no valor total de 24 M€.

Este contributo financeiro deverá ser considerado como instrumento da política de cooperação para o desenvolvimento, com especial enfoque nos países parceiros da cooperação portuguesa, e direcionado para ações relacionadas com alterações climáticas ou ações que integrem a vertente das alterações climáticas.

No final de 2010 foram aprovados os primeiros 2 projetos, localizados em Moçambique (Atlas de Energias Renováveis e Instalação de Energia Solar em 50 vilas Moçambicanas)

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Em 2014, será dada continuidade aos projetos, que se encontram em curso, designadamente “Instalação de Sistemas Fotovoltaicos em 50 Vilas”, “Capacitação para o Desenvolvimento de Estratégias Baixo Carbono Resilientes”, “Integração da Adaptação às Mudanças Climáticas no Desenvolvimento”, “Plano Nacional Energético para a Biomassa Florestal para Angola”, “Plano Nacional de Apoio ao Saneamento Urbano na Perspetiva da Redução de Emissões e Adaptação às Alterações Climáticas” e “Implementação de Projetos-piloto de Programas de Ação Locais de Adaptação em Moçambique”, sendo ainda expectável o início de três novos projetos

Investigação e Desenvolvimento em matéria de Alterações Climáticas Em 2014 dar-se-á início à preparação do apoio a projetos de investigação e desenvolvimento

(I&D), em particular no âmbito do Programa NER300 aos projetos nacionais aprovados pela

Comissão Europeia:

Projeto Windfloat

O projeto Windfloat tem um investimento total pelo FPC, no âmbito do Programa NER300, de

19.004.000€ (6 milhões de euros por investimento e o remanescente em exploração).

Projeto “Swell”

O projecto “Swell” (energia de ondas), com um valor total de financiamento pelo FPC, no âmbito do

Programa NER300, de 4,3 M€ (1,5 M€ por investimento e o remanescente em exploração).

Projeto “Santa Luzia Solar Farm”

O projeto “Santa Luzia Solar Farm” (energia solar), com um valor total de financiamento pelo FPC,

no âmbito do Programa NER300, de 11,7 M€ (8,1 M€ por investimento e o remanescente em

exploração).

Investimentos em Fundos

Na prossecução dos seus objetivos o FPC efetuou, entre 2007 e 2009, um conjunto de investimentos no mercado de carbono.

Neste contexto, procedeu a investimentos nos seguintes fundos geridos por terceiros: Asia Pacific Carbon Fund (APCF); NatCap, Carbon Fund for Europe (CFE) e no Fundo Especial de Investimento Fechado - Luso Carbon Fund. Foram ainda efetuados investimentos no mercado secundário e a aquisição de quantidade atribuída a outros Estados.

Tendo sido garantido o cumprimento dos objetivos nacionais em matéria de alterações climáticas, a atividade do FPC centra-se atualmente no apoio a projetos de mitigação, adaptação, inovação e

desenvolvimento e cooperação, não tendo sido efetuados, desde 2009, novos investimentos no mercado de carbono. A atividade a reportar em 2014 decorre assim de compromissos anteriores e do acompanhamento da atividade dos Fundos cuja atividade se perspetiva muito reduzida face à evolução do mercado de carbono e à aproximação da maturidade dos fundos.

CFE Em 2007 foi assinado o contrato de participação no fundo CFE. O FPC assinou uma nota promissória no montante mínimo de participação no fundo, de 10 M€. Foram efetuados pagamentos no montante de 4,1 M€.

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Nat Cap

Em 2008 foi aprovado o investimento de cerca de 23M€ na Nat Cap, um fundo gerido pela Natsource Asset Management Corp (NAM).Em 2014 será efetuado um balanço da atividade e da manutenção do FPC no mesmo.

LCF

Em 2006 foi feita subscrição no Luso Carbon Fund – Fundo Especial de Investimento Fechado (FEIF), no montante de 3 M€ correspondentes a 60 unidades de participação tendo sido posteriormente aumentado o capital em 2008, através da compra de 438 unidades de participação, o que significou a subscrição no montante total de 25.9 M€.

Em Outubro de 2013 procedeu-se a uma amortização do capital por redução do valor de cada UP a 0,004M€, o que correspondeu

a uma distribuição de liquidez para o FPC de 1.9 M€ o que só virá a ser refletido nas contas de 2014.

O fundo encerra a atividade no final de 2016.

APCF

O APCF foi constituído em 21 de novembro de 2006, sendo um fundo gerido pela Asian Development Bank, ADB e foi constituído por 7 países soberanos: Bélgica, Finlândia, Luxemburgo, Portugal, Espanha, Suécia e Suíça. Em 2007 o FPC efetuou o investimento de até 15 milhões de dólares para a compra de CERs no APCF.

Prevê-se que o APCF encerre a sua atividade no decurso de 2014.

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3.3 Fundo de Proteção de Recursos Hídricos

Orçamento 2014 Para o ano de 2014, o FPRH tem orçamentado 14 M€ em receitas próprias. Nestas condições e considerando ainda uma estimativa de saldo

transitado de 30,97 M€, perspetiva-se que o FPRH disponha em 2014 de 44,97 M€.

Receitas Montante M€

Orçamento de Estado - Transferências 0,00

Receitas Próprias: 14,00

Taxas de Recursos Hídricos 14,00

Outros 0,00

TOTAL 14,00

Saldo a transitar para 2014 (estimativa)

30,97

Tabela 6: Orçamento de receita do FPRH para 2014

Apoios No decorrer do ano de 2014, o FPRH pretende dar continuidade aos projetos que já foram aprovados e homologados pela tutela nos anos anteriores.

No decorrer do ano de 2013, o FPRH submeteu à consideração superior e aprovação pela tutela das intenções de projeto abaixo indicados no montante total de financiamento de 1,81 M€.

Através do Despacho nº 30/2013 do Senhor Secretário de Estado do Ambiente de 22/05/2013 e do Despacho exarado no ofício SEAOT nº2470 de 22/05/2013 foi aprovado o financiamento total por parte do FPRH de 1,05 M€.

Foi igualmente considerada uma estimativa para novos projetos em 2014.

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TABELA 7 – INTENÇÕES APROVADAS EM 2013

Em 2014 a estimativa de execução orçamental é de cerca de 12,44 M€. Neste montante encontra-se incluída a reafectação de receita própria para a APA,I.P. para o financiamento de intervenções urgentes no domínio hídrico, sendo ainda previsto que ocorra despesa com o Fiscal Único e aquisição de serviços.

Despesas Montante M€

Projetos FPRH 3,61

Projetos APA, I.P. 8,42

Pessoal 0,01

Prestação de Serviços 0,10

Reserva 0,31

TOTAL 12,44

TABELA 8 – DESPESAS do FPRH em 2014

FPRH/0001/1ª/2013 - Reparação e reabilitação da

marginal da praia de Lavadores em Vila Nova de Gaia -

Projecto urgente ARH Norte

APA, I.P. não não 209 100,00 100% 0,00

FPRH/0003/1ª/2013 - – Intervenção de Emergência na

Praia do Furadouro - Proteção da Avenida Marginal e

Recarga da Praia (2ª fase)

APA, I.P. não não 539 258,38 15% 0,00

FPRH/0002/1ª/2013 - Reabilitação do Canal de

AlpiarçaAPA, I.P. sim Despacho 30/2013 85 000,00 100% 85 000,00

FPRH/0004/1ª/2013 - Obras de Emergência da Cascata de

PernesAPA, I.P. sim Despacho 30/2013 468 200,00 100% 468 200,00

FPRH/0005/1ª/2013 - Projecto EstáBem -

Responsabilidade partilhada para a limpeza,

desobstrução e valorização de linha de água .

Junta de Freguesia

de Sabóiasim Despacho 30/2013 17 300,00 50% 8 650,00

FPRH/0006/1ª/2013 - Intervenção de sistematização fluvial

e melhoramento do ecossistema hídrico da Ribeira de Seiça

Junta de Freguesia de

Seiçasim

Despacho 30/2013

de 22/05/2013111 420,00 100% 111 420,00

1 430 278,38 673 270,00

FPRH/0001/2ª/2013-"Intervenção de urgência em

infraestruturas do Vale do Lis afetadas pelas cheias

de 31 de março de 2013".

Associação de

Regantes e

Beneficiários do

Vale do Lis

simDespacho de

22/05/2013380 500,00 100% 380 500,00

380 500,00 380 500,00

1 053 770,00

Financiamento 1ª fase 2013

Financiamento 2ª fase 2013

Intenções 1ª fase 2013

Intenções 2ª fase 2013

Investimento

Elegível €PromotorDescrição Aprovação Homologação

Comparticipação

FPRH

Taxa

Comparticipação %

TOTAL Financiamento 2013

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ACRÓNIMOS

SIGLA Designação

AdaPT Programa de Adaptação às Alterações Climáticas

AFN Autoridade Florestal Nacional APA, I.P. Agência Portuguesa do Ambiente APCF Asia Pacific Carbon Fund CEDIC Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo CELE Comércio Europeu de Licenças de Emissão CFE Carbon Fund for Europe

EEA Grants European Economic Area

ENAAC Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

Fast Start Iniciativa portuguesa de Implementação Imediata em Matéria de Alterações Climáticas

FIA Fundo de Intervenção Ambiental FPC Fundo Português de Carbono FPRH Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos IGP Instituto Geográfico Português MFEEE Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu Mobi.E Rede Piloto para a Mobilidade Elétrica MoU Memorandum of Understanding NatCap Natsource Asset Management Corp

SEN Sistema Elétrico Nacional