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2010 Guarda Plano de Sustentabilidade do Município Pacto de Autarcas

Plano de Sustentabilidade do Município

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Page 1: Plano de Sustentabilidade do Município

2010

Guarda

Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas

Page 2: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

I

Índice: Índice de Gráficos: ..................................................................................................... I

Índice de Quadros: ..................................................................................................... I

Índice de Figuras: ...................................................................................................... II

Glossário: .................................................................................................................. II

1. Introdução ............................................................................................................. 1

2. Apresentação do Plano de Acção ......................................................................... 1

3. Caracterização do Concelho da Guarda ................................................................ 4

3.1. Concelho da Guarda ...................................................................................... 4

3.2. Caracterização do Clima ................................................................................ 5

3.3. Caracterização Socioeconómica .................................................................... 6

4. Enquadramento Metodológico na Agenda 21 Local .............................................. 8

5. Indicadores do Desenvolvimento Sustentável para o Município ............................ 9

6. Produção de Resíduos ........................................................................................ 10

6.1. Gestão de Resíduos ..................................................................................... 10

7. Acções de Sensibilização .................................................................................... 13

7.1. Acções desenvolvidas/planeadas ................................................................. 14

8. Transformação da Energia .................................................................................. 18

8.1. Linhas de Acção para a Sustentabilidade Energética ................................... 18

9. Energia ................................................................................................................ 20

9.1. Actividades do projecto (PTOE) .................................................................... 21

9.2. Implementação de medidas propostas para a eficiência energética ............. 22

9.2.1 Actividades do MUNIEnergy ................................................................... 23

9.3. Energia Eólica .............................................................................................. 30

10. Mobilidade Eléctrica .......................................................................................... 30

11. Conclusão ......................................................................................................... 31

Bibliografia .............................................................................................................. 32

Anexos .................................................................................................................... 33

Índice de Gráficos:

Gráfico 1: Sector de Actividade Económica ............................................................... 6

Gráfico 3: Toneladas de CO2 evitadas em 2007,2008 e 2009.................................. 13

Índice de Quadros: Quadro 1: Maiores empregadores empresariais do Município da Guarda ................ 7

Quadro 2: Cenário quantificado de Reciclagem por fluxo de Material .................... 11

Page 3: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

II

Quadro 3: Impacto indirecto (potencial de emissões evitadas) associado à

Reciclagem ............................................................................................................. 12

Quadro 4: Vantagens e desvantagens dos Reguladores de Fluxo Luminoso ......... 24

Quadro 5: Vantagens de Desvantagens dos Balastros de Duplo Nível .................. 25

Quadro 6: Infra-estruturas e seu consumo Energético ........................................... 26

Quadro 7: Sistemas propostos no Município da Guarda......................................... 27

Quadro 8: Implementação de caldeiras de biomassa nas infra-estruturas do

Município da Guarda ............................................................................................... 27

Índice de Figuras:

Figura 1: 55 Freguesias da cidade da Guarda .......................................................... 4

Figura 2: Acessibilidades do Concelho da Guarda ................................................... 5

Glossário:

A21L – Agenda 21 Local;

AMCB – Associação de Municípios da Cova da Beira;

CELE – Comércio Europeu de Licenças de Emissão;

CO – Monóxido de Carbono;

CO2 – Dióxido de Carbono;

CQNUAC – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas;

ECAL – Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos;

ECCP – Programa Europeu para as Alterações Climáticas;

ENERAREA – Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior;

GEE – Gases com Efeito Estufa;

HC – Hidrocarbonetos Aromáticos;

IP – Iluminação Pública;

NOx – Óxido de Nitrogénio;

Page 4: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

III

NUT – Nomenclatura das Unidades Territoriais;

PLIE – Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial;

PNAC – Programa Nacional para as Alterações Climáticas;

PNALE – Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão;

PTOE – Plano Transfronteiriço de Optimização Energético;

PVOAU – Plano de Valorização dos Óleos Alimentares Usados;

RSU’s – Resíduos Sólidos Urbanos;

SO2 – Dióxido de Enxofre;

UE – União Europeia.

Page 5: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO1

1. Introdução

O Município da Guarda, consciente de que a prevenção das alterações

climáticas passa pela redução de emissões de CO2, depara-se com o desafio de

responder de forma eficaz a este problema. Nos últimos anos têm-se desenvolvido

esforços significativos nesse sentido, como são exemplo, não só a adesão aos

projectos MUNIEnergy e Plano transfronteiriço de Optimização Energética, como

também no “aperfeiçoamento” de acções de sensibilização ambiental nas escolas e

nas freguesias do Concelho. Portanto, não restarão dúvidas que muito se tem feito,

perspectivando sempre o futuro, para o amortecimento das emissões. O Município

pretende constituir-se, através de um conjunto de medidas de sensibilização para as

boas práticas ambientais junto das instituições públicas, organizações privadas e

população em geral, como um verdadeiro arquétipo de referência que hospede o

profícuo aproveitamento dos meios e dos métodos disponíveis.

A adesão ao Pacto de Autarcas acarreta o repto de combater as emissões de

CO2, e a câmara Municipal da Guarda, como vem sendo seu apanágio, colocará

todo o seu empenho e determinação no cumprimento integral do objectivo.

2. Apresentação do Plano de Acção

Segundo, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações

Climáticas (CQNUAC) as “alterações climáticas” são definidas como “uma alteração

no clima atribuída directa ou indirectamente à actividade humana, que modifica a

composição atmosférica mundial e que se soma à variabilidade natural do clima

observada durante períodos de tempo comparáveis”.

As Alterações Climáticas têm sido uma problemática constantemente

escoltada pela União Europeia. Desde cedo foi desenvolvido um conjunto de

esforços para a sua compreensão e “aceitação”. Através do Programa Europeu para

as Alterações Climáticas (ECCP), criado em 2000 pela Comissão Europeia, foi

implementado um conjunto de políticas, como a adopção de critérios de custo -

eficácia, que visavam a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Foi

estipulado, em comparação com os valores de 1990, que os Membros da União

Europeia (15 países antes de 2004) reduziriam, no seu conjunto, 8% das emissões

de gases com efeito de estufa até 2012. (in: www. apambiente.pt)

Page 6: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO2

No período de 2008 a 2012 e no âmbito dos compromissos internacionais,

nomeadamente do Protocolo de Quioto, Portugal assumiu o objectivo de limitar o

aumento das suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em 27%,

relativamente aos valores registados em 1990. Para o cumprimento destas

finalidades edificaram-se alguns instrumentos fundamentais como sejam:

- O Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), aprovado pela

Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2006, de 23 de Agosto e alterado pela

Resolução do Conselho de Ministros n.º 1/2008, de 4 de Janeiro, que define um

conjunto de políticas e medidas internas que visam a redução de emissões de GEE,

por parte dos diversos sectores de actividade;

- O Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE), que é aplicável

a um conjunto de instalações fortemente emissoras de GEE, e como tal incluídas no

Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE);

- O Fundo Português de Carbono, criado pelo Decreto-Lei n.º 71/2006, de 24 de

Março, que visa o desenvolvimento de actividades para a obtenção de créditos de

emissão de GEE, designadamente através do investimento em mecanismos de

flexibilidade do Protocolo de Quioto. (in: www.apambiente.pt)

O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas confirmou que as

variações climáticas são uma realidade e que a utilização de energia, intimamente

ligada às actividades humanas, constitui uma das principais causas para essa

conjuntura.

O Comité das Regiões da EU revela a necessidade de congregar as forças locais e

regionais, visto a governação, a vários níveis, constituir um instrumento proveitoso

para ampliar a eficácia das acções empreendidas contra as alterações climáticas.

Deste modo, encoraja-se a participação de toda a população e, simultaneamente,

reforça-se o papel do programa “Pacto de Autarcas”.

O Pacto de Autarcas, recentemente assinado por esta autarquia, visa o

desenvolvimento de medidas de eficiência energética, projectos em matéria de

energias renováveis e outras acções relacionadas com a energia que possam ser

postas em prática em diversos domínios das actividades das autarquias locais e

regionais.

A Iniciativa da Comissão Europeia, desenvolvida por um conjunto de acções para as

Energias Renováveis, estabelece os seguintes compromissos às autarquias

aderentes:

Page 7: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO3

• Superar os objectivos definidos pela UE para 2020, reduzindo as emissões nos

territórios respectivos em pelo menos 20%, com a aplicação de um plano de acção,

em matéria de energia sustentável, nas áreas de actividade da competência do

Município. O compromisso e o plano de acção serão ratificados de acordo com os

respectivos procedimentos;

• Elaborar um inventário de referência das emissões como alicerce para o plano

de acção em matéria de energia sustentável;

• Apresentar o plano de acção em matéria de energia sustentável no prazo de um

ano a contar da data da assinatura por cada um de nós do presente pacto;

• Adaptar as estruturas municipais, incluindo a atribuição de recursos humanos

suficientes, a fim de levar a cabo as acções necessárias;

• Mobilizar a sociedade civil nas nossas áreas geográficas para participar no

desenvolvimento do plano de acção, delineando as políticas e medidas necessárias

para aplicar e realizar os objectivos do plano. O plano de acção será elaborado em

cada território e em seguida apresentado ao secretariado do Pacto no ano seguinte

à sua assinatura;

• Apresentar um relatório de aplicação, pelo menos, de dois em dois anos após a

apresentação do plano de acção para fins de avaliação, acompanhamento e

verificação;

• Partilhar a nossa experiência e o nosso saber-fazer com outras entidades

territoriais;

• Organizar Dias da Energia ou Dias do Pacto Municipal em cooperação com a

Comissão Europeia e outras partes interessadas, permitindo, aos cidadãos

beneficiar directamente das oportunidades e vantagens oferecidas por uma

utilização mais inteligente da energia;

• Informar periodicamente os meios de comunicação social locais sobre a

evolução do plano de acção;

• Participar e contribuir para a Conferência anual de Autarcas da UE para uma

Europa da Energia Sustentável;

• Divulgar a mensagem do Pacto nos fóruns apropriados e, em particular,

encorajar outros autarcas a aderir ao Pacto.

Page 8: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO4

3. Caracterização do Concelho da Guarda

3.1. Concelho da Guarda A cidade Guarda capital de distrito, localizada a 1056 metros de altura no centro

interior de Portugal Continental, encontra-se inserida na Sub-região da Beira Interior

Norte (NUT III)1, integrada na Região Centro (NUT II). Logo, podemos asseverar

que, em termos de altitude, é uma das cidades mais altas do País e da Europa.

O concelho da Guarda tem 701,28 km² de área e 43 823 habitantes,

subdividido em 55 freguesias das quais apenas três são urbanas (São Vicente, Sé e

São Miguel). O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por

Almeida, a sueste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por

Manteigas e por Gouveia, e a noroeste por Celorico da Beira. Faz parte da

Comunidade Urbana das Beiras, da qual é capital.

Tendo em conta os resultados apurados pelo INE (Anexo I), constata-se que

o número de habitantes nas 52 freguesias rurais é significativamente menor, quando

comparado com as três freguesias urbanas.

Figura 1: 55 Freguesias da cidade da Guarda

1 NUT III e NUT II – Nomenclatura das Unidades Territoriais - INE

Page 9: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO5

A situação geográfica da Guarda coloca este Município na confluência de

importantes eixos rodoviários nacionais (A25 e A23), que fazem a ligação ao

exterior, e aos principais pólos urbanos do Litoral, do País. No entanto, devido às

características montanhosas da sua área geográfica, também dispõe de alguns

acessos rodoviários de traçado sinuoso.

Figura 2: Acessibilidades do Concelho da Guarda

3.2. Caracterização do Clima O Concelho situa-se no seio da Ibéria Húmida na zona climática do Nordeste

ou Terra Fria. O território municipal tem um clima acentuado pela continentalidade e

pela orografia (Pena, 2006).

A temperatura é um dos factores mais importantes na caracterização do clima de da

região, sendo influenciada pelo relevo, pelo revestimento do solo e pelas grandes

superfícies de água. Para além da temperatura, a humidade relativa também varia

com a pressão atmosférica e com o vento. Por sua vez, a cobertura vegetal

condiciona fortemente a humidade relativa do ar em todo o Concelho.

A existência de nítidas cambiantes orográficas acarreta evidentes influências

sobre os factores climáticos. A altitude proporciona uma grande amplitude térmica e

uma perfeita distinção das duas estações “emblemáticas” de um clima de montanha:

Verão quente e seco, Inverno frio e chuvoso.

A precipitação é condicionada pela latitude e pela altitude, logo, neste

capítulo, a cidade também é influenciada pela proximidade da Serra da Estrela.

Fonte: Google

Page 10: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO6

Os meses entre Outubro e Abril são aqueles em que ocorre maior precipitação

média mensal, acumulando mais de 80% das chuvas ao longo do ano. Contrastando

com esta situação aparecem os meses de Junho, Julho e Agosto que são os mais

secos, resultado de níveis de precipitação pouco significativos.

De acordo com Daveau (1995), o Concelho é abrangido por duas das unidades de

paisagem, consideradas na divisão paisagística de Portugal realizada por Orlando

Ribeiro, que são: a “Cordilheira Central”, influenciada pelo ar marítimo, que abarca a

parte serrana do ocidente Municipal; e os “Planaltos e Montanhas da Beira

Transmontana”, de carácter continental e de acentuada secura, que compreendem a

parte planáltica, e a nascente (Pena, 2006).

3.3. Caracterização Socioeconómica

As últimas décadas, nas áreas rurais da Beira Interior, foram caracterizadas

por uma diminuição da população. Verificou-se, assim, o êxodo rural, uma vez que a

população na cidade da Guarda aumentou. (Anexo II).

A actividade económica das populações locais, está maioritariamente ligada

ao sector terciário, seguidamente ao sector secundário e por último ao sector

primário como se constata no seguinte gráfico:

Gráfico 1: Sector de Actividade Económica

Fonte: INE

O sector secundário, no qual desfila a actividade industrial, agasalha uma

colossal importância no desenvolvimento económico do Concelho da Guarda. A

existência de empresas de médias e grandes dimensões é fulcral para o

crescimento económico de uma região. Estas empresas estão orientadas sobretudo

Page 11: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO7

para a área dos têxteis, vestuário, lacticínios, componentes eléctricas, construção

civil e comércio de automóveis.

No quadro seguinte, destacam-se as empresas que proporcionam maior índice de

emprego à população da Guarda:

Quadro 1: Maiores empregadores empresariais do Município da Guarda

Nome da Empresa Sector de Actividade

Delphi Fabrico de Cablagens

Dura Automative Portuguesa Fabrico de acessórios para veículos a motor

Têxtil Manuel Rodrigues Tavares Fiação de Algodão e fibras sintéticas

Indústrias alimentares Gelgurt Produção de gelados e sobremesas

congeladas

Grupo Gonçalves e Gonçalves Retalhistas de automóveis

Têxteis Evaristo Sampaio, Lda. Fiação de tecidos peça estreita

COFICAB Portugal Fabrico de fios condutores e interruptores

Benolli Confecção de acessórios e vestuários

EFILÃ – Empresas fiandeira de lãs Fiação de algodão e fibras sintéticas

Matos & Prata – Veículos e Máquinas Grossista de maquinaria/equipamento

industrial

Egitecnica – técnico construtora Empreiteiros de Electricidade

SODECIA Fabrico de acessórios para veículos a motor

Têxteis António João, S.A. Fiação de lã para alcatifas e tricot

Quinaz & Rodrigues, Lda. Confecção de roupa para homem

Joalto – Rodoviária das Beiras Transporte urbano de passageiros

Fonte: Câmara Municipal da Guarda e NERGA A situação geográfica do Município é favorável ao desenvolvimento de actividades

ligadas à logística. A proximidade de eixos rodoviários estratégicos (A23 e A25), o

acesso ferroviário (Linhas da Beira Alta e da Beira Baixa), e a proximidade da

fronteira, constituem factores decisivos para o potenciamento da “vertente” logística.

Para o aproveitamento destas vantagens foi criado, em 2001, uma infra-estrutura

denominada Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE), que teve como

objectivo a “estruturação” de um novo parque empresarial de vocação logística no

Município. Todo este espaço ficou dotado da vertente logística e da vertente

industrial. A criação deste espaço visa, fundamentalmente, a promoção da economia

local, regional e nacional. Todavia, o Município da Guarda, para além desta infra-

estrutura, também possui outras áreas de implementação industrial espalhadas pelo

território. De entre essas áreas, podemos destacar as localidades de Vale de Estrela

Page 12: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO8

e do Porto da Carne, locais nos quais se inserem algumas das empresas referidas

no quadro anterior.

4. Enquadramento Metodológico na Agenda 21 Local

A Agenda 21 Local (A21L) assume como princípios primordiais o

Desenvolvimento Sustentável, e a interdependência da comunidade com o

ambiente, com a economia, com o conhecimento e com a inovação.

Os instrumentos aplicados na A21L, que assumem a integração e a

articulação a nível do território, albergam 5 pilares importantes no desenvolvimento

sustentável: o Ambiente, a Economia, a Sociedade, o Conhecimento e a Inovação.

A A21L também serve de ferramenta para o Pacto de Autarcas, apoiando-o no

desenvolvimento de planos de acção para a sustentabilidade da região. A A21L,

como programa de desenvolvimento sustentável, implica a definição de uma

metodologia coerente, fiável e simples, procurando-se que a mesma seja

interpretada de uma forma genérica e executada em moldes indumentados de

simplicidade.

A metodologia adoptada, que tem em conta as características complexas que

o Município aquartela, tem como principal sustentáculo uma perspectiva integradora

e transversal das políticas sectoriais locais.

O projecto de implementação da A21L na Guarda está dividido em várias

etapas, estando estas organizadas de forma sistemática e sequencial.

Page 13: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO9

A primeira etapa retrata e estrutura o diagnóstico do Município para os pilares da

economia, ambiente, sociedade, conhecimento e inovação. Tendo por base o

diagnóstico estabelecem-se os objectivos operacionais e os planos de acção para o

desenvolvimento sustentável, bem como um conjunto de indicadores de

desenvolvimento sustentável para monitorizar todo o processo da A21L.

A avaliação e a validação do processo da A21L ficam concluídas com a criação do

Fórum de Desenvolvimento Sustentável.

5. Indicadores do Desenvolvimento Sustentável para o Município

Os indicadores do desenvolvimento sustentável são ferramentas de monitorização

da situação actual até à concretização dos objectivos estratégicos definidos,

avaliando-se os planos de acção necessários para este efeito. Os indicadores

ambientais para o desenvolvimento sustentável são os seguintes:

• Produção de Resíduos;

• Valorização do destino final dos Resíduos;

• Consumo de Água;

• Qualidade da água para consumo humano;

• Área florestal ardida;

• Volume de material (Biomassa) transformada em energia;

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO Ambiente, Economia, Sociedade, Conhecimento e Inovação

VISÃO

OBJECTIVOS OPERACIONAIS

PLANOS DE ACÇÃO

INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Page 14: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO10

• Consumo de energia;

• Produção e consumo de energias renováveis;

• Espaços - verdes per capita.

Dos indicadores atrás referidos, aqueles que têm maior relevância, nas metas

impostas pela União Europeia, são a Produção de Resíduos e as Energias

Renováveis.

6. Produção de Resíduos

6.1. Gestão de Resíduos Contemporaneamente, a gestão dos Resíduos Sólidos constitui um

“desassossego” para todos os governantes. Têm surgido cada vez mais estudos que

procuram melhorar o tratamento, a reutilização e a eliminação dos resíduos.

Paralelamente, a esses estudos, emergem acções que visam a sensibilização das

comunidades. (A21L, 2007).

Uma gestão inadequada de resíduos, devido ao fenómeno da lixiviação e aos

impactos na paisagem, entre outros, origina graves problemas ambientais,

nomeadamente a contaminação dos solos e consequentemente das águas

subterrâneas.

O Município da Guarda pertence ao sistema multimunicipal de triagem,

recolha selectiva, valorização e tratamento de RSU’s da Cova da Beira. Este sistema

integra um aterro sanitário, uma central de compostagem, uma estação de

tratamento de águas lixiviantes, sete estações de transferência e onze ecocentros.

A recolha dos resíduos indiferenciados é da responsabilidade da empresa

“Rumoflex” enquanto, a recolha nas freguesias rurais é da responsabilidade do

Município.

Os resíduos contêm componentes que podem ser reciclados ou utilizados para a

recuperação de energia. Assim, o desenvolvimento sustentável de resíduos, não se

deve unicamente às medidas extensivas de reciclagem de, metal, papel, vidro ou

matéria orgânica, mas também à eficiente utilização da energia contida nesses

produtos. Essa energia pode ser aproveitada para a produção de electricidade, de

calor ou para a combinação de ambos.

Os resíduos ao irem directamente para o aterro sanitário, permitem a

recuperação de energia através da recolha controlada do gás de aterro (metano).

Entretanto, essa alternativa, por ser um processo de difícil controlo e eficiência

parcial, não pode ser considerada um método sistemático de utilização de energia.

Page 15: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO11

A decisão sobre qual o resíduo que deve ser reciclado ou incinerado depende de

vários factores. A avaliação do ciclo de vida do método de tratamento desempenha

um papel fundamental, assim como o mercado potencial para os materiais extraídos

ou a energia gerada na forma de electricidade, aquecimento ou refrigeração de

residências e condicionamento (vapor ou resfriamento) industrial. Deste modo, as

metas ambientais competem com as condições económicas ou infra-estruturais.

Nos últimos anos, o Município da Guarda, na sua área de intervenção, tem vindo

a apostar na reciclagem, através do desenvolvimento de acções de sensibilização e

do incremento de equipamentos de deposição.

No Quadro 2, podemos constatar a quantidade de resíduos diferenciados, expressa

em toneladas, nos três últimos anos no Concelho da Guarda:

Quadro 2: Cenário quantificado de Reciclagem por fluxo de Material

ton 2007 2008 2009

Vidro 243,51 299,34 334,82

Papel/Cartão 373,02 390,4 453

Plástico 94,19 131,19 219,04

Metal 6,01 8,37 13,98

Total 716,73 829,3 1020,84 Fonte: Resiestrela S.A.

O total de reciclagem de 2007 a 2009 teve um aumento de 304 ton., ou seja o

equivalente a um aumento de 42%. No triénio em análise, como se pode verificar no

quadro acima referido, a reciclagem atingiu um total de 2566.9 ton. Este facto deve-

se ao aumento significativo de equipamentos de deposição de material selectivo no

Município e às acções de sensibilização junto da população.

Page 16: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO12

No Gráfico 2, verifica-se que ao longo dos três anos a reciclagem tem vindo

aumentar progressivamente, constatando-se que o material mais reciclado é o

Papel/Cartão.

O Quadro 3, evidencia a quantidade de toneladas de CO2 evitadas, nos anos de

2007, 2008 e 2009:

Quadro 3: Impacto indirecto (potencial de emissões evitadas) associado à Reciclagem

ton CO2 evitadas 2007 2008 2009

Vidro 152,17 187,06 209,23

Papel/Cartão 24,82 25,98 30,14

Plástico 95,98 133,67 223,19

Metal 8,19 11,41 19,06

Total 281,16 358,12 481,62 Fonte: Instituto de Resíduos e E.Value

O total de CO2 evitado no triénio em análise foi de 1120.9 ton, correspondente às

2566,9 ton recicladas (Quadro 2).

VidroPapel/Cartão

PlásticoMetal

2007

2008

2009

334,82

453

219,04

13,98

299,34

390,4

131,19

8,37

243,51

373,02

94,19

6,01

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Material Reciclado

Toneladas

Quantidade de Material Reciclado referente a 2007,2008 e 2009

2007

2008

2009

Gráfico 2: Produção de Material Diferenciado

Fonte: Resiestrela S.A.

Page 17: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO13

Gráfico 3: Toneladas de CO2 evitadas em 2007,2008 e 2009

VidroPapel/Cartão

PlásticoMetal

2007

2008

2009

209,23

30,14

223,19

19,06

187,06

25,98

133,67

11,41

152,17

24,82

95,98

8,19

0

50

100

150

200

250

To

ne

lad

as

Emissões CO2 Evitadas

2007

2008

2009

Fonte: Instituto de Resíduos e E.Value

O vidro e o plástico são os fluxos com maior contribuição na emissão de CO2.

Uma tonelada de vidro reciclado, permite-nos evitar a libertação de 0,62 ton.CO2

para a atmosfera, assim como, uma tonelada de plástico evita uma produção de 1,2

ton.CO2.

Ainda que o metal não apresente um valor significativo de reciclagem, é de referir

que este é o resíduo que permite a redução mais acentuada de emissões de CO2,

tendo em conta que 1 ton. de metal evita a emissão de 1,36 ton.CO2.

Como ficou atrás demonstrado as taxas de reciclagem têm tido um aumento

bastante significativo, esperando que as acções em curso, ou em fase de

implementação, contribuam para que essa subida seja cada vez mais evidente e

conducente com o compromisso assumido por esta Autarquia.

7. Acções de Sensibilização

As acções de sensibilização desenvolvidas, a par de outras já planeadas,

constituem-se como efectivos instrumentos de consolidação de fundamentos e de

adopção de comportamentos ambientalmente correctos.

Page 18: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO14

7.1. Acções desenvolvidas/planeadas

1. “Resíduos em Movimento – Uma Viagem Virtual” – Uma exposição que teve

como principal finalidade a sensibilização dos cidadãos para as questões

relacionadas com a problemática dos resíduos, mostrando os diversos processos de

tratamento, valorização e deposição dos mesmos e, simultaneamente, alertando

para a importância da reciclagem no contexto da promoção da utilização racional

dos recursos naturais. Esta exposição itinerante, que contou com a colaboração

directa da Resiestrela S. A, esteve presente na cidade da Guarda entre os dias 25

de Novembro e 2 de Dezembro de 2008. Os visitantes tiveram à sua disposição, não

só diversas actividades lúdicas e didácticas, como também informação sobre o

funcionamento do sistema de tratamento e valorização de RSU do Município. Será

oportuno realçar o facto de neste evento terem participado 811 crianças.

2. “Operação Alegria” – Trata-se de uma campanha de sensibilização e educação

ambiental, desenvolvida pela Resiestrela e pelo Município da Guarda, com o apoio

da Sociedade Ponto Verde. Nesta acção, é promovida a recolha, por parte das

escolas, empresas e instituições, de embalagens de plástico, metal e de cartão para

alimentos líquidos (ECAL). A Resiestrela S.A. encaminha para a reciclagem a

totalidade dos materiais recolhidos, em que uma parte do valor apurado da sua

retoma reverterá para a aquisição de material de acção pedagógica dos

estabelecimentos de ensino dos municípios utilizadores do Sistema Multimunicipal.

Esta acção, para além de promover o aumento da separação selectiva,

fundamentalmente embalagens de plástico, metal, e de cartão para alimentos

líquidos (ECAL), também se enquadra no movimento nacional de associação de

recolha de materiais recicláveis ao apoio a causas sociais.

Actualmente, nesta iniciativa, encontram-se inscritos na iniciativa onze

estabelecimentos de ensino do Concelho da Guarda. Desde Janeiro de 2010 até à

presente data foi recolhida aproximadamente 1 ton. de resíduos. No seguimento da

análise efectuada no ponto 6.1 Gestão de Resíduos, é importante referir que estas

acções de sensibilização ambiental agasalham uma enorme importância, uma vez

que os resíduos de embalagens de plástico e de metal, quando reciclados, são os

que evitam maiores quantidades de emissões de CO2 (consultar Quadro 3).

3. “Oleão” – A recolha de óleos alimentares utilizados na produção de biodiesel é

uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal da Guarda, da Associação de

Municípios da Cova da Beira e da ENERAREA. A finalidade desta iniciativa também

Page 19: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO15

passa por sensibilizar os cidadãos para a problemática da contaminação da água e

dos solos, provocada por estes resíduos.

No dia 4 de Julho de 2008, deu-se início à colocação de oleões em pontos

estratégicos da cidade e nas grandes superfícies comerciais aderentes. Em

Setembro, do mesmo ano, por ocasião da Semana Europeia da Mobilidade foram

oferecidos à população 2000 funis domésticos de forma a facilitar a recolha deste

resíduo para posterior deposição nos oleões.

Embora não sejam considerados resíduos perigosos, os Óleos Alimentares

Usados (OAU), porque se degradam naturalmente, oxidam-se com facilidade

quando expostos ao ar, libertando CO2. Quando lançados nas redes de esgotos,

estes resíduos, contribuem para o aumento da poluição das águas residuais

domésticas. Por sua vez, nas ETAR’s, devido à obstrução dos sistemas de remoção

de gorduras, esses resíduos dificultam o seu tratamento.

O óleo alimentar usado que foi recolhido pode ser metamorfoseado em

biodiesel e em glicerina. De Junho de 2008, até à presente data, foram recolhidos

aproximadamente 2000 litros de OAU.

A utilização do biodiesel permite a redução em 50% as emissões de CO,

78% das de CO2, 50% de partículas e elimina as emissões de SO2. No entanto,

ocorre maior produção de NOx facilmente colmatada com a utilização de

catalizadores.

O Decreto-Lei nº 267/2009, de 29 de Setembro estabelece o regime jurídico

da gestão dos OAU, pelo que a Autarquia em conjunto com a AMCB projecta que

até ao ano 2011 se coloque junto de cada ecoponto um oleão, bem como um por

cada Freguesia Rural, dando, desta forma, cumprimento ao disposto na legislação

em vigor.

4. Resíduos de Construção e Demolição (RCD’s) – O Decreto-Lei nº 46/2008 de

12 de Março, estabelece o regime das operações de gestão de resíduos

provenientes de obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração,

conservação, demolição e de derrocada de edificações, compreendendo a sua

prevenção e reutilização e as operações de recolha, transporte, armazenagem,

triagem, tratamento, valorização e eliminação. De forma a dar cumprimento ao

disposto na legislação, a Autarquia da Guarda, através da Divisão de Serviços

Urbanos, tem efectuado o esclarecimento, quer interno, quer externo, dos

procedimentos a desenvolver na correcta gestão de RCD’s.

Page 20: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO16

Nesta data, a Autarquia promove a implementação do sistema de gestão de

RCD’s para os resíduos produzidos em obras particulares isentas de licença e não

submetidas a comunicação prévia, bem como dos seus próprios RCD’s.

Recentemente entraram em funcionamento dois Centros Integrados de

Reciclagem e Valorização Ambiental situados em dois Concelhos vizinhos Sabugal e

Belmonte. Com estes centros colmatou-se uma desafogada carência na gestão

desses resíduos.

5. “Recolha e limpeza de depósitos ilegais de resíduos” – o Concelho da Guarda

dispõe de um Ecocentro, no qual é possível a deposição, a custo zero, de resíduos

de grande volume, papel/cartão, plástico, vidro, pilhas, óleos hidráulicos, REE e

metais ferrosos. Contudo, continua a verificar-se a deposição indiscriminada e ilegal

de resíduos em matas e em caminhos rurais. Para colmatar estas situações a

Autarquia da Guarda, em conjunto com a Rumoflex (empresa prestadora de

Serviços de Higiene e Limpeza da cidade) e com as Juntas de Freguesia Urbanas

(São Vicente, Sé e São Miguel), realiza gratuitamente, e quando solicitado, a

remoção destes resíduos para local certificado.

6. “Praias Fluviais Concelhias – Bandeira Azul” – O concelho da Guarda possui

duas praias fluviais, uma localizada nas margens do Rio Zêzere – Praia Fluvial de

Valhelhas, e outra nas margens do Rio Mondego – Praia Fluvial de Aldeia Viçosa.

Ambas estão inseridas no Parque Natural da Serra da Estrela, a maior área

protegida portuguesa. Em 2009 as duas praias foram contempladas com os

Galardões da Bandeira Azul e Praia Acessível, que patenteiam a qualidade

excepcional dos serviços e infra-estruturas aí existentes.

Para esta prestigiada atribuição, as praias têm de cumprir uma série de critérios, de

entre os quais se salientam: a Qualidade de Água; a Educação Ambiental; a Gestão

Ambiental; os Equipamentos; a Segurança; e os Serviços. Um dos critérios

obrigatórios, no âmbito das temáticas anuais propostas pela Associação Bandeira

Azul da Europa, é o desenvolvimento de, pelo menos, cinco Actividades de

Educação Ambiental. Nos anos anteriores foram efectuadas, junto da população, um

conjunto de actividades relacionadas com as “Alterações Climáticas” e com as

“Energias Renováveis”, sendo o tema proposto, para o ano de 2010, a

“Biodiversidade em Sistemas Aquáticos”.

7. “Semana Europeia da Mobilidade” – É organizada anualmente entre os dias 16

e 22 de Setembro. Nesta acção são realizadas diversas actividades, tendo sempre

Page 21: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO17

em consideração o tema transversal proposto para cada ano. Também são

implementadas algumas medidas de carácter permanente que contribuam para a

mobilidade sustentável e para a organização do evento “Na cidade, sem o meu

carro!” (algumas zonas ficarão reservadas unicamente a peões, ciclistas e

transportes públicos, durante um dia (8 horas)). No ano 2009 o tema transversal

“Melhoremos o Ambiente na cidade!”, teve em consideração o disposto no relatório

de avaliação do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, que

refere que as emissões globais de gases com efeito de estufa vão continuar a

aumentar nas próximas décadas.

O uso de carros particulares, movidos a combustíveis fósseis, constitui o maior

manancial de emissões de CO2 nas cidades. Logo, o desenvolvimento de acções

que demonstrem aos cidadãos e às autoridades locais a importância da adopção de

determinados comportamentos pode contribuir para a luta contra o aquecimento

global e, concomitantemente, melhorar a qualidade de vida local.

8. “Percurso dos Resíduos…dos resíduos aos tratamentos” – Acção de

sensibilização ambiental destinada à população do concelho da Guarda, com o

objectivo de promover o aumento das taxas de reciclagem na sua área de

intervenção e o alcance dos valores mínimos de reciclagem para os materiais

contidos nos resíduos de embalagens, até ao ano 2011, dispostos no D.L. nº92/2006

de 25 de Maio.

Pretende-se com a realização desta acção, na totalidade das freguesias do

concelho, dar a conhecer por meios audiovisuais o circuito dos resíduos, desde a

sua deposição em contentor e ecoponto até ao seu destino final (Centro de

Valorização de Resíduos da Cova da Beira). A exteriorização das vantagens

ambientais e económicas da reciclagem assume um papel importante para a

vulgarização deste tema.

9. “Instalação de pluviómetros” – em diversos espaços verdes da cidade estão a

ser instalados pluviómetros para desactivação do sistema de rega em dias de chuva.

Desta forma, a redução do consumo de água não será apenas uma miragem.

10. Sensibilização “Quero ser grande como tu”- a maioria dos incêndios florestais

são causados pela actividade humana, pelo que urge envolver directamente a

população na resolução desta problemática, sobretudo ao nível da alteração dos

comportamentos relativos ao uso do fogo. Disseminar valores no sentido de se

reconhecer a floresta, como um bem de todos, que tem de ser preservado será

sempre salutar para a comunidade. A Autarquia efectuou uma candidatura ao Fundo

Page 22: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO18

Florestal Permanente com o propósito de desenvolver acções de

sensibilização/formação e de adquirir materiais de apoio (outdoor’s, CD-ROM

interactivo, material informativo, brindes, spots de rádio e publicação em jornais).

Com o desenvolvimento destas actividades procura-se sensibilizar um maior número

de munícipes para as questões relacionadas com a preservação e protecção da

floresta.

8. Transformação da Energia

O consumo excessivo de energia leva ao esgotamento de muitos recursos

naturais, à poluição e às consequentes alterações climáticas. Neste sentido,

pretende-se que seja feita a utilização sustentável da energia, não só através de um

consumo racional, como também recorrendo cada vez mais às fontes de energias

renováveis, de modo a preservar os recursos energéticos esgotáveis (A21L, 2007).

No Concelho da Guarda, as energias renováveis com maior significância são

a Energia Solar e a Energia Eólica.

Para uma maior rentabilidade de todas as energias foram criadas linhas de acção de

sustentabilidade energética que seguidamente serão descritas.

8.1. Linhas de Acção para a Sustentabilidade Energética

1. Desenvolver de forma racional a utilização de energia, adoptando medidas,

através da sensibilização e da transmissão de informação aos munícipes, de forma a

minimizar os impactos ambientais e económicos negativos. Para tal pretende-se:

• Elaborar um “guia”, a ser distribuído pela população, empresas e associações,

de boas práticas de optimização energética;

• Desenvolver um profícuo sistema de gestão de energia nos edifícios municipais.

2. Promover campanhas de sensibilização junto da população e dos agentes

económicos e produtivos, com o objectivo dos mesmos desfrutarem das vantagens

das energias renováveis.

3. Identificar e aplicar algumas medidas que valorizem a eficiência energética,

assim como as oportunidades de utilização de energias renováveis em edifícios e

equipamentos públicos ou privados, através da:

Page 23: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO19

• Diminuição do consumo energético, com a substituição das lâmpadas actuais por

lâmpadas com carácter eficiente;

• Aplicação de controladores nos postos de iluminação, pretendendo-se minimizar

os gastos energéticos durante o horário de funcionamento;

• Elaboração de auditorias periódicas.

4. Implementar no Município o sistema de compras públicas ecológicas, sendo estas

aquisições realizadas através dos contratos públicos, e que tem em conta não só o

valor económico de aquisição, como também os custos ambientais e sociais

(Resolução do Concelho de Ministros nº65/2007, de 7 de Maio de 2007). O

Município da Guarda, ao adquirir equipamento com eficiência energética, contribui

para um comportamento sustentável.

5. O estudo da viabilidade técnica e económica permite a utilização de formas de

energias renováveis:

• Aplicação de projectos de energia eólica nos locais,, onde o regime de vento é

favorável;

• Utilização da energia solar térmica e energia solar foto voltaica em equipamentos

públicos ou edifícios, que necessitem de grande quantidades de água quente e

energia (piscinas, balneário, cantinas, entre outros);

• Promover o encaminhamento dos resíduos orgânicos para a estação de

compostagem e para a transformação de biomassa em energia;

• Promover a utilização de biocombustíveis (gerados a partir da biomassa).

6. Desenvolver medidas na construção que beneficiem o melhoramento do

isolamento térmico dos edifícios, tornando o aquecimento e a ventilação mais

eficiente. Desta forma consegue diminuir-se o gasto de energia e criar um maior

conforto térmico nas habitações.

7. Criar condições favoráveis para a aprovação de edifícios e equipamentos de

eficiência energética.

8. Apoiar a vertente empresarial em projectos, ou em investimentos, que apostem

na de eficiência energética e nas energias renováveis.

Page 24: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO20

9. Desenvolver acções sobre energias renováveis nas escolas, com o intuito de

sensibilizar os jovens e os seus familiares.

10. Cooperação com outros municípios, através do corte de emissões, e da

descoberta e aproveitamento de maiores áreas de captação, com vista a uma

estratégia integrada de redução de emissões de carbono.

11. Criar opções ambientalmente correctas junto da população, comércio e serviços,

principalmente no momento da compra de electrodomésticos e outros equipamentos

eléctricos energeticamente mais eficientes. Paralelamente deverá fomentar-se a

utilização de programas económicos nas lavagens, a substituição de lâmpadas, a

aplicação de sensores de movimento em locais de passagem, a utilização da

iluminação natural, o isolamento de portas e janelas com vidros duplos, o uso pilhas

recarregáveis, entre outras (A21L, 2007).

9. Energia

A modernização das instalações municipais tem como finalidade edificar uma

importante diminuição das despesas relacionadas com o consumo energético,

nomeadamente em termos de iluminação pública, climatização e eficiência de

edifícios.

O Município da Guarda tem como responsabilidade sensibilizar a população do

Concelho para a importância de uma atitude positiva relativamente à eficiência

energética e à utilização de energias alternativas.

Vantagens de um eficaz desempenho energético:

• Diminuição dos custos Municipais, das famílias e das empresas;

• Valorização e criação de emprego e economia local;

• Benefícios ambientais;

• Dinamismo e mobilização;

• Redução da dependência energética;

• Enquadramento nas novas orientações dos regimes legais e normativos.

A Associação de Municípios da Cova da Beira, da qual o Município da

Guarda faz parte, em conjunto com a Disputacion de Salamanca, apresentaram uma

candidatura ao Programa INTERREG III – A. Esta candidatura visa fomentar a

Cooperação Transfronteiriça no desenvolvimento das Energias Renováveis.

Page 25: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO21

O Plano Transfronteiriço de Optimização Energético (PTOE) é assente em

cinco pilares básicos: a redução de despesas; o aproveitamento dos recursos

energéticos próprios (em especial destaque para as energias renováveis); a criação

de base de dados para gestão das instalações; a formação de técnicos em matérias

energéticas; e a modernização das instalações.

Os planos de poupança de energia, resolvem parcialmente o problema, uma

vez que possuem como principal objectivo o estudo das instalações com o fim de

conseguir reduzir o consumo energético.

A gestão deve estabelecer um paradigma de controlo, para que, com um

custo mínimo se produzam resultados suficientemente rentáveis. (PTOE, 2003)

9.1. Actividades do projecto (PTOE)

a) Inventário/Criação de base de dados – nesta fase foi efectuado um estudo,

englobando os diferentes tipos de consumo, de dependência energética do

Município. Esta tarefa foi dividida em dois aspectos:

• Rede de Iluminação Pública;

• Edifícios Municipais.

b) Análise de Tarifário e Processamento de Dados – no decorrer desta fase, foi

elaborada uma análise precisa da viabilidade técnico-económica das diversas

actuações em matéria de poupança e eficiência energética, incluindo no cálculo o

factor meio ambiental que é possível desenvolver ou preservar no Município.

Foram estudadas todas as possibilidades de alterações dentro das instalações, de

forma a realizar-se uma poupança energética que permita amortizar os

investimentos a fazer num período de retorno satisfatório.

c) Elaboração de um Plano de Actuações – descrição e classificação das

medidas de poupança energética e redução de emissões de CO2, segundo a sua

rentabilidade e poupança energética. Assim, e tendo em conta as possibilidades do

Municipio, ir-se-ão estabelecer as medidas de poupança de menor e maior

rentabilidade.

d) Divulgação dos Resultados e Formação do Gestor Técnico Municipal – Esta

fase é caracterizada pela divulgação dos resultados e aplicação dos planos de

Page 26: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO22

optimização e de boas práticas na gestão energética municipal. Através da

realização de diversas reuniões com o município tenta-se explicar em pormenor os

melhores métodos e tecnologias de poupança energética, potenciando sempre a

energia renovável ao nível do município.

Nesta etapa será dada formação a um gestor energético municipal, que permita a

aplicação das boas práticas na utilização de uma gestão eficiente, no Plano de

Optimização Energética (PTOE, 2003).

9.2. Implementação de medidas propostas para a eficiência energética

Na sequência da promoção desenvolvida pela realização dos PTOE I e

PTOE II, a Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) apresentou uma

candidatura ao programa INTERREG lll – A, denominada de “MUNIEnergy”, com a

finalidade de desenvolver estudos que permitam reduzir a dependência energética

nos edifícios do município. A utilização de fontes de energia alternativas, a

transformação dos equipamentos actuais e a disseminação de medidas correctas de

utilização de energia junto dos munícipes constituirão políticas que circunscreverão

significativamente os gastos com a energia.

O projecto MUNIEnergy abrange a totalidade dos Municípios associados da

AMCB, visando dotar, com equipamentos de eficiência energética todas as infra-

estruturas/edifícios de consumo, bem como a implementação de equipamentos de

energia solar térmica nos edifícios que apresentam consumo de águas quentes

sanitárias, caldeiras de biomassa nas piscinas municipais, instalação de sistemas de

produção de energia eléctrica por conversão fotovoltaica, implementação de

equipamentos que promovam a redução dos gastos energéticos nas redes de

iluminação pública e instalação de balastros electrónicos nos dispositivos de

iluminação nos espaços públicos.

Com a implementação das medidas para redução dos gastos de energia,

será beneficiada toda a população do Concelho bem como os equipamentos do

Município, tais como: Piscinas, Pavilhões Desportivos, Estádio Municipal, Infantários

entre outras.

A implementação destas medidas conduzem à redução de emissões de CO2,

contribuindo cada uma das medidas para alcançar o cumprimento da Directiva nº

2006/32/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2006, bem

como os objectivos propostos no Pacto de Autarcas (MUNIEnergy, 2009).

Page 27: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO23

9.2.1 Actividades do MUNIEnergy

Os pontos anexos descrevem as componentes da candidatura de forma mais

pormenorizada (MUNIEnergy, 2009).

1. Arranque do Projecto da Candidatura e Definição Estratégica – Esta fase

inicial tem como objectivos a elaboração do “Plano do Projecto”, reuniões para o

arranque visando a definição e confirmação das linhas de orientação para execução

do trabalho, e o enquadramento nas suas finalidades estratégicas. Esta fase é

essencial para executar e assegurar uma boa caracterização do trabalho, de forma a

criar um planeamento correcto das actividades de execução e de controlo de

qualidade.

2. Acompanhamento e controlo do Projecto – Tem como objectivo assegurar

uma visão do projecto (âmbito, planeamento detalhado, realização, monitorização, e

controlo e fecho) a todos os interessados de forma a garantir o sucesso do mesmo.

3. Implementação/ Instalação de Equipamentos

a) Aquisição de Equipamento – Está prevista a aquisição de vários equipamentos

com a finalidade de atingir a redução de emissão de CO2. Estes equipamentos são

variados, consoante o local de aplicação e as características dos

Edifícios/Instalações onde vão ser implementados. Seguidamente serão descritos os

equipamentos a instalar no município da Guarda, bem como o impacto que os

mesmos irão proporcionar.

b) Aquisição de Equipamentos de Aumento da Eficiência Energética nas Redes

de Iluminação Pública – Actualmente, os gastos mais indicativos com energia

eléctrica no Município da Guarda, verificam-se na rede de iluminação pública, em

que o gasto médio anual é de 4.649.826 kW/h. A obtenção deste valor tem como

finalidade a realização de um estudo de racionalização energética na rede de

iluminação pública. Adiante, são apresentadas as medidas de eficiência energética e

o respectivo contributo de cada uma delas.

• Implementação de Reguladores de Fluxo Luminoso – são equipamentos que

tem por finalidade a redução do consumo de energia nas horas de pouca

Page 28: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO24

movimentação na via pública, bem como aumentar o tempo de vida útil de cada um

dos pontos de luz.

Trata-se de um equipamento que se instala na extremidade da Iluminação Pública

(IP), podendo ser instalado dentro ou fora dos Postos de Transformação (PT),

permitindo um arranque suave da IP e uma programação para uma determinada

hora da noite de redução do fluxo luminoso. Logo, com este equipamento reduz-se o

consumo energético, em cerca de 30%.

Quadro 4: Vantagens e desvantagens dos Reguladores de Fluxo Luminoso Vantagens dos Reguladores do Fluxo

Luminoso

Desvantagens dos Reguladores de Fluxo

Luminoso

-Inovação Tecnológica;

-Redução do consumo energético na ordem

dos 30% a 40%;

-Redução de emissões de CO2;

-Acréscimo da vida útil das lâmpadas;

-Funcionamento com qualquer tipo de

lâmpada;

-Diferentes programações consoante o dia

de operação;

-Possibilidade de controlo remoto;

-Reacendimento automático após um corte

de energia;

-Garantia de continuidade no funcionamento

mesmo após uma avaria no equipamento;

-Baixo consumo de energia;

-Necessita de pouca mão-de-obra para sua

instalação;

-Um único equipamento para uma instalação

de IP.

-Impossibilidade de colocação de

reguladores de fluxo luminoso em todas as

instalações de IP, devido a condições

técnicas das actuais instalações ou custo da

instalação;

-Susceptíveis actos de vandalismo ao

armário exterior onde se encontra alojado

este equipamento;

-Custos com manutenção, embora que

reduzidos.

Fonte: MUNIEnergy – AMCB, 2009

Com aplicação de 37 Reguladores de Fluxo Luminoso é possível reduzir a

dependência energética no Município da Guarda na ordem de 873.301 Kw/h.

• Implementação de Balastro de Duplo Nível – a sua instalação é feita em cada

um dos pontos de luz, minimizando problemas de queda de tensão na linha, tendo

como inconvenientes os custos ao nível da mão-de-obra.

Page 29: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO25

Quadro 5: Vantagens de Desvantagens dos Balastros de Duplo Nível Vantagens dos Balastros

de Duplo Nível

Desvantagens dos Balastros

de Duplo Nível

-Inovação tecnológica;

-Redução do consumo energético na ordem

dos 37% a 40% ;

-Redução de emissões de CO2;

-Solução individualizada em cada ponto de

luz, podendo ser implementada em apenas

uma parte de uma instalação;

-Substitui o regulador de fluxo luminoso nas

condições de impossibilidade de

implementação do mesmo.

-Requerem instalação em cada ponto de luz,

logo mais mão-de-obra na sua

implementação;

-Uma vez programados seguem sempre a

mesma programação;

-Verificação do estado de funcionamento

mais dificultada comparativamente com os

reguladores de fluxo luminoso.

Fonte: MUNIEnergy – AMCB, 2009

O MUNIEnergy prevê a implementação de 2355 balastros de duplo nível,

proporcionando uma redução de gastos energéticos na ordem de 562.943 kW/h.

• Redução Energética Global – as duas medidas descritas anteriormente, quando

aplicadas em conjunto, permitirão uma redução de consumo energético no Município

da Guarda na ordem dos 31% (1.436.244 kW/h).

• Redução de Emissões Poluentes (CO2) – a implementação de reguladores de

fluxo luminoso e de balastros de duplo nível contribuem fortemente para uma

preservação do meio ambiente, uma vez que reduzem as emissões poluentes,

nomeadamente ao nível de CO2. Com este equipamento, o Município da Guarda

reduz 675 ton de CO2/ano.

c) Aquisição de Equipamentos de Aumento da Eficiência Energética Nos

Edifícios de Utilidade Pública:

• Implementação de Energia Solar – esta medida é justificada em edifícios cuja

utilização necessite de água quente, como é o caso das instalações desportivas,

piscinas municipais, infantários, cantinas entre outras infra-estruturas com estas

necessidades. Um sistema de energia solar térmica tem como utilidade o

aproveitamento da radiação solar para o aquecimento de águas.

São imensas as vantagens deste sistema. É um método de energia limpa, que para

além da energia primária (energia solar) utilizada não ter qualquer custo, também

Page 30: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO26

permite a redução de emissões de gases de efeito de estufa (CO2). Estes

equipamentos requerem pouca manutenção, têm elevada fiabilidade e um tempo de

vida útil superior a 20 anos. A sua maior desvantagem é o facto de o seu

funcionamento depender da existência de sol para produção de energia.

Segundo cálculos efectuados, a instalação destes sistemas contribuem com uma

geração anual de energia na ordem dos 70% a 80% das necessidades das

instalações, sendo os restantes fornecidos por um sistema de apoio. Este pode ser

eléctrico, a gás, a diesel e a biomassa florestal, etc.

Nas infra-estruturas do Município da Guarda, o MUNIEnergy prevê a

implementação de energia solar térmica nos seguintes locais:

Quadro 6: Infra-estruturas e seu consumo Energético Infra-Estrutura Área

(m2)

Energia

Fóssil

Evitada Kw/h

Fonte

Substituída

CO2 Evitado –

ton.

Piscinas Municipais (Águas

quentes sanitárias + Piscinas)

226 128.751 Gás Natural 48,6

Pavilhão Desportivo de S.

Miguel

64 32.494 Gás Natural 12,3

Estádio Municipal 46 35.941 Gás Natural 13,6

Sede da Câmara Municipal 26 18.330 Gás Natural 6,9

TOTAL 362 215.516 81,4

Fonte: MUNIEnergy – AMCB, 2009

Sendo esta uma medida prioritária da AMCB e estando situado o Município da

Guarda numa região privilegiada onde os sistemas solares, devido às horas de sol e

ao nível de radiação alcançado, exibem um elevado desempenho. No Município da

Guarda pretende-se instalar 362 m2 de painéis solares térmicos. Com esta medida

reduz-se o consumo de energia fóssil em mais de 215.516MW/h anuais,

acompanhado de uma redução de 81,4 ton/ano de CO2.

• Implementação de Energia Solar Fotovoltaica – proporciona uma

independência energética ao nível eléctrico no local onde for implementado, gerando

lucro a partir da energia excedente produzida. São sistemas com longos períodos de

vida útil, requerendo uma manutenção muito reduzida.

O MUNIEnergy prevê a implementação de dois sistemas distintos, quanto à forma

como a energia é absorvida como são: o “sistema de Ligação à rede” (2 unidades); e

o “Sistema Autónomo com Acumulador” (1 unidade).

Page 31: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO27

Com esta iniciativa, pretende equipar-se o Município com diferentes soluções

técnicas ao nível da produção que passam pela instalação de equipamentos

fotovoltaicos com potência unitária de 4 kW .(Quadro 7).

Quadro 7: Sistemas propostos no Município da Guarda Município Unidade E produzida kW/h CO2 Evitado –

ton.

Sistema de Ligação à Rede 2 11.414 5,29

Sistema Autónomo c/ Acumulador 1 5.707 2,65

TOTAL 3 17.121 7,94

Fonte: MUNIEnergy – AMCB, 2009

Ao nível das reduções das emissões de CO2, a implementação destes

equipamentos, é uma medida que contribui fortemente para atingir as metas da

União Europeia 2020, uma vez que seria evitada a emissão de 7,94 ton/ano.

• Implementações de Caldeiras de Biomassa – As caldeiras a gás ou a diesel,

podem ser substituídas por caldeira de biomassa, sendo estas bastante vantajosas

em termos de poupança de combustível.

A implementação de instalações com consumo de biomassa, permite a criação de

novos postos de trabalho e de oportunidades de mercado a nível energético.

Esta medida é uma mais-valia para a limpeza de matas, uma vez que os materiais

provenientes da limpeza destas, servirão de matéria-prima para as caldeiras a

biomassa.

O MUNIEnergy, prevê a implementação de caldeiras de biomassa no Município da

Guarda:

Quadro 8: Implementação de caldeiras de biomassa nas infra-estruturas do Município da Guarda

Trata-se de uma medida de eficiência energética e ambiental que tem como principal

finalidade a redução do gasto energético no local da sua implementação. O objectivo

principal passa pela substituição da fonte energética actual, por fontes renováveis

dando, desta forma, um forte contributo na auto-suficiência energética local.

Infra-Estrutura Potência

Caldeira

kW

Energia

Deslocada Kw/h

Fonte

Substituída

CO2 Evitado –

ton.

Piscina Municipal 2 ×××× 165 1.667.800 Gás Natural 629,9

Fonte: MUNIEnergy – AMCB, 2009

Page 32: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO28

• Substituição de Balastros Ferro magnéticos por Balastros Electrónicos – os

balastros Ferro magnéticos são pequenos dispositivos que funcionam como grupo

auxiliar das lâmpadas fluorescentes.

Estes dispositivos são, na maioria dos casos, do tipo ferromagnético, apresentando

diversos inconvenientes tais como são exemplo o excesso de consumo de energia

eléctrica, o desmesurado aquecimento, o ruído indesejado e o permanente tremular

das lâmpadas. Os balastros electrónicos eliminam todos os inconvenientes atrás

descritos, sendo uma mais-valia em tempo de vida útil das lâmpadas e em termos

de consumo.

A implementação dos balastros electrónicos permite uma redução energética de

emissões de CO2 no Município da Guarda em aproximadamente 7,5 ton/ano.

Esta é uma medida que contribui para uma melhoria das condições de utilização dos

espaços públicos, designadamente ao nível do conforto dos munícipes.

4. Formação do Gestor energético Municipal – como atrás referido no ponto 9.1.

alínea d), é de todo interesse a formação de técnicos no município, tendo em vista o

desenvolvimento das medidas propostas para a eficiência energética.

5. Sistema integrado de Gestão Energética – Esta fase permite criar a todos os

municípios inseridos na AMCB, um quadro energético intermunicipal inovador,

pautado por critérios e o uso de boas práticas de eficiência energética, assim como

a utilização de energias renováveis de acordo com as metas estabelecidas de

redução de 20% de CO2 pela União Europeia até 2020.

• Estruturação da Solução SIGenergy – esta fase visa reforçar a arquitectura e

desenvolvimento do sistema integrado de Gestão Energética. Esta formação permite

a disponibilização de toda a informação útil e actualizada, não só à gestão do

Município, como também a todos os Cidadãos.

Tem como vantagens:

• Utilização de uma plataforma de informação integrada de fácil manuseamento;

• Uniformização e actualização permanente da informação;

• Identificação de consumos de energia desnecessários;

• Diminuição de encargos e contenção de efectivos;

• Redução do espaço ocupado (papel) e acautelamento da deterioração da

informação;

• Obtenção de proveitos económicos e ambientais;

Page 33: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO29

• Optimização da gestão e controle operacional;

• Valorização da credibilidade e capacidade organizativa;

• Gestão energética no Município.

• Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na Gestão e

Optimização Energéticas das Infra-Estruturas e Equipamentos no Município –

através da criação de mapas temáticos georreferenciados como suporte, podem-se

definir metas e estratégias de actuação para a optimização e gestão energética. A

cartografia permite aprofundar o conhecimento das necessidades do sistema, sendo

um indispensável instrumento para identificar as necessidades de intervenção em

determinados pontos localizados. Através dos mapas georreferenciados, é possível

identificar as interrupções de níveis de iluminação num mesmo local e verificar os

que possuem potências diferentes de lâmpada. Esta análise, para além da gestão

energética a que está associada é também uma ferramenta que contribui para as

necessidades da modernização, quer por parte da iluminação pública quer por parte

das infra-estruturas energéticas.

A utilização desta metodologia permite o planeamento, o controlo, e as análises

técnicas e económicas para a realização de projectos que visem a

modernização/eficiência energética, permitindo, deste modo, que sejam executadas

decisões e acções adequadas, que reduzam prazos e custos (manutenção e de

energia).

Page 34: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO30

9.3. Energia Eólica

Pela sua situação geográfica o Concelho da Guarda, possui um regime de vento

favorável ao aproveitamento energético por via eólica. A Guarda possui dois parques

eólicos instalados. O Parque Eólico Mosqueiros II situado na freguesia do Seixo

Amarelo e o Parque Eólico do Zâmbito situado na Freguesia da Sé. O primeiro é

propriedade da Centeol constituído por 14 aerogeradores e o segundo da Eólica de

Alvarrões constituído por 4 aerogeradores.

Apesar do esforço não foi possível estabelecer contacto com as empresas, pelo que

não é possível fornecer dados referentes à produção de energia e à consequente

redução de CO2.

10. Mobilidade Eléctrica

O Programa da Mobilidade Eléctrica em Portugal, aprovado pela Resolução do

Conselho de Ministros nº 20/2009, visa a criação de condições para a iniciação e

generalização da utilização de veículos eléctricos.

No âmbito da execução do Plano Nacional de Acção para a eficiência Energética,

aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 80/2008 de 20 de Maio, o

Governo pretende posicionar o País como pioneiro na adopção de novos modelos

para a mobilidade sustentável. Maximizar as vantagens da energia eléctrica

produzida a partir de fontes renováveis, torna-se essencial para o desenvolvimento

da região.

Neste contexto, os veículos eléctricos potenciam as energias renováveis,

permitindo o armazenamento de energia excedente produzida durante a noite, bem

como a sua posterior creditação na rede eléctrica nos períodos de maior consumo.

Desta forma contribui-se para o aumento da eficiência do sistema eléctrico nacional.

Assim, para se evidenciarem as vantagens e a viabilidade do comércio de veículos

economizadores de gasolina, será necessário iniciar a triagem aos consumidores

pelas emissões de CO2 dos seus carros convencionais.

Neste âmbito, as autarquias que aderirem ao projecto da Mobi-E, assumem

um papel importante, uma vez que as cidades, para além de centralizarem grande

parte da população nacional e serem responsáveis por cerca de metade das

emissões de gases com efeito de estufa, constituem-se como centros de inovação,

de conhecimento e de criatividade.

Page 35: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO31

O Município da Guarda, foi um dos 25 Municípios Portugueses que aderiu ao

projecto da Mobi-E. O programa para a Mobilidade Eléctrica contempla a

implementação das infra-estruturas e dos sistemas de suporte necessários ao

carregamento de veículos eléctricos. Este projecto vai ser executado em três fases:

1. Fase Piloto – de 2009 até ao final de 2011, prevê a instalação de uma infra-

estrutura mínima experimental de mobilidade eléctrica a nível Nacional, bem

como o teste de soluções inovadoras;

2. Fase de Crescimento – prevê o alargamento da infra-estrutura experimental,

com a adopção das soluções testadas com sucesso na fase piloto;

3. Fase de Consolidação – a iniciar quando a procura de veículos eléctricos

atingir um nível sustentado. Somente nessa altura estarão criadas as

condições para a introdução de um sistema de bi-direccionalidade de

carregamento.

Neste momento, o Município da Guarda, definiu os locais para a colocação de 10

pontos de carregamento lento para os veículos eléctricos.

11. Conclusão

O Plano proposto parece-nos realista e exequível. Todas as acções

apresentadas objectivam a diminuição da emissão de CO2 de forma a proteger o

meio ambiente, o bem-estar da população, a saúde pública, a promoção das

actividades económicas e o desenvolvimento sustentável do Município.

Conscientes da exigência das acções apresentadas, vamos em conjunto com

os Munícipes, e as Entidades Públicas e Privadas fazer todos os possíveis para

atingir os objectivos propostos.

Page 36: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

CO32

Bibliografia

Agenda 21 Local, “Agenda 21 Local do Município da Guarda”, 2007.

Agência Portuguesa do Ambiente, Programa Nacional de Alterações Climáticas, (S/D).

Agência Portuguesa do Ambiente, “Plano Nacional para as Alterações Climáticas - Síntese”, 2003.

Associação de Municípios da Cova da Beira, “MUNIEnergy-Optimização Energética Municipal nos Municípios da AMCB”, 2009.

INE, “Censos 2001”, 2001

Pacto de Autarcas. “Pacto de Autarcas”, 2008.

PTOE, “Plano Transfronteiriço de Optimização Energética”, 2003.

Sites consultados:

Agência Portuguesa do Ambiente: http://www.apambiente.pt

Câmara Municipal da Guarda: http://www.mun-guarda.pt

Comissão Europeia: http://www.eumayors.eu

INE: http://www.ine.pt

Pacto de Autarcas: http://www.munimadrid.es

Page 37: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

Anexos

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Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

ANÁLISE DE COBERTURA POR CONCELHO E POR FREGUESIA

COBERTURA POR FREGUESIA

SITUAÇÃO em

2003 / Dez / 31

CONCELHO / FREGUESIA POPU-

LAÇÃO ÁREA DENSI- ECO-

PONTOS CO-

BERTURA DADE

(hab) (Km2) (hab/Km2) (UN) (hab/UN) GUARDA 43.823 701,28 45,7 Adão 227 20,68 11,0 Albardo 181 3,82 47,4 Aldeia do Bispo 180 10,75 16,7 Aldeia Viçosa 411 7,55 54,4 Alvendre 231 12,94 17,9 Arrifana 735 17,16 42,8 Avelãs da Ribeira 215 10,22 21,0 Avelãs de Ambom 91 6,91 13,2 Benespra 346 18,15 19,1 Carvalhal Meão 67 7,66 8,7 Casal de Cinza 592 17,18 34,5 Castanheira 425 23,75 17,9 Cavadoude 366 5,98 61,2 Codesseiro 216 10,81 20,0 Corujeira 143 4,74 30,2 Faia 279 9,63 29,0 Famalicão 755 14,40 52,4 Fernão Joanes 333 23,05 14,4 Gagos 134 8,39 16,0 Gonçalo 1.207 15,43 78,2 Gonçalo Bocas 217 6,86 31,6 Guarda (São Vicente) 11.514 9,95 1.157,2 Guarda (Sé) 7.560 17,12 441,6 Jarmelo (São Miguel) 228 7,73 29,5 Jarmelo (São Pedro) 195 23,18 8,4 João Antão 194 8,61 22,5 Maçainhas de Baixo 1.146 13,16 87,1 Marmeleiro 516 27,76 18,6 Meios 260 5,78 45,0 Mizarela 187 5,67 33,0 Monte Margarida 44 3,81 11,5 Panóias de Cima 573 12,65 45,3 Pega 192 10,94 17,6 Pêra do Moço 833 20,80 40,0 Pêro Soares 89 2,80 31,8

ANEXO I

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Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

Porto da Carne 398 1,68 236,9 Pousada 179 13,00 13,8 Ramela 239 10,69 22,4 Ribeira dos Carinhos 136 8,88 15,3 Rocamondo 110 6,20 17,7 Rochoso 343 19,42 17,7 Santana da Azinha 444 16,84 26,4 São Miguel da Guarda 6.734 8,90 756,6 Seixo Amarelo 126 12,03 10,5 Sobral da Serra 228 10,85 21,0 Trinta 497 7,12 69,8 Vale de Estrela 418 12,95 32,3 Valhelhas 509 18,95 26,9 Vela 567 22,29 25,4 Videmonte 552 49,57 11,1 Vila Cortês do Mondego 323 4,77 67,7 Vila Fernando 587 15,97 36,8 Vila Franca do Deão 159 12,76 12,5 Vila Garcia 334 17,08 19,6 Vila Soeiro 58 5,31 10,9

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Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

ANEXO II

última actualização em: 2006.04.11

Designação do Indicador Valor Unidade Periodo Indicadores Genéricos Área Total ni1106 712,1 km2 2004

Freguesias 55 nº 2003

Densidade Populacional 62,0 hab/km2 2004

População Residente HM, em 2001 43 822 indivíduos 2001

População Residente H, em 2001 20 892 indivíduos 2001

População Presente HM 44 013 indivíduos 2001

População Presente H 20 674 indivíduos 2001

População Residente HM, em 1991 38 502 indivíduos 1991

População Residente H, em 1991 18 322 indivíduos 1991

Famílias Clássicas Residentes 16 031 nº 2001

Famílias Institucionais 33 nº 2001

Alojamentos Familiares - Total 26 026 nº 2001

Alojamentos Familiares - Clássicos 25 975 nº 2001

Alojamentos Familiares - Outros 51 nº 2001

Alojamentos Colectivos 44 nº 2001

Edifícios 18 676 nº 2001

Indicadores Demográficos Nados vivos, HM ni143 412 nº 2004

Nados vivos, H ni143 216 nº 2004

Óbitos, HM ni1109 428 nº 2004

Óbitos, H ni1109 213 nº 2004

Taxa de Natalidade 9,3 permilagem 2004

Taxa de Mortalidade 9,7 permilagem 2004

Taxa de Nupcialidade 5,4 permilagem 2004

Taxa de Divórcio 1,3 permilagem 2004

Índice de Envelhecimento 133,5 percentagem 2004

Núcleos Familiares Residentes 12 775 nº 2001

Variação População Residente, entre 1991 e 2001 13,8 percentagem 2001

Actividade Económica Capacidade de Alojamento dos Estabelecimentos Hoteleiros ni6 458 lugares 2004

Dormidas em Estabelecimentos Hoteleiros ni1122 33 679 nº 2004

Taxa de Ocupação dos Estabelecimentos Hoteleiros ni6 20,2 percentagem 2004

Estada Média por Hóspede em Estabelecimentos Hoteleiros ni6 1,2 noites 2004

Sociedades Sediadas ni1113 1 355 nº 2004/12/31

Sociedades do Sector Primário ni1113 2,8 percentagem 2004/12/31

Sociedades do Sector Secundário ni1113 18,5 percentagem 2004/12/31

Sociedades do Sector Terciário ni1113 78,7 percentagem 2004/12/31

Volume de Vendas nas Sociedades Sediadas ni1113 593 024 milhares de euros 2003/12/31

Bancos, Caixas Económicas e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo ni1 28 nº 2003

Depósitos em Bancos, Caixas Económicas e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo 548 170,4 milhares de euros 2003

Crédito Concedido por Bancos, Caixas Económicas e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo 408 727,6 milhares de euros 2003

Crédito Hipotecário Concedido a Particulares 956,9 milhares de euros 2003

Obras Concluídas - Total de Edifícios ni1121 109 nº 2004

Obras Concluídas - Edifícios para habitação ni1121 101 nº 2004

Licenças Concedidas para Construção de Edifícios (Construções Novas) ni1120 135 nº 2004

Licenças Concedidas para Construção de Edifícios para Habitação (Construções Novas) ni1120 113 nº 2004

Consumo Doméstico de Electricidade por Consumidor 2,0 milhares de kWh 2003

Consumo Industrial de Electricidade por Consumidor 67,2 milhares de kWh 2003

Taxa de Actividade HM, em 1991 40,3 percentagem 1991

Taxa de Actividade HM, em 2001 47,1 percentagem 2001

Taxa de Desemprego HM, em 1991 4,0 percentagem 1991

Taxa de Desemprego HM, em 2001 5,2 percentagem 2001

Indicadores Sociais Médicos por 1000 Habitantes ni1048 3,3 nº 2003

Page 41: Plano de Sustentabilidade do Município

Pacto de Autarcas Município da Guarda 2010

Farmácias por 1000 Habitantes ,3 nº 2003

Hospitais Oficiais 1 nº 2003

Hospitais Particulares 1 nº 2003

Taxa Média de Mortalidade Infantil no Quinquénio 7,0 permilagem 1999/2003

Taxa de Analfabetismo HM, em 1991 13,5 percentagem 1991

Taxa de Analfabetismo HM, em 2001 10,1 percentagem 2001