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PlasticoNordeste #14

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Revista PlasticoNordeste #14

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Expediente

Conceitual - Publicações Segmentadas

www.plasticonordeste.com.br

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CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis

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[email protected]

Direção:

Sílvia Viale Silva

Edição:

Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Redação:

Gilmar Bitencourt

Júlio Sortica

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Débora Moreira e Magda Fernandes

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Capa: divulgação

Plástico Nordeste é uma publicação

da editora Conceitual - Publicações

Segmentadas, destinada às indústrias

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª

e 1ª geração petroquímica nos Estados da

Região Nordeste e no Brasil, formadores

de opinião, órgãos públicos pertinentes à

área, entidades representativas, eventos,

seminários, congressos, fóruns, exposi-

ções e imprensa em geral.

Opiniões expressas em artigos assinados

não correspondem necessariamente àque-

las adotadas pela revista Plástico Nordes-

te. É permitida a reprodução de matérias

publicadas desde que citada a fonte.

Tiragem: 3.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

04 – Da RedaçãoPor Melina Gonçalves

06 - Plast VipFábio Fiasco, do Indac

08 - DestaqueO potencial de Alagoas

16 - PeriféricosVendas aquecidas no nordeste

24 - InvestimentosO nordeste na mira do Brasil

38 - Anunciantes + AgendaEventos e parceiros da edição

“Sofremos bullying tributário. A máquina é eficiente para arrecadar e extremamente

ineficiente para gastar.”(Paulo Rabello de

Castro, economista)

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A indústria do plástico nordestina está em um mo-mento de grandes oportunidades. Além de impor-tantes investimentos realizados na região por parte de empresas do setor, ainda há um apoio do governo

federal que também aposta no potencial de consumo da so-ciedade e na força de trabalho da população local.

Claro exemplo de que os esforços são coerentes é o resultado do PIB do nordeste, que apresenta-se maior do que o índice nacional, chegando a 8,3% de crescimento. Consciente deste desempenho, a presidente Dilma Rousse-ff declarou em 2010 que pretende investir R$ 120 bilhões na região até 2017, através de projetos como as obras da transposição do Rio São Francisco, a recuperação da malha rodoviária federal, as obras ligadas à Copa de 2014 e as novas refinarias da Petrobras.

E os estados nordestinos também não estão parados es-perando tais recursos e sim buscando estratégias para atrair investimentos de todos lados. A Bahia por exemplo, mostra que está muito além do axé e do acarajé e através do Polo de Camaçari ressurge como um grande foco de olhares do setor plástico. Exemplo nato é o Polo de Acrílico que instala-se na região. Pernambuco também é destaque já que, conforme pesquisa realizada pela Agência Condepe/Fidem a Petroquí-mica impacta mais do que a refinaria no estado.

Sem dúvida outro grande potencial de investimentos está em Alagoas, que atraiu quase 40 novas empresas do setor plástico nos últimos cinco anos, envolvendo cerca de R$ 1,4 bilhão. Além disso, Alagoas é um dos poucos estados brasileiros com um projeto integrado de desenvolvimento do setor plástico. Em outubro de 2010 foi inaugurado o Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlas) Francisco Araújo Silva, com o objetivo de atender a demanda da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) do Estado por mão de obra especializada.

O nordeste, portanto, está fazendo seu dever de casa e aproveitando todas as oportunidades que a atual conjuntura proporciona. Agora é preciso dar andamento no trabalho e ter ideias inovadoras para tornar o setor ainda mais competitivo na região. Boa leitura!

Alto nível

"Sem dúvida outro grande potencial de investimentos está em Alagoas, que atraiu quase 40 novas empresas do setor plástico nos últimos cinco anos, envolvendo cerca de R$ 1,4 bilhão."

Editorial

Melina Gonçalves / [email protected]

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O universo transparente

Na entrevista com o diretor pre-sidente do Instituto Nacional Para o Desenvolvimento do Acrí-lico (Indac), Fábio Fiasco, o di-

rigente destacou que o setor de acrílico no país vem registrando índices de cres-cimento acima da média do setor plástico. O polímero que se destaca pela rigidez e excelente qualidade ótica tem aumentado a sua participação em vários segmentos, principalmente na substituição do vidro.

O presidente do Instituto faz uma análise do mercado de acrílico no país e salienta que o setor é composto prin-cipalmente por pequenas empresas. Se-gundo Fiasco, no ranking de produtores de chapas acrílicas se enquadram apenas oito empresas, que apesar do crescimen-to registrado nos últimos anos, estão sofrendo com o aumento das importa-ções de baixo custo com preço predató-rios, de países asiáticos.

Revista Plástico Nordeste - Quais fo-ram os números registrados pelo setor em 2011?Fábio Fiasco - Em 2011 o faturamen-to do setor de chapas acrílicas foi de R$ 639.618.000,00, incluindo monômero, chapas e peças. As chapas acrílicas são usadas em vários segmentos no mercado brasileiro, que está dividido da seguin-te forma: PDV´s (20%), Displays (16%), Luminosos (14%), Sinalização (10%), Móveis (12%), Iluminação (10%), Peças técnicas (8%), Outros 10%.

Plástico Nordeste - Quais as aplicações da resina acrílica?Fábio Fiasco - Pode ser utilizada para produção de peças injetadas, como as lanternas traseiras para veículos, onde predomina o acrílico colorido, o ver-

melho e o amarelo. Outra aplicação são as chapas acrílicas, que no Brasil são produzidas de duas formas, através do processo cast (fundidas), que possuem excelentes propriedades óticas e acaba-mento das superfícies, mas que apresen-tas baixo rendimento em termos de pro-dutividade, ou por meio de extrusão, que é um processo contínuo de baixo custo e com alta produtividade.

Plástico Nordeste - Na proporção de consumo da resina acrílica no país, a maior utilização é para produção de pe-ças injetadas ou de chapas acrílicas?Fábio Fiasco - É bastante intenso o uso na produção de peças injetadas, porque a indústria automobilística é muito vasta e a utilização dessas peças é muito grande. Além disso, o design moderno dos car-ros aumentou o tamanho das lanternas, para deixar os veículos mais seguros, com maior visibilidade e também mais bonitos.

Plástico Nordeste - Como são utilizadas as chapas acrílicas?

Fábio Fiasco - As chapas acrílicas fun-didas ou extrudadas, são placas planas e geralmente com espessuras de 1 a 6 mm, são utilizadas por transformadores na confecção de displays, porta folders, em PDVs, luminosos, entre outras aplicações. É um processo muito artesanal que ense-ja a multiplicação de empresas pequenas, familiares, que muitas vezes estão insta-ladas no fundo do quintal das casas. Os produtos são artigos de fácil manufatura e que não requerem grandes investimentos.

Plástico Nordeste - Assim como ocorre com o setor plástico em geral, que é for-mado por pequenas empresas, o segmen-to de chapas acrílicas também apresenta uma configuração semelhante?Fábio Fiasco - Existem alguns transforma-dores do setor que são grandes, que aten-dem as grandes cadeias, como clientes do setor bancário e de postos de gasolina, mas o setor, na sua grande maioria é formado por empresas pequenas, algumas com pou-ca especialização e com profissionais com pouca instrução. É um trabalho artesanal que exige das pessoas apenas a habilidade manual e não requer o uso de recursos ca-ríssimos, como máquinas. É comparável ao artesanato do Norte do país.

Plástico Nordeste - Quais as principais dificuldades enfrentadas no pelo setor?Fábio Fiasco - A principal dificuldade, como ocorre em vários outros ramos de ati-vidade industrial no Brasil é a competição com os nossos amigos asiáticos, principal-mente da China e Taiwan, além de outros países que estão colocando produtos mais baratos no Brasil país através de portos que dão isenção de impostos, estabelecendo uma concorrência intensa. Inclusive muitos produtos estão entrando no Brasil de forma ilegal ou sub-faturados. Outra dificuldade é a necessidade aprimoramento técnico de grande parte das empresas do setor no país. Além disso, também existe a falta de mão de obra qualificada, principalmente

Apesar do crescimento, segmento de acrílico sofre com a concorrência asiática.

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nas grande empresas que fazem a injeção e extrusão do acrílico. Existe uma escassez de pessoal com conhecimento técnico na operação das máquinas.

Plástico Nordeste - O problemas do au-mento da concorrência com os asiáticos está ocorrendo mais fortemente com as chapas acrílicas?Fábio Fiasco - Eu diria que sim, mas não excluo as resinas utilizadas para injeção e extrusão. Eles também estão visando um pedaço do mercado de resinas. Esta con-corrência no segmento de chapas acrílicas dificulta muito a nossa evolução como fabricantes, pois nós temos condições de atender o mercado.

Plástico Nordeste - Quem fornece a resi-nas acrílica no país?Fábio Fiasco - O único fornecedor é do Grupo Unigel. A unidade de Candeias, nas Bahia, próximo ao complexo petroquímico de Camaçari. Além das resinas para injeção também produz chapas extruadadas. Este fornecedor enfrenta a concorrência das resinas que entram oficialmente de vários países e das ilegais. A produção nacional de resinas acrílica é suficiente para atender a demanda dos transformadores brasileiros.

Plástico Nordeste - Quantas empresas existem no país produzindo chapas de acrílico?Fábio Fiasco - Atualmente existem no Brasil oito empresas de chapas acrílicas originais.

Plástico Nordeste - A produção nacional de peças transformadas é destinada para atender o mercado interno e exporta-ções? Qual a proporção?Fábio Fiasco - A única empresa a exportar no Brasil é a Unigel Plásticos, que vende seus produtos em mais de 20 países, sen-do 11 nas Américas (EUA, Canadá, México, Chile, Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Paraguai e Porto Rico) e 09 na Europa (Inglaterra, Holanda, Bélgica, Ale-manha, Áustria, Espanha, Itália, Portugal e Polônia).De acordo com o Unigel, essa proporção é de 50%.

Plástico Nordeste - Como está a balança comercial do segmento?

Fábio Fiasco - Como a única empresa a ex-portar é a Unigel, o Indac não disponibiliza esses números. Mas é possível adiantar que o Brasil não exporta e nem importa peças feitas de chapas acrílicas.

Plástico Nordeste - Quais os principais mercados que são destinadas as chapas acrílicas?Fábio Fiasco - Os principais segmentos estão na comunicação visual. Como dito acima, o mercado brasileiro está divido da seguinte forma: PDV´s (20%), displays (16%), luminosos (14%), sinalização (10%), móveis (12%), iluminação (10%), peças técnicas (8%), outros 10%.

Plástico Nordeste - Assim como ocorre com os outros termoplásticos, foi ve-rificado o crescimento da utilização do acrílico em substituição de outros mate-riais?Fábio Fiasco - O acrílico tem uma grande participação na substituição do vidro en-tre outros materiais. Mas é bom salientar que o acrílico acaba se impondo como um material único e nobre que tem seu lugar no mercado, não como sucedâneo de outros materiais, mas por apresentar característi-cas que o diferencia dos demais, como a termomoldabilidade. Como exemplo cito, o domus utilizado na indústria da construção civil, que são grande placas de acrílico so-pradas e utilizadas na iluminação de pré-dios. Esta é uma aplicação quase inusitada. Poderia ser feita em vidro, mas seria mais caro, mais pesado e mais perigoso, com ris-co de quebrar.

Plástico Nordeste - Quais as principais vantagens que este plástico oferece?Fábio Fiasco - O acrílico é um plástico de engenharia, com alta durabilidade, tanto que os fabricantes dão garantia de 10 anos. Além disso é um plástico cristalino.

Plástico Nordeste - Quando a palavra de ordem no momento é sustentabilidade, como o acrílico se enquadra neste con-texto?Fábio Fiasco - O acrílico é 100% reciclável. Pode ser reciclado várias vezes com baixís-sima perda de propriedades de uma recicla-gem para outra. Esse processo só vai sofrer degeneração com perda de qualidade após dezenas de reciclagens, o que não ocorre

devido a alta durabilidade dos objetos pro-duzidos com acrílico. A presença do acrílico no lixo é muito baixa. As aparas e galhos no processo de produção de peças, como as lanternas de carros, são totalmente re-aproveitadas pelas empresas. Além disso, uma lanterna de automóvel tem uma gran-de durabilidade. E comum vermos carros com mais de 20 anos rodando nas ruas com a mesma lanterna. Ocorre a reposição por quebra, por colisão do automóvel.

Plástico Nordeste - Quais as ativida-des que são desenvolvidas pelo Indac, no sentido de promover a utilização do acrílico?Fábio Fiasco - Fazemos um amplo trabalho de divulgação via Web, através de todas as ferramentas disponíveis na rede, como e--mail maarketing, newsleter, entre outros. Estas informações são enviadas para um público de mais de 25 mil destinatários, entre arquitetos, universidades voltadas para design e arquitetura, escritórios de arquitetura e de engenharia, associações de classe, entre outros. Temos um setor dentro do Indac voltado para comunicação via internet. Também fizemos inserções em revistas especializadas.

Plástico Nordeste - Quais as metas da entidade para 2012?Fábio Fiasco - Entre as metas principais para este ano, está o aumento do núme-ro de associados da entidade, a divulgação cada vez maior de informações técnicas, apresentando a tecnologia disponível hoje. Também a realização de atividades no sen-tido de ampliar qualificação e profissionali-zação do mercado, auxiliando as pequenas empresas, para que tenham uma formaliza-ção, com preocupações sustentáveis e com os funcionários.

"A principal dificuldade, como ocorre em

vários outros ramosde atividade industrial

no Brasil, é a competição com os nossos amigos

asiáticos, principalmenteda China e de Taiwan..."

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Com apenas 27.767.661 km² de área e pouco mais de 3 milhões de habitantes, Alagoas é um dos menores estados brasileiros. Porém, quando o assunto se refere a ações e investimentos na cadeia química-plástica, a posição se inverte: A Terra dos Marechais está na vanguarda da atração de investimentos, principalmente entre os demais destinos do Nordeste/Norte. São quase 40 novas empresas instaladas nos últimos cinco anos, envolvendo cerca de R$ 1,4 bilhão. O sucesso não veio de graça, ao contrário, foi fruto de muito planejamento, trabalho, ousadia e integração entre vários setores.

Em Alagoas,

a união leva ao sucesso

DESTAQUE Alagoas

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Para o diretor de Relações com o Mercado da Seplande (Secretaria do Planejamento e Desenvolvimen-to Econômico), Glifson Magalhães,

que também é secretário-executivo do Fó-rum Estadual da Cadeia Produtiva da Quí-mica e do Plástico (CPQP), o sucesso tem uma explicação: o Estado de Alagoas vem desde 2007 trabalhando através dessa ca-deia composta pelo Governo Estadual, Fe-deração das Indústrias do Estado de Alago-as (FIEA), Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas de Alagoas (Sebrae), Sin-dicato da Indústria de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast), Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (Senai), empresas do setor e instituições de ensino.

“Foi assim que esta parceria propor-cionou termos uma estruturada Cadeia Pro-dutiva, onde hoje temos os seguintes resul-tados: Polos industriais com infraestrutura adequada, distantes a menos de 20 km do porto e do aeroporto da capital Maceió; - Incentivos governamentais creditícios, loca-cionais e fiscais diferenciados e garantidos

por Lei, além dos incentivos decorrentes de similaridades; posição geográfica privilegia-da com proximidade em relação aos princi-pais polos industriais e de consumo do Nor-deste brasileiro, atingindo a maior parte do PIB da região, além de estar bem localizado com relação a grandes centros da Europa e Estados Unidos; maior produtor de PVC da América Latina”, informa.

Glifson Magalhães destaca ainda que, como a inauguração da nova fábrica da Braskem em maio de 2012, Alagoas passará a produzir 460 mil toneladas anuais da resi-na e a Qualificação profissional está garan-tida pelo Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlas), que tem a capacidade de formar, por ano, a média de 400 profissionais em perfis diversos. Toda essa estrutura é uma garantia para quem deseja se instalar no Estado e gerar desenvolvimento e empre-gos. “Nos últimos 4/5 anos o Estado atra-vés de sua política de atração de investi-mentos, prospectou 37 novas empresas do setor químico e plástico, totalizando 3.346 empregos diretos e R$ 1,329 bilhões de

investimento, dentre eles a duplicação da planta de PVC da Braskem”, revela.

Mesmo com todas as ações e inves-timentos Alagoas ainda tem algumas ca-rências na área industrial para alavancar o segmento plástico, conforme destaca Glifson Magalhães. “Hoje, o segmento in-dustrial que podemos elencar como sendo o que temos maior demanda de produtos/serviços pois afeta diretamente as nossas indústrias de plástico é o setor metal mecâ-nico, onde temos uma mão-de-obra escas-sa e não temos indústrias suficientes para atender esta demanda”, completa.

Capacitação e inovaçãoAlagoas é um dos poucos estados bra-

sileiros com um projeto integrado de desen-volvimento do setor plástico. Em outubro de 2010 foi inaugurado o Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlas) Francisco Araújo Silva, com o objetivo de atender a demanda da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) do Estado por mão de obra especia-lizada. Em plena expansão, estimulada pela >>>>

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sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 10 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012

existência da maior jazida de sal-gema do país, da maior planta de PVC da América Latina (Braskem) e pelos incentivos gover-namentais, o setor conta com mais de 150 empresas instaladas. Para a construção do NTPlás, foram investidos aproximadamen-te R$ 4 milhões, mas com as doações de máquinas, equipamentos e matéria-prima, somam-se quase R$ 7 milhões, com poten-cial de formar cerca de 300 trabalhadores ao ano, informa o governo estadual.

“A indústria química e plástica repre-

senta para Alagoas um futuro de desenvolvi-mento sustentável”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Ala-goas (Fiea) e do Conselho Regional do Servi-ço Nacional de Aprendizagem Industrial (Se-nai), empresário José Carlos Lyra de Andrade na ocasião. Ele ressaltou a importância da parceria entre o setor público e privado para viabilizar a construção do Núcleo que vai ofertar educação profissionalizante e servi-ços para as empresas, “aliando infraestrutura moderna com a tradição da marca Senai”.

Segundo o Senai, o Núcleo vai evitar um “apagão de mão de obra” no setor, ao mesmo tempo em que oferece oportuni-dades para os jovens alagoanos. O dire-tor de Negócios de Vinílicos da Braskem, Marcelo Cerqueira, ressaltou que a expan-são da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico está transformando o Estado de fornecedor de matéria-prima em produ-tor de materiais com valor agregado. E o secretário de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, acrescentou: “Esta é uma obra de todos. A criação da cadeia e do Fórum da Química e do Plástico foi fundamental para que chegássemos ao dia de hoje”.

A integração envolve também o poder legislativo. Em agosto de 2011 o deputado federal Rui Palmeira (PSDB) defendeu que o MEC invista mais recursos no IFAL para que o instituto possa ofertar cursos na área de química e plástico em sua unidade de Ma-rechal Deodoro. Ele lembrou que a a ins-talação de empresas em Alagoas dentro da CPQP e a nova planta industrial da Braskem, investimentos situados em Marechal Deodo-ro, abrem oportunidades para a capacitação e qualificação da mão de obra local neste setor. “Precisamos qualificar nossa juventu-de para que ocupe os postos de trabalho que estão sendo gerados neste segmento”, disse Palmeira ao fazer o pedido.

O empresário e presidente do Sindi-cato da Indústria do Plástico de Alagoas (Sinplast), Wander Lobo, disse que o Esta-do se tornou o melhor do Nordeste para as empresas da química e do plástico. Naquela oportunidade, o dirigente afirmou que, o 1° Núcleo de Tecnologia do Plástico da região atenderia às demandas de Alagoas e, em bre-ve, dos Estados vizinhos, com salas de aula confortáveis e laboratórios modernos – o NTPlas servirá de modelo para implantação de uma unidade em Pernambuco.

São parceiros do NTPlas o Senai (Distrito Federal e Pernambuco), Governo de Alagoas, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sinplast, as empresas as empresas Krona, Debmaq e Braskem, Associação das Em-presas do Polo Multissetorial José Aprígio

Empresa de reciclagem deplásticos abre sede no estado

O setor químico-plástico de Alagoas tem mais um motivo para festejar, pois em fins de junho será inaugurada mais uma indústria do setor, gerando empregos no estado. A Clodax, uma das mais conceituadas empresas de reciclagem de plástico do Brasil, instala uma unidade fabril no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela (PJAV), em Marechal Deodoro, para atender o crescente mercado do Nordeste. O diretor de Relações com o Mercado da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Glifson Magalhães, esteve reunido no ano passado com executivos da empresa para tratar sobre a implantação da filial. O en-contro teve por objetivo definir o roteiro de atividades e definir as prioridades para dar celeridade ao início da construção da nova fábrica. Questões sobre logística, distribuição de energia, gás e o fornecimento da matéria-prima foram alguns dos assuntos tratados. Agora é hora de colher os frutos.

O projeto de construção da unidade no Polo José Aprígio Vilela envolveu um investimento de aproximadamente R$ 3,5 milhões, garantindo 46 empregos diretos. A empresa tem sua sede na cidade de São Paulo e é especializada em reciclagem de materiais plásticos. Atualmente, a capacidade de processamento e produção de po-límeros PET – PCR da Clodax é de aproximadamente 12 mil toneladas/ano. A Clodax também contará com uma sede no município de Rio Largo, às margens da rodovia BR-104. Já está sendo finalizada a implantação de uma unidade para lavagem e flake do PET, que vai ofertar cerca de dez empregos diretos em Alagoas.

DESTAQUE Alagoas

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Lançamento da Pedra Fundamental da nova planta de PVC da Braskem, que será a maior da América Latina

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Vilela (Marechal Deodoro) e Associação das Empresas do Polo Multissetorial Go-vernador Luiz Cavalcante (Adedi).

Wander Lobo comentou também so-bre um novo projeto do Estado, anunciado no final de abril deste ano pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton em reunião na FIEA. “O segmento industrial de Alagoas receberá importante contribuição para a consolidação de setores econômicos com a implantação de equipa-mentos de desenvolvimento científico, tec-nológico e de inovação. O governo articula a implantação, neste mês de maio, da Fun-dação do Parque Tecnológico e de seus Polos Tecnológicos, que atuarão como elo entre o setor produtivo e as universidades”, disse.

Estratégia inclui eventosAlagoas também investe para ter

retorno. Por isso, foi o primeiro estado a ter um estande na Brasilplast, a mais ex-pressiva feira de plástico da América do Sul, em 2009 e repetiu em 2011, tendo o próprio governador Teotônio Vilela Filho como anfitrião, além de secretários de estado e entidades setoriais. Em 2010 o secretário do Planejamento e Desenvol-vimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, liderou uma delegação de empresarios e dirigentes de entidades ao maior evento

de plásticos do mundo, a Feira K, na Alemanha. As questões internas também foram tema de evento realizado em se-tembro de 2010 em Maceio: I Seminário de Oportunidades de Negócios para For-necedores das Cadeias de Petróleo, Gás e Química e Plástico.

Para o presidente do Sinplast, Wan-der Lobo, o Estado ainda tem muito a cres-cer e a união entre o Governo, por meio da Seplande, com a Braskem, Sebrae, Sin-plast, FIEA, Associação das Empresas do Distrito Industrial Governador Luiz Caval-cante (Adedi), Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi) e a Prefeitura de Marechal Deo-doro, é única no país. “Em Alagoas, to-dos trabalham em prol do crescimento do setor, e a Cadeia Produtiva Química e do Plástico ainda vai crescer e muito”, afir-mou Lobo na Brasilplast 2011.

Alagoas dispõe de logística, matéria--prima, porto e incentivo fiscal para conti-nuar crescendo e receber novas empresas. Atualmente, está sendo explorado o poten-cial do Estado na transformação de PVC, agregando valor para que o produto saia pronto de Alagoas. Teotonio ainda ressal-tou as vantagens oferecias pelo Estado para as novas empresas. “Nós oferecemos segu-rança jurídica, atendimento constante da Secretaria de Planejamento e do Governo, celeridade nos tramites burocráticos, con-fiança do Banco do Nordeste e as melhores condições do país”, ressaltou.

O presidente da Fiea, José Carlos Lyra, ressaltou na ocasião que a presen-ça do governador na Brasilplast foi fun-damental para que mais indústrias se ins-talem em Alagoas, pois passa segurança para os investidores e mostra o total in-teresse em ter mais empresas no Estado.

Incentivos e açõesInstituído e regulamentado no dia 24

de maio de 2000, o Programa de Desenvolvi-mento Integrado do Estado de Alagoas (Pro-desin) foi fortalecido no início da primeira gestão do governador Teotonio Vilela Filho. O Programa compreende três modalidades de incentivo – locacional, creditício e fiscal – voltadas para atender as necessidades dos interessados em iniciar ou expandir seus em-preendimentos no Estado.

As empresas que desejam pleitear es-ses incentivos apresentam um projeto téc-

nico econômico-financeiro, especificando a geração de ICMS, de empregos diretos, in-diretos, o montante de investimento total e respectiva alocação, entre outras informa-ções. Para apreciação e concessão dos bene-fícios, as secretarias do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e da Fazenda dão seus pareceres, que são encaminhados posteriormente ao relator do processo den-tro do Conselho Estadual de Desenvolvimen-to Econômico e Social (Conedes).

Cada empresa instalada em Alagoas recebe como beneficio a isenção de 15 anos de ICMS, a partir da data que elas começam a fazer o seu faturamento. “Essa é a regra do Prodesin (Programa de Desen-volvimento do Estado de Alagoas). Quando a fábrica emitir a primeira nota fiscal de saída, a partir daquele momento ela come-ça a contar 15 anos de incentivo”.

De acordo com o secretário e presiden-te do Conedes, Luiz Otavio Gomes, além do trabalho incessante e da política de atração de novos empreendimentos implantada pelo Governo de Alagoas, a celeridade nesses pro-cessos é um fator que estabelece uma rela-ção de confiança com o setor empresarial, demonstrando que o Estado está estruturado para receber novos negócios.

“No passado, os processos tramitavam em dois ou três anos. Alguns deles não che-

DESTAQUE Alagoas

Luiz Otávio Gomes: “trabalho incessante e política de atração de

novos empreendimentos no estado”

Para o presidente do Sinplast, Wander Lobo,o setor em Alagoasainda tem muitopotencial de crescimento

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gavam a ser concluídos. A partir de 2007, o tempo médio de execução desde a chega-da do projeto à Seplande, até a apreciação do Conedes, é de 60 dias. Por esses fatores, mais de 60 empresas foram incentivadas nos últimos cinco anos, mostrando o resgate do potencial econômico alagoano implantado na atual gestão”, enfatizou.

Expansão com a BraskemDestacada como referência nacional, a

Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas é constituída por mais de 50 empre-sas que integram da primeira à terceira gera-ção da produção, da extração de matéria pri-ma à industrialização. O avanço dessa cadeia é sentido nas últimas inaugurações nos po-los Marechal Deodoro e Luiz Cavalcante, com novas empresas em instalação nos últimos anos, como Fiabesa, Corr Plastik, Alaplásti-cos (beneficiamento de materiais plásticos), Plastkit, Jaraguá Equipamentos, Nordeplast, BBA Nordeste (containers flexíveis), Joplás (ampliação) ou em instalação como Aloés (fábrica de absorvente) e Braskem e Krona (inauguração em breve).

Com a nova planta da Braskem, que teve sua inaguração antecipada para este mês de maio, Alagoas passará a ser a maior produtora de PVC da América Latina, com uma capacidade de 460 toneladas/ano. O projeto da ampliação no Estado, na ordem de R$ 921 milhões, tem gerado cerca de dois mil empregos diretos em sua execução e também contempla o aumento da capa-cidade produtiva de MVC, a matéria-prima para a fabricação do PVC.

“A nova fábrica da Braskem, âncora em Alagoas, irá atrair ainda mais indústrias e aumentar a competitividade da Cadeia Pro-dutiva da Química e do Plástico. “A amplia-ção fará com que o estado se torne um nú-cleo de fornecimento de matéria-prima para a cadeia vinílica no Brasil e irá possibilitar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano”, destacou o secretário Luiz Otavio Gomes, titular da Seplande.

A atual fábrica da Braskem compre-ende uma área de 250 mil m², sendo 100 mil m² de área urbanizada com instalações industriais. Para a expansão da planta, se-rão utilizados os 150 mil m² de área não urbanizada. Na fase operacional, a previ-são é que cerca de 80 funcionários sejam contratados pela Braskem, além da gera-ção de 200 postos de empregos indiretos

em empresas parceiras, que irão atuar per-manentemente nos processos de fabrica-ção, logística e distribuição de PVC.

Para capacitar os profissionais envolvi-dos na fase de construção, foi implementado o Programa Acreditar, promovido pela Cons-trutora Norberto Odebrecht, executora do projeto de ampliação da Braskem, em par-ceria com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os cursos, com certificação do Senai, são gratuitos e incluem uniforme, material didático e refei-ção. O programa tem como objetivo formar uma base de mão de obra capacitada para atender à demanda de indústrias e fábricas que irão se instalar no Polo Multissetorial Industrial José Aprígio Vilela e em regiões próximas ao município de Marechal Deodoro.

Tigre/ADS também investeLíder nacional na fabricação de tu-

bos e conexões, a Tigre/ADS também vai instalar uma fábrica em Alagoas, a primei-ra do Nordeste. O anúncio foi feito por executivos da empresa no dia 3 de maio, em reunião com o secretário Luiz Otavio Gomes na sede da Secretaria do Planeja-mento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande). Para a implantação do empre-endimento, a Tigre/ADS vai investir cerca de R$ 40 milhões para as obras de infra-estrutura e na aquisição de equipamentos, gerando 70 empregos diretos em Alagoas.

A empresa será instalada no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, e ocupará uma área de aproximadamente 80 mil m², produzin-do suas linhas de sistema de saneamento e drenagem, que contam como matéria pri-ma o polietileno de alta densidade (PEAD), em diâmetros de até 1200 mm. A previsão é que a produção mensal da nova fábrica, primeira da Tigre/ADS na região, seja de 400 toneladas/mês. “Trata-se de mais um resultado da política de atração de novos investimentos implantada desde 2007. A chegada da fábrica da Tigre consolida a já exitosa Cadeia Produtiva da Química e do Plástico em nosso Estado”, afirmou o se-cretário Luiz Otavio Gomes.

Conforme o gerente-geral da Tigre/ADS no Brasil, José Antônio Catanni, a empre-sa deverá iniciar sua produção em abril de 2013. Antes da implantação da nova fábrica, a Tigre/ADS vai instalar uma central de dis-tribuição para atender a demanda da região >>>>

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Nordeste, que corresponde a cerca de 40% do faturamento do material produzido na sua unidade de Rio Claro, interior de São Pau-lo. “Queremos dar celeridade ao processo de instalação da fábrica em Alagoas, por conta da demanda existente em todo o Nordeste. Com a nova unidade, vamos nos tornar mais competitivos na região, e reduzir os custos de distribuição”, destacou Catanni.

O gerente geral da Tigre/ADS afirmou que as questões logísticas, os incentivos fiscais, creditícios e locacionais disponíveis dentro do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin) e a política de atração de novos empreen-dimentos implantada pela atual gestão de Governo foram os principais motivos para a empresa decidir sua chegada a Alagoas. “O grupo viu o trabalho que o Governo de Ala-goas vem desempenhando em prol do setor industrial. A localização privilegiada e um Polo consolidado para a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico foram determinan-tes para a nossa decisão”, destacou.

O grupo é uma aliança entre a Tigre Tubos e Conexões S.A e a companhia norte--americana Advanced Drainagem Systems Inc. (ADS) firmada em agosto de 2009. So-madas, as empresas contam com mais de 66 fábricas espalhadas por todo continente americano. A linha de produtos Tigre/ADS cobre uma variedade de sistemas de redes, tais como: sistema de saneamento; de dre-nagem pluvial; drenagem para infraestrutu-ra; retenção e detenção de águas pluviais; drenagem esportiva; drenagem agrícola;

tubulação para mineração; tratamento e ma-nejo de águas; tratamento de aterros sani-tários e de drenagem predial e residencial.

Krona quase prontaA Krona Tubos e Conexões Ltda, com

sede em Joinville (SC), uma das maiores do Brasil no setor, está prestes a iniciar sua pro-dução no Nordeste, em uma área de 77 mil m² no Polo Multifabril Industrial José Aprí-gio Vilela, em Marechal Deodoro, em Alago-as. Segundo a diretoria a empresa priorizou a implantação de mais esta unidade em fun-ção dos bons resultados de crescimento no mercado da construção civil na região.

A empresa tem uma participação em conexões de PVC para condução de água fria de 27% nos pontos de venda no Nor-deste, segundo pesquisa Anamaco/Ibope. O mesmo levantamento aponta que a Kro-na está presente, no segmento de cone-xões, em 22% dos pontos de venda do país e no segmento de tubos em 7%. Estima--se a participação da empresa em 13% no mercado brasileiro. Com a nova unidade, a participação das vendas no Nordeste deve aumentar em cerca de 15%.

Segundo a Krona, a expansão do se-tor da construção civil foi possível graças à oferta de crédito no país, especialmente no Nordeste. Nos últimos quatro anos, o financiamento para aquisição e construção de imóveis na região cresceu a uma taxa anual média de 71%, conforme dados do Banco Central referentes ao uso de recur-sos do Sistema Brasileiro de Poupança e

Empréstimo, em 2011. De acordo com da-dos pesquisados, 27% da população nor-destina pertencem à chamada nova Classe Média, responsável pela maior fatia de consumo da nossa economia.

Para realizar o projeto, a empresa in-vestiu R$ 70 milhões, com R$ 54 milhões de financiamento do BNDES. A capacidade total de produção será de 1.300 toneladas/mês, com a conclusão do projeto, um au-mento de cerca de 50% ao total da capaci-dade produtiva da Krona Tubos e Conexões. A primeira fase, que compreende a produção de tubos, já iniciou a produção, em mar-ço, em três turnos. O faturamento iniciou em abril, na segunda quinzena. A segunda fase, de conexões, começa a produção entre junho e julho, quando será feita a inaugu-ração oficial da fábrica. O empreendimento deve gerar, no total, 520 novos postos de trabalho diretos e indiretos.

Corr Plastik cresceA Corr Plastik, outra produtora de

tubos e conexões com destaque no setor, fundada em Diadema (SP) em 1992, mas desde 2001 mudou a sede para Cabreúva, também aposta no Nordeste. Em setembro de 2009 a empresa inaugurou uma nova unidade, instalada numa área de 60 mil m² no Polo Multifabril de Marechal Deodoro, em Alagoas, e que atenderá os mercados Norte e Nordeste. A Corr Plastik, com ma-triz em São Paulo, é a terceira no país do segmento de tubos e conexões de PVC e Polietileno. Foram investidos R$ 31 mi-lhões com capacidade para produzir 31 mil toneladas/ano. A fábrica vai gerar 100 empregos diretos e 300 indiretos. Há dois anos a empresa também investiu na fabri-cação de produtos para a linha predial.

Segundo a diretoria, a decisão de ins-talar a unidade em Alagoas foi motivada pelo potencial de mercado, em primeiro lugar, pois o mercado é dinâmico. “O in-centivo tem prazo determinado. É a cereja do bolo”, informa a empresa. Segundo a di-retoria, o incentivo melhora uma avaliação, mas é também feita uma análise da situa-ção. “Ajuda sim, mas não é decisivo”. Quase dois anos depois de instalada, a Corr Plastik

DESTAQUE Alagoas

Desde 2009 a Corr Plastik possui unidade do nordeste com capacidade para produzir31 mil ton/ano

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está satisfeita, pois houve um crescimento de 20% mais do que o planejado. “Vem evoluindo bem. O mercado se expande e a tendência é crescer”, destaca. A empresa avalia a possibilidade de instalar uma ter-ceira unidade, em local ainda não revelado, talvez o Centro-Oeste.

Outra empresa que acreditou no pro-jeto de Alagoas e no mercado foi a BBA Nordeste Indústria e Comércio de Plástico, que possui matriz em Belém (PA), atende há 17 anos o mercado nacional e da Amé-rica Latina com seu principal produto: con-tainers flexíveis - chamados de big bag. A nova unidade industrial foi construída no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, com inves-timentos de R$ 10 milhões (em 2010), gerando cerca de 170 empregos diretos e 450 indiretos. Assim como as demais novas indústrias, a BBA também foi beneficiada pela política de desenvolvimento, receben-do a concessão de incentivos fiscal, credi-tício e locacional, por meio do Programa do Desenvolvimento Integrado de Alagoas (Prodesin). “Desde 2007, o governo do Estado desenvolve a política de atração de investimentos e elegeu algumas áreas com maior potencial, como o setor químico e plástico”, disse o secretário Luiz Otavio Gomes, da Seplande, por ocasião da assina-tura do acordo.

A região alta de Maceió recebeu in-dústrias de grandes marcas, como a nova unidade fabril da Coca-Cola, a Conviver Bebidas e Alimentos, pertencente ao Sis-tema Empresarial Constâncio Vieira, que

tem um uso expressivo de produtos plás-ticos. A Conviver é destaque por ser a pri-meira fábrica verde da marca Coca-Cola. A nova unidade industrial foi construída no bairro do Benedito Bentes, e recebeu in-vestimentos da ordem de R$ 90 milhões, sendo 60% em equipamentos e 40% em infraestrutura. A fábrica ocupa uma área de 210 mil m², inicialmente sendo 38 mil m² de área construída.

O mês de dezembro de 2011 foi espe-cial para o setor produtivo alagoano, prin-cipalmente para a cadeia da Química e do Plástico. As empresas Plastmar, Megaplás e Ultra Therm abriram novos empreendimen-tos em Alagoas, gerando 250 empregos di-retos no Estado. Com investimentos soma-dos na ordem de R$ 26 milhões, as unidades estão situadas no Polo Multissetorial Gover-nador Luiz Cavalcante. Fundada em 1990, a Plastmar, que tem matriz em Pernambuco e já possuia uma fábrica em Alagoas, instalou mais uma unidade especializada na produ-ção de mangueiras e componentes plásti-cos, gerando 120 empregos

A empresa figura entre as líderes comercialização nas regiões Norte e Nor-deste. Com a nova unidade, em uma área total de 15 mil m², teve investimentos na ordem de R$ 8 milhões para a execução do projeto, a previsão é que a produção alcance 400 toneladas/mês. O diretor industrial Pedro Paulo Pessoa reforçou o suporte dado pelo governo do Estado e a importância dos incentivos ofertados atra-vés do Prodesin. “Toda a equipe liderada pelo Luiz Otavio Gomes deu todo o apoio

necessário para que esse empreendimento se tornasse realidade”, afirmou.

Já a Megaplás, empresa com matriz em Catanduva, interior de São Paulo, vai potencializar a produção e distribuição de embalagens plásticas em polietileto de baixa densidade, uma das suas espe-cialidades. E a Ultratherm - pertencente ao grupo Ultra -, último empreendimento a abrir suas portas em Alagoas em 2011, contempla a demanda de operações da empresa, que oferece de extenso portfó-lio de materiais plásticos.

Em recente pronunciamento, o secre-tário adjunto do Desenvolvimento Econô-mico, Keylle Lima, também destaca para o final de 2012 a inauguração da indústria Neotelha, que produz telhas de PVC e ou-tros acessórios. “Mais de 100 empregos di-retos serão gerados no Polo José Aprígio Vilela e a capacidade de produção é supe-rior a 18 mil toneladas por mês”, detalha.

Por unanimidade, o Conedes aprovou a concessão de incentivos fiscais, creditícios e locacionais às várias empresas do setor químico-plástico, como a Clodax Reciclagem Ltda, que foi prospectada pelo Estado na Brasilplast. A Clodax trabalha com recicla-gem de polímeros PET e tem uma capacidade de processamento de 12.600 toneladas por ano e irá aplicar RS 3,2 milhões em estudos e projetos, aquisição de equipamentos na-cionais e importados e demais investimen-tos para a implantação da unidade fabril. Outras empresas beneficiadas foram a Alquí-mica, Braus, SABB, Star Fest, Tectubo, Tróia e Pandurata Alimentos. PNE

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Para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo a ordem é reduzir custos, ampliar produtividade e a qualidade dos produtos. Para atin-

gir este objetivo os empresários do setor de transformação de plásticos já sabem que é preciso modernizar o seu parque industrial. Mas os investimentos devem ir além da compra de máquinas modernas, com alta tecnologia, reside também na compra de periféricos. Estes equipamen-tos, na atualidade, passaram de meros co-adjuvantes ou de supérfluos para dividir o papel principal com extrusoras, injeto-ras, sopradoras, entre outras máquinas, no processo produtivo das empresas.

Esta nova ordem do mercado já inte-gra a cartilha dos transformadores nordes-tinos, que estão fazendo o dever de casa.

O crescimento na utilização de periféricos pela indústria da terceira geração da re-gião é destacado pelos fornecedores des-tes equipamentos. “O mercado neste setor é sempre aquecido”, afirma Tatti Maeda, do setor de Marketing da Shini Brasil. Ela destaca que as empresas se deram conta que podem produzir com menor custo, au-mentando a qualidade das peças e elimi-nando a geração de refugo. Segundo Tatti Maeda, “vivenciar essa realidade a partir do uso dos periféricos assegura a aquisi-ção dos mesmos tanto no mercado nordes-tino quanto nos demais mercados”. Para a representante da empresa, o ganho de ciclo de transformação, reaproveitamento de material e a padronização da produção são os pontos fundamentais em que os pe-riféricos mostram a sua necessidade.

O vice-presidente para Amércia do Sul, da Piovan, Ricardo Prado, salienta o bom potencial do mercado nordestino. Ele acrescenta que o crescimento da procura por periféricos é um “fato comprovado, não só no Nordeste, como em outras re-giões do país”. Ele acrescenta que a im-portância destes equipamentos reside na necessidade que as empresas têm em me-lhorar a sua competitividade. “Através da aplicação correta de periféricos, o trans-formador consegue ganhos em melhoria no processo de fabricação, economia pela redução do desperdício de matéria-prima, estabilidade e repetibilidade de processo, aumento da qualidade percebida do produ-to e ainda a redução de custos de transfor-mação”, justifica.

A Seibt também afirma que o Nordes-te apresenta grande crescimento nos últi-mos anos, com investimentos para melho-ria fabril e aumento da produtividade para atender a crescente demanda do mercado. “Isto requer novos equipamentos, tornan-do este um bom mercado. Acreditamos que estes investimentos estão numa crescente o que torna este mercado ainda mais in-teressante para nós como empresa, ofere-cendo soluções para a indústria do plásti-co em geral”, fala o analista de exportação da companhia, Gilson Müller. O executivo acrescenta que os periféricos são “vitais para empresas que movimentam grandes volumes de material diariamente”.

O diretor da Rone Moinhos, Ronaldo Cerri, afirma que o mercado nordestino de periféricos está em expansão. “Acreditamos que deve crescer ainda por muitos anos”, ob-serva. Cerri destaca que está crescendo cada

Nova ordem na produção

Aumento da concorrência obriga transformadoresa produziremmais com menoscusto, aquecendoas vendasde periféricosno Nordeste.

Periféricos

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Equipamento da empresa Shini, que destaca o

crescimento do uso de periféricos

pela indústria de 3ª geração

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vez mais a procura por estes equipamentos, tanto pelas empresas mais antigas que es-tão em fase de crescimento, como pelas novas companhias que estão se instalando no Nordeste. Segundo ele, os periféricos são equipamentos auxiliares indispensáveis para o bom funcionamento dos processos produ-tivos primários, “onde têm cada vez maior importância, seja porque efetuam melhoras de rendimentos ou mesmo porque abaixam custos finais de mão de obra, contamina-ções, etc”, acrescenta.

Crescimento da robóticaOs investimentos dos transformadores

do Nordeste na área periféricos ocorrem em vários segmentos, inclusive no setor da ro-bótica. A Dal Maschio comprova esta reali-dade. Conforme o sócio diretor da empresa, José Luiz Galvão Gomes, “nos últimos anos tivemos um importante aumento de vendas na região, a qual hoje representa mais de 20% de nosso faturamento anual”.

De acordo com o diretor, o cresci-mento nas vendas foi motivado pelo au-mento da produção na região de produtos técnicos e de maior valor agregado como embalagens de ciclo rápido, móveis e bal-des plásticos, todos decorados com tecno-logia “In Mold Label”. Gomes acrescenta que a localidade se diferencia de outras regiões do país pelo intenso uso de baldes plásticos decorados In Mold, principal-mente para tintas, “o que começa agora a ocorrer também em outras áreas”.

Segundo Gomes, a Dal Maschio produz

equipamentos robustos, rápidos, de fácil uso e com total flexibilidade de programa-ção, “ideais para as necessidades de nossos clientes”. Ele salienta que devido ao fato da empresa produzir seus equipamentos no país, a companhia tem capacidade e flexibi-lidade de personalizar os equipamentos de acordo com cada cliente. Em 2010 e 2011 a DM vendeu mais de 50 robôs na região, sendo que a maior concentração ocorre em Pernambuco e Ceará, “porém não se limita nestes estados, sendo que temos diversos clientes também em Maceió, João Pessoa e na Bahia”, acrescenta. A empresa tem um técnico residente em Recife.

O empresário informa que os robôs es-tão sendo utilizados em empresas do setor automotivo, linha branca, eletrodomésticos, embalagens, móveis, UD’s, descartáveis, en-tre outras. “Mostrando a diversificação da produção industrial que cresce muito rapida-mente nesta região”, salienta. Gomes afirma que a DM tem fornecido equipamentos para atender a demanda dos transformadores nor-destinos de várias áreas de atuação. Mas ele destaca o intenso uso de robôs para injeto-ras de 900T a 1500T, para o setor de mó-veis, e de robôs para ciclo rápido, atenden-do os setores de embalagem e baldes. Ele informa que recentemente a empresa entre-gou robô especial para a Tramontina Delta, “totalmente desenvolvido exclusivamente para eles, com oito eixos servo controlados e sete metros de eixo transversal. Creio seja o único no mundo”, destaca.

Para o setor de móveis a Dal Mas-

chio desenvolveu um robô especial, com quatro ou cinco eixos servo controlados, para a montagem de decorações In Mold e extração das peças injetadas, permi-tindo injeção de mesas decoradas em máquinas de 1000T~1100T.

Boas expectativasDiante do grande potencial da região,

a Shini está ampliando a sua atuação no Nordeste. De acordo com Tatti Maeda, a participação da empresa na localidade ain-da é média. Porém, a executiva salienta que há grandes expectativas de crescimento. A executiva comenta que devido a grande gama de máquinas e periféricos que a Shini disponibiliza a todo mercado brasileiro, a empresa consegue atender os clientes nas suas necessidades específicas. “Nosso obje-tivo com relação a expansão nesta região é de dobrar o faturamento”, informa.

As vendas da empresa estão con-centradas principalmente, nos estados da Bahia, de Fortaleza e de Recife. Tatti Maeda comenta que os equipamentos mais adquiridos são os alimentadores, moinhos, secadores e desumidificado-res. “A Shini Brasil trabalha com uma li-nha completa de máquinas e periféricos pronta a atender com qualidade, pensan-do cliente a cliente, a melhor solução para os seus negócios”, observa.

Este ano a empresa está focada na área de automação. Entre as novidades para este segmento, a Shini está disponibilizan-do ao mercado os robôs de um a cinco até cinco servo-motores e manipuladores.

Eficiência naprodutividade

Conforme Ricardo Prado, o Nordeste representa aproximadamente 8% das vendas da Piovan. “Como atuamos em diferentes mercados em relação ao tipo de periférico, fica difícil explicitar um número único que reflita a nossa participação na região”, sa-lienta. Para 2012, o executivo fala que a meta é manter atual participação no merca-do nordestino e incrementar a atuação em alguns nichos menos explorados. “Atende-mos a todos os estados da região, bem como

Dal Maschio: vendas crescem motivadas pela demanda por produtos técnicos e de valor agregado na região

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do Brasil. Nossa estrutura conta com enge-nharia de vendas e assistência técnica foca-das nos clientes da região”, complementa.

O vice-presidente informa os produtos mais comercializados na para os transforma-dores nordestinos, são os alimentadores e sistemas de alimentação, dosadores gravi-métricos. Ainda de acordo com o executivo, as unidades de água gelada e de sistemas completos de refrigeração, também têm grande procura pelas empresas da região.

Ricardo Prado salienta que a Piovan tem como diferencial em toda a sua linha de produtos, o cuidado com o projeto do equi-pamento para atingir uma alta produtividade do transformador e garantir uma estabilida-de de processo. Ele enfatiza que a utilização de motores ou componentes de alto rendi-mento, possibilita que a empreas entregue ao cliente sistemas com um consumo ener-gético bem abaixo da média do mercado. “A estabilidade de processos e a economia de energia refletem diretamente na redução de custos produtivos do cliente”, comenta.

Soluções inovadorasCom atuação principalmente nos es-

tados de Pernambuco, Ceará, Maranhão e Bahia, a Refrisat salienta que em 2012, a

economia entrou acelerada. Destaca que alguns segmentos importantes ligados a transfor-mação do plástico estão contri-buindo para a vinda de novos investimentos, desencadeando uma grande movimentação fi-nanceira e alavancando outros setores, inclusive o da refrige-ração, devido à necessidade do controle térmico nestes proces-sos industriais. “Percebemos um movimento contrário aos pressupostos pessimistas do mercado, pois mesmo com a cri-se mundial e um arrefecimento no crescimento global, as tro-cas comerciais entre a China e o Brasil seguem altas crescendo 34,5% em 2011, e a facilitação na aquisição de equipamentos

de transformação importados incidem no aumento da venda de Chillers”, analisa o ge-rente de marketing da empresa, Ítalo Leme. Segundo o gerente a Refrisat registrou um crescimento de aproximadamente 15% no faturamento anual de 2011 e a expectativa para este ano é de crescer em torno de 30%.

Leme comenta que o aumento nas vendas de periféricos se deve principalmen-te a definição de metas para a ampliação e modernização das áreas fabris nos principais polos industriais do território nacional. “Isso é percebido pelo crescimento na procura por equipamentos periféricos com recursos alta-mente tecnológicos”, acrescenta.

Neste sentido, o gerente destaca que a empresa decidiu investir em inovações para atender a demanda do mercado, desenvol-vendo soluções para o controle térmico de processos industriais que atendam as exi-gências das empresas de ponta. Ele destaca que a empresa disponibilizou recursos nos equipamentos, tais como, design ergonômi-co e tamanho compacto, pintura eletrostá-tica e estrutura de alumínio, baixo nível de ruído, quadro elétrico de fácil identificação, tubulação de cobre com menos pontos de solda, alta eficiência energética por meio da utilização de compressores scroll digital, válvula de expansão eletrônica, condensador microchannel e fluído refrigerante ecologi-camente correto, CLP versátil para progra-mação personalizada e IHM Touch interativa propiciando a elevação da produtividade, a precisão e estabilidade, além da redução no

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Produto Refrisat, que registrou um crescimento de cerca de 15% no faturamento anual de 2011

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consumo de energia. Entre as soluções desenvolvidas pela

empresa, destaca-se o Kit de Revezamento Automático constituído por duas ou mais unidades de chiller projetadas com sistema controlado via CLP “para que uma faça a re-posição da outra, ou seja, qualquer falha em um dos equipamentos aciona o outro que passa a operar automaticamente”, explica a empresa. O kit de revezamento possui as opções manual e automático. Na manual, o usuário tem a possibilidade de escolher qual equipamento irá funcionar, sendo muito útil para questões de manutenção preventiva/corretiva, sem a necessidade de desligar o processo. Na opção automática, o sistema funciona de duas formas, sendo elas, reve-zamento por hora que é um sistema no qual o usuário programa o número de horas que o equipamento irá funcionar, tendo a pos-sibilidade de visualizar no quadro o número de horas produtivas faltantes e ao término das horas o sistema desliga o equipamento operando e liga o equipamento a ser ope-rado, dando início a um novo ciclo de ope-ração; e revezamento por falha que é um sistema que garante a continuidade do pro-cesso, fazendo com que o equipamento em alarme seja automaticamente desligado, acionando o equipamento em espera. “É importante ressaltar que numa eventual re-moção da central, os equipamentos passam a funcionar de forma independente, após seu acionamento individual”, acrescenta.

De acordo com a empresa, a Kit de

Revezamento Automático opera sem qual-quer necessidade de intervenção humana, garantindo segurança ao sistema em todo o tempo e em qualquer situação de emer-gência. “E mais uma vez largamos à fren-te, disponibilizando sistemas de monito-ramento remoto via Supervisório e Módulo GPRS”, destaca a Refrisat.

Outra novidade é a Unidade de Água Gelada, com inovador CLP, que segundo a companhia “proporciona o melhor custo benefício do mercado”. Conforme a empre-sa, a utilização é mediante a carga térmica requerida, tendo o seu consumo em con-formidade com a necessidade real, econo-mizando assim energia, além de prolongar a vida útil do equipamento. Este controle é possível por trabalhar com circuitos de refrigeração independentes, possibilitan-do uma precisão da temperatura desejada. “Com o inédito controlador CLP, programa-do por software com a sua lógica desenvol-vida pela Refrisat, disponibilizamos todos os recursos imagináveis para proporcionar o melhor desempenho e maior eficiência do equipamento”, complementa.

Agregando melhoriasPara a Rone Moinhos o bom desempe-

nho do mercado de periféricos no Nordeste tem um peso significativo, sendo que apro-ximadamente 22% da sua produção é des-tinada para os transformadores da região. Em 2011, a empresa teve um crescimento na ordem de 5% na vendas de equipamen-

tos para a localidade, em relação aos anos anteriores. Para este ano o diretor comen-ta que a tendência é de que esta boa per-formance se repita, “o que consideramos excelente visto a grande área do Brasil e pelo fato de que a maioria das empresas processadoras se concentrarem ainda no sul e sudeste do país”, salienta.

O atendimento dos clientes da região é realizado por representantes comerciais, além de contato direto da empresa com os compradores. E para atender a demanda des-te mercado, cada vez mais exigente, Cerri informa que a Rone está agregando melho-rias aos seus equipamentos. Como exemplo cita os moinhos que possuem bocais duplos e cabine atenuadoras de ruidos (linhas W e C), “acabamos de colocar no mercado estes atenuadores aplicados com um novo e me-lhor material acústico, diminuindo em mé-dia 10% do ruído em relação aos resultados anteriores, graças a parceria com um novo fornecedor”. O empresário comenta que este tipo de moinho visa atender a todas as em-presas que hoje se preocupam com o nível de ruído de seus equipamentos, “fato que é verificado em qualquer porte de empresa”.

Carência de automação

O gerente de negócios da NZ Phil-polymer, Thiago Zaude, afirma que a in-dústria do plástico do Nordeste está em crescimento e com carência de automação industrial. Este fato justifica o crescimen-to da venda de periféricos, que segundo ele, são equipamentos importantes para melhorar a qualidade do produto acabado, diminuindo a umidade e perdas durante o processo de extrusão e injeção, entre ou-tros benefícios que apresentam.

A NZ atua no Ceará, Natal, Alagoas e Recife. Clientes no Nordeste e no Nor-te, que de acordo com Zaude represen-tam 40% das vendas da empresa. A meta é subir este índice para 50%. O gerente acrescenta que as extrusoras mono rosca tipo cascata, os moinhos de filme e bor-ra e silo ensacador são os equipamentos mais comercializados na região.

Entre os últimos lançamentos da em-presa, o empresário destaca a extrusora de

Moinhos da Rone obtiveram bom desempenho de vendas na região e previsãoé de crescimento

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alimentação forçada diferenciada, com in-versores de frequência na máquina e granu-lador com troca de tela V de 03 raquetes, “aumentando a estabilização do processo produtivo, eliminando paralisação de máqui-na para troca de tela”, observa Zaude.

Crescimento no NordesteApostando no potencial do merca-

do nordestino, a Seibt planeja ampliar a sua atuação da na região. Segundo Müller, em 2011 o Nordeste representou em tor-no de 6% das vendas totais da empresa. “Em termos percentuais, parece ser um número pequeno, porém, este é um polo que esta em expansão, com isso nossa participação tende a crescer”, acrescenta o analista de exportação. A companhia, com sede em Nova Petrópolis (RS), tem como meta superar os números registra-dos no ano passado. “Pretendemos ampliar esta participação, abocanhando uma fatia maior do mercado nordestino, algo em tor-no dos 14% do volume de vendas totais da empresa. Se falarmos de participação no

mercado, a Seibt abocanha uma fatia na ordem de 20%, pretendendo chegar a 25% até o final de 2012”, acrescenta.

De acordo com o analista, a Seibt aten-de todos os estados da região diretamente ou através de representantes. Ele observa que os equipamentos mais vendidos no Nor-deste são os moinhos da linha A. Equipa-

mentos convencionais destinados para vá-rias aplicações e vários tipos de plásticos de formas e tamanhos variados.

Entre os moinhos convencionais a empresa está incorporando à linha GF, em três opções de tamanho, 550GF, 900GF e 1100GF, além do 700GF, “que passou a integrar o catálogo Seibt no último ano”, informa Müller. Conforme o analista, este equipamento teve grande aceitação no mer-cado, devido a sua relação custo-benefício, robustez e alta produtividade. A abertura do bocal pneumática, o sistema mola-gás para acesso ao magazine da peneira e a segurança ao operador, são outros diferen-ciais do moinho. O equipamento, indicado para moagem de garrafas e filmes e outros materiais, conta ainda com rotor sem eixo central, “o que aumenta sua capacidade na câmara de moagem”, acrescenta o analista.

Linha GF da Seibt teve grande aceitação no mercado, devido a sua relação custo-benefício e produtividade

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Procura por qualidadePara a Wortex, o Nordeste é o ter-

ceiro maior mercado de atuação no país. O gerente comercial da empresa, José Renato Saia, comenta que a região está crescendo, mas ainda “de uma forma tímida”. Fala que já existe uma preo-cupação por parte dos transformadores em investir na automação das empresas, adquirindo equipamentos que ofereçam maior qualidade e produtividade.

De acordo com Saia, a empresa tem dois escritórios de representação na re-gião, um em Recife e outro em Salvador, para cobrir todos os estados Nordestinos. Ele destaca também que a Wortex dispõe de uma central de atendimento ao cliente que mantém contato com todo o mercado.

Conforme o gerente, a empresa inves-te continuamente em novos equipamen-tos, com o objetivo de oferecer soluções aos seus clientes. Entre as mais recentes novidades ele salienta a linha de moinhos, trituradores e pulverizadores para diversas aplicações da indústria plástica. Comenta que os moinhos e trituradores contam com engenharia diferenciada, permitindo me-lhor acesso e facilidade para troca e ajus-tes das facas. Como exemplo apresenta o IBC de 1000 litros, destinado para caixas de bebidas, sacaria de ráfia, pneus etc.

Inovações emcâmaras quentes

A Incoe salienta que a sua parti-cipação no mercado do Nordeste está crescendo constantemente. “Na reali-dade acompanhamos o crescimento em geral da indústria de plástico na região”, destaca o gerente de engenharia da em-

presa, William dos Santos. Ele não cita números, mas fala que em 2011 a com-panhia manteve o crescimento nas ven-das de bicos, sistemas de câmara quen-te, filtros e controladores.

O aumento crescente na demanda nas áreas de cosmética, medicina e embalagem é apontado por Santos, assim como a ne-cessidade destes segmentos de sistemas de múltiplas cavidades, Multi-Tip e stack-mold para melhor atender a demanda de produ-ção. Ele fala que os moldes utilizados para fabricação destes produtos estão cada vez mais complexos, dessa forma “exigem um bom projeto do sistema de câmara quen-te e do seu desempenho”. Outra demanda do mercado destacada pelo executivo é o aumento da procura por sistemas valvula-dos e sistemas sequênciais para os moldes automotivos por que os sistemas de câmara quente, que segundo ele fornecem vanta-gens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima.

“Em geral a produção de peças mol-dadas em plástico continua aumentando e nossos clientes procuram por melhor efi-ciência e redução de custo para ganhar a concorrência no mercado”, comenta San-tos. Diante desta realidade ele salienta que devido o crescimento da produção, os clientes precisam buscar melhorias de seus processos de fabricação para atender melhor as demandas. “A nossa meta para 2012 e continuar acompanhar este cresci-mento do mercado no Nordeste”, destaca.

Santos salienta a importância cres-cente dos periféricos na atualidade, prin-cipalmente pelo fato do mercado estar extremamente competitivo, obrigando os transformadores de plástico a reduzir os preços dos produtos moldados. Assim cada vez mais procuram por melhor eficiência e redução de custos. No sistema de mol-dagem por injeção, o gerente frisa que os sistemas de câmara quente, controladores

de temperatura, controladores sequenciais e filtros homogenizador fornecem vanta-gens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima. “Nossos equipamentos têm contribuído de forma significativa para a melhoria do processo de produção de peças plásticas, tanto em nível de qualidade quanto de rentabilidade”, comenta.

De acordo com Santos, outro segmento que exige a tecnologia de câmera é a indús-tria de pecas grandes como pára-choques, painel de instrumentos, laterais de portas, displays etc. Ele explica que estas peças, devido ao seu tamanho, não poderiam ser injetadas sem o uso desse tipo de tecnolo-gia. “Observamos também que os constan-tes aumentos de preço de matérias prima e o uso de materiais plásticos cada vez mais sofisticados alavancaram a venda de nossa tecnologia por que os sistemas de câmara quente fornecem consideráveis vantagens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima”, acrescenta.

Com o objetivo de oferecer mais van-tagens competitivas aos seus clientes, o gerente salienta que a Incoe está sempre aperfeiçoando seus equipamentos. Ele ex-plica que os sistemas de câmara quente e controles são projetados para a injeção precisa da resina, performance confiável e custo compatível nas mais variadas apli-cações. Santos cita algumas das últimas inovações da empresa e alguns dos prin-cipais produtos do seu protifólio: Direct--Flo™ Gold para aplicações técnicas com pesos de ciclo de até 9000g; micro série- pesos de ciclo de até 20g; 6 Categorias padrão de buchas com 14 opções padrão de ponteiras; twin heater (resistências de

Equipamento da Wortex, que continuamente investe em soluções como linha de moinhose trituradores

Mercado competitivo eleva

a utilização de peças, e a Incoe não foge à regra

Periféricos

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duplo filamento) e resistências multi-zona para buchas longas; sistemas unitizados a prova de vazamentos e sistemas hot half completos; sistemas multi material e multi componente; controladores de temperatu-ra, sequencial e valvulado; sistemas valvu-lados hidráulicos e pneumáticos; filtros e bicos para maquina injetora.

Central de alimentaçãoOutra empresa que busca ampliar as

vendas no Nordeste é a AWS. Para a di-retora de marketing da empresa, região é um mercado em expansão, “que demanda a nossa atenção para grandes oportuni-dades de negócios”. Para isso aposta na qualidade dos produtos do portifólio da companhia que segundo ela proporcionam melhorias para as indústrias transformado-ras de plástico, em especial sopro, injeção e extrusão. Destaca que são equipamen-tos modernos, nacionais com tecnologia mundial, que geram economia e resultam maior qualidade para a produção do clien-te, propiciando a automatização e contro-

le total para a indústria. “Investimentos inteligente que se pagam com a própria economia gerada pelo mesmo. Além disso, a AWS Brasil presa pela sustentabilidade, produzindo equipamentos que contribuem com o meio ambiente”, acrescenta.

A AWS atua há cinco anos no Nordeste com clientes ativos investindo em periféri-cos e também pigmentos, principalmente na Bahia, Alagoas e Pernambuco. Conforme a diretora a meta da empresa é ampliar a participação na região e superar ainda mais as expectativas dos clientes, “mantendo a qualidade e trazendo novidades de última geração às suas empresas”. Ela destaca que a previsão para 2012 é de superar em 30% as vendas realizadas no ano anterior.

Segundo Camila Sapage, a empresa faz parte de um grupo familiar que aten-de a indústrias plásticas com soluções nacionais e tecnologia mundial. Fundada em 1997, a companhia iniciou suas ati-vidades atuando junto às indústrias de embalagens plásticas flexíveis. Hoje es-tendeu seus serviços e produtos a todo o

setor. Os segmentos que a empresa atende desdobram-se em pigmentos e periféricos. Recentemente, a AWS entrou também no mercado de linhas de extrusão e co-extru-são, com um centro tecnológico na Itá-lia. Em meados de Março de 2012, a AWS Brasil esteve expondo na Semana Interna-cional de Máquinas e Equipamentos, feira que aconteceu em São Paulo, apresentan-do seus equipamentos para o segmento de flexografia com viscosímetro, recuperadora de solventes e também lavadora de peças.

Segundo a diretora, em agosto, a AWS estará presente na Interplast, em Joinville (RS), expondo pela primeira vez uma central de alimentação em feira. A atração diferenciada promete explicar para os visitantes como funciona o sistema que supervisiona e controla a alimentação de materiais em uma indústria. “Disponível em diversas configurações e de fácil ins-talação, a central é muito eficiente. Com um único controlador, é possível comandar todos os componentes de um sistema de transporte”, acrescenta a executiva. PNE

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Nordeste, um emergente dentro do BrasilPorque as empresas investem tanto

no Nordeste? Não seria descabido afirmar que as regiões Nordeste e Norte são como países emergentes

dentro de um Brasil emergente. Nos últimos anos a mudança na rota migratória do de-senvolvimento tornou essa região alvo de uma série de investimentos, inclusive nos setores plástico e petroquímico. E as pers-pectivas é que esse ciclo tenha garantias de continuidade por mais de 20 anos, pois o Nordeste brasileiro vive o maior período de desenvolvimento de toda a sua história, com índices de crescimento comparáveis aos verificados na China.

Dados do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste (BNB) destacam que o volume de investimentos e quantidade de empreendimentos em execução ou em pro-jetos são de tirar o fôlego. Entre 2004-2008 a região registrou uma taxa média anual de crescimento de 19,5%, passando a apresen-tar, já em 2009, crescimento de 132%. Em 2010, a economia nordestina cresceu 7,8%, contra 7,6% do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB), que vem aumentando muito acima da média nacional é outro indicador do desenvolvimento. Segundo o BNB, em 2005, enquanto o crescimento do PIB bra-sileiro era de 3,2%, o do Nordeste atingia a casa dos 5,9%. Em 2006, 4%, contra 4,5% para o Nordeste e apenas 2007 foi ligei-

ramente desfavorável para a região: o PIB cresceu 5,6% contra 6,1% do Brasil.

Mas em 2008, o PIB nordestino vol-tou a crescer, com 5,5% para a região, contra 5,2% do índice nacional, atin-gindo R$ 420,1 bilhões, superior ao de países como Chile, Singapura e Portugal. O ciclo foi interrompido em 2009 diante da crise mundial, quando o PIB nordesti-no cresceu -1,0%. No entanto, segundo o Boletim Conjuntura Econômica, publi-cado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), vin-culado ao BNB, superados os momentos mais difíceis a região retomou a curva de crescimento, com índices excepcionais atingidos em 2010, quando o PIB chegou a 8,3% de crescimento e o crescimento nacional foi de 7,5% de crescimento.

Neste mesmo ano, em seu primeiro encontro regional, no XII Fórum dos Gover-nadores do Nordeste, realizado em Sergipe, Dilma Rouseff anunciou investimentos da ordem de R$ 120 bilhões para a região até 2017, dos quais, cerca de R$ 64 bilhões deverão ser alocados até 2014, ainda den-tro do mandato atual. Entre os principais projetos estão a continuidade das obras da transposição do Rio São Francisco, a re-cuperação da malha rodoviária federal, as obras ligadas à Copa de 2014 e as novas refinarias da Petrobras.

Porém, para reduzir as fortes desi-

gualdades existentes, o Nordeste deve continuar crescendo acima da média na-cional. Por isso Dilma Rouseff enfatizou a importância da manutenção de investi-mentos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha Casa, Mi-nha Vida, os investimentos preparativos para receber a Copa do Mundo em 2014, e o PAC II, especialmente na parte social e urbana. Ela afirmou ainda que preten-de fomentar um processo de crescimento econômico na região com índices acima do crescimento do PIB, que situa-se num patamar de 7% ao ano.

Outros fatores são importantes para explicar os índices de crescimento, como o reajuste do Bolsa Família e a melhoria de renda, principalmente das mulheres. Em Alagoas, por exemplo, o aumento do Bolsa Família vai injetar perto de R$ 100 milhões ao ano na economia do estado, fomentando o consumo e impulsionando a economia. Segundo o Censo 2010 do IBGE, o rendimento médio do trabalho das mu-lheres brasileiras cresceu 13,5% reais em 2010 na comparação com 2000 - muito além dos 4,1% dos homens e dos 5,5% de ambos os sexos somado. Os maiores avanços da renda média mensal das traba-lhadoras aconteceram no Nordeste, onde o aumento foi de 30,3% reais, de R$ 645 para R$ 841, contra 10,3% dos homens, de R$ 1.097 para R$ 1.210.

Investimentos

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Bahia vai muito alémdo axé e do acarajé

O Pólo Industrial de Camaçari é uma das grandes vantagens da Bahia na disputa por investimentos. É o primeiro complexo petroquímico planejado do País e iniciou suas operações em 1978, Localizado no mu-nicípio de Camaçari, a 50 quilômetros de Sal-vador, capital da Bahia é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de 90 empresas químicas, petroquími-cas e de outros ramos de atividade como in-dústria automotiva, de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços.

Depois de um período de estagnação, quando chegou a perder indústrias impor-tantes, a Bahia renasce.Com a atração de novos empreendimentos, o Pólo Industrial de Camaçari experimenta novo ciclo de ex-pansão, gerando mais oportunidades de em-prego e renda para o Nordeste. A produção de automóveis pela Ford e a nova fábrica da JAC Motors consolidam a trajetória de diver-sificação no Complexo Industrial e ampliam as perspectivas de integração do segmento petroquímico com a indústria de transforma-ção, com destaque para o Pólo de Acrílico, fruto de investimentos da Basf.

Qualidade e produtividade têm sido a receita para ampliar as atividades do Pólo Industrial de Camaçari. Sua importância

econômica pode ser medida pela grande-za de seus números. Com um investimento global superior a 12 bilhões de dólares e investimentos novos de 4,3 bilhões de dó-lares até 2011, o pólo tem capacidade ins-talada acima de 11,5 milhões de t/ano de produtos químicos e petroquímicos bási-cos, intermediários e finais. A produção no segmento químicos/petroquímicos atende mais da metade das necessidades do país. O pólo tem faturamento aproximado de US$ 15 bilhões/ano e exportações de US$ 2,3 bilhões/ano, cerca de 35% do total ex-portado pela Bahia e contribui com mais de R$ 1 bilhão em ICMS por ano para o Estado, respondendo por mais de 90% da arrecadação tributária de Camaçari.

O complexo emprega 15.000 pessoas diretamente e 20.000 pessoas através de empresas contratadas. Sua participação no Produto Interno Bruto baiano é superior a 30%. Investimentos em programas sociais superiores a R$ 13 milhões/ano. Segundo dados da Abiplast (2010) a Bahia tem cer-ca de 291 indústrias de transformação de plástico e emprega 9.924 pessoas. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos da Bahia, Luiz Antônio de Oliveira, dois fatores explicam a atração de investi-mentos neste setor. “Deve-se ao crescimento da renda per capita com a alavancagem de demanda pela Classe C, somados aos incenti-vos fiscais de redução do ICMS via governos estaduais e do imposto de renda pessoa ju-rídica via SUDENE”, ressalta.

Nos últimos anos a Bahia perdeu al-gumas empresas da cadeia petroquímica--plástico, mas ganhou outras que usam plástico e produtos químicos na fabrica-ção de suas linhas, como as indústrias de calçados, têxteis e moveleiras, sem contar as automotivas.

Mesmo que algumas indústrias de porte tenham alocado recursos nos últimos anos, como Cromex, Unigel e Basf, além dos aportes da Braskem, para Oliveira, os investimentos em indústrias para alavan-car o setor no Estado compõem um quadro mais complexo. “O Estado por si não apre-senta atrativos em relação a justificativas de atrativo locacional, visto deter apenas 4% do PIB nacional, havendo no momento saturação de todos os itens produzidos, ou

Concentração de grandes investimentos,

Pólo Industrial de Camaçari experimenta

novo ciclo de expansão

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seja, a capacidade instalada é superior à demanda”, diz o dirigente.

Basf cria Polo de AcrílicoOs tempos ruins ficaram para trás

e agora a Bahia sorri com ações como da BASF, que, sem temer incertezas investe em um Complexo Produtivo de escala glo-bal para a produção de ácido acrílico, acri-lato de butila e polímeros superabsorventes (SAP) em Camaçari. Será a primeira fábrica da América do Sul nessa área. Com um in-vestimento superior a R$ 1 bilhão, este será o maior aporte do grupo ao longo de sua história de 100 anos na América do Sul. Com o novo Complexo de Ácido Acrílico, a BASF assegurará o fornecimento de matéria-prima para importantes produtos, como: fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos.

“Em função do forte crescimento do Brasil, chegou a hora para realizarmos este importante investimento, que irá fortalecer nossa posição de liderança e ratificar nossa confiança no desenvolvimento do mercado sul-americano”, diz Stefan Marcinowski, membro da Junta Diretiva da BASF SE em agosto de 2011, ao anunciar o investimento.

O que levou a BASF a escolher Cama-çari? Segundo a empresa, o principal motivo foi a disponibilidade de matéria-prima (pro-peno) e utilidades, fornecidas pela Braskem S.A., a maior indústria química do Brasil e parceira estratégica da BASF neste projeto. “O acordo com a BASF permitirá potenciali-zar os benefícios para toda a cadeia produ-

tiva do ácido acrílico, não apenas em razão da capacidade de produção e do porte do investimento como também pelas tecnolo-gias disponíveis. E estimulará o surgimento de um novo ciclo de investimentos no Polo de Camaçari, atraindo novas empresas de manufatura para a Bahia”, afirmou Carlos Fadigas, presidente da Braskem.

A construção do novo Complexo de Ácido Acrílico começou em 2011, gerando cerca de 1.000 empregos durante a constru-ção. O início da produção, inicialmente de 160 mil toneladas, está previsto para o quar-to trimestre de 2014, gerando 230 empregos diretos e 600 indiretos. A produção de acri-lato de 2-etil-hexila em Guaratinguetá está planejada para iniciar em 2015, com base no ácido acrílico produzido em Camaçari.

“Esperamos que o investimento traga um impacto muito positivo para a balança comercial do País de cerca de US$ 300 mi-lhões/ano, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 mi-lhões pelo do aumento das exportações”, disse Hackenberger.

Cromex investiu pesadoNo momento em que o Brasil superava

a crise mundial de 2009 a Bahia também co-meçava a reagir. Em setembro daquele ano a Cromex, empresa brasileira líder na fabrica-ção de corantes e compostos para plásticos no país, na anunciava a ampliação da sua capacidade produtiva na Bahia com a aqui-sição de uma nova extrusora importada, em condições de produzir 16 mil toneladas/ano

de matéria-prima. O valor do investimento foi de US$ 2,2 milhões.

A nova máquina substituiu uma com capacidade de 6 mil toneladas/ano, na uni-dade da Cromex localizada em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. Com isso, a capacidade total de produção de compos-tos pretos, usados em produtos voltados aos setores automotivo, agrícola e construção civil, aumentou em cerca de 7%. A nova ex-trusora foi adquirida para atender a demanda de cores e aditivos para plásticos (master-batches) especialmente fabricados para o polietileno (PE) Verde da Braskem.

Para estimular o investimento a empre-sa foi beneficiada pelo Programa de Desen-volvimento Industrial e de Integração Eco-nômica da Bahia (Desenvolve), na Classe 1. O benefício concede incentivos fiscais, como a redução do ICMS e o adiamento do imposto nas compras de bens para o ativo fixo e nas aquisições de insumos, como o polietileno.

Grupo Unigel: fábrica e CituA boa fase teve sequência, pois a

Bahia passou a viver um dos melhores mo-mentos da sua economia. Há dois anos, nos três primeiros meses de 2010, os números da geração de emprego já refletiam a supe-ração da crise mundial. O Grupo Unigel, por exemplo, contribuiu para essa melhoria ao inaugurar as novas unidades da empresa na Bahia em abril daquele ano. E em 2011 vol-tou a anunciar investimentos, desta vez na criação de um centro de tecnologia.

Localizadas no município de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, as di-visões de Químicos e Fertilizantes e a Divisão de Plásticos da Unigel geram 250 empregos diretos, sendo que durante a construção foi utilizada a mão de obra temporária de 1.200 operários. Na ocasião, o vice-presidente do grupo, Marc Slezynger, disse que dois fato-res influenciaram na decisão de ampliar os negócios no Brasil - incentivos fiscais e tra-balhadores capacitados. “Nós já atuávamos na Bahia. O Estado tem apoiado muito a em-presa. Temos incentivos e uma mão de obra muito boa. Oitenta por cento da Unigel está aqui.” Entre os benefícios, o governo esta-dual, por meio da Secretaria da Indústria,

InvestimentosConstrução do Complexo de Ácido Acrílico daBasf começou em2011 e conclusão está prevista para 2014

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Comércio e Mineração (Sicm) intermediou, junto ao governo federal, a redução do Im-posto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).

A inauguração das duas plantas indus-triais da Unigel, em Candeias, fez com que a produção de sulfato de amônio (insumo para fertilizantes) subisse de 130 mil para 400 mil toneladas por ano e de metacrilatos (plásticos acrílicos utilizados na indústria automobilística, eletroeletrônico, utensí-lios domésticos, entre outros) tivesse um aumento anual de 30 mil para 90 mil tone-ladas. O acrílico é uma tendência mundial, tendo inclusive ampliado o seu uso nos pai-néis de LED das modernas telas de TV. Parte

da produção brasileira é para o consumo in-terno, mas a Unigel também exporta.

O governador Jaques Wagner prevê que, diante da expectativa de crescimento para o setor, em torno de 6% a 7%, deverão ser abertas novas vagas e surgirá a neces-sidade de qualificação da mão de obra para suprir esta demanda. Wagner, ex-funcionário do Grupo Unigel, informou que o Governo da Bahia já estava dialogando com os indus-triários para, juntos, desenvolverem projetos de qualificação profissional. “

Sem dúvida, 2011 foi um “ano fértil” para o setor petroquímico-plástico baiano. Na mesma época do anúncio da BASF, o Gru-

po Unigel, fabricante de plásticos e fertili-zantes, dentre outros derivados do petróleo, apresentou na o projeto do seu novo Centro de Inovação e Tecnologia (Citu), a ser im-plantado no Polo de Camaçari. O diretor-pre-sidente do Citu, Luiz Pontes informou que todos os laboratórios do empreendimento, que ocupará uma área de dois mil metros quadrados e prevê investimentos na ordem de R$ 40 milhões, já estão prontos.

“Camaçari possui o maior pólo petro-químico do País e queremos atrair cérebros para a Bahia, ao invés de exportá-los. Por isso acreditamos na parceria com as univer-sidades baianas e outros centros de desen-volvimento de tecnologia, como o Parque Tecnológico”, defende o engenheiro quími-co, que também é professor da Universida-de Federal da Bahia (Ufba) e da Universida-de do Salvador (Unifacs). Pontes explicou que o Citu irá gerar 50 empregos diretos para profissionais de “alto nível” distribuí-dos entre as áreas de engenharia, química e cursos técnicos relacionados à petroquími-ca. “Nossas metas são melhorar processos atuais, desenvolver novos processos capa-zes de aumentar a rentabilidade e também criar novos produtos, sobretudo plásticos diferenciados, Inclusive plástico verde (à base de etanol)”, afirmou.

Suape e Abreu e Limamudam Pernambuco

A Petroquímica impacta mais que refinaria em Pernambuco. Este foi apenas um dos resultados da pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de Pernambuco, divulgada no início de maio pela Agência Condepe/Fidem. O es-tudo, realizado em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV) tem como objetivo revelar o panorama econômico do Estado, através das expectativas dos empresários ligados ao setor industrial.

InvestimentosSuape (acima): impactos do empreendimento no local serão sentidos quando estiver em pleno funcionamento

Wander Lobo (abaixo, à esquerda), do Sinplast de Alagoas e Fernando Pinheiro (centro), do Simpepede Pernambuco

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Mesmo que outras indústrias estejam instalando unidades em Pernambuco, as obras que centralizam as atenções são a Re-finaria Abreu e Lima e a PetroquímicaSuape e as inevitáveis comparações. Uma forma de entender a importância de cada uma delas é saber o impacto que causam na vida das pessoas. A contribuição mais importante do estudo da Condepe Fidem é a de orien-tar políticas públicas, especialmente quais empreendimentos devem ser buscados e incentivados pelo governo estadual. Os nú-meros derrubaram alguns mitos. Mostraram, por exemplo, que um grande volume de in-vestimentos nem sempre corresponde a um reflexo maior na vida das pessoas.

E nessa espécie de disputa de “beleza” econômica, a Refinaria Abreu e Lima (de R$ 26 bilhões) mostrou-se menos impactante que um projeto quatro vezes menor, de R$ 6 bilhões, como o da PetroquímicaSuape. No geral, a Petroquímica se sobressaiu como empreendimento que mais trouxe e trará impactos para vida dos pernambucanos na análise da Agência Condepe Fidem. Além de ser o protagonista no aumento dos rendimentos das famílias, o complexo que começa rodar no próximo mês de agosto é o que mais contribui para o aumento do VAB (participação de 35,2%) e o segundo maior gerador de postos de trabalho dire-tos e indiretos (26,1%).

Os maiores impactos da Petroquími-caSuape serão sentidos quando essa estiver funcionando a pleno.Na sua fase de cons-trução, participou com R$ 999 milhões no

aumento dos rendimentos das famílias. Esse volume sobe para R$ 5,65 bilhões durante a operação até 2014. Diante disso, o estudo voltou a lançar luz em um problema difícil de ser superado pela Refinaria, que é o de se tornar “mais pernambucana”.

Se não bastasse perder a briga com a PetroquímicaSuape, a refinaria fica atrás do EAS no impacto nos rendimentos das famílias. Ainda assim é o empreendimento que mais criou e criará postos de trabalho entre 2007 e 2014: 543 mil. No quesito rendimentos, o destaque ficou com a Petro-químicaSuape. O complexo de três plantas industriais que irão produzir ácido tereftáli-co (PTA), resina PET e filamentos têxteis de poliéster colocará R$ 6,65 bilhões a mais no orçamento dos pernambucanos entre 2007 e 2014. É seguido de perto pelo EAS, responsável por R$ 6,37 bilhões.

Ao final das obras haverá uma mu-dança de perfil econômico de Pernambuco, conforme comprovam os dados da pesquisa. Sem os cinco investimentos analisados, o Estado iria gerar, em 2014, R$ 114,2 bilhões de VAB. Com as cinco plantas, esse volume salta para R$ 168,5 bilhões, um crescimento de R$ 54,2 bilhões. Não é apenas um impac-to quantitativo. O Estado muda o seu perfil econômico, com novas cadeias produtivas. É um novo ciclo de industrialização. Com esses empreendimentos a economia estará 50% maior, destaca o estudo.

Auto-suficiência em PET O Grupo italiano Mossi & Ghisolfi es-

tendeu sua presença no Brasil e América do Sul em 2002, quando efetivou a compra da totalidade das ações que a Rhodia detinha na sua controlada brasileira Rhodia-ster. Conforme informações divulgadas pela em-presa, a nova fábrica de resina PET da Com-panhia está localizada em Ipojuca (PE) e é um dos mais importantes empreendimentos do mundo na indústria de poliéster, colo-cando o Brasil na era da auto-suficiência em resinas PET. De acordo com informações dis-poníveis no site da empresa, a capacidade de produção de 450 mil toneladas por ano transforma a unidade brasileira na maior fá-brica de PET de reator único do mundo.

Colorfix valoriza o NordesteMesmo sem o impacto das grandes

obras citadas anteriormente, Pernambuco tem tradição no setor petroquímico-plástico do Nordeste, pois com a primeira fábrica de embalagens fundada há 50 anos, foi um dos pioneiros no ramo de transformação de plás-tico no País. No Estado, o setor gera cerca de 22 mil empregos diretos e indiretos e conta com 489 empresas de diversos segmentos da indústria de transformação de plástico, das quais 292 empresas são formais e as de-mais informais. O setor consome cerca de 12 mil toneladas por mês de matéria-prima de polietileno (resina plástica) e, em 2010, fa-turou R$ 600 milhões, segundo informações do Simpepe (julho de 2011).

O quadro de crescimento positivo de vários setores em todo o Nordeste e a recep-tividade das indústrias de transformação de plástico foram atrativos para que a Colorfix, uma fornecedora de concentrados de cor, MBFiller e aditivos de alta qualidade para di-versas áreas, como: cosméticos, construção civil, farmácia, utilidades domésticas, auto-mobilística, segurança, brinquedos, entre outros, instalar-se em Pernambuco.

Conforme ressalta Manoel Antônio Fardo, da área de marketing, para a Colorfix o Nordeste é um mercado muito promissor, mas com uma demanda reprimida e muito carente de atendimento. “Portanto vemos como um mercado muito promissor, só no último ano nossas vendas cresceram 40% na região, frutos de um longo trabalho e

InvestimentosCrescimento positivo de setores no Nordeste contribuiu para a instalação de uma unidade da Colorfix no estado de Pernambuco

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ótimo atendimento e nossa expectativa é que se torne o terceiro maior mercado ain-da este ano, e para isto inauguramos em janeiro de 2012 nossa mais nova unidade na Grande Recife”, acrescentou.

A Colorfix , segundo o executivo, tem estrutura e a experiência de 20 anos para atender com agilidade e eficiência os prin-cipais processos de transformação plástica: Injeção, sopro, extrusão, rotomoldagem, Multifilamento, entre outros. A empresa possui Certificação ISO 9001:2008, além de atender com ética e responsabilidade as normas: FDA, RoHS e Resolução 105 da AN-VISA. Além do atendimento personalizado ao Nordeste, a empresa coloca seus produ-tos em todo o Brasil através de seus repre-sentantes comerciais e sua equipe interna de vendas atuantes em São Caetano do Sul (SP) e Colombo (PR).

Pro-Color em PiedadeOutra empresa do setor de masterba-

tches no Brasil, o Grupo Pro-Color, tam-bém decidiu investir no Nordeste e no dia 25 de abril inaugurou a sua primeira indústria na região. A fábrica está instala-da em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, e produzirá masterbatches na tonalidade branca, bem como aditivos para fabricação de produtos plásticos. A empresa já atuava em Pernambuco, principalmente no polo fabril do agreste, mas, com a fábrica, pre-tende aumentar sua participação em todos os Estados da região. “Com os novos ne-gócios no Nordeste, esperamos aumentar o faturamento deste ano em 40%”, ressalta A gerente Comercial Vanessa Falcão.

Pernambuco foi o estado escolhido para sediar a nova unidade da companhia pela crescente demanda local por pigmen-tos utilizados na fabricação de produtos plásticos e também pelos incentivos fis-cais do PRODEPE, programa de atração de investimentos. “Muitas empresas do Sul e Sudeste do País estão vindo para o Nordes-te e Pernambuco tem atraído várias delas, como indústrias automotivas, alimentícias e de diversos outros segmentos, que estão em nosso foco de atuação”, explica Vanessa Falcão. Esta é a mais recente indústria da

Pro-Color, que possui ainda unidades em Co-tia, Bauru e Jaguariúna, todas em São Paulo.

Capacitação em pauta

O setor de transformação do plástico de Pernambuco abriga empresas do porte da Tigre, com uma unidade em Escada, inaugu-rada em 2009, gerando cerca de 200 empre-gos, também abriga a concorrente Amanco, com uma fábrica em Suape, no Cabo de San-to Agostinho. Tanto estas indústrias, como outras que se instalam no Estado, precisam de mão de obra qualificada para operar má-quinas e equipamentos caríssimos. Por isso é preciso dar atenção à capacitação indus-trial. Este é um dos focos do Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos do Estado de Pernambuco (Simpepe).

O presidente do Simpepe, Fernando Pi-nheiro, participou da inauguração do Núcleo de Tecnologia de Plástico do SENAI (NTPlas) em Maceió, em 2011. Ele conta que o desejo de implantar uma unidade profissionalizante no seu Estado é antigo e revelou a jornalis-tas de Alagoas que com recursos garantidos o passo seguinte era conferir o funciona-mento de um núcleo que ele considera como “modelo” para adquirir experiência.

O Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlás) do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Industrial de Alagoas (Senai/AL) vai servir de modelo para a implantação de uma unidade profissionalizante e prestadora de serviços para os setores da Química e do Plástico do Estado de Pernambuco. Uma mis-são pernambucana formada por empresários,

engenheiros e representantes do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itepe) esteve na capital alagoana para conhecer o Núcleo instalado no Centro de Educação Profissional Napoleão Barbosa, unidade do Senai locali-zada no Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, no Tabuleiro do Martins.

Ceará: foco naRecicla Nordeste

Segundo a Abiplast, o Ceará conta com 189 empresas do setor plástico, distribuídas da seguinte forma: 5 de laminados, 63 de embalagens, 5 para construção civil e 116 de produtos diversos, empregando 4.429 empregados no total. O Estado, no entanto, destaca-se pelo foco na reciclagem em geral, mas do plástico em especial, que cada vez mais ganha espaço e importância na vida das pessoas. Por esse interesse, Fortaleza será novamente o centro das atenções com a terceira edição do Recicla Nordeste – Feira de Reciclagem do Nordeste, o maior evento do setor na região e que cresce a cada ano. Realizada pelo Instituto de Desenvolvimen-to Industrial do Ceará (INDI) e Sindiverde, a feira ocorre de 17 a 19 de outubro de 2012 no Centro de Convenções do Ceará.

Trata-se de um dos principais mostru-ários dos avanços tecnológicos nesta área e o segmento plástico ganha destaque entre os expositores e palestrantes. A segunda edição da Recicla Nordeste, realizada em no-vembro de 2011 alcançou os objetivos dos organizadores, mostrando na prática os ca-minhos para suavizar e procurar solucionar

Empresas especializadasna produção de

masterbatches, como a Pro-Color, concentram

esforços na região

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de uma vez por todas um problema que an-gustia o mundo moderno. Houve, inclusive, em exibição uma mini unidade de reciclagem funcionando na própria feira, oportunidade excelente para o público leigo tomar conhe-cimento de como se processa o lixo plástico.

A feira teve um crescimento de 50% em relação à exposição de 2010, com 2.000 m² destinados à exposição de máquinas e equipamentos para reciclagem e transforma-ção de última geração destinados a reapro-veitar os resíduos sólidos provenientes dos descartes: domiciliar, industrial e de outros setores da sociedade. Foram 6.267 visitantes com foco direto em reciclagem, muitos inte-ressados em saber que o lixo pode se cons-tituir numa grande fonte de renda para a comunidade empresarial desde que seja bem aproveitado por empresas especializadas em reciclagem. Foram realizados negócios na ordem de R$ 4,2 milhões, e mais R$ 4,5 mi-lhões em negócios prospectados.

Projeto mantido em PecemO Ceará respirou aliviado quando a Pe-

trobras anunciou seu plano de investimentos para 2011-2015, mantendo todos os proje-tos de construção de refinarias, embora al-gumas tenham sofrido alterações nos prazos. As especulações sobre um possível atraso no cronograma de instalação da refinaria Pre-mium II, a ser construída no Pecem, não se confirmaram, e o empreendimento teve sua data de operação mantida para 2017.

No último plano de negócios da esta-tal, a refinaria cearense foi adiada de 2013

para 2017, e teve seu projeto reprogramado para entrar em operação em uma única fase - antes seriam duas. No atual plano, não hou-ve alterações no planejamento para a unida-de cearense. A Premium II terá capacidade de refino para 300 mil bpd.

A refinaria cearense - que atualmen-te está com a licença prévia emitida, mas ainda não possui a licença de instalação, que permite o início das obras - tem um orçamento inicial de US$ 11,1 bilhões, mas a estatal já programa uma redução no custo do empreendimento, assim como no projeto do Maranhão.

Maranhão tenta mudarCom 331.983,293 km² de área o Ma-

ranhão ostenta o segundo maior litoral do Brasil: 640 km de extensão em praias. A es-timativa populacional é de 6.569.683, sendo que só na capital, São Luís, habitam cerca de 1.011.943 pessoas (segundo dados da Sedinc de 2011). Em 2009 o PIB do Estado alcançou R$ 39,855 bilhões, apresentan-do taxa de crescimento real de -1,7% (23ª maior crescimento do país e 4ª do Nordeste). A julgar pelos dados econômicos é possível perceber que o setor petroquímico-plástico não está no centro das atenções e talvez por isso ainda não avançou.

Os números do setor são tímidos. Se-gundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) de 2010, o Maranhão conta com apenas 27 empresas regularizadas, sendo uma de laminados, 11 de embalagens e 15 de produtos diversos,

gerando 426 empregos. Em uma pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi sobre substituição de importações, divulgada pela revista da Fede-ração das Indústrias do Estado do Maranhão (Fieam), em 2008, um dado que chamou a atenção foi a redução da produção interna de artefatos de plástico, que sofria com os efeitos da globalização da economia e pas-sou a importar 121% a mais que em 2003. O presidente Mário Machado Mendes, do Sindicato das Indústrias de Plástico em Ge-ral do Estado do Maranhão queixava-se das circunstâncias. “Nós não temos mais deman-da para embalagens plásticas, pois hoje a maioria dos produtos já vem embalada. Nos últimos anos, no segmento de embalagens as indústrias locais foram desativadas ou passaram a trabalhar com plástico reciclado. Com a baixa do dólar, houve um reavivamen-to das lojas de R$ 1,99 com produtos made in China e com os quais o país não tem como concorrer”, explicou.

Refinaria só em 2016Um estímulo à economia do Maranhão

e ao próprio setor petroquímico-plástico é a instalação da refinaria de petróleo. No entanto, no ano passado a Petrobras refor-mulou seu Plano de Negócios e postergou o cronograma da unidade maranhense. A decisão pelo adiamento só atingiu a refi-naria Premium I, que está em processo de terraplanagem no município de Bacabeira. O complexo entrará em operação em duas fases, cada uma com capacidade de refino de 300 mil barris de petróleo por dia (bpd).

A primeira, programada no plano an-terior para 2014, foi repassada para 2016. A segunda também foi revisada em dois anos, passando de 2017 para 2019. As plantas terão como principal produto o óleo diesel, mas também produzirão QAV, nafta petroquí-mica, GLP, bunker e coque.

Paraíba muda incentivoUma notícia divulgada no início de

maio destacava que os investimentos na indústria da Paraíba somam mis de R$ 1 bilhão em 2012, sendo responsáveis pela criação de 5.034 empregos, com a implan-tação de novas unidades ou a expansão de

InvestimentosRefinaria Premium II, a ser construída no Pecem, teve sua data de operação mantida para 2017

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suas instalações. Entre estas, no entanto, nenhuma referência mais expressiva sobre o setor petroquímico-plástico, a maioria nas áreas de construção, alimentos, frutas, ci-mento, confecções e têxteis

Sem dúvida, todos estes setores envol-vem o consumo de produtos plásticos no seu processo produtivo e pode beneficiar as 103 empresas registradas pela Abiplast e que empregavam 3.484 pessoas em 2010. De acordo com o professor de Economia da Uni-versidade Federal da Paraíba, Luiz Lima, o PIB da Paraíba é de aproximadamente R$ 20 bilhões. Portanto, um investimento privado de R$ 1,4 bi representa um incremento de crescimento econômico de no mínimo 7% do PIB. Esses investimentos tenderão a ter um efeito dinâmico em longo prazo. Para quem deseja investir na Paraíba existe um progra-ma de incentivo, o FAIN – Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial – criado em 1994 e que passa por reformulação.

Esse tipo de ação pode motivar algu-mas empresas de outros a criarem unidades na Paraíba, como aconteceu com a Unnafi-bras (indústria especializada em produção de embalagens pet) em 2001. Dois anos de-pois de instalar uma unidade de reciclagem de garrafas de polietileno tereftalato (PET) no município de Conde, na Grande João Pes-soa, o grupo paulista Unnafibras Têxtil Ltda. investiu R$ 2,5 milhões para duplicar a pro-dução dos flocos utilizados como matéria- prima para a fabricação de poliéster e iniciar produção de grãos de PET.

Na época, a Repet- Nordeste Recicla-gem Ltda. produzia em torno de 400 tone-ladas mês de flocos, enviando o produto

para São Paulo para ser transformado em fibra de poliéster na Unnafibras, em San-to André. As fibras de poliéster fabricadas pela Unnafibras são utilizadas pelas in-dústrias de calçados, automóveis, jeans, cobertores, tapetes e redes de proteção, entre outras. Com Incentivos fiscais con-cedidos pelo Governo da Paraíba, através do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento industrial (Fain) e da Companhia de De-senvolvimento da Paraíba (Cinep),

RN ganha Prêmiode Inovação

Em meio à crise da proibição das saco-las plásticas, que afeta parte das 25 indús-trias de embalagens cadastradas oficialmen-te no Rio Grande do Norte, e a reformulação do programa de incentivos, o Estado sentiu um grande orgulho em 2011: a Isoblock, Construção e Tecnologia, de Natal, foi a ven-cedora do Prêmio Nacional de Inovação, na categoria Desenvolvimento Sustentável. A empresa disputou na modalidade micro e pe-quena empresa, com o produto Iso-blo, um composto de materiais reciclados como con-creto e plástico. O Iso-blo pode ser usado na construção de lajes, tijolos, isolamentos tér-mico e acústico ou preenchimento de juntas.

“A inovação tecnológica reduz os cus-tos, aumenta a produtividade e a oferta de bens e serviços”, disse o presidente da Con-federação Nacional da Indústria (CNI), Rob-son Braga de Andrade durante o evento. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RN), através da Gerência de Desenvolvimento Empresarial – GEDEM, é quem coordena o Prêmio no Rio Grande do Norte.

A discussão em torno do fim das saco-las plásticas convencionais nos supermerca-dos do Rio Grande do Norte continua emper-rada. Em maio do ano passado, a Associação dos Supermercados do RN (Assurn) se enga-jou na questão e dois projetos de lei chega-ram a ser apresentados na Câmara Municipal de Natal e Assembleia Legislativa, porém o movimento parou por aí. Os danos causados ao meio ambiente pelo uso indiscriminado do material é o principal argumento da As-surn, entretanto o assunto envolve outros personagens no enredo, como a indústria do plástico e o próprio consumidor.

No reverso do processo, segundo a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do estado, há 17 fábricas de sacolas plásti-cas cadastradas em território potiguar que, juntas, empregam cerca de 1,2 mil pesso-as apenas na área de produção. O número pode ser maior se levar em consideração as fábricas não cadastradas e as informais. Nessa queda de braço, o Sindicato da In-dústria de Plástico (Sindiplast-RN) propôs implementar a coleta seletiva em todos os municípios. Para a presidenta Conceição Tavares, ao invés de proibir o uso das sa-colas, o estado poderia dar uma destinação correta ao material, abrindo cooperativas e contratando mais catadores.

Mais atrações fiscaisPara tornar o estado mais competiti-

vo o governo do Rio Grande do Norte está revendo a política de incentivos à indús-tria. A coordenação de desenvolvimento industrial, vinculada à secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, vai pro- >>>>

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Plast Mix

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por ainda neste semestre mudanças na le-gislação do Proadi (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Estado do RN). Entre as propostas, que ainda estão sendo avaliadas, estão estender o benefício para setores industriais não contemplados e conceder incentivos diferenciados para os setores mais afetados pela concorrência estrangeira, como o têxtil e de confecções.

Esta foi uma das propostas incluídas

no programa da empresária, vice-presiden-te da Federação da Federação das Indús-trias do RN (FIERN), Maria da Conceição Tavares Rebouças Duarte na reeleição para presidente do Sindiplast-RN (Sindicato das Indústrias Plásticas do RN), em 2009. Ago-ra, o texto do novo projeto de lei deverá ser encaminhado para a governadora Ro-salba Ciarlini ainda em maio e do gabine-te seguirá para a Assembleia Legislativa. Esta será a segunda maior reformulação do principal programa indutor da indústria potiguar em quase três décadas.

A revisão, segundo o coordenador de Desenvolvimento Industrial do estado, Neil Armstrong, foi motivada pela necessidade de atualização e pelo apelo do empresariado. “O Proadi foi reformulado há 15 anos. Muita coisa mudou de lá para cá. Reclamações de industriais também são cada vez mais fre-quentes”, afirma. O setor industrial entende que a decisão do governo ainda não será suficiente para manter investimentos indus-triais no Rio Grande do Norte, afirma Amaro Sales, presidente da FIERN.

Estrela ilumina SergipeO setor industrial de Sergipe e até

mesmo os empresários do segmento plásti-co foram surpreendidos em setembro do ano passado quando Calos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela, a maiores fabricante de brinquedos do Brasil anunciou que iria instalar uma fábrica no interior de Sergipe para gerar lucro, empregos e desenvolvi-mento social. Para um estado com pouca

expressão no setor plástico, onde apenas 36 empresas, sendo 2 laminadoras, 23 de embalagens e 11 de produtos diversos, ge-ravam 1.113 empregos, foi uma festa.

Sem dúvida, a notícia agitou os sergipanos. Além de aproveitar o boom de crescimento de consumo no Nordeste para expandir suas operações e aumen-tar sua lucratividade, a decisão da Es-trela, uma das marcas mais tradicionais do país, de abrir uma nova fábrica no povoado Serra do Machado, no municí-pio sergipano de Ribeirópolis, também se enquadra numa perspectiva social.

Este foi o pensamento de Tilkian. “Como toda empresa, buscamos o lucro, mas também dedicamos um espaço grande para trabalhos sociais. Fomos estimulados pelo empresário João Carlos Paes Mendonça a abrir uma fábrica numa região carente, para proporcionar mais de 250 empregos diretos e ajudar a promover o desenvolvimento sócio--econômico”, explicou o empresário.

Para consolidar o acordo a empresa recebeu incentivos fiscais do governo (a re-dução do ICMS chega a 94%) e terreno para instalação da fábrica, este por conta do Gru-po Paes Mendonça, que realiza um trabalho social na região através da Fundação Pedro Paes Mendonça, com ações voltadas para educação e assistência à saúde. Além disso, a Estela conta ainda com outro grande in-centivo: a localização estratégica do municí-pio sergipano entre dois principais mercados do Nordeste, Bahia e Pernambuco.

Segundo Tilkian é um benefício adicio-nal. “Isso nos dá condições de ser um centro distribuidor de produtos e facilidades para atender um mercado consumidor de brin-quedos em expansão”, afirma. Enquanto o mercado no Sul e Sudeste, em 2010 teve alta de 6%, no Nordeste o aumento do público consumidor foi de 10%. A fábrica de Serra do Machado recebeu investimentos de R$ 11,1 milhões, parte financiada pelo Banco do Nordeste, e tem capacidade para produzir mais de 3,5 mil brinquedos/dia para abas-tecer todo o mercado nordestino. A previsão inicial é de um faturamento anual na ordem de R$ 10 milhões, mas a expectativa é de que essa receita dobre até 2014.

InvestimentosFábrica da Estrela: investimentos de R$ 11,1 milhões e capacidade para produzir mais de 3,5 mil brinquedos/dia

Governador do Piauí Wilson Martins almeja a instalação deum poço estratigráfico em seu estado

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Piauí sonha com PoloPetroquímico e de Gás

Se a representatividade do Piauí no segmento de transformação de plástico é extremamente modesta, o futuro pode ser muito auspicioso. Segundo dados da Abi-plast, em 2010 o Estado era o penúltimo do Nordeste no setor, com apenas 35 empre-sas registradas (17 de embalagens, 1 para construção civil e 17 de produtos diversos), proporcionando apenas 675 empregos. No entanto, esse cenário pode mudar radical-mente. No dia 2 de março de 2011, ao de-sembarcar no Rio de Janeiro, o governador Wilson Martins levava um pedido ao diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Ha-roldo Lima: instalar no Piauí um poço estra-tigráfico, destinado a delimitar o potencial do Piauí como produtor de gás natural. O projeto faria parte de um sonho mais amplo, o de instalar um Polo Petroquímico. Passado um ano, a situação ainda está em pauta.

Segundo o superintendente de Proje-tos Estratégicos do Piauí, empresário Jorge Lopes, o sonho de um polo de gás e polo petroquímico continua. “Mas é um projeto de longo prazo. Por enquanto está sendo re-alizada uma pesquisa e o leilão de lotes para exploração de gás no Estado”, informa. No fim de 2007, a OGX de Eike Batista pagou cerca de R$ 10 milhões para arrematar sete lotes no lado maranhense, onde depois foi encontrada uma “meia Bolívia” em termos de potencial. Jorge Lopes também ressaltou a importância do projeto de conclusão do Porto de Luiz Correia em função da insta-lação de uma ZPE. “Essa estrutura é funda-mental porque um Polo Petroquímico pres-supõe a existência de um porto para receber matérias-primas e escoar a produção”, diz.

Caso se concretize o sonho do polo pe-troquímico, os estudos indicam que o Piauí poderá receber uma injeção de pelo menos R$ 2,3 bilhões. O polo é parte do projeto de transformação econômica abraçado pelo governador Wilson Martins, que para torná--lo realidade busca o empenho do governo federal. Dos investimentos previstos, os R$ 50 milhões garantidos pela ANP para a per-furação de um poço estratigráfico é apenas a menor fatia. “ A exploração inicial dos blo-

cos deve movimentar cerca de R$ 200 mi-lhões, divulgou em 2011 o site JB Online.

Mas o maior pedaço do bolo deve ca-ber mesmo ao gasoduto ligando o Estado ao Ceará e Maranhão. O custo do gasoduto não fica por menos de R$ 1,5 bilhão - valor que pode sofrer alterações, dependendo do trajeto. A instalação desse complexo pe-troquímico terá o efeito de multiplicar os investimentos, com a chegada de outros empreendimentos. A expectativa é que pelo menos outros R$ 500 milhões sejam injeta-dos através de empresas que se instalarão em função do polo petroquímico.

ZFM e PIMprojetam Amazonas

Para quem vive no Sul ou Sudeste o Amazonas parece um universo distante e mais conhecido pela pujança e encantos da Floresta Amazônica, do Rio Amazonas, selva, nações indígenas, esquecendo que o esta-do tem uma estrutura industrial moderna e competitiva. O setor químico-plástico tem destaque nesse cenário produtivo. O Sindi-cato das Indústrias de Material Plástico de Manaus (Simplast), presidido por Celso Zil-ves, demonstra entusiasmo com o momento atual. Segundo o Diretor Executivo Paulo Abreu, gaúcho de Viamão, formado em Ad-ministração, os fatos são concretos. “Temos o terceiro APL do setor no Brasil, e o tercei-ro polo em faturamento, com 483 empresas no Polo Industrial de Manaus, o PIM, envol-vidas na cadeia do plástico, muitas produ-zindo, outras utilizando o plástico em seus

produtos, como as indústrias de televisores, telefones, linha branca, motos etc”.

As empresas são atraídas para o PIM graças a um programa de incentivos diferen-ciado. A política tributária vigente na Zona Franca de Manaus é diferenciada do restante do país, oferecendo benefícios locacionais, objetivando minimizar os custos amazô-nicos. Além de vantagens oferecidas pelo Governo Federal, o modelo é reforçado por políticas tributárias estadual e municipal..

Abreu ressalta que o programa de in-centivos da Zona Franca de Manaus (ZFM) é muito atrativo. “A grande diferença para outros programas é que o benefício é con-cedido a partir da emissão da nota fiscal de venda. É uma injeção de otimismo e existem todas as outras vantagens logísticas”. O PIM reúne cerca de 29 indústrias do setor quími-co, algumas de conceito internacional, como Nitriflex, 3M, Ceras Johnson e White Martins. Envolvidas na transformação do plástico são mais de uma centena. Segundo a Abiplast, em 2010 o Amazonas concentrava 119 em-presas do setor (7 de laminados, 39 de em-balagens, 2 para construção civil e 71 de pro-dutos diversos), gerando 10.747 empregos.

ZFM 45 anos: positiva

O último dia 7 de maio foi de festa para milhões de amazonenses. Em propositura da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o Senado realizou sessão especial em comemo-ração aos 45 anos do modelo Zona Franca de Manaus e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (ZFM). Para o superintendente da

Omar Aziz, governador do Amazonas (centro)

e Thomaz Nogueira, superintendente da

Suframa (direita)

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Suframa, Thomaz Nogueira, foi um momento oportuno para se destacar o importante papel desse modelo de desenvolvimento regional. “A ZFM chega aos 45 anos comemorando grandes conquistas, como o recorde de faturamento de US$ 41 bilhões em 2011, o pico de empregos de 125 mil vagas - com média anual de 119 mil – os mais de R$ 2,5 bilhões investidos em to-dos os 153 municípios que integram a sua área de abrangência, e a conquista de um lugar de destaque entre os mais modernos aglomerados industriais da América Latina”, destaca.

“Avalio o modelo ZFM de forma ex-tremamente positiva, uma vez que ele foi o responsável pela expansão da economia na região, com grande contribuição para o País. Hoje vemos que os resultados apresen-tados pelas indústrias do Polo Industrial de Manaus permanecem num crescente, tanto em produção quanto em empregos. O escoa-mento da produção ainda é um dos maiores desafios que precisamos solucionar. Deve-mos trabalhar forte esta questão da logística local para nos manter competitivos nacional e internacionalmente”, observa.

Videolar investe emtampas plásticas

Conhecida internacionalmente como a maior fabricante de estojos para CD e DVD

do país, a Videolar, única petroquímica e de entre-tenimento da região norte do país surpreendeu o seg-mento industrial em julho de 2011 ao anunciar a pro-dução em larga escala para abastecer o mercado com 80 milhões de tampas para garrafas plásticas por mês. A empresa destacou tratar--se de uma estratégia de negócio para expandir sua atuação no setor de trans-formação de plásticos.

“Iniciamos nossa atuação no setor de trans-formação de plásticos para atender uma demanda in-terna de estojos para CDs e

DVDs. Hoje, além do consumo próprio, abas-tecemos o comércio de atacado e varejo com 10 milhões de peças por mês e representamos 70% do mercado nacional. Chegou o momento de conquistar um novo nicho: o setor alimentí-cio.”, explicou Phillip Wojdyslawski, presidente da Videolar. Com investimento de R$ 12 mi-lhões, a empresa atuará com duas linhas Sacmi e capacidade produtiva de 80 milhões de peças por mês. O portfólio é composto pelos mode-los de tampas PCO 1810 e PCO 1881, formatos utilizados em garrafas de refrigerante e água mineral, sendo o PCO 1881 compatível com o novo padrão de gargalo adotado por importan-tes indústrias de garrafas PET.

Com objetivo de atender as necessida-des do setor, a tampa plástica terá em suas duas versões a vedação bilabial, que reduz significativamente a perda de CO2 quando a garrafa é exposta a altas temperaturas (no es-toque ou transporte) e garante a integridade do produto ao consumidor final. Além disso, serão fabricadas por meio do sistema de mol-dagem por compressão, a mais moderna tec-nologia para produção de tampas.

A meta para o primeiro semestre deste ano é dobrar a capacidade de produção com a aquisição de 2 novos equipamentos Sacmi. A expectativa é alcançar a marca de 10 linhas até o final de 2012, o que corresponde a 400 milhões de peças por mês e uma representativa participação no mercado nacional.

Em defesa dopolo de CDs/DVDs

O trabalho integrado em benefício da

ZFM também envolve o legislativo. Por isso, no início de maio a Comissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ) do Senado realizou uma audiência pública para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 123/2011 que dá imunidade tributária para fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras de autores brasileiros, bem como os suportes materiais (ou arqui-vos digitais) que o contenham.

Empresários do Polo Industrial de Manaus e a bancada amazonense no Con-gresso entendem que a medida pode ge-rar o fim do polo de CDs/DVDs de Manaus, causando o desemprego de mais de sete mil trabalhadores. O Superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira, participou da audiência pública para esclarecer a posição do Polo Indus-trial de Manaus (PIM) sobre a medida e re-forçou que ela é ineficaz ao que se propõe, que é dar condições ao artista nacional de vencer a guerra contra a pirataria.

“Combater a pirataria só é possível combatendo o criminoso, e só há interesse de atuação do órgão fiscalizador enquanto houver imposto. A diferença tributária nun-ca vai inibir a pirataria porque ela sempre terá custo zero. Mas a isenção pode levar as fábricas a deixar o Polo Industrial por perda das vantagens comparativas, ou seja, não ajuda o artista nacional e gera desemprego em Manaus”, alertou Nogueira.

Pará buscanovos investimentos

Ao contrário da situação no Ama-zonas, a indústria de transformação do plásticos ainda é incipiente no Pará e, se-gundo dados de 2010 (Abiplast), o Estado reúne 46 empresas do setor (1 de lamina-dos, 14 de embalagens, 1 para construção civil e 30 de variedades), que empregam cerca de 1.084 pessoas. Não existe um sindicato específico para a categoria, por isso, uma notícia do início do ano pode ser promissora. O presidente do Sistema FIEPA (Federação das Indústrias do Esta-do do Pará), José Conrado, reuniu-se com seis representantes da Corporação Finan-ceira Internacional (IFC), unidade do Gru-po Banco Mundial que atua na oferta de empréstimos, capital, produtos para ges-tão de riscos, financiamentos e serviços de consultoria para a iniciativa privada nos países em desenvolvimento.

Investimentos

Planta de poliestireno da Videolar: empresa da um salto e entra no segmento alimentício

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Plastshow 2012De 10 a 13 de abrilExpo Center Norte – Pavilhão AzulSão Paulo (SP)www.arandanet.com.br

Plast 2012 – Salão Internacionaldo Material Plástico e da BorrachaDe 8 a 12 de maioFiera Milano - Milão (IT)www.plastonline.org

Argenplás 2012 - XIV Exposição Internacional de PlásticosDe 18 a 22 de junho Centro Costa Salguero - Prédio de Exposição de Buenos Aires(AR)Buenos Aires (AR)www.argenplas.com.ar

Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do PlásticoDe 20 a 24 de agostoPavilhões da ExpovilleJoinville (SC)www.messebrasil.com.br

Embala Nordeste -7ª Feira Internacional deEmbalagens e ProcessosDe 28 a 31 de agosto de 2012Centro de Convenções de PernambucoRecife-Olinda (PE)www.embalanordeste.com.br

Euromold Brasil –Feira Mundial de Construtoresde Moldes e Ferramentas,Design e Desenvolvimentode ProdutosDe 20 a 24 de agostoPavilhões Expoville Joinville (SC)www.brasilmold.deE-mail: [email protected]

Metalurgia – Feira eCongresso de Tecnologiapara Fundição, Forjaria,Alumínio e Serviços18 a 21 de setembroPavilhões ExpovilleJoinville (SC)www.metalurgia.com.br

Mercopar - Feira de Subcontrataçãoe Inovação IndustrialDe 18 a 21 de outubroCentro de Feiras e Eventos Festa da UvaCaxias do Sul (RS)www.mercopar.com.br

Powergrid Brasil – Feirae Congresso de Energia(consumo eficiente)27 a 29 de novembroCentreventos Cau Hansen – Joinville (SC)www.powergridbrasil.com.br

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