95
Políticas de extensão pública para a agricultura de base ecológica e a certificação de alimentos orgânicos no RS Curso de capacitação em alimentos organicos: agroindústrias, mercados públicos e politicas públicas

Políticas de extensão pública para a agricultura de base ...ticas-de... · tomaram a iniciativa de organizar um mercado que ... Cooperativa dos Membros da Fundação Dr. Serge

Embed Size (px)

Citation preview

Políticas de extensão pública para a agricultura de base ecológica e

a certificação de alimentos orgânicos no RS

Curso de capacitação em alimentos organicos: agroindústrias, mercados públicos e politicas públicas

Protesto Contra o Corte de Tipuanas da Av. João Pessoa. Carlos Alberto Dayrell - 25 de fevereiro de 1975 .

Desde a década de 70 que os consumidores de Porto Alegre tomaram a iniciativa de organizar um mercado que atendesse suas necessidades por uma alimentação mais saudável e ecológica. A Associação Macrobiótica de Porto Alegre, criada em 1975, é o primeiro exemplo deste esforço. Outro exemplo deste inconformismo com uma alimentação artificializada, foi a criação, em 1979, da Cooperativa dos Membros da Fundação Dr. Serge Raynaud de La Ferriére Ltda. Também conhecida como Grande Fraternidade Universal - GFU, que posteriormente ficou conhecida como Cooperativa Ecológica Coolméia.

Seus primeiros fornecedores de hortaliças e frutas foram neo-rurais, individuais ou organizados em comunidades rurais (Agrícola Harmonia, criada em 1980 no município de Viamão), que davam seus primeiros passos na produção orgânica na região metropolitana da cidade. Posteriormente, foram se agregando agricultores familiares tradicionais, descontentes com o padrão de produção convencional, sensibilizado por organizações que lhes auxiliavam a realizar um processo de transição para uma produção orgânica.

PRIMEIRAS INICIATIVAS NA PRODUÇÃO DE ORGÂNICOS NO RIO GRANDE DO SUL

Agrícola Harmonia / Viamão -RS

Lei dos Agrotóxicos do Rio Grande do Sul

• Lei nº 7.747 de dezembro de 1982. Motivada por notícia que apontava a presença de organoclorados na análise das águas de abastecimento da cidade de Porto Alegre.

José Lutzenberger Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural

A EMATER/RS já atua no segmento de produção orgânica, ou ecológica, desde a década de 80, através de sua ação extensionista local, envolvendo agricultores familiares e suas organizações; realizada em diversos municípios pioneiros; orientando práticas de conversão de sistemas de produção convencional para sistemas de produção orgânica ou de base ecológica, nas suas diferentes dimensões – Econômicas, Sociais e Ambientais. São exemplos os municípios de Panambi, Sobradinho, Ipê, Montenegro, Porto Alegre e demais municípios de seu entorno, assim como em muitos outros onde surgiram diversas iniciativas de transição agroecológica nas décadas seguintes.

Atuação no âmbito Federal Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PLANAPO Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Pnapo, por meio do Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012.

Atualmente as ações de extensão pública para agricultura de base ecológica e certificação de organicos estão vinculadas a três esferas federal, estadual e municipal:

No âmbito Federal Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PLANAPO está estruturado em quatro eixos.

Produção

Uso e conservação de recursos naturais Conhecimento

Comercialização e consumo

Eixo 1 | Produção

Eixo 1 | Produção

• Ampliar e fortalecer a produção, manipulação e processamento de produtos orgânicos e de base agroecológica;

• Reconhecer e valorizar o protagonismo das mulheres na produção orgânica e de base agroecológica;

• Fortalecer a autonomia e emancipação da juventude rural na produção orgânica e de base agroecológica.

Financiamento, Seguro e Garantia de Preço

São caracterizados como sistemas de produção de base ecológica aqueles que não incluem em seus processos os seguintes insumos (Portaria SAF/MDA nº 38, de 4 de julho de 2014): • fertilizantes sintéticos de alta solubilidade; • agrotóxicos, exceto os biológicos e os produtos

fitossanitários registrados com uso aprovado para a agricultura orgânica;

• reguladores de crescimento e aditivos sintéticos na alimentação animal; e

• organismos geneticamente modificados.

PRONAF Investimento - Agroecologia

• O limite por beneficiário é de até R$ 150 mil a cada ano agrícola, podendo chegar até R$ 300 mil, para atividades de suinocultura, avicultura e fruticultura;

• O prazo de reembolso é de até 10 anos, incluídos até três anos de carência;

• Os encargos financeiros são de 2,5% a.a;

• ATER obrigatória.

PRONAF Custeio - Agroecologia

• 2,5% a.a., para uma ou mais operações de custeio que, somadas, atinjam valor de até R$10.000,00 por mutuário em cada safra; • 4,5% a.a., para uma ou mais operações de custeio que, somadas, atinjam valor acima de R$10.000,00 até R$30.000,00 por mutuário em cada safra; • 5,5% a.a., para uma ou mais operações de custeio que, somadas, atinjam valor acima de R$30.000,00 até R$100.000,00 por mutuário em cada safra. • ATER obrigatória • Elaboração de plano ou projeto simplificado de acordo com a

Portaria MDA nº38/2014.

Seguro da Agricultura Familiar – SEAF

• A adesão ao Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) é automática;

• Acontece no momento em que agricultor familiar acessa ao Pronaf Custeio;

• Para ter este benefício, o agricultor paga uma taxa de 3% sobre o valor segurado. Para lavouras irrigadas e na região semiárida a taxa é de 2%;

• Essas taxas sofrem ajustes anuais. Se o agricultor solicitar pagamento do seguro, terá acréscimo de 0,5% no ano seguinte. Se não solicitar, terá decréscimo de 0,25%;

• O SEAF não abrange todo o custeio agrícola do Pronaf, mas somente as culturas zoneadas. Fora do zoneamento só há cobertura para lavouras irrigadas.

Cadastro Ambiental Rural - CAR

• O CAR é um cadastro que traz as informações das áreas ambientais protegidas nos imóveis rurais do País.

• é obrigatório que todos os imóveis rurais propriedades ou posses – sejam inseridos no CAR;

• os proprietários e posseiros têm até o dia 5 de maio de 2016 para cadastrar sua propriedades ou posses no CAR;

• Depois do ano de 2017, quem não estiver com sua propriedade cadastrada no CAR não poderá mais acessar o crédito rural.

Mecanismos de Controle para Garantia da Qualidade Orgânica

• Dos Sistemas Participativos de Garantia (03 OPACs cadastradas no RS a EMATER/RS-Ascar assessora 1 e encaminhou o cadastro de mais 1);

• Das Organizações de Controle Social (6 OCSs cadastradas no RS a EMATER/RS-Ascar assessora 3 e encaminhou o cadastro de mais 4)

• Colabora na ampliação da entrada de novas unidades de produção certificada como resultado de parcerias com as chamadas de ATER/MDA;

• Participação da Comissão de Produção Orgânica do Rio Grande do Sul – CPOrg/RS

Eixo 2 | Uso e conservação de recursos naturais

Eixo 2 | Uso e conservação de recursos naturais

• Promover, ampliar e consolidar processos de acesso, uso, gestão, manejo e conservação dos recursos naturais.

Estruturação do Programa Nacional de Sementes e Mudas para Agricultura Familiar

• Participa no projeto de guardiões de sementes da EMBRAPA clima temperado.

• Encaminhou proposta técnica para a Chamada Pública SAF/ATER N° 03/2015 que seleciona entidades Executoras de ATER para agricultores familiares produtores de sementes crioulas e varetais;

Eixo 3 | Conhecimento

Eixo 3 | Conhecimento

• Ampliar a capacidade de geração e socialização de conhecimentos em sistemas de produção orgânicos e de base agroecológica.

ATER Sustentabilidade e Agroecologia

• O agroecólogo norte americano Stepfen Gliessman entende o processo de Transição Agroecológica

“como lento e gradual na direção de uma derradeira

meta de sustentabilidade.”

E para atingir esta meta Gliessman estabelece Níveis de transição para conversão dos agroecossistemas.

Nível Caracterização Meta Práticas

1 Minimização dos

impactos – Incremento da

eficiência das práticas

convencionais.

Reduzir o uso e

consumo de insumos

caros, escassos e que

causam dano ao meio

ambiente.

Densidade de cultivo apropriada;

maquinário aperfeiçoado;

monitoramento de pragas; cultivo

de precisão para racionalizar o uso

de água, fertilizantes e agrotóxicos.

2 Substituição de insumos –

Substituição de insumos

das práticas convencionais

por práticas alternativas.

Substituir produtos e

práticas intensivas em

recursos e degradadoras

do meio ambiente por

outras mais benignas

desde o ponto de vista

ecológico.

Substituição de agrotóxicos

sintéticos por agentes de controle

naturais de baixa seletividade, por

exemplo óleo de nin; substituição

de fertilizantes solúveis por

fertilizantes de origem orgânica,

por exemplo cama de aviário.

Primeira etapa da transição agroecológica

Nível Caracterização Meta Práticas

3 Conversão do sistema

produtivo – Redesenho do

agroecossistema, para que

funcione baseado em um

novo conjunto de processos

ecológicos.

Eliminar as causas dos

problemas que ainda

continuam existindo nos

dois níveis anteriores,

partindo da natureza como

modelo.

Diversificação da estrutura e manejo

da unidade de produção através do

uso de rotação, cultivo múltiplo e

agroflorestação; uso de

biofertilizantes; preparados

biodinâmicos; homeopatia.

4 Conversão do sistema

agroalimentar – Redesenho

de sistemas agroalimentares

para que funcionem a partir

de um novo conjunto de

relações econômicas e

valores alimentares.

Partindo-se de

agroecossistemas que

reproduzem a natureza

como modelo, busca-se

estabelecer redes de

consumo alimentar

baseadas na racionalidade

de circuitos curtos de

distribuição e

abastecimento.

Estratégias de autoabastecimento;

circuitos curtos de distribuição e

abastecimento (mercados local e

regional); alimentos minimamente

processados e valorização da cultura

alimentar local.

Segunda etapa da transição agroecológica – Conversão

ATER Sustentabilidade

ATER - Agroecologia

Uso de agrotóxicos (litros/km²) por Bacia Hidrográficas.

Número de municípios / famílias vinculados as Chamadas

Sustentabilidade

• Lote 44 – 25 municípios/ 4.900 famílias;

• Lote 45 – 21 municípios/ 3.400 famílias;

• Lote 46 – 8 municípios/ 1.200 famílias;

• Lote 47 – 16 municípios/ 4.000 famílias;

• Lote 48 – 11 municípios/ 3.200 famílias;

• Lote 49 – 18 municípios/ 4.900 famílias;

Total 99 municípios/ 20.600 famílias.

Agroecologia

• Lote 03 – 35 municípios/ 700 famílias;

• Lote 04 – 37 municípios/ 400 famílias;

Total 72 municípios/ 1.100 famílias.

Passo a Passo da Chamada Agroecologia

• 1.01 - Reuniões de Articulação com Parceiros (Reunião – 4 h);

• 1.02 - Mobilização e Seleção das Famílias (Reunião – 8 h);

• 1.03 - Reuniões Iniciais com as Famílias Selecionadas (Reunião – 8 h);

• 1.04 - Caracterização da Unidade de Produção Familiar - UPF (Visita – 4 h);

• 1.05 – Diagnóstico (Reunião – 8 h);

• 1.06 - Planejamento Inicial (Reunião – 8 h);

• 1.07 - Construção do Conhecimento - Acompanhamento das UPF (Visita - 3h)

• 1.08 ...- Construção do Conhecimento - Atividades coletivas

Atividade Construção Conhecimento Chamada agroecologia

Atividades produtivas diversificadas e sustentáveis, enfocando práticas agroecológicas

• Produção de grãos;

• Armazenagem;

• Olericultura;

• Avicultura colonial;

• Bovinocultura de leite;

• Meliponicultura/Apicultura;

• Piscicultura;

• Pesca artesanal;

• Fruticultura;

• Floricultura.

Gestão da Unidade de Produção

Familiar

• Gestão produtiva e econômica;

• Valorização da produção de autoconsumo;

• Capacitação de mulheres em processamentos e segurança alimentar (Atividade com ênfase em Gênero).

Organização Social e Comercialização.

• Organização de secagem e/ou colheita de grãos;

• Organização de grupos respeitando gênero/geração (Atividade com ênfase em Gênero);

• Artesanato (Atividade com ênfase em Gênero);

• A questão de gênero: papel tradicional e perspectiva de protagonismo e autonomia pessoal, política e econômica das mulheres rurais (Atividade com ênfase em Gênero);

Organização Social e Comercialização (continuação)

• Reconhecimento de cadeias de comercialização;

• Capacitação em associativismo e cooperativismo;

• Certificação orgânica;

• Agroindústria/processamento mínimo;

• Políticas públicas/acesso;

• Mercado Institucional PAA/PNAE;

• Troca de experiências produtivas/sociais/culturais;

• Feiras e pontos de comercialização.

Gestão Ambiental

• Solos/uso/manejo/conservação/ fertilidade;

• Manejo de ambientes/plantas adubadoras/recuperadoras;

• Compostagem e vermicompostagem;

• Irrigação;

• Manejo de insetos e doenças/controle alternativo/insumos alternativos;

• Legislação ambiental/CAR;

• Biofertilizantes;

• Plantas bioativas (Atividade com ênfase em Gênero);

Gestão Ambiental (continuação)

• Proteção de fontes;

• Saneamento básico/esgoto/águas servidas/limpeza de reservatórios;

• Homeopatia e fitoterapia;

• Troca de sementes e mudas tradicionais/crioulas (Atividade com ênfase em Gênero);

• Manejo Integrado de Pragas e Doenças;

• Tecnologia de aplicação de produtos;

• Microrganismos eficientes;

• Produção de sementes crioulas;

• Controle de Vetores.

Núcleos de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica - NEA

Eixo 4 | Comercialização e consumo

Eixo 4 | Comercialização e consumo

• Fortalecer e ampliar o consumo de produtos orgânicos e de base agroecológica com ênfase nos circuitos curtos de comercialização, mercados institucionais e compras governamentais.

Sisplan – EMATER/RS-Ascar

Sisplan – EMATER/RS-Ascar

Resultado do levantamento das Feiras Ecológicas do Rio Grande do Sul: Abastecimento Local - Produção de Base Ecológica /

CPOrg-RS

ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES FEIRA

ECOLÓGICA SINGULAR

FEIRA ECOLÓGICA

MISTA TOTAL

CAPA - Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor 10 7 17

Centro Ecológico – Ipê 11 3 14

COPTEC - Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos 4 1 5

EMATER/RS - Ascar 17 36 53

Total de feiras que informaram 42 47 89

Feiras ecológicas singulares

Fonte Katz & Uriartt, 2014

Municípios Feiras ecológicas singulares

Pelotas 06

Bento Gonçalves 04

Caxias do Sul 03

Canoas; Nova Bassano. 02

Antonio Prado; Bom Princípio; Candelária;

Canguçu; Colinas; Eldorado do Sul;

Erechim; Farroupilha; Gramado; Nova

Petrópolis; Nova Prata; Nova Roma do Sul;

Nova Santa Rita; Passo do Sobrado; Passo

Fundo; Santa Cruz do Sul; Santana da Boa

Vista; São Jerônimo; São Lourenço do Sul;

São Marcos; Sapiranga; Sobradinho;

Torres; Venâncio Aires; Veranópolis.

01

Feiras ecológicas mistas

Fonte Katz & Uriartt, 2014

Municípios Feiras ecológicas mistas

Erechim 03

Centenário 02

Alecrim; Arambaré; Arroio do Meio; Barra do

Quarai; Barra do Rio Azul; Cambará do Sul;

Cândido Godói; Canela; Canguçu; Canoas;

Cerro Grande do Sul; Colorado; Cruz Alta;

Eldorado do Sul; Encruzilhada do Sul; Erval

Grande; Estrela Velha; Fortaleza dos Valos;

Herval; Jaguarão; Lajeado do Bugre; Manoel

Viana; Montenegro; Muçum; Nova Prata;

Novo Hamburgo; Osório; Parobé; Pedro

Osório; Portão; Rosário do Sul; Sananduva;

Santa Rosa; São Francisco de Paula; São

Lourenço do Sul; Sapucaia do Sul; Segredo;

Sério; Severiano de Almeida; Tapes; Triunfo.

01

Composição das Feiras ecológicas mistas: Produtos ecológicos/orgânicos + Produtos em

transição (14); Produtos ecológicos/orgânicos + Produtos convencionais (15); Produtos

ecológicos/orgânicos + Produtos em transição + Produtos convencionais (18)

NÚMERO DE FEIRANTES POR PERFIL

FEIRA ECOLÓGICA SINGULAR

(Nº DE FAMÍLIAS)

FEIRA ECOLÓGICA MISTA

(Nº DE FAMÍLIAS)

Assentado 32 46

Agricultor familiar 429 972

Pescador 0 6

Quilombola 2 4

Indígena 0 3

Neo rural 15 49

Outros 4 162

Total 482 1242

17

20

1 3

2

singular

Controle Social na Venda Direta /Organização de Controle Social - OCS

Sistema Participativo de Garantia /Organismo Participativo de Avaliaçãoda Conformidade - Opac

Certificação por Auditoria - Empresasprivadas de certificação

Em processo de regularização

Não se enquadra em nenhuma dasalternativas

Garantia da qualidade orgânica

9

14

3 12

17

mista

Controle Social na Venda Direta /Organização de Controle Social - OCS

Sistema Participativo de Garantia /Organismo Participativo de Avaliaçãoda Conformidade - Opac

Certificação por Auditoria - Empresasprivadas de certificação

Em processo de regularização

Não se enquadra em nenhuma dasalternativas

Garantia da qualidade orgânica

Diversidade das hortaliças comercializadas (Tipos, cultivares e variedades). FEIRA

ECOLÓGICA SINGULAR

FEIRA ECOLÓGICA

MISTA

102 102

Foto: Kátia Marcon – EMATER/RS-Ascar

Diversidade de frutas comercializadas (Tipos, cultivares e variedades).

FEIRA ECOLÓGICA SINGULAR

FEIRA ECOLÓGICA

MISTA

78 70

Foto

: Kát

ia M

arco

n –

EM

ATE

R/R

S-A

scar

Diversidade dos produtos de lavoura comercializados (Tipos, cultivares e variedades).

FEIRA ECOLÓGICA SINGULAR

FEIRA ECOLÓGICA

MISTA

78 70

Foto

: Kát

ia M

arco

n –

EM

ATE

R/R

S-A

scar

Diversidade de outros itens e serviços disponíveis nas feiras.

FEIRA ECOLÓGICA SINGULAR

FEIRA ECOLÓGICA

MISTA

14 15

Foto: Kátia Marcon – EMATER/RS-Ascar

Foto: Kátia Marcon – EMATER/RS-Ascar

1 1

16

8

25

singular

Serviço de Inspeção FederalSIF / MAPA - Federal

Serviço Estadual de Inspeçãode Produtos de OrigemAnimal SIE  / (CISPOA) -Estadual

 Serviço de InspeçãoMunicipal SIM - Municipal

Em processo de regularização

Não tem registro

2 3

24

6

22

mista

Serviço de Inspeção FederalSIF / MAPA - Federal

Serviço Estadual de Inspeçãode Produtos de OrigemAnimal SIE  / (CISPOA) -Estadual

 Serviço de InspeçãoMunicipal SIM - Municipal

Em processo de regularização

Não tem registro

Situação legal da atividade - Produtos processados de origem animal

13

14

15

11

17

singular

Serviço de Inspeção Vegetal- SIV / MAPA - Federal

Vigilância Sanitária -Estadual

Vigilância Sanitária -Municipal

Em processo deregularização

Não tem registro

6

5

23 7

20

mista

Serviço de Inspeção Vegetal -SIV / MAPA - Federal

Vigilância Sanitária - Estadual

Vigilância Sanitária -Municipal

Em processo deregularização

Não tem registro

Situação legal da atividade - Produtos processados de origem vegetal

Totalmenteobtidos nomunicípio

75% obtidosno município

50% obtidosno município

25% obtidosno município

Totalmenteobtidos forado município

12 12

6 9

3

28

13

4 1 1

Pegada ecológica da feira

singular mista

Atuação no âmbito Estadual De 2012 a 2014. Programa de Agricultura de Base Ecológica – PABE E a partir de 2014 através do Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica – PLEAPO Política Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica – Peapo, através da Lei nº14.486/2014.

Agricultura de Base Ecológica (Sistema de Registro de Planejamento /Sisplan) da

EMATER/RS-Ascar) e

Programa de Agricultura de Base Ecológica (PABE) da Secretaria do Desenvolvimento

Rural e Cooperativismo SDR/RS.

Retrospectiva

2012/2014

Prática Unidade de Medida 2012 2013 2014 Média

Média Harmônica

Ações de agricultura de base ecológica

Número de produtores (as)

4.830 13.501 22.389 13.573 9.209

Elaboração de projetos de crédito para criações de base ecológica

Número de produtores (as)

166 270 523 320 258

Número de projetos elaborados

117 260 343 240 196

Elaboração de projetos de crédito para cultivos de base ecológica e para transição de cultivos convencionais

Número de produtores (as)

222 630 881 578 415

Número de projetos elaborados

167 609 677 484 329

Organização de produtores (as) orgânicos para adequação à legislação

Número de grupos

26 93 119 79 52

Número de produtores (as)

132 1.023 950 702 312

Agricultura de Base Ecológica dados gerais do SISPLAN

Plano Estadual de Agroecologia e Produção

Orgânica – PLEAPO-RS

Política Estadual de Agroecologia e de Produção

Orgânica - Lei nº14.486/2014

Objetivo geral: promover o

desenvolvimento

sustentável, apoiando

sistemas agroecológicos e

orgânicos de produção.

Alguns princípios:

preservação e conservação

ecológica com inclusão

social, segurança e

soberania alimentar e

diversidade agrícola,

biológica, territorial, da

paisagem e cultural.

Regulamentado pelo Decreto 51.617 de 04 de julho de

2014:

Cria o Comitê Gestor responsável pela elaboração e monitoramento do

Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica e do Programa

de Agricultura de Base Ecológica.

83

Órgãos Públicos Sociedade Civil

Secretaria de Desenvolvimento Rural e

Cooperativismo; Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Regional; Secretaria da

Educação; CEVS/Secretaria da Saúde;

Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável; Fundação Zoobotânica; FEPAM;

Secretaria da Agricultura e Pecuária;

FEPAGRO; IRGA, UERGS; BANRISUL; CEASA;

Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento/SFA-RS e CPORG-RS;

EMBRAPA/CPACT; EMBRAPA /CNPUV;

UNIPAMPA; UFRGS /FAGRO e PGDR; UFPEL;

UFSM; UFFS; IFRS

CENTRO ECOLÓGICO; CAPA Santa Cruz do

Sul; DILLON BIOTECNOLOGIA; AREDE;

CETAP; CAPA Pelotas; ECOVALE; URI; OPAC

Litoral Norte; CAPA Erexim; ANAMA; ICB

BIOAGRITEC LTDA; COOESPERANÇA;

Associação dos Guardiões das Sementes

Crioulas de Ibarama; COCEARGS; Fórum

Fome Zero de Porto Alegre; Encontro de

Sabores; FETRAF Sul/CUT; Projeto Mira-Serra;

UNICOOPER; AMTR/RS; RAMA; INGÁ;

ECOCITRUS; EMATER/RS-Ascar

Comitê Gestor do Plano Estadual de Agroecologia

e Produção Orgânica

84

Política Estadual de Agroecologia e de Produção

Orgânica

Lei nº14.486/2014

Art. 10. O Plano Estadual de Agroecologia

e de Produção Orgânica, instrumento desta Política

terá como conteúdo mínimo, os seguintes elementos:

I - diagnóstico;

II – estratégias e objetivos;

III – programas, projetos e ações;

IV - indicadores, metas e prazos; e

V - modelo de gestão do Plano.

DIRETRIZES OBJETIVOS ESTRATÉGIAS AÇÕES

DOCUMENTOS INSTITUIÇÕES

DIAGNOSTICO

Detalhamento

Cap. I – Produção e

Comercialização de Orgânicos

- Realidade da Agricultura Familiar na Produção de Alimentos no RS

- Produção Orgânica

- Beneficiamento e Comercialização de Alimentos Orgânicos

Cap. II – Uso e Conservação da

Agrobiodiversidade -Agrobiodiversidade no Rio Grande do Sul:

-Juçara, Pinhão e Erva Mate e Butiá.

- Campo nativo (Bioma Pampa)

- Plantas Medicinais e Plantas Alimentícias não Convencionais –

PANCs

- Guardiões de Sementes

- Viveiros no Rio Grande do Sul

- Sistemas Agroflorestais

Cap.III – Uso dos Agrotóxicos na

Agricultura e seus Impactos na

Saúde

- Comercialização e Fiscalização de Agrotóxicos no Estado

- Agrotóxicos mais Utilizados no RS por Bacia Hidrográfica

- Principais Ações Desenvolvidas pelas Vigilâncias Epidemiológica,

Sanitária, Saúde do Trabalhador e Ambiental em Saúde

- Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos

Cap. IV - Ensino, Pesquisa e

ATERS em Base Ecológica - Construção do conhecimento em produção agroecológica e orgânica,

através de ações participativas.

Dia

gn

óst

ico

Detalhamento

Produção e segurança

alimentar e nutricional

Ações direcionadas para produtores agroecológicos e orgânicos

consolidados e para os produtores em transição agroecológica e

sistemas orgânicos por meio de fomento a produção, insumos,

tecnologias, crédito e incentivos econômicos - Art.7°, I, II e VI da Lei

Estadual 14.486/2014.

Incentivo ao consumo, acesso

a mercados e comercialização

Ações que promovam a organização de agricultores familiares em

associações, cooperativas e empreendimentos da economia solidária

tendo em vista o acesso a diferentes mercados, bem como ações de

incentivo ao consumo - Art.7°, III e IV da Lei Estadual 14.486/2014.

Assistência Técnica e

Extensão Rural, Ensino e

Pesquisa

Ações de pesquisa, educação, capacitação, assistência técnica e

extensão rural - Art.7°, V da Lei Estadual 14.486/2014.

Uso e conservação da

agrosociobiodiversidade

Promover o resgate, a preservação e a promoção da biodiversidade,

considerando-a como a variabilidade de organismos vivos de todas as

origens, compreendendo, os ecossistemas e os complexos ecológicos de

que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de

espécies, entre espécies e de ecossistemas - Art.5, XXIV, Decreto

51.617/2014.

Dir

etri

zes

Detalhamento dos OBJETIVOS

Produção e

segurança

alimentar e

nutricional

- Fomentar os sistemas agroecológicos e de produção orgânica, valorizando

agrobiodiversidade,estimulando a diversificação da produção agrícola, territorial e da paisagem rural na

busca da equidade, da geração de renda e da inclusão social (Art. 5º, I e III, Decreto 51.617/2014)

- Garantir a soberania e segurança alimentar e nutricional sustentável, promovendo a integração de

ações de produção agroecológica e orgânica com ações de inclusão social, de superação da pobreza e

do combate às desigualdades regionais.(Art.5°, II, VIII e XV Decreto 51.617/2014)

- Desenvolver políticas públicas integradas para as mulheres e jovens rurais, associando a

produção agroecológica e orgânica com a diversidade cultural e qualidade de vida no meio rural

estimulando sua permanência no campo e a sucessão rural.(Art.5º, XVII e XVIII Decreto 51.617/2014)

Incentivo ao

consumo, acesso

a mercados e

comercialização

-Apoiar comercialização e o acesso a mercados diversificados, priorizando-se a organização de cadeias

curtas, os empreendimentos cooperativos, de economia solidária e feiras de venda direta ao

consumidor, estimulando a formação de REDES de comercialização para atingir novos mercados. (Art.5°,

XVI, Decreto 51.617/2014)

-Estimular o consumo de alimentos agroecológicos e orgânicos, por meio da promoção, da

divulgação de alimentos de melhor qualidade biológica e sem contaminação por uso de agrotóxicos, bem

como aumentar a oferta de produtos e dos locais de abastecimento (Art.5°, VI, Decreto 51.617/2014)

Assistência

Técnica e

Extensão Rural,

Ensino e Pesquisa

- Gerar de forma participativa conhecimentos e tecnologias, em conjunto com os(as)

agricultores(as) e suas organizações, instituições de ensino, pesquisa, extensão rural e outras

organizações da sociedade civil de forma a promover a consolidação e o fortalecimento da participação

e do protagonismo social de homens, de mulheres, de jovens e de idosos em processos de garantia da

qualidade, de metodologias de trabalho em desenvolvimento rural sustentável e do conhecimento de

manejos de agroecossistemas (Art.5, VII e XII Decreto 51.617/2014)

- Divulgar a ciência agroecológica de forma massiva consistente, possibilitando o debate e a opção

consciente para uma produção e consumo de alimentos saudáveis (Art.5, XXII Decreto 51.617/2014)

Uso e

conservação da

agrosociobiodiver

sidade

- Valorizar a agrobiodiversidade, estimulando o seu uso sustentável, a partir do desenvolvimento de

sistemas de produção diversificados compatíveis com a melhoria da qualidade de vida e da preservação

dos recursos naturais, entendidos estes últimos, como patrimônio de todas as gerações (Art.5, XXIII, Decreto

51.617/2014)

- Promover o reconhecimento dos sistemas agroecológicos e orgânicos como passíveis de

retribuição por serviços ambientais prestados pelos(as) agricultores(as) (Art.5, XXIV, Decreto 51.617/2014).

- Apoiar a interação das atividades produtivas com o Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE, e

Zoneamentos Agrícolas (Art.5, XIV, Decreto 51.617/2014).

- Incentivar a gestão sustentável nas unidades produtivas (Art.5, XIV, Decreto 51.617/2014)

-- Promover a transversalidade, a articulação e a integração das políticas públicas estaduais

entre os entes da federação (Art.5, V, Decreto 51.617/2014)

90

Documentos consultados para a definição das Estratégias

1º Encontro Estadual do Programa de Agricultura de Base Ecológica-2013

2ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário-2013

VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia - 2013

8º Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas -2014

Documento Final do Seminário: Juventude Rural e Agricultura Familiar – 2014

Carta de Manifesto do Seminário Internacional do Bioma PAMPA - 2014

Carta das Agroflorestas e Frutas Nativas do Rio Grande do Sul – 2012

Documento Final do Seminário Técnico Frutas Nativas do Rio Grande do Sul: manejo, beneficiamento e

comercialização - 2010

Oficina Sementes Crioulas e Sementes e Mudas Orgânicas - 2015 - GT Recursos Genéticos e Sementes Crioulas -

CTAGRO/CEDRS

Resultado 2014/15 X Planejado 2016 - Sisplan

385 municípios 379 municípios 337 municípios

Resultado 2014/15 X Planejado 2016 - Sisplan

83 municípios 94 municípios 106 municípios

Resultado 2014/15 X Planejado 2016 - Sisplan

128 municípios 116 municípios 151 municípios

Ari Uriartt

EMATER/RS - Ascar

Gerencia Técnica / Escritório Central

(51)2125-3069 [email protected]

Foto: Kátia Marcon – EMATER/RS-Ascar

Obrigado !