Upload
wander-wilson
View
687
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Trabalho acadêmico sobre Políticas Públicas Educacionais no Cenário Brasileiro, do professor Luiz Cavalcante.
Citation preview
5/10/2018 Pol ticas P blicas Educacionais no Cen rio Brasileiro - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/politicas-publicas-educacionais-no-cenario-brasileiro
MEC – SETEC
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO
GERÊNCIA TÉCNICO PEDAGÓGICA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO:
PROGRAMA NACIONAL DE INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL COM A EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE
DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – PROEJA
DISCIPLINA
Políticas Públicas Educacionais no Cenário Brasileiro
LUIZ OTÁVIO MESQUITA CAVALCANTE
Belém/Pará
2009
5/10/2018 Pol ticas P blicas Educacionais no Cen rio Brasileiro - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/politicas-publicas-educacionais-no-cenario-brasileiro
MEC – SETEC
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO
GERÊNCIA TÉCNICO PEDAGÓGICA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO:
PROGRAMA NACIONAL DE INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL COM A EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE
DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – PROEJA
Trabalho apresentado como critério de
avaliação da disciplina Educação
Profissional e a Educação de Jovens e
Adultos como Política Pública e seus meiosde integração, sob a orientação da Profª
Arenales Faustino no Curso de
Especialização do PROEJA.
5/10/2018 Pol ticas P blicas Educacionais no Cen rio Brasileiro - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/politicas-publicas-educacionais-no-cenario-brasileiro
Políticas Públicas Educacionais no Cenário Brasileiro
Luiz Otávio Mesquita Cavalcante
A política educacional do Estado Novo legitimou a separação entre trabalho manual e
intelectual, que ressaltava a sintonia entre divisão social do trabalho e a estrutura escolar, isto
é, um ensino secundário destinado as elites condutoras e os ramos profissionais do ensino
destinados às classes menos favorecidas. Do ponto de vista reflexivo, percebe-se que a
educação profissional é um campo de disputa de negociação entre diferentes segmentos e
grupos que compõem uma sociedade, desvelando a dimensão histórico-politica das reformas
de ensino, das concepções dos projetos e das práticas formativas.
A Educação, enquanto processo social não gera trabalho nem emprego. Novos postos de
trabalho e o aumento do numero de empregos dependem, por um lado, de processos
estruturais de organização de produção, da estrutura de mercado de trabalho, da estrutura
ocupacional e dos mecanismos macroeconômicos e políticas que regulam o funcionamento
das economias capitalistas. A educação profissional, enquanto pratica social, é uma realidade
condicionada, determinada e não condicionante de qualificação social para o trabalho e oemprego. Se, entendermos a escola como a instituição que tem por função preparar os jovens
para o ingresso no mercado de trabalho, historicamente, a constituição de escola não esteve
vinculada à formação para o mercado de trabalho. Quanto a formação para o trabalho durante
alguns séculos, ela efetivou-se na própria dinâmica da vida social e comunitária,
concomitantemente à própria atividade do trabalho.
“A escola é um espaço de relações sócio-culturais. A contradição social existe, e
precisamos mexer nas relações sociais e humanas da cultura escolar que valoriza um
certo saber e despreza outro. O pleno exercício da cidadania é assumido como um
centro de direitos e deveres, viabilizando a cidadania de quem está nela e de quem
vem a ela (Paulo Freire,1997.)
5/10/2018 Pol ticas P blicas Educacionais no Cen rio Brasileiro - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/politicas-publicas-educacionais-no-cenario-brasileiro
A expansão do capitalismo industrial durante os últimos séculos criou necessidades da
universalização da escola como agência social de preparação para a inserção no mercado de
trabalho. O trabalho constitui uma das bases fundadoras da economia de qualquer sociedade,
uma força social de produção de bens e serviços e uma fonte de renda e sobrevivência de
grandes segmentos das populações humanas. O trabalho determina as relações entre os
diferentes grupos, classes e setores da sociedade, mediante os quais se definem parâmetros de
identidade social e cultural, de cooperação, de solidariedade, ou, então, de competição de
lutas e conflitos sociais. Historicamente, as profissões surgem, por um lado, das preocupações
com a transformação dos processos produtivos. As transformações na organização do trabalho
artesanal e o aparecimento da grande indústria, na passagem do século XIII para o XIX,
produzem o trabalhador livre, de atividade assalariada. Nas sociedades capitalistascontemporâneas, o trabalho assalariado.
A Educação Profissional e a redemocratização: Acertos e Desacertos
Analisar as reformas educacionais nas décadas de 80 no Brasil constatam a existência de
pontos comuns nas políticas educacionais, tais como: gestão, formação, currículo,
financiamento, dentre outros. No contexto atual, isso pode ser observado nos inúmeros
deslocamentos de prioridades, resultante de uma nova forma de pensar da sociedade, o Estado
e a gestão da educação. A história da estrutura e da organização do ensino no Brasil reflete as
condições socioeconômicas do país, mas revela sobre tudo, o panorama político de
determinados períodos históricos. A partir da década de 80, por exemplo, indicava uma
tendência neoconservadora que acenava com a minimização do Estado, o qual se afasta de seu
papel de provedor dos serviços públicos, e na década de 80 indicava uma indicava uma
tendência de estado de bem-estar social, que teve referência em países onde a educação foi
universalizada.
Um breve retrato das políticas educacionais para a modalidade da educação profissional
permite-nos refletir sobre os pontos de convergências e divergências das políticas publicas.
No âmbito do sistema escolar com a publicação da lei 5.692/71 que instituiu a
„profissionalização universal e compulsória para o ensino secundário, estabelecendo,
formalmente, a equiparação entre os cursos secundários e os cursos técnicos, a lei teve varias
modificações até a promulgação dos pareceres MEC 45/72 e 76/75.
5/10/2018 Pol ticas P blicas Educacionais no Cen rio Brasileiro - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/politicas-publicas-educacionais-no-cenario-brasileiro
Nos anos 90, voltam à tona os debates para a reestruturação do ensino médio profissional. De
um lado, há que enfrentar o desafio de atender ao grande déficit de escolarização do ensino
fundamental e dos ensinos médio e profissionalizante, de outro, fazer frente às exigências de
construção de uma nova institucionalidade, que dê conta dos processos em curso de
reestruturação produtiva e da pressão pela ampliação dos direitos sociais. Questões como a,
persistência/conservação da dualidade estrutural, políticas de formação profissional
exclusivamente centradas nas necessidades de mercado de trabalho desarticuladas de políticas
de desenvolvimento, de geração de emprego e de distribuição de renda tornam-se os eixos
centrais de discussão de enfrentamento.
A nova Lei de Diretrizes Bases da Educação (Lei 9.394/96) e o Decreto 2.208/97 instituíram
as bases da reforma do ensino profissionalizante. Na concepção proposta pelo Governo
Federal (FHC), o ensino médio terá uma única trajetória articulando conhecimento e
competências para a cidadania e para o trabalho sem ser profissionalizante, ou seja,
“preparando para a vida”. A educação profissional, de caráter complementar, conduzirá ao
permanente desenvolvimento das aptidões para a vida produtiva.e destinar-se-á a alunos
egressos do ensino fundamental,médio e superior, bem como ao trabalhador em geral, jovem
e adulto, independente da escolaridade alcançada. As medidas legais estabelecem uma
separação entre os ensinos médio e profissional, gerando sistemas e redes distintas. Desta
foram, pode-se compreender que as políticas de educação formuladas e dotada de uma lógica
seletiva, baseada no pressuposto de que a “sociedade do conhecimento” é para poucos.
Compreende-se também, a sua organicidade com, o modelo de acumulação flexível que exige
formação de novo tipo, a integração da ciência, tecnologia e trabalho, para os privilegiados
ocupantes dos poucos postos que não correm risco de precarização, que „nasceram‟
competentes para estudar e que certamente não são os pobres. Como forma de superação do
proposto no decreto 2.208/97 que separou a Educação Geral da Educação Profissional, o
decreto 5.154/2004 acena em fim para sua integração, a qual segundo Ramos (2008) deve ser
compreendida em três sentidos: o primeiro é o filosófico, baseado numa concepção de
formação humana omnilateral; e o epistemológico baseado numa concepção de conhecimento
na perspectiva de totalidade; e o político baseado na possibilidade de oferecer o ensino médio
Unitário e Politécnico, entendendo Ensino Médio Unitário como síntese do diverso e não
como único modelo a ser implementado (Ramos, 2008).
5/10/2018 Pol ticas P blicas Educacionais no Cen rio Brasileiro - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/politicas-publicas-educacionais-no-cenario-brasileiro
Referências Bibliográficas
__ . MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO. DECRETO Nº 2.208 de 17 de abril de 1997.
__. MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO. DECRETO Nº 5.840/2006. Brasília, 2006.
__. BRASIL. Ministério da Educação. Programa de integração da educação profissional
técnica de nível médio ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos.
Documento Base. Brasília: MEC, 2006.
__. Lei Federal Nº 9.394/96 – Brasília, 1997.
MANFRED, Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo: Cortez 2002.
BENEVIDES, Maria. A cidadania Ativa. São Paulo. Ática, 1991.
- In: José Luiz dos Santos. O que é cultura. Coleção Primeiros Passos. Ed. Brasiliense. SãoPaulo, 1986