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Conjunto de slides preparados para a disciplina "Estudos em Gestão Educacional", ministrada pelo Prof. Paulo Gomes Lima, no Programa de Pós-graduação - Mestrado em Educação da UFGD. Mestrando: Ralf Hermes Siebiger
Citation preview
Marília FONSECA
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
BRASILEIRA:
ENTRE O UTILITARISMO ECONÔMICO E
A RESPONSABILIDADE SOCIAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO
Slides elaborados para a disciplina
“Estudos em Gestão Educacional”
Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
Mestrando Ralf Hermes Siebiger
Conceito de qualidade nos planos brasileiros de educação: no
confronto de propostas oriundas dos movimentos sociais e
políticas fixadas pelos sucessivos governos;
CONCEITO DE QUALIDADE
qualidade
•Dinâmica socioeconômica e cultural de um país
•Economia mundial
•Movimentos pedagógicos e metodológicos
Valores que traduzem
sentido à qualidade
Educação de qualidade = prepara o indivíduo para o exercício
da ética profissional e cidadania; educá-lo para compreender
e ter acesso às manifestações culturais; provimento de
padrões aceitáveis de aprendizagem para inserir o indivíduo
na dinâmica (consumidor)
Direito individual
Políticas governamentais para um sistema
Dinâmica interna das instituições
CONCEPÇÕES DE QUALIDADE
Identificar o que se entende por qualidade nos Planos
Nacionais de Educação a partir de 1960
Identificar os marcos ideológicos que orientam a política
educacional de cada governo
Autores referenciados: Baia Horta (1982), Schwartzman
(1984); Saviani (2007) e Oliveira (2007)
OBJETIVO DO TEXTO
1931 - IV Conferencia Nacional de Educação
1932 - Manifesto dos Pioneiros
Qualidade Metodológica da Educação Básica: método ativo –
atividade criadora
1934 – Constituição: ensino primário integral, gratuito,
obrigatório
1937 – Congresso Nacional fechado: Estado Novo. Novo PNE:
ensino religioso e educação moral e cívica; hierarquia e
disciplinamento de homem e sociedade; conceito de homem
útil para Estado moderno, industrial e nacionalista
Formação para o trabalho: divisão social de classes
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 30
1956-1961 – Governo Juscelino Kubitschek
Educação como preparo técnico para indústrias de base
PNE para atender demandas do mercado
Teoria do Capital Humano
Presença da OEA: educação incorporada aos planos econômicos
Conferências internacionais – Punta del Leste (1961) e Santiago (1962): financiadas pelo programa norte -americano “Aliança para o Progresso” = metas decenais para a América Latina
1962: Anísio Teixeira = sentido filosófico -humanista: educação como condição sine qua non para o brasileiro se tornar cidadão
Decreto 200/67: reforma administrativa do serviço público; ênfase gerencial e organizacional, inclusive na escola; acordos MEC/USAID
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 50/60
Planos educacionais ajustados à Administração por Objetivos
(APO): padronização, homogeneidade; preparo de gerentes
eficientes e eficazes:
I Plano Setorial de Educação (1971): 33 projetos (MOBRAL,
CIEE, etc.): criação de distritos geoeducacionais e órgãos
especiais de gerência
Qualidade da educação: formar cidadão produtivo
Ações fragmentadas
Ensino Fundamental ampliado para 8 anos
Ensino Secundário técnico
Vestibular para ingresso no Ensino Superior
BIRD: parceiro atuante no financiamento da Educação Básica
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 70
II Plano Setorial de Educação (1975-1979): vinculação do
ensino básico ao setor produtivo
Exemplo: Projeto de Desenvolvimento Rural Integrado
III Plano setorial de Educação (1980-1985): participação de
entidades educacionais em seu planejamento
Organização da escola às especificidades de cada grupo
social = periferias e zonas rurais deveriam garantir formação
para o trabalho
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 70
Constituição de 1988 - Nova República
Documento: Subsídios para elaboração de políticas para o
ensino médio: qualidade = trabalho com conteúdos
significativos
I Plano de Desenvolvimento da Nova República: superar
déficit educacional
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 80
Acordos
MEC/BIRD
EDUTEC – Escolas Técnicas
Industriais Agrícolas
EDURURAL e Monhangara
Atende a objetivos de
organismos
internacionais
Processos gerenciais e organizacionais
1990 – Governo Collor: qualidade da educação debatida em
ciclos de estudos:
IPEA: Simpósio Nacional “Qualidade, eficiência e equidade na
educação básica”; e
INEP: “Seminário Nacional sobre Medidas Educacionais”
1992 – Governo Itamar Franco: Acordo Nacional de Educação
(pacto de qualidade) = amplo sistema de avaliação da
educação básica
UNESCO: exigiu dos países membros a elaboração de plaos
decenais de educação
Declaração Mundial de Educação para Todos
Conferência Internacional de Educação – Jomtien 1990)
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 90
1995-2002 – Governo Fernando Henrique Cardoso
Reforma Administrativa do Estado: administração gerencial;
plano plurianual
Qualidade educacional: revisão curricular, desmembramento
do Ensino Médio (conteúdos gerais e técnico -
profissionalizante), implantação do Sistema de Avaliação da
Educação Básica – SAEB
Mobilização para elaboração do Plano Nacional de Educação
– UNDIME, CONSED, fóruns nacionais
Criação do FUNDEF (1998): custo -aluno-qualidade
Efetivação da proposta pedagógica (LDB 9394/96, Art. 13)
MEC assina acordo com o BIRD = Fundescola = elaboração de
Plano de Desenvolvimento da Escola (gestão para eficiência e
racionalidade técnica), em detrimento da proposta
pedagógica prevista na LDB 9394/96
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 90
2003-2007 – Governo Luís Inácio Lula da Silva
Ampliação do FUNDEF para FUNDEB: tendência à maior justiça
social
2007: Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) = ações
pontuais, sem interação com o PNE de 2001
Formação para ensino básico transferida à CAPES
Necessidade de maior discussão do PDE
Prova Brasil e Provinha Brasil: alternativas ao modelo vigente
de avaliação externa?
TRAJETÓRIA HISTÓRICA – ANOS 2000
Ação educativa deu ênfase a programas e projetos orientados pela lógica do campo econômico = atividades instrumentais; gerência de insumos
Qualidade = competitividade = ranking de avaliações externas = enfoque utilitarista
Necessidade de projeto educacional para todas dimensões do conhecimento
Estado equalizador de interesses
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FONSECA, Marilia. Políticas Públicas para a qualidade da
educação brasileira: entre o utilitarismo econômico e a
responsabilidade social. In Cadernos Cedes, Campinas vol. 29,
n. 78, p. 153-177, maio/ago. 2009.
BIBLIOGRAFIA