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RESENDE E ITATIAIA - ABRIL DE 2014 Nº 216 . ANO 20 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] www.pontevelha.com São José de Anchieta, valei-nos! José de Anchieta, o “Santo do Brasil”, nasceu em Tenerife, no arquipélago es- panhol das Canárias, em 19 de março de 1534, e morreu no Brasil, em 1597. Tendo recebido educação cristã em sua família, foi enviado a estudar em Coimbra. Entrou, aos 17 anos, na Companhia de Jesus, sociedade religiosa missioná- ria recém-fundada pelo basco Inácio de Loyola. Diante de uma grave doença, com fraqueza e dores em todo o corpo, durante dois anos, os superiores decidiram enviá-lo ao Brasil, na esperança de que o bom clima da terra lhe fizesse bem. Partiu de Lisboa em 1553, com 19 anos de idade, acompa- nhando o segundo Governador Geral do Brasil, Duarte da Costa. Viveu aqui no Brasil dos 19 aos 63 anos, participando da fundação de escolas, igre- jas e cidades, empenhando-se na catequese dos índios, para o que aprendeu perfeita- mente a língua deles. Junto com o Pe. Manuel da Nóbrega, foi o fundador da cidade de São Paulo, tendo participado também da fundação da cidade do Rio de Janeiro, onde dirigiu o Colégio dos Jesuítas. Preparou alas da escola como enfermaria, criando a Santa Casa do Rio de Janeiro. Seu nome se liga à fundação da aldeia de São José (dos Campos), onde foram reduzidos os Guaianases, e ao pri- meiro Tratado de Paz assinado nas Améri- cas, em Iperoig (Ubatuba), que terminou a guerra dos Tamoios. “De janeiro até o presente se fez ali uma pobre casinha feita de torrão e palhas com catorze passos de comprido e doze de largo, moravam bem apertados os irmãos. Ali tinham escola, enfermaria, dormitório, refeitório, cozinha e despensa... As camas eram redes, os cobertores o fogo. Para mesa usavam folhas de bana- nas em lugar de guardanapos... A comida vem dos índios, que nos dão alguma esmola de farinha e algumas vezes, raramente, alguns peixinhos do rio e, mais raramen- te ainda, alguma caça do mato... Todavia não invejamos as espaço- sas habitações, pois Nosso Senhor Jesus Cristo dignou-se morrer na cruz por nós”. Os índios têm alma! E querem apito, celular, TV e viagem a Miami... Tudo padrão FIFA! Acima, carta de São José de Anchieta a Santo Inácio de Loyola em agosto de 1554. Ao lado, reprodução de página da “Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil”, primeira edição em Coimbra, 1595 Abaixo, motivos decorativos indígenas, as “mar- cas”: mak gho kuahi E agora, José...? Relato de uma fundação

Ponte Velha - Abril 2014

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Page 1: Ponte Velha - Abril 2014

RESENDE E ITATIAIA - ABRIL DE 2014Nº 216 . ANO 20 - JORNAL MENSAL

DISTRIBUIÇÃO [email protected]

www.pontevelha.com

São José de Anchieta, valei-nos!

José de Anchieta, o “Santo do Brasil”, nasceu em Tenerife, no arquipélago es-panhol das Canárias, em 19 de março de 1534, e morreu no Brasil, em 1597. Tendo recebido educação cristã em sua família, foi enviado a estudar em Coimbra.

Entrou, aos 17 anos, na Companhia de Jesus, sociedade religiosa missioná-ria recém-fundada pelo basco Inácio de Loyola. Diante de uma grave doença, com fraqueza e dores em todo o corpo, durante dois anos, os superiores decidiram enviá-lo ao Brasil, na esperança de que o bom clima da terra lhe fizesse bem. Partiu de Lisboa em 1553, com 19 anos de idade, acompa-nhando o segundo Governador Geral do Brasil, Duarte da Costa.

Viveu aqui no Brasil dos 19 aos 63 anos, participando da fundação de escolas, igre-jas e cidades, empenhando-se na catequese dos índios, para o que aprendeu perfeita-mente a língua deles.

Junto com o Pe. Manuel da Nóbrega, foi o fundador da cidade de São Paulo, tendo participado também da fundação da cidade do Rio de Janeiro, onde dirigiu o Colégio dos Jesuítas. Preparou alas da escola como enfermaria, criando a Santa Casa do Rio de Janeiro. Seu nome se liga à fundação da aldeia de São José (dos Campos), onde foram reduzidos os Guaianases, e ao pri-meiro Tratado de Paz assinado nas Améri-cas, em Iperoig (Ubatuba), que terminou a guerra dos Tamoios.

“De janeiro até o presente se fez ali uma pobre casinha feita de torrão e palhas com catorze passos de comprido e doze de largo, moravam bem apertados os irmãos. Ali tinham escola, enfermaria, dormitório, refeitório, cozinha e despensa... As camas eram redes, os cobertores o fogo. Para mesa usavam folhas de bana-nas em lugar de guardanapos... A comida vem dos índios, que nos dão alguma esmola de farinha e algumas vezes, raramente, alguns peixinhos do rio e, mais raramen-te ainda, alguma caça do mato... Todavia não invejamos as espaço-sas habitações, pois Nosso Senhor Jesus Cristo dignou-se morrer na cruz por nós”.

Os índios têm alma! E querem apito, celular, TV e viagem a Miami... Tudo padrão FIFA!

Acima, carta de São José de Anchieta a Santo Inácio de Loyola em agosto de 1554.

Ao lado, reprodução de página da “Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil”, primeira edição em Coimbra, 1595

Abaixo, motivos decorativos indígenas, as “mar-cas”: mak gho kuahi

E agora, José...? Relato de uma fundação

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2 - O Ponte Velha - Abril de 2014

P O L I T I C Á L Y A

Jornalista responsável: Gustavo Praça de Carvalho

Reg. 12 . 923 Arte gráfica: Afonso Praça

Edição: Marcos Cotrim

21-8833. 2248 24- 9301 . 5687

[email protected] www.pontevelha.com

Expediente

Cabo Euclides e Professor Silva

1) NOVA INTERPRETAÇÃO

Nova interpretação do belo quadro“Decapitação de João Batista” , de Benedito Calixto de Jesus, expostona Igreja Matriz de S. João Batista,

Bocaina/São Paulo.

O Secretário de Governo, maisconhecido como Zerotrês,entrega a cabeça do Secretário“bola da vez” para a Conveniência Política (de vestido longo).Observe que a espada decapita-dora, na mão direita do Zerotrêssimboliza o boletim oficial. Aofundo, aparecem o Zeroum(disfarçado, com uma grandebarba, já treinando para ocuparo lugar de maior líder políticolocal) e o seu principal conse-lheiro político, que traz na mãodireita seu instrumento detrabalho predileto.

2) ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E OS DESTAQUES EMPRESARIAIS DE 2013

A ACIAR realizou sua festa anual, no dia 28 de março p.p. , home-nageando: pelo Comércio, a Tutty Bella; na área industrial, a Cons-trutora Lecy Tavares; em agrope-cuária, Gilson Mário Siqueira; no setor de serviços, o Laboratório Diagnose. O prêmio Destaque Empresarial é uma coroação ao desempenho dos escolhidos.Foi a primeira festa de gala da Aciar dirigida pelo atual Presidente, Antonio Carlos Sinhorelli Rinaldo, o Nego. Com o indispensável apoio do Diretor Administrativo, Thirso Naval Colvero, a festa foi um sucesso, contando com as exce-

lentes instalações e a boa comida do Lena Buffet. Prestigiada pelos associados (ingressos adquiridos a R$ 75,00 por pessoa) e pelas auto-ridades convidadas, a exemplo do Presidente da Câmara Municipal, Ubirajara Garcia Ritton –– grande benemérito da Associação –– e pelo Prefeito José Rechuan Jr., que deu um show de sensibilidade fa-zendo um discurso curto e objetivo. Nossas construtivas críticas vão para a existência de fila, na hora do jantar; pela baixa qualidade do som e pelo cerimonial muito extenso e enfadonho. Utilizando a metade do tempo, teria feito o dobro do sucesso.

3) TESTE SEUS CONHECI-MENTOS SOBRE A POLÍTICA REGIONAL

Com relação à foto acima, mar-que a opção correta:

(a) garboso Secretário de Agricul-tura, devidamente paramentado para sua lida diária.(b) futuro Prefeito de uma impor-tante cidade na divisa de Minas com Estado do Rio.(c) conhecido e estimado membro da sociedade bocaino/resenden-se, convenientemente agasa-lhado para enfrentar o sereno e o frio, em sua cadeira cativa, no Fogão à Lenha.(d) futuro candidato a Vereador em Resende, atendendo a inúme-ros pedidos de seus admiradores.(e) o titular da foto é o falecido Osama Bin Laden.

4) QUERIAM ACERTAR O JOSÉ

Logo no Bairro Surubi –– local muito apreciado pelo José –– um descontente queria agredir o Prefeito. O ofensor deu sorte de o José respeitar o decoro do cargo, do contrário a coisa teria ficado feia. Criado no subúrbio de Irajá, no Rio de Janeiro, José não é indefeso, como sua educação

parece mostrar. Não fosse a liturgia do cargo, certamente teria passado o bisturi no agressor. Pelo sim, pelo não, apresentamos o presente estudo para reestrutu-ração de sua segurança. Sugeri-mos que a segurança do Zeroum, doravante, se divida em duas partes, tudo com pessoas do Go-verno, para não haver aumento de despesas. Por questões estra-tégicas, os agentes são citados apenas pelos codinomes.

4.1 - INFORMAÇÕES - Para antecipar e combater movimen-tos ameaçadores, o Gabinete de Inteligência e Informações será composto por:

4.1.1 - BABYFACE - acostu-mado a interpretar intenções populares, coordenará a parte de informações da segurança;

4.1.2 - DR. PITBULL - Advogado, operará na segurança, sob esse disfarce profissional. Faixa preta em judô; Juiz da Federação Bra-sileira de Judô; Ex Comandante de Guarda Municipal. É baixinho, porém trucado: nove arrobas e meia de peso bruto. Além de tra-balhar com Informações, auxiliará o Banana Nanica no primeiro combate aos insurgentes, ainda fora do palanque;

4.1.3 - JAGUNÇO - Presidente de Diretório Acadêmico, na época da Revolução; fundador do MDB, em Bocaina de Minas, na época da Revolução; Fundador do PDS, em Resende, no pós revolução. Como engenheiro, especialista em estruturas, terá como função principal inspecionar a segurança dos palanques. Além disto, sua aparência de terrorista servirá para intimidar os adversários, em razão do que prestará colabora-ção também para a segurança ostensiva;

4.1.4 - BANANA - Seu maior efeito surpresa está no nome. Ninguém imagina que um sujeito de apelido Banana seja bom de porrada. Acostumado a trabalhar com o Babyface, sabe até ler pensamentos. É primo do Siquei-

rão da Água. Sua função será dar o primeiro combate aos insurgen-tes, junto com o Pitbull, ainda fora do palanque.

4.2 - SEGURANÇA OSTENSI-VA - parte da segurança que tem como finalidade principal desisti-mular eventuais agressores. A ser formada pelos seguintes:4.2.1 - SIQUEIRÃO DA ÁGUA: ex-lutador de rua, época em que era conhecido como “coice de mula”. Um metro e noventa de altura; nove arrobas de peso.

4.2.2 - DR. MARRETAÇO: Acos-tumado a anestesiar vaca com soco na testa. Disputou, venceu (e sobreviveu) duas eleições de presidente de diretório partidário. Um metro e noventa de altura; dez arrobas de peso.

4.2.3 - TIOZÃO: como revela sua postura marcial, não foge do combate. Um metro e noventa de altura por dez arrobas de peso. Junto com o Siqueirão e o Mar-retaço formarão o núcleo duro da segurança, mais conhecido como Trio Porrada Dura.

5. ANTONIO JACINTO DUARTE VIAJOU FORA DO COMBINADO Usando o linguajar do Rolan-do Boldrin, registramos que a agropecuária de Resende ficou mais pobre, e a Boca do Leão perdeu um de seus mais distin-tos moradores. Antonio Jacinto, também conhecido como Antonio Peixoto, despediu-se no dia 29 de março p.p., aos 93 anos. Foi um homem trabalhador, direito e bem sucedido. Competente no que fazia, legou-nos o testemu-nho de que, sem prejuízo das dificuldades, ainda é possível viver da pecuária leiteira, selecio-nando o rebanho e operando com inteligência. Certamente, na sua área de influência, transformou o mundo para melhor. Grande exemplo de uma vida simples e feliz. Deixou viúva (Celeida, sua companheira de uma vida) e cin-co filhos: Helenice, Nilce, Eunice, Nicéa e José Nilo, além de dois netos: Mateus e Maria Eduarda.

Na singela e carinhosa homena-gem do Secretário de Agricultura de Resende, Dr. Miguel Dias, “perdemos um dos melhores produtores do Município”.

6. DR. DIOGO BALIEIRO DINIZ

A cada dia, aumentam os entusiastas da candidatura a Prefeito do jovem, competente e simpático oftalmologista, Dr. Diogo Balieiro Diniz. É sempre bom o ingresso na política de pessoas honradas e conhece-doras dos problemas de nossa cidade. Tomara que o Dr. Diogo seja mesmo candidato.

Benedicto Calixto de Jesus, um dos maiores pintores de nossa história, nasceu em 1853, na cidade de Itanhaém, SP, região frequentada por Anchieta 300 anos antes.

Chamado de “pintor-his-toriador”, realizou numerosa obra literária. Professor emé-rito de diversos pintores, em 1924, foi agraciado pelo Papa Pio XI, com a Ordem da Cruz de São Silvestre, em gratidão pelo conjunto de sua obra pictórica de caráter religioso. O grande brasileiro faleceu em São Paulo, em 1927.

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Abril de 2014 - O Ponte Velha - 3

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Os Sonhadores

Pixinguinha em sua casa, em Ramos. Foto de Walter Firmo

Somos todos sonhadores. Vou falar hoje de sonhos, meus, do Silvio de Carvalho e do meu filho Afonsinho. Começo pelo Silvio, que na última edição do Ponte Velha afirmou: “Eu venci o Sistema”. E passo para o sonho do Afonsinho, o qual de-manda uma introdução. Havía-mos passado boa parte da noite na festa de um casamento de roça, e durante um bom tempo o Afonso, então com cerca de três anos, perseguiu um pato em torno da casinha simples de sapé. Sumiam por trás da casa e de repente lá vinha o pato, e o Afonso atrás esticando a mãozinha que não conseguia sequer encostar no bicho. Pois bem: no dia seguinte o Afonso acordo ao meu lado na cama e fica olhando o teto. Eu pergun-to: “e o patão, Afonso?”-Peguei.E imagino o Silvio acordando, olhar perdido no teto:-E o Sistema, Silvio?- Venci.

Os meus sonhos também sempre foram com o Sistema, que não é outra coisa que o ca-pitalismo, que não é outra coisa que a natureza humana, a natu-reza das coisas, que não pode ser vencida, mas pode ser apu-rada, pode evoluir. Meu sonho então é de uma evolução que pode ser vista como regressão, o que não é nenhum problema porque voltar faz parte da vida, e o para onde se volta nunca é o mesmo lugar de antes. O mo-mento novo do meu sonho tem muita carroça pelas estradas de terra da Mantiqueira, trazendo alimento orgânico para uma Resende que diminui de tama-nho à medida que a população faz uma retromigração cidade/

campo; tem muitos jovens em escolas agrícolas rurais, aper-feiçoando os conhecimentos para a produção de alimento saudável. É um tempo em que o jovem não é mais direcionado para coisas na linha de produ-ção automotiva, um tempo com mais possibilidades de realiza-ção de vocações, tempo de um ser humano mais pleno. (há nesse tempo inclusive a instau-ração do projeto que libera o plantio da maconha conjuga-do à reforma agrária, levando imenso contingente jovem para a vida rural, projeto apresenta-do por Eduardo Suplicy após um daqueles momentos de profunda meditação em que ele fica absorto).

É um tempo em que os polí-ticos podem ser políticos, e não gestores. Porque o político é o grande artista – e aí se chama estadista. O artista é o homem que realiza o sonho, e o sonho coletivo é o grande sonho. O artista não vê graça em um monte de dinheiro guardado num paraíso fiscal; o que ele ama são as coisas. Ele deve ter a alma impregnada de história e do anseio das pessoas, e o olhar à frente do seu tempo. E realizar então a obra. Dife-rentemente do gerente, ele não administra o andar da ordem já estabelecida; ele cria com o seu povo a nova ordem, que diz respeito à plenitude de todos. O poder global que dita o

andar da ordem só gosta de área plana a beira da Dutra – e de cabeça plana. E admite Parques na fecunda área rural montanhosa da Mantiqueira e em outros arredores. O Parque é bom, mas é a contrapartida pronta, muito limitada como di-nâmica social. Falta verba para uma política agrícola municipal? Cortemos metade do monstro parasita. Se ferir o monstro não ganha eleição? Pois é por isso que precisamos do artista, do que tira um coelho da cartola. O gestor é pouco para o nosso tempo porque, como avisou o poeta/filósofo, “o deserto está crescendo”. E aí eu acordo no meu pijaminha de flanela, tirando remela dos olhos. A meu lado, meu pai pergunta:- E a forma dos novos tempos, Gustavinho?-Já expliquei tudo em detalhes; o Silvinho vai liderar.

PS: Ô Silvio, antes da entrevista do mês passado nós já havía-mos feito duas com você.

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4 - O Ponte Velha - Abril de 2014

Rafael Procaci

Cirurgião-Dentista CRO/RJ 20333Especialista em Ortodontia e Ortopedia FacialClínica Santo Inácio - Rua Eng. Jacinto l. Filho 140, Bairro Barbosa Lima - Resende, RJTel: (24) 3355.8383 - 999484899

Veja a que ponto nós chegamosResende foi parar na mídia nacional por um fato do qual nos envergonhamos. O prefei-

to de Resende exonerou seu secretário de Indústria e Tecnologia pelo telefone. Indignado pela forma como foi despedido, o secretário levou todos os móveis da sua e de outras secretarias com ele.

Os móveis não eram da prefeitura? Segundo o secretário, não. Na entrevista dada ao jornal Beira Rio ele disse que os móveis foram frutos de “uma boa negociação” e por isso ele gastou R$ 130 mil do próprio bolso. Isso é que é espírito público. Não é qualquer um que se dispõe a tal façanha, mesmo porque R$ 130 mil não são para qualquer um. Mas o tal do espírito público do secretário demitido tem prazo de validade. Ele não teve a mínima consideração com o novo secretário e os servidores de três secretarias. Às favas o tal do “espírito público”.

Trata-se supostamente de uma história mal contada. Houve algum ato administrativo autorizando o secretário a entrar na prefeitura com esses móveis que ele diz que são seus? Mas isso não é problema. Contam as más línguas que a numeração dos proces-sos da prefeitura reserva números, que ficam em branco, e só são usados em casos de necessidades, como este. Então, fabricar processos depois do fato consumado não seria problema. Mas isso é crime!

E a as notas fiscais, existem? Estão em nome de quem? De que forma foram pagas? Isso também tem que ser explicado. Mas não foram apenas móveis. Máquinas de costura usadas em programas de capacitação também foram levadas pelo secretário exonerado. Pelo que ele disse na entrevista ao jornal Beira Rio esses móveis e as máquinas de cos-tura ficarão em um galpão em São Paulo.

Isso foi parar no programa do Ricardo Boechat, na BandNews.. Repetindo o bordão, “seria trágico se não fosse cômico”. E de cômico isso não tem nada. É vergonhoso ver a que ponto nós chegamos na nossa administração pública. É vergonhoso ver a falta de respeito no trato da coisa pública.

Se o secretário exonerado se manifestou preocupado com o que encontrou na secreta-ria quando foi nomeado (móveis em desacordo com a missão da sua pasta) por que ele não manteve a mesma preocupação quando saiu, deixando os móveis, que ele diz que são seus, até a compra dos novos? Se ele tivesse espírito público de verdade ele doaria os móveis para a prefeitura. E o prefeito nisso tudo? O que ele pensa? Que medidas ele irá adotar? O mínimo que ele tem a fazer é prestar esclarecimentos ao povo de Resende.

Também há que se destacar que o prefeito não teve a mínima consideração com um dos seus mais antigos colaboradores, que o acompanha desde a sua campanha da primeira eleição. Demitir pelo telefone alguém que o acompanhou por seis anos? O que ele fez para merecer tal atitude? No lugar deste antigo companheiro, o prefeito nomeou o presidente do partido que mais lhe fez oposição, que deu a vice na chapa do seu maior opositor na última eleição. Tudo em nome daquilo que virou moda na política brasileira, os chamados governos de coalização? Ou seria cooptação? Tomara que o prefeito valorize o PPS, partido que substituiu o secretario exonerado, e dê a este partido liberdade para executar os projetos que ele tem e que são bons para os resendenses, principalmente para os menos assistidos, e que me desminta demonstrando que o que está em jogo não é apenas cooptar mais um partido para a base do governo, mas principalmente os interes-ses públicos.

Eliel de Assis Queiroz/Comitê Pela Transparência/Presidente

Ilustração do artista alemão Albrecht Dürer para a capa da edição de 1549 da sátira “A Nau dos Insensatos”, do também ale-mão Sebastian Brant.

ITATIAIA em PautaO tráfego na ponte sobre o rio Campo

Belo, via de acesso ao bairro Benfica, em Itatiaia, está liberada para pedestres e veículos com cargas de até 12 toneladas e vão livre de 3 metros de largura.

Segundo o secretário de Obras e Serviços Públicos, Dejair de Aguiar, “o local recebeu nova estrutura e assoalhos. Para os próximos meses será realizada a troca das tubulações que passam pela ponte e em seguida a colocação do guarda corpo de metal”, explicou. A ponte foi interditada no fim de março para reconstrução total, após ter sido danificada com a passagem de um caminhão com excesso de peso.

Prefeitura prorroga prazo do Programa de Recuperação Fiscal

Contribuintes que possuem impostos ou tributos municipais vencidos e não quitados podem pagar suas dívidas com descontos até 30 de maio (sexta-feira). O Programa de Recuperação Fiscal, que foi instituído por meio da lei complementar nº 25, concede anistia de multa e juros de até 100% ao contribuinte que estiver em débito com o município.

O programa concede 100% de desconto de juros e multas, sobre o valor incidente no pagamento a vista. No caso de parcelamentos em até seis vezes consecutivas e sucessivas, o valor do desconto será de 85%. Os demais descontos são de 70% para quem pagar em 12 vezes e 50% para os pagamentos em 24 vezes. A Prefeitura lembra que o valor de cada parcela não poderá ser inferior a R$ 70,00. Para efeito da data de vencimento e pagamento, seja a vista ou da primeira parcela, será considerada a data da assinatura do termo de adesão ao programa.

O benefício vale para os contribuintes que possuem débitos de impostos e tributos como IPTU, ISSQN, taxas, preços e tarifas municipais, com vencimento até o dia 31 de dezembro de 2012, exceto o ITBI. Para requerer os descontos os interessados devem protocolar o pedido no setor de protocolo da prefeitura. O setor fica no prédio da Prefeitura, situado na Praça Mariana Rocha Leão, nº20, Centro. O funcionamento acontece de segunda a sexta-feira, das 08 às 12h e das 13h30 às 17 horas.

Para requerer a isenção total do débito do IPTU, os moradores devem protocolar o pedido junto a Se-cretaria Municipal de Fazenda. É preciso apresentar carteira de identidade, comprovante de rendimento do contribuinte, escritura do imóvel, ou seja, registro e na falta deste, documento instrumentalizado que prove a propriedade ou posse em nome do contribuinte; folha do carnê de IPTU com identificação do imóvel; e declaração de ser proprietário do imóvel.

Membros do Conselho Municipal de Habitação tomam posse em Itatiaia

Itatiaia agora tem um Conselho Municipal de Habitação. Os membros do conselho tomaram posse durante o II Fórum de Habitação, realizado neste sábado (5) pela Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação, no Centro de Convivência do Idoso, na Vila Paraíso. O evento teve a participação de cerca de cem pessoas, entre moradores, servidores públicos, etc.

O vice-prefeito, Edmar Barbosa, deu posse aos conselheiros e decla-rou sua satisfação em participar deste momento.

“Em Itatiaia esbarramos em um problema que é em relação a regularização dos imóveis. Por conta disso, estamos trabalhando para resolver essa questão e melhorar as condições de habitação. Estou muito feliz em dar posse a esse conselho, que pode contar com nosso auxílio e trabalho”, disse.

O conselho de Habitação terá por finalidade propor e deliberar sobre as diretrizes, programas, projetos e ações que formam a política habitacional, debatendo e articulando as questões relativas a moradias de qualidade e principalmente, aquelas de interesse social, voltadas para as famílias de menor poder aquisitivo.

A secretária de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação e presidente do Conselho Municipal de Habitação, Regina Fialho, afirmou que essa é uma grande conquista.

“Gostaria de parabenizar os conselheiros. Este é um trabalho que requer doação e muito trabalho dos membros e acima de tudo compromisso. Vamos traba-lhar juntos para melhorar a questão da habitação no nosso município”, relatou a secretária, acrescentando que este é o sexto conselho ligado à sua pasta.

Após a posse dos conselheiros, o secretário de Planejamento, Ruy Saldanha, fez uma palestra infor-mativa sobre habitação e sobre as ações do governo municipal no setor. Um dos pontos discutidos foi o processo de regularização fundiária dos bairros Nova Conquista (Country Club) e Jardim Manchete (antigo Marrocos, próximo a Marechal Jardim). Segundo Saldanha, o governo organizará reuniões para discutir tais questões, com o objetivo de que a regularização possa sair o mais rápido possível.

(Com PMI)

Ponte do bairro Benfica é liberada para tráfego

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Abril de 2014 - O Ponte Velha - 5

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Resende tem Grupo de AdoçãoO Grupo de Apoio a Adoção

de Resende (GAARFA), é uma associação civil de cará-ter privado, beneficiente e sem fins lucrativos. Sua missão égarantir o direito de cada criança e adolescente de viver em família. Empenha-se em:

Apoiar as famílias em situação de risco social para o fortalecimento dos vínculos afetivos;

Estimular a reintegração familiar de crianças e adoles-centes institucionalizados;

Apoiar e orientar as famí-lias adotivas e pretendentes à adoção;

Promover a adoção de crianças e adolescentes cujas as reintegrações familiares não atendem ao melhor interesse dos mesmos.

Diz o professor Claudio Mendonça, um dos animado-res do grupo, que atua infor-malmente há sete anos:

“Já fazíamos um trabalho

solidário de visitas há sete anos em Resende, aqui temos duas Casas de Acolhimento que poucos conhecem, uma para crianças e outro para adolescentes, a partir daí e da presença de outros casais em nossa vida, e com a chegada na época de um presente de Deus, nosso filho, pois acabá-vamos de conhecer a adoção como forma de paternidade e maternidade, antes mesmo da Lei 12010/09 (Nova lei da

Adoção), nosso filho com três anos havia chegado, colorindo nossa existência, sentindo o amor adotivo pulsar em nossos corações de uma forma revo-lucionária, sem limites para o amor incondicional ao qual fomos chamados por Deus a essa missão, como centenas de Pais que agora partilham conosco deste mesmo amor, conscientização e solidarie-dade.

A Proposta da Formação de um Grupo de Apoio à Adoção em Resende, Privado, sem fins Políticos, Lucrativos e Religiosos, foi partilhada com pais adotivos, amigos, preten-dentes a adoção e apresentada em novembro de 2013, a Co-ordenação do Núcleo Jurídico da Universidade Estácio de Sá (Resende) e as Profissionais da 2a Vara de Infância, Juven-tude e do Idoso da Comarca de Resende, que nos deram total apoio para a inicio do GRUPO

e a esse ENCONTRO.Nossos Encontros já acon-

tecem no 3o Sábado do mês, às 19h, no Espaço do Salão de Festas da Escolinha de Futebol Rei da Bola. Espaço cedido gratuitamente pela Família do Dr. Vilmar Salles. No Primeiro momento um tema, no segun-do uma Roda de Conversa e Troca de Experiências, sempre com a presença de Profissio-nais da 2a Vara da Infância e Adolescência de Resende, Assistentes Sociais, Sra. Be-atriz e Sra. Rita e Psicólogas Sra. Márcia e Marina, além do Dr. Vilmar Salles, do Núcleo de Assistência Jurídica da Universidade Estácio de Sá, que nos dão esse apoio e são parceiros fundamentais para a divulgação dessa nova Cultura da Adoção.

Estamos tendo a presença de Pessoas e Casais de Porto Real, Quatis e pelo Facebook, de outras Cidades Paulistas.”

Penedo vaza Mais uma vez a saga do vaza-mento de água da Av. Penedo continua sendo manchete dos noticiários. A Tv Rio Sul fez uma nova matéria (foto) sobre o problema que há um mês vem incomodando os moradores da Colônia Finlandesa. A Prefeitu-ra já consertou 2 vezes o vaza-mento, mas o mesmo insiste em retornar.

A Prefeitura de Itatiaia deu um “bolo” na equipe de reporta-gem e não enviou um represen-tante para esclarecer o assunto ao vivo no Jornal, se limitando a encaminhar uma nota onde afirma que vai abrir licitação para contratar um empresa para executar o serviço. Não há prazo para a licitação e nem para a execução do serviço. E água continuará vazando, sendo desperdiçada!

Fala sério pra que temos uma Secretaria de Obras, com funcionários competentes? Será que não sabem nem emendar um cano e sanar um vazamento de água? Será que é mais barato contratar uma empresa do que comprar o material adequado para a realização do serviço?

Onde estão os Vereadores dessa cidade que não fiscalizam isso? Depois vão bater na nossa porta pedindo voto! Tá uma vergonha isso!!!

Jorge Botelho

Não sou muito chegado a estas modernidades, mas outro dia meu neto mostrou para mim um smar-tfone. Fiquei muito impressionado com aquela maravilha que diferente do ditado popular, também fala. Foi então que ele me mostrou a tal rede social.

Muito animado me falava a respei-to dessa nova maravilha das relações virtuais e ainda a possibilidade de conexão imediata com grupos de interesse comuns. Disse (e mostrou) que até aqui em Resende existiam grupos que tratavam de política local. Comecei a ler o conteúdo de uns dois ou três grupos. Em seguida explicou-me a respeito da mecânica das postagens e comentários. Curti. Em um deles, lendo as postagens, percebi uma profusão de lixo ideo-lógico.

Uma discussão que não caberia nem no século XIX, onde havia até sentido este debate. Um festival de besteiras sem o menor fundamen-to. Até uma postagem sobre Carlos Mariguella estava lá. Não vi muito de Resende ali, embora democrá-tico mas parecia uma infantil briga de torcidas, com fatos distorcidos e especulação. Em destaque, uma defesa ensandecida por partidários do PT a favor de criminosos flagra-dos em recentes operações policiais e condenados pela justiça. Uma evidente tentativa de manipulação da opinião.

Fiquei imaginando uma turma assim exercendo o tal controle social da mídia. É capaz de reescreverem a história. E quem irá contestar? Afinal está na Internet. Em outros vi várias publicações sobre a cidade, menos ideologia, mas pragmatismo. Interessante foi ver alguns nomea-dos em cargos políticos exercendo o seu direito de defender o pão deles de cada dia. Percebi que, para estes, o importante é defender o indefen-sável e promover o trabalho que é o mínimo que um governo deveria fazer. Quanto às publicações, fui vendo referência a ações judiciais, processos, denúncias de uso eleito-ral das nomeações... Tudo ali, preto no branco, para quem quiser ver. Inclusive com acesso direto a sites oficiais com mais conteúdo e docu-mentos, ou seja, quem quiser pode se informar a vontade.

Foi então vi alguns nomes estranhos, postagens sobre denún-cias. Meu neto disse que aqueles eram perfis falsos (fakes) e que não deveríamos dar muita atenção, pois não tinham coragem de se mostrar. Li com atenção algumas publicações destes tais “fakes” e percebi que realmente em alguns casos o que denunciavam atingia diretamente o governo e alguns membros do poder municipal, porém nada que não pudesse ser apurado, confirmado ou desmentido. Então entendi o porquê do anonimato, é que com a turma do poder se bater de frente....

Otanes Solon

Se bater de frente é tiro, porrada e bomba

Contraponto

Uma solução do problema da água em Penedo e Martinelli depende de obras na captação do Rio Bonito, na Fazenda da Serra, incluindo outra adutora. A atual é sangrada pelos moradores e até por concretei-ras, como a Rochamix. Mas enquanto não houver men-suração do consumo, o desperdício não cessará, e as verbas para reformas na antiga rede ficarão gravadas mais pela irresponsabili-dade do uso do que pela incompe-tência dos gestores. MCB

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De Norte a Sul vivas ao golpe (contra-golpe) - “Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade [...] Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando--a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas.” Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 1º de abril de 1964

“Multidões em júbilo na Praça da Liberdade. Ovaciona-dos o governador do estado e chefes militares. O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas [...], formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade.” O Estado de Minas – Belo Horizonte – 2 de abril de 1964

Carnaval nas ruas. “A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento.” O Dia – Rio de Janeiro – 2/4/1964.

Escorraçado.“Escorraçado, amordaçado e acovarda-do, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o senhor João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas. Um dos maiores gatunos que a história brasileira já registrou, o senhor João Goulart passa outra vez à história, agora também como um dos grandes covardes que ela já conhe-ceu.” Tribuna da Imprensa – Rio de Janeiro – 2/4/1964.

A paz alcançada.“A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil.” O Povo – Fortaleza – 3 de abril de 1964

“Quem quisesse preparar um Brasil nitidamente comunista não agiria de maneira tão fulminante quanto a do senhor João Goulart a partir do comício de 13 de março [...]”Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 31 de março de 1964

Meio SéculoTrinta e um de março de 1964 é uma data históri-ca. Interpretá-la cabe a historiadores, em pesquisa isenta, incluindo-se os testemunhos de quem a viveu. Como eu.

O povo enfrentava carestia. Havia ameaças à propriedade privada.

Quem procurava informar-se via a tensão aumen-tar. Ninguém acenava com medida corretiva. João Goulart, então presidente da República, no comício da Central do Brasil, a 13 de março, acendeu uma fogueira.

Embalou a facção governista e seus apoios sindi-cais e populares para a guinada à extrema esquer-da há muito esperada. Em contrapartida, a mídia reagiu, cobrando atitude das Forças Armadas. No meio político, expectativa, sem planejamento de ação colegiada. No militar, o legalismo começava a dar lugar à necessidade de reação.

Em São Paulo, a iniciativa foi das mulheres. Em impressionante convocação boca a boca, a Cam-panha da Mulher pela Democracia promoveu, em 19 de março, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Oitocentas mil pessoas em massa com-pacta, caminhando pelas ruas da cidade.

Castello Branco, então chefe do Estado-Maior do Exército, decidiu-se, em 20 de março, por expedir um documento no qual dizia “serem evidentes duas ameaças”: “O advento de uma Constituinte para reformas de base e agitações generalizadas do CGT (Comando Geral dos Trabalhadores). A ambiciona-da Constituinte é um objetivo revolucionário pela violência. Para talvez submeter a Nação ao comu-nismo de Moscou? Isto sim é que seria antipátria, antinação e antipovo. Não, as Forças Armadas não

podem atraiçoar o Brasil.” Provocou impacto. Os militares, em maioria, incorporaram a lição.

Em 25 de março, marinheiros se revoltaram e entraram em greve. Em decisão política, foram imediatamente anistiados. Era a desmoralização da autoridade militar.

Em 30 de março, o Presidente Goulart compare-ceu a uma assembleia do Clube dos Subtenentes e Sargentos. Após ouvir discursos que punham em cheque a hierarquia, usou a palavra para, ele mes-mo, promover e apoiar a indisciplina.

Foi a gota que faltava para transbordar o cálice de fel acumulado com tantos desmandos. No dia seguinte, a tropa de Minas Gerais antecipou-se ao planejamento para pressionar militarmente o go-verno. Com apoio do Governador Magalhães Pinto, marchou para o Rio de Janeiro, decidida a depor o governo. Era o desembocar da contrarrevolucão e o abandono do cargo por Goulart.

Seguiu-se a indicação de Castello Branco para a Presidência da República. Eleito com 361 dos 388 votos pelo Colégio Eleitoral formado no Congresso, foi empossado em 15 de abril. Era hora de recom-por a ordem.

Os Comandantes militares haviam editado ato institucional pelo qual assumiam autoridade revo-lucionária sobre os destinos da nação. O Presidente eleito revelou liderança. Voltou-se a executar o plano de governo, auxiliado por renomados colabo-radores. Criados o Banco Central, o Banco Nacional de Habitação, o Estatuto da Terra, o Instituto de Reforma Agrária e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Unificados os institutos de Previdência Social.

Cinquenta anos se passaram. Pessoas maduras à época, ainda lúcidas, têm gravado na memória o que viram, sentiram e como reagiram. Que os historiadores as consultem.

O artigo que publicamos a seguir foi escrito pelo General da reserva, Armando Luiz Malan de Pai-va Chaves, 86, testemunha dos eventos de 1964. Como introdução, excertos de reportagens de 64.

Publicado na Folha de São Paulo, 27/3/2014

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Abril de 2014 - O Ponte Velha - 7

Compaixão da Virgem na morte do filhoJosé de Anchieta

Por que ao profundo sono, alma, tu te abandonas,e em pesado dormir, tão fundo assim ressonas?

Não te move a aflição dessa mãe toda em pranto,que a morte tão cruel do filho chora tanto?

O seio que de dor amargado esmorece,ao ver, ali presente, as chagas que padece?

[...]Vê como larga chaga abre o peito, e deságuamisturado com sangue um rio todo d’água.

Se o não sabes, a mãe dolorosa reclamapara si quanto vês sofrer ao filho que ama.

Pois quanto ele aguentou em seu corpo desfeito,tanto suporta a mãe no compassivo peito.

[...]Procura a boa mãe, e a seu pranto sossega,se acaso ainda aflita às lágrimas se entrega.Mas se essa imensa dor tal consolo invalida,

porque a morte matou a vida à sua vida,ao menos chorarás todo o teu latrocínio,

que foi toda a razão do horrível assassínio.Mas onde te arrastou, mãe, borrasca tão forte?

que terra te acolheu a prantear tal morte?Ouvirá teu gemido e lamento a colina,

em que de ossos mortais a terra podre mina?Sofres acaso tu junto à planta do odor,

em que pendeu Jesus, em que pendeu o amor?[...]

Além do árduo trabalho de inculturação da fé, a sua contribuição literária foi fundamental, lançan-do as bases da poesia lírica e épica no Brasil, além dos sermões, cartas e uma gramática tupi-guarani, a língua mais falada naquela época na costa do país. Sua obra soma-se a de outros que procuraram narrar em cartas os aspectos etnológicos, etológi-cos e históricos no início do processo de coloni-zação, como Pero Vaz de Caminha, Pedro Lopes de Souza, Hans Staden, André Thévet, Jean de Léry, Pedro de Magalhães Gândavo, entre outros. A carta escrita por José de Anchieta em 1560 tem um papel relevante para os primórdios da chama-da biogeografia brasileira. Neste relato, aparece a riqueza e o uso da biodiversidade pelos povos nativos, revelando também aspectos etológicos de alguns animais.

Chama a atenção, a preocupação de Anchieta em mostrar a visão integradora do homem com a fau-na e com a flora, agregando informações sobre os fenômenos climáticos. A sua maneira holística de olhar a realidade antropológica, etnológica, teoló-gica e ambiental integradamente é uma referência para o nosso mundo atual, carente de uma visão mais sistêmica da realidade socioambiental.

Anchieta, “Apóstolo do Brasil e taumaturgo do Novo Mundo” Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva (1865-1939)

(Do poema ”De Beata Virgine Matre Dei Maria”, escrito durante a Semana Santa no Cativeiro de Iperoig - 1563)

O poema de Anchieta. Óleo de Benedito Calixto de Jesus

A visão missionária de Anchieta vai além de seu tempo, deixando um legado religioso e cultural para a História do Brasil, ainda hoje reconhecido por muitos intelectuais e historiadores de nosso país. É difícil, em poucas palavras, expressar a riqueza desse legado, sobretudo quando este se estende desde o campo da literatura, da poesia, da antropologia e dramaturgia, chegando até os primórdios da biogeografia brasileira.

Sem nenhuma intenção de proselitismo, não podemos deixar de reconhecer a grande contri-buição deste homem, considerado um ícone da evangelização nos primórdios das raízes de nossa brasilidade.

Estar ligado à fundação das duas maiores ci-dades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, não é algo trivial, pois isto supõe capacidade de dialogar, de aceitar diferenças, de ser inovador, de romper barreiras religiosas e culturais, de integrar culturas distintas e, extraordinariamente, de entregar sua vida por uma causa mais nobre, sem pretensões de poder, benefício próprio ou ambições econômicas.

Padre Josafá Carlos de Siqueira, SJ, “Anchieta, muito além dos milagres”, in O Globo, 2/4/2014 - adaptado

Anchieta, Cientista e Humanista

Mas, inda vives tu, morto Deus, tua vida?e não foste arrastada em morte parecida?

E como é que, ao morrer, não roubou teus sentidos,se sempre uma alma só reteve os dois unidos?Não puderas, confesso, agüentar mal tamanho,

se não te sustentasse amor assim estranho;se não te erguesse o filho em seu válido busto,

deixando-te mais dor ao coração robusto.Vives ainda, ó mãe, p’ra sofrer mais canseira:já te envolve no mar uma onda derradeira.

Esconde, mãe, o rosto e o olhar no regaço:eis que a lança a vibrar voa no leve espaço.Rasga o sagrado peito a teu filho já morto,fincando-se a tremer no coração absorto.

[...]Ó rosa a trescalar santo odor que embriaga!

Jóia com que no céu o pobre um trono paga!Doce ninho no qual pombas põem seus ovinhos

e casta rola nutre os tenros filhotinhos!Ó chaga que és rubi de ornamento e esplendor,

cravas os peitos bons de divinal amor!Ó ferida a ferir corações de imprevisto,abres estrada larga ao coração de Cristo!

Prova do estranho amor, que nos força à unidade!Porto a que se recolhe a barca em tempestade!Refugiam-se a ti os que o mau pisa e afronta:

mas tu a todo o mal és medicina pronta!Quem se verga em tristeza, em consolo se alarga:

por ti, depõe do peito a dura sobrecarga!Por ti, o pecador, firme em sua esperança,

sem temor, chega ao lar da bem-aventurança!Ó morada de paz! sempre viva cisternada torrente que jorra até a vida eterna!

Esta ferida, ó mãe, só se abriu em teu peito:quem a sofre és tu só, só tu lhe tens direito.Que nesse peito aberto eu me possa meter,

possa no coração de meu Senhor viver!

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8 - O Ponte Velha - Abril de 2014

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Maiada,viu o calendário? 18, dia

do livro, 19, dia do índio, 21, Tiradentes, 23, São Jorge, e tudo na Semana Santa... O brasileiro

é um feriado?

Feira de livros é oportunidade raraLivros a preços promocionais estão à venda em uma feira rea-lizada no Shopping PátioMix, que conta com publicações a partir de R$ 5,00. A atração oferece clássi-cos da literatura e obras contem-porâneas, além de best sellers, biografias e livros voltados para o público infantil e juvenil. A feira segue até 4 de maio e está montada na entrada princi-pal do shopping. O PátioMix fun-ciona de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14 às 20h.

Mostra relembra Virgínia LaneEncontra-se aberta a

exposição em homenagem à ex-vedete Virgínia Lane (1920-2014), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, até 30 de abril, no Espaço Z, na Avenida Gustavo Jardim, s/nº, no Centro, ao lado da Rodoviária Velha.

Promoção da Fundação Casa da Cultura Macedo Mi-randa (FCCMM) e da Casa de Cultura de Piraí.

Vestibular CEDERJEstão abertas as inscrições para o vestibular do Centro de Educação

Superior do Estado do Rio de Janeiro (Cederj). São 6 mil e novecentas vagas disponíveis para polos educacionais

na região sul do estado, distribuídos em Angra dos Reis, Barra do Piraí, Miguel Pereira, Paracambi, Resende, Rio das Flores, Três Rios e Volta Redonda.

As inscrições são feitas pela internet, até o dia 11 de maio, devendo--se optar pelas áreas Humanas, Exatas ou Tecnológicas. A prova será realizada no dia 7 de junho. (http://cederj.edu.br/vestibular/)

Os dois modelos a serem fabricados em Resende são a atualização do hatch compac-to March, que passa a se chamar de New March (foto), e o sedã Versa, que chegou ao Brasil no fim de 2011. O Rio foi escolhido para sediar a fábrica por causa do incentivo fiscal. Declarou o Diretor Executivo da Nissan, Carlos Goshn:

“Acompanhei de perto toda a evolução. Imagina que tudo foi construído em 36 meses, tempo recorde. Trata-se de uma visão de muito trabalho de muitas pessoas. Atualmente o Brasil possui uma relação de 175 veículos para cada mil habitantes, proporção ainda pequena em comparação com Estados Unidos e Europa. Por isso, investimos para construir um complexo industrial completo.”

A Nissan, montadora japonesa de au-tomóveis, inaugurou, na manhã do dia 15/4, a sua fábrica em Resende, com presença do governador Pezão. Com um investimento de R$ 2,6 bilhões, a unidade produzirá 200 mil carros por ano e pretende gerar 2 mil empregos diretos e indiretos.

Foto: Cristiane Cardoso/ G1

Nissan a toda velocidade

ContrapontoA instalação da Nissan em Resende foi marcada por debates com os setores da sociedade pre-ocupados com a sustentabilidade e preservação do patrimônio ambiental.

O foco das discussões foi a degradação da Lagoa da Turfeira, importante nicho ecológico que estaria sendo impactado pela construção da fábrica.

Com uma área de 700.000 m2, a lagoa tem vasta biodiversidade, (Vejam o Tricolino da foto). Ano passado, a procuradora Izabella Brant, do Ministério Público Federal, disse que ali se instalaria uma Unidade de Conservação. Dia 4 último, foi firmado um Ter-mo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Nissan.

Foto: Bruno R

ennó

Remo Rocha

O ator resendense Remo Rocha, 49, após o sucesso do filme “Teus olhos meus”, de Caio Soh, integra o elenco da novela “Em Família”, interpretando Mauro.De família de Engenheiro Passos, Remo fez jornalismo na UBM e estudou teatro na Martins Pena. Tem atuado como mode-lo e em várias minisséries e novelas.

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Abril de 2014 - O Ponte Velha - 9

Marcos Cotrim

Gecilda GioiaFONOAUDIÓLOGACRFa 2728 RJ

Pós-graduada em Magistério do Ensino SuperiorEspecialista em voz

Av. Saturnino Braga, 369 sala 311 Resende Shopping - Tel. (24) 3354-2041

Criança: Uma pérola perdida entre tantos executivosAfinal de contas, quem são

essas crianças miniaturas? São pérolas perdidas entre outros executivos? Sujeitos que nos fa-zem pensar, refletir a educação, buscar um novo olhar em prol das “pérolas em miniatura”?

Em meu longo tempo de tra-balho em escolas, venho perce-bendo mudanças na quantidade de atividades das crianças em geral. Atualmente, se olharmos com cuidado, vemos pérolas ocupando o espaço das escolas, dos colégios, jorrando alegria, fazendo arte, produzindo alga-zarras. Lembrando Nietzsche, “(...) Inocência é a criança, e esquecimento; um novo come-ço, um jogo, uma roda que gira por si mesma, um movimento inicial, um sagrado dizer sim”. É uma figura do acontecimento. É um presente voltado para a ludicidade, para a sensibilidade, para o amor e para a vida.

Entretanto, algumas crianças não são alegres, permanecem no silêncio e mais perceptivas à sen-sibilidade do ambiente, que urge o acolhimento do professor e/ou dos pais. Crianças que apre-sentam aparência diferente, o que nos preocupa. Toda criança possui a sua individualidade, o seu jeito de ser, a sua perversão, a manipulação quando deseja algo e não é atendida pelos que a cercam. Não se pode perder de vista que todo sujeito faz par-te da sociedade e precisa ser res-guardado e trabalhado em suas dimensões cognitiva, emocional e social. Não se pode deixar de enxergar que a criança nos dias atuais está sendo padronizada, como se fosse um ser “acabado”, sem características próprias de cada sociedade e de cada ambien-te e/ou contexto histórico social.

É necessário não perder de vista que ao falar em crian-ça, Rosamilha(1979) diz: “A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a realizar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Entendemos ser um alerta perceber que o brin-car ajuda a criança a se situar melhor no mundo dos adultos; possibilita resolver os fatos que possam surgir no espaço que a cerca.

A brincadeira desenvolve na criança a criatividade, a sociali-zação; ao mesmo tempo, pro-porciona descobertas incríveis e trocas entre os coleguinhas.

Entendemos que quase sem-pre a criança aguça os adultos a interagirem no seu espaço social, e adaptar a pérola ao mundo lúdico. O adulto, ao brincar e interagir melhor com a criança, consegue fazer parte do universo infantil e girar em torno da alegria e do prazer de viver, como se fosse a magia do afeto, do amor, do carinho que desperta a imaginação, a concentração, e fortalece a autoconfiança do sujeito que circunda o ser-pérola e não criança-executiva perdida. Para que a criança ‘pérola’ se

desenvolva, é aconselhável atentar para a criança como um ser em desenvolvimento, que precisa ser amada, respeitada. Ressaltamos que cada um traz sua pré-história, características próprias, sua vivência modal que é natural ao crescimento, principalmente quando desco-bre por si próprio o caminho que procura percorrer.

Assim, comportamentos, linguagens, atitudes e até os desejos das crianças contempo-râneas parecem mais voltados à vida adulta. Nos estudos educacionais, em geral, reforça--se a ideia de que a criança não é um adulto em miniatura, e, portanto, sua educação deve ser diferente, respeitando seu desenvolvimento, suas caracte-rísticas próprias de pensar. As atividades, o ambiente, o que é permitido ou não a criança presenciar, estava ligado ao fato das diferenças entre a infância e a vida adulta.

Vemos também as crianças colocando atividades para preencher o dia, e até uma forte tendência de considerar o tem-po integral na escola como ideal de boa qualidade na educação. Nesse prisma, ser educador, no cotidiano e na sociedade, é o grande desafio. Cremos que nomomento de turbulências e situações diversas, o contexto educativo exige compromisso social e político, ética, amor, motivação para desenvolver as ações, as atividades lúdicas com as ‘Crianças Perolas’ com deter-minação, respeitando a essência e a beleza de cada um, que é ser criança.

Vera Lúcia da Silva Almeida (Professora, Mestre em Educação).

A tortura da memória1) No princípio era o óbvio A história social do conheci-mento ensina que sua produção, ensino e divulgação são atos políticos. Ainda que o pensador ou pesquisador possua uma rela-ção desinteressada com o saber e a verdade, o resultado de seu labor será sempre um “produto” social, marcado pelo jogo de poder.

A propaganda e as estratégias de domínio lidam com este fato. O que as coisas, os indivíduos ou as instituições significam é uma construção retórica. E faz parte dela, a história. Na pauta histórica, se constróem e des-constróem mitos, heróis etc. na medida em que são geradas e divulgadas representações sociais de fatos, pessoas, épocas.

Processos de difamação de grupos, vitimização de minorias e legitimação de discursos são fruto, expontâneo ou intencio-nado, de técnicas de edição da informação, que elegem o que será publicado, suprimido, exal-tado ou degradado.

Com o tempo e a intensida-de da exposição na mídia (por exemplo, em novelas e livros escolares), cria-se uma cultura, uma ordem de valores, que tende a ser “naturalizada”, incorporada como costume, aparecendo à consciência como algo eticamen-te neutro, logo (?!) “democráti-co”.

Essa ditadura do pensamento único se camufla nos processos de in-comunicação, cooptando professores e jornalistas, pais e líderes religiosos, cuja razão naufraga em estereótipos.

2) A gaiola de ouro A vitimização de índios, qui--lombolas, homossexuais, me- nores infratores ou trabalha-dores, cotistas, domésticas ou pobres, enquanto se lincha a imagem pública dos militares, segue esse padrão de reinven-tar a história.

A ordem autoritária, que manipula a ideia de “estado de direito”, sabe mobilizar a mas-sa de ressentidos, e bloquear de antemão qualquer réplica, chamando-a de “preconceito”. Já circulam kits-cidadania com o perfil: toda “vítima” é irrespon-sável, credora eterna da sociedade injusta, e tem licença para matar, roubar, difamar, invadir, e será tutelada pelo Estado.

Há uma revolução em curso, promovendo psicopatas de ocasião, protegidos pela crença “religiosa” de que todos os homens são bons e iguais, bastando a lei e uma ética laica para governá-los.

Com essa elite fajuta que temos aqui, a formar opinião e re-contar a história, qualquer juízo crítico perde eficácia por colidir com a desinformação, que não mais relaciona polí-tica e virtude, prosperidade e mérito, progresso e qualidade. É a tortura da memória.

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Governo de São Paulo define novos horários para

“xavecação” e “mão-boba” nos transportes públicos

Com a polêmica do recente comercial, transmitido pela Rádio Transamérica, em que o locutor afirma que “no horário de pico, é normal a lotação de trens e metrôs, e que até gosta disso por ser bom para xavecar a mulhera-da”, o Governo do Estado de São Paulo resolveu mudar as regras e horários para se “chegar junto” às mulheres. A xavecação, agora, só poderá ocorrer nos horários de 9 da manhã ao meio dia, e das 13 às 17 horas. Mão-boba será per-mitida apenas na hora do almoço (meio-dia às 13 horas) e após as 23 horas, e somente seios e nádegas estão liberados, nada de coxas e barrigas.

Mulheres da terceira idade (aci-ma de 60 anos) terão a preferên-cia para ser apertadas. As novas regras passam a valer já na semana de vem. O governador do estado, Geraldo Alckmin, disse estar esperançoso que finalmente possa haver ordem na questão das paqueras e apalpamentos, e que cumpre, então, uma promes-sa de campanha.

Após a publicação dos resul-tados da pesquisa pelo eficiente Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo a qual 65,1% dos brasileiros concordam inteiramente ou parcialmente com a frase “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” (dados posteriormente corrigidos para 26%), Alckmin espera ter um bom embasamento para as mudanças realizadas nos transportes públi-cos. Ele também informou, por conversa telefônica com o redator do Ponte, que anda pensando

em adotar a ideia iraquiana de casamento de meninas de 9 anos e o estupro conjugal, ações que podem render-lhe a reeleição. É o Governo do Estado de São Paulo no caminho certo para acabar com essa bobagem politicamente correta de igualdade e respeito entre homens e mulheres.

Depois de Pasadena, Petro-brás deverá adquirir algumas refinarias em países árabes

Devido ao sucesso no históri-co de negociatas da Petrobrás, que em muito vêm favorecendo os cofres públicos brasileiros e internacionais, a estatal está pensando em expandir os negócios, adquirindo algumas refinarias na Arábia Saudita, no Kuwait e no Irã. Não bastassem os benefícios que o Pré-Sal irá gerar para o povo brasileiro, dez a doze novas aquisições deverão elevar os lucros da empresa a níveis estratosféricos. Em 2006, com a anuência da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, adquiriu pelo módico valor de 360 milhões de dólares (com uma pe-quena diferença de 317 milhões de dólares pelo que a empresa belga Astra Oil havia pago no ano anterior, 43 milhões de dólares) a metade de uma refinaria em Pasadena, no estado americano do Texas.

Em 2012, precisou dar uma in-teirada, para comprar a outra me-tade, de pequeniníssima diferen-ça de 1,2 bilhões de dólares, uma grande ajuda para a enfraquecida economia americana, ajuda essa que faz a grana circular no planeta, gerando mais empregos e menos desigualdades. A muito religiosa presidente da Petrobrás, que não é Ave Maria mas é cheia de Graça, fez até uma citação bíblica de que “não ficará pedra

sobre pedra” (parodiando Mar-cos 13:2) na questão de saber os detalhes da compra, da qual ela nada sabia esse tempo todo, se realmente a compra foi boa para o país, se o pessoal que participou está satisfeito, se tem bastante petróleo nessa tal de Pasadena e, principalmente, se algum cowboy texano corajoso irá pedi-la em casamento.

No mês que vem, um dos diretores comerciais da empresa, após uma rápida peregrinação à Meca, deverá participar do leilão de uma das refinarias sauditas, os quais costumam ter lances iniciais de venda de uns 10 milhões de dólares, mas que a Petrobrás está disposta a pagar até uns cinco bilhões de dólares. É a Petrobrás S.A. no caminho certo dos lucros que ajudarão o crescimento do PIB brasileiro e o desenvolvimento do país.

Com Pezão no Rio de Janeiro, as coisas devem finalmente começar a andar no estado

E uma ótima notícia foi dada no último dia 4 de abril, quando Pezão assumiu o governo do Rio de Janeiro. A esperança, agora, é

que a caminhada seja de muitas vitórias para o povo do estado.

Pezão, nascido nos sopés dos Himalaias, numa família de Yetis, teve uma infância muito humilde. Seu avô, o Abominável Homem das Neves, pediu então um dinheiro emprestado ao primo canadense Pé Grande para poder enviá-lo para a América do Sul e tentar subir na vida. O dinheiro deu apenas para pagar uma vaga escondida em um contêiner de sapatilhas indianas de um navio que iria atracar no Brasil. Tentou a vida inicialmente numa peque-na cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, trabalhando de vendedor numa sapataria, rapida-mente chegando a gerente desta. Também fazia bico de sapateiro nas horas vagas, bico este que lhe rendia um bom dinheirinho por fora.

Agora, no mais alto cargo do segundo estado mais rico do país, ele pretende botar os pés no chão e as mãos na grana, quer dizer, as mãos à obra. É, certamente, uma longa caminha-da para o sucesso de tão bons projetos em andamento estado afora. Mas, como diz o ditado, uma longa caminhada começa

com um passo. E, melhor ain-da, se o passo for dado por um político que possua um avantajado membro, quer dizer, dois avanta-jados membros, no bom sentido, que possibilitem longas passadas. Seu antecessor, parente distante do descobridor do Brasil, ficou muito satisfeito em poder deixar o pepino, quer dizer, o cargo, para poder se lançar a voos mais altos que cheguem à capital nacional.

É o estado do Rio de Janeiro no caminho certo e com o número de calçado ideal para grandes realiza-ções sociais.

Flagrante Incrível!Krishna Simpson e a Índia Deitada (de pé, por primeira vez!) em cordial encontro com o abominável Pezão na inauguração da Estrada Parque

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Abril de 2014 - O Ponte Velha - 11

Posto AvenidaBob`s

Seu carro agradece e seu paladar tambémCREDIBILIDADE

Esta invocação é uma Prece MundialExpressa verdades essenciais.

Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como

forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada

frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.

A Grande Invocação

Desde o ponto de Luz na Mente de Deus,que aflua Luz às mentes dos homens.

Que a Luz desça à Terra.

Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens.

Que aquele que vem volte à Terra.

Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie

as pequenas vontades dos homens.O propósito que os Mestres conhecem

e a que servem.

Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra

o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra.

Unidade de Serviço para Educação IntegralAv. Nova Resende, 320 – sala 204

CEP: 27542-130 – Resende RJ – BrasilTels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065

Refletindo sobre 1964 frente à atual realidade brasileira - IIIE por fim observarmos que talvez

este clima de guerra social-urbana seja bom para ganhar dinheiro, seja na mídia, seja nos postos públicos de governo em todos os níveis, ou mesmo sendo empreendedor, como está na moda do neoliberalismo, montando uma rede de funerária com bolsa caixão/sepultura.

Está certo que se conquistaram muitas coisas materiais, tanto nas obras dos governos de 1964 bem como nos benefícios e bolsas dos governos mais atuais, mas um país se faz com gente, e gente viva, saudável, educada e de resto tudo é consequência. Hoje não adian-ta ficar perguntando quem mata mais Raid ...ou Rodox matou mais ... fato é que sem independência econômica e cultural, a autodeterminação permane-ce comprometida, revelando-se apenas formal, superficial, aparente, ilusória. Sem mudanças estruturais, pesam sobre o país, politicamente “independente”, as marcas de dependência econômica e cultural inculcada através da ideologia do colonialismo e do neocolonialismo, em que a sociedade brasileira permanece mergulhada.

E é do passado que ecoa em nossos ouvidos o famoso brado retumbante que infelizmente para muitos soa como apenas um bordão de livro de História e que ouso resgatar agora: “Independência ou Morte”, Brasil.

Muito embora, vários brasileiros por conta de gerações e gerações de governos, sejam eles civis ou militares, foram ou são totalmente dependentes da política e dos capitais estrangeiros, encontrem mais cedo do que deviam a morte e somente encontrarão a inde-pendência via ela mesma, se morte for

sinônimo de liberdade como algumas correntes religiosas acreditam num ato de apaziguamento da realidade social. Temos mesmo é que nos indignar com tudo isto de hoje, e entender que não há como mudar o passado, mas podemos ser agentes de um Brasil novo descen-te, que valorize sua cultura, história, e acima de tudo, a população, que sente que somente viemos trocando o nome da canga, mas os bois continuam os mesmos... “Eh, ôô, vida de gado, Povo marcado, ê Povo feliz ... Eh, ôô, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz” (Zê Ramalho – em Admirável Gado Novo).

Entendo que neste jogo de Poder deu 5 X 5; o povo não ganhou e pelo visto nunca ganhará, pois foram dez cabeças, dez formas de destinos, e agora, 50 anos depois, querer mudar o resultado do primeiro tempo perdido é demais...até porque não temos mais chefes militares para enfrentarem o time do “Gangste-rismo de Estado”. Enquanto isto fica mesmo a vontade das honras militares de Estado da turma de Resende à Exce-lentíssima.

Júlio Fidelis Soares

EDITAL

O presidente da Academia Resendense de História, no uso de suas atribui-ções regimentais, CONVOCA seus sócios para a Assembléia Geral Ordinária no dia 26 de abril, sábado, à Rua Raul Cotrim, 259, Centro, Itatiaia, às 16:00h com quórum de maioria, e às 16:30h com qualquer quórum, para deliberar sobre a seguinte pauta: 1) Relatório 2013; 2) Criação de novas Cadeiras; 3) Eleição de novos acadêmicos; 4) Perspectivas do ano acadêmico.

Marcos Cotrim de Barcellos

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12 - O Ponte Velha - Abril de 2014

Fala, Zé Leon

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Zé Leon

A gente aprende história nas escolas sempre seguindo a seguinte regra: O que, quando, onde e por quem. Tome-mos, por exemplo, o Descobrimento do Brasil. Qualquer nobre ou gentio sabe que foi descoberto em 22 de abril de 1.500, pelo bravo Almirante Pedro Ál-vares Cabral, uns dizem que por acaso, outros não, no sul da Bahia, na região de Porto Seguro, em plena Páscoa. Cabral deve ter tido a maior dificuldade de con-seguir hotel por lá. Afinal, Semana Santa, feriadão, Porto Seguro sempre lota.

Mas na escola não nos ensinam que para se chegar até o Brasil de 1.500, temos que voltar 500 anos e chegarmos na tomada de Constantinopla, pelos tur-cos, da necessidade de se descobrir um caminho marítimo para as Índias e de Vasco da Gama inventar uma manobra náutica chamada “volta ao mar”, para se distanciar da costa e garantir águas mais calmas e seguras para as caravelas, que eram verdadeiras cascas de ovo, e numa dessas manobras avistar algas e gaivotas, típicas de presença de terras próximas. Quando orientou o Cabral sobre essa manobra, incentivou-o a seguir um pou-co mais a Oeste e Cabral aporta na Ilha de Vera Cruz. Mas aí é outra história.

Esse preâmbulo enorme é só pra lembrar que um fato marcante do Brasil pré-golpe foi a Campanha da Legalidade.

Quando o Jânio Quadros renuncia em fevereiro de 1961, Jango estava em visita oficial à China Popular. Imediatamente, um grupo de generais, liderados pelo ge-neral Golbery do Couto e Silva, lançam o “Manifesto dos Generais”, que propu-nha a figura inexistente na Constituição de exonerar o Vice Presidente. Nessa época o povo elegia não só o presidente, como o vice, em votações separadas, e João Goulart havia tido mais votos que o Jânio.

Mas os generais, e o poder econômico, e os americanos, que já tinha horror ao Jango que, como ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, já havia elaborado a lei de remessa de lucros e dobrado o valor do salário mínimo, não contavam com a astúcia e a coragem do governa-dor do Rio Grande do

Sul, Leonel Brizola, um líder diferente, numa época que se governava com as práticas coronelistas do nordeste.

Ele simplesmente confisca a rádio Guaíba, conclama o povo a ir as ruas, distribui mais de 30 mil armas, e sob a ameaça de bombardeio ao palácio Pirati-ní, ele consegue que sargentos e tenentes da aeronáutica esvaziassem os pneus das aeronaves.

Mas somente com o apoio do General Comandante do Terceiro Exército, Gal. Machado Lopes, que garante ao gover-nador defender a constituição do Brasil e garantir a posse do vice presidente, que a Campanha da Legalidade se torna vitoriosa.

Tancredo Neves é mandado para Porto Alegre negociar um acordo, é implantado o parlamentarismo no Brasil Jango toma posse como chefe de estado, mas não chefe de governo, situação que perdura até 1963, quando um plebiscito restabelece os poderes presidencialistas ao João Goulart.

O resto da história todo mundo co-nhece.

Dizem alguns historiadores que, se o Getúlio não tivesse se suicidado em 1954, o golpe militar teria sido dado dez anos antes de 64. Mas isso também é uma outra história.

O contra do contraponto

“O golpe militar de 1964 foi o marco zero de um período que mudaria a histó-ria do país. Começou festejado nas ruas, virou ditadura e inventou o Brasil gran-de. Criou raízes nos porões da tortura e produziu 362 mortos e desaparecidos em 21 anos. Não há como entender a nação de hoje sem passar por ele. Cin-quenta anos depois, o golpe de 64 não é apenas um retrato na parede”. ( O Globo – domingo – 30/3/2014)

Cantinho de Porto Real

Cada vez eu me surpreendo mais com Porto Real. Fui ao aniversário da Banda Musical – 14 anos. Achei que encontra-ria uma fanfarra mais sofisticada quando dou de cara com uma mega banda, com vários instrumentos de sopro e percus-são, com um repertório sofisticado e um maestro super carismático.

Fui numa exposição de artes plásticas de alunos da escola Marina Graciane, de Bulhões, na sala de cultura. Porto Real tem uma sala de cultura.

Chegando lá, encontrei meninos e meninas cantando e tocando violão, e vários quadrinhos de 20x20, naif puro, cujo tema era natureza. Uma graça. Sur-preendente Porto Real.

Não sei que dia sai o Ponte de abril mas dia 18 espero ser surpreendido de novo: vou assistir uma encenação da Paixão de Cristo no bairro de Fátima que, segundo me contaram, são mais de 100 atores e figurantes participantes.

Brizola, Jango, Jânio e Golbery, quando o golpe começa a ser tramado 3 anos antes

Leonel Brizzola, João Goulart e Jânio Quadros

Bilhete por meio do qual o Presidente Jânio Quadros comunicou sua renúncia

Ao Congresso Nacional.Nesta data, e por êste instrumento, deixando com o Ministro da Justiça, as razões de meu ato, renuncio ao manda-to de Presidente da República.Brasília, 25.8.61 / JQuadros.