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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC – SP RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO CURRÍCULOS APOSTILADOS: O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO FRENTE AO NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL MESTRADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO SÃO PAULO 2011

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC – SP

RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO

CURRÍCULOS APOSTILADOS: O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO

FÍSICA DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FRENTE AO NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL

MESTRADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO

SÃO PAULO

2011

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RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO

CURRÍCULOS APOSTILADOS: O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FRENTE AO NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL

MESTRADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO

SÃO PAULO 2011

Dissertação apresentada à Banca da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação: Currículo, Linha de Pesquisa: Políticas Públicas e Reformas Educacionais e Curriculares, sob a orientação do Prof. Dr. Antônio Chizzotti.

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Branquinho, Rubens dos Santos Currículos Apostilados: o professor de Educação Física da escola pública do Estado de São Paulo frente ao novo paradigma educacional / Rubens dos Santos Branquinho – São Paulo: 2011. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Orientador: Prof. Dr. Antônio Chizzotti. 1. Currículos Apostilados 2. Educação Física 3. Autonomia Pedagógica

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AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares pela compreensão em relação às eternas ausências.

A Elisa por mais um exercício renúncia.

Aos meus colegas de turma 2009/2, colegas de disciplinas e de grupo de

estudos.

Aos meus colegas professores de Educação Física da Diretoria Regional de

Ensino Sul-02 pelo trabalho árduo de seu dia-a-dia que, no entanto não os

impossibilitou de contribuir com muito boa vontade e compreensão na realização das

entrevistas deste estudo sem as quais o mesmo não seria possível.

Ao querido Prof. Dr. Antônio Chizzotti pela condução, compreensão e

exemplos de humildade e dedicação ao ofício docente.

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RESUMO

Rubens dos Santos Branquinho

CURRÍCULOS APOSTILADOS: O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO FRENTE AO NOVO

PARADIGMA EDUCACIONAL

As mudanças no cenário econômico-mundial evidentes principalmente a partir

da década de 1970 acabaram por determinar reflexos nos diversos setores sociais

dentre estes a educação, considerada nesta nova ordem, setor estratégico para a

globalização do capital. Compactuando com os preceitos desta ordem

“mercadocrata” a Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo,

imbuída do espírito da “qualidade total”, prescreveu para as escolas que compõem

sua rede no ano de 2008 uma proposta curricular denominada “São Paulo, faz

escola”. Esta proposta entre outros aspectos concebe as escolas o papel de

executoras de um projeto elaborado por especialistas, externos à realidade escolar,

redefinindo o papel docente à condição de executores de tarefas prescritas. Este

estudo desenvolveu-se com o objetivo de descrever e analisar o posicionamento dos

professores de Educação Física frente à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”,

em seus aspectos positivos, negativos e a percepção destes professores frente a

autonomia pedagógica decorrentes da implementação desta proposta. Este estudo

coletou dados por meio de uma entrevista semi-estruturada composta por questões

abertas e fechadas, sendo os sujeitos deste estudo 21 professores de Educação

Física, que atuam nos níveis de Ensino Fundamental II e Ensino Médio, alocados na

Diretoria de Ensino Sul II na cidade de São Paulo, os dados foram tratados por meio

da técnica de análise de conteúdo, com eleição de categorias “a priori” e “a

posteriori”. Os resultados demonstraram perfis diversificados com relação à validade

da implementação desta Proposta, sendo as principais críticas referidas à mesma

sua desconexão com a realidade da escola no que diz respeito à realidade social

dos alunos, aspectos físicos e materiais da escola. O cerceamento à autonomia

pedagógica decorrente da implementação da Proposta situou-se como um problema

secundário o que pode vir a denotar certo conformismo/resignação em relação à

atual condição a esta categoria profissional ou mesmo inconsciência da condição de

precarização imposta à profissão docente por meio de políticas desta ordem.

Palavras-chave: Educação Física. Currículos Apostilados. Autonomia Pedagógica.

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ABSTRACT

Rubens dos Santos Branquinho

STANDARDS CURRICULUMS: THE TEACHER OF PHYSICAL EDUCATION OF

PUBLIC SCHOOL STATE OF SÃO PAULO TO FRONT NEW EDUCATIONAL

PARADIGM.

The changes in the world economic mainly from the 1970s eventually

determine reflexes in various social sectors among them education, considered in

this new order, strategic sector for the globalization of capital. Pact with the precepts

of this order “marketcratic” the State Department of Education of the State of São

Paulo, imbued with the spirit of “total quality”, prescribed for schools that make up its

network in 2008 a curriculum called “São Paulo, makes school”. This proposal

among other things the schools conceives the role of executing a project developed

by experts outside the school reality, redefining the role of teacher to the condition

prescribed task performers. This study was developed in order to describe and

analyze the placement of teachers in front of Physical Education Curriculum Proposal

“São Paulo, makes school”, in this aspects positives, negatives and perception of

teachers pedagogical autonomy ahead of implementing this proposal. This study

data through a semi-structured interview consisting of open and closed questions,

with the subjects in this study 21 Physical Education teachers who work in level II

Elementary and High School, allocated from the Board of Education in South II São

Paulo, the data were treated by the technique of content analysis, with the election of

categories before and after. The results showed various profiles of the validity of the

implementation of the Proposal, the main criticism being referred to the same

disconnection with the reality of the school with regard to the social situation of

students, physical and material aspects of the school. The restriction to the autonomy

of the operation of proposal stood as a secondary problem which may come denote a

certain conformism/resignation from the present condition of this professional

category of unconsciousness or even precarious condition imposed on the teaching

profession through politics of this order.

Keywords: Physical Education. Standards Curriculums. Pedagogical Autonomy.

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 Distribuição da faixa estaria dos sujeitos da pesquisa..... 64 Figura 2 Tempo de formação inicial dos sujeitos da pesquisa....... 65 Figura 3 Tempo de docência dos sujeitos da pesquisa.................. 66 Figura 4 Tempo de docência na escola pública do Estado de São

Paulo.................................................................................

67 Figura 5 Níveis de atuação no exercício da docência na escola

pública do Estado de São Paulo.......................................

68 Figura 6 Jornada de trabalho desenvolvida pelos professores

sujeitos da pesquisa na escola pública do estado de São Paulo.........................................................................

69 Figura 7 Registro de acúmulo de cargo pelos professores

sujeitos da pesquisa e sua instância................................

69 Figura 8 Carga horária total de trabalho docente desenvolvida

pelos professores sujeitos da pesquisa............................

70 Figura 9 Número de unidades escolares em que os professores

sujeitos da pesquisa desenvolve suas atividades docentes...........................................................................

71 Figura 10 Concepção de Educação Física adotada pelos

professores sujeitos da pesquisa.....................................

72 Figura 11 Registro de orientações para utilização da Proposta

Curricular “São Paulo faz escola” aos professores sujeitos da pesquisa.........................................................

74 Figura 12 Descrição do nível de utilização da Proposta Curricular

“São Paulo faz escola” pelos professores sujeitos da pesquisa............................................................................

75 Figura 13 Descrição da qualidade atribuída pelos professores

sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola................................................................................

77 Figura 14 Apontamento dos pontos positivos atribuídos pelos

professores sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”......................................................

80 Figura 15 Apontamento dos pontos negativos atribuídos pelos

professores sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”......................................................

83 Figura 16 Apontamento do nível de comprometimento à

autonomia pedagógica pelos professores sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”.......

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 09

PROBLEMA ............................................................................................ 13

OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................... 13

1 EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA ESCOLAR ........................................ 14

1.1 Aspectos históricos da Educação Física no Brasil .................................. 14

1.2 Educação Física: fundamentos epistemológicos da disciplina escolar . 17

1.3 Educação Física e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional . 23

2 PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SÃO PAULO .................. 26

2.1 O contexto da implantação ..................................................................... 26

2.2 Proposta Curricular do Estado de São Paulo: elementos constituintes . 27

2.3 A Educação Física na Proposta Curricular ............................................. 32

3 AUTONOMIA .......................................................................................... 36

3.1 Conceituando Autonomia ........................................................................ 36

3.2 Fundamentos da Autonomia Liberal ....................................................... 38

3.3 Autonomia e Educação ........................................................................... 39

4 RESISTÊNCIA EM EDUCAÇÃO ............................................................ 48

5 TRABALHO DOCENTE E ALIENAÇÃO ................................................. 53

5.1 Conceituando Trabalho ........................................................................... 54

5.2 Trabalho e alienação ............................................................................... 55

5.3 Trabalho docente alienado ...................................................................... 57

6 METODOLOGIA ..................................................................................... 59

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 64

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 89

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 92

ANEXOS ........................................................................................................... 101

Anexo A – Roteiro da Entrevista ............................................................. 102

Anexo B – Grade de Análise ................................................................... 105

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INTRODUÇÃO

A Educação Física e sua sistematização surgida da criação dos sistemas

nacionais de ensino típicos da sociedade dos séculos XVII e XIX encontrou

justificativa para sua inserção junto aos currículos escolares por constituir-se na

disciplina responsável por incutir junto aos educandos uma mentalidade submissa,

fisicamente apta ao trabalho e consciente dos hábitos de saúde e higiene.

O responsável por desenvolver a Educação Física neste momento se tratava

então de um indivíduo com formação militar que de posse da seqüência de

movimentos constituintes de um dos métodos ginásticos europeus, sendo o mais

utilizado o Método Francês, desenvolvia esta sessão junto aos alunos do sexo

masculino exclusivamente.

A Educação e a Educação Física como um dos seus elementos constituintes,

vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade,

sendo que estas transformações, estruturais, acabam por determinar

transformações nos atores que irão por em prática os novos papéis sociais que lhe

são reservados nestas novas conformações sociais.

Desta forma, a sociedade atual demanda a formação de indivíduos com um

perfil “indivíduo/trabalhador” mais flexível, polivalente, pró-ativo, capaz de adaptar-se

às mudanças tecnológicas em um ambiente cada vez mais individualista,

competitivo e regrado por índices associados ao novo “capital social” requerido.

Assim a Educação Física da atual Educação cumpre sua função não muito

diferente daquela observada quando do seu momento de inclusão nos currículos

escolares que é fornecer elementos à adaptação dos indivíduos à estrutura social,

partindo do “cidadão soldado” e chegando ao “cidadão “multifuncional”, o que vem

caracterizar uma educação atrelada as teorias reprodutivistas.

Ao se analisar as propostas curriculares oficiais em Educação Física nas

últimas décadas (SEE-SP, 1978; SEE-SP, 1991; SEE-SP, 1992; BRASIL, 1998;

SEE/CENP-SP, 2005) observam-se nítidas relações entre a produção acadêmica

vinculada a área e estas propostas, no entanto pouco tem se verificado de influência

destes elementos junto ao cotidiano e as práticas escolares. Este fato

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provavelmente reflete uma concepção pedagógica construída distante do espaço em

que se efetiva.

A falta de sintonia entre estes elementos tendo em vista sua necessária

relação, de modo a proporcionar uma educação que cumpra o papel que vai além da

adaptação dos indivíduos à estrutura social, talvez seja um dos indicadores do atual

estágio em que a educação pública se encontra.

A atual gestão pública da educação no Estado de São Paulo por meio da sua

Secretaria Estadual de Educação, coerente com os preceitos de sua ideologia

política, atrelando educação ao mercado, fez publicar não só diretrizes, mas o

currículo como um todo (conteúdos, metodologias, avaliação), além da criação de

mecanismos de controle sobre a aplicação de tal prescrição.

Observou-se então, sem ressalvas a oficialização de uma estrutura que

classifica os profissionais da educação entre aqueles com capacidade de produção

intelectual, representados pelos especialistas que confeccionam os currículos e

aqueles responsáveis pelo trabalho prático, os professores.

Este esvaziamento do trabalho docente traz consigo conseqüências que

tendem a tornar ainda mais evidente a perda de prestígio do profissional da

educação sendo reflexo deste fato, por exemplo, a Pedagogia e as Licenciaturas de

forma geral constituírem-se hoje em áreas com menor capacidade de sedução entre

os ingressantes do ensino superior (BORTOLOTI, 2010; SÁ BARRETO, 2010).

Conjuntamente a atual expropriação de prestígio social, esvai-se a identidade,

a identificação o reconhecer-se nas suas práticas e determinando em grande

medida o quadro alienação imposto a esta categoria.

Decorrente deste quadro a escola pública do Estado de São Paulo defronta-

se na atualidade com o cenário da educação atrelada a economia de mercado

guinando-se por parâmetros como uniformização de procedimentos, eficiência,

produtividade e competitividade.

A disciplina Educação Física que antes carecia de uma identidade definida

junto a Educação, agora sofre com a submissão a uma que lhe é imposta, que em

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alguma medida, pode não corresponder à aquela necessária ou adequada às

necessidades de realização do profissional e da unidade escolar e seus alunos.

Como o professor de Educação Física se posiciona frente ao quadro proposto

pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo?

Em que medida esta Proposta curricular atende as expectativas deste

profissional e da escola?

No intuito de esclarecer parte destas questões este estudo procurou levantar

junto aos professores de Educação Física sujeitos desta política elementos que

permitam observar o ponto de vista destes em relação a esta política de educação

de modo a subsidiar a reflexão sobre a confecção e implementação de propostas

curriculares.

Para fundamentar as discussões existentes neste estudo em um primeiro

momento procuramos caracterizar os diferentes perfis assumidos pela Educação

Física desde o início de sua inclusão dos currículos escolares brasileiros no final do

século XIX até os dias atuais.

Em um segundo momento realizou-se uma análise documental do currículo

de Educação Física aplicado atualmente nas escolas da rede pública do Estado de

São Paulo e suas possíveis relações com os modelos neoliberais de educação,

onde a proposta de trabalho formulada para os professores desta rede e

particularmente para o professor de Educação Física busca basicamente a formação

de um cidadão adaptável às demandas da sociedade no que diz respeito às

exigências do mercado.

Posteriormente realizou-se a análise da categoria autonomia pedagógica, o

significado da profissão docente, analisando-se o problema do profissionalismo no

ensino, situando essa questão no debate sobre a proletarização do professor tendo

como fundamentação para esta discussão autores como Marx, Contreras, Saviani,

Tardiff entre outros.

A autonomia pedagógica, em parte pode refletir-se na capacidade de resistir

às agruras do contexto em que a educação se desenvolve e/ou adaptar sua prática

pedagógica ao mesmo. Além deste aspecto a resistência pode ser reflexo da

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capacidade de opor-se a políticas educacionais que são impostas e se constituem

em elementos “alienígenas” ao contexto escolar. Esta capacidade de resistir a tais

circunstâncias foi analisada na perspectiva apresentada por Giroux, McLaren e

Saviani.

Discutiu-se posteriormente a questão da alienação situação cada vez mais

comum entre os profissionais submetidos a jornadas de trabalho cada vez mais

extenuantes que os impede de refletir sobre a própria prática e, sobretudo pelo fato

de não se identificar no produto do seu trabalho. Este aspecto foi discutido na

perspectiva marxista e as decorrências deste aspecto na educação por autores

como Silva e Gentili.

Para levantar a opinião dos professores foi realizado uma pesquisa de opinião

sobre a confecção e implementação da Proposta Curricular do estado de São Paulo,

sendo sujeito deste estudo vinte e um professores de Educação Física da Diretoria

de Ensino Sul 2 da cidade de São Paulo.

A análise das respostas foi realizada por meio da análise de conteúdo sendo

eleitas categorias “a priori” e “a posteriore” em relação à coleta dos dados onde se

procurou caracterizar o posicionamento destes professores frente à política

educacional a qual estão submetidos.

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O Problema:

Qual a percepção do professor de Educação Física da escola pública

estadual submetidos à Proposta Curricular “São Paulo, faz escola” em relação a um

possível cerceamento em sua autonomia pedagógica?

Objetivo Geral:

Descrever e analisar o posicionamento dos professores de Educação Física

frente à Proposta Curricular “São Paulo, faz escola” da Secretaria Estadual de

Educação com vistas a instrumentalização de um posicionamento crítico frentes à

políticas pública educacionais que contribuam à precarização profissional.

Objetivos Específicos:

Apontar os objetivos enunciados pelos professores e sua relação com o

trazido pela proposta curricular do Estado de São Paulo;

Apontar manifestações de resistência e suas justificativas frente à proposta

curricular do Estado de São Paulo;

Analisar a condição atribuída à autonomia pedagógica pelo professor de

Educação Física.

 

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1- EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA ESCOLAR

1.1 - Aspectos históricos da Educação Física no Brasil

A educação ao constituir-se como um direito das pessoas, capaz de atribuir-lhes a

possibilidade de emancipação e autonomia, observa-se que seu desenvolvimento na história

brasileira mostra que esta sempre se constituiu em uma política pública de interesse

secundário entre nossos mandatários.

O período imediatamente anterior à instituição do Brasil a condição de Império marca

a chegada da família real ao Brasil em 1808, observa-se a necessidade de estruturação da

colônia, que situada como colônia de exploração, carecia de toda a infra-estrura necessária

ao acolhimento da corte no Brasil.

Dentre estes serviços encontra-se a educação destinada a atender uma elite afeita

aos modos europeus, e aqui com a destituição da educação jesuítica pelo Marques de

Pombal, pouco se tinha de significativo nesta área. A demoninada “a ‘abertura dos portos’

além do significado comercial da expressão, significou a permissão dada aos ‘brasileiros’

(madeireiros de pau-brasil) de tomar consciência de que existia, no mundo, um fenômeno

chamado civilização e cultura”. (LIMA, 1969)

Com a proclamação da Independência em 1822, observa-se um primeiro momento

de legislar-se sobre a educação onde com a outorga da primeira Constituição Brasileira em

1824, registra seu Artigo 179 que a “instrução primária é gratuita para todos os cidadãos” e

já em 1826 um decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias),

Liceus, Ginásios e Academias (BELLO, 2001).

A Educação Física passa a ser contemplada junto à educação formal de forma

esparsa e em 1837 observam-se os primeiros registros desta sob a forma de ginástica, e em

1851 por meio da Reforma Couto Ferraz, é determinada a obrigatoriedade da Educação

Física, “gymnastica”, em todas as escolas primárias da corte (MARIZ DE OLIVEIRA, 1988).

Uma personalidade das mais importantes neste período da história brasileira trata-se

de Rui Barbosa, que dentre as diversas funções e designações exercidas no período, como

Deputado da Assembléia da Corte, propôs em 1882 a inserção da “gymnastica” nos

programas escolares como matéria de estudo, baseado nos pressupostos de Rousseau que

apregoava uma educação não exclusivamente intelectual, mas também dos sentidos

(GUIMARÃES, 2006).

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Segundo Soares (1994) Rui Barbosa defendia uma educação democrática, para

todas as classes, mas não necessariamente como uma educação de proporcionasse acesso

a todos e apropriação de bens culturais, mas mais apropriadamente uma modelação das

grandes massas, com vistas à construção de um novo país, mais forte economicamente e

engajado com a nova ordem econômica mundial, baseada na indústria.

Desta forma a “gymnastica” cumpria papel essencial junto aos currículos escolares,

sendo esta direcionada ao desenvolvimento da saúde, o bom estado de saúde associado de

modo exclusivo à saúde corporal, à força física, ao asseio (higiene) elementos essenciais à

formação de mão-de-obra qualificada.

A Proclamação da República de certa forma ratificou este perfil de “Educação Física”

uma vez que os deflagradores deste movimento se alinhavam com os ideais liberais, ou

seja, uma educação de caráter exclusivamente utilitário para as massas, e uma Educação

Física “para o físico”.

O currículo em Educação Física se resumia a adoção dos métodos ginásticos

europeus, que consistiam basicamente em sistematizações de seqüências de exercícios

para os diversos segmentos corporais, sendo o primeiro a ser adotado o Método Alemão,

adotado pelo exército brasileiro, considerado impróprio para a “Educação Física”, por Rui

Barbosa, este indicou o Método Sueco por considerá-lo mais pedagógico (SOARES, 1994).

O advento do Estado Novo não trouxe mudanças para a Educação Física a não ser o

fato de esta constar de forma explicita na constituição de 1937, conforme aponta o Artigo

132:

Apesar da nova denominação, a Educação Física continua sendo desenvolvida de

modo prioritário sob a forma de ginástica, e ainda atrelado aos métodos ginásticos

europeus, com os preceitos de um artigo conforme aponta Marinho (1980, p. 57):

Art. 132. O estado fundará instituição ou dará o seu auxílio e proteção às fundadas por associações civis, tendo umas e outras por fim organizar para a juventude períodos de trabalho manual nos campos e oficinas, assim como promover-lhe a disciplina moral e adestramento físico, de maneira a prepará-la ao cumprimento dos seus deveres com a economia e a defesa d ã

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Atrelada ao perfil de Educação da época esta Educação Física possuía como

objetivo segundo GUIRALDELLI JUNIOR (1988):

Ao final do período do Estado Novo e com o advento da Escola Nova, Constituição

de 1946 fez voltar o preceito de que a educação é um direito de todos, inspirada nos

princípios proclamados pelos Pioneiros, no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.

A Constituição de 1946, institui à União a competência sobre legislar sobre diretrizes

e bases da educação nacional, tendo no Título VI no Capítulo II, a linhas mestras que

acabaram direcionando a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB

4024 de 20 de dezembro de 1961. Determinava-se aí que a Educação Física deveria se

obrigatória nos cursos primário o secundário até a idade de 18 anos.

A ginástica deixa de ser o conteúdo prioritário da Educação Física e um novo

conteúdo passa a ser veiculado, influenciado pelo novo modelo de sistematização do

conteúdo da Educação Física escolar, disseminado inicialmente na França “Institut National

des Sport”, o esporte. (SOARES, 1994)

Denominada de Educação Física desportiva generalizada esta normaliza o esporte

como conteúdo a ser veiculado de forma preponderante sobre qualquer outro conteúdo da

cultura corporal de movimento pela Educação Física escolar. Instituído na escola a partir

dos mesmos parâmetros fornecidos pela instituição desportiva, com suas regras e normas

“in situ”, este se adequava bem aos propósitos de uma educação voltada ao ordenamento e

a hierarquização da sociedade (SOARES, TAFFAREL E ESCOBAR, 1992)

(...) o objetivo fundamental (...) é a obtenção de uma juventude capaz de suportar o combate, a luta, a guerra. Para tal concepção, a Educação Física deve ser suficientemente rígida para ‘elevar a Nação’ à condição de ‘servidora e defensora da Pátria. (p. 18)

Quanto ao método francês, esse foi adotado no Brasil em 1921, através do decreto nº 14.784, que em seu artigo 41 consta: ...Enquanto não for criado o ‘Método Nacional de Educação Física’, fica adotado em todo o território brasileiro o denominado Método Francês, sob o título de ‘Regulamento Geral de Educação’.

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O texto do artigo 22 da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei

4024/61, complementado posteriormente pelo Decreto no. 58.130/66 deixa transparecer

este aspecto, onde:

Apesar de não prescrever a forma como a Educação Física deveria ser

implementada, as manifestações motoras vinculadas à Educação Física passam a ser

representadas de forma prioritária pelo esporte (GEBARA, 1992).

A Lei 5692/71 criada como uma reforma a LDB de 1961 (Lei 4024) também ficou

conhecida como LDB e deu a Educação Física um caráter pouco diferenciado da proposta

anterior onde se observa: “A educação física torna-se obrigatória em todos os graus de

ensino, devendo ser desenvolvida em caráter instrumental voltada para o desempenho

técnico do aluno” (BRASIL, 1971).

Durante este período a Educação Física faz parte de uma política esportiva em nível

nacional, constituindo-se a base de pirâmide esportiva nacional, que em seu ápice estariam

posicionadas as seleções nacionais.

Esta política não colheu os frutos que os seus idealizadores almejavam e a

Educação Física passou a buscar outros caminhos (fundamentos) para seu

desenvolvimento, com o final da década de 1970 caracterizando-se como momento histórico

de abertura político-democrática pelo qual o país passava, com fim da política do

bipartidarismo e retorno de exilados políticos, dentre eles o educador Paulo Freire.

1.2 - Educação Física: fundamentos epistemológicos da disciplina escolar

Art. 1. A educação Física, prática educativa tornada obrigatória pelo art. 22 da Lei de Diretrizes e Bases, para os alunos dos cursos primário e médio, até a idade de 18 anos, tem por objetivo aproveitar e dirigir as forças do indivíduo - físicas, morais e intelectuais e sociais – de maneira a utilizá-las na sua totalidade, e neutralizar, na medida do possível, as condições negativas do educando e do meio (Brasil, 1969 em Beltrami, 2006, p.

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A busca por uma nova identidade acabou por determinar fundamentações nos

campos da Aprendizagem Motora, Filosofia, Antropologia, Biodinâmica, entre outros, onde

diversos campos ideológicos passam a disputar a supremacia sobre o que se entender ou

tratar por Educação Física. Assim Foucault situa:

Partindo-se da premissa estabelecida por Foucault (1996) e de sua apropriação aos

elementos do currículo referidos por Silva (1995, p. 13) onde “toda tendência pedagógica é

uma teoria do currículo”, pode-se vislumbrar segundo Castellani Filho (1988) que a

Educação Física hoje pode ser situada em três grandes vertentes.

A primeira é caracterizada pela ênfase em sua estruturação nas ciências das áreas

biológicas, onde se traduz a redução do Homem de forma predominante a seu aspecto

biológico. Anatomia, Fisiologia, Biomecânica ditam as bases estruturais da Educação Física.

A este respeito, Nahas e Corbin (1992) referem que a importância da Educação

Física está relacionada ao desenvolvimento motor e a aptidão física. Destacam que o

esporte como conteúdo hegemônico da Educação Física tem resultado na alienação ou

exclusão de um significativo número de alunos menos habilidosos ou menos dotados

geneticamente, justamente aqueles que mais poderiam se beneficiar das aulas de Educação

Física.

O campo conceitual relacionada a esta concepção de Educação Física gira em torno

dos aspectos relacionados à aptidão física, ao exercício físico e a saúde, sendo aquela

definida com “a capacidade de realizar atividades físicas vigorosas, sem fadiga excessiva e

com demonstração de capacidades e características de atividade física que são

coexistentes com risco mínimo de desenvolver doenças hipocinéticas.” (PATE, 1993 em

BARROS, CUNHA e SILVA JUNIOR, 1997).

Guedes (1999) conceitou saúde como um continuum delimitado pelos pólos positivo

e negativo associados à condição humana envolvendo as dimensões física, social e

Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.

Foucault (1996, p. 43)

 

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psicológica. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e de resistir

aos desafios do cotidiano, e não apenas a ausência de doenças, sendo a saúde negativa

associada à morbidez e no extremo a mortalidade.

Exercícios de aptidão física ou exercícios físicos podem ser definidos segundo

Guedes e Guedes (1997) como sendo práticas capazes de promover o desenvolvimento e o

aprimoramento dos níveis de aptidão física, sendo classificados em exercícios aeróbios, de

força, de resistência muscular e de flexibilidade.

Nesta perspectiva devem ser criticadas as aulas de Educação Física onde O nível de

intensidade dos esforços físicos administrados aos escolares for menor que o limite mínimo

necessário para que possam ocorrer adaptações funcionais voltadas a um melhor

funcionamento orgânico.

Os currículos em Educação Física Escolar devem proporcionar aos educandos uma

fundamentação teórica e prática que possa levá-los a incorporar conhecimentos, que de tal

forma os credenciem a praticar atividade física relacionada à saúde não apenas durante a

infância e adolescência, mas também, futuramente na vida adulta.

As estratégias de ensino devem contemplar não só os aspectos práticos, mas,

sobretudo a abordagem de conceitos e princípios teóricos que proporcionem subsídios aos

educandos no sentido de adotarem hábitos saudáveis de prática da atividade física por toda

a vida (GUEDES, 1999).

Assim, a utilização de testes motores compondo o arcabouço de conteúdos

vinculados à Educação Física é cabível deste que estes sejam utilizados com o objetivo de

instrumentalizar os alunos com relação à avaliação de seus próprios desempenhos e não de

classificá-los ou rotulá-los a partir dos mesmos.

Críticas a esta perspectiva de fundamentação da Educação Física podem estar

associadas, ao que segundo Kirk (1988) citado por Ferreira (2001), a ênfase exclusiva na

aptidão física pode fazer com que o valor das atividades em Educação Física seja julgado

totalmente em termos de sua eficácia para a aptidão, o que pode levar a uma visão

instrumental da Educação Física desprezando experiências educacionais que os alunos

podem ter por meio das atividades físicas.

Ferreira (2001) defende com relação à idéia de uma Educação Física que

proporcione autonomia aos alunos em relação à auto-gestão de suas práticas físicas após o

período da Educação Básica que esta deva versar por domínios que vão além dos

conteúdos exclusivos da área biológica. O desporto e a aptidão física não se constituem e

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fenômenos meramente biológicos, mas também sociais, políticos, econômicos e culturais,

sendo necessário para compreendê-los em toda sua essência a capacidade de analisar de

forma crítica todos esses determinantes.

A segunda vertente que fundamenta as propostas de Educação Física na Educação

Básica é a relacionada à psico-pedagogização caracterizada pela análise das instituições

sociais enquanto sistemas fechados. Nesta há um predomínio de concepções pedagógicas

de cunho tecnicista e de formação acrítica.

Denominada Abordagem Desenvolvimentista, esta tem como meio e fim principal da

Educação Física o movimento e orienta-se especialmente às crianças de quatro a quatorze

anos, buscando referências nos processos de aprendizagem e desenvolvimento para a

fundamentação para programas de Escolar Física Escolar.

Segundo Tani et al. (1988, p. 2) o posicionamento fundamental da abordagem

desenvolvimentista de Educação Física é que:

É uma tentativa de caracterizar por meio da progressão normal do crescimento físico,

do desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo-social, na aprendizagem motora,

busca em função destas características sugerir elementos para a estruturação da Educação

Física escolar.

Preconiza que a Educação Física proporcione ao aluno condições para que seu

comportamento motor seja desenvolvido através da interação do aumento da diversidade e

da complexidade dos movimentos, oferecendo experiências de movimento adequadas ao

seu estágio de crescimento e desenvolvimento para que as habilidades motoras sejam

alcançadas.

Assim um currículo de Educação Física baseado na perspectiva desenvolvimentista

passa inicialmente pelo trabalho com habilidades fundamentais, sendo estas classificadas

em três grandes grupos, a saber: habilidades de locomoção, habilidades de manipulação e

habilidades de estabilização, condizentes ao nível de desenvolvimento motor dos indivíduos.

... se existe uma seqüência normal nos processos de crescimento, de desenvolvimento e de aprendizagem motora, isto significa que os alunos necessitam ser orientados de acordo com estas características, visto que só assim suas necessidades e expectativas serão alcançadas.

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Em um segundo momento o professor deve privilegiar o trabalho de combinação das

habilidades fundamentais que compõem os grupos de habilidades fundamentas, a

diversificação e o aprofundamento do conhecimento das mesmas.

Na parte final do currículo desenvolvimentista teríamos o trabalho com as habilidades

específicas, ou seja, habilidades motoras adequadas a determinadas demandas,

normalmente associadas às habilidades esportivas.

Nesta concepção de Educação Física assume-se que não é função da Educação

Física desenvolver capacidades que auxiliem na alfabetização e no pensamento lógico

matemático, embora isto eventualmente possa estar ocorrendo como subproduto da prática

motora.

Uma terceira tendência permite caracterizar a Educação Física atual, situando-a

como uma ação essencialmente política, à medida que busca possibilitar a apropriação

pelas classes populares, do saber próprio à cultura dominante, instrumentalizando-se para o

exercício pleno de sua capacidade de luta no campo social.

Nesta concepção a Educação Física passa a ser tratada como área de

conhecimento, pelo estudo dos aspectos sócio antropológicos do movimento humano,

criando-se uma consciência corporal, ou seja, saber que o corpo sempre expressará o

discurso de uma época, e a compreensão deste discurso, bem como seus determinantes, é

a condição para participar do processo de construção do seu tempo, e pela elaboração dos

signos a serem gravados em seu corpo.

A Educação Física estruturada nesta perspectiva vai buscar sua fundamentação em

teorias de cunho marxista e neo-marxista onde o conflito de classes e as relações de poder

decorrentes deste processo ditam as prerrogativas do currículo denominado progressista

associado a esta disciplina, propondo uma educação que vá além da simples adaptação aos

condicionantes sociais.

Os currículos em Educação Física fundamentados nesta concepção sugerem a

contextualização dos elementos associados à cultura corporal de movimento, sendo estes

oriundos a partir da cultura familiar até a cultura internacional.

A Educação Física e o seu currículo passam constituír-se a partir destas proposições

em campo de disputas a refletindo aquilo que Giroux (1983), se refere, ao enunciar o

currículo também como um campo de disputas político-ideológicas, um território a ser

contestado.

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O conflito ideológico/espistemológico na área naquele momento pode ser

representado pela observação realizada pelo professor Go Tani um dos propositores da

abordagem desenvolvimentista ao se referir às propostas curriculares de Educação Física

de cunho social posiciona-se com relação da seguinte forma:

Os propositores das abordagens de fundamentação sociológica da Educação Física

também situam objeções ao se referirem aos currículos de cunho desenvolvimentista psico-

pedagógicos, conforme observa Bracht (1992):

Observa-se assim que os professores ao optarem por uma linha de fundamentação

para o desenvolvimento da disciplina Educação Física nos deparamos entre outros aspectos

com os aspectos ideológicos que margeiam tais proposições e que esta escolha nunca é

neutra.

Há uma corrente que chamaria Educação Física social a qual ao invés de preocupar-se com a Educação Física em si transfere sistematicamente a discussão de seus problemas para níveis mais abstratos e macroscópicos onde, com freqüência, discursos genéricos e demagógicos de cunho ideológico e político partidário, sem propostas reais de programas de Educação Física, tem contribuído para tornar ainda mais indefinido o que já está suficientemente ambíguo.

A educação Física ao optar pela abordagem microscópica, o equívoco é patente, na medida em que as abordagens macroscópicas (Filosóficas) e microscópicas (descrição dos processos de desenvolvimento da criança) não são independentes entre si e sim complementares. (Bracht, 1992, p. 41)

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Além desta discussão de cunho acadêmico-ideológico as limitações e possibilidades

que caracterizam o contexto da disciplina Educação Física na realidade concreta da escola,

também devem ser consideradas na construção dos currículos em Educação Física.

Desta forma não se pode negar a influência do contexto nas práticas pedagógicas do

professores, principalmente ao nos reportarmos ao conceito de “habitus” estabelecido por

Bourdieu onde:

Dentro deste quadro onde se registram diversas concepções para a fundamentação

da Educação Física complementar ao contexto concreto da escola como se situa o

professor de Educação Física frente às mesmas?

1.3 - A Educação Física e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96

O advento da LDB 9394/96 trouxe a Educação Física um avanço a Educação Física

onde a mesma deixava de ser considerada uma mera atividade extracurricular, não sendo,

portanto, identificada como parte integrante do currículo escolar e passa a ser considerada

como uma disciplina acadêmica. Por meio da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Lei número 9394/96 onde a Educação Física passa a ser concebida da

seguinte forma:

... o habitus é a estrutura internalizada, são os valores, as formas de percepção dominantes, incorporadas pelo indivíduo, e através dos quais ele percebe o mundo social, percepção que, por sua vez, regula sua prática social. (Bourdieu, 1975 em Silva, 1996, p. 20)

Artigo 26 - § 3º.

A Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

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O fato da redação do artigo não incluir o termo “obrigatório” acabou por permitir que

alguns sistemas de ensino entendessem que a Educação Física poderia ser facultativa em

não só nos cursos noturnos, mas também em alguns momentos da Educação Básica.

Assim, em 2003 registrou-se a necessidade da promulgação de uma lei complementar, Lei

10793/03 onde se observa a seguinte redação:

Ao corrigir esta distorção observamos um encaminhamento para outra onde, ao

estender o direito de facultativida à Educação Física observa-se que esta, na ótica dos

legisladores ainda se constitui em uma atividade e não um corpo organizado e sistematizado

de conhecimentos, relacionados as três dimensões da formação humana, ao quais todos os

alunos devem ter acesso, não se tratando exclusivamente de conhecimentos de ordem

procedimental.

No bojo das mudanças ensejadas pela LDB 9394/96 são criados os denominados

Parâmetros Curriculares Nacionais com a função de:

Lei no. 10.793, de 1º. de dezembro de 2003.

Altera a redação do art. 26, § 3º., e o art. 92 da lei 9294 de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, e da outras providências.

O § 3º. Do art. 26 da Lei no. 9394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 26 .........................................................................................

......................................................................................................

§ 3º. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;

II – maior de trinta anos de idade;

III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física;

IV – amparado pelo Decreto-Lei no. 1.044, de 21 de outubro de 1969;

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Neste documento a Educação Física é caracterizada como uma disciplina que

baseada nos princípios da inclusão, diversidade e categoria de conteúdos deve promover o

sentido de cidadania junto aos alunos e a integração destes junto a denominada cultura

corporal de movimento.

A gestão atual da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo, calcada

nos ideais da nova ordem social mundial propôs junto às escolas sob sua administração

uma “Proposta Curricular” com nuances de um currículo prescrito, para todas as disciplinas,

nos níveis de Ensino Fundamental Ciclo II e Médio, sob a alegação de que a “tática da

autonomia” proporcionada pela LDB 9394/96 mostrou-se “ineficiente” (São Paulo, 2008).

A reestruturação produtiva do capital estabelece seus vínculos com o sistema

educacional empreendendo para análise deste, seu sistema de códigos, caracterizando um

momento fisiologismo deste sistema (mercado/educação). Nesta perspectiva, a crise

educacional é fruto de um processo de crescimento desordenado e anárquico ocorrido na

segunda metade do século XX.

A tecnocracia entende que a democratização ao acesso a educação escolarizada

não é o problema, mas sim a forma como a educação é gerida (GENTILI, 2001). A

administração da educação seria a causadora da exclusão dos bancos escolares e não as

questões sociais decorrentes do subproduto do processo de acumulação.

A escola, agência sistematizadora do “capital humano” necessita de uma profunda

reforma administrativa devendo ser regulada por mecanismos que controlem a eficiência e a

produtividade, a eficácia, nos moldes do “Total Quality Control”.

A forma de se implementar o “Controle de Qualidade Total” passa pelo imperativo de

se desenvolver sistemas nacionais de avaliação, representados basicamente pela aplicação

de provas de rendimento aplicadas à população educacional, com vistas à ranquear as

instituições, estimulando a concorrência dentro deste prestigioso “mercado”.

“... função de subsidiar a elaboração ou revisão curricular dos estados e municípios, dialogando coma s propostas e experiências já existentes, incentivando a discussão pedagógica interna às escolas e a elaboração de projetos educativos, assim como servir de material reflexão para a prática dos professores.” (BRASIL, 1998a, p. 9) 

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Este controle determina também a necessidade de se estabelecer reformas

curriculares a partir das quais se determinam os “Parâmetros” e conteúdos básicos de um

“Currículo Nacional”, além da “capacitação” dos docentes para a correta aplicação dos

planos curriculares estabelecidos.

A Educação Física, disciplina que vislumbrava até então uma grande possibilidade

de orientar-se de forma a respeitar o conceito do “ethos” da escola, ou seja, a possibilidade

de cada estabelecimento de ensino representar um conjunto articulado de maneiras de

pensar, organizar e realizar a prática escolar, respeitando a diversidade cultural, viu por

meio da Proposta Curricular da Secretaria Estadual de Educação esta possibilidade de

esvair.

Os professores de Educação Física submetidos a esta proposta enxergam sua

prática pedagógica como vinculada a qual perspectiva de educação: adaptação ou

emancipação?

  O constante desenvolvimento de elementos relacionados a educação seja em termos

de conteúdos ou estratégias metodológicas e avaliação permite entender as alterações

curriculares propostas a cada gestão, porém isto não deveria implicar na ausência de

continuidade das políticas relacionadas a área, ou pior medidas intervencionistas com vistas

a atender basicamente a avaliações externas ao contexto escolar, eleitas como parâmetro

exclusivo da qualidade da educação.

A implantação desta Proposta vem de modo a somar como mais um elemento na

desqualificação da categoria profissional dos professores, pois, além da baixa remuneração,

restritas condições de trabalho e qualificação profissional, sobre-jornada de trabalho, esta

medida coloca em dúvida a competência dos professores em planejar, selecionar

conteúdos, metodologias e formas de avaliação.

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2 – PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

2.1 - O contexto da implantação

O ano de 2007 aponta um capítulo a mais no alinhamento da educação

pública do Estado de São Paulo às reformas e políticas educacionais decorrentes do

processo de reestruturação do sistema de produção globalizado característico das

duas últimas décadas no século vinte.

A educação dentro desta nova perspectiva passa a constituir-se em elemento

essencial na produção do “capital social”, que poderia ser definido como o conjunto

de valores, atitudes, hábitos e condutas que marcam o modo de ser das pessoas,

mas que, nesta nova ótica passa a representar a capacidade de contribuir com a

composição da força de trabalho, à formação de consumidores e a preservação da

ordem social. (OLIVEIRA e FONSECA, 2005)

Concernente a esta concepção a Secretaria de Educação do Estado de São

Paulo lança um Programa denominado “São Paulo faz Escola”, com o objetivo de

uniformizar o currículo a ser desenvolvido nas escolas da rede pública estadual e

melhorar a qualidade do ensino, como componente do “Plano Estadual de

Educação” com dez metas a serem alcançadas até o ano de 2030. (SEE/SP, 2007)

Visando atender de forma mais específica a meta número cinco que registra:

“Aumento de 10% nos índices de desempenho do ensino fundamental e médio nas

avaliações nacionais e estaduais” (ibidem). Desta forma adotou-se a estratégia de

articular o conteúdo oferecido aos alunos aos conteúdos/competências

contemplados em avaliações como Saresp, Prova Brasil, Enem e mesmo avaliações

internacionais como a do Programa Internacional de Avaliação Comparada (PISA).

O mais belo trabalho da abelha não é superior ao

trabalho do pior pedreiro porque este o constrói de

forma conscientemente. (Marx)

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O termo “ranking” comum as competições esportivas passou a integrar a

vocabulário da educação determinado uma verdadeira comparação/competição de

desempenho entre escolas e, em se tratando de competição os professores nada

mais indicado que os indivíduos sejam “treinados” para reproduzirem procedimentos

e conteúdos de modo a preparar os alunos para avaliações.

A “Proposta Curricular do Estado de São Paulo” passou a ser desenvolvida no

início de 2008 em todas as escolas da rede nos níveis: ensino Fundamental ciclo II e

Ensino Médio inicialmente contou com a forma de um jornal a ser entregue aos

alunos denominado “Jornal dos Alunos” e o “Caderno do Professor” com conteúdos

pré-estabelecidos e formas de aplicação e avaliação das atividades propostas. Este

material foi utilizado nos primeiros quarenta dias letivos do ano de 2008.

Registrou-se desta forma a unificação do currículo para as diversas

disciplinas do programa sendo idealizada segundo seus proponentes com o intuito

de: “[...] apoiar o trabalho realizado nas escolas estaduais e contribuir para melhoria

da qualidade das aprendizagens de seus alunos.” (SEE-SP, 2008, p.8)

Entre as justificativas apresentadas pela Secretaria da Educação para esta

proposição encontra-se o fato de que a criação de Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (9394/96) deu autonomia para que as escolas definissem seus

próprios projetos pedagógicos, porém, “[...] ao longo do tempo, essa tática mostrou-

se ineficiente.” (SEE-SP, 2008, s/p)

Assim por meio desta “ação integrada e articulada” objetiva-se “organizar

melhor o sistema educacional de São Paulo” garantindo a todos “uma base comum

de conhecimentos e competências, para que nossas escolas funcionem de fato

como uma rede.” (Ibidem)

Existe consenso de que é legítimo as gestões administrativas organizarem

seus sistemas de ensino de forma a situarem os mesmos como efetivamente um

sistema onde segundo Saviani (1996, 80) defini-se como: “[...] a unidade de vários

elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e

operante”. Porém o que corriqueiramente se observa nas gestões educacionais é a

tentativa de uniformização e não do estabelecimento de diretrizes que permitam a

adequação às condições locais.

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2.2 – Proposta Curricular do Estado de São Paulo: elementos constituintes

A Proposta Curricular é composta por um documento básico onde constam os

princípios orientadores para que “[...] a escola torne-se capaz de promover as

competências indispensáveis ao enfrentamento dos desafios sociais, culturais e

profissionais do mundo contemporâneo”. Este documento destaca que será

priorizada nesta proposta a competência de leitura e escrita, “[...] definindo a escola

como espaço de cultura e de articulação de competências e conteúdos

disciplinares.” (Ibidem)

Integra esta Proposta Curricular um segundo documento, denominado:

“Orientações para Gestão do Currículo na Escola” dirigido aos dirigentes e gestores

para que cada um deles “seja um líder e animador da implementação desta

Proposta Curricular nas Escolas públicas estaduais de São Paulo.” (Ibidem p. 9)

A apresentação da proposta destaca que o ponto mais importante do segundo

documento é:

Do exposto permite-se vislumbrar uma redefinição do perfil profissional do

gestor escolar onde, distante do articulador da proposta pedagógica construída de

forma coletiva pelos atores da escola, este se converte agora em líder e animador

da implementação de uma proposta alheia ao seu contexto devendo tornar-se um

eficaz agente fiscalizador do trabalho docente no que diz respeito a correta

aplicação da proposta pelo mesmo.

A proposta se completa com um conjunto de documentos dirigidos aos

professores denominados “Cadernos do Professor” sendo estes organizados por

[...] garantir que o Projeto Pedagógico, que organiza o trabalho nas condições singulares de cada escola, seja um recurso efetivo e dinâmico para assegurar aos alunos a aprendizagem dos conteúdos e a constituição das competências previstas nesta Proposta Curricular. (SEE-SP, 2008, p. 9) (Grifo original)

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bimestre e por disciplina. Nestes “cadernos” além dos conteúdos, habilidades e

competências são apresentadas situações de aprendizagem para orientar a gestão

da sala de aula, avaliação e recuperação, além de sugestões de metodologias e

estratégias de trabalho nas aulas.

Desta forma cabe aos professores a aplicação destes cadernos, com o devido

respeito ao cronograma e conteúdos estabelecidos, caracterizando um nível

considerável de esvaziamento da prática docente e um momento a mais de afronta a

LDB 9394/96 em seu artigo 3º, relacionado aos Princípios e Fins da Educação

Nacional onde se registra orientações com relação à gestão democrática e a

elaboração da proposta pedagógica pela escola.

O fazer pedagógico mostra-se desta forma precarizado e o planejamento

atividade essencial ao exercício da docência assume outro contorno que não aquele

de problematizar o cotidiano e a identidade escolar analisando demandas e

buscando soluções próprias das comunidades em questão.

As disciplinas encontram-se locadas em quatro áreas sendo estas: Ciências

da Natureza e suas Tecnologias; A Matemática e as áreas do conhecimento; A área

de Ciências Humanas e suas Tecnologias; A área de Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias.

Observa-se que estas áreas correspondem exatamente às áreas de

conhecimento preconizadas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

corroborando com a sugestão de que a criação desta Proposta Curricular visa

atender de forma específica esta forma de avaliação unificada.

A elaboração desta proposta curricular foi fundamentada tendo como base os

seguintes princípios:

Uma escola que também aprende;

O currículo como espaço de cultura;

As competências como eixo de aprendizagem;

A prioridade da competência de leitura e escrita;

A articulação das competências para aprender;

A contextualização no mundo do trabalho.

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O currículo por competências pode ser considerado o meio pelo qual a

pedagogia das competências se institui nas escolas promovendo a simbiose entre

educação e emprego (TANGUY, 1997), desta forma a Proposta Curricular ao

elencar tais princípios deixa clara sua intenção de atrelar educação ao mercado,

denotando uma educação de cunho eminentemente adaptativo e não emancipatório.

No que diz respeito ao princípio denominado “Uma escola que também

aprende” situa a escola como uma “comunidade aprendente” onde o saber é

socializado e:

Observa-se pelo princípio exposto a intenção dos idealizadores da Proposta

com as especificidades das unidades escolares e com o profissional da educação

em relação ao construir seu plano de trabalho de acordo como as circunstâncias se

apresentam, porém com o desafio de fazê-lo a partir de um currículo prescrito, de

implementar uma proposta da qual não tomou parte em sua concepção.

No que diz respeito ao princípio “O currículo como espaço de cultura”, onde o

“currículo é a referência para ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos

que a humanidade acumulou ao longo do tempo” (ibidem, p. 13), porém pela

sistemática centralizadora adotada na construção deste documento observa-se mais

apropriadamente um espaço de aculturação onde as diferenças regionais quando

consideradas deverão adequar-se aos conteúdos previamente estabelecidos.

Silva (1995) destaca o currículo como um elemento discursivo da política

educacional, onde os diferentes grupos sociais expressam sua visão de mundo,

seus projetos sociais sendo seus conteúdos reveladores das manifestações culturais

dos dominantes sobre os dominados. Desta forma o currículo expressaria um

Ações como a construção coletiva da Proposta Pedagógica, por meio da reflexão e da prática compartilhadas, e o uso intencional da convivência como situação de aprendizagem fazem parte da constituição de uma escola à altura dos tempos atuais. (SEE, 2008, p. 12)

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mecanismo de controle social e as relações de poder que se evidenciam nas

reformas constituem-se em instrumentos de regulação e de auto-regulação de

indivíduos e grupos.

Na apresentação da Proposta Curricular ao eleger a autonomia da escola

como uma “tática ineficiente” fica clara a intenção de ao apresentar um currículo

prescrito regular à atuação profissional dos professores.

O princípio denominado “As competências como eixo de aprendizagem”

baseia-se no enfoque do desenvolvimento de competências, sendo atribuição da

educação passar a produzir técnicas de forma a adequar os indivíduos ao mercado

de trabalho sendo essencial a esta ótica as competências relacionadas à leitura e à

escrita.

O termo competência difundiu-se de forma mais efetiva no Brasil, a partir da

década de 90, tanto nos núcleos acadêmicos quanto corporativos. O conceito de

competência torna-se central nas políticas públicas educacionais, tanto para

formação de professores, quanto para reformas curriculares à educação básica e à

educação profissional, a partir do governo Fernando Henrique Cardoso. O mercado,

prioridade da educação nesta ótica, demanda um novo tipo de trabalhador, mais

flexível, polivalente, capaz de incrementar a produtividade, a competitividade e o

conseqüente aumento do lucro.

Educação e empregabilidade passam a constituírem-se em conceitos

correlatos e as competências “mais que conteúdos isolados são guias eficazes para

educar para a vida”. (SEE/SP, 2008, p. 18)

A eleição do modelo de currículo por competências é justificada na proposta

pelo fato de que:

À medida que a tecnologia vai substituindo os trabalhadores por autômatos na linha de montagem e nas tarefas de rotina, as competências para trabalhar em ilhas de produção, associar concepção e execução, resolver problemas e tomar decisões tornam-se mais importantes do que conhecimentos e habilidades voltados para postos específicos de trabalho. (Ibidem, p. 24)

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Tendo em vista o perfil do novo trabalhador que agora é solicitado,

“multifuncional”, e as políticas trabalhistas desvinculadas de responsabilidades

sociais e desta forma a não garantia da existência do trabalho para sobrevivência o

trabalhador deve ser dotado de condições para a própria qualificação ou

recolocação.

A importância atribuída à competência leitura e escrita é também justificada

nas palavras de Oliveira e Fonseca (2005) se reveste de significado onde a partir da

denominada Terceira Revolução Tecnológica ou Revolução Informacional:

O princípio da educação e sua contextualização no mundo do trabalho

encontram respaldo na própria LDB 9394/96 segundo a Proposta Curricular onde:

A LDB adota uma perspectiva sintonizada com essas mudanças na organização do trabalho ao recomendar a articulação entre educação básica e profissional, quando afirma, entre as finalidades do Ensino Médio: “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” (SEE/SP, 2008, p. 24)

[...] pela Teoria do Capital Humano, compreendida como um enfoque conceitual que orienta a educação no sentido de produzir competências e técnicas de modo a assegurar e agregar valor aos recursos humanos no mercado.

[...] uma escola competitiva provedora de educação que corresponda às necessidades da acumulação flexível, tanto na formação para o trabalho quanto na formação para o

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A observação destes princípios indica que foi eleita por esta gestão para

permear este documento a opção ideológica que situa esta proposta entre as

medidas relacionadas às reformas e políticas educativas cujos objetivos encontram-

se basicamente direcionados aos interesses e demandas próprias do campo

econômico e do mercado globalizado.

Fica clara nesta apresentação a opção por uma educação regulada pelos

imperativos do mercado e o professor situa-se como um difusor/repetidor de pacotes

de ensino facilmente substituível tendo em vista a grande rotatividade de

professores observada na rede estadual. (CEPES/DIEESE, 2010)

2.3 – A Educação Física na Proposta Curricular

A disciplina inserida na área de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”

encontra respaldo para sua inclusão junto aos currículos escolares pelo fato de que

se verifica “desde as últimas décadas do século passado, à ascensão da cultura

corporal e esportiva [...] como um dos fenômenos mais importantes nos meios de

comunicação de massa e na economia mundial”. (SEE-SP, 2008, p. 41)

A Educação Física passa a tratar então, não de movimento de ordem

biomecânica, mas dos gestos, da postura, das expressões corporais, da

comunicação realizada por meio da linguagem corporal, onde indivíduos dotados de

corpos sensíveis, dotados de vontade e intencionalidade onde o “se movimentar”

constitui-se no veículo para a esta comunicação, sendo definido da seguinte forma:

Assim, pode-se definir o “Se Movimentar” como a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma cultura de movimento; é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações/conhecimentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e

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A apresentação da Educação Física nesta proposta curricular deixa clara a

vinculação desta disciplina com as matrizes epistemológicas vinculadas às áreas

dos Estudos Socioculturais do Movimento Humano, sendo inclusive o “Se

Movimentar” um termo cunhado por Elenor Kunz na obra “Transformação didático-

pedagógica do esporte”, autor relacionado às correntes progressistas do campo

epistemológico da área.

Assim, a perspectiva assumida para a Educação Física deve ser a de uma

disciplina que trate pedagogicamente de conteúdos culturais relacionados ao

movimentar-se humano, expressos na forma de jogos, ginástica, danças e

atividades rítmicas as lutas e os esportes. O objetivo para o desenvolvimento desta

disciplina nesta proposta ficou expresso da seguinte forma:

Como o próprio documento salienta enquanto a Educação Física pautou-se

de forma exclusiva pelo referencial das ciências naturais, ela pôde afirmar categorias

absolutas em relação às manifestações corporais humanas, verifica-se certa

contradição com relação a este aspecto pelo fato da proposta curricular estabelecer

quais os conteúdos, metodologias, formas de avaliação a serem desenvolvidos junto

à disciplina.

Ao discorrer sobre os critérios sobre a adoção deste entendimento para da

disciplina Educação Física a proposta esclarece:

[...] espera-se levar o aluno ao longo de sua escolarização a após, a melhores oportunidades de participação e usufruto no jogo, esporte, ginástica, luta e atividades rítmicas, assim como a possibilidades concretas de intervenção e transformação deste patrimônio humano relacionado à dimensão corporal e ao movimentar-se – o qual tem denominado “cultura de movimento”. (SEE-SP, 2008, p. 42)

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A intenção de entender a Educação Física a partir dos preceitos acima

enunciados confronta-se com uma Proposta Curricular que se constitui na forma

como se tem a intenção de implementar em um currículo prescrito a ser

desenvolvido por todas as escolas da rede públicas estadual.

Para o desenvolvimento da disciplina os conteúdos foram alocados na

proposta em eixos de conteúdos sendo estes o “Esporte”, “Corpo, Saúde e Beleza”,

“Atividade rítmica”, “Ginástica”, “Luta”, “Mídias”, “Contemporaneidade” e “Lazer e

trabalho”, sendo estes escolhidos por constarem “em todos ou pelo menos em

grande parte dos programas escolares”. (SEE-SP, 2008, p. 43)

Em relação ao Ensino Médio indica-se que esta disciplina desenvolva-se de

forma a relacionar os eixos de conteúdo com temas considerados relevantes e

atuais na sociedade como Corpo, Saúde e Beleza, Contemporaneidade, Mídias e

Trabalho e Lazer, respeitando-se a pluralidade e simultaneidade no desenvolvimento

dos conteúdos.

A definição de uma identidade a Educação Física escolar, tem sido

referenciada por diversos autores e seus respectivos modelos (Bracht, 1992; Nahas,

1992; Tani, 1991) com o objetivo de subsidiar seu desenvolvimento da mesma junto

aos programas da educação formal, sendo que as proposições relacionadas à

Educação Física “sócio-cultural” tem encontrada significativa aceitação tanto por

parte dos dirigentes quanto dos professores, em um quadro próximo à hegemonia

discursiva.

Esta unificação do discurso, delimita o campo conceitual da Educação Física,

à palavras e imagens provenientes das discussões e da produção de conhecimento

nas universidades e entidades acadêmicas de modo geral. A apropriação deste

campo conceitual confere a este discurso uma roupagem progressista, ampliando

sua eficácia ideológica.

Se assumirmos que a cultura de movimento produz-se e transforma-se diferentemente em função de significados e intencionalidades específicos, não é possível defender o desenvolvimento da Educação Física escolar de um modo unilateral, centralizado e universal. (SEE-SP, 2008, p. 43)

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Nas palavras de Friggoto (1995) este mecanismo se desenvolve adotando o

seguinte modo operante:

A concepção de Educação Física contida nesta proposta curricular

considerando a fundamentação apresentada é provável que encontre pouca

resistência a sua implementação, porém ao objetivar competências com as

enunciadas e prescrever conteúdos e sistemáticas para seu desenvolvimento, de

certa forma assume os contornos da política da qual é oriunda, relegando os

professores sujeitos a esta a condição de profissionais parciais.

Gentili nos fornece uma idéia de como políticas como estas se desenvolvem e

do porque da pouca resistência às mesmas:

Avalanches de conceitos e categorias, que se metamorfoseiam ou se ressignificam, operam no campo ideológico de sorte a dificultar a compreensão da profundidade e perversidade da crise econômico-social, ideológica e ético-política do capitalismo real neste fim de século. (p. 77)

Se o neoliberalismo se transformou num verdadeiro projeto hegemônico, isto se deve ao fato de ter conseguido impor uma intensa dinâmica de mudança material e, ao mesmo tempo, uma não menos intensa dinâmica de reconstrução discursivo-ideológica da sociedade, processo derivado da enorme força persuasiva que tiveram e estão tendo os discursos, os diagnósticos e as estratégias argumentativas, elaboradas e difundidas por seus expoentes intelectuais - num sentido gramsciano - por seus intelectuais orgânicos (1996, p.11).

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3 – AUTONOMIA

3.1 – Conceituando Autonomia

Alguns podem referir a autonomia do professor como um fetiche, pois já a

partir da criação das escolas viu-se obrigado a regular sua prática em função deste

espaço. É notório, porém que a autonomia do professor vem tornando-se cada vez

mais alienável em decorrência das múltiplas configurações assumidas pelo espaço

escolar e de sua relação com os Estado.

Propomos neste início uma caracterização ou evolução histórica/filosófica

deste conceito para a partir daí o relacionar a atividade educativa ou mais

precisamente ao trabalho docente.

A origem do termo “Autonomia” remonta ao grego, “autos”, por si só, mais

“nomós” que pode assumir dois sentidos, lei e ao mesmo tempo, território. Em

Ciências política, é a qualidade de um território ou organização de estabelecer com

liberdade suas próprias leis ou normas.

A Filosofia remete o termo ao conceito de liberdade, consistindo na qualidade

de um indivíduo de tomar suas próprias decisões, com base em sua razão individual.

Observa-se relação deste conceito ao conceito de “Dasein” concebido por Heidegger

que ao descrever a autenticidade “Eigentlichkeit” a relaciona como modos de ser do

“Dasein”, ou seja, o ser no mundo como cuja identidade é a própria história

(HEIDEGGER, 1979).

A autonomia humana, o livre arbítrio, são condições necessárias para

caracterizar o homem como ser humano, não podendo este abdicar desta condição

em nome da própria dignidade, embora se disponha de parte da autonomia, de

forma a conferir poderes ao Estado para que este atue de forma a garantir a

proteção aos interesses do próprio homem.

Assim a autonomia pode ser considerada como a condição de quem

determina a própria lei, sendo seu oposto a heteronomia, condição de quem é

determinado por algo estranho a si. Segundo Lalande (1993, p. 462), heteronomia é

"Condição de uma pessoa ou de uma coletividade que recebe do exterior a lei à qual

se submete". Condições como ignorância, escassez de recursos materiais, má

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índole moral, limitam ou anulam a autonomia, sendo caracterizadas, portanto, como

agentes da heteronomia. A autonomia exige uma existência que não é de antemão

determinada, a fim de que o sujeito possa exercer o poder de determinar-se.

O iluminismo apresentou a noção de autonomia próxima da que conhecemos

hoje, desvinculada dos dogmas religiosos, vinculada à razão, a evidências empíricas

e matemáticas, libertando o homem da superstição, do mito e da ignorância.

Segundo Kant o esclarecimento é a base da autonomia, onde:

Diz-se esclarecido então aquele que possui autonomia, que é senhor de si

mesmo, fruto de um processo de uma melhoria moral e cultural, constituindo-se o

Estado neste momento a instituição catalisadora da moral e do direito, instrumentos

mediadores da autonomia. A finalidade do Estado é ética no sentido legislar para dar

as condições para que o homem seja autônomo, para que este aja racionalmente, o

que caracteriza a ação ética.

A autonomia no plano interacionista foi Piaget em sua obra “O julgamento

moral na criança” vinculando os aspectos biológicos e sociais. Piaget propôs a idéia

de uma autonomia, constituída como um processo onde o indivíduo passaria por

estágios como anomia, ausência de regras, passaria pela heteronomia, período das

regras impostas, e finalmente chegaria à autonomia, ou seja, o estágio das relações

democraticamente construídas. (PIAGET, 1977)

Barroso (2000) estabelece com relação ao significado atribuído ao termo

autonomia como esta se constituindo em uma liberdade sob parâmetros, onde:

Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Temcoragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento [aufklãrung] (KANT, 1974, p.100).

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3.2 - Fundamentos da Autonomia Liberal

O desenvolvimento da sociedade liberal e a decorrente consolidação do modo

de produção capitalista e da burguesia como classe social dirigente, acaba por

determinar como princípios para regular a sociedade moderna o Individualismo, a

Liberdade e a Propriedade.

No que diz respeito ao princípio do Individualismo, dentro da concepção

liberal, o indivíduo constitui a molécula social do sistema econômico onde:

Assim, o individualismo liberal gera as seguintes proposições: (i) o nível de

coerção social deve ser mínimo, (ii) indivíduos devem seguir princípios e não metas

pré-estabelecidas (e estes princípios devem ser duradouros, ou seja, devem

perdurar no longo prazo); (iii) os processos sociais liberais são compatíveis com a

democracia mas não se deve confundir respeito à democracia com respeito à visão

da maioria. (SHIKIDA, 2008)

A autonomia é um conceito relacional (...) pelo que a sua ação se exerce sempre num contexto de interdependências e num sistema de inter-relações. (...) é, por isso uma maneira de gerir, orientar, as diversas dependências em que os indivíduos e os grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de acordo com as suas próprias leis. (p. 16)

O respeito pelo homem individual na sua qualidade de homem, isto é, a aceitação de seus gostos e opiniões como sendo supremos dentro de sua esfera, por mais estreitamente que isto possa circunscrever e a convicção de que é desejável o desenvolvimento dos dotes e inclinações individuais por parte de cada um (Hayek citado por Bianchetti, 1999, p. 72).

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O princípio da Liberdade no liberalismo pressupõe a defesa da liberdade

individual e carrega consigo a idéia básica de que o progresso geral da sociedade

como um todo está condicionado ao progresso de cada indivíduo que obtém êxito

econômico e, em última instância, à classe que alcança maior sucesso material:

A liberdade individual calcada em interesses próprios nesta doutrina não

determinaria uma desordem na economia, já que o livre jogo do mercado, da oferta

e da procura, a “mão invisível” se encarregaria de equacionar os desequilíbrios

deste jogo.

O terceiro princípio da doutrina liberal a propriedade pressupõe que esta deva

ser entendida como um direito natural do indivíduo, opondo-se a qualquer processo,

agente ou autoridade política que tente usurpar dos indivíduos esse direito, sendo

este nas palavras de Cunha (1979) assim representado:

O conceito de autonomia na sociedade atual além de mediada pelos

princípios do liberalismo pode amparar-se nos princípios oriundos dos movimentos

sociais operários do final do século XIX e início do século XX.

"Conseqüentemente, uma vez eliminados inteiramente todos os sistemas, sejam eles preferenciais ou de restrições, impõe-se por si mesmo o sistema óbvio e simples da liberdade natural. Deixa-se a cada qual, enquanto não violar as leis da justiça, perfeita liberdade de ir em busca de seu próprio interesse, a seu próprio modo, e faça com que tanto seu trabalho como seu capital concorram com os de qualquer outra pessoa ou categoria de pessoas. O soberano fica totalmente desonerado de um dever que, se ele tentar cumprir, sempre o deverá expor a inúmeras decepções e para essa obrigação não haveria jamais sabedoria ou conhecimento humano que bastassem: a obrigação de superintender a atividade das pessoas particulares e de orientá-las para as ocupações mais condizentes

Uma vez que a doutrina liberal repudia qualquer privilégio decorrente do nascimento e sustenta que o trabalho e o talento são os instrumentos legítimos de ascensão social e de aquisição de riquezas, qualquer indivíduo pobre, mas que trabalha e tenha talento, pode adquirir propriedade e riquezas (p. 31).

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Apoiada nas idéias socialistas de Marx a autonomia passa a constituir-se

como elemento decorrente da estrutura social, sendo esta estrutura constituída por

dois níveis, a infra-estrutura ou base econômica e a superestrutura, que comporta

duas instâncias: a jurídica (o direito e o Estado) e a ideologia (religião, moral,

política).

3.3 – Autonomia e Educação

A relação entre base econômica e ideologia condiciona em grande medida a

autonomia e todos os elementos, situando-se entre estes a educação, constituintes

da superestrutura uma vez que, sendo esta decorrente destas relações estruturais

restaria pouco à mesma para a intervenção sobre o real.

Althusser (1985) se refere à superestrutura como elemento de legitimação da

ordem vigente, onde esta por meio das normas criadas busca a submissão da

classe operária à ideologia da classe dominante, por meio dos “Aparelhos

Ideológicos do Estado”, representados por:

Esta perspectiva, no entanto pode vir a comportar uma visão muito pessimista

com relação ao papel da escola na sociedade uma vez que ela supõe que as

relações sociais e políticas funcionem segundo as leis da mecânica (unidirecionais,

Em outras palavras, a escola (mas também outras instituições do Estado, como a Igreja e outros aparelhos como o Exército) ensina o ‘know-how’ mas sob a forma de assegurar a submissão à ideologia dominante ou o domínio de sua ‘prática’. Todos os agentes da produção, da exploração e da repressão, sem falar dos ‘profissionais da ideologia’ (Marx) devem de uma forma ou de outra estar ‘imbuídos’ desta ideologia para desempenhar ‘conscensiosamente’ suas tarefas, seja a de explorados (os operários), seja de exploradores (capitalistas), seja de auxiliares na exploração (os quadros), seja de grandes sacerdotes da ideologia dominante (seus‘funcionários’). (p. 58)

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lineares, num processo causa-efeito sob controle do técnico-planejador). Considera

a instituição escola como um elemento passivo frente aos ditames político-sociais, e

esta passa a ser encarda como um lugar de manipulação somente.

A escola assim como outras instituições da sociedade é permeada pelo

interesse de todas as outras instituições e com elas se relaciona com de forma

recíproca assim, uma educação de cunho emancipatório passaria necessariamente

por esta discussão, reconhecendo este determinismo entre base

econômica/ideologia, porém vislumbrando possibilidades de construções identitárias

para além do capital, que conforme Mészarós (2005)

Contreras (2002) cintando Enguita estabelece entre os elementos essenciais

ao desenvolvimento da profissão docente a “Competência” sendo esta representada

pela qualificação em um campo de conhecimento a “Independência” ou autonomia,

frente às organizações e a “Auto-regulação”, representada pelo controle do exercido

pela própria categoria profissional.

Carbonell (2002) remete ao termo autonomia significados diversificados,

coportando ao menos três acepções quais sejam: a autonomia liberal, a autonomia

neoliberal e a autonomia inovadora.

A autonomia liberal ou conservadora segundo Carbonell revestiria-se de

características positivas quando reinvidicada em regimes autoritários assumindo

nestes um conteúdo nitidamente progressista, com a defesa individual da liberdade

A nossa tarefa educacional é simultaneamente a tarefa de uma transformação social, ampla e emancipadora. Nenhuma das duas pode ser posta à frente da outra. Elas são inseparáveis. A transformação social emancipadora radical requerida é inconcebível sem uma concreta e ativa contribuição da educação no seu sentido amplo, tal como foi descrito nesse texto. E vice-versa: a educação não pode funcionar suspensa no ar. Ela pode e deve ser articulada adequadamente e redefinida constantemente no seu inter-relacionamento dialético com as condições cambiantes e as necessidades da transformação social emancipadora e progressiva em curso. Ou ambas têm êxito e se sustentam, ou fracassam juntas. Cabe a nós todos [...] mantê-las de

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de expressão que quando relacionada à educação denotaria o significado de

liberdade de cátedra no exercício da docência.

Inserida em um regime democrático, a autonomia poderia vir a assumir uma

conotação paradoxal pois ao mesmo tempo em que seu caráter de liberdade é

incontestável, por outro lado a autonomia pode ser reivindica no intuito de legitimar

ações docentes que não se coadunam com um projeto pedagógico coletivamente

teorizado ou pior, onde a autonomia é reclamada como álibi para defender

interesses corporativos.

A autonomia neoliberal na ótica do referido autor assume a postura de

tentativa dos órgãos gestores do sistema de introduzir mecanismos de competência

e qualidade próprios das leis de livre mercado com a escola e seus projetos se

convertendo em agências captadoras de clientes onde dependendo da demanda, ao

invés da população escolher a escola como sugere tal política a escola seleciona

seus alunos dentre os “mais aptos” dentre sua clientela.

Carbonell finaliza seu espectro de significados atribuídos ao termo autonomia

com esta assumindo um caráter associado à diversidade e criatividade pedagógica e

desta forma inovadora.

Nesta acepção a autonomia representaria em suas palavras:

Associado à educação formal no Brasil os primeiros registros do conceito de

autonomia estão relacionados ao “Código de Educação do Estado de São Paulo”

(Decreto no. 5.884 de 21 de abril de 1933), eborado por Fernando de Azevedo em

[...] um estímulo para, em um embate permanente com uma administração renitente a ceder espaço neste terreno, dotar de autoridade o coletivo docente para organizar de outra maneira o conhecimento, a gestão, os tempos e espaços em função do contexto da escola, de seu projeto educativo e das inovações em curso. (CARBONELL, 2002, P. 84)

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1933 reorganizava todo o sistema de ensino do Estado de São Paulo (AZANHA,

1995), nele contanto:

No que diz respeito às Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional tanto

a Lei no. 4024/61 quanto a reforma educacional representada pela Lei 5692/71,

muito embora não explicitem o termo autonomia, determinam a norma de que cada

estabelecimento de ensino, público ou particular, deveria se organizar por meio de

regime próprio.

Estas apresentavam respectivamente os seguintes textos com relação a este

tema:

Art. 239 - Assegura-se ao professor autonomia didática, dentro das normas técnicas gerais indicadas pela pedagogia contemporânea.

Art. 43. Cada estabelecimento de ensino médio disporá em regimento ou estatutos sobre a sua organização, a constituição dos seus cursos, e o seu regime administrativo, disciplinar e didático.(LDB no. 4024/61)

Art. 2º O ensino de 1º e 2º graus será ministrado em estabelecimentos criados ou reorganizados sob critérios que assegurem a plena utilização dos seus recursos materiais e humanos, sem duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes. Parágrafo único. A organização administrativa, didática e disciplinar de cada estabelecimento do ensino será regulada no respectivo regimento, a ser aprovado pelo órgão próprio do sistema, com observância de normas fixadas pelo respectivo Conselho de Educação.(LDB 5692/71)

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O estabelecimento dos regimentos escolares por parte das unidades

escolares constituiu-se no início do processo de autonomia escolar, uma vez que

este é uma condição administrativa para as tarefas essenciais da escola entendidas

como a eleboração e execução de um projeto pedagógico.

Consoante a este aspecto a Resolução do Conselho Nacional de Educação

Número 2/98 (Brasil, MEC, CNB/CEB, 1998) estabelece:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no. 9394/96 deixa os

aspectos relacionados a autonomia da escola e projeto pedagógico de forma mais

evidente onde em seu Artigo 14, observa-se:

Ainda na LDB no. 9394/96 é possível inferir-se o sentido da autonomia, agora

de forma a especificar as atribuições docentes, observando-se:

Art. 3º. São as seguintes as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental:

I - As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas:

a) os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum;

b) os princípios dos Direitos e Deveres da Cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

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Pelo exposto permite-se inferir a partir desta lei a facultabilidade à escola de

elevado nível de autonomia vislumbrando-se grandes possibilidades de autonomia e

gestão democrática.

A relação centralização/descentralização é elemento constitutivo do sistema

federativo que indica a divisão de responsabilidades entre as diferentes esferas

administrativas, sendo este processo associado à própria história da democracia no

Brasil, ocorrendo em ciclos de alternância. (CUNHA, 1991)

O projeto educativo da escola conforme refere Carbonell (2002) constitui-se

em uma simbiose entre a tradição pedagógica da escola e a necessidade de ir se

modificando com o passar do tempo, refletindo em grande medida sua identidade,

fato muitas vezes ignorado pelas administrações públicas dos sistemas com suas

tentativas regulares de converter as “escolas em suas sucursais uniformes e

clonadas.” (p. 36)

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

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Atualmente é possível verifica-se este fato ao observarmos a política de

Educação desenvolvida pela atual gestão do Estado de São Paulo, onde segundo a

mesma, a descentralização proporcionada pela LDB 9394/96 acarretou danos à

educação pública paulista deixando claro este aspecto na apresentação de sua

Proposta Curricular unificada, a ser aplicada em todas as escolas da Rede Pública

Estadual, registrando em seu documento introdutório:

A relação entre a proposição anterior e uma política pública atrelada ao

modelo neoliberal de gestão aplicado à educação é evidente. Esta concepção

ideológica relaciona-se à educação estabelecendo a necessidade de criação de

mecanismos de controle e avaliação da qualidade dos serviços educacionais (na

ampla esfera dos sistemas e, de maneira específica, no interior das próprias

instituições escolares, além da necessidade de articular e subordinar a produção

educacional às necessidades estabelecidas pelo mercado de trabalho (GENTILI,

1996).

Ainda relacionado a este quadro esse perfil de educação pauta-se por mrio de

parâmetros relacionados à “qualidade total” como otimização dos recursos,

eficiência e produtividade passam a regular a política de educação e a escola vê-se

integrada a lógica do mercado. Sobre este aspecto destaca ainda Gentili (1996):

“A criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que deu

autonomia às escolas para que definissem seus próprios projetos

pedagógicos, foi um passo importante. Ao longo do tempo,

porém, esta tática descentralizada mostrou-se ineficiente.” (SEE,

São Paulo, p. 5, 2008.

As políticas educacionais implementadas pelas administrações neoliberais permitem reconhecer uma série de regularidades que, para além das especificidades locais, caracterizam e unificam as estratégias de reforma escolar, levadas a cabo por esses governos. Poderíamos dizer que existe um consenso estratégico entre políticos, tecnocratas e intelectuais conservadores sobre como e com que receitas enfrentarem a crise educacional. Obviamente, tal

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A autonomia conquistada na LDB 9394/96 no que diz respeito a proposta

pedagógica da escola e as atribuições relacionadas aos docentes foram de certa

forma cerceadas na atual política educacional adotada pelo Estado de São Paulo.

Destaca-se que não se desconsidera aqui o fato de que as Secretarias de

Educação terem a responsabilidade de fazer as escolas funcionarem como uma

rede e, para isso, precisam que os professores tomem conhecimento de normas e

diretrizes de modo a caracterizar a necessária unidade política e administrativa da

getão de um sistema, porém não destituindo os agentes escolares dos mecanismos

de discussão e elaboração das mesmas.

Conforme destaca Lima (1996) as escolas possuem uma relação de

dependência com seu respectivo sistema de ensino, não funcionando isoladamente,

entretanto registra que esta dependência deve ser relativa dando margem à

autonomia das mesmas, onde:

A subjugação total da escola à imposição normativa, levada a cabo pelo Estado e pelos sistemas globais de controle, transformando-a num campo de reprodução, condenando os atores e despojando-os das suas margens de autonomia e liberdade e das suas capacidades estratégicas. [...] (por outro lado) a escola não será apenas uma instância hetero-organizada para a reprodução, mas também será uma instância auto-organizada para a produção de regras e a tomada de decisões, expressão possível de atualização de estratégias e de usos de margens de autonomia dos atores. (p. 31)

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Ao instituir a proposta curricular da forma como se procedeu e a conseqüente

homogeneização pedagógica promovida pela Secretaria de Educação do Estado de

São Paulo, destituiu-se as escolas de suas identidades/peculiaridades e professores

do processo decisório acarretando entre outros aspectos, o fato das escolas

sentirem-se desoneradas da responsabilidade pelo êxito do próprio trabalho.

No que diz respeito aos docentes, estes ao serem desconsiderados na tarefa

de planejar, selecionar conteúdos e estratégias para desenvolvimento do seu fazer

docente, tornam-se agentes de terceiros, técnicos que devem agora procurar meios

mais eficazes para os problemas que os outros definiram no seu lugar.

A destituição de parte do seu fazer profissional reforça a idéia de um semi-

profissionalismo imposto à categoria, onde além da falta de condições para refletir

sobre a própria prática, estes tornam-se receptivos a “benefícios” proporcionados

pelos orgãos administrativos, onde segundo Contreras (2002)

O esvaziamento do trabalho do professor é “compensado” com uma

suplementação salarial denominada “bonus” que por meio de uma política

meritocrática confere ao professor o papel que dele se espera, o trabalho físico de

(...) Assim, quando se compara os professores com essas características, a conclusão mais habitual a que se chegar é que a única denominação possível a ser atribuída é a de semiprofissional, já que se considera que lhes falta autonomia com relação ao estado que fixa a prática, carentes de um conhecimento próprio especializado e sem uma organização exclusiva que o acesso e o código profissional. (p. 57) 

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aplicar o planejado por profissionais considerados melhores capacitados para esta

tarefa, denotando a clássica divisão social do trabalho (físico versus intelectual).

A forma como a categoria profissional docente absorve propostas externas ao

seu cotidiano que não valorizão seus saberes e práticas cotidianas, e entedendo-se

o exercício da profissão como parte de suas identidades indaga-se se esta é uma

postura ideologicamente consciente ou já é uma consequência das condições de

proletarização impostas à esta categoria?

Conforme nos lembra Romão (2007) o profissional da educação, de forma

mais específica o professor, atingido frontalmente por esta política responde de que

forma a tais condições?

1º. Resisti ativamente?

2º. Desisti da profissão?

3º. Fingi que nada é com ele?

4 – RESISTÊNCIA EM EDUCAÇÃO

Em que pese todos os avanços que se possa ter em termos de estrutura e infra-estrutura na escola pública, se o humano que nela trabalha e estuda não tiver suas necessidades atendidas, ela não alcançará o êxito esperado pela sociedade. O ofício do professor, portanto, não é parte de uma engrenagem, mas é único, humano, e, como tal, precisa ser apoiado e valorizado. (CNB/CEB 9/2009)

[...] tanto mais admitimos que há impossibilidade do amanhã diferente implica a eternidade do hoje neoliberal que aí está, e a permanência do hoje que mata em cada qual a possibilidade de sonhar. (FREIRE, 1996)

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O conceito de resistência que gostaríamos de assumir neste texto trate talvez

da qualidade de um corpo que resiste a ação de outro corpo que se recusa à

submissão a qualidade de outrem (Houaiss, 2010), conceito este que assumiu em

determinados momentos da nossa história ares de virtuosidade e heroísmo, como

por exemplo, na França ocupada na segunda grande guerra e no Brasil quando do

regime militar da década de 1960.

Este conceito quando aplicado à Educação deve assumir não o caráter de

algo que resiste ao movimento do corpo, forçando-o a imobilidade, mas a resistência

que se põe a algo que o oprime.

A opressão a que se refere o conceito de resistência neste momento pode ser

representada pela imposição de um currículo prescrito como o apresentado pela

Secretaria de Educação do Estado de São Paulo no ano de 2008.

Avaliando a perspectiva das Secretarias de Educação de modo geral é

legítimo o direito senão o dever e a responsabilidade que as mesmas possuem de

fazer as escolas funcionarem como uma rede, fazendo com que professores tomem

conhecimento de certas normas e diretrizes, se convençam de sua legitimidade e

passem a agir de acordo com as expectativas capazes de caracterizar a unidade

política e administrativa da gestão de um sistema ou rede.

Trataremos a questão da resistência neste estudo na perspectiva de uma

relação de interdependência entre os conceitos de classe social, poder, ideologia e

cultura, conforme proposição apresentada por Giroux (1983).

O conceito de classe diz respeito a localizações estáveis e estruturalmente

determinadas na esfera das relações sociais de produção, e dos conseqüentes

papeis determinados às mesmas decorrentes desta estrutura.

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A concepção de classe desta forma delineia-se em uma orientação marxista,

onde tendo como base as relações sociais de produção, as classes constituem-se a

partir destas relações, em particular nas relações de classes entre si e seus

antagonismos, uma vez que nesta estrutura o bem-estar de uma classe atrela-se de

forma específica à privação da outra. Quando da proposição inicial desta

classificação, as classes originais a se oporem, eram constituídas pelos detentores

dos meios de produção denominados burgueses e aqueles que eram explorados por

estes denominados proletários, ou seja, aqueles que constituíam a mão de obra

assalariada.

Atualmente as classes sociais são constituídas por um número maior de

estratos considerando-se a perspectiva assumida, onde além do aspecto econômico

somam-se a isso as relações de poder.

As classes constituem-se no sentido da defesa de interesses que lhes são

comuns na manutenção ou mudança das relações de produção/exploração

estabelecidas.

A consciência de se estar inserido em uma classe permite ao indivíduo a

assunção de uma série de pressupostos que lhe permitirão posicionar-se de forma

efetiva em relação ao sistema como um todo no sentido de afirmá-lo, negá-lo ou

transformá-lo.

Diversas são as possibilidades/estratégias na tentativa de se estabelecer o

controle sobre a estrutura social uma delas é representada pelos conhecimentos a

serem socializados, seja na educação formal, informal e não-formal.

A Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo ao instituir a

proposta curricular “São Paulo faz escola” (SEE-SP, 2008) o fez no interesse de

que, em suas palavras, buscar-se o incremento da “qualidade”, “produtividade” e

“Otimização dos recursos”, termos cujo campo semântico se situa no âmbito mais

propriamente do campo empresarial do que da Educação Formal.

A consciência desta postura assumida pela Secretaria Estadual de Educação

seria capaz de suscitar resistência por parte do professores responsáveis pela sua

aplicação, pelo fato destes não compactuarem com estes referenciais (ideologia)

associados à política pública de educação.

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No caso específico deste estudo a resistência poderia se justificar pelo fato de

como foi idealizada e colocada em prática esta Proposta, onde não se registrou

nenhum processo formal de consulta aos professores quando da sua confecção,

sendo “eleitos” para estas tarefas especialistas contratados, muitas vezes alheios

aos sistemas de mensagens, códigos e rotinas que caracterizam o dia-a-dia da sala

de aula.

A Proposta Curricular prescrita pela Secretaria de Educação do Estado de

São Paulo da forma como foi confeccionada e implementada seria capaz de suscitar

comportamentos de resistência tendo em vista o choque cultural frente a alguns dos

conteúdos inseridos na mesma. Assim, pode-se fundamentar o eventual

comportamento de resistência conforme observa Hall e Jeferson (1976) citados por

Giroux (1983) onde:

O conceito de cultura apresentado permite entender eventuais atos de

resistência demonstrados tanto por parte dos professores quanto dos alunos pelo

fato dos mesmos não compartilharem ou compactuarem com os “mapas de

significados” ofertados no documento em questão.

A posição de assumida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo

para o desenvolvimento desta Proposta é fiel às concepções tradicionais e liberais

de educação onde esta atividade se encontra submetida aos preceitos da eficiência

e da adequação ao sistema (mercado).

Cultura é a forma distintiva na qual a organização material e social da vida se expressam. Uma cultura inclui “os mapas de significado” que tornam as coisas inteligíveis aos seus membros. Esses “mapas de significado” não são simplesmente trazidos na mente: São objetivados em padrões de organizações sociais e relações através dos quais o indivíduo se torna um indivíduo social. Cultura é o modo pelo qual as relações sociais de um grupo são estruturadas e moldadas, mas é também a maneira pela qual essas formas são experimentadas, entendidas e interpretadas. (p. 138)

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Giroux (1983) destaca que a escola imbuída dos preceitos do mercado não

cabe a mesma questionar a relação entre escolas e ordem industrial, devendo a

mesma situar-se como instituição “neutra”, tendo por objetivo fornecer aos alunos o

conhecimento e as habilidades necessárias para se adaptarem com sucesso à

sociedade. (GIROUX, 1983)

A postura de resistência frente à ótica anteriormente apresentada deveria ser

decorrente da consciência por parte do professor de que a educação não se presta

exclusivamente para formar pessoas a execução tarefas, mas também em formar

pessoas que pensem a realidade e a recriem em um processo que vá além do puro

ajustamento ao mercado, que busque uma formação ampla, rigorosa e significativa

tendo como fim último a autonomia.

A resistência frente à Proposta Curricular pelo professor poderia ser

decorrente da mesma constituir-se em elemento que destitui o professor de parte

significativa e essencial do seu trabalho, que é o de, a partir da realidade na qual

desenvolve sua prática docente ter o direito de selecionar conteúdos e estratégias

capazes de satisfazer as necessidades específicas do seu contexto.

A este respeito temos na LDB 9394/96 no Título IV que trata “Da Organização

da Educação Nacional” em seu Artigo 13 estabelece:

A resistência em relação à Proposta Curricular poderia ser decorrente da

mesma estabelecer conteúdos uniformizados para uma rede rica em

heterogeneidade transformando as escolas em agências “pasteurizadas”, locais de

instrução, que conforme nos lembra Coelho (2006)

Os docentes incumbir-se-ão de:

I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.

[...] em organização que transmite saberes reduzidos a informações e banalizados, estereótipos, preconceitos, repetição do que já foi dito, produtos, disciplinas, conteúdos curriculares, como se fossem certezas de uma nova religião, verdades prontas e acabadas, resultados alcançados, pontos de chegada, enfim, imposição de esquemas de poder, de formas de ação e reação. (p.

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Giroux (1983) propõe entendermos a escola como espaços culturais, como

arenas de contestação e de luta entre grupos de diferentes poderes culturais e

econômicos, e decorrentes desta condição a possibilidade das escolas a

constituírem suas subjetividades.

A resistência a esta proposta curricular uniformizadora poderia ser

representativo também de uma oposição ao modo pelo qual o poder distribui

funções na sociedade, no interesse de ideologias e formas de conhecimento

específicas, a fim de apoiar as preocupações econômicas e políticas de

determinados grupos e classes.

Observa-se neste momento a necessidade de registrar a distinção entre os

comportamentos de resistência atrelados a interesses corporativos e muitas vezes

não-profissionais daqueles que se orientam ao pensamento crítico e a ação reflexiva

com capacidade de fornecer elementos à formulação de uma consciência de classe

baseada na discussão das questões de poder e determinação social, ou seja, uma

resistência de cunho emancipatório.

A incapacidade do professor de resistir a políticas expropriatórias do seu fazer

pedagógico, relaciona-se de forma direta com as limitações frente a uma educação

emancipatória. A educação emancipatória se firma a partir do compromisso político

com uma práxis libertadora e com a capacidade de lidar com as pressões as quais

estão submetidos.

Já há algumas décadas a categoria profissional do magistério tem sua

condição de vida vilipendiada e conforma nos lembra Arroyo (2010) “o professor é

somente uma parte da pessoa”, seria justo exigir de alguém capacidade de reflexão

a uma categoria que a anos sofre dos males das políticas educacionais colocadas

em prática?

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Sobre esta condição Gadotti já há algum tempo referiu sobre a condição

docente:

A despeito de todo este quadro a mudança só se tornará possível a partir da

tomada de consciência desta condição e da capacidade de manter a indignação

frente a esta condição: resistência ideológica e física.

5. TRABALHO DOCENTE E ALIENAÇÃO

A política educacional do regime militar está exigindo, já a mais de 10 anos, 44 aulas semanais para o professor, que deve correr de instituição, disputando aulas sem saber se vai conservá-las nos anos seguintes. Além de ser uma profissão instável e sacrificada é mal paga. Chegamos em 1979, com os mais baixos salários da década, e com professores ministrando 70 aulas por semana (...) O professor é um dos pontos mais frágeis do sistema de opressão capitalista. O índice de neuroses dos professores é o mais elevado de todas as categorias sociais.” (1987, p. 125)

O papel do professor é muito importante na sociedade, só que ninguém dá esta importância, então quando você abandona o profissional, a tendência deste profissional é deixar para lá. Na verdade a gente não tem dignidade para trabalhar, a gente tem que aquentar muitas coisas na sala de aula e isto vai deixando você com o espírito cada vez mais pobre. (Professora Celsa Lopes. Depoimento ao filme “Pro dia nascer feliz”, João Jardim, Brasil, 2006)

[...] para oprimir uma classe é preciso ao menos garantir-lhe as condições mínimas que lhe permitam ir arrastando a existência servil.

(Marx e Engels (2002)

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Para muitos entre os brasileiros o primeiro contato com o termo alienação

remete a obra de Machado de Assis denominada “O alienista”, onde o protagonista

da história tomado por extremo censo de rigor científico, próprio de século XIX,

elabora uma taxinomia, e passa a classificar a condição psiquiátrica das pessoas,

percebendo-se o único são interna-se com vista a preservar a própria integridade.

Atualmente o termo alienação é codificado de forma polissêmica, indo além

do sentido proposto por Machado de Assis, relacionado à condição psicológica,

conforme observa-se nas significações propostas por Ferreira (2004, p. 32):

O significado que associa alienação a condição do estado

psicilógico/sociológico do indivíduo permerá o foco da discussão a ser desenvolvida

em sua relação com o exercício profissional do magistério.

A relação entre conceitos de alienação e trabalho é histórico, observando-se

uma ligação recíproca entre sujeito, objeto e condições concretas específicas. A

história afirma que o homem evoluiu de acordo com seu trabalho. Portanto, a

diferença do homem em relação às outras especies está na sua criatividade a

procurar soluções para seus problemas, a partir da prática do trabalho desenvolve-

se o raciocínio de forma a operar e promover uma interação cada vez mais eficiente

com o meio.

Ao buscarmos a relação entre as categorias trabalho docente e alienação

optou-se por uma eleboração teórica inicial da categoria trabalho, a partir da

perspectiva marxista, e daí a relação entre esta e a categoria alienação, seguidas de

considerações acerca do trabalho docente alienado.

5.1 – Conceituando Trabalho

  Alienação: 1. Ato ou efeito de alienar (-se). 2. Cessão de bens. 3. Enlevo, arrebatamento. 4. Falta de conciência dos problemas políticos e sociais. 5. Psiq. Afastamento da sociedade; sensação de marginalidade.

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O trabalho conceituado no referencial marxista como produção do humano,

constituindo-se no modo como o homem se insere na ordem social e produz nova

ordem, pelas mudanças nas relações humanas e pela mudança nas relações dele

com a natureza estabelecendo as condições de sua sobrevivência. Observa Marx:

Como observado a ação humana difere da atividade irracional dos outros

animais pela objetivação imposta ao ato criativo constituindo-se o trabalho, nesta

ótica, a própria expressão da atividade humanizadora do homem.

O trabalho desta forma produz e reproduz a via humana, tornando o homem

social, porém em sua evolução histórica observa-se a passagem do trabalho livre no

O trabalho é, em primeiro lugar, um processo de que participam igualmente o homem e a natureza, e no qual o homem espontaneamente inicia, regula e controla as relações materiais entre si próprio e a natureza. Ele se opõe à natureza como uma de suas próprias forças, pondo em movimento braços e pernas, as forças naturais de seu corpo, a fim de apropriar-se das produções da natureza de forma ajustada a suas próprias necessidades. Pois, atuando assim sobre o mundo exterior e modificando-o, ao mesmo tempo ele modifica a sua própria natureza. Ele desenvolve seus poderes inativos e compele-os a agir em obediência à sua própria autoridade. Não estamos lidando agora com aquelas formas primitivas de trabalho que nos recordam apenas o mero animal. Um intervalo de tempo imensurável separa o estado de coisas em que o homem leva a força de seu trabalho humano ainda se encontrava em sua etapa instintiva inicial. Pressupomos o trabalho em uma forma que caracteriza como exclusivamente humano. Uma aranha leva a cabo operações que lembram as de um tecelão, e uma abelha deixa envergonhados muitos arquitetos na construção de suas colméias. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é que o arquiteto ergue a construção em sua mente antes de a erguer na realidade. Na extremidade de todo processo de trabalho, chegamos a um resultado já existente antes na imaginação do trabalhador ao começá-lo. Ele não apenas efetua uma mudança de forma no material com que trabalha, mas também concretiza uma finalidade dele próprio que fixa a lei de seu “modus operandi”, e à qual tem de subordinar sua própria vontade. E essa subordinação não é um ato simplesmente momentâneo. Além do esforço de seus órgãos corporais, o processo exige que durante toda a operação, a vontade do trabalhador permaneça em consonância com sua finalidade. Isso significa cuidadosa atenção. Quanto menos ele se sentir atraído pela natureza de seu trabalho e pela maneira por que é executado, e, por conseguinte, quanto menos gostar disso como algo em que emprega suas capacidades físicas e mentais, tanto maior atenção é obrigado a prestar. (MARX, O capital, I, p. 197-198)

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mundo pré-industrial (produção artezanal) a produção em série na sociedade

industrial.

Nesta nova ordem o trabalho despe-se de sua característica humanizadora

para assumir uma postura antagônica a esta ótica, destituindo-se da classe

denominda proletária o controle ou mesmo a consciência do processo produtivo

como um todo, constitindo-se agora o trabalho contornos de uma atividade não

humanizadora.

Inserido nas configurações do mercado o trabalho fragmentou-se e consoante

as razões do capital passa a fundametar-se no lucro (mais-valia) que em sua

efetivação passa necessariamente pela exploração (sobretrabalho) do homem pelo

seu semelhante.

5.2 – Trabalho e alienação

A exploração das forças de trabalho, acaba por determinar a externalização

do trabalho ao trabalhador elemento base ao conceito de alienação onde o homem

não se realiza em seu trabalho, pois este torna-se expressão de exploração.

Marx (1978) ao lidar com o tema alienação, refere que esta se manifesta a

partir do momento que o objeto fabricado se torna alheio ao sujeito criador, ou seja,

ao criar algo fora de si, o sujeito criador se nega no objeto criado.

Mészáros (1981) ao tratar do tema afirma que a atividade produtiva é fonte da

consciência e a conciência alienada é reflexo da atividade alienada ou da alienação

da atividade, isto é, da auto-alienação do trabalho.

Desumanizado e fragmentado o trabalho confere esta condição a

personalidade humana, sendo sua expressão a alienação que é caracterizada por

Marx (1964) em quatro dimensões:

[...] a alienação não se revela apenas no resultado, mas também no processo da produção, no interior da própria atividade produtiva. Como poderia o trabalhador estar numa relação alienada com o produto da sua atividade, se não se alienasse a si mesmo no próprio ato da produção?

(Marx, 1964)

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- Alienação do trabalhador em relação ao produto do seu trabalho;

- Alienação do trabalhador em relação ao processo de produção;

- Alienação do trabalador em relação ao caráter genérico de homem;

- Alienação do trabalhador em relação ao outro homem.

O processo de alienação/estranhamento do trabalhador em relação ao

produto do seu trabalho observa-se quando este passa a não pertencer ao

trabalhador sendo apropriado por outro.

Relacionada ao processso de producação a alienação verifica-se quando da

atividade assumir caráter eminentemente mecânico, repetitivo, substituindo-se o

prazer da criação pelo cansaço, a fadiga o estranhamento.

A alienação em relação ao caráter genérico do homem observa-se quanto do

estranhamento do trabalhador no que se refere ao respeito ao seu gênero, sua

humanidade, onde a invez da noção social, o outro é visto como inimigo,

concorrente, intensificando a individualidade frente aos outros homens.

Na última forma de alienação ao trabalho proposta por Marx, a que se refere

ao homem e relação aos outros homens, nesta o homem passa a não se reconhecer

no outro, chegando a considerá-lo, um concorrente, um inimigo, um opressor.

5.3 – Trabalho docente alienado

Na tentativa de estabelecermos a relação entre o conceito de alienação

proposto por Marx e o trabalho docente passaremos inicialmente por classificar o

trabalho docente para em seguida buscarmos as relações devidas ao processo de

alienação anteriormente referido.

[...] em geral a proposição de que homem está alienado do seu ser genérico, significa que um homem está alienado dos outros, e que cada um dos outros e que cada um dos outros se encontra se encontra igualmante alienado da essência humana. [...] Quando o homem se cotrapõe a si mesmo, entra igualmente em oposição com os outros homens. (Marx, 1993, p. 166)

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O trabalho docente constitue-se em atividade cujo desenvolvimento verifica-

se junto à Educação, que relacionada a um determinado sistema social acaba por

assumir elementos próprios do mesmo.

O amplo processo de socialização denominado Educação que pretende-se

ater neste estudo que é aquele desenvolvido nos ambientes criados especificamente

para socializar o saber instituído e regulamentado pelo grupo, ou seja, a educação

escolar/formal.

A escola e sua educação formal pode se situar entre aquelas entidades que

conforme referência de Santos (2000) situam-se como espelhos da sociedade da

qual são oriundas, legitimando-as:

A sociedade da qual a escola e sua educação hoje é espelho fudamenta-se

em pressupostos como revolução tecnológica e ideologia do livre mercado,

economia de mercado global sem restrições, competição ilimitada e a minimização

do Estado na área econômica e social (GENTILI e SILVA, 2001).

Embora o trabalho docente, não configure um trabalho material, em que o

produto é orientado para o lucro e pelo consumo, este te de se adequar às

orientações do mercado. Inserido em um sistema educacional proposto por esta

ordem social, o tabalho docente adequa-se a uma outra decorrência direta desta,

onde verifica-se a clássica divisão social do trabalho onde alguns situam-se entre os

trabalhadores intelectuais e os outros manuais.

Adotando a perspectiva apresentada por GRAMSCI (2002, p. 52) “não há

atividade humana que possa excluir toda intervenção intelectual, entende-se não se

pode separar o homo faber do homo sapiens”, porém observa-se um sentido

ideológico ao tentar se impor por meio de determinadas medidas a ênfase sobre o

São conjuntos de instituições, normativas, ideológicas que estabelecem correspondência e hierarquias entre campos infinitamente vastos de práticas sociais. São essas correspondências e hierarquias que permitem reiterar identificações até o ponto de estas se transformarem em identidades. A ciência, o direito, a educação, a informação, a religião e a tradição estão entre os mais importantes espelhos das sociedades contemporâneas. O que eles refletem é o que as sociedades são. (p. 47 e 48)

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fazer reprodutivo sobre a atividade intelectual/reflexiva relacionada ao trabalho

docente.

Esta divisão pode ser representada pela confecção de um documento oficial

denominado Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1996) que se tratou uma

forma inicial de tentativa de unificação curricular elaborada por um grupo de

especialistas e sua forma mais acabada representada pela Proposta Curricular

confeccionada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Ao destituir o professor de parte significativa do seu trabalho, o planejar

considerando suas expectativas e a de seus alunos, seu contexto social, denota-se

deste fato um elemento essencial para se deflagrar um processo de alienação ou

estranhamento em relação ao se fazer pedagógico.

Assim, os professores subestimados da sua capacidade de planejar,

relegados à condição de “piloto de apostila” (VASCONCELOS, 2001) decorrente da

implantação dos currículos apostilados, construídos por especialistas distantes ao

contexto escolar, é natural que muitos passem a não se reconhecer em tais práticas

e desta forma a caracterizar a clássica conceituação de alienação do professor em

relação ao seu trabalho.

6. METODOLOGIA

A realização deste estudo pretende utilizar como sustentação metodológica

uma abordagem qualitativa de pesquisa, que segundo CHIZZOTTI (2001), enfatiza-

se na descrição, na teoria fundamentada e no estudo das percepções/opniões

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pessoais e, de acordo com Gil (1999), permite conhecer e interpretar os discursos e

as ações ocorridas no contexto social.

Fizeram parte deste estudo 21 professores de Educação Física da Rede

Estadual de Ensino, São Paulo, dos níveis fundamental e médio, com perspectivas e

tempo de formação diversificados, estando os mesmos alocados junto à Diretoria

Regional de Ensino Sul-02 da Cidade de São Paulo.

O instrumento utilizado constitui-se de uma entrevista semi-estruturada,

composta por questões abertas e fechadas, buscando-se a organização e o

encadeamento das idéias de modo a permitir reflexão e análise das temáticas

consideradas no estudo.

A entrevista foi estruturada na seguinte forma:

a) Informações gerais: formação e experiência docente;

b) Posicionamento em relação à política curricular em desenvolvimento, adotada

pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP).

c) Concepção pessoal de autonomia pedagógica e a relação desta com a atual

política de educação desenvolvida pela SEE-SP.

Os professores, sujeitos deste estudo foram escolhidos por meio de contatos

pessoais, o que permitiu buscar indivíduos que estão diretamente relacionados com

a temática em estudo (TRIVIÑOS, 1987). Os professores foram entrevistados no

próprio local de trabalho, em data e horários previamente estabelecidos em comum

acordo entre estes e o propositor do estudo.

Com vistas à análise e interpretação dos dados colhidos na entrevista na parte

relacionada à caracterização dos sujeitos (questões fechadas) estes foram

analisados por meio da estatística descritiva.

Para a orientação do processo das questões abertas relacionadas ao

posicionamento do professor de Educação Física frente à Proposta Curricular da

SEE-SP e autonomia pedagógica foi utilizada a técnica de análise de conteúdo

(BARDIN, 1995) procurando-se extrair das respostas apresentadas “[...] significados

temáticos ou os significantes lexicais [...]” (CHIZZOTTI, 2008, p. 114).

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A categorização foi assumida “a priori” e “a posteriori”, onde face à literatura

consultada buscaram-se como unidades de registro as palavras ou expressões

relacionadas às temáticas deste estudo ou outras cujo contexto (unidades de

contexto) sugerisse as primeiras de acordo com o enunciado pelos autores que

fundamentam esta metodologia.

Apresentação e discussão dos resultados

De maneira à responder os objetivos do estudo, os dados foram organizados

em categorias, sendo estas:

Concepção pessoal de objetivos relacionados à disciplina Educação Física

pessoal;

Adesão e suas justificativas frente à proposta curricular do Estado de São

Paulo;

Resistência e suas justificativas frente à proposta curricular do Estado de São

Paulo;

Autonomia pedagógica pelo professor de Educação Física.

Tempo de formação e atitude frente à Proposta Curricular “São Paulo, faz

escola” da Secretaria Estadual de Educação.

Das categorias de análise

Com relação à concepção epistemológica adotada pelo professor de Educação

Física formam confeccionados “a priori” as seguintes categorias:

a) Educação Física com fundamentação técnica instrumental;

b) Educação Física com fundamentação crítica humanístico.

A eleição destas categorias realizada “a priori” deu-se em função das

concepções pedagógicas vigentes na área, sendo estas apresentadas na

fundamentação teórica apresentada.

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O nível de uso da Proposta Curricular foi analisado por meio da elaboração

das seguintes categorias “a priori”, respeitando a seguinte escala composta pelos

seguintes níveis:

c) Integralmente.

c1)Boa qualidade do material;

c2) Recebe cobrança para a aplicação;

d) Parcialmente.

d1) restrições à qualidade da Proposta;

d2) condições/contexto da escola/professor.

e) Minimamente.

e1) restrições à qualidade do material;

e2) condições/contexto da escola/professor.

f) Não usa.

As subcategorias foram estabelecidas “a posteriori”, a partir das respostas

apresentadas assumindo a configuração acima apresentada.

A qualidade da proposta foi analisado por meio da elaboração das seguintes

categorias “a priori”, respeitando a seguinte escala composta pelos seguintes níveis:

g) Ótima;

h) Boa:

h1), porém com necessidades de adequações nos conteúdos/estratégias;

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h2), porém com necessidades de adequações ao contexto da escola (alunos, espaço/tempo, materiais);

h3), porém com necessidade de participação do professor na elaboração.

i) Regular.

i1; necessidades de adequações nos conteúdos/estratégias;

i2) necessidades de adequações ao contexto da escola (alunos, espaço/tempo, materiais);

i3) necessidade de participação do professor na elaboração.

j) Ruim

j1; necessidades de adequações nos conteúdos/estratégias;

j2) necessidades de adequações ao contexto da escola (alunos, espaço/tempo, materiais);

j3) necessidade de participação do professor na elaboração.

As subcategorias apresentadas assim como na questão anterior foram

estabelecidas “a posteriori”, a partir das respostas apresentadas assumindo a

configuração acima apresentada.

A avaliação dos aspectos positivos da proposta levantados junto aos

professores foram organizados para análise a partir das seguintes categorias

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confeccionadas “a posteriori” tendo em vista abrangência das respostas possíveis,

assumindo a seguinte configuração:

k) Prescrição do currículo em Educação Física;

l) Diversificação de conteúdos e estratégias;

m) Agregar conteúdos conceituais junto ao currículo da Educação Física.

n) Não há.

A avaliação dos aspectos negativos da proposta levantados junto aos

professores, assim como na questão anterior, foram organizados para análise a

partir das seguintes categorias confeccionadas “a posteriori” tendo em vista

abrangência das respostas possíveis, assumindo a seguinte configuração:

o) Falta de material adequado;

p) Não respeito ao tempo e espaço da escola;

q) Conteúdos alheios ao contexto da escola, defasados mal elaborados ou mal organizados;

r) Falta de capacitação do professor

O possível comprometimento da autonomia pedagógica foi analisado a partir

das categorias confeccionadas “a posteriori”, assumindo a seguinte configuração:

s) Não comprometeu a autonomia pedagógica, e auxiliou a prática docente;

t) Não comprometeu a autonomia pedagógica, não há cobrança da aplicação;

u) Comprometeu a autonomia pedagógica, impede proposta própria;

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v) Comprometeu a autonomia pedagógica, cobrança da aplicação.

A eleição desta metodologia e sua forma de análise, por meio das categorias

eleitas deram-se em decorrência da natureza do problema apresentado e da

possibilidade desta técnica permitir explorar os dados coletados e significá-los a

partir do contexto específico em que se apresentam.

7 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este estudo contou com a participação de 21 professores de Educação Física

vinculados a escolas estaduais da Diretoria Regional de Ensino Sul-02 da cidade de

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São Paulo, que ministram aulas nos níveis de ensino Fundamental II e Ensino

Médio, sedo 17 professores e 4 professoras, com idades distribuídas da seguinte:

Figura 1 – Distribuição da faixa estaria dos sujeitos da pesquisa

O dados apresentados neste gráfico permitem inferir que apesar dos sujeitos

deste estudo não terem sido selecionados por mecanismos de amostragem aleatória

houve uma distribuição equitativa entre as diversas faixas etárias consideradas.

Todos os professores de Educação Física participantes deste estudo foram

licenciados em Educação Física por Universidades ou Faculdades privadas

localizadas no Estado de São Paulo sendo que o tempo de formação dos mesmos

pode ser observado no gráfico a seguir:

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Figura 2 – Tempo de formação inicial dos sujeitos da pesquisa

Observa-se que aproximadamente 50% dos consultados possuem tempo de

formação de até 10 anos, dado que pode representar uma renovação dos quadros

ou uma tendência de abandono do magistério público nas escolas estaduais por

parte dos Professores de Educação Física.

Este abandono foi referido recentemente em reportagem do jornal Folha de

São Paulo, Caderno Cotidiano (21/03/2011) onde desde o início do ano letivo dois

professores ingressantes no ensino público estadual, recém-concursados,

abandonam a rede, sendo a principal justificativa apresentada por estes para o

abandono são as condições de trabalho na rede.

Dos 21 professores de Educação Física que tomaram parte deste estudo

quatro deles realizaram estudos de pós-graduação em nível de especialização e

dois realizaram complementação de estudos visando à aquisição da graduação em

Pedagogia. Com relação ao tempo de atuação no magistério dos mesmos observou-

se o seguinte:

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Figura 3 – Tempo de docência dos sujeitos da pesquisa

Observamos dentre os sujeitos deste estudo um perfil com baixo tempo de

magistério fato que pode ser explicado pela deflagração do número de cursos de

graduação em Educação Física onde em 1991 havia no Brasil 117 cursos e

atualmente registra-se 1031 cursos de graduação em Educação Física sendo a

maior concentração na região sudeste do país com aproximadamente 35% dos

cursos. (INEP, 2007)

Assim enquanto em outras disciplinas a carência de professores habilitados

para ministrar aulas, principalmente nas disciplinas da área de exatas, na Educação

Física temos uma das maiores relações candidatos/ vagas em concursos públicos.

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Dos 21 professores de educação Física consultados 12 deles são professores

efetivos, aprovados em concurso público e 9 são contratados denominados OFA

(Ocupante de Função Atividade). Com relação ao tempo de docência dos mesmos

na escola pública estadual observaram-se os seguintes resultados:

Figura 4 – Gráfico tempo de docência na escola pública do Estado de São

Paulo

Ao se confrontar os dados do Gráfico “Tempo de Docência” e do Gráfico

“Tempo de Docência no Estado” denota-se a existência de um efetivo processo de

renovação do quadro de professores de Educação Física desta Diretoria de Ensino

ou eventualmente de um abandono da carreira pública estadual.

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Este quadro de renovação compulsório pode em parte ser explicado por

pesquisa realizada pela APEOESP por meio do CEDES/DIEESE em setembro de

2010 onde aproximadamente 40% dos professores consultados se declararam

frustrados, cansados, exaustos em relação ao seu trabalho, sintomas próprios da

“Síndrome de Burnout”, ou de abandono.

Os professores consultados neste estudo demonstram um quadro comum

junto à docência desta disciplina que é a não exclusividade no ministro de aulas em

um mesmo nível de ensino conforme demonstrado no gráfico a seguir:

Figura 5 – Níveis de atuação no exercício da docência na escola pública do

Estado de São Paulo

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Os dados sugerem uma não especialização dos professores de Educação

Física em relação aos níveis de ensino, porém esta não especialização seria

decorrente de uma escolha ou das condições do mercado de trabalho?

A jornada de trabalho referente às aulas ministradas na escola estadual da

maioria dos professores consultados é cumprida em uma única escola (76.2%)

sendo a dimensão desta jornada em horas apresentada no gráfico a seguir:

Figura 6 – Jornada de trabalho desenvolvida pelos professores sujeitos da pesquisa

na escola pública do estado de São Paulo

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Esta jornada de trabalho na escola pública estadual é complementada em

outra escola pública (estadual, municipal, federal) ou privada ou mesmo em outras

profissões não relacionadas à docência formal de 7 dos professores consultados

(33.33%).

No que diz respeito ao tipo de acúmulo de cargo docente em outra escola e

sua procedência administrativa observou-se o seguinte resultado:

Figura 7 – Registro de acúmulo de cargo pelos professores sujeitos da

pesquisa e sua instância

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Com relação à carga horária total de trabalho docente dos professores de

Educação Física consultados formam observados os seguintes resultados:

Figura 8 – Carga horária total de trabalho docente desenvolvida pelos

professores sujeitos da pesquisa

Observa-se pelos dados apresentados que a maioria dos professores

consultados neste estudo (71.42%) possuem jornada de trabalho igual ou superior a

40 horas o que supõe que em se tratando de trabalho docente é natural que estes

profissionais recrutam de seu tempo livre horas para preparação do seu exercício

docente (preparação de aulas, correção de trabalhos/avaliações).

Pesquisa apresentada pela APEOESP por meio do CEPES/DIEESE (2010)

destaca que 63,6% dos 1615 consultados relataram trabalhar mais que 36 horas

semanais.

Este fato pode ser agravado quando consideramos que esta carga horária

não é cumprida em uma mesma escola, sendo necessário tempo para o trânsito

entre escolas uma vez que como observado à maioria deles (66.66%) compõe sua

carga em mais de uma instituição conforma demonstrado no gráfico a seguir:

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Figura 9 – Número de unidades escolares em que os professores sujeitos da

pesquisa desenvolve suas atividades docentes

Observa-se que a maior parte dos professores consultados tem condições de

realizar sua jornada de trabalho em uma única instituição colaborando com o quadro

referido por Romão (2007) onde o professor tornou-se literalmente em carreira,

correndo de uma instituição para outra de forma a compor uma jornada de trabalho

que lhe dê não acumulação, mas mínimas condições de sobrevivência.

O posicionamento dos professores frente à Proposta Curricular do Estado de

São Paulo passa a ser analisado a seguir. Em um primeiro momento foi-lhes

questionado qual deveria ser em suas opiniões o objetivo desta disciplina na escola,

uma vez que a concepção de Educação Física contida na Proposta se alinha

diretamente com vertentes mais sociológicas em oposição às vertentes mais

técnicas de fundamentação desta disciplina.

Para tanto suas repostas foram analisadas tendo como base a técnica de

Análise de Conteúdo (BARDIN, 1995) sendo a categorização assumida “a priori”

onde a partir do referencial teórico apresentado buscou-se como unidades de

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registro as seguintes palavras ou expressões relacionadas às categorias e

conseqüente concepção de Educação Física:

Educação Física:

Categorias

Código Unidades de Registro

Técnica a Técnica esportiva, rendimento,

desenvolvimento motor.

Crítica b Cidadania, cultura, contexto social.

Para apresentação deste resultado optou-se por uma abordagem quantitativa

efetuando-se a freqüência de aparição destes elementos nas respostas

apresentadas pelos professores participantes deste estudo.

Seguindo-se esta sistemática observou-se o seguinte resultado:

Figura 10 – Concepção de Educação Física adotada pelos professores

sujeitos da pesquisa

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Observamos que o campo conceitual referido para caracterizar a concepção

de Educação Física adotado pelos professores consultados se associa em grande

medida ao alinhamento crítico/cultural adotado para esta disciplina na Proposta

Curricular “São Paulo faz escola” (SEE/2008).

Assim, observa-se que uma eventual resistência ao desenvolvimento desta

Proposta Curricular junto à disciplina Educação Física não poderia ser acarretada

por este elemento, conforme registro na apresentação desta disciplina no

documento específico onde:

Depreende-se do exposto que elementos de resistência à Proposta Curricular

associados à disciplina Educação Física não poderiam partir da concepção de

Educação Física assumida pela mesma uma vez que parte significativa dos

professores compartilha ou assumiu a mesma.

Este aspecto permite uma associação às palavras de Gentili (1996) quanto a

capacidade de convencimento de algumas políticas educacionais:

No ensino da Educação Física escolar, pode-se partir do variado repertório dos conhecimentos que os alunos já possuem sobre diferentes manifestações corporais e de movimento, e buscar ampliá-los, aprofundá-los e qualificá-los criticamente. Desse modo, espera-se levar o aluno, ao longo de sua escolarização e após, a melhores oportunidades de participação e usufruto no jogo, esporte, ginástica, luta e atividades rítmicas, assim como a possibilidades concretas de intervenção e transformação desse patrimônio humano relacionado à dimensão corporal e ao movimentar-se – o qual tem sido denominado “cultura de movimento”. (SEE, 2008, p. 42)

Se o neoliberalismo se transformou num verdadeiro projeto hegemônico, isto se deve ao fato de ter conseguido impor uma intensa dinâmica de mudança material e, ao mesmo tempo, uma não menos intensa dinâmica de reconstrução discursivo-ideológica da sociedade, processo derivado da enorme força persuasiva que tiveram e estão tendo os discursos, os diagnósticos e as estratégias argumentativas, elaboradas e difundidas por seus expoentes intelectuais - num sentido gramsciano - por seus

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Questionados os professores sobre o fato de terem recebido orientações para a

utilização da proposta curricular estes responderam:

Figura 11 – Registro de orientações para utilização da Proposta Curricular

“São Paulo faz escola” aos professores sujeitos da pesquisa

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Pelos dados observa-se que a maioria dos professores consultados afirma

não ter recebido nenhuma forma de orientação para desenvolvimento desta

Proposta fato que contrasta com as palavras da Coordenadora Geral do Projeto

Maria Inês Fini, onde na Revista do Professor (SEE/SP, 2008 b), materiais como

apostilas, jornal e mídias (DVDs) foram enviados à todas as escolas da rede, com

orientações específicas para sua utilização na unidade escolar.

As palavras da Professora 8 apesar de refletir uma situação particular permite

uma visão de como parte da orientação para implementação desta Proposta se

verificou:

Consultados sobre o uso da proposta curricular, foi proposto aos professores

de Educação Física que respondessem esta questão a partir de uma escala

Não, nenhuma orientação. A gente simplesmente recebeu as revistinhas e:

“Olha vocês tem que trabalhar com esta revistinha, é necessário colocar lá no planejamento e no conteúdo do diário.”

O trabalho com a revistinha mesmo sendo assim, uma coisa totalmente fora da realidade, tem coisas muito boas na revistinha, mas tem coisas..., tem coisa que não tem sentido, que não tem condições,

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composta pelos níveis: integralmente, parcialmente, minimamente e não usa.

Observou-se o seguinte resultado:

Figura 12 – Descrição do nível de utilização da Proposta Curricular “São

Paulo faz escola” pelos professores sujeitos da pesquisa

Observa-se que parte significativa dos professores consultados (53,40%)

referiram a utilização da Proposta parcialmente, sendo as restrições apontadas

pelos professores relacionadas a qualidade do material ou a sua inadequação

contexto da escola.

A resposta apresentada pelo Professor 21 reflete esta dupla carência do

material além de apresentar uma crítica à sua própria formação:

[...] Parcial devido às condições como as unidades se apresentam e os conteúdos que é alguma coisa que apesar de ser interessante para poder usar aplicando no nosso meio apresenta limitações. Então por mais que tenhamos que adaptar, acaba fugindo do conteúdo central.

Na minha comunidade eu tenho a violência inserida e não tenho formação para trabalhar com lutas, não tenho, então ate onde eu posso desenvolver o Judô, o Karate, o Kung-Fu dentro da escola? Eu não tenho ferramentas

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Pode-se entender pelo exposto que ao se tentar estabelecer um currículo

unificado este em alguma medida irá encontrar entraves na sua utilização no que diz

respeito ao contexto da escola, seus alunos e conforma observado até da formação

do professor. Porém fica a indagação sobre a relevância do conteúdo apontado pelo

Professor 21 ao contexto da escola e sua provável “deficiência de formação”. O

professor tem lacunas em sua formação ou os conteúdos são desconexos da

realidade escolar?

Entre os professores consultados que assinalaram o uso da Proposta de

forma mínima (28.60%) a não adequação dos conteúdos ao contexto da escola é o

motivo deste posicionamento, conforme justificativa apresentada pelo Professor 3:

Com relação ao uso de forma integral da proposta relatado por 19% dos

professores consultados existe o uso pelo fato de se concordar com o material ou

pela cobrança exercida por diretores e coordenadores conforma relato apresentado

pelo Professor 10 e 20 respectivamente:

Agora, a grande, a maior parcela do material da proposta, ele não está de acordo com aquilo que a gente tem, ou você não tem o material para trabalhar, ou você não tem o tempo adequado, ou o espaço adequado. Então fica bem prejudicado, e se você for trabalhar com todo o material você prioriza aula teórica e não o movimento.

Os diretores e os coordenadores da escola querem que você fique preso a apostila, cobram o professor. (P – 10)

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Depreende-se daí que o papel dos diretores e coordenadores vai além

daquele sugerido na apresentação da proposta onde este deveria ser:

Indagados sobre a qualidade do material em Educação Física relacionado à

Proposta Curricular os professores consultados relataram seus posicionamentos em

relação a este em uma escala de composta pelos níveis: ótima, boa, regular e ruim,

sendo observados os seguintes resultados:

Figura 13 – Descrição da qualidade atribuída pelos professores sujeitos do

estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”

Esse segundo documento não trata da gestão curricular em geral, mas tem a finalidade específica de apoiar o gestor para que seja um líder e animador da implementação desta Proposta Curricular nas escolas públicas estaduais de São Paulo. (SEE/SP, 2008, p.9)

[...] a gente tem notícias de colegas que são obrigados a seguir tudo como está lá e é cobrado mensalmente: “Olha você não terminou a apostila 1.”, “Olha você não terminou a apostila 2.” (P – 20)

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Os resultados apresentados demonstram que os professores consultados em

sua maioria aprovam a qualidade da proposta sendo a qualificação “boa” referida por

52.38 % dos professores consultados, apesar de referências com relação à

necessidade de adequação em relação ao conteúdo e às características da escola.

A atribuição do nível de qualificação “boa” observo-se justificativas dispares

que variam desde certo comodismo como apresentado pela Professora 4 até uma

atitude mais ativa frente à proposta conforma apresentado pelo Professor 17, onde

registra-se respectivamente:

Vem caderninho todo bimestre, a gente trabalha o caderninho na sala também, ou pede para fazer a pesquisa em casa, aí eles pesquisam, completam o caderninho, a gente corrige, só que na proposta o que eles propõem na prática são materiais que a gente não tem. Propõem Tênis, Rúgbi, a gente não tem este tipo de material na escola, não tem este tipo de bola, nada, então... fica na teoria. (Professora 4)

O material é bom, ele oferta subsídios, ele te dá, te proporciona parâmetros para você segui-lo e também tem toda flexibilidade do professor, não é algo engessado. Você pode pegar aquilo para diversas atividades e se você sentir que aquilo

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A postura apresentada pelo Professor 17 nos parece possível tendo em vista

além da própria postura do professor a condição ofertada pela equipe gestora de

sua unidade escolar onde pelo observado registra-se um grau de autonomia

significativo em relação à aplicação rígida da Proposta Curricular.

A qualificação regular atribuída por 19.4% do professores consultados em

parte é atribuída à falta de adequação dos conteúdos/metodologias ou falta de

adequação às condições da escola, porém entre os professores que qualificaram a

Proposta Curricular desta forma o Professor 8 registra uma posição importante com

relação a autonomia pedagógica do professor onde:

O posicionamento apresentado pelo professor reflete uma postura condizente àquilo

que estabelece a LDBEN 9394/96 onde os docentes deverão “elaborar e cumprir

plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica da escola;” (Art. 13, inciso II),

mesmo com as limitações decorrentes da Proposta Curricular.

A qualificação “Ruim” foi atribuída por 28.60% dos professores consultados

onde a questão do não respeito ao contexto da escola foi fator significativo para este

posicionamento dos professores.

Vou dizer regular, porque eu acho que tem coisas interessantes lá, mas tem que ser revisto, porque isso aí tem que ser feito com os professores participando, de acordo com a realidade, com assim..., apoio com relação a material, a local apropriado, tudo isso. (Professor 8)

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A justificativa apresentada pelo Professor 20 reflete uma postura crítica

condizente com o aspecto anteriormente levantado onde observa:

A posição assumida pelo Professor (20) contrasta de forma direta com a

justificativa apresentada para confecção e apresentação da Proposta Curricular

como se realizou onde ao que parece as escolas gozavam autonomia em demasia e

esta autonomia em alguma medida foi responsável pela má qualidade da educação

da rede estadual conforme registro das avaliações SARESP, ENEM, Prova Brasil.

Em suas palavras observa:

A não eficiência apontada por estes legisladores em relação a estas

avaliações não é justificada pelas condições e jornada de trabalho às quais

professores estão sujeitos ou mesmo o contexto social de que alunos e professores

vivenciam em seu dia a dia.

Eu acho ruim, porque nós devemos ver a identidade da escola, cada região tem a sua, cada clientela tem a sua, nesse ponto de vista eu achei ruim. A revistinha em si, ela foi bem elaborada, ela foi estudada, as pessoas que a desenvolveram, são pessoas estudadas que entendem da nossa área de atuação, mas eu acho que faltou isso, faltou respeitar a particularidade das regiões.

 

A criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que deu autonomia às escolas para que definissem seus próprios projetos pedagógicos, foi um passo importante. Ao longo do tempo, porém, essa tática descentralizada mostrou-se ineficiente. (SEE/SP, 2008)

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Indagados sobre os pontos positivos decorrentes da implantação desta

Proposta os professores concentraram suas respostas em torno de 3 categorias

sendo estas e sua incidência apresentadas no gráfico a seguir:

Figura 14 – Apontamento dos pontos positivos atribuídos pelos professores

sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”

O ponto positivo apontado com destaque pelos professores de Educação

Física consultados relaciona-se a categoria Conteúdo mais especificamente em sua

dimensão conceitual, referido em 34.50% das citações positivas em relação à

Proposta.

As justificativas à esta posição giram em torno de que ao se agregar aspectos

teóricos vinculados à conhecimentos biológicos à disciplina Educação Física supõe

os professores conferir mais legitimidade a mesma conferindo-lhe um caráter mais

científico conforme registro do Professora 8:

Da revistinha, aquela parte mais teórica que fala da importância da atividade física para a saúde, os problemas de quem não pratica obesidade, problemas de saúde que as pessoas terão, infarto, derrame, tem uma parte assim, tem várias partes que falam sobre isso que eu acho interessante

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O trabalho com a dimensão conceitual dos conteúdos também se mostrou

significativo pelo fato de proporcionar condições de ampliar/aprofundar as

discussões em torno dos temas em questão conforme observa o Professor 16:

O Professor 20 observa corrobora neste nível de qualificação do material não

só com relação a este tópico, mas a Proposta em sua essência:

A questão teórica, a questão de você poder contextualizar com o aluno uma situação, você exemplificar a questão da luta, quando você trata a luta, você colocar para o aluno lutas é diferente de briga, no caso, entende? 

A revistinha em si, ela foi bem elaborada, ela foi estudada, as pessoas que a desenvolveram, são pessoas estudadas que entendem da nossa área de atuação, mas eu acho que faltou isso, faltou

respeitar a particularidade das regiões.

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Deste contexto depreende-se uma questão: ao se atribuir elevada

significância a estes conteúdos porque os mesmos não eram desenvolvidos antes

da implantação da Proposta?

Uma provável resposta poderia estar vinculada a outra questão a jornada de

trabalho referida por estes professores onde 71.42% dos mesmos realizam uma

jornada igual ou superior a 40 horas semanais, não cumpridas em uma mesma

escola (66.66% deles trabalham em duas ou mais escolas) permite a elaboração de

aulas, correção de atividades mesmo considerando-se que parte desta jornada

(aproximadamente 10%) é cumprida como horas de trabalho coletivo (HTPC)?

A resposta apresentada pelo Professor 14 reflete a condição de carência

vivida pelos professores em decorrência de suas jornadas de trabalho, vindo a

Proposta como uma solução a este problema:

Este quadro permite o estabelecimento de uma relação de

conformismo/resignação por parte do professor em torno da clássica divisão social

do trabalho proposta por Marx situando-se de um lado o trabalho intelectual e do

outro o trabalho de ênfase prática.

Decorrente ou atrelado a este quadro pode-se considerar o outro aspecto

positivo referido pelos professores em relação à Proposta que diz respeito à

prescrição do currículo da disciplina Educação Física com 38.09% das citações.

Os professores ao serem destituídos da condição de refletir sobre suas

práticas tornam-se mais suscetíveis a adaptação às propostas de terceiros,

decorrendo talvez daí o quadro sugerido pelo Professor 12 onde:

Essa parte da fundamentação teórica é muito importante, ela já vem uma proposta fica mais fácil do professor trabalhar, desenvolver em sala de aula, principalmente para os iniciantes, que eu acho que estava muito perdido. Este é um dos fatores principais da proposta.

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Questionados sobre quais os aspectos negativos em relação à Proposta as

respostas apresentadas pelos professores situaram-se sobre 42 aspectos que foram

agrupados nas 4 categorias contidas no gráfico a seguir:

Figura 15 – Apontamento dos pontos negativos atribuídos pelos professores

sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”

A desconecção da Proposta Curricular com o contexto da escola situou-se

entre os principais considerações negativas referidas pelos professores consultados

Positivo é que tenta de maneira global tirar o professor de Educação Física daquela inércia que ele vem vivendo, que muitas vezes a gente tem a consciência que a Educação Física está sendo difamada mais porque nós como professores deixamos isso acontecer não desenvolvendo a Educação Física na sua maior magnitude e sim a gente blefa e se põe passivo [...] 

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em relação a mesma situando-se em 33,33%. O Professor 15 justifica seu

descontentamento em relação a este aspecto, entre outros, à proposta como segue:

Parece haver consenso de que um sistema de ensino para se caracterizar

como tal deve ter a relação entre seus elementos constituintes regulado por normas

comuns (CARBONELL, 2002; LIBÂNEO, 2007), porém observam-se restrição ao

determinar a Proposta Curricular da forma como se efetivou.

Decorrente deste fato observa-se que elementos estruturantes do currículo

estabelecidos pela Resolução CNB/CEB no. 3/1998, como a diversidade e a

autonomia que se constituem em elementos essenciais à diversificação de

programas e tipos de estudos disponíveis, devendo ser estimuladas alternativas, de

acordo com as características dos alunos e as demandas do meio social. (BRASIL,

MEC, CNE/CEB, 1998b)

Os conteúdos referenciados pelos professores na questão anterior como um

aspecto positivo aparecem também como um aspecto negativo (33.33% das

indicações). A Professora 18 em relação a este ponto:

Eu vou levar aquilo para uma escola que não tem preparo nenhum, material nenhum, uma comunidade que não enxerga o benefício daquilo, não tem a menor noção.

[...] não consegue colocar aquilo que está ali você não tem o respeito dos seus alunos ela vai perguntar:

Você trabalhar com esgrima é lógico que você não vai trabalhar com a espada, mas você trabalhar com cabo de vassoura; fica difícil. Os nossos alunos de hoje, o que, que eles fazem? Reagem a estímulos, partem para cima do outro, eu acho que tem muita coisa que ficou a desejar. Assim, ele trabalha muito assim a vivência do aluno, mas a vivência do nosso aluno da periferia é uma coisa terrível, então... foge, foge.

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A carência de materiais foi um dos pontos negativos à Proposta referidos

pelos professores que conforme indica o Professor 7 foi sugerido pela Proposta

como alternativa a esta carência que os mesmos fossem confeccionados porém

resistência a esta indicação foram referidas conforme resposta apresentada por este

professor:

Com relação a este aspecto observa-se que este não é um problema

exclusivo desta disciplina, porém, quando da elaboração de uma Proposta

Por exemplo, como eu já havia dito, você trabalhar com Taco em quadra, perigoso, jogo de Taco, bolinha de gude, você mesmo desenvolver bola de papel para poder trabalhar fisicamente, é errado. Pedem na proposta curricular que você desenvolva criatividade, Educação Física é uma área que tem sua especificidade e não há necessidade de você trabalhar construindo material, essa área é mais voltada para a área de Educação Artística, Educação Física trabalha

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Curricular, soluções mais especificas em relação a este aspecto deveriam ser

apresentadas.

Outro aspecto referenciado pelos consultados diz respeito à qualificação dos

professores para trabalhar com o desenvolvimento da Proposta sendo este um

reconhecimento por parte do professor de eventuais limitações em sua formação.

Conforme relato apresentado pela Professora 8:

Associado ao quadro anteriormente exposto onde o professor encontra-se

sujeito as elevadas jornadas de trabalho (acima de 40 horas semanais) encontra-se

a dificuldade no encontro de oportunidades efetivas de formação continuada

capazes de suprir não só lacunas na formação inicial, mas também de dotar o

professor de instrumentos capaz de torná-lo capaz de enfrentar as novas demandas

impostas à categoria.

Questionados sobre o comprometimento em sua autonomia pedagógica em

função da instituição da Proposta Pedagógica pela SEE/SP as respostas dos

professores em sintetizadas em 4 categorias básicas sendo estas as seguintes:

1) s: não comprometeu, e auxiliou o trabalho;

2) t: não comprometeu, pois não há cobrança;

3) u: comprometeu, pois restringe a liberdade de cátedra e planejamento;

4) v: comprometeu, existe a cobrança.

Eu acho assim, para participar o ensino médio com estas atividades diferenciadas eu não sei se sou eu mesma que tem dificuldade em trabalhar, porque eu mesma, muitas atividades que estão lá, eu não conheço só lendo, talvez tive um bloqueio para tentar desenvolver entendeu? 

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Procurou-se em cada uma das respostas dos professores mais de uma unidade

de registro inclusive relacionadas de forma exclusiva a uma categoria. Os

resultados, em função desta condição, são apresentados no gráfico a seguir:

Figura 16 – Apontamento do nível de comprometimento à autonomia pedagógica

pelos professores sujeitos do estudo à Proposta Curricular “São Paulo faz escola”

A apresentação deste resultado deve levar em conta o fato de que os

professores respondentes apesar de localizados em um mesma Diretoria de Ensino

estão submetidos a regimes de cobrança direfenciados em relação à aplicação da

Proposta Curricular.

As respostas apresentadas pelos professores relatando o fato que a proposta

não comprometeu a autonomia pedagógica e auxiliou no trabalho pedagógico

(38,95%) pode ser representada pela resposta apresentada pelo professor 1 onde:

Deu para conciliar legal. Acho que serviu

pra trabalhar a teoria. Faço pesquisa como complemento ao conteúdo do caderno da proposta.

E no início sempre fica esta questão:

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A resposta apresentada pelo professor permite a inferir que nesta escola a

combrança com relação a aplicação da proposta não se realiza de forma rígida pelo

menos em relação a disciplina Educação Física, fato que pode estar relacionado

com a resposta apresentada pelo Professor 16:

Da análise destas respostas registram-se 61.29% de unidades de registro

associadas a limitação/restrição da autonomia pedagógica do Professor 19:.

[...] Houve mais cobrança nas outras disciplinas porque vincularam a questão da avaliação externa que é o Saresp, com nossa disciplina não há esta vinculação.

Eles inseriram esta proposta para facilitar o trabalho dos professores, só que assim, eles tiraram um pouco a liberdade do professor trabalhar o conhecimento dele com os alunos. Então assim, eles, a intenção é unificar, é padronizar todas as aulas de Educação Física, tirando um pouco da autonomia do professor de trabalhar o seu conhecimento. A gente tem que dar uma escapada para relaxar, porque só trabalhar com esta proposta não dá certo.

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O Professo 19 relata sua insatisfação com relação ao cerceamanto à sua

autonomia pedagógica, pelo fato da Proposta Curricular “[...] padronizar todas as

aulas.”, no entanto entede a Proposta como uma tentativa de faciltar o trabalho do

professor.

O “facilitar o trabalho do professor” talvez esteja vinculado ao que Romão

(2007) destaca:

Na condição acima exposta é fácil compreender o porque de alguns

professores entenderem a Proposta como algo que venha facilitar seus trabalhos

porém encobre o fato dos mesmo estarem sendo impelidos a condições de trabalho

incompatíveis ao exercício profissional de qualidade tendo emvista o necessário

tempo para reflexão sobre a prática e mesmo sobre as condições de trabalho que

lhe são impostas. Conforme nos lembra Marx:

[...] o professor literalmente em carreira, correndo de instituição a instituição, compelido a dobrar sua carga horária de trabalho, termina por exaurir o tempo e as condições para que ele possa fazer algo diferenciado daquilo que ele já faz rotineiramente. (p. 18)

[...] para oprimir uma classe é preciso ao menos garantir-lhe as condições mínimas que lhe permitam ir arrastando a existência servil.

(Marx e Engels (2002)

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8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento permitiu uma ampliação da minha consideração em

relação ao professor e o trabalho que desenvolve, apesar de todas as circunstâncias

relacionadas ao seu desenvolvimento pessoal/profissional e o seu trabalho.

Procuramos evidenciar o posicionamento dos professores de Educação Física da

Diretoria Regional de Ensino – Sul 02 frente à proposta curricular “São Paulo faz

escola” difundida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo no ano de

2008 devendo ser aplicada nos níveis de ensino Fundamental II e Médio.

O perfil dos professores consultados, mesmo considerando a condição de

seleção dos sujeitos deste estudo, é semelhante de forma geral ao perfil do

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professor da rede pública sendo este realizador de pelo menos dupla jornada de

trabalho sempre acima de 40 horas semanais, sendo que menos que um quarto

deles conseguiu complementar sua formação por meio de cursos de pós-graduação.

A Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo de posse dos

resultados das avaliações unificadas estaduais e nacionais optou por entre outras

medidas regular a prática destes profissionais destituindo-os de parte do seu

trabalho, mais precisamente daquela relacionado à capacidade de planejar e

recrutar elementos necessários à sua prática pedagógica.

A apresentação da Proposta não destaca um dos problemas dos principais da

educação atual a autonomia pedagógica proporcionada às escolas pela LDB

9394/96, e não o contexto social ou às condições em que a prática pedagógica de

forma efetiva se verifica.

Os professores de Educação Física sujeitos deste estudo ao serem

questionados sobre o objetivo desta disciplina na escola denotaram e sua maioria

sincronismo com visão de Educação Física apresentada na Proposta Curricular,

porém, com os elementos coletados não se é possível concluir se este

posicionamento reflete uma postura construída criticamente ou já se trata de uma

adaptação à Proposta.

Apesar de parte significativa dos professores consultados referirem não ter

recebido nenhum tipo de orientação para o desenvolvimento desta Proposta todos a

utilizam, sendo que a maioria destes, o faz de forma parcial, sendo a não utilização

de forma integral é justificada pelo fato desta, propor conteúdos em relação aos

quais são necessários materiais e espaços que a escola não possui ou mesmo

conflituosos às necessidades das comunidades nas quais estão inseridos.

Este fato colabora com a tese de muitos estudos onde a relação entre

contexto/elaboração/implementação de propostas pedagógicas registra o fato destes

elementos não se encontram coordenados.

Apesar destes aspectos os professores consultados de modo geral

consideram a qualidade da Proposta como sendo boa, por entenderem que tendo

em vista o tempo possível para suas atividades de planejamento a Proposta é

encarada como um subsídio às suas práticas.

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Parte dos professores se referiu à qualidade da proposta como sendo ruim

pelo fato de que a uniformização dos conteúdos inserida com a proposta

desconsidera um aspecto que os mesmos consideram como importante que é a

identidade da escola.

Ao se analisar a Proposta em seus aspectos positivos parte dos professores

referiram que de alguma forma esta deu um direcionamento à disciplina de forma

geral, algo do qual a disciplina em suas visões era carente sendo mesmo alguns

referiram como benefício desta Proposta o fato desta prescrever algo para os

mesmos desenvolverem, facilitando seu trabalho docente.

Ao não se propiciar condições para que um professor reflita sobre sua prática

com vista a aperfeiçoá-la, tendo em vista as elevadas jornadas de trabalho e

carência de formação continuada, determina-se uma situação significativa para a

efetivação do trabalho precarizado, mecânico, reprodutivista e, portanto, alienado.

Os aspectos negativos em relação à Proposta situaram-se além dos aspectos

de carências físicas ou de materiais por parte das escolas o que por si só já

demonstra a desconexão entre elaboração e implemento da Proposta Pedagógica,

põem foi significativo o fato dos professores consulados apontarem a não sintonia

entre seus conteúdos e metodologias com as características de suas comunidades

escolares.

Em relação à autonomia pedagógica traço essencial a formação da identidade

profissional do professor, ligeira maioria dos professores consultados neste estudo

entendeu a Proposta Curricular como um aspecto limitador neste aspecto, sendo

justificativa para isso o fato da disciplina Educação Física não inserir-se no rol das

disciplinas constantes dos sistemas de avaliações unificados estaduais e nacionais

e, portanto ser menos cobrada em relação a aplicação da mesma.

O desenvolvimento de políticas públicas de educação como a que vem sendo

desenvolvida pela atual gestão pública estadual parecem indicar um caminho em

relação ao qual não há alternativa, ou seja, mercado e educação caminhando juntos,

com os parâmetros daquele transportados de forma sem restrições a esta.

Decorrente deste quadro a especialização de papéis junto a educação acaba

por determinar ao professor uma posição de subordinação frente a estruturação e

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planejamento do fazer docente denotando um quadro de semi-profissionalização.

Acredito que o ritmo frenético de trabalho que lhe imposto impossibilita-o de refletir

sobre a condição que esta política lhe está delegando.

A reversão deste ciclo degenerativo passa necessariamente pela melhoria

das condições salariais e de trabalho do professor, pois para a ocorrência de uma

práxis considerada libertadora o tempo para reflexão sobre a prática é condição

indispensável, e somente desta forma estar-se-ia regatando o elemento essencial a

educação de cunho emancipatório, o professor.

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SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica. Primeiras Aproximações. 9ª. Ed.

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109 

 

SHIKIDA, C. D.; ARAUJO JR, A. F.; SANT´ANA, P. H. C. Sociedades Menos

Individualistas Possuem os Piores Estados? Disponível em: <

http://www.sebh.ecn.br/seminario_5/arquivo5.pdf> Acesso em: 02 de Abril de 2011.

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SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do

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SMITH, A. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

SOARES, C. L. Educação Física: raízes européias e Brasil. Campinas, SP:

Autores Associados, 1994.

SOARES, C. L.; TAFFAREL, C. N. Z.; ESCOBAR, M. O. A Educação Física escolar

na perspectiva do século XXI. In: GEBARA, A.; MOREIRA, W. W. Educação física

& esportes para o século XXI. Campinas, SP: Papirus, 1992.

TANI, G. et alli. Educação Física Escolar: Fundamentos de uma abordagem

desenvolvimentista. São Paulo: EPU, 1988.

TANI, G. Perspectivas para a Educação Física escolar. Revista Paulista de

Educação Física. v.5.n.1/2, pp.61-69,1991.

TOJAL, J. B. Da Educação Física à Motricidade Humana. Lisboa: Instituto Piaget,

2004.

VASCONCELOS, C. S. Para onde vai professor? Para onde vai o professor:

Resgate do professor como sujeito de transformação. 8ª. ed. São Paulo:

Libertad, 2001.

Page 110: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

110 

 

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101  

               

ANEXO A

ENTREVISTA:

CURRÍCULOS APOSTILADOS: O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO FRENTE AO NOVO PARADIGMA

EDUCACIONAL

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102  

ENTREVISTA: PROPOSTA CURRICULAR SEE/SP - EDUCAÇÃO FÍSICA

Questionário número: _____ Data: ___/___/____ Termo de Consentimento Livre e Esclarecido número: _________ I. Caracterização do consultado 1) Sexo: ( ) Feminino; ( ) Masculino. 2) Estado Civil: ( ) Casado(a); ( ) Solteiro. 3) Idade: ( ) até 20 anos; ( ) 21 a 25 anos; ( ) 26 a 30 anos; ( ) 31 a 35 anos; ( ) 36 a 40 anos; ( ) 41 a 45 anos; ( ) 46 a 50 anos; ( ) 51 a 55 anos; ( ) 56 ↑. 4) Tempo de Formação: ( ) até 5 anos; ( ) 6 a 10 anos; ( ) 11 a 15 anos; ( ) 16 a 20 anos; ( ) 21 a 25 anos; ( ) 26 a 30 anos. 5) Formação em (curso): _______________________________________________ 6) Local de formação: Instituição: ________________; Cidade: ___________; Estado: ____ 7) Pós-Graduação: Nome do Curso: ______________________________________ Instituição: _____________________; Cidade: ___________, Estado: ____ 8) Tempo de atuação em docência: ( ) até 5 anos; ( ) 6 a 10 anos; ( ) 11 a 15 anos; ( ) 16 a 20 anos; ( ) 21 a 25 anos; ( ) 26 a 30 anos. II. Caracterização da atuação profissional 9) Você na Rede Oficial de Ensino Estadual de Educação pertence ao quadro: ( ) Efetivo ( ) OFAs 10) Tempo de atuação em docência na Rede Oficial de Ensino do Estado de São Paulo: ( ) até 5 anos; ( ) 6 a 10 anos; ( ) 11 a 15 anos; ( ) 16 a 20 anos; ( ) 21 a 25 anos; ( ) 26 a 30 anos. 11) Nível(eis) de ensino em que atua: ( ) Fundamental I; ( ) Fundamental II; ( ) Ensino Médio 12) Na Rede Oficial de Ensino Estadual sua carga horária é : ( ) reduzida 12 aulas ( ) inicial 20 aulas ( ) básica 25 aulas. 13) Compõe sua jornada na Rede Oficial de Ensino Estadual em quantas escolas? ( ) uma; ( ) duas; ( ) três; ( ) quatro; ( ) cinco e acima. 14) Possui carga suplementar: ( ) Sim Quantas aulas?_______ ( ) Não 15) Possui acúmulo de cargo? ( ) Sim. Rede? ( ) Privada ( ) Municipal ( ) Estadual ( ) Não Possui. 16) Carga Horária Total Semanal: ( ) até 20 horas aula; ( ) até 25 horas aula; ( ) até 30 horas aula; ( ) até 35 horas aula; ( ) até 40 horas aula; ( ) acima 40 horas aula;

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103  

17) Número de Escolas em que atua para compor a jornada de trabalho semanal total? ( ) uma; ( ) duas; ( ) três; ( ) quatro; ( ) cinco e acima. 18) Desenvolve outras funções profissionais além da docência? ( ) Sim. Qual? _________________ ( ) Não. III. Trabalho Pedagógico e Proposta Curricular SEE/SP 19) Qual dever ser, na sua opinião, o objetivo da disciplina Educação Física na escola? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 20) Faz uso da proposta curricular em suas atividades docentes nas aulas da Rede Pública Estadual? ( ) Sim. Nível: ( ) Integralmente; ( ) Parcialmente; ( ) Minimamente. ( ) Não? 21) Você professor recebeu orientações para desenvolver seu trabalho com a nova proposta curricular? De que tipo? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22) Qual o seu posicionamento em relação à proposta curricular direcionada a disciplina Educação Física: ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim 23) Pontos Positivos proporcionados pela proposta curricular? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 24) Pontos Negativos proporcionados pela proposta curricular? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 25) Principais dificuldades para implementação da proposta curricular? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 26) Como você situa a questão da autonomia pedagógica em relação à Proposta Curricular? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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104  

ANEXO B

Grade de Análise

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105  

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105 

 

AN

EX

O B

– A

LIS

E D

E C

ON

TE

ÚD

O -

PR

OF

ES

SO

RE

S

Per

gunt

a: Q

ual

dev

e se

r em

su

a o

pin

ião

, o o

bje

tivo

da

dis

cip

lina

Ed

uca

ção

Fís

ica

na

esco

la?

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

01

A

Edu

caçã

o F

ísic

a eu

ac

ho q

ue e

la é

um

a di

scip

lina

dife

renc

iada

. T

raba

lha

bem

est

a fo

rma

de l

ingu

agem

cor

pora

l, e

te

m

dive

rsas

cu

ltura

s de

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ovim

ento

que

a g

ente

tem

que

ir

trab

alha

ndo

com

o a

luno

na

ques

tão

da

cons

cien

tizaç

ão

dele

.

O

pape

l da

E

duca

ção

Fís

ica

é so

cial

por

que

entr

a em

co

nflit

o co

m

a qu

estã

o do

se

nsac

iona

lism

o e

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estã

o da

cu

ltura

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e el

es

têm

lo

cal,

com

unid

ade.

lingu

agem

cor

pora

l cu

ltura

s de

mov

imen

to

cons

cien

tizaç

ão

soci

al

cultu

ra

com

unid

ade .

b b b b b b

a) E

duca

ção

Fís

ica

(Rac

iona

lidad

e T

écni

ca

/ In

stru

men

tal /

A

dapt

ação

) b)

Edu

caçã

o F

ísic

a (R

acio

nalid

ade

Crí

tica

/ E

man

cipa

tória

)

SU

JEIT

OU

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AD

E D

E C

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XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

2 A

cho

que

vai

além

do

tr

adic

iona

l, aq

uela

co

isa

de

ensi

nar

a jo

gar

Fut

ebol

, H

ande

bol,

Bas

quet

ebol

e V

ôlei

. T

em q

ue d

e al

gum

a fo

rma,

por

m

ais

com

plic

ado

qu

e se

ja

pass

ar p

ara

os a

luno

s o

que

é a

Edu

caçã

o F

ísic

a, q

ue n

ão é

es

port

e em

si

, ed

ucaç

ão

do

corp

o em

si

, ed

ucar

o

corp

o pa

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mov

imen

to.

Eu

acho

que

is

so

é im

port

ante

po

r qu

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., P

ara

não

ter

as c

onse

qüên

cias

além

do

trad

icio

nal

educ

ar o

cor

po p

ara

o m

ovim

ento

.

b b

Page 117: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

106 

 

que

nós

esta

mos

viv

endo

hoj

e,

sede

ntar

ism

o,

obes

idad

e,

isso

tu

do o

u vo

cê t

em u

ma

ativ

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e

físic

a pr

ogra

mad

a, v

ocê

não

vai

ter

prob

lem

a co

m e

sse

tipo

de

cois

a.

A

pr

opos

ta

é m

ais

cultu

ral.

Tira

r a

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ra

do

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ntar

ism

o,

do

com

puta

dor,

da

tele

visã

o, e

impl

emen

tar

uma

cu

ltura

do

mov

imen

to.

cultu

ra d

o m

ovim

ento

b S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

03

O

obje

tivo

prin

cipa

l da

E

duca

ção

Fís

ica

na e

scol

a é

o

mov

imen

to,

a au

la

com

m

ovim

ento

. In

tegr

ado

a is

so a

ge

nte

faz.

..,

é o

dese

nvol

vim

ento

m

otor

. V

ai

trab

alha

r ba

sica

men

te

com

o

dese

nvol

vim

ento

mot

or,

alia

do a

is

so

a ge

nte

faz

o de

senv

olvi

men

to

inte

lect

ual

do

alun

o,

mas

at

rela

do

ao

dese

nvol

vim

ento

mot

or.

mov

imen

to,

dese

nvol

vim

ento

mot

or

dese

nvol

vim

ento

inte

lect

ual

atre

lado

de

senv

olvi

men

to m

otor

.

a a a

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

4 E

u ac

ho q

ue a

Edu

caçã

o F

ísic

a

incu

tir r

espe

ito n

a fo

rmaç

ão

b

Page 118: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

107 

 

deve

inc

utir

no

alun

o o

resp

eito

na

fo

rmaç

ão

dele

o só

en

sina

r at

ravé

s do

es

port

e co

mo

ele

deve

se

com

port

ar.

A

form

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so

cial

de

le,

não

mai

s aq

uela

prá

tica

físic

a.

não

só e

nsin

ar a

trav

és d

o es

port

e fo

rmaç

ão s

ocia

l nã

o só

mai

s aq

uela

prá

tica

físic

a

b b b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

5 E

u ac

ho q

ue d

ever

ia r

euni

r to

do

tipo

de c

ultu

ra q

ue t

em e

m u

ma

sala

de

aula

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trav

és d

isso

daí

, ve

m q

ual

man

ifest

ação

mai

s se

de

senv

olve

u na

re

gião

e

tr

abal

har

esta

m

anife

staç

ão

inde

pend

ente

de

qu

al

mod

alid

ade,

ou

tro

tipo

de

cultu

ra tr

azid

a pe

lo a

luno

.

todo

tipo

de

cultu

ra

man

ifest

ação

m

ais

se

dese

nvol

veu

na r

egiã

o cu

ltura

traz

ida

pelo

alu

no

b b b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

6 F

orm

ação

co

ntín

ua,

cons

ider

ando

co

nteú

dos

da

atua

lidad

e em

que

o j

ovem

e a

cr

ianç

a se

id

entif

ique

m,

e nã

o es

quec

endo

os

espo

rtes

que

na

atua

l pr

opos

ta

curr

icul

ar

não

está

sen

do d

ado

o de

vido

val

or,

entã

o o

alun

o es

sem

ba

gage

m

para

to

rnei

os,

cam

peon

atos

, es

tá m

uito

pre

so

na p

ropo

sta.

cont

eúdo

s da

atu

alid

ade

jove

m e

a c

rianç

a se

iden

tifiq

uem

es

port

es

torn

eios

, ca

mpe

onat

os,

b b a a

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

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TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

7 E

la

deve

co

ntem

plar

ár

ea m

otor

a a

Page 119: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

108 

 

prin

cipa

lmen

te

a ár

ea

mot

ora,

de

senv

olve

r a

late

ralid

ade,

do

mín

io

mot

or,

coor

dena

ção

mot

ora.

A

ba

se

da

Edu

caçã

o

Fís

ica

é o

mov

imen

to.

late

ralid

ade,

do

mín

io

mot

or,

coor

dena

ção

mot

ora

mov

imen

to

a a S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

08

Par

a m

im,

eu

acho

qu

e a

Edu

caçã

o F

ísic

a nã

o de

ve v

isar

co

mpe

tição

, pa

ra m

im o

obj

etiv

o

da E

duca

ção

Fís

ica

é tr

abal

har

a in

tegr

ação

, a

coop

eraç

ão,

sabe

...,

é pr

inci

palm

ente

vi

sand

o a

saúd

e,

que

eles

te

nham

o

hábi

to

de

faze

r at

ivid

ade

físic

a,

para

qu

e no

fu

turo

ele

s te

nham

mai

s sa

úde.

não

deve

vis

ar c

ompe

tição

tr

abal

har

a in

tegr

ação

, a

coop

eraç

ão

visa

ndo

a sa

úde

faze

r at

ivid

ade

físic

a ,

b b a a

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

9 O

ob

jetiv

o da

di

scip

lina

E

duca

ção

Fís

ica

é le

var

todo

s os

al

unos

a

ser

capa

z de

de

senv

olve

r as

ha

bilid

ades

e

com

petê

ncia

s de

ntro

das

áre

as

das

mod

alid

ades

da

Edu

caçã

o F

ísic

a, c

inco

áre

as:

Jogo

, Lu

tas,

E

spor

te,

Ativ

idad

es R

ítmic

as e

E

xpre

ssiv

as

e C

onhe

cim

ento

s so

bre

o C

orpo

.

leva

r to

dos

os a

luno

s a

ser

capa

z de

de

senv

olve

r as

ha

bilid

ades

e

com

petê

ncia

s

b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

0 F

orm

ar o

cid

adão

crí

tico

e qu

e co

nsig

a re

solv

er

seus

F

orm

ar

o ci

dadã

o cr

ítico

e

que

cons

iga

reso

lver

seu

s pr

oble

mas

b

Page 120: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

109 

 

prob

lem

as,

as s

uas

dific

ulda

des

do

dia-

a-di

a,

para

is

so

que

serv

e a

Edu

caçã

o F

ísic

a.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

11

For

maç

ão

do

indi

vídu

o co

mo

um

tod

o, n

o pe

nsar

, no

sen

tir n

o

faze

r.

For

maç

ão d

o in

diví

duo

com

o um

todo

b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

2 N

a m

inha

op

iniã

o a

Edu

caçã

o F

ísic

a na

esc

ola

é um

mei

o de

tr

ansf

orm

ar

a so

cied

ade

esco

lar,

po

rque

a

part

ir do

m

omen

to

em

que

o al

uno

inte

rage

com

a d

isci

plin

a, c

om a

E

duca

ção

Fís

ica

ele

esta

de

senv

olve

ndo

não

seus

as

pect

os

físic

os

mas

ta

mbé

m

seus

as

pect

os

inte

lect

uais

e

prin

cipa

lmen

te

soci

ais,

po

rque

at

ravé

s da

s re

gras

im

post

as

pela

E

duca

ção

Fís

ica

ele

cons

egue

se

adeq

uar

a aq

uilo

qu

e a

soci

edad

e ta

nto

pede

que

el

e te

nha,

a d

isci

plin

a lá

fora

.

é um

m

eio

de

tran

sfor

mar

a

soci

edad

e es

cola

r de

senv

olve

ndo

não

só s

eus

aspe

ctos

fís

icos

m

as

tam

bém

se

us

aspe

ctos

in

tele

ctua

is e

prin

cipa

lmen

te s

ocia

is

adeq

uar

a aq

uilo

qu

e a

soci

edad

e ta

nto

pede

que

ele

ten

ha,

a di

scip

lina

lá f

ora.

b b a

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

3 E

u ac

redi

to

que

a E

duca

ção

Fís

ica

deve

se

u

tiliz

ar

de

cont

eúdo

s co

mo

espo

rte

para

fo

rmar

o c

idad

ão.

form

ar o

cid

adão

b

Page 121: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

110 

 

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

14

O

obje

tivo

hoje

da

E

duca

ção

Fís

ica

na

esco

la

é al

ém

da

prep

araç

ão

dos

alu

nos,

é

a so

cial

izaç

ão,

que

nós

trab

alha

mos

mui

to h

oje.

Atr

avés

da

E

duca

ção

Fís

ica

nós

esta

mos

con

segu

indo

um

bom

re

sulta

do.

soci

aliz

ação

b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

5 A

E

duca

ção

Fís

ica

na

es

cola

dev

e fa

vore

cer

o m

elho

r re

laci

onam

ento

en

tre

as

pess

oas,

is

to

é ex

trem

amen

te

impo

rtan

te,

porq

ue n

ão a

dian

ta

você

te

r um

m

étod

o te

óric

o es

peta

cula

r e

não

cons

egui

r co

loca

r em

prá

tica.

A E

duca

ção

Fís

ica

é ba

sead

a em

m

ovim

ento

, te

m

que

se

esta

r pr

óxim

o,

para

vo

conv

ersa

r,

você

pod

er a

tuar

junt

o, in

tera

gir.

favo

rece

r o

mel

hor

rela

cion

amen

to

entr

e as

pes

soas

A

E

duca

ção

Fís

ica

é ba

sead

a em

m

ovim

ento

, te

m

que

se

esta

r pr

óxim

o, p

ara

você

con

vers

ar,

você

po

der

atua

r ju

nto,

inte

ragi

r

b b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

6 O

pr

inci

pal

obje

tivo

é a

tran

smis

são

do

conh

ecim

ento

, at

rela

do

a is

so

a qu

estã

o da

so

cial

izaç

ão,

a qu

estã

o da

cu

ltura

é

impo

rtan

te,

tant

o em

vel

de c

onhe

cim

ento

reg

iona

l

tran

smis

são

do c

onhe

cim

ento

qu

estã

o da

soc

ializ

ação

qu

estã

o da

cul

tura

é im

port

ante

a b b

Page 122: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

111 

 

com

o m

undi

al.

Ach

o qu

e cu

mpr

indo

pa

rte

dest

es

obje

tivos

o

rest

o sã

o co

nseq

üênc

ias.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

17

A

Edu

caçã

o F

ísic

a na

es

cola

de

ve s

er d

e va

loriz

ar a

cul

tura

co

rpor

al d

o al

uno

e a

ampl

iaçã

o da

vi

são

do

alun

o so

bre

dife

rent

es

conc

eito

s de

es

port

es,

jogo

s br

inca

deira

s de

um

a fo

rma

coop

erat

iva

e nã

o

com

petit

iva.

valo

rizar

a c

ultu

ra c

orpo

ral d

o al

uno

ampl

iaçã

o da

vis

ão d

o al

uno

sobr

e di

fere

ntes

con

ceito

s fo

rma

coop

erat

iva

e nã

o co

mpe

titiv

a.

b b b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

8 E

m

prim

eiro

lu

gar

eu

acre

dito

qu

e a

Edu

caçã

o F

ísic

a el

a va

i aj

udar

a

ensi

nar

o co

nhec

imen

to

aos

noss

os

alun

os

e en

cam

inha

r ao

m

erca

do

de

trab

alho

, pa

ra

efei

tos

de

soci

edad

e,

soci

abili

dade

, pa

ra

noss

os

alun

os. E

sta

é a

part

e pr

inci

pal.

ensi

nar

o co

nhec

imen

to a

os n

osso

s al

unos

e e

ncam

inha

r ao

mer

cado

de

trab

alho

, so

ciab

ilida

de,

a b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

9 A

E

duca

ção

Fís

ica

ajud

a a

auxi

liar

mui

to

os

alun

os,

tant

o na

s au

las

prát

icas

qu

anto

na

s au

las

teór

icas

, na

prá

tica

para

es

tar

dese

nvol

vend

o a

soci

aliz

ação

em

gr

upo,

tr

abal

hos

em g

rupo

, pa

ra e

star

pa

rtic

ipan

do.

Sem

pre

tem

o

esta

r de

senv

olve

ndo

a so

cial

izaç

ão

em g

rupo

,

b

Page 123: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

112 

 

alun

o qu

e se

des

taca

mai

s e

o qu

e se

de

stac

a m

enos

el

es

deix

am d

e fo

ra,

“ter

ceiro

tim

e”.

Eu

acho

que

tod

os d

evem

est

ar

soci

aliz

ando

ju

ntos

, es

tar

part

icip

ando

ju

ntos

. E

sta

é a

id

éia

prin

cipa

l fo

rmar

ele

par

a o

mer

cado

de

tr

abal

ho

corr

etam

ente

.

idéi

a pr

inci

pal

form

ar

ele

para

o

mer

cado

de

trab

alho

cor

reta

men

te.

a

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

0 É

for

mar

o c

idad

ão,

só q

ue e

sta

form

ação

do

cida

dão,

eu

acho

qu

e ho

je p

esso

alm

ente

tem

que

se

r at

ravé

s do

s va

lore

s. E

ntão

eu

en

tend

endo

es

te

ser

o ob

jetiv

o da

E

duca

ção

Fís

ica,

m

as

eu

uso

assi

m

valo

res,

to

das

as m

inha

s au

las,

tud

o em

ci

ma

de v

alor

es,

se e

u vo

u us

ar

dez

min

utos

de

m

odal

idad

es

aind

a us

o, q

uand

o te

m q

ue u

sar

recr

eaçã

o,

tudo

em

ci

ma

de

valo

res.

form

ação

do

ci

dadã

o,

eu

acho

qu

e ho

je

pess

oalm

ente

te

m

que

ser

atra

vés

dos

valo

res.

b

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

1 A

lém

da

fo

rmaç

ão

de

valo

res

fam

iliar

es v

ai t

er u

m a

poio

da

so

cied

ade,

is

so

é fu

ndam

enta

l pa

ra n

ós.

E

m

rela

ção

à pa

rte

espe

cífic

a da

Edu

caçã

o F

ísic

a é

el

enca

r qu

e nó

s so

mos

m

ultil

ater

al,

gene

ralis

ta,

e ne

ste

form

ação

de

valo

res

fam

iliar

es

colo

car

cont

eúdo

s pa

ra

dife

rent

es

faix

as e

tária

s.

b a

Page 124: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

113 

 

perf

il es

trut

urar

, co

loca

r co

nteú

dos

para

dife

rent

es f

aixa

s et

ária

s.

P

ergu

nta:

Faz

uso

da

pro

po

sta

curr

icu

lar

em s

uas

ati

vid

ades

do

cen

tes

nas

au

las

da

Red

e P

úb

lica

Est

adu

al?

(

)

Inte

gra

lmen

te

( )

Par

cial

men

te (

)

Min

imam

ente

(

) N

ão U

sa

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

P

arci

alm

ente

. E

u pe

go a

s at

ivid

ade

s qu

e eu

ve

jo t

em b

asta

nte

rela

ção

com

a cu

ltura

de

les

aqui

. A

s co

isas

qu

e nã

o te

m n

ada

rela

cion

ado

com

a

cultu

ra

dele

s co

mo

esgr

ima

com

o es

grim

a,

dou

uma

expl

icad

a m

ais

ou m

enos

, re

gras

, hi

stór

ia,

trab

alho

com

a

part

e da

pes

quis

a. D

a pr

a el

es

tere

m

conh

ecim

ento

, m

as

não

apro

fund

o m

uito

ne

ssa

part

e.

Peg

o m

ais

esta

pa

rte

que

eu

ac

ho i

nter

essa

nte

da p

ropo

sta,

qu

e é

a pa

rte

de “

Cor

po,

Saú

de

e B

elez

a”

que

é be

m

inse

rido

nele

s m

esm

o,

prin

cipa

lmen

te

nest

a id

ade,

da

ques

tão

visu

al,

que

entr

a na

s qu

estõ

es

da

anor

exia

, bu

limia

, a

prát

ica

da

ativ

idad

e fís

ica

volta

da

para

a

As

cois

as

que

não

tem

na

da

rela

cion

ado

com

a

cultu

ra

dele

s co

mo

esgr

ima

com

o es

grim

a,

dou

uma

expl

icad

a m

ais

ou m

enos

,

d2

c) I

nteg

ralm

ente

.

c1)B

oa

qual

idad

e do

m

ater

ial;

c2)

Rec

ebe

cobr

ança

pa

ra a

apl

icaç

ão;

d) P

arci

alm

ente

.

d1)

rest

riçõe

s à

qual

idad

e da

Pro

post

a;

d2)

cond

içõe

s/co

ntex

to

da e

scol

a/pr

ofes

sor.

e)

Min

imam

ente

.

e1)

rest

riçõe

s à

qual

idad

e do

mat

eria

l; e2

) co

ndiç

ões/

cont

exto

da

esc

ola/

prof

esso

r.

f) N

ão u

sa.

Page 125: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

114 

 

esté

tica,

sem

se

preo

cupa

r co

m

as

cons

eqüê

ncia

s tip

o,

utili

zar

anab

oliz

ante

s, m

ais

a pa

rte

da

cons

cien

tizaç

ão.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 2

In

tegr

alm

ente

. Q

uase

to

da,

Qua

se

toda

, eu

ac

ho

que

ele

func

iona

m

uito

be

m.

eu a

cho

que

ele

func

iona

mui

to b

em.

c1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 3

M

inim

amen

te

Den

tro

da

prop

osta

ex

iste

m

algu

mas

coi

sas

que

são

boas

, qu

e dá

pa

ra

dese

nvol

ver

em

sala

de

au

la

mai

s ou

m

enos

, en

tão

aqui

lo

você

ap

rove

ita

incl

usiv

e qu

e já

faz

par

te d

a su

a

form

a de

tr

abal

ho.

Ago

ra,

a gr

ande

, a

mai

or

parc

ela

do

mat

eria

l da

pr

opos

ta,

ele

não

está

de

acor

do c

om a

quilo

que

a

gent

e te

m,

ou v

ocê

não

tem

o

mat

eria

l pa

ra t

raba

lhar

, ou

voc

ê nã

o te

m o

tem

po a

dequ

ado,

ou

o es

paço

ade

quad

o. E

ntão

fic

a

bem

pre

judi

cado

, e

se v

ocê

for

trab

alha

r co

m

todo

o

mat

eria

l vo

cê p

rioriz

a au

la t

eóric

a e

não

o m

ovim

ento

.

a m

aior

pa

rcel

a do

m

ater

ial

da

prop

osta

, el

e nã

o es

tá d

e ac

ordo

com

aq

uilo

que

a g

ente

tem

e2

Page 126: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

115 

 

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P –

4

Par

cial

men

te.

Eu

trab

alho

to

do

o co

nteú

do,

mas

o do

je

ito

que

eles

pr

opõe

m n

o ca

dern

o. T

em u

m

cont

eúdo

e vo

u bu

scar

out

ras

form

as

de

trab

alha

r,

por

eu

acha

r m

uito

fr

aca

a m

anei

ra

com

o el

es p

ropõ

em a

ativ

idad

e,

até

os a

luno

s ac

ham

que

não

te

m n

ada

a ve

r. E

ntão

eu

pego

to

do

o co

nteú

do

que

tem

qu

e se

r pa

ssad

o na

quel

a ap

ostil

a aí

eu

vo

u bu

scar

um

a at

ivid

ade

para

trab

alha

r es

te c

onte

údo.

por

eu a

char

mui

to f

raca

a m

anei

ra

com

o el

es p

ropõ

em a

ativ

idad

e, a

os a

luno

s ac

ham

que

não

tem

nad

a a

ver

d1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 5

P

arci

alm

ente

. C

om a

dapt

açõe

s. C

ada

esco

la

tem

seu

pró

prio

tipo

de

cultu

ra.

Cad

a es

cola

tem

seu

pró

prio

tip

o de

cu

ltura

. d2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 6

P

arci

alm

ente

. N

ós

tem

os

duas

au

las

de

Edu

caçã

o F

ísic

a po

r tu

rma

e eu

o co

nsig

o fa

zer

as

cois

as

com

o es

tá d

izen

do lá

, por

que

às

veze

s eu

te

nho

duas

au

las

segu

idas

, um

a ve

z na

sem

ana

que

eu v

ejo

o al

uno.

eu n

ão c

onsi

go f

azer

as

cois

as c

omo

está

diz

endo

lá,

por

que

às v

ezes

eu

tenh

o du

as a

ulas

seg

uida

s,

d2

Page 127: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

116 

 SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 7

M

inim

amen

te.

Por

que

a ge

nte

não

deix

a de

ol

har,

de

folh

ear,

e t

al,

só q

ue

você

, es

escr

ito,

mui

tos

trab

alho

s es

tão

fora

da

re

alid

ade

da c

omun

idad

e co

m a

qu

al a

gen

te tr

abal

ha.

mui

tos

trab

alho

s es

tão

fora

da

re

alid

ade

da

com

unid

ade

com

a q

ual

a ge

nte

trab

alha

.

e2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 8

M

inim

amen

te.

Vej

a,

tem

co

isa

que

não

tem

ne

nhum

se

ntid

o,

que

não

tem

as

mín

imas

con

diçõ

es,

não

tem

lo

cal,

mat

eria

l, na

da

para

tr

abal

har.

tem

co

isa

que

não

tem

ne

nhum

se

ntid

o,

não

tem

as

mín

imas

con

diçõ

es,

não

tem

lo

cal,

mat

eria

l, na

da

para

tr

abal

har.

e1

e2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 9

P

arci

alm

ente

. A

dapt

ando

alg

umas

est

raté

gias

, nã

o us

o to

das

as

estr

atég

ias,

so

men

te a

quel

as d

e sã

o vi

áve

is

e ad

apta

ndo

tam

bém

a q

uest

ão

do

mat

eria

l, qu

e in

feliz

men

te

não

tem

os o

mat

eria

l pa

ra e

star

ut

iliza

ndo.

Eu

abor

do o

tem

a qu

e é

prop

osto

par

a o

bim

estr

e e

em

cim

a de

sta

abor

dage

m

faço

to

da

aque

la

ques

tão

da

part

e te

óric

a,

da

part

e

escr

ita,

algu

mas

est

raté

gias

, nã

o us

o to

das

as e

stra

tégi

as

a qu

estã

o do

mat

eria

l,

d1

d2

Page 128: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

117 

 

proc

esso

hi

stór

ico,

as

ha

bilid

ades

qu

e te

m

que

apre

nder

e

as

estr

atég

ias

de

com

o vo

pass

ar

isso

. E

u

adap

to,

crio

ou

tras

es

trat

égia

s ou

us

o al

gum

as

estr

atég

ias

prop

osta

s no

ca

dern

o,

são

prop

osta

s, p

osso

usa

r ou

não

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

0 In

tegr

alm

ente

. O

s di

reto

res

e os

co

orde

nado

res

da

esco

la

quer

em q

ue v

ocê

fique

pre

zo a

ap

ostil

a, c

obra

m o

pro

fess

or.

dire

tore

s e

os

coor

dena

dore

s da

es

cola

que

rem

que

voc

ê fiq

ue p

rezo

a

apos

tila,

cob

ram

o p

rofe

ssor

.

c2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

1 M

inim

amen

te.

Por

que

não

exis

te n

enhu

m t

ipo

de c

obra

nça

para

que

eu

faça

de

m

anei

ra

inte

gral

, e

ob

viam

ente

eu

o co

ncor

do

com

tu

do

aqui

lo

ali

que

está

de

scrit

o.

Por

que

não

exis

te

nenh

um

tipo

de

cobr

ança

pa

ra

que

eu

faça

de

m

anei

ra in

tegr

al,

eu n

ão c

onco

rdo

com

tud

o aq

uilo

ali

que

está

des

crito

.

e2

e1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

2 P

arci

alm

ente

. P

ois

eu

acre

dito

qu

e é

uma

prop

osta

in

tere

ssan

te,

poré

m

aind

a nã

o es

tá d

e ac

ordo

com

a

conc

epçã

o qu

e ho

je

a es

cola

te

m

para

re

aliz

ar,

entã

o as

Page 129: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

118 

 

prop

osta

s ve

m

de

acor

do,

poré

m,

nós

deve

mos

re

conh

ecer

prim

eiro

a r

ealid

ade

do a

luno

, en

tão

não

ir de

aco

rdo

com

com

o q

ue é

im

post

o,

sem

qu

e as

co

ndiç

ões

e a

real

idad

e sã

o di

fere

ntes

di

sto.

E

ntão

é m

ais

impo

rtan

te c

omo

que

é qu

e o

alun

o,

conh

ecer

su

a or

igem

e,

at

ravé

s di

sto

ir

colo

cand

o o

dese

nvol

vim

ento

da

E

duca

ção

Fís

ica

nos

aspe

ctos

, ao

que

ten

ha q

ue s

er

no

mom

ento

. sé

rie

aque

la

prop

osta

, aq

uele

ex

ercí

cio,

aq

uele

m

ovim

ento

, m

as

conh

ecer

o

alun

o e

sabe

r qu

ando

se

de

ve

dese

nvol

ver

aqui

lo.

nós

deve

mos

rec

onhe

cer

prim

eiro

a

real

ida

de d

o al

uno,

d2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

3 P

arci

alm

ente

. O

s al

unos

ai

nda

não

estã

o pr

epar

ados

, a

falta

de

mat

eria

l on

de

incl

usiv

e eu

tiv

e qu

e co

mpr

ar c

om m

eu d

inhe

iro u

ma

bola

par

a fa

zer

o R

úgbi

.

Os

alun

os

aind

a nã

o es

tão

prep

arad

os, a

falta

de

mat

eria

l

d2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

4 In

tegr

alm

ente

. (P

arci

alm

ente

?)

A p

ropo

sta

aqui

na

esco

la n

ós

utili

zam

os

bem

in

tegr

al

ela

Page 130: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

119 

 

mes

mo,

fa

zend

o a

dapt

açõe

s pr

inci

palm

ente

na

pa

rte

de

luta

s,

essa

s co

isas

as

sim

, po

rque

em

esc

olas

de

perif

eria

is

so é

bem

pro

blem

átic

o, m

as a

ge

nte

trab

alha

ba

stan

te

em

cim

a da

pro

post

a.

faze

ndo

adap

taçõ

es

prin

cipa

lmen

te

na p

arte

de

luta

s,

d1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

5 M

inim

amen

te.

De

verd

ade,

m

ostr

ar

para

o

alun

o aq

uela

s at

ivid

ades

su

gerid

as,

algu

mas

o in

tere

ssan

tes,

mas

prim

eiro

com

ce

rtez

a um

a sa

la c

om m

ais

de

15

alun

os

fica

invi

ável

, e

nós

tínha

mos

sa

la

com

at

é 58

al

unos

, se

m

mat

eria

l, se

m

recu

rsos

alg

um,

já m

e di

sser

am

que

tem

ver

ba e

spec

ífica

par

a E

duca

ção

Fís

ica

e tu

do

mai

s,

mas

na

no

ssa

esco

la

nunc

a ch

egou

, e

se

cheg

ou

com

ce

rtez

a nã

o é

o su

ficie

nte

para

ab

rang

er

todo

o

prog

ram

a su

gerid

o e

os

prof

esso

res

prec

isam

de

um

a ca

paci

taçã

o m

aior

par

a tr

abal

har

os d

iver

sos

aspe

ctos

da

Dan

ça,

do F

olcl

ore,

da

s Lu

tas

que

faze

m p

arte

da

Edu

caçã

o F

ísic

a, m

as d

entr

o de

um

a es

cola

ond

e vo

cê n

ão t

em

mas

prim

eiro

com

cer

teza

um

a sa

la

com

mai

s de

15

alun

os f

ica

invi

ável

, e

nós

tínha

mos

sa

la

com

at

é 58

al

unos

, se

m m

ater

ial,

sem

rec

urso

s al

gum

,

e2

Page 131: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

120 

 

este

s re

curs

os,

onde

o n

úmer

o de

alu

nos

é gi

gant

esco

. S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P –

16

Par

cial

men

te.

Por

que

eu t

enho

que

ade

quar

à

real

idad

e da

m

inha

un

idad

e,

apes

ar d

e se

r um

mat

eria

l qu

e eu

con

side

ro b

om,

na q

uest

ão

da

aplic

abili

dade

de

ixa

a de

seja

r um

po

uco,

m

as

não

culp

a do

m

ater

ial,

culp

a do

si

stem

a qu

e ta

lvez

não

pro

pici

a is

so.

O

mat

eria

l é

bom

, am

plo.

E

u ac

ho q

ue p

ara

o en

sino

méd

io é

m

ais

fáci

l par

a ap

licar

a q

uest

ão

teór

ica,

no

en

sino

fu

ndam

enta

l ne

m

tant

o el

es

gost

am d

a pr

átic

a em

si.

adeq

uar

à re

alid

ade

da

min

ha

unid

ade,

d2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

7 P

arci

alm

ente

. P

orqu

e qu

ando

qu

e se

es

dent

ro,

seja

de

liv

ro,

seja

de

um

a ap

ostil

a, v

ocê

não

tem

que

se

guir

à ris

ca,

entã

o vo

faz

uma

cons

ulta

e v

ocê

pode

est

ar

usan

do,

pode

est

ar a

dapt

ando

à

real

idad

e da

esc

ola,

a r

ealid

ade

dos

alun

os

que

são

os

prin

cipa

is f

ocos

aí.

esta

r ad

apta

ndo

à re

alid

ade

da

esco

la,

a re

alid

ade

dos

alun

os q

ue

são

os p

rinci

pais

foco

s aí

.

d2

Page 132: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

121 

 P -

18

Inte

gral

men

te.

No

meu

ca

so

utili

zo

sim

in

tegr

alm

ente

o te

m

com

o fu

gir,

com

est

as r

evis

tinha

s qu

e nó

s te

mos

que

fic

ar.

Ago

ra e

u si

nto

que

a ge

nte

foge

do

s no

ssos

ob

jetiv

os

da

Edu

caçã

o F

ísic

a.

não

tem

com

o fu

gir,

c2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

9 P

arci

alm

ente

. P

orqu

e co

m

esta

es

trut

ura

de

duas

aul

as d

e E

duca

ção

Fís

ica

por

turm

a no

rmal

men

te

eu

utili

zo u

ma

na

prát

ica

e u

ma

eu

ut

ilizo

na

te

oria

e

até

mes

mo

porq

ue

não

adia

nta

ficar

tr

abal

hand

o co

m

alun

os

quad

ra,

quad

ra,

quad

ra.

Voc

ê te

m q

ue d

ar a

par

te t

eóric

a pa

ra

eles

tam

bém

.

eu

utili

zo

na

teor

ia

e at

é m

esm

o po

rque

não

adi

anta

fic

ar t

raba

lhan

do

com

al

unos

qu

adra

, qu

adra

, qu

adra

.

d2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

0 M

inim

amen

te.

Em

re

laçã

o às

re

vist

inha

s do

E

stad

o eu

uso

min

imam

ente

. E

u us

o m

inim

amen

te,

poré

m,

às

veze

s eu

us

o o

cont

eúdo

da

re

vist

inha

qu

e gu

iado

pe

lo

meu

pla

neja

men

to.

Tem

coi

sas

que

para

tir

ar,

tem

po

rque

te

m

cois

as

ali

que

foge

m

da

real

idad

e da

nos

sa c

lient

ela,

até

tem

por

que

tem

coi

sas

ali

que

foge

m

da r

ealid

ade

da n

ossa

clie

ntel

a,

e2

Page 133: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

122 

 

no s

entid

o da

alfa

betiz

ação

, nã

o

tem

co

mo

trab

alha

r se

m

trab

alha

r co

m

a al

fabe

tizaç

ão

ante

s. E

ntão

ass

im,

eu t

raba

lho

m

inim

amen

te

o cu

rríc

ulo

segu

indo

as

re

vist

inha

s,

mas

pe

nso

que

mui

tos

dos

cont

eúdo

s qu

e eu

us

o es

tão

dent

ro d

a re

vist

inha

que

eu

uso

de m

anei

ra d

ifere

nte.

mui

tos

dos

cont

eúdo

s qu

e eu

us

o es

tão

dent

ro d

a re

vist

inha

que

eu

uso

de m

anei

ra d

ifere

nte.

e1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

1 P

arci

alm

ente

A

min

ha i

déia

sem

pre,

des

de o

in

ício

qu

e im

plan

tou

isso

aq

ui

em S

ão P

aulo

, m

inha

idé

ia f

oi

ter

resi

stên

cia

no

iníc

io,

mas

ho

je

eu

trab

alho

pa

rcia

l. P

arci

al

devi

do

às

cond

içõe

s co

mo

as

unid

ades

se

ap

rese

ntam

e o

s co

nteú

dos

que

é al

gum

a co

isa

que

apes

ar d

e se

r in

tere

ssan

te p

ara

pode

r us

ar

aplic

ando

no

no

sso

mei

o ap

rese

nta

limita

ções

. E

ntão

por

m

ais

que

tenh

amos

qu

e ad

apta

r,

acab

a fu

gind

o do

co

nteú

do c

entr

al.

N

a m

inha

com

unid

ade

eu

tenh

o a

viol

ênci

a in

serid

a e

não

tenh

o fo

rmaç

ão

para

tr

abal

har

com

lut

as,

não

tenh

o, e

ntão

ate

Na

min

ha

com

unid

ade

eu

tenh

o a

viol

ênci

a in

serid

a e

não

tenh

o fo

rmaç

ão p

ara

trab

alha

r co

m lu

tas

d1

Page 134: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

123 

 

onde

eu

po

sso

dese

nvol

ver

o

Judô

, o

Kar

ate,

o

Kun

g-F

u

dent

ro d

a es

cola

? E

u nã

o te

nho

ferr

amen

tas,

vira

bag

unça

, ge

ra

aind

a m

ais

viol

ênci

a na

esc

ola,

is

so a

í é q

ue a

cont

ece.

Qu

al s

eu p

osi

cio

nam

ento

em

rel

ação

à p

rop

ost

a cu

rric

ula

r d

irec

ion

ada

a d

isci

plin

a E

F?

( )

Óti

ma

(

) B

oa

(

) R

egu

lar

(

) R

uim

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

B

oa.

Dev

eria

ha

ver

adeq

uaçõ

es.

Ach

o qu

e al

guns

co

nteú

dos

da f

orm

a qu

e es

tá n

a pr

opos

ta n

ão e

stão

leg

ais,

mas

par

a m

odifi

carm

os,

dá p

ara

asso

ciar

com

aqu

ilo q

ue v

ocê

está

tr

abal

hand

o,

com

al

gum

a co

isa

a m

ais.

Ach

o qu

e al

guns

con

teúd

os d

a fo

rma

que

está

na

pr

opos

ta

não

estã

o le

gais

, mas

para

mod

ifica

rmos

,

h1

g) Ó

tima;

h)

Boa

: h1

),

poré

m

com

ne

cess

idad

es

de

adeq

uaçõ

es

nos

cont

eúdo

s/es

trat

égia

s;

h2),

po

rém

co

m

nece

ssid

ades

de

ad

equa

ções

ao

cont

ext

o da

es

cola

(a

luno

s,

espa

ço/te

mpo

, m

ater

iais

);

h3),

po

rém

co

m

nece

ssid

ade

de

Page 135: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

124 

 

part

icip

ação

do

pr

ofes

sor

na

elab

oraç

ão.

i) R

egul

ar.

i1

; ne

cess

idad

es

de

adeq

uaçõ

es

nos

cont

eúdo

s/es

trat

égia

s;

i2)

nece

ssid

ades

de

ad

equa

ções

ao

cont

ext

o da

es

cola

(a

luno

s,

espa

ço/te

mpo

, m

ater

iais

);

i3)

nece

ssid

ade

de

part

icip

ação

do

pr

ofes

sor

na

elab

oraç

ão.

j) R

uim

j1

; ne

cess

idad

es

de

adeq

uaçõ

es

nos

cont

eúdo

s/es

trat

égia

s;

j2)

nece

ssid

ades

de

ad

equa

ções

ao

cont

ext

o da

es

cola

(a

luno

s,

espa

ço/te

mpo

,

Page 136: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

125 

 

mat

eria

is);

j3

) ne

cess

idad

e de

pa

rtic

ipaç

ão

do

prof

esso

r na

el

abor

ação

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 2

R

egul

ar. Eu

acho

qu

e te

m

mui

ta

cois

a in

tere

ssan

te,

porq

ue

a lin

guag

em d

ela

é m

uito

... n

ão é

cnic

a, é

iss

o qu

e co

mpl

ica.

..

deix

a de

se

r té

cnic

a,

é m

uito

as

sim

... n

ão d

á fu

ndam

enta

ção

para

o a

luno

.

lingu

agem

de

la

é m

uito

...

não

é té

cnic

a, é

iss

o qu

e co

mpl

ica.

.. de

ixa

de s

er t

écni

ca,

é m

uito

ass

im...

não

fund

amen

taçã

o pa

ra o

alu

no.

i1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 3

R

uim

. E

u ac

redi

to a

ssim

, se

ela

fos

se

uma

prop

osta

m

elho

r,

prim

eiro

qu

e el

a nã

o é

uma

prop

osta

, el

a

é im

post

a.

Ela

te

ob

riga

a tr

abal

har

com

aq

uilo

, ap

esar

qu

e eu

não

tra

balh

o, a

pro

post

a cu

rric

ular

te

obrig

a a

trab

alha

r co

m a

pro

post

a. E

u vo

u fa

zer

uma

com

para

ção

ao

que

a ge

nte

faz

na

Red

e M

unic

ipal

, R

ede

Púb

lica

Mun

icip

al,

que

nós

tem

os

um

mat

eria

l de

ap

oio,

at

é pa

reci

do

com

es

te,

Ela

te

obrig

a a

trab

alha

r co

m a

quilo

, ap

esar

qu

e eu

o tr

abal

ho,

a pr

opos

ta

curr

icul

ar

te

obrig

a a

trab

alha

r co

m a

pro

post

a.

j3

Page 137: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

126 

 

eu a

cho

que

até

um p

ouco

mai

s ric

o, m

as q

ue f

oi d

ese

nvol

vido

fo

i pa

ssad

o pe

la

aval

iaçã

o da

R

ede,

tod

os o

s pr

ofes

sore

s da

R

ede,

ent

ão n

ós a

pont

amos

os

obje

tos

de

estu

do,

depo

is

foi

feita

um

a tr

iage

m

e es

te

mat

eria

l che

gou

para

nós

, co

mo

um

mat

eria

l de

ap

oio,

o é

uma

prop

osta

, é

um m

ater

ial

de

apoi

o, e

ntão

den

tro

do c

onte

údo

você

usa

aqu

ilo c

omo

apoi

o, e

u nã

o fic

o am

arra

do c

om a

quel

a

prop

osta

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 4

B

oa.

Vem

cad

erni

nho

todo

bim

estr

e,

a ge

nte

trab

alha

o

cade

rnin

ho

na s

ala

tam

bém

, ou

ped

e pa

ra

faze

r a

pesq

uisa

em

ca

sa,

eles

pe

squi

sam

, co

mpl

etam

o

cade

rnin

ho,

a ge

nte

corr

ige,

que

na

prop

osta

o

que

eles

pr

opõe

m

na

prát

ica

são

mat

eria

is q

ue a

gen

te n

ão t

em.

Pro

põem

Tên

is,

Rúg

bi,

a ge

nte

não

tem

est

e tip

o de

mat

eria

l na

esco

la,

não

tem

es

te

tipo

de

bola

, na

da,

entã

o...

fica

na

teor

ia.

na p

ropo

sta

o qu

e el

es p

ropõ

em n

a pr

átic

a sã

o m

ater

iais

que

a g

ente

não

te

m.

h2

Page 138: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

127 

 SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 5

R

uim

. E

les

estã

o ex

plor

ando

co

isas

qu

e já

ex

iste

m

com

o es

port

e.

Eu

sou

a fa

vor

de

que

cada

in

diví

duo,

ca

da

um

tem

se

u pr

óprio

tip

o de

cul

tura

.

Ele

s es

tão

expl

oran

do c

oisa

s qu

e já

ex

iste

m c

omo

espo

rte.

ca

da

um

tem

se

u pr

óprio

tip

o de

cu

ltura

.

j1

j2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 6

R

egul

ar.

Tem

con

teúd

os q

ue n

ão n

ada

a ve

r co

m

os

alun

os

da

noss

a

esco

la.

cont

eúdo

s qu

e nã

o na

da a

ver

com

os

alu

nos

da n

ossa

esc

ola.

i1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 7

R

uim

. P

orqu

e a

mai

oria

da

pr

opos

ta

ela

não

cont

empl

a, n

ão r

espe

ita

a es

peci

ficid

ade

da

mat

éria

e

ne

m d

a co

mun

idad

e co

m a

qua

l vo

cê t

raba

lha,

for

a da

rea

lidad

e,

por

exem

plo,

tr

abal

ho

de

Bei

sebo

l, S

oftb

all,

Fris

bi,

e vo

não

disp

õe

de

espa

ço

adeq

uado

.

a m

aior

ia

da

prop

osta

el

a nã

o co

ntem

pla,

o re

spei

ta

a es

peci

ficid

ade

da m

atér

ia e

nem

da

com

unid

ade

com

a

qual

vo

trab

alha

, fo

ra d

a re

alid

ade,

vo

não

disp

õe

de

espa

ço

adeq

uado

.

j1

j2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 8

R

egul

ar

Vou

di

zer

regu

lar,

po

rque

eu

ac

ho

que

tem

co

isas

in

tere

ssan

tes

lá,

mas

tem

que

se

r re

vist

o, p

orqu

e is

so a

í te

m

mas

tem

que

ser

rev

isto

, po

rque

iss

o aí

te

m

que

ser

feito

co

m

os

prof

esso

res

part

icip

ando

, de

ac

ordo

i3

Page 139: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

128 

 

que

ser

feito

co

m

os

prof

esso

res

part

icip

ando

, de

ac

ordo

co

m

a re

alid

ade,

co

m

assi

m...

, ap

oio

com

re

laçã

o a

mat

eria

l, a

loca

l ap

ropr

iado

, tu

do is

so.

com

a r

ealid

ade,

co

m

rela

ção

a m

ater

ial,

a lo

cal

apro

pria

do

i2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 9

B

oa.

Par

a no

ssa

área

de

Edu

caçã

o F

ísic

a fo

i bo

m,

é um

m

ater

ial

teór

ico

que

o al

uno

aces

sa b

em,

cade

rno

do a

luno

, m

esm

o co

m

algu

ns

cont

eúdo

s qu

e sã

o co

mpl

icad

as

para

o

alun

o de

vido

ao

níve

l int

elec

tual

.

algu

ns

cont

eúdo

s qu

e sã

o co

mpl

icad

as p

ara

o al

uno

devi

do a

o ní

vel i

ntel

ect

ual.

h1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

0 B

oa.

Ent

ão

ela

é bo

a,

é bo

a pe

lo

segu

inte

m

otiv

o po

r m

ais

que

el

a te

nha,

te

um

di

reci

onam

ento

el

a te

m

algu

ns

itens

com

o lu

tas,

ela

não

exp

lica

a fo

rma

com

o tr

abal

har

luta

s ne

m

todo

s pr

ofes

sore

s es

tão

qual

ifica

dos

para

trab

alha

r lu

tas,

en

tão

se

o pr

ofes

sor

o en

tend

imen

to

inic

ial

de

que

o al

uno

está

lá p

ara

se f

orm

ar u

m

cida

dão,

ele

vai

lev

ar e

sta

luta

ao

da l

etra

ent

ende

u? E

ntão

Page 140: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

129 

 

assi

m e

le t

em q

ue e

nten

der

que

essa

lut

a nã

o é

com

bate

não

é

agre

ssão

, nã

o é

isso

, nã

o é

nada

dis

so,

e é

o qu

e fa

lta e

ssa

fund

amen

taçã

o pa

ra

exp

licar

pa

ra

o pr

ofes

sor

o qu

e re

alm

ente

é a

lut

a, o

que

tem

qu

e se

r tr

abal

hado

en

tão,

po

r is

so

que

ela

é bo

a,

entã

o se

re

alm

ente

tiv

esse

is

so,

esse

am

paro

ent

ão e

la s

eria

ótim

a.

e é

o qu

e fa

lta e

ssa

fund

amen

taçã

o pa

ra e

xplic

ar p

ara

o pr

ofes

sor

o qu

e re

alm

ente

é a

luta

, o

que

tem

que

ser

tr

abal

hado

ent

ão,

por

isso

que

ela

é

boa,

ent

ão s

e re

alm

ente

tiv

esse

iss

o,

esse

am

paro

ent

ão e

la s

eria

ótim

a.

h1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

1 R

uim

. T

em q

uest

ões

que

abo

rdam

o

indi

vídu

o so

men

te c

omo

send

o um

se

r nã

o pe

nsan

te

apen

as

prat

ican

te,

e te

m q

uest

ões

que

leva

m

em

cons

ider

ação

o

indi

vídu

o qu

e pe

nsa

e m

ais

o in

diví

duo

que

não

faz.

ques

tões

qu

e ab

orda

m

o in

diví

duo

som

ente

co

mo

send

o um

se

r nã

o pe

nsan

te a

pena

s pr

atic

ante

j1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

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TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

2 R

egul

ar.

Por

que

ela

não

dá c

ondi

ções

da

gent

e de

senv

olve

r de

re

pent

e te

m

que

faze

r ac

onte

cer

dete

rmin

ada

mod

alid

ade,

el

a nã

o dá

con

diçõ

es p

ara

que

se

faça

is

to,

prin

cipa

lmen

te

no

ambi

ente

esc

olar

, um

am

bien

te

que

já é

difí

cil,

um a

mbi

ente

que

o é

tão

ampl

o,

que

as

ela

não

cond

içõe

s pa

ra

que

se

faça

ist

o, p

rinci

palm

ente

no

ambi

ente

es

cola

r, u

m a

mbi

ente

que

é di

fícil,

um

am

bien

te q

ue n

ão é

tão

am

plo,

qu

e as

con

diçõ

es h

oje

de e

stru

tura

, in

fra-

estr

utur

a sã

o ba

ixas

i1

Page 141: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

130 

 

cond

içõe

s ho

je

de

estr

utur

a,

infr

a-es

trut

ura

são

baix

as,

en

tão

a ge

nte

tem

que

ten

tar

pega

r o

mat

eria

l e

tent

ar

adap

tar

à no

ssa

real

idad

e, e

ntão

é p

ouco

, po

r is

so

é di

fícil

de

esta

r de

senv

olve

ndo

hoje

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

3 R

uim

. E

u co

nsid

ero

mei

o fo

ra

do

cont

exto

da

es

cola

. N

ão

tem

m

uito

a v

er s

abe?

cons

ider

o m

eio

fora

do

cont

exto

da

esco

la.

j2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

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TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

4 B

oa.

Ela

fa

cilit

a o

trab

alho

do

pr

ofes

sor

quan

do e

la d

ireci

ona

o tr

abal

ho,

um t

raba

lho

que

eu e

os

pr

ofes

sore

s da

qui

fazí

amos

. H

oje

sim

ples

men

te

ele

está

m

ais

dire

cion

ado,

es

quem

atiz

ou o

tra

balh

o. H

oje

a cr

ianç

a sa

i da

qui

e va

i o

inte

rior

ele

vai

ver

a m

esm

a co

isa,

eu

acho

isso

mui

to im

port

ante

.

Ela

fa

cilit

a o

trab

alho

do

pr

ofes

sor

quan

do e

la d

ireci

ona

o tr

abal

ho,

h

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

5 B

oa.

O

“livr

inho

” em

si

é

bem

co

nfec

cion

ado,

te

m

algu

ns

erro

s,

mas

na

da

que

não

O

“livr

inho

” em

si

é

bem

co

nfec

cion

ado,

tem

alg

uns

erro

s,

h

Page 142: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

131 

 

pude

sse

ser

corr

igid

o,

ness

e as

pect

o fo

i bom

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

6 B

oa.

A

part

e te

óric

a si

m,

mas

a

ques

tão

da a

plic

ação

...

até

pela

di

ficul

dade

de

co

nseg

uir

o

mat

eria

l, a

ques

tão

das

luta

s,

que

a ge

nte

da m

ais

a ní

vel

de

conh

ecim

ento

s.

ques

tão

da

aplic

ação

...

até

pela

di

ficul

dade

de

cons

egui

r o

mat

eria

l, qu

estã

o da

s lu

tas,

h2

h1

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

7 B

oa.

O

mat

eria

l é

bom

, el

e of

erta

su

bsíd

ios,

el

e te

, te

pr

opor

cion

a pa

râm

etro

s pa

ra

você

se

gui-l

o e

tam

bém

te

m

toda

fle

xibi

lidad

e do

pr

ofes

sor,

o é

algo

en

gess

ado.

V

ocê

pode

peg

ar a

quilo

par

a di

vers

as

ativ

idad

es e

se

você

sen

tir q

ue

aqui

lo f

az s

entid

o pa

ra o

alu

no e

fa

z se

ntid

o pa

ra

aplic

ar

com

o es

tá,

segu

ir pa

sso

a pa

sso

o pr

ofes

sor

vai s

e ad

equa

ndo.

te p

ropo

rcio

na p

arâm

etro

s pa

ra v

ocê

segu

i-lo

e ta

mbé

m

tem

to

da

flexi

bilid

ade

do p

rofe

ssor

, nã

o é

algo

en

gess

ado.

h

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

8 R

egul

ar.

A g

ente

enc

ontr

a m

uito

s er

ros

de

Por

tugu

ês,

tem

m

uito

m

ater

ial

que

nós

não

tem

os

tem

m

uito

m

ater

ial

que

nós

não

tem

os a

cess

o, n

ão e

xist

e na

esc

ola

i2

Page 143: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

132 

 

aces

so,

não

exis

te

na

esco

la

entã

o nó

s te

mos

um

a gr

ande

di

ficul

dade

.

entã

o nó

s te

mos

um

a gr

ande

di

ficul

dade

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

9 B

oa.

Tem

mui

tos

cont

eúdo

s qu

e dá

pa

ra s

erem

tra

balh

ados

den

tro

da

esco

la,

tem

al

guns

qu

e fo

gem

da

no

ssa

real

idad

e

e as

sim

, se

fo

sse

para

fic

ar

olha

ndo

espe

cific

amen

te

para

os

m

esm

os

eu

iria

colo

car

de

regu

lar

a ru

im,

mas

tem

alg

uns

cont

eúdo

s qu

e a

gent

e co

nseg

ue

apro

veita

r be

m

para

as

aul

as.

tem

al

guns

qu

e fo

gem

da

no

ssa

real

ida

de

h2

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

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XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

0 R

uim

. E

u ac

ho

ruim

, po

rque

s de

vem

os

ver

a id

entid

ade

da

esco

la,

cada

reg

ião

tem

a s

ua,

cada

clie

ntel

a te

m a

sua

, ne

sse

pont

o de

vis

ta e

u ac

hei

rui

m.

A

revi

stin

ha

em

si,

ela

foi

bem

el

abor

ada,

ela

foi

est

udad

a, a

s pe

ssoa

s qu

e a

dese

nvol

vera

m,

são

pess

oas

estu

dada

s qu

e en

tend

em

da

noss

a ár

ea

de

atua

ção,

m

as

eu

acho

qu

e fa

ltou

isso

, fa

ltou

resp

eita

r a

part

icul

arid

ade

das

regi

ões.

ruim

, po

rque

s de

vem

os

ver

a id

entid

ade

da e

scol

a,

j2

Page 144: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

133 

 SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

1 B

oa.

Eu

acre

dito

que

é b

oa,

apes

ar

das

limita

ções

em

re

ação

a

dist

ânci

a da

re

alid

ade.

E

u

prat

icam

ente

o tr

abal

ho,

e tr

abal

ho

adap

tand

o tu

do,

algu

mas

co

isas

pr

ecis

am

ser

mai

s in

tens

as m

ais

dire

tas

não

para

fic

ar

no

mat

eria

l. M

uita

s ve

zes

eu

poss

o di

zer,

vo

com

eça

a tr

abal

har

a ap

ostil

a ca

pítu

lo “

tal”,

voc

ê nã

o te

m

o do

mín

io,

porq

ue

você

nu

nca

vê,

você

aca

ba p

ulan

do,

o al

uno

vem

e t

e co

bra

mes

mo:

“P

rofe

ssor

aq

uele

ca

pítu

lo

lá,

vais

ter

aqu

ele

assu

nto?

” Is

so é

in

tere

ssan

te,

isso

pro

va q

ue a

id

éia

da a

post

ila é

boa

, m

as q

ue

fica

difíc

il de

aju

star

a r

ealid

ade

da p

opul

ação

isso

é fa

to.

limita

ções

em

rea

ção

a d

istâ

ncia

da

real

ida

de.

h2

Per

gunt

a: P

on

tos

Po

siti

vos

pro

po

rcio

nad

os

pel

a p

rop

ost

a cu

rric

ula

r?

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

1 O

prin

cipa

l po

nto

posi

tivo

é qu

e nó

s te

mos

alg

o em

que

se

ba

sear

. C

omo

a pr

ópria

hi

stór

ia

da

EF

es

tava

m

uito

jo

gado

com

o q

ue t

raba

lhar

com

A

gent

e fic

ava

mei

o pe

rdid

o no

cu

rríc

ulo,

en

tão

você

te

m

uma

k

k) P

resc

rição

do

curr

ícul

o em

Edu

caçã

o F

ísic

a;

l) D

iver

sific

ação

de

Page 145: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

134 

 

o al

uno.

A

ge

nte

ficav

a m

eio

pe

rdid

o no

cur

rícu

lo,

entã

o vo

tem

um

a re

ferê

ncia

, vo

a pa

rtir

daqu

ilo

ali

para

co

mpl

emen

tar,

pa

ra

ter

idéi

as.

refe

rênc

ia

co

nteú

dos

e es

trat

égia

s;

m)

Agr

egar

con

teúd

os

conc

eitu

ais

junt

o ao

cu

rríc

ulo

da E

duca

ção

Fís

ica.

n) N

ão h

á.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

2 E

u ac

ho q

ue a

pro

post

a en

trou

co

m

a in

ovaç

ão

mui

ta

cois

a no

va p

ara

trab

alha

r. E

u m

esm

o

trab

alhe

i ag

ora

no 3

º. B

imes

tre

com

as

7as.

Sér

ies

Dan

ça.

Eu

tr

abal

hei

“Zoo

k”.

Ele

s no

co

meç

o fic

aram

as

sim

: “A

cho

que

não

sei

o qu

e?;

Dan

ça?;

D

ança

é m

uito

rui

m.”

Dep

ois

conf

orm

e fo

i pa

ssan

do

o te

mpo

el

es

fora

m

gost

ando

da

Dan

ça,

e, n

o fin

al

do b

imes

tre

esta

va t

odo

mun

do

gost

ando

, ado

rand

o.

S

air

da q

uest

ão d

o V

ôlei

, H

ande

bol,

Bas

quet

ebol

e

Fut

ebol

. A

ntes

da

P

ropo

sta

Cur

ricul

ar

não

tinha

com

o tr

abal

har

outr

os

cont

eúdo

s?

N

ão,

eu

até

cons

egui

a tr

abal

har

outr

as

form

as,

eu

Eu

acho

que

a p

ropo

sta

entr

ou c

om a

in

ovaç

ão

mui

ta

cois

a no

va

para

tr

abal

har.

l

Page 146: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

135 

 

cheg

uei

a tr

abal

har

“Fla

g-fu

tebo

l”, T

ênis

, T

ênis

de

Mes

a,

vário

s ou

tros

es

port

es

em

si,

mas

m

esm

o as

sim

o tín

ham

os o

rient

açõe

s pa

ra o

nde

cam

inha

r.

A

P

ropo

sta

deu

um

resp

aldo

par

a on

de c

amin

har.

Por

exe

mpl

o, a

Dan

ça é

um

a co

isa

que

eu

não

trab

alha

ria

porq

ue

eu

não

sei

danç

ar

entã

o qu

ando

ve

io

a pr

opos

ta

de

“Zoo

k”,

“ent

ão

deix

a eu

ir

atrá

s di

sso”

que

eu

não

trab

alha

ria,

porq

ue e

u nã

o se

i dan

çar.

Ent

ão q

uand

o ve

io a

pr

opos

ta

de

“Zoo

k”,

eu

tenh

o um

a am

iga

que

é pr

ofes

sora

de

Dan

ça,

pedi

un

s to

ques

pa

ra

ela,

e

eu

pass

ei

para

m

eus

alun

os.

S

ó qu

e...

tem

aq

uela

co

isa

a pr

opos

ta t

a aí

, só

que

qu

em v

ai f

azer

uso

del

a é

que

é a

com

plic

ação

, o

cara

ol

ha

e po

de d

izer

:

“Eu

não

vou

faze

r is

so,

vou

dar

Fut

ebol

.”

A

Pro

post

a de

u um

re

spal

do

para

on

de c

amin

har.

k

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

3 E

ntão

, pr

imei

ro é

voc

ê te

r um

a m

ater

ial

didá

tico

teór

ico

nas

Page 147: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

136 

 

mão

s is

so

é m

uito

ri

co

que

a ge

nte

até

entã

o nã

o tin

ha,

ou

vo

cê f

az u

ma

pesq

uisa

ou

não

tinha

. A

gora

inf

eliz

men

te é

um

m

ater

ial

frac

o nã

o é

da

qual

idad

e qu

e a

gent

e ne

cess

itava

, te

m

nece

ssid

ade,

m

as e

u ac

ho q

ue d

e po

sitiv

o é

isso

. H

oje

você

tem

um

mat

eria

l te

óric

o na

s m

ãos,

mas

que

não

sa

tisfa

z.

prim

eiro

é

você

te

r um

a m

ater

ial

didá

tico

teór

ico

nas

mão

s is

so

é m

uito

ric

o qu

e a

gent

e at

é en

tão

não

tinha

,

m

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

4

O

pont

o po

sitiv

o é

que

pa

dron

izou

o c

onte

údo

entã

o, o

al

uno

que

está

na

noss

a es

cola

de

re

pent

e el

e é

tran

sfer

ido

para

um

a ou

tra

esco

la,

ele

vai

cont

inua

r ve

ndo

os

mes

mos

co

nteú

dos

que

ele

esta

va v

endo

na

esc

ola

ante

rior,

por

que

ante

s el

e tin

ha,

as

veze

s,

Vôl

ei

e B

asqu

ete

no p

rimei

ro s

emes

tre

e de

no

vo

ele

tinha

V

ôlei

e

Bas

quet

e,

porq

ue

na

outr

a es

cola

ele

s tr

abal

hara

m f

uteb

ol

e ou

tra

cois

a, e

ntão

ago

ra n

ão.

Ele

s tê

m t

odo

o co

nteú

do q

ue

tem

que

ser

pas

sado

e o

pon

to

nega

tivo

é qu

e eu

ac

ho

que

você

fic

a m

uito

pre

so a

iss

o, a

ge

nte

até

esta

va c

omen

tado

um

O p

onto

pos

itivo

é q

ue p

adro

nizo

u o

cont

eúdo

k

Page 148: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

137 

 

dia

na

esco

la.

Os

prof

esso

res

de

outr

as

mat

éria

s qu

e is

so

acab

a “e

mbu

rrec

endo

” o

prof

esso

r. E

le s

ó sa

be d

ar a

ula

daqu

ilo e

aco

mod

a n

aqui

lo,

ele

não

busc

a m

ais

outr

as

cois

as

depo

is

de

pass

ar

aqui

lo

dois

an

os

ele

deco

rou

e vo

acom

oda

você

o va

i bu

scar

m

ais

nada

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

5 N

ão h

á po

nto

posi

tivo.

n

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

6 U

nific

ação

na

s es

cola

s es

tadu

ais

dos

mes

mos

co

nteú

dos,

isso

é im

port

ante

.

Uni

ficaç

ão n

as e

scol

as e

stad

uais

dos

m

esm

os c

onte

údos

k

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

7 P

ositi

vo

é qu

e vo

tem

um

a te

oriz

ação

da

at

ivid

ade

que

é da

da

em

quad

ra,

você

te

oriz

a as

ativ

idad

es q

ue v

ocê

dá e

m

quad

ra,

por

exem

plo

Vol

eib

ol,

Bas

quet

e,

Han

debo

l, F

utsa

l, sã

o os

des

port

os q

ue a

gen

te

mai

s de

senv

olve

n

a es

cola

, G

inás

tica

Ger

al,

o po

sitiv

o é

este

.

Pos

itivo

é

que

você

te

m

uma

teor

izaç

ão d

a at

ivid

ade

que

é da

da

em q

uadr

a

m

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

8 D

a re

vist

inha

, aq

uela

par

te m

ais

Da

revi

stin

ha,

aque

la

part

e m

ais

m

Page 149: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

138 

 

teór

ica

que

fala

da

impo

rtân

cia

da a

tivid

ade

físic

a pa

ra a

saú

de,

os

prob

lem

as

de

quem

o pr

atic

a,

obes

idad

e,

prob

lem

as

de s

aúde

que

as

pess

oas

terã

o,

infa

rto,

der

ram

e, t

em u

ma

part

e as

sim

, te

m

vária

s pa

rtes

qu

e fa

lam

sob

re i

sso,

que

eu

acho

in

tere

ssan

te.

Aqu

elas

pa

rtes

qu

e fa

lam

so

bre

drog

as

tam

bém

, em

re

laçã

o a

anab

oliz

ante

s na

ve

rdad

e,

utili

zado

s na

at

ivid

ade

fís

ica,

es

tas

part

es

escl

arec

edor

as.

Par

te d

e sa

úde

é in

tere

ssan

te,

mas

a p

arte

que

ent

ra n

a pa

rte

prát

ica,

qu

e ve

m

aque

la...

, na

pa

rte

de lu

tas,

aqu

eles

esp

orte

s qu

e vo

não

tem

co

mo

prat

icar

. T

ênis

po

r ex

empl

o,

a ge

nte

tent

ou

trab

alha

r co

m

Tên

is,

porq

ue t

inha

um

men

ino

que

trab

alha

va e

m u

ma

esco

la

de T

ênis

e e

le t

roux

e r

aque

te e

bo

linha

, na

quel

a sa

la

aind

a a

gent

e co

nseg

uiu

algu

ma

cois

a,

mas

as

sim

, pa

ra

colo

car,

co

loca

mos

, am

arra

mos

uma

rede

as

sim

, ad

apta

mos

sa

be

mai

s ou

m

enos

, m

as

pouc

a ge

nte

part

icip

ava,

por

que

eram

4

raqu

etes

, en

tão

joga

vam

dua

s

teór

ica

que

fala

da

im

port

ânci

a da

at

ivid

ade

físic

a pa

ra

a sa

úde,

os

pr

oble

mas

de

qu

em

não

prat

ica

obes

idad

e, p

robl

emas

de

saúd

e qu

e as

pe

ssoa

s te

rão,

in

fart

o,

derr

ame,

te

m

uma

part

e as

sim

, te

m

vária

s pa

rtes

que

fal

am s

obre

iss

o, q

ue e

u ac

ho

inte

ress

ante

. A

quel

as

part

es

que

fala

m s

obre

dro

gas

tam

bém

, em

re

laçã

o a

anab

oliz

ante

s na

ver

dade

, ut

iliza

dos

na

ativ

ida

de

físic

a,

esta

s pa

rtes

es

clar

eced

oras

. P

arte

de

sa

úde

é in

tere

ssan

te

Page 150: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

139 

 

dupl

as,

as b

olin

has

com

eçar

am

a su

mir,

po

rque

o tin

ha

um

cont

role

e a

quel

a sa

la a

té q

ue

fez

porq

ue

o m

enin

o se

pr

ontif

icou

a tr

azer

, e o

s ou

tros

?

O

obje

tivo

da

revi

stin

ha

era

cons

trui

r ra

quet

es,

quan

do

eu c

omen

tei c

om e

les:

“Im

agin

a pr

ofes

sora

, qu

e a

gent

e va

i co

nstr

uir,

es

fican

do

louc

a,

quer

o jo

gar

Fut

ebol

.”

E

ntão

é in

viáv

el.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

9

Um

dos

pon

tos

posi

tivos

que

eu

ache

i as

sim

foi

a q

uest

ão d

as

estr

atég

ias

que

ela

utili

za c

omo,

to

rnar

o a

luno

pes

quis

ador

, is

so

é m

uito

bo

m.

Out

ra

ques

tão

tam

bém

que

ela

trá

s de

ntro

do

cont

eúdo

do

pr

ofes

sor

é a

ques

tão

do p

rofe

ssor

abo

rdar

o

aspe

cto

hist

óric

o da

m

odal

idad

e.

C

oisa

qu

e el

e de

ixa

a de

seja

r um

po

uqui

nho

é a

ques

tão

das

regr

as d

espo

rtiv

as,

pede

pa

ra

o al

uno

fa

zer

pesq

uisa

, m

as

não

trás

em

si

al

guns

exe

rcíc

ios,

ela

não

est

es

ques

tiona

men

tos

das

regr

as

a qu

estã

o da

s es

trat

égia

s qu

e el

a ut

iliza

ab

orda

r o

aspe

cto

hist

óric

o da

m

odal

idad

e

l l                  

Page 151: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

140 

 

dos

jogo

s.

O

utra

qu

estã

o qu

e é

impo

rtan

te é

a q

uest

ão d

e co

mo

el

es

abor

dam

a

técn

ica

e a

tátic

a,

não

com

o um

a fo

rma

repe

titiv

a,

mas

si

m

a té

cnic

a co

mo

um m

odo

de f

azer

, nã

o se

ex

ige

do a

luno

que

ele

sej

a um

ex

ímio

exe

cuto

r da

tar

efa,

mas

si

m q

ue e

le v

iven

cie

a ta

refa

e

outr

a,

a tá

tica

com

o m

odo

de

faze

r,

entã

o le

var

a cr

ianç

a a

refle

tir d

entr

o do

s jo

gos,

sob

re

quai

s es

trat

égia

s, q

uais

tát

icas

, de

qu

e m

anei

ra

ela

pode

ria

faze

r aq

uilo

de

form

a di

fere

nte

pa

ra

a at

ingi

r um

m

esm

o ob

jetiv

o, f

azer

a r

efle

xão,

daí

eu

acho

leg

al,

eu a

cho

lega

l es

ta

part

e.

a qu

estã

o de

com

o el

es a

bord

am a

cnic

a e

a tá

tica

    n            

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

0 A

brir

o le

que

de a

pre

ndiz

agem

, vo

cê d

eixo

u de

est

ar e

m u

ma

linha

que

som

ente

a E

duca

ção

F

ísic

a é

prát

ica,

um

a lin

ha

met

ódic

a e

você

co

meç

ou

a us

ar

outr

os

mei

os

outr

os

cam

inho

s e

esse

s ou

tros

ca

min

hos

te d

ão u

ma

ampl

itude

m

uito

gra

nde.

Abr

ir o

lequ

e de

apr

endi

zage

m,

você

de

ixou

de

es

tar

em

uma

linha

qu

e so

men

te a

Edu

caçã

o F

ísic

a é

prát

ica

m

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

Page 152: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

141 

 P -

11

Agr

egar

va

lore

s qu

e eu

ai

nda

acre

dito

se

r de

va

lia

para

o

cres

cim

ento

do

al

uno

na

sua

inte

gral

idad

e.

Val

ores

co

mo

leva

r o

próx

imo

em

cons

ider

ação

, o

resp

eito

à

ques

tão

da

étic

a,

valo

res

em

rela

ção

à so

cied

ade

à m

oral

.

Agr

egar

va

lore

s qu

e eu

ai

nda

acre

dito

se

r de

va

lia

para

o

cres

cim

ento

do

al

uno

na

sua

inte

gral

idad

e.

l

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

2 P

ositi

vo

é qu

e te

nta

de

man

eira

glo

bal

tirar

o p

rofe

ssor

de

E

duca

ção

Fís

ica

daqu

ela

inér

cia

que

ele

vem

vi

vend

o,

que

mui

tas

veze

s a

gent

e te

m a

co

nsci

ênci

a qu

e a

Edu

caçã

o F

ísic

a es

send

o di

fam

ada

mai

s po

rque

s co

mo

prof

esso

res

deix

amos

is

so

acon

tece

r nã

o de

senv

olve

ndo

a E

duca

ção

Fís

ica

na s

ua m

aior

m

agni

tude

e s

im a

gen

te b

lefa

e

se p

õe p

assi

vo a

o m

eio

que

está

ativ

o de

rep

ente

ao

Fut

sal,

entã

o te

mos

qu

e te

ntar

se

r at

ivos

a

este

pr

oble

ma,

en

tão

ela

cheg

a (a

P

ropo

sta

Cur

ricul

ar)

em c

ontr

a pa

rtid

a a

isso

, te

ntan

do

faze

r is

so

ser

uma

cois

a di

fere

nte.

P

or

exem

plo,

pr

atic

a só

F

uteb

ol

e aq

uilo

ai

nda

sem

tirar

o p

rofe

ssor

de

Edu

caçã

o F

ísic

a da

quel

a in

érci

a qu

e el

e ve

m v

iven

do

k

Page 153: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

142 

 

regr

as

adap

tado

pe

los

alun

os

onde

na

verd

ade

teria

que

ser

ad

apta

do

e or

gani

zado

pe

lo

prof

esso

r.

O

prof

esso

r de

veria

m

inis

trar

, a

Edu

caçã

o F

ísic

a es

tava

e a

inda

est

á ai

nda

em

um

mom

ento

em

qu

e o

prof

esso

r em

um

mom

ento

em

qu

e nã

o é

o pr

ofes

sor

que

adm

inis

tra

a au

la é

o a

luno

no

par

ou i

mpa

r, “

met

ade

para

cá,

m

etad

e pa

ra

lá”

e ac

aba

não

send

o um

a E

duca

ção

Fís

ica

que

inte

gra

ela

acab

a de

sint

egra

ndo

porq

ue

sem

pre

vai

ter

aque

le

que

não

vai

part

icip

ar p

orqu

e nã

o sa

be,

não

vai

part

icip

ar

porq

ue

não

é o

mel

hor

da

sala

, en

tão

aque

le

alun

o qu

e te

m d

ificu

ldad

e ne

sta

prop

osta

que

se

dese

nvol

vend

o ao

lon

go d

o te

mpo

fic

a se

mpr

e ex

cluí

do

não

quer

endo

m

ais

faze

r E

duca

ção

Fís

ica.

Qua

ndo

a ge

nte

tem

um

a pr

opos

ta q

ue

na q

ual

todo

s vã

o pa

rtic

ipar

, o

alun

o, t

odos

vão

par

tir d

o ze

ro,

mes

mo

aque

le

que

tem

di

ficul

dade

va

i co

nseg

uir

acom

panh

ar o

ritm

o da

tur

ma.

uma

prop

osta

que

na

qual

tod

os v

ão

part

icip

ar,

o al

uno,

tod

os v

ão p

artir

do

zero

l S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

Page 154: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

143 

 P -

13

Em

vel

de

pesq

uisa

é

até

lega

l, te

ve a

lgun

s tr

abal

hos

que

eu

pedi

, te

ve

trab

alho

s ex

cele

ntes

dos

alu

nos,

no

que

di

z re

spei

to a

con

dici

onam

ento

fís

ico,

a

obes

idad

e,

diab

etes

, ex

ercí

cio

fisco

, at

ivid

ade

físic

a,

sabe

es

ta

part

e te

óric

a.

Mas

qu

ando

vo

fala

em

m

ater

ial

para

tr

abal

har

o pr

átic

o,

não

vira

.

trab

alho

s ex

cele

ntes

dos

alu

nos,

no

que

diz

resp

eito

a c

ondi

cion

amen

to

físic

o,

a ob

esid

ade,

di

abet

es,

exer

cíci

o fis

co,

ativ

idad

e fís

ica,

sab

e es

ta p

arte

teór

ica.

m

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

4 E

ssa

part

e da

fu

ndam

enta

ção

teór

ica

é m

uito

im

port

ante

, el

a já

vem

um

a pr

opos

ta f

ica

mai

s fá

cil

do

prof

esso

r tr

abal

har,

de

senv

olve

r em

sa

la

de

aula

, pr

inci

palm

ente

pa

ra

os

inic

iant

es,

que

eu

acho

qu

e es

tava

mui

to p

erdi

do.

Est

e é

um

dos

fato

res

prin

cipa

is

da

prop

osta

.

part

e da

fu

ndam

enta

ção

teór

ica

é m

uito

impo

rtan

te

para

os

inic

iant

es,

que

eu a

cho

que

esta

va m

uito

per

dido

.

m

k

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

5 N

o liv

ro

da

quin

ta

série

te

m

algu

mas

at

ivid

ades

pr

opos

tas

que

são

aplic

ávei

s,

mas

na

s ou

tras

sér

ies

todo

s ba

sica

men

te

têm

in

form

açõe

s te

óric

as

que

si

ncer

amen

te e

u nã

o pr

ecis

o de

m

ais

que

duas

au

las

para

pa

ssar

to

das

aque

las

algu

mas

at

ivid

ades

pr

opos

tas

que

são

aplic

ávei

s

n

Page 155: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

144 

 

info

rmaç

ões

com

ba

se

teór

ica,

m

as

tran

sfor

má-

las

em

uma

ativ

idad

e pr

átic

a re

al,

ness

e

aspe

cto

eu n

ão v

ejo

nada

.

O

que

eu

ache

i de

in

tere

ssan

te

é qu

e é

um

“livr

inho

” be

m

conf

ecci

onad

o,

bem

im

pres

so,

uma

orie

ntaç

ão

de

ond

e bu

scar

in

form

açõe

s,

mas

tr

ansf

orm

á-la

s em

at

ivid

ades

pr

átic

as

é di

fícil.

é um

“li

vrin

ho”

bem

co

nfec

cion

ado,

be

m i

mpr

esso

, dá

um

a or

ient

ação

de

onde

bus

car

info

rmaç

ões,

l

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

6 A

que

stão

teó

rica,

a q

uest

ão d

e vo

cê p

oder

con

text

ualiz

ar c

om o

al

uno

uma

situ

ação

, vo

exem

plifi

car

a qu

estã

o da

lut

a,

quan

do v

ocê

tra

ta a

lut

a, v

ocê

colo

car

para

o

alun

o lu

tas

é di

fere

nte

de

brig

a,

no

caso

, en

tend

e?

Tra

balh

o m

uito

es

ta

ques

tão

o qu

e é

luta

? O

que

, qu

e tr

ás

a lu

ta,

tem

re

gras

, en

tão

o qu

e eu

a

ssoc

iei,

a da

nça

tem

re

gras

, um

tr

ibun

al

tem

re

gras

, o

espo

rte

tem

re

gras

, no

ssa

vida

tem

reg

ras,

to

das

as

rela

ções

so

ciai

s sã

o re

grad

as,

essa

as

soci

ação

eu

se

mpr

e fiz

, en

tão

eu u

tiliz

ei e

sta

qu

estã

o cu

ltura

l da

s lu

tas,

das

A q

uest

ão t

eóric

a, a

que

stão

de

você

po

der

cont

extu

aliz

ar

com

o

alun

o um

a si

tuaç

ão

m

Page 156: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

145 

 

danç

as

asso

cian

do

sem

pre

às

regr

as.

O

utro

s as

sunt

os

que

eu

não

conh

ecia

, eu

não

tin

ha v

isto

ta

nto

a fu

ndo,

is

so

favo

rece

i ta

mbé

m q

ue e

u fo

sse

atrá

s.

Out

ros

assu

ntos

qu

e eu

o co

nhec

ia,

eu n

ão t

inha

vis

to t

anto

a

fund

o

l S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

17

A li

ngua

gem

da

prop

osta

é u

ma

lingu

agem

si

mpl

es,

é um

a lin

guag

em

que

os

alun

os

inte

rage

m

bem

, co

mpr

eend

em

bem

, a

lingu

agem

da

ap

ostil

a ta

nto

para

os

alun

os c

omo

para

os

pro

fess

ores

, pa

rece

que

est

á

em b

oa s

into

nia.

Os

cont

eúdo

s ta

mbé

m

são

coer

ente

s co

m

toda

gr

ade

curr

icul

ar

que

a ge

nte

apre

nde

na u

nive

rsid

ade.

é um

a lin

guag

em

que

os

alun

os

inte

rage

m b

em

Os

cont

eúdo

s ta

mbé

m s

ão c

oere

ntes

co

m

toda

gr

ade

curr

icul

ar

que

a ge

nte

apre

nde

na u

nive

rsid

ade.

l l

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

8 E

u pa

rtic

ular

men

te

imag

ino

as

sim

, po

nto

posi

tivo

foi

para

a

esco

la,

não

para

o

prof

esso

r,

porq

ue

para

a

esco

la

o pr

ofes

sor

é ob

rigad

o a

ficar

de

ntro

da

sala

de

aula

. T

em a

pa

rte

teór

ica

que

ele

vai s

egur

ar

o al

uno

e

eu

acho

qu

e fa

vore

ceu

a es

cola

, po

rque

est

á pr

ende

ndo

o al

uno

a m

aior

pa

rte

do

tem

po.

O

obje

tivo

Tem

a

part

e te

óric

a qu

e el

e va

i se

gura

r o

alun

o

m

Page 157: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

146 

 

quad

ra,

Edu

caçã

o F

ísic

a, e

sse

deix

a a

dese

jar.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

9 A

apo

stila

vei

o p

ara

fac

ilita

r o

tr

abal

ho

da

esco

la,

está

pr

ende

ndo

mai

s to

dos

os a

luno

s de

ntro

de

sala

do

que

leva

ndo

para

a p

rátic

a, p

ara

a vi

vênc

ia,

para

a p

arte

ass

im,

soci

aliz

ando

m

elho

r.

está

pre

nden

do m

ais

todo

s os

alu

nos

dent

ro d

e sa

la d

o qu

e le

vand

o pa

ra a

pr

átic

a

m

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 2

0 E

u ac

ho q

ue p

onto

pos

itivo

é a

te

ntat

iva

de n

orte

ar a

Edu

caçã

o F

ísic

a,

eu

acho

qu

e a

gent

e es

tava

mui

to p

erdi

do,

cada

um

fa

zia

o qu

e be

m

ente

ndia

. O

se

ntid

o de

org

aniz

ar,

a in

tenç

ão

eu

acho

qu

e é

boa,

fa

lta

adeq

uar

a ca

da e

scol

a a

cada

re

alid

ade.

E

u ac

ho

que

a

inte

nção

, ac

ho

que

foi

boa,

a

inte

nção

.

Eu

ach

o qu

e po

nto

posi

tivo

é a

tent

ativ

a de

no

rtea

r a

Edu

caçã

o F

ísic

a, e

u ac

ho q

ue a

gen

te e

stav

a m

uito

per

dido

,

k

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

1 O

ob

jetiv

o eu

ac

ho

que

foi,

crio

u-se

um

di

ário

de

bo

rdo,

un

ifica

r to

do

o cu

rríc

ulo

do

esta

do

de

São

P

aulo

, nã

o

igua

lar

devi

do

às

dife

renç

as

regi

onai

s,

mas

tr

abal

har

a

crio

u-se

um

diá

rio d

e bo

rdo,

uni

ficar

to

do

o cu

rríc

ulo

do

esta

do

de

São

P

aulo

,

k

Page 158: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

147 

 

cond

uta

ente

ndeu

? O

ce

rto

quan

do

você

ch

egas

se

do

Ens

ino

Fun

dam

enta

l II

ao M

édio

en

tend

e-se

que

o a

lun

o pa

ssou

, vi

venc

iou

“X”

cont

eúdo

s.

A

prin

cípi

o de

pos

itivo

eu

só v

ejo

isso

.

Per

gunt

a: P

on

tos

neg

ativ

os

pro

po

rcio

nad

os

pel

a p

rop

ost

a?

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

Neg

ativ

o po

r ex

empl

o o

cade

rno

do p

rofe

ssor

, eu

ach

o m

uito

fr

aco,

em

re

laçã

o ao

s co

nteú

dos,

o dá

pa

ra

se

base

ar s

ó no

cad

erno

do

alun

o

no

mat

eria

l qu

e ve

m

para

o

alun

o.

N

a qu

estã

o m

ater

ial

a pr

opos

ta

tam

bém

de

veria

se

r m

elho

rada

, po

r ex

em

plo,

se

vo

cê t

raba

lha

o tê

nis,

dev

eria

vir

um

m

ater

ial,

uma

rede

, um

as

raqu

etes

, nã

o qu

e nã

o te

nha

aq

ui,

mas

a

gent

e po

de

cons

egui

r po

r m

eio

de d

oaçõ

es.

Tem

m

enin

os

que

trab

alha

m

com

o ca

tado

res

de

bolin

ha.

A

gent

e ar

rum

a o

mat

eria

l qu

e os

cl

ubes

des

cart

am,

bolin

has,

eu

arru

mei

um

a re

de,

entã

o as

sim

cade

rno

do p

rofe

ssor

, eu

ach

o m

uito

fr

aco,

em

rel

ação

aos

con

teúd

os,

você

tra

balh

a o

têni

s, d

ever

ia v

ir um

m

ater

ial,

uma

rede

, um

as r

aque

tes,

q o

o)

Fal

ta

de

mat

eria

l ad

equa

do;

p)

Não

re

spei

to

ao

tem

po

e es

paço

da

es

cola

; q)

Con

teúd

os a

lhei

os a

o co

ntex

to

da

esco

la,

defa

sado

s m

al

elab

orad

os

ou

mal

or

gani

zado

s;

r) F

alta

de

cap

acita

ção

do p

rofe

ssor

Page 159: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

148 

 

falta

es

te

ampa

ro

na

ques

tão

mat

eria

l.

Ada

ptaç

ões

eu

tive

que

faze

r ad

apta

ções

, fo

ge

da

cultu

ra,

Fut

ebol

am

eric

ano

nu

ma

quad

ra

de

16X

12

né?

Tem

qu

e fa

zer

adap

taçõ

es,

rela

cion

ar

essa

s at

ivid

ades

a

cultu

ra d

eles

.

Ada

ptaç

ões

eu

tive

que

faze

r ad

apta

ções

, fo

ge d

a cu

ltura

, F

uteb

ol

amer

ican

o

q

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

N

ão s

ei d

izer

ago

ra d

e ne

gativ

o,

às v

ezes

ela

pre

judi

ca a

gen

te

um p

ouco

.

Eu

tive

um p

robl

ema

com

a

7ª.

Sér

ie,

que

no 2

º. B

imes

tre

a P

ropo

sta

esta

va p

edin

do p

ara

trab

alha

r m

odal

idad

e co

letiv

a a

esco

lha

do p

rofe

ssor

Fut

sal

ou

Han

debo

l e

aí e

u es

colh

i F

utsa

l po

r ca

usa

da C

opa

do M

undo

, já

tr

abal

ho

Fut

sal

junt

o,

tudo

m

ais.

E a

í ve

io a

apo

stila

de

4º.

Bim

estr

e e

o te

ma

é F

uteb

ol,

“pô”

.

Eu

fale

i não

vou

tra

balh

ar

Fut

sal

este

B

imes

tre,

vo

u tr

abal

har

Han

debo

l, po

rque

a

mod

alid

ade

que

eu

trab

alha

ria

no 2

º. B

imes

tre.

Org

aniz

ação

do

cont

eúdo

.

For

a ta

mbé

m

a qu

estã

o

E a

í ve

io a

apo

stila

de

4º.

Bim

estr

e e

o te

ma

é F

uteb

ol,

“pô”

.

a

ques

tão

da

logí

stic

a,

porq

ue

as

q o

Page 160: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

149 

 

da l

ogís

tica,

por

que

as e

scol

as

ou

não

rece

bere

m

ou

rece

bera

m

parc

ialm

ente

, ou

re

cebe

pi

cado

, um

as

turm

as

rece

bem

out

ras

não.

esco

las

ou

não

rece

bere

m

ou

rece

bera

m

parc

ialm

ente

, ou

re

cebe

pi

cado

, um

as t

urm

as r

eceb

em o

utra

s nã

o.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 3

P

rimei

ro é

ter

o m

ater

ial,

e al

i el

es

pede

m

que

você

ad

apte

m

uito

o

mat

eria

l. E

sta

vend

o aq

ui

se

e fo

r tr

abal

har

Atle

tism

o co

m

eles

aq

ui

eu

poss

o fa

zer

uma

corr

ida

de 2

0 m

etro

s de

ntro

da

qu

adra

, o

máx

imo

que

eu p

osso

faz

er é

um

a co

rrid

a de

20

m

etro

s de

ntro

da

qu

adra

, po

rque

eu

o te

nho

nenh

um

outr

o es

paço

, ta

lvez

aqu

i es

se l

ugar

aq

ui

(Pát

io)

ofer

eça

espa

ço

para

cor

rida

de 3

alu

nos,

eu

não

tenh

o ne

nhum

ou

tro

espa

ço

onde

eu

po

ssa

faze

r is

so.

Eu

o te

nho

uma

caix

a de

sal

to,

eu

não

tenh

o...,

é

tudo

ad

apta

do,

entã

o vo

vais

tr

abal

har

Atle

tism

o co

m o

alu

no

é te

óric

o,

quer

di

zer

eu

tenh

o um

a ún

ica

mod

alid

ade

que

eu

poss

o tr

abal

har

com

ele

que

é a

co

rrid

a, m

ais

nenh

uma.

Prim

eiro

é t

er o

mat

eria

l, e

ali

eles

pe

dem

qu

e vo

adap

te

mui

to

o m

ater

ial

eu n

ão t

enho

nen

hum

out

ro e

spaç

o on

de e

u po

ssa

faze

r is

so.

o p

Page 161: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

150 

 SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 0

4 P

onto

neg

ativ

o é

a fa

lta

de e

stru

tura

ou

de m

ater

ial o

nde

eles

pro

põem

a a

tivid

ade,

ele

s pr

opõe

m

assi

m:

“Pro

post

a de

A

pren

diza

gem

”. E

les

pass

am o

qu

e vo

deve

ria

faze

r,

trab

alha

r co

m o

alu

no,

“sep

ara

seu

alun

o em

ta

ntos

...”

mas

m

uita

s ve

zes

não

é po

ssív

el

faze

r.

é a

falta

de

estr

utur

a ou

de

mat

eria

l on

de e

les

prop

õem

a a

tivid

ade,

E

les

pass

am

o qu

e vo

deve

ria

faze

r, t

raba

lhar

com

o a

luno

, “s

epar

a se

u al

uno

em t

anto

s...”

mas

mui

tas

veze

s nã

o é

poss

ível

faze

r.

p o q

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 5

Im

por

dete

rmin

ada

cultu

ra,

eu

não

conc

ordo

.

Impo

r de

term

inad

a cu

ltura

p

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 6

S

ão

assi

m...

A

s au

las

não

dá o

mes

mo.

.. N

ão e

ncai

xa

o te

mpo

de

aula

com

as

aula

s qu

e es

tá n

a pr

opos

ta.

Não

pa

ra s

egui

r, e

m d

uas

aula

s eu

o co

nsig

o fa

zer

as

cois

as

com

o es

tá d

izen

do lá

, por

que

as

veze

s eu

te

nho

duas

au

las

segu

idas

, um

a ve

z na

sem

ana

que

eu v

ejo

o al

uno.

Não

enc

aixa

o t

empo

de

aula

com

as

aula

s qu

e es

tá n

a pr

opos

ta.

p

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 7

N

egat

ivo

são

as

mat

éria

s qu

e el

as

não

vão

ao

enco

ntro

da

re

alid

ade

do a

luno

, nã

o é?

Por

Neg

ativ

o sã

o as

m

atér

ias

que

elas

o vã

o ao

enc

ontr

o da

rea

lidad

e do

al

uno

q

Page 162: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

151 

 

exem

plo,

com

o eu

havi

a di

to,

você

tr

abal

har

com

T

aco

em

quad

ra,

perig

oso,

jog

o de

Tac

o,

bolin

ha d

e gu

de,

você

mes

mo

dese

nvol

ver

bola

de

pape

l pa

ra

pode

r tr

abal

har

fisic

amen

te,

é er

rado

. P

edem

na

pr

opos

ta

curr

icul

ar q

ue v

ocê

dese

nvol

va

cria

tivid

ade,

Edu

caçã

o F

ísic

a é

uma

área

qu

e te

m

sua

espe

cific

idad

e e

não

nece

ssid

ade

de v

ocê

trab

alha

r co

nstr

uind

o m

ater

ial,

essa

áre

a

é m

ais

volta

da p

ara

a ár

ea d

e E

duca

ção

Art

ístic

a,

Edu

caçã

o F

ísic

a tr

abal

ha

com

m

ater

ial

espe

cífic

o da

áre

a.

não

nece

ssid

ade

de

você

tr

abal

har

cons

trui

ndo

mat

eria

l, es

sa

área

é m

ais

volta

da p

ara

a ár

ea d

e E

duca

ção

Art

ístic

a,

q

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 8

E

u ac

ho a

ssim

, pa

ra p

artic

ipar

o

ensi

no

méd

io

com

es

tas

ativ

idad

es d

ifere

ncia

das

eu n

ão

sei

se s

ou e

u m

esm

a qu

e te

m

dific

ulda

de e

m t

raba

lhar

, po

rque

eu

m

esm

a,

mui

tas

ativ

idad

es

que

estã

o lá

, eu

não

conh

eço

lend

o,

talv

ez

tive

um

bloq

ueio

pa

ra

tent

ar

dese

nvol

ver

ente

ndeu

? A

ssim

, te

ntar

cat

ivar

, eu

fal

ei a

inda

, pr

opus

, m

as e

les

não

quis

eram

, in

tere

sse

nenh

um,

e as

sim

o

ensi

no

ensi

no

méd

io

com

es

tas

ativ

idad

es

dife

renc

iada

s

eu n

ão s

ei s

e so

u eu

mes

ma

que

tem

di

ficul

dade

em

tr

abal

har

[...]

m

uita

s at

ivid

ades

qu

e es

tão

lá,

eu

não

conh

eço

só le

ndo,

q r

Page 163: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

152 

 

méd

io é

difí

cil

fala

r, n

ão a

dian

ta

fala

r:

“Vam

os”,

“É

ob

rigad

o.”,

“T

em

que

faze

r.”,

te

m

que

ter

um d

iálo

go,

tem

que

par

tir d

eles

ta

mbé

m a

von

tade

, se

não

, nã

o va

i. T

inha

um

as

ativ

idad

es:

“Tch

oukb

all”,

não

sei

o q

ue,

eu

ache

i m

uito

difí

cil

até

para

mim

, pa

ra e

u pa

ssar

par

a el

es,

entã

o

eu n

ão s

ei t

ambé

m s

e eu

não

tiv

e um

pou

co d

e bl

oque

io.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 9

U

m d

os n

egat

ivos

foi

a q

uest

ão

dos

recu

rsos

di

dátic

os,

não

tivem

os

recu

rsos

di

dátic

os,

mat

eria

is,

não

didá

ticos

, m

as

mat

eria

is.

Por

exe

mpl

o, t

ive

que

adap

tar

vária

s ve

zes

algu

ns

mat

eria

is

para

at

ende

r os

ob

jetiv

os

do

tem

a en

tend

eu?

Tiv

e qu

e ad

apta

r co

mo

o R

úgbi

. R

úgbi

foi

um

a da

s m

odal

idad

es

que

eu

abor

dei

no

prim

eiro

co

legi

al,

mas

eu

tive

que

faze

r ad

apta

ção

para

est

ar p

assa

ndo

Rúg

bi,

não

tínha

mos

m

ater

ial,

mas

de

pois

eu

co

nseg

ui

com

prar

o

mat

eria

l ju

nto

à es

cola

. E

ntão

est

a qu

estã

o do

m

ater

ial

deix

ou

um

pouc

o a

dese

jar

porq

ue

se

veio

a

apos

tila

tem

que

vir

tam

bém

o

Um

dos

neg

ativ

os f

oi a

que

stão

dos

re

curs

os

didá

ticos

, nã

o tiv

emos

re

curs

os

didá

ticos

, m

ater

iais

, nã

o di

dátic

os,

mas

mat

eria

is.

o

Page 164: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

153 

 

mat

eria

l, m

as s

ó ta

mbé

m q

ue o

m

ater

ial é

a e

scol

a qu

e co

mpr

a.

Ago

ra n

ós j

á fiz

emos

um

nov

o pe

dido

pa

ra

pode

r te

r es

te

mat

eria

l, po

rque

a d

ireto

ra,

ela

ajud

ou n

esta

par

te.

A

lgun

s ex

ercí

cios

es

tão

acim

a da

cap

acid

ade

cogn

itiva

da

s cr

ianç

as,

ou

as

cria

nças

de

veria

m

esta

r na

quel

e ní

vel

dese

jado

, m

as n

ão e

stão

. E

ste

é um

pon

to n

egat

ivo

ent

ão,

eles

en

fren

tam

gr

au

de

dific

ulda

de

prin

cipa

lmen

te

rela

cion

ada

à pe

squi

sa,

pesq

uisa

de

ca

mpo

, pr

opos

ta

que

é um

a da

s es

trat

égia

s de

les.

S

ão

pesq

uisa

s qu

e es

tão

na

apos

tila,

ent

ão m

uita

s ve

zes

a cr

ianç

a te

m

dific

ulda

de

de

real

izar

inte

gral

men

te.

Alg

uns

ex

ercí

cios

es

tão

acim

a da

ca

paci

dade

co

gniti

va

das

cria

nças

, ou

as

cr

ianç

as

deve

riam

es

tar

naqu

ele

níve

l de

seja

do,

mas

o es

tão.

q

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

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XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

0 P

or e

xem

plo

as a

post

ilas,

voc

ê

fica

paut

ado

som

ente

em

cim

a da

quilo

, en

tão

assi

m é

boa

par

a qu

em n

ão t

em o

con

heci

men

to,

para

qu

em

tem

al

gum

as

dific

ulda

des

e ta

l, el

a aj

uda

bast

ante

. M

as

para

qu

em

trab

alha

di

reito

, já

te

m

um

conh

ecim

ento

am

plo,

fa

z o

Page 165: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

154 

 

seu

trab

alho

da

form

a co

mo

tem

de

ser

fei

to d

e um

a fo

rma

ou d

e ou

tra

os

dire

tore

s e

os

coor

dena

dore

s da

es

cola

qu

erem

que

voc

ê fiq

ue

som

ente

em

ci

ma

daqu

ilo,

entã

o qu

er

dize

r vo

cê f

ica

mei

o en

gess

ado

dian

te d

aqui

lo q

ue f

oi p

ropo

sto

pela

esc

ola

ou p

elo

Est

ado.

você

fic

a m

eio

enge

ssad

o di

ante

da

quilo

que

foi

pro

post

o pe

la e

scol

a ou

pel

o E

stad

o.

p

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

1 A

inst

rum

enta

ção

a se

r pa

ssad

a pa

ra o

dis

cent

e nã

o co

ndiz

com

a

real

idad

e do

m

esm

o,

entã

o in

feliz

men

te

o al

uno

rece

be

inst

rum

ento

s qu

e pa

ra e

le n

ão

tem

nen

hum

tipo

de

sign

ifica

do.

o al

uno

rece

be

inst

rum

ento

s qu

e pa

ra

ele

não

tem

ne

nhum

tip

o de

si

gnifi

cado

q

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

2 A

im

posi

ção,

po

rque

é

impo

sto

que

o al

uno

faça

de

ac

ordo

com

o q

ue e

stá

fala

ndo

na

Pro

post

a e

o pr

ofes

sor

obed

eça

tam

bém

e

tira

a lib

erda

de

do

prof

esso

r de

term

inar

o q

ue é

mel

hor

para

o

alun

o na

quel

e m

omen

to

do

seu

dese

nvol

vim

ento

, en

tão

acab

a se

col

ocan

do d

e ac

ordo

co

m a

lgun

s pe

nsam

ento

s e

não

se

leva

em

co

nsid

eraç

ão

o

tira

a lib

erda

de

do

prof

esso

r de

term

inar

o

que

é m

elho

r pa

ra

o al

uno

naqu

ele

mom

ento

p

Page 166: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

155 

 

med

iado

r pr

inci

pal

que

é o

prof

esso

r.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P –

13

O

alun

o nã

o es

prep

arad

o pa

ra a

ceita

r es

te t

ipo,

por

que

as

aula

s de

Edu

caçã

o F

ísic

a el

as

são

vist

as

assi

m

com

o um

m

omen

to

de

recr

eaçã

o do

al

uno.

Ent

ão a

ssim

voc

ê tr

azer

o

alun

o, a

té e

le e

nten

der,

ain

da

mai

s o

ensi

no m

édio

que

ele

vem

ac

ostu

mad

o:

“Tom

a um

a bo

la a

í, fa

z o

que

quer

.”,

não

é be

m

por

aí.

Até

en

tend

o qu

e es

ta p

arte

teó

rica

é im

port

ante

, é

igua

l qu

ando

eu

en

trei

na

fa

culd

ade,

eu

ac

hava

qu

e ia

jo

gar

Vôl

ei,

Bas

quet

e, i

a co

rrer

, is

so e

aqu

ilo e

esq

ueci

da

part

e te

óric

a qu

e “m

atav

a” n

ão é

?

Mas

va

leu

a pe

na

eu

apre

ndi

mui

ta

cois

a,

prin

cipa

lmen

te

naqu

ilo

que

eu

mai

s go

stav

a qu

e er

a B

asqu

ete

e V

ôlei

, eu

apr

endi

mui

ta c

oisa

na

par

te te

óric

a.

E

ntão

o a

luno

ain

da n

ão

está

mui

to p

repa

rado

par

a is

so,

e is

so

tem

qu

e vi

r de

on

de?

Voc

ê te

m

que

com

eçar

a

real

izar

est

as a

ulas

na b

ase

O

alun

o nã

o es

prep

arad

o pa

ra

acei

tar

este

tip

o, p

orqu

e as

aul

as d

e E

duca

ção

Fís

ica

p

Page 167: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

156 

 

ente

ndeu

? N

ão é

da

r tr

abal

ho,

mas

dar

aul

a ex

posi

tiva,

pas

sar

víde

o,

terc

eira

e

quar

ta

série

s qu

e el

es e

stão

ass

im,

pass

ar...

br

inca

deira

s fu

ndam

enta

das

no

espo

rte

e m

ostr

ar

film

e,

víde

o de

alg

uma

cois

a. É

out

ra c

oisa

qu

e eu

ac

ho

falta

é

mat

eria

l ví

deo,

D

VD

pa

ra

esta

pa

rte

prát

ica

da c

oisa

.

eu a

cho

falta

é m

ater

ial

víde

o, D

VD

pa

ra e

sta

part

e pr

átic

a da

coi

sa.

g o

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

4 A

par

te n

egat

iva

é qu

e eu

ach

o qu

e al

gum

as a

tivid

ades

que

vem

pro

ntas

ela

s nã

o sã

o m

uito

ad

equa

das

à es

cola

. E

ssa

part

e de

lu

ta,

algu

mas

co

isas

qu

e el

es

quer

em

que

dese

nvol

va,

mas

que

hoj

e eu

vej

o um

per

igo

mui

to

gran

de

na

esco

la.

Por

ex

empl

o lu

tas,

nós

tra

balh

amos

lu

tas

na

esco

la,

tem

qu

e se

r tr

abal

hado

co

m

mai

s te

mpo

, nã

o ne

sse

perí

odo,

el

es

impõ

em

tam

bém

co

isas

co

mo

danç

a de

rep

ente

naq

uela

sér

ie

não

func

iona

, nó

s pe

rceb

emos

is

so,

tem

qu

e fa

zer

uma

adeq

uaçã

o

A p

arte

neg

ativ

a é

que

eu a

cho

que

algu

mas

at

ivid

ades

qu

e já

ve

m

pron

tas

elas

o sã

o m

uito

ad

equa

das

à es

cola

. P

or e

xem

plo

luta

s, n

ós t

raba

lham

os

luta

s na

es

cola

, te

m

que

ser

trab

alha

do

com

m

ais

tem

po,

não

ness

e pe

ríod

o,

p q

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

5 É

co

mo

se

você

tiv

esse

pe

go

Page 168: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

157 

 

um r

ecém

nas

cido

e d

ito p

ara

ele

assi

m:

“V

ai l

á e

pilo

ta u

m c

aça,

um

avi

ão d

e ca

ça.”

Eu

vou

leva

r aq

uilo

par

a um

a es

cola

qu

e nã

o te

m

prep

aro

nenh

um,

mat

eria

l ne

nhum

, um

a co

mun

idad

e qu

e nã

o en

xerg

a o

bene

fício

da

quilo

, nã

o te

m

a m

enor

no

ção.

Nu

ma

sala

de

aula

com

o eu

tiv

e um

se

gund

o co

legi

al

com

58

alun

os p

orqu

e pr

ecis

ava

ter

60 p

ara

form

ar d

uas

clas

ses

e a

Del

egac

ia

de

ensi

no

nos

obrig

ou a

for

mar

um

a só

. C

om

58

com

o co

loca

r em

pr

átic

a aq

uilo

ali?

Aqu

ilo

de

verd

ade

serv

iu p

ara

gast

ar d

inhe

iro p

ara

impr

essã

o bo

nitin

ha n

o pa

pel.

É

co

loca

r em

pr

átic

a,

com

o vo

cê c

oloc

a at

ivid

ade

em

prát

ica,

rea

liza

de v

erda

de,

se

não

cons

egue

co

loca

r aq

uilo

qu

e es

ali

você

o te

m

o re

spei

to d

os s

eus

alun

os e

la v

ai

perg

unta

r:

“P

ara

que

serv

e is

so?”

, “A

onde

eu

vo

u us

ar

isso

?”,

porq

ue n

osso

s al

unos

vão

faz

er

este

que

stio

nam

ento

, e

você

diz

Eu

vou

leva

r aq

uilo

par

a um

a es

cola

qu

e nã

o te

m

prep

aro

nenh

um,

mat

eria

l ne

nhum

, um

a co

mun

idad

e

que

não

enxe

rga

o be

nefíc

io d

aqui

lo,

não

tem

a m

enor

noç

ão.

p o q

Page 169: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

158 

 

o qu

e pa

ra e

le?

“A

ge

nte

vai

usar

is

so

onde

?”

“Q

uand

o ag

ente

ap

lica

isso

aqu

i?”

A

í vo

cê d

iz o

que

par

a o

seu

alun

o?

“O

lhe

este

liv

ro b

oniti

nho

é pa

ra v

ocê

ler

e pe

squi

sar

na

Inte

rnet

‘tá’

?.”

“E

qu

ando

a

gent

e va

i fa

zer

isso

?”

“A

h...

nunc

a.”

D

e ve

rdad

e, m

ostr

ar p

ara

o al

uno

aque

las

ativ

idad

es

suge

ridas

, al

gum

as

são

inte

ress

ante

s, m

as p

rimei

ro c

om

cert

eza

uma

sala

com

mai

s de

15

al

unos

fic

a in

viáv

el,

e nó

s tín

ham

os

sala

co

m

até

58

alun

os,

sem

m

ater

ial,

sem

re

curs

os a

lgum

, já

me

diss

eram

qu

e te

m v

erba

esp

ecífi

ca p

ara

Edu

caçã

o F

ísic

a e

tudo

m

ais,

m

as

na

noss

a es

cola

nu

nca

cheg

ou,

e se

ch

egou

co

m

cert

eza

não

é o

sufic

ient

e pa

ra

abra

nger

to

do

o pr

ogra

ma

suge

rido

e os

pr

ofes

sore

s pr

ecis

am

de

uma

capa

cita

ção

mai

or p

ara

trab

alha

r os

div

erso

s as

pect

os d

a D

ança

, do

Fol

clor

e,

os

prof

esso

res

prec

isam

de

um

a ca

paci

taçã

o m

aior

par

a tr

abal

har

os

dive

rsos

as

pect

os

da

Dan

ça,

do

Fol

clor

e, d

as L

utas

r

Page 170: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

159 

 

das

Luta

s qu

e fa

zem

par

te d

a E

duca

ção

Fís

ica,

mas

den

tro

de

uma

esco

la o

nde

você

não

tem

es

tes

recu

rsos

, on

de o

núm

ero

de a

luno

s é

giga

ntes

co.

A g

ente

fic

ou c

om u

ma

a pr

opos

ta s

em p

é ne

m c

abeç

a,

perg

unte

par

a qu

alqu

er u

m p

ara

que

serv

e aq

uele

“li

vrin

ho”,

co

mo

os

alun

os

do

[...]

mos

trar

am o

que

ele

s qu

eria

m

com

os

livro

s no

fin

al d

e 20

09,

os a

luno

s do

[...

] jo

gand

o to

dos

os li

vros

no

mei

o da

ave

nida

[...

] só

isso

que

lês

fizer

am.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P –

16

A

ques

tão

da

aplic

ação

. E

u te

nho

um e

spaç

o lim

itado

, vo

viu

lá é

um

esp

aço

limita

do,

às

veze

s os

ho

rário

s co

nflit

ante

s,

choc

am h

orár

ios.

Tem

um

jog

o lá

que

eu

tent

ei a

plic

ar,

Hóq

uei,

com

va

ssou

ra,

que

acon

tece

u?

Eu

tent

ei

por

três

ve

zes

aplic

ar e

m u

ma

turm

a da

. sé

rie,

entã

o...

mui

to

com

plic

ado

, eu

tiv

e m

uita

di

ficul

dade

em

apl

icar

alg

umas

co

isas

.

A

ques

tão

do

mat

eria

l qu

e eu

tiv

e qu

e br

igar

, nã

o se

i

Eu

tenh

o um

esp

aço

limita

do,

você

vi

u lá

é u

m e

spaç

o lim

itado

, às

vez

es

os

horá

rios

conf

litan

tes,

ch

ocam

ho

rário

s.

Eu

tent

ei p

or t

rês

veze

s ap

licar

em

um

a tu

rma

da 7

ª. s

érie

, en

tão.

.. m

uito

co

mpl

icad

o, e

u tiv

e m

uita

difi

culd

ade

em a

plic

ar a

lgum

as c

oisa

s.

A

ques

tão

do

mat

eria

l qu

e eu

tiv

e qu

e br

igar

,

p q o

Page 171: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

160 

 

se

você

vi

u se

er

a R

úgbi

ou

F

uteb

ol A

mer

ican

o, a

té p

ara

o al

uno,

eu

tiv

e qu

e fa

zer

adap

taçõ

es,

entã

o eu

ad

apte

i co

m o

utro

mat

eria

l e

cons

egui

fa

zer.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

7 M

ater

iais

, o

que

está

na

esco

la

são

defa

sado

s,

em

algu

mas

es

cola

s nã

o em

tod

as o

bvio

, só

qu

e m

uita

s da

quel

as a

tivid

ades

ex

igem

m

ater

iais

en

tão

o pr

ofes

sor

enco

ntra

di

ficul

dade

pa

ra e

star

apl

ican

do.

ativ

idad

es e

xige

m m

ater

iais

ent

ão o

pr

ofes

sor

enco

ntra

di

ficul

dad

e pa

ra

esta

r ap

lican

do.

o

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

8 T

em

vária

s et

apas

de

sta

prop

osta

, inc

lusi

ve B

oxe,

não

é?

M

ater

ial,

só t

em o

mat

eria

l pa

ra

uma

pess

oa,

entã

o el

es t

eria

m

que

man

dar

este

mat

eria

l, sã

o qu

aren

ta

e qu

atro

al

unos

, sã

o qu

aren

ta e

qua

tro

pare

s de

luva

. S

e tr

abal

har

com

es

grim

a é

lógi

co

que

você

o va

i tr

abal

har

com

a

espa

da,

mas

vo

trab

alha

r co

m

cabo

de

va

ssou

ra;

fica

difíc

il. O

s no

ssos

al

unos

de

hoje

, o

que,

que

ele

s fa

zem

? R

eage

m

a es

tímul

os,

part

em p

ara

cim

a do

out

ro,

eu

Tem

rias

etap

as

dest

a pr

opos

ta,

incl

usiv

e B

oxe,

não

é?

só t

em o

mat

eria

l pa

ra u

ma

pess

oa,

entã

o el

es t

eria

m q

ue m

anda

r es

te

mat

eria

l

q o

Page 172: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

161 

 

acho

que

tem

mui

ta c

oisa

que

fic

ou

a de

seja

r.

Ass

im,

ele

trab

alha

mui

to a

ssim

a v

ivên

cia

do

alun

o,

mas

a

vivê

ncia

do

no

sso

alun

o da

per

iferia

é u

ma

cois

a te

rrív

el,

entã

o...

foge

, fo

ge.

mas

a

vivê

ncia

do

no

sso

alun

o da

pe

rifer

ia é

um

a co

isa

terr

ível

, en

tão.

.. fo

ge,

foge

.

p

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

– 1

9 Já

que

tem

os n

osso

s al

unos

um

po

uco

viol

ento

s a

ques

tão

do

boxe

é u

ma

ques

tão

que

deix

a a

dese

jar.

A q

uest

ão d

e m

uito

s te

mas

qu

e a

gent

e nã

o te

m

supo

rte

para

tr

abal

har

na

esco

la,

com

o R

úgbi

, F

uteb

ol

Am

eric

ano,

nós

não

tem

os e

ste

supo

rte.

E

ntão

as

sim

, é

um

tem

a qu

e es

fora

do

no

sso

pa

drão

, es

tota

lmen

te

fora

, nã

o te

m c

omo,

é a

lgo

que

deix

a a

dese

jar

um p

ouco

. S

ão t

emas

no

vos,

o in

tere

ssan

tes

para

es

tar

send

o es

tuda

dos,

pa

ra

esta

r ap

rofu

ndan

do m

ais,

ass

im

são

fora

do

noss

o pa

drão

.

que

tem

os

noss

os

alun

os

um

pouc

o vi

olen

tos

a qu

estã

o do

box

e é

uma

ques

tão

que

deix

a a

dese

jar.

a

gent

e nã

o te

m

supo

rte

para

tr

abal

har

na

esco

la,

com

o R

úgbi

, F

uteb

ol A

mer

ican

o,

é um

tem

a qu

e es

tá f

ora

do n

osso

pa

drão

, es

tá t

otal

men

te f

ora,

q o p

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

0 O

pon

to n

egat

ivo

é aq

uele

que

eu

at

é ac

abei

fa

land

o,

a id

entid

ade

das

esco

las,

a

indi

vidu

alid

ade,

tem

mui

ta c

oisa

al

i qu

e fo

ge

tota

lmen

te

da

tem

m

uita

co

isa

ali

que

foge

to

talm

ente

da

real

idad

e da

esc

ola.

p

Page 173: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

162 

 

real

idad

e da

esc

ola.

Com

o eu

cite

i an

tes

a qu

estã

o da

al

fabe

tizaç

ão,

que

é o

foco

pr

inci

pal,

eu

acho

qu

e nó

s de

vem

os

e po

dem

os

ajud

ar,

mas

fugi

u, fu

giu

com

plet

amen

te.

E

u ac

ho

que

o po

nto

nega

tivo

é es

te.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

21

Com

o eu

di

sse

ante

riorm

ente

eu

ach

o qu

e al

guns

con

teúd

os

dife

rem

em

de

mas

ia

da

real

idad

e,

dem

asia

m

esm

o.

A

prop

osta

o é

quer

er

pich

ar,

quer

er f

alar

mal

, pe

lo c

ontr

ário

, eu

ach

o qu

e a

idéi

a é

boa,

que

ela

vai

com

eçar

a s

urtir

o

efei

to

alon

go

praz

o.

Em

lo

ngo

praz

o re

quer

pa

ciên

cia,

m

uita

pa

ciên

cia

e m

uito

trab

alho

.

Em

se

gund

o o

que

ning

uém

cita

, qu

e é

o se

guin

te,

esta

pro

post

a es

tá e

m a

ção

uns

quat

ro a

nos,

ent

ão

eu s

ou a

pr

imei

ra

turm

a de

S

ão

Pau

lo

que

tem

um

tre

inam

ento

inte

nso

e

este

pe

ssoa

l qu

e nã

o te

ve

aces

so c

omo

é qu

e va

i re

cicl

ar,

com

o é

que

vai

ter

a op

ortu

nida

de d

e ir

lá,

vive

ncia

r,

conv

ersa

r co

m p

rofe

ssor

es.

Eu

eu

acho

qu

e al

guns

co

nteú

dos

dife

rem

em

de

mas

ia

da

real

idad

e,

dem

asia

mes

mo

esta

pro

post

a es

tá e

m a

ção

há u

ns

quat

ro a

nos,

ent

ão e

u so

u a

prim

eira

tu

rma

de

São

P

aulo

qu

e te

m

um

trei

nam

ento

inte

nso

p r

Page 174: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

163 

 

tive

4 m

eses

de

au

la,

uma

corr

eria

inf

erna

l, tr

abal

ho m

uito

in

tens

o,

mui

ta

leitu

ra

par

se

ajus

tar

a pr

opos

ta

do

esta

do.

Bom

, eu

ac

ho

ótim

o nã

o vo

u ne

gar,

isso

tem

que

ser

fe

ito

com

to

dos,

m

esm

os

os

efet

ivos

ant

igos

dev

eria

m f

azer

, já

que

o c

urso

é p

ara

a es

cola

blic

a, t

odos

dev

em f

azer

.

Tod

os

os

prof

esso

res

deve

ram

es

tar

rece

bend

o su

a ca

rga

de

info

rmaç

ão

infe

lizm

ente

is

so

não

se

man

ifest

ou.

Co

mo

vo

cê s

itu

a a

qu

estã

o d

a au

ton

om

ia p

edag

óg

ica

em r

elaç

ão à

Pro

po

sta

Cu

rric

ula

r?

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

D

eu

para

co

ncili

ar

lega

l. A

cho

que

serv

iu p

ra t

raba

lhar

a t

eoria

. F

aço

pesq

uisa

co

mo

com

plem

ento

ao

co

nteú

do

do

cade

rno

da p

ropo

sta.

E

no

iníc

io

sem

pre

fica

esta

que

stão

:

“O

prof

esso

r o

que

eu

tenh

o a

ver

com

isso

?”

D

epoi

s qu

e vo

dese

nvol

veu

a pa

rte

teór

ica,

ex

plic

a, e

vai

par

a a

prá

tica

eles

pe

rceb

em

e fa

cilit

ou

bast

ante

Dep

ois

que

você

des

envo

lveu

a p

arte

te

óric

a, e

xplic

a, e

vai

par

a a

prát

ica

eles

pe

rce

bem

e

faci

litou

ba

stan

te

esta

par

te.

s

s) N

ão c

ompr

omet

eu a

au

tono

mia

pe

dagó

gic

a,

e au

xilio

u a

prát

ica

doce

nte;

t)

N

ão

com

prom

eteu

a

auto

nom

ia

peda

góg

ica,

o há

co

bran

ça

da

aplic

ação

; u)

C

ompr

omet

eu

a au

tono

mia

pe

dagó

gic

a,

impe

de

prop

osta

Page 175: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

164 

 

esta

par

te.

E

ntão

não

para

diz

er

aque

la

ques

tão

que

ficou

am

arra

do n

o ca

dern

o.

“N

ão

é im

post

a é

prop

osta

.”

“Não

é im

post

a é

prop

osta

.”

t

próp

ria;

v)

Com

prom

eteu

a

auto

nom

ia

peda

góg

ica,

co

bran

ça d

a ap

licaç

ão.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

E

u pa

rtic

ular

men

te

não

me

ache

i ce

rcea

do.

A

ssim

co

mo

nas

tem

os

os

PC

N,

os

Par

âmet

ros

Cur

ricul

are

s e

que

mui

tos

prof

esso

res

nunc

a

pega

ram

em

um

, vo

cê t

ambé

m

tem

a

Pro

post

a.

Voc

ê po

de

faze

r us

o de

la o

u nã

o.

E

u ac

ho

que

depo

is

de

uma

prov

a,

eles

pe

dem

o

cont

eúdo

daq

uela

apo

stila

, m

as.

eu

acho

qu

e co

mo

eu

diss

e,

com

o re

ferê

ncia

, qu

e fo

i pa

ra

que

veio

isso

.

Eu

acho

que

ele

fun

cion

a m

uito

bem

.

Ass

im c

omo

nas

tem

os o

s P

CN

, os

P

arâm

etro

s C

urric

ular

es

e qu

e m

uito

s pr

ofes

sore

s nu

nca

pega

ram

em

um

, vo

tam

bém

te

m

a P

ropo

sta.

Voc

ê po

de f

azer

uso

del

a ou

não

. eu

ach

o qu

e co

mo

eu d

isse

, co

mo

refe

rênc

ia, q

ue fo

i par

a qu

e ve

io is

so.

t s

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 3

A

uton

omia

en

tão

veja

co

mo

eu já

te

fale

i par

a m

im e

la

não

é pr

opos

ta,

ela

foi

impo

sta,

o é

uma

prop

osiç

ão.

Eu

acho

qu

e el

a te

en

gess

a um

po

uqui

nho,

el

a re

tirou

Aut

onom

ia e

ntão

vej

a co

mo

eu j

á te

fa

lei p

ara

mim

ela

não

é p

ropo

sta,

ela

fo

i im

post

a, n

ão é

um

a pr

opos

içã

o.

Eu

acho

qu

e el

a te

en

gess

a

um

pouq

uinh

o, e

la r

etiro

u

v u

Page 176: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

165 

 

prat

icam

ente

tod

a a

auto

nom

ia

do

prof

esso

r.

Eu

vou

dar

um

exem

plo,

as

min

has

aula

s aq

ui

eu t

raba

lho,

por

exe

mpl

o, c

om a

., 7ª

. e

a 8ª

sér

ie,

entã

o eu

te

nho

uma

aula

com

a 6

ª e

vou

trab

alha

r V

olei

bol,

aí e

u te

nho

uma

aula

da

7ª.

e vo

u tr

abal

har

com

atle

tism

o, a

í eu

ten

ho u

ma

aula

com

a 8

ª. e

vou

tra

balh

ar

Tên

is,

aí v

olta

um

a au

la c

om a

. sé

rie

no

V

olei

bol

do

iníc

io,

entã

o qu

er d

izer

eu

tenh

o qu

e tr

ocar

to

do

esse

m

ater

ial,

tenh

o qu

e te

r es

se m

ater

ial

na

min

ha

mão

, po

rque

eu

te

nho

que

olha

r es

se

alun

o em

50

m

inut

os,

mud

ar

todo

es

se

mat

eria

l, m

udar

tu

do.

Enf

im

entã

o nó

s te

mos

um

a pr

átic

a,

não

sei

se v

ocê

fazi

a o

mes

mo

quan

do e

stav

a tr

abal

hand

o um

a de

term

inad

a m

odal

idad

e eu

vou

tr

abal

har

em

todo

s os

veis

pa

ra a

5ª.

, 6ª

., pa

ra 7

ª. s

e eu

tiv

er

uma

varia

ção

ela

é pe

quen

a,

porq

ue?

Por

que

é m

uito

m

ais

prát

ico.

P

ara

você

te

r um

a id

éia

a m

inha

aul

a, p

or

exem

plo,

eu

vo

u pa

ra

sala

bu

sco

o al

uno,

faç

o ch

amad

a,

hoje

ele

s nã

o tr

ocam

mai

s de

Page 177: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

166 

 

roup

a, a

cabo

u is

so a

í, a

té o

ano

pa

ssad

o nã

o fa

zia

aula

de

calç

a je

ans,

que

aqui

os

men

inos

qu

ando

vo

entr

a na

sa

la

estã

o aq

ui,

estã

o pr

ontin

hos,

as

men

inas

cheg

am 1

0 m

inut

os

depo

is e

eu c

hegu

ei a

o po

nto

onde

eu

tinha

em

um

a sa

la d

e 40

tin

ha

10

pron

tos

para

E

duca

ção

Fís

ica

e 30

de

calç

a je

ans.

E

u já

o qu

eria

fa

zer

aque

las

troc

as,

aí e

u ab

oli.

Daí

um

a ou

tra

cois

a, e

u tin

ha u

ma

prát

ica

de

faze

r aq

ueci

men

to,

se

você

fiz

er

cham

ada,

tr

ocar

de

ro

upa,

fiz

er

aque

cim

ento

, ac

abou

a a

ula,

pod

e m

anda

r o

alun

o de

vo

lta.

Se

você

ol

har

daqu

i ele

s já

est

ão o

rgan

izad

os,

essa

sal

a é

pequ

ena,

hoj

e el

es

perc

eber

am

isso

, m

as

uma

5ª.

série

vo

põe

eles

, el

es

para

se

orga

niza

rem

em

equ

ipe

eles

le

vara

m...

, a

8ª.

esta

or

gani

zada

aq

ui,

não

prec

isa

perd

er t

empo

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 4

A

uton

omia

ac

ho

que

é m

ais

rela

cion

ada

a es

ta

ques

tão,

vo

pass

a o

cont

eúdo

, te

m

auto

nom

ia

de

Page 178: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

167 

 

você

m

onta

r a

sua

aula

, tr

abal

hand

o es

tes

cont

eúdo

s,

você

não

é o

brig

ado

a ap

licar

aq

uilo

qu

e a

prop

osta

es

indi

cand

o,

faze

r aq

uela

at

ivid

ade

igua

lzin

ho,

que

o co

nteú

do é

obr

igat

ório

, tr

abal

har

aque

le c

onte

údo.

você

não

é o

brig

ado

a ap

licar

aqu

ilo

que

a pr

opos

ta e

stá

indi

cand

o,

só q

ue o

con

teúd

o é

obrig

atór

io,

t u S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

5

Não

tem

au

tono

mia

, at

é po

rque

com

o es

tá a

pro

post

a é

uma

prop

osta

an

tiga,

co

mo

é m

eu

prim

eiro

an

o,

até

porq

ue

mui

tas

cois

as e

u nã

o en

tend

o,

tem

que

est

udar

bem

ant

es p

ara

a ge

nte

trab

alha

r.

A

auto

nom

ia...

, tir

a a

auto

nom

ia d

o pr

ofes

sor,

em

bora

to

dos

os

prof

esso

res

faça

m

adap

taçõ

es,

na v

erda

de a

gen

te

tira

uma

base

, qu

ando

a

gent

e va

i m

onta

r no

ssa

prop

osta

, a

gent

e tir

a co

mo

base

o q

ue o

gov

erno

que

r, o

u m

elho

r, o

que

a p

ropo

sta

quer

.

Não

tem

aut

onom

ia,

até

porq

ue c

omo

está

a

prop

osta

é

uma

prop

osta

an

tiga,

a

gent

e tir

a co

mo

base

o

que

o go

vern

o qu

er,

ou

mel

hor,

o

que

a pr

opos

ta q

uer.

u u

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 6

F

icam

os s

em a

uton

omia

, po

rque

vo

fica

pres

o na

pr

opos

ta.

Às

veze

s su

rgem

ou

tras

opo

rtun

idad

es p

ara

você

Page 179: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

168 

 

junt

ar

com

al

guns

pr

ofes

sore

s em

pro

jeto

s e

o qu

e ac

onte

ce é

qu

e vo

cê o

u vo

cê f

az o

pro

jeto

e

perd

e as

sua

s au

las

para

aqu

ilo,

ou v

ocê

faz

suas

aul

as e

não

en

tra

em

nenh

um

proj

eto

na

esco

la.

ou

voc

ê fa

z o

proj

eto

e pe

rde

as s

uas

aula

s pa

ra a

quilo

, ou

voc

ê fa

z su

as

aula

s e

não

entr

a em

ne

nhum

pro

jeto

na

esco

la.

u

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 7

A

aut

onom

ia p

edag

ógic

a e

la é

pa

rcia

l, po

rque

a

part

ir do

m

omen

to q

ue v

ocê

prop

õe,

que

você

fa

z um

a pr

opos

ta,

segu

ndo

os

órgã

os

aí,

uma

ativ

idad

e,

uma

prop

osta

pa

ra

auxi

liar

o pr

ofes

sor,

ao

mes

mo

tem

po

ela

está

co

agin

do

o pr

ofes

sor

a tr

abal

har

naqu

ela

linha

, tir

ando

a

liber

dade

de

tedr

a do

pro

fess

or,

send

o po

r se

tra

tar

da n

ossa

áre

a, q

ue é

a

área

mot

ora,

pre

ssup

õe-s

e qu

e to

do

prof

issi

onal

de

E

duca

ção

Fís

ica,

ele

tem

cap

acita

ção

e o

dom

ínio

da

m

atér

ia

para

de

senv

olve

r to

das

as a

tivid

ades

qu

e a

prop

osta

e p

lane

jam

ento

in

depe

nden

te d

a ap

ostil

a.

A

auto

nom

ia

peda

gógi

ca

ela

é pa

rcia

l, po

rque

a p

artir

do

mom

ento

qu

e vo

cê p

ropõ

e, q

ue v

ocê

faz

uma

prop

osta

,

ela

está

co

agin

do

o pr

ofes

sor

a tr

abal

har

naqu

ela

linha

, tir

ando

a

liber

dade

de

tedr

a do

pr

ofes

sor,

se

ndo

por

se t

rata

r da

nos

sa á

rea,

qu

e é

a ár

ea m

otor

a,

u v

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 8

É

, re

alm

ente

, a

gent

e nã

o te

m

auto

nom

ia,

a ge

nte

é “g

oela

Page 180: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

169 

 

abai

xo”

não

é? E

ntão

a g

ente

se

nte

assi

m

que

veio

de

ci

ma,

te

m

uma

pres

são

em

cim

a,

da

supe

rvis

ão

que

pres

sion

a a

dire

ção,

qu

e

pres

sion

a a

coor

dena

ção

para

pr

essi

onar

o

prof

esso

r pa

ra

usar

, en

tão

você

o te

m

auto

nom

ia.

você

vai

faz

endo

o

que

dá,

e fic

a as

sim

um

a co

isa,

sab

e m

eio

ma

l fe

ito.

Na

ve

rdad

e a

coor

dena

ção

pres

sion

a e

aí a

gen

te “

ah t

á...”

, va

i fa

zer,

a g

ente

que

não

sai,

que

não

vai,

e aí

fic

a de

sse

je

ito e

nten

deu?

Mei

o...,

mei

o fa

z de

con

ta e

nten

deu?

Na

verd

ade

é is

so,

a ge

nte

não

tem

au

tono

mia

mes

mo

para

faz

er o

qu

e a

gent

e ac

ha q

ue t

em q

ue

ser

feito

.

Ent

ão a

gen

te s

ente

ass

im q

ue v

eio

de

cim

a,

tem

um

a pr

essã

o em

ci

ma,

da

supe

rvis

ão q

ue p

ress

iona

a

dire

ção,

qu

e pr

essi

ona

a co

orde

naçã

o pa

ra

pres

sion

ar

o pr

ofes

sor

para

usa

r,

v S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

9

Pel

o qu

e eu

per

cebi

e p

elo

que

eu

vi n

a pr

imei

ra p

arte

, o

que

eu

ente

ndi

é qu

e el

a é

colo

cada

co

mo

uma

prop

osta

eu

po

sso

segu

ir ou

o,

cabe

a

mim

a

esco

lha.

Enq

uant

o pr

ofes

sor

e en

quan

to

esco

lha

dent

ro

do

o qu

e eu

en

tend

i é

que

ela

é co

loca

da

com

o um

a pr

opos

ta

eu

poss

o se

guir

ou n

ão,

cabe

a m

im a

es

colh

a.

t

Page 181: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

170 

 

meu

pl

anej

amen

to,

eu

ache

i qu

e el

a é

bem

abe

rta,

não

é t

ão

fech

ada,

que

não

tem

exi

gênc

ia

de

esta

r se

guin

do

ela.

P

osso

se

guir

ou n

ão,

isso

dep

ende

do

que

eu q

uero

abo

rdar

enq

uant

o co

nteú

do d

o bi

mes

tre.

P

or o

utro

lad

o pa

ra n

ós

da

área

de

E

duca

ção

Fís

ica

fa

cilit

ou b

ast

ante

, po

rque

é u

m

mat

eria

l te

óric

o qu

e é

de f

ácil

aces

so a

té p

ara

o a

luno

, co

m

aque

las

apos

tilin

has,

te

m

algu

mas

qu

estõ

es

que

são

com

plic

adas

pa

ra

o al

uno

devi

do a

o ní

vel i

ntel

ectu

al.

área

de

E

duca

ção

F

ísic

a fa

cilit

ou

bast

ante

, po

rque

é

um

mat

eria

l te

óric

o qu

e é

de f

ácil

aces

so a

té p

ara

o al

uno,

s

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

0 F

ere

a au

tono

mia

po

rque

el

a en

gess

a, p

orqu

e os

dire

tore

s de

es

cola

, co

orde

nado

res

não

quer

em

sabe

r qu

e aq

uilo

ve

io

para

esc

ola

e, v

ou t

er q

ue u

sar

aqui

lo

ali,

um

cont

eúdo

cu

rric

ular

, en

tão

você

va

i tr

abal

har

exat

amen

te a

quilo

lá,

se

voc

ê fa

z, s

e a

prop

osta

te

o A

, o

B,

o C

e o

D e

voc

ê qu

er

trab

alha

r o

E,

não

pode

por

que

o di

reto

r nã

o qu

er,

porq

ue e

stá

dize

ndo

que

é só

o A

, o

B,

o C

e

o D

.

coor

dena

dore

s nã

o qu

erem

sa

ber

que

aqui

lo v

eio

para

esc

ola

e, v

ou t

er

que

usar

aqu

ilo a

li,

v

Page 182: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

171 

 SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

1 F

oi c

erce

ada

porq

ue d

a m

esm

a m

anei

ra

que

eles

in

trod

uzira

m

os c

onte

údos

, el

es o

bvia

men

te

quer

em q

ue v

ocê

trab

alhe

sob

re

os m

esm

os,

agor

a a

ques

tão

do

faze

r, d

a te

oria

e d

a pr

átic

a há

um

abi

smo

mui

to g

rand

e.

da

mes

ma

man

eira

qu

e el

es

intr

oduz

iram

os

cont

eúdo

s,

obvi

amen

te

quer

em

que

você

tr

abal

he s

obre

os

mes

mos

,

u v

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

2 A

au

tono

mia

fo

i ba

lanç

ada

porq

ue

está

pr

onto

, en

tão

para

que

o p

lane

jam

ento

do

pr

ofes

sor

se

esta

tu

do

pron

to?

Par

a qu

e o

Pro

jeto

P

edag

ógic

o da

es

cola

? P

ara

que

sent

ar e

que

rer

disc

utir

se

está

se

ndo

impo

sto

aqui

lo?

Ent

ão

não

tem

ne

cess

idad

e m

ais,

ac

redi

to

que

vo

é ap

enas

um

fant

oche

ali

que

está

se

ndo

cond

uzid

o a

dese

nvol

ver

aqui

lo q

ue e

stá

send

o co

loca

do

pelo

Est

ado.

acre

dito

qu

e vo

é ap

enas

um

fa

ntoc

he

ali

que

está

se

ndo

cond

uzid

o a

dese

nvol

ver

aqui

lo q

ue

está

sen

do c

oloc

ado

pelo

Est

ado.

u

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

3 A

aut

onom

ia f

oi c

ompr

omet

ida,

eu

ac

redi

to

que

foi,

era

mui

to

mai

s tr

anqü

ilo,

eu

digo

as

sim

, qu

ando

voc

ê qu

er t

raba

lhar

não

é?

era

mui

to

mai

s tr

anqü

ilo,

eu

digo

as

sim

, qu

ando

vo

quer

tr

abal

har

não

é?

u

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

4 O

lha,

sin

cera

men

te n

ão,

porq

ue

Page 183: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

172 

 

o qu

e es

tá n

a pr

opos

ta n

ós j

á tr

abal

hava

co

m

mui

ta

cois

a,

entã

o nã

o se

nti,

sin

cera

men

te

não

sent

i.

o qu

e es

na

prop

osta

s já

tr

abal

hava

com

mui

ta c

oisa

s

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

5 O

lha

isso

sem

dúv

ida,

mas

a

prim

eira

pa

rte

não

fora

m

os

livro

s, f

oram

os

jorn

ais.

Eu

vou

cita

r es

ta p

assa

gem

por

que

eu

usei

o j

orna

l a

meu

fav

or.

Um

a pa

rte

do j

orna

l fic

ava

con

tand

o e

estó

ria d

e um

gar

oto

que

saiu

de

um

a ci

dade

do

inte

rior,

ele

na

dava

, pe

scav

a,

brin

cava

na

ru

a e

foi p

ara

uma

cida

de m

aior

e

não

tinha

nad

a di

sso

e el

e fe

z a

solic

itaçã

o pa

ra o

pre

feito

de

uma

rua

de

laze

r,

o pr

efei

to

acab

ou a

tend

endo

e f

ez a

rua

de

la

zer.

C

omo

noss

a es

cola

o tin

ha

banh

eiro

, nã

o tin

ha

port

a,

as

cria

nças

qu

e ia

m

pega

r a

refe

ição

de

les

tinha

m

que

com

er s

enta

dos

no c

hão

e na

s es

cada

s, a

prov

eite

i aqu

ilo e

pe

di p

ara

que

todo

s os

alu

nos

escr

eves

sem

um

a ca

rta

para

o

gove

rnad

or

pedi

ndo

para

qu

e tiv

esse

m

port

as

no

banh

eiro

s,

vaso

s sa

nitá

rios,

qu

e no

sso

tio

foss

e re

form

ado,

qu

e no

ssa

cozi

nha

foss

e re

form

ada,

Page 184: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

173 

 

para

qu

e pu

déss

emos

fa

zer

noss

as

refe

içõe

s se

ntad

os.

Tod

os

meu

s al

unos

fiz

eram

is

so,

eu f

iz u

ma

rela

ção

com

os

prin

cipa

is

pedi

dos

entr

e as

ca

rtas

se

m

nenh

um

tipo

de

corr

eção

, pa

ra

que

ficas

se

com

prov

ado

que

não

era

maq

uiag

em,

não

era

enga

naçã

o

e at

ravé

s de

um

de

puta

do

esta

dual

che

gou

nas

mão

s da

S

ecre

tária

de

E

duca

ção,

in

clus

ive

eu

tenh

o as

fo

tos

com

prov

ando

ist

o. A

sec

retá

ria

de E

duca

ção

man

dou

uma

foto

pa

ra

esco

la

e um

a fo

to

para

m

im c

omo

se f

osse

um

car

tão

e um

a se

man

a de

pois

foi

fei

to u

m

inve

stim

ento

de

qu

atro

cent

os

mil

reai

s na

esc

ola

e a

esco

la

ganh

ou c

ozin

ha n

ova,

ban

heiro

s no

vos,

re

feitó

rio

novo

, as

cr

ianç

as

não

prec

isav

am

mai

s co

mer

se

ntad

as

no

chão

e

o m

aior

be

nefíc

io

que

eu

obtiv

e

dest

a de

tod

a es

ta P

ropo

sta

foi

o pr

imei

ro

mês

qu

e el

a fo

i im

plan

tada

.

M

as

a au

tono

mia

fo

i re

tirad

a co

mpl

etam

ente

do

s pr

ofes

sore

s, n

ão t

em a

uton

omia

ne

nhum

a e

se

for

cum

prid

a a

não

tem

aut

onom

ia n

enhu

ma

e se

for

u

Page 185: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

174 

 

risca

o q

ue f

oi d

eter

min

ado

pela

D

eleg

acia

de

E

nsin

o,

com

os

co

orde

nado

res

entr

ando

em

sa

la

de

aula

, co

bran

do

o pr

ogra

ma,

o co

mpl

etam

ente

de

scon

side

rado

s os

pro

fess

ores

de

ntro

da

esco

la.

Po

rque

voc

ê pr

ecis

a de

um

cu

rso

supe

rior

para

fa

zer

este

tr

abal

ho,

qual

quer

co

m

um

mín

imo

de

orie

ntaç

ão v

ai p

oder

faz

er,

que

é en

treg

ar o

livr

o e:

“Ago

ra e

ntra

r na

Int

erne

t e

reso

lvam

o p

robl

ema.

Aca

bou

a re

laçã

o pr

ofes

sor/

alun

o,

prof

esso

r/es

cola

, da

ne

cess

idad

e de

pr

esen

ça

na

esco

la,

por

segu

ir es

ta l

inha

de

pens

amen

to.

cum

prid

a a

risca

o

que

foi

dete

rmin

ado

pela

D

eleg

acia

de

E

nsin

o,

com

os

coor

dena

dore

s en

tran

do e

m

sala

de

aula

, co

bran

do o

pro

gram

a,

são

com

plet

amen

te d

esco

nsid

erad

os

os p

rofe

ssor

es d

entr

o da

esc

ola

v

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

-16

N

ão

sent

i ce

rcea

men

to

a au

tono

mia

pe

dagó

gica

, po

rque

eu

rel

acio

nei

o m

ater

ial

mai

s a

um a

poio

e n

ão i

mpo

siçã

o, p

elo

men

os

na

min

ha

unid

ade

não

foi

impo

sto

que

eu t

raba

lhas

se

aqui

lo l

á, t

anto

é q

ue e

u fiz

a

inve

rsão

, a

revi

sta

veio

um

a se

qüên

cia,

en

tão

eu

fiz

a in

vers

ão.

A

revi

sta

veio

na

porq

ue e

u re

laci

onei

o m

ater

ial

mai

s a

um

apoi

o e

não

impo

siçã

o,

pelo

m

enos

na

min

ha u

nida

de

s

Page 186: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

175 

 

seqü

ênci

a pr

imei

ro

bim

estr

e,

segu

ndo

bim

estr

e,

algu

m

assu

nto

que

eu a

dian

tei,

eu n

ão

tinha

ac

esso

à

revi

sta,

ve

io

num

a ou

tra

hora

, fo

i in

tere

ssan

te,

a m

olec

ada

pego

u e

veio

: “P

rofe

ssor

iss

o o

senh

or

já f

alou

, nã

o va

i fal

ar m

ais.

” H

ouve

m

ais

cobr

ança

na

s ou

tras

di

scip

linas

po

rque

vi

ncul

aram

a

ques

tão

da

aval

iaçã

o ex

tern

a qu

e é

o S

ares

p,

com

no

ssa

disc

iplin

a nã

o há

est

a vi

ncul

ação

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

7 R

elat

ivo,

não

que

a a

uton

omia

fo

i po

dada

de

fa

zer,

eu

ac

ho

que

aqui

lo s

erve

com

o m

ater

ial

de a

poio

ao

prof

esso

r, n

ão d

eve

segu

ir aq

uilo

de

fo

rma

enge

ssad

a.

Eu

acho

qu

e nã

o tir

a a

auto

nom

ia v

ai d

o m

anej

o de

cad

a pr

ofes

sor

de s

aber

lida

r co

m

esta

pr

opos

ta

e tir

ar

e ad

apta

r,

cria

r no

vos

mét

odos

, no

vos

cont

eúdo

s nã

o se

pr

ende

r à

prop

osta

.

com

o m

ater

ial

de a

poio

ao

prof

esso

r,

não

deve

se

guir

aqui

lo

de

form

a en

gess

ada.

s

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 1

8 E

u ac

ho q

ue t

irou

o di

reito

do

prof

esso

r de

es

tar

exp

lora

ndo

dete

rmin

adas

at

ivid

ades

. E

sta

Eu

acho

qu

e tir

ou

o di

reito

do

pr

ofes

sor

de

esta

r ex

plor

ando

de

term

inad

as a

tivid

ades

.

u

Page 187: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

176 

 

Pro

post

a,

não

tem

co

mo

você

es

tar

expa

ndin

do,

ou

você

se

gue

ou

você

o se

gue,

vo

cê f

ica

tota

lmen

te e

nges

sado

, e

é aí

qu

e a

gent

e pa

ssa

a ut

iliza

r a

noss

a au

tono

mia

de

te

mpo

s at

rás,

de

tr

abal

har

a

Edu

caçã

o F

ísic

a co

mo

real

men

te e

la é

.

Nós

pr

ofes

sore

s,

a m

aior

ia d

as v

ezes

a g

ente

est

á

em s

ala

de a

ula,

a g

ente

pas

sa

a se

r ps

icól

ogo,

ess

a é

verd

ade,

a

gent

e va

i re

solv

er

caso

s te

rrív

eis

assi

m

de

post

ura,

sa

be?

Ent

ão

eu

acho

as

sim

a

gent

e fo

ge,

foge

sim

, te

m q

ue

trab

alha

r co

m o

indi

vídu

o.

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

19

Ele

s in

serir

am

esta

pr

opos

ta

para

fa

cilit

ar

o tr

abal

ho

dos

prof

esso

res,

que

assi

m,

eles

tir

aram

um

pou

co a

libe

rdad

e do

pr

ofes

sor

trab

alha

r o

conh

ecim

ento

de

le

com

os

al

unos

. E

ntão

as

sim

, el

es,

a in

tenç

ão é

uni

ficar

, é

padr

oniz

ar

toda

s as

au

las

de

Edu

caçã

o F

ísic

a,

tiran

do

um

pouc

o da

au

tono

mia

do

pr

ofes

sor

de

eles

tira

ram

um

pou

co a

libe

rdad

e do

pr

ofes

sor

trab

alha

r o

conh

ecim

ento

de

le c

om o

s al

unos

.

u

Page 188: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

177 

 

trab

alha

r o

seu

conh

ecim

ento

. A

ge

nte

tem

qu

e da

r um

a es

capa

da p

ara

rela

xar,

por

que

só t

raba

lhar

com

est

a pr

opos

ta

não

dá c

erto

.

SU

JEIT

OU

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CO

DIF

ICA

ÇÃ

O

CA

TE

GO

RIZ

ÃO

P

- 2

0 S

e vo

cê u

sar

a ap

ostil

a m

esm

o,

se f

osse

um

a pr

opos

ta,

eu t

eria

o

dire

ito d

e se

guir

ou n

ão.

Se

você

us

ar

a pr

opos

ta

mes

mo

com

um

sen

tido

de o

rient

ação

, te

m a

uton

omia

par

a m

exer

ond

e vo

que

não

é vi

ável

, eu

ac

ho q

ue é

leg

al,

mas

a g

ente

te

m n

otíc

ias

de c

oleg

as q

ue s

ão

obrig

ados

a

segu

ir tu

do

com

o es

e é

cobr

ado

men

salm

ente

: “O

lha

você

o te

rmin

ou

a ap

ostil

a 1.

”,

“Olh

a vo

não

term

inou

a

apos

tila

2.”,

perd

e a

auto

nom

ia t

otal

. S

e vo

cê s

egui

r, s

e fo

r es

crav

o da

ap

ostil

a,

você

ac

aba

pe

rden

do t

otal

men

te o

ide

al e

u ac

ho.

Voc

ê pe

gar

a P

ropo

sta

e

tent

ar s

egui

r te

m c

oisa

s lá

leg

al

tam

bém

, nã

o é

quer

er s

er s

ó do

co

ntra

, te

m c

oisa

s le

gais

qu

e eu

m

esm

o pe

guei

, us

ei e

ada

ptei

e

ness

e se

ntid

o eu

o pe

rdi

a m

inha

aut

onom

ia.

Se

você

usa

r a

prop

osta

mes

mo

com

um

se

ntid

o de

or

ient

ação

, te

m

auto

nom

ia p

ara

mex

er o

nde

você

que

não

é vi

ável

, eu

ac

ho

que

é le

gal,

tem

no

tícia

s de

co

lega

s qu

e sã

o ob

rigad

os a

seg

uir

tudo

com

o e

stá

e é

cobr

ado

men

salm

ente

: “O

lha

você

o te

rmin

ou

a ap

ostil

a 1.

”,

“Olh

a vo

cê n

ão t

erm

inou

a a

post

ila

2.”,

aí p

erde

a a

uton

omia

tota

l.

s v

Page 189: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

178 

 

S

UJE

ITO

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

OD

IFIC

ÃO

C

AT

EG

OR

IZA

ÇÃ

O

P -

21

Por

fa

lar

em

auto

nom

ia

me

rem

ete

a um

a si

tuaç

ão

fund

amen

tal,

não

tem

com

o eu

tr

abal

har

sem

au

tono

mia

, a

Pro

post

a eu

a

vejo

co

mo

um

“pla

no d

e bo

rdo”

, de

uni

ficaç

ão,

mas

eu

si

ncer

amen

te

não

me

pren

do a

cem

por

cen

to.

Eu

vejo

qu

e qu

em

elab

orou

es

tes

cont

eúdo

s co

nhec

e ex

atam

ente

as

nec

essi

dade

s de

cad

a fa

ixa

etár

ia

de

cada

rie.

Cer

tam

ente

voc

ê ta

mbé

m c

om

sua

prát

ica

diar

iam

ente

, vo

conh

ece

as

nece

ssid

ades

, e

tam

bém

a s

ua c

lient

ela

que

é o

mai

s im

port

ante

de

tu

do

isso

. E

ntão

os

co

nteú

dos

que

são

impr

ováv

eis

de

ser

dese

nvol

vido

s de

ntro

da

esco

la

eu a

cred

ito q

ue o

pro

fess

or n

ão

deve

se

pren

der

não.

Ele

pod

e us

ar c

omo

um “

guia

de

bord

o”,

um

guia

de

or

ient

ação

, m

as

tota

lidad

e,

cem

po

r ce

nto,

em

ci

ma

dele

não

é v

iáve

l.

Seg

undo

nós

tem

os u

ma

carg

a ho

rária

re

duzi

da,

são

duas

au

las

sem

anai

s é

mui

to

pouc

o,

eu

acho

es

ta

apos

tila

Pro

post

a eu

a v

ejo

com

o um

“pl

ano

de

bord

o”,

de

unifi

caçã

o,

mas

eu

si

ncer

amen

te n

ão m

e pr

endo

a c

em

por

cent

o.

s

Page 190: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC … dos... · vêm adequando-se às demandas impostas pelas transformações da sociedade, sendo que estas transformações, estruturais,

   

179 

 

mui

to b

oa e

é r

ica

até,

mas

par

a no

ssa

carg

a ho

rária

se

man

al,

faz

me

rir,

não

dá,

na é

poca

de

três

aul

as t

alve

z.