Upload
ledang
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - JANEIRO/FEVEREIRO 2013 - ANO II - 1º Edição
Edição Especial
Recepção dos Calouros
2013!
Retrospectiva 2012 - O por quê das
manifestações:
PÁGINA 4
Discurso do Orador da Primeira Turma
da Medicina UFSCar:
PÁGINA 5
A luta continua. Como
principal resultado, através de acertos e
erros, temos a confiança que a união dos
estudantes é e será fundamental na
construção de um bom curso de medicina
para a UFSCar (...)
Ao escolhermos
essa Universidade, tomamos uma decisão
que mudaria nossas vidas. Escolhemos
pelo novo.(...)
Carta aos Futuros Alunos da Medicina UFSCar:
PÁGINA 3
Dissecando a Medicina UFSCar:
PÁGINA 7
PÁGINA 8 PÁGINA 9.
Antes de
entrar na faculdade, quando comecei a pensar na ideia de vir para
a UFSCar, não conhecia bem como era aqui e comecei a procurar
informações. Nos cursinhos por onde passei (Etapa e Poliedro) e
de todas as pessoas de fora, sempre que perguntava sobre o curso
a resposta era a mesma: “acho que não é uma boa opção!”(...)
Nesse tempo que estou aqui, pude ver a realidade e passo a vocês
como, de fato, é o curso. (...)
Um pouco mais sobre as
unidades educacionais do Curso de Medicina da UFSCar:
Situação Problema ( SP) ; Estação de Simulação (ES)
; Prática Profissional (PP)
Ligas Acadêmicas da UFSCar
PÁGINA 10
À Macacada:
PÁGINA 12
DENEM:
PÁGINA 11
Carta da A.A.A.M.U aos
calouros
Com mais de 20 anos de
existência, a DENEM vem desempenhado
o papel de entidade representativa dos
estudantes de medicina a partir de várias
lutas e mobilizações. (...)
POR QUE MEDICINA ?POR QUE UFSCAR ?
Foto: Departamento de Medicina da UFSCar
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 2
TIRINHA
EDITORIAL
Essa é uma edição muito
especial do jornal A Espiral
por diversos motivos. O
primeiro deles é o fato de
estarmos iniciando mais um
ano letivo, com a expectativa
de que 2013 seja ainda melhor
que 2012. E, como todo
começo de ano, com a vontade
de estudar mais, de se divertir
mais, de lutar mais pelo que
queremos e, acima de tudo, a
vontade de ir construindo aos
poucos o nosso futuro e o
nosso curso.
O segundo motivo, não
menos importante , é o
renascimento do jornal, quase
quatro anos após a sua última
edição. Apesar da ideia de um
meio de comunicação capaz de
integrar o curso de Medicina
da UFSCar aos outros cursos
da universidade, aos demais
cursos de medicina do país e à
Rede – Escola Municipal
n u n c a t e r m o r r i d o , a s
dificuldades encontradas pelo
CAMSA nos últimos anos
impediram que a ESPIRAL se
consolidasse. No entanto,
nunca é tarde para recomeçar!
E não iremos medir esforços
para que essa ideia se
mantenha e que o jornal
continue divulgando de
maneira crítica e reflexiva
aquilo que produzimos de
melhor, como alunos e como
agentes transformadores do
Sistema Único de Saúde do
município de São Carlos.
O terceiro e último motivo é a
chegada de mais uma turma à
Medicina UFSCar. É com
muita alegria que nós os
recebemos, pois sabemos que
serão vocês que irão perpetuar
tudo aquilo que construímos
até agora, e é por isso que
dedicamos essa edição a vocês.
Nela tentamos sanar as
dúvidas e as angúst ias
daqueles que estão chegando,
contando um pouco de como é
fazer parte da Medicina
UFSCar e explicando algumas
das peculiaridades do nosso
curso. Desejo que vocês
aproveitem essa edição para
refletir sobre os próximos seis
anos da sua vida, e espero que
ela os deixe instigados a
PARTICIPAR! Participar da
vida universitária, participar
da construção de algo novo e
surpreendente, participar do
m o v i m e n t o e s t u d a n t i l ,
participar da atlética e,
principalmente, a participar
do seu futuro.
Por, Nathália Neves
Nunes - Turma VI - 011
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 3
POR QUE MEDICINA? POR QUE UFSCar? Carta aos vestibulandos e futuros alunos da Medicina UFSCar:
A n t e s d e e n t r a r n a
faculdade, quando comecei a
pensar na ideia de vir para a
UFSCar, não conhecia bem
como era aqui e comecei a
procurar informações. Nos
cursinhos por onde passei
(Etapa e Poliedro) e de todas
as pessoas de fora, sempre
que perguntava sobre o curso
a resposta era a mesma:
“acho que não é uma boa
opção!”. Bom, segundo eles, o
curso apresenta tudo de ruim
que um curso de medicina
pode ter: não tem hospital
escola e utiliza o PBL como
metodologia de ensino.
Nesse tempo que estou
aqui, pude ver a realidade e
passo a vocês como, de fato, é
o curso. O PBL ou ABP
(Aprendizagem Baseada em
Problemas) foge do método
tradicional, em que há aulas
com turmas grandes e
professores passando o
conhecimento aos alunos que
o recebem de maneira
“passiva”, e trabalha por
meio de discussões em
pequenos grupos com a busca
do conhecimento por parte
dos próprios alunos, que
passam a ser “ativos” na
busca do mesmo. Isso parece
loucura em um primeiro
momento, pois não parece
q u e v a m o s c o n s e g u i r
a p r e n d e r t u d o s e m o
professor para nos ensinar,
mas depois de algumas crises
da pra ver que de fato este
método funciona e que
aprendemos a desenvolver
um raciocínio clínico mais
precocemente, se comparado
com alunos do método
tradicional. Isso fica evidente
com os elogios que nossos
alunos recebem ao fazer
e s t á g i o s e m o u t r a s
universidades. Quanto ao
hospital escola, já existe um
módulo funcionando em que
o c o r r e u m a p a r t e d o
internato, e aguardamos o
prazo da nova prefeitura para
sua finalização.
E m 2 0 1 2 , f i z e m o s
manifestações em busca de
melhorias para a área da
saúde de São Carlos e para o
próprio curso de medicina.
C o m o r e s u l t a d o s ,
conseguimos mostrar que
não estamos passivos quanto
à politica da cidade, o
compromisso de melhorias
na qualidade do ensino e de
ajustes nas estruturas do
curso.
Apesar dos problemas e das
incertezas não mudaria
daqui. Aqui temos uma maior
p r o x i m i d a d e c o m o s
professores, proporcionada
p e l a s a t i v i d a d e s e m
pequenos grupos; temos uma
g r a n d e a b e r t u r a p a r a
p a r t i c i p a r d e l i g a s
acadêmicas, projetos de
extensão e, até, do centro
acadêmico e da atlética; e
temos por base o excelente
desempenho dos alunos da
turma I (quase 90% de
aprovação direta) nas mais
concorridas residências,
como cirurgia (UNIFESP,
FAMEMA), clínica (USP,
U N E S P , F A M E M A ) ,
a n e s t e s i o l o g i a ( U S P ) ,
pediatria (UNICAMP), entre
outras. Logo, podemos ver
que o curso de medicina da
UFSCar forma médicos
generalistas competentes,
que tem firmado o nome
dessa universidade no meio
médico. Todos estes motivos
me dão confiança a continuar
aqui e a buscar a não
acomodação com o que nos é
imposto, buscando uma
postura ativa, não somente
nos estudos, como também
na vida.
Por, Lucas Rocha Silva
Barbosa, turma VII - 012Foto: Entrada Área Sul da UFSCar
Foto: Departamento de Medicina da UFSCar
ANUNCIE AQUI!
Vê-se ao longo da história que
não há conquista sem luta, não
se obtém sucesso sem trabalho.
O curso de medicina da UFSCar,
assim como a grande maioria
dos cursos de medicina do país,
sofre com problemas que
exigiram a atuação dos seus
personagens, no caso, dos
alunos. Ao invés de permanecer
como coadjuvantes e viver à
espera de um resultado, os
estudantes decidiram tomar a
dianteira, exigindo apenas
aquilo que lhes é de direito: o
curso de graduação que lhes foi
prometido.
A problemática estava em
torno do término da construção
do HE e seu funcionamento e a
disponibilidade de mais USF´s.
Pelo fato de o curso ter suas
bases apoiadas num acordo
político entre a prefeitura
municipal e a UFSCar, a luta por
sua melhoria é , fe l iz ou
infelizmente, política também.
Dessa forma, além de ganhar as
ruas num protesto simbolizando
o enterro do sonho do HE, os
alunos demonstraram sua
insatisfação e exigências às
p a r t e s r e s p o n s á v e i s e à
população, através da leitura de
uma carta na Câmara Municipal.
Alguns pontos positivos e
negativos foram obtidos com
essas manifestações. Apesar de
haver uma exposição dos alunos
a questões políticas, às quais
sabemos não ter muita cortesia e
honestidade, houve, até certo
ponto, um apoio da população
frente à causa dos estudantes
(fato esse observado na própria
manifestação de rua e em
comentários na internet). Além
disso, a pressão realizada pelos
estudantes fez com que alguns
atores importantes (no caso,
políticos da câmara) realizassem
comentários que demonstraram
a todos qual o seu real interesse
na saúde municipal.
A l u t a c o n t i n u a . C o m o
principal resultado, através de
acertos e erros, temos a
confiança que a união dos
estudantes é e será fundamental
na construção de um bom curso
de medicina para a UFSCar. A
realidade nos mostra que não
existe um curso de graduação
perfeito, sendo até certo ponto
infantilidade pensar em algo
assim. Mas não é tão utópico
imaginarmos e acreditarmos
que podemos ter um curso ainda
melhor, senão um dos melhores,
que permitirá uma formação
ainda mais consolidada do
médico.
Por, David Bui Van -
Turma VI - 011
-
O POR QUÊ DAS MANIFESTAÇÕES
Foto: Manifestação dos Estudantes de Medicina da UFSCar em frente ao Hospital Escola.
Foto: Manifestação dos Estudantes de Medicina da UFSCar em frente a Reitoria.
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 4
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 5
“Boa noite a todos.
Gostaria, inicialmente, de
agradecer a presença do
Magnífico Reitor Prof.º Targino,
vice-reitor Prof.º Pedro, pró-
reitoria de graduação Prof.ª
Emília, do nosso patrono Prof.º
Sérgio, do nosso paraninfo
Prof.º Humberto, professores
homenageados Bernardino e
Ludmila, demais professores,
c a r o s c o l e g a s e d e m a i s
presentes. E agradecer aos meus
colegas pela responsabilidade de
discursar neste momento tão
especial de nossas vidas.
Prometo tentar ser breve.
Foi uma tarefa muito difícil
colocar, em um discurso, seis
anos de alegrias, tristezas;
amores, desamores; amizades,
i n i m i z a d e s ; e n t u s i a s m o ,
desânimo; verdades e mentiras.
E não exagero quando digo que
sentimos e vivemos tudo isso.
A o e s c o l h e r m o s e s s a
Universidade, tomamos uma
decisão que mudaria nossas
vidas. Escolhemos pelo novo.
A idéia de cursar medicina em
uma instituição que se propôs
em nos dar uma formação
diferenciada e atual, além de nos
possibilitar alcançar o sonho de
sermos médicos, também nos
d e u o s d e s a f i o s p a r a
c o n s t r u i r m o s o c e n t r o
acadêmico, a atlética, as ligas
acadêmicas, os brasões e tantas
outras tradições que tornam
cada escola peculiar. Esses
foram motivos que nos fizeram
querer estar aqui. Fomos
conquistados pela promessa de
que seriamos os primeiros
alunos a desfrutar daquilo que
estava sendo construído: um
hospital novo e moderno,
laboratórios de habilidades
práticas e um corpo docente
qualificado e empenhado em
melhorar a formação médica do
país.
N o e n t a n t o , n a n o s s a
ingenuidade e imaturidade, não
percebemos que ao criarmos o
centro acadêmico, a atlética e
todo restante, estávamos
inseridos em algo maior do que
i n i c i a l m e n t e t í n h a m o s
d i m e n s ã o . T i v e m o s q u e
c o n s t r u i r u m c u r r í c u l o ,
reivindicar melhores condições
de aprendizagem, sermos
l í d e r e s , p r o t e s t a r e n o s
posicionar contra discursos
falsos e vazios.
Para nós que vivemos essa
aventura de se formar em
medicina e ainda desbravar os
conturbados caminhos desse
curso da UFSCar, o discurso de
formatura deve ser algo especial,
que nos seja útil, sirva-nos em
momentos de reflexão e nos
ajude daqui para frente. Foi
pensando assim que quero falar
a vocês: caros colegas, caros
companheiros, caros e sinceros
amigos.
Dentro de nossa profissão, de
nossa trajetória, de nossas
conquistas; enfim, de nossas
vidas, uma das capacidades mais
fundamentais que precisamos
desenvolver é a de decidir. E
durante esses seis anos, o cerne
da nossa formação, como
médicos, foi desenvolvê-la.
Todas as informações que
aprendemos, todo paciente que
atendemos, todo procedimento
q u e a c o m p a n h a m o s e
e x e c u t a m o s , f o r a m p a r a
desenvolver a habilidade de
realizar a ação certa no momento
correto.
Da q u i p a r a f r e n t e , n ã o
podemos nos contentar com
erros, mas almejarmos o acerto,
pois não somos mais estudantes
e, sim, médicos! Com certeza,
nossos pac ientes sempre
esperam que tomemos a decisão
correta. Nesse ensejo, vamos
precisar nos pautar nos seis anos
que aqui vivemos. Deles virão o
subsídio para decidir.
Discurso do Orador na Colação de Grau da Turma I Discurso do orador Marcos Antônio Francisco na Colação de Formatura da Turma I do Curso de Medicina da UFSCar realizada no dia 26 de janeiro de 2012:
Foto: Colação de Grau Turma I
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 6
Eu sei que, para todos, a dúvida
de estar preparado é inevitável
após estas palavras. Ainda mais
porque não tivemos o melhor
curso de graduação. Aliás, não
tivemos nem um curso digno da
nossa capacidade. Sim! É fato
que esta instituição não foi capaz
de oferecer a melhor formação
médica para seus alunos. Os
motivos disso não cabem aqui
serem comentados. Mas com
certeza todos os percalços pelo
caminho não foram unicamente
d e v i d o a u m c u r s o e m
implantação, e sim, em grande
parte, pela incompetência dos
gestores desta Universidade.
Mas, caros amigos, não se
deixem abalar pelas incertezas,
agarrem-se as certezas.
A certeza de que vocês fizeram
o máximo: estudaram mesmo
quando os livros chegaram seis
meses depois, aprenderam a
suturar mesmo quando o
laboratório de habilidades ainda
não estava pronto, dormiram no
plantão naquele banco duro
porque não tinha conforto para
os internos e conheceram todas
as regiões do estado de São Paulo
no seu internato itinerante.
A certeza de que vocês
entendem o sofrimento do outro
e são capazes de ajudá-lo.
A certeza de que vocês
conseguem realizar um bom
trabalho.
A certeza de que vocês são
c a p a z e s d e s u p e r a r a s
adversidades.
A certeza de que vocês fazem a
diferença.
E então, ao invés de medo,
tenhamos coragem.
Mas para decidir não basta
apenas a coragem. Se não
sempre tomaremos decisões
i n g ê n u a s , p r e c i p i t a d a s e
i n c o n s e q ü e n t e s . A s s i m ,
tenhamos também:
Sabedoria. Lembremo-nos das
horas que passamos estudando.
Nós nos esforçamos e com
certeza algo ficou deste esforço.
Não nos esqueçamos das
p e s s o a s s á b i a s q u e n o s
ajudaram: nossos professores,
os quais nos acompanharam
neste caminho, sendo nossas
referências, mas lembrem
apenas dos que valem ser
lembrados.
Tenhamos Calma. Toda vez que
ficamos aflitos não conseguimos
dar o nosso máximo. Nós
construímos uma história,
vamos olhar para ela e vermos
que já estivemos em momentos
de desespero, que passaram
quando tivemos paciência.
Tenhamos Empatia. Olhar o
paciente com a compreensão de
se imaginar no lugar dele é
fundamental para que ao
d e c i d i r m o s n ã o s e j a m o s
arbitrários, impositivos e
descontextualizados.
Se conseguirmos sempre
d e c i d i r c o r a j o s a m e n t e ,
sabiamente, calmamente e
empaticamente, então, teremos
grande chance de ter tomado a
decisão correta. Lembremos que
cada decisão tomada traz suas
conseqüências. E nem sempre
elas nos agradam. Mas, não se
torturem imaginando que ter
decido diferente poderia ter
mudado a história.
Orgulhem-se de sua história
porque vocês decidiram sobre
ela.
Os últimos seis anos já faz parte
do passado, não há mais o que
decidir sobre eles. No entanto,
ainda teremos muitos anos para
decidir a nossa história e a de
outros.
Por isso, peço a vocês decidam
por ser felizes, pelo bem do
próximo, por uma medicina
digna para vocês e seus
pacientes.
Obrigado.
É isso ai, jovens!!!”
Por,
Francisco - Turma I - 06
-
-
Marcos Antônio
Foto: Orador Dr. Marcos Antônio Francisco - Turma I
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 7
DISSECANDO A MEDICINA UFSCarUm pouco mais sobre as unidades educacionais do curso:
A SITUAÇÃO-PROBLEMA
(SP), que faz parte da Unidade
Educacional de Simulação da
Prática Profissional, é, assim
como as Estações de Simulação
(ES), um ambiente protegido no
qual o estudante terá contato
com prática médica, mas,
diferentemente da ES, esse
contato ocorrerá através do
relato escrito em terceira pessoa
de um caso vivido por um
paciente virtual, sua família, seu
médico e sua equipe de saúde. O
r e l a t o é e l a b o r a d o c o m
antecedência pelos docentes do
curso e não apenas descreve a
história clínica, sinais e sintomas
deste paciente, mas também
integra as dimensões psicológica
e social que estão influenciando
no processo saúde-doença, bem
como expõe as nuances da
relação médico-paciente, entre
vários outros aspectos. Além
desse relato, o curso também
o f e r e c e u m c a d e r n o d e
c o n t e x t u a l i z a ç ã o s ó c i o -
econômica de cada família
virtual. Assim, é propiciado ao
estudante um considerável
volume de informações que
poderão ser problematizadas
durante um, dois, três ou quatro
encontros em pequeno grupo – o
qual é formado por oito a dez
estudantes e um facilitador
docente do curso. Apesar da
discussão do caso ser livre,
permitindo a problematização
de quaisquer dos aspectos
apresentados, existe uma
e m e n t a q u e p r e v ê q u a i s
competências e conhecimentos o
estudante deverá obter ao final
do último encontro.
O primeiro encontro em
pequeno grupo para a discussão
de um caso é chamado de
Síntese Provisória. É nela
que os estudantes deverão
resgatar os conhecimentos
prévios sobre as informações
a p r e s e n t a d a s , e l a b o r a r
hipóteses que expliquem os
fenômenos descritos, identificar
lacunas e limites dos seus
conhecimentos, e desenvolver
questões que ser virão de
disparadores para o posterior
estudo individual. Para isso, é
fundamental que cada estudante
se utilize da curiosidade, a qual é
estimulada a todo o momento
pelo facilitador, motivando-se a
desvendar os vários aspectos que
envolvem o processo saúde-
doença. Além disso, este
trabalho em grupo desenvolve
outras várias características
essenciais para a boa prática da
Medicina, como a paciência em
escutar o outro, o respeito pela
opinião dos colegas, a resiliência
d i a n t e d e p r o b l e m a s
aparentemente sem solução e a
criatividade em elaborar planos
para superá-los. Após este
primeiro encontro, cada estu-
dante deverá recorrer à litera-
tura para construir ou recons-
truir um novo olhar sobre as
questões abordadas durante a
discussão.
Os encontros seguintes são
chamados, cada um, de Nova
Síntese e diferem da Síntese
Provisória por permitirem
apenas a discussão embasada no
que há de mais atual em termos
de evidência , ou se ja , o
estudante deverá apresentar os
n o v o s c o n h e c i m e n t o s
adquiridos pelo estudo da
melhor referencia literária e,
assim, comprovar ou desmentir
as hipóteses criadas no encontro
anterior, e, junto com os demais
colegas, elaborar uma síntese do
que é considerado conhecimento
de ponta sobre as várias
questões que haviam ficado em
aberto.
Apesar de cada SP abordar um
caso em especial e tem uma
ementa especifica para o
m o m e n t o v i v i d o p e l o s
estudantes no curso, a Situação-
Problema, juntamente com as
outras atividades previstas no
Projeto Político-Pedagógico,
tem como meta construir um
prof i ss ional d i ferenc iado
através do desenvolvimento das
c o m p e t ê n c i a s e m s a ú d e
(individual e coletiva), gestão
(do trabalho e do cuidado em
saúde) e educação, que estão
contempladas no perfil do
médico a ser formado pela
UFSCar.
Dessa maneira, a SP ganha
destaque no trajeto do estudante
pelo curso de Medicina e, assim,
gera muitas ansieda des e
inseguranças, que são fa-
cilmente compreendidas diante
do volume de informações que
cada caso evoca, o pouco tempo
disponível para o estudo de
todos os seus aspectos, e a
responsabilização direta do
estudante pelo seu próprio
crescimento acadêmico e
profissional. No entanto, apesar
do sofrimento e da exaustão, que
muitas vezes devasta o estudante
e o leva a adquirir hábitos pouco
s a u d á v e i s , c o m o p a s s a r
madrugadas a fio e dedicar
tempo insuficiente para seu
e n t r e t e n i m e n t o , e s s e s
sentimentos de ansiedade e
i n s e g u r a n ç a t a m b é m
contribuem para construção do
conhecimento, uma vez que o
estudante dif ici lmente se
satisfaz com o que foi estudado,
t e n d e n d o s e m p r e a s e
aprofundar – muitas vezes em
demasia – em cada assunto
abordado nas SPs. Além disso, o
trabalho em pequeno grupo
também pressiona o aluno a
estudar, já que é visível pelo
facilitador e pelos colegas o
baixo desempenho daquele que
não se dedicou. Assim, a
Situação-Problema pode ser
vista com olhares ambivalentes
pelos estudantes, que, por causa
dela, sofrem e crescem.
Po r , E d s o n F a g á ,
Turma II - 07
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 8
ESTAÇÃO DE
SIMULAÇÃO (ES) :
A tores se passando por
p a c i e n t e s , u m c o l e g a
observando, um professor
avaliando e um estudante em
ação, tentando conciliar a
medicina e a situação social e
psicológica do paciente. É assim
o contexto das Estações de
Simulação desde o primeiro ano
na Faculdade de Medicina da
UFSCar. No começo a sensação
d e e n c a r a r o n o v o e
desconhecido, associada a certa
insegurança e nervosismo, faz
com que muitos estudantes
fiquem ansiosos e com medo de
errar nas simulações. Com a
aquisição de mais conhecimento
esse temor se reduz e passa a ser
mais um receio quanto a relação
da teoria com a prática e uma
a p r e e n s ã o c o m o
relacionamento que deve ser
estabelecido entre médico e
paciente.
O ambiente é protegido e o erro
não só é possível como desejável
já que o estudante é estimulado a
superá-lo e assim, além de fixar o
conteúdo, aprende a receber
críticas e ver diferentes pontos
de vista. A vivência aumenta a
s e g u r a n ç a n o c o n t a t o e
comunicação com diferentes
t i p o s d e p e s s o a s e o
aprimoramento da capacidade
de observação melhora a análise
dos casos e a elaboração de
diagnósticos. Logo, a associação
de tudo otimiza a ação e o
cuidado dos estudantes.
Após esse primeiro momento,
nas reuniões em grupo o
conhecimento continua a ser
construído e sistematizado com
a ajuda de um professor, que
auxilia o grupo a achar a melhor
maneira de fazer uma anamnese
ou um exame clínico, por
exemplo.
Nas faculdades de medicina
q u e u t i l i z a m o m é t o d o
tradicional de ensino o enfoque
dado à parte prática é bem
diferente. Na Faculdade de
Medicina da USP, por exemplo,
os alunos tem uma formação
quase exclusivamente teórica
antes do quinto ano, a não ser
p o r a t i v i d a d e s e x t r a -
curriculares e alguns poucos
períodos de aulas práticas. A
prática é enfatizada no quinto e
sexto anos, durante o internato.
Neste per íodo os a lunos
trabalham supervisionados em
período integral dentro dos
hospitais universitários e
realizam procedimentos como
passar cateter venoso central,
realizar intubação orotraqueal
ou coleta de líquor. São ainda
realizadas algumas simulações
d e p r o c e d i m e n t o s o u
atendimentos médicos para
c o m p l e m e n t a r o q u e f o i
aprendido no atendimento
direto dos pacientes.
A ausência de atividade prática
desde os primeiros anos de
faculdade pode não suprir a
n e c e s s i d a d e d o
desenvolvimento do raciocínio
médico em alguns alunos. O
incentivo a este raciocínio mais
precoce facilitaria o aprendizado
e a sedimentação do que foi
desenvolvido. Além disso, o
ensino prático contínuo durante
a graduação pode melhorar o
desempenho dos alunos nas
provas práticas de residência
médica, que estão sendo cada
vez mais estimuladas em todas
as grandes instituições.
A primeira fase do exame de
residência médica geralmente
possui questões teóricas,
podendo ser do tipo teste,
dissertativas ou de respostas
rápidas, depende da instituição.
Já a segunda fase em geral é
prática e é desta que muitos
alunos tem medo. Na USP, por
e x e m p l o , o s c a n d i d a t o s
enfrentam 5 estações com
pacientes simulados e em 10
minutos devem identificar o
problema e tomar uma atitude
condizente . Quanto mais
treinamento, esta atividade se
torna mais habitual e as
dificuldades ficam menores. O
advento das provas práticas em
exames de residência pode
estimular o aprimoramento do
ensino médico e torná-lo cada
vez mais vol tado para a
realidade.
Por, Raíssa Pavone
Gomes, Turma III - 08
-
Foto: Alunos e Docente em um Pequeno Grupo
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 9
PRÁTICA PROFISSIONAL (PP):
Refletir sobre o trabalho que
desenvolvemos na Unidade de
Prática Profissional não é uma
tarefa fácil já que carregamos
com ela alegrias, descobertas,
a n g ú s t i a s , f r u s t r a ç õ e s ,
ansiedade, expectativas e todos
os outros sentimentos inerentes
a seres humanos que lutam para
encontrar um equilíbrio entre
razão e emoção. E pensar em
nossa maneira de aprender, que
ainda não faz parte de muitas
escolas de medicina as quais
poderiam nos servir de modelo e
no cenário dessas atividades que
está em constante construção,
torna essa avaliação ainda mais
complexa...
Em uma reunião entre médicos
de um determinado setor do
Serviço de Saúde Escola da
Unifesp acabei acompanhando
u m a d i s c u s s ã o s o b r e a
aprendizagem do médico dentro
de um curso tradicional. Nessa
ocasião, o chefe do serviço pediu
ao assistente para escolher
,entre os seis anos de graduação,
o período onde ele mais adquiriu
conhecimentos necessários para
sua formação. Sem nenhuma
hesitação o médico considerou o
quinto ano, o começo do
internato médico, como o mais
importante e significativo. Para
ele, o contato com o paciente
corresponde ao momento do
curso em que as matérias antes
aprendidas fazem mais sentido e
que é observando a realidade do
processo saúde-doença e do
s e r v i ç o d e s a ú d e , q u e
conseguimos ilustrar e fixar toda
a teoria apresentada em livros,
artigos, apostilas.
Nessa universidade, o contato
com o paciente pode sim ocorrer
a t r a v é s d a i n s e r ç ã o d o s
e s t u d a n t e s e m L i g a s
Acadêmicas, Iniciação Científica
e em atividades curriculares
como as aulas de semiologia,
mas são poucas aproximações e
o estudante normalmente não se
responsabiliza integralmente
por um paciente, com a mesma
frequência do internato.
Já está inclusive acontecendo
uma mudança curricular em
faculdades tradicionais como a
USP de São Paulo, a qual vem an-
tecipando o início do contato dos
alunos com a atenção primária,
através de visitas à Unidades
B á s i c a s d e S a ú d e p a r a
confrontar estudante e paciente
nos primeiro anos de faculdade e
essa modificação planeja ainda
mais mudanças para aumentar o
período de prática profissional
dentro dessa escola médica.
Essa reformulação curricular
juntamente com as palavras
desse assistente, que já está
formado e carrega grande
experiência envolvendo a prática
médica, nutrem ainda mais
minha sensação de que estou
tendo a oportunidade de
vivenciar uma experiência única
no curso de medicina da
Universidade Federal de São
Carlos.
Nessa faculdade, a prática
profissional tem um grande
espaço desde o primeiro ano já
que 3 períodos da semana são
destinados a essa atividade. Em
dois deles, nós, estudantes,
somos inseridos na Rede de
Saúde Escola do município para
conhecer, explorar e realizar
intervenções e no outro período
e x i s t e u m a r e f l e x ã o , e m
ambiente protegido, onde o
estudante, o prof iss ional
vinculado ao serviço e o
professor discutem e procuram
fundamentar as condutas do
estudante dentro da prática . Até
o sexto ano seremos inseridos
em todos os níveis de atenção à
saúde, começando pelo de
menor complexidade, a atenção
primária ou atenção básica e
chegando, no internato, a
estagiar em um grande hospital.
Dentro desse contexto, espera-
se que o estudante adquira
capacidades referentes às 3
á r e a s d e c o m p e t ê n c i a
profissional : saúde, gestão e
educação.
Em relação à saúde, além do
atendimento ambulatorial e
hospi ta lar , presentes em
qualquer universidade, temos
nas Unidades Saúde da Família
(USF) a oportunidade de se co-
responsabilizar pelo cuidado e
observar a evolução de um
paciente e sua família durante os
6 anos da graduação. Com isso,
podemos acompanhar pacientes
em todos as fases da vida, desde
recém-nascidos e lactentes até
idosos com ou sem problemas de
saúde. Além disso, existe uma
preocupação por parte do curso e
dos alunos em acompanhar
também indivíduos portadores
de doenças crônicas para
podermos observar como estas
se comportam ao longo do
tempo. Os aspectos socio-
e c o n ô m i c o s t a m b é m
enriquecem esse cenário já que a
r e a l i d a d e d o p a c i e n t e é
fundamenta l na hora de
realizarmos diagnósticos e
planos de cuidado para cada caso
discutido. Assim, visualizamos
diariamente a prática médica
descrita em livros e ao mesmo
tempo somos incentivados e
procurar na literatura descrições
de tudo o que encontramos na
prática .
Nas USFs também aprendemos
a lidar com gestão em saúde já
que nos tornamos membros da
equipe multidisciplinar e logo
nos deparamos com todas as
dificuldades existentes em nosso
sistema de saúde. E como alunos
que vivem uma metodologia
ativa e reflexiva, acabamos
Foto: Alunos da medicina atuando em uma USF.
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 10
i m p e l i d o s a p r o c u r a r
ferramentas para diagnosticar
problemas e propor soluções
criativas em áreas diversas do
SUS na tentativa de ampliar sua
capacidade de resposta, para que
o nosso paciente consiga o
cuidado integral tão defendido
por esse sistema.
O convívio com o Programa
Saúde da Família também nos
p r o p o r c i o n a u m a m a i o r
valorização dos aspectos da
medic ina prevent iva e a
educação da população pode ser
considerada nossa arma mais
poderosa dentro desse cenário.
Assim, temos uma preocupação
constante em ajudar a equipe
multidisciplinar na difícil tarefa
d e c o n s c i e n t i z a r e c o -
responsabilizar os pacientes
diante da importância do
cuidado à saúde e nossa
p a r t i c i p a ç ã o e m g r u p o s ,
campanhas educativas e no
conselho gestor dos moradores
contribui para esse processo.
Existem muitos aspectos
positivos e únicos em nossa
prática profissional, que serão
indispensáveis para a formação
do médico “padrão UFSCar ”,
mas não podemos nos esquecer
de todas as dificuldades que
enfrentamos ao longo desses
anos. Nossa inserção dentro
desse sistema de saúde foi muito
complexa e dolorosa já que ele
não estava preparado para
receber estudantes de medicina.
Assim, tivemos que conquistar,
c o m s a c r i f í c i o e g r a n d e
empenho, nosso espaço dentro
das equipes de saúde já
existentes no município . Além
disso, só em 2006 esse sistema
de saúde passou a ser uma Rede
– Escola vinculada à faculdade
de medicina, e tivemos que
conquistar a confiança de seus
usuários, os quais não estavam
acostumados a serem atendidos
por estudantes. Um outro
aspecto ainda mais complicado
nesse contexto é a nossa
participação em um programa
de saúde relativamente novo,
que ainda não conquistou a
população revoltada e cheia de
angústias a qual muitas vezes
não entende o papel da equipe
multidisciplinar e do médico de
família, criticando com grande
frequência esse nosso modelo de
atenção.
Como estudante da primeira
turma de medicina da UFSCar
procuro enfrentar todos esses
problemas e desafios e considero
satisfatória e gratificante essa
formação diferenciada, que
pretende tornar o médico
generalista, centrado não só em
sua profissão mas no modelo de
atenção em que está inserido,
com uma visão ampliada das
necessidades de saúde do
paciente, seus sentimentos e sua
co-responsabilização na relação
saúde-doença.
Por, Fernanda Paixão,
Turma I - 06
LIGAS ACADÊMICAS
O Centro Acadêmico Medicina
Sérgio Arouca possui, no ano
de 2012, 11 ligas acadêmicas
vinculadas. Ideal izadas,
construidas e geridas por
estudantes do Curso de
Medicina da UFSCar possuem
e n t r e s e u s m e m b r o s
estudantes da primeira à sexta
séries que desempenham
atividades ligadas à extensão
universitária e pesquisas.
As liga acadêmicas são uma
a t i v i d a d e d e e x t e n s ã o
u n i v e r s i t á r i a , e x t r a -
curricular, desenvolvida por
estudantes interessados em
u m á r e a e s p e c í f i c a d o
c o n h e c i m e n t o , s o b a
orientação de um docente
orientador. As ligas não devem
almejar a especialização
precoce do estudante ou o
preenchimento de lacunas do
projeto político pedagógico do
curso.
Todas as atividades de uma
liga acadêmica são baseadas
no tripé universitário ensino,
pesquisa e extensão, visando a
inserção dos estudantes na
prática profissional, despertar
a curiosidade científ ica
através da realização de
pesquisas, organizar reuniões
c i e n t í f i c a s , d i s c u s s õ e s
c l í n i c a s , s i m p ó s i o s ,
congressos, etc. e interagir
com o sistema de saúde local.
Lista das ligas acadêmicas
vinculadas ao CAMSA
1 . L i g a d e U r g ê n c i a s
Traumáticas e Clínicas da
U F S C a r ( L U T C U )
2. Liga Acadêmica de Diabetes
(LAD)
3. Liga de Neurologia
Cognitiva e
Comportamental(LiNCC)
4 . L i g a A c a d ê m i c a d e
Medicina do Esporte e do
Exercício da UFSCar
(LIMESP)
5. Liga Acadêmica de Clínica
Médica da UFScar (LACMU)
6. Liga de Oncologia Clínica e
C i r ú r g i c a U F S C a r
(LOCCU)
7. Liga de Cirurgia da UFSCar
(LiCU)
8.Liga de Infectologia da
UFSCar (LINFU)
9 . L i g a A c a d ê m i c a d e
Reumatologia da UFSCar
(LAR)
1 0 . L i g a d e E s t u d o s
C a r d i o v a s c u l a r e s
M e d i c i n a U F S C a r
(LIECMU)
11. Liga de Endocrinologia e
Metabologia da UFSCar
(LEMU)
Fonte:
http://www.ufscar.br/camsa
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 11
A direção executiva nacional
dos estudantes de medicina foi
fundada em 1986, na cidade de
Fortaleza, durante o XVII
E n c o n t r o C i e n t i f i c o d o s
Estudantes de Medica, ECEM.
Com mais de 20 anos de
existência, a DENEM vem
desempenhado o papel de
entidade representativa dos
estudantes de medicina a partir
de várias lutas e mobilizações.
Durante a década de 90 a pauta
da educação médica foi sem
sombra de dúvida a mais
importante no seio da Executiva.
D e n t r e o u t r a s p a u t a s
importantes estava a defesa do
sistema único de saúde público,
equânime e de qualidade.
Para o desempenho de suas
atividades a DENEM divide se
em 8 regionais para facilitar o
canal de dialogo entre a entidade
n a c i o n a l e o s C e n t r o s
Acadêmicos ou Diretórios
A c a d ê m i c o s , t a m b é m
denominados Coordenações
Locais, CL's.
Cada Regional possui uma
coordenação regional que tem a
responsabilidade de visitar as
CL's assim como organizar os
e n c o n t r o s e s t u d a n t i s d e
medicina de caráter regional.
A lém dos Coordenadores
Regionais, a DENEM também
possui uma sede nacional,
composta pelos cargos de
coordenação geral, coordenação
de comunicação e coordenação
de finanças.
As coordenações de regionais, a
sede e a coordenação de relações
e x t e r i o r e s f o r m a m a
coordenação nacional, que é a
menor instancia deliberativa da
DENEM.
Além da coordenação nacional
a DENEM possui outro órgão: o
Centro de Pesquisas e Estudos
em Educação e Saúde, o
CENEPES. O CENESPES é
composto pelas chamadas
coordenações de área, que são as
coordenações: de políticas de
saúde, de educação em saúde, de
políticas educacionais, de
extensão universitária, de meio
ambiente, de cultura, cientifica,
de estágios e vivencia. Além das
coordenações, o CENEPES
comporta as acessórias de
mídias, de planejamento e de
resgate histórico do movimento.
A DENEM também possui
encontros periódicos que
constituem os outros espaços
deliberativos. Há encontros de
âmbito regional e nacional. São
eles:
Regionais:
· Reuniões de Regional
(RR): são as reuniões das CL's
de cada regional.
· Encontro Regional
dos Estudantes de Medicina
(EREM): acontece em cada
regional uma vez por ano. É o
maior encontro de âmbito
regional, há nele debates
políticos, eventos culturais e
cientifico.
· S e m i n á r i o d e
Problematização Política
(SPP): é um seminário de cujo
objetivo é a formação política.
· Olimpíadas Regionais
dos Estudantes de Medicina
(OREM): ocorre no nordeste e
na regional SE 1.
Nacionais:
· Congresso Brasileiro
dos Estudantes de Medicina
(COBREM): ocorrem todos os
ano nos messes de janeiro.
Tem a função de elaborar e
aprovar o planejamento da
DENEM. É o segundo maior
e s p a ç o d e l i b e r a t i v o d a
Executiva.
· Encontro Cientifico
dos Estudantes de Medicina
(ECEM): esse encontro ocorre
desde 1969, á anterior a
DENEM. Tem esse nome para
burlar a repressão da ditadura
militar. É o maior espaço
deliberativo da Executiva,
acontece geralmente em cada
mês de julho. Além do eixo
polít ico, há também na
p r o g r a m a ç ã o e v e n t o s
culturais e científicos.
· Reunião de Órgãos
Executivos (ROEX): é a
reunião das CL's do pais
inteiro. É o terceiro maior
instancia deliberativa da
DENEM.
· S e m i n á r i o d o
CENEPES: Também anual, é o
encontro no qual é feito
debates e analises sobre algum
t e m a q u e e n v o l v a a s
coordenações do CENEPES.
Esperamos encontrá-los/as em
um desses encontros.
Fonte:
http://denembr.blogspot.com.br
DENEM
ANUNCIE AQUI!
A ESPIRALSÃO CARLOS JAN/FEV 013 PÁGINA 12
Em meados de 2006 nascia a
Associação Atlética Acadêmica
d e M e d i c i n a U F S C a r
(A.A.A.M.U.), e desde o começo
os membros dessa instituição
trabalham com muito esforço e
sacrifício para moldar uma
atlética digna de honrar o nome
da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de São
C a r l o s . S ã o m u i t a s a s
dificuldades enfrentadas pelos
diretores como financeiras,
tempo, falta de alunos e
estrutura, mas com muita
dedicação e paciência os
mesmos estão superando os
obstáculos.
Nesses mais de 6 anos
e n f r e n t a m o s d i v e r s a s
competições defendendo o nome
do nosso curso, muitos atletas
tiveram o prazer de vencer a
disputa de um campeonato e a
emoção de subir no pódio, e
a l g u n s e n c a r a r a m c o m
dignidade e raça as inevitáveis
d e r r o t a s s o f r i d a s . A
SANCABUM, que tanto recebe
elogios de outras baterias,
sempre se fez presente na
torcida, apoiando os times em
quadra e agitando nossos
alunos, e desses muitos tiveram
a honra de puxar o tão querido
grito da nossa faculdade. A
A.A.A.M.U. ao longo dos anos
promove a prática de esportes
entre seus associados, através de
t r e i n o s , a m i s t o s o s , e
competições dentro e fora de São
Carlos, que rendem excursões
inesquecíveis a outras cidades. O
esporte é uma ferramenta de
socialização, faz a integração
entre alunos de diferentes
turmas, reúne alunos de diversas
faculdades, e gera muitas
amizades e momentos que
guardaremos para sempre em
nossas memórias. É devido a
tudo que passamos e realizamos
que a A.A.A.M.U. se orgulha de
trazer a emoção e os benefícios
d o e s p o r t e a o s n o s s o s
a s s o c i a d o s , e s e n t e - s e
responsável por promover
m o m e n t o s e h i s t ó r i a s
inesquecíveis para os alunos, dos
quais se lembrarão por muitos e
muitos anos depois de formados.
A prática esportiva faz amigos e
traz bons momentos, e a
A.A.A.M.U. orgulha-se de fazer o
esporte .
VAMO JOGÁ !
Por, Henrique de S.
Brandão - T urma VI -
011
NOSSO OBJETIVO
Atualmente, a nossa atlética
tem dirigido esforços para
tornar-se membro da Liga
Esportiva das Atléticas de
Medicina do Estado de São
Paulo (LEAMESP), visando
part ic ipar da competição
conhecida como Pré-Intermed, e
possivelmente algum dia da
Intermed. A Intermed é
considerada a maior competição
universitária da América Latina,
e nela disputam times e atletas
de alto nível.
Para tal, o empenho de nossos
atletas e de toda diretoria na
Interiormed tem sido muito
importante. Na Intermed já
participaram atletas de grande
renome no contexto desportivo
nacional e mundial, dos quais
podemos citar:
Celso Takashi Nakano:
At leta t i tu lar da se leção
b r a s i l e i r a d e b e i s e b o l ,
considerado, no mundial de
1994, o melhor de sua posição,
atleta da faculdade de Medicina
da USP - São Paulo.
D a n i e l D e l l ’ A g u i l a :
Classificou-se em quinto lugar
no Mundial de Judô em 1991,
disputou em 2000 uma vaga na
equipe de judô do COB para as
Olimpíadas de Sidney, atleta da
faculdade de Medicina da USP -
São Paulo.
Freitas: Várias vezes campeão
brasileiro de natação. Nadou
pela faculdade de Medicina da
USP - São Paulo.
Mauro: Integrante da seleção
brasileira de basquete. Jogou
pela faculdade de Medicina da
Universidade de Taubaté.
Menon: Um dos melhores
jogadores de basquete do Brasil.
Jogou pela Escola Paulista de
Medicina.
Patrícia: Atual remadora da
equipe do Vasco, ex-campeã
brasileira, participou dos jogos
Pan-americanos como principal
atleta da equipe brasileira.
Jogou pela Medicina USP - São
Paulo.
R o d r i g o Y a c u b i a n
Fernandes: Titular da seleção
de brasileira de pólo aquático,
m e d a l h a d e p r a t a n o
Panamericano em 95, atleta da
faculdade de Medicina da USP -
São Paulo.
Sócrates: Integrante da seleção
brasileira de futebol. Jogou pela
faculdade de Medicina USP-
Ribeirão Preto.
Por essa lista podemos ter uma
ideia do nível de grandeza que
essa competição possui, e do
qual queremos participar. Mais
i n f o r m a ç õ e s e m :
www.aaamufscar.com
À MACACADA
ANUNCIE AQUI!