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XVI Exame de Ordem 2ª Fase OAB - Administrativo Profa. Flávia Cristina

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  • XVI Exame de Ordem

    2 Fase OAB - Administrativo

    Profa. Flvia Cristina

  • Exame XV Pea Ao Popular Fulano de Tal, Presidente da Repblica, concedeu a qualificao de Organizao Social ao Centro Universitrio NF, pessoa jurdica de direito privado que explora comercialmente atividades de ensino e pesquisa em graduao e ps-graduao em diversas reas. Diante da referida qualificao, celebrou contrato de gesto para descentralizao das atividades de ensino, autorizando, gratuitamente, o uso de um prdio para receber as novas instalaes da universidade e destinando-lhe recursos oramentrios. Alm disso, celebrou contrato com a instituio, com dispensa de licitao, para a prestao de servios de pesquisa de opinio. Diversos veculos de comunicao demonstraram que Sicrano e Beltrano, filhos do Presidente, so scios do Centro Universitrio. Indignado, Mvio, cidado residente no Municpio X, procura voc para, na qualidade de advogado, ajuizar medida adequada a impedir a consumao da transferncia de recursos e o uso no remunerado do imvel pblico pela instituio da qual os filhos do Presidente so scios. (Valor: 5,00) A pea deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo pretenso.

  • Exame XV Pea Ao Popular - Gabarito A medida adequada, a ser ajuizada pelo examinando, a Ao Popular, remdio vocacionado, nos termos do Art. 5, LXXIII, da Constituio, anulao de ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural. No cabvel a utilizao de Mandado de Segurana, que no pode ser considerado substitutivo da Ao Popular (Smula 101, do STF), nem a Ao Ordinria. A competncia para julgamento da Ao Popular do Juzo da Vara Federal do Municpio de X devendo-se afastar a competncia do Supremo Tribunal Federal, definida em elenco fechado no Art. 102 da Constituio Federal. O autor popular Mvio, cidado, e o ru da ao Fulano de Tal, Presidente da Repblica, Unio Federal, e o Centro Universitrio Nova Fronteira, beneficirio direto do ato (art. 6, da Lei 4717/65). Deve ser formulado pedido de antecipao dos efeitos da tutela, demonstrando-se os requisitos autorizadores de sua concesso, quais sejam: a verossimilhana das alegaes e o fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao.

  • Exame XV Pea Ao Popular - Gabarito No mrito, o examinando deve indicar a violao aos princpios da moralidade e da impessoalidade, uma vez que o ato praticado pelo Presidente da Repblica beneficia seus filhos, empresrios do ramo da educao, alm de configurar benefcio injusto. Alm disso, o examinando deve indicar que a instituio beneficiada no preenche o requisito bsico qualificao como Organizao Social, que a ausncia de finalidade lucrativa (Art. 1 da Lei n 9.637), bem como a violao ao Art. 24, XXIV, da Lei n 8.666/1993, uma vez que a dispensa de licitao somente alcana as atividades contempladas no contrato de gesto, o que no o caso da pesquisa de opinio. Devem ser formulados pedidos de citao do ru, de concesso da medida liminar para suspender os atos de repasse de recursos e de utilizao de bens pblicos, e de anulao dos atos lesivos ao patrimnio e moralidade administrativa. Deve-se, ainda, requerer a produo de provas e a condenao do ru em honorrios advocatcios. Por fim, deve ser feita a prova da cidadania, com a juntada do ttulo de eleitor.

  • Exame XIII Pea Apelao A Lei n 1234, do Municpio X, vedava a ampliao da rea construda nos apartamentos do tipo cobertura, localizados na orla da cidade. Com a revogao da lei, diversos moradores formularam pleitos, perante a Secretaria Municipal de Urbanismo, e obtiveram autorizao para aumentar a rea construda de suas coberturas. Diversos outros moradores sequer formularam qualquer espcie de pleito e, mesmo assim, ampliaram seus apartamentos, dando, aps, cincia Secretaria, que no adotou contra os moradores qualquer medida punitiva. Fulano de Tal, antes de adquirir uma cobertura nessa situao, ou seja, sem autorizao da Secretaria Municipal de Urbanismo para aumento da rea construda, formula consulta Administrao Municipal sobre a possibilidade de ampliao da rea construda, e recebe, como resposta, a informao de que, na ausncia de lei, o Municpio no pode se opor ampliao da rea. Fulano de Tal, ento, compra uma cobertura, na orla, e inicia as obras de ampliao do apartamento.

  • Exame XIII Pea Apelao Entretanto, trs meses depois, surpreendido com uma notificao para desfazer toda a rea acrescida, sob pena de multa, em razo de novo entendimento manifestado pela rea tcnica da Administrao Municipal, a ser aplicado apenas aos que adquiriram unidades residenciais naquele ano e acolhido em deciso administrativa do Secretrio Municipal de Urbanismo no processo de consulta aberto meses antes. Mesmo tomando cincia de que outros proprietrios no receberam a mesma notificao, Fulano de Tal inicia a demolio da rea construda, mas, antes de concluir a demolio, orientado por um amigo a ingressar com demanda na justia e formular pedido de liminar para afastar a incidncia da multa e suspender a determinao de demolir o acrescido at deciso final, de mrito, de anulao do ato administrativo, perdas e danos materiais e morais. Voc contratado como advogado e obtm deciso antecipatria da tutela no sentido almejado.

  • Exame XIII Pea Apelao Contudo, a sentena do Juzo da 1 Vara de Fazenda Pblica da Comarca X revoga a liminar anteriormente concedida e julga improcedente o pedido de anulao do ato administrativo, acolhendo argumento contido na contestao, de que o autor no esgotara as instncias administrativas antes de socorrer-se do Poder Judicirio. Interponha a medida cabvel a socorrer os interesses do seu cliente, considerando que, com a revogao da liminar, volta a viger a multa, caso no seja concluda a demolio da rea construda por Fulano de Tal. (Valor: 5,00) Obs.: J no h mais prazo para embargos declaratrios, sendo certo que a sentena no omissa nem contraditria.

  • Exame XIII Pea Apelao - Gabarito A pea a ser apresentada uma apelao, em face da sentena do Magistrado de primeira instncia. A apelao h de ser apresentada perante o Juzo da causa (1 Vara de Fazenda Pblica da Comarca X), com as razes recursais dirigidas ao Tribunal, que as apreciar. Recorrente Fulano de Tal, que restou sucumbente, e recorrido o Municpio X. No mrito deve ser, de incio, afastado o argumento utilizado pelo Juzo a quo, no sentido de que no houve esgotamento da instncia administrativa. Nem a Lei e nem a Constituio exigem o esgotamento da via administrativa como condio de acesso ao Poder Judicirio. Ao contrrio, a Constituio consagra, no artigo 5, XXXV, a inafastabilidade do controle jurisdicional.

  • Exame XIII Pea Apelao - Gabarito Deve ser apontada a violao ao princpio do devido processo legal, que deve nortear a conduta da Administrao, uma vez que a Administrao Pblica no pode, com novo entendimento (sequer amparado em lei), empreender reduo no patrimnio do particular sem que lhe seja dada a participao em processo administrativo formal. Ainda no mrito, deve ser apontada a violao ao princpio da legalidade, tanto pela ausncia de norma que imponha ao particular restrio sua propriedade quanto pela ausncia de norma que autorize o Poder Pblico Municipal a recusar a reforma procedida pelo particular em sua propriedade. O examinando deve indicar a violao ao princpio da isonomia, tendo em vista que outros proprietrios em idntica situao no foram alvo de notificao por parte da Administrao municipal, o que revela tratamento desigual entre os particulares, sem critrio legtimo de diferenciao. Pior: o novo entendimento da Administrao, desfavorvel, s ser aplicado aos que adquiriram a propriedade naquele ano.

  • Exame XIII Pea Apelao - Gabarito Por fim, deve ser feita referncia violao ao princpio da segurana jurdica ou proteo confiana. A emisso da resposta da Administrao gerou, no particular, a legtima confiana na preservao daquele entendimento inicial, razo pela qual praticou determinados atos (realizou investimentos). Essa confiana restou violada pela sbita alterao do entendimento e prtica de atos incompatveis com a conduta anterior da Administrao (comportamento contraditrio). O examinando deve formular, ao final, pedido de reforma da sentena e reiterar o pedido de anulao do ato administrativo e pagamento dos danos materiais que restarem comprovados (em virtude das obras de demolio empreendidas pelo recorrente), alm de danos morais.

  • Exame XII Questo 1 Jos est inscrito em concurso pblico para o cargo de assistente administrativo da Administrao Pblica direta do Estado de Roraima. Aps a realizao das provas, ele foi aprovado para a fase final do certame, que previa, alm da apresentao de documentos, exames mdicos e psicolgicos. A lista dos candidatos aprovados e o prazo para a apresentao dos documentos pessoais e para a realizao dos exames mdicos e psicolgicos foram publicados no Dirio Oficial do Poder Executivo do Estado de Roraima aps 1 (um) ano da realizao das provas; assim como foram veiculados atravs do site da Internet da Administrao Pblica direta do Estado, tal como previsto no respectivo edital do concurso.

  • Exame XII Questo 1 Entretanto, Jos reside em municpio localizado no interior do Estado de Roraima, onde no circula o Dirio Oficial e que, por questes geogrficas, no provido de Internet. Por tais razes, Jos perde os prazos para o cumprimento da apresentao de documentos e dos exames mdicos e psicolgicos e s toma conhecimento da situao quando resolve entrar em contato telefnico com a secretaria do concurso. Insatisfeito, Jos procura um advogado para ingressar com um Mandado de Segurana contra a ausncia de intimao especfica e pessoal quando de sua aprovao e dos prazos pertinentes fase final do concurso. Na qualidade de advogado de Jos, indique os argumentos jurdicos a serem utilizados nessa ao judicial. (Valor: 1,25)

  • Exame XII Questo 1 - Gabarito A despeito da ausncia de norma editalcia prevendo a intimao pessoal e especfica do candidato Jos, a Administrao Pblica tem o dever de intimar o candidato, pessoalmente, quando h o decurso de tempo razovel entre a homologao do resultado e a data da nomeao, em atendimento aos princpios constitucionais da publicidade e da razoabilidade. desarrazoada a exigncia de que o impetrante efetue a leitura diria do Dirio Oficial do Estado, por prazo superior a 1 (um) ano, ainda mais quando reside em municpio em que no h circulao do DOE e que no dispe de acesso Internet.

  • Exame XII Questo 3 Determinado estado da Federao celebra contrato de concesso de servio metrovirio pelo prazo de 20 anos com a empresa V de Trem S.A. Nos termos do referido contrato, a empresa tem a obrigao de adquirir 2 (dois) novos vages, alm de modernizar os j existentes, e que tais bens sero, imediatamente, transferidos para o Poder Pblico ao fim do termo contratual. Sobre o caso acima narrado, responda, fundamentadamente, os itens a seguir. A) Qual o princpio setorial que fundamenta a reverso de tais bens? Justifique? (Valor: 0,65) B) O concessionrio pode exigir do Poder Concedente indenizao pela transferncia de tais bens ao Poder Pblico ao final do contrato? Justifique. (Valor: 0,60) A simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua.

  • Exame XII Questo 3 - Gabarito A reverso a transferncia ao poder concedente dos bens do concessionrio, afetados ao servio pblico e necessrios sua continuidade, quando do trmino do contrato de concesso e que se encontra prevista nos artigos 35 e 36, da Lei n. 8.987/95. A) O examinando deve destacar que o fundamento da reverso o princpio da continuidade dos servios pblicos, j que os bens, necessrios prestao do servio, devero ser utilizados pelo Poder Concedente, aps o fim do trmino do prazo de concesso, sob pena de interrupo da prestao do servio.

    B) necessrio ressaltar que, caso a fixao da tarifa no tenha sido suficiente para ressarcir o concessionrio pelos recursos que empregou na aquisio e modernizao de tais bens, devida indenizao, nos termos do Art. 36, da Lei n. 8987/95.

  • 2 Fase OAB - Administrativo