Upload
claudia-baldaia
View
10
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
PPT da UFCD 7212
Citation preview
Sistema Urinário
O sistema urinário é composto por dois rins, dois
ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Além de
eliminar substâncias desnecessárias e prejudiciais (como
resíduos metabólicos das células, toxinas, etc), este sistema
realiza também outras funções muito importantes para o
nosso organismo.
De entre estas importantes funções estão o controle do
volume e composição do sangue, auxílio na regulação
da pressão e pH sanguíneos, transporte da urina dos rins
à bexiga urinária, armazenamento e eliminação da
urina, etc.
Dentro do sistema urinário, cabe aos rins a execução
do principal trabalho. É através deles que ocorrerá a
regulação dos níveis iónicos no sangue, controlo tanto
do volume quanto da pressão sanguínea, controlo do pH
do sangue, produção de hormónios e a excreção de resíduos.
O Rim é cada um dos dois órgãos excretores, em
forma de feijão. É o principal órgão do sistema
excretor e osmorregulador dos vertebrados.
A bexiga é o órgão humano no qual é armazenada a
urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca
caracterizada pela sua distensibilidade. À bexiga
segue-se a uretra, o ducto que exterioriza a urina
produzida pelo organismo .
As vias urinárias encarregam-se de eliminar para o
exterior do organismo a urina produzida pelos rins.
A eliminação da urina é efetuada por uma série de
estruturas ocas ligadas entre si, as vias urinárias, que
recolhem continuamente a secreção urinária, armazenam-
na temporariamente e emitem-na, várias vezes por dia,
para o exterior do corpo através da micção.
As vias urinárias iniciam-se nos próprios rins, onde
emergem os bacinetes, estruturas com a forma de um funil
ligadas diretamente aos uréteres, dois longos canais
tubulares que descem através da cavidade abdominal
para a região pélvica e desaguam na bexiga.
Produção e excreção de urina
Designa-se como sistema excretor qualquer conjunto de
órgãos que eliminem o que o corpo não necessita, num
organismo, é responsável pela filtragem do sangue,
regulação do teor de água e sais minerais e eliminação de
resíduos nitrogenados formados durante o metabolismo
celular.
O sistema urinário humano é de extrema importância
para o funcionamento do nosso corpo.
É composto por:
Rins
Bexiga urinária
Funções do sistema urinário
Produzir, armazenar e eliminar a urina;
Regular o volume a composição química do sangue e seu
volume;
Eliminar o excesso de água e resíduos do corpo humano,
através da urina;
Garantir a manutenção do equilíbrio dos minerais no
corpo humano;
Auxílio na regulação de produção das hemácias (células
vermelhas sanguíneas)
Incontinência urinária- conceito
A incontinência urinária é a perda involuntária do
controlo da bexiga ou do intestino, sendo por isso um
sintoma e não uma condição de saúde em si.
Existe uma diversidade de condições e distúrbios que a
podem causar, incluindo defeitos de nascença, efeitos de uma
cirurgia, lesões nervosas, infecção e alterações associadas ao
envelhecimento.
Para compreender as causas da incontinência é
importante que conheça a «mecânica» do seu organismo:
Bexiga: É um pequeno reservatório com 6 a 8 cm de
diâmetro que pode conter entre 400 a 500 ml de urina.
Contrai-se para se esvaziar.
Esfíncteres: Os músculos dos esfíncteres fecham-se para
reter a urina e abrem-se para a deixar sair.
Períneo: É uma sobreposição de músculos esticados como
uma cama de rede que contém a uretra, o ânus e a vagina.
Habitualmente, exerce uma força suficiente para apertar os
orifícios respectivos para desempenhar o papel de fecho.
Existe uma diversidade de fatores que podem estar na
origem de incontinência, incluindo:
Gravidez ou parto
Infecção
Alterações associadas ao envelhecimento
TIPOS DE INCONTINÊNCIA
Sob a definição geral de incontinência escondem-se situações
muito diversas, desde perdas muito ligeiras e ocasionais de
urina a perdas moderadas e perdas regulares e mais graves.
Estas situações agrupam-se em quatro grandes grupos, de
acordo a causa das perdas de urina:
Incontinência urinária de esforço
O que se sente?
Caracteriza-se pela perda involuntária de urina
durante um esforço, como por exemplo, ao tossir, espirrar,
rir, saltar ou pegar em cargas pesadas.
Como se explica?
Ao serem mobilizados, os músculos abdominais
exercem pressão sobre o períneo que, se estiver um
pouco fraco, não consegue impedir que os esfíncteres
abram ligeiramente, deixando passar algumas gotas de
urina.
Qual a origem?
Este é o tipo mais frequente de incontinência urinária,
atingindo particularmente mulheres que passaram por
situações de gravidez ou se encontram na
menopausa.
Incontinência urinária de urgência
O que se sente?
Também conhecida por bexiga hiperativa, caracteriza-se
por uma vontade súbita e irreprimível para urinar, muitas
vezes acompanhada de perda de urina (por vezes com
grande volume).
Como se explica?
Trata-se de uma disfunção que resulta da contracção
precoce e sem motivo do músculo detrusor da bexiga,
conhecida como hiperactividade vesical.
Incontinência urinária mista
Neste tipo de incontinência, os sintomas da
incontinência urinária de esforço coexistem com os da
incontinência de urgência.
Incontinência urinária por regurgitação
Tipo de incontinência que afeta essencialmente os
homens. Deve-se, muitas vezes, a uma perturbação da
função de evacuação da bexiga devido ao volume da
próstata.
Infeção urinária: conceito;
prevenção
A Infecção do Trato Urinário (ITU), conhecida
popularmente como infeção urinária, é um quadro
infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema
urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de
infeção é mais comum na parte inferior do trato urinário,
do qual fazem parte a bexiga e a uretra.
As infeções do trato urinário (ITU) são frequentes em
homens e mulheres, apresentando sintomas diversos,
com morbidade variável, podendo até mesmo ser a causa de
mortalidade em situações extremas.
A principal causa de ITU são as infeções bacterianas,
normalmente bactérias que encontramos em nosso trato
digestivo. A bactéria Escherichia coli é a principal
responsável pela ITU, causando 85% das infecções não-
hospitalares e 50% das infecções hospitalares.
As infecções do trato urinário (ITU) são resultado da
interação entre o hospedeiro e o agente causador. A
gravidade da infecção é determinada pela agressividade da
bactéria causadora, volume de contaminação e inadequação
dos mecanismos de defesa do hospedeiro.
Tipos
Os tipos, causas e sintomas das infeções urinárias
variam de acordo com o local onde há infecção. Existem
quatro tipos de infeção urinária:
Cistite (infeção na bexiga)
Causas
A infeção urinária ocorre quando uma bactéria entra
no sistema urinário por meio da uretra e começa a se
multiplicar na bexiga. O trato urinário costuma expelir
esses organismos estranhos do corpo, mas algumas vezes
essas defesas falham e a bactéria em questão passa a crescer
dentro do trato urinário, dando início a uma infeção.
Fatores de risco
As infeções urinárias são mais comuns em pessoas cuja
uretra é menor, como no caso do sistema reprodutor
feminino, ou seja, o caminho que a bactéria precisa
percorrer para chegar até a bexiga é menor-
Ter vida sexualmente ativa facilita a infeção
urinária, especialmente as vaginais.
O uso de alguns tipos de contraceptivos, como
espermicidas, também pode ser considerado um fator
de risco
Após a menopausa, as infeções urinárias podem
acontecer com mais frequência do que antes, uma vez que a
baixa quantidade de estrogênio causa mudanças no trato
urinário de modo a deixá-lo mais vulnerável à ação de
bactérias
Sintomas de Infeção urinária
Nem sempre uma pessoa com infecção urinária apresenta
sintomas, mas quando surgem, os mais comuns são:
Ardência forte ao urinar
Forte necessidade de urinar, mesmo tendo acabado de
voltar do banheiro
Dor pélvica
Dor no reto
Aumento da frequência de micções.
Os sintomas variam de acordo com o tipo de infeção.
Prevenção
Algumas medidas podem prevenir infeções
urinárias, sejam elas de que tipo forem.
Beba muitos líquidos, especialmente água
Limpe-se após urinar para evitar que bactérias se
acumulem no local e entrem no trato urinário
Urine após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba
muita água para ajudar a diluir a urina também
Use absorventes externos em vez de internos, pois alguns
médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de
infeções.Troque de absorvente cada vez que for ao wc.
Urine após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba
muita água para ajudar a diluir a urina também
Use absorventes externos em vez de internos, pois alguns
médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de
infeções.Troque de absorvente cada vez que for ao wc.
Realize exercícios de fortalecimento pélvico (períneo) e
abdominal.
Sinais e sintomas de alerta relacionado com
alterações do sistema urinário_ Suas implicações
para os cuidados de higiene, conforto e
eliminação
A infeção urinária ou ainda infeção do trato
urinário, ou ITU, pode acontecer em qualquer parte do
trato urinário. As infeções do trato urinário têm nomes
diferentes de acordo com a parte do trato urinário
infetada.
Ureteres: os tubos que levam a urina de cada um dos
rins até a bexiga raramente são um lugar de infeção
Uretra: uma infeção do tubo que drena a urina da
bexiga para fora do corpo é chamada de uretrite.
Pielonefrites
A pielonefrite é uma infeção do trato urinário
superior, que envolve o rim, geralmente causada por
bactérias vindas da bexiga, que alcança a pelve renal por
via ascendente.
Existem fatores que podem agravar o quadro de
pielonefrite, como:
Sexo feminino: as mulheres são mais propensas às cistites
(infeções de bexiga) do que os homens. Isto dá-se em
consequência da distância ser pequena e direta, entre
a bexiga e a pele (onde as bactérias vivem
normalmente);
Gravidez: durante a gravidez as possibilidades de
desenvolvimento desta infeção aumentam.
Obstrução: como tumores, cálculos, estenoses, aumento
da próstata, entre outros, podem levar ao aumento da
parte interna do rim (hidronefrose) e à infeção renal.
Diabetes Melittus;
Bexiga neurogénica: quando há problemas nervosos
que impeçam a contração da bexiga;
Refluxo vesico uretral: pode ocorrer em crianças,
devido a uma anormalidade existente na bexiga que
permite que a urina volte em direção ao ureter;
Desenvolvimento anormal das vias urinárias;
Idade e baixa imunidade: em pessoas mais idosas e
com o sistema imunitário comprometido, a pielonefrite
pode levar a óbito.
Os sinais clínicos apresentados podem surgir de
forma repentina (aguda) ou progressivamente (crónica),
sendo que o paciente apresenta dor intermitente (cólica
renal); dor no rim afetado devido ao aumento deste órgão;
disúria (dificuldade para urinar); dificuldade ou sensação de
urgência para urinar; urina fétida e concentrada; hematúria;
sensação de mal-estar com arrepios; náuseas e vômito; febre
alta.
Litíase e cólica renal;
A litíase renal é uma doença causada pela formação de
depósitos de minerais (vulgarmente conhecidos como
“pedras” ou “areias”) no interior dos rins.
Em algumas situações, por exemplo quando a urina se
torna cronicamente muito concentrada, pequenos
minerais (normalmente de cálcio ou de ácido úrico), que são
normalmente filtrados pelo rim, vão-se acumulando neste,
podendo cristalizar e formar, assim, conglomerados
chamados cálculos.
Estes cálculos que se formam nos rins podem começar a
deslocar-se através das vias urinárias, descendo pelos
ureteres (canais que ligam os rins à bexiga) até à bexiga.
Dependendo do tamanho dos cálculos, estes podem
conseguir passar através das vias urinárias mais ou
menos facilmente. Alguns cálculos de pequenas dimensões
(pequenas “areias”) podem eventualmente ser expulsos na
urina de forma espontânea.
Quais os sintomas?
Geralmente, as manifestações da litíase renal surgem devido
à deslocação dos cálculos através das vias urinárias.
O sintoma mais típico da litíase renal é a dor,
chamada cólica renal, que surge precisamente devido à
descida e passagem do cálculo através das vias urinárias.
A cólica renal é uma dor muito intensa que aparece
de repente na metade inferior das costas, na cintura ou nas
costelas, podendo também ir até à região genital. É uma
dor do tipo cólica – isto significa que a dor aumenta e
diminui de intensidade, alternadamente, ao longo do
tempo.
A dor não alivia em nenhuma posição, sendo que
normalmente não se consegue estar parado (as pessoas que
sofrem de cólica renal estão geralmente muito agitadas e
irritadas). Habitualmente, a cólica piora ao beber
água, pelo que este gesto deve ser evitado.
Para além da cólica renal, poderão surgir também
outros sintomas e sinais, designadamente:
Náuseas e vómitos;
Hipersudorese (= transpirar abundantemente);
Incontinência urinária
A incontinência urinária (I.U.) é uma situação
patológica que resulta da incapacidade em armazenar
e controlar a saída da urina. Em Portugal estima-se
que 15 por cento da população masculina e 40 por cento
da população feminina seja afetada por este problema.
A incontinência urinária acarreta custos e despesas
enormes e é um aspeto económico que se vai agravar nos
próximos anos, já que se assiste a uma tendência de maior
longevidade populacional.
O tratamento da incontinência em geral é mais
caro para a sociedade que por exemplo o tratamento de
cancro da mama ou que o programa de transplantação
renal.
As mulheres em idade ativa são mais afetadas
A incontinência urinária pode ser descrita como uma
condição patológica. No entanto, a International
Continence Society (ICS) vai mais longe na sua definição,
afirmando que, para além de ser um problema de saúde
e de higiene, a perda de urina é uma situação com
repercussões a nível social e pessoal.
Muito embora a incontinência urinária seja transversal
a ambos os sexos e a todas as idades, o grupo de
mulheres em fase ativa – entre os 45 e os 65 anos – é
aquele onde o problema assume um caráter mais
marcante.
A incontinência urinária pode ser dividida em
dois grupos:
Incontinência de esforço e
Incontinência de imperiosidade.
Conhecer o tipo de incontinência
O diagnóstico da incontinência urinária tem início no
historial clínico do doente, que descreve em que
condições sofre perdas de urina.
Para que se possa optar pelo tratamento mais adequado tem
de se fazer um diagnóstico assertivo dos mecanismos e
circunstâncias que promovem a incontinência urinária.
Após a caracterização dos sintomas, um exame físico
dirigido com pequenas manobras que tentam mimetizar a
perda de urina, dá uma orientação de diagnóstico já bastante
preciso.
Os exames complementares passam por uma
ecografia, análises gerais e uma citologia urinária
Sistema Gastrointestinal
Pertencem ao sistema digestivo o tubo digestivo e os
órgãos anexos ou glândulas anexas.
O tubo digestivo é constituído por uma série de
órgãos que formam um “tubo” por onde passam os
alimentos, durante a sua transformação.
As glândulas anexas, embora não fazendo parte do tubo
digestivo, produzem e lançam no seu interior substâncias
que têm um papel importante na digestão dos alimentos.
Boca – a boca constitui a primeira parte do aparelho
digestivo. É na boca que se inicia a transformação dos
alimentos, através da ação da saliva, da língua e dos dentes.
Glândulas salivares – glândulas anexas produtoras de
saliva. Localizam-se perto da boca. São em número de
três pares e, em função da sua localização, denominam-se
parótidas, sublinguais e submaxilares.
Esófago – tubo que estabelece a ligação da faringe com
o estômago.
Estômago – órgão do tubo digestivo, com paredes
musculosas, que desempenha um papel fundamental na
digestão.
Fígado – glândula anexa responsável pela produção de
bílis – suco que faz a emulsão dos lípidos – que armazena
na vesícula biliar.
Vesícula biliar – órgão em forma de saco onde a bílis
fica depositada.
Pâncreas – glândula anexa ao sistema digestivo que
desempenha uma dupla função secretora. Como glândula
exócrina, liberta para o duodeno o suco pancreático. Como
glândula endócrina, produz e armazena as hormonas
insulina e glucagon, que liberta para a corrente sanguínea.
Intestino delgado – Neste órgão os alimentos são sujeitos
a movimentos intestinais, que facilitam a mistura dos
alimentos com o suco pancreático, a bílis e o suco intestinal,
assim como a sua deslocação ao longo deste órgão.
Intestino grosso – as partes dos alimentos que não são
absorvidas passam para o intestino grosso e, após várias
transformações, são expulsas pelo ânus sob a forma de fezes.
Reto – parte terminal do tubo intestinal.
Anus – orifício que termina o tubo intestinal e pelo qual
as fezes são expelidas.
Processo de digestão_Sua importância para a
absorção de nutrientes e funcionamento do
organismo
A digestão é um processo químico e mecânico onde
ocorre a quebra das moléculas dos nutrientes. Estes
nutrientes são os lípidos, as proteínas, os carboidratos e os
ácidos nucleicos.
O caminho do alimento é o seguinte: boca, faringe,
esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado (jejuno),
intestino grosso, reto e ânus, por onde saem as fezes.
A bílis, produzida pelo fígado, emulsifica gorduras,
facilitando a ação das lípases. Os hormónios envolvidos na
digestão são: gastrina, secretina, colecistocinina e
enterogastrona. Todos secretados por células epiteliais
do trato digestivo.
As enzimas gástricas (do estômago) não quebram
carboidratos, mas apenas proteínas, pela ação da pepsina,
que é ativada pelo HCl do suco gástrico. A tripsina e a
quimiotripsina estão inicialmente na forma de
tripsinogénio e quimiotripsinogénio, que são ativados pela
enteroquinase no duodeno, quando o suco pancreático ali é
lançado.
O alimento é utilizado como fonte de energia ou
construção da matéria viva. O que estiver em excesso
será armazenado na forma de lipídios, nos adipócitos
(células do tecido gorduroso ou adiposo). Quando há
carência de nutrientes, as gorduras começam a ser
mobilizadas como fonte de energia e a pessoa
emagrece.
Sucos digestivos e suas funções
São substâncias segregadas por glândulas de vários órgãos
do sistema digestivo que permitem a transformação
das complexas moléculas alimentares em moléculas
mais simples.
Os sucos digestivos são elaborados pelas glândulas
digestivas, como as glândulas salivares, que produzem
saliva, as glândulas estomacais, que produzem suco
gástrico, o pâncreas, que produz suco pancreático,
as glândulas intestinais, que produzem o suco
intestinal ou entérico, e o fígado, que produz a bílis.
O suco gástrico, produzido no estômago, é um
líquido claro que atua sobre as proteínas, transformando-as
em polipeptídios, para que depois, no intestino delgado,
esses polipeptídios sejam transformados em aminoácidos e
sejam absorvidos.
O suco gástrico contém água, enzimas (tais como o
pepsinogénio que, em contato com o ácido clorídrico, é
ativado como pepsina e tripsina), sais inorgânicos, ácido
clorídrico e uma quantidade mínima de ácido láctico.
O pâncreas secreta o suco pancreático. Quando o
alimento chega ao estômago, as enzimas deste suco são
estimuladas e excretadas.
O suco pancreático possui enzimas que digerem as
proteínas, os carboidratos e as gorduras.
A bilis é excretada pelo fígado e não possui enzimas
digestivas. A sua importância na digestão consiste na
presença dos sais biliares, que emulsionam as
gorduras para serem digeridas pelas lipases, e ajudam a
solubilizar os produtos desta digestão, facilitando a
absorção pela mucosa.
A absorção é o processo pelo qual os nutrientes,
resultantes da simplificação molecular dos alimentos
durante a digestão, passam para o meio interno, através
das paredes do sistema digestivo.
O processo de absorção ocorre ao nível do intestino
delgado, principalmente na zona do jejuno, exceção
feita a algumas pequenas moléculas, como o álcool e a
cafeína, cuja absorção ocorre logo na boca e estômago.
No intestino grosso, ao nível do cólon, ocorre também
absorção de determinadas substâncias, como alguns
aminoácidos e vitaminas resultantes da ação das
bactérias da flora intestinal. No entanto, nesta zona do
intestino, os nutrientes absorvidos em maior quantidade
são a água e os sais minerais.
A superfície interna do intestino delgado está altamente
especializada nos processos absortivos, apresentando uma
grande superfície de contacto, em virtude do seu aspeto
ondulado, resultante de inúmeras pregas que a recobrem
interiormente: as válvulas coniventes.
A simplificação molecular da digestão permite a formação
de moléculas capazes de atravessar o epitélio intestinal,
atingindo os vasos sanguíneos e o quilífero, que os
transportam depois para diversos pontos no organismo.
Para os vasos sanguíneos vão ser absorvidos os
aminoácidos, glicose, sais minerais, alguns ácidos gordos
e vitaminas hidrossolúveis, que vão ser conduzidos até ao
fígado pela veia porta hepática.
Os nutrientes podem ser absorvidos de forma direta
ou indireta. Um nutriente é absorvido de modo indireto
quando precisa de ajuda de outras substâncias para ser
absorvido, como por exemplo, o cálcio, que necessita da
presença de vitamina D, ou o ferro, cuja passagem para o
meio interno está dependente da presença de vitamina B12
Eliminação intestinal
Podemos definir eliminação como o processo corporal
com as características específicas: movimento e evacuação
de resíduos sob a forma de excreção.
Eliminação Intestinal: movimento e evacuação das fezes
pela defecação, habitualmente uma vez por dia e em fezes
moles e moldadas. Pode ser influenciada por fatores físicos
e/ou psicológicos.
Atividade gastrointestinal:
Reflexo gastrocólico: quando o bolo alimentar entra
no estômago. (é mais forte quando a pessoa come após um
período de jejum).
Peristaltismo: movimenta o que sobrou dos nutrientes
através do cólon e sigmoide na direção do ânus.
Reflexo da defecação: tem início quando a massa
fecal ou os gases se movem da sigmóidea para o reto. Os
esfíncteres anais relaxam.
Obstipação: conceito; prevenção
A obstipação, também chamada de prisão de ventre
ou constipação intestinal, é caracterizada pela
dificuldade constante ou eventual da evacuação
das fezes, que se tornam ressecadas.
Esta, não deve ser considerada como uma doença, mas
como um sintoma ou efeito de alimentação
deficiente, stresse e outros problemas que fazem com
que o organismo responda retendo as fezes por um período
maior do que o normal.
Há que mudar o estilo de vida para controlar e
prevenir a obstipação:
Prefira alimentos ricos em fibras como a fruta, legumes e
cereais, que aumentam o volume das fezes e amaciam-
nas, o que facilita a sua progressão pelo intestino; evite
alimentos que endurecem as fezes como o queijo,
chocolate e o arroz.
Beba muitos líquidos a água, os sumos de fruta e as sopas
previnem a desidratação e ajudam a tornar as fezes mais
macias e mais fáceis de movimentar.
Pratique exercício físico caminhar, nadar ou pedalar
estimula os músculos do intestino.
Diarreia: conceito
A diarreia consiste na evacuação de fezes líquidas
de forma frequente e sem controlo. É considerada de
longo prazo (diarreia crónica) quando o indivíduo evacua
fezes líquidas e frequentes por mais de 4 semanas.
O sintoma mais preocupante da diarreia é a
desidratação. Uma diarreia também pode ser
acompanhada de dor abdominal, cólicas, náusea e
perda do controle do intestino. Algumas infeções que
causam diarreia podem também ocasionar febre, calafrios
ou fezes com sangue.
Vómito: conceito; risco de aspiração de vómito
O vómito é a expulsão violenta do conteúdo do estômago
através da boca. As náuseas e os vómitos são provocados
pela ativação do centro do vómito no cérebro. O vómito é
uma das formas mais espetaculares de eliminar do
organismo as substâncias nocivas.
Sintomas
Além da sensação de náusea em si, costuma-se sentir
um mal-estar generalizado, falta de vontade de
comer, vontade de ficar parado e, em alguns casos, o
paciente prefere ficar em uma posição específica, deitado
ou sentado para se sentir melhor.
Geralmente, há outros sintomas associados à náusea que
variam conforme a causa. Nas infeções
gastrointestinais causadas por vírus ou bactérias, podem
ocorrer simultaneamente ou em sequência, dor e distensão
abdominal e diarreia.
Cada uma das outras causas de enjoo é acompanhada
de sintomas próprios da doença e é importante que
sejam descritos para o médico para que a causa possa ser
descoberta e tratada.
Engasgamento: conceito
O engasgo ocorre quando a traqueia é bloqueada por
líquidos, alimentos ou qualquer tipo de objeto. A
epiglote, uma espécie de porta da laringe, movimenta-se de
acordo com a necessidade. A epiglote fica aberta para a
passagem do ar até os pulmões, porém quando engolimos
algo a epiglote fecha para impedir a entrada de alimentos
pelo canal errado.
Por apresentar riscos de vida, por provocar asfixia
e sufocamento, o engasgo deve ser evitado. Se por acaso
houver um engasgo é importante não estimular a pessoa
engasgada a empurrar o objeto, é necessário tossir e
induzir o vómito.
Se por acaso a pessoa apresentar pele roxa é sinal de
que o engasgo está a impedir a passagem do ar, o que pode
fazer com que essa tenha uma paragem respiratória, um
desmaio ou situações mais graves.
É importante também colocar a pessoa engasgada de
pé e posicionar-se por trás dessa, a fim de pressionar as
mãos na altura entre o umbigo e as costelas,
comprimindo a parte superior do abdómen contra os
pulmões.
Sinais e sintomas de alerta relacionado com alterações do
sistema gastrointestinal_ Implicações para os cuidados de
higiene, conforto e eliminação
Disfagia
A deglutição é um mecanismo neuro motor complexo que
resulta no transporte efetivo do alimento da boca
até o estômago, não permitindo a entrada de alimentos
na via respiratória (pulmão).
Sintomas
Os pacientes podem apresentar uma regurgitação nasal
e tosse durante a deglutição, como resultado de uma
anormalidade na transferência do bolo alimentar da
cavidade oral para o esófago.
A presença de dor sugere a coexistência de um outro
sintoma: a odinofagia. A disfagia pode afetar crianças,
adultos e idosos, sendo mais comum nesta última faixa
etária devido a maior prevalência das doenças causais.
Dispepsia
A dispepsia é uma dor ou um mal-estar na parte alta
do abdómen ou no peito que muitas vezes é descrita
como ter gases, sensação de estar cheio ou como uma
dor corrosiva ou urgente (ardor).
A dispepsia tem muitas causas. Algumas são
perturbações importantes, como úlceras do estômago,
úlceras duodenais, inflamação do estômago (gastrite)
e cancro gástrico. A ansiedade pode provocar dispepsia
(possivelmente porque uma pessoa ansiosa tende a suspirar
ou a inspirar e engolir ar, o que pode provocar distensão
gástrica ou intestinal, bem como flatulência e meteorismo).
Sintomas
Os sinais e sintomas gastrointestinais são
diversificados, porém comumente encontramos:
epigastralgia, desconforto abdominal, saciedade
precoce, náuseas, ânsia e sensação de distensão
abdominal superior.
Esses sintomas podem representar um problema
orgânico, quando existe alguma alteração morfológica
caracterizada, ou pode ser chamado de funcional, na
ausência de lesões estruturais. Dentre as causas
orgânicas mais comuns, podemos citar a doença do
refluxo gastresofágico, gastrites, úlcera duodenal,
úlcera gástrica.
Úlcera Gástrica e Duodenal
Uma úlcera gástrica é uma escavação que se forma na
mucosa do estômago, no piloro (abertura entre o
estômago e o duodeno), no duodeno (a primeira parte
do intestino delgado) ou no esôfago.
As Úlceras Gástricas e Duodenais ocorrem
principalmente namucosa gastroduodenal porque esse
tecido não consegue suportar a ação digestiva do
ácido gástrico (HCl) e da pepsina.
Pancreatite
Pancreatite é o termo usado para descrever a
inflamação do pâncreas. Quando a inflamação do
pâncreas ocorre de modo súbito, ou seja, agudamente,
estamos diante de uma pancreatite aguda.
Quando a inflamação é recorrente e há sinais de lesão
persistente do pâncreas, chamamos de pancreatite
crónica.
Sintomas
Dor abdominal súbita e intensa na zona superior do
abdómen, que irradia para as costas e piora com a tosse,
movimentos vigorosos ou com a respiração profunda
Aumento de volume na região abdominal superior
Enjoo, que algumas vezes gera vômito sem eliminação de
qualquer conteúdo
Suor excessivo
Taquicardia
Desmaio quando o indivíduo fica em pé, devido à queda
da pressão arterial nesta posição
Olhos e pele podem ficar amarelados
Hepatites
Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que
pode resultar desde uma simples alteração laboratorial
(portador crónico que descobre por acaso a sorologia
positiva), até doença fulminante e fatal (mais frequente nas
formas agudas).
Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais
específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, que
caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e
conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-
cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro
(acolia fecal).
Hepatites mais graves podem cursar com
insuficiência hepática e culminar com a
encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas
(com duração superior a 6 meses), geralmente são
assintomáticas e podem progredir para cirrose.
Tumores do sistema digestivo
Ao longo de todo o trato gastrointestinal, desde o
esófago até ao reto, pode-se desenvolver uma ampla
variedade de tumores. Alguns destes tumores são
cancerosos (malignos) e outros não o são (benignos).
Esófago
O tumor benigno mais frequente do esófago é o
leiomioma, um tumor do músculo liso. O prognóstico é
excelente na maioria das pessoas com leiomioma.
O cancro do esófago mais frequente é o carcinoma,
quer de células escamosas (também chamado carcinoma
epidermoide), quer o adenocarcinoma.
O cancro pode ocorrer em qualquer ponto do
esófago. Pode surgir como um estreitamento, uma saliência
ou uma área plana anormal (placa). O cancro esofágico é
mais frequente em pessoas cujo esófago se estreitou por terem
ingerido uma substância alcalina, como a lixívia,
usada para a limpeza.
Sintomas e diagnóstico
Dado que o cancro do esófago tem tendência para
obstruir a passagem dos alimentos, o primeiro sintoma
é a dificuldade em ingerir sólidos. Ao longo de várias
semanas este problema progride e a pessoa tem dificuldade
em engolir sólidos moles e, depois, até os líquidos. O
resultado é uma acentuada perda de peso.
O cancro do esófago é diagnosticado mediante um
procedimento radiológico denominado trânsito de bário. A
pessoa bebe uma solução de bário (que é radiopaco), o que
permite evidenciar a obstrução nas radiografias do esófago.
Estômago
Os tumores não cancerosos do estômago não
costumam causar sintomas ou problemas médicos. Por
vezes, no entanto, alguns sangram ou tornam-se
malignos.
O cancro gástrico é mais frequente em adultos. Menos de
25 % dos referidos cancros ocorre em pessoas com menos de
50 anos. O cancro do estômago é extremamente frequente
no Japão, na China, no Chile e na Islândia, enquanto nos
Estados Unidos, onde este cancro afeta 8 em cada 100 000
pessoas, a sua incidência está a diminuir por razões
desconhecidas.
Causas
O cancro do estômago começa muitas vezes num sítio
onde existe uma inflamação da mucosa. No entanto,
muitos especialistas creem que tal inflamação é mais uma
consequência do que a causa do cancro.
Os pólipos do estômago são uns tumores pouco
frequentes, arredondados e não cancerosos que crescem
para o interior da cavidade gástrica. Considera-se que são
precursores do cancro e, portanto, devem ser extirpados. O
cancro é particularmente frequente se existirem
determinados tipos de pólipos, se estes tiverem mais de 2
cm ou quando há vários deles.
Pensa-se que certos fatores dietéticos podem
participar no desenvolvimento do cancro do estômago.
Estes fatores consistem numa elevada ingestão de sal e
de hidratos de carbono, na ingestão abundante dum
tipo de conservantes chamados nitratos e numa reduzida
ingestão de vegetais de folha verde e de fruta
Intestino delgado
Em geral, os tumores do intestino delgado não são
malignos. Os tumores malignos mais frequentes são os
carcinomas, os linfomas e os tumores carcinóides.
Tumores não cancerosos
Os tumores não cancerosos do intestino delgado
incluem os tumores anormais das células gordas
(lipomas), das células nervosas (neurofibromas), das
células do tecido conjuntivo (fibromas) e das células
musculares (leiomiomas).
Intestino grosso e reto
Os pólipos no cólon e no reto são tumores
geralmente benignos. No entanto, uma vez que alguns
são pré-cancerosos, os médicos recomendam extirpar
todos os pólipos desta porção de intestino.
Os pólipos podem crescer com ou sem pedículo e o seu
tamanho varia consideravelmente. O mais habitual é que os
pólipos se desenvolvam no reto e no segmento
inferior do intestino grosso. É raro que o façam mais
acima.
Sintomas e diagnóstico
A maioria dos pólipos não provoca sintomas, mas o
sintoma mais comum é a hemorragia pelo reto.
Um pólipo grande pode provocar cólicas, dor
abdominal ou obstrução intestinal. Em situações raras,
um pólipo com uma haste comprida pode crescer através do
ânus. Os pólipos grandes com prolongamentos em forma
de dedos (adenomas vilosos) podem excretar água e sais,
provocando uma diarreia aquosa intensa que pode resultar
em valores baixos de potássio no sangue
(hipopotassemia)