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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Elaboração de Charque e Determinação de NaCl Disciplina: Tecnologia de Carnes Professor: Carlos Prentice Hernandez Bibiana Porto da Silva - 48533 Rio Grande, Junho de 2015

Pratica 3 Carnes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ESCOLA DE QUMICA E ALIMENTOS CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Elaborao de Charquee Determinao de NaCl Disciplina: Tecnologia de Carnes Professor: Carlos Prentice Hernandez Bibiana Porto da Silva - 48533 Rio Grande, Junho de 2015 Sumrio 1Introduo ................................................................................................................................................ 3 2Material e Mtodos ................................................................................................................................. 4 2.1Material ............................................................................................................................................. 4 2.2Mtodos ............................................................................................................................................ 4 2.2.1Corte ......................................................................................................................................... 5 2.2.2Salga mida ............................................................................................................................. 5 2.2.3Salga seca ............................................................................................................................... 5 2.2.4Primeira resalga ...................................................................................................................... 5 2.2.5Segunda ressalga ................................................................................................................... 6 2.2.6Tombagem ............................................................................................................................... 6 2.2.7Lavagem ................................................................................................................................... 6 2.2.8Secagem .................................................................................................................................. 6 2.3Metodologia analtica ..................................................................................................................... 6 2.3.1Determinao de NaCl: .......................................................................................................... 7 3Resultados e discusso ......................................................................................................................... 8 4Concluso .............................................................................................................................................. 10 5Referncias bibliogrficas ................................................................................................................... 10 1Introduo O charque est diretamente ligado a cultura brasileira sendo um alimento enraizado noshbitosalimentaresdopovo,sendosuaproduodeconsumoextremamente difundidas.Aformadeprocessamentosemantevepraticamenteinalteradaaolongodo tempo (PAVIA et al, 1997). Sendoqueascarnessalgadastpicaspodemserresumidasemcarne-de-sol, charque . Tradicionalmente, tm-se utilizado carnes da parte dianteira e ponta-de-agulha doanimalparaprocessamentodoscharquesenquantoque,viaderegra,peasde traseiro so empregadas na confeco da carne-de-sol. (CAMPOS, 2015) A carne bovina salgada e dessecada, sem qualquer outra especificao, chama-se de "charque", se a carneempregada no for de bovino, depois da designao "charque" deveseesclareceraespciedeprocedncia.Permite-senaelaboraodocharquea pulverizaodosalcomsoluescontendosubstnciasaprovadaspelo D.I.P.O.A.(BRASIL, 1950). Oobjetivodessaprticafoiconheceroprocessodeelaboraodocharque utilizando para este fim coxo duro de bovino, determinar o rendimento da elaborao do charque,determinaraumidadedacarneedocharque,oexsudado,aporcentagemde NaCl e a atividade de gua, logo apsobteno desses valores comparar com a tabela TACO, normativa do ministrio da agricultura e artigos relacionados. 2Material e Mtodos

2.1Material Faca; tbua de corte; cpsula de alumnio; esptula; balo volumtrico de 250 mL; funil;papelfiltro;pipetas;buretasde25mL;dessecador;blender,fitasdepHeSal grosso.Amostra: Coxo duro. Reagentes: Soluo de ferrocianeto de potssio 15%; soluo de sulfato de zinco 30%;soluodehidrxidodesdio 0,1N;soluodenitratode prata0,0975N;soluo de cromato de potssio 5%. Equipamentos: Estufa; Balana. 2.2Mtodos O charque foi obtido conforme o fluxograma o processo apresentado na Figura 1.Figura 1 - Fluxograma de preparao do charque. Fonte: (ROTEIRO, 2015) 2.2.1Corte Escolheu-seporesmuscularesqueforamdestinadasaopreparodecharque sendo elas adelgadas para a obteno de peas mais uniformes(mantas) com espessura em torno de 4 a 5 centmetros (CANHOS e DIAS, 1985). 2.2.2Salga mida Na salga mida foram imersas em tanque com salmoura (335g de sal/kg de gua). As peas foram mergulhadas na salmora e agitou-sepor no mnimo cinquenta minutos. Quandoapresentou-seumacoloraoacinzentada,aspeasforamremovidas.Esse procedimentoteveafinalidadedepossibilitarumcontatomaisintimocomtodasas pores de carne com a salmoura (LIRA e SHIMOKOMAKI, 1998). 2.2.3Salga seca Realizou-seasalgasecadepoisdasalgamida(salmoura).Consistiu-seo processo aonde forrou-se o piso com uma camada de sal grosso, e sobre essa, estendeu-secamadasdecarne(mantas)intercalando-secomporesdesalgrosso,evitando-se sempre a formao de dobras ou rugas, repouso de 24 h (PARDI et al, 1996). Figura 2 - Sal cobrindo toda a superfcie da carne. Fonte: (OS AUTORES, 2015) 2.2.4Primeira resalga Naprimeiraresalgaobjetivou-seinverteraspilhasaodeaspeasdispostasna parte superior coloco-se na parte inferior adicionando-se uma nova camada de sal sobre asmantas,depoisessaetapadeixou-seemrepousopor24horas(CANHOSeDIAS, 1985; PARDI et al, 1996). 2.2.5Segunda ressalga Nasegundaressalgacoloucou-seasmantasnaposioincialeadicionou-se novamente sal, deixou-se em repouso por 24 horas (CANHOSe DIAS, 1985). 2.2.6Tombagem Atombagemimplicou-senamovimentaodasmantas,queforam constantementeremovidasdotopodapilhaecolou-senaparteinferiorevice-versa. Sendoassimuniformizou-seaconcentraodesalemtodaaespessuradaspeasde carne,almdissopreveniu-seoaparecimentodo"vermelhodocharque"causadopor bactrias halfilas (CANHOS e DIAS, 1985). 2.2.7Lavagem Foi realizada a lavagem e logo aps realizou-se a secagem , essa lavagem teve o objetivo de remover o excesso de sal da superfcie. Lavou-se as peas com gua clorada 0,5mg de cloro ativo por litro. 2.2.8Secagem Realizou-seasecagememestufaatemperaturade40C,obtendo-se45%de umidade nas mantas de charque. 2.3Metodologia analtica Determinou-seinicialmenteaumidade,foifeitoocalculodiriodeexsudado,que pode ser visto na Figura 3 e 4, determinou-se ao final cloretos e umidade e a atividade de gua. Figura 3 - Carne com o sal e o exsudado ao lado. Fonte: ( O AUTOR, 2015) Figura 4 - Exsudado medido na proveta. Fonte: (OS AUTORES, 2015) 2.3.1Determinao de NaCl: Foi moda a carne em liquidificador, transferiu-se quantitativamente 5g de amostra modaparaobalovolumtricocom250mL,comoauxiliodeguadestiladautilizou-se aproximadamente150mL.Foiadicionado5mLdeferrocianetodpotssioa15%e5mL desulfatodezinco.homogeneizou-seefoilevadoaovolumefixo,filtrou-seo sobrenadanteempapelfiltro.Neutralizou-seofiltradocomNaOH0,1N,issofoifeito analisandoopHatencontrar-seopHde7atravsdefitinhasdeidentificaodepH. Pipetou-se alquotas de 50mL( concentrao at 3%). 3Resultados e discusso NaTabela1temosaumidademdiadacarnedecoxoduro,semgordura,cru ande obtivemos a umidade mdia de 69,49% e o valor a 69,8% o valor fornecido pela tabelabrasileiraaondepodemosobservarqueovalorestdeacordocomodatabela (TACO, 2011). Tabela 1 - Umidade da carne. cdigocpsulaMostra cpsula + mostra massa seca % Slidos Seco UmidadeMdia(%) lta 3221,91225,041523,46571,5530,8169,1969,49 Lta 2221,83325,019723,34561,5130,1369,87 lta f221,89625,0223,43231,5430,6069,40 De acordo com a Tabela 2 obtivemos 42,09% de umidade mdia valor este abaixo do estabelecido pela tabela brasileira que 44,5%. Isso pode ter-se dado pelo fato de a umidade s ter sido feita uma vez e quando percebeu-se que j estava seco, sendo assim passando um pouco do valor estabelecido (TACO, 2011). A homogeneizao, no foi feita de forma adequada aonde a amostra no representava o todo.O RIISPOA em seu artigo n432prevqueocharquenodevecontermaisde45%deumidadenaporo muscular (BRASIL, 1950). Tabela 2 - Umidade do charque. cdigocpsulaMostra cpsula + mostra massa seca % Slidos SecoUmidadeMdia(%) 1421,91194,996724,81532,9058,1141,8942,09 1514,08944,999316,96642,8857,5542,45 1623,09525,060326,03412,9458,0841,92 OvalorobtidonoQuadro1obtivemosumrendimentode60,29oquerepresenta um valor dentro do rendimento 59,3% a 63,9%rendimentos esses retiramos da literatura (PARDI et al, 1996). Quadro 1 -Valores de peso final, e inicial do charque e rendimento. Peso final charque (Kg)4,1 Peso inicial charque (Kg)6,8 Rendimento (%)60,29 NoQuadro2podemosperceberqueaocomearaobtenodocharquetemos valoresaltosdeexsudadoecomopassardotempoessevalorirdiminuindo,essa medidatomadaparaquepossamossaberseoprocessoestocorrendodeforma contnua e decrescente. Quadro 2 - Determinao do exsudado (mL) e tempo (dias) para a obteno de charque. DiasExsudado (mL) dia 1: 1400 dia 2: 130 dia 3: 58 dia 4: 18 dia 5: 14 NoQuadro3podemosperceberqueovalorobtidodeatividadedeguafoide 0,739 sedo que a atividade de gua conhecida para o charque intermediria e no valor de 0,70 a 0,75 logo o valor obtido esta dentro do valor esperado para a atividade de gua (SOUZA et al, 1999) Quadro 3 - Determinao da mdia da atividade de gua (Aw). Aw1=0,741 Aw2=0,738 Aw3=0,737 Mdia de Aw=0,739 Na Tabela 3 podemos observar que a mdia de NaCl de 22,77% o que acima dovalorestipuladopelalegislaoqueaceitaat15%comtolernciadeat5%de variao, porm mesmo com a tolerncia o valor est acima do esperado (BRASIL, 1950). Tabela 3 - Determinao de cloretos. Cloretos12Mdia peso da amostra%NaClMdia grupo 1:7,97,97,9523,1122,77 grupo 2:7,27,17,15520,91 grupo 3:8,38,38,3524,28 Isso pode ter-se dado ao fato de primeiramente as massas iniciais no terem sido pesadasemumabalanaanalticaesimemumabalanasemi-analtica.A homogeneizao,nofoifeitadeformaadequadaaondeaamostranorepresentavao todo.4Concluso Apsaaulaprticadepreparaodecharqueutilizandoacarnedecoxoduro. Pode-seconcluirqueaumidadedacarne,69,49%,estavadentrodosvalores estabelecidospelatabelaTACOeaumidadedocharque,42,09%,estavaabaixada estabelecida, o exsudado um valor para se verificar se est ocorrendo a perda de gua pelacarneoqueocorreudeformacorreta,orendimentofoide60,29%queumvalor dentro dos padres, %NaCl de 22,77% valor superior ao estabelecido e a atividade de gua0,739 dentrodosvaloresobtidos pelaliteratura.Ocharque produzidocomo tevea umidade mais baixa que a estabelecida e valores superiores de %NaCl no um charque dentro dos padres estabelecidos para a comercializao. 5Referncias bibliogrficas BRASIL. Ministrio da Agricultura. Regulamento de Inspeo Industrial e Sanitria de Produtos de Origem Animal. Braslia. 1950. CANHOS, D, L; DIAS, E, L. Tecnologia de Carnes Bovina e Produtos Derivados. Fundao Tropical de Pesquisa e Tecnologia . p. 239-255. Campinas, 1985. LIRA, G.M.; SHIMOKOMAKI, M. Parmetros da Qualidade da carne de sol e dos charques. Revista higiene alimentar. v, 12 n. 58. 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