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LEONARDO SILVA BARBOSA A MATERNIDADE SUBSTITUTIVA NO BRASIL: A NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA

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LEONARDO SILVA BARBOSA

A MATERNIDADE SUBSTITUTIVA NO BRASIL: A NECESSIDADE DE REGULAMENTAO JURDICAGURUPI TO

2013

LEONARDO SILVA BARBOSA

A MATERNIDADE SUBSTITUTIVA NO BRASIL: A NECESSIDADE DE REGULAMENTAO JURDICAProjeto apresentado ao Centro Universitrio UNIRG, como requisito para elaborao, redao e apresentao do TCC, visando a obteno do diploma do Curso de Direito.

Orientador (a): ________________________

GURUPI TO

2013SUMRIO

1 INTRODUO..........................................................................................................05

2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................06

3 OBJETIVOS...............................................................................................................07

3.1 GERAIS....................................................................................................................07

3.2 ESPECFICOS..........................................................................................................07

4 REFERENCIAL TERICO.....................................................................................08

5 METODOLOGIA DA PESQUISA...........................................................................09

6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.......................................................................11

7 ORAMENTO............................................................................................................12

8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.....................................................................13

1 INTRODUO

Sob a tica das novas tcnicas adotadas pelo homem em relao fertilizao, surgem questes que geram grandes discrepncias no seio social. Tais situaes nascem tanto no meio cientfico quanto no contexto moral e religioso.Nesse rol insere-se o tema da Maternidade Substitutiva ou como vulgarmente chamada de barriga de aluguel, assunto ao qual objeto do presente trabalho.

A gestao substituta envolve uma srie de pontos que apesar de ter surgido atravs de inovaes cientficas, ainda geram uma cadeia de dvidas referentes no to somente condio psicolgica da pessoa contratada para o procedimento, no ato de gestar o feto por um longo perodo, no tocante ao afeto que dali nasce, outrossim, prpria condio psicolgica do ente que estar a nascer, tendo em vista, que apesar de tenra idade tais efeitos podem surgir, e o terreno pisado ainda desconhecido pela comunidade cientfica.

Nesse sentido encontra respaldo o questionamento trazido pela Regina Fiuza, citada por Lucimar Conhaqui Bertotti: Novamente se reacende a polmica sobre o sentido da maternidade, com uma srie de dvidas de ordem tica, de carter psicolgico e de natureza jurdica. Eis algumas: No caso de mulheres que contratam o tero por motivos estticos, que tipo de tratamento deve ser lhes dado? Que efeitos psicolgicos o tero de aluguel pode produzir na criana?, e nesta vereda est um campo cheio de incertezas.

Nesse diapaso, frente ao crescimento tecno-cientifico far-se- necessrio regulamentao jurdica em relao ao tema ora abordado, tendo em vista, a abrangncia alcanada por tal fecundao. Necessita-se dessa forma, alcanar compatibilidade no que tange ao biodireito, porquanto, essa refere-se a regular situaes concretas que envolve a vida, compatibilizando com os princpios gerais do direito e os setoriais, que o abrange.2 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho tem por justificativa a questo de o tema Maternidade Substitutiva ser atual e necessitar de regulamentao jurdica. A busca por esse tipo de procedimento de forma crescente no Brasil, e ainda mais gritante, o fato de mulheres que oferecem seus teros para a realizao do mtodo.

Apesar de haver a Resoluo 1.957/2010 do Conselho Federal de Medicina, que trata da Gestao Substituta, no suficiente para por fim ao impasse, frente aos fatos cotidianos e tidos como novos. E nesse interregno a legislao brasileira ainda omissa, transferindo para os tribunais a soluo do caso.

Nesse campo cedio, entra a necessidade de o direito brasileiro analisar a questo sociolgica e do prprio desejo e direito do ser humano em ser pai ou me, adentrando no aspecto afetivo com o intuito de harmonizar os entendimentos dos favorveis e contrrios gestao em substituio.

Assim, a omisso legislativa atrai para si abalos no campo do Direito Civil, cujos ramos denotam o Direito Contratual e o Direito de Famlia. Pergunta-se qual natureza jurdica seria a concretizao do mtodo? Porquanto, o aspecto puramente patrimonialista do direito contratual bate de frente com o que seria o mais ligado a afetividade, qual seja o direito de famlia.

A situao num olhar geral de difcil soluo, tendo que levar em conta o desejo de algum querer ser me e de outra pessoa que pode durante o perodo gestacional ter seu desejo materno acendido e no querer entregar a criana para os contratantes. Dessa forma, a soluo para a controvrsia de difcil elucidao. E havendo uma legislao especfica, indubitavelmente daria ao magistrado segurana para decidir.

Nesse sentido, ainda patente a discusso quanto a natureza jurdica. Tem-se em vista a indisponibilidade do direito vida, porquanto, a utilizao da tcnica remonta a considerao de que no caso em tela, a criana trataria de um bem que estaria dentro do comrcio, condicionado a valores estipulados entre os contratantes.

Como possvel perceber so vrias as questes a ser enfrentadas pelo legislativo brasileiro a fim de se chegar a um consenso em relao ao procedimento da Maternidade Substitutiva. Entretanto, por se tratar de uma realidade neste pas, no se pode furtar em efetivar descries legislativas, com o intento de gerar segurana jurdica nos atos realizados, de modo a no causar decises contraditrias.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

Versa o presente objeto de estudo e pesquisa, delinear e apresentar pontos controvertidos em relao maternidade substitutiva, perfazendo-se na necessidade de regulamentao jurdica. Abrange ainda, a discusso referente ao carter social e cientfico, tendo por condo a compatibilizao do procedimento adotado com a tica e a dignidade da pessoa humana.

3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

Vislumbrar a especificidade em adentrar nas discusses ticas e jurdicas que lastreiam o tema, remetendo desde aos indivduos interessados em realizar o procedimento at pessoa a ser contratada para o encargo. Interpretar a busca dos valores sociais que englobam o mtodo a ser praticado, tendo em vista que o longo perodo de gestao gera na mulher uma srie de modificaes hormonais, aos quais h de ser valoradas em todo aspecto. Evidenciar que no h legislao no Brasil que trate do assunto. Por essa questo, toda tentativa de realizao desse tipo de procedimento tende a ser levada aos tribunais. Assim, o intento do presente tem objetivo de discutir a falta de regulamentao, discutindo a viso que vai de vrios eixos sociais at criana, na possibilidade de criar traumas psicolgicos nela.

4 REFERENCIAL TERICO

Ante a falta de regulamentao expressa ou tcita quanto a Maternidade Substitutiva, a soluo para conflitos existente passam pela gide dos tribunais, pugnando o julgador pela analogia e princpios gerais do direito.

A Declarao Universal dos Direitos Humanos em seu Artigo XVI assim pactua:

Artigo XVI: 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrio de raa, nacionalidade ou religio, tm o direito de contrair matrimnio e fundar uma famlia. Gozam de iguais direitos em relao ao casamento, sua durao e sua dissoluo. 2. O casamento no ser vlido seno com o livre e pleno consentimento dos nubentes. (Grifo do autor)

Evidente tratar-se de um direito inerente ao ser humano, com objetivo de dar ao ser humano a efetivao aos seus anseios.

Dessa forma, com os avanos da cincia moderna, as mulheres que no poderiam gerar filhos acabam por ter seus desejos satisfeitos pela utilizao de tcnicas que se utilizam da ajuda de outras pessoas para seu aperfeioamento.

Nesse sentido a Constituio Federal em seu artigo 226, 4 assim celebra:

Artigo 226: A famlia, base da sociedade, tem especial proteo do Estado.

4 - Entende-se, tambm, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

Assim, observa-se a preocupao do legislador em tutelar o direito de ser pai ou me, tendo em vista busca natural do ser humano em ter sua espcie perpetuada e igualmente satisfazer seu nfimo desejo ptrio-materno.

Na esteira da presuno de filiao, o Cdigo Civil Brasileiro trs em seu rol trs espcies, cuja presena esto no artigo 1.597, III, IV e V de mtodos de fertilizao utilizados, ao qual segue na ntegra:

Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constncia do casamento os filhos:

III - havidos por fecundao artificial homloga, mesmo que falecido o marido;

IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embries excedentrios, decorrentes de concepo artificial homloga;

V - havidos por inseminao artificial heterloga, desde que tenha prvia autorizao do marido.

Cumpre salientar que apesar da descrio de alguns procedimentos, de maneira alguma exaure as demais maneiras utilizadas. Porquanto, o diploma legal supracitado, discorre em seu bojo to somente a procura de dar soluo quanto ao aspecto da paternidade, demonstrando como afirma Silvio de Salvo Venosa a constatao da lacunosidade a existncia da problemtica [...] Toda essa matria cada vez mais ampla e complexa deve ser regulada por lei especifica, por um estatuto ou microssistema.

O Conselho Federal de Medicina editou uma Resoluo de n 1.957/2010 sobre a Reproduo Assistida (RA), ao qual o item VII, refere-se a Gestao em substituio, assim alegando:

VII - SOBRE A GESTAO DE SUBSTITUIO (DOAO TEMPORRIA DO TERO)As Clnicas, Centros ou Servios de Reproduo Humana podem usar tcnicas de RA para criarem a situao identificada como gestao de substituio, desde que exista um problema mdico que impea ou contra-indique a gestao na doadora gentica.

1 - As doadoras temporrias do tero devem pertencer famlia da doadora gentica, num parentesco at o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos autorizao do Conselho Regional de Medicina.

2 - A doao temporria do tero no poder ter carter lucrativo ou comercial.

Observa-se num primeiro momento que a resoluo ora apontada discorreu sobre o tema, contudo no caso concreto a soluo ainda distante.

Na verdade um desafio para o legislador brasileiro tratar do presente assunto, sendo que a soluo requer muito estudo e pesquisa. Consiste a gestao em debate numa realidade para a sociedade brasileira, frente a um problema antigo que diz respeito incapacidade de mulheres em gestar um feto, contudo existindo uma soluo para tal inidoneidade. Outro ponto em questo, que o mtodo utilizado no comporta conhecimento suficiente no que se refere aos efeitos que a mesma pode gerar. Sendo que parte da comunidade mdica acredita ou tem dvida que pode gerar possveis danos psicolgicos na parturiente e at mesmo na criana. vlido dizer a existncia da problemtica em reafirmar a dvida quanto a natureza jurdica da gestao substitutiva, se a mesma constitui um contrato ou se insere no direito de famlia.

5 METODOLOGIA DA PESQUISAO objeto de pesquisa, considerado o meio utilizado para se chegar ao desenvolvimento de uma tese ser neste trabalho por meio da utilizao de pesquisas bibliogrficas presente em livros, matrias e artigos constantes na internet.

6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

AtividadesMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNov

Elaborao do projetoxxx

Entrega do

projetox

Pesquisa

bibliogrficaxxxxxxx

Coleta de Dadosxxxxxx

Apresentao e

discusso dos dadosxxxxxxx

Conclusoxxxxx

Entrega do TCCx

Defesa da bancaxx

7 ORAMENTO

Atravs do oramento sero demonstrados todos os gastos previstos que sero imprescindveis para elaborao e concluso deste projeto.

Natureza das DespesasQuantidadePreo Unitrio

(R$)TOTAL (R$)

Livros03 Unidades80,00240,00

Papel Sulfite A401 Resma12,0024,00

Cartucho para impresso01 Unidade70,0070,00

Fotocpias20 Unidades0,204,00

Canetas 021,002,00

TOTAL 340,00

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASBERTOTTI, Lucimar Conhaqui. Gestao por outrem no Brasil. Monografia (Graduao em Direito). Universidade do Vale do Itaja. Itaja-SC, 2008.

BRASIL. Cdigo Civil. Lei n 10406, de 10 de janeiro de 2002.BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil promulgada em 5 de outubro de 1988. Braslia, DF: Senado Federal.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Adota normas ticas para utilizao das tcnicas de reproduo assistida. Resoluo n 1.358, de 11 de novembro de 1992. Legislao Federal e Marginlia. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Adota normas ticas para utilizao das tcnicas de reproduo assistida. Resoluo n 1.957, de 15 de dezembro de 2010. Legislao Federal e Marginlia.

DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Disponvel em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acesso em: 02 mai 2013.

VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de Famlia. 7 ed. So Paulo: Atlas, 2007.

PAIS PODEM REGISTAR FILHO GERADO EM BARRIGA DE ALUGUEL. Disponvel em: http://www.conjur.com.br/2012-jul-17/pais-podem-registar-filho-gerado-barriga-aluguel-decide-tj-mt. Acesso em 02 mai 2013.