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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE – MG SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PLANO DECENAL MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: 2015-2024
SANTO ANTÔNIO DO MONTE/MG-2017
Sumário
LEI Nº. 2.226 DE 12 DE JUNHO DE 2015 ........................................Erro! Indicador não definido.4
PORTARIA Nº 01/2016 .................................................................................................................6
O processo de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação ...........................12
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO MONITORAMENTO DO
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PERÍODO 2015/2017 .................................................13
COMISSÃO DE MONITORAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PERÍODO
2015/2017 ..............................................................................................................................13
Considerações sobre o Processo de Avaliação do PDME: 2006 – 2015 ......................................14
O Diagnóstico da Educação de Santo Antônio do Monte ...........................................................15
META 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL .............................................................................................15
META 2 – ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................................................21
META 3 – ENSINO MÉDIO .......................................................................................................30
META 4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA ...........................................................................35
META 5 – ALFABETIZAÇÃO .....................................................................................................44
META 6 – EDUCAÇÃO INTEGRAL ............................................................................................51
META 7 – APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA ........................................................54
META 8 – ESCOLARIDADE MÉDIA ...........................................................................................65
META 9 – ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO FUNCIONAL DE JOVENS E ADULTOS..................68
META 10 – EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL......................................................73
META 11 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ...................................................................................73
META 12 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES .............................................................................76
META 13 - FORMAÇÃO CONTINUADA E PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES ......................82
META 14 - VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR .............................................................................89
META 15 - PLANO DE CARREIRA DOCENTE ............................................................................90
META 16 - GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................................................................92
META 17 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO .........................................................................98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................109
LEI Nº. 2.226 DE 12 DE JUNHO DE 2015
INSTITUI O PLANO DECENAL MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO –
PME DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
O Prefeito do Município de Santo Antônio do Monte: Faço
saber que a Câmara dos Vereadores aprovou e eu sanciono a
seguinte Lei:
Art. 1º. - Fica aprovado o Plano Municipal de Educação - PME, com vigência por 10
(dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo I, com vistas ao cumprimento
do disposto no art. 214 da Constituição Federal e na Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 que
aprova o Plano Nacional de Educação - PNE.
Parágrafo único - Este PME é integrado, além da presente parte normativa, pelos
seguintes anexos:
I - metas e estratégias (anexo I);
II - indicadores para monitoramento e avaliação da evolução das metas do PME (anexo II);
III - diagnóstico (anexo III).
Art. 2º. - São diretrizes do PME:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na
erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos
em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de aplicação de recursos públicos em educação que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos(as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental.
Art. 3º. - As metas previstas no Anexo I desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência
deste PME, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.
Art. 4º. - As metas previstas no Anexo I desta Lei deverão ter como referência o censo
demográfico e os censos da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data
da publicação desta Lei.
Art. 5º. - A execução do PME e o cumprimento de suas metas serão objeto de
monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados, sem prejuízo de outras, pelas
seguintes instâncias:
I - Secretaria Municipal de Educação - SME;
II - Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores;
III - Conselho Municipal de Educação - CME;
§ 1º. - Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:
I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios
institucionais da internet;
II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o
cumprimento das metas;
III - analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação.
§ 2º. - A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no
quarto ano de vigência do PME e poderá ser ampliada por meio de lei para atender às
necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.
§ 3º. - Fica estabelecido, para efeitos do caput deste artigo, que as avaliações deste
PME serão realizadas com periodicidade mínima de 01 (um) ano contado da publicação desta
Lei.
§ 4º. - Para viabilização do monitoramento e avaliação do cumprimento das metas
deste PME, serão utilizados os indicadores constantes do Anexo II, além de outros que venham
a se mostrar pertinentes para tanto.
Art. 6º. - O município promoverá a realização de pelo menos 2 (duas) conferências
municipais de educação até o final do PME articuladas e coordenadas pela Secretaria
Municipal de Educação em parceria com outros órgãos relacionados a Educação.
Parágrafo único - As conferências de educação realizar-se-ão com intervalo de até 4
(quatro) anos entre elas, com o objetivo de avaliar a execução deste PME e subsidiar a
elaboração do plano municipal de educação para o decênio subsequente.
Art. 7º. - O município em regime de colaboração com a União e o Estado de Minas
Gerais atuará, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste
Plano.
§ 1º. - Caberá aos gestores do município a adoção das medidas governamentais
necessárias ao alcance das metas previstas neste PME.
§ 2º. - As estratégias definidas no Anexo I desta Lei não elidem a adoção de medidas
adicionais em âmbito local ou de instrumentos jurídicos que formalizem a cooperação entre os
entes federados, podendo ser complementadas por mecanismos nacionais e locais de
coordenação e colaboração recíproca.
§ 3º. - O Município criará mecanismos para o acompanhamento local da consecução
das metas deste PME.
§ 4º. - Haverá regime de colaboração específico para a implementação de modalidades
de educação escolar que necessitem considerar territórios étnico-educacionais e a utilização
de estratégias que levem em conta as identidades e especificidades socioculturais e
linguísticas de cada comunidade envolvida, assegurada à consulta prévia e informada a essa
comunidade.
§ 5º. - O fortalecimento do regime de colaboração entre o Município e o Estado de
Minas Gerais incluirá a instituição de instâncias permanentes de negociação, cooperação e
pactuação.
Art. 8º. - O Município deverá aprovar leis específicas para o seu sistema de ensino,
disciplinando a gestão democrática da educação pública no seu âmbito de atuação, no prazo
de 2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a legislação
local já adotada com essa finalidade.
Art. 9º. - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do
Município serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias
compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PME, a fim de viabilizar sua plena
execução.
Art. 10 - O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado pela União,
em colaboração com o Estado de Minas Gerais, e o Município, constituirá fonte de informação
para a avaliação da qualidade da educação básica e para a orientação das políticas públicas
desse nível de ensino.
Art. 11 - Até o final do primeiro semestre do último ano de vigência deste PME, o
Poder Executivo encaminhará à Câmara dos Vereadores, sem prejuízo das prerrogativas deste
Poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no período
subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio.
Art. 12 - A revisão deste PME, se necessária, será realizada com ampla participação de
representantes da comunidade educacional e da sociedade civil.
Art. 13 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Lei Municipal nº.
1.878/2007, que aprovou o Plano Municipal de Educação do Município de Santo Antônio do
Monte para o período de 2007-2016.
Art. 14 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Paço Municipal Governador Eduardo Azeredo.
Santo Antônio do Monte - MG, 12 de Junho de 2015.
Edmilson Aparecido da Costa
Prefeito Municipal
PORTARIA Nº 01/2016
Dispõe sobre a nomeação da Equipe Técnica – ET,
responsável pelo Monitoramento do Plano
Municipal de Educação Lei nº 2.226 de 19 de
junho de 2015 do município de Santo Antônio do
Monte, e dá outras providências.
A Secretária Municipal de Educação de Santo Antônio do Monte, no uso de suas atribuições
legais e, considerando a necessidade de Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de
Educação Lei nº 2.226 de 19 de junho de 2015 no cumprimento ao que dispõe o art. 5º da
referida Lei,
Determina:
Art.1º ‐ Fica nomeada a Equipe Técnica de Monitoramento do Plano Municipal de Educação ‐
PME, composta pelos membros abaixo:
I. Um representante do Setor Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação;
II. Um representante do Setor de Pessoal da Secretaria Municipal de Educação;
III. Um representante do Setor Técnico-Operacional da Secretaria Municipal de Educação;
IV. Três representantes dos Diretores Escolares;
V. Um representante dos Professores da Zona Rural;
VI. Um representante dos Professores da Zona Urbana;
VI. Um representante do Quadro Técnico‐administrativo das Escolas;
VI. Um representante do Conselho Municipal de Educação.
Art.2º ‐ São atribuições da Equipe Técnica de Monitoramento:
I. Atuar no levantamento e na sistematização de todos os dados e informações referentes ao
Plano Municipal de Educação e seu contexto;
II. Contribuir para a comissão desencadear suas proposições, respaldadas em fontes oficiais e
em sintonia com o Poder Executivo;
III. Organizar os documentos oficiais e de aprofundamento para consulta da comissão e
interessados, tais como: PME, Leis, Portarias, Decretos, Relatórios, peças orçamentárias
(LOA, LDO, PPA...), Plano de Ações Articuladas e outros;
IV. Constituir instrumentos para coletar os dados que subsidiarão as produções das
informações para o monitoramento e, posteriormente, os relatórios de
avaliação garantindo fluidez e efetividade ao processo;
V. Organizar o trabalho, distribuindo funções em consonância com os aspectos do PME em seu
cotidiano, e, continuamente estudar o plano, monitorar as metas e as estratégias;
VI. Identificar em quais situações o plano se enquadra, a saber: com metas elaboradas,
utilizando indicadores e fontes sugestionadas pelo Ministério da Educação; metas
elaboradas que dependem de indicadores e fontes próprias do município; metas
elaboradas de modo genérico, não havendo possibilidade de estabelecer indicadores;
VII. Utilizar a Ficha de Monitoramento do Plano Municipal de Educação, organizada em três
etapas propostas de trabalho;
VIII. Debater o conteúdo da ficha no interior do órgão da educação/secretaria de educação
junto aos seus pares;
IX. Encaminhar os registros de cada etapa ao Dirigente Municipal de Educação para validar o
trabalho;
X. Auxiliar na elaboração de Relatórios Anuais de Monitoramento.
Art. 3º ‐ Essa Portaria entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em
contrário.
Gabinete da Secretária. Santo Antônio do Monte, MG, 05 de outubro de 2016.
MÁRCIA APARECIDA BERNARDES
Secretária Municipal de Educação
RELATÓRIO DO PRIMEIRO CICLO DE
MONITORAMENTO DO PLANO DECENAL MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE
11
O processo de elaboração e aprovação do Plano Municipal de Educação
Em Santo Antônio do Monte, os debates para adequação do Plano Municipal de
Educação começaram com a realização da Etapa Municipal da CONAE, com a
nomeação da Comissão Organizadora responsável pelas diversas reuniões, debates e
audiências públicas. A equipe municipal contou com o apoio técnico da SEE/MG.
Como referências utilizadas para a concretização do plano destacaram-se a
Constituição da República Federativa do Brasil, a Constituição do Estado de Minas
Gerais e Lei Orgânica Municipal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as
deliberações das Conferências Nacional e Municipal de Educação (CONAEs), as
orientações do Ministério da Educação (MEC), a Lei do Plano Nacional de Educação
(PNE), os principais indicadores demográficos, socioeconômicos e educacionais, as
legislações e publicações acadêmicas relevantes sobre o assunto, além do PPA, LDO,
LOA.
Tendo em mente que o Plano Municipal de Educação deve expressar o compromisso
político do Município que transcende governos e promove mudanças nas políticas
educacionais, geradoras de avanços no processo educacional, e em consequência, na
qualidade de vida da sociedade santantoniense, a Comissão Municipal de Educação, a
Equipe Técnica de Apoio e o Conselho Municipal de Educação trabalharam com afinco
por intermédio da efetivação de reuniões para o desenvolvimento das ações
necessárias à sua elaboração.
Após a elaboração do Documento-Base, foi fundamental a participação da sociedade
nas discussões realizadas através das audiências públicas. Para sua ampla publicização,
o documento foi disponibilizado no site da Prefeitura Municipal.
O documento final foi encaminhado oficialmente, pela Secretária Municipal de
Educação, ao Poder Executivo que, logo após elaborou e encaminhou à Câmara
Municipal, o Projeto de Lei nº 020/2015 dispondo a respeito do Plano Municipal de
Educação.
Após discussões a Câmara de Vereadores aprovou a Lei nº 2.226 de 19 de junho de
2015 que instituiu o Plano Decenal Municipal de Educação.
Por fim, o processo voltou ao Executivo para ser sancionado, tendo por garantia que o
texto aprovado foi o mais próximo possível das expectativas apresentas nas consultas
públicas.
“Somente um Plano Municipal de Educação legítimo pode contar com o apoio de todos
para monitorar seus resultados e impulsionar a sua concretização, através da
mobilização da sociedade ao longo dos seus dez anos de vigência.”
12
O processo de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação
O processo de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação, em Santo
Antônio do Monte, teve início com a assinatura ao termo de adesão à assistência
técnica para monitoramento e avaliação dos planos de educação/SASE/MEC pela
Secretária Municipal de Educação, em 06 de maio de 2015.
A partir de então, representantes do município passaram a participar da Formação das
Equipes Técnicas para o processo de monitoramento e avaliação dos Planos Municipais
de Educação oferecida em Divinópolis pela equipe de avaliadores educacionais.
A metodologia para o monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação
propôs, e foi acatada pelo município, que todo processo fosse desenvolvido em quatro
etapas.
Na organização do trabalho foram definidos os responsáveis pelo monitoramento e
avaliação pela secretaria municipal de educação que, logo após, convocou-os para uma
reunião onde foi esclarecido o andamento de todo o processo.
O primeiro compromisso das equipes responsáveis foi reunir para a elaboração da
agenda de trabalho, acompanhando as quatro etapas propostas. E logo após, a equipe
técnica analisou a Ficha de Monitoramento do Plano Municipal de Educação,
instrumento escolhido para subsidiar a produção das informações para o
monitoramento.
Dando andamento aos trabalhos ocorreu o preenchimento da Parte A da ficha de
monitoramento que posteriormente foi enviada à avaliadora educacional técnica
responsável pelo município.
Realizando reuniões periódicas, a equipe técnica fez uma releitura atenciosa do plano
relacionando todas as metas e estratégias de forma cronológica, conforme orientações
recebidas, para possibilitar melhor visualização, consulta e controle dos processos de
execução.
Em seguida foi realizado o estudo da legislação orçamentária do município e
preenchimento e encaminhamento da Parte B da Ficha de Monitoramento.
Ao estudar o plano municipal de educação a equipe técnica e a comissão municipal de
educação reavaliaram os indicadores e definiu as fontes de dados efetivando o
preenchimento e envio da Parte C da ficha de monitoramento.
Posteriormente a todo esse processo a equipe técnica preparou o Relatório Anual de
Monitoramento do Plano Municipal de Educação e o enviou ao Secretário Municipal
de Educação.
13
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE
MONITORAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PERÍODO 2015/2017
Kátia Luciana Rezende Dias – representante dos professores da zona urbana
Léia Aparecida da Cunha Coelho - representante dos diretores escolares
Magda Maria Bernardes - representante do setor técnico-operacional da SEMED
Maísa de Fátima Miranda Melo – representante do quadro técnico-administrativo das
escolas
Maria Aparecida Simone Santos Melo – representante dos professores da zona rural
Marilene Silva de Melo Franco – representante do Conselho Municipal de Educação
Marli Rodrigues do Couto Mesquita – representante do setor pedagógico da SEMED
Meire Cristina Silva e Santos - representante dos diretores escolares
Nei Antônio Borges - representante dos diretores escolares
Samantha Batista Costa Domingos – representante do setor de pessoal da SEMED
COMISSÃO DE MONITORAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO
PERÍODO 2015/2017
Secretaria Municipal de Educação
Câmara dos Vereadores
Conselho Municipal de Educação
14
Considerações sobre o Processo de Avaliação do PDME: 2006 – 2015
A complexidade que envolve a avaliação das políticas públicas de educação, como é o
caso de um Plano Decenal Municipal de Educação, é tarefa desafiadora a ser construída
coletivamente, com a participação não apenas dos profissionais do setor, mas também, da
sociedade civil e política, tendo em vista a necessidade de se evidenciar, com precisão, a
consecução das metas propostas. O PDME 2015-2024 de Santo Antônio do Monte passará por
avaliações anuais, e acontecerão duas conferências, com intervalo de quatro anos entre elas,
no tempo de duração do plano.
Em junho de 2016, foram definidos por ato legal os responsáveis pelo monitoramento
e avaliação do plano, que deverá elaborar um consolidado dessas avaliações e enviá-las à
Comissão Coordenadora para aprovação e validação, visando facilitar o atual diagnóstico da
Educação do Município.
De acordo com o consolidado, Santo Antônio do Monte apresenta o seguinte
panorama em relação às metas estabelecidas no PDME 2015-2024.
QUADRO I – PDME/SAMONTE: 2015-2024 – Consolidado da Avaliação do PDME: 2015-2024.
Situação Atual das Metas Propostas.
NÍVEIS/MODALIDADES/TEMAS Nº de metas
Cu
mp
rid
as
Em a
nd
amen
to
Não
de
sen
cad
ead
as
Sem
evi
dê
nci
a
em
pír
ica
NÍV
EIS
DE
ENSI
NO
Educação Infantil 02 01 01 00 00
Ensino Fundamental 03 02 01 00 00
Ensino Médio 01 00 01 00 00
MO
DA
LID
AD
ES D
E
ENSI
NO
Educação de Jovens e Adultos 03 00 00 03 00
Educação Inclusiva 01 00 01 00 00
Educação Profissional 01 00 00 01 00
TEM
AS
ESP
ECIA
IS Formação de professores e
Valorização do magistério
04 00 03 01 00
Financiamento e Gestão 02 00 00 02 00
TOTAL 17 03 07 07 00
Fonte: Coordenação de Monitoramento do PMDE – 2016/2017
15
De acordo com o consolidado, evidencia-se a situação das 17 (dezessete) metas
propostas no PDME: 2015-2024: 03 (três) foram concluídas, 07 (sete) estão em andamento e
07 (sete) não foram desencadeadas.
Observa-se, assim, uma concordância entre o proposto e o efetivado no PDME: 2015-
2024, uma vez que o processo avaliativo resultou na constatação de que as prioridades das
políticas educacionais adotadas pelo Município estão tendo o PDME como indutor central de
suas ações político-pedagógicas. Mesmo assim, a dinâmica e a lógica do Sistema Educativo do
Município, marcado pelo caminhar isolado e independente das diferentes redes de ensino, em
que pesem importantes avanços acontecidos após a aprovação do Plano, não foram
modificadas, de modo a constituir condições de uma gestão unificada e participativa que
contribuísse para a efetivação da melhoria nos diferentes níveis e modalidades de ensino que
caracterizam a educação do Município.
Assim, apesar da importância da elaboração do PDME como efetiva política proposta
para o Município, como um todo, e não para uma gestão municipal, os resultados conseguidos,
durante a sua tramitação, evidenciam: a ausência de unicidade de ação das redes de ensino, a
ausência de dados relativos à consecução das metas propostas, sobretudo aqueles que se
referem à Rede Privada, os limites político-econômicos relativos à cooperação e à colaboração
dos entes federados, sob a ótica prevista na Constituição Federal de 1988.
Finalmente, é urgente e necessário, avançar no refinamento dos processos avaliativos
a ser proposto para o Plano, incluindo a atualização de indicadores educacionais, a análise
global e articulada entre as diferentes políticas, programas e ações envolvendo todas as redes
de ensino e os entes federados, no que concerne à materialização das metas e das estratégias
estabelecidas. Essa ação permitirá o desvelamento das possibilidades e dos limites decorrentes
do contexto em que foram forjadas e negociadas as propostas para a concretização do PDME.
Nesse sentido, o processo analítico e avaliativo do PDME: 2015-2024 deve extrapolar as
políticas circunscritas à esfera educacional, requerendo análises mais globais, capazes de situá-
las no âmbito do cenário social e econômico do País, do Estado e do Município.
O Diagnóstico da Educação de Santo Antônio do Monte
Os responsáveis pelo monitoramento e avaliação do plano desenvolveram um trabalho
investigativo sobre os diferentes aspectos da realidade educacional do Município e
apresentam o atual diagnóstico da educação de Santo Antônio do Monte.
META 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL
Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches
de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3
(três) anos até o final da vigência deste PNE.
Considerada como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil aparece na
Constituição Federal (CF) de 1988, com a finalidade de promover o desenvolvimento integral
da criança da faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos de idade. A partir de então, a Educação
Infantil em creches e pré-escolas passou a ser, de acordo com os aspectos legais, um dever do
16
Estado e um direito da criança (artigo 208, Inciso IV da CF), destacada, também, no Estatuto da
Criança e do Adolescente de 1990.
Confirmando esta determinação, a LDB n° 9.394/96 estabeleceu, de forma incisiva, o
vínculo entre a formação das crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos e a etapa subsequente da
Educação Básica. Entretanto, em 16 de maio de 2005, foi sancionada a Lei nº 11.114/2005 que
alterou os artigos 6º, 30, 32 e 87 da LDB, com o objetivo de tornar obrigatório o início do
Ensino Fundamental aos 06 (seis) anos de idade. A partir daí, coube a cada sistema de ensino
matricular todos os educandos, a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental. Assim,
a Educação Infantil passou a atender, na pré-escola, crianças de 04 (quatro) e 05 (cinco) anos
idade.
Nesse sentido, a expansão da Educação Infantil, no País, tem ocorrido de forma
crescente, acompanhando, também, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e
as mudanças na organização e na estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais
consciente da importância das experiências vivenciadas na primeira infância, o que motiva
demandas por uma educação institucional de qualidade para as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco)
anos.
A meta 1 do Plano Municipal de Educação diz respeito à universalização da Educação
Infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade, até 2016, e da ampliação da
oferta de Educação Infantil em creches de forma a atender no mínimo, 50% das crianças de até
3 (três) anos até o final da vigência deste PME. Para o monitoramento desses dois objetivos,
foram utilizados os seguintes indicadores:
– Indicador 1A: Percentual da população de 4 a 5 anos que frequenta a escola/pré-
escola.
– Indicador 1B: Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola/creche.
Salientamos que o município vem trabalhando baseado nas 16 (dezesseis) estratégias
propostas para atingir a meta.
Destacamos que está em construção, com previsão de conclusão em 2017, o Projeto
Proinfância Tipo 1, modelo de projeto padrão de educação infantil, com capacidade de
atendimento a 188 (cento e oitenta e oito) crianças em período integral. A ampliação do
Prédio do Pré-Escolar Municipal Maria Angélica de Castro possibilitou ampliar o atendimento
às crianças de 4 (quatro) anos em 2016.
Para a efetivação das estratégias de levantamento demanda Santo Antônio do Monte
realiza anualmente o Cadastramento Escolar, através da Secretaria Municipal de Educação,
levantando informações que colaboram para subsidiar a definição de politicas públicas de
educação infantil no município.
No ano de 2015 foi realizado concurso público para a efetivação, dentre outros, de
docentes para a Educação Infantil, seguindo as exigências de qualificação profissional.
Aos alunos que necessitam de atendimento educacional especializado foi ofertado o
acompanhamento por professores apoio, como também, encaminhamento ao Centro
17
Municipal de Apoio Pedagógico que conta com diversos profissionais como: psicólogo,
psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e assistente social.
Com relação à formação continuada, esta possibilita ao educador maior
aprofundamento dos conhecimentos profissionais, levando-os a reestruturar e aprofundar
conhecimentos adquiridos na formação inicial. O professor que participa de atividades de
formação continuada pode refletir sobre suas práticas e seu trabalho diário. Para tanto, são
realizados encontros pedagógicos nas próprias escolas, possibilitando troca de experiências e
melhor direcionamento ao trabalho.
Conforme relatamos, as estratégias acima tiveram como foco a universalização da
pré-escola e ampliação da oferta de Educação Infantil para crianças de até 3 (três) anos em
creches, procurando respeitar as necessidades e singularidades desta etapa da Educação
Básica.
Informações relevantes sobre a execução do indicador no período
A seguir, destacamos informações relevantes sobra a execução dos indicadores no
período observado.
Em cumprimento às determinações, e com base nos dados coletados nos censos
escolares, o atendimento da Educação Infantil em Santo Antônio do Monte tem se
comportado, nos últimos anos, conforme dados das tabelas e gráficos abaixo:
GRÁFICO 1 Percentual da
população de 4 e 5 anos de
idade que frequenta a escola ou
creche – Santo Antônio do
Monte – 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 2 Matrículas de 4
e 5 anos de idade – Santo
Antônio do Monte – 2007
a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/ Censo
Escolar/Todos Pela Educação |
Sinopses Estatísticas
372
459 466 450
518
587 566 639 634
672
372 428 434 433 440
477 419
480 480
589
0 31 32 17
78 110
147 159 154
83
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
TOTAL MUNICIPAL PRIVADA
100% 100,0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2016
18
GRÁFICO 3 Percentual de
matrículas de 4 e 5 anos
de idade, por sexo –
Santo Antônio do Monte
– 2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses
Estatísticas
GRÁFICO 4 Percentual
de matrículas de 4 e 5
anos de idade, por
localização – Santo
Antônio do Monte –
2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses
Estatísticas
GRÁFICO 5 Percentual de
matrículas de 4 e 5 anos
de idade, por cor/raça –
Santo Antônio do Monte
– 2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses
Estatísticas
GRÁFICO 6 Percentual da
população de 0 a 3 anos de idade
que frequenta a creche – Santo
Antônio do Monte – 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses Estatísticas
54%
49,80% 51%
50%
52%
46%
50,20% 49%
50%
48%
42%
44%
46%
48%
50%
52%
54%
56%
2012 2013 2014 2015 2016
Feminino Masculino
92% 92% 90% 93% 93%
8% 8% 10% 7% 7%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Urbano Rural
99% 98% 96% 96% 95%
1% 2% 4% 4% 5%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Brancos Negros
50% 33,4%
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Meta Situação 2016
19
GRÁFICO 7
Matrículas de 0 a 3
anos de idade –
Santo Antônio do
Monte – 2007 a
2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/
Censo Escolar/Todos Pela
Educação | Sinopses
Estatísticas
GRÁFICO 8 Percentual
de matrículas de 0 a 3
anos de idade, por
sexo – Santo Antônio
do Monte – 2012 a
2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses
Estatísticas
GRÁFICO 9 Percentual de
matrículas de 0 a 3 anos de idade,
por localização – Santo Antônio
do Monte – 2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 10 Percentual de
matrículas de 0 a 3 anos de
idade, por cor/raça – Santo
Antônio do Monte – 2012 a
2016
Fonte: CONVIVA | Sinopses
Estatísticas
316 278 272 274
379
440
540
473 448 461
316
257 258 261
351 323
388 339 329 342
0 21 14 13 28
117 152 134 119 119
0
100
200
300
400
500
600
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
TOTAL MUNICIPAL PRIVADA
52% 53%
50% 50%
48%
48% 47%
50% 50%
52%
44%
46%
48%
50%
52%
54%
2012 2013 2014 2015 2016
Feminino Masculino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Urbano Rural
98% 96% 91% 90% 89%
2% 4% 9% 10% 11%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Brancos Negros
20
No ano de 2016, a Rede Municipal de Ensino atendeu às crianças de 0 (zero) a 05
(cinco) anos de idade, em 05 (cinco) Centros Municipais de Educação Infantil - CEMEIS e em
mais 1 (uma) Escola de Educação Infantil e 02 (duas) Escolas do Campo que também
atenderam à Educação Infantil. O Município contou ainda com uma rede de 02 (três) Escolas
Privadas que, também, ofereceram atendimento à Educação Infantil. Resumindo, Santo
Antônio do Monte atendeu, nas creches, o total de 385 (trezentos e oitenta e cinco) crianças
de 0 (zero) a 3 (três) anos e 601 (seiscentos e um) crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos na
pré-escola, perfazendo um total de atendimento de 986 (novecentos e oitenta e seis) crianças
da faixa etária de 0 (zero) a 05 (cinco) anos na Educação Infantil.
O saldo do atendimento da Educação Infantil, na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco)
anos, desmembrado nas diferentes instituições de ensino, foi o seguinte: 928 (novecentos e
vinte e oito) crianças atendidas pela Rede Municipal e 58 (cinquenta e oito) pela Rede Privada,
perfazendo um total de 986 (novecentos e oitenta e seis) crianças atendidas, ou seja, 94,1%
atendidas pela Rede Municipal e 5,9% de atendimento pela Rede Privada, conforme gráficos 2
e 7.
Percebe-se que as matrículas nessa etapa de ensino estão divididas entre a Rede
Escolar Pública Municipal e a Rede Privada com predominância sempre maior da primeira
sobre a segunda.
Os dados coletados evidenciaram que, no ano de 2016, houve um crescimento no
atendimento às crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, o que mostra evolução para o
cumprimento da primeira parte da meta 1(um), ou seja, a universalização do atendimento às
crianças nessa faixa etária. Na faixa etária de 0 (zero) a 3 (três) anos houve um crescimento no
atendimento de 2015 para 2016, de aproximadamente 5% (cinco por cento).
No entanto, ainda há um número significativo de demanda reprimida, na faixa etária
de 0 (zero) a 3 (três), perfazendo um atendimento de 27,8% (vinte e sete vírgula oito por
cento) . Para atingir a meta 1 (um), faz-se necessário ampliar a oferta, nessa faixa etária, o
percentual de 22,2% (vinte de dois virgula dois por cento).
Nos gráficos 3 e 8, está apresentada a desagregação dos indicadores por sexo. A
análise da série histórica de 2012 a 2016 mostra que a diferença entre esses grupos se
manteve estável ao longo de todo o período.
Diferentemente da análise por sexo, observa-se que, apesar do crescimento na taxa de
atendimento observada de 2012 a 2016, ainda persistem as diferenças entre as taxas de
atendimento escolar entre os residentes das áreas urbana e rural (Gráficos 4 e 9). Os dados
mostram que não houve no período atendimento a etapa de 0 (zero) a 3(três) anos de idade, e
na fase de 4(quatro) e 5(cinco) anos de idade manteve-se estável o índice de atendimento. A
análise dos dados demonstra a desigualdade no acesso à escola segundo o local de residência.
Porém, ao analisar dados do IBGE/2010, observa-se que a diferença de porcentagem entre a
população urbana e rural, na faixa etária da meta, é de 62 (sessenta e dois) pontos
percentuais.
A desagregação dos indicadores por categorias de raça/cor também mostra o
crescimento na taxa de atendimento escolar para as crianças, embora também persistam
desigualdades no acesso (Gráficos 5 e 10). Foi registrado um aumento no atendimento às
21
crianças negras, na faixa etária de 4(quatro) e 5(cinco) anos passando de 1,0% (um vírgula
zero cento), em 2012, para 5,0% (cinco vírgula zero por cento), em 2016 e de 0 (zero) a 3 (três)
anos de idade de 2,0% (dois vírgula zero por cento) para 15,0% (quinze vírgula zero por cento)
em 2016. A diferença de atendimento às crianças negras comparativamente às crianças
brancas vem diminuindo em ritmo lento ao longo de todo o período analisado É preciso
aguardar a próxima edição do Censo/IBGE para verificar se está ocorrendo alteração da
tendência de redução da desigualdade entre esses dois grupos.
META 2 – ENSINO FUNDAMENTAL
Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a
14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PME.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) consolida e amplia
o dever do Poder Público para com a educação em geral e, em particular, para com o Ensino
Fundamental.
O artigo 22 da referida Lei, que trata da finalidade da Educação Básica, da qual o
Ensino Fundamental é parte integrante, assegura a todos “a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores”, fato que confere ao Ensino Fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de
terminalidade e de continuidade.
Também de acordo com a LDB nº 9394/96, Estados e Municípios devem incumbir-se
de definir formas de colaboração na oferta do Ensino Fundamental, o que pode trazer grandes
benefícios, pois ações conjuntas – bem planejadas, renovadas e reforçadas em seus meios –
podem assegurar a oferta de uma educação de qualidade.
A universalização do acesso ao ensino fundamental e a conclusão dessa etapa na idade
recomendada são os objetivos da Meta 2 do PNE. O prazo para o cumprimento desses
objetivos estende-se até 2024, último ano de vigência do atual Plano. Em relação ao EF, o atual
PNE destaca, então, mais do que apenas o acesso à escola da população-alvo – 6 a 14 anos –,
mas também o acesso e a conclusão dessa etapa na idade recomendada. Para o
monitoramento dos dois objetivos centrais dessa meta, foram considerados os seguintes
indicadores:
- Indicador 2A: Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola
- Indicador 2B: Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o ensino
fundamental concluído
Em Santo Antônio do Monte, o Ensino Fundamental, além de obrigatório de acordo
com os preceitos legais, tem sido tratado como direito básico de cidadania. Sempre se
evidencia um alto investimento da administração pública municipal nessa etapa de ensino,
visando a uma oferta de educação de qualidade para os alunos atendidos.
22
Para que essa meta seja alcançada foram propostas 13 (treze) estratégias a ela
correlatas.
A secretaria municipal de educação, sempre que solicitada, participa das consultas
públicas nacionais referentes aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
para os alunos do ensino fundamental. E já está atenta aos passos para implementação da
base nacional comum curricular.
Sabedores que a recuperação da aprendizagem constitui mecanismo colocado à
disposição da escola e dos professores para garantir a superação de dificuldades específicas
encontradas pelo aluno durante o seu percurso escolar e ocorre de forma contínua e paralela,
ao longo do ano letivo, no período de 2011 a 2016, os estabelecimentos da rede municipal
contaram com a presença do professor recuperador ofertando acompanhamento
individualizado dos alunos do ensino fundamental aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino
fundamental.
Para garantir o acesso e permanência dos alunos nas escolas a frequência escolar é
controlada diariamente, como também, é realizada com responsabilidade no sistema do Bolsa
Família. Todos os anos o cadastramento escolar é realizado possibilitando analisar a demanda
para as escolas. Contamos com o apoio do Conselho Escolar para identificar possíveis alunos
que não estão frequentes em alguma escola.
A participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares
dos filhos é facilitada pela realização de reuniões entre pais, professores, setor pedagógico e
direção das escolas. É garantida a sua representação nos conselhos escolares, buscando suas
ideias para melhoria da educação.
As escolas estão equipadas com computador interativo e televisão em cada sala,
possibilitando aulas dinâmicas e atrativas despertando o interesse dos discentes para as aulas.
As escolas também contam com laboratórios de informática, porém, com a dificuldade de
assistência técnica e manutenção nem sempre estão sendo utilizados.
Pensando na ampliação do atendimento e garantir melhor acesso a essa etapa da
educação básica aos alunos de bairros distantes a outras escolas, está em andamento o
processo para reinício da construção de uma escola de ensino fundamental no bairro Planalto.
Informações relevantes sobre a execução do indicador no período
Com base nos dados coletados pela Secretaria Municipal de Educação, bem como
naqueles obtidos no Censo Escolar de 2016, o cenário do Ensino Fundamental do Município,
nos últimos anos, apresenta-se conforme dados dos gráficos seguintes:
23
GRÁFICO 11 Percentual da
população de 0 a 14 anos de idade
que frequenta a escola – Santo
Antônio do Monte – 2010
Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 12 Percentual de
pessoas de 16 anos com pelo
menos o Ensino Fundamental
concluído – Santo Antônio do
Monte – 2010 Fonte:
simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 13
Matrículas no Ensino
Fundamental – Santo
Antônio do Monte –
2010 a 2016 Fonte: QEdu.org.br
2227 2032 1948 1884 1891 1849 1908
1605 1642 1713 1855 1849
1716 1577
3832 3674 3661 3739 3740 3565 3485
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Anos Iniciais Anos Finais Total
94,5%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2010
95% 73,8%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2010
24
GRÁFICO 14 Número
de alunos do Ensino
Fundamental, por
rede e total – Santo
Antônio do Monte –
2007 a 2016 Fonte: Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas
Educacionais | QEdu.org.br
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
GRÁFICO 15 Percentual de
matrículas nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental,
por sexo – Santo Antônio
do Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 16 Percentual de
matrículas nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental, por
localização – Santo Antônio
do Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
3.8
41
3.8
34
3.9
06
3.8
32
3.6
74
3.6
61
3.7
39
3.7
40
3.5
65
3.4
85
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR TOTAL
49%
51%
52% 52% 52%
51%
49%
48% 48% 48%
46%
47%
48%
49%
50%
51%
52%
53%
2012 2013 2014 2015 2016
Feminino Masculino
89% 89% 88% 90% 91%
11% 11% 12% 10% 9%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Urbano Rural
25
GRÁFICO 17 Percentual de
matrículas nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, por
raça/cor – Santo Antônio do
Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 18 Taxas de
rendimento escolar nos anos
iniciais do ensino
fundamental – Santo Antônio
do Monte – 2007 a 2015
Fonte: MEC/INEP/DTDIE, disponível
em www.todospelaeducacao.org.br
GRÁFICO 19 Proporção de
alunos com atraso de dois
anos ou mais nos anos iniciais
do ensino fundamental –
Santo Antônio do Monte –
2015
Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP
95% 94% 95% 95% 96%
5% 6% 5% 5% 4%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Brancos Negros
91,9% 94,1% 96,7% 98,9% 99,8% 98,9% 99,3% 99,8% 100%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO
2,5%
0,3% 0,5%
1,3%
4,8%
6,1%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
Total 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
26
GRÁFICO 20 Taxa de
distorção idade-série nos
anos iniciais do ensino
fundamental – Santo
Antônio do Monte – 2006 a
2014 Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
GRÁFICO 21 Percentual de
matrículas nos Anos Finais do
Ensino Fundamental, por sexo –
Santo Antônio do Monte – 2012 a
2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 22 Percentual de
matrículas nos Anos Finais do
Ensino Fundamental, por
localização – Santo Antônio do
Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
13,2 14,1
13,4 14
11,7 11
8,2
6,4
4
0
2,6 2,4 3
3,4
0 0
2
4
6
8
10
12
14
16
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Pública Privada
49%
48%
49%
48%
50%
51%
52%
51%
52%
50%
46%
47%
48%
49%
50%
51%
52%
53%
2012 2013 2014 2015 2016
Feminino Masculino
98% 98% 98% 98% 98%
2% 2% 2% 2% 2%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Urbano Rural
27
GRÁFICO 23 Percentual de
matrículas nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental, por
raça/cor – Santo Antônio do
Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 24 Taxas de
rendimento escolar nos anos
finais do ensino fundamental
– Santo Antônio do Monte –
2007 a 2015 Fonte: MEC/INEP/DTDIE, disponível
em www.todospelaeducacao.org.br
GRÁFICO 25 Proporção de
alunos com atraso de dois
anos ou mais nos anos finais
do ensino fundamental –
Santo Antônio do Monte –
2015 Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP
96% 95% 95% 92% 93%
4% 5% 5% 8% 7%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Brancos Negros
77,8% 79,2% 82% 86,2% 87,9% 90,7% 93,2% 91,4% 93,1%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO
15,4%
12,3%
15,2% 16,5%
17,2%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
20,0%
Total 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
28
GRÁFICO 26 Taxa de
distorção idade-série nos
anos finais do ensino
fundamental – Santo
Antônio do Monte – 2006
a 2014 Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP
De acordo com o Censo Escolar de 2016, o Município atendeu a 3.485 (três mil,
quatrocentos e oitenta e cinco) alunos, e segundo dados do IBGE/Censo Populacional e
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - 2013 -, o percentual da população de 6
(seis) a 14 (quatorze) anos que frequenta a escola de Ensino Fundamental é da ordem de
97,7% (noventa e sete vírgula sete pontos percentuais). Já o percentual de pessoas de 16
(dezesseis) anos com o Ensino Fundamental concluído é da ordem de 66,9% (sessenta e seis
vírgula nove por cento).
Quando comparados os percentuais de acesso das populações residentes em áreas
urbanas e das residentes em áreas rurais, verifica-se manutenção da desigualdade de acesso
entre esses grupos (Gráficos 16 e 21). O acesso para os moradores das áreas urbanas continua
maior. Nos anos inicias do ensino fundamental o acesso que já era bem reduzido na áreas
rurais, diminuiu ainda mais no período de 2012 a 2016 e nos anos finais, no mesmo período,
manteve em 2% (dois por cento).
Pontuamos que o atendimento nas áreas rurais no município de Santo Antônio do
Monte é de valor elevado, uma vez que a área da unidade territorial, em 2015 (dados do IBGE),
encontrava-se em 1.125,780km². Portanto, para atender toda a área o investimento em
combustível, em pessoal, em veículos é muito elevado. Outra situação é a redução de números
de alunos da área rural.
Tendo em conta o relatado no parágrafo anterior e, tendo em mente, a oferta de um
ensino com melhor qualidade, sem turmas multisseriadas, o município vem fazendo a opção
de transportar os poucos alunos da área rural até a área urbana.
A diferença percentual entre o acesso das pessoas do sexo masculino e feminino ao
Ensino Fundamental é bem reduzida. Enquanto nos anos inicias atinge 4% (quatro por cento)
no período de 2014 a 2016, nos anos finais, no ano de 2016 foi idêntico o percentual de
matrículas por sexo.
26 24,2
26,3 28,9
26,9 24,1
22,4
19,3 17
1,1
4,4 4,2 4,9 2,9 2,7 2,4 3,1 3
0
5
10
15
20
25
30
35
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Pública Privada
29
Em relação à raça/cor, considerando as categorias negra e branca, a desigualdade
existente é enorme (Gráficos 17 e 22), o que demonstra necessidade de buscar a redução
desses valores entre os dois grupos.
Entretanto, apesar dos aspectos positivos em relação à universalização da oferta de
vagas, os problemas evidenciados no Ensino Fundamental em Santo Antônio do Monte não
fogem à regra daqueles encontrados nos demais municípios brasileiros, quais sejam: o baixo
desempenho dos alunos em relação ao domínio das habilidades básicas: leitura e escrita;
raciocínio lógico-matemático; defasagem idade/ escolaridade; o alto índice de reprovação, de
evasão e de abandono dos estudos.
Ao final de um ano letivo, os alunos podem ser aprovados, reprovados ou abandonar
os estudos. A soma da quantidade de alunos que se encontram em cada um destas situações
constitui a taxa de rendimento:
Aprovação + Reprovação + Abandono = 100%
De acordo com o Censo Escolar, no período de 2007 a 2015, a taxa de rendimento
escolar do Ensino Fundamental de Santo Antônio do Monte é apresentada nos gráficos 18
(dezoito) e 23 (vinte e três).
A compreensão das taxas de rendimento escolar é importante porque se relacionam
diretamente a outros dois conceitos – à “evasão escolar” e à “distorção idade-série”.
A criança deve ingressar no primeiro ano do Ensino Fundamental aos 6 (seis) de idade,
permanecendo na escola até o nono ano, com a expectativa de que conclua os estudos nessa
modalidade até os 14 (quatorze) anos de idade.
Quando o aluno reprova ou abandona os estudos por dois anos ou mais, durante a
trajetória de escolarização, ele acaba repetindo uma mesma série. Nessa situação, ele dá
continuidade aos estudos, mas com defasagem em relação à idade considerada adequada para
cada ano de estudo, de acordo com o que propõe a legislação educacional do país. Trata-se de
um aluno que será contabilizado na situação de distorção idade-série.
O abandono escolar diz respeito à situação do aluno que abandou a escola ou
reprovou em determinado ano letivo e que, no ano seguinte, não efetuou a matrícula para dar
continuidade aos estudos. Nesse contexto, a evasão, o abandono e a reprovação podem gerar
outro desafio para a instituição escolar: maximizar as taxas de distorção idade-série.
Em Santo Antônio do Monte, de acordo com o Censo Escolar de 2015, a taxa de distorção
idade/série, do Ensino Fundamental das Redes Públicas e Privadas foi a seguinte:
a) nos anos iniciais (1º ao 5º ano): 2,5% (dois vírgula cinco por cento), ou seja, de cada
100 (cem) alunos), aproximadamente 2,5% (dois vírgula cinco por cento)
apresentavam atraso escolar de dois anos ou mais;
b) nos anos finais (6º ao 9º ano): 15,4%(quinze vírgula quatro por cento), ou seja, de cada
100 (cem) alunos, aproximadamente 15,4%(quinze vírgula quatro por cento)
apresentavam atraso escolar de dois anos ou mais.
Conforme previsão do PDME: 2006-2015, o Ensino Fundamental deveria atingir sua
universalização, considerando a indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade de
30
ensino, até a sua conclusão. Os dados acima registrados deixam entrever as seguintes
considerações:
1) O Ensino Fundamental encontra-se, praticamente, concentrado nas redes públicas –
Municipal e Estadual – com um número de matrícula bem distribuído entre ambas
(Gráfico 14), acrescentada pela matrícula da Rede Privada, demonstrando que a
universalização está praticamente atingida nessa etapa da Educação Básica.
2) Os gráficos 18(dezoito) e 23(vinte e três), relativos ao rendimento escolar, evidencia,
no ano de 2015, por um lado, uma taxa de aprovação ideal nos anos iniciais 100% (cem
por cento), e nos anos finais uma taxa bastante significativa 93,1% (noventa e três
vírgula um pontos percentuais) do Ensino Fundamental. Entretanto, por outro lado,
demonstra taxa preocupante de abandono 3% (três pontos percentuais) nos anos
finais do Ensino Fundamental.
Verifica-se que o índice constatado de 3% (três pontos percentuais) é bastante
significativo, quando se sabe que a qualidade de ensino não se mede pela matrícula,
mas pela permanência, com sucesso, do aluno na escola.
3) Quanto à distorção idade-série, a taxa é bastante crítica, sobretudo nos anos finais do
Ensino Fundamental, quando a taxa total de distorção é de 17,2% (dezessete vírgula
dois pontos percentuais), demonstrando que, nessa etapa do Ensino Fundamental, o
aluno não está aprendendo o conteúdo condizente; ou o que está sendo ministrado
não corresponde, exatamente, ao conteúdo que deveria estar sendo trabalhado.
(Gráficos 19 e 24).
4) Os indicadores listados não são passíveis de acompanhamento anual, uma vez que, o
município não conta com um banco de dados atualizado sobre a evolução da
população local.
META 3 – ENSINO MÉDIO
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a
17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de
matrículas no Ensino Médio para 85%.
A consolidação do Estado democrático, as novas tecnologias e as mudanças na
produção de bens e conhecimentos exigem que a escola possibilite meios de integração dos
alunos ao mundo contemporâneo, nas dimensões fundamentais do trabalho e da cidadania.
Em razão disso, o Ensino Médio – base para o acesso às atividades produtivas, inclusive
para o prosseguimento nos níveis mais elevados de educação – passa a ser considerado parte
importante da formação que todo brasileiro, jovem e adulto, deve ter para viver com mais
segurança e cidadania.
Nesse contexto, a LDB n° 9394/96 amplia o conceito de Educação Básica, considerando
o Ensino Médio como uma de suas etapas devendo, portanto, ser universalizado, a fim de se
promover a democratização escolar e ofertando uma nova proposta que possa desenvolver
competências teóricas e práticas, para a inserção dos jovens no mundo do trabalho, de forma
31
articulada entre saberes, experiências e atividades, superando a mera concepção conteudista
que tem caracterizado esta etapa de ensino.
Desse modo, a concepção de Ensino Médio, preconizada pela atual legislação
brasileira, não se encerra na ampliação de vagas, mas exige a qualidade, imprescindível ao
desenvolvimento das pessoas, da sociedade e do País, e pressupõe, além da organização de
uma nova proposta curricular, espaços físicos adequados, acervos bibliográficos atualizados,
laboratórios equipados, materiais didáticos diversificados e, principalmente, professores
habilitados e motivados, por meio da valorização profissional e da formação continuada.
Nessa direção, o Ensino Médio deve ter como horizonte orientar ações educativas que
tomem a realidade da escola e do jovem como referências para propor formas de organização
do currículo e que, ao considerar o trabalho em sua dupla dimensão, de práxis humana e de
prática produtiva, permita estabelecer relações mais imediatas com a realidade do mercado
visando, sobretudo, atender àqueles que precisam desenvolver competências laborais para
assegurar sua permanência na escola e sua sobrevivência social.
O Ensino Médio, assim concebido, tem como objetivo educar o jovem para participar,
política e produtivamente, da realidade social onde está inserido, por meio do compromisso
com a sua formação plena, ao lado de sua informação atualizada e aliada ao desenvolvimento
de suas competências.
Entretanto, é preciso observar que, embora a Lei n° 9394/96 permita a oferta do
Ensino Médio com terminalidade profissional, ou seja, de cursos técnicos integrados à
formação geral, nos últimos anos, a legislação vem exigindo a separação institucional dos
cursos profissionalizantes, o que pode reforçar o caráter dualista desta etapa da Educação
Básica. Entretanto, tal tendência está sendo revista.
Assim, observa-se que o Ensino Médio passa a ter um importante papel a
desempenhar, tanto nas cidades desenvolvidas, quanto nas que lutam para superar o
subdesenvolvimento. Consequentemente, em Santo Antônio do Monte, como em qualquer
outro município, a expansão do Ensino Médio – fator de formação para a cidadania e de
qualificação profissional – é um grande desafio.
Para o acompanhamento da Meta 3, nesse primeiro ciclo de monitoramento foram
selecionados dois indicadores:
- Indicador 3A. Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola
- Indicador 3B. Taxa líquida de matrícula no ensino médio
Para que essa meta seja alcançada foram propostas 13 (treze) estratégias a ela
correlatas. Cabe destacar, porém, que essa etapa da educação básica é ofertada no
município de Santo Antônio do Monte pelo Estado de Minas Gerais e pela rede privada. O
município poderá apoiar as decisões estaduais, mas não há como desenvolver as
estratégias.
Os dados referentes ao Ensino Médio de Santo Antônio do Monte, nos últimos anos,
evidenciam-se nos seguintes gráficos e análises:
32
GRÁFICO 27 Percentual da população de 15
a 17 anos que frequentam a escola – Santo
Antônio do Monte – 2010
Fonte: simec.mec.gov.br/pde
GRÁFICO 28 Taxa de escolarização líquida
no ensino médio da população de 15 a 17
anos – Santo Antônio do Monte – 2010
Fonte: simec.mec.gov.br/pde
GRÁFICO 29 Matrículas no
ensino médio – Santo
Antônio do Monte – 2010 a
2016 Fonte: www.QEdu.org.br
GRÁFICO 30 Matrícula no
ensino médio e percentual
de atendimento por
dependência
administrativa – Santo
Antônio do Monte – 2016 Fonte: portal.inep.gov.br /básica-
censo-escolar-sinopse-sinopse
100% 77%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2015
85% 47%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
Meta Situação 2010
793 844 820 756 798 829
1002
33 28 19 39 33 29 30
826 872 839 795 831 858
1032
0
200
400
600
800
1000
1200
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estadual Privada Total
1.002
30
97%
3% 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0
200
400
600
800
1.000
1.200
ESTADUAL PRIVADA
MATRÍCULAS % DE ATENDIMENTO
33
GRÁFICO 31 Matrícula no
ensino médio, nos
diferentes turnos – Santo
Antônio do Monte – 2015 Fonte: Censo Escolar/INEP
2015/QEdu.org.br
GRÁFICO 32
Rendimento escolar
do ensino médio –
Santo Antônio do
Monte – 2015 Fonte: Censo Escolar/INEP
2015/QEdu.org.br
GRÁFICO 33 Taxa de
distorção idade-série
de alunos do Ensino
Médio, por rede –
Santo Antônio do
Monte – 2006 a 2015 Fonte: MEC/Inep/Deed/ Censo Escolar/Todos Pela Educação
96,9%
0% 3,1% 0% 0% 0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
MATUTINO VESPERTINO NOTURNO
REDE PÚBLICA REDE PRIVADA
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Reprovação Abandono Aprovação
1º ano 2º ano 3º ano
27,8
23,5
20,2 20,9
23,6 21,8
19,9
22,6 23,6
16,4
28,9
24,3
20,4 21,5
24,5
22 20,1
23,1 24,6
16,8
4,7
7,3
13,8
6,5
3
14,3
10,5 12,8
6,9
0
5
10
15
20
25
30
35
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Todas as redes Pública Privada
34
GRÁFICO 34 Proporção
de Alunos do Ensino
Médio com Atraso
Escolar de 2 (dois) anos
ou mais – Santo Antônio
do Monte - 2015 Fonte: Censo Escolar/INEP
2015/QEdu.org.br
GRÁFICO 35
Percentual de
matrículas no Ensino
Médio, por sexo –
Santo Antônio do
Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 36 Percentual de
matrículas no Ensino
Médio, por cor/raça –
Santo Antônio do Monte –
2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas
Observando-se os dados referentes ao Ensino Médio de Santo Antônio do Monte,
constata-se:
1) o atendimento do Ensino Médio Público tem sido da ordem de 97% (noventa e sete
cento),enquanto o da Rede Privada atinge 3% (três por cento) da população de 15
(quinze) a 17 (dezessete) anos(Gráfico 30). Segundo o Observatório do PNE, do total
14%
16%
11%
16%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
1º ano 2º ano 3º ano TOTAL
58% 62% 62%
58% 57%
42% 38% 38%
42% 43%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
2012 2013 2014 2015 2016
Feminino Masculino
97% 97% 97% 94% 93%
3% 3% 3% 6% 7%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Brancos Negros
35
de alunos atendidos em 2015, na rede pública, a maioria se encontra matriculada no
turno matutino, 96,9% (noventa e seis vírgula nove por cento) e na rede privada o
atendimento é de 100% (cem por cento) nesse turno (Gráfico 31);
2) o gráfico 32 retrata o Rendimento Escolar do Ensino Médio e demonstra que dos 837
(oitocentos e trinta e sete) alunos matriculados em 2015, 2,9 % (dois vírgula nove por
cento) afastaram de seus estudos por abandono, 3,4% (três vírgula quatro por cento)
foram reprovados e 93,6% (noventa e três vírgula seis por cento) foram aprovados.
Causas externas ao sistema educacional contribuem para que adolescentes e jovens se
percam pelos caminhos da escolarização, agravadas por dificuldades da própria
organização da escola e do processo ensino-aprendizagem. Os números de abandono
e repetência ainda são bastante desfavoráveis, aumentando a distorção idade-série. A
situação indica a necessidade de definir estratégias pedagógicas para conter o avanço
do abandono e da reprovação escolar;
3) a taxa de distorção idade-série é mais crítica do que a do Ensino Fundamental, apesar
de vir decaindo no período de 2006 a 2015, atingindo 16% (dezesseis por cento) no
total desta etapa da Educação Básica, no ano de 2015 (Gráfico 33). Isso demonstra
que, no Ensino Médio, de cada 100 (cem) alunos matriculados, aproximadamente, 16
(dezesseis) se apresentam com atraso escolar de 2 (dois) anos ou mais (Gráfico 34);
O acesso à escola constitui um direito social que é vivenciado de formas distintas pelos
diversos grupos que compõem a sociedade brasileira. Com a finalidade de apontar as
desigualdades de oportunidade que caracterizam os sujeitos de 15 a 17 anos, é importante
monitorar o indicador a partir das desagregações por sexo, local de residência, renda e
raça/cor. Nessa direção, o Gráfico 35 apresenta o percentual de matrículas de 15 a 17 anos,
considerando o sexo. É possível observar que no período de 2013 a 2016 que o percentual
para o sexo feminino é superior ao do sexo masculino, demonstrando que os rapazes
demonstram mais interesse em trabalhar para se manter do que prosseguir seus estudos.
Para o monitoramento das desigualdades territoriais, é importante destacar que as
matrículas nessa etapa da educação básica estão 100% (cem por cento) concentradas na área
urbana. Porém, temos em funcionamento na área rural um segundo endereço de uma escola
urbana para atendimento aos alunos dos povoados próximos.
Quanto as desigualdade entre as categorias de raça/cor, o gráfico 36 deixa claro o
grande nível de desigualdade de acesso à escola. Há uma pequena evolução no percentual
entre os declarados negros de 4% (quatro por cento) no período de 2012 a 2016, porém a
distância entre os declarados brancos é identificada em 86% (oitenta e seis por cento).
META 4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA
Universalizar, para a população de 4 (quatro ) a 17 (dezessete ) anos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
36
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas
ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
O Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo, ao concordar
com a Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada em Jomtien, na Tailândia, em
1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em Salamanca, na Espanha em
1994, na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade.
A Declaração de Salamanca recomenda aos sistemas de ensino “adotar com força de lei ou
como política, o princípio da educação integrada que permita a matrícula de todas as crianças
em escolas comuns a menos que haja razões convincentes para o contrário”.
Nesse sentido, a Constituição Federal, no Art. 208, III, garante o direito das pessoas
com necessidades especiais receberem educação, preferencialmente, na rede regular de
ensino. Dessa forma, a legislação atual é prudente ao indicar como preferencial o atendimento
de todos os educandos na escola regular, ressalvando os casos de excepcionalidade em que as
necessidades do aluno exigem outras formas de atendimento. Entretanto, as políticas atuais
da Educação Inclusiva têm indicado várias formas de organização de atendimento. Dentre
essas, se destacam o atendimento em classes regulares, salas de recursos, sala especial,
itinerância, oficinas pedagógicas, guias/intérpretes.
As necessidades educacionais especiais – caracterizadas por dificuldades acentuadas
de aprendizagem ou limitação no processo de desenvolvimento, são compreendidas como
decorrência de:
deficiências mental, visual, auditiva, físico-motoras múltiplas;
transtornos Globais do Desenvolvimento;
superdotação/altas habilidades.
Em Santo Antônio do Monte, assim como no Brasil, ainda faltam dados precisos sobre
o número de pessoas com necessidades de Atendimento Educacional Especializado, bem como
sobre as formas e modalidades de atendimentos existentes. Para uma visão mais abrangente
da situação real e o fornecimento de dados precisos, faz- se necessária à organização de
pesquisa e/ou a realização de Censo Demográfico específico.
A Organização Mundial de Saúde estima que, aproximadamente, 10% (dez por cento)
da população possuem necessidades especiais. Se essa estimativa for aplicada em Santo
Antônio do Monte, temos cerca de 2.793 (dois mil, setecentas e três) pessoas com
necessidades especiais, sem se especificar o tipo de necessidade existente.
Para o monitoramento da meta 4, foram selecionados os seguintes indicadores:
– Indicador 4A: Percentual da população de 4 a 17 anos de idade com deficiência que
frequenta a escola.
Nos gráficos a seguir estão destacados os índices relativos à Educação
Especial/Inclusiva em Santo Antônio do Monte.
37
GRÁFICO 37 Percentual da população de
4 a 17 anos com deficiência que
frequenta a escola – Santo Antônio do
Monte – 2010 Fonte: CONVIVA
GRÁFICO 38 Percentual de matrículas
em classes comuns do Ensino Regular
e/ou EJA da Educação Básica de
alunos de 4 a 17 anos de idade com
deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação – Santo Antônio do
Monte – 2016
Fonte: observatoriodopne.org.br
GRÁFICO 39 Percentual de
matrículas de alunos com
deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação em
classes comuns – Santo Antônio
do Monte – 2007 a 2016 Fonte: observatoriodopne.org.br
GRÁFICO 40 Percentual de
matrículas de alunos com
deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou
superdotação em classes
comuns, por etapa de ensino –
Santo Antônio do Monte –
2007 a 2016
Fonte: observatoriodopne.org.br
100% 75,4%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2010
100% 58,3%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2016
53,2% 50%
36,6% 31,3% 32,8% 35,9%
40,2% 45%
53,3% 58,3%
46,8% 50%
63,4% 68,7% 67,2% 64,1%
59,8% 55%
46,7% 41,7%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Classes Comuns Classes Exclusivas
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ed. Infantil Anos Iniciais Anos Finais
Ensino Médio EJA
38
GRÁFICO 41 Percentual de
matrículas de alunos com
deficiência que frequentava a
escola, por localização - Santo
Antônio do Monte - 2012 a
2016 Fonte: Sinopses estatísticas
GRÁFICO 42 Percentual de
matrículas de alunos com
deficiência que frequentava a
escola, por sexo - Santo
Antônio do Monte - 2012 a
2016 Fonte: Sinopses estatísticas
GRÁFICO 43
Percentual de
matrículas de alunos
com deficiência que
frequentava a escola,
por raça/cor - Santo
Antônio do Monte -
2012 a 2016 Fonte: Sinopses estatísticas
GRÁFICO 44
Percentual de
matrículas de alunos com
deficiência, transtornos
globais do
desenvolvimento e altas
habilidades ou
superdotação que
recebem Atendimento
Educacional Especializado
– Santo Antônio do
Monte – 2009 a 2013 Fonte: observatoriodopne.org.br
96% 98% 96% 86%
92%
4% 2% 4% 14%
8%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2012 2013 2014 2015 2016
Urbano Rural
46% 45% 46% 42% 45%
54% 55% 54% 58% 55%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
2012 2013 2014 2015 2016
Feminino Masculino
39%
43%
42%
47%
54%
2%
3%
2%
1%
2%
8%
6%
8%
13%
13%
0%
0%
0%
1%
1%
51%
48%
48%
38%
30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
2012 2013 2014 2015 2016
Branca Preta Parda Amarela Não Declarada
0,007
0,16
0,256 0,233
0,326
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
2009 2010 2011 2012 2013
39
GRÁFICO 45 Percentual de matrículas de
alunos por tipo de deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação que
recebem Atendimento Educacional
Especializado – Santo Antônio do Monte
– 2009 a 2013 Fonte: observatoriodopne.org.br
ANO 2016
Ce
gue
ira
Bai
xa v
isão
Surd
ez
De
f. a
ud
itiv
a
Surd
o/c
egu
eira
De
f. in
tele
ctu
al
De
f. f
ísic
a
De
f. m
últ
ipla
Au
stim
o
TDI
Alt
as h
ab.
Classes
Comuns 0,9% 7,2% 6,3% 3,6% 0% 53,1% 11,7% 7,2% 6,3% 2,8% 0,9%
Classes
Exclusivas 0% 0,9% 0% 1,8% 0% 54,1% 22,1% 20,2% 0,9% 0% 0%
TOTAL 0,45% 4,05% 3,15% 2,7% 0% 53,6% 16,9% 13,7% 3,6% 1,4% 0,45%
TABELA I Porcentagem de alunos por tipo de Deficiência, Transtornos Globais do
Desenvolvimento e Altas Habilidades ou Superdotação - 2016 Fonte: INEP/Sinopse Estatística da Educação Básica 2016
GRÁFICO 46 Percentual de
matrículas de alunos por
tipo de deficiência,
transtornos globais do
desenvolvimento e altas
habilidades ou
superdotação atendidos
nas diferentes etapas da
educação básica – Santo
Antônio do Monte – 2016 Fonte: INEP/Sinopse Estatística da
Educação Básica 2016
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009 2010 2011 2012 2013
50% 44%
100% 100%
50% 56%
0% 0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
EducaçãoInfantil
Anos Iniciais doEF
Anos Finais doEF
Ensino Médio
Classes Comuns Escolas Exclusivas
40
GRÁFICO 47 Percentual de escolas com salas de recursos multifuncionais em uso– Santo Antônio do
Monte – 2009 a 2016 Fonte: Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação
GRÁFICO 48 Percentual de escolas com dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou
mobilidade reduzida – Santo Antônio do Monte – 2007 a 2014 Fonte: Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação
0,0%
7,1%
10,0
%
12,9
%
16,1
%
16,7
%
13,8
%
4,0%
0,0%
7,1%
10,0
%
9,7%
6,5%
6,7%
6,9%
2,0%
0,0%
0,0%
0,0%
3,2%
9,7%
10,0
%
6,9%
2,0%
0,0%
20,0%
40,0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Escolas com salas de recursos multifuncionais
Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso
Escolas com salas de recursos multifuncionais sem uso
8 11,5
11,5
21,4
23,3
35,5
35,5
40
0 0 0 0 0 16,7
16,7
25
5 10
10,5
15,8
21,1
36,8
36,8
38,9
25
25
25
50
50
75
75
75
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Ed. Básica Ed. Infantil Ens. Fundamental Ens. Médio
Ed. Profissional Ed. Especial EJA
41
GRÁFICO 49 Número de Docentes na Educação Especial em Classes Comuns - Ensino Regular e/ou
Educação de Jovens e Adultos (EJA), por Nível de Escolaridade e Formação Acadêmica – 2016 Fonte: INEP/Sinopse Estatística da Educação Básica 2016
ACESSIBILIDADE
Escolas com dependências acessíveis aos portadores de deficiência 39% 11
Escolas com sanitários acessíveis aos portadores de deficiência 39% 11
TABELA II –Porcentagem de escolas com dependências e sanitários acessíveis aos portadores de
deficiência. – 2015
Fonte Censo Escolar/INEP 2015 /Disponível em: QEdu.org.br
O atendimento a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação tem apresentado avanços
significativos. Percebe-se que no período de 2012 a 2016 houve acréscimo no número de
matrículas de 7% (sete por cento)
A ampliação e reforma dos prédios escolares de modo que funcionem com
infraestrutura adequada, atendendo as normas de acessibilidade arquitetônica,
urbanística, mobiliária e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação
vem sendo realizadas conforme a necessidade da demanda e recursos disponíveis.
As escolas públicas estaduais e municipais trabalham com o atendimento de pessoas
com de necessidades especiais, seja em sala de recursos, professor apoio, intérprete de libras,
entre outros. Temos, também, a Escola Especial Marcelo Cardoso de Oliveira da Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE que presta atendimento especializado, em classes
exclusivas.
Observando o gráfico 39, percebe-se que no período de 2007 a 2010 ocorreu queda no
percentual de matrículas, em classes comuns de alunos com deficiência, transtorno global do
0 9
108
8
44
1 0 0
20
40
60
80
100
120
ComLicenciatura
SemLicenciatura
Especialização Mestrado Doutorado
GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
Fundamental Médio ENSINO SUPERIOR
42
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Porém, se compararmos 2016 a 2011,
houve um aumento de 25,5 (vinte e cinco vírgula cinco) pontos percentuais no atendimento. O
gráfico 44 demonstra a evolução no atendimento educacional especializado que saltou de 07%
(zero vírgula sete por cento) em 2009 para 32,6% (trinta e dois vírgula seis por cento) em 2013.
Ao desagregar o indicador por localização de residência (Gráfico 41), verifica-se que o
percentual de acesso era de 92% (noventa e dois por cento) para os residentes na área urbana
e de 8% (oito por cento) para os residentes na área rural. A desagregação do indicador por
sexo revela que as crianças e os adolescentes com deficiência do sexo masculino
frequentavam a escola em maior proporção (55%) do que as do sexo feminino (45%), o que foi
observado no período de 2012 a 2016 (Gráfico 42).
Quanto às categorias de raça/cor coletadas pelo Censo Demográfico (Gráfico 43), nota-
se que os menores percentuais de atendimento eram para as categorias amarela e negra. Os
maiores percentuais de atendimento foram observados para as categorias branca e parda.
A especificação de atendimento por tipo de Deficiência, Transtorno Global do
Desenvolvimento ou Altas Habilidades/Superdotação encontra-se na tabela de número I. Do
total dos atendidos em 2016, ou seja, 156 (cento e cinquenta e seis), 0,45% (zero vírgula
quarenta e cinco por cento) apresenta-se com cegueira; 4,05% (quatro vírgula zero cinco por
cento) com baixa visão; 3,15% (três vírgula quinze por cento) com surdez; 2,7% (dois vírgula
sete por cento) com deficiência auditiva; 0% (zero por cento) com surdocegueira; 53,6%
(cinquenta e três vírgula seis por cento) com deficiência intelectual; 16,9% (dezesseis vírgula
nove por cento) com deficiência física; 13,7% (treze vírgula setes por cento) com deficiência
múltipla; 3,6% (três vírgula seis por cento) com autismo; 1,4% (um vírgula quatro por cento)
com transtorno desintegrativa da infância e 0,45% (zero vírgula quarenta e cinco por cento) de
altas habilidades/superdotação.
Em relação ao atendimento da Educação Inclusiva nas diferentes etapas da Educação
Básica, os índices apontados, pelo Censo Escolar de 2016, registrados no gráfico 46, são os que
se seguem:
a) Educação Infantil: 50% (cinquenta por cento) dos alunos atendidos nas Classes
Comuns e 50% (cinquenta por cento) dos alunos nas Escolas Exclusivas;
b) Ensino Fundamental Anos Iniciais: 44% (quarenta e quatro por cento) dos alunos
atendidos nas Classes Comuns e 56% (cinquenta e seis por cento) nas Escolas
Exclusivas;
c) Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio: 100% (cem por cento) dos alunos
atendidos nas Classes Comuns.
As condições de atendimento da demanda específica da Educação Inclusiva apresentam-se
com as evidências abaixo relacionadas:
1) 65,2% (sessenta e cinco vírgula dois por cento) das instituições não possuem
dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida. Os
espaços são restritos e contêm barreiras arquitetônicas, que não atendem às
necessidades dos educandos. As maiores queixas concentram-se na falta de
adaptações referentes às escadas e aos banheiros inadequados. O Censo Escolar
INEP/2015 indica que 39% (trinta e nove por cento) das escolas de Santo Antônio do
43
Monte possuem dependências acessíveis e mantêm sanitários adequados aos
educandos com deficiência;
2) cerca de 60% (sessenta por cento) são carentes de recursos didáticopedagógicos e,
principalmente, de materiais adaptados às diversas deficiências;
3) a única instituição que possuem recursos, equipamentos adequados e profissionais
especializados para atender, a contento, aos seus educandos é a APAE;
4) inexistência de registro de quadro demonstrativo do número de profissionais que
atuam nas diferentes instituições e que especifique, atuação, formação e qualificação
para o trabalho com os alunos com necessidades especiais;
5) número insuficiente de calçadas na cidade, adaptadas para a passagem dos
cadeirantes;
6) crescimento gradativo do número de matrículas de crianças com necessidades
educativas especiais nas escolas regulares.
Muitas providências ainda são necessárias para a garantia de um atendimento de
qualidade aos educandos com necessidades especiais. Ressalta-se, por exemplo, a garantia de
escolas inclusivas com a presença de profissionais especializados e de métodos adequados, as
necessárias adaptações curriculares, a especialização dos profissionais, a produção de livros e
materiais pedagógicos adequados, a adaptação arquitetônica das escolas, a melhoria da oferta
de transporte adaptado que possam atender aos alunos e demais cidadãos com necessidades
especiais, com a qualidade necessária.
Existem condições, recursos e materiais específicos para as deficiências que precisam
ser garantidos nas instituições, dependendo do seu tipo de atendimento tais como:
Para deficiência física: mobiliário: cadeiras de rodas, mesas e carteiras adaptadas;
material de apoio pedagógico: pranchas para escrita, presilhas para fixar papel na
carteira, suporte para lápis (favorecendo a preensão), presilha de braço, cobertura de
teclado.
Para deficiência auditiva: provisão de salas-ambiente adequadas ao treinamento
auditivo, de fala e de ritmo, etc., treinadores da fala, tablado, softwares educativos
específicos e materiais diversos com a Língua Brasileira de Sinais.
Para deficiência visual: máquina Braille, reglete, sorobã, bengala longa, livro falado,
softwares educativos em tipo ampliado, letra de tamanho ampliado, letras em relevo,
com texturas modificadas, materiais didáticos e de avaliação em tipo ampliado e em
relevo, prancha ou presilhas para prender o papel na carteira, lupas, computador com
sintetizador de voz e periféricos adaptados, recursos óticos e bolas de guizo.
O desafio ainda é grande e exige vontade política e grande investimento para
atendimento educacional especializado. Assim, para os próximos dez anos, o Município deve
voltar-se à expansão e à qualificação do seu atendimento em termos curriculares, à
disponibilização e à formação de profissionais, aos materiais e às metodologias especializadas,
além da adequação das instituições escolares às exigências de infraestruturas, de recursos e de
equipamentos dos prédios escolares.
44
META 5 – ALFABETIZAÇÃO
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino
Fundamental.
A alfabetização assume foco central da escolarização, como recurso para o
desenvolvimento da autonomia das pessoas para a busca de conhecimento mediado pela
língua escrita. A alfabetização, enquanto base para a aquisição de outros conhecimentos
escolares, concorre para a inserção das pessoas nos contextos letrados da atualidade como
elemento significativo para a formação da cidadania.
Os conceitos de alfabetização e letramento permeiam as discussões acadêmicas dos
últimos anos, as quais consolidaram a articulação entre ambos, considerando que, embora
distintos, são complementares e interdependentes no processo de aquisição da língua escrita.
Desse modo, compreende-se que o processo de apreensão do sistema alfabético deve ser
associado à compreensão dos significados e de seus usos sociais em diferentes contextos.
Resumidamente, alfabetização pode ser definida como a apropriação do sistema de
escrita, que pressupõe a compreensão do princípio alfabético, indispensável ao domínio da
leitura e da escrita. O letramento, por sua vez, é definido como prática e uso social da leitura e
da escrita em diferentes contextos. Educar, no sentido de alcançar tais objetivos de
alfabetização e letramento, visa garantir que as crianças possam vivenciar, desde cedo,
atividades que as levem a pensar sobre as características do nosso sistema de escrita, de forma
reflexiva, lúdica, inseridas em atividades de leitura e escrita de diferentes textos. A
decodificação do alfabeto é uma aprendizagem fundamental, mas, para que os indivíduos
possam ler e produzir textos com autonomia, é necessário que eles consolidem as
correspondências grafofônicas ao mesmo tempo que vivenciam diferentes situações de uso,
de aplicação da leitura e da produção de textos (Brasil. MEC, 2012).
Por sua vez, a alfabetização matemática pode ser conceituada como “o processo de
organização das vivências que a criança traz de suas atividades pré-escolares, de forma a levá-
la a construir um corpo de conhecimentos articulados que potencialize sua atuação na vida
cidadã”. (Brasil. Inep, 2012a, p. 23).
Mesmo com as discussões ainda evidentes e possíveis divergências a respeito dos
conceitos relativos aos processos de alfabetização e letramento, é possível afirmar, valendo-se
dos documentos que servem de referencial para o processo de ensino e aprendizagem no País,
que um indivíduo alfabetizado não domina apenas rudimentos da leitura e da escrita e/ou
alguns significados numéricos, mas demonstra fazer uso da língua escrita e dos conceitos
matemáticos em diferentes contextos (Brasil. Inep, 2012a).
Lançada em 2013 pelo Inep, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) é o primeiro
indicador nacional de alfabetização escolar produzido pelo governo brasileiro.
A avaliação, que representa um dos eixos de implementação do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), instituído em 2012 pelo Ministério da Educação (MEC),
passa a integrar o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2013.
Como parte da metodologia de desenvolvimento de avaliações em larga escala, o Inep
formula matrizes de referência para cada avaliação ou exame, propondo, justificando e
45
desdobrando o fenômeno a ser medido, a fim de orientar a construção dos instrumentos de
medição e, quando for o caso, a elaboração dos itens. Tecnicamente, o fenômeno medido por
um teste é denominado “construto”. No caso dos testes aplicados na ANA, esses construtos
são a alfabetização e o letramento.
As matrizes consistem em uma seleção de habilidades que devem refletir o construto
analisado, podendo, assim, oferecer informações sobre o fenômeno avaliado. Desse modo,
uma matriz de referência retrata uma opção por determinados saberes, o que não nega que
possam existir outros saberes ou informações significativas sobre o fenômeno. O recorte
torna-se necessário pelas características do instrumento de mensuração, que possui número
limitado de itens. Consequentemente, alguns conhecimentos/informações não são
selecionados para compor a matriz, mas certamente não poderão ser excluídos do processo de
ensino e aprendizagem.1
O Inep já realizou três edições da ANA. A edição-piloto ocorreu em 2013, com objetivo
de testar os instrumentos e construir a linha de base para análises posteriores. A segunda
edição realizou-se em 2014 e a terceira edição em 2016. Para compreender e analisar esses
resultados, é necessário considerar as escalas de proficiência, que serão apresentadas neste
texto sempre no início de cada análise.
PROFICIÊNCIA EM LEITURA Para compreender e analisar os resultados de 2014 é preciso tomar por referência a
escala de proficiência em Leitura, que se divide em quatros níveis progressivos e cumulativos.
QUADRO 2 Interpretação pedagógica da escala de Leitura na edição da ANA de 2014
Níveis Descrição
Nível 1 (até 425 pontos)
Neste nível, os estudantes provavelmente são capazes de: - Ler palavras com estrutura silábica canônica, não canônica e, ainda, que alternem
sílabas canônicas e não canônicas.
Nível 2 (maior que 425 até 525
pontos)
Além das habilidades descritas no nível anterior, os estudantes provavelmente são capazes de: - Localizar informações explícitas em textos curtos como piada, parlenda, poema,
quadrinho, fragmentos de narrativas e de curiosidade científica; em textos de maior extensão, quando a informação está localizada na primeira linha do texto;
- Reconhecer a finalidade de texto, como convite, cartaz, receita, bilhete, anúncio, com ou sem apoio de imagem;
- Identificar assunto de um cartaz apresentado em sua forma original e ainda em textos cujo assunto pode ser identificado no título ou na primeira linha;
- Inferir sentido em piada e em história em quadrinhos que articula linguagem verbal e não verbal.
Nível 3 (maior que 525 até 625
pontos)
Além das habilidades descritas nos níveis anteriores, os estudantes provavelmente são capazes de: - Localizar informação explícita em textos de maior extensão, como fragmento de
literatura infantil, lenda, cantiga folclórica e poema, quando a informação está localizada no meio ou ao final do texto;
- Identificar o referente de um pronome pessoal do caso reto em textos como tirinha e poema narrativo;
- Inferir relação de causa e consequência em textos exclusivamente verbais –piada,
fábula, fragmentos de textos de literatura infantil e texto de curiosidade científica –
com base na progressão textual; e em textos que articulam a linguagem verbal e
1 Este texto foi elaborado pela Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb/Inep).
46
não verbal – tirinha; sentido em história em quadrinhos que articula linguagem
verbal e não verbal com vocabulário específico de textos de divulgação científica ou que exige conhecimento intertextual de narrativas infantis; assunto de texto de extensão média de divulgação científica para crianças, com base nos elementos que aparecem no início do texto; significado de expressão de linguagem figurada em textos, como poema narrativo, fragmentos de literatura infantil, de curiosidade científica e tirinha.
Nível 4 (maior que 625 pontos)
Além das habilidades descritas nos níveis anteriores, os estudantes provavelmente são capazes de: - Reconhecer relação de tempo em texto verbal e participantes de um diálogo em
entrevista ficcional; - Identificar o referente de pronome possessivo em poema; o referente de advérbio
de lugar em reportagem; o referente de expressão formada por pronome demonstrativo em fragmento de texto de divulgação científica para o público infantil;
- Inferir sentido em fragmento de conto; sentido de palavra em fragmento de texto de literatura infantil; assunto em texto de extensão média ou longa, considerando elementos que aparecem ao longo do texto, em gêneros como divulgação científica, curiosidade histórica para criança e biografia.
Fonte: INEP/Daeb.
GRÁFICO 50 Porcentagem de
alunos do 3º ano do ensino
fundamental com proficiência
insuficiente em leitura (nível 1
da escala de proficiência) –
Santo Antônio do Monte – 2014
Fonte:
simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 51 Porcentagem de alunos do 3º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em
leitura – Santo Antônio do Monte – 2013 e 2014 Fonte: MEC/Inep/DAEB - Avaliação Nacional da Alfabetização
2,2%
9,7%
47,2
%
40,9
%
3,7%
13,8
%
48,7
%
33,9
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
2013
2014
TOTAL: 2013 = 97,8% / 2014 = 96,4%
Nível adequado de alfabetização segundo o MEC
0% 3,7%
0% 1% 2% 3% 4%
Meta Situação 2014
47
PROFICIÊNCIA EM ESCRITA
Para compreender e analisar os resultados de 2014, é preciso tomar por referência a
escala de proficiência em Escrita, que se divide em cinco níveis.
QUADRO 3 Interpretação pedagógica da escala de Escrita na edição da ANA de 2014
Níveis Descrição
Nível 1 (menor que 350 pontos)
Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente não as escrevem ou estabelecem algumas correspondências entre as letras grafadas e a pauta sonora, porém ainda não escrevem palavras alfabeticamente. Em relação à produção de textos, os estudantes provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis
Nível 2 (maior ou igual a 350 e menor que 450 pontos)
Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem alfabeticamente com trocas ou omissão de letras, alterações na ordem das letras e outros desvios ortográficos. Em relação à produção de textos, os estudantes provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis.
Nível 3 (maior ou igual a 450 e menor que 500 pontos)
Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem ortograficamente* com estrutura silábica consoante-vogal, apresentando alguns desvios ortográficos em palavras com estruturas silábicas mais complexas. Em relação à produção de textos, provavelmente escrevem de forma incipiente ou inadequada ao que foi proposto ou produzem fragmentos sem conectivos e/ou recursos de substituição lexical e/ou pontuação para estabelecer articulações entre partes do texto. Apresentam ainda grande quantidade de desvios ortográficos e de segmentação ao longo do texto.
Nível 4 (maior ou igual a 500 e menor que 600 pontos)
Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem ortograficamente* com diferentes estruturas silábicas. Em relação à produção de textos, provavelmente atendem à proposta de dar continuidade a uma narrativa, embora possam não contemplar todos os elementos da narrativa e/ou partes da história a ser contada. Articulam as partes do texto com a utilização de conectivos, recursos de substituição lexical e outros articuladores, mas ainda cometem desvios que comprometem parcialmente o sentido da narrativa, inclusive por não utilizar a pontuação ou utilizar os sinais de modo inadequado. Além disso, o texto pode apresentar alguns desvios ortográficos e de segmentação que não comprometem a compreensão.
Nível 5 (maior ou igual a 600
pontos)
Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem ortograficamente* com diferentes estruturas silábicas. Em relação à produção de textos, provavelmente atendem à proposta de dar continuidade a uma narrativa, evidenciando uma situação central e final. Articulam as partes do texto com conectivos, recursos de substituição lexical e outros articuladores textuais. Segmentam e escrevem as palavras corretamente, embora o texto possa apresentar alguns desvios ortográficos e de pontuação que não comprometem a compreensão.
*De acordo com a ortografia da norma padrão. Fonte: Inep/Daeb.
GRÁFICO 52 Porcentagem de alunos do 3º
ano do ensino fundamental com
proficiência insuficiente em escrita (níveis
1, 2 e 3 da escala de proficiência) – Santo
Antônio do Monte –2014 Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
0% 9,4%
0% 2% 4% 6% 8% 10%
Meta Situação 2014
48
GRÁFICO 53 Porcentagem de alunos do 3º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em
escrita – Santo Antônio do Monte – 2014 Fonte: MEC/Inep/DAEB - Avaliação Nacional da Alfabetização
Proficiência em Matemática Para compreender e analisar os resultados de 2014 é preciso tomar por referência a
escala de proficiência em Matemática, que se divide em quatros níveis progressivos e
cumulativos.
Quadro 4 Interpretação pedagógica da escala de Matemática na edição da ANA de 2014
Níveis Descrição
Nível 1 (até 425 pontos)
Neste nível, os estudantes provavelmente são capazes de: - Ler horas e minutos em relógio digital; medida em instrumento (termômetro, régua)
com valor procurado explícito; - Associar figura geométrica espacial ou plana a imagem de um objeto; contagem de
até 20 objetos dispostos em forma organizada ou desorganizada à sua representação por algarismos;
- Reconhecer planificação de figura geométrica espacial (paralelepípedo); - Identificar maior frequência em gráfico de colunas, ordenadas da maior para a
menor; - Comparar comprimento de imagens de objetos; quantidades pela contagem,
identificando a maior quantidade, em grupos de até 20 objetos organizados;
Nível 2 (maior que 425 até 525
pontos)
Além das habilidades descritas nos níveis anteriores, os estudantes provavelmente são capazes de: - Ler medida em instrumento (balança analógica) identificando o intervalo em que se
encontra a medida; - Associar a escrita por extenso de números naturais com até três ordens à sua
representação por algarismos;
TOTAL: 90,6%
Nível adequado de alfabetização segundo o MEC
0,3% 5,1% 4,1%
68,6%
22,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
49
- Reconhecer figura geométrica plana a partir de sua nomenclatura; valor monetário de cédulas ou de agrupamento de cédulas e moedas;
- Identificar registro de tempo em calendário; uma figura geométrica plana em uma composição com várias outras;
- Identificar frequência associada a uma categoria em gráfico de colunas ou de barras; - Identificar frequência associada a uma categoria em tabela simples ou de dupla
entrada (com o máximo de 3 linhas e 4 colunas, ou 4 linhas e 3 colunas); - Comparar quantidades pela contagem, identificando a maior quantidade, em grupos
de até 20 objetos desorganizados; quantidades pela contagem, identificando quantidades iguais; números naturais não ordenados com até três algarismos;
- Completar sequências numéricas crescentes de números naturais, de 2 em 2, de 5 em 5 ou de 10 em 10;
- Compor número de dois algarismos a partir de suas ordens; - Calcular adição (até 3 algarismos) ou subtração (até 2 algarismos) sem
reagrupamento; - Resolver problema com as ideias de acrescentar, retirar ou completar com números
até 20; problema com a ideia de metade, com dividendo até 10.
Nível 3 (maior que 525 até 575
pontos)
Além das habilidades descritas no nível anterior, o estudante provavelmente é capaz de: - Associar um agrupamento de cédulas e/ou moedas, com apoio de imagem ou dado
por meio de um texto, a outro com mesmo valor monetário; - Identificar frequências iguais em gráfico de colunas; identificar gráfico que
representa um conjunto de informações dadas em um texto; identificar frequência associada a uma categoria em tabela de dupla entrada (com mais de 4 colunas, ou mais de 4 linhas);
- Completar sequência numérica decrescente de números naturais não consecutivos; - Calcular adição de duas parcelas de até 3 algarismos com apenas um reagrupamento
(na unidade ou na dezena); subtração sem reagrupamento envolvendo pelo menos um valor com 3 algarismos;
- Resolver problema, com números naturais maiores do que 20, com a ideia de retirar; problema de divisão com ideia de repartir em partes iguais, com apoio de imagem, envolvendo algarismos até 20.
Nível 4 (maior que 575 pontos)
Além das habilidades descritas no nível anterior, o estudante provavelmente é capaz de: - Ler medida em instrumento (termômetro) com valor procurado não explícito; horas
e minutos em relógios analógicos, identificando marcações de 10, 30 e 45 minutos, além de horas exatas;
- Reconhecer decomposição canônica (mais usual) de números naturais com três algarismos; composição ou decomposição não canônica (pouco usual) aditiva de números naturais com até três algarismos;
- Identificar uma categoria associada a uma frequência específica em gráfico de barra; - Calcular adição de duas parcelas de até 3 algarismos com mais de um
reagrupamento (na unidade e na dezena); subtração de números naturais com até três algarismos com reagrupamento;
- Resolver problema, com números naturais de até três algarismos, com as ideias de comparar, não envolvendo reagrupamento; com números naturais de até três algarismos, com as ideias de comparar ou completar, envolvendo reagrupamento; de subtração como operação inversa da adição, com números naturais; de multiplicação com a ideia de adição de parcelas iguais, de dobro ou triplo, de combinação ou com a ideia de proporcionalidade, envolvendo fatores de 1 algarismo ou fatores de 1 e 2 algarismos; de divisão com ideia de repartir em partes iguais, de medida ou de proporcionalidade (terça e quarta parte), sem apoio de imagem, envolvendo números de até 2 algarismos.
Fonte: Inep/Daeb.
50
GRÁFICO 54 Porcentagem de
alunos do 3º ano do ensino
fundamental com proficiência
insuficiente em Matemática
(níveis 1 e 2 da escala de
proficiência) – Santo Antônio do
Monte –2014 Fonte:
simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 55 Porcentagem de alunos do 3º ano do Ensino Fundamental por nível de proficiência em
Matemática - Santo Antônio do Monte - 2013 e 2014
Fonte: MEC/Inep/DAEB - Avaliação Nacional da Alfabetização
Os resultados apresentados no Gráfico 55 explicitam que os desempenhos dos
estudantes em Matemática concentram-se nos nível 4, que congregaram, nos anos 2013 e
2014, respectivamente 59,17% (cinquenta e nove vírgula dezessete por cento) e 60,4%
(sessenta vírgula quatro por cento) dos estudantes.
2,4%
19,5
%
21,0
%
57,2
%
3,8
% 19
,4%
15,1
%
61,7
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
2013
2014
TOTAL: 2013 = 78,2% / 2014 = 76,8%
Nível adequado de alfabetização segundo o MEC
0% 23,2%
0% 5% 10% 15% 20% 25%
Meta Situação 2014
51
Comparando os resultados da ANA 2013 e ANA 2014 em Matemática é possível
verificar que houve uma redução de 1,4% (um vírgula quatro por cento) dos alunos
concentrado nos níveis considerados adequados para o MEC. Respectivamente, os resultados
foram 78,2% (setenta e oito vírgula dois por cento) e 76,8% (setenta e seis vírgula oito por
cento). Assim sendo, o desafio é urgente e indiscutível em melhorar o nível de proficiência
para 23,2% (vinte e três vírgula dois por cento) dos alunos.
Analisando os resultados da ANA 2013 e ANA 2014 em Leitura verificamos que houve
um aumento nos níveis considerados adequados para o MEC passando de 97,8% (noventa e
sete vírgula oito por cento) em 2013 para 98,4% (noventa e oito vírgula quatro por cento) em
2014. Isso demonstra que a maioria dos estudantes matriculados 3º ano do ensino
fundamental encontram-se acima do nível mais elementar de cada uma das escalas, o oque
significa que tem habilidades para trabalhar com diversos gêneros literários. Porém, se faz
necessário atentar para os 3,7% (três vírgula sete por cento) dos alunos que se encontram no
nível 1 (Gráfico 51).
Analisando os resultados da ANA 2014 em Escrita percebemos que 90,6% (noventa
vírgula seis por cento) dos alunos estão concentrados nos níveis considerados adequados para
o MEC, o que significa que conseguem dar continuidade a uma narrativa, ainda que possam
não contemplar todos os elementos da história a ser contada. No entanto, a atenção deve ser
voltada para os 9,4% (nove vírgula quatro por cento) dos alunos que se encontram com
proficiência insuficiente (Gráfico 53).
META 6 – EDUCAÇÃO INTEGRAL
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 30% das escolas públicas, de
forma a atender, pelo menos, 15% dos(as) alunos(as) da Educação Básica.
A Meta 6 do PNE visa à ampliação do tempo de permanência dos estudantes
matriculados nas escolas públicas, com o atendimento em tempo integral de pelo menos 15%
(quinze por cento) dos alunos da educação básica em, no mínimo, 30% (trinta por cento) das
escolas. Para o monitoramento da meta foram selecionados dois indicadores:
– Indicador 6A: Percentual de escolas públicas com alunos que permanecem ao menos
7h em atividades escolares.
- Indicador 6B: Percentual de alunos que permanecem ao menos 7h em atividades
escolares.
Alunos da educação básica matriculados em educação de tempo integral Indicador 6A – Percentual de escolas públicas com alunos que permanecem ao menos 7h em
atividades escolares.
GRÁFICO 56 Percentual de escolas públicas
com alunos que permanecem ao menos 7
horas em atividades escolares Fonte: simec.mec.gov.br/pde/ graficopne.php
30% 28,6%
20% 30%
Meta Situação 2016
52
Alunos da educação básica matriculados em educação de tempo integral Indicador 6B: Percentual de alunos que permanecem ao menos 7h em atividades escolares.
GRÁFICO 57 Percentual de alunos que
permanecem ao menos 7 horas em
atividades escolares
Fonte: Sinopses Estatísticas
No gráfico 58 constata-se que do total das matrículas da Educação Infantil de 0 (zero) a
5 (cinco) anos de idade apontado no Censo Escolar de 2016, ou seja, das 1.133 (um mil, cento
e trinta e três) crianças atendidas no Município, 50% (cinquenta por cento), ou seja, 566
(quinhentas e sessenta e seis) crianças estiveram frequentes no sistema de tempo integral.
Porém, há um decrescente no índice de atendimento desde o ano de 2013. Situação
preocupante para alcançar a meta de educação integral.
GRÁFICO 58 Porcentagem
de matrículas em tempo
integral na Educação
Infantil de 0 (zero) a 5
(cinco) anos de idade –
2011 a 2016
Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo
Escolar
No gráfico 59 é possível detectar que o número de matrículas em tempo integral, por
etapa de ensino, na creche, em sua totalidade há o atendimento no período em análise. A cada
etapa superior o atendimento vai decaindo, sendo que no ensino fundamental ocorreram
pouquíssimas matrículas e não havendo atendimento no ensino médio.
68,80% 69,60% 74,70%
71,80% 72,90%
50%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
2011 2012 2013 2014 2015 2016
25% 11,3%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
Meta Situação 2016
53
GRÁFICO 59 Porcentagem de matrículas em tempo integral em escolas públicas por etapa de ensino –
2012 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Sinopses Estatísticas da Educação Básica
Com base no número de horas-aula diária percebemos que a etapa da pré-escola está
próxima a alcançar o índice de 7 horas-aula. Porém, nas etapas superiores as variações são
negativas (Gráfico 60).
GRÁFICO 60 Média de horas-aula diária – 2010 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Sinopses Estatísticas da Educação Básica
100,0%
38,0%
1,3%
0,0%
0,0%
100,0%
48,2%
3,0%
6,0%
0,0%
100,0%
52,0%
60,0%
0,0%
0,0%
100,0%
51,3%
0,1%
0%
0%
100,0%
49,0%
11,0%
0,7%
0%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%
Cre
che
Pré
-Esc
ola
Ensi
no
Fun
dam
enta
lA
no
s In
icia
is
Ensi
no
Fun
dam
enta
lA
no
s Fi
nai
sEn
sin
o M
édio
2012 2013 2014 2015 2016
10,7
6,4
4,3
4,4
4,1
10,5
6,5
4,3
4,4
4,2
9,1
6,5
4,3
4,4
4,4
9,1
6,7
4,3
4,4
4,3
9,1
6,8
4,3
4,4
4,4
9,1
6,8
4,3
4,4
4,4
9,1
6,8
4,3
4,4
4,4
0
2
4
6
8
10
12
Creche Pré-Escola Ensino Fundamental – anos iniciais
Ensino Fundamental – anos finais
Ensino Médio
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
54
É importante salientar que o percentual de escolas públicas com alunos que
permanecem ao menos 7h em atividades escolares decaiu de 24,1% (2015) para 22,2% (2016).
O menos aconteceu com o percentual de alunos que permanecem ao menos 7h em atividades
escolares: 12% (2015) para 11% (2016).
Tendo por base o diagnóstico realizado, percebemos que o atendimento a educação
em tempo integral, propiciando aos alunos matriculados múltiplas oportunidades de
aprendizagem por meio ao acesso à cultura, à arte, ao esporte, à ciência e à tecnologia, vem
sendo ao longo do tempo, uma quimera para o município.
A infraestrutura dos prédios escolares não permite atendimento em contra turno ao
ensino regular. Temos também dois pontos a que vem dificultar esse atendimento: não contar
com profissionais capacitados para trabalhar com as múltiplas oportunidades de aprendizagem
e, o desinteresse dos alunos em participar do tempo integral.
META 7 – APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias para o
IDEB: 6,8 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,8 nos anos finais do ensino
fundamental; 5,2 no ensino médio.
A Meta 7 do PNE 2014-2024 preconiza o aumento do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) com o objetivo de atingir, em Santo Antônio do Monte, até 2021, as
seguintes médias nacionais: 6,8 para os anos iniciais do ensino fundamental; 5,8 para os anos
finais do ensino fundamental; e 5,2 para o ensino médio. O Ideb é um indicador sintético
criado em 2007 pelo Inep e constituído por duas dimensões da qualidade da educação: o fluxo
escolar (taxa de aprovação) e o desempenho (médias de proficiência) dos estudantes nos
testes padronizados de língua portuguesa e matemática do Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb).
Em 2007, com a instituição do Compromisso Todos pela Educação no Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE), e a edição do Decreto nº 6.094, que institui o Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educação, o MEC sinalizou às redes de ensino e às escolas
públicas o objetivo de melhorar a qualidade da educação básica, estabelecendo um sistema de
metas bienais do Ideb para o País, redes de ensino e escolas públicas, no período de 2007 a
2021.2
Para o monitoramento da Meta 7, este relatório explora os indicadores gerais da meta,
traçando a trajetória desses indicadores no período de 2007 a 2013:
– Indicador 7A: Média nacional do Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental.
– Indicador 7B: Média nacional do Ideb nos anos finais do ensino fundamental.
– Indicador 7C: Média nacional do Ideb no ensino médio.
2 In: Relatório do 1º ciclo de monitoramento das metas do PNE: biênio 2014-2016.
55
Com base nos dados coletados pela Secretaria Municipal de Educação, o cenário do
aprendizado adequado na idade certa é apresentado e analisado a seguir.
IDEB nos anos iniciais do ensino fundamental
Indicador 7A – Média do Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental
GRÁFICO 61 Média do IDEB nos anos
iniciais do ensino fundamental nas escolas
públicas – 2015. http://ideb.inep.gov.br
Dados referentes à trajetória do Ideb dos anos iniciais do Ensino Fundamental em
Santo Antônio do Monte indicam que houve um aumento desse indicador no período de 2005
a 2015, conforme apresentado no gráfico 62. Comparando-se com as metas estipuladas para o
período, verifica-se que a partir do ano de 2009, a média do Ideb dos anos iniciais esteve
acima das metas fixadas. O foco deve ser manter a situação para garantir mais alunos
aprendendo e com um fluxo escolar adequado.
GRÁFICO 62 Evolução do IDEB
nos anos iniciais do ensino
fundamental na rede pública –
2005 a 2015. Fonte: http://ideb.inep.gov.br
Na série histórica, tomando-se a rede pública de ensino e a quantidade de escolas que
alcançaram as metas do Ideb para os anos iniciais do Ensino Fundamental, verifica-se que, as
cinco escolas atingiram a
meta 2015 (Gráfico 63).
7 6,1
0 2 4 6 8
Situação 2015 Meta
4,9
4,3
6,2
7 6,7
7
4,9 5,2
5,6 5,9 6,1
6,4 6,6 6,8
0
1
2
3
4
5
6
7
8
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Iniciais Meta
1
5 5 5 5
3
0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
2
4
6
2007 2009 2011 2013 2015
Atingiu a meta Não atingiu a meta
Sem Nota/Sem Meta
56
GRÁFICO 63 Quantidade de escolas públicas que atingiram a meta do IDEB para os anos iniciais do
ensino fundamental – 2007 – 2015. http://ideb.inep.gov.br
A trajetória das duas dimensões constituintes do Ideb – a taxa de aprovação e o
desempenho (proficiência média) dos alunos na Prova Brasil – demonstrou que houve
evolução tanto da taxa de aprovação quanto da proficiência média dos estudantes no período
2007-2013, conforme apresentado nos gráficos 64 e 65.
GRÁFICO 64 Taxas de
rendimento nos anos
iniciais do ensino
fundamental (Em %) –
2005 a 2015 Fonte: MEC/Inep/DEEB -
Indicadores Educacionais
Os resultados da Avaliação Nacional da Educação Básica no mesmo período apontam
que, no período de 2007 a 2011, evoluíram positivamente, ocorrendo uma redução nos
resultados no ano de 2013, aumentando as médias de proficiência dos alunos do 5º ano do
Ensino Fundamental tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, no ano de 2015.
GRÁFICO 65 Níveis de
proficiência dos alunos do
5º ano do ensino
fundamental em Língua
Portuguesa e Matemática
Aneb – 2005 a 2015 Fonte: INEP. Organizado por
CONVIVA
Analisando os resultados da Avaliação Nacional da Educação Básica no período 2011 /
2015, para o 5º ano do Ensino Fundamental, percebemos que em 2013 houve uma queda no
aprendizado de Língua Portuguesa no percentual de 3% (três por cento), porém houve
aumento para 2015 de 12% (doze por cento). Em relação à Matemática, também houve
94,5 94,1 96,7 98,38 99,8 98,9 99,3 99,8 100
5,3 5,4 3,1 0,8 0 1 0,1 0,1 0
0,2 0,5 0,2 0,3 0,2 0,1 0,6 0,1 0 0
20
40
60
80
100
2005 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Aprovação Reprovação Abandono
197,2
154,43
218,82 227,16 226,99 240,28
210,2 185,54
245,32 256,83
243,76 247,86
0
50
100
150
200
250
300
2005 2007 2009 2011 2013 2015
Língua Portuguesa Matemática
57
redução na evolução do aprendizado em 2013 (11%) e aumento em 2015 de 5% (cinco por
cento). Os dados estão demonstrados nos gráficos 66 e 67.
GRÁFICO 66 Evolução do aprendizado no 5º ano do ensino fundamental em Língua Portuguesa – 2011
/ 2015. Fonte: qedu.org.br
GRÁFICO 67 Evolução do aprendizado no 5º ano do ensino fundamental em Matemática - 2011 /
2015. Fonte: qedu.org.br
72% 69%
81%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2011 2013 2015
76%
65% 70%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2011 2013 2015
58
Outra forma de verificar diferenças no desempenho e na aprendizagem é a análise da
distribuição dos alunos pelos níveis das escalas de proficiência de Língua Portuguesa e
Matemática do Saeb. Considerando os resultados da Aneb 2015, os gráficos 68 e 69
apresentam a distribuição dos alunos do 5º ano do EF pelos níveis da escala de proficiência de
Língua Portuguesa e de Matemática.
GRÁFICO 68 Distribuição dos
alunos no 5º ano do ensino
fundamental por nível de
proficiência em Língua
Portuguesa - 2011 / 2015. Fonte: qedu.org.br
GRÁFICO 69 Distribuição
dos alunos no 5º ano do
ensino fundamental por
nível de proficiência em
Matemática - 2011 /
2015. Fonte: qedu.org.br
A análise da distribuição dos alunos do 5º ano do ensino fundamental pelas escalas de
proficiência de Língua Portuguesa e Matemática indica que há um quantitativo considerável de
alunos posicionados nos níveis mais baixos das escalas (básico e insuficiente). Assim, do ponto
de vista pedagógico, esses dados evidenciam que a aprendizagem é heterogênea entre os
estudantes do 5º ano nas duas áreas avaliadas e demonstra a necessidade de recuperação de
conteúdos, sugerindo atividades de reforço para os alunos que precisam melhorar.
33%
39%
23%
5%
72%
33%
36%
24%
7%
69%
45%
36%
15%
4%
81%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média
2011 2013 2015
34%
42%
21%
3%
76%
25%
40%
27%
8%
65%
24%
46%
22%
8%
70%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média
2011 2013 2015
59
Para diagnosticar os níveis de aprendizado em que se encontram os alunos, é preciso
analisar pedagogicamente esses resultados com base nas habilidades descritas nos níveis das
escalas de proficiência, à luz das expectativas quanto ao desenvolvimento alcançado pelos
estudantes no 5º ano.
Ideb nos anos finais do ensino fundamental
Indicador 7B: Média do Ideb nos anos finais do ensino fundamental
GRÁFICO 70 Média do IDEB nos anos finais
do ensino fundamental nas escolas públicas
– 2015. http://ideb.inep.gov.br
A trajetória do Ideb dos anos finais do ensino fundamental em Santo Antônio do
Monte evidencia um aumento no indicador, na série histórica analisada, permanecendo em
todo o período acima da meta estabelecida, conforme indica o gráfico 71. Em relação à
aprovação percebe-se elevação
contínua em seu índice, conforme
gráfico 72.
GRÁFICO 71 Evolução do IDEB nos
anos finais do ensino fundamental na
rede pública – 2005 a 2015. http://ideb.inep.gov.br
GRÁFICO 72 Taxas de
rendimento nos anos finais do
ensino fundamental (Em %) –
2005 a 2015 Fonte: MEC/Inep/DEEB - Indicadores
Educacionais
5,2
5
0 2 4 6
1
Situação 2015 Meta
3,8 3,9 4,6 4,8 5 5,2
3,8 4 4,3 4,7 5 5,3 5,5 5,8
0
1
2
3
4
5
6
7
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Finais Meta
78,2 79,2 82 86,2 87,7 90,7 93,2 91,4 93,1
12,3 17 13,7
8,6 8,9 5,4 3,1 4,6 3,9
9,5 3,8 4,3 5,2 3,2 3,9 3,7 4 3
0
20
40
60
80
100
2005 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Aprovação Reprovação Abandono
60
A comparação dos desempenhos dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em
Língua Portuguesa e em Matemática na Aneb sinaliza uma tendência à melhoria da
proficiência média dos alunos nas duas áreas, no ano de 2015, após uma decaída nos anos de
2011 e 2013 (Gráfico 73).
GRÁFICO 73 Níveis de
proficiência dos alunos do 9º
ano do ensino fundamental
em Língua Portuguesa e
Matemática Aneb – 2007 a
2015 Fonte: qedu.org.br
Os resultados da
Avaliação Nacional da
Educação Básica no
período 2011 / 2015, para o 9º ano do Ensino Fundamental, demonstram evolução no
aprendizado dos alunos em Língua Portuguesa (Gráfico 74). Porém, em Matemática a situação
é contrária, evidenciando perecimento em cada avaliação (Gráfico 75).
GRÁFICO 74 Evolução do aprendizado no 9º ano do ensino fundamental em Língua Portuguesa – 2011
/ 2015. Fonte: Qedu.org.br
38% 40%
47%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
2011 2013 2015
+2%
+7%
244,30
267,06
260,29 255,68
266,52 257,93
275,01 272,02
266,72 267,45
225,00
230,00
235,00
240,00
245,00
250,00
255,00
260,00
265,00
270,00
275,00
280,00
2007 2009 2011 2013 2015
Língua Portuguesa Matemática
61
GRÁFICO 75 Evolução do aprendizado no 9º ano do ensino fundamental em Matemática – 2011 /
2015. Fonte: Qedu.org.br
Analisando a distribuição dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental pelos níveis das
escalas de proficiência de Língua Portuguesa e Matemática do Saeb, verifica-se que ocorreu
um aumento na média de aprendizagem em Língua Portuguesa quando comparamos as
edições realizadas, enquanto em Matemática houve redução nessa média. É preocupante a
situação, uma vez que, os alunos que se encontram no nível básico, segundo escala do Saeb,
precisam melhorar sua aprendizagem, sugerindo atividades de reforço (Gráficos 76 e 77).
GRÁFICO 76 Distribuição dos alunos no 9º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em Língua Portuguesa - 2011 / 2015 Fonte: Qedu.org.br
26%
23%
20%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
2011 2013 2015
-3%
-3%
5%
33%
53%
9%
38%
7%
33%
44%
16%
40%
9%
38%
42%
11%
47%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média
2011 2013 2015
62
GRÁFICO 77 Distribuição dos alunos no 9º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em Matemática - 2011 / 2015 Fonte: Qedu.org.br
Segundo análise dos dados referentes aos Indicadores de Qualidade do Ensino
Fundamental – índice de qualidade em Português e Matemática e níveis de desempenho dos
alunos do Ensino Fundamental na rede pública, podemos destacar:
a) a rede pública alcançou as metas do Ideb propostas pelo INEP. No entanto, há
índices, nos anos finais do Ensino Fundamental, referentes ao fluxo (reprovação e
abandono) que continuam altos, gerando uma queda no resultado final;
b) os indicadores evidenciam que os investimentos municipais, estaduais e federais,
com políticas públicas inovadoras, eficazes e direcionadas para os déficits
apontados pelas avaliações externas, trouxeram resultados significativos nos
últimos anos. A rede pública, a partir da coleta de dados, demonstrou
investimentos em projetos de intervenção direcionados aos alunos com
dificuldades.
c) Santo Antônio do Monte tem desenvolvido muitas ações educativas no Ensino
Fundamental desde o ano de 2011, mas ainda há muito que fazer, sobretudo em
relação à evasão, à reprovação, ao domínio de habilidades que envolvem o
raciocínio lógico-matemático, à leitura, à escrita e à defasagem
idade/escolaridade. Ressalta-se, porém, que os dados também apontam para uma
melhoria na qualidade de educação aqui ofertada, nessa etapa da Educação
Básica.
d) observamos que os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da rede
pública estão no nível 5 (cinco) tanto em Português e Matemática, sendo que ao
todo são 9 (nove) níveis. É desafio a melhoria da classificação na escala SAEB. Os
alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental da rede pública estão no nível 3
(três), tabela que conta também com 9 (nove) níveis. Desafio ainda maior na
melhoria da classificação.
2% 24
%
61%
13%
26%
4%
19%
58%
19%
23%
3%
17%
64%
16%
20%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média
2011 2013 2015
63
Média nacional do IDEB no Ensino Médio
Indicador 7C – Média do IDEB no ensino médio
GRÁFICO 78 Média do IDEB no ensino
médio nas escolas públicas – 2013. Fonte: observatoriodopne.org.br
O gráfico 79 apresenta a trajetória do IDEB do Ensino Médio em Santo Antônio do
Monte na série histórica aferida, indicando que houve, desde 2009, uma queda no índice.
Porém, em todo o período, os valores foram superiores às metas estabelecidas.
GRÁFICO 79 Nota
padronizada do
IDEB no ensino
médio – 2005 a
2021. Fonte:
observatoriodopne.org.br
A análise da trajetória das duas dimensões constitutivas do Ideb – taxa de aprovação e
desempenho (proficiência média) dos alunos – mostra que a taxa de aprovação aumentou, de
2005 a 2015 (Gráfico 80), ao passo que o desempenho, expresso pela média de proficiência
padronizada, decresceu entre 2009 e 2013.
5,4
5,2
0 2 4 6
Situação 2013 Meta
4,7 5,0
5,7 5,5 5,4
3,9 4,3
4,7 5,0
5,2
0
1
2
3
4
5
6
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Ensino Médio Meta
64
GRÁFICO 80 Taxas de
rendimento no Ensino
Médio (Em %) – 2005 a
2015 Fonte: MEC/Inep/DEEB -
Indicadores Educacionais
No gráfico 81 estão destacados os resultados publicados de informações relativas à
qualidade do Ensino Médio de Santo Antônio do Monte. Nesse quadro, o desempenho em
Proficiência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, qual seja de 50,76% (cinquenta vírgula
setenta e seis por cento), encontra-se no nível 2, sendo que o nível 3 é o Recomendável.
Quanto ao desempenho em Proficiência em Matemática e suas tecnologias da ordem de
42,16% (quarenta e dois vírgula dezesseis por cento), encontra-se no nível 2, sendo que o nível
4 é o Recomendável. O melhor desempenho identificado foi em Proficiência Ciências Humanas
e suas Tecnologias . Percebe-se, a partir desses dados, a fragilidade em que se encontra o
Ensino Médio Público em Santo Antônio do Monte.
GRÁFICO 81 Indicadores da qualidade do ensino médio - 2015 Fonte: Sistema Enem 2015
Obs.: NÍVEL 1: menor 450; NÍVEL 2: de 450 a 549,99; NÍVEL 3: de 550 a 649,99; NÍVEL 4: de 650 a 749,99; NÍVEL 5: maior ou igual a 750.
23,1
6%
34,9
3%
27,8
5%
9,57
%
27,1
1%
50,7
6%
42,1
6%
40,5
0%
28,6
3%
49,1
9%
26,0
8%
14,1
6%
16,6
0%
57,0
5%
21,2
9%
0%
7,96
%
12,6
5%
4,74
%
2,39
%
0%
0,78
%
2,39
%
0%
0%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Linguagens,Códigos e suas
Tecnologias
Matemática esuas Tecnologias
Redação Ciências Humanase suas
Tecnologias
Ciências daNatureza e suas
Tecnologias
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
91,8 82,3 84 85,6 86,8 88,8 89,6 91,1 93,9
3,3 10,9
6,3 6,4 7 5 4,3 3,8 3,3
4,9 6,8 9,7 8 6,5 6,2 6,1 5,1 2,8
0
20
40
60
80
100
2005 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Aprovação Reprovação Abandono
65
META 8 – ESCOLARIDADE MÉDIA
Elevar a escolaridade média da População de 18 (dezoito ) a 29 (vinte e nove ) anos,
de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze )anos de estudo no último ano, para as populações
do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento ) mais
pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A meta 8, além de traçar um objetivo claro em relação ao número de anos de
escolaridade da população, explicita a urgência do País em reduzir as desigualdades entre ricos
e pobres, entre brancos e negros, entre a cidade e o campo. Entretanto, a conquista dessa
meta não pode se restringir ao atingimento do número. Para reduzir, de fato, a desigualdade,
é preciso que a Educação oferecida a toda população adquira os mesmos (e melhores) padrões
de qualidade.
Nessa direção, o primeiro grande objetivo da meta consiste em elevar a escolaridade
média geral, de modo que ela atinja, em 2024, ao menos 12 anos1 no Brasil. Para o
monitoramento desse objetivo foi selecionado o seguinte indicador:
– Indicador 8A: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade.
Em consonância com a necessidade de garantir de forma equitativa o direito à
educação, a meta ainda estabelece que os jovens residentes no campo e os pertencentes aos
25% mais pobres também alcancem uma escolaridade média de 12 anos de estudo, no
mínimo. Tais objetivos são monitorados pelos seguintes indicadores:
– Indicador 8B: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos residente na área
rural.
– Indicador 8C: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos pertencente aos 25%
mais pobres (renda domiciliar per capita).
Por fim, a meta registra a intenção de que a escolaridade entre os jovens negros e os
não negros seja igualada até o final do período de vigência do PME, em 2024. O
monitoramento desse objetivo é realizado por meio do seguinte indicador:
– Indicador 8D: Razão entre a escolaridade média de negros e não negros na faixa
etária de 18 a 29 anos.
Os dados levantados para o monitoramento estão baseados no Censo/IBGE 2010. O
gráfico 82 menciona que 59,1% (cinquenta e nove vírgula um por cento) da população de 18 a
29 anos não frequentaram a escola por 12 (doze) anos. A situação se agrava quando
analisamos o percentual da população de 18 a 29 anos, residente no campo, com menos de 12
anos de escolaridade (gráfico 83), que alcança o índice de 86,5% (oitenta e seis vírgula cinco
por cento). Dentre os 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres (gráfico 84) o índice alcança
80,4% (oitenta vírgula quatro por cento) e dentre a população negra de 18 a 29 anos (gráfico
85), 68,2% (sessenta e oito vírgula dois por cento).
66
GRÁFICO 82 Percentual da
população de 18 a 29 anos com
menos de 12 anos de escolaridade –
2010. Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 83 Percentual da população
de 18 a 29 anos, residente no campo,
com menos de 12 anos de
escolaridade – 2010. Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 84 Percentual da população
de 18 a 29 anos, entre os 25% mais
pobres, com menos de 12 anos de
escolaridade – 2010.
Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
GRÁFICO 85 Percentual da população
negra de 18 a 29 anos com menos de
12 anos de escolaridade – 2010. Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
0% 59,1%
0% 20% 40% 60% 80%
Meta Situação 2010
0% 86,5%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Meta Situação 2010
80,4% 60%
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%
Situação 2010 Meta
0% 68,2%
0% 20% 40% 60% 80%
Meta Situação 2010
67
GRÁFICO 86 Matrículas na
Educação de Jovens e
Adultos de alunos de 18 a
29 anos – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
Conforme os dados disponíveis no gráfico 86, referente às matrículas na Educação de
Jovens e Adultos na faixa etária de 18 a 29 anos, é possível verificar que a partir de 2012 o
número vem decrescendo. Acredita-se que o fato se deva ao motivo de jovens buscarem o
trabalho autônomo, visando sua independência financeira. No gráfico 87, que considera a
cor/raça, percebe-se que o número de jovens e adultos negros matriculados é muito inferior
aos brancos e pardos. Quando se considera a localidade desse público alvo, não há matrículas
de jovens e adultos residentes na área rural.
GRÁFICO 87 Matrículas na Educação de Jovens e Adultos de alunos de 18 a 29 anos por cor/raça– 2007
a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
69
74
49
64
24
17 15
64
47
5
21 19
9
27
40
48
29
64 63
30
0 1 2 1 2 4
7 7 5
2 6 6 5
17
36 38
20
33 31
22
0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
10
20
30
40
50
60
70
80
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Não declarada Branca Preta Parda Amarela Indígena
96 100
66
109 102
108
72
84 83
50
0
20
40
60
80
100
120
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
68
GRÁFICO 88 Matrículas na
Educação de Jovens e Adultos
de alunos de 18 a 29 anos por
localidade – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
A Meta 8 caracteriza-se pela preocupação em garantir que a ampliação da
escolaridade média do grupo de 18 a 29 anos de idade ocorra em paralelo ao aumento na
média de anos de estudo de grupos específicos, como os residentes no campo, os de menor
renda, os jovens negros e os que residem nas regiões de menor escolaridade.
É complexo realizar o levantamento de dados precisos no município, pois não há um
banco de dados que atenda aos indicadores. Levando em consideração os índices aos quais foi
possível acesso, é preocupante o cumprimento da meta em questão. A maioria dos jovens que
interrompem seus estudos está engajada no trabalho autônomo, acreditando que é mais
importante o rendimento financeiro do que a aprendizagem escolar.
META 9 – ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO FUNCIONAL DE JOVENS E ADULTOS
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para
93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento ) até 2015 e, até o final da vigência
deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento ) a
taxa de analfabetismo funcional.
As condições sociais adversas e o quadro socioeducacional seletivo têm produzido
excluídos dos Ensinos Fundamental e Médio em todo o país, mantendo um contingente de
jovens e adultos sem a escolaridade obrigatória completa.
As consequências dessa situação suscitaram avanços nas normas vigentes, exigindo ao
lado das estratégias de aceleração de estudos na escola regular e dos exames supletivos, a
implementação da Educação de Jovens e Adultos – EJA - como mais um recurso que permite a
conclusão das diferentes etapas da Educação Básica.
Assim, a CF/88, no art. 208, inciso I, enfatiza a necessidade da garantia do Ensino
Fundamental também para jovens e adultos que não o realizaram em época regular e, no art.
214, inciso I, estabeleceu que o PNE deve visar à integração das ações do Poder Público que
conduzam à erradicação do analfabetismo.
96 100
66
109 102
108
72
84 83
50
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
20
40
60
80
100
120
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Urbana Rural
69
Além da Constituição Federal/1988, a LDB nº 9.394/96 e a Resolução do Conselho
Nacional de Educação – CNE/CEB nº 01/2000 abriram espaço para a institucionalização da
Educação de Jovens e Adultos e nortearam a implantação da EJA no território nacional. Em
Minas Gerais, o Conselho Estadual de Educação – CEE – fixou as normas para a oferta da
Educação de Jovens e Adultos, no Sistema Estadual de Ensino, por meio da Resolução nº 444,
de 24 de abril de 2001. Todos esses documentos visam produzir uma aprendizagem de
qualidade para aqueles excluídos da escola na época própria.
A EJA é uma modalidade organizacional própria de ensino que integra a estrutura da
educação nacional, objetivando assegurar as funções sociais reparadora, equalizadora e
qualificadora dos jovens e adultos. O grande desafio dessa modalidade de ensino consiste em
buscar formas diferentes de escolarização, por meio de propostas pedagógicas especiais,
comprometidas com a aprendizagem efetiva e com a elevação da autoestima dos jovens e
adultos.
Como ocorre em todo o Brasil, em Santo Antônio do Monte, os déficits de
atendimento, resultaram ao longo dos anos, em um número expressivo de jovens e adultos
que não tiveram acesso ou não lograram terminar o Ensino Fundamental e/ou Médio.
A Meta 9 do PME conta três submetas. A primeira, atingir 93,5% na taxa de
alfabetização da população de 15 anos ou mais até 2015, a segunda, até 2024, erradicar o
analfabetismo absoluto e a terceira reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Para o
monitoramento desta meta, foram selecionados os seguintes indicadores:
– Indicador 9A: Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade.
– Indicador 9B: Taxa de analfabetismo funcional de pessoas de 15 anos ou mais de
idade.
ALFABETIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE 15 ANOS OU MAIS DE IDADE
– Indicador 9A: Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade.
A taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade em Santo Antônio
do Monte, em 2010, era superior em 0,1% (zero vírgula um por cento) à meta estabelecida no
percentual de 93,5% (noventa e três vírgula cinco por cento), conforme registrado no gráfico
89.
GRÁFICO 89 Taxa de alfabetização da
população de 15 anos ou mais de idade Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
93,5%
93,6%
92,0% 94,0%
Meta Situação 2010
70
O índice de analfabetismo é um importante parâmetro para verificarmos o nível
educacional de um país. Saber escrever, ler e compreender textos é de suma importância nos
dias de hoje. Pessoas que possuem estas habilidades apresentam maiores chances de obter
empregos e entender o mundo que as cerca. Ser alfabetizado, nos dias atuais, é, sobretudo,
ter acesso às ferramentas que as tornam cidadãs. Por isso, Santo Antônio do Monte (governo e
sociedade), com o auxílio do governo estadual deve fazer todos os esforços necessários para
diminuir cada vez mais o analfabetismo entre a nossa população.
GRÁFICO 90 Matrículas na Educação de Jovens e Adultos na rede pública – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
O gráfico 90 evidencia que, de acordo com o Censo Escolar de 2016, em Santo Antônio
do Monte, a EJA do Sistema Público, atendia somente a etapa de Ensino Médio, com o total de
59 (cinquenta e nove), alunos, no turno noturno, situados na faixa de 18 (dezoito) a 59
(cinquenta e nove) anos, portanto, acima da idade regular da Educação Básica.
ANALFABETISMO FUNCIONAL DE PESSOAS DE 15 ANOS OU MAIS DE IDADE
– Indicador 9B: Taxa de analfabetismo funcional de pessoas de 15 anos ou mais de
idade.
GRÁFICO 91 Taxa de analfabetismo funcional da
população de 15 anos ou mais de idade Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php
152
179
143
200
183
170
119
168
146
59
16 24
34
37
38
35
22
11
1 0
96
100
66
109
102 10
8
72
84
83
50
40
55
43
53
42
26 25
73
62
9 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Total até 17 anos de 18 a 29 anos de 30 a 59 anos 60 anos ou mais
0,255 0,127
0 0,1 0,2 0,3
Situação 2010 Meta
71
GRÁFICO 92 Comparação taxa
de analfabetismo funcional da
população de 15 anos ou mais
de idade 2000 e 2010 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010
A análise do Gráfico 93 evidencia que a taxa de analfabetismo da população
monitorada decaiu entre os grupos da faixa etária de 15 a 24 anos e 60 anos ou mais de idade,
e ocorreu elevação na taxa entre o grupo etário de 25 a 59 anos. Porém, o grupo com a maior
taxa é o de idosos, com 22,3% (vinte de dois vírgula três por centos) de analfabetos.
GRÁFICO 93 Taxa
de analfabetismo
da população de
15 anos ou mais
de idade por
grupos de idade -
2000 e 2010 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010
Ao se proceder à análise da taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos
ou mais de idade que não sabem ler e escrever (gráfico 94) verifica-se que, de acordo com o
Censo 2010, a faixa etária de 60 anos ou mais apresenta o maior percentual. Tendo em mente
a redução em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional conforme a meta 9
estabelece, é abstruso conquistar os idosos, que se encontram nessa situação, a querer ter sua
cadeira em uma escola.
10,4
6,4
0
2
4
6
8
10
12
2000 2010
2,3% 3,4%
31,4%
1,0% 4,6%
22,3%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
15 a 24 anos 25 a 59 anos 60 anos ou mais
2000 2010
72
GRÁFICO 94 Taxa de
analfabetismo funcional da
população de 15 anos ou
mais de idade que não
sabem ler e escrever - 2010 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010
Considerando as mudanças advindas da legislação (Lei nº 11.114, de 16 de maio de
2005, e Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006), para fins de acompanhamento da Meta 9
adotou-se o período de cinco anos de estudo como o tempo de integralização dos anos iniciais
do ensino fundamental. Portanto, o Indicador 9B é referente ao percentual da população de
15 anos ou mais que não concluiu essa etapa.
Dessa forma, tem-se como meta atingir uma taxa de analfabetismo funcional
equivalente a 12,7% em 2024, ou seja, metade do valor verificado em 2010 (25,5%) gráfico 91.
No gráfico 92, verificamos que entre o período de 2000 a 2010 ocorreu queda de quatro
pontos percentuais na taxa de analfabetismo funcional da população em alvo.
Poucos analfabetos funcionais acima dos 15 (quinze) anos chegam a frequentar, ou até
mesmo concluem o Ensino Fundamental. Para esses indivíduos, as demandas de aprendizagem
são outras e estão, muitas vezes, associadas à expectativa de processos de avaliação e
certificação que abram maiores perspectivas de inserção no mundo do trabalho e na
continuidade dos estudos. Em Santo Antônio do Monte, no período de 2007 a 2016, não houve
matrículas de Educação de Jovens e Adultos nos Ensinos Fundamental e Médio integradas à
Educação Profissional.
Iniciativas que associam a EJA à formação profissional do trabalhador são, atualmente,
um dos grandes desafios da EJA, mas a oferta de Educação Profissional é ainda insuficiente
para atender à demanda. Além disso, são grandes os riscos de que, na ausência de uma
proposta pedagógica que assegure uma formação integral para os estudantes, essa articulação
torne-se apenas instrumental à preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho.
Esses dados colocam em evidência três situações desafiadoras à definição da Política
Educacional da EJA: uma significativa população sem instrução e com baixa autoestima, alunos
ocupando vagas que deveriam ser daqueles da faixa etária correspondente à série e os
investimentos, para oferta dessa modalidade, que poderiam estar sendo empregados na
qualidade de ensino e/ou na melhoria das condições de trabalho e na valorização do professor.
6,40%
1,00% 1,90%
7,30%
22,30%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
15 anos oumais
15 a 24anos
25 a 39anos
40 a 59anos
60 anos oumais
73
É importante salientar que conteúdos e dinâmicas escolares com identidade
pedagógica própria aos estudantes jovens e adultos, bem como tempos e formas de
organização mais flexíveis são fundamentais para assegurar sua aprendizagem e seu
desenvolvimento pessoal. Além disso, a formação dos docentes, os materiais didáticos
específicos e os instrumentos de avaliação próprios para a modalidade, que não remetam
somente à necessidade de certificação, são essenciais para que a Educação de Jovens e
Adultos não seja tão somente uma forma de “acelerar” a escolarização, percebida –
equivocadamente, por certo! – como um benefício tanto por estudantes como por gestores e
formuladores de políticas educacionais.
META 10 – EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de
jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação
profissional.
O PME (2015-2024), no conjunto de suas metas, reservou à Meta 10 tratar da
educação de jovens e adultos (EJA), estabelecendo o objetivo de que, do total das matrículas
dessa modalidade, 25% sejam integradas à educação profissional.
Nesse sentido, a Meta 10 tem como foco não só ampliar a escolarização dos jovens e
adultos, mas também proporcionar capacitação profissional, de modo que estes estejam
preparados para atuar no mercado de trabalho. Para o monitoramento desse objetivo, foi
selecionado o seguinte indicador:
– Indicador 10: Percentual de matrículas da educação de jovens e adultos na forma
integrada à educação profissional.
O atendimento de matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à
educação profissional ainda não ocorre no município. É necessário um esforço conjunto junto
aos governos estadual e federal para que essa meta se torne realidade em Santo Antônio do
Monte e possa ser atingida até o final do PME.
META 11 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Garantir matrículas na Educação Profissional Técnica de nível médio para jovens do
município.
A Meta 11 do PNE tem como primeiro enfoque garantir matrículas da educação
profissional técnica de nível médio para jovens do município. Para o monitoramento dessa
meta, foram selecionados os seguintes indicadores:
– Indicador 11A: Matrículas em educação profissional técnica de nível médio.
– Indicador 11B: Matrículas em educação profissional técnica de nível médio na rede
pública.
74
GRÁFICO 95 Matrículas em
educação profissional técnica de
nível médio: número absoluto -
2016 Fonte: portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica
GRÁFICO 96 Matrículas em
educação profissional técnica de
nível médio: número absoluto
na rede pública- 2016 Fonte: portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica>
Entre 2007 e 2016, houve um aumento de 26 (vinte e seis) matrículas em educação
profissional técnica de nível médio em Santo Antônio do Monte (Gráfico 97), partindo de 0
(zero) em 2007 e totalizando 26 (vinte e seis) em 2016. Já, entre 2010 e 2016, observou-se a
redução de 123 matrículas, equivalente a 17,4% (dezessete vírgula quatro por cento). Assim,
entre 2017 e 2024, considerando a quantidade de matrículas observada em 2016, o desafio,
tendo por base o PNE, será criar 79 novas matrículas em educação profissional técnica de nível
médio – acréscimo de, aproximadamente, 300% (trezentos por cento) em relação ao
observado no ano de 2016.
GRÁFICO 97 Matrículas em
educação profissional
técnica de nível médio:
número absoluto – 2007 a
2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
O gráfico 98 apresenta as matrículas em educação profissional
técnica de nível médio por dependência administrativa, pública e privada, e por localização,
105 26
0 20 40 60 80 100 120
Meta Situação 2016
105 26
0 20 40 60 80 100 120
Meta Situação 2016
0 0 0
149
69
35 37
87
26 26
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
75
rural e urbana. Entre 2010 e 2016, a rede pública e a rede privada eram as responsáveis pelas matrículas: em 2010, representavam, respectivamente, 26,8% e 73,2% do total. Nota-se que a rede privada vem perdendo espaço no número de matrículas, não tendo realizado nenhuma matrícula no ano de 2016. Observa-se que as matrículas sempre ocorreram na zona urbana do município.
GRÁFICO 98 Matrículas em educação profissional técnica de nível médio: número absoluto – por rede
e localidade - 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
Ao se comparar a distribuição das matrículas por raça/cor, primeiramente se observa o
elevado quantitativo da situação “não declarada”, que, apesar da queda ao longo da série
histórica, ainda se mantinha com 23% (vinte e três por cento), em 2016 (Gráfico 99). Em
relação aos que declararam a raça/cor, observa-se que o percentual de alunos autodeclarados
brancos foi superior ao de negros (pretos e pardos) em todo o período. Todavia, a proporção
de negros cresceu 18,6 p.p. ao longo de todo o período analisado. Não ocorreu participação
tanto de amarelos quanto de indígenas.
0 0 0
40
0 0
59
87
26 26
0 0 0
109
69
35 37
26
9 0 0 0 0
149
69
35
96
113
35
26
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
20
40
60
80
100
120
140
160
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pública Privada Zona urbana Zona rural
76
GRÁFICO 99 Distribuição das matrículas em educação profissional técnica de nível médio por raça/cor
– 2010 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
META 12 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política nacional de formação dos
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e as professoras
da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
A Meta 12 tem por objetivo assegurar que todos os professores da educação básica
possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atuam, por meio de uma política nacional de formação dos profissionais
da educação em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
Para monitorar esse objetivo, foi desenvolvido o seguinte indicador:
– Indicador 12: Proporção de docências com professores que possuem formação
superior compatível com a área de conhecimento em que lecionam na educação básica.
Para estar em conformidade com a Meta 12 do PME, principalmente no que se refere
à “[...] formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atua” (Brasil, 2014), o cálculo do Indicador 12 considerou apenas os
docentes com formação superior de licenciatura na disciplina que lecionam ou com
bacharelado na disciplina desde que tenham curso de complementação pedagógica concluído.
42,3
%
45,0
%
37,1
%
62,2
%
56,4
%
57,7
%
57,7
%
0,7%
1,4%
2,9%
2,7%
4,6%
0,0%
19,3
%
8%
19%
17%
11%
17%
12%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
49,0
%
34,8
%
42,9
%
24,3
%
21,8
%
30,8
%
23,0
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Branca Preta Parda Amarela Indígena Não declarada
77
Além disso, para os professores em atuação na educação infantil e nos anos iniciais do ensino
fundamental, considerou-se que o curso de Pedagogia e/ou Normal Superior é a formação
adequada para o exercício das funções de magistério. Essas considerações estão baseadas no
indicador de adequação da formação do docente da educação básica, cuja metodologia é
explicada na Nota Técnica Inep/Deed nº 20, de 21 de novembro de 2014.
PROPORÇÃO DE DOCÊNCIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM PROFESSORES QUE POSSUEM
FORMAÇÃO SUPERIOR COMPATÍVEL COM A ÁREA DE CONHECIMENTO EM QUE LECIONAM
GRÁFICO 100 Proporção de docências
com professores que possuem
formação superior compatível com a
área de conhecimento que lecionam
na Educação Básica - 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
A proporção de docências com professores que possuem formação superior
compatível com a disciplina lecionada no ano de 2016 na educação básica (Gráfico 101) foi de
84,9% (oitenta e quatro vírgula nove por cento) – ou seja, 0,6 p.p. abaixo do ano de 2014 e
15,1 p.p. distante do estipulado pela Meta 12, que estabeleceu que todos os professores da
educação básica devessem possuir “formação específica de nível superior, obtida em curso
de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.” (Brasil, 2014).
O gráfico 101 apresenta a proporção de formações superiores compatíveis com a
disciplina lecionada na creche, na pré-escola, nos anos iniciais e nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio. Para o ano de 2016, os melhores resultados foram
observados no ensino médio (97,3%) e nos anos finais do ensino fundamental (90,2%), os
quais superaram o valor alcançado para a educação básica como um todo (84,9%). Na creche,
na pré-escola e nos anos iniciais de ensino fundamental, essa proporção foi de 38,5%, 62,7% e
de 82,6%, respectivamente.
100% 85%
75% 80% 85% 90% 95% 100%
Meta Situação 2016
78
GRÁFICO 101 Docências com professores que possuem formação superior compatível com as
disciplinas que lecionam - 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 102 Porcentagem de professores da educação básica por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
6,8%
7,2%
75,8
%
92,2
%
98,5
%
72,7
%
6,3%
54,2
%
72,6
%
92,3
%
97,1
%
77,3
%
6,7%
53,6
%
74,2
%
87,9
%
94,3
%
75,1
%
8,3%
60,0
%
81,4
%
89,0
% 10
0,0%
79,8
%
19,2
%
41,2
%
82,7
%
87,3
% 97
,1%
75,2
%
30,3
%
58,5
%
80,3
% 92
,5%
92,2
%
77,5
%
60,0
%
55,3
%
81,3
%
89,4
%
90,1
%
81,6
%
38,5
%
65,0
%
86,6
%
92,0
%
94,7
%
85,5
%
30,0
%
55,6
%
87,1
%
90,1
%
94,0
%
82,9
%
38,5
%
62,7
%
82,6
%
90,2
%
97,3
%
84,9
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Creche Pré-Escola Anos IniciaisEF
Anos Finais EF Ensino Médio EducaçãoBásica
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
72,7% 77,3%
75,1% 79,8%
75,2% 77,5%
81,6% 85,5%
82,90% 84,9%
13,1%
3,6% 5,1% 8,3%
3,3% 3,0%
5,6%
3,1% 2,40%
4,0%
59,6%
73,7% 70,0% 71,5%
66,3% 70,1%
73,4%
78,6% 75,90%
91,0%
5,6% 4,4%
2,6%
4,2% 4,5%
0,0% 0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Com superior Sem licenciatura
Com licenciatura Bacharelado com complementação pedagógica
79
Os gráficos 103 e 104 apresentam, para os anos de 2007 a 2016, os percentuais de
professores da educação básica por formação nas redes pública e privada. Percebe-se que a
partir do ano de 2012, os maiores percentuais foram alcançados pela rede pública.
GRÁFICO 103 Porcentagem de professores da educação básica por formação na rede pública – 2007 a
2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 104 Porcentagem de professores da educação básica por formação na rede privada – 2007 a
2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
72,4% 77,8% 75,8%
78,5% 74,7%
79,3% 83,0%
89,6% 87,30% 85,3%
58,3%
76,1% 72,3%
76,3%
67,2% 72,2%
75,2%
83,3% 80,50% 79,0%
14,2%
1,7% 3,5% 2,3% 1,7%
3,0% 5,2%
2,3% 2,0% 1,5%
5,8% 4,2% 2,6%
4,1% 4,9% 4,9%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Com superior Com licenciatura
Sem licenciatura Bacharelado com complementação pedagógica
81,5% 77,4%
74,2%
91,7%
86,0%
68,9%
76,0%
66,0% 66,70%
83,3%
81,5%
61,3%
54,8% 56,3%
69,8%
62,2% 66,0%
54,0% 58,80%
68,8%
0,0%
16,1% 19,4%
35,4%
16,3%
6,7% 10,0% 12,0%
3,90% 8,3%
4,7% 4,4% 2,0% 4,0% 3,9%
6,2%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Com superior Com licenciatura
Sem licenciatura Bacharelado com complementação pedagógica
80
Analisando a formação de acordo com a etapa da educação básica (gráficos 105 a 107),
o maior percentual de compatibilidade entre formações superiores dos docentes, em 2016, foi
no ensino médio (97,3%), seguido pelo ensino fundamental (90%) e a educação infantil com
pior em 62,7%. Esse dado indica a necessidade de esforços ou políticas que forneça formação
compatível, principalmente, aos docentes da educação infantil.
GRÁFICO 105 Porcentagem de professores na educação infantil por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 106 Porcentagem de professores no ensino fundamental por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
19,4%
10,5% 9,8% 11,4%
5,1% 0,0% 1,8% 0,0% 0,0% 0,0%
25,8%
36,8% 39,0% 34,3%
50,8%
44,4%
30,9%
22,4%
28,3%
19,6%
29,0%
21,1% 17,1%
14,3% 13,6% 9,7% 10,9%
20,4% 21,7% 17,6% 25,8%
31,6% 34,1%
40,0%
30,5%
45,8%
56,4% 57,1%
50,0%
62,7%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal/Magistério
Ensino Médio Ensino Superior
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
13,3% 15,0% 16,3% 13,5% 12,8%
8,2% 6,7% 2,7%
5,1% 5,0%
2,1% 1,6% 1,5% 2,2% 2,9% 3,5% 7,2% 7,1% 5,6% 5,0%
84,6% 83,4% 82,1% 84,3% 84,3% 87,6% 86,1%
90,2% 89,3% 90,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal/Magistério
Ensino Médio Ensino Superior
81
GRÁFICO 107 Porcentagem de professores no ensino médio por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas
Os gráficos 108 e 109 apresentam os dados desagregados por disciplina, para os anos
finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Em 2015, para os anos finais, observou-se
que a disciplina língua estrangeira é a que obteve maior percentual de docências compatíveis
(100%), seguida por língua portuguesa (90%), matemática (89,7%) e ciências (86,4%). Para essa
etapa, os menores percentuais de compatibilidade foram para artes (77,8%%) e educação
física (77,3%).
Quanto ao ensino médio, as maiores proporções observadas, nesse mesmo ano, foram
para as disciplinas de língua portuguesa, matemática, geografia, química, física, biologia,
filosofia e sociologia que alcançaram o índice de 100% (cem por cento). Por outro lado, as
menores proporções foram verificadas para educação física (85,7%), história (77,8%) e artes
(66,7%).
GRÁFICO 108 Proporção de docências com professores que possuem formação superior compatível
com a área de conhecimento que lecionam, por disciplina, nos anos finais do ensino fundamental –
2012 a 2015 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,5% 1,4% 4,3% 0,0% 3,0%
7,9% 10,0% 5,3% 6,0% 2,7%
98,5% 98,6% 95,7% 100,0% 97,0%
92,1% 90,0% 94,7% 94,0% 97,3%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal/Magistério
Ensino Médio Ensino Superior
91
,2%
91
,9%
90
,9%
91
,2%
90
,3%
90
,0%
88
,0%
10
0,0
%
88
,5%
92
,5%
91
,9%
88
,2%
91
,2%
89
,7%
90
,0%
88
,9%
10
0,0
%
85
,2%
91
,2%
90
,6%
93
,8%
93
,3%
92
,6%
92
,9%
86
,4%
10
0,0
%
90
,9%
90
,0%
89
,7%
82
,1%
84
,6%
86
,4%
77
,3%
77
,8%
10
0,0
%
84
,2%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2012 2013 2014 2015
82
GRÁFICO 109 Proporção de docências com professores que possuem formação superior compatível
com a área de conhecimento que lecionam, por disciplina, no ensino médio – 2012 a 2015 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação
Em termos gerais, os resultados apresentados demonstram a necessidade de se
ampliar os esforços para formação superior de professores em áreas de conhecimento
compatíveis com as disciplinas que lecionam. As análises apontam que há consideráveis
distâncias para o atingimento da meta, com base nas desagregações: etapa de ensino e
disciplinas.
META 13 - FORMAÇÃO CONTINUADA E PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES
Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica, até o
último ano de vigência deste PME, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação
básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino, mediante assistência financeira do
Ministério da Educação.
A Meta 13 é constituída por dois objetivos centrais: o primeiro é formar em nível de
pós-graduação 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste
Plano Nacional de Educação (PNE); o segundo visa a garantir formação continuada a todos os
profissionais da educação básica em sua área de atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Para monitorar esses objetivos, foi
desenvolvido o seguinte indicador.
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
88
,9%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
80
%
10
0%
80
%
80
%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
77
,8%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
10
0%
85
,7%
66
,7%
10
0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2012 2013 2014 2015
83
– Indicador 13: Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato
sensu ou stricto sensu.
A complexidade do mundo contemporâneo impõe a todo setor a exigência de
competência profissional, ou melhor, do domínio de diferentes saberes, entendidos como
conteúdos, competências e habilidades, métodos e técnicas especializadas, relacionadas com
o campo específico, que, no caso da Educação, dizem respeito à prática pedagógica.
PROPORÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA COM FORMAÇÃO EM NÍVEL DE PÓS-
GRADUAÇÃO LATO SENSU OU STRICTO SENSU
GRÁFICO 110 Proporção de professores da educação básica com formação em nível de pós-graduação
lato sensu ou stricto sensu 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Sinopses Estatísticas
A qualidade dos procedimentos de formação inicial e continuada depende,
sobremaneira, de sua adequação às exigências do mundo contemporâneo, no qual as áreas de
conhecimento se constituem, cada vez mais, de forma intercultural e transdisciplinar, e da
capacidade de se trabalhar com as evidências e informações resultantes da avaliação da
prática.
É nesse sentido que, nos últimos anos, a Formação dos Profissionais, indispensável
para se assegurar a inserção competente nas atividades produtivas, tem se constituído, ao
lado da valorização do magistério em um dos principais compromissos da Política Pública
Municipal de Educação de Santo Antônio do Monte, que reconhece, no trabalho cotidiano do
professor, o principal responsável pelas mudanças requeridas no setor.
De acordo com os dados das Sinopses Estatísticas da Educação Básica, durante o
período de 2007 a 2016 (Gráfico 111), o percentual de professores da educação básica com
pós-graduação lato ou stricto sensu em Santo Antônio do Monte manteve-se em expansão a
partir do ano de 2012. O crescimento de 2012 (28,8%) a 2016 (36%) foi de 7,2 p.p. Já entre
2014 – ano de referência para esta Meta – e 2016, foi de 4,8 p.p.
50% 36,0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Meta Situação 2016
84
GRÁFICO 111 Proporção de
professores da educação
básica com pós-graduação –
2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação
O indicador variou 12% (doze por cento) durante a série histórica analisada, indicando
uma queda no período de 2008 a 2012 de 10,5 p.p., demonstrando que o ritmo de formação
dos docentes em pós-graduação lato e stricto sensu foi inconstante no período em análise.
Para conseguir suprir a ampliação do quantitativo de professores e promover o alcance da
meta 13, deve-se oferecer formação em pós-graduação a 14% dos professores da educação
básica.
O gráfico 112 apresenta o Indicador 13 por dependência administrativa das escolas. No
ano de 2014, a rede privada alcançou um percentual de 27,5%, patamar que vem decaindo
desde 2011. A rede municipal obteve os maiores percentuais de professores pós-graduados
entre as redes públicas, 34,4% em 2014, índice que vem em constante aumento a partir 2011,
registrando aumento no intervalo de 2011 a 2014 de 11,3p.p. A rede estadual apresentou,
entre 2007 a 2014, queda de 12,7 p.p., atingindo 34,4% em 2014.
GRÁFICO 112 Proporção de professores da educação básica com pós-graduação, por rede – 2007 a
2014 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação
5,5%
19,4% 16,1%
18,9% 17,8% 18,2%
25,9% 29,1%
47,1%
62,1%
56,2%
43,9%
36,8% 40,2%
31,6% 34,4%
18,5%
40,6% 38,7%
28,6%
52,3%
32,6% 29,4%
27,5%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Municipal Estadual Privada
24,0%
39,3%
35,1%
30,9% 29,4% 28,8% 29,2%
31,2% 31,7%
36,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
85
O gráfico 113 apresenta o percentual de professores pós-graduados por modalidade
de pós-graduação, revelando que a especialização é a titulação mais frequentemente obtida
pelos professores: 35,6% possuíam essa titulação em 2016. Mestrado tem menor participação
no indicador, uma vez que apenas 0,8% dos professores possuíam essa titulação. E não há
nenhum professor, em Santo Antônio do Monte, com a titulação de doutorado.
GRÁFICO 113 Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato
sensu ou stricto sensu, por modalidade – 2007 a 2016
Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas
Os gráficos 114 a 117 apresentam os dados relativos ao percentual de professores da educação básica, por etapa, com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu no período de 2008 a 2016. É importante salientar que os dados referentes aos anos de 2015 e 2016 foram possíveis de consultas somente em todas as redes, sendo pesquisados nas sinopses estatísticas e não é possível detectar por rede em separado. A etapa da educação infantil é a que apresenta o menor percentual de professores com essa formação, 21,6% em 2016, porém houve um aumento se comparando 2011 a 2016 de 11,3 p. p. Nos anos iniciais de ensino fundamental está concentrado o maior percentual de formação, 44,6%, em 2016, e esse valor foi ampliado em 17 p.p. em comparação a 2012. Nos anos finais do ensino fundamental o percentual alcançado em 2016 foi de 35,9%, porém houve queda se comparado com 2008 de 13,1 p.p. No ensino médio ocorreu a maior queda em relação aos professores graduados em 27 p.p., pois em 2008 era 59,4% e em 2016 passou para 32,4%.
24,0
%
39,3
%
35,1
%
30,9
%
29,4
%
28,8
%
29,2
%
30,5
%
31,3
% 35
,6%
0,0%
0,0%
0,0%
0,4%
0,0%
0,0%
0,0%
0,7%
0,4%
0,8%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Especialização Mestrado Doutorado
86
GRÁFICO 114 Percentual de professores da educação infantil com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu - 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 115 Percentual de professores dos anos iniciais do ensino fundamental com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas
22,8
%
10,6
%
66,7
%
22,2
%
34,0
%
26,8
%
63,2
%
28,6
%
28,3
%
18,6
%
60,0
%
28,6
%
30,2
%
23,1
%
42,9
%
57,1
%
28,4
%
24,2
%
41,2
%
42,9
%
27,6
%
25,0
%
35,3
%
28,6
%
30,0
%
33,9
%
26,3
%
11,1
%
30,5
%
30,6
%
35,3
%
12,5
%
32,9
%
44,6
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Todas as redes Municipal Estadual Privada
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
18,4
%
14,7
%
50,0
%
17,5
%
16,7
% 25
,0%
14,3
%
15,6
%
0,0%
10,3
%
11,8
%
0,0%
11,3
%
14,3
%
0,0%
16,4
%
18,9
%
10,0
% 20
,4%
32,1
%
4,3%
21,7
%
21,6
%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
Todas as redes Municipal Privada
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
87
GRÁFICO 116 Percentual de professores dos anos finais do ensino fundamental com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas
GRÁFICO 117 Percentual de professores do ensino médio com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas
33,0
%
5,3%
42,2
%
15,4
%
49,0
%
0,0%
62,0
%
50,0
%
48,3
%
5,9%
56,7
%
57,1
%
39,8
%
5,0%
45,0
%
53,8
%
32,7
%
5,3%
37,3
%
38,5
%
33,3
%
5,0%
40,0
%
35,7
%
29,5
%
5,0%
34,9
%
35,7
%
30,6
%
6,3%
36,1
%
28,6
% 34
,7%
35
,9%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Todas as redes Municipal Estadual Privada
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
49,3
% 55
,2%
41,7
%
59,4
%
62,7
%
53,8
%
52,9
%
54,0
% 60
,0%
44,4
%
40,7
%
63,6
%
38,2
%
36,1
%
45,5
%
40,6
%
41,1
%
33,3
%
23,9
%
25,4
%
16,7
%
30,7
%
32,8
%
16,7
%
37,3
%
32,4
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Todas as redes Estadual Privada
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
88
PROPORÇÃO DE PROFESSORES QUE REALIZARAM CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA NO
PERÍODO 2007 a 2016
Entre 2007 e 2016, houve aumento na proporção de professores que informaram ter
feito formação continuada em pelo menos uma das áreas específicas, passando de 7% para
21%, percentual muito distante para o alcance de 100% proposto pela meta 13 (Gráfico 118).
GRÁFICO 118 Percentual de professores da educação básica com formação continuada – 2007 a 2016 Fonte:
observatoriodopne.org.br
Observa-se no gráfico 119 que, em 2016, a realização de cursos de formação
continuada foi mais frequente na educação infantil (30,8%), em comparação com as demais
etapas da educação básica. As demais etapas apresentaram os seguintes índices: anos iniciais
do ensino fundamental, 27,1%, anos finais do ensino fundamental, 15,2% e ensino médio,
apenas 9,5%.
GRÁFICO 119 Percentual de professores da educação básica, por etapa, com formação continuada – 2007 a 2016 Fonte: observatoriodopne.org.br
2,3%
6,3%
7,8%
0,0%
6,3%
14,7
%
8,8%
13,0
%
6,7%
16,1
%
6,0%
11,4
%
8,3%
11,6
%
4,6%
1,6%
7,7%
8,6%
13,7
%
8,8%
12,1
%
7,9%
12,3
%
14,1
%
10,0
%
20,0
%
15,0
%
8,5%
30,8
%
17,1
%
12,5
%
8,0%
40,0
%
11,8
%
12,9
%
13,4
%
30,8
%
21,7
%
15,2
%
9,5%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
Educação Infantil Anos Iniciais EF Anos Finais EF Ensino Médio
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
7%
14% 12%
9%
14% 14%
19% 18% 18%
21%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
89
META 14 - VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR
Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, a
fim de equiparar o rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade
equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.
A Meta 14 do PME tem como objetivo central a equiparação do rendimento médio dos
profissionais do magistério das redes públicas de educação básica ao dos demais profissionais
com escolaridade equivalente até o ano de 2021 (final do sexto ano de vigência do PNE 2015-
2025). Para o monitoramento desta meta, é utilizado o seguinte indicador:
– Indicador 17: Razão entre o salário médio de professores da educação básica da rede
pública (não federal) e o salário médio de não professores com escolaridade equivalente.
Professores devem ser tratados e valorizados como profissionais e não como
abnegados que trabalham apenas por vocação. A diferença salarial entre professores e demais
profissionais com mesmo nível de instrução é inaceitável. Enquanto salário e carreira não
forem atraentes, o número de jovens dispostos a seguir a carreira do magistério continuará
sendo baixo. Elevar os salários do magistério é opção mais política do que técnica. Implica em
mudar prioridades e passar a enxergar a Educação como a principal fonte sustentável de
desenvolvimento econômico e social de um país3.
O caminho para a construção da melhoria da qualidade de ensino, prioridade deste
PME, passa, necessariamente, pela valorização do magistério, pois os profissionais da
educação, de modo especial, o professor, são os agentes que promovem, de forma decisiva, as
grandes e verdadeiras mudanças no processo educacional.
Analisando o gráfico 120, percebe-se que a remuneração média dos professores de
Santo Antônio do Monte foi evoluindo no período de 2010 a 2016, chegando a um
crescimento de R$ 948,51 (novecentos e quarenta e oito reais e cinquenta e um centavos), ou
seja, um aumento de, aproximadamente, 125% (cento e vinte e cinco por cento). Fato esse
devido ao acompanhamento do piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica e a implementação da Lei Complementar nº 050/2010,
que se dispõe do plano de carreira dos profissionais do magistério.
GRÁFICO 120 Remuneração média dos professores – Santo Antônio do Monte – 2010 a 2016 Fonte: Arquivos SEMED
3 Retirado de contexto Observatório PNE.
760,00
950,38
1160,96
1410,14 1435,35 1534,22
1708,51
0,00
200,00
400,00
600,00
800,00
1000,00
1200,00
1400,00
1600,00
1800,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
90
Porém, mesmo com todo esforço despendido para melhoria salarial dos professores,
ainda percebe-se, no gráfico 121, que a diferença entre o salário médio dos professores da
educação básica da rede pública e o salário médio de não professores com escolaridade
equivalente encontra-se em 28% (vinte e oito por cento). Faz necessária a criação de políticas
públicas para que, até 2021, a fim de equiparar o rendimento médio dos professores aos
demais profissionais.
GRÁFICO 121 Diferença entre o salário médio de professores da educação básica da rede pública e o salário médio de não professores com escolaridade equivalente – Santo Antônio do Monte – 2010 a 2016 Fonte: Arquivos SEMED
META 15 - PLANO DE CARREIRA DOCENTE
Assegurar o cumprimento do plano de carreira para os (as) profissionais da educação
básica e, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal,
nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
O grande esforço na construção de uma política de Formação e de Valorização para o
Magistério se resume em cuidar, com dados de realidade, da constante atualização do Plano
de Carreira que deve primar por se constituir em proposta atrativa para os profissionais,
motivando-os para o seu permanente crescimento funcional.
Em Santo Antônio do Monte, o Estatuto e o Plano de Carreira e Vencimentos dos
profissionais da educação básica foi instituído pela Lei Complementar nº 050/2010, após
constituição do grupo de trabalho com representantes de todos os setores da secretaria
municipal de educação, realização de diversas reuniões do grupo e com o Conselho Municipal
de Educação, como também, assembleias gerais com os profissionais da educação básica.
A LC nº 050/2010 contemplou as diretrizes fixadas pelo Conselho Nacional de
Educação (Resolução CNE/CEB nº 2, de 28 de maio de 2009) ajustando-se, por conseguinte,
também aos preceitos do art. 67 da Lei nº 9.394 de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB), do art. 40 da Lei nº 11.494/2007 (Lei do Fundeb) e do art. 6º da Lei
nº 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial Profissional Nacional).
A partir do ano de 2011, o município implantou o piso salarial profissional nacional, já
atentando pelo disposto na LC nº 050/2010, que estabeleceu a jornada semanal de trabalho
docente de 32 horas. Na composição da jornada de trabalho foi observado o § 4º do art. 2º, da
Lei nº 11.738/2008 que estabeleceu o limite máximo de 2/3 da carga horária para o
desempenho das atividades de interação com os educandos e o tempo restante, equivalente a
0%10%
20%30%
1708,51
2189,72
Pro
fess
ore
s
Dem
ais
pro
fiss
ion
ais
28%
91
1/3 destina-se às atividades de formação, avaliação e planejamento, conforme previsto no
inciso V do art. 67 da LDB.
Tendo em vista que o cumprimento da Meta 15 do PME resulta em custos financeiros,
assim como na necessidade de amplos diálogos com diversos segmentos sociais, é importante
que se estruturem ações, com o objetivo de instituir espaços de diálogo. Como alternativa, os
municípios, em referência ao que a União tem realizado, poderia criar espaços institucionais
com o objetivo de realizar o acompanhamento do piso salarial e da carreira dos profissionais
do magistério. Nesses espaços institucionais, prioritariamente, seriam desenvolvidas análises
sobre os planos de carreira e remuneração existentes, bem como debates sobre proposições
para a construção de novos planos4.
O desafio que se interpõe, haja vista as dificuldades financeiras do município em
aplicar o que está estabelecido pela Lei n° 11.738, é manter condições para que estruturas de
carreira que valorizem o profissional pela sua formação, desempenho e tempo de serviço
sejam mantidos, garantindo-se, assim, a função principal do plano de carreira e do piso salarial
profissional nacional, que é a de promover processos de valorização profissional.
Levando em consideração que os professores efetivos que fazem parte da carreira
estruturada no plano de carreira, analisa o gráfico 122 por esse viés, e percebe-se que ainda há
um grande número de servidores não atendidos pelo plano, uma vez que não ocupantes de
cargos efetivos.
GRÁFICO 122 Porcentagem de professores da rede pública ocupante de cargos de provimento efetivo – Santo Antônio do Monte – 2011 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas
4 Retirado do documento Linha de Base Monitoramento Plano Decenal
68,9
%
65,8
%
69,6
%
67,6
%
46,7
%
40,1
%
72,1
%
59,8
%
58,6
%
48,6
%
50,5
%
56,0
% 6
7,8
%
75,7
%
80,9
%
82,4
%
43,8
%
27,0
%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Total Municipal Estadual
92
META 16 - GESTÃO DEMOCRÁTICA
Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão
democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à
consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e
apoio técnico da união para tanto.
O conceito de gestão democrática da escola está ancorado no fato de: a escolha de
diretores ocorrer a partir de critérios técnicos de mérito e desempenho, associados à
participação da comunidade escolar; a escola possuir autonomia pedagógica, administrativa e
de gestão financeira; a elaboração de projeto pedagógico, currículos escolares, planos de
gestão escolar, regimentos escolares e constituição de conselhos escolares ou equivalentes
envolver a participação e consulta às comunidades escolar (contando com alunos e seus
familiares) e local, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores
escolares.
Tendo em vista a gestão democrática da educação, salientamos que foram criados os
Conselhos Municipais de Alimentação Escolar, de Educação e do FUNDEF sendo substituído,
por nova lei, adaptando à legislação nacional, tornando-se Conselho Municipal do FUNDEB
respectivamente nos anos de 1996, 1997 e 2007.
No ano de 2011 foram instituídos os conselhos escolares em cada entidade
educacional, substituindo os anteriores colegiados.
Porém, ainda não foi implantada gestão democrática da educação, associada a
critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no
âmbito das escolas públicas municipais. Nas escolas estaduais já há o atendimento a essa
meta.
Tendo por base os dados atuais levantados pela secretaria municipal de educação, o
município conta com 4 (quatro) escolas estaduais e 13 (treze) escolas municipais, distribuídas
em 5 (cinco) CEMEIs, 5 (cinco) escolas urbanas e 3 (três) escolas rurais. É importante destacar
que temos um diretor em cada escola estadual, nos CEMEIs e nas escolas urbanas. Nas escolas
rurais há um diretor para atendimento a todas.
Dito isso, podemos calcular que dentre os 16 (dezesseis) diretores existentes, 31%
(trinta e um por cento) são escolhidos como determina a meta 16, sendo o restante (69%)
sendo apenas indicação política.
Qual o percentual de escolas públicas que contaram com a participação de profissionais da educação, pais e alunos na formulação dos projetos político-pedagógicos e na constituição do conselho escolar?
Para estabelecer o percentual de escolas públicas que contaram com a participação de
profissionais da educação, pais e alunos na formulação dos projetos político-pedagógicos e na
constituição do conselho escolar tomou-se como referência o questionário do diretor da Prova
Brasil/Aneb em 2015, selecionando três questões que dizem respeito à composição do
conselho escolar, à frequência com que se reúne e ao desenvolvimento/elaboração do projeto
pedagógico da escola.
93
Destacamos que o questionário foi respondido por sete diretores, quatro da rede
municipal e três da rede estadual.
No que se refere ao projeto pedagógico da escola, percebe-se que a maioria, ou seja,
57% (cinquenta e sete por cento) utilizou-se de um modelo pronto, porém com adaptações e
com discussão com a equipe escolar. Percebe-se que 29% (vinte e nove por cento) dos
diretores responderam que utilizaram modelo próprio e com discussão com a equipe escolar. E
14% (quatorze por cento) fizeram adaptações a um modelo pronto, sem discussão com a
equipe escolar (Gráfico 123).
GRÁFICO 123 Percentual de escolas que envolvem a equipe escolar na elaboração do projeto pedagógico - 2015 Fonte: qedu.org.br
Analisando os dados por dependência administrativa, conforme apresenta o gráfico
124, observamos que, em 2015, na rede estadual (33%) e na rede municipal (25%), a
elaboração do projeto pedagógico era realizada a partir de modelo próprio, havendo discussão
com a equipe escolar. Em 67% (sessenta e sete por cento) das escolas estaduais e 50%
(cinquenta por cento) das municipais, o projeto pedagógico era elaborado utilizando-se
modelo pronto, porém com adaptações e discussão com a equipe escolar. Em 25% (vinte e
cinco por cento) das escolas o projeto pedagógico era elaborado utilizando um modelo pronto,
porém com adaptações, sem discussão com discussão com a equipe escolar.
0%
0%
0%
0%
14%
57%
0%
29%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Não sei como foi desenvolvido.
Não existe Projeto Pedagógico.
Utilizando-se um modelo pronto, sem discussão coma equipe escolar.
Utilizando-se um modelo pronto, mas com discussãocom a equipe escolar.
Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações, sem discussão com a equipe escolar.
Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações e com discussão com a equipe escolar.
Elaborou-se um modelo próprio, mas não houvediscussão com a equipe escolar.
Elaborou-se um modelo próprio e houve discussãocom a equipe escolar.
94
GRÁFICO 124 Percentual de escolas que envolvem a equipe escolar na elaboração do projeto pedagógico, por dependência administrativa - 2015 Fonte: qedu.org.br
No que diz respeito ao conselho escolar, duas questões foram analisadas: a primeira se
refere à frequência de reuniões desse órgão colegiado e a segunda à sua composição. Quanto
à frequência com que se reúne, os dados apresentados no gráfico 125 mostram que 100%
(cem por cento) das escolas estaduais possuíam conselho escolar que se reunia três vezes ou
mais por ano, enquanto que nas escolas municipais 50% (cinquenta por cento ) se reunia três
vezes ou mais por ano, 25% (vinte e cinco por cento) duas vezes e 25% (vinte e cinco por
cento) uma vez ou mais.
GRÁFICO 125 Percentual de escolas segundo a frequência de reuniões anuais do conselho escolar, por dependência administrativa - 2015 Fonte: qedu.org.br
No que diz respeito à constituição do conselho escolar, o gráfico 126 mostra que 100%
(cem por cento) das escolas estaduais contavam com a participação de professores,
0%
0%
0%
0%
25%
50%
0%
25%
0%
0%
0%
0%
0%
67%
0%
33%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Não sei como foi desenvolvido.
Não existe Projeto Pedagógico.
Utilizando-se um modelo pronto, sem discussão coma equipe escolar.
Utilizando-se um modelo pronto, mas com discussãocom a equipe escolar.
Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações, sem discussão com a equipe escolar.
Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações e com discussão com a equipe escolar.
Elaborou-se um modelo próprio, mas não houvediscussão com a equipe escolar.
Elaborou-se um modelo próprio e houve discussãocom a equipe escolar.
Estadual Municipal
0%
0%
25%
25%
50%
0%
0%
0%
0%
100%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Não existe Conselho Escolar.
Nenhuma vez.
Uma vez.
Duas vezes.
Três vezes ou mais
Estadual Municipal
95
funcionários, alunos e pais/responsáveis, enquanto, nas escolas municipais 100% (cem por
cento) não contavam com a participação de alunos.
GRÁFICO 126 Percentual de escolas segundo a constituição do conselho escolar, por dependência administrativa - 2015 Fonte: qedu.org.br
Qual o percentual de escolas públicas que recebem recursos financeiros dos entes federados?
Analisando a situação relacionada à autonomia de gestão por meio da transferência de
recursos financeiros dos entes federados, baseando no gráfico 127, 43% (quarenta e três por
cento) das escolas recebiam programa de financiamento do governo federal, como também do
governo estadual e 57% (cinquenta e sete por cento) do governo municipal em 2015.
Importante destacar também que, a partir de 2013, o Questionário do Diretor passa a captar
informações acerca do apoio financeiro de empresas ou doadores individuais às escolas,
registrando, que em 2015, 29% (vinte e nove por cento) de estabelecimentos que recebiam
esse tipo de colaboração.
GRÁFICO 127 Percentual de escolas beneficiárias de programas de financiamento de entes federados
e empresas ou doadores individuais – 2015 Fonte: qedu.org.br
0%
0%
100%
0%
0%
0%
0%
0%
100%
0%
0%
0%
0%
0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%100%
Não existe Conselho Escolar.
Professores, funcionários, alunos e…
Professores, funcionários e…
Professores, alunos e pais/responsáveis.
Professores, funcionários e alunos.
Professores e pais/responsáveis.
Outros.
Estadual Municipal
43% 43%
57%
29%
57% 57%
43%
71%
0%
20%
40%
60%
80%
Programa definanciamento dogoverno federal
Programa definanciamento dogoverno estadual
Programa definanciamento dogoverno municipal
Apoio financeiro deempresas ou
doadores individuais
Sim Não
96
Quando se procura analisar a transferência de recursos financeiros observando a
dependência administrativa (Gráfico 128), constata-se que a transferência de recursos federais
e estaduais se equiparou, repassando à rede municipal 25% (vinte e cinco por cento) das
escolas e na rede estadual a 67% (sessenta e sete por cento). Os recursos provenientes dos
programas de financiamento do governo municipal registravam percentuais somente nas
escolas da rede municipal (100%). O apoio financeiro de empresas ou doadores individuais
ocorria em 50% (cinquenta por cento) das escolas municipais e em nenhuma das escolas
estaduais.
GRÁFICO 128 Percentual de escolas beneficiárias de programas de financiamento de entes federados
e empresas ou doadores individuais, por dependência administrativa – 2015 Fonte: qedu.org.br
Em que condições os diretores exercem o cargo?
Referindo à autonomia administrativa da gestão escolar procurou-se analisar algumas
questões presentes no Questionário do Diretor aplicado na Prova Brasil/Aneb (Gráfico 129). Os
dados mostram que a gestão escolar, por dependência administrativa, em 2015, as
interferências externas à gestão escolar eram de 100% (cem por cento) na rede estadual e de
25% (vinte e cinco por cento) na rede municipal. Observa-se que na rede municipal o apoio de
instâncias superiores atingiu os 100% (cem por cento) enquanto na rede estadual encontrava-
se em 33% (trinta e três por cento). E que em ambas as redes o apoio da comunidade à gestão
era de 100% (cem por cento).
25% 25%
100%
50%
67% 67%
0% 0% 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Programa definanciamento dogoverno federal
Programa definanciamento dogoverno estadual
Programa definanciamento dogoverno municipal
Apoio financeiro deempresas ou
doadoresindividuais
Municipal Estadual
97
GRÁFICO 129 Percentual de escolas segundo as condições existentes para o exercício do cargo, por
dependência administrativa – 2015 Fonte: qedu.org.br
Financiamento e Gestão são temas ligados indissoluvelmente. Pode-se dizer que a
forma como se concebe a gestão é que estabelecerá, por exemplo, se a aplicação dos recursos
terá transparência ou não.
Historicamente, a gestão centralizada sempre predominou na política educacional
brasileira. Este modelo marcado, fundamentalmente pelo processo de transferência de
responsabilidades financeiras de um sistema de ensino para outro, nunca provocou nenhum
tipo de alteração na estrutura e nas relações de poder existentes, ou seja, preservou, no
âmbito da União, a centralização do poder de decisão e de comando.
A partir da década de 1980, com a chamada transição democrática, os movimentos
sociais se mobilizaram com vistas a conquistar direitos sociais e políticos, dentre esses, o
direito público e inalienável de acesso à educação, bem como a participação dos agentes que
compõem as instituições educacionais na organização de sua estrutura e funcionamento, o
que se configurou, na verdade, como luta pela democratização da escola pública.
Como resultado dessa luta, obteve-se a inclusão do princípio da Gestão Democrática
no ensino público, no artigo 206, inciso IV, da CF/88, sendo regulamentado pela LDBN nº
9394/96. A construção da Gestão Democrática se inicia com a criação e o fortalecimento dos
chamados conselhos educacionais, incluindo aí os escolares, bem como, com a mudança no
processo de provimento do cargo de dirigentes das instituições de ensino, e com a elaboração
dos projetos político-pedagógicos das escolas.
A intenção foi a de se criar um ambiente coletivo de tomada de decisões, que
modificasse a lógica interna dessas instituições, alterando as relações de poder, fazendo com
25%
100% 100% 100%
33%
100%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Há interferências externas emsua gestão?
Há apoio de instênciassuperiores?
Há apoio da comunidade à suagestão?
Municipal Estadual
98
que a participação, a autonomia e a colaboração – elementos essenciais da democracia –
passassem a ter lugar primordial na vida institucional, partindo do pressuposto de que a
educação deva ser entendida como direito de todos.
META 17 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo,
o patamar de 7% (sete por cento) do produto interno bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano
de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do
decênio.
O monitoramento da Meta 20 do PNE tem como objetivo central acompanhar a
evolução dos investimentos em educação com vistas ao atingimento de, no mínimo, 7% do PIB
até 2019 (final do quinto ano de vigência do PNE 2014-2024) e 10% até 2024 (término da
vigência do PNE).
Conforme mencionado no documento PNE – Linha de Base, que trata dos indicadores
para monitoramento do Plano Nacional de Educação 2014-2024, o investimento público em
educação é analisado sob duas óticas: investimento público direto em educação e
investimento público total em educação. O primeiro representa a soma de todos os recursos
aplicados pelo setor público (União, estados e municípios) em educação; o segundo engloba,
além do investimento público direto, a complementação à aposentadoria futura dos
profissionais da educação, os recursos destinados a bolsas de estudos e ao Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) e as transferências ao setor privado.5
Compreendida dessa maneira, surge a importância de se terem garantidas legalmente,
para a educação, fontes de recursos, para financiar a universalização do ensino e a melhoria de
sua qualidade, nos seus diferentes níveis e modalidades. Com base nesse pressuposto, é que a
Constituição Federal - CF/88 – estabelece, no seu artigo 212, os percentuais a serem aplicados
na educação escolar, sendo 18% (dezoito por cento) pela União e 25% (vinte e cinco por cento)
pelos Estados, Municípios e Distrito Federal, os quais deverão advir de receitas resultantes de
impostos e não da totalidade dos recursos previstos em seus respectivos orçamentos.
Confirmando essa determinação, o artigo 68 da LDBN nº 9394/96 estabelece como
recursos destinados à educação pública os originários de receitas próprias da União, dos
Estados e dos Municípios, receitas de transferências constitucionais e outras transferências,
receita do salário-educação e outras contribuições sociais, receitas de incentivos fiscais e
outros recursos previstos em lei.
A referida Lei facilita, amplamente, a tarefa de como gerir os recursos públicos, ao
estabelecer, no § 5º do artigo 69, o repasse automático dos recursos vinculados ao órgão
gestor e, ao regulamentar, nos artigos 70 e 71 quais as despesas admitidas ou não como gastos
com manutenção e desenvolvimento do ensino.
5 Retirado do documento Relatório do Primeiro Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE – Biênio 2014-2016
99
Dessa forma, de acordo com os dispositivos legais, os Municípios têm uma base
comum de financiamento, podendo a Lei Orgânica aumentar o percentual de 25% (vinte e
cinco por cento) nos tributos que compõem o potencial básico de custeio da Educação
Municipal nos seguintes impostos:
Fundo de Participação dos Municípios – FPM -;
Imposto de Renda Retido na Fonte dos servidores - IRRF -;
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS -;
Imposto sobre propriedade de veículos automotores - IPVA -;
Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana – IPTU -;
Imposto sobre serviço de qualquer natureza - ISSQN -;
Imposto sobre transmissão de bens imóveis - ITBI –;
Imposto Territorial Rural - ITR -.
O acompanhamento sistemático e transparente da receita e do investimento constitui
fator imprescindível para se garantir a qualidade que se pretende no trabalho da educação.
Com esse intuito, apresenta-se, na tabela LVIII, o demonstrativo do percentual das aplicações
efetuadas no setor da Educação em relação à Receita Municipal de Santo Antônio do Monte,
nos anos de 2010 a 2016.
Além dessas receitas de impostos, há ainda as de contribuições sociais, entre elas o
Salário-Educação e o FUNDEB e que juntos com a especificação do que constituem despesas
públicas com educação, contidas nos artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases/96, devem
auxiliar o alcance das metas estabelecidas no Plano Decenal Municipal de Educação.
As determinações legais indicam a necessidade de estabelecimento de prioridades
voltadas à melhoria da qualidade da Educação Pública Municipal.
O planejamento e o orçamento são meios para se fixarem os rumos de uma realidade,
alocando recursos e estabelecendo prioridades para prazos determinados. A Constituição/88
institucionalizou três instrumentos de planejamento que devem ser coerentes entre si:
o Plano Plurianual – PPA;
a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;
o Orçamento Anual – OA.
O orçamento deve ser usado como instrumento para executar o Plano Decenal
Municipal de Educação e para permitir que os recursos sejam devidamente aplicados,
considerando, sobremaneira, as responsabilidades constitucionais do Município.
Toda a execução orçamentária deve ser, continuamente, monitorada pelos órgãos de
controle interno, assim como pelos órgãos de controle externo (Poder Legislativo, Tribunais de
Contas, Poder Judiciário). Qualquer cidadão pode, também, participar do processo de controle,
tomando providências junto à Justiça do Tribunal de Contas.
Verifica-se, pelo gráfico 130, que o percentual aplicado em educação, nos anos de
2010 a 2016, manteve-se quase em um mesmo patamar, acima ao mínimo constitucional
estabelecido.
100
GRÁFICO 130 Demonstrativo das receitas e dos percentuais aplicados na educação municipal –
2010 a 2016
Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura
A apresentação de um diagnóstico acerca da situação em que se encontra a Educação
Municipal de Santo Antônio do Monte, do ponto de vista de sua Gestão e de Financiamento,
como meio para o estabelecimento de metas para um plano com um prazo de dez anos,
implica ressaltar, os seguintes aspectos:
TABELA III – O FUNDEB na Receita do Município – Ano 2016
IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS
REPASSES AO MUNICÍPIO R$
20% PARA O FUNDO (RETIDO) R$
1. QP – FPM 18.634.863,00 3.717.384,18
2. QP – IPVA 3.634.271,34 726.853,05
3. QP – ICMS 7.845.696,41 1.569.138,97
4. QP – IPI 96.458,85 19.291,63
5. QP – ITR 54.713,20 10.942,47
6. L.C. 47.953,92 9.590,76
RENT. FINANCEIRA 532.178,34 44.225,06
TOTAL 30.846.135,06 6.097.426,12 Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura
TABELA IV – Recursos e Aplicação do FUNDEB na Remuneração do Magistério da Rede Municipal – 2010 a 2016
ANO PARTICIPAÇÃO
R$ RECEBIMENTO
R$ APLICAÇÃO NA
REMUNERAÇÃO R$ % DE
APLICAÇÃO
2010 3.382.910,10 4.471.431,13 4.282.754,81 95,78%
2011 4.036.494,55 5.103.275,15 5.142.756,08 100,77%
29,44 28,59 29,48 29,54 29,06 30,27 31,49
0,00
10.000.000,00
20.000.000,00
30.000.000,00
40.000.000,00
50.000.000,00
60.000.000,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
RECEITA LÍQUIDA DO MUNICÍPIO R$ RECEITA DA EDUCAÇÃO R$
% APLICADO NA EDUCAÇÃO
101
2012 4.239.619,47 5.562.021,70 5.613.100,14 91,83%
2013 4.619.321,63 6.350.505,04 5.792.922,44 91,22%
2014 5.060.366,42 6.585.088,33 6.027.037,74 91,52%
2015 5.319.019,87 6.833.067,83 6.209.461,01 90,87%
2016 6.053.201,06 7.141.666,61 6.533.084,39 91,48% Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura
TABELA V – Receita Originária de Impostos e Investimentos na Manutenção e no
Desenvolvimento da Educação – MDE – Ano 2016
MÊS RECEITA
ORIGINÁRIA DE IMPOSTOS R$
INVESTIMENTO NA MDE R$
% MÊS % ACUMULADO
Janeiro 4.025.001,19 760.580,57 18,90% 18,90%
Fevereiro 3.186.718,98 951.347,15 29,85% 23,74%
Março 2.598.263,61 930.325,66 35,81% 26,93%
Abril 2.377.081,05 792.651,47 33,35% 28,18%
Maio 2.810.598,10 1.043.979,13 37,14% 29,86%
Junho 2.454.225,34 771.314,99 31,43% 30,08%
Julho 2.810.827,05 1.052.893,42 37,46% 31,11%
Agosto 3.201.747,53 887.506,79 27,72% 30,64%
Setembro 2.185.262,86 995.466,71 45,55% 31,91%
Outubro 2.281.471,28 653.843,21 28,66% 31,65%
Novembro 3.375.039,37 1.089.302,30 32,28% 31,72%
Dezembro 4.758.103,26 1.426.964,79 29,99% 31,49%
TOTAL 36.064.339,62 11.356.176,19 -- -- Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura
A Tabela III demonstra o investimento em educação, na Rede Municipal de Ensino, no
ano de 2016, tanto em termos absolutos quanto em termos percentuais e evidencia uma
descontinuidade na aplicação mensal dos recursos durante o ano. Em um mês, o percentual de
aplicação não atingiu os 25% (vinte e cinco por cento) constitucionais, e, no último mês,
atingiu a casa dos 29,99% (vinte e nove vírgula noventa e nove por cento). Se, perante o
Tribunal de Contas, o Município finaliza o ano com as suas obrigações cumpridas, no que se
refere à Política Educacional e à sua prática, esta discrepância de aplicação, durante os meses,
torna-se um tanto quanto prejudicial, uma vez que o trabalho educativo tem uma
continuidade e uma rotina que requerem aplicações de recursos comuns mínimos de
regularidade que garanta a unidade e a qualidade do trabalho.
Embora, de acordo com a tabela IV, o percentual de aplicação dos recursos do
FUNDEB, em 2016, tenha atingido a casa de 91,48% (noventa e um vírgula quarenta e oito por
cento), superando em 0,61% (zero vírgula sessenta e um pontos percentuais) a aplicação do
ano 2015, é importante reconhecer que, quando os recursos são liberados da forma
demonstrada na tabela acima, concentrando grande percentual ao final do ano, os gastos,
apesar de que possam se configurar como legítimos, acabam por não contemplar as
necessidades substantivas do processo educativo, sendo, muitas vezes, aplicado sem
atividades ou em aquisições aleatórias, ou seja, não planejadas.
102
TABELA VI – Transferências Constitucionais – 2010 a 2016
ANO TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS
FPM ITR LC 87/96 CIDE Royalties AFM/AFE FEX FUNDEB TOTAL
2010 8.928.994,22 17.251,37 34.758,84 67.953,28 131.937,72 80.075,74 61.372,20 4.457.691,37 13.780.034,74
2011 10.973.599,17 23.218,86 36.767,64 82.174,35 172.109,88 0,00 63.955,89 5.066.213,33 16.418.039,12
2012 11.306.325,75 26.486,75 35.338,08 43.840,90 206.219,41 0,00 84.942,05 5.548.348,31 17.251.501,25
2013 12.144.880,96 22.110,88 34.743,35 2.221,05 215.495,88 309.407,77 0,00 6.334.682,97 19.063.542,86
2014 13.098.598,30 28.881,57 35.489,16 4.496,17 243.516,75 306.241,53 72.858,62 6.565.728,79 20.355.810,89
2015 13.927.945,12 37.117,98 36.831,47 17.084,38 188.243,94 0,00 64.702,12 6.799.009,80 21.070.934,81
2016 16.241.222,01 43.770,73 38.363,16 47.308,68 188.243,94 0,00 126.629,84 7.097.441,55 23.782.979,91
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias
TABELA VII – Evolução Aproximada das Transferências – 2010 a 2016
Evolução aproximada das transferências
Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Percentual - 19,1 5,2 10,5 6,5 3,5 12,5
TABELA VIII – Indicadores de Composição da Receita – Percentual de receitas em relação à receita total – 2012 a 2016
PERCENTUAL DE RECEITAS EM RELAÇÃO À RECEITA TOTAL
RECEITA 2012 2013 2014 2015 2016
Transferências realizadas pelo FNDE 1,52% 2,79% 3,10% 1,75% 1,31%
Impostos 5,82% 8,68% 7,28% 7,33% 6,97%
Transferências constitucionais 0,00% 0,00% 0,00% 49,36% 49,86%
Fonte: SIOPE
TABELA IX – Indicadores de Dispêndio Financeiro – Percentual dos recursos do FUNDEB aplicados por etapa da Educação Básica – 2012 a 2016
INDICADORES DE DISPÊNDIO FINANCEIRO
PERCENTUAL DOS RECURSOS DO FUNDEB APLICADOS
ETAPA 2012 2013 2014 2015 2016
Educação Infantil 23,58% 20,81% 25,47% 21,89% 26,79%
Ensino Fundamental 76,31% 76,59% 76,08% 66,94% 70,71%
Fonte: SIOPE
A tabela demonstra que o maior investimento dos recursos do FUNDEB é aplicado no
Ensino Fundamental, o que confirma maior atendimento a essa etapa da Educação Básica.
TABELA X – Indicadores de Dispêndio Financeiro – Percentual das despesas em relação à despesa total com educação por etapa da Educação Básica – 2012 a 2016
INDICADORES DE DISPÊNDIO FINANCEIRO
PERCENTUAL DAS DESPESAS EM RELAÇÃO À DESPESA TOTAL COM EDUCAÇÃO
ETAPA 2012 2013 2014 2015 2016
103
Educação Infantil 25,90% 23,37% 24,98% 26,91% 26,72%
Ensino Fundamental 64,20% 68,69% 67,28% 66,76% 61,82%
Fonte: SIOPE
TABELA XI – Indicadores de Dispêndio Financeiro – Percentual das despesas e investimento de capital – 2012 a 2016
INDICADORES DE DISPÊNDIO FINANCEIRO
Percentual das despesas e investimentos de capital
ITENS 2012 2013 2014 2015 2016
Despesas em educação em relação às despesas de
todas as áreas 22,67% 25,03% 22,06% 22,14% 22,27%
Despesas com alimentação escolar em relação à
despesa total com educação 0,00% 0,41% 0,00% 1,63% 0,73%
Percentual de despesas correntes em educação em
relação à despesa total em MDE 99,59% 106,69% 101,11% 105,02% 100,00%
Percentual de investimentos de capital em
educação em relação à despesa total em MDE 6,05% 0,55% 5,54% 1,99% 0,00%
Investimento com material didático por aluno da EB R$ 0,00 R$ 44,38 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Fonte: SIOPE
TABELA XII – Demonstrativo das Receitas e dos Percentuais Aplicados na Educação Municipal – 2010 a 2016
INDICADORES DE GASTO POR ALUNO
DESPESAS ANO
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Gasto educacional por aluno da educação
infantil 3163,24 2355,50 2909,80 3176,76 3640,97 3818,23 3199,18
Gasto educacional por aluno do ensino
fundamental 2841,28 3773,93 3856,99 5230,78 5602,85 5319,13 5211,87
Gasto educacional por aluno da educação
básica 2941,43 3353,22 3526,91 4493,22 4725,68 4589,01 4303,31
Despesas com professores por aluno da
educação básica 1888,66 2061,67 2755,36 3398,35 3310,18 3552,59 3133,23
Despesas com profissionais não docentes 258,24 376,57 206,30 587,67 561,92 357,95 656,71
Fonte: SIOPE
Analisando o valor investido por aluno da educação básica, o valor investido em 2016 –
R$ 4.303,31, em comparação aos R$ 2.941,43 investidos no ano de 2010, foi superior em
46,3% (quarenta e seis vírgula três por cento). Acredita-se que esse crescimento ocorreu com a
implantação do Plano de Carreira dos profissionais do magistério.
Porém, comparando os anos 2016 e 2014, percebe-se uma queda de investimento por
aluno da educação básica de aproximadamente 9,8% (nove vírgula oito por cento). As
despesas com professores por aluno tiveram queda de 5,65% (cinco vírgula sessenta e cinco
por cento), enquanto que as despesas com profissionais não docentes houve aumento de
16,8% (dezesseis vírgula oito por cento). Mesmo assim, o município investiu valor superior ao
valor mínimo anual por aluno estabelecido pelo governo federal.
104
TABELA XIII – Percentual das despesas em relação à despesa total com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – 2010 a 2016
DESPESAS EM RELAÇÃO À DESPESA TOTAL COM MDE
DESPESAS ANO
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pessoal e encargos sociais da
área educacional 97,70% 98,05% 97,77% 97,46% 98,03% 95,70% 92,91%
Professores docentes 61,54% 58,62% 70,39% 69,33% 64,63% 73,59% 65,49%
Profissionais não docentes 8,41% 10,70% 5,27% 11,99% 10,97% 7,41% 13,72%
Fonte: SIOPE
TABELA XIV – Percentual de aplicação e não aplicação de receitas educacionais - 2010 a 2016
PERCENTUAL DE APLICAÇÃO E NÃO APLICAÇÃO DE RECEITAS EDUCACIONAIS
APLICAÇÃO
ANO
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Aplicação das receitas de impostos e
transferências vinculadas à educação
em MDE (mínimo de 25%) 28,30% 29,00% 28,04% 27,85% 29,88% 29,31% 30,73%
Aplicação do FUNDEB na remuneração
dos profissionais do magistério
(mínimo de 60%) 73,00% 66,03% 84,54% 89,40% 82,28% 91,74% 83,16%
Aplicação do FUNDEB em despesas
com MDE, que não remuneração do
magistério (máximo de 40%) 22,78% 29,22% 15,36% 5,98% 16,82% 4,18% 16,57%
Receitas não aplicadas no exercício
(máximo de 5%) 4,22% 1,23% 0,09% 4,62% 0,90% 4,08% 0,27%
Fonte: SIOPE
Verifica-se, pela tabela acima, que o percentual aplicado em educação, nos anos de
2010 a 2016, sofreu pouca variação, mantendo sempre acima ao mínimo constitucional
estabelecido.
TABELA XV – Limites de Aplicação Obrigatória do FUNDEB - 2010 a 2016
LIMITES DE APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA DO FUNDEB
APLICAÇÃO ANO
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Mínimo de 60% 76,39% 73,00% 66,03% 84,54% 89,4% 82,28% 91,74% 83,16%
Máximo de 40% 23,58% 22,77% 29,22% 15,36% 5,98% 16,82% 4,18% 16,57%
Fonte: SIOPE
105
TABELA XVI – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Ensino Fundamental - 2010 a 2016
RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS
Sub-funções Natureza da Despesa ENSINO FUNDAMENTAL
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pessoal e Encargos Sociais
FUNDEB 3.700.000,00 3.160.000,00 5.492.769,16 4.664.000,00 7.436.750,45 6.216.640,12 7.305.941,14
Despesas Próprias 1.555.000,00 1.664.940,28 1.567.600,68 1.673.429,64 2.616.459,69 2.240.512,73 2.069.801,07
Outras Despesas Correntes
FUNDEB 750.000,00 1.000.000,00 1.847.389,10 892.000,00 1.309.427,01 260.000,00 0,00
Despesas Próprias 215.000,00 1.336.135,00 490.970,72 1.300.265,68 731.022,82 1.016.851,49 473.341,67
Despesas Vinculadas 250.000,00 150.000,00 383.877,57 560.000,00 210.000,00 204.000,00 0,00
Material de Consumo
FUNDEB 150.000,00 300.000,00 373.097,99 70.000,00 522.228,25 40.000,00 0,00
Despesas Próprias 50.000,00 296.070,00 171.581,72 1.093.413,95 373.591,57 430.000,00 308.500,00
Despesas Vinculadas 150.000,00 150.000,00 313.877,57 450.000,00 110.000,00 104.000,00 0,00
Serviços de Terceiros (P/Física)
FUNDEB 0,00 0,00 0,00 0,00 46.018,76 10.000,00 0,00
Despesas Próprias 1.000,00 7.650,00 5.160,00 0,00 0,00 10.000,00 13.000,00
Serviços de Terceiros (P/Jurídica)
FUNDEB 600.000,00 700.000,00 1.474.291,11 820.000,00 735.000,00 210.000,00 0,00
Despesas Próprias 150.000,00 1.014.695,00 294.439,00 177.856,53 324.621,25 566.891,49 145.700,00
Despesas Vinculadas 100.000,00 0,00 70.000,00 110.000,00 100000,00 100.000,00 0,00
Investimentos
FUNDEB 300.000,00 550.000,00 296.001,14 100.000,00 15.000,00 0,00 0,00
Despesas Próprias 55.000,00 720.500,00 50.000,00 0,00 2.100,00 0,00 0,00
Despesas Vinculadas 0,00 200.000,00 0,00 0,00 400.000,00 0,00 0,00
Total
FUNDEB 4.750.000,00 4.710.000,00 7.636.159,40 5.656.000,00 8.761.177,46 6.476.640,12 7.305.941,14
Despesas Próprias 1.825.000,00 3.721.575,28 2.108.571,40 2.973.695,32 3.349.582,51 3.307.364,22 2.543.142,74
Despesas Vinculadas 250.000,00 350.000,00 383.877,57 560.000,00 610.000,00 204.000,00 0,00
Total Geral 6.825.000,00 8.781.575,28 10.128.608,37 9.189.695,32 12.720.759,97 9.988.004,34 9.849.083,88
Fonte: SIOPE
TABELA XVII Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação Infantil - 2010 a 2016
RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS
Sub-funções Natureza da
Despesa
EDUCAÇÃO INFANTIL
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pessoal e Encargos Sociais
FUNDEB 1.250.000,00 670.000,00 954.756,04 751.000,00 1.613.000,00 1.349.000,00 1.043.000,00
Despesas Próprias 755.000,00 363.605,25 527.378,02 1.617.279,73 619.000,00 460.000,00 607.400,00
Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 550.000,00 0,00 0,00 0,00
Outras Despesas Correntes
FUNDEB 0,00 10.000,00 0,00 20.000,00 25.000,00 0,00 0,00
Despesas Próprias 120.000,00 116.618,00 83.600,00 230.000,00 300.000,00 80.000,00 72.550,00
Despesas Vinculadas 60.000,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 100.000,00 0,00
Material de Consumo
FUNDEB 0,00 10.000,00 0,00 20.000,00 20.000,00 0,00 0,00
Despesas Próprias 50.000,00 64.418,00 30.000,00 130.000,00 100.000,00 30.000,00 7.000,00
106
Despesas Vinculadas 60.000,00 50.000,00 100.000,00 100.000,00
Serviços de Terceiros (P/Física)
Despesas Próprias
0,00 0,00 7.600,00 0,00 100000,00 10.000,00 8.500,00
Serviços de Terceiros (P/Jurídica)
FUNDEB 0,00 0,00 0,00 0,00 5.000,00 0,00 0,00
Despesas Próprias 50.000,00 46.000,00 10.000,00 100.000,00 40.000,00 57.050,00
Despesas Vinculadas
Investimentos
FUNDEB 0,00 50.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas Próprias 20.000,00 265.000,00 25.675,14 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas Vinculadas 700.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total
FUNDEB 1.250.000,00 730.000,00 954.756,04 771.000,00 1.638.000,00 1.349.000,00 1.043.000,00
Despesas Próprias 895.000,00 745.223,25 636.653,16 1.847.279,73 919.000,00 540.000,00 679.950,00
Despesas Vinculadas 760.000,00 50.000,00 0,00 550.000,00 100.000,00 100.000,00 0,00
Total Geral
2.905.000,00
1.525.223,25
1.591.409,20
3.168.279,73
2.657.000,00
1.989.000,00
1.722.950,00
Fonte: SIOPE
TABELA XVIII – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação Infantil (Pré-Escola) - 2010 a 2016
RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS
Sub-funções Natureza da
Despesa
EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pessoal e Encargos Sociais
FUNDEB 0,00 645.000,00 947.512,57 800.000,00 0,00 1.247.000,00 1.044.000,00
Despesas Próprias 0,00 200.000,00 398.800,00 394.156,47 830.000,00 470.000,00 646.600,00
Outras Despesas Correntes
Despesas Próprias 0,00 73.217,11 70.000,00 49.114,35 217.989,59 80.000,00 70.100,00
Despesas Vinculadas 0,00 200.000,00 0,00 0,00 100.000,00 70.000,00 0,00
Material de Consumo
Despesas Próprias 0,00 39.908,61 30.000,00 49.114,35 10.000,00 35.000,00 4.500,00
Despesas Vinculadas 0,00 50.000,00 0,00 0,00 100.000,00 70.000,00 0,00
Serviços de Terceiros (P/Física)
Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 7989,59 10.000,00 8.500,00
Serviços de Terceiros (P/Jurídica)
Despesas Próprias 0,00 33.308,50 40.000,00 0,00 200.000,00 35.000,00 57.100,00
Despesas Vinculadas 0,00 150.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Investimentos
FUNDEB 0,00 100.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 0,00 0,00
Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 0,00
Total
FUNDEB 0,00 745.000,00 947.512,57 800.000,00 0,00 1.247.000,00 1.044.000,00
Despesas Próprias 0,00 273.217,11 468.800,00 443.270,82 1.347.989,59 550.000,00 716.700,00
Despesas Vinculadas 0,00 200.000,00 0,00 0,00 100.000,00 270.000,00 0,00
Total Geral 0,00 1.218.217,11 1.416.312,57 1.243.270,82 1.447.989,59 2.067.000,00 1.760.700,00
Fonte: SIOPE
107
TABELA XIX – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação Especial - 2010 a 2016
RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS
Sub-funções Natureza da
Despesa
EDUCAÇÃO ESPECIAL
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pessoal e Encargos Sociais
Despesas Próprias 0,00 105.500,00 172.000,00 262.463,87 250.000,00 300.607,85 791.801,07
Outras Despesas Correntes
Despesas Próprias 22.000,00 32.000,00 77.220,06 35.000,00 65.000,00 26.000,00 86.200,00
Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 0,00
Material de Consumo
Despesas Próprias 1.000,00 5.000,00 26.220,06 15.000,00 15.000,00 1.000,00 100,00
Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 0,00
Serviços de Terceiros (P/Física)
Despesas Próprias 10.000,00 15.200,00 30.000,00
30.000,00 20.000,00 6.000,00
Serviços de Terceiros (P/Jurídica)
Despesas Próprias 10.000,00 10.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 5.000,00 6.100,00
Investimentos Despesas Próprias 5.000,00 8.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total
Despesas Próprias 27.000,00 146.000,00 249.220,06 297.463,87 315.000,00 326.607,85 878.001,07
Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 0,00
Total Geral 27.000,00 146.000,00 249.220,06 297.463,87 315.000,00 336.607,85 878.001,07
Fonte: SIOPE
TABELA XX – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação de Jovens e Adultos - 2010 a 2016
RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS
Sub-funções Natureza da Despesa EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pessoal e Encargos Sociais Despesas Próprias 0,00 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras Despesas Correntes Despesas Próprias 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00
Despesas Vinculadas 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Material de Consumo Despesas Próprias 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas Vinculadas 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Serviços de Terceiros (P/Física) Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Serviços de Terceiros (P/Jurídica) Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00
Investimentos Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total Despesas Próprias 0,00 3.500,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00
Despesas Vinculadas 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total Geral 10.000,00 13.500,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00
Fonte: SIOPE
108
TABELA XXI – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Geral - 2010 a 2016
RELATÓRIO QUADRO RESUMO DAS DESPESAS POR NATUREZA
NATUREZA 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
FUNDEB 6.000.000,00 6.185.000,00 9.538.428,01 7.227.000,00 10.399.177,46 9.072.640,12 9.392.941,14
Despesas Próprias 2.747.000,00 4.889.515,64 3.463.244,62 5.561.709,74 5.931.572,10 4.773.972,07 4.817.793,81
Despesas
Vinculadas 1.020.000,00 610.000,00 383.877,57 1.110.000,00 810.000,00 584.000,00 0,00
TOTAL 9.767.000,00 11.684.515,64 13.385.550,20 13.898.709,74 17.140.749,56 14.430.612,19 14.210.734,95
Fonte: SIOPE
Evolução aproximada das Despesas
Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Percentual - 19 14,5 3,5 23,5 -16 -1,5
Fonte: SIOPE
É compreensível que alguns impostos municipais e outros que dependem da
movimentação financeira não tenham uma regularidade fixa em termos da quantia
arrecadada. No entanto, é preciso que o Município se esforce por manter um mínimo de
previsibilidade e regularidade nas suas aplicações, já que os recursos específicos da Educação,
de acordo com o Art. 69 da LDB, têm prazos de repasse à Secretaria Municipal de Educação,
previamente determinados, e numa quantia previsível, a partir do número de alunos
comprovadamente matriculados na Rede Municipal de Ensino.
Observando-se as tabelas do presente capítulo, fica evidente a necessidade de um
acompanhamento mais criterioso, que, efetivamente, possa demonstrar o compromisso do
Município com as funções substantivas da Educação, qual seja a prática pedagógica, exigência
inserida no artigo 69 da Lei nº 9.394/96, que trata da gestão dos recursos da Educação.
Finalmente, é importante ressaltar que os Relatórios de Atividades e Informativos
Estatísticos da Secretaria Municipal de Educação demonstram que o Governo e a atual Gestão
Municipal de Educação portam-se à altura de suas responsabilidades para com a Educação e
para com a sociedade santoantoniense, no que se refere tanto aos compromissos com o
Financiamento quanto à efetivação da Gestão Democrática da Educação, associada a critérios
técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das
escolas públicas.
A análise da realidade de Financiamento do Município, relativa à Educação, sugere
que o Regime de Cooperação entre Município, Estado e União, preconizado por este PME,
constitua, efetivamente, importante medida a ser consolidada, pois propiciará a transparência
das ações educativas e um melhor incremento e aproveitamento dos recursos financeiros
disponíveis para a concretização de uma educação de qualidade e de uma gestão democrática
para a população de Santo Antônio do Monte.
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